medicamentos evolução da prescrição, dispensa e utilização · relatÓrio anual i abril 2015i...

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MEDICAMENTOS ESTATÍSTICA DE MEDICAMENTOS 2014 RELATÓRIO ANUAL COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DA ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DE LISBOA

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MEDICAMENTOS ESTATÍSTICA DE MEDICAMENTOS

2014

RELATÓRIO ANUAL

COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DA ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DE LISBOA

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Comissão de Farmácia e Terapêutica

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

SIGLAS

ACSS- Administração Central do Sistema de Saúde

ARSLVT- Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo

CSP- Cuidados de Saúde Primários

DCI- Denominação Comum Internacional

DGS- Direção-Geral da Saúde

EMB- Embalagens

GFT- Grupo Farmaco-terapêutico

IDPP-4 - Inibidores da dipeptilpeptidase-4

IPSS - Instituições Privadas de Solidariedade Social

NI- Núcleo de Informática

PPP- Parceria Público-privada

PVP- Preço de Venda ao Público

SAMS - Serviços de Assistência Médico-Social

SICA- Sistema de Informação para Contratualização e Acompanhamento

SNS- Serviço Nacional de Saúde

SPMS- Serviços Partilhados do Ministério da Saúde

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

ÍNDICE

SUMÁRIO EXECUTIVO 10

Medicamentos Faturados em Regime de Ambulatório na ARSLVT 10

Análise Global do Consumo de Medicamentos Faturados em Regime de Ambulatório na ARSLVT 10

Análise do Consumo de Medicamentos nos Diversos Contextos de Prestação de Cuidados de Saúde na ARSLVT 11

Análise dos Medicamentos faturados nos Agrupamentos de Centros de Saúde 11

Análise dos Medicamentos Faturados pelos Médicos no Exercício Privado 12

Análise do Consumo de Medicamentos no Ambulatório Externo dos Hospitais 13

Análise dos Medicamentos dispensados pelos Serviços Farmacêuticos hospitalares a doentes em regime de ambulatório 14

Monitorização das Excepções de Prescrição de Medicamentos por DCI (Portaria nº 137-A/2012 de 11 de maio) 15

PROPOSTAS DE ATUAÇÃO DA CFT A CURTO E MÉDIO PRAZO 16

1 INTRODUÇÃO 17

2 METODOLOGIA 18

2.1 Fontes 19

2.2 Variáveis e Indicadores de Análise 19

2.3 Limitações da Metodologia 20

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 21

3.1 Medicamentos Faturados em Regime de Ambulatório na ARSLVT 21

3.1.1 Análise Global do Consumo de Medicamentos Faturados em Regime de Ambulatório na ARSLVT 22

3.1.2 Análise Desagregada por Medicamentos Genéricos e Medicamentos Não Genéricos 24

3.1.3 Análise Desagregada por Grupo Fármaco-Terapêutico (GFT) 27

3.1.4 Análise Desagregada, em volume , por Substância Activa (DCI), 31

4 ANÁLISE DO CONSUMO DE MEDICAMENTOS NOS DIVERSOS CONTEXTOS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE NA ARSLVT 36

4.1 Análise dos Medicamentos faturados nos ACES 38

4.1.1 Análise Desagregada nos ACES por Substância Activa (DCI) em Volume, Valor e Indicador Custo Médio em PVP por Embalagem 47

4.1.2 Análise por Unidade de Produção: Utilizador e Consulta 49

4.2 Análise dos Medicamentos Faturados pelos Médicos no Exercício Privado 51

4.3 Análise do Consumo de Medicamentos no Ambulatório Externo dos Hospitais na ARSLVT 59

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

4.3.1 Análise Desagregada no Ambulatório Externo dos Centros Hospitalares/Hospitais por Substância Activa (DCI) em Volume, Valor e Indicador Custo

Médio em PVP por Embalagem 67

4.3.2 Análise por Unidade de Produção: Consultas e Urgências 72

4.4 Medicamentos dispensados pelos Serviços Farmacêuticos Hospitalares a Doentes em Regime de Ambulatório na ARSLVT 74

4.4.1 Ambulatório Interno 79

4.4.2 Resultados 80

4.4.3 Infeção VIH/Sida 86

4.4.4 Patologia Oncológica 89

4.4.5 Artrite Reumatóide 90

4.4.6 Esclerose Múltipla 93

5 MONITORIZAÇÃO DOS BOLETINS TERAPÊUTICOS DA CFT DA ARSLVT 96

5.1 Boletim nº 1/2013 – Trimetazidina 96

5.1.1 Monitorização 97

5.2 Boletim nº 2/2013 – Medicamentos de Utilização Clínica Não Recomendada 97

5.2.1 Monitorização 98

5.3 Boletim nº 3/2013 – Recomendações para a Terapêutica Farmacológica da Hiperglicémia na Diabetes Mellitus tipo 2 99

5.3.1 Monitorização 101

5.4 Boletim nº 4/2013 – Antagonistas dos Recetores dos Leucotrienos: Montelucaste e Zafirlucaste 102

5.4.1 Monitorização 102

5.5 Boletim nº 5/2013 – Anticoagulantes Orais: Recomendações para a Prevenção de Tromboembolismo na Fibrilhação Auricular 103

5.5.1 Monitorização 104

5.6 Boletim nº 1/2014 – DOR NEUROPÁTICA: Pregabalina ou Gabapentina no tratamento da Dor Neuropática? 105

5.6.1 Monitorização 106

5.7 Boletim nº 2/2014 – Redução Do Risco Cardiovascular Aterosclerótico: Utilização Das Estatinas 106

5.7.1 Monitorização 108

6 MONITORIZAÇÃO DA DISPENSA DE MEDICAMENTOS PELAS FARMÁCIAS COMUNITÁRIAS 109

7 MONITORIZAÇÃO DAS EXCEÇÕES DE PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR DCI (PORTARIA Nº 137-A/2012 DE 11 DE MAIO) 111

7.1 Dados Relativos às Exceções Técnicas 112

8 INOVAÇÃO TERAPÊUTICA (DL Nº 48-A/2010, ARTIGO 4º, ALÍNEA A) EM 2011, 2012 E 2013 NA ARSLVT EM MEDICAMENTOS

COMPARTICIPADOS PARA O AMBULATÓRIO (DL Nº 48-A/2010, ARTIGO 4º, ALÍNEAS A, D) 113

9 CONCLUSÃO 115

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Valores faturados de medicamentos em SNS e PVP na ARSLVT em 2014, 2013 e 2012 ............................................................................................................................................. 23

Gráfico 2: Faturação anual em 2013 e 2014, de medicamentos genéricos e não genéricos, em valor ....................................................................................................................................... 26

Gráfico 3: Valores faturados em PVP por GFT em período homólogo ....................................................................................................................................................................................... 28

Gráfico 4: Volume (embalagens) por GFT em 2014 e período homólogo .................................................................................................................................................................................. 29

Gráfico 5: Valores faturados PVP de medicamentos e variação PVP por ACES da ARSLVT em período homólogo ...................................................................................................................... 38

Gráfico 6: Volume de embalagens faturadas por ACES da ARSLVT no período homólogo e respetiva variação.......................................................................................................................... 39

Gráfico 7: Volume de embalagens faturadas por utilizador e por ACES da ARSLVT no período homólogo e respetiva variação. ................................................................................................ 40

Gráfico 8: Valores faturados (PVP) e variação PVP de medicamentos genéricos e não genéricos por ACES da ARSLVT em período homólogo. .......................................................................... 42

Gráfico 9: Proporção em valor (PVP) e variação homóloga da proporção de medicamentos genéricos por ACES da ARSLVT em período homólogo. ................................................................. 43

Gráfico 10: Volume de embalagens e variação de medicamentos genéricos e não genéricos por ACES da ARSLVT em período homólogo ................................................................................ 44

Gráfico 11: Proporção em volume (nº de embalagens) e variação homóloga da proporção de medicamentos genéricos por ACES da ARSLVT em período homólogo. ..................................... 45

Gráfico 12: Custo médio em PVP por utilizador, por ACES da ARSLVT em período homólogo. .................................................................................................................................................. 49

Gráfico 13: Custo médio em PVP por consulta, por ACES da ARSLVT em período homólogo. .................................................................................................................................................... 50

Gráfico 14: Encargos com medicamentos reportados via CHNM nos hospitais da área de influência da ARSLVT ....................................................................................................................... 75

Gráfico 15: Inovação terapêutica de 2012, 2013 e 2014 – Impregnação da inovação em valor nos hospitais da ARSLVT, reportados via CHNM 2014 ............................................................... 78

Gráfico 16: Evolução dos encargos com medicamentos no ambulatório externo dos hospitais da área de influência da ARSLVT, EM 2014 FACE A 2013 ........................................................... 80

Gráfico 17: Encargo com medicamentos de distribuição no ambulatório hospitalar na ARSLVT em 2014 ................................................................................................................................. 81

Gráfico 18: Número de doentes utilizadores de medicamentos por patologia na ARSLVT – 2014 ............................................................................................................................................. 82

Gráfico 19: Custo mensal médio em medicamentos por patologia e por doente na ARSLVT – 2014 .......................................................................................................................................... 83

Gráfico 20: Evolução do n.º doentes e encargos com medicamentos por hospital na ARSLVT (2013 – 2014) ............................................................................................................................ 84

Gráfico 21: Custo por doente em medicamentos, e respectiva variação homóloga nos hospitais da ARSLVT 2014 vs. 2013 ...................................................................................................... 85

Gráfico 22: Custo médio mensal por doente e por hospital para a infecção VIH/SIDA na ARSLVT – 2014 e homólogo, dados SICA 2014 ................................................................................... 86

Gráfico 23: Intensidade de utilização dos antiretrovirais na infecção VIH/SIDA nos hospitais da ARSLVT em 2014. Dados CHNM 2014 ..................................................................................... 88

Gráfico 24: Custo médio mensal por doente e por hospital para a patologia Oncológica na ARSLVT – 2014 e homólogo, dados SICA 2014 ............................................................................... 89

Gráfico 25: Custo médio mensal por doente e por hospital para a Artrite Reumatóide na ARSLVT – 2014 e homólogo, dados SICA 2014.................................................................................. 90

Gráfico 26: Intensidade de utilização dos medicamentos biológicos nas doenças autoimunes reumatismais nos hospitais da ARSLVT em 2014. Dados CHNM 2014 ........................................ 92

Gráfico 27: Custo médio mensal por doente e por hospital para a Esclerose Múltipla na ARSLVT – 2014 e homólogo, dados SICA 2014 ................................................................................... 93

Gráfico 28: Intensidade de utilização dos medicamentos para a esclerose múltipla nos hospitais da ARSLVT em 2014. Dados CHNM 2014 .............................................................................. 95

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Gráfico 29: Evolução mensal do número de embalagens de trimetazidina (faturação) nos CSP da ARSLVT, em 2014. ............................................................................................................... 97

Gráfico 30: Evolução mensal do número de embalagens de citicolina, idebenona e ginkgo biloba (faturação) nos CSP da ARSLVT. ........................................................................................... 98

Gráfico 31:Evolução mensal do número de embalagens de antidiabéticos orais e liraglutido (faturação) nos CSP da ARSLVT, em 2014. ................................................................................. 101

Gráfico 32: Evolução mensal do número de embalagens de montelucaste (faturação) nos CSP da ARSLVT, em 2014. ............................................................................................................ 102

Gráfico 33: Evolução mensal do número de embalagens de anticoagulantesorais (faturação) nos CSP da ARSLVT, em 2014. ................................................................................................. 104

Gráfico 34: Evolução mensal do número de embalagens de pregabalina (faturação) nos CSP da ARSLVT, em 2014. .............................................................................................................. 106

Gráfico 35: Evolução mensal do número de embalagens de estatinas (faturação) nos CSP da ARSLVT, em 2014..................................................................................................................... 108

Gráfico 36: Nº de farmácias por intervalo de valores de PVP/EMB de medicamentos de marca e de medicamentos genéricos dispensados nas farmácias comunitárias, na ARSLVT, entre

janeiro e dezembro de 2014. ........................................................................................................................................................................................................................................ 109

Gráfico 37: Evolução mensal do número de excepções à prescrição por DCI, por alínea, na ARSLVT, e percentagem da excepções no total de embalagens faturadas por mês. ..................... 112

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Valores e Volumes de medicamentos faturados na ARSLVT e por contexto de prescrição, em 2014. ......................................................................................................................... 21

Tabela 2: Valor faturado PVP, nº de embalagens de medicamentos faturadas e Custo Médio em PVP por embalagem na ARSLVT e respetivas variações, entre 2014,2013 e 2013, 2012. ....... 24

Tabela 3: Medicamentos Genéricos e Não Genéricos na ARSLVT em valores faturados (SNS e PVP), em volume (número de embalagens) e Custo Médio em PVP/Embalagem, em 2014,2013 e

2012.. ............................................................................................................................................................................................................................................................................. 25

Tabela 4: TOP10 PVP de medicamentos dos GFT mais representativos ou com maior incremento na despesa da ARSLVT ........................................................................................................ 27

Tabela 5: Custo Médio em PVP por embalagem por GFT e respetiva variação em período homólogo....................................................................................................................................... 30

Tabela 6: Distribuição em Volume (Embalagens) do mercado do Medicamento em Ambulatório, por DCI em 2014 ................................................................................................................. 31

Tabela 7: Distribuição em Valor (SNS-Euros) do mercado do Medicamento em Ambulatório, por DCI no ano de 2014. ............................................................................................................ 32

Tabela 8: Potencial de Poupança (PVP-Euros) do Top 50 mercado do Medicamento em Ambulatório, por DCI no ano de 2014 ................................................................................................ 34

Tabela 9: Distribuição em Valor (PVP-Euros) do mercado de Medicamentos em Ambulatório, por Marca Comercial no ano 2014. ........................................................................................... 35

Tabela 10: Valor (PVP e SNS), volume (embalagens) e indicador PVP/Emb para 2014 e 2013 e respetivas variações homólogas para os diferentes contextos de prestação de cuidados de

saúde na ARSLVT. ........................................................................................................................................................................................................................................................... 37

Tabela 11: Indicador do Custo Médio por embalagem nos ACES da ARSLVT e variação do custo médio em período homólogo ................................................................................................ 41

Tabela 12: Custo médio em PVP por embalagem de medicamentos genéricos e não genéricos por ACES da ARSLVT em período homólogo. ........................................................................... 46

Tabela 13: Quadro resumo do TOP10 DCI em volume de cada ACES da ARSLVT, ordenado por ordem crescente da quantidade total em nº de embalagens faturadas por DCI. ....................... 47

Tabela 14: Quadro resumo do TOP10 DCI em valor PVP de cada ACES da ARSLVT, ordenado por ordem crescente do valor faturado por DCI. ......................................................................... 48

Tabela 15: Valores em PVP (e custo médio por embalagem) por especialidade médica prescritora no contexto privado na ARSLVT e variação homóloga PVP (cut off 1 milhão de euros)........ 52

Tabela 16: Volume em nº de embalagens faturadas, por especialidade médica prescritora no contexto privado na ARSLVT e variação homóloga (cut off 100.000 embalagens) ...................... 53

Tabela 17: Ranking 50 de DCI prescritos pelos médicos no exercício privado ordenados por valor PVP .................................................................................................................................... 55

Tabela 18: Ranking 50 de DCI prescritos pelos médicos no exercício privado ordenados por volume ....................................................................................................................................... 56

Tabela 19:Top de médicos em exercício privado em valores faturados SNS ............................................................................................................................................................................. 57

Tabela 20: Top de médicos em exercício privado por volume faturado em nº de embalagens .................................................................................................................................................. 58

Tabela 21: Dados de volume e valor por Centro Hospitalar da área de influência da ARSLVT, no ano 2014. .............................................................................................................................. 60

Tabela 22: Valor PVP e SNS dos medicamentos genéricos e não genéricos, no ambulatório externo dos centros hospitalares, em 2014................................................................................... 64

Tabela 23: Volume em nº de embalagens dos medicamentos genéricos e não genéricos, no ambulatório externo dos centros hospitalares, em 2014, 2013 e 2012. Variação homóloga ........ 65

Tabela 24: Tabela resumo do TOP10 DCI em volume por hospital. ........................................................................................................................................................................................... 68

Tabela 25: Tabela resumo do TOP10 DCI em valor PVP por hospital......................................................................................................................................................................................... 69

Tabela 26: Ranking 25 de DCI’s prescritos pelo ambulatório externo dos hospitais em volume (EMB) ...................................................................................................................................... 70

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 27: Ranking 25 de DCI’s prescritos pelo ambulatório externo dos hospitais por valor PVP e valor PVP/EMB .................................................................................................................. 71

Tabela 28: Consultas e urgências dos hospitais da ARSLVT em 2014 e período homólogo. ....................................................................................................................................................... 72

Tabela 29: Volume e valor por unidade de produção (consulta e urgência) e por hospital. ....................................................................................................................................................... 73

Tabela 30: Consumo de medicamentos, em valor e volume, reportados via CHNM, por hospital na área de influência da ARSLVT ........................................................................................... 74

Tabela 31: TOP 20 de medicamentos em valor, volume e custo unitário, reportados via CHNM, dos hospital da ARSLVT ......................................................................................................... 76

Tabela 32: Inovação terapêutica de 2012, 2013 e 2014 – DCI mais consumidos nos hospitais da ARSLVT, reportados via CHNM 2014...................................................................................... 77

Tabela 33: Custo unitário e intensidade de utilização dos antiretrovirais em três hospitais da ARSLVT: o de maior custo/doente (CH Setúbal), o de menor (CH Oeste) e um de valor médio

(CHLC). Dados CHNM 2014 ............................................................................................................................................................................................................................................. 87

Tabela 34: Custo unitário e intensidade de utilização dos medicamentos biológicos nas doenças autoimunes reumatismais em três dos hospitais da ARSLVT: um de maior custo/doente

(CHLN), o de menor (HGO) e um de valor médio (CHLC). Dados CHNM 2014 ................................................................................................................................................................... 91

Tabela 35: Custo unitário e intensidade de utilização dos medicamentos para a esclerose múltipla em três dos hospitais da ARSLVT: um de maior custo/doente: CH Setúbal, um de menor:

CHLC e um de valor médio: HFF. Dados CHNM 2014 ....................................................................................................................................................................................................... 94

Tabela 30: Resumo em valor (PVP) do impacto da inovação em medicamentos (alínea a), no ambulatório externo na ARSLVT nos anos 2012-2013-2014...................................................... 114

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Sumário Executivo

Medicamentos Faturados em Regime de Ambulatório na ARSLVT

Análise Global do Consumo de Medicamentos Faturados em Regime de Ambulatório na ARSLVT

Os encargos do SNS sobre os medicamentos em regime de ambulatório na ARSLVT aumentaram 0,88% (1,21% em valor PVP), para o valor 421.767.688,01€, face ao

período homólogo, e verificou-se um aumento no número de embalagens dispensadas (2,7%). Houve uma diminuição (-1,5%) do custo médio em PVP por

embalagem, para os 12,38€. Nos genéricos existiu um aumento na proporção de 39,1% em 2013 para 40,8% em 2014 (+1.512.108 embalagens, acréscimo de 7,2%).

Verificou-se um aumento no valor da embalagem dos medicamentos genéricos, 0,3% (Δ=-0,02€/embalagem). O custo médio em PVP/EMB em 2013 do medicamento

genérico foi 7,27€ tendo sido em 2014 de 7,29€.

Descida nos medicamentos não genéricos de -0,5% (Δ=-0,07€/embalagem). O custo médio em PVP/EMB no ano 2013 do medicamento não genérico foi 15,95€

enquanto o mesmo indicador em período homólogo de 2014 apresentou o resultado de 15,88€.

Os grupos farmacoterapêuticos que representaram maior despesa foram o do Aparelho Cardiovascular, o do Sistema Nervoso Central e o grupo das Hormonas e Medicamentos Usados no Tratamento das Doenças Endócrinas, que no seu conjunto representaram 64,2% da despesa (520.649.758,30€).

O custo médio em PVP por embalagem apresentou os maiores valores nos grupos, Medicamentos Usados no Tratamento de Intoxicações (51,86€), Aparelho

Respiratório (30,64€), Medicamentos Antineoplásicos e Imunomoduladores (27,25€) e Hormonas e Medicamentos Usados no Tratamento das Doenças Endócrinas

(18,84€).

O grupo com maior aumento do custo PVP por embalagem de 20,1% (6,9% em 2013), aumento do valor global em 26,8% (16,2% em 2013) e aumento do número de

embalagens de 5,5% (8,8% em 2013), éo Sangue. Para esta evolução muito contribuíram os novos anticoagulantes orais (NACO) que representaram em 2014, 1,9%

(13.227.978,45€) da despesa total em medicamentos na ARSLVT,..

Estima-se que a adoção de alternativas terapêuticas menos onerosas poderia representar uma poupança superior a 60 milhões de euros, sem compromisso da

qualidade do cuidado prestado e do resultado clínico alcançado.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Análise do Consumo de Medicamentos nos Diversos Contextos de Prestação de Cuidados de Saúde na

ARSLVT

Entre janeiro e dezembro de 2014, os Cuidados Primários foram os maiores responsáveis pela despesa com medicamentos (46,6%, 49,2% em 2013), seguindo-se os

médicos no exercício privado (29,6%, 27,7% em 2013) e os hospitais do SNS (17,8%, 17,4% em 2013). A despesa com medicamentos (SNS) da ARSLVT diminuiu nos

Cuidados Primários (-5%), nos hospitais do SNS aumentou (5,4%) e nos contextos privados verificaram-se aumentos muito significativos nos encargos,

nomeadamente nos médicos no exercício privado (7,3%), nas Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS’s) (10,8%) e os Institutos/Serviços do Ministério da

Saúde (18,3%).

O número de embalagens dispensado registou um incremento; 4,6% nos hospitais do SNS; 10,7% nos médicos no exercício privado; 9,7% nas IPSS e 16,5% nos

institutos/serviços do ministério da saúde. Nos Cuidados Primários o número de embalagens diminuiu (-2,5%).

Análise dos Medicamentos faturados nos Agrupamentos de Centros de Saúde

Os 15 ACES existentes na ARSLVT representaram cerca de 320 milhões de euros em PVP, no ano 2014 (menos 13 milhões de euros do que em 2013).

A análise do consumo de medicamentos nos ACES neste ano demonstrou uma diminuição no número de embalagens (-2,5%), uma diminuição do valor em PVP (-4,1%)

e do custo em PVP por embalagem (-1,6%), face ao período homólogo.

O nº de consultas diminuiu 2,5% comparado com o ano 2013.

Em relação à variação do valor PVP, os ACES Lisboa Norte e Lisboa Central obtiveram a maior descida (-6,7%) e o ACES Arrábida a menor variação (-1,5%).

Quanto ao número de embalagens faturadas, o único aumento ocorreu no ACES Arrábida (0,3%). Todos os demais ACES registaram um decréscimo nas embalagens

facturadas, que variou entre o ACES Arco Ribeirinho (-0,2%) e o ACES Lisboa Central (-5,8%).

O valor PVP por embalagem diminuiu em todos os ACES, sendo esta variação maior no Oeste Norte (-3,2%) e menor no ACES Oeste Sul (-0,8%), sendo o ACES Arrábida o

que apresenta o maior custo em PVP por embalagem (12,47€). O menor valor pertence ao ACES Almada-Seixal, com 11,01€ por embalagem.

O encargo com medicamentos não genéricos foi, neste período, de 230.526.925,92€ (em PVP, tinha sido de 244.286.151,59€ em 2013) e o encargo com medicamentos

genéricos foi de 27% do total PVP em 2014 (24,5% do valor total PVP em 2013).

Há um aumento da proporção de medicamentos genéricos de 42,9% (2013) para 45,9% em 2014. O ACES Almada-Seixal apresenta o maior rácio de medicamentos

genéricos dispensados face a não genéricos (51,3%) e o ACES Médio Tejo o rácio mais baixo (42,8%). O ACES Arrábida apresenta a maior subida, com 6,8% e o ACES

Oeste Sul a menor, com 0,8%. O ACES Lisboa Norte apresenta a única descida, com -0,4%.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

O ao custo médio dos medicamentos em PVP por utilizador, o ACES Lisboa Norte apresenta o valor mais baixo (129,59€) e o ACES Lezíria o custo mais elevado

(164,76€). (ACES Cascais não foi considerado)

Verifica-se um aumento do custo médio dos medicamentos por utilizador nos ACES, entre ao 9 ACES que registam esse aumento destacam-se o ACES Almada-Seixal

(9,1%) e o ACES Loures-Odivelas (8,9%). Há 5 ACES que diminuíram o custo por utilizador, os que apresentam maior descida são o ACES Lisboa Norte e o Oeste Norte (-

4,2%).

Em relação ao custo médio dos medicamentos em PVP por consulta, o ACES Oeste Norte apresenta o valor do indicador mais baixo (30,7€) e o ACES Lisboa Central o

valor mais elevado (42,23€).

Verifica-se uma diminuição generalizada do custo médio dos medicamentos por consulta nos ACES, a amplitude da diminuição varia entre -0,6% para o ACES Arrábida

e o ACES Arco Ribeirinho, e -4,4% para o ACES Lisboa Ocidental e Oeiras. As excepções são: ACES Lezíria (1,8%) e Sintra (0,8%).

Os medicamentos mais prescritos nos CSP, em volume, são a sinvastatina, a metformina e o ácido acetilsalicílico.

O custo de oportunidade em 2014 neste contexto avalia-se em 32 milhões de euros.

Análise dos Medicamentos Faturados pelos Médicos no Exercício Privado

A prescrição de medicamentos pelos Médicos no Exercício Privado, em 2014, representa o segundo contexto da prestação de cuidados de saúde em valor na ARSLVT

(202.854.255,7€ em PVP – 29,6%, 112.629.821,27€ em SNS – 26,7%). Os valores em 2013: 188.156.448,75€ em PVP – 27,7%, 104.863.234,05€ em SNS – 25,1%.

Verificou-se face ao período homólogo um acréscimo, significativo: 10,7% no número de embalagens. O custo médio em PVP por embalagem é de 12,65€ tendo

diminuído em – 2,7% em 2014, face a 2013.

A especialidade médica com o valor global mais elevado é a “Medicina Geral e Familiar” (52.120.352,49€ em PVP), seguida da Cardiologia (16.322.769,26€ em PVP) e

da Psiquiatria (15.871.745,01€ em PVP).

As especialidades médicas com valores mais elevados em PVP por embalagem são os seguintes: Neurologia (19,15€), Pneumologia (19,14€), Psiquiatria da Infância e da

Adolescência (18,97€) e Psiquiatria (16,03€). A prescrição em contexto privado revela uma margem substancial para a aplicação de estratégias que visem optimar a

relação custo-efetividade dos medicamentos prescritos.

O custo de oportunidade em 2014 neste contexto avalia-se em 19 milhões de euros.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Análise do Consumo de Medicamentos no Ambulatório Externo dos Hospitais

O ambulatório externo dos hospitais do SNS, em 2014, constitui o terceiro contexto de prestação de cuidados de saúde na ARSLVT, em valor, com 112.112.303,58€ em

PVP, 17,8% do valor total, e variação homóloga 3,8%. Determinando um encargo de 84.020.950,99€ em SNS, variação homóloga 5,4%.

No que se refere ao número de embalagens dispensadas, verifica-se um acréscimo de 4,6% face ao período homólogo, perfazendo um total de 8.849.146 embalagens

em 2014.

Verificou-se uma redução no número de embalagens no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, E.P.E. (-4%), Centro Hospitalar Barreiro Montijo, E.P.E. (-1,2%), Centro

Hospitalar Lisboa Central, E.P.E. (-1,1%), Centro Hospitalar Médio Tejo E.P.E. (-1,1%), o Hospital Distrital de Santarém E.P.E. (-0,9%) [Instituto de Oftalmologia Dr. Gama

Pinto (-8,2%),].

O custo médio por embalagem, sofreu um decréscimo de -0,5% com um valor médio de 13,72€, A maior redução foi conseguida pelo Centro Hospitalar de Setúbal,

E.P.E. (-4%) e a maior subida pelo Hospital Beatriz Ângelo – Loures (5,2%).

O custo médio por embalagem mais elevado pertence ao Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, E.P.E. (21,90€) seguido do Hospital Garcia da Orta E.P.E. (15,17€) e o

menor pertence ao HPP-Hospital de Cascais (10,98€).

Em volume da prescrição, verificou-se um aumento da proporção de genéricos para os 38,3% (37,9% em período homólogo e 34,6% em 2012).

O Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, E.P.E., apresenta o maior rácio de medicamentos genéricos (47,3%) e o Centro Hospitalar Médio Tejo, E.P.E. o menor rácio

(35,1%) [Instituto Oftalmológico Dr. Gama Pinto têm uma proporção de 8,1%, de genéricos].

O volume de embalagens de medicamentos não genéricos cresceu, nos seguintes hospitais: Hospital Beatriz Ângelo (28,7%); Hospital de Vila Franca de Xira (29,5%);

Hospital de Cascais (8,3%).

O Instituto Gama Pinto (-14,5%), o Instituto Português de Oncologia (-5,6%) e o Hospital Distrital de Santarém (-0,6%) diminuíram o valor SNS de medicamentos em

2014, por consulta e/ou urgência realizada, os restantes hospitais da ARSLVT aumentaram o valor e o volume. Em SNS, um acréscimo de 21,7% (Hospital de Loures,

PPP) e 1,3% (Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, E.P.E.). Quanto ao volume um aumento máximo de 12,9% (Centro Hospitalar do Oeste, E.P.E.) e mínimo de 0,2%

(Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, E.P.E.).

O custo de oportunidade em 2014 neste contexto avalia-se em 9 milhões de euros.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Análise dos Medicamentos dispensados pelos Serviços Farmacêuticos hospitalares a doentes em regime de ambulatório

Em 2014 os hospitais da ARSLVT consumiram cerca de 427 Milhões de Euros em medicamentos.

O medicamento mais consumido em valor nos hospitais da ARSLVT é a associação de antiretrovirais emtricitabina + tenofovir (31 M€). Este grupo de fármacos ocupa 7

das 20 primeiras posições. Seguem-se os biológicos usados nas doenças reumatismais autoimunes e os antineoplásicos.

Quanto ao volume, os mais consumidos são o cloreto de sódio, o oxigénio e o paracetamol.

Em relação ao custo unitário, o fármaco mais oneroso é o canacinumab, para a artrite idiopática juvenil sistémica, com 11.660€/ unidade.

Dos 427 Milhões de Euros, cerca de 290 Milhões (68%) devem-se a encargos com medicamentos com doentes em ambulatório.

Os encargos com medicamentos dispensados pelos Serviços Farmacêuticos hospitalares diminuíram 2,2% em 2014 face a 2013, passando de cerca de 297 Milhões de

Euros para 290 Milhões de Euros.

No mesmo período, o número de doentes que beneficiou destes medicamentos aumentou 10,5% face a 2013, atingindo os 90.000 doentes.

À exceção da Patologia Oncológica, Esclerose Múltipla, Hemofília, D Crohn Grave ou c/ Fístulas e Paramiloidose, todas as patologias mais onerosas e relevantes seguidas

em ambulatório hospitalar reduziram os seus encargos em 2014.

Em 2014 as quatro patologias mais onerosas (HIV/SIDA – 120 M€, Patologia Oncológica – 50 M€, Artrite Reumatóide – 22 M€, e Esclerose Múltipla – 18 M€)

representam 72,2% dos encargos com medicamentos e representaram 56% (49.939) do total de doentes.

As patologias mais onerosas em relação ao custo mensal médio por doente são a Doença de Gaucher (15.628€), a Paramiloidose (7.237€) a hemofilia (5.046€), todas

doenças raras. No seu conjunto representam 6,1% dos encargos e apenas 0.2% dos doentes.

Os Hospitais que maiores encargos apresentam com medicamentos no ambulatório “interno” são o CHLN, com cerca de 87 M€ de despesa e 18.094 doentes. Segue-se

o CHLC, com 68 M€ e 17.969 doentes, e o CHLO, com 39 M€ e 16.384 doentes. No seu total perfazem 66,5% dos encargos totais e 60,3% dos doentes. Destes 3

hospitais, o CHLO registou um aumento nos encargos face a 2013 (7.5%), o CHLN manteve o mesmo valor e o CHLC registou uma diminuição de 7,7%. No entanto, o

CHLO registou um aumento no número de doentes de 29,1%, o CHLN de 23,4% e o CHLC reduziu em 0,8%.

O único hospital que apresentou um ratio negativo na relação evolução do número de doentes vs encargo com medicamentos foi o CH Oeste.

Em relação ao custo mensal médio por doente, o Hospital com este valor mais elevado foi o CHLN (4.790€), seguido pelo HFF (4.070€) e CHLC (3.762€). O hospital com o

custo por doente mais baixo é o CH Psiquiátrico de Lisboa (85€) e o IPO Lisboa (1.142€).

Em relação ao custo mensal médio por doente, verificou-se uma heterogeneidade considerável entre os hospitais da região no tratamento da patologia oncológica e

artrite reumatóide. Para a infecção VIH/SIDA e a esclerose múltipla verificaram-se diferenças entre os hospitais, mas menos marcadas.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

As diferenças observadas no custo médio mensal para o tratamento das patologias entre os vários hospitais da região da ARSLVT devem-se, entre outros, a factores

passíveis de intervenção, como o sejam os diferentes protocolos terapêuticos utilizados no tratamento de uma mesma patologia e o diferente custo de aquisição de

cada um dos medicamentos por hospital.

Note-se que a qualidade dos resultados obtidos é directamente proporcional à qualidade dos dados reportados pelos hospitais no âmbito do preenchimento dos

quadros de Plano de Desempenho e no cálculo do custo médio atribuído ao consumo via CHNM.

Monitorização das Excepções de Prescrição de Medicamentos por DCI (Portaria nº 137-A/2012 de 11 de maio)

A Comissão de Farmácia e Terapêutica adoptou um modelo de monitorização mensal das regras de excepção através de uma aplicação informática destinada a gerir as excepções à prescrição por DCI dos médicos da ARSLVT, independentemente dos contextos de prescrição.

Entre janeiro e dezembro de 2014, o nº total de justificações técnicas foi de 4.920.676 (8,88% do total de medicamentos faturados em 2014).

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Propostas de Atuação da CFT a Curto e Médio Prazo

I. Desenvolver uma a Racionalidade Terapêutica na ARSLVT.

II. Criar uma plataforma de partilha das CFT’s e promover a dinamização do grupo de trabalho que congrega as CFT dos hospitais da área de abrangência da ARSLVT.

III. Aprofundar o estudo dos determinantes de prescrição de alguns fármacos.

IV. Monitorizar as estratégias já implementadas, com vista a racionalizar a prescrição.

V. Disponibilizar dashboards aos CSP para monitorização dos boletins terapêuticos publicados pela CFT da ARSLVT.

VI. Dar continuidade à divulgação de informação, sobre evidência científica publicada.

VII. Estimar o impacto orçamental da inovação terapêutica e dos custos estimados de oportunidade na área de influência da ARSLVT.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

1 Introdução

A Comissão de Farmácia e Terapêutica é um órgão de apoio técnico na ARSLVT, a qual, visa tratar e disponibilizar a informação para que esta sirva uma política de utilização

dos medicamentos assente em um maior rigor e segurança na prescrição farmacológica e acautele a sustentabilidade da despesa, tendo em vista a uniformização de

critérios de eficácia no tratamento do doente.

O artigo 3º da Portaria nº 340/2012 define as atribuições das Comissões de Farmácia e Terapêutica das Administrações Regionais de Saúde, que entre outras, prevê a

publicação de relatórios de acompanhamento e de monitorização da prescrição, dispensa e utilização de medicamentos, com periodicidade semestral, no âmbito da

respetiva ARS, no cumprimento no disposto no Memorando de Entendimento assinado, pontos 3.56 e 3.57, e da legislação publicada subsequentemente (despachos:

17069/2011, 12950/2011 e 13901/2012).

A atividade de monitorização da prescrição, dispensa e utilização de medicamentos é muito importante, uma vez que existe uma grande variabilidade na prática

assistencial, permitindo:

-Intervenções mais frequentes e atempadas;

-Apurar os custos com medicamentos com vista à sustentabilidade do SNS;

-Melhorar a prática assistencial, afetar de modo positivo a acessibilidade ao medicamento, promover a qualidade e a segurança na utilização de medicamentos.

Prosseguir uma política do medicamento centrada no cidadão, que promova o acesso, equidade e sustentabilidade ao SNS, conleva uma utilização racional do

medicamento, transparente e monitorizável, baseada na melhor evidência científica disponível e nas melhores práticas.

A CFT da ARSLVT estabeleceu um acordo de cooperação com o NI, para melhorar e uniformizar a seleção dos dados obtidos através dos Sistemas de Informação geridos

pelo NI.

O objetivo do relatório é apresentar os dados sistematizados, numa perspetiva evolutiva e adjuvados de uma análise qualitativa da prescrição a nível das várias unidades de

prestação de cuidados da ARSLVT que foi validada por peritos antes da sua publicação.

O âmbito da análise engloba o universo dos medicamentos faturados em ambulatório, provenientes dos hospitais da área de abrangência da ARSLVT, em consultórios

privados no contexto do exercício da medicina privada e dos cuidados de saúde primários, e dispensados nas farmácias comunitárias.

Reportam ainda da dispensa de medicamentos a doentes, de determinadas patologias, em regime ambulatório por parte dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares. A

dispensa diferenciada nestas situações é um imperativo legal justificado pela necessidade de vigilância e controlo exigidos pelas características próprias das patologias, pelo

potencial tóxico dos fármacos utilizados no seu tratamento e também pelo seu elevado valor económico.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

2 Metodologia

A estratégia utilizada para construir um modelo de análise que permita, de forma regular, proceder à monitorização das prescrições médicas e dos encargos da

responsabilidade financeira da ARSLVT foi a seguinte:

1) No mercado ambulatório foram incluídos os medicamentos dispensados pelas farmácias comunitárias no ano 2014 e o período homólogo, ano de 2013, embora numa

perspectiva evolutiva haja referências a valores de 2012, apenas os medicamentos comparticipados pelo SNS são considerados. Não estão incluídos os medicamentos

cedidos à população abrangidos pelos seguros privados (ex.: Médis, AdvanceCare, etc).

2) Numa primeira fase, foram selecionados indicadores aplicáveis a diferentes escalas e níveis de cuidados (primários/hospitalares/privados entre outros).

Para a sua seleção consideramos a exequibilidade e a disponibilidade de informação, em todos os contextos de análise, como fatores essenciais de seleção. Assim,

considerou-se que o indicador mais adequado seria o custo médio em PVP por embalagem.

3) Para cada indicador foi analisada a sua variação em períodos homólogos (janeiro a dezembro de 2014 e janeiro a dezembro de 2013).

4) Foram considerados dados referentes a medicamentos dispensados em farmácias comunitárias de prescrições efetuadas desde o dia 1 de janeiro até ao dia 31 de

dezembro de 2014 e respetivo período homólogo (janeiro a dezembro de 2013); receitas conferidas pelo Centro de Conferência de Faturas de acordo com o seu local de

prescrição: Cuidados de Saúde Primários, Hospitais do SNS ou Medicina Privada e outros contextos.

5) Construiu-se um modelo de avaliação da qualidade da prescrição que foi definido da seguinte forma:

Seleção dos 50 medicamentos mais prescritos em valor e volume por DCI e Marca Comercial, na ARSLVT.

Adaptação da metodologia da OMS para as DDD’s.

Atribuição do custo médio de tratamento por dia com base na DDD e no PVP do medicamento menos oneroso comercializado por substância ativa.

Constituição de grupos de alternativas terapêuticas com base nos grupos farmaco-terapêuticos e nas normas nacionais da DGS aprovadas ou, na ausência destas,

nas linhas de orientação clínica das seguintes agências avaliadoras: NICE, SIGN e HAS. De referir, que à data atual a Comissão de Farmácia e Terapêutica da ARSLVT

já publicou orientações várias em nove Boletins Terapêuticos, que são também fonte bibliográfica das alternativas terapêuticas selecionadas. Sempre que

necessário coadjuvou-se a informação proveniente da Cochrane, de ensaios clínicos, meta-análises e literatura de fontes primárias, para de forma mais fidedigna

indicar alternativas terapêuticas que são a melhor prática clínica reconhecida à data desta publicação.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

2.1 Fontes

A informação de faturação de medicamentos para o ambulatório externo foi disponibilizada através do sistema de informação das ARS (SIARS). Ela é gerada pelo Centro de

Conferência de Faturas, sistema SIM@SNS. O SIARS foi ainda a fonte dos dados de produção para os ACES. Dados do SIARS acedidos entre 20 de fevereiro e 24 de março de

2015.

A fonte de informação utilizada para o ambulatório interno dos hospitais foi veiculada pelos hospitais da ARSLVT no âmbito do preenchimento dos quadros do SICA para o

ano de 2014 e o período homólogo, 2013. O SICA foi a fonte de dados da produção hospitalar. Dados acedidos a 10 de março de 2015.

O preço PVP dos medicamentos consta nas listas de medicamentos do INFARMED. Dados acedidos entre 3 e 27 de março de 2015.

Relatórios de avaliação de pedidos de comparticipação de medicamentos do INFARMED, consultados através do site do INFARMED, disponíveis em:

http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MEDICAMENTOS_USO_HUMANO/AVALIACAO_ECONOMICA_E_COMPARTICIPACAO/MEDICAMENTOS_USO_AMBU

LATORIO/MEDICAMENTOS_COMPARTICIPADOS/LISTA_RELATORIO_AVALIACAO_PEDIDOS_01 (acedidos em abril de 2015).

2.2 Variáveis e Indicadores de Análise

PVP: Preço de venda ao público, em euros, inclui o encargo para o Estado e para o utente.

SNS: Representa o encargo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na comparticipação de medicamentos.

Dose Diária Definida (DDD): A DDD corresponde à dose média diária de manutenção do fármaco, em adultos, para a sua indicação principal, por uma determinada via de administração e expressa em quantidade de princípio ativo. A DDD é uma unidade técnica de medida e de comparação, no entanto, não reflete necessariamente a

dose média prescrita em Portugal. As DDD utilizadas foram as da OMS, disponíveis em http://www.whocc.no/atc_ddd_index/ (acedido em março de 2015). Posologia Média Diária (PMD): No caso de medicamentos sem DDD atribuída foi utilizada a posologia média diária para a indicação principal. Para a associação de

fármacos foi utilizada a metodologia indicada nas guidelines da OMS disponíveis no site acima referido.

Custo médio de tratamento por dia por substância (CTD): A CTD foi calculada a partir do PVP dos fármacos que foram consultados através do site do INFARMED (http://www.infarmed.pt/genericos/pesquisamg/pesquisaMG.php (acedido entre 3 e 27 de março de 2015). Uma vez identificado o preço menos oneroso por mg calculou-se o preço da DDD. A CTD permite calcular para cada substância ativa o custo médio da DDD. Esta variável permite comparar os custos médios do tratamento.

Custo de Oportunidade: intervalo de valores (euros) que representa a poupança resultante da substituição da substância ativa pela alternativa equivalente menos

onerosa.

Percentagem de variação de custo: Valor do CTD do medicamento em relação ao CTD da alternativa terapêutica menos onerosa, em percentagem.

Nº de Embalagens totais;

Número de embalagens de medicamentos Genéricos;

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Número de embalagens de medicamentos de Marca;

Valor (euros) comparticipado com medicamentos Genéricos;

Valor (euros) comparticipado com medicamentos de Marca;

Percentagem do valor (euros) comparticipado com medicamentos Genéricos

Indicador do Custo Médio em PVP por Embalagem

Custo médio por utilizador (ACES)

Custo médio faturado em Medicamentos (PVP) por consulta (ACES e hospitais SNS)

TOP 50 – Medicamentos de Marca (Valor)

TOP 50 – Medicamentos de Marca (Volume)

2.3 Limitações da Metodologia

O Mercado Total foi analisado tendo em conta a omissão de medicamentos que são dispensados sem receita médica e não inclui os medicamentos cedidos à população

abrangidos pelos seguros privados.

Os dados referem-se à faturação de medicamentos. Não se pode assumir que tudo o que é prescrito é dispensado e tudo o que é dispensado é consumido.

O estudo em período homólogo regista um viés devido à inclusão da faturação dos medicamentos provenientes dos subsistemas públicos (Despacho nº 4631/2013 dos

Ministérios das Finanças e da Saúde) a partir de abril de 2013.

Este viés apenas ocorre no estudo dos contextos de prescrição privados, nomeadamente no mais relevante para os encargos globais, médicos no exercício privado.

Na análise do Ambulatório Externo dos Hospitais constatamos as seguintes limitações:

- Apenas é possível a desagregação dos medicamentos faturados por DCI, por serem os únicos dados disponíveis para extração no sistema de informação;

- Número elevado de prescrições emitidas por médicos sem especialidade atribuída.

Efetuou-se o cruzamento dos dados de medicamentos faturados em ambulatório com a produção por linha de atividade (consultas externas e episódios de urgência)

realizada nas instituições (fonte: SICA).

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

3 Resultados e Discussão

3.1 Medicamentos Faturados em Regime de Ambulatório na ARSLVT

Os dados aqui reportados referem-se a todos os medicamentos faturados em farmácia de oficina na Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

Tabela 1: Valores e Volumes de medicamentos faturados na ARSLVT e por contexto de prescrição, em 2014.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Destes dados se infere que o contexto privado no seu conjunto representa 136.239.242,27 € (32,3% do total) em SNS. Da globalidade dos contextos, os médicos no

exercício privado, apenas, representam 112.629.821,27€ em 2014 (o segundo contexto mais relevante em encargos). De mencionar que os médicos no exercício privado

englobam a generalidade dos hospitais privados, para além das clínicas e dos consultórios privados existentes na Região de Saúde.

A informação revela um decréscimo da faturação proveniente dos Cuidados de Saúde Primários e um aumento generalizado nos outros contextos, particularmente nos

contextos de prescrição privada, nos quais a monitorização da qualidade da prescrição é condicionada e a aplicação de medidas de política de racionalidade no

medicamento, no enquadramento legal existente, não é possível.

A prescrição de medicamentos no ambulatório externo dos hospitais públicos assemelha-se à prática de um contexto privado. A monitorização é efetuada pela CFT da

ARSLVT, e não, pelos respetivos hospitais. Por conseguinte, não se pode referir a implementação de medidas de racionalidade concreta a este contexto de prescrição.

3.1.1 Análise Global do Consumo de Medicamentos Faturados em Regime de Ambulatório na ARSLVT

Ao analisar a evolução do consumo de medicamentos faturados em regime de ambulatório na ARSLVT durante o ano de 2014 (gráfico 1), verificou-se que dos

686.317.534,22€ faturados (PVP), o SNS comparticipou um total aproximado de 421,7 milhões de euros, correspondendo a uma variação homóloga de 0,88% (SNS).

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Gráfico 1: Valores faturados de medicamentos em SNS e PVP na ARSLVT em 2014, 2013 e 2012

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Relativamente ao nº de embalagens faturadas entre janeiro e dezembro de 2014, constatou-se um aumento de 1.468.354 embalagens, que representa um acréscimo de

2,7% face ao mesmo período de 2013 (tabela 3).

No que se refere ao custo médio em PVP por embalagem, o seu valor neste ano foi de 12,38€, correspondendo a uma variação homóloga de -1,5%.

Tabela 2: Valor faturado PVP, nº de embalagens de medicamentos faturadas e Custo Médio em PVP por embalagem na ARSLVT e respetivas variações, entre 2014,2013 e 2013, 2012.

3.1.2 Análise Desagregada por Medicamentos Genéricos e Medicamentos Não Genéricos

Quando se analisa a proporção de medicamentos genéricos no total de medicamentos na ARSLVT entre janeiro e dezembro de 2014 (tabela 4), verifica-se um aumento do

rácio destes medicamentos de 35% no ano de 2012 para 39,1 % em 2013 e em 2014 ultrapassam já os 40,8%, pois o número de embalagens de medicamentos genéricos

vendidas aumentou 1.512.108 (7,2%), Em valor, no mercado, de genéricos, observou-se um aumento de (7,5%) em PVP e um acréscimo em SNS de 4,3%. As embalagens de

medicamentos genéricos registaram um aumento do custo, em PVP, 0,3% (0,02€), neste período. O custo médio PVP das embalagens de medicamentos genéricos na

ARSLVT, 7,29€.

A CFT da ARSLVT constatou que a prescrição de genéricos se vê condicionada pela não identificação transparente e objetiva de medicamentos cópia no mercado, que o

prescritor erroneamente identifica como genérico, não o sendo e não se contabilizando como tal.

Ano PVP EMB PVP/EMB

2014 686.317.534,22€ 55.433.109 12,38€

2013 678.093.775,44€ 53.964.755 12,57€

Variação Homóloga 1,2% 2,7% -1,5%

2013 678.093.775,44€ 53.964.755 12,57€

2012 668.325.693,04€ 49.752.243 13,43€

Variação Homóloga 1,5% 8,5% -6,5%

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Alertamos os prescritores da Região de Saúde para averiguar, no ato de prescrição, se o medicamento identificado por DCI com marca, se trata efetivamente de um MG,

medicamento genérico, ou tem ausente a identificação de genérico e corresponde a um medicamento de marca. Esta é uma subtileza regulamentar, que a extensa maioria

dos profissionais prescritores desconhece, mas afeta inequivocamente os rácios aqui explanados.

No mercado de medicamentos não genéricos na ARSLVT, o valor em PVP diminui, -0,6% e o valor SNS aumentou, 0,03%. Estes dados refletem o decréscimo nos preços dos

medicamentos não genéricos (-0,5%). A faturação do número de embalagens decresceu, 43.529 (-0,1%).

Tabela 3: Medicamentos Genéricos e Não Genéricos na ARSLVT em valores faturados (SNS e PVP), em volume (número de embalagens) e Custo Médio em PVP/Embalagem, em 2014,2013 e 2012..

A preponderância dos medicamentos de marca atribui-se entre outros fatores aos padrões de prescrição (INFARMED, março de 2014), que são diferentes consoante e contextos. Assim para a mesma área de influência, e para a mesma população, a prescrição nos ACES em volume (e valor) de medicamentos genéricos é consideravelmente superior ao ambulatório dos hospitais. Algumas áreas terapêuticas ainda têm déficit de grupos homogéneos, nomeadamente a área respiratória e a endocrinológica .

2014 2013 Variação Homóloga 2013 2012 Variação Homóloga

SNS 91.932.524,13€ 88.179.687,48€ 4,3% 88.179.687,48€ 79.793.139,90€ 10,5%

PVP 164.750.777,60€ 153.311.731,29€ 7,5% 153.311.731,29€ 137.105.644,25€ 11,8%

EMB 22.609.535 21.097.427 7,2% 21.097.427 17.640.675 19,6%

PVP/EMB 7,29€ 7,27€ 0,3% 7,27€ 7,77€ -6,5%

SNS 329.578.018,85€ 329.475.029,87€ 0,03% 329.475.029,87€ 336.015.644,90€ -1,9%

PVP 521.152.507,28€ 524.221.946,41€ -0,6% 524.221.946,41€ 531.220.048,79€ -1,3%

EMB 32.816.080 32.859.609 -0,1% 32.859.609 32.111.568 2,3%

PVP/EMB 15,88€ 15,95€ -0,5% 15,95€ 16,54€ -3,6%

GENERICO

NÃO

GENERICO

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

A intensa propensão prescritora de medicamentos de novo, que não constituem inovação terapêutica, mas são muito promocionados. Exemplo da área cardiovascular, da terapêutica da diabetes e da oftalmologia.

Gráfico 2: Faturação anual em 2013 e 2014, de medicamentos genéricos e não genéricos, em valor

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

3.1.3 Análise Desagregada por Grupo Fármaco-Terapêutico (GFT)

Ao analisar a distribuição do mercado do medicamento em ambulatório por grupo farmacoterapêutico (GFT) (gráfico 3), em 2014, verifica-se que os grupos que

representam maior despesa são o Aparelho Cardiovascular, o Sistema Nervoso Central e o grupo das Hormonas e Medicamentos Usados no Tratamento das Doenças

Endócrinas, no seu conjunto representam 64,2% do valor PVP, 520.649.758,30€.

A variação de faturação em período homólogo foi negativa (-2%) em relação ao GFT. Aparelho Cardiovascular e positiva para os dois grupos seguintes, GFT.Sistema Nervoso

Central (2,4%) e para o grupo, das Hormonas e Medicamentos Usados no Tratamento das Doenças Endócrinas (5,8%). De notar que entre os GFT que representam parte

significativa do mercado de medicamentos (GFT que faturam mais de 20M€/ano), os que registaram um acréscimo significativo em valor são os grupos farmacoterapêuticos

do Sangue (26,8%, 16,2% em 2013), do Aparelho Respiratório (5,8%, 10,6% em 2013) e do Sistema Nervoso Central (2,4%).

Tabela 4: TOP10 PVP de medicamentos dos GFT mais representativos ou com maior incremento na despesa da ARSLVT

Analisando os medicamentos ordenados pelo valor PVP, Identificamos os responsáveis do aumento de custos com medicamentos, nestes rankings identificam-se

oportunidades de racionalidade terapêutica;.

GFT Sangue PVP

Medicamentos 2014

Pradaxa 18.153.740,30€

Tromalyt 150 mg 4.978.138,12€

Xarelto 3.993.894,08€

Plavix 2.004.196,88€

Lovenox 1.704.556,04€

Clopidogrel Mylan 1.592.511,48€

Pradaxa 1.558.034,44€

Xarelto 1.467.686,74€

Folifer 1.196.522,23€

Lovenox 1.140.336,22€

GFT Hormonas e ttr

doenças endócrinas PVP

Medicamentos 2014

Janumet 8.836.954,67€

Eucreas 7.988.417,49€

Januvia 5.431.514,28€

Lantus 5.161.998,14€

Zomarist 3.911.820,78€

Levemir 3.459.903,16€

Icandra 2.721.269,90€

Eucreas 2.424.328,52€

Velmetia 2.423.389,66€

NovoMix 30 Penfill 2.226.628,34€

GFT Aparelho

cardiovascular PVP

Medicamentos 2014

Crestor 10 mg 11.367.060,40€

Olsar Plus 8.822.862,38€

Inegy 5.286.777,58€

Co-Diovan 160 mg/ 12,5 mg 5.018.394,42€

Zolnor 4.405.192,34€

Coaprovel 4.254.847,36€

Visacor 10 mg 3.456.113,31€

Olsar Plus 3.214.720,60€

Procoralan 3.204.474,42€

Adalat CR 3.137.090,28€

GFT Sistema Nervoso

Central PVP

Medicamentos 2014

Lyrica 9.991.582,82€

Lyrica 7.169.163,64€

Cymbalta 6.986.310,72€

Lyrica 3.421.220,52€

Sedoxil 2.727.702,18€

Valdoxan 2.645.436,18€

Risperdal Consta 2.578.878,85€

Lyrica 2.507.801,24€

Abilify 1.983.314,61€

Triticum AC 1.978.807,10€

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Gráfico 3: Valores faturados em PVP por GFT em período homólogo

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

No período de janeiro a dezembro de 2014 os GFT que apresentaram uma variação homóloga negativa do número de embalagens faturadas (gráfico 4) foram o GFT

Nutrição e metabolismo (-29,5%), o Aparelho locomotor (-6,4%) e o grupo Aparelho digestivo (-1,2%).

Gráfico 4: Volume (embalagens) por GFT em 2014 e período homólogo

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

No indicador, custo médio por embalagem de GFT, apresentou os maiores valores no GFT Medicamentos usados no tratamento de intoxicações (51,86€), no GFT 5.

Aparelho Respiratório, com 30,64€, no GFT Medicamentos Antineoplásicos e Imunomoduladores (27,25€) e o GFT Hormonas e Medicamentos Usados no Tratamento das

Doenças Endócrinas (18,84€).

Os Medicamentos Usados no Tratamento de Intoxicações, registam a maior variação positiva PVP/EMB em relação ao período homólogo (79,6%). O GFT que o segue na

tendência é o do Sangue, 20,1% de acréscimo PVP/BEM

Tabela 5: Custo Médio em PVP por embalagem por GFT e respetiva variação em período homólogo

O GFT, com expressão no mercado total, que carece de maior atenção pela evolução que tem sofrido entre períodos homólogos, com aumento do custo PVP por embalagem de 20,1% (6,9% em 2013), aumento do valor global em PVP de 26,8% (16,2% em 2013) e aumento do número de embalagens faturadas de 5,5% (8,8% em 2013), é o GFT Sangue.

Métrica Homóloga

GFT 2014 2013 PVP/EMB

17. Medicamentos usados no tratamento de intoxicações 51,86€ 28,87€ 79,6%

5. Aparelho respiratório 30,64€ 33,40€ -8,3%

16. Medicamentos antineoplásicos e imunomoduladores 27,25€ 25,98€ 4,9%

8. Hormonas e medicamentos usados no tratamento das doenças endócrinas 18,84€ 18,64€ 1,0%

3. Aparelho cardiovascular 12,97€ 13,65€ -5,0%

7. Aparelho geniturinário 12,66€ 12,51€ 1,2%

2. Sistema nervoso central 12,42€ 12,71€ -2,2%

20. Material de penso, hemostáticos locais, gases medicinais e outros produtos 12,15€ 13,18€ -7,8%

4. Sangue 11,24€ 9,35€ 20,1%

13. Medicamentos usados em afeções cutâneas 11,12€ 10,25€ 8,5%

18. Vacinas e imunoglobulinas 10,78€ 11,76€ -8,3%

9. Aparelho locomotor 10,64€ 11,24€ -5,3%

14. Medicamentos usados em afeções otorrinolaringológicas 9,41€ 9,61€ -2,0%

15. Medicamentos usados em afeções oculares 9,39€ 9,77€ -3,9%

6. Aparelho digestivo 9,24€ 9,18€ 0,7%

1. Medicamentos anti-infeciosos 8,28€ 8,32€ -0,5%

11. Nutrição e metabolismo 6,21€ 6,28€ -1,0%

10. Medicação antialérgica 5,22€ 5,10€ 2,4%

12. Corretivos da volémia e das alterações electrolíticas 3,73€ 3,19€ 16,9%

PVP/EMB

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

3.1.4 Análise Desagregada, em volume , por Substância Activa (DCI),

A análise dos medicamentos mais prescritos, em volume, por DCI (tabela 7), permite-nos realçar que vários medicamentos

presentes na tabela em análise constituem a melhor opção custo-efetividade. São disso exemplo a sinvastatina, a

atorvastatina, a gliclazida, o irbesartan + hidroclorotiazida e o omeprazol.

Tabela 6: Distribuição em Volume (Embalagens) do mercado do Medicamento em Ambulatório, por DCI em 2014

Ano

DCI EMB RNK Notas Importantes

Sinvastatina 1.318.232 1 BT CFT ARSLVT nº2/2014

Metformina 1.160.562 2 NOC DGS nº 52/2011 atualizada em 10/12/2013 e BT CFT ARSLVT nº3/2013

Paracetamol 1.061.952 3

Omeprazol 1.052.604 4 NOC DGS nº 36/2011 atualizada em 30/09/2011

Ácido acetilsalicílico 1.015.133 5

Amoxicilina + Ácido clavulânico 937.475 6

Ibuprofeno 757.755 7 NOC DGS nº 13/2011 atualizada em 13/12/2013

Alprazolam 729.776 8

Atorvastatina 728.254 9 BT CFT ARSLVT nº2/2014

Bisoprolol 679.930 10 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Clopidogrel 612.815 11

Pantoprazol 588.730 12 NOC DGS nº 36/2011 atualizada em 30/09/2011

Indapamida 563.906 13 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Levotiroxina sódica 562.332 14

Beta-histina 535.840 15

Gliclazida 503.186 16 NOC DGS nº 52/2011 atualizada em 10/12/2013 e BT CFT ARSLVT nº3/2013

Losartan + Hidroclorotiazida 481.119 17 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Rosuvastatina 476.787 18 BT CFT ARSLVT nº2/2014

Lorazepam 472.799 19

Furosemida 464.495 20 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Tramadol + Paracetamol 462.019 21 NOC DGS nº 13/2011 atualizada em 13/12/2013

Zolpidem 451.061 22

Irbesartan + Hidroclorotiazida 450.496 23 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Tansulosina 443.819 24

Esomeprazol 423.139 25 NOC DGS nº 36/2011 atualizada em 30/09/2011

Nebivolol 415.587 26 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Azitromicina 411.614 27

Perindopril 403.207 28 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Venlafaxina 400.838 29

Bromazepam 387.902 30

Alopurinol 373.834 31

Montelucaste 371.212 32 BT CFT ARSLVT nº4/2013

Metamizol magnésico 369.218 33 NOC DGS nº 13/2011 atualizada em 13/12/2013

Metformina + Vildagliptina 367.791 34 NOC DGS nº 52/2011 atualizada em 10/12/2013 e BT CFT ARSLVT nº3/2013

Amlodipina 361.304 35 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Diazepam 360.441 36

Perindopril + Indapamida 351.538 37 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Diclofenac 350.542 38 NOC DGS nº 13/2011 atualizada em 13/12/2013

Sertralina 350.225 39

Lercanidipina 339.929 40 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Nifedipina 337.856 41 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Carvedilol 332.251 42 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Metformina + Sitagliptina 323.484 43 NOC DGS nº 52/2011 atualizada em 10/12/2013 e BT CFT ARSLVT nº3/2013

Glucosamina 318.235 44

Escitalopram 311.534 45

Quetiapina 304.379 46

Fenofibrato 301.727 47 BT CFT ARSLVT nº2/2014

Fluoxetina 298.817 48

Desloratadina 288.515 49

Pregabalina 281.619 50 BT CFT ARSLVT nº1/2014 e aprovação de AIM de genéricos de pregabalina em 2015

2014

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 7: Distribuição em Valor (SNS-Euros) do mercado do Medicamento em Ambulatório, por DCI no ano de 2014.

Ano

DCI SNS RNK Notas Importantes

Metformina + Vildagliptina 17.426.562,70€ 1 NOC DGS nº 52/2011 atualizada em 10/12/2013 e BT CFT ARSLVT nº3/2013

Metformina + Sitagliptina 14.163.250,93€ 2 NOC DGS nº 52/2011 atualizada em 10/12/2013 e BT CFT ARSLVT nº3/2013

Pregabalina 12.305.418,33€ 3 BT CFT ARSLVT nº1/2014 e aprovação de AIM de genéricos de pregabalina em 2015

Fluticasona + Salmeterol 9.026.884,25€ 4

Rosuvastatina 8.674.453,85€ 5 BT CFT ARSLVT nº2/2014

Quetiapina 7.946.849,97€ 6

Dabigatrano etexilato 7.366.839,34€ 7 BT CFT ARSLVT nº5/2013

Sitagliptina 6.927.639,53€ 8 NOC DGS nº 52/2011 atualizada em 10/12/2013 e BT CFT ARSLVT nº3/2013

Insulina glargina 6.056.518,80€ 9 NOC DGS nº 52/2011 atualizada em 10/12/2013 e BT CFT ARSLVT nº3/2013

Olmesartan medoxomilo + Hidroclorotiazida 5.740.143,68€ 10 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Risperidona 5.730.178,31€ 11

Budesonida + Formoterol 5.068.146,60€ 12

Amoxicilina + Ácido clavulânico 4.963.812,09€ 13

Brometo de tiotrópio 4.948.304,62€ 14

Amlodipina + Olmesartan medoxomilo 4.541.367,99€ 15 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Amlodipina + Valsartan 4.266.785,10€ 16 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Sinvastatina + Ezetimiba 3.676.207,26€ 17 BT CFT ARSLVT nº2/2014

Insulina detemir 3.441.735,75€ 18 NOC DGS nº 52/2011 atualizada em 10/12/2013 e BT CFT ARSLVT nº3/2013

Aripiprazol 3.435.829,63€ 19

Paliperidona 3.401.309,68€ 20

Glucosamina 3.394.337,70€ 21

Enoxaparina sódica 3.222.917,06€ 22

Ivabradina 3.220.119,41€ 23

Ácido alendrónico + Colecalciferol 3.042.551,63€ 24

Metformina 2.931.295,90€ 25 NOC DGS nº 52/2011 atualizada em 10/12/2013 e BT CFT ARSLVT nº3/2013

Olmesartan medoxomilo 2.920.434,45€ 26 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Olanzapina 2.872.076,80€ 27

Valsartan + Hidroclorotiazida 2.862.094,87€ 28 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Gliclazida 2.712.814,73€ 29 NOC DGS nº 52/2011 atualizada em 10/12/2013 e BT CFT ARSLVT nº3/2013

Montelucaste 2.710.159,76€ 30 BT CFT ARSLVT nº4/2013

Perindopril + Amlodipina 2.707.571,34€ 31 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Messalazina 2.587.642,40€ 32

Perindopril + Indapamida 2.431.844,68€ 33 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Rivastigmina 2.423.412,63€ 34

Perindopril 2.414.193,16€ 35 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Enalapril + Lercanidipina 2.364.784,09€ 36 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Clopidogrel 2.318.883,15€ 37

Etoricoxib 2.290.544,49€ 38 NOC DGS nº 13/2011 atualizada em 13/12/2013

Insulina humana (isofânica) 2.250.413,84€ 39 NOC DGS nº 52/2011 atualizada em 10/12/2013 e BT CFT ARSLVT nº3/2013

Esomeprazol 2.240.767,35€ 40 NOC DGS nº 36/2011 atualizada em 30/09/2011

Losartan + Hidroclorotiazida 2.223.028,98€ 41 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Rivaroxabano 2.217.952,13€ 42 BT CFT ARSLVT nº5/2013

Insulina aspártico (solúvel + protamina) 2.215.341,66€ 43 NOC DGS nº 52/2011 atualizada em 10/12/2013 e BT CFT ARSLVT nº3/2013

Telmisartan + Hidroclorotiazida 2.170.116,34€ 44 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Insulina lispro (solúvel + protamina) 2.105.415,13€ 45 NOC DGS nº 52/2011 atualizada em 10/12/2013 e BT CFT ARSLVT nº3/2013

Pitavastatina 2.080.176,97€ 46 BT CFT ARSLVT nº2/2014

Omeprazol 2.078.953,73€ 47 NOC DGS nº 36/2011 atualizada em 30/09/2011

Ácido valpróico 2.057.955,32€ 48

Nifedipina 2.034.620,90€ 49 BT CFT ARSLVT nº1/2015

Betametasona + Calcipotriol 1.941.758,89€ 50

2014

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RELATÓRIO ANUAL I ABRIL 2015I COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DA ARSLVT 33

MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

A tabela 8, em valor por substância ativa valorizada através dos encargos do SNS, é muito semelhante à organizada por PVP

(tabela 9), distinguindo-se na ordenação das substâncias ativas, que reflete as diferentes percentagens de comparticipação:

37%, 69%, 90% e 100%.

O quadro seguinte (tabela 9) exemplifica, apenas com o top 50 DCI, o custo de oportunidade na ARSLVT tendo como base as

alternativas terapêuticas preconizadas pela CFT da ARSLVT.

A metodologia aplicada, tal como já descrevemos anteriormente, apresenta um cenário no qual apenas 20% do medicamento

prescrito seria alterado pela sua alternativa mais custo-efetiva, com exceção dos medicamentos sem interesse terapêutico em

que se pressupõe a sua substituição em 80%.

Da leitura da tabela 9 pode inferir-se que as alternativas terapêuticas custo-efetivas poderiam constituir-se como estratégias

de aprofundamento do potencial de racionalidade terapêutica e de sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 8: Potencial de Poupança (PVP-Euros) do Top 50 mercado do Medicamento em Ambulatório, por DCI no ano de 2014

*DCI para os quais as alternativas propostas pela CFT da ARSLVT estão em projeto de trabalho.

DCI PVP RNKRNK

2013Alternativa Terapêutica Potencial Poupança

Rosuvastatina 21.276.471,45€ 1 1 Atorvastatina (GENÉRICO) (NOC DGS E BT CFT) 14.373.203,12 €

Metformina + Vildagliptina 19.174.962,43€ 2 2Metformina(isolada) + Gliclazida (isolada) (NOC DGS E BT

CFT)3.186.578,49 €

Metformina + Sitagliptina 15.581.925,18€ 3 3Metformina(isolada) + Gliclazida (isolada) (NOC DGS E BT

CFT)2.597.552,33 €

Pregabalina 13.500.208,66€ 4 4Gabapentina (NOC DGS e BT CFT) ou Pregabalina

(GENÉRICO)4.749.628,79 €

Fluticasona + Salmeterol 12.373.643,94€ 5 5 Fluticasona + Salmeterol* - €

Dabigatrano etexilato 9.968.288,73€ 6 15 Varfarina (BT CFT) 1.896.483,86 €

Quetiapina 9.327.102,04€ 7 8 Quetiapina (GENÉRICO)* 1.362.657,13 €

Sinvastatina + Ezetimiba 9.086.993,12€ 8 7 Atorvastatina (GENÉRICO) (NOC DGS E BT CFT) 6.782.262,94 €

Sinvastatina 7.983.372,17€ 9 10 Sinvastatina (NOC DGS E BT CFT) 0,00 €-

Olmesartan medoxomilo +

Hidroclorotiazida7.815.415,92€ 10 16

Irbesartan + Hidroclorotiazida genérico (NOC DGS E BT

CFT)1.308.269,84 €

Sitagliptina 7.597.303,69€ 11 9 Gliclazida (GENÉRICO)(NOC DGS E BT CFT) 1.338.606,79 €

Amoxicilina + Ácido clavulânico 7.382.920,44€ 12 14 Amoxicilina* 574.227,15 €

Budesonida + Formoterol 7.066.409,63€ 13 19 Budesonida + Formoterol* - €

Omeprazol 6.811.018,32€ 14 18 Omeprazol (GENÉRICO)(NOC DGS) 1.266.125,53 €

Brometo de tiotrópio 6.642.539,18€ 15 13 Brometo de tiotrópio* 0,00 €-

Risperidona 6.462.950,32€ 16 17 Risperidona (GENÉRICO)* 746.016,34 €

Escitalopram 6.367.639,46€ 17 11 Citalopram* 441.781,00 €

Esomeprazol 6.198.792,34€ 18 28 Omeprazol (GENÉRICO)(NOC DGS) 862.833,54 €

Amlodipina + Olmesartan medoxomilo 6.176.596,98€ 19 25 Amlodipina (isolada) + Irbesartan (isolado) (BT CFT) 968.591,47 €

Insulina glargina 6.108.689,78€ 20 26 Insulina humana ou insulina isofânica (NOC DGS E BT CFT) 594.433,48 €

Atorvastatina 6.026.162,75€ 21 27 Atorvastatina (GENÉRICO) (NOC DGS E BT CFT) 3.717.237,39 €

Amlodipina + Valsartan 5.825.131,43€ 22 21Amlodipina (isolada) + Irbesartan (isolado) (NOC DGS E

BT CFT)834.089,31 €

Montelucaste 5.816.607,60€ 23 6 Montelucaste (GENÉRICO) 823.324,97 €

Valsartan + Hidroclorotiazida 5.662.645,65€ 24 12Irbesartan + Hidroclorotiazida genérico (NOC DGS E BT

CFT)357.509,20 €-

Etoricoxib 5.534.255,65€ 25 23 Naproxeno (NOC DGS) 939.240,93 €

Clopidogrel 5.277.695,29€ 26 29 Clopidogrel 786.326,12 €

Pitavastatina 5.075.352,72€ 27 36 Sinvastatina (NOC DGS E BT CFT) 885.383,34 €

Irbesartan + Hidroclorotiazida 4.846.189,07€ 28 24 Irbesartan + Hidroclorotiazida (GENÉRICO) 744.290,10 €

Glucosamina 4.772.800,08€ 29 31 Sem Interesse Terapêutico 1.643.073,80 €

Telmisartan + Hidroclorotiazida 4.692.126,78€ 30 22Irbesartan + Hidroclorotiazida genérico (NOC DGS E BT

CFT)387.931,74 €

Rivastigmina 4.544.529,17€ 31 30 Rivastigmina (GENÉRICO) 405.849,34 €

Enoxaparina sódica 4.383.674,57€ 32 43 Nadroparina cálcica 87.128,94 €-

Ivabradina 4.349.202,55€ 33 41 Ivabradina* 434.920,26 €

Perindopril 4.307.004,02€ 34 33 Perindopril (BT CFT) - €

Losartan + Hidroclorotiazida 4.305.436,03€ 35 34 Losartan + Hidroclorotiazida (NOC DGS E BT CFT) - €

Metformina 4.170.450,64€ 36 37 Metformina (GENÉRICO) 438.353,94 €

Perindopril + Indapamida 4.155.436,20€ 37 38 Perindopril + Indapamida (GENÉRICO) (BT CFT) 420.814,79 €

Pantoprazol 4.133.494,92€ 38 42 Omeprazol (GENÉRICO)(NOC DGS) 280.906,76 €

Ácido alendrónico + Colecalciferol 4.101.170,62€ 39 32 Ácido alendrónico + Colecalciferol (GENÉRICO) 412.708,95 €

Olmesartan medoxomilo 3.997.534,08€ 40 44 Irbesartan (GENÉRICO)(BT CFT) 644.721,25 €

Venlafaxina 3.984.978,09€ 41 45 Venlafaxina* (GENÉRICO) 578.430,14 €

Aripiprazol 3.794.302,25€ 42 48 Aripiprazol*(GENÉRICO) 433.550,10 €

Memantina 3.767.302,12€ 43 20 Donepezilo (GENÉRICO) 687.037,08 €

Paliperidona 3.744.233,47€ 44 101 Paliperidona* - €

Perindopril + Amlodipina 3.735.226,77€ 45 56 Perindopril (isolado) + Amlodipina (isolada) (BT CFT) 457.769,45 €

Olanzapina 3.643.082,08€ 46 35 Olanzapina* (GENÉRICO) 466.357,70 €

Duloxetina 3.493.201,69€ 47 52 Duloxetina (GENÉRICO)* 349.320,17 €

Beta-histina 3.490.653,90€ 48 49 Beta-histina (GENÉRICO) 223.847,83 €

Gliclazida 3.471.204,68€ 49 50 Gliclazida (GENÉRICO) 177.697,81 €

Insulina detemir 3.459.903,16€ 50 51 Insulina humana ou insulina isofânica (NOC DGS E BT CFT) 344.079,97 €

60.121.876,88 €

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

A tabela 10 permite analisar as marcas comerciais em valor no mercado de medicamentos (PVP) da área de influência da ARSLVT.

Tabela 9: Distribuição em Valor (PVP-Euros) do mercado de Medicamentos em Ambulatório, por Marca Comercial no ano 2014.

Ano

MEDICAMENTOS PVP RNK

Crestor 10 mg 11.367.060,40 1

Pradaxa 9.076.870,15 2

Janumet 8.836.954,67 3

Eucreas 7.988.417,49 4

Spiriva 5.535.504,91 5

Januvia 5.431.514,28 6

Inegy 5.286.777,58 7

Lantus 5.161.998,14 8

Lyrica 4.995.791,41 9

Olsar Plus 4.411.431,19 10

Zolnor 4.405.192,34 11

Symbicort Turbohaler 3.918.788,61 12

Zomarist 3.911.820,78 13

Lyrica 3.584.581,82 14

Cymbalta 3.493.155,36 15

Levemir 3.459.903,16 16

Visacor 10 mg 3.456.113,31 17

Procoralan 3.204.474,42 18

Combodart 3.021.076,03 19

Crestor 5 mg 2.849.001,18 20

Sedoxil 2.727.702,18 21

Seretaide Diskus 2.726.219,06 22

Icandra 2.721.269,90 23

Fosavance 2.713.288,81 24

Valdoxan 2.645.436,18 25

Livazo 2.582.844,00 26

Risperdal Consta 2.578.878,85 27

Co-Diovan 160 mg/ 12,5 mg 2.509.197,21 28

Ezetrol 2.504.800,64 29

Tromalyt 150 mg 2.489.069,06 30

Eucreas 2.424.328,52 31

Velmetia 2.423.389,66 32

Copalia 2.373.690,94 33

Crestor 20 mg 2.329.221,05 34

Permixon 2.228.922,92 35

NovoMix 30 Penfill 2.226.628,34 36

Brisomax Diskus 2.193.345,66 37

Janumet 2.155.237,12 38

Coaprovel 2.127.423,68 39

Pravafenix 2.065.174,76 40

Xarelto 1.996.947,04 41

Nasomet 1.992.569,38 42

Exxiv 1.985.007,90 43

Abilify 1.983.314,61 44

Triticum AC 1.978.807,10 45

Symbicort Turbohaler 320/9 1.975.527,70 46

Trajenta 1.962.657,41 47

Olsar 20 mg 1.956.577,58 48

Daivobet 1.884.563,94 49

Azilect 1.827.403,99 50

2014

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

4 Análise do Consumo de Medicamentos nos Diversos Contextos de Prestação de Cuidados de Saúde na ARSLVT

Os medicamentos faturados na área de influência da ARSLVT provêm de diversos contextos de prestação de cuidados de saúde: Agrupamentos de Centros de Saúde,

Hospitais do SNS, Hospitais Privados, Cuidados Continuados, Centros de Apoio à Toxicodependência, Médicos Contratados, Centros de Hemodiálise, Serviços Prisionais,

Postos Empresa, Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS), Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS), Médicos no Privado, Institutos e Serviços do Ministério

da Saúde e Outros.

Em 2014 são os ACES os responsáveis pela maior fatia na despesa com medicamentos faturados (46,6%, 49,2% em 2013), seguindo-se os médicos no exercício privado

(29,6%, 27,7% em 2013) e os hospitais do SNS (17,8%, 17,4% em 2013) (tabela 11).

O valor faturado à ARSLVT na comparticipação de medicamentos aumentou 0,9% face ao período homólogo.Os contextos com maior PVP por embalagem são os Médicos

Contratados (18,39€) e os Centros de Hemodiálise (16,70€)

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 10: Valor (PVP e SNS), volume (embalagens) e indicador PVP/Emb para 2014 e 2013 e respetivas variações homólogas para os diferentes contextos de prestação de cuidados de saúde na ARSLVT.

Ano

TIPO INST PRESC PVP SNS EMB PVP/EMB PVP SNS EMB PVP/EMB PVP SNS EMB PVP/EMB

CENTROS SAUDE 319.621.015,00€ 198.729.009,38€ 27.357.612 11,68 € 333.455.522,32€ 209.123.072,37€ 28.071.927 11,88 € -4,1% -5,0% -2,5% -1,6%

MÉDICOS NO EXERCÍCIO PRIVADO 202.854.255,70€ 112.629.821,27€ 16.036.868 12,65 € 188.300.435,26€ 104.947.603,54€ 14.488.822 13,00 € 7,7% 7,3% 10,7% -2,7%

HOSPITAIS 122.112.303,58€ 84.020.950,99€ 8.849.146 13,80 € 117.665.893,81€ 79.691.981,31€ 8.459.913 13,91 € 3,8% 5,4% 4,6% -0,8%

IPSS - SOLIDARIEDADE SOCIAL 23.695.550,11€ 16.495.623,66€ 1.739.237 13,62 € 21.556.655,13€ 14.883.642,73€ 1.585.593 13,60 € 9,9% 10,8% 9,7% 0,2%

SAMS - ASSISTÊNCIA MÉDICO-SOCIAL 7.579.398,44€ 3.913.234,33€ 588.643 12,88 € 7.201.903,54€ 3.742.386,58€ 552.173 13,04 € 5,2% 4,6% 6,6% -1,3%

POSTO EMPRESA 5.854.399,90€ 3.006.598,78€ 493.489 11,86 € 5.803.144,25€ 3.018.720,86€ 474.660 12,23 € 0,9% -0,4% 4,0% -3,0%

INSTITUTOS/SERVIÇOS MINISTÉRIO SAÚDE 2.154.421,60€ 1.458.695,04€ 171.517 12,56 € 1.831.696,96€ 1.232.578,95€ 147.261 12,44 € 17,6% 18,3% 16,5% 1,0%

CENTROS APOIO À TOXICODEPENDENCIA 1.564.998,38€ 916.835,90€ 132.342 11,83 € 1.474.626,33€ 870.097,53€ 124.305 11,86 € 6,1% 5,4% 6,5% -0,3%

SERVIÇOS PRISIONAIS 447.290,37€ 341.749,23€ 32.361 13,82 € 418.250,81€ 314.528,72€ 29.997 13,94 € 6,9% 8,7% 7,9% -0,9%

HOSPITAIS PRIVADOS 181.958,68€ 103.147,34€ 13.791 13,19 € 149.163,88€ 81.992,36€ 10.891 13,70 € 22,0% 25,8% 26,6% -3,7%

OUTROS 133.937,62€ 89.510,67€ 11.672 11,48 € 128.939,82€ 101.723,81€ 14.195 9,08 € 3,9% -12,0% -17,8% 26,3%

MÉDICOS CONTRATADOS 115.849,11€ 61.205,20€ 6.298 18,39 € 105.842,25€ 60.498,39€ 4.898 21,61 € 9,5% 1,2% 28,6% -14,9%

CENTROS HEMODIÁLISE 2.104,42€ 1.279,41€ 126 16,70 € 1.458,64€ 564,25€ 87 16,77 € 44,3% 126,7% 44,8% -0,4%

UNIDADE CUIDADOS CONTINUADOS 51,31€ 26,81€ 7 7,33 € 242,44€ 140,35€ 33 7,35 € -78,8% -80,9% -78,8% -0,2%

Total ARSLVT 686.317.534,22€ 421.767.688,01€ 55.433.109 12,38€ 678.093.775,44€ 418.069.531,75€ 53.964.755 12,57€ 1,2% 0,9% 2,7% -1,5%

Variação Homóloga 2014 2013

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RELATÓRIO ANUAL I ABRIL 2015I COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DA ARSLVT 38

MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

4.1 Análise dos Medicamentos faturados nos ACES

Os 15 ACES existentes na ARSLVT representaram o contexto com maior relevância na ARSLVT, com cerca de 319,6 milhões de euros em PVP.

A análise do consumo de medicamentos nos ACES no ano de 2014 demonstrou um decréscimo em número de embalagens (-2,5%), em valor SNS (-5%), em PVP (-4,1%), e

em custo médio PVP por embalagem (-1,6%), face ao período homólogo de 2013.

Em relação à variação do valor de PVP (gráfico 6), o ACES Lisboa Norte obteve a maior descida (-6,7%) e o ACES Arrábida a menor (-1,5%).

Gráfico 5: Valores faturados PVP de medicamentos e variação PVP por ACES da ARSLVT em período homólogo

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Quando se analisa o número de embalagens faturadas (gráfico 7), verifica-se um aumento apenas para o ACES Arrábida (0,3%).

O maior decréscimo em volume registou-se no ACES Lisboa Central (-5,8%) seguido do ACES Lisboa Norte (-5,4%).

Gráfico 6: Volume de embalagens faturadas por ACES da ARSLVT no período homólogo e respetiva variação.

A análise por utilizador revela que o ACES Lisboa Norte diminuiu o nº de embalagens por utilizador em -1,3%, mas o ACES Lisboa Central aumentou em 5,9%.

Apenas os ACES Estuário do Tejo (-3%), ACES Amadora (-1,7%) e o ACES Lisboa Norte (-1,3%) reduziram as embalagens por utilizador, os restantes 13, aumentaram, com

destaque para os ACES Médio Tejo (36,4%) e ACES Arrábida (10,2%).

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Gráfico 7: Volume de embalagens faturadas por utilizador e por ACES da ARSLVT no período homólogo e respetiva variação.

O valor de PVP por embalagem (tabela 12) diminuiu em todos os ACES, sendo esta variação maior no Oeste Norte (-3,2%) e menor no ACES Oeste Sul (-0,8%), sendo o ACES

Arrábida o que apresenta o maior custo em PVP por embalagem (12,47€). O menor valor pertence ao ACES Almada-Seixal, com 11,01€ por embalagem.

O indicador revela que não existiram alterações significativas na prática de prescrição nos ACES da ARSLVT, ou seja, variações na prescrição de moléculas do mesmo grupo

homogéneo ou na adoção de medicamentos de introdução recente no mercado. Revela também que a preconização de medidas de racionalidade terapêutica, em larga

escala, não tem sido consideradas pelos prescritores.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 11: Indicador do Custo Médio por embalagem nos ACES da ARSLVT e variação do custo médio em período homólogo

Constata-se que em todos os ACES o encargo financeiro com medicamentos não genéricos é muito maior que com medicamentos genéricos (gráfico 8).

Em valor, no ano 2014, correspondem a medicamentos genéricos 27%, proporção superior à do período homólogo que foi de 24,5%

Refira-se, que as variações homólogas dos valores PVP foram negativas para medicamentos não genéricos em todos os ACES da ARSLVT. E positivas as variações homólogas

do PVP em medicamentos genéricos.

Ano 2014 2013 Homóloga

Agrupamento Prescrição PVP/EMB PVP/EMB PVP/EMB

Lisboa Norte 11,54€ 11,70€ -1,4%

Lisboa Central 11,31€ 11,41€ -0,9%

Lisboa Ocidental e Oeiras 11,82€ 12,10€ -2,3%

Cascais 11,96€ 12,13€ -1,4%

Amadora 11,48€ 11,71€ -1,9%

Sintra 11,87€ 12,07€ -1,7%

Loures - Odivelas 11,49€ 11,65€ -1,4%

Estuário do Tejo 11,88€ 12,03€ -1,2%

Almada - Seixal 11,01€ 11,31€ -2,7%

Arco Ribeirinho 11,72€ 11,89€ -1,5%

Arrábida 12,47€ 12,70€ -1,8%

Oeste Norte 11,43€ 11,81€ -3,2%

Oeste Sul 11,56€ 11,66€ -0,8%

Médio Tejo 12,23€ 12,45€ -1,7%

Lezíria 11,48€ 11,61€ -1,1%

Total 11,67€ 11,86€ -1,6%

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Em PVP, os medicamentos genéricos dos ACES representam, no período em análise, cerca de 85 milhões de euros (+3,5% do que em período homólogo) do total do

mercado e os não genéricos 230 milhões de euros (-6,7% do que em período homólogo).

Gráfico 8: Valores faturados (PVP) e variação PVP de medicamentos genéricos e não genéricos por ACES da ARSLVT em período homólogo.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Gráfico 9: Proporção em valor (PVP) e variação homóloga da proporção de medicamentos genéricos por ACES da ARSLVT em período homólogo.

É notória a evolução na proporção de medicamentos prescritos que são genéricos, no seu grupo homogéneo, neste contexto de prescrição. O empenho no cumprimento

das metas contratualizadas para a prescrição de medicamentos genéricos é diretamente responsável pelo resultado obtido.

Em volume, verifica-se um aumento da proporção de genéricos para os 45,9% (42,9% em 2013).

O ACES Almada-Seixal apresenta o maior rácio de medicamentos genéricos dispensados face a não genéricos (51,3%) e o ACES Médio Tejo o rácio inferior (42,8%).

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Em relação à variação homóloga, pode observar-se que o número de embalagens de medicamentos genéricos dispensados entre janeiro e dezembro de 2014 aumentou de

uma forma consistente em todos os ACES à excepção do ACES Lisboa Norte (-0,4%); o ACES Arrábida apresenta a maior subida, com 6,8% e o ACES Oeste Sul a menor com

0,8% (gráfico 10).

No que respeita aos medicamentos não genéricos, o número de embalagens durante o ano de 2014 foi inferior para todos os ACES, sendo o ACES Lisboa Central, o que teve

teve o maior decréscimo aproximadamente -10,7% no período homólogo; o ACES Lezíria apresenta a menor descida, com -4,2%.

Gráfico 10: Volume de embalagens e variação de medicamentos genéricos e não genéricos por ACES da ARSLVT em período homólogo

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Gráfico 11: Proporção em volume (nº de embalagens) e variação homóloga da proporção de medicamentos genéricos por ACES da ARSLVT em período homólogo.

O custo médio em PVP por embalagem dos medicamentos genéricos nos ACES da ARSLVT, reduziu em 0,3% no período de janeiro a dezembro de 2014 (8,3% em 2013)

relativamente ao período homólogo.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

O ACES Arrábida apresentou o maior custo, com o valor 7,08€ por embalagem, enquanto o valor mais baixo pertence ao ACES Almada-Seixal, com o custo por embalagem

de 6,70€ (tabela 13). No que se refere aos medicamentos não genéricos, o custo médio por embalagem decresceu no ACES Oeste Norte (-0,71%), no ACES Lisboa Ocidental

e Oeiras (-0,4%) e no ACES Almada-Seixal (-0,25%). Sendo o valor mais alto por embalagem pertencente ao ACES Arrábida (16,70€) e o mais baixo ao ACES Lisboa Central

(14,91€).

Tabela 12: Custo médio em PVP por embalagem de medicamentos genéricos e não genéricos por ACES da ARSLVT em período homólogo.

Ano

Métrica

ACES PRESCGENÉRICO

NÃO

GENERICO GENERICO

NÃO

GENERICO GENERICO

NÃO

GENERICO

Lisboa Norte 6,90€ 15,16€ 6,86€ 15,16€ 0,7% 0,01%

Lisboa Central 6,90€ 14,91€ 6,88€ 14,69€ 0,3% 1,53%

Lisboa Ocidental e Oeiras 6,97€ 15,80€ 6,99€ 15,87€ -0,4% -0,40%

Cascais 7,05€ 16,28€ 7,00€ 16,11€ 0,7% 1,06%

Amadora 6,83€ 15,66€ 6,79€ 15,52€ 0,5% 0,92%

Sintra 6,73€ 16,08€ 6,76€ 15,90€ -0,3% 1,12%

Loures - Odivelas 6,82€ 15,41€ 6,90€ 15,19€ -1,2% 1,46%

Estuário do Tejo 6,86€ 15,94€ 6,81€ 15,80€ 0,8% 0,90%

Almada - Seixal 6,70€ 15,54€ 6,69€ 15,58€ 0,2% -0,25%

Arco Ribeirinho 6,74€ 16,09€ 6,81€ 15,94€ -1,0% 0,91%

Arrábida 7,08€ 16,70€ 7,19€ 16,57€ -1,5% 0,79%

Oeste Norte 6,89€ 15,67€ 7,03€ 15,78€ -2,0% -0,71%

Oeste Sul 6,89€ 15,52€ 6,86€ 15,33€ 0,4% 1,22%

Médio Tejo 6,80€ 16,30€ 6,86€ 16,15€ -0,8% 0,93%

Lezíria 6,83€ 15,35€ 6,82€ 15,28€ 0,1% 0,47%

Total 6,85€ 15,75€ 6,87€ 15,64€ -0,3% 0,7%

2014 2013 Variação Homóloga

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

4.1.1 Análise Desagregada nos ACES por Substância Activa (DCI) em Volume, Valor e Indicador Custo Médio em PVP por Embalagem

Tal como na análise global da ARSLVT, a discriminação pelos ACES, através da tabela 14, análise por volume, constata que o perfil de prescrição possui relativa concordância com as orientações de boa prática clínica. De igual forma, encontram-se nas listas Top 10 DCI/volume em apreciação, algumas substâncias ativas com alternativas terapêuticas com melhor rácio custo-efetividade. Tabela 13: Quadro resumo do TOP10 DCI em volume de cada ACES da ARSLVT, ordenado por ordem crescente da quantidade total em nº de embalagens faturadas por DCI.

DCI ACESAlmada

SeixalAmadora

Arco

RibeirinhoArrábida Cascais

Estuário

do TejoLezíria

Loures

Odivelas

Lisboa

Central

Lisboa

Norte

Lisboa

Ocid e

Oeiras

Médio

Tejo

Oeste

Norte

Oeste

SulSintra TOTAL

Sinvastatina 93.401 42.295 60.674 56.361 40.911 53.442 58.376 81.844 67.549 56.401 54.529 66.909 52.928 58.977 75.654 920.251

Metformina 91.455 38.128 47.407 44.694 34.186 53.618 63.425 74.965 55.600 45.718 46.499 53.116 53.110 51.350 64.773 818.044

Ácido acetilsalicílico 76.904 32.408 31.751 43.220 23.153 33.621 59.835 50.690 41.939 36.003 35.344 58.821 26.028 40.271 62.640 652.628

Omeprazol 52.818 27.508 31.057 29.286 25.312 34.302 43.746 59.665 56.887 46.763 37.609 33.786 38.611 52.958 570.308

Atorvastatina 59.904 21.993 24.867 28.551 28.413 31.953 41.745 35.201 26.546 23.595 23.267 44.296 27.172 38.048 455.551

Indapamida 51.030 18.894 28.285 23.037 20.587 27.506 30.913 32.701 25.391 22.730 27.435 34.425 342.934

Bisoprolol 37.953 18.908 22.094 23.506 39.266 31.476 22.823 24.081 37.074 38.281 295.462

Paracetamol 47.974 18.792 26.016 16.570 34.783 32.045 31.860 23.227 22.751 33.220 287.238

Alprazolam 26.582 23.073 23.932 29.756 24.507 22.555 38.283 27.805 22.640 30.966 270.099

Losartan + Hidroclorotiazida 39.680 23.937 23.912 33.309 27.078 35.756 28.451 22.376 234.499

Clopidogrel 14.637 26.582 24.788 16.694 21.841 31.439 23.207 23.841 28.835 211.864

Gliclazida 40.495 24.177 26.488 30.731 25.577 22.922 170.390

Beta-histina 14.586 23.935 32.910 28.717 20.622 22.687 143.457

Pantoprazol 24.361 40.995 21.611 86.967

Perindopril + Indapamida 29.209 29.209

Perindopril 24.466 24.466

Furosemida 23.356 23.356

Irbesartan + Hidroclorotiazida 16.188 16.188

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Os medicamentos que implicam uma alocação mais elevada de recursos económicos são a rosuvastatina, os antidiabéticos orais em associação (a metformina e um iDPP-4)

ou isolados (sitagliptina), seguido dos anti-hipertensores em associação (ARAs e tíazidas) e a pregabalina. Verifica-se que praticamente todos os medicamentos que ocupam

o Top 10 por valor apresentam no mercado diferentes alternativas mais custo efetivas.

Tabela 14: Quadro resumo do TOP10 DCI em valor PVP de cada ACES da ARSLVT, ordenado por ordem crescente do valor faturado por DCI.

DCI ACESAlmada

SeixalAmadora

Arco

RibeirinhoArrábida Cascais

Estuário

do TejoLezíria

Loures

Odivelas

Lisboa

Central

Lisboa

Norte

Lisboa

Ocid e

Oeiras

Médio

Tejo

Oeste

Norte

Oeste

SulSintra TOTAL

Metformina + Vildagliptina 1.296.101€ 517.397€ 1.012.079€ 1.092.589€ 427.212€ 787.630€ 884.364€ 1.069.427€ 586.139€ 743.405€ 560.823€ 1.296.163€ 762.550€ 807.947€ 1.160.107€ 13.003.931€

Rosuvastatina 1.132.837€ 403.751€ 630.195€ 793.636€ 529.645€ 694.952€ 595.558€ 994.081€ 766.297€ 816.352€ 709.300€ 835.953€ 384.201€ 577.718€ 939.782€ 10.804.260€

Metformina + Sitagliptina 709.877€ 418.991€ 655.586€ 726.547€ 503.978€ 778.824€ 858.674€ 992.425€ 717.037€ 463.106€ 535.639€ 925.317€ 564.338€ 576.090€ 912.788€ 10.339.217€

Pregabalina 577.868€ 269.241€ 312.631€ 355.356€ 423.457€ 450.812€ 477.884€ 340.139€ 335.046€ 331.977€ 489.837€ 256.803€ 309.588€ 559.023€ 5.489.662€

Sinvastatina 523.306€ 247.567€ 351.802€ 357.821€ 258.975€ 328.771€ 347.398€ 469.490€ 408.763€ 337.790€ 322.012€ 384.459€ 324.143€ 362.015€ 442.771€ 5.467.082€

Olmesartan medoxomilo + Hidroclorotiazida 245.330€ 291.532€ 361.816€ 255.864€ 307.294€ 437.880€ 495.331€ 342.956€ 354.752€ 281.544€ 511.782€ 316.707€ 359.604€ 622.827€ 5.185.217€

Fluticasona + Salmeterol 516.564€ 276.705€ 259.305€ 286.286€ 287.780€ 413.603€ 371.027€ 344.344€ 378.663€ 437.185€ 290.570€ 327.531€ 490.911€ 4.680.474€

Sitagliptina 197.725€ 289.098€ 323.936€ 208.753€ 313.340€ 382.952€ 392.271€ 373.320€ 282.782€ 270.235€ 385.674€ 292.689€ 311.468€ 423.900€ 4.448.142€

Dabigatrano etexilato 366.298€ 222.009€ 304.599€ 289.348€ 361.436€ 316.810€ 274.633€ 438.041€ 2.573.175€

Amlodipina + Olmesartan medoxomilo 209.669€ 329.110€ 356.314€ 288.393€ 267.111€ 600.875€ 2.051.473€

Sinvastatina + Ezetimiba 431.571€ 274.215€ 290.132€ 231.897€ 313.811€ 412.557€ 1.954.184€

Amlodipina + Valsartan 345.837€ 271.375€ 317.499€ 483.420€ 1.418.131€

Omeprazol 367.261€ 367.039€ 302.334€ 1.036.635€

Atorvastatina 431.586€ 243.468€ 675.054€

Perindopril + Indapamida 244.059€ 350.380€ 594.439€

Pitavastatina 315.573€ 315.573€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 306.301€ 306.301€

Perindopril 253.733€ 253.733€

Losartan + Hidroclorotiazida 247.523€ 247.523€

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

4.1.2 Análise por Unidade de Produção: Utilizador e Consulta

Em relação ao custo médio dos medicamentos em PVP por utilizador, o ACES Lisboa Norte apresenta o valor mais baixo (129,59€) e o ACES Lezíria o custo mais elevado

(164,76€). o ACES Almada-Seixal (-9,1%), que apresenta o maior acréscimo, e o ACES Lezíria o menor (-0,2%) (gráfico 12).

Gráfico 12: Custo médio em PVP por utilizador, por ACES da ARSLVT em período homólogo.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Em relação ao custo médio dos medicamentos em PVP por consulta (gráfico 13), o ACES Loures-Odivelas apresenta o valor do indicador mais baixo (18,77€) da ARSLVT e o

ACES Amadora o custo médio mais elevado (60,82€).

O custo médio dos medicamentos por consulta, obteve variação negativa na generalidade dos ACES, desde a menor no ACES Arco Ribeirinho (-0,5%) até à maior no ACES

Loures-Odivelas (-4,8%).

Os ACES que aumentaram o custo médio PVP por consulta em 2014 foram os seguintes: Lezíria (1,9%), Sintra (0,7%) e Oeste Sul (0,3%).

Gráfico 13: Custo médio em PVP por consulta, por ACES da ARSLVT em período homólogo.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

4.2 Análise dos Medicamentos Faturados pelos Médicos no Exercício Privado

A prescrição de medicamentos pelos Médicos no Exercício Privado representa um encargo, para o SNS, de 112,6 milhões de euros a que corresponde cerca de 202,8

milhões de euros em PVP. Estes valores correspondem a, respetivamente, 26,7% e 29,6% (25,1% e 27,7% em 2013) dos custos com medicamentos, posicionando-o como o

segundo mais oneroso da ARSLVT.

Em relação ao período homólogo, ano 2013, apresentou um aumento de 10,7% (28,3% em 2013) no número de embalagens faturadas, um acréscimo de 7,7% (18,7% em

2013) no valor do PVP e de 7,3% (17,2% em 2013) nos encargos ao SNS.

Na tabela 16 analisa-se os encargos gerados pelas diferentes especialidades. A especialidade médica cujo valor faturado (SNS e PVP) é o mais elevado entre janeiro e

dezembro de 2014, com cerca de 52 milhões de euros, é a “Medicina Geral e Familiar”, que aumentou, em período homólogo, 7,9%, seguida da “Cardiologia” com 16,3

milhões de euros, e um aumento de 13,9%. A “Psiquiatria” é a terceira especialidade mais relevante em valor da prescrição (15,8 milhões de euros e um incremento de

2,5%), seguida da “Medicina Interna” (14,1 milhões de euros PVP e variação homóloga 12%).

Observa-se um incremento, novamente no ano de 2014, da faturação de prescrições provenientes da medicina privada.

Não existem dados de produção neste contexto.

No que se refere ao custo médio em PVP por embalagem, este valor diminui -2,7% entre janeiro e dezembro de 2014, face ao homólogo de 2013. O custo médio PVP de

todas as especialidades listadas é de 12,65€.

Os custos médios em PVP por embalagem, por especialidade médica, ordenados por ordem decrescente(1), foram os seguintes: Neurologia (19,15€), Pneumologia (19,14€),

Psiquiatria (16,03€), Urologia (14,99€).

1 Nota: Efetuou-se um cutoff de especialidade com valor PVP inferior a 1.000.000€

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 15: Valores em PVP (e custo médio por embalagem) por especialidade médica prescritora no contexto privado na ARSLVT e variação homóloga PVP (cut off 1 milhão de euros)

Tipo de Instituição Prescrição

Ano Homóloga

Especialidade CCF PVP EMB PVP/EMB PVP EMB PVP/EMB Variação

Medicina Geral e Familiar 52.120.352,49€ 4.405.012 11,83€ 48.299.842,85€ 4.004.217 12,06€ 7,9%

Cardiologia 16.322.769,26€ 1.143.742 14,27€ 14.334.373,78€ 1.000.702 14,32€ 13,9%

Psiquiatria 15.871.745,01€ 990.110 16,03€ 15.482.823,13€ 894.311 17,31€ 2,5%

Medicina Interna 14.111.332,91€ 1.093.031 12,91€ 12.594.985,85€ 962.962 13,08€ 12,0%

Neurologia 13.328.068,51€ 695.891 19,15€ 13.665.339,56€ 604.447 22,61€ -2,5%

Sem Especialidade Definida 11.675.786,07€ 989.438 11,80€ 11.008.776,47€ 931.628 11,82€ 6,1%

Ginecologia-Obstetricia 8.615.779,50€ 583.638 14,76€ 7.867.735,19€ 546.265 14,40€ 9,5%

Pediatria 5.454.536,19€ 500.661 10,89€ 5.481.668,94€ 470.352 11,65€ -0,5%

Oftalmologia 5.027.464,96€ 474.684 10,59€ 4.570.892,50€ 422.080 10,83€ 10,0%

Médico Dentista Generalista 4.989.251,03€ 713.118 7,00€ 4.467.186,25€ 632.249 7,07€ 11,7%

Não Especialistas 4.822.682,13€ 440.987 10,94€ 4.612.731,37€ 414.969 11,12€ 4,6%

Pneumologia 4.508.797,34€ 235.578 19,14€ 3.900.462,33€ 197.625 19,74€ 15,6%

Imuno-Alergologia 3.814.095,78€ 275.968 13,82€ 4.018.614,15€ 237.516 16,92€ -5,1%

Dermato-Venereologia 3.660.950,56€ 292.851 12,50€ 3.129.531,21€ 263.132 11,89€ 17,0%

Gastrenterologia 3.489.570,38€ 246.366 14,16€ 3.269.002,19€ 238.890 13,68€ 6,7%

Endocrinologia-Nutrição 3.405.236,59€ 235.197 14,48€ 2.908.364,21€ 206.709 14,07€ 17,1%

Urologia 3.144.209,01€ 209.779 14,99€ 2.750.262,39€ 182.628 15,06€ 14,3%

Reumatologia 3.070.614,69€ 231.004 13,29€ 2.633.365,62€ 201.261 13,08€ 16,6%

Otorrinolaringologia 2.933.001,98€ 310.223 9,45€ 2.799.751,99€ 280.986 9,96€ 4,8%

Ortopedia 2.888.276,85€ 245.796 11,75€ 2.703.288,15€ 229.423 11,78€ 6,8%

Cirurgia Geral 2.653.947,45€ 248.238 10,69€ 2.402.083,53€ 227.963 10,54€ 10,5%

Medicina do Trabalho 2.533.526,46€ 218.692 11,58€ 2.517.043,50€ 214.787 11,72€ 0,7%

Medicina Fisica e de Reabilitação 1.573.935,92€ 188.067 8,37€ 1.559.121,94€ 185.113 8,42€ 1,0%

Patologia Clínica 1.307.919,41€ 110.943 11,79€ 1.132.160,36€ 95.134 11,90€ 15,5%

Nefrologia 1.214.166,58€ 107.291 11,32€ 1.083.685,42€ 95.031 11,40€ 12,0%

Anestesiologia 1.186.250,59€ 99.614 11,91€ 1.022.367,09€ 87.181 11,73€ 16,0%

Médico Interno 1.027.151,52€ 95.586 10,75€ 746.348,40€ 68.878 10,84€ 37,6%

MÉDICOS NO EXERCÍCIO PRIVADO

2014 2013

Variação homóloga superior a 5% Variação homóloga negativa

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RELATÓRIO ANUAL I ABRIL 2015I COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DA ARSLVT 53

MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Em relação ao volume de prescrição (número de embalagens), no Top das especialidades que mais prescrevem encontra-se a “Medicina Geral e Familiar” (4M embalagens),

a “Cardiologia” (1,1M embalagens), a “Medicina Interna” (aprox. 1M embalagens). Todas as especialidades registaram um aumento do nº de embalagens em 2014.

Tabela 16: Volume em nº de embalagens faturadas, por especialidade médica prescritora no contexto privado na ARSLVT e variação homóloga (cut off 100.000 embalagens)

Tipo de Instituição Prescrição

Ano Homóloga

Especialidade CCF PVP EMB PVP/EMB PVP EMB PVP/EMB Variação

Medicina Geral e Familiar 52.120.352,49€ 4.405.012 11,83€ 48.299.842,85€ 4.004.217 12,06€ 10,0%

Cardiologia 16.322.769,26€ 1.143.742 14,27€ 14.334.373,78€ 1.000.702 14,32€ 14,3%

Medicina Interna 14.111.332,91€ 1.093.031 12,91€ 12.594.985,85€ 962.962 13,08€ 13,5%

Psiquiatria 15.871.745,01€ 990.110 16,03€ 15.482.823,13€ 894.311 17,31€ 10,7%

Sem Especialidade Definida 11.675.786,07€ 989.438 11,80€ 11.008.776,47€ 931.628 11,82€ 6,2%

Médico Dentista Generalista 4.989.251,03€ 713.118 7,00€ 4.467.186,25€ 632.249 7,07€ 12,8%

Neurologia 13.328.068,51€ 695.891 19,15€ 13.665.339,56€ 604.447 22,61€ 15,1%

Ginecologia-Obstetricia 8.615.779,50€ 583.638 14,76€ 7.867.735,19€ 546.265 14,40€ 6,8%

Pediatria 5.454.536,19€ 500.661 10,89€ 5.481.668,94€ 470.352 11,65€ 6,4%

Oftalmologia 5.027.464,96€ 474.684 10,59€ 4.570.892,50€ 422.080 10,83€ 12,5%

Não Especialistas 4.822.682,13€ 440.987 10,94€ 4.612.731,37€ 414.969 11,12€ 6,3%

Otorrinolaringologia 2.933.001,98€ 310.223 9,45€ 2.799.751,99€ 280.986 9,96€ 10,4%

Dermato-Venereologia 3.660.950,56€ 292.851 12,50€ 3.129.531,21€ 263.132 11,89€ 11,3%

Imuno-Alergologia 3.814.095,78€ 275.968 13,82€ 4.018.614,15€ 237.516 16,92€ 16,2%

Cirurgia Geral 2.653.947,45€ 248.238 10,69€ 2.402.083,53€ 227.963 10,54€ 8,9%

Gastrenterologia 3.489.570,38€ 246.366 14,16€ 3.269.002,19€ 238.890 13,68€ 3,1%

Ortopedia 2.888.276,85€ 245.796 11,75€ 2.703.288,15€ 229.423 11,78€ 7,1%

Pneumologia 4.508.797,34€ 235.578 19,14€ 3.900.462,33€ 197.625 19,74€ 19,2%

Endocrinologia-Nutrição 3.405.236,59€ 235.197 14,48€ 2.908.364,21€ 206.709 14,07€ 13,8%

Reumatologia 3.070.614,69€ 231.004 13,29€ 2.633.365,62€ 201.261 13,08€ 14,8%

Medicina do Trabalho 2.533.526,46€ 218.692 11,58€ 2.517.043,50€ 214.787 11,72€ 1,8%

Urologia 3.144.209,01€ 209.779 14,99€ 2.750.262,39€ 182.628 15,06€ 14,9%

Medicina Fisica e de Reabilitação 1.573.935,92€ 188.067 8,37€ 1.559.121,94€ 185.113 8,42€ 1,6%

Patologia Clínica 1.307.919,41€ 110.943 11,79€ 1.132.160,36€ 95.134 11,90€ 16,6%

Nefrologia 1.214.166,58€ 107.291 11,32€ 1.083.685,42€ 95.031 11,40€ 12,9%

MÉDICOS NO EXERCÍCIO PRIVADO

2014 2013

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RELATÓRIO ANUAL I ABRIL 2015I COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DA ARSLVT 54

MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

As tabelas 18 e 19 mostram o padrão de prescrição, em valor e em volume, dos médicos que exercem medicina em contextoprivado.

O DCI rosuvastatina em valor PVP no contexto de prescrição dos Médicos no Exercício Privado.

A sinvastatina associada à ezetimiba ocupa o sexto lugar em valor, assim como a pitavastatina em 34º, indicam uma prática alheia às melhoras recomendações clínicas

sobre a terapêutica da dislipidémia.

Amoxicilina e o ácido clavulânico são uma associação de antibióticos de utilização generalizada, contudo a sua prescrição é racional para um número limitado de situações

clínicas, que poderão não justificar este volume (468.939 embalagens).

A pregabalina é um gabapentinóide, tema de Boletim Terapêutico acerca da dor neuropática e do papel dos gabapentinóides no seu tratamento. Nele se recomenda,

baseado na evidência, que a pregabalina deve ser utilizada preferencialmente nas neuropatias centrais de etiologia medular, por não existirem estudos com gabapentina.

Nas outras situações de dor neuropática deve dar-se preferência à gabapentina, ou optar por medicamentos de outros grupos farmacoterapêuticos.

A pregabalina resultou em 2014 num encargo SNS de 3,2M de euros que traduzem 72.848 embalagens prescritas.

Importa, informar que em 2015 está no mercado a pregabalina genérico.

Realce-se a elevada prescrição de medicamentos sem interesse terapêutico, ginkgo biloba (83.338 embalagens). Diclofenac, nimesulida, metamizol magnésio, etoricoxib,

tramadol + paracetamol são DCI’s listados no Top 50 em embalagens prescritas neste contexto de prestação de cuidados, saliente-se que existe Norma de Orientação

Clínica publicada pela DGS que indica a boa prática de prescrição de anti-inflamatórios não esteróides.

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RELATÓRIO ANUAL I ABRIL 2015I COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DA ARSLVT 55

MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 17: Ranking 50 de DCI prescritos pelos médicos no exercício privado ordenados por valor PVP

Tipo de Instituição Prescrição

Ano

DCI PVP Variação H. Ranking PVP/EMB PVP Ranking

Rosuvastatina 6.745.040,92€ 12,0% 1 44,30€ 6.022.612,81€ 1

Fluticasona + Salmeterol 3.821.945,17€ 14,4% 2 49,63€ 3.339.601,80€ 5

Amoxicilina + Ácido clavulânico 3.774.458,66€ 9,8% 3 8,05€ 3.439.117,40€ 4

Dabigatrano etexilato 3.511.872,39€ 35,3% 4 76,08€ 2.595.354,56€ 12

Metformina + Vildagliptina 3.508.607,48€ 10,6% 5 52,24€ 3.173.670,80€ 7

Sinvastatina + Ezetimiba 3.469.396,12€ 6,0% 6 49,95€ 3.274.219,49€ 6

Pregabalina 3.238.065,70€ 16,8% 7 44,45€ 2.772.976,55€ 11

Quetiapina 3.068.897,36€ 9,2% 8 27,67€ 2.811.065,33€ 10

Montelucaste 2.995.043,40€ -39,5% 9 17,63€ 4.952.314,19€ 2

Rivastigmina 2.853.683,25€ -2,4% 10 64,29€ 2.924.556,32€ 8

Metformina + Sitagliptina 2.676.752,46€ 15,4% 11 48,17€ 2.320.431,89€ 13

Escitalopram 2.673.329,24€ -8,2% 12 22,67€ 2.911.002,76€ 9

Budesonida + Formoterol 2.431.111,42€ 15,1% 13 51,31€ 2.112.907,84€ 14

Memantina 2.298.654,51€ -40,5% 14 32,96€ 3.863.815,49€ 3

Esomeprazol 2.137.326,72€ 18,6% 15 15,94€ 1.801.796,20€ 16

Etoricoxib 2.000.535,95€ 8,9% 16 20,99€ 1.837.093,09€ 15

Omeprazol 1.744.585,87€ 7,0% 17 6,91€ 1.630.412,93€ 17

Venlafaxina 1.552.900,14€ 17,0% 18 10,22€ 1.327.070,31€ 25

Metilfenidato 1.544.470,48€ -1,1% 19 30,61€ 1.561.968,70€ 19

Olmesartan medoxomilo + Hidroclorotiazida 1.495.166,53€ 29,5% 20 37,40€ 1.154.851,62€ 37

Sitagliptina 1.483.377,74€ 1,3% 21 43,05€ 1.464.597,18€ 20

Sinvastatina 1.457.151,14€ 11,5% 22 6,41€ 1.306.811,13€ 26

Clopidogrel 1.438.792,06€ 14,2% 23 9,34€ 1.259.632,31€ 27

Duloxetina 1.397.449,72€ 14,4% 24 36,71€ 1.221.660,71€ 33

Atorvastatina 1.389.669,02€ 10,3% 25 9,45€ 1.259.448,20€ 28

Valsartan + Hidroclorotiazida 1.379.928,70€ -11,7% 26 21,27€ 1.562.595,37€ 18

Ivabradina 1.376.416,55€ 13,0% 27 57,19€ 1.217.793,97€ 34

Aripiprazol 1.339.847,19€ 10,8% 28 97,92€ 1.208.707,41€ 35

Brometo de tiotrópio 1.334.673,44€ -7,7% 29 41,55€ 1.445.952,36€ 21

Ibuprofeno 1.326.277,29€ 10,1% 30 3,82€ 1.204.748,31€ 36

Amlodipina + Valsartan 1.324.473,28€ 7,5% 31 46,33€ 1.232.007,95€ 31

Mometasona 1.324.139,61€ 6,0% 32 10,80€ 1.249.451,74€ 29

Agomelatina 1.321.754,68€ -2,0% 33 46,27€ 1.349.322,95€ 23

Pitavastatina 1.284.411,04€ 34,6% 34 21,39€ 954.488,79€ 45

Risperidona 1.261.212,59€ -6,5% 35 25,76€ 1.348.715,93€ 24

Irbesartan + Hidroclorotiazida 1.257.053,56€ -7,5% 36 12,00€ 1.359.630,61€ 22

Rivaroxabano 1.255.509,44€ 146,9% 37 72,32€ 508.488,41€ 109

Glucosamina 1.229.178,85€ 18,4% 38 15,69€ 1.038.508,75€ 39

Enoxaparina sódica 1.184.647,35€ 15,1% 39 25,13€ 1.029.466,07€ 40

Amlodipina + Olmesartan medoxomilo 1.177.755,34€ 25,3% 40 45,35€ 940.208,95€ 48

Pantoprazol 1.139.150,45€ 17,3% 41 7,95€ 970.741,90€ 43

Paliperidona 1.134.359,26€ 61,9% 42 137,72€ 700.643,17€ 73

Telmisartan + Hidroclorotiazida 1.131.605,22€ -8,3% 43 18,42€ 1.234.156,03€ 30

Alprazolam 1.113.007,97€ 10,6% 44 4,66€ 1.006.102,86€ 41

Ácido alendrónico + Colecalciferol 1.087.143,20€ 3,2% 45 20,75€ 1.053.032,31€ 38

Azitromicina 1.067.989,89€ 14,5% 46 5,27€ 932.808,34€ 49

Messalazina 1.054.798,92€ 9,1% 47 25,79€ 966.858,10€ 44

Olanzapina 1.006.802,46€ -17,9% 48 22,53€ 1.226.740,67€ 32

Trazodona 999.362,47€ 11,3% 49 13,00€ 897.820,05€ 51

Perindopril 977.806,44€ 3,7% 50 11,25€ 942.546,61€ 47

2013

MÉDICOS NO EXERCÍCIO PRIVADO

2014

DCI que registou uma

ascensão no ranking

em 2014

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 18: Ranking 50 de DCI prescritos pelos médicos no exercício privado ordenados por volume

Tipo de Instituição Prescrição

Ano

DCI EMB Variação H. Ranking Ranking EMB

Amoxicilina + Ácido clavulânico 468.939 8,5% 1 1 432.050

Ibuprofeno 347.477 5,7% 2 2 328.631

Paracetamol 329.428 11,8% 3 3 294.673

Omeprazol 252.407 8,3% 4 4 233.014

Alprazolam 238.959 11,3% 5 5 214.781

Sinvastatina 227.199 8,8% 6 6 208.896

Azitromicina 202.677 16,7% 7 7 173.600

Ácido acetilsalicílico 193.014 13,5% 8 8 170.010

Metformina 177.545 11,2% 9 9 159.698

Bisoprolol 176.765 18,6% 10 11 149.101

Montelucaste 169.927 10,6% 11 10 153.666

Levotiroxina sódica 156.198 17,4% 12 14 133.032

Clopidogrel 154.076 12,6% 13 12 136.776

Rosuvastatina 152.246 12,1% 14 13 135.864

Venlafaxina 151.948 16,0% 15 17 131.038

Atorvastatina 147.111 23,6% 16 20 118.976

Zolpidem 145.307 10,5% 17 16 131.537

Pantoprazol 143.220 23,2% 18 21 116.242

Lorazepam 141.058 6,3% 19 15 132.680

Esomeprazol 134.065 32,0% 20 26 101.589

Bromazepam 132.422 8,5% 21 19 122.020

Diclofenac 129.425 5,1% 22 18 123.185

Mometasona 122.557 10,2% 23 22 111.232

Beta-histina 119.542 11,9% 24 23 106.864

Escitalopram 117.910 17,3% 25 27 100.556

Amoxicilina 111.763 8,3% 26 25 103.170

Quetiapina 110.895 34,2% 27 42 82.657

Desloratadina 108.978 3,4% 28 24 105.421

Diazepam 108.279 9,2% 29 28 99.195

Sertralina 105.395 14,3% 30 34 92.249

Metamizol magnésico 104.766 19,0% 31 36 88.066

Irbesartan + Hidroclorotiazida 104.748 8,7% 32 29 96.337

Fluoxetina 104.172 9,2% 33 32 95.385

Nebivolol 102.069 18,5% 34 38 86.131

Furosemida 101.497 13,0% 35 35 89.852

Indapamida 100.871 7,3% 36 33 94.021

Levodopa + Carbidopa 99.695 16,2% 37 39 85.788

Nimesulida 96.460 0,1% 38 30 96.335

Etoricoxib 95.293 12,4% 39 40 84.803

Tansulosina 93.884 15,1% 40 43 81.549

Tramadol + Paracetamol 93.749 20,9% 41 46 77.534

Perindopril 86.911 12,7% 42 47 77.146

Cetirizina 86.502 3,1% 43 41 83.872

Losartan + Hidroclorotiazida 85.104 8,8% 44 44 78.218

Alopurinol 84.692 12,7% 45 51 75.116

Etinilestradiol + Gestodeno 83.419 -3,7% 46 37 86.656

Ginkgo biloba 83.338 9,5% 47 50 76.137

Propranolol 81.297 11,8% 48 52 72.705

Claritromicina 80.073 4,7% 49 49 76.457

Ciprofloxacina 79.884 3,8% 50 48 76.934

2014 2013

MÉDICOS NO EXERCÍCIO PRIVADO

DCI que registou uma

ascensão no ranking

em 2014

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Por ordem decrescente do valor global de SNS faturado, os 25 médicos responsáveis pelos maiores encargos, à ARSLVT, em

valor de prescrição, a exercer no privado (tabela 21).

Tabela 19:Top de médicos em exercício privado em valores faturados SNS

Ano

Especialidade CCF PVP SNS PVP SNS

A Medicina Interna 689.603,94€ 428.605,26 € 773.182,61€ 397.211,04 €

B Neurologia 699.826,47€ 369.256,60 € 611.421,26€ 375.341,40 €

C Medicina Interna 467.937,02€ 332.991,21 € 498.776,59€ 362.345,38 €

D Neurologia 505.326,56€ 312.038,63 € 537.585,32€ 344.004,19 €

E Neurologia 465.283,36€ 294.829,35 € 458.669,10€ 277.423,54 €

F Medicina Geral e Familiar 503.194,48€ 285.458,41 € 428.964,18€ 251.909,24 €

G Neurologia 485.197,44€ 275.860,32 € 502.546,70€ 287.009,90 €

H Neurologia 511.677,66€ 275.808,00 € 536.667,10€ 289.146,71 €

I Medicina Geral e Familiar 499.290,77€ 271.875,70 € 399.657,16€ 219.442,39 €

J Medicina Geral e Familiar 413.221,15€ 254.305,42 € 465.100,91€ 285.850,96 €

K Neurologia 426.358,70€ 241.129,75 € 477.847,35€ 268.759,03 €

L Medicina Geral e Familiar 351.194,94€ 239.246,83 €

M Não Especialistas 398.720,10€ 232.543,08 € 352.493,91€ 203.568,62 €

N Medicina Geral e Familiar 369.444,05€ 230.004,44 € 379.470,00€ 236.517,23 €

O Neurologia 446.662,57€ 221.739,15 € 473.518,71€ 233.864,37 €

P Neurologia 401.850,81€ 216.181,74 € 426.725,45€ 227.411,06 €

Q Ginecologia-Obstetricia 311.181,61€ 209.465,20 €

R Medicina Interna 328.517,83€ 209.153,23 € 277.568,07€ 175.411,33 €

S Ginecologia-Obstetricia 307.584,68€ 206.553,11 € 285.494,55€ 188.089,49 €

T Medicina Geral e Familiar 389.891,05€ 201.567,57 € 359.660,14€ 180.257,82 €

U Medicina Geral e Familiar 331.213,60€ 196.817,55 €

V Medicina Geral e Familiar 335.224,13€ 190.685,07 € 304.107,19€ 176.553,93 €

W Medicina Geral e Familiar 304.187,58€ 186.714,83 € 335.525,54€ 209.797,79 €

X Neurologia 304.445,10€ 182.121,12 € 329.324,25€ 194.394,08 €

Y Medicina Geral e Familiar 345.758,74€ 177.685,30 €

Z Neurologia 350.418,47€ 174.078,48 € 365.019,39€ 180.913,29 €

AA Medicina Geral e Familiar 322.335,45€ 171.765,87 €

BB Psiquiatria 308.273,23€ 169.736,56 € 305.481,42€ 160.938,79 €

CC Patologia Clínica 321.328,93€ 163.029,78 €

DD Cardiologia 333.867,86€ 162.181,77 € 322.388,32€ 167.600,91 €

EE Cardiologia 297.684,24€ 155.412,10 € 300.205,06€ 182.679,49 €

12.526.702,52€ 7.238.841,43 10.507.400,28 6.076.441,98

2013Médico

MÉDICOS NO EXERCÍCIO PRIVADO

Total

2014

Eliminado: 19

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Um dado impactante é o seguinte, o total dos médicos a exercer medicina privada na ARSLVT faturaram em SNS, no ano de 2014 o total de 112.629.821,27€, neste grupo

incluem-se todos os hospitais privados e clínicas privadas, os 25 clínicos discriminados representaram 6,43% do valor faturado em medicamentos, neste contexto.

Em 2013 o TOP25 de prescritores no privado representou 7,05% (7.397.685,72€).

A tabela 22 reflete a intensidade da prescrição no exercício privado da medicina, por médicos individuais, em média são 113,28 embalagens prescritas por dia (311 dias =

365 - 54), no ano 2014. O que perfaz uma média de 28,32 receitas, todas com 4 embalagens (máximo).

Os prescritores do top 10 volume de prescrição estão presentes no top 20 de valor de prescrição no contexto mencionado.

Tabela 20: Top de médicos em exercício privado por volume faturado em nº de embalagens

Ano 2014 2013

Especialidade CCF EMB EMB

1 Medicina Geral e Familiar 43.126 33.660

2 Medicina Geral e Familiar 40.415 31.186

3 Medicina Interna 40.403 36.791

4 Neurologia 38.910 36.603

5 Não Especialistas 37.458 32.228

6 Neurologia 31.946 29.142

7 Medicina Geral e Familiar 30.749

8 Medicina Interna 30.032 25.748

9 Medicina Geral e Familiar 29.827 26.139

10 Medicina Geral e Familiar 29.447 33.378

352.313 284.875

Médico

MÉDICOS NO EXERCÍCIO PRIVADO

Total

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

4.3 Análise do Consumo de Medicamentos no Ambulatório Externo dos Hospitais na ARSLVT

O ambulatório externo dos hospitais do SNS, em 2014, constitui o terceiro contexto de prestação de cuidados de saúde com maior relevância na ARSLVT, com

112.112.303,58€ em PVP, 17,8% do valor total, e variação homóloga 3,8% (117.665.704,48€ em PVP, 17,4% do valor total, e variação homóloga -1,3%, no ano de 2013).

Determinando um encargo de 84.020.950,99€ em SNS, variação homóloga 5,4% (79.691.827,95€ em SNS e variação homóloga -0,6%, no ano 2013).

No que se refere ao número de embalagens dispensadas, verifica-se um acréscimo de 4,6% face ao período homólogo, perfazendo um total de 8.849.146 embalagens em

2014.

Os hospitais que sofreram variação homóloga negativa no que se refere a número de embalagens faturadas foram: o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, E.P.E. (-4%),

Centro Hospitalar Barreiro Montijo, E.P.E. (-1,2%), Centro Hospitalar Lisboa Central, E.P.E. (-1,1%), Centro Hospitalar Médio Tejo E.P.E. (-1,1%), o Hospital Distrital de

Santarém E.P.E. (-0,9%) [Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto (-8,2%), não considerado para benchmarking com os outros hospitais]. Todos os outros apresentaram

variação positiva do número de embalagens facturadas face ao período homólogo (tabela 22).

Em relação ao custo médio em PVP por embalagem entre janeiro e dezembro de 2014, verificou-se um valor de 13,72€, que representou uma variação homóloga de -0,5%.

A maior descida foi conseguida pelo Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E. (-4%) e a maior subida pelo Hospital Beatriz Ângelo – Loures (5,2%).

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 21: Dados de volume e valor por Centro Hospitalar da área de influência da ARSLVT, no ano 2014.

A ordenação gráfica dos hospitais da Região de Saúde, em proporção de valor SNS e de volume nos gráficos 16 e 17, respetivamente.

Ano

CH / Hospital EMB Variação H. SNS PVP Variação H. PVP/EMB Variação H.

C.H. LISBOA NORTE, E.P.E. 1.446.281 1,8% 14.442.002,13€ 21.008.225,53€ 0,3% 14,53 € -1,4%

C.H. LISBOA CENTRAL, E.P.E. 1.310.545 3,4% 11.562.317,45€ 17.147.611,28€ 2,7% 13,08 € -0,7%

C.H. LISBOA OCIDENTAL, E.P.E. 903.680 1,7% 8.528.776,11€ 12.692.109,98€ 1,0% 14,04 € -0,7%

HOSPITAL FERNANDO DA FONSECA, E.P.E. 689.625 5,3% 5.950.237,20€ 8.592.029,80€ 4,6% 12,46 € -0,7%

HOSPITAL GARCIA DE ORTA, E.P.E. 518.603 1,3% 5.577.174,32€ 7.866.844,70€ 0,7% 15,17 € -0,6%

HOSPITAL BEATRIZ ÂNGELO - LOURES 637.745 23,7% 5.189.525,13€ 7.835.992,74€ 30,2% 12,29 € 5,2%

C.H. PSIQUIATRICO DE LISBOA, E.P.E. 282.606 0,0% 4.709.790,21€ 6.187.708,48€ -1,3% 21,90 € -1,3%

C.H. SETÚBAL, E.P.E. 437.652 8,4% 4.387.982,95€ 6.202.820,26€ 4,1% 14,17 € -4,0%

C.H. MÉDIO TEJO, E.P.E. 392.156 -1,1% 4.066.721,60€ 5.731.901,10€ 1,7% 14,62 € 2,8%

HOSPITAL DISTRITAL DE SANTARÉM, E.P.E. 399.897 -0,9% 3.988.767,84€ 5.604.587,94€ -2,2% 14,02 € -1,3%

C.H. BARREIRO MONTIJO, E.P.E. 404.446 2,3% 3.709.942,06€ 5.402.790,66€ 1,9% 13,36 € -0,4%

C.H. OESTE, E.P.E. 381.430 3,6% 3.133.455,23€ 4.719.831,42€ 4,2% 12,37 € 0,6%

IPO LISBOA, E.P.E. 239.450 2,5% 2.139.773,84€ 3.215.320,36€ 2,9% 13,43 € 0,4%

HPP - HOSPITAL DE CASCAIS 290.827 6,5% 2.018.547,50€ 3.191.847,69€ 5,0% 10,98 € -1,4%

HOSPITAL DE VILA FRANCA DE XIRA 254.572 26,9% 1.948.831,62€ 2.976.673,40€ 32,5% 11,69 € 4,4%

INSTITUTO DE OFTALMOLOGIA DR. GAMA PINTO 39.627 -8,2% 354.789,92€ 451.088,87€ -15,2% 11,38 € -7,7%

2014

Eliminado: 21

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Gráfico 16: Valores, em SNS, do Ambulatório Externo dos Centros Hospitalares/ Hospitais da ARSLVT, em 2014.

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RELATÓRIO ANUAL I ABRIL 2015I COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DA ARSLVT 62

MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Gráfico 17: Volume faturado em embalagens, do Ambulatório Externo dos Centros Hospitalares/Hospitais da ARSLVT, em 2014.

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RELATÓRIO ANUAL I ABRIL 2015I COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DA ARSLVT 63

MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

O encargo financeiro em PVP com medicamentos não genéricos representa 96.559.292,31€ (94.762.393,17€ em 2013), e nos medicamentos genéricos 27.511.420,92€

(25.847.620,40€ em 2013) (tabela 23).

Em volume da prescrição, verificou-se um aumento da proporção de genéricos para os 38,3% (37,9% em período homólogo).

O volume de medicamentos não genéricos cresceu, nos seguintes hospitais: Hospital Beatriz Ângelo (28,7%); Hospital de Vila Franca de Xira (29,5%); Hospital de Cascais

(8,3%). E decresceu no Centro Hospitalar Oeste, E.P.E. (-8,6%), no Hospital Distrital de Santarém, E.P.E. (-2,8%) e no Centro Hospitalar Médio Tejo, E.P.E. (-1,9%).

No que se refere aos medicamentos genéricos, os Centros Hospitalares Lisboa Norte e Central faturaram os valores mais elevados, em PVP, com 4.218.038,42€ (3,9%) e

3.572.984,86€ (-1,3%), respetivamente.

É ainda de salientar (tabela 24) que todos os centros hospitalares aumentaram a prescrição de medicamentos genéricos em comparação com o período homólogo, à

excepção do Centro Hospitalar Oeste, E.P.E. (-3,7%) e do Instituto Oftalmológico Dr. Gama Pinto (-9,8%).

O gráfico 20, mostra que o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, E.P.E., apresenta o maior rácio de medicamentos genéricos dispensados face a não genéricos (47,3%) e

o Centro Hospitalar Médio Tejo, E.P.E. o menor rácio (35,1%) [Instituto Oftalmológico Dr. Gama Pinto têm uma proporção de 8,1%, de genéricos].

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RELATÓRIO ANUAL I ABRIL 2015I COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DA ARSLVT 64

MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 22: Valor PVP e SNS dos medicamentos genéricos e não genéricos, no ambulatório externo dos centros hospitalares, em 2014.

HOSPITAL GENÉRICO %Total NÃO GENÉRICO %Total Total PVP GENÉRICO NÃO GENÉRICO Total SNS

C.H. LISBOA NORTE, E.P.E. 4.440.063,71 € 19,8% 17.939.890,62 € 80,2% 22.379.954,33 € 2.678.859,56 € 12.819.234,04 € 15.498.093,60 €

C.H. LISBOA CENTRAL, E.P.E. 3.777.840,50 € 20,7% 14.484.764,86 € 79,3% 18.262.605,36 € 2.265.776,54 € 10.124.188,34 € 12.389.964,88 €

C.H. LISBOA OCIDENTAL, E.P.E. 3.058.256,50 € 23,1% 10.170.221,38 € 76,9% 13.228.477,88 € 1.826.460,19 € 7.056.791,48 € 8.883.251,67 €

HOSPITAL FERNANDO DA FONSECA, E.P.E. 2.217.363,81 € 25,5% 6.492.511,54 € 74,5% 8.709.875,35 € 1.423.560,89 € 4.609.224,70 € 6.032.785,59 €

HOSPITAL BEATRIZ ÂNGELO - LOURES 1.980.004,36 € 25,0% 5.941.565,18 € 75,0% 7.921.569,54 € 1.161.226,66 € 4.086.818,88 € 5.248.045,54 €

HOSPITAL GARCIA DE ORTA, E.P.E. 1.737.634,30 € 21,2% 6.441.489,06 € 78,8% 8.179.123,36 € 1.101.372,67 € 4.696.071,44 € 5.797.444,11 €

C.H. SETÚBAL, E.P.E. 1.650.731,84 € 23,8% 5.294.110,99 € 76,2% 6.944.842,83 € 1.082.287,01 € 3.847.559,91 € 4.929.846,92 €

C.H. PSIQUIATRICO DE LISBOA, E.P.E. 1.638.655,35 € 26,0% 4.668.743,64 € 74,0% 6.307.398,99 € 1.104.874,60 € 3.691.114,77 € 4.795.989,37 €

C.H. BARREIRO MONTIJO, E.P.E. 1.271.080,51 € 23,2% 4.204.587,59 € 76,8% 5.475.668,10 € 808.060,62 € 2.955.855,10 € 3.763.915,72 €

HOSPITAL DISTRITAL DE SANTARÉM, E.P.E. 1.189.092,22 € 21,1% 4.457.419,54 € 78,9% 5.646.511,76 € 773.890,34 € 3.245.211,10 € 4.019.101,44 €

C.H. MÉDIO TEJO, E.P.E. 1.080.055,03 € 17,8% 4.986.540,90 € 82,2% 6.066.595,93 € 662.119,72 € 3.645.766,57 € 4.307.886,29 €

C.H. OESTE, E.P.E. 1.004.589,20 € 21,2% 3.732.451,03 € 78,8% 4.737.040,23 € 611.910,14 € 2.533.931,93 € 3.145.842,07 €

IPO LISBOA, E.P.E. 906.511,38 € 25,8% 2.611.712,27 € 74,2% 3.518.223,65 € 561.681,47 € 1.781.233,46 € 2.342.914,93 €

HPP - HOSPITAL DE CASCAIS 875.304,04 € 27,2% 2.342.807,34 € 72,8% 3.218.111,38 € 512.813,92 € 1.522.686,88 € 2.035.500,80 €

HOSPITAL DE VILA FRANCA DE XIRA 657.650,04 € 22,0% 2.336.582,69 € 78,0% 2.994.232,73 € 391.033,78 € 1.569.486,94 € 1.960.520,72 €

INSTITUTO DE OFTALMOLOGIA DR. GAMA PINTO 26.588,13 € 5,5% 453.893,68 € 94,5% 480.481,81 € 21.328,72 € 356.998,93 € 378.327,65 €

27.511.420,92 € 22,2% 96.559.292,31 € 77,8% 124.070.713,23 € 16.987.256,83 € 68.542.174,47 € 85.529.431,30 €

PVP SNS

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 23: Volume em nº de embalagens dos medicamentos genéricos e não genéricos, no ambulatório externo dos centros hospitalares, em 2014, 2013 e 2012. Variação homóloga

Ano

Métrica

Instituição PrescriçãoGENÉRICO

NÃO

GENÉRICO GENÉRICO

NÃO

GENÉRICO GENÉRICO

NÃO

GENÉRICO GENÉRICO

NÃO

GENÉRICO GENÉRICO

NÃO

GENÉRICO GENÉRICO

NÃO

GENÉRICO

C.H. OESTE, E.P.E. 144.265 238.602 149.745 261.144 -3,7% -8,6% 149.745 261.144 128.498 262.789 16,5% -0,6%

C.H. PSIQUIATRICO DE LISBOA, E.P.E. 136.207 151.850 134.828 152.920 1,0% -0,7% 134.828 152.920 122.686 177.150 9,9% -13,7%

INSTITUTO DE OFTALMOLOGIA DR. GAMA PINTO 3.405 38.586 3.776 41.988 -9,8% -8,1% 3.776 41.988 2.922 40.974 29,2% 2,5%

C.H. LISBOA CENTRAL, E.P.E. 496.242 885.261 479.594 857.042 3,5% 3,3% 479.594 857.042 458.226 893.161 4,7% -4,0%

C.H. LISBOA OCIDENTAL, E.P.E. 377.498 563.074 366.443 558.916 3,0% 0,7% 366.443 558.916 343.034 588.047 6,8% -5,0%

C.H. LISBOA NORTE, E.P.E. 559.144 957.312 531.584 955.706 5,2% 0,2% 531.584 955.706 487.853 1.008.557 9,0% -5,2%

HPP - HOSPITAL DE CASCAIS 118.669 173.997 114.282 160.679 3,8% 8,3% 114.282 160.679 97.900 173.097 16,7% -7,2%

IPO LISBOA, E.P.E. 101.522 161.173 99.463 155.852 2,1% 3,4% 99.463 155.852 92.937 153.288 7,0% 1,7%

HOSPITAL DE VILA FRANCA DE XIRA 93.657 162.346 76.410 125.364 22,6% 29,5% 76.410 125.364 43.832 90.613 74,3% 38,4%

HOSPITAL BEATRIZ ÂNGELO - LOURES 271.185 372.404 230.607 289.431 17,6% 28,7% 230.607 289.431 113.023 141.002 104,0% 105,3%

HOSPITAL DISTRITAL DE SANTARÉM, E.P.E. 145.526 257.303 142.585 264.819 2,1% -2,8% 142.585 264.819 127.312 281.336 12,0% -5,9%

C.H. MÉDIO TEJO, E.P.E. 145.040 267.943 144.689 273.086 0,2% -1,9% 144.689 273.086 128.528 271.398 12,6% 0,6%

HOSPITAL GARCIA DE ORTA, E.P.E. 205.617 328.047 202.721 324.367 1,4% 1,1% 202.721 324.367 175.587 321.780 15,5% 0,8%

C.H. BARREIRO MONTIJO, E.P.E. 159.791 249.183 154.924 244.467 3,1% 1,9% 154.924 244.467 144.390 260.226 7,3% -6,1%

C.H. SETÚBAL, E.P.E. 191.789 290.039 168.140 279.674 14,1% 3,7% 168.140 279.674 143.296 291.118 17,3% -3,9%

HOSPITAL FERNANDO DA FONSECA, E.P.E. 274.478 423.348 260.115 402.734 5,5% 5,1% 260.115 402.734 221.653 390.076 17,4% 3,2%

CENTROS HOSPITALARES ARSLVT 3.424.035 5.520.468 3.259.906 5.348.189 5,0% 3,2% 3.259.906 5.348.189 2.831.677 5.344.612 22,5% 6,3%

HOSPITAIS ARSLVT

2013-20122014 2013 20122013-2014 2013

Variação Homóloga Variação HomólogaEMB EMB EMB EMB

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Gráfico 20: Volume em nº de embalagens dos medicamentos genéricos e não genéricos, no ambulatório externo dos centros hospitalares, em período homólogo

A tabela 31 representa o padrão de prescrição, em volume e em valor, no ambulatório externo dos hospitais.

Constata-se que oportunidades de melhoria de prescrição como é o caso da amoxicilina associada ao ácido clavulânico, da azitromicina, da ciprofloxacina, do pantoprazol,

do metamizol magnésio, da pregabalina e dos AINE´s.

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RELATÓRIO ANUAL I ABRIL 2015I COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DA ARSLVT 67

MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

4.3.1 Análise Desagregada no Ambulatório Externo dos Centros Hospitalares/Hospitais por Substância Activa (DCI) em Volume, Valor e Indicador

Custo Médio em PVP por Embalagem

O perfil de prescrição no ambulatório externo dos hospitais de acordo com o conteúdo das tabelas 25 e 26, que refletem o TOP10 DCI em volume e valor, por hospital, é

menos uniforme que o perfil de prescrição nos CSP.

A qualidade farmacoterapêutica do perfil de prescrição, neste contexto de prescrição, é inferior à verificada em outros contextos.

A análise dos medicamentos prescritos permite-nos verificar que existe a possibilidade de se obterem custos de oportunidade nomeadamente no que concerne à existência

de alternativas terapêuticas custo-efetivas, à prescrição de medicamentos genéricos prescritos e de medicamentos com benefício terapêutico reduzido.

Os hospitais em regime jurídico de Parceria Público-Privada quando comparados entre si o menor custo por embalagem pertence ao HPP-Hospital de Cascais. Note-se que

os custos médios por embalagem destes três hospitais são os mais baixos do universo hospitalar da ARSLVT.

Nos hospitais SNS o perfil de prescrição evidencia uma tendência para prestar cuidados a doenças do foro infeccioso e psiquiátrico/neurológico.

A utilização de medicamentos neste contexto, pelos DCI listados, é muito diversa dos inclusos nos formulários hospitalares. Não existe concordância entre os

medicamentos preconizados no internamento e os prescritos para o ambulatório no hospital. Não existindo protocolos nem obrigatoriedade de justificação técnica para a

prescrição, observa-se a introdução de medicamentos de AIM recente, da mesma classe terapêutica, que não diferem na indicação, não possuem valor terapêutico

acrescentado, mas são mais dispendiosos.

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RELATÓRIO ANUAL I ABRIL 2015I COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DA ARSLVT 68

MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 24: Tabela resumo do TOP10 DCI em volume por hospital.

DCI CH CHLN CHLC CHLO HFF HGO HBA CHPL CHS CHMT HDS CHBM CHO IPOL HC HVFX IOGP TOTAL

Paracetamol 33.141 32.822 18.772 24.913 17.527 27.566 13.496 13.906 13.217 12.297 17.629 9.095 14.178 11.662 260.221

Amoxicilina + Ácido clavulânico 21.308 24.767 16.408 26.256 10.222 20.754 11.390 13.810 11.986 14.739 17.628 4.030 12.973 8.185 214.456

Metamizol magnésico 19.318 18.354 12.486 20.096 8.336 4.711 10.478 7.429 5.553 11.004 5.505 123.270

Ibuprofeno 15.770 12.499 6.598 13.415 8.067 9.531 6.925 8.656 11.781 10.868 9.063 113.173

Omeprazol 41.790 23.975 14.948 9.493 7.398 3.660 3.687 104.951

Ácido acetilsalicílico 19.386 21.152 15.409 9.308 6.462 5.407 6.032 6.210 89.366

Levotiroxina sódica 21.000 17.703 14.548 5.270 18.029 76.550

Sinvastatina 22.066 19.668 15.511 7.969 5.350 70.564

Furosemida 16.136 16.841 15.410 8.417 5.104 5.722 67.630

Quetiapina 9.239 9.443 15.694 7.145 6.453 47.974

Metformina 21.706 14.391 36.097

Azitromicina 8.128 5.453 5.144 7.751 4.399 4.613 35.488

Esomeprazol 10.896 6.475 5.397 5.187 4.181 32.136

Enoxaparina sódica 16.124 5.236 5.047 3.626 30.033

Ciprofloxacina 7.292 5.769 6.215 4.199 3.829 27.304

Olanzapina 12.539 8.036 5.224 25.799

Risperidona 8.369 10.845 5.230 24.444

Prednisolona 16.695 6.387 23.082

Ácido valpróico 7.693 9.295 5.067 22.055

Montelucaste 20.629 20.629

Bisoprolol 13.804 5.623 19.427

Amoxicilina 4.962 7.809 5.553 18.324

Pantoprazol 11.073 6.402 17.475

Tramadol + Paracetamol 5.359 7.134 3.453 15.946

Atorvastatina 7.119 5.484 3.238 15.841

Diazepam 8.643 4.965 13.608

Clopidogrel 13.456 13.456

Venlafaxina 12.809 12.809

Pregabalina 9.647 9.647

Clonazepam 9.237 9.237

Alprazolam 5.405 3.649 9.054

Sertralina 9.038 9.038

Valproato semisódico 7.977 7.977

Hidroxicloroquina 7.810 7.810

Mirtazapina 7.792 7.792

Fentanilo 7.615 7.615

Timolol + Dorzolamida 5.643 5.643

Lorazepam 5.025 5.025

Etoricoxib 4.947 4.947

Latanoprost 4.471 4.471

Tramadol 3.775 3.775

Salbutamol 3.651 3.651

Brimonidina 2.464 2.464

Latanoprost + Timolol 2.434 2.434

Prednisolona 2.198 2.198

Brinzolamida 1.664 1.664

Moxifloxacina 1.652 1.652

Timolol 1.602 1.602

Travoprost 1.533 1.533

Tafluprost 1.232 1.232

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 25: Tabela resumo do TOP10 DCI em valor PVP por hospital.

DCI CH CHLN CHLC CHLO HFF HGO HBA CHPL CHS CHMT HDS CHBM CHO IPOL HC HVFX IOGP TOTAL

Risperidona 314.822,97€ 415.295,20€ 317.363,00€ 441.164,63€ 172.564,93€ 749.923,54€ 322.584,77€ 306.674,46€ 174.355,69€ 186.331,80€ 72.501,04€ 3.473.582,03€

Pregabalina 418.896,81€ 458.351,66€ 318.068,57€ 225.111,45€ 244.865,31€ 282.834,76€ 544.143,90€ 120.473,29€ 159.223,41€ 156.482,36€ 120.440,61€ 113.926,37€ 124.480,44€ 64.029,35€ 82.465,92€ 3.433.794,21€

Quetiapina 225.990,84€ 285.302,44€ 186.775,87€ 280.728,63€ 775.754,90€ 191.124,23€ 160.438,09€ 293.582,77€ 106.184,28€ 88.879,30€ 92.093,13€ 47.298,95€ 2.734.153,43€

Fluticasona + Salmeterol 811.803,14€ 342.160,18€ 201.379,34€ 148.626,73€ 182.245,24€ 166.122,30€ 120.902,22€ 88.995,39€ 158.921,76€ 114.559,47€ 63.362,44€ 2.399.078,21€

Enoxaparina sódica 343.173,92€ 450.446,63€ 140.380,28€ 174.629,74€ 216.675,05€ 128.755,10€ 137.221,86€ 167.341,19€ 53.178,22€ 87.010,00€ 1.898.811,99€

Rosuvastatina 511.015,21€ 439.498,05€ 340.107,34€ 197.621,85€ 126.678,85€ 116.961,64€ 87.570,16€ 1.819.453,10€

Insulina glargina 330.323,92€ 330.689,31€ 291.701,19€ 118.683,16€ 131.143,10€ 100.168,44€ 100.132,81€ 1.402.841,93€

Paliperidona 291.772,03€ 483.439,68€ 212.745,36€ 173.805,61€ 75.346,33€ 1.237.109,01€

Outros produtos (dietas, agulhas, fitas) 1.228.718,45€ 1.228.718,45€

Brometo de tiotrópio 637.139,08€ 129.953,99€ 130.618,08€ 115.172,13€ 79.603,98€ 62.659,64€ 1.155.146,90€

Amoxicilina + Ácido clavulânico 208.203,16€ 168.289,88€ 108.576,48€ 114.022,37€ 108.360,78€ 126.990,15€ 158.784,59€ 91.311,10€ 64.257,91€ 1.148.796,42€

Aripiprazol 141.711,23€ 155.109,93€ 436.129,60€ 121.103,33€ 105.272,27€ 959.326,36€

Metformina + Sitagliptina 305.066,37€ 214.334,20€ 136.479,44€ 114.477,22€ 84.265,12€ 47.305,85€ 901.928,20€

Messalazina 288.770,17€ 195.433,53€ 184.680,65€ 78.035,45€ 53.880,96€ 61.669,09€ 862.469,85€

Olanzapina 165.581,34€ 372.476,60€ 142.773,32€ 124.706,34€ 805.537,60€

Fentanilo 168.687,79€ 169.639,70€ 113.521,01€ 89.065,91€ 244.709,74€ 785.624,15€

Dabigatrano etexilato 266.394,61€ 220.656,47€ 112.419,05€ 52.925,37€ 652.395,50€

Budesonida + Formoterol 401.002,18€ 87.048,40€ 53.210,75€ 541.261,33€

Metformina + Vildagliptina 311.242,41€ 98.117,97€ 47.661,87€ 457.022,25€

Ciclosporina 206.031,08€ 178.053,17€ 384.084,25€

Insulina detemir 135.506,06€ 133.878,31€ 269.384,37€

Rivastigmina 134.633,56€ 111.116,48€ 245.750,04€

Levetiracetam 122.202,36€ 87.562,77€ 209.765,13€

Memantina 204.568,83€ 204.568,83€

Valproato semisódico 203.887,01€ 203.887,01€

Etoricoxib 96.955,77€ 86.224,27€ 183.180,04€

Bupropiom 173.687,88€ 173.687,88€

Duloxetina 126.093,57€ 126.093,57€

Timolol + Dorzolamida 88.333,36€ 88.333,36€

Hidromorfona 82.955,88€ 82.955,88€

Buprenorfina 78.458,53€ 78.458,53€

Levotiroxina sódica 75.634,27€ 75.634,27€

Fluconazol 68.359,12€ 68.359,12€

Esomeprazol 59.908,77€ 59.908,77€

Latanoprost 44.734,81€ 44.734,81€

Ciprofloxacina 43.552,77€ 43.552,77€

Tafluprost 29.780,45€ 29.780,45€

Travoprost 27.177,55€ 27.177,55€

Latanoprost + Timolol 26.059,86€ 26.059,86€

Bimatoprost + Timolol 23.598,34€ 23.598,34€

Brimonidina 19.979,37€ 19.979,37€

Brinzolamida 19.136,40€ 19.136,40€

Brinzolamida + Timolol 17.311,72€ 17.311,72€

Timolol + Travoprost 16.799,06€ 16.799,06€

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 26: Ranking 25 de DCI’s prescritos pelo ambulatório externo dos hospitais em volume (EMB)

Tipo de Instituição Prescrição

Ano

DCI EMB RNK PVP/EMB

Paracetamol 260.539 1 2,52€

Amoxicilina + Ácido clavulânico 214.602 2 7,95€

Metamizol magnésico 152.408 3 3,18€

Ibuprofeno 141.100 4 3,11€

Omeprazol 136.846 5 6,60€

Ácido acetilsalicílico 107.743 6 2,47€

Levotiroxina sódica 105.050 7 3,95€

Sinvastatina 102.776 8 6,21€

Furosemida 99.990 9 4,40€

Metformina 92.365 10 3,64€

Quetiapina 88.473 11 36,76€

Tramadol + Paracetamol 88.219 12 3,98€

Pantoprazol 85.582 13 6,63€

Enoxaparina sódica 83.734 14 27,51€

Esomeprazol 82.302 15 13,05€

Prednisolona 81.422 16 5,03€

Clopidogrel 78.316 17 8,50€

Azitromicina 77.267 18 5,25€

Bisoprolol 75.347 19 4,69€

Ácido valpróico 75.274 20 10,59€

Risperidona 74.279 21 48,88€

Amoxicilina 73.373 22 4,38€

Alprazolam 71.225 23 4,48€

Ciprofloxacina 70.420 24 11,09€

Pregabalina 69.806 25 49,20€

HOSPITAIS

2014

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 27: Ranking 25 de DCI’s prescritos pelo ambulatório externo dos hospitais por valor PVP e valor PVP/EMB

Tipo de Instituição Prescrição

Ano

DCI PVP RNK PVP/EMB

Risperidona 3.630.473,56€ 1 48,88€

Pregabalina 3.434.200,32€ 2 49,20€

Quetiapina 3.252.038,80€ 3 36,76€

Fluticasona + Salmeterol 2.600.916,18€ 4 51,99€

Enoxaparina sódica 2.303.247,20€ 5 27,51€

Rosuvastatina 2.247.433,71€ 6 44,15€

Paliperidona 1.955.218,25€ 7 158,91€

Brometo de tiotrópio 1.871.290,44€ 8 41,51€

Insulina glargina 1.812.674,11€ 9 63,33€

Aripiprazol 1.748.891,80€ 10 98,92€

Amoxicilina + Ácido clavulânico 1.706.200,03€ 11 7,95€

Dabigatrano etexilato 1.570.142,15€ 12 76,02€

Budesonida + Formoterol 1.545.083,68€ 13 51,30€

Olanzapina 1.543.988,91€ 14 25,17€

Metformina + Sitagliptina 1.500.044,77€ 15 48,14€

Messalazina 1.498.472,07€ 16 31,65€

Metformina + Vildagliptina 1.475.942,34€ 17 51,98€

Fentanilo 1.451.768,76€ 18 38,02€

**** 1.414.026,63€ 19 138,53€

Rivastigmina 1.342.993,00€ 20 61,33€

Memantina 1.139.416,48€ 21 29,54€

Esomeprazol 1.074.333,60€ 22 13,05€

Levetiracetam 979.614,05€ 23 32,97€

Metilfenidato 943.988,47€ 24 24,68€

Montelucaste 905.235,86€ 25 14,20€

HOSPITAIS

2014

Tipo de Instituição Prescrição

Ano

Medicamentos **** PVP RNK PVP/EMB

Produto Dietético 1.181.585,41€ 1 161,66€

231.994,83€ 2 80,05€

Agulha B-D Micro-Fine+8mm 144,23€ 3

Agulhas PIC/Insupen 32G 6mm 59,22€ 4

FreeStyle Precision Test Strips 36,58€ 5

Bayer CONTOUR NEXT 34,76€ 6

Agulha B-D Micro-Fine+5mm 31,30€ 7

Agulhas PIC/Insupen 32G 8mm 24,11€ 8

Accu-Chek FastClix Lancets 18,63€ 9

Glucocard G sensor (50) 18,29€ 10

One Touch Vita Test Strip 18,29€ 10

Agulha PIC/Insupen, 31G, 6mm 14,38€ 12

Agulha PIC/Insupen, 31G, 8mm 14,38€ 12

MediSense Thin Lancets 13,53€ 14

Glucoject Lancets NO DOL 11,50€ 15

Agulhas B-D Micro-Fine+12,7mm 7,19€ 16

Medicamento Acerto 0,00€ 17

HOSPITAIS

2014

1,4M€ em

produtos

aqui

listados

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

4.3.2 Análise por Unidade de Produção: Consultas e Urgências

A monitorização da prescrição nos hospitais está dificultada pela impossibilidade em imputar perfis a especialidades médicas, ou a local de prescrição, este é um esforço de

análise da prescrição segundo a produção hospitalar e respetivo benchmarking.

Tabela 28: Consultas e urgências dos hospitais da ARSLVT em 2014 e período homólogo.

2014 2013 Diferencial Variação H. 2014 2013 2014 2013 Diferencial Variação H.

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 805614 825587 -19973 -2,4% 254.737 256.775 1.060.351 1.082.362 -22.011 -2,0%

Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE 687605 704865 -17260 -2,4% 207.308 210.552 894.913 915.417 -20.504 -2,2%

Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE 476593 483099 -6506 -1,3% 153.831 156.807 630.424 639.906 -9.482 -1,5%

Hospital Fernando da Fonseca, EPE 290526 295647 -5121 -1,7% 267.701 265.599 558.227 561.246 -3.019 -0,5%

Hospital Garcia de Orta, EPE 277414 282631 -5217 -1,8% 148.864 147.726 426.278 430.357 -4.079 -0,9%

Hospital de Loures, PPP 274496 242252 32244 13,3% 196.583 185.124 471.079 427.376 43.703 10,2%

Instituto Português Oncologia de Lisboa, EPE 249067 229342 19725 8,6% 249.067 229.342 19.725 8,6%

Centro Hospitalar de Setúbal, EPE 224503 220822 3681 1,7% 135.554 133.171 360.057 353.993 6.064 1,7%

Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, EPE 179386 170430 8956 5,3% 145.317 148.589 324.703 319.019 5.684 1,8%

Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE 170492 171561 -1069 -0,6% 146.749 152.542 317.241 324.103 -6.862 -2,1%

Hospital Distrital de Santarém, EPE 153445 151657 1788 1,2% 127.522 126.741 280.967 278.398 2.569 0,9%

Hospital de Cascais, PPP 142481 137740 4741 3,4% 159.357 153.197 301.838 290.937 10.901 3,7%

Centro Hospitalar do Oeste 139494 139147 347 0,2% 178.302 207.022 317.796 346.169 -28.373 -8,2%

Hospital de Vila Franca de Xira, PPP 131539 111923 19616 17,5% 121.573 110.232 253.112 222.155 30.957 13,9%

Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa 62858 62925 -67 -0,1% 62.858 62.925 -67 -0,1%

Instituto Gama Pinto 52343 54973 -2630 -4,8% 52.343 54.973 -2.630 -4,8%

Consultas e UrgênciasConsultas Urgência Consultas e UrgênciasConsultas

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 29: Volume e valor por unidade de produção (consulta e urgência) e por hospital.

O Instituto Gama Pinto (-14,5%), o Instituto Português de Oncologia (-5,6%) e o Hospital Distrital de Santarém (-0,6%) diminuíram o valor SNS de medicamentos prescritos

em 2014, por consulta e/ou urgência realizada, os restantes hospitais da ARSLVT aumentaram o valor e o volume da prescrição variando entre um acréscimo de 21,7%

(Hospital de Loures, PPP) e 1,3% (Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, E.P.E.) em SNS e no volume um aumento máximo de 12,9% (Centro Hospitalar do Oeste, E.P.E.) e

mínimo de 0,2% (Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, E.P.E.).

EMB/(C+U) SNS/(C+U) PVP/(C+U) EMB/(C+U) SNS/(C+U) PVP/(C+U) EMB/(C+U) SNS/(C+U) PVP/(C+U)

Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa E.P.E. 4,50 74,93 € 98,44 € 4,49 73,72 € 99,62 € 0,2% 1,6% -1,2%

Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE 1,62 16,14 € 23,48 € 1,55 15,57 € 22,87 € 4,1% 3,7% 2,6%

Hospital Distrital de Santarém, EPE 1,42 14,20 € 19,95 € 1,45 14,28 € 20,59 € -1,8% -0,6% -3,1%

Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE 1,43 13,53 € 20,13 € 1,39 13,03 € 19,64 € 3,3% 3,9% 2,5%

Hospital Garcia de Orta, EPE 1,22 13,08 € 18,45 € 1,19 12,69 € 18,15 € 2,3% 3,1% 1,7%

Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE 1,24 12,82 € 18,07 € 1,22 12,00 € 17,40 € 1,0% 6,9% 3,9%

Centro Hospitalar de Setúbal, EPE 1,22 12,19 € 17,23 € 1,14 11,74 € 16,83 € 6,6% 3,8% 2,4%

Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, EPE 1,25 11,43 € 16,64 € 1,24 11,28 € 16,61 € 0,5% 1,3% 0,2%

Hospital de Loures, PPP 1,35 11,02 € 16,63 € 1,21 9,05 € 14,09 € 12,3% 21,7% 18,1%

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 1,24 10,90 € 16,17 € 1,17 10,25 € 15,42 € 5,6% 6,4% 4,9%

Hospital Fernando da Fonseca, EPE 1,24 10,66 € 15,39 € 1,17 9,92 € 14,64 € 5,9% 7,4% 5,1%

Centro Hospitalar do Oeste E.P.E. 1,20 9,86 € 14,85 € 1,06 8,46 € 13,08 € 12,9% 16,5% 13,5%

Instituto Português Oncologia de Lisboa, EPE 0,96 8,59 € 12,91 € 1,02 9,11 € 13,63 € -5,6% -5,6% -5,3%

Hospital de Vila Franca de Xira, PPP 1,01 7,70 € 11,76 € 0,90 6,37 € 10,11 € 11,4% 20,9% 16,3%

Instituto Gama Pinto 0,76 6,78 € 8,62 € 0,78 7,93 € 9,68 € -3,5% -14,5% -11,0%

Hospital de Cascais, PPP 0,96 6,69 € 10,57 € 0,94 6,49 € 10,45 € 2,6% 3,1% 1,2%

2014 2013 Variação Homóloga

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

4.4 Medicamentos dispensados pelos Serviços Farmacêuticos Hospitalares a Doentes em Regime de Ambulatório na

ARSLVT

Os encargos com medicamentos da responsabilidade dos hospitais do SNS dizem respeito aos medicamentos dispensados pelas Farmácias Hospitalares a doentes em

regime de ambulatório, internamento, hospital de dia ou urgências.

A fonte de informação utilizada neste relatório para a obtenção destes encargos corresponde ao consumo de medicamentos reportado via CHNM – INFARMED pelos

hospitais.

De acordo com esta fonte, em 2014 os 13 hospitais/ centros hospitalares da RLVT consumiram cerca de 427 Milhões de Euros em medicamentos. Como expectável, os

grandes centros hospitalares foram os que apresentaram maiores encargos com medicamentos, embora os maiores preços unitários médios dos medicamentos não

seguissem essa regra, pertencendo ao CHLN, IPOL, CHLC, IOGP e CHS (tabela 30, gráfico 14).

Tabela 30: Consumo de medicamentos, em valor e volume, reportados via CHNM, por hospital na área de influência da ARSLVT

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Gráfico 14: Encargos com medicamentos reportados via CHNM nos hospitais da área de influência da ARSLVT

Em relação aos medicamentos mais consumidos em valor nos hospitais da ARSLVT temos em primeiro lugar a associação de antiretrovirais emtricitabina + tenofovir (31 M€). Este grupo de fármacos ocupa 7 das 20 primeiras posições. Seguem-se os biológicos usados nas doenças reumatismais autoimunes e os antineoplásicos, com 4 representantes cada (Tabela 31).

Quanto ao volume, os mais consumidos em quantidade são o cloreto de sódio, o oxigénio e o paracetamol(Tabela 31).

Finalmente, em relação ao custo unitário, o fármaco mais oneroso é o canacinumab, para a artrite ideopática juvenil sistémica, com 11.660€/ unidade (Tabela 31).

30%

24% 11%

7%

7%

6%

5%

3%

3%

2% 2%

0% 0%

ENCARGOS COM MEDICAMENTOS DA RESPONSABILIDADE DOS HOSPITAIS ARSLVT 2014

CHLN CHLC CHLO

HFF HGO IPOL

CHS CHBM HDS

CHMT CHO CHPL

IOGP

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 31: TOP 20 de medicamentos em valor, volume e custo unitário, reportados via CHNM, dos hospital da ARSLVT

Fármacos avaliação prévia (hospitalares) – “inovadores”: 2012 / 2013 / 2014

Fonte: relatórios Infarmed; consideração de algum tipo de vantagem (eficácia, segurança, conveniência)

2014: Acetonido de fluocinolona (7/); Aflibercept (8/); axitinib (3/); Belimumab (5/); Bendamustina (8/); Bosutinib (12/); Cabazitaxel (6/); Carboximaltose férrica (11/); Citarabina (8/);

Colagenase de clostridium histolyticum (9/); Crizotinib (8/); Dexametasona (3/); Dexmedetomidina (8/); Epoprostenol (7); Fampridina (8/); Gefitinib (2/); Ipilimumab (2/); Ocriplasmina (12/);

panitumumab (1/); Vemurafenib (7/)

2013: Bivalirudina (5/); Eltrombopag (7); Imunoglobina Antilinfócitos (Coelho) (3/); Nilotinib (8/); sunitinib (2/)

2012: Colagenase de clostridium histolyticum (9/); Denosumab (11/); Fibrinogénio humano + Trombina humana (7); Fingolimod (3/); Micafungina (12/); panitumumab (1/); tafamidis (5/);

Protóxido de Azoto + Oxigénio (11/)

DCI VALOR (€)

Emtrici tabina + Tenofovir 31.212.051 €

Efavi renz + Emtrici tabina 17.528.206 €

Darunavir 14.654.170 €

Abacavi r + Lamivudina 13.499.483 €

Adal imumab 11.800.156 €

Etanercept 11.137.818 €

Imatinib 10.393.234 €

Interferão beta-1a 10.144.454 €

Atazanavir 10.063.611 €

Trastuzumab 9.321.160 €

Octocog a l fa 8.986.454 €

Ri tuximab 8.805.495 €

Ra l tegravi r 8.485.791 €

Imunoglobul ina humana

normal 7.238.805 €

Lopinavi r + Ri tonavir 6.905.263 €

Infl i ximab 6.897.652 €

Imiglucerase 6.251.215 €

Ustecinumab 4.941.001 €

Lenal idomida 4637540,03Tafamidis 4439295,37

Tota l Gera l 426.823.171 €

DCI VOLUME

Cloreto de sódio 7.842.477

Oxigénio 3.751.966 Paracetamol 3.593.347

Lopinavi r + Ri tonavir 2.321.809

Ri tonavir 2.201.503

Emtrici tabina + Tenofovir 2.047.959

Tacrol ímus 2.041.856

Micofenolato de mofeti l 1.998.030

Darunavir 1.914.882

Furosemida 1.464.889

Letrozol 1.440.943

Tamoxi feno 1.383.644

Cloreto de potáss io 1.158.474

Metamizol magnés ico 1.149.071

Abacavi r + Lamivudina 1.102.239

Prednisolona 1.073.108

Enoxaparina sódica 1.071.299

Água para preparações

injectáveis 1.026.754

Ra l tegravi r 1.022.921 Carvedi lol 992.829

Tota l Gera l 93.387.342

DCICUSTO/UNITÁRIO

(€)Canacinumab 11.660,0 €

Treprostini lo 6.535,1 € Plerixafor 5.984,8 €

Ecul i zumab 5.366,9 €

Grafi te 5.114,5 €

Ipi l imumab 4.925,5 €

Cabazi taxel 3.741,6 €

Brentuximab vedotina 3.333,0 €

Ocriplasmina 3.286,0 €

Pertuzumab 2.927,4 €

Ustecinumab 2.908,2 €

Idursul fase 2.896,3 €

Aga ls idase beta 2.805,5 €

Dibotermina a l fa 2.655,3 €

Trabectedina 2.108,6 €

Tasonermina 1.828,5 €

Trastuzumab emtans ina 1.791,7 €

Aga ls idase a l fa 1.713,5 €

Icatibant 1.656,5 € Eptacog a l fa (activado) 1.580,5 €

Custo uni tário médio 4,6 €

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

No total, os DCI que obtiveram AIM para indicações nos quais foram considerados inovadores em 2012, 2013 e 2014 de utilização hospitalar exclusiva representaram cerca de 16 M€ e

200.000 unidades no consumo de 2014. Em relação ao valor total consumido nos hospitais da ARSLVT, os inovadores representam 3,6% do valor e 0,2% do volume.

Realça-se que, dado a fonte destes dados ser o reporte via CHNM, o qual não está associado ao diagnóstico, os números apresentados em relação à utilização da inovação estão

sobrevalorizados, pois inclui o consumo em indicações eventualmente não inovadoras e certamente anteriores a 2012.

De acordo com a tabela 32 podemos verificar a intensidade de utilização em valor e em volume dos medicamentos inovadores com maior peso económico.

Tabela 32: Inovação terapêutica de 2012, 2013 e 2014 – DCI mais consumidos nos hospitais da ARSLVT, reportados via CHNM 2014

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Verifica-se que o hospital da ARSLVT onde a impregnação da inovação apresenta um maior valor é o CHLN (6,9% em valor e 0,46% em volume), seguido pelo IPO Lisboa (5,9% e 0,61%,

respectivamente em valor e em volume). A média da ARSLVT é de 3,6% (valor) e 0,2% (volume), estando os outros dois grandes centros hospitalares (CHLC e CHLO) abaixo deste valor.

Gráfico 15: Inovação terapêutica de 2012, 2013 e 2014 – Impregnação da inovação em valor nos hospitais da ARSLVT, reportados via CHNM 2014

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

4.4.1 Ambulatório Interno

Dos 427 Milhões de Euros referentes ao consumo de medicamentos, sabemos que cerca de 290 Milhões (68%) se devem a encargos com medicamentos com doentes em ambulatório. Este

número está subvalorizado, dado estarem em falta os dados dos hospitais PPP de Cascais e de Loures.

A dispensa de medicamentos a doentes em regime ambulatório por parte dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares surge da necessidade de fazer face a situações de emergência em que o

fornecimento dos mesmos não possa ser assegurado pelas farmácias comunitárias, bem como da necessidade de vigilância e controlo de determinadas patologias e terapêuticas prescritas

em estabelecimentos de cuidados de saúde diferenciados. Esta vigilância e controlo são exigidos pelas características próprias das patologias, pela potencial carga tóxica dos fármacos

utilizados no seu tratamento e também pelo seu elevado valor económico.

A referida dispensa de medicamentos é feita através de dispensa gratuita e engloba dois grupos de medicamentos:

- Medicamentos abrangidos pela legislação;

- Medicamentos não abrangidos pela legislação, logo cuja autorização depende do consentimento do Conselho de Administração do Hospital.

A fonte de informação utilizada neste relatório é constituída pela informação veiculada pelos hospitais da ARSLVT no âmbito do preenchimento dos quadros de Plano de Desempenho

(quadros PD) para 2014 e 2013.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

4.4.2 Resultados

A análise dos dados fornecidos pelos hospitais ao Departamento de contratualização da ARSLVT, através dos quadros de Plano de Desempenho (Quadros PD), permite verificar que o

encargo com medicamentos dispensados pelos Serviços Farmacêuticos hospitalares a doentes em regime de ambulatório da região da ARS LVT diminuiu 2,2% em 2014 face a 2013,

passando de cerca de 297 Milhões de Euros para 290 Milhões de Euros.

À exceção da Patologia Oncológica, Esclerose Múltipla, Hemofília, D Crohn Grave ou c/ Fístulas e Paramiloidose, todas as patologias mais onerosas e relevantes seguidas em ambulatório

hospitalar reduziram os seus encargos em 2014 (gráfico 16).

Apesar da diminuição global em encargos, assistiu-se a um aumento de 10,5% no número de doentes seguido, que passaram de cerca de 81.000 para perto de 90.000 (gráficos 16, 17).

Gráfico 16: Evolução dos encargos com medicamentos no ambulatório externo dos hospitais da área de influência da ARSLVT, EM 2014 FACE A 2013

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RELATÓRIO ANUAL I ABRIL 2015I COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DA ARSLVT 81

MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Em 2014 as quatro patologias mais onerosas (HIV/SIDA, Patologia Oncológica, Artrite Reumatóide e Esclerose Múltipla) representam 72,2% dos encargos com medicamentos de distribuição

no ambulatório hospitalar na ARSLVT (210 M€).

Gráfico 17: Encargo com medicamentos de distribuição no ambulatório hospitalar na ARSLVT em 2014

Em relação ao número de doentes (Gráfico 5), estas quatro patologias representam 56% (49.939) do total de 89.623 doentes, menos 1% que em 2013. A patologia oncológica inclui 32% dos

doentes, com 28.497 doentes, seguindo-se o tratamento da infecção por VIH/ SIDA, com 16.737 doentes, a Artrite Reumatóide, com 2.464 doentes e a Esclerose Múltipla, com 2.241

doentes.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Gráfico 18: Número de doentes utilizadores de medicamentos por patologia na ARSLVT – 2014

Ao analisarmos o custo mensal médio de cada doente por patologia (gráfico 6), verifica-se que em 2014 a patologia mais onerosa é a Doença de Gaucher, com um custo mensal de 15.628€ por cada um dos 32 doentes a quem foi fornecida medicação na região da ARSLVT. Segue-se a Paramiloidose, com 7.237€ por doente, com 51 doentes, a Hemofilia (5.046€/ doente, 120 doentes). Todas estas doenças fazem parte do grupo de doenças raras, afectando 5 ou menos pessoas por cada 100.000 habitantes.

O tratamento da infecção por VIH/SIDA apresenta um custo mensal médio de 598€ por doente, a patologia oncológica 146€, a esclerose múltipla 662€ e a artrite reumatóide 738€.

Em relação às variações face a 2013 no custo das patologias analisadas, verifica-se que este aumentou na hemofilia, paramiloidose, patologia oncológica, hepatite C e esclerose múltipla, tendo decrescido nas restantes.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Gráfico 19: Custo mensal médio em medicamentos por patologia e por doente na ARSLVT – 2014

Em relação aos encargos com medicamentos, em 2014, o Hospital que maiores encargos apresenta é o CHLN, com cerca de 87 M€ de despesa e 18.094 doentes. Segue-se o CHLC, com 68 M€ e 17.969 doentes, e o CHLO, com 39 M€ e 16.384 doentes (Gráfico 20).

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RELATÓRIO ANUAL I ABRIL 2015I COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA DA ARSLVT 84

MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Gráfico 20: Evolução do n.º doentes e encargos com medicamentos por hospital na ARSLVT (2013 – 2014)

Em relação à variação dos encargos, no período homólogo em análise, a partir do gráfico 6 pode verificar-se que os Hospitais que maiores aumentos apresentam são o Hospital de Vila Franca de Xira, PPP (+20%), o CHLO (+8%) e o IPO Lisboa e CH Oeste, ambos com um aumento de 4%. Em sentido inverso, temos o CH Médio Tejo (-18%), o HD Santarém (-15%) e o HGO e CH Psiquiátrico de Lisboa, ambos com uma diminuição de 10%.

No entanto, quando se relaciona a variação dos encargos com a variação do número de doentes (gráfico 8), através do índice custo por doente, verifica-se que o único hospital com aumento de encargos/ doente foi o CH Oeste, com um valor de 2.391€ que representa mais 3% que em 2013. Todos os restantes hospitais diminuíram este valor, sobressaindo-se o Hospital de Vila Franca de Xira, com -51%, o CHMT com -29%, o CHLN, com -19%, e o CHLO, com - 17%.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

O hospital com o custo por doente mais baixo é o CH Psiquiátrico de Lisboa (85€) e o IPO Lisboa (1.142€). De entre os três grandes centros hospitalares, o CHLO apresenta o custo por doente mais baixo (2.359€) e o CHLN o mais elevado (4.790€).

O Hospital de Cascais, PPP e o Hospital de Loures, PPP, não puderam ser avaliados, uma vez que não tinham reportado, à data da análise, os dados de 2014.

Gráfico 21: Custo por doente em medicamentos, e respectiva variação homóloga nos hospitais da ARSLVT 2014 vs. 2013

Finalmente, analisou-se a diferença de custo médio mensal para as patologias mais onerosas para os diferentes hospitais da região da ARSLVT.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

4.4.3 Infeção VIH/Sida

O tratamento da infecção por VIH/SIDA custou à ARSLVT em 2014 perto de 120 Milhões de Euros, menos 10 Milhões (7,7%) que em 2013, distribuídos entre 16.737 doentes. Foi a patologia mais onerosa para a ARSLVT e a que tratou o segundo maior grupo de doentes. Em relação custo médio por doente, este foi de 598 €/ mês (em 2013 foi de 670€), tendo este valor variado entre 654€, para o Centro Hospitalar de Setúbal, e 497€, para o Centro Hospitalar do Oeste (Gráfico 9).

O CH do Médio Tejo não reportou dados para o tratamento desta patologia em 2014.

Gráfico 22: Custo médio mensal por doente e por hospital para a infecção VIH/SIDA na ARSLVT – 2014 e homólogo, dados SICA 2014

Na tabela 33 podem analisar-se as diferentes nuances na utilização dos antiretroviaris (ARV) em três dos hospitais da ARSLVT: o de maior custo/doente (CH Setúbal), o de menor (CH Oeste)

e um de valor médio (CHLC).

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Em relação ao custo unitário verifica-se um valor homogénio para muitos ARV, embora ainda persistam diferenças consideráveis em alguns. É o caso do efavirenz, a lamivudina isolada ou

em associação, a nevirapina, o raltegarvir, a didanosina e a zidovudina.

A intensidade de utilização de cada um destes ARV também varia entre os hospitais e a utilização em grande percentagem de fármacos reservados para linhas mais avançadas de tratamento

também.

O conjunto das variações de preço com linhas terapêuticas preferenciais contribuirá seguramente para as diferenças de custo de tratamento dos doentes verificadas.

Tabela 33: Custo unitário e intensidade de utilização dos antiretrovirais em três hospitais da ARSLVT: o de maior custo/doente (CH Setúbal), o de menor (CH Oeste) e um de valor médio (CHLC). Dados CHNM 2014

CHSETUBAL CHLC CHO CHSETUBAL CHLC CHO

Abacavir 3,6 € 3,7 € 3,6 € 1,0% 1,6% 0,6% 1ª linha

Abacavir + Lamivudina 12,4 € 12,4 € 12,4 € 4,4% 8,0% 4,3% 1ª linha

Abacavir + Lamivudina + Zidovudina 9,7 € 9,7 € 9,7 € 0,5% 0,2% 0,5% 1ª linha

Atazanavir 12,2 € 12,1 € 12,5 € 7,4% 5,8% 4,3% 1ª linha

Darunavir 7,3 € 7,6 € 7,4 € 13,2% 13,4% 7,0% 1ª linha

Efavirenz 3,4 € 3,0 € 2,6 € 1,6% 6,0% 11,4% 1ª linha

Efavirenz + Emtricitabina + Tenofovir 22,1 € 21,4 € - 5,0% 4,4% - 1ª linha

Emtricitabina 6,5 € 6,7 € - 0,2% 0,1% - 1ª linha

Emtricitabina + Rilpivirina + Tenofovir 20,8 € 20,8 € - 1,7% 0,5% - 1ª linha

Emtricitabina + Tenofovir 15,3 € 15,3 € 15,3 € 15,6% 13,5% 14,8% 1ª linha

Lamivudina 1,8 € 1,4 € 0,8 € 0,5% 1,3% 2,4% 1ª linha

Lamivudina + Zidovudina 2,0 € 1,2 € 1,2 € 2,0% 1,9% 9,5% 1ª linha

Nevirapina 2,3 € 0,7 € 0,9 € 2,2% 3,1% 3,2% 1ª linha

Raltegravir 6,6 € 7,9 € 10,5 € 8,3% 7,2% 1,4% 1ª linha

Rilpivirina 8,0 € - - 0,1% - - 1ª linha

Tenofovir 8,9 € 8,9 € 8,9 € 2,2% 1,7% 1,6% 1ª linha

Elvitegravir + Cobicistate +

Emtricitabina + Tenofovir - 28,5 € - - 0,0% - 2ª linha

Fosamprenavir 5,3 € 5,3 € 5,3 € 0,6% 0,4% 0,3% 2ª linha

Lopinavir + Ritonavir 3,0 € 3,0 € 3,0 € 11,8% 9,9% 25,8% 2ª linha

Ritonavir 0,7 € 0,7 € 0,7 € 17,3% 15,0% 9,1% 2ª linha

Saquinavir 3,0 € 3,0 € 3,0 € 0,5% 1,8% 0,9% 2ª linha

Zidovudina 1,3 € 0,9 € 0,7 € 0,3% 0,5% 0,9% 2ª linha

Didanosina 4,5 € 5,8 € 6,4 € 0,0% 0,2% 0,2% 3ª linha

Enfuvirtida - 26,0 € - - 0,0% - 3ª linha

Etravirina 7,3 € 7,3 € 4,1 € 2,6% 2,7% 1,9% 3ª linha

Maraviroc 11,2 € 11,2 € - 0,6% 0,5% - 3ª linha

Tipranavir 4,4 € 4,6 € - 0,4% 0,1% - 3ª linha

CUSTO UNITÁRIO MÉDIO 8,1 € 7,6 € 5,6 €

MEDICAMENTOCUSTO/UNITÁRIO INTENSIDADE DE UTILIZAÇÃO

OBSERVAÇÕES

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

O gráfico 23 mostra o perfil de utilização dos ARV nos hospitais da ARSLVT. A tipologia dos doentes assistidos, bem como as condições negociais conseguidas em cada local, a par das linhas

preferenciais de utilização justificam as diferenças encontradas que em alguns casos são bastante marcadas. É o caso do CH Médio Tejo, ou do HGO e CH Barreiro Montijo.

Gráfico 23: Intensidade de utilização dos antiretrovirais na infecção VIH/SIDA nos hospitais da ARSLVT em 2014. Dados CHNM 2014

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

4.4.4 Patologia Oncológica

O tratamento da patologia oncológica representou, no período em análise, um encargo de cerca de 50 Milhões de Euros, mais 716 271 € (1%) que em 2013, e abrangeu 28 497, menos 4%

doentes (-1.122). Representou, assim, o segundo lugar, em relação aos encargos e o primeiro, em relação ao número de doentes. O custo médio por doente foi muito variável entre os

hospitais da região, tendo o valor médio ficado nos 146€/ mês. Este valor apresentou um máximo para o Centro Hospitalar de Lisboa Norte com 240€ por doente, e um mínimo de 10€/

doente para o Hospital de Vila Franca de Xira, PPP e Hospital Destrital de Santarém. O IPO de Lisboa apresentou um custo médio de 130€ por doente (Gráfico 24).

A patologia oncológica constitui uma entidade muito heterogénea, englobando uma grande diversidade de tipos de cancro, com tratamentos também diversos e de custo muito variável. A

tipologia do hospital poderá condicionar os tipos de cancro tratados e, consequentemente, os encargos associados. Outra hipótese explicativa para a disparidade de valores encontrados

pode residir na identificação do local onde estes fármacos são dispensados. Enquanto para algumas instituições toda a medicação passível de ser administrada em ambulatório é fornecida

directamente ao doente ou seu representante nos Serviços Farmacêuticos hospitalares, outras instituições dispensam-na por intermédio dos hospitais de dia. Este facto origina um

preenchimento distinto dos quadros PD, condicionando os resultados observados. A diferença encontrada entre o custo mensal médio por doente do CHLN e do HVFX, PPP pode, entre

outros, assentar nesta hipótese.

Gráfico 24: Custo médio mensal por doente e por hospital para a patologia Oncológica na ARSLVT – 2014 e homólogo, dados SICA 2014

Os antineoplásicos mais consumidos em valor são o imatinib e o transtuzumab e em volume o letrozole e o tamoxifeno. O plerixafor e o grafite são os fármacos utilizados em oncologia com maior custo unitário. (tabela 2)

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

4.4.5 Artrite Reumatóide

O tratamento da artrite reumatóide custou em 2014, na ARSLVT, cerca de 22 Milhões de Euros, menos 1 Milhão de Euros que em 2013 (-5%), e incluiu 2.464 doentes, menos 116 que em 2013. Estes valores posicionam esta doença no terceiro lugar em relação aos encargos e em quarto, em relação ao número de doentes. Nesta patologia, a variação no custo médio mensal por doente foi elevada, cabendo ao Hospital de Vila Franca de Xira o valor mais elevado, com 1.009€, e ao Hospital Garcia de Orta o valor menos, com 474€. O valor médio da região foi de 738€ por doente por mês (739€ para 2013) (Gráfico 25).

Gráfico 25: Custo médio mensal por doente e por hospital para a Artrite Reumatóide na ARSLVT – 2014 e homólogo, dados SICA 2014

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Na tabela 34 podem analisar-se as diferentes nuances na utilização dos medicamentos biológicos nas doenças autoimunes reumatismais em três dos hospitais da ARSLVT: um de maior

custo/doente (CHLN), o de menor (HGO) e um de valor médio (CHLC).

Em relação ao custo unitário verifica-se um valor repetidamente inferior para o HGO para as mesmas alternativas terapêuticas, o que pode justificar o seu custo/doente menor.

A elevada utilização do ustecinumab poderá contribuir para o elevado custo/doente verificado no CHLN.

Tabela 34: Custo unitário e intensidade de utilização dos medicamentos biológicos nas doenças autoimunes reumatismais em três dos hospitais da ARSLVT: um de maior custo/doente (CHLN), o de menor (HGO) e um de valor médio (CHLC). Dados CHNM 2014

CHLC HGO CHLN CHLC HGO CHLN CHLC HGO CHLN

Abatacept - 359,5 € 359,4 € - 1 078,4 € 1 078,3 € - 2,52% 0,08% 1ª linha AR - ev/ mensal

Adal imumab 489,5 € 487,8 € 488,7 € 979,0 € 975,6 € 977,3 € 20,26% 18,28% 18,21% 1ª linha AR - sc - quinzenal

Anacinra 28,8 € 28,8 € 28,8 € 864,3 € 864,3 € 865,1 € 2,13% 9,67% 4,52% 1ª linha AR - sc - diário

Certol izumab pegol - 421,2 € 419,857 - 842,404 839,714 - 0,08% 0,03% 1ª linha AR - sc - quinzenal

Etanercept 228,2 € 212,6 € 228,1 € 912,8 € 850,5 € 912,2 € 53,22% 37,67% 38,82% 1ª linha AR - sc - semanal

Gol imumab 967,5 € 768,0 € 967,5 € 967,5 € 768,0 € 967,5 € 0,58% 2,04% 3,41% 1ª linha AR - sc - mensal

Infl iximab 369,9 € 347,3 € 425,9 € 369,9 € 347,3 € 425,9 € 13,46% 17,07% 19,50% 1ª linha AR - ev - bimestral

Rituximab 964,5 € 746,7 € 747,7 € 402,5 € 402,5 € 402,5 € 7,62% 5,80% 8,34% 2ª linha na AR - ev - adm em 2x, tb Onc

Toci l i zumab 404,1 € 324,6 € 408,2 € 912,0 € 912,0 € 912,0 € 2,22% 6,56% 2,70% 1ª linha AR - ev - mensal

Ustecinumab 2 916,0 € 2 915,1 € 2 909,7 € - - - 0,5% 0,3% 3,9% PSORÍASE

Canacinumab - - 11 660,0 € - - - - - 0,02% AIJ Sistémica

Bel imumab - - 325,1 € - - - - - 0,47% LES

Custo unitário médio 373,8 € 329,9 € 486,1 €

MEDICAMENTOINTENSIDADE DE UTILIZAÇÃOCUSTO/UNITÁRIO CUSTO/MÊS (AR - 70kg)

OBSERVAÇÕES

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

O gráfico 26 mostra o perfil de utilização dos medicamentos biológicos nas doenças autoimunes reumatismais nos hospitais da ARSLVT. A tipologia dos doentes assistidos, bem como as condições negociais conseguidas em cada local, a par das linhas preferenciais de utilização, por exemplo, grau de impregnação do ustecinumab, justificam as diferenças encontradas que em alguns casos são bastante marcadas. É o caso do HGO e CHLO.

Gráfico 26: Intensidade de utilização dos medicamentos biológicos nas doenças autoimunes reumatismais nos hospitais da ARSLVT em 2014. Dados CHNM 2014

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

4.4.6 Esclerose Múltipla

Finalmente, o tratamento da esclerose múltipla representou cerca de 18 Milhões de Euros, menos 75.140 € que em 2013 (-0,4%) e abrangeu perto de 2.000 doentes, menos 41 que em 2013 (-2%). Trata-se da quarta patologia em termos de encargos e a sexta no que refere ao número de doentes. A variação no custo médio por doente foi alta, apresentando um valor médio de 662€ por doente por mês. O maior valor foi observado no Centro Hospitalar Setúbal (854€ por doente); o valor mínimo foi de 489€, para o Hospital de Vila Franca de Xira, PPP (Gráfico 27).

Gráfico 27: Custo médio mensal por doente e por hospital para a Esclerose Múltipla na ARSLVT – 2014 e homólogo, dados SICA 2014

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Na tabela 35 encontram-se exemplificadas para três dos hospitais da ARSLVT (um de maior custo/doente: CH Setúbal, um de menor: CHLC e um de valor médio: HFF) os custos unitários, os custos mensais e a intensidade de utilização para as diferentes alternativas terapêuticas para a esclerose múltipla. Em relação ao custo unitário, este é muito estável, à exceção do interferão beta 1a e 1b. A elevada utilização do glatirâmero e do fingolimod poderá contribuir para o elevado custo/unitário verificado no HFF. Os valores reportados no SICA e no CHNM para o CH Setúbal não parecem traduzir a mesma realidade, pois, em regra, o custo unitário médio (CHNM) varia na mesma proporção do custo por doente (SICA), o que não acontece nesta análise. Tabela 35: Custo unitário e intensidade de utilização dos medicamentos para a esclerose múltipla em três dos hospitais da ARSLVT: um de maior custo/doente: CH Setúbal, um de menor: CHLC e um de valor médio: HFF. Dados CHNM 2014

CHLC HFF CH Setúbal CHLC HFF CH Setúbal CHLC HFF CH Setúbal

Acetato de glatirâmero 26 € 26 € 26 € 790 € 788 € 788 € 33,1% 40,8% 38,2%

sc, 1xdia, 1ª l inha exceto surto remissão

grave em rápida evolução, progressiva

recidivante e secundária progressiva

Fingolimod 62 € 62 € 62 € 1 872 € 1 871 € 1 872 € 13,3% 26,2% 17,3%

po, 1xd, 2ª l inha exceto surto remissão grave

em rápida evolução (1ª l inha)

Fumarato de dimetilo 21 € - - 1 270 € - - 0,5% - - po, 2xd, só surto-remissão (1ª l inha)

Interferão beta-1a 172 € 186 € 202 € 1 892 € 2 045 € 2 227 € 24,7% 24,7% 13,0%

sc/im, 3xsem, 1ª l inha exceto surto remissão

grave em rápida evolução e progressiva

recidivante

Interferão beta-1b 25 € 47 € 26 € 379 € 712 € 394 € 27,8% 7,8% 29,7%

sc, dias alt, 1ª l inha exceto surto remissão

grave em rápida evolução e progressiva

recidivante

Natalizumab 1 414 € 1 413 € 1 414 € 1 414 € 1 413 € 1 414 € 0,5% 0,5% 1,7%

ev, 4/4 sem, 2ª l inha exceto surto remissão

grave em rápida evolução (1ª l inha)

Fampridina 4,5 € - 5,0 € 267,1 € 297,1 € - - -

po, 2xdia, todos os cursos da EM com

disfunção da marcha, monoterapia ou

associação

Custo unitário médio 73 € 84 € 76 €

INTENSIDADE DE UTILIZAÇÃOCUSTO/UNITÁRIOMEDICAMENTO

CUSTO/MÊS

OBSERVAÇÕES

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

O gráfico 28 mostra o perfil de utilização dos medicamentos para a esclerose múltipla nos hospitais da ARSLVT. Embora a tipologia dos doentes assistidos em cada local condiciona de forma relevante as linhas terapêuticas seguidas, o grau de utilização do interferão beta 1a, fingolimod e glatirâmero poderão justificar os mais elevados custos unitário médios do tratamento verificados no CHO, CHLO e HFF.

Gráfico 28: Intensidade de utilização dos medicamentos para a esclerose múltipla nos hospitais da ARSLVT em 2014. Dados CHNM 2014

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

5 Monitorização dos Boletins Terapêuticos da CFT da ARSLVT

A elaboração dos boletins terapêuticos é uma atividade desenvolvida pela CFT que resulta das necessidades de intervenção reveladas pelos estudos de prescrição e

dispensa de medicamentos. Os resultados da sua publicação são monitorizados pela CFT, através de indicadores incluídos em dashboards executados em colaboração com

o Núcleo de informática da ARSLVT.

Estas ferramentas informáticas são uteis na avaliação de metas e na adoção de ações corretivas na aplicação das recomendações dos boletins. Esta estratégia insere-se no

plano de qualidade farmacoterapêutica.

5.1 Boletim nº 1/2013 – Trimetazidina

Sumário:

I. A trimetazidina não tem evidência que suporte a sua utilização, (nem tem indicações aprovadas) no tratamento de situações clínicas como vertigens, tonturas,

acufenos, perturbações visuais ou afecções vasculares coreo-retinianas, pelo que, nestes contextos, não se recomenda a prescrição de trimetazidina

II. A trimetazidina tem uma única indicação aprovada: “terapêutica adicional para o tratamento sintomático de doentes com angina de peito estável que não estão

controlados adequadamente, ou são intolerantes às terapêuticas antianginosas de primeira linha.” A prescrição nesta indicação deve considerar o seu valor

terapêutico acrescentado.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

5.1.1 Monitorização

Gráfico 29: Evolução mensal do número de embalagens de trimetazidina (faturação) nos CSP da ARSLVT, em 2014.

5.2 Boletim nº 2/2013 – Medicamentos de Utilização Clínica Não Recomendada

Sumário:

O Prontuário Terapêutico não recomenda a utilização clínica dos medicamentos:

I. Idebenona II. Citicolina

III. Ginkgo Biloba IV. Nicergolina V. Vinpocetina

VI. Aceglumato de Deanol + Heptaminol VII. Deanol + Gluco-Heptonato de Cálcio + Lisina,

VIII. Deanol + Glicerofosfato de Magnésio + Hesperidina,

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

IX. Deanol + Ácido Ascorbico + Para-Aminobenzoato de Magnésio, X. Piracetam + Vincamina

XI. Piritinol XII. Sulbutiamina

5.2.1 Monitorização

Gráfico 30: Evolução mensal do número de embalagens de citicolina, idebenona e ginkgo biloba (faturação) nos CSP da ARSLVT.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

5.3 Boletim nº 3/2013 – Recomendações para a Terapêutica Farmacológica da Hiperglicémia na Diabetes Mellitus tipo 2

Sumário:

Tratamento de primeira linha:

I. A metformina em monoterapia é recomendada para a primeira linha da terapêutica oral da diabetes mellitus tipo 2 associada às medidas não

farmacológicas (dieta + exercício físico) (Grau de recomendação A; Nível de evidência I).

II. A adição de fármacos adicionais de segunda linha só deve ser feita após otimização de medidas não farmacológicas (dieta + exercício físico) e da otimização

da terapêutica com metformina até à dose de pelo menos 2000 mg/dia, ou dose máxima tolerada (Grau de recomendação A; Nível de evidência

III. No caso de intolerância documentada à metformina, e impeditiva da sua utilização, a opção deve ser a sulfonilureia (SU). No caso de intolerância à SU, a

opção recai no inibidor da alfa glucosidase.

IV. No caso de início inaugural da diabetes com hiperglicémia marcadamente sintomática e/ou com glicemias elevadas (300-350 mg/dl) ou HbA1c elevada

(>10%), iniciar terapêutica com insulina (eventualmente em associação com antidiabéticos orais), e depois da melhoria, reduzir a insulina parcial ou

totalmente e continuar com os antidiabéticos orais.

Tratamento de segunda linha:

V. Na escolha da terapêutica em adição à metformina podem ser equacionados agentes orais ou insulina, de acordo com a eficácia, a segurança e o custo

(Grau de recomendação A; Nível de evidência I), mas a opção recomendada deve ser com antidiabéticos orais

VI. Na seleção da terapêutica oral para a segunda linha a escolha preferencial deve ser com SU por ser presentemente a estratégia de terapêutica oral com

evidência clínica de benefício em outcomes microvasculares (retinopatia e nefropatia) (Grau de recomendação A; Nível de evidência I).

VII. Na seleção da SU, a opção, fundamentada em dados de eficácia e segurança, deve ser pela gliclazida (Grau de recomendação B; Nível de evidência2). Em

alternativa, pode equacionar-se a glimepirida (Grau de recomendação B; Nível de evidência2) A gliclazida é a SU com menor risco de hipoglicémia

VIII. Dada a presente inexistência de evidência de benefício clínico em variáveis macro ou microvasculares com outros antidiabéticos orais, a utilização de outros

ADO que não a SU só deve ser equacionado se o risco de hipoglicémia estiver devidamente documentado (Grau de recomendação C; Nível de evidência3).

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

IX. No caso de intolerância às SU, por história documentada de hipoglicémias graves ou clinicamente relevantes:

a. Se o objetivo é uma descida de HbA1c <1%: considerar a associação com inibidor da alfa glucosidase, glinida, inibidor da DPP4, ou pioglitazona (em

especial se existe marcada resistência à ação da insulina).

b. Se o objetivo é uma descida de HbA1c > 1%: considerar a associação com insulina.

Tratamento de terceira linha:

X. No caso de controlo metabólico inadequado com metformina + SU:

a. Se o objetivo é uma descida de HbA1c < 1%: associar inibidor da alfa glucosidase, inibidor da DPP4 ou pioglitazona

b. Se o objetivo é uma descida de HbA1c > 1%: associar insulina à terapêutica com metformina + SU

XI. No caso de controlo metabólico inadequado apesar de terapêutica antidiabética oral dupla ou tripla, deve-se considerar a prescrição de insulina, no início

preferencialmente basal.

a. Na insulinoterapia basal, deve-se preferir a utilização com insulina NPH (preferir ao análogo lento) à noite, e continuar com a terapêutica

antidiabética oral (metformina, SU, glinida, acarbose, glitazona ou iDDP4) em curso, com reajuste da posologia e / ou dos fármacos (por ex., rever a

continuidade da terapêutica com SU) se ocorrer hipoglicemia.

XII. Se a opção for por insulinoterapia com prémistura (ou insulina basal mais bólus):

a. continuar com metformina;

b. continuar com a pioglitazona se a pessoa com diabetes teve antes uma boa resposta glicémica a esta terapêutica e esta não tiver causado efeitos

adversos (por ex. sinais de insuficiência cardíaca).

c. suspender os secretagogos da insulina: SU, glinidas, iDDP4. (Devem-se suspender os secretagogos com regimes complexos para além da insulina

basal)

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

5.3.1 Monitorização

Gráfico 31:Evolução mensal do número de embalagens de antidiabéticos orais e liraglutido (faturação) nos CSP da ARSLVT, em 2014.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

5.4 Boletim nº 4/2013 – Antagonistas dos Recetores dos Leucotrienos: Montelucaste e Zafirlucaste

Sumário:

I. O montelucaste (ex: Singulair®) e o zafirlucaste (ex: Accolate®) são medicamentos autorizados na asma brônquica e na asma no contexto do exercício físico, não

estando indicados na primeira linha.

II. O montelucaste e o zafirlucaste são medicamentos indicados, em primeira linha, na asma induzida por ácido acetilsalicílico (ex: Aspirina®) ou anti-inflamatórios não

esteróides (AINES).

III. O montelucaste e o zafirlucaste não são medicamentos indicados na tosse de qualquer etiologia, na rinite alérgica sazonal ou perene e nos “status” pós infeções

virais.

5.4.1 Monitorização

Gráfico 32: Evolução mensal do número de embalagens de montelucaste (faturação) nos CSP da ARSLVT, em 2014.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

5.5 Boletim nº 5/2013 – Anticoagulantes Orais: Recomendações para a Prevenção de Tromboembolismo na Fibrilhação Auricular

Sumário:

I. A anticoagulação deve ser iniciada em doentes com CHADS2 ≥ 2, ou com CHA2DS2VASc ≥ 2.

I. Os AVK devem continuar a ser a terapêutica anticoagulante de referência; os NACO constituem uma terapêutica de alternativa.

Situações em que os AVK são recomendados em primeira linha:

II. Doentes em tratamento com AVK e com controlo adequado do INR: recomenda-se que os doentes continuem com AVK

III. Novos doentes com indicação para iniciarem anticoagulação: recomenda-se que se inicie tratamento com AVK; o tratamento deve continuar com AVK durante

pelo menos 6 meses até se verificar um controlo adequado

Situações particulares onde pode ser equacionado a utilização dos NACO:

IV. Contraindicação específica para o uso de acenocumarol ou varfarina

V. Doentes com antecedentes de hemorragia intracraniana

VI. Doentes com antecedentes de AVC isquémico e critérios clínicos de neuroimagiologia de risco elevado para hemorragia intracraniana, definido por um score de

HAS-BLED ≥3 e pelo menos um dos seguintes critérios: leucariose grau III-IV e/ou microhemorragias corticais múltiplas

VII. Doentes em tratamento com AVK que sofrem tromboembolismo arterial grave apesar de um bom controlo com INR

VIII. Doentes que iniciam terapêutica com AVK e que não é possível ter um controlo adequado do INR (entre 2 e 3), apesar de uma boa adesão à terapêutica.

IX. Considera-se haver um controlo inadequado com INR quando a percentagem de valores de INR no intervalo terapêutico seja inferior a 60% num intervalo de

tempo de 6 meses; neste intervalo de tempo não se considera o tempo do primeiro mês de tratamento, que corresponde ao período de ajuste de dose.

Situações particulares onde não é possível utilizar anticoagulantes orais:

X. Recomenda-se a antiagregação dupla com ácido acetilsalicílico e clopidogrel.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

5.5.1 Monitorização

A CFT detetou uma tendência para o abandono da terapêutica com dabigatrano etexilato após a dispensa da terceira receita, em número significativo de doentes.

Deixamos à consideração do prescritor na ARSLVT, o seguinte;

Primeiro: boa parte da população com fibrilhação auricular e com critérios CHA2Ds-VASc para anticoagulação oral e para prescrição de varfarina não está medicada.

Dados de monitorização.

Segundo: acentuar/desenvolver a sensibilidade do prescritor ao atributo “preço”, que o doente valoriza acima do atributo “comodidade de administração”. Secundado

pelos dados preliminares do estudo que estamos a desenvolver com dados de doentes da ARSLVT.

Gráfico 33: Evolução mensal do número de embalagens de anticoagulantesorais (faturação) nos CSP da ARSLVT, em 2014.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

5.6 Boletim nº 1/2014 – DOR NEUROPÁTICA: Pregabalina ou Gabapentina no tratamento da Dor Neuropática?

Sumário:

I. Na polineuropatia diabética e na nevralgia pós-herpética, se a escolha recair sobre um gabapentinóide, deve ser utilizada preferencialmente a gabapentina devido à

melhor relação custo-efetividade.

II. Nas radiculopatias crónicas, neuropatias pós-traumáticas e neuropatias pós-cirurgia, a evidência quando existente, não favorece a utilização de gabapentinóides.

III. Nas neuropatias relacionada com VIH e nas neuropatias relacionadas com a quimioterapia não existe evidência que suporte a utilização de gabapentinóides.

IV. Nas neuropatias centrais de etiologia medular a evidência favorece a utilização de pregabalina. Não existem estudos com gabapentina.

Na neuropatia central pós acidente vascular cerebral, cuja incidência é no entanto reduzida, não existem ensaios que suportem a utilização de pregabalina. A ser

equacionada a utilização de pregabalina, não deve deixar de se considerar a possibilidade de potencial de abuso.

V. Na nevralgia do trigémeo não existe evidência que suporte o uso de gabapentinóides. Considerar a utilização preferencial de carbamazepina.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

5.6.1 Monitorização

Gráfico 34: Evolução mensal do número de embalagens de pregabalina (faturação) nos CSP da ARSLVT, em 2014.

5.7 Boletim nº 2/2014 – Redução Do Risco Cardiovascular Aterosclerótico: Utilização Das Estatinas

Sumário:

I. As estatinas constituem a única terapêutica farmacológica antidislipidémica que demonstrou, com evidência robusta, reduzir o risco de doença

cardiovascular ateroesclerótica (DCVAS), quer na prevenção primária, quer na prevenção secundária.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

II. O critério de selecção da estatina e respetiva dose deve ter em consideração a redução dos níveis de c-LDL adequados ao grau de risco CV avaliado, e o

menor custo para igual eficácia. A evidência publicada sobre a eficácia e segurança das diversas estatinas sugere que quando estes fármacos são

administrados em doses equipotentes/equiefectivas, não se verificam diferenças relevantes nos resultados clínicos.

III. Em pessoas com risco cardiovascular (CV) baixo (SCORE <1%) ou moderado (SCORE ≥1% a <5%), que não alcancem os objetivos terapêuticos com

intervenções no estilo de vida, deverá optar-se por uma estatina de baixa a moderada intensidade - Sinvastatina de 10mg, 20mg ou 40mg ou Atorvastatina

de 10mg ou 20mg.

IV. Se o risco CV for alto - pessoa com SCORE ≥ 5% a <10%, com dislipidemia familiar aterogénica ou com hipertensão de grau 3 (≥180 e/ou ≥110 mmHg) -, as

estatinas a selecionar deverão ser as mais potentes de entre as de moderada intensidade - Sinvastatina de 40mg ou Atorvastatina de 20mg.

V. Se o risco CV for muito alto - pessoa com doença CV clinicamente evidente, diabetes tipo 2 ou tipo 1 com um ou mais fatores de risco CV e/ou lesão de orgão-

alvo, doença renal crónica grave (TFG < 30 ml/min/1.73 m2) ou um nível de SCORE ≥ 10% -, deve seleccionar-se uma estatina de alta intensidade, que atinja

uma redução igual ou superior a 50% do c-LDL.1 - Atorvastatina de 40 ou 80mg.

VI. À data desta avaliação, as estatinas identificadas como sendo as alternativas com melhor relação custoefetividade são:

- No grupo de intensidade baixa, a sinvastatina de 10mg;

- No grupo de intensidade moderada, a sinvastatina de 20 ou 40mg e a atorvastatina de 10 ou 20mg;

- No grupo de alta intensidade, a atorvastatina de 40 ou 80mg.

VII. Os outros medicamentos antidislipidémicos, onde se incluem ezetimiba, resinas permutadoras de iões, fibratos, ácido nicotínico e ésteres etílicos de ácido

ómega-3, não demonstraram, à data, de forma consistente, os benefícios cardiovasculares, não devendo ser utilizados por rotina.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

5.7.1 Monitorização

Gráfico 35: Evolução mensal do número de embalagens de estatinas (faturação) nos CSP da ARSLVT, em 2014.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

6 Monitorização da Dispensa de Medicamentos pelas Farmácias Comunitárias

Análise estatística da distribuição dos medicamentos dispensados e faturados em farmácias comunitárias da Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo no período de janeiro

a dezembro de 2014.

A distribuição das farmácias pelo mercado de medicamentos faturados (marcas comerciais e genéricos) em intervalo de valores (PVP/EMB).

Fonte: NEP Gráfico 36: Nº de farmácias por intervalo de valores de PVP/EMB de medicamentos de marca e de medicamentos genéricos dispensados nas farmácias comunitárias, na ARSLVT, entre janeiro e dezembro de 2014.

Marca Comercial Genéricos

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

O universo de farmácias que regista um maior afastamento (superior ou inferior) em relação à média do PVP/EMB, 12,33€, na ARSLVT em 2014, no mercado global

(genéricos + marca comercial) é a seguinte:

São 24 as farmácias que registam um afastamento do PVP/EMB do valor 12,33€ (média) entre -4,09 e -2,03 (raiz quadrada da diferença entre o PVP/EMB e a

média do PVP/EMB). Destas, 12 são do distrito de Lisboa, 9 do distrito de Santarém e 3 do distrito de Setúbal.

As farmácias com mais elevado PVP/EMB, entre 8,91 e 2,01 (raiz quadrada da diferença entre o PVP/EMB e a média do PVP/EMB), são 19 sendo 12 do distrito de

Lisboa, 5 do distrito de Santarém e 2 do distrito de Setúbal.

Os medicamentos faturados em volume, em valor e em PVP/EMB, assim como a proporção em volume e valor de genéricos, foi em síntese a seguinte2:

2 Nota: Os valores de proporção de genéricos na Região de Saúde, são inferiores aos reportados pelo INFARMED, porque a quota de mercado, tem outra metodologia de cálculo, e estão definidos em valor SNS e

não PVP, como os dados reportados neste relatório.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

7 Monitorização das Exceções de Prescrição de Medicamentos por DCI (Portaria nº 137-

A/2012 de 11 de maio)

As três situações em que a lei prevê que a prescrição por DCI pode ser acrescida de denominação comercial, são:

- Alínea a) - Margem ou índice terapêutico estreito (esta justificação está limitada ao conjunto de medicamentos previamente identificados pelo INFARMED)

- Alínea b) – Reação adversa (apenas se aplica a reação adversa reportada ao INFARMED e registada no processo clínico do doente. Uma reação adversa a um doente

determinado.)

-Alínea c) – Continuidade do tratamento superior a 28 dias (devendo estar registado no processo clínico do doente o tipo e duração do tratamento)

A Comissão de Farmácia e Terapêutica adoptou um procedimento operativo normalizado para a gestão das diversas alíneas de excepção. Ele consiste no modelo de monitorização mensal das regras de excepção através de uma aplicação destinada a gerir as excepções à prescrição por DCI dos médicos da ARSLVT, independentemente dos contextos de prescrição. São referenciadas ao INFARMED as listas de excepções que alegavam reacções adversas para confirmação de prévia notificação pelo profissional de Saúde. Por último é enviada aos prescritores que alegaram excepções, informação escrita, por via electrónica. Os médicos ao tomarem conhecimento da informação da CFT têm-nos reportado, em síntese e por ordem de relevância numérica, o seguinte: - Erro inusitado;

- Problemas informáticos na atribuição errada da alínea de excepcionalidade;

- Critérios de opinião sobre a qualidade dos medicamentos genéricos;

- Preferência expressa pelo doente na escolha do medicamento de marca;

- Direito à liberdade de prescrição, que consideram indissociável do acto médico.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

7.1 Dados Relativos às Exceções Técnicas

Os dados relativos à monitorização das excepções estão resumidos no gráfico 21.

Gráfico 37: Evolução mensal do número de excepções à prescrição por DCI, por alínea, na ARSLVT, e percentagem da excepções no total de embalagens faturadas por mês.

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

8 Inovação Terapêutica (DL nº 48-A/2010, artigo 4º, alínea a) em 2011, 2012 e 2013 na

ARSLVT em Medicamentos Comparticipados para o Ambulatório (DL nº 48-A/2010, artigo 4º, alíneas a, d)

A Comissão de Farmácia e Terapêutica considera inovação terapêutica, no domínio do medicamento, a redação do artigo 4º na alínea a, Decreto de Lei nº 48-A/2010, ou

seja, “medicamentos contendo novas substâncias ativas com um mecanismo de acção farmacológica inovador, que venham preencher uma lacuna terapêutica definida por

uma maior eficácia e ou tolerância que tratamentos alternativos já existentes”.

O intervalo temporal que estabelecemos para considerar um medicamento como inovador foi de três anos, considerado a partir da data do deferimento da

comparticipação pelo INFARMED.

Fármacos comparticipados (ambulatório) – “inovadores”: 2012 / 2013 / 2014

2014: Apixabano; Dabigatrano 150 mg; Rivaroxabano 15 e 20 mg; boceprevir; dapagliflozina; exenatido; Linaclotida; Liraglutido; Moxifloxacina (colírio); Mebutato de

ingenol; retigabina; Ulipristal

2013: Deferasirox; Degarrelix; Sapropterina; Tacrolimus pomada; Tapentadol; ticagrelor

2012: Tacrolimus (hospitalar)

Fármacos avaliação prévia (hospitalares) – “inovadores”: 2012 / 2013 / 2014

2014: Acetonido de fluocinolona (7/); Aflibercept (8/); axitinib (3/); Belimumab (5/); Bendamustina (8/); Bosutinib (12/); Cabazitaxel (6/); Carboximaltose férrica (11/);

Citarabina (8/); Colagenase de clostridium histolyticum (9/); Crizotinib (8/); Dexametasona (3/); Dexmedetomidina (8/); Epoprostenol (7); Fampridina (8/); Gefitinib (2/);

Ipilimumab (2/); Ocriplasmina (12/); panitumumab (1/); Vemurafenib (7/)

2013: Bivalirudina (5/); Eltrombopag (7); Imunoglobina Antilinfócitos (Coelho) (3/); Nilotinib (8/); sunitinib (2/)

2012: Colagenase de clostridium histolyticum (9/); Denosumab (11/); Fibrinogénio humano + Trombina humana (7); Fingolimod (3/); Micafungina (12/); panitumumab (1/);

tafamidis (5/); Protóxido de Azoto + Oxigénio (11/).

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

Tabela 36: Resumo em valor (PVP) do impacto da inovação em medicamentos (alínea a), no ambulatório externo na ARSLVT nos anos 2012-2013-2014.

DESPESA TOTAL (PVP, €) DESPESA INOVADORES (PVP, €) PROPORÇÃO INOVADORES/TOTAL (%)

TIPO INST. PRESCRIÇÃO 2014 2013 2012 2014 2013 2012 2014 2013 2012

CENTROS SAUDE 319.621.015 333.455.522 356.287.794 5.727.842 3.227.160 1.336.785 1,8% 1,0% 0,4%

MÉDICOS NO EXERCÍCIO PRIVADO 202.854.256 188.300.435 158.537.342 6.194.853 3.129.697 1.439.598 3,1% 1,7% 0,9%

HOSPITAIS 122.112.304 117.665.894 119.215.883 3.647.533 1.545.032 865.997 3,0% 1,3% 0,7%

IPSS - SOLIDARIEDADE SOCIAL 23.695.550 21.556.655 17.583.965 616.290 215.459 87.761 2,6% 1,0% 0,5%

SAMS - ASSISTÊNCIA MÉDICO-SOCIAL 7.579.398 7.201.904 7.102.034 256.774 139.795 68.351 3,4% 1,9% 1,0%

POSTO EMPRESA 5.854.400 5.803.144 5.698.602 109.996 56.727 26.661 1,9% 1,0% 0,5%

INSTITUTOS/SERVIÇOS MINISTÉRIO SAÚDE 2.154.422 1.831.697 1.519.674 10.137 2.292 279 0,5% 0,1% 0,0%

CENTROS APOIO À TOXICODEPENDENCIA 1.564.998 1.474.626 1.535.130 253 394 0,0% 0,0% 0,0%

SERVIÇOS PRISIONAIS 447.290 418.251 429.272 1.629 1.334 357 0,4% 0,3% 0,1%

HOSPITAIS PRIVADOS 181.959 149.164 97.380 10.064 5.217 3.299 5,5% 3,5% 3,4%

OUTROS 133.938 128.940 308.201 2.119 1.830 803 1,6% 1,4% 0,3%

MÉDICOS CONTRATADOS 115.849 105.842 2.648 1.183 664 1,0% 0,6% 0,0%

CENTROS HEMODIÁLISE 2.104 1.459 7.413 0,0% 0,0% 0,0%

UNIDADE CUIDADOS CONTINUADOS 51 242 354 0,0% 0,0% 0,0%

Total ARSLVT 686.317.534 678.093.775 668.325.693 16.578.673 8.325.601 3.829.890 2,4% 1,2% 0,6%

Eliminado: 30

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

9 Conclusão

A atividade de acompanhamento e monitorização da prescrição, dispensa e utilização de medicamentos, desempenhada pela Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) da

ARSLVT é extremamente relevante, uma vez que permite identificar áreas passíveis de intervenção, por forma a racionalizar a utilização dos medicamentos. É preocupação

da CFT que os utentes tenham acesso à terapêutica mais custo-efetiva, viabilizando a sustentabilidade do SNS.

Os diferentes tipos de cuidados de saúde (cuidados primários, hospitalares e privados) influenciam-se e interagem entre si, pelo que deve ser realizada uma análise

integrada da prescrição de medicamentos do SNS.

Após analisar qualitativamente os medicamentos no top 50, no ano 2013, em valor de PVP, foram identificadas oportunidades de melhorias dos padrões de prescrição.

A análise do consumo de medicamentos, nos diversos contextos de prestação de Cuidados de Saúde na ARSLVT, permitiu identificar dentro de determinado contexto onde

é necessário intervir.

Assim, são propostas de atuação da CFT a curto e médio prazo:

I. Desenvolver uma Rede de Racionalidade Terapêutica na ARSLVT, já apresentada para o triénio 2014-2016, no Plano Regional de saúde.

II. Desenvolver aptidões em racionalidade terapêutica dos profissionais de saúde, ministrando cursos sobre farmacoterapia. Os primeiros módulos a decorrer em maio

de 2014.

III. Criar a plataforma de partilha das CFT’s e promover a dinamização do grupo de trabalho que congrega as CFT dos hospitais da área de abrangência da ARSLVT.

IV. Aprofundar o estudo da prescrição de alguns fármacos:

a. Antihipertensores;

b. Ansiolíticos e Hipnóticos;

c. Antidepressivos;

d. Inibidores da bomba de protões.

V. Monitorizar as estratégias já implementadas, com vista a racionalizar a prescrição:

a. De substâncias ativas sem interesse terapêutico: trimetazidina, idebenona, citicolina, ginkgo biloba, entre outras;

b. Antidiabéticos orais;

c. Antagonistas dos receptores dos antileucotrienos;

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MEDICAMENTOS – EVOLUÇÃO DA PRESCRIÇÃO, DISPENSA E UTILIZAÇÃO

RELATÓRIO ANUAL 2014

d. Anticoagulantes orais;

e. Gabapentinóides

VI. Disponibilizar dashboards aos CSP para monitorização dos boletins terapêuticos publicados pela CFT da ARSLVT.

VII. Monitorizar os resultados de indicadores intermédios e finais de saúde na população da ARSLVT, nomeadamente:

a. Controlo adequado da glicémia na população diabética versus padrão de consumo de medicamentos para controlo da glicémia;

b. Controlo adequado da população com fibrilação auricular versus padrão de consumo de anticoagulantes orais.

VIII. Dar continuidade à divulgação de informação, sobre evidência científica, publicada recentemente sobre os antidiabéticos orais, anticoagulante orais e

gabapentinóides;

IX. Estimar o impacto orçamental da inovação terapêutica e dos custos estimados de oportunidade na área de influência da ARSLVT.

X. Promover a disseminação de informação, recente, sobre segurança de medicamentos no mercado, nomeadamente: olmesartan medoximilo, alogliptina e

saxagliptina, ranelato de estrôncio e novos anticoagulantes orais.