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Medição e mensuração MEDIR – É comparar uma dada grandeza com outra de mesma classificação, que foi tomada como unidade e definida como padrão MENSURAR – É determinar a medida, ou seja, é medir. Forma de apresentação dos resultados Analógicos, nos quais a leitura é feita de maneira indireta, usualmente através do posicionamento de um ponteiro sobre uma escala. Digitais: Fornecem a leitura diretamente em um display de LED ou LCD. Passos para medição 1º passo - Ter uma idéia do valor da grandeza: Nunca se procede com uma medição sem ter uma idéia (mesmo que aproximada) do valor da grandeza que se pretende medir. Isto poderá evitar a ocorrência de danos para os equipamentos e para o operador. 2º passo - Instrumento que temos = Instrumento que precisamos? É fundamental verificar se o instrumento de medição de que dispomos é adequado à medição que pretendemos efetuar, fundamentalmente em quatro aspectos: Pode medir a grandeza que desejamos; Tem o alcance necessário; Tem a precisão adequada; Algarismos significativos São todos os algarismos lidos com certeza mais o primeiro duvidoso. Valor lido = 7,3 Definições relacionadas à Escala

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Page 1: Medição e mensuração.docx

Medição e mensuração

MEDIR – É comparar uma dada grandeza com outra de mesma classificação, que foi tomada como unidade e definida como padrão

MENSURAR – É determinar a medida, ou seja, é medir.

Forma de apresentação dos resultados

Analógicos, nos quais a leitura é feita de maneira indireta, usualmente através do posicionamento de um ponteiro sobre uma escala.

Digitais: Fornecem a leitura diretamente em um display de LED ou LCD.

Passos para medição

1º passo - Ter uma idéia do valor da grandeza: Nunca se procede com uma medição sem ter uma idéia (mesmo que aproximada) do valor da grandeza que se pretende medir. Isto poderá evitar a ocorrência de danos para os equipamentos e para o operador.

2º passo - Instrumento que temos = Instrumento que precisamos? É fundamental verificar se o instrumento de medição de que dispomos é adequado à medição que pretendemos efetuar, fundamentalmente em quatro aspectos:

– Pode medir a grandeza que desejamos;

– Tem o alcance necessário;

Tem a precisão adequada;

Algarismos significativos

São todos os algarismos lidos com certeza mais o primeiro duvidoso.

Valor lido = 7,3

Definições relacionadas à Escala

• Fundo de escala: Máximo valor que determinado instrumento é capaz de medir sem correr o risco de danos.

• Faixa de medição (range): Intervalo de medida entre os limites inferior e superior.

• Alcance (span): É a diferença algébrica entre o valor superior e inferior da faixa de medida do instrumento.

• Linearidade: Maneira como a escala é dividida. escala é linear (ou homogênea), a escala não-linear (heterogênea).

Definição relacionada ao Medidor

• Aferição: Procedimento de comparação entre o valor lido por um instrumento e o valor padrão apropriado da mesma grandeza.

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• Calibração: Procedimento que consiste em ajustar o valor lido com um instrumento com o valor padrão de mesma natureza.

• Precisão: Propriedade de um instrumento de, em condições idênticas, indicar o mesmo valor para uma determinada grandeza medida.

• Exatidão: É a aptidão de um instrumento para dar respostas próximas ao valor verdadeiro do mensurando (objeto da medição).

Resolução

• Para instrumento analógico: É a medida do menor incremento mensurável por um instrumento de medição.

• Para instrumento digital: É a diferença de indicação que corresponde à alteração de uma unidade do dígito menos significativo (dígito mais à direita).

Erros de medição

Erro absoluto é a diferença algébrica entre o valor medido Vm de uma grandeza e o seu valor verdadeiro, ou aceito como verdadeiro, Ve :

ΔV = Vm – Ve

Erro relativo "e" é a relação entre o erro absoluto ΔV e o valor verdadeiro Ve da grandeza medida:

CONCEITO – São inerentes a todo o tipo de medidas e podem ser minimizados, porém nunca completamente eliminados

Categoria dos erros

Grosseiros;

Sistemáticos;

Aleatórios.

Erros Grosseiros

São sempre atribuídos ao operador do equipamento e, de uma maneira geral, pode-se dizer que resultam da falta de atenção.

Exemplos:

• Ligação incorreta do instrumento;

• Transcrição equivocada do valor de uma observação;

• Erro de interpolação;

• Erro de paralaxe.

Erro de paralaxe- Erro associado a incorreta posição do observador

Erro Sistemático

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Devem-se às deficiências do instrumento, do método empregado e das condições sob as quais a medida é realizada.

Podem ser:

• Instrumentais – Escalas mal graduadas, oxidação de contatos, desgaste de peças e descalibração.

• Ambientais – Temperatura, umidade, pressão, campos elétricos e/ou magnéticos do ambiente externo ao aparelho.

Erros Aleatórios

Também chamados erros acidentais, devem-se a fatores imponderáveis (incertezas).

Erro de escala em instrumentos analógicos

Erro de escala em instrumentos digitais

Neste caso o manual do instrumento fornece os parâmetros, como a resolução e exatidão/precisão, necessários para se determinar o grau de incerteza ou de tolerância das grandezas medidas

Incerteza nos instrumentos digitais

• Um indicador digital proporciona uma leitura numérica que elimina o erro do operador em termos de interposição e paralaxe;

• Os instrumentos digitais representam a tolerância da seguinte forma:

• A resolução desses instrumentos é correspondente à mudança de tensão que faz variar o bit menos significativo no display do medidor;

Tolerância = ± (% do valor lido + % do valor de fundo de escala

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O paquímetro é um instrumento usado para medições de precisão milimétrica e pode ser usado para medições de diâmetro (interno e externo) de superfícies esféricas pequenas e também para medição de altura e profundidade de determinados materiais. Pela sua eficiência em demonstrar áreas ou dimensões pequenas este instrumento tem suas limitações.

Sua funcionalidade se assemelha a de uma régua, porém a régua não informa números precisos em relação ao paquímetro. Por convenção a parte que informa a maior mediação, dada geralmente em centímetro, é chamada de regra. A mandíbula fixa, localizada na parte inferior à esquerda e a mandíbula móvel, localizada ao lado, auxilia na medição de diâmetros e raios de círculos “ocos”.

Em conjunto com a mandíbula móvel encontra-se o nônio, responsável pela precisão do paquímetro. Essa precisão varia de um instrumento para o outro, pois ela depende da medição do nônio, podendo medir dimensões com frações de milímetros.

Segue abaixo uma imagem detalhada com todas as partes do paquímetro.

Além das partes mencionadas anteriormente, encontramos também as orelhas (para medir diâmetro interno), a haste de profundidade e o cursor.

A medição feita no paquímetro se realiza encostando a mandíbula fixa (bico) no objeto e arrastando a mandíbula móvel (bico móvel) até que este se encoste a sua outra extremidade, como na imagem:

Logo em seguida lê-se a régua. A medida é o número que se encontra a esquerda do zero do nônio. A precisão é medida com a verificação de qual traço do nônio coincide com qualquer traço da régua principal, então se multiplica o número da medida desse traço pela precisão*.

A precisão do nônio se calcula medindo o comprimento do mesmo e dividindo pela quantidade de divisões existentes. Em

seguida, deve-se subtrair o resultado pelo número inteiro superior a esse.

Objetivos

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O objetivo principal da experimentação é verificar a medição de diferentes objetos com diferentes medidores, conhecer instrumentos como o paquímetro e saber diferenciar um pelas suas características precisas. Verificar também porque essa diferenciação de instrumentos em uma ação que à primeira vista parece tão simples: medir.

Material

Paquimetro Cilindro Tarugo Peça com furo cego Régua Tiras de papel

Procedimento

Os procedimentos consistiram em fazer medições dos instrumentos apresentados que são:

- Peça cilíndrica maior

- Tarugo

- Peça com furo cego

Mediu-se diâmetro, altura e profundida à medida que foi solicitado no módulo. Os resultados encontram-se abaixo.

O volume da peça cilíndrica maior

MEDIDA 1 MEDIDA 2 MEDIDA 3 CONCLUUSÃODIÂMETRO (mm) 25,60 25,60 25,60 25,60ALTURA (mm) 51,00 51,00 51,00 51,00

V = πR² x h = 163,84π x 51,0 = 8355,84π mm³

O diâmetro do tarugo

MEDIDA 1 MEDIDA 2 MEDIDA 3 CONCLUUSÃODIÂMETRO (mm) 6,42 6,35 6,35 6,37

O volume de ferro da peça com furo cego

MEDIDA 1 MEDIDA 2 MEDIDA 3 CONCLUUSÃODIÂMETRO EXTERNO (mm) 25,30 25,35 25,30 25,32ALTURA EXTERNA(mm) 36,10 36,00 36,00 36,03DIÂMETRO INTERNO (mm) 14,10 14,00 13,85 13,98ALTURA INTERNA (mm) 21,55 21,60 21,50 21,55

Page 6: Medição e mensuração.docx

Volume = Vtotal = Vcilindro – V cavidade

Vcilindro = (12,66)² x 36 π Vcavidade = (6,99)² x 21,55π

160,28 x 36π 48,86 x 21,55 π

5769,92π 1052,94π

Vtotal = 5769,92 π - 1052,94 π

4716,99π ≈ 4717

Questionário

1. Faça a leitura do Paquímetro ilustrado no módulo de Física Experimental.

24,35 mm

1. A partir dos valores médios dos diâmetros obtidos nesta prática com o paquímetro, determine o comprimento da circunferência externa das três peças.

Comprimento do cilindro maior:

Diâmetro x π = (3,14)(25,6) = 80,384 ≈ 80,4

Comprimento do tarugo:

(3,14)(6,42) = 20,0018 ≈ 20

Comprimento da peça com furo cego:

(3,14)(25,32) = 79,5048 ≈ 79,5

1. Considere os valores dos comprimentos das circunferências obtidos com o paquímetro e com uma régua, quais os de maior precisão

Com o paquímetro obtemos mais precisão, afinal é essa a sua finalidade.

1. Nas medidas feitas na peça com o furo cego, para o calculo do volume, quais as que podem contribuir no resultado com maior erro. Porque.

A altura interna e diâmetro interno, pois considera-se com isso duas medições de precisão para o calculo do volume o que pode alterar ou invalidar o resultado.

1. Qual a menor fração de milímetro que pode ser lida com o paquímetro que você utilizou.

É a sua precisão, que neste caso é 0,05.

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1. Qual a precisão de um paquímetro cujo nônio tem 49 mm de comprimento e está dividido em 50 partes iguais.

1 – (49/50) = 1 – 0,98 = 0,02 mm

0,02 mm de precisão

1. O nônio de um paquímetro tem 29 mm de comprimento. A precisão do mesmo é de 0,1 mm. Em quantas partes foi dividido o nônio.

290 partes

1. Num paquímetro de 0,05 de sensibilidade, a distância entre o zero da escala e o zero do vernier é de 11,5 cm, sendo que o 13º traço do vernier coincidiu. Qual o valor da medida.

60,8mm

1. Qual seria a leitura se a sensibilidade fosse 0,02.

24,3mm

Conclusão

O paquímetro é pouco utilizado pelo senso-comum, mas é evidente que sua utilidade no meio acadêmico. Usando-se uma régua verifica-se que há certa disparidade em relação à mediação na visão de pessoas diferentes.

Com o paquímetro isso não acontece (caso olhe para o instrumento de maneira correta e nem que se aplique muita pressão sobre o objeto medido), pois sua exatidão nos faz obter os mesmos valores para observações diferentes. Assim, verificamos que a utilidade do paquímetro se deve a extrema precisão e essencial utilidade no meio acadêmico.

Essa prática foi essencial para o aprimoramento do aluno com a apresentação desse novo instrumento. É esperado que assim venha a se tornar bastante útil no decorrer da vida acadêmica e ao passar da mesma.

PA E MI

Um dos procedimentos fundamentais da física é a medição de dados para a verificação de erros e incertezas. O paquímetro e o micrômetro são dois importantes instrumentos de medida; suas medidas oferecem incertezas de décimos, centésimos ou até mesmo de milésimos de milímetro (como é o caso do micrômetro).

1.1. Paquímetro O paquímetro é uma régua normal equipada com uma régua móvel, chamada de nônio ou vernier que permite medições de décimos ou até centésimos de milímetro. Dessa forma pode-se dizer que o paquímetro possui todas as funções de uma régua comum, porém com uma incerteza menor.

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1.2. Micrômetro O micrômetro é um instrumento de medida de alta precisão que permite efetuar medições de até milésimos de milímetro.

Por outro lado, não basta apenas quantificar as grandezas com as quais se trabalham. Deve-se saber avaliar e interpretar os resultados obtidos bem como fazer as correções necessárias para a determinação das incertezas. Para isso faz-se uso de recursos estatísticos.

2. Objetivos

Aprender a manipular dois equipamentos de medida: paquímetro e micrômetro, para que com eles sejam obtidos os dados necessários;

Comparar precisão e exatidão dos equipamentos e dos dados encontrados nas medições de modo a obter os resultados experimentais e as incertezas.

3.Material e método utilizados Para este procedimento, foram utilizados os seguintes materiais:

Paquímetro;

Micrômetro;

Dois tubos cilíndricos de dimensões diferentes;

Uma esfera.

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Para os dois cilindros, mediu-se cinco vezes a altura (h), o diâmetro interno (d) e o diâmetro externo (D). Para a esfera, mediu-se, esta mesma quantidade de vezes, seu diâmetro (d). A partir dos dados coletados, calculou-se o valor médio, o desvio padrão, o desvio padrão da média (a incerteza tipo A, Aσ). Em todas as medições, a incerteza tipo

B, Bσ, foi considerada como sendo a precisão do aparelho de medida e será explicitada na tabela fornecida a seguir. Então, determinou-se a incerteza combinada, Cσ, para cada grandeza.

Com isto, pode-se determinar um bom valor para as medidas de cada grandeza e, através do conceito de propagação de incertezas, pode-se também calcular as incertezas relacionadas aos volumes de cada uma das cascas cilíndricas bem como o de cada esfera. Em seguida, calculou-se a incerteza relativa de cada medida de volume. Isso é muito útil por permitir ter uma boa noção da real qualidade das medições efetuadas.

4.Resultados e Discussão

4.1. Resultados A tabela abaixo mostra as medições e os dados calculados.

Paquímetro h (cm)d (cm)D (cm)

Resultado(5,360 ± 0,020) cm(1,900 ± 0,029 ) cm (2,434 ± 0,005) cm h (cm)d (cm)D (cm)

Resultado(8,720 ± 0,028) cm(1,926 ± 0,005) cm(2,436 ± 0,005) cm Micrômetro d (m)

Medida 118,240 Medida 218,240 Medida 318,230 Medida 418,230 Medida 518,240

Média 18,236 Desvio padrão0,005

Cil ind ro 1

Cil ind ro 14

Esf era σc 0,002 Resultado(18,236 ± 0,002) cm

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Sendo a média determinada por:

i x x n onde x é a média das medidas, ix são cada uma das medidas e n é o número de medidas. Assim, para a altura do cilindro 1, obtém-se:

O desvio padrão é determinado por:

i x x

•Para a altura do cilindro 1, obtém-se:

A incerteza tipo A (σa) é dada por:

Para a altura do cilindro 1, tem-se:

Como a incerteza tipo B (σb) foi considerada a precisão do aparelho, não há cálculos e os resultados estão devidamente dispostos na tabela acima.

A incerteza combinada (σc) é dada por:

Assim, para o cilindro 1:

Tendo calculado isso, obtém-se um bom resultado para a medida da altura do cilindro 1 como sendo:

Obtendo, a partir dos mesmos cálculos, o resultado das outras dimensões: •Para o diâmetro interno do cilindro 1:

Desvio padrão:

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Incerteza do tipo A (σa):

()()220,0290,005Cσ=+ 0,028Cσ=cm

Incerteza do tipo C (σc):

Tendo calculado isso, chega-se a um resultado para a medida do diâmetro interno do cilindro 1 como sendo:

•Para o diâmetro externo do cilindro 1:

Desvio padrão

Incerteza do tipo A (σa):

()()220,0020,005Cσ=+ 0,005Cσ=cm

Incerteza do Tipo C (σc):

Tendo calculado isso, chega-se a um bom resultado para a medida do diâmetro externo do cilindro 1 como sendo:

Do mesmo modo, foram calculados os dados para o cilindro 14: •Para a altura do cilindro 14, obtém-se:

Desvio Padrão:

Incerteza tipo A (σa):

Incerteza do tipo C (σc):

Tendo calculado isso, chegamos a um bom resultado para a medida da altura do cilindro 14 como sendo:

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•Para o diâmetro interno do cilindro 14: Desvio padrão:

()()220,0020,005Cσ=+ 0,005Cσ=cm

Incerteza do tipo C (σc):

Tendo calculado isso, chega-se a um resultado para a medida do diâmetro interno do cilindro 14 como sendo:

•Para o diâmetro externo do cilindro 14: Desvio padrão:

()()220,0020,005Cσ=+ 0,005Cσ=cm

Incerteza do tipo C (σc):

Tendo calculado isso, chega-se a um resultado para a medida do diâmetro externo do cilindro 14 como sendo:

•Para o diâmetro da esfera: Desvio padrão:

Incerteza do tipo A (σa):

()()220,0020,001Cσ=+ 0,002Cσ=cm

Incerteza do tipo C (σc):

Para o cálculo dos volumes das cascas cilíndricas e das esferas, deve-se utilizar a propagação de incertezas. Antes disso, deve-se conhecer as equações que fornecem cada volume desejado. Designando V para o volume, tem-se:

Para os cilindros:

dV r h r V d hpi pi= = =

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Para as esferas:

dV r r V dpi pi= = =

Da propagação de incertezas e denotando a incerteza relacionada ao volume por

Vσ tem-se:

Para os cilindros:

V D h V V

D h

2 4V D hDh Dpi pi

Em especial para o cilindro 1:

Para o cilindro 14, a relação é a mesma, obtendo-se, portanto: 8

Resta, portanto, calcular os volumes. Para o cilindro11:

Para o cilindro 14:

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Chega-se, então, às seguintes medidas para os volumes dos cilindros 1 e 14, respectivamente:

e

A incerteza relativa é dada por:

Daí, obtem-se as seguintes incertezas relativas: Para o cilindro 1:

Para o cilindro 14:

e

Dessa forma pode-se escrever, respectivamente para o cilindro 1 e 14: A propagação de incertezas para as esferas fornece:

V d

V d pi σ pi σ

Então tem-se para a esfera:

Como o volume da esfera é: 36

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V dpi =

Chega-se, então, à seguinte medida para o volume da esfera:

3(3175,319 1,045) mmV=±

Chega-se, portanto, às seguintes incertezas relativas respectivamente para a esfera:

Podendo-se, então, escrever as medidas dos volumes da esfera como: 33175,319 m 0,03%V=±

Fazendo um apanhado geral, obtém-se os seguintes resultados: Volume do cilindro 1:

3(24,940 0,138) cmV=± ou 324,940 cm 0,5%V=±3(40,640 0,114) cmV=± ou 340,640 cm 0,28%V=±

Volume do cilindro 14:

3(3175,319 1,045) mV=± ou 33175,319 m 0,03%V=±

Volume da esfera:

4.2. Discussão 10

É importante ressaltar que as incertezas relativas dos objetos medidos pelo paquímetro foram maiores de que as da esfera, que foi medida pelo micrômetro. Isso mostra que as medidas feitas pelo micrômetro, normalmente tem maior precisão do que as medidas que são feitas pelo paquímetro. Porém, quanto ao uso do micrômetro, percebeu-se uma pequena falha no seu modo de medir, pois quando superfície da esfera é comprimida, existe uma certa área onde não existe o contato (pelo fato de a superfície ser curvilínea), interferindo no resultado final do seu diâmetro. É necessário salientar que nos dois cilindros (1 e 14), o desvio padrão e as incertezas relativas de suas alturas foram maiores do que as medidas das outras dimensões, isso deve-se à irregularidade no corte dos cilindros.

5. Conclusão

Ao utilizar diversos aparelhos para medição, obtém-se além de mais segurança quanto aos resultados, uma oportunidade de conhecer qual aparelho é mais adequado para determinada situação.

Na utilização do paquímetro, obtiveram-se precisão e exatidão num nível um pouco abaixo ao do micrômetro. O micrômetro mostrou-se bem preciso e, como realiza a medição de forma direta, bastante confiável como parâmetro.

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As peças fornecidas para medição não apresentavam indicações nominais de fábrica, não sendo possível estabelecer margens de erro. No entanto, através das médias, desvios e incertezas apresentados, puderam-se comparar os equipamentos e perceber que, tão importante quanto a exatidão e a precisão do aparelho, é sua aplicabilidade e praticidade.

6. Referências Bibliográficas

MACEDO, Zélia S.; MAIA, Ana F.; VALERIO, Mário E. G.; Apostila de Laboratório de Física A; UFS; 2009.

RASCHNY, J. R. “Aspectos Elementares; Uso em um laboratório de Física Básica”; 2008.

DONATELLI, G. D.; VENANCIO, E. T., “Paquímetros e Micrômetros”. UFSC, Florianópolis.

TEODOROWITSCH, Roland; TCC Gravataí. Disponível em: <http://gravatai.ulbra.tche.br/~roland/tcc-gr/perguntas.html> Acesso em 10 abr. 2010.

PAQUÍMETRO O paquímetro é um instrumento para medir dimensões internas e externas em milímetros ou polegadas. Dependendo do número de divisões no vernier, as medidas em mm podem ser realizadas com precisão de ate 0,02 mm. A leitura das frações de milímetro é feita através de uma escala denominada Vernier ou Nônio. As figuras 2 e a seguir são exemplos da utilização do paquímetro universal. A peça de trabalho a ser medida é colocada com as faces a medir entre as faces da lâmina fixa e móvel da boca do paquímetro. A peça deve ser encostada à face da lâmina fixa e a seguir deve-se deslizar a lâmina móvel com pressão moderada até ela encontrar a peça de trabalho. Quando a leitura é feita, a marca de zero do vernier é considerada como o ponto decimal que separa os números inteiros do décimos

Figura 1 – Descrição das partes que compõem o Paquímetro. Os milímetros inteiros são obtidos lendo à esquerda da marca zero da principal escala graduada e então, à direita da marca zero, a marca de divisão de vernier que coincide com uma marca de divisão

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na escala principal indica o valor decimal da medida. A marca de divisão de vernier indica o décimo de um milímetro (Figura 2). No caso Lê-se: 1,2 na escala principal e 7 na escala do nônio, logo será: 1,27 cm o valor lido Figura 2 – Leitura no Paquímetro: MICRÓMETRO Com o micrômetro (Figura 3) a precisão da medida pode ser aumentada em uma ordem de magnitude. As peças de trabalho a serem medidas são colocadas entre as faces de medição do equipamento. O ajuste das faces de medição é feito com o tambor de avanço rápido. Quando as faces de medição tocam na peça a ser medida, o sistema de catraca do tambor de avanço rápido gira em falso, evitando que se force a rosca do eixo do micrômetro. Com o micrômetro ajustado, é feita a leitura das escalas. Os milímetros inteiros e meios são lidos no corpo fixo do micrômetro, enquanto os centésimos de milímetros são lidos no colar de avanço lento. Se a borda do colar avança um passo de meio milímetro da escala principal, esta deve ser somada aos centésimos lidos na escala do colar. Para se utilizar o instrumento, é necessário determinar a correção do zero, avançando as duas faces até que as duas pontas estejam em contato com a pressão determinada pela catraca. Caso o zero da escala no tambor não coincida com o zero da escala linear, a leitura desse valor deve ser corrigida. Figura 3 – Descrição das partes que compõem o micrômetro. O deslocamento do parafuso micrométrico é observado diretamente na bainha (escala do corpo), que apresenta uma escala graduada em milímetros, geralmente subdividida em 0,5 mm, com as marcações dos milímetros para o alto e dos meio-milímetros para baixo. A cabeça do tambor (colar do micrômetro) é , geralmente, dividida em 50 partes iguais, constituindo, assim, uma escala circular com 50 divisões. Um giro correspondente a 1 divisão da escala circular pode ser achado facilmente, pois existe uma relação de proporcionalidade: 50 divisões — 0, 5 mm

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1 divisão — x É fácil perceber que o micrômetro é um instrumento apropriado para se fazer medições de pequenas espessuras, como exemplo a espessura de uma folha de papel, o diâmetro de um fio muito fino, como um fio de cabelo, ou pequenos comprimentos, com grande precisão Figura 4 – Detalhe da leitura de uma medida feita na bainha de um micrômetro. Para se usar o micrômetro é aconselhável que ele esteja “deitado” sobre uma mesa (para evitar quedas), e destravado. A aproximação entre a face móvel e a extremidade do objeto deve ser feita vagarosamente,girando-se o tambor cuidadosamente e deve-se parar de girá-lo ao se pressentir o mais leve contato. A partir de então a aproximação só deve ser feita girando-se a catraca que existe na extremidade do micrômetro. Nunca aplicar pressão a não ser por meio da catraca. Ao primeiro estalo da catraca deve-se parar o giro da mesma. dai, só resta fazer a leitura. Por exemplo na figura 4, é fácil ver que a leitura no traço horizontal existente no eixo (parafusomicrométrico) é maior que 4,5 e a leitura na escala circular é maior que 32 e menor que 33 , podendo ser avaliada em 32,4 ou 32,5ou 32,6. Portanto, o valor solicitado é: c= 4,5 + 32,5 x (0,5/50 ) = 4,5 + 32,5 x 0,01 = 4,825 mm.

POR QUE O MICROMETRO É MAIS PRECISO DO QUE O PAQUIMETRO?

O micrômetro é mais preciso que paquímetro por suas características construtivas.

O paquímetro é uma régua graduada dotada de nônio, que permite dividir o milímetro por 10, 20 ou 50, contudo, as folgas do sistema de deslizamento fazem sua precisão cair bastante, geralmente ela é maior que a resolução.

O micrômetro conta com uma rosca, bem precisa, e um tambor que tem em seu perímetro as gravações, dentre outras estratégias. Esta configuração permite acomodar mais traços dividindo o milímetro em um número maior de partes. Um micrômetro tem como erro intrínseco do instrumento algo em torno de 0,01 milímetro, enquanto o paquímetro tem algo em torno de 0, 05 milímetro.