médico perito inss clt

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I I I Instituto Nacional do Seguro Social Legislação do Trabalho = = = = 1 LEGISLAÇÃO DO TRABALHO Consolidação das Leis do Trabalho Bênção paternalista de Getúlio Vargas aos trabalhado- res, a Consolidação das Leis do Trabalho — aprovada pelo Decreto-Lei n° 5.452, de 1°/Maio/1943 — sistematizou em seu bojo as muitas leis esparsas, que estabeleciam direitos trabalhistas, acrescendo-lhe novas figuras. Um grande mérito da C.L.T. foi unificar o “direito do trabalho”, instalando um “regra geral” para todos os trabalhadores, indistintamente, e, assim, pondo fim às legislações, que tutelavam segmentos operários, como a coletânea de leis específicas aos comerciários e industriá- rios (Lei n° 62/1935), e os tantos Decretos, editados para regular profissões específicas. A C.L.T. estabeleceu direitos trabalhistas comuns a todos os trabalhadores, independentemente da natureza do trabalho, se técnico, ou manual, ou intelectual. Jamais se cogitou de consagrar a C.L.T. como uma codificação — mesmo porque foi ela criada a partir de leis vigentes, que foram agrupadas e organizadas com novas regras, consolidando um sistema de leis trabalhistas. Hoje quase obsoleta, a C.L.T. foi um marco histórico no direito do trabalho brasileiro — reclamando revisão as regras sobre organização sindical, negociação coletiva, greve e representação dos trabalhadores na empresa. Subseqüentemente — novas leis complementaram a C.L.T., como a Lei n°. 605/1949, que criou o repouso semanal remunerado, a Lei n° 4.090/1962, que instituiu o 13° salário (gratificação de natal), a Lei de Greve, a Lei do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, etc. A aflição da economia nacional pela inflação entornou a legislação trabalhista para a política salarial — sempre alterada em função do monetarismo, com que se instru- mentou o combate à inflação. Hoje, o desemprego vem açulando o legislador à liberali- zação da legislação trabalhista, sob a sedução da livre negociação através do contrato coletivo de trabalho, para a conquista de um menor custo da relação empregatícia, que facilite o investimento e a criação de novos empregos. Aplicação da Lei Trabalhista Aplicação da Lei Trabalhista Aplicação da Lei Trabalhista Aplicação da Lei Trabalhista É relevante a questão da "eficácia" de uma lei, ou seja, saber-se se ela ainda tem ou não validade, se ela pode ou não ser aplicada. Há leis velhíssimas, como o Código Comercial, que desde 1850 tem vigência. O próprio Código Civil é do início do século (1919), e, apesar de tantos remendos, tem a maioria de seu texto em vigor. Não é diferente com o velho Código Penal (1942) e outras leis. E a própria C.L.T C.L.T C.L.T C.L.T é de 1943 1943 1943 1943, e já sofreu incontáveis remendos.

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Page 1: Médico Perito INSS CLT

I I I Instituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial LLLLegislação do TTTTrabalho = = = = 1111

LLLLEGISLAÇÃO DO TTTTRABALHO

CCCConsolidação das LLLLeis do TTTTrabalho

Bênção paternalista de Getúlio Vargas aos trabalhado-res, a CCCConsolidação das LLLLeis do TTTTrabalho — aprovada peloDecreto-Lei n° 5.452, de 1°/Maio/1943 — sistematizouem seu bojo as muitas leis esparsas, que estabeleciamdireitos trabalhistas, acrescendo-lhe novas figuras.

Um grande mérito da C.L.T. foi unificar o “direito do

trabalho”, instalando um “regra geral” para todos ostrabalhadores, indistintamente, e, assim, pondo fim àslegislações, que tutelavam segmentos operários, como acoletânea de leis específicas aos comerciários e industriá-rios (Lei n° 62/1935), e os tantos Decretos, editados pararegular profissões específicas.

A C.L.T. estabeleceu direitos trabalhistas comuns atodos os trabalhadores, independentemente da naturezado trabalho, se técnico, ou manual, ou intelectual.

Jamais se cogitou de consagrar a C.L.T. como umacodificação — mesmo porque foi ela criada a partir de leisvigentes, que foram agrupadas e organizadas com novas

regras, consolidando um sistema de leis trabalhistas.

Hoje quase obsoleta, a C.L.T. foi um marco histórico nodireito do trabalho brasileiro — reclamando revisão asregras sobre organização sindical, negociação coletiva,greve e representação dos trabalhadores na empresa.

Subseqüentemente — novas leis complementaram aC.L.T., como a Lei n°. 605/1949, que criou o repousosemanal remunerado, a Lei n° 4.090/1962, que instituiu o13° salário (gratificação de natal), a Lei de Greve, a Lei doFundo de Garantia do Tempo de Serviço, etc.

A aflição da economia nacional pela inflação entornoua legislação trabalhista para a política salarial — semprealterada em função do monetarismo, com que se instru-mentou o combate à inflação.

Hoje, o desemprego vem açulando o legislador à liberali-

zação da legislação trabalhista, sob a sedução da livrenegociação através do contrato coletivo de trabalho, paraa conquista de um menor custo da relação empregatícia,que facilite o investimento e a criação de novos empregos.

Aplicação da Lei TrabalhistaAplicação da Lei TrabalhistaAplicação da Lei TrabalhistaAplicação da Lei Trabalhista

É relevante a questão da "eficácia" de uma lei, ou seja,saber-se se ela ainda tem ou não validade, se ela pode ounão ser aplicada.

Há leis velhíssimas, como o Código Comercial, quedesde 1850 tem vigência. O próprio Código Civil é doinício do século (1919), e, apesar de tantos remendos,tem a maioria de seu texto em vigor. Não é diferente como velho Código Penal (1942) e outras leis. E a própriaC.L.TC.L.TC.L.TC.L.T é de 1943194319431943, e já sofreu incontáveis remendos.

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2222 = = = = LLLLegislação do TTTTrabalho IIIInstituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial

Eficácia da Lei Trabalhista no TempoEficácia da Lei Trabalhista no TempoEficácia da Lei Trabalhista no TempoEficácia da Lei Trabalhista no Tempo

A regra básica é que uma nnnnovaovaovaova leileileilei revoga (total ouparcialmente) a outra velha, sempre que assim o disser,expressamente, ou dispuser, diferentemente, sobre amesma matéria.

¿E a partir de que data a nova leinova leinova leinova lei passa a valer?

A regra geral é "a partir de 45 (quarenta e cinco) dias,

depois da publicação oficial da lei" — isso no territórionacional, pois no território estrangeiro, a lei só seráexigível, aplicável, três (3) meses depois da sua publica-ção. A exceção é a data em que determinar o própriotexto da lei.

Naturalmente, você está cansado de ler no últimoartigo de uma lei qualquer, que "Esta lei entra em vigor na

data de sua publicação". Essa "exceção" é predominante,tornando-se verdadeira regra.

Isso significa que toda e qualquer lei, que modificar aCLTCLTCLTCLT entrará em vigor ou 45 dias depois de publicada, ou,se tal lei mencionar a data em que passa a viger, seráaplicada só após tal data (lembre-se sempre: normalmentea lei disporá que "Esta lei entra em vigor na data de sua

publicação", e, assim, a CLT estara modificada a partirdessa data da publicação).

Eficácia da Lei Trabalhista no EspaçoEficácia da Lei Trabalhista no EspaçoEficácia da Lei Trabalhista no EspaçoEficácia da Lei Trabalhista no Espaço

Toda lei é feita para valer dentro do espaço territorialdo Poder público, que a editou: a lei federal vigerá emtodo território nacional; a lei estadual de São Paulo sóterá vigência no Estado de São Paulo; a lei do municípiode Campinas só será eficaz e poderosa nos limites dessemunicípio.

Essa é a regra: lei brasileira tem eficácia no Brasil, ouseja, em todo o território brasileiro (não valendo, portan-to, para o exterior).

Mas também será eficaz (aaaa) nas embaixadas, legações,consulados e escritórios, no tocante às atribuições dosembaixadores, ministros, cônsules, agentes e demaisfuncionários dessas repartições; (bbbb) no que se refere aosbrasileiros, acerta de seu estatuto pessoal e sobre os atosregidos pelas leis pátrias; e (cccc) para todos aqueles quetenham interesses regulados pelas leis brasileiras.

A legislação trabalhista é uma legislação federal, e,assim, tem eficácia em todo o território brasileiro, bemcomo nas extensões acima mencionadas.

Enfim,, como anota o Prof. AMAURI MASCARO NASCIMEN-TO, “0 princípio que prevalece é, portanto, o da territoria-lidade significando, simplesmente, que a mesma lei

disciplinará os contratos individuais de trabalho tanto dosempregados brasileiros como de outra nacionalidade.Trata-se de uma questão de soberania nacional. Dispõe oEnunciado n° 207 do Tribunal Superior do Trabalho,coerente com o princípio da territorialidade: "A relação ju-rídica trabalhista é regida pelas leis vigentes no país da

prestação de serviço, e não por aquelas do local da contrata-ção" — (in “Iniciação ao Direito do Trabalho”, 20ª ed. Ltr, p.95).

Retroatividade e IrretroatividadeRetroatividade e IrretroatividadeRetroatividade e IrretroatividadeRetroatividade e Irretroatividade

¿ Poderá uma lei "voltar no tempo" e disciplinar fatos eatos passados ? A própria Constituição Federal proclamaque a lei não preduciará o direito adquirido, o ato jurídicoperfeito e a coisa julgada (art.5º, inc.XXXVI/CF).

Significa que a regra é a irretroatividade da lei notempo: toda lei existe e submete a si apenas os atosfuturos — respeitando os atos já praticados e consuma-dos.

Apenas excepcionalmente, quando a própria lei, forexpressa, é que poderá ela ter incidência sobre atos efatos do passado: mas nunca para prejudicar direitos, oucriar obrigações, de qualquer natureza.

A lei penal, p.ex., sempre retroagirá, desde que sejapara beneficiarbeneficiarbeneficiarbeneficiar a algum criminoso (se, por exemplo,alguém comete um crime e, no meio do processo para suacondenação, um nova lei revoga a anterior, ou declarandoque aquela conduta não é mais criminosa, ou diminuindoa respectiva pena — tal nova lei será aplicável, favoravel-mente àquele criminoso, retroagindo no tempo, seja parapropiciar sua absolvição (na hipótese de a conduta não sermais criminosa), seja para propiciar uma apenação menor(na hipótese de diminuição da pena, pela nova lei). Masse a nova lei penal for mais grave, ela não será aplicávelao fato ocorrido no passado.

Resumidamente, toda lei é irretroativa, ou seja, só seaplica aos fatos futuros, isto é, àquele que ocorrerem apóssua entrada em vigor.

Poderá ser retroativa a lei que, expressamente, declararsua retroatividade, desde que nem prejudique direitos,nem crie obrigações. E a lei penal mais benigna é sempreretroativa.

A CLTCLTCLTCLT se encaixa na regra geral da irretroatividade,porquanto, se de um lado poderia ser benéfica ao traba-lhador, de outro seria maléfica ao empregador, a quemcumpriria arcar com o ônus do benefício concedido.

Assim, mercê da proibição da retroatividade, uma novalei trabalhista não terá qualquer aplicação aos contratosde trabalho já terminados — qual será absolutanmenteineficaz em relação aos atos jurídicos já praticados noscontratos de trabalho, em execução no dia do início dasua vigência — mas afetará esse mesmo contrato, a partirdessa data de sua vigência.

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I I I Instituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial LLLLegislação do TTTTrabalho = = = = 3333

Confira agora o conteúdo dos Títulos I e II da Consoli-dação das Leis do Trabalho – CLT.

Título IINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Art.1º - Esta Consolidação estatui as normas que regulamas relações individuais e coletivas de trabalho,nela previstas.

Art.2º - Considera-se empregador a empresa, individualou coletiva, que, assumindo os riscos da atividadeeconômica, admite, assalaria e dirige a prestaçãopessoal de serviço.

§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitosexclusivos da relação de emprego, os profissionaisliberais, as instituições de beneficência, as associa-ções recreativas ou outras instituições sem finslucrativos, que admitirem trabalhadores comoempregados.

§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embo-ra, cada uma delas, personalidade jurídica pró-pria, estiverem sob a direção, controle ou admi-nistração de outra, constituindo grupo industrial,comercial ou de qualquer outra atividade econômi-ca, serão, para os efeitos da relação de emprego,solidariamente responsáveis a empresa principale cada uma das subordinadas.

Art.3º - Considera-se empregado toda pessoa física queprestar serviços de natureza não eventual aempregador, sob a dependência deste e mediantesalário.

§ único - Não haverá distinções relativas à espécie deemprego e à condição de trabalhador, nem entreo trabalho intelectual, técnico e manual.

Art.4º - Considera-se como de serviço efetivo o períodoem que o empregado esteja à disposição doempregador, aguardando ou executando ordens,salvo disposição especial expressamente consigna-da.

§ único - Computar-se-ão, na contagem de tempo de servi-ço, para efeito de indenização e estabilidade, osperíodos em que o empregado estiver afastado dotrabalho prestando serviço militar ... (VETADO) ...e por motivo de acidente do trabalho. (Incluído pela Leinº 4.072, de 16.6.1962)

Art.5º - A todo trabalho de igual valor corresponderásalário igual, sem distinção de sexo.

Art.6º - Não se distingue entre o trabalho realizado noestabelecimento do empregador, o executado nodomicílio do empregado e o realizado a distância,desde que estejam caracterizados os pressupostosda relação de emprego. (Redação dada pela Lei nº 12.551/ 2011)

§ único - Os meios telemáticos e informatizados de coman-do, controle e supervisão se equiparam, para finsde subordinação jurídica, aos meios pessoais ediretos de comando, controle e supervisão dotrabalho alheio. (Incluído pela Lei nº 12.551, de 2011)

Art.7º - Os preceitos constantes da presente Consolidaçãosalvo quando fôr em cada caso, expressamentedeterminado em contrário, não se aplicam : (Redaçãodada pelo Decreto-lei nº 8.079, 11.10.1945)

a) aos empregados domésticos, assim considerados,de um modo geral, os que prestam serviços denatureza não-econômica à pessoa ou à família, noâmbito residencial destas;

b) aos trabalhadores rurais, assim consideradosaqueles que, exercendo funções diretamenteligadas à agricultura e à pecuária, não sejamempregados em atividades que, pelos métodos deexecução dos respectivos trabalhos ou pelafinalidade de suas operações, se classifiquemcomo industriais ou comerciais;

c) aos funcionários públicos da União, dos Estadose dos Municípios e aos respectivos extranumerári-os em serviço nas próprias repartições; (Redação dadapelo Decreto-lei nº 8.079, 11.10.1945)

d) aos servidores de autarquias paraestatais, desdeque sujeitos a regime próprio de proteção aotrabalho que lhes assegure situação análoga à dosfuncionários públicos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.079,11.10.1945)

§ único - (Revogado pelo Decreto-lei nº 8.249, de 1945)

Art.8º - As autoridades administrativas e a Justiça doTrabalho, na falta de disposições legais ou contra-tuais, decidirão, conforme o caso, pela jurispru-dência, por analogia, por eqüidade e outrosprincípios e normas gerais de direito, principal-mente do direito do trabalho, e, ainda, de acordocom os usos e costumes, o direito comparado,mas sempre de maneira que nenhum interesse declasse ou particular prevaleça sobre o interessepúblico.

§ único - O direito comum será fonte subsidiária do direitodo trabalho, naquilo em que não for incompatívelcom os princípios fundamentais deste.

Art.9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticadoscom o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudara aplicação dos preceitos contidos na presenteConsolidação.

Art.10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica daempresa não afetará os direitos adquiridos porseus empregados. (Redação dada pela Lei nº 9.658, de 5.6.1998)

Art.11 - O direito de ação quanto a créditos resultantesdas relações de trabalho prescreve: (Redação dada pela Leinº 9.658, de 5.6.1998)

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4444 = = = = LLLLegislação do TTTTrabalho IIIInstituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial

I - em cinco anos para o trabalhador urbano, até olimite de dois anos após a extinção do contrato;(Incluído pela Lei nº 9.658, de 5.6.1998) (Vide Emenda Constitucional nº 28 de25.5.2000)

Il - em dois anos, após a extinção do contrato detrabalho, para o trabalhador rural. (Incluído pela Lei nº9.658, de 5.6.1998) (Vide Emenda Constitucional nº 28 de 25.5.2000)

§ 1º - O disposto neste artigo não se aplica às ações quetenham por objeto anotações para fins de provajunto à Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 9.658, de5.6.1998)

Art.12 - Os preceitos concernentes ao regime de segurosocial são objeto de lei especial.

Título IIDAS NORMAS GERAISDAS NORMAS GERAISDAS NORMAS GERAISDAS NORMAS GERAIS

DE TUTELA DO TRABALHODE TUTELA DO TRABALHODE TUTELA DO TRABALHODE TUTELA DO TRABALHO

Capítulo IDA IDENTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Seção IDA CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL

(Redação dada pelo Decreto-lei nº 926, de 10.10.1969)

Art.13 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social éobrigatória para o exercício de qualquer empre-go, inclusive de natureza rural, ainda que emcaráter temporário, e para o exercício por contaprópria de atividade profissional remunerada.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 926, de 10.10.1969)

§ 1º - O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aquem: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 926, de 10.10.1969)

I - proprietário rural ou não, trabalhe individual-mente ou em regime de economia familiar, assimentendido o trabalho dos membros da mesmafamília, indispensável à própria subsistência, eexercido em condições de mútua dependência ecolaboração; (Incluído pelo Decreto-lei nº 926, de 10.10.1969)

II - em regime de economia familiar e sem emprega-do, explore área não excedente do módulo ruralou de outro limite que venha a ser fixado, paracada região, pelo Ministério do Trabalho e Previ-dência Social. (Incluído pelo Decreto-lei nº 926, de 10.10.1969)

§ 2º - A Carteira de Trabalho e Previdência Social erespectiva Ficha de Declaração obedecerão aosmodelos que o Ministério do Trabalho e Previ-dência Social adotar. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 926, de10.10.1969)

§ 3º - Nas localidades onde não for emitida a Carteirade Trabalho e Previdência Social poderá seradmitido, até 30 (trinta) dias, o exercício deemprego ou atividade remunerada por quem nãoa possua, ficando a empresa obrigada a permitiro comparecimento do empregado ao posto deemissão mais próximo. (Redação dada pela Lei nº 5.686, de3.8.1971)

§ 4º - Na hipótese do § 3º: (Incluído pelo Decreto-lei nº 926, 10.10.1969)

I - o empregador fornecerá ao empregado, no ato daadmissão, documento do qual constem a data daadmissão, a natureza do trabalho, o salário e aforma de seu pagamento; (Incluído pelo Decreto-lei nº 926, de10.10.1969)

II - se o empregado ainda não possuir a carteira nadata em que for dispensado, o empregador Ihefornecerá atestado de que conste o histórico darelação empregatícia. (Incluído pelo Decreto-lei nº 926, de10.10.1969)

Seção IIDA EMISSÃO DA CARTEIRA

(Redação dada pelo Decreto-lei nº 926, de 10.10.1969)

Art.14 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social seráemitida pelas Delegacias Regionais do Trabalhoou, mediante convênio, pelos órgãos federais,estaduais e municipais da administração direta ouindireta. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 926, de 10.10.1969)

§ único - Inexistindo convênio com os órgãos indicados ouna inexistência destes, poderá ser admitidoconvênio com sindicatos para o mesmo fim. (Redaçãodada pela Lei nº 5.686, de 3.8.1971)

Art.15 - Para obtenção da Carteira de Trabalho e Previ-dência Social o interessado comparecerá pessoal-mente ao órgão emitente, onde será identificadoe prestará as declarações necessárias. (Redação dada peloDecreto-lei nº 926, de 10.10.1969)

Art.16 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), além do número, série, data de emissãoe folhas destinadas às anotações pertinentes aocontrato de trabalho e as de interesse da Previ-dência Social, conterá: (Redação dada pela Lei nº 8.260, de12.12.1991)

I - fotografia, de frente, modelo 3 X 4; (Redação dada pelaLei nº 8.260, de 12.12.1991)

II - nome, filiação, data e lugar de nascimento eassinatura;(Redação dada pela Lei nº 8.260, de 12.12.1991)

III - nome, idade e estado civil dos dependentes;(Redação dada pela Lei nº 8.260, de 12.12.1991)

IV - número do documento de naturalização ou datada chegada ao Brasil, e demais elementos cons-tantes da identidade de estrangeiro, quando foro caso;(Redação dada pela Lei nº 8.260, de 12.12.1991)

§ único - A Carteira de Trabalho e Previdência Social -CTPS será fornecida mediante a apresentaçãode:(Incluído pela Lei nº 8.260, de 12.12.1991)

a) duas fotografias com as características menciona-das no inciso I; (Incluída pela Lei nº 8.260, de 12.12.1991)

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I I I Instituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial LLLLegislação do TTTTrabalho = = = = 5555

b) qualquer documento oficial de identificaçãopessoal do interessado, no qual possam ser colhi-dos dados referentes ao nome completo, filiação,data e lugar de nascimento. (Incluída pela Lei nº 8.260, de12.12.1991)

Art.17 - Na impossibilidade de apresentação, pelo interes-sado, de documento idôneo que o qualifique, aCarteira de Trabalho e Previdência Social seráfornecida com base em declarações verbaisconfirmadas por 2 (duas) testemunhas, lavran-do-se, na primeira folha de anotações gerais dacarteira, termo assinado pelas mesmas testemu-nhas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 926, de 10.10.1969)

§ 1º - Tratando-se de menor de 18 (dezoito) anos, asdeclarações previstas neste artigo serão prestadaspor seu responsável legal. (Redação dada pelo Decreto-lei nº926, de 10.10.1969)

§ 2º - Se o interessado não souber ou não puder assinarsua carteira, ela será fornecida mediante impres-são digital ou assinatura a rogo. (Redação dada peloDecreto-lei nº 926, de 10.10.1969)

Art.18 e 19 - (Revogados pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

Art.20 - As anotações relativas a alteração do estado civile aos dependentes do portador da Carteira deTrabalho e Previdência Social serão feitas peloInstituto Nacional de Previdência Social (INPS) esomente em sua falta, por qualquer dos órgãosemitentes. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 926, de 10.10.1969)

Art.21 - Em caso de imprestabilidade ou esgotamento doespaço destinado a registros e anotações, ointeressado deverá obter outra carteira, conser-vando-se o número e a série da anterior. (Redação dadapela Lei nº 5.686, de 3.8.1971)

Art.22 a 24 - (Revogado pelo Decreto-Lei nº 926, de 10.10.1969)

Seção IIIDA ENTREGA DAS CARTEIRAS DE TRABALHO

E PREVIDÊNCIA SOCIAL

Art.25 - As Carteiras de Trabalho e Previdência Socialserão entregues aos interessados pessoalmente,mediante recibo.

Art.26 - Os sindicatos poderão, mediante solicitação dasrespectivas diretorias incumbir-se da entrega dasCarteiras de Trabalho e Previdência Social pedi-das por seus associados e pelos demais profissio-nais da mesma classe. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de28.2.1967)

§ único - Não poderão os sindicatos, sob pena das sançõesprevistas neste Capítulo cobrar remuneração pelaentrega das Carteiras de Trabalho e PrevidênciaSocial, cujo serviço nas respectivas sedes seráfiscalizado pelas Delegacias Regionais ou órgãosautorizados. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

Art.27 e 28 (Revogados pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

Seção IVDAS ANOTAÇÕES

Art.29 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social seráobrigatoriamente apresentada, contra recibo,pelo trabalhador ao empregador que o admitir, oqual terá o prazo de quarenta e oito horas paranela anotar, especificamente, a data de admissão,a remuneração e as condições especiais, se hou-ver, sendo facultada a adoção de sistema manual,mecânico ou eletrônico, conforme instruções aserem expedidas pelo Ministério do Trabalho.(Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

§ 1º - As anotações concernentes à remuneração devemespecificar o salário, qualquer que seja sua formade pagamento, seja êle em dinheiro ou em utili-dades, bem como a estimativa da gorjeta. (Redaçãodada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

§ 2º - As anotações na Carteira de Trabalho e Previdên-cia Social serão feitas: (Redação dada pela Lei nº 7.855, de24.10.1989)

a) na data-base; (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador;(Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

c) no caso de rescisão contratual; ou (Redação dada pela Leinº 7.855, de 24.10.1989)

d) necessidade de comprovação perante a Previdên-cia Social. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

§ 3º - A falta de cumprimento pelo empregador dodisposto neste artigo acarretará a lavratura doauto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, quedeverá, de ofício, comunicar a falta de anotaçãoao órgão competente, para o fim de instaurar oprocesso de anotação. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de24.10.1989)

§ 4º - É vedado ao empregador efetuar anotaçõesdesabonadoras à conduta do empregado em suaCarteira de Trabalho e Previdência Social. (Incluídopela Lei nº 10.270, de 29.8.2001)

§ 5º - O descumprimento do disposto no § 4o desteartigo submeterá o empregador ao pagamento demulta prevista no art. 52 deste Capítulo. (Incluído pelaLei nº 10.270, de 29.8.2001)

Art.30 - Os acidentes do trabalho serão obrigatoriamenteanotados pelo Instituto Nacional de PrevidênciaSocial na carteira do acidentado. (Redação dada peloDecreto-lei nº 926, de 10.10.1969)

Art.31 - Aos portadores de Carteiras de Trabalho e Previ-dência Social assegurado o direito de as apresen-tar aos órgãos autorizados, para o fim de seranotado o que fôr cabível, não podendo serrecusada a solicitação, nem cobrado emolumentonão previsto em lei. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de28.2.1967)

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6666 = = = = LLLLegislação do TTTTrabalho IIIInstituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial

Art.32 - As anotações relativas a alterações no estado civildos portadores de Carteira de Trabalho e Previ-dência Social serão feitas mediante prova docu-mental. As declarações referentes aos dependen-tes serão registradas nas fichas respectivas, pelofuncionário encarregado da identificação profissi-onal, a pedido do próprio declarante, que asassinará. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

§ único - As Delegacias Regionais e os órgãos autorizadosdeverão comunicação ao Departamento Nacionalde Mão-de-Obra todas as alterações que anota-rem nas Carteiras de Trabalho e PrevidênciaSocial. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

Art.33 - As Anotações nas fichas de declaração e nasCarteiras de Trabalho e Previdência Social serãofeitas seguramente sem abreviaturas, ressalvan-do-se no fim de cada assentamento as emendas.Entrelinhas quaisquer circunstâncias que possamocasionar dúvidas. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de28.2.1967)

Art.34 - Tratando-se de serviço de profissionais de qual-quer atividade, exercido por empreitada individu-al ou coletiva, com ou sem fiscalização da outraparte contratante, a carteira será anotada pelorespectivo sindicato profissional ou pelo represen-tante legal de sua cooperativa.

Art.35 - (Revogado pela Lei nº 6.533, de 24.5.1978)

Seção VDAS RECLAMAÇÕES POR FALTA OU RECUSA

DE ANOTAÇÃO

Art.36 - Recusando-se a emprêsa fazer às anotações a quese refere o art. 29 ou a devolver a Carteira deTrabalho e Previdência Social recebida, poderá oempregado comparecer, pessoalmente ou inter-médio de seu sindicato perante a DelegaciaRegional ou órgão autorizado, para apresentarreclamação. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

Art.37 - No caso do art. 36, lavrado o têrmo de reclama-ção, determinar-se-á a realizarão de diligênciapara instrução do feito, observado, se fôr o casoo disposto no § 2º do art. 29, notificando-seposteriormente o reclamado por carta registrada,caso persista a recusa, para que, em dia e horaprèviamente designados, venha prestar esclareci-mentos ou efetuar as devidas anotações na Carte-ira de Trabalho e Previdência Social ou suaentrega. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

§ único - Não comparecendo o reclamado, lavrar-se-átêrmo de ausência, sendo considerado revel econfesso sôbre os têrmos da reclamação feita,devendo as anotações serem efetuadas por despa-cho da autoridade que tenha processado a recla-mação. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

Art.38 - Comparecendo o empregador e recusando-se afazer as anotações reclamadas, será lavrado umtermo de comparecimento, que deverá conter,entre outras indicações, o lugar, o dia e hora desua lavratura, o nome e a residência do emprega-dor, assegurando-se-lhe o prazo de 48 (quarentae oito) horas, a contar do termo, para apresentardefesa.

§ único - Findo o prazo para a defesa, subirá o processo àautoridade administrativa de primeira instância,para se ordenarem diligências, que completem ainstrução do feito, ou para julgamento, se o casoestiver suficientemente esclarecido.

Art.39 - Verificando-se que as alegações feitas pelo recla-mado versam sôbre a não existência de relação deemprêgo ou sendo impossível verificar essacondição pelos meios administrativos, será oprocesso encaminhado a Justiça do Trabalhoficando, nesse caso, sobrestado o julgamento doauto de infração que houver sido lavrado. (Redaçãodada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

§ 1º - Se não houver acôrdo, a Junta de Conciliação eJulgamento, em sua sentença ordenará que aSecretaria efetue as devidas anotações uma veztransitada em julgado, e faça a comunicação àautoridade competente para o fim de aplicar amulta cabível. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

§ 2º - Igual procedimento observar-se-á no caso deprocesso trabalhista de qualquer natureza, quan-do fôr verificada a falta de anotações na Carteirade Trabalho e Previdência Social, devendo o Juiz,nesta hipótese, mandar proceder, desde logo,àquelas sôbre as quais não houver controvérsia.(Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

Seção VIDO VALOR DAS ANOTAÇÕES

Art.40 - As Carteiras de Trabalho e Previdência Socialregularmente emitidas e anotadas servirão deprova nos atos em que sejam exigidas carteiras deidentidade e especialmente: (Redação dada pelo Decreto-leinº 229, de 28.2.1967)

I - Nos casos de dissídio na Justiça do Trabalhoentre a emprêsa e o empregado por motivo desalário, férias ou tempo de serviço; (Redação dada peloDecreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

II - Perante a Previdência Social, para o efeito dedeclaração de dependentes; (Redação dada pelo Decreto-lei nº229, de 28.2.1967)

III - Para cálculo de indenização por acidente dotrabalho ou moléstia profissional. (Redação dada peloDecreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

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Seção VIIDOS LIVROS DE REGISTRO DE EMPREGADOS

Art.41 - Em todas as atividades será obrigatório para oempregador o registro dos respectivos trabalha-dores, podendo ser adotados livros, fichas ousistema eletrônico, conforme instruções a seremexpedidas pelo Ministério do Trabalho. (Redação dadapela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

§ único - Além da qualificação civil ou profissional de cadatrabalhador, deverão ser anotados todos os dadosrelativos à sua admissão no emprego, duração eefetividade do trabalho, a férias, acidentes edemais circunstâncias que interessem à proteçãodo trabalhador. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

Art.42. - (Revogado pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)Art.43 e 44 - (Revogados pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)Art.45 e 46 - (Revogados pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.2.1967)

Art.47 - A emprêsa que mantiver empregado não registra-do nos têrmos do art. 41 e seu parágrafo único,incorrerá na multa de valor igual a 1 (um) salá-rio-mínimo regional, por empregado não registra-do, acrescido de igual valor em cada reincidência.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

§ único - As demais infrações referentes ao registro deempregados sujeitarão a emprêsa à multa devalor igual à metade do salário-mínimo regional,dobrada na reincidência. (Parágrafo incluído pelo Decreto-lei nº229, de 28.2.1967)

Art.48 - As multas previstas nesta Seção serão aplicadaspela autoridade de primeira instância no DistritoFederal, e pelas autoridades regionais do Ministé-rio do Trabalho, Industria e Comercio, nos Esta-dos e no Território do Acre.

Seção VIIIDAS PENALIDADES

Art.49 - Para os efeitos da emissão, substituição ou anota-ção de Carteiras de Trabalho e PrevidênciaSocial, considerar-se-á, crime de falsidade, com aspenalidades previstas no art. 299 do CódigoPenal: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

I - Fazer, no todo ou em parte, qualquer documentofalso ou alterar o verdadeiro; (Incluído pelo Decreto-lei nº229, de 28.2.1967)

II - Afirmar falsamente a sua própria identidade,filiação, lugar de nascimento, residência, profis-são ou estado civil e beneficiários, ou atestar osde outra pessoa; (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

III - Servir-se de documentos, por qualquer formafalsificados; (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

IV - falsificar, fabricando ou alterando, ou vender,usar ou possuir Carteira de Trabalho e Previdên-cia Social assim alteradas; (Incluído pelo Decreto-lei nº 229,de 28.2.1967)

V - Anotar dolosamente em Carteira de Trabalho ePrevidência Social ou registro de empregado, ouconfessar ou declarar em juízo ou fora dêle, datade admissão em emprêgo diversa da verdadeira. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

Art.50 - Comprovando-se falsidade, quer nas declaraçõespara emissão de Carteira de Trabalho e Previdên-cia Social, quer nas respectivas anotações, o fatoserá levado ao conhecimento da autoridade quehouver emitido a carteira, para fins de direito.

Art.51 - Incorrerá em multa de valor igual a 3 (três) vêzeso salário-mínimo regional aquêle que, comercian-te ou não, vender ou expuser à venda qualquertipo de carteira igual ou semelhante ao tipooficialmente adotado. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de28.2.1967)

Art.52 - O extravio ou inutilização da Carteira de Traba-lho e Previdência Social por culpa da empresasujeitará esta à multa de valor igual á metade dosalário mínimo regional. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 926,de 10.10.1969)

Art.53 - A emprêsa que receber Carteira de Trabalho ePrevidência Social para anotar e a retiver pormais de 48 (quarenta e oito) horas ficará sujeitaà multa de valor igual à metade do salá-rio-mínimo regional. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de28.2.1967)

Art.54 - A emprêsa que, tendo sido intimada, não compa-recer para anotar a Carteira de Trabalho e Previ-dência Social de seu empregado, ou cujas alega-ções para recusa tenham sido julgadas improce-dentes, ficará sujeita à multa de valor igual a 1(um) salário-mínimo regional. (Redação dada peloDecreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

Art.55 - Incorrerá na multa de valor igual a 1 (um) salá-rio-mínimo regional a emprêsa que infringir o art.13 e seus parágrafos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de28.2.1967)

Art.56 - O sindicato que cobrar remuneração pela entregade Carteira de Trabalho e Previdência Social ficará sujeito à multa de valor igual a 3 (três)vêzes o salário-mínimo regional. (Redação dada peloDecreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

Capítulo IIDA DURAÇÃO DO TRABALHO

Seção IDISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Art.57 - Os preceitos deste Capítulo aplicam-se a todas asatividades, salvo as expressamente excluídas,constituindo exceções as disposições especiais,concernentes estritamente a peculiaridadesprofissionais constantes do Capítulo I do TítuloIII.

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Seção IIDA JORNADA DE TRABALHO

Art.58 - A duração normal do trabalho, para os emprega-dos em qualquer atividade privada, não excederáde 8 (oito) horas diárias, desde que não sejafixado expressamente outro limite.

§ 1º - Não serão descontadas nem computadas comojornada extraordinária as variações de horário noregistro de ponto não excedentes de cinco minu-tos, observado o limite máximo de dez minutosdiários. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)

§ 2º - O tempo despendido pelo empregado até o localde trabalho e para o seu retorno, por qualquermeio de transporte, não será computado najornada de trabalho, salvo quando, tratando-se delocal de difícil acesso ou não servido por trans-porte público, o empregador fornecer a condu-ção. (Parágrafo incluído pela Lei nº 10.243, de 19.6.2001)

§ 3º - Poderão ser fixados, para as microempresas eempresas de pequeno porte, por meio de acordoou convenção coletiva, em caso de transportefornecido pelo empregador, em local de difícilacesso ou não servido por transporte público, otempo médio despendido pelo empregado, bemcomo a forma e a natureza da remuneração.(Incluído pela Lei Complementar nº 123, de 2006)

Art.58-A- Considera-se trabalho em regime de tempoparcial aquele cuja duração não exceda a vinte ecinco horas semanais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41,de 2001)

§ 1º - O salário a ser pago aos empregados sob o regimede tempo parcial será proporcional à sua jornada,em relação aos empregados que cumprem, nasmesmas funções, tempo integral. (Incluído pela MedidaProvisória nº 2.164-41, de 2001)

§ 2º - Para os atuais empregados, a adoção do regimede tempo parcial será feita mediante opçãomanifestada perante a empresa, na forma previs-ta em instrumento decorrente de negociaçãocoletiva. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

Art.59 - A duração normal do trabalho poderá ser acresci-da de horas suplementares, em número nãoexcedente de 2 (duas), mediante acordo escritoentre empregador e empregado, ou mediantecontrato coletivo de trabalho.

§ 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalhodeverá constar, obrigatoriamente, a importânciada remuneração da hora suplementar, que será,pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à dahora normal. (Vide CF, art. 7º inciso XVI)

§ 2º - Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se,por força de acordo ou convenção coletiva detrabalho, o excesso de horas em um dia forcompensado pela correspondente diminuição emoutro dia, de maneira que não exceda, no períodomáximo de um ano, à soma das jornadas semana-is de trabalho previstas, nem seja ultrapassado olimite máximo de dez horas diárias. (Redação dada pelaMedida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

§ 3º - Na hipótese de rescisão do contrato de trabalhosem que tenha havido a compensação integral dajornada extraordinária, na forma do parágrafoanterior, fará o trabalhador jus ao pagamento dashoras extras não compensadas, calculadas sobreo valor da remuneração na data da rescisão.(Incluído pela Lei nº 9.601, de 21.1.1998)

§ 4º - Os empregados sob o regime de tempo parcialnão poderão prestar horas extras. (Incluído pela MedidaProvisória nº 2.164-41, de 2001)

Art.60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas asconstantes dos quadros mencionados no capítulo"Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ouque neles venham a ser incluídas por ato doMinistro do Trabalho, Industria e Comercio,quaisquer prorrogações só poderão ser acordadasmediante licença prévia das autoridades compe-tentes em matéria de higiene do trabalho, asquais, para esse efeito, procederão aos necessári-os exames locais e à verificação dos métodos eprocessos de trabalho, quer diretamente, quer porintermédio de autoridades sanitárias federais,estaduais e municipais, com quem entrarão ementendimento para tal fim.

Art.61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá aduração do trabalho exceder do limite legal ouconvencionado, seja para fazer face a motivo deforça maior, seja para atender à realização ouconclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecu-ção possa acarretar prejuízo manifesto.

§ 1º - O excesso, nos casos deste artigo, poderá serexigido independentemente de acordo ou contra-to coletivo e deverá ser comunicado, dentro de 10(dez) dias, à autoridade competente em matériade trabalho, ou, antes desse prazo, justificado nomomento da fiscalização sem prejuízo dessacomunicação.

§ 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo deforça maior, a remuneração da hora excedentenão será inferior à da hora normal. Nos demaiscasos de excesso previstos neste artigo, a remune-ração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco porcento) superior à da hora normal, e o trabalhonão poderá exceder de 12 (doze) horas, desdeque a lei não fixe expressamente outro limite.

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§ 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho,resultante de causas acidentais, ou de forçamaior, que determinem a impossibilidade de suarealização, a duração do trabalho poderá serprorrogada pelo tempo necessário até o máximode 2 (duas) horas, durante o número de diasindispensáveis à recuperação do tempo perdido,desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias,em período não superior a 45 (quarenta e cinco)dias por ano, sujeita essa recuperação à préviaautorização da autoridade competente.

Art.62 - Não são abrangidos pelo regime previsto nestecapítulo: (Redação dada pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)

I - os empregados que exercem atividade externaincompatível com a fixação de horário de traba-lho, devendo tal condição ser anotada na Carteirade Trabalho e Previdência Social e no registro deempregados; (Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)

II - os gerentes, assim considerados os exercentes decargos de gestão, aos quais se equiparam, paraefeito do disposto neste artigo, os diretores echefes de departamento ou filial. (Incluído pela Lei nº 8.966,de 27.12.1994)

§ único - O regime previsto neste capítulo será aplicávelaos empregados mencionados no inciso II desteartigo, quando o salário do cargo de confiança,compreendendo a gratificação de função, sehouver, for inferior ao valor do respectivo salárioefetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).(Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)

Art.63 - Não haverá distinção entre empregados e interes-sados, e a participação em lucros e comissões,salvo em lucros de caráter social, não exclui oparticipante do regime deste Capítulo.

Art.64 - O salário-hora normal, no caso de empregadomensalista, será obtido dividindo-se o saláriomensal correspondente à duração do trabalho, aque se refere o art. 58, por 30 (trinta) vezes onúmero de horas dessa duração.

§ único - Sendo o número de dias inferior a 30 (trinta),adotar-se-á para o cálculo, em lugar desse núme-ro, o de dias de trabalho por mês.

Art.65 - No caso do empregado diarista, o salário-horanormal será obtido dividindo-se o salário diáriocorrespondente à duração do trabalho, estabeleci-do no art. 58, pelo número de horas de efetivotrabalho.

Seção IIIDOS PERÍODOS DE DESCANSO

Art.66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá umperíodo mínimo de 11 (onze) horas consecutivaspara descanso.

Art.67 - Será assegurado a todo empregado um descansosemanal de 24 (vinte e quatro) horas consecuti-vas, o qual, salvo motivo de conveniência públicaou necessidade imperiosa do serviço, deverácoincidir com o domingo, no todo ou em parte.

§ único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos,com exceção quanto aos elencos teatrais, seráestabelecida escala de revezamento, mensalmenteorganizada e constando de quadro sujeito àfiscalização.

Art.68 - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, naforma do art. 67, será sempre subordinado àpermissão prévia da autoridade competente emmatéria de trabalho.

§ único - A permissão será concedida a título permanentenas atividades que, por sua natureza ou pelaconveniência pública, devem ser exercidas aosdomingos, cabendo ao Ministro do Trabalho,Industria e Comercio, expedir instruções em quesejam especificadas tais atividades. Nos demaiscasos, ela será dada sob forma transitória, comdiscriminação do período autorizado, o qual, decada vez, não excederá de 60 (sessenta) dias.

Art.69 - Na regulamentação do funcionamento de ativida-des sujeitas ao regime deste Capítulo, os municí-pios atenderão aos preceitos nele estabelecidos,e as regras que venham a fixar não poderãocontrariar tais preceitos nem as instruções que,para seu cumprimento, forem expedidas pelasautoridades competentes em matéria de trabalho.

Art.70 - Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, é vedado otrabalho em dias feriados nacionais e feriadosreligiosos, nos têrmos da legislação própria. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

Art.71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duraçãoexceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a conces-são de um intervalo para repouso ou alimentação,o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvoacordo escrito ou contrato coletivo em contrário,não poderá exceder de 2 (duas) horas.

§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será,entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quin-ze) minutos quando a duração ultrapassar 4(quatro) horas.

§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computadosna duração do trabalho.

§ 3º - O limite mínimo de uma hora para repouso ourefeição poderá ser reduzido por ato do Ministrodo Trabalho, Indústria e Comércio, quandoouvido o Serviço de Alimentação de PrevidênciaSocial, se verificar que o estabelecimento atendeintegralmente às exigências concernentes àorganização dos refeitórios, e quando os respecti-vos empregados não estiverem sob regime detrabalho prorrogado a horas suplementares.

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§ 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação,previsto neste artigo, não for concedido peloempregador, este ficará obrigado a remunerar operíodo correspondente com um acréscimo de nomínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valorda remuneração da hora normal de trabalho.(Incluído pela Lei nº 8.923, de 27.7.1994)

§ 5º - O intervalo expresso no caput poderá ser reduzi-do e/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1ºpoderá ser fracionado, quando compreendidosentre o término da primeira hora trabalhada e oinício da última hora trabalhada, desde queprevisto em convenção ou acordo coletivo detrabalho, ante a natureza do serviço e em virtudedas condições especiais de trabalho a que sãosubmetidos estritamente os motoristas, cobrado-res, fiscalização de campo e afins nos serviços deoperação de veículos rodoviários, empregados nosetor de transporte coletivo de passageiros,mantida a remuneração e concedidos intervalospara descanso menores ao final de cada viagem.(com redação dada pela Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015 - entrará em vigor45 dias após sua publicação)

Art.72 - Nos serviços permanentes de mecanografia(datilografia, escrituração ou cálculo), a cadaperíodo de 90 (noventa) minutos de trabalhoconsecutivo corresponderá um repouso de 10(dez) minutos não deduzidos da duração normalde trabalho.

Seção IVDO TRABALHO NOTURNO

Art.73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ouquinzenal, o trabalho noturno terá remuneraçãosuperior a do diurno e, para esse efeito, suaremuneração terá um acréscimo de 20 % (vintepor cento), pelo menos, sobre a hora diurna.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946)

§ 1º - A hora do trabalho noturno será computadacomo de 52 minutos e 30 segundos. (Redação dada peloDecreto-lei nº 9.666, de 1946)

§ 2º - Considera-se noturno, para os efeitos desteartigo, o trabalho executado entre as 22 horas deum dia e as 5 horas do dia seguinte. (Redação dada peloDecreto-lei nº 9.666, de 1946)

§ 3º - O acréscimo, a que se refere o presente artigo,em se tratando de empresas que não mantêm,pela natureza de suas atividades, trabalho notur-no habitual, será feito, tendo em vista os quanti-tativos pagos por trabalhos diurnos de naturezasemelhante. Em relação às empresas cujo traba-lho noturno decorra da natureza de suas ativida-des, o aumento será calculado sobre o saláriomínimo geral vigente na região, não sendo devidoquando exceder desse limite, já acrescido dapercentagem. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946)

§ 4º - Nos horários mistos, assim entendidos os queabrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-seàs horas de trabalho noturno o disposto nesteartigo e seus parágrafos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666,de 1946)

§ 5º - Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se odisposto neste capítulo. (Incluído pelo Decreto-lei nº 9.666, de1946)

Seção VDO QUADRO DE HORÁRIO

Art.74 - O horário do trabalho constará de quadro, orga-nizado conforme modelo expedido pelo Ministrodo Trabalho, Industria e Comercio, e afixado emlugar bem visível. Esse quadro será discriminativono caso de não ser o horário único para todos osempregados de uma mesma seção ou turma.

§ 1º - O horário de trabalho será anotado em registrode empregados com a indicação de acordos oucontratos coletivos porventura celebrados.

§ 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez traba-lhadores será obrigatória a anotação da hora deentrada e de saída, em registro manual, mecânicoou eletrônico, conforme instruções a seremexpedidas pelo Ministério do Trabalho, devendohaver pré-assinalação do período de repouso.(Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

§ 3º - Se o trabalho for executado fora do estabeleci-mento, o horário dos empregados constará,explicitamente, de ficha ou papeleta em seupoder, sem prejuízo do que dispõe o § 1º desteartigo.

Seção VIDAS PENALIDADES

Art.75 - Os infratores dos dispositivos do presente Capítu-lo incorrerão na multa de cinquenta a cinco milcruzeiros, segundo a natureza da infração, suaextensão e a intenção de quem a praticou, aplica-da em dobro no caso de reincidência e oposiçãoà fiscalização ou desacato à autoridade.

§ único - São competentes para impor penalidades, noDistrito Federal, a autoridade de 1ª instância doDepartamento Nacional do Trabalho e, nosEstados e no Território do Acre, as autoridadesregionais do Ministério do Trabalho, Industria eComercio.

Capítulo IIIDO SALÁRIO MÍNIMO

Seção IDO CONCEITO

Art.76 - Salário mínimo é a contraprestação mínimadevida e paga diretamente pelo empregador atodo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural,sem distinção de sexo, por dia normal de serviço,e capaz de satisfazer, em determinada época eregião do País, as suas necessidades normais dealimentação, habitação, vestuário, higiene etransporte.

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Art.78 - Quando o salário for ajustado por empreitada, ouconvencionado por tarefa ou peça, será garantidaao trabalhador uma remuneração diária nuncainferior à do salário mínimo por dia normal daregião, zona ou subzona.

§ único - Quando o salário-mínimo mensal do empregadoa comissão ou que tenha direito a percentagemfor integrado por parte fixa e parte variável,ser-lhe-á sempre garantido o salário-mínimo,vedado qualquer desconto em mês subseqüentea título de compensação. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de28.2.1967)

Art.79 - (Revogado pelo Lei nº 4.589, de 11.12.1964)Art.80. - (Revogado pela Lei 10.097, de 19.12.2000)

Art.81 - O salário mínimo será determinado pela fórmulaSm = a + b + c + d + e, em que "a", "b", "c", "d"e "e" representam, respectivamente, o valor dasdespesas diárias com alimentação, habitação,vestuário, higiene e transporte necessários à vidade um trabalhador adulto.

§ 1º - A parcela correspondente à alimentação terá umvalor mínimo igual aos valores da lista de provi-sões, constantes dos quadros devidamente apro-vados e necessários à alimentação diária dotrabalhador adulto.

§ 2º - Poderão ser substituídos pelos equivalentes decada grupo, também mencionados nos quadros aque alude o parágrafo anterior, os alimentos,quando as condições da região, zona ou subzonao aconselharem, respeitados os valores nutritivosdeterminados nos mesmos quadros.

§ 3º - O Ministério do Trabalho, Industria e Comerciofará, periodicamente, a revisão dos quadros a quese refere o § 1º deste artigo.

Art.82 - Quando o empregador fornecer, in natura, umaou mais das parcelas do salário mínimo, o salárioem dinheiro será determinado pela fórmula Sd =Sm - P, em que Sd representa o salário em dinhei-ro, Sm o salário mínimo e P a soma dos valoresdaquelas parcelas na região, zona ou subzona.

§ único - O salário mínimo pago em dinheiro não seráinferior a 30% (trinta por cento) do saláriomínimo fixado para a região, zona ou subzona.

Art.83 - É devido o salário mínimo ao trabalhador emdomicílio, considerado este como o executado nahabitação do empregado ou em oficina de famí-lia, por conta de empregador que o remunere.

Seção IIDAS REGIÕES, ZONAS E SUBZONAS

Art.84 - Para efeito da aplicação do salário mínimo, seráo país dividido em 22 regiões, correspondentesaos Estados, Distrito Federal e Território do Acre.(Vide Decreto Lei nº 2.351, de 1987)

§ único - Em cada região, funcionará uma Comissão deSalário Mínimo, com sede na capital do Estado,no Distrito Federal e na sede do governo doTerritório do Acre. (Vide Decreto Lei nº 2.351, de 1987)

Art.85 - (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964)

Art.86 - Sempre que, em uma região ou zona, se verifi-quem diferenças de padrão de vida, determinadaspor circunstâncias econômicas de carater urbano,suburbano, rural ou marítimo, poderá o Ministrodo Trabalho, Industria e Comercio, medianteproposta da respectiva Comissão de SalárioMínimo e ouvido o Serviço de Estatística daPrevidência e Trabalho, autorizá-la a subdividir aregião ou zona, de acordo com tais circunstânci-as. (Vide Decreto Lei nº 2.351, de 1987)

§ 1º - Deverá ser efetuado, também em sua totalidade,e no ato da entrega da declaração, o pagamentodo imposto devido, quando se verificar a hipótesedo art. 52. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 5.381, de 9.2.1968)(Vide Lei nº 4.589, de 11.12.1964)

§ 2º - Enquanto não se verificarem as circunstânciasmencionadas neste artigo, vigorará nos municípi-os que se criarem o salário-mínimo fixado para osmunicpios de que tenham sido desmembrados.(Incluído pela Lei nº 5.381, de 9.2.1968) (Vide Decreto Lei nº 2.351, de 1987)

§ 3º - No caso de novos municípios formados pelodesmembramento de mais de um município,vigorará neles, até que se verifiquem as referidascircunstâncias, o maior salário-mínimo estabeleci-do para os municpios que lhes deram origem. (Incluído pela Lei nº 5.381, de 9.2.1968) (Vide Decreto Lei nº 2.351, de 1987)

Seção IIIDA CONSTITUIÇÃO DAS COMISSÕES

Art.87 a 116 (Revogados pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964)

Seção VIDISPOSIÇÕES GERAIS

Art.117 - Será nulo de pleno direito, sujeitando o empre-gador às sanções do art. 120, qualquer contratoou convenção que estipule remuneração inferiorao salário mínimo estabelecido na região, zonaou subzona, em que tiver de ser cumprido.

Art.118 - O trabalhador a quem for pago salário inferiorao mínimo terá direito, não obstante qualquercontrato ou convenção em contrário, a reclamardo empregador o complemento de seu saláriomínimo estabelecido na região, zona ou subzo-na, em que tiver de ser cumprido.

Art.119 - Prescreve em 2 (dois) anos a ação para reaver adiferença, contados, para cada pagamento, dadata em que o mesmo tenha sido efetuado.

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Art.120 - Aquele que infringir qualquer dispositivo con-cernente ao salário mínimo será passível damulta de cinquenta e dois mil cruzeiros, elevadaao dobro na reincidência.

Art.121 - (Revogado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.2.1967)

Art.122 e 123 - (Revogados pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964)

Art.124 - A aplicação dos preceitos deste Capítulo nãopoderá, em caso algum, ser causa determinanteda redução do salário.

Art.125 - (Revogado pela Lei nº 4.589, de 11.12.1964)

Art.126 - O Ministro do Trabalho, Industria e Comercio,expedirá as instruções necessárias à fiscalizaçãodo salário mínimo, podendo cometer essa fisca-lização a qualquer dos órgãos componentes dorespectivo Ministério, e, bem assim, aos fiscaisdos Institutos de Aposentadoria e Pensões naforma da legislação em vigor.

Art.127 - (Revogado pelo Decreto-Lei nº 229, de 28.2.1967)

Capítulo IVDAS FÉRIAS ANUAIS

(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

Seção IDO DIREITO A FÉRIAS E DA SUA DURAÇÃO

Art.129 - Todo empregado terá direito anualmente aogozo de um período de férias, sem prejuízo daremuneração. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

Art.130 - Após cada período de 12 (doze) meses devigência do contrato de trabalho, o empregadoterá direito a férias, na seguinte proporção:(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houverfaltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando hou-ver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; (Incluídopelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tidode 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; (Incluídopelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, asfaltas do empregado ao serviço. (Incluído pelo Decreto-leinº 1.535, de 13.4.1977)

§ 2º - O período das férias será computado, para todosos efeitos, como tempo de serviço.(Incluído peloDecreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

Art.130-A- Na modalidade do regime de tempo parcial,após cada período de doze meses de vigência docontrato de trabalho, o empregado terá direitoa férias, na seguinte proporção: (Incluído pela MedidaProvisória nº 2.164-41, de 2001)

I - dezoito dias, para a duração do trabalho sema-nal superior a vinte e duas horas, até vinte ecinco horas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

II - dezesseis dias, para a duração do trabalhosemanal superior a vinte horas, até vinte e duashoras; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

III - quatorze dias, para a duração do trabalhosemanal superior a quinze horas, até vintehoras; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

IV - doze dias, para a duração do trabalho semanalsuperior a dez horas, até quinze horas; (Incluído pelaMedida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

V - dez dias, para a duração do trabalho semanalsuperior a cinco horas, até dez horas; (Incluído pelaMedida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

VI - oito dias, para a duração do trabalho semanaligual ou inferior a cinco horas. (Incluído pela MedidaProvisória nº 2.164-41, de 2001)

§ único - O empregado contratado sob o regime de tempoparcial que tiver mais de sete faltas injustifica-das ao longo do período aquisitivo terá o seuperíodo de férias reduzido à metade. (Incluído pelaMedida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

Art.131 - Não será considerada falta ao serviço, para osefeitos do artigo anterior, a ausência do empre-gado: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

I - nos casos referidos no art. 473;(Incluído pelo Decreto-leinº 1.535, de 13.4.1977)

Il - durante o licenciamento compulsório da empre-gada por motivo de maternidade ou aborto,observados os requisitos para percepção dosalário-maternidade custeado pela PrevidênciaSocial; (Redação dada pela Lei nº 8.921, de 25.7.1994)

III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermi-dade atestada pelo Instituto Nacional do SeguroSocial - INSS, excetuada a hipótese do inciso IVdo art. 133; (Redação dada pela Lei nº 8.726, de 5.11.1993)

IV - justificada pela empresa, entendendo-se comotal a que não tiver determinado o desconto docorrespondente salário; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de13.4.1977)

V - durante a suspensão preventiva para respondera inquérito administrativo ou de prisão preventi-va, quando for impronunciado ou absolvido; e(Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

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VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvona hipótese do inciso III do art. 133. (Incluído peloDecreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

Art.132 - O tempo de trabalho anterior à apresentação doempregado para serviço militar obrigatório serácomputado no período aquisitivo, desde que elecompareça ao estabelecimento dentro de 90(noventa) dias da data em que se verificar arespectiva baixa. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de13.4.1977)

Art.133 - Não terá direito a férias o empregado que, nocurso do período aquisitivo: (Redação dada pelo Decreto-leinº 1.535, de 13.4.1977)

I - deixar o emprego e não for readmitido dentrode 60 (sessenta) dias subseqüentes à sua saída; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

II - permanecer em gozo de licença, com percepçãode salários, por mais de 30 (trinta) dias; (Incluídopelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

III - deixar de trabalhar, com percepção do salário,por mais de 30 (trinta) dias, em virtude deparalisação parcial ou total dos serviços daempresa; e (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

IV - tiver percebido da Previdência Social prestaçõesde acidente de trabalho ou de auxílio-doençapor mais de 6 (seis) meses, embora descontínu-os. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

§ 1º - A interrupção da prestação de serviços deveráser anotada na Carteira de Trabalho e Previdên-cia Social. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

§ 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivoquando o empregado, após o implemento dequalquer das condições previstas neste artigo,retornar ao serviço. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de13.4.1977)

§ 3º - Para os fins previstos no inciso lIl deste artigo aempresa comunicará ao órgão local do Ministé-rio do Trabalho, com antecedência mínima de15 (quinze) dias, as datas de início e fim daparalisação total ou parcial dos serviços daempresa, e, em igual prazo, comunicará, nosmesmos termos, ao sindicato representativo dacategoria profissional, bem como afixará avisonos respectivos locais de trabalho. (Incluído pela Lei nº9.016, de 30.3.1995)

Seção IIDA CONCESSÃO E DA ÉPOCA DAS FÉRIAS

(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

Art.134 - As férias serão concedidas por ato do emprega-dor, em um só período, nos 12 (doze) mesessubseqüentes à data em que o empregado tiveradquirido o direito. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de13.4.1977)

§ 1º - Somente em casos excepcionais serão as fériasconcedidas em 2 (dois) períodos, um dos quaisnão poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maioresde 50 (cinqüenta) anos de idade, as férias serãosempre concedidas de uma só vez. (Incluído peloDecreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

Art.135 - A concessão das férias será participada, porescrito, ao empregado, com antecedência de, nomínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação ointeressado dará recibo. (Redação dada pela Lei nº 7.414, de9.12.1985)

§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo dasférias sem que apresente ao empregador suaCarteira de Trabalho e Previdência Social, paraque nela seja anotada a respectiva concessão. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

§ 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotadano livro ou nas fichas de registro dos emprega-dos. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

Art.136 - A época da concessão das férias será a quemelhor consulte os interesses do empregador.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

§ 1º - Os membros de uma família, que trabalharemno mesmo estabelecimento ou empresa, terãodireito a gozar férias no mesmo período, seassim o desejarem e se disto não resultar prejuí-zo para o serviço. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de13.4.1977)

§ 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito)anos, terá direito a fazer coincidir suas fériascom as férias escolares. (Redação dada pelo Decreto-lei nº1.535, de 13.4.1977)

Art.137 - Sempre que as férias forem concedidas após oprazo de que trata o art. 134, o empregadorpagará em dobro a respectiva remuneração.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

§ 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empre-gador tenha concedido as férias, o empregadopoderá ajuizar reclamação pedindo a fixação,por sentença, da época de gozo das mesmas. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

§ 2º - A sentença dominará pena diária de 5% (cincopor cento) do salário mínimo da região, devidaao empregado até que seja cumprida. (Incluído peloDecreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

§ 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgadoserá remetida ao órgão local do Ministério doTrabalho, para fins de aplicação da multa decaráter administrativo. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de13.4.1977)

Art.138 - Durante as férias, o empregado não poderáprestar serviços a outro empregador, salvo seestiver obrigado a fazê-lo em virtude de contra-to de trabalho regularmente mantido comaquele. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)

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Seção IIIDAS FÉRIAS COLETIVAS

(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

Art.139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todosos empregados de uma empresa ou de determi-nados estabelecimentos ou setores da empresa.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

§ 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois)períodos anuais desde que nenhum deles sejainferior a 10 (dez) dias corridos. (Redação dada peloDecreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

§ 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregadorcomunicará ao órgão local do Ministério doTrabalho, com a antecedência mínima de 15(quinze) dias, as datas de início e fim das férias,precisando quais os estabelecimentos ou setoresabrangidos pela medida. (Redação dada pelo Decreto-lei nº1.535, de 13.4.1977

§ 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia daaludida comunicação aos sindicatos representa-tivos da respectiva categoria profissional, eprovidenciará a afixação de aviso nos locais detrabalho. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

Art.140 - Os empregados contratados há menos de 12(doze) meses gozarão, na oportunidade, fériasproporcionais, iniciando-se, então, novo períodoaquisitivo. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

Art.141 - Quando o número de empregados contempladoscom as férias coletivas for superior a 300 (tre-zentos), a empresa poderá promover, mediantecarimbo, anotações de que trata o art. 135, § 1º.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

§ 1º - O carimbo, cujo modelo será aprovado peloMinistério do Trabalho, dispensará a referênciaao período aquisitivo a que correspondem, paracada empregado, as férias concedidas. (Incluído peloDecreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

§ 2º - Adotado o procedimento indicado neste artigo,caberá à empresa fornecer ao empregado cópiavisada do recibo correspondente à quitaçãomencionada no parágrafo único do art. 145.(Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

§ 3º - Quando da cessação do contrato de trabalho, oempregador anotará na Carteira de Trabalho ePrevidência Social as datas dos períodos aquisi-tivos correspondentes às férias coletivas gozadaspelo empregado. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

Seção IVDA REMUNERAÇÃO E DO ABONO DE FÉRIAS

(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

Art.142 - O empregado perceberá, durante as férias, aremuneração que lhe for devida na data da suaconcessão. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

§ 1º - Quando o salário for pago por hora com jorna-das variáveis, apurar-se-á a média do períodoaquisitivo, aplicando-se o valor do salário nadata da concessão das férias. (Incluído pelo Decreto-lei nº1.535, de 13.4.1977

§ 2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-ápor base a media da produção no períodoaquisitivo do direito a férias, aplicando-se ovalor da remuneração da tarefa na data daconcessão das férias. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535/1977)

§ 3º - Quando o salário for pago por percentagem,comissão ou viagem, apurar-se-á a média perce-bida pelo empregado nos 12 (doze) meses queprecederem à concessão das férias. (Incluído peloDecreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

§ 4º - A parte do salário paga em utilidades serácomputada de acordo com a anotação na Cartei-ra de Trabalho e Previdência Social. (Incluído peloDecreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

§ 5º - Os adicionais por trabalho extraordinário,noturno, insalubre ou perigoso serão computa-dos no salário que servirá de base ao cálculo daremuneração das férias. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de13.4.1977

§ 6º - Se, no momento das férias, o empregado nãoestiver percebendo o mesmo adicional do perío-do aquisitivo, ou quando o valor deste não tiversido uniforme será computada a média duodeci-mal recebida naquele período, após a atualiza-ção das importâncias pagas, mediante incidênciados percentuais dos reajustamentos salariaissupervenientes. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

Art.143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (umterço) do período de férias a que tiver direitoem abono pecuniário, no valor da remuneraçãoque lhe seria devida nos dias correspondentes.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

§ 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15(quinze) dias antes do término do períodoaquisitivo. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

§ 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão aque se refere este artigo deverá ser objeto deacordo coletivo entre o empregador e o sindica-to representativo da respectiva categoria profis-sional, independendo de requerimento individu-al a concessão do abono. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535,de 13.4.1977

§ 3º - O disposto neste artigo não se aplica aos empre-gados sob o regime de tempo parcial. (Incluído pelaMedida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

Art.144 - O abono de férias de que trata o artigo anterior,bem como o concedido em virtude de cláusulado contrato de trabalho, do regulamento daempresa, de convenção ou acordo coletivo,desde que não excedente de vinte dias do salá-rio, não integrarão a remuneração do emprega-do para os efeitos da legislação do trabalho.(Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1998)

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Art.145 - O pagamento da remuneração das férias e, sefor o caso, o do abono referido no art. 143 serãoefetuados até 2 (dois) dias antes do início dorespectivo período. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de13.4.1977

§ único - O empregado dará quitação do pagamento, comindicação do início e do termo das férias. (Incluídopelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

Seção VDOS EFEITOS DA CESSAÇÃO DO CONTRATO

DE TRABALHO(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

Art.146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquerque seja a sua causa, será devida ao empregadoa remuneração simples ou em dobro, conformeo caso, correspondente ao período de férias cujodireito tenha adquirido. (Redação dada pelo Decreto-lei nº1.535, de 13.4.1977

§ único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12(doze) meses de serviço, o empregado, desdeque não haja sido demitido por justa causa, terádireito à remuneração relativa ao períodoincompleto de férias, de acordo com o art. 130,na proporção de 1/12 (um doze avos) por mêsde serviço ou fração superior a 14 (quatorze)dias. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

Art.147 - O empregado que for despedido sem justacausa, ou cujo contrato de trabalho se extinguirem prazo predeterminado, antes de completar12 (doze) meses de serviço, terá direito à remu-neração relativa ao período incompleto deférias, de conformidade com o disposto noartigo anterior. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de13.4.1977

Art.148 - A remuneração das férias, ainda quando devidaapós a cessação do contrato de trabalho, teránatureza salarial, para os efeitos do art. 449.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

Seção VIDO INÍCIO DA PRESCRIÇÃO

(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

Art.149 - A prescrição do direito de reclamar a concessãodas férias ou o pagamento da respectiva remu-neração é contada do término do prazo mencio-nado no art. 134 ou, se for o caso, da cessaçãodo contrato de trabalho. (Redação dada pelo Decreto-lei nº1.535, de 13.4.1977

Seção VIIDISPOSIÇÕES ESPECIAIS

(Incluída pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

Art.150 - O tripulante que, por determinação do armador,for transferido para o serviço de outro, terácomputado, para o efeito de gozo de férias, otempo de serviço prestado ao primeiro, ficandoobrigado a concedê-las o armador em cujoserviço ele se encontra na época de gozá-las.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

§ 1º - As férias poderão ser concedidas, a pedido dosinteressados e com aquiescência do armador,parceladamente, nos portos de escala de grandeestadia do navio, aos tripulantes ali residentes.(Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

§ 2º - Será considerada grande estadia a permanênciano porto por prazo excedente de 6 (seis) dias.(Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

§ 3º - Os embarcadiços, para gozarem férias nascondições deste artigo, deverão pedi-las, porescrito, ao armador, antes do início da viagem,no porto de registro ou armação.(Incluído pelo Decreto-leinº 1.535, de 13.4.1977

§ 4º - O tripulante, ao terminar as férias, apresen-tar-se-á ao armador, que deverá designá-lo paraqualquer de suas embarcações ou o adir a algumdos seus serviços terrestres, respeitadas a condi-ção pessoal e a remuneração.(Incluído pelo Decreto-lei nº1.535, de 13.4.1977

§ 5º - Em caso de necessidade, determinada pelointeresse público, e comprovada pela autoridadecompetente, poderá o armador ordenar a sus-pensão das férias já iniciadas ou a iniciar-se,ressalvado ao tripulante o direito ao respectivogozo posteriormente. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535/1977)

§ 6º - O Delegado do Trabalho Marítimo poderáautorizar a acumulação de 2 (dois) períodos deférias do marítimo, mediante requerimentojustificado: (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

I - do sindicato, quando se tratar de sindicalizado;e (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

II - da empresa, quando o empregado não forsindicalizado. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

Art.151 - Enquanto não se criar um tipo especial decaderneta profissional para os marítimos, asférias serão anotadas pela Capitania do Porto nacaderneta-matrícula do tripulante, na páginadas observações. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de13.4.1977

Art.152 - A remuneração do tripulante, no gozo de férias,será acrescida da importância correspondente àetapa que estiver vencendo. (Redação dada pelo Decreto-leinº 1.535, de 13.4.1977

Seção VIIIDAS PENALIDADES

(Incluída pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977

Art.153 - As infrações ao disposto neste Capítulo serãopunidas com multas de valor igual a 160 BTNpor empregado em situação irregular. (Redação dadapela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

§ único - Em caso de reincidência, embaraço ou resistên-cia à fiscalização, emprego de artifício ou simu-lação com o objetivo de fraudar a lei, a multaserá aplicada em dobro. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de24.10.1989)

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16161616 = = = = LLLLegislação do TTTTrabalho IIIInstituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial

Capítulo VDA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO

(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Seção IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art.154 - A observância, em todos os locais de trabalho,do disposto neste Capitulo, não desobriga asempresas do cumprimento de outras disposiçõesque, com relação à matéria, sejam incluídas emcódigos de obras ou regulamentos sanitários dosEstados ou Municípios em que se situem osrespectivos estabelecimentos, bem como daque-las oriundas de convenções coletivas de traba-lho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.155 - Incumbe ao órgão de âmbito nacional compe-tente em matéria de segurança e medicina dotrabalho: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

I - estabelecer, nos limites de sua competência,normas sobre a aplicação dos preceitos desteCapítulo, especialmente os referidos no art. 200;(Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar afiscalização e as demais atividades relacionadascom a segurança e a medicina do trabalho emtodo o território nacional, inclusive a CampanhaNacional de Prevenção de Acidentes do Traba-lho; (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

III - conhecer, em última instância, dos recursos,voluntários ou de ofício, das decisões proferidaspelos Delegados Regionais do Trabalho, emmatéria de segurança e medicina do trabalho.(Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.156 - Compete especialmente às Delegacias Regionaisdo Trabalho, nos limites de sua jurisdição: (Redaçãodada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

I - promover a fiscalização do cumprimento dasnormas de segurança e medicina do trabalho;(Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

II - adotar as medidas que se tornem exigíveis, emvirtude das disposições deste Capítulo, determi-nando as obras e reparos que, em qualquer localde trabalho, se façam necessárias; (Incluído pela Lei nº6.514, de 22.12.1977)

III - impor as penalidades cabíveis por descumpri-mento das normas constantes deste Capítulo,nos termos do art. 201. (Incluído pela Lei nº 6.514/77)

Art.157 - Cabe às empresas: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.77)

I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurançae medicina do trabalho; (Incluído pela Lei nº 6.514, de22.12.1977)

II - instruir os empregados, através de ordens deserviço, quanto às precauções a tomar no senti-do de evitar acidentes do trabalho ou doençasocupacionais; (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

III - adotar as medidas que lhes sejam determinadaspelo órgão regional competente; (Incluído pela Lei nº6.514, de 22.12.1977)

IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autori-dade competente. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.158 - Cabe aos empregados: (Redação dada pela Lei nº 6.514/77)

I - observar as normas de segurança e medicina dotrabalho, inclusive as instruções de que trata oitem II do artigo anterior;

Il - colaborar com a empresa na aplicação dosdispositivos deste Capítulo.

§ único - Constitui ato faltoso do empregado a recusainjustificada: (parágrafo incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

a) à observância das instruções expedidas peloempregador na forma do item II do artigoanterior;

b) ao uso dos equipamentos de proteção individualfornecidos pela empresa.

Art.159 - Mediante convênio autorizado pelo Ministro doTrabalho, poderão ser delegadas a outros órgãosfederais, estaduais ou municipais atribuições defiscalização ou orientação às empresas quantoao cumprimento das disposições constantesdeste Capítulo. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Seção IIDA INSPEÇÃO PRÉVIA E DO EMBARGO OU INTERDIÇÃO

(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.160 - Nenhum estabelecimento poderá iniciar suasatividades sem prévia inspeção e aprovação dasrespectivas instalações pela autoridade regionalcompetente em matéria de segurança e medici-na do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 1º - Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrermodificação substancial nas instalações, inclusi-ve equipamentos, que a empresa fica obrigadaa comunicar, prontamente, à Delegacia Regionaldo Trabalho. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 2º - É facultado às empresas solicitar prévia aprova-ção, pela Delegacia Regional do Trabalho, dosprojetos de construção e respectivas instala-ções.(Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.161 - O Delegado Regional do Trabalho, à vista dolaudo técnico do serviço competente que de-monstre grave e iminente risco para o trabalha-dor, poderá interditar estabelecimento, setor deserviço, máquina ou equipamento, ou embargarobra, indicando na decisão, tomada com abrevidade que a ocorrência exigir, as providênci-as que deverão ser adotadas para prevenção deinfortúnios de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de22.12.1977)

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§ 1º - As autoridades federais, estaduais e municipaisdarão imediato apoio às medidas determinadaspelo Delegado Regional do Trabalho. (Incluído pela Leinº 6.514, de 22.12.1977)

§ 2º - A interdição ou embargo poderão ser requeridospelo serviço competente da Delegacia Regionaldo Trabalho e, ainda, por agente da inspeção dotrabalho ou por entidade sindical. (Incluído pela Lei nº6.514, de 22.12.1977)

§ 3º - Da decisão do Delegado Regional do Trabalhopoderão os interessados recorrer, no prazo de10 (dez) dias, para o órgão de âmbito nacionalcompetente em matéria de segurança e medici-na do trabalho, ao qual será facultado dar efeitosuspensivo ao recurso. (Incluído pela Lei nº 6.514, de22.12.1977)

§ 4º - Responderá por desobediência, além das medi-das penais cabíveis, quem, após determinada ainterdição ou embargo, ordenar ou permitir ofuncionamento do estabelecimento ou de umdos seus setores, a utilização de máquina ouequipamento, ou o prosseguimento de obra, se,em conseqüência, resultarem danos a terceiros.(Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 5º - O Delegado Regional do Trabalho, independen-te de recurso, e após laudo técnico do serviçocompetente, poderá levantar a interdição. (Incluídopela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 6º - Durante a paralização dos serviços, em decor-rência da interdição ou embargo, os emprega-dos receberão os salários como se estivessem emefetivo exercício. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Seção IIIDOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA E DE MEDICINA

DO TRABALHO NAS EMPRESAS

Art.162 - As empresas, de acordo com normas a seremexpedidas pelo Ministério do Trabalho, estarãoobrigadas a manter serviços especializados emsegurança e em medicina do trabalho. (Redação dadapela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ único - As normas a que se refere este artigo estabelece-rão: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

a) classificação das empresas segundo o número deempregados e a natureza do risco de suas ativi-dades; (Incluída pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

b) o numero mínimo de profissionais especializa-dos exigido de cada empresa, segundo o grupoem que se classifique, na forma da alínea anteri-or; (Incluída pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

c) a qualificação exigida para os profissionais emquestão e o seu regime de trabalho; (Incluída pela Leinº 6.514, de 22.12.1977)

d) as demais características e atribuições dos servi-ços especializados em segurança e em medicinado trabalho, nas empresas. (Incluída pela Lei nº 6.514, de22.12.1977)

Art.163 - Será obrigatória a constituição de ComissãoInterna de Prevenção de Acidentes (CIPA), deconformidade com instruções expedidas peloMinistério do Trabalho, nos estabelecimentos oulocais de obra nelas especificadas. (Redação dada pela Leinº 6.514, de 22.12.1977)

§ único - O Ministério do Trabalho regulamentará asatribuições, a composição e o funcionamentodas CIPA (s). (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.164 - Cada CIPA será composta de representantes daempresa e dos empregados, de acordo com oscritérios que vierem a ser adotados na regula-mentação de que trata o parágrafo único doartigo anterior. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 1º - Os representantes dos empregadores, titulares esuplentes, serão por eles designados. (Redação dadapela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 2º - Os representantes dos empregados, titulares esuplentes, serão eleitos em escrutínio secreto,do qual participem, independentemente defiliação sindical, exclusivamente os empregadosinteressados. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá aduração de 1 (um) ano, permitida uma reelei-ção. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicaráao membro suplente que, durante o seu manda-to, tenha participado de menos da metade donúmero de reuniões da CIPA. (Incluído pela Lei nº 6.514,de 22.12.1977)

§ 5º - O empregador designará, anualmente, dentre osseus representantes, o Presidente da CIPA e osempregados elegerão, dentre eles, o Vi-ce-Presidente. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.165 - Os titulares da representação dos empregadosnas CIPA (s) não poderão sofrer despedidaarbitrária, entendendo-se como tal a que não sefundar em motivo disciplinar, técnico, econômi-co ou financeiro. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador,em caso de reclamação à Justiça do Trabalho,comprovar a existência de qualquer dos motivosmencionados neste artigo, sob pena de sercondenado a reintegrar o empregado. (Redação dadapela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

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18181818 = = = = LLLLegislação do TTTTrabalho IIIInstituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial

Seção IVDO EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Art.166 - A empresa é obrigada a fornecer aos emprega-dos, gratuitamente, equipamento de proteçãoindividual adequado ao risco e em perfeitoestado de conservação e funcionamento, sempreque as medidas de ordem geral não ofereçamcompleta proteção contra os riscos de acidentese danos à saúde dos empregados. (Redação dada pela Leinº 6.514, de 22.12.1977)

Art.167 - O equipamento de proteção só poderá ser postoà venda ou utilizado com a indicação do Certifi-cado de Aprovação do Ministério do Trabalho.(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Seção VDAS MEDIDAS PREVENTIVAS DE MEDICINA

DO TRABALHO

Art.168 - Será obrigatório exame médico, por conta doempregador, nas condições estabelecidas nesteartigo e nas instruções complementares a seremexpedidas pelo Ministério do Trabalho: (Redaçãodada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

I - a admissão; (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

II - na demissão;(Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

III - periodicamente. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

§ 1º - O Ministério do Trabalho baixará instruçõesrelativas aos casos em que serão exigíveis exa-mes: (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

a) por ocasião da demissão; (Incluída pela Lei nº 7.855/1989)

b) complementares. (Incluída pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

§ 2º - Outros exames complementares poderão serexigidos, a critério médico, para apuração dacapacidade ou aptidão física e mental do empre-gado para a função que deva exercer. (Incluído pela Leinº 7.855, de 24.10.1989)

§ 3º - O Ministério do Trabalho estabelecerá, deacordo com o risco da atividade e o tempo deexposição, a periodicidade dos exames médicos. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

§ 4º - O empregador manterá, no estabelecimento, omaterial necessário à prestação de primeirossocorros médicos, de acordo com o risco daatividade. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

§ 5º - O resultado dos exames médicos, inclusive oexame complementar, será comunicado aotrabalhador, observados os preceitos da éticamédica. (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)

§ 6º - Serão exigidos exames toxicológicos, previa-mente à admissão e por ocasião do desligamen-to, quando se tratar de motorista profissional,assegurados o direito à contraprova em caso deresultado positivo e a confidencialidade dosresultados dos respectivos exames. (com redação dadapela Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015 - ver vigência - art.13 da referida lei)

§ 7º - Para os fins do disposto no § 6º, será obrigatórioexame toxicológico com janela de detecçãomínima de 90 (noventa) dias, específico parasubstâncias psicoativas que causem dependênciaou, comprovadamente, comprometam a capaci-dade de direção, podendo ser utilizado paraessa finalidade o exame toxicológico previsto naLei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 -Código de Trânsito Brasileiro, desde que realiza-do nos últimos 60 (sessenta) dias. (com redação dadapela Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015 - ver vigência - art.13 da referida lei)

Art.169 - Será obrigatória a notificação das doençasprofissionais e das produzidas em virtude decondições especiais de trabalho, comprovadasou objeto de suspeita, de conformidade com asinstruções expedidas pelo Ministério do Traba-lho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Seção VIDAS EDIFICAÇÕES

Art.170 - As edificações deverão obedecer aos requisitostécnicos que garantam perfeita segurança aosque nelas trabalhem. (Redação dada pela Lei nº 6.514/77)

Art.171 - Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3(três) metros de pé-direito, assim considerada aaltura livre do piso ao teto. (Redação dada pela Lei nº 6.514/77)

§ único - Poderá ser reduzido esse mínimo desde queatendidas as condições de iluminação e confortotérmico compatíveis com a natureza do traba-lho, sujeitando-se tal redução ao controle doórgão competente em matéria de segurança emedicina do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514/77)

Art.172 - 0s pisos dos locais de trabalho não deverãoapresentar saliências nem depressões que preju-diquem a circulação de pessoas ou a movimen-tação de materiais. (Redação dada pela Lei nº 6.514/77)

Art.173 - As aberturas nos pisos e paredes serão protegi-das de forma que impeçam a queda de pessoasou de objetos. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.174 - As paredes, escadas, rampas de acesso, passare-las, pisos, corredores, coberturas e passagensdos locais de trabalho deverão obedecer àscondições de segurança e de higiene do trabalhoestabelecidas pelo Ministério do Trabalho emanter-se em perfeito estado de conservação elimpeza. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Seção VIIDA ILUMINAÇÃO

Art.175 - Em todos os locais de trabalho deverá haveriluminação adequada, natural ou artificial,apropriada à natureza da atividade. (Redação dadapela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 1º - A iluminação deverá ser uniformemente distri-buída, geral e difusa, a fim de evitar ofuscamen-to, reflexos incômodos, sombras e contrastesexcessivos. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

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§ 2º - O Ministério do Trabalho estabelecerá os níveismínimos de iluminamento a serem observados. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Seção VIIIDO CONFORTO TÉRMICO

Art.176 - Os locais de trabalho deverão ter ventilaçãonatural, compatível com o serviço realizado. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ único - A ventilação artificial será obrigatória sempreque a natural não preencha as condições deconforto térmico. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.177 - Se as condições de ambiente se tornarem des-confortáveis, em virtude de instalações gerado-ras de frio ou de calor, será obrigatório o uso devestimenta adequada para o trabalho em taiscondições ou de capelas, anteparos, paredesduplas, isolamento térmico e recursos similares,de forma que os empregados fiquem protegidoscontra as radiações térmicas. (Redação dada pela Lei nº6.514, de 22.12.1977)

Art.178 - As condições de conforto térmico dos locais detrabalho devem ser mantidas dentro dos limitesfixados pelo Ministério do Trabalho. (Redação dadapela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Seção IXDAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Art.179 - O Ministério do Trabalho disporá sobre ascondições de segurança e as medidas especiaisa serem observadas relativamente a instalaçõeselétricas, em qualquer das fases de produção,transmissão, distribuição ou consumo de ener-gia. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.180 - Somente profissional qualificado poderá insta-lar, operar, inspecionar ou reparar instalaçõeselétricas. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.181 - Os que trabalharem em serviços de eletricidadeou instalações elétricas devem estar familiariza-dos com os métodos de socorro a acidentadospor choque elétrico. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de22.12.1977)

Seção XDA MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM

E MANUSEIO DE MATERIAIS

Art . 182 - O Ministério do Trabalho estabelecerá normassobre: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

I - as precauções de segurança na movimentaçãode materiais nos locais de trabalho, os equipa-mentos a serem obrigatoriamente utilizados e ascondições especiais a que estão sujeitas a opera-ção e a manutenção desses equipamentos,inclusive exigências de pessoal habilitado; (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

II - as exigências similares relativas ao manuseio eà armazenagem de materiais, inclusive quantoàs condições de segurança e higiene relativasaos recipientes e locais de armazenagem e osequipamentos de proteção individual; (Incluído pela

Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

III - a obrigatoriedade de indicação de carga máximapermitida nos equipamentos de transporte, dosavisos de proibição de fumar e de advertênciaquanto à natureza perigosa ou nociva à saúdedas substâncias em movimentação ou emdepósito, bem como das recomendações deprimeiros socorros e de atendinento médico esímbolo de perigo, segundo padronização inter-nacional, nos rótulos dos materiais ou substânci-as armazenados ou transportados. (Incluído pela Lei nº

6.514, de 22.12.1977)

§ único - As disposições relativas ao transporte de materi-ais aplicam-se, também, no que couber, aotransporte de pessoas nos locais de trabalho.(Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.183 - As pessoas que trabalharem na movimentaçãode materiais deverão estar familiarizados comos métodos raciocinais de levantamento decargas. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Seção XIDAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.184 - As máquinas e os equipamentos deverão serdotados de dispositivos de partida e parada eoutros que se fizerem necessários para a preven-ção de acidentes do trabalho, especialmentequanto ao risco de acionamento acidental. (Redação

dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ único - É proibida a fabricação, a importação, a venda,a locação e o uso de máquinas e equipamentosque não atendam ao disposto neste artigo. (Incluído

pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.185 - Os reparos, limpeza e ajustes somente poderãoser executados com as máquinas paradas, salvose o movimento for indispensável à realizaçãodo ajuste. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.186 - O Ministério do Trabalho estabelecerá normasadicionais sobre proteção e medidas de seguran-ça na operação de máquinas e equipamentos,especialmente quanto à proteção das partesmóveis, distância entre estas, vias de acesso àsmáquinas e equipamentos de grandes dimen-sões, emprego de ferramentas, sua adequação emedidas de proteção exigidas quando motoriza-das ou elétricas. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

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Seção XIIDAS CALDEIRAS, FORNOS E RECIPIENTES

SOB PRESSÃO

Art.187 - As caldeiras, equipamentos e recipientes emgeral que operam sob pressão deverão dispor deválvula e outros dispositivos de segurança, queevitem seja ultrapassada a pressão interna detrabalho compatível com a sua resistência. (Redaçãodada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ único - O Ministério do Trabalho expedirá normascomplementares quanto à segurança das caldei-ras, fornos e recipientes sob pressão, especial-mente quanto ao revestimento interno, à locali-zação, à ventilação dos locais e outros meios deeliminação de gases ou vapores prejudiciais àsaúde, e demais instalações ou equipamentosnecessários à execução segura das tarefas decada empregado. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.188 - As caldeiras serão periodicamente submetidas ainspeções de segurança, por engenheiro ouempresa especializada, inscritos no Ministériodo Trabalho, de conformidade com as instruçõesque, para esse fim, forem expedidas. (Redação dadapela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 1º - Toda caldeira será acompanhada de "Prontuá-rio", com documentação original do fabricante,abrangendo, no mínimo: especificação técnica,desenhos, detalhes, provas e testes realizadosdurante a fabricação e a montagem, característi-cas funcionais e a pressão máxima de trabalhopermitida (PMTP), esta última indicada, emlocal visível, na própria caldeira. (Incluído pela Lei nº6.514, de 22.12.1977)

§ 2º - O proprietário da caldeira deverá organizar,manter atualizado e apresentar, quando exigidopela autoridade competente, o Registro deSegurança, no qual serão anotadas, sistematica-mente, as indicações das provas efetuadas,inspeções, reparos e quaisquer outras ocorrênci-as. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 3º - Os projetos de instalação de caldeiras, fornos erecipientes sob pressão deverão ser submetidosà aprovação prévia do órgão regional competen-te em matéria de segurança do trabalho. (Incluídopela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Seção XIIIDAS ATIVIDADES INSALUBRES OU PERIGOSAS

(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.189 - Serão consideradas atividades ou operaçõesinsalubres aquelas que, por sua natureza, condi-ções ou métodos de trabalho, exponham osempregados a agentes nocivos à saúde, acimados limites de tolerância fixados em razão danatureza e da intensidade do agente e do tempode exposição aos seus efeitos. (Redação dada pela Lei nº6.514, de 22.12.1977)

Art.190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro dasatividades e operações insalubres e adotaránormas sobre os critérios de caracterização dainsalubridade, os limites de tolerância aosagentes agressivos, meios de proteção e o tempomáximo de exposição do empregado a essesagentes. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ único - As normas referidas neste artigo incluirão medi-das de proteção do organismo do trabalhadornas operações que produzem aerodispersóidestóxicos, irritantes, alérgicos ou incômodos.(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.191 - A eliminação ou a neutralização da insalubrida-de ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

I - com a adoção de medidas que conservem oambiente de trabalho dentro dos limites detolerância; (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

II - com a utilização de equipamentos de proteçãoindividual ao trabalhador, que diminuam aintensidade do agente agressivo a limites detolerância. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho,comprovada a insalubridade, notificar as empre-sas, estipulando prazos para sua eliminação ouneutralização, na forma deste artigo. (Incluído pela Leinº 6.514, de 22.12.1977)

Art.192 - O exercício de trabalho em condições insalu-bres, acima dos limites de tolerância estabeleci-dos pelo Ministério do Trabalho, assegura apercepção de adicional respectivamente de 40%(quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e10% (dez por cento) do salário-mínimo daregião, segundo se classifiquem nos graus máxi-mo, médio e mínimo. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de

22.12.1977)

Art.193 - São consideradas atividades ou operaçõesperigosas, na forma da regulamentação aprova-da pelo Ministério do Trabalho e Emprego,aquelas que, por sua natureza ou métodos detrabalho, impliquem risco acentuado em virtudede exposição permanente do trabalhador a: (Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012)

I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)

II - roubos ou outras espécies de violência física nasatividades profissionais de segurança pessoal oupatrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)

§ 1º - O trabalho em condições de periculosidadeassegura ao empregado um adicional de 30%(trinta por cento) sobre o salário sem os acrésci-mos resultantes de gratificações, prêmios ouparticipações nos lucros da empresa. (Incluído pela Leinº 6.514, de 22.12.1977)

§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional deinsalubridade que porventura lhe seja devido.(Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

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§ 3º - Serão descontados ou compensados do adicio-nal outros da mesma natureza eventualmente jáconcedidos ao vigilante por meio de acordocoletivo. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)

§ 4º - São também consideradas perigosas as ativida-des de trabalhador em motocicleta. (Incluído pela Leinº 12.997, de 2014)

Art.194 - O direito do empregado ao adicional de insalu-bridade ou de periculosidade cessará com aeliminação do risco à sua saúde ou integridadefísica, nos termos desta Seção e das normasexpedidas pelo Ministério do Trabalho. (Redaçãodada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.195 - A caracterização e a classificação da insalubrida-de e da periculosidade, segundo as normas doMinistério do Trabalho, far-se-ão através deperícia a cargo de Médico do Trabalho ou Enge-nheiro do Trabalho, registrados no Ministério doTrabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos dascategorias profissionais interessadas requereremao Ministério do Trabalho a realização de perí-cia em estabelecimento ou setor deste, com oobjetivo de caracterizar e classificar ou delimitaras atividades insalubres ou perigosas. (Redação dadapela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosida-de, seja por empregado, seja por Sindicato emfavor de grupo de associado, o juiz designaráperito habilitado na forma deste artigo, e, ondenão houver, requisitará perícia ao órgão compe-tente do Ministério do Trabalho. (Redação dada pela Leinº 6.514, de 22.12.1977)

§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não preju-dica a ação fiscalizadora do Ministério do Traba-lho, nem a realização ex officio da perícia. (Redaçãodada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.196 - Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalhoem condições de insalubridade ou periculosida-de serão devidos a contar da data da inclusão darespectiva atividade nos quadros aprovados peloMinistro do Trabalho, respeitadas as normas doartigo 11. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.197 - Os materiais e substâncias empregados, manipu-lados ou transportados nos locais de trabalho,quando perigosos ou nocivos à saúde, devemconter, no rótulo, sua composição, recomenda-ções de socorro imediato e o símbolo de perigocorrespondente, segundo a padronização inter-nacional. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ único - Os estabelecimentos que mantenham as ativida-des previstas neste artigo afixarão, nos setoresde trabalho atingidas, avisos ou cartazes, comadvertência quanto aos materiais e substânciasperigosos ou nocivos à saúde. (Redação dada pela Lei nº6.514, de 22.12.1977)

Seção XIVDA PREVENÇÃO DA FADIGA

Art.198 - É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máxi-mo que um empregado pode remover individu-almente, ressalvadas as disposições especiaisrelativas ao trabalho do menor e da mulher.(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ único - Não está compreendida na proibição desteartigo a remoção de material feita por impulsãoou tração de vagonetes sobre trilhos, carros demão ou quaisquer outros aparelhos mecânicos,podendo o Ministério do Trabalho, em taiscasos, fixar limites diversos, que evitem sejamexigidos do empregado serviços superiores àssuas forças. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Art.199 - Será obrigatória a colocação de assentos queassegurem postura correta ao trabalhador,capazes de evitar posições incômodas ou força-das, sempre que a execução da tarefa exija quetrabalhe sentado.(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ único - Quando o trabalho deva ser executado de pé, osempregados terão à sua disposição assentospara serem utilizados nas pausas que o serviçopermitir. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Seção XVDAS OUTRAS MEDIDAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO

Art.200 - Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecerdisposições complementares às normas de quetrata este Capítulo, tendo em vista as peculiari-dades de cada atividade ou setor de trabalho,especialmente sobre: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de22.12.1977)

I - medidas de prevenção de acidentes e os equipa-mentos de proteção individual em obras deconstrução, demolição ou reparos; (Incluído pela Lei nº6.514, de 22.12.1977)

II - depósitos, armazenagem e manuseio de com-bustíveis, inflamáveis e explosivos, bem comotrânsito e permanência nas áreas respectivas;(Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

III - trabalho em escavações, túneis, galerias, minase pedreiras, sobretudo quanto à prevenção deexplosões, incêndios, desmoronamentos esoterramentos, eliminação de poeiras, gases, etc.e facilidades de rápida saída dos empregados;(Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

IV - proteção contra incêndio em geral e as medidaspreventivas adequadas, com exigências aoespecial revestimento de portas e paredes,construção de paredes contra-fogo, diques eoutros anteparos, assim como garantia geral defácil circulação, corredores de acesso e saídasamplas e protegidas, com suficiente sinalização;(Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)