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ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DE LISBOA E VALE DO TEJO Medicamentos Evolução da Prescrição, Dispensa e Utilização Relatório do Ano 2012 Comissão de Farmácia e Terapêutica da ARSLVT Junho de 2013

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ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DE LISBOA E VALE DO TEJO

Medicamentos Evolução da Prescrição, Dispensa e Utilização

Relatório do Ano 2012

Comissão de Farmácia e Terapêutica da ARSLVT

Junho de 2013

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1

Siglas

ACSS- Administração Central do Sistema de Saúde

ARSLVT- Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo

BCE- Banco Central Europeu

DCI- Denominação Comum Internacional

EMB- Embalagens

EU- União Europeia

FMI- Fundo Monetário Internacional

GFT- Grupo Farmaco-terapêutico

IPSS - Instituições Privadas de Solidariedade Social

ISRS- Inibidor seletivo da recaptação de serotonina

MCDT- Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

MoU- Memorandum of Understanding (Memorando de Entendimento sobre as

Condicionalidades de Política Económica)

NI- Núcleo de Informática

PVP- Preço de Venda ao Público

SAMS - Serviços de Assistência Médico-Social

SICA- Sistema de Informação para Contratualização e Acompanhamento

SNS- Serviço Nacional de Saúde

SPMS- Serviços Partilhados do Ministério da Saúde

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2

Índice

SIGLAS ................................................................................................................................................................... 1

SUMÁRIO EXECUTIVO ............................................................................................................................................ 5

3.1. MEDICAMENTOS FATURADOS EM REGIME DE AMBULATÓRIO NA ARSLVT .............................................................. 5

3.1.2. ANÁLISE GLOBAL DO CONSUMO DE MEDICAMENTOS FATURADOS EM REGIME DE AMBULATÓRIO NA ARSLVT ............. 5

3.1.6. ANÁLISE DO CONSUMO DE MEDICAMENTOS NOS DIVERSOS CONTEXTOS DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE NA

ARSLVT 6

3.1.6.1. ANÁLISE DOS MEDICAMENTOS FATURADOS NOS ACES................................................................................... 7

3.1.6.2. ANÁLISE DOS MEDICAMENTOS FATURADOS PELOS MÉDICOS NO EXERCÍCIO PRIVADO ............................................. 8

3.1.6.3. ANÁLISE DO CONSUMO DE MEDICAMENTOS NO AMBULATÓRIO EXTERNO DOS HOSPITAIS ......................................... 9

3.2. ANÁLISE DOS MEDICAMENTOS DISPENSADOS PELOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS HOSPITALARES A DOENTES EM REGIME DE

AMBULATÓRIO ..................................................................................................................................................... 10

PROPOSTAS DE ATUAÇÃO DA CFT CURTO / MÉDIO PRAZO: ................................................................................. 11

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 12

2. METODOLOGIA ........................................................................................................................................... 13

2.1. LIMITAÇÕES DA METODOLOGIA ............................................................................................................. 15

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................................................... 16

3.1. MEDICAMENTOS FATURADOS EM REGIME DE AMBULATÓRIO NA ARSLVT............................................................... 16

3.1.1. Posicionamento da ARSLVT a nível nacional ............................................................................... 16

3.1.2. Análise global do Consumo de Medicamentos Faturados em Regime de Ambulatório na ARSLVT 16

3.1.3. Análise Desagregada por Medicamentos Genéricos e Medicamentos Não Genéricos .................. 17

3.1.4. Análise desagregada por Grupo Fármaco-terapêutico (GFT) ....................................................... 18

3.1.5. Análise Desagregada por Substância Activa (DCI) ....................................................................... 20

3.1.6. Análise do Consumo de Medicamentos nos Diversos Contextos de Prestação de Cuidados de Saúde

na ARSLVT 27

3.1.6.1. Análise dos Medicamentos faturados nos ACES .......................................................................... 28

Análise Desagregada nos ACES por Substância Activa (DCI) em Volume, Valor e Indicador Custo Médio em PVP

por Embalagem ........................................................................................................................................... 31

3.1.6.2. Análise dos Medicamentos Faturados pelos Médicos no Exercício Privado .................................. 37

3.1.6.3. Análise do Consumo de Medicamentos no Ambulatório Externo dos Hospitais na ARSLVT ........... 41

3.2. MEDICAMENTOS DISPENSADOS PELOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS HOSPITALARES A DOENTES EM REGIME DE AMBULATÓRIO NA

ARSLVT 45

4. CONCLUSÃO ............................................................................................................................................... 45

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3

Indíce de Gráficos

Gráfico 1: Valores faturados de medicamentos em SNS e PVP na ARSLVT em período homólogo ............................ 17

Gráfico 2: Valores faturados em PVP por GFT em período homólogo e respetiva variação homóloga ...................... 18

Gráfico 3: Volume (embalagens) por GFT em período homólogo e respetiva variação homóloga ............................ 19

Gráfico 4: Custo Médio em PVP por embalagem por GFT e respetiva variação em período homólogo ..................... 20

Gráfico 5: Valores faturados PVP de medicamentos e variação PVP por ACES da ARSLVT em período homólogo ..... 28

Gráfico 6: Volume de embalagens faturadas por ACES da ARSLVT no período homólogo e respetiva variação ......... 28

Gráfico 7: Indicador do Custo Médio por embalagem nos ACES da ARSLVT e variação do custo médio em período

homólogo ............................................................................................................................................................. 29

Gráfico 8: Valores faturados (PVP) e variação PVP de medicamentos genéricos e não genéricos por ACES da ARSLVT

em período homólogo .......................................................................................................................................... 29

Gráfico 9: Volume de embalagens e variação de medicamentos genéricos e não genéricos por ACES da ARSLVT em

período homólogo ................................................................................................................................................ 30

Gráfico 10: Custo médio em PVP por embalagem de medicamentos genéricos e não genéricos por ACES da ARSLVT

em período homólogo .......................................................................................................................................... 30

Gráfico 11: Custo médio em PVP por utilizador e Custo médio em PVP por consulta por ACES da ARSLVT em período

homólogo ............................................................................................................................................................. 31

Gráfico 12: Top de volume de embalagens nos médicos em exercício privado ........................................................ 40

Gráfico 13: Valores, em SNS e PVP, e respectivas variações, do Ambulatório Externo dos Centros Hospitalares/

Hospitais da ARSLVT, em período homólogo.......................................................................................................... 41

Gráfico 14: Volume faturado, Embalagens, por Centro Hospitalar, em período homólogo. ..................................... 42

Gráfico 15: Custo médio em PVP por embalagem, nos Centros Hospitalares, em período homólogo ....................... 42

Gráfico 16: Valores em PVP dos medicamentos genéricos e não genéricos, no ambulatório externo dos centros

hospitalares, em período homólogo ...................................................................................................................... 43

Gráfico 17: Volume em nº de embalagens dos medicamentos genéricos e não genéricos, no ambulatório externo

dos centros hospitalares, em período homólogo ................................................................................................... 43

Gráfico 18: Evolução dos encargos com medicamentos no ambulatório interno dos hospitais da área de influência

da ARSLVT, no ano de 2011 face ao ano de 2012. .................................................................................................. 45

Gráfico 19: Encargo com medicamentos de distribuição no ambulatório hospitalar na ARSLVT, no ano de 2012 ..... 46

Gráfico 20: Número de doentes utilizadores de medicamentos por patologia na ARSLVT, no ano de 2012 .............. 46

Gráfico 21: Custo mensal médio em medicamentos por patologia e por doente na ARSLVT, no ano de 2012. ......... 47

Gráfico 22: Variação do custo mensal em medicamentos por patologia e por doente na ARSLVT - 2012 face a 2011 48

Gráfico 23: Encargos com medicamentos por hospital na ARSLVT, durante o ano de 2012...................................... 48

Gráfico 24: Variação dos encargos em medicamentos e número de doentes por hospital na ARSLVT - 2012 face a

2011. .................................................................................................................................................................... 49

Gráfico 25: Custo médio mensal por doente e por hospital para a infecção VIH/SIDA na ARSLVT, no ano de 2012 ... 49

Gráfico 26: Custo médio mensal por doente e por hospital para a patologia Oncológica na ARSLVT, no ano de 2012

............................................................................................................................................................................ 50

Gráfico 27: Custo médio mensal por doente e por hospital para a Artrite Reumatóide na ARSLVT, no ano de 2012. 51

Gráfico 28: Custo médio mensal por doente e por hospital para a Esclerose Múltipla na ARSLVT, no ano de 2012. .. 51

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4

Indíce de Tabelas

Tabela 1: Análise desagregada do mercado do SNS em Ambulatório (encargos do SNS com medicamentos vendidos

nas farmácias comunitárias), em período homólogo. ............................................................................................. 16

Tabela 2: Valor faturado PVP, nº de embalagens de medicamentos faturadas, e Custo Médio em PVP por

embalagem na ARSLV e respetivas variações, em período homólogo. .................................................................... 17

Tabela 3: Medicamentos Genéricos e Não Genéricos na ARSLVT em Valores Facturados (SNS e PVP), em Volume

(número de embalagens) e Custo Médio em PVP/Embalagem, no período homólogo. ........................................... 18

Tabela 4: Distribuição em Volume (Embalagens) do mercado do Medicamento em Ambulatório, por DCI no ano de

2012..................................................................................................................................................................... 21

Tabela 5: Distribuição em Valor (PVP-Euros) do mercado do Medicamento em Ambulatório, por DCI no ano de 2012

............................................................................................................................................................................ 23

Tabela 6: Distribuição em Valor (SNS-Euros) do medicamento em Ambulatório, por DCI no ano de 2012 ................ 24

Tabela 7: Distribuição em Valor (PVP-Euros) do mercado de Medicamentos em Ambulatório, por Marca Comercial

no ano de 2012 .................................................................................................................................................... 25

Tabela 8: Distribuição em Valor (SNS-Euros) do mercado de Medicamentos em Ambulatório, por Marca Comercial

no ano de 2012 .................................................................................................................................................... 26

Tabela 9: Volume (embalagens), valor (SNS e PVP) e indicador PVP/Emb para 2012 e respetivas variações homólogas

para os diferentes contextos de prestação de cuidados de saúde na ARSLVT.......................................................... 27

Tabela 10: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Lisboa Norte,

para o ano de 2012 ............................................................................................................................................... 32

Tabela 11: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Lisboa Central,

para o ano de 2012 ............................................................................................................................................... 32

Tabela 12: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Lisboa Ocidental

e Oeiras, para o ano de 2012 ................................................................................................................................ 32

Tabela 13: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Cascais, para o

ano de 2012 ......................................................................................................................................................... 33

Tabela 14: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Amadora, para o

ano de 2012 ......................................................................................................................................................... 33

Tabela 15: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Sintra, para o

ano de 2012 ......................................................................................................................................................... 33

Tabela 16: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Loures-Odivelas,

para o ano de 2012 ............................................................................................................................................... 34

Tabela 17: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Estuário do Tejo,

para o ano de 2012 ............................................................................................................................................... 34

Tabela 18: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Almada-Seixal,

para o ano de 2012 ............................................................................................................................................... 34

Tabela 19: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Arco Ribeirinho,

para o ano de 2012 ............................................................................................................................................... 35

Tabela 20: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Arrábida, para o

ano de 2012 ......................................................................................................................................................... 35

Tabela 21: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Oeste Norte,

para o ano de 2012 ............................................................................................................................................... 35

Tabela 22: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Oeste Sul, para o

ano de 2012 ......................................................................................................................................................... 36

Tabela 23: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Médio Tejo, para

o ano de 2012 ...................................................................................................................................................... 36

Tabela 24: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Lezíria, para o

ano de 2012 ......................................................................................................................................................... 36

Tabela 25: Ranking 50 de DCI prescrito pelos médicos no exercício privado ordenados por EMB e por valor PVP .... 39

Tabela 26: Ranking 25 de DCI prescrito pelo ambulatório externo dos hospitais por valor PVP e por EMB ............... 44

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Sumário Executivo

3.1. Medicamentos Faturados em Regime de Ambulatório na ARSLVT

3.1.2. Análise global do Consumo de Medicamentos Faturados em

Regime de Ambulatório na ARSLVT

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi responsável, no ano de 2012, por cerca de 404

milhões de euros (34,4%) dos encargos com medicamentos no SNS, seguida da região

Norte, com 30,8% e da região Centro com 26,1%.

A evolução da despesa na região é semelhante à média nacional (-12% e -11,4%,

respetivamente).

Os encargos do SNS sobre os medicamentos faturados em regime de ambulatório na

ARSLVT diminuíram 12,7% (-14,56% em valor PVP), para valores próximos dos 420 milhões

de euros, face o período homólogo, e verificou-se uma diminuição no número de

embalagens dispensadas (-1,3%). Houve uma diminuição (-13,4%) do custo médio em PVP

por embalagem, para os 13,45€.

Face ao exposto, conclui-se que os encargos com medicamentos diminuíram para o

cidadão (custo PVP) e para o SNS.

No período em análise verificou-se um aumento na quota dos medicamentos genéricos de 30,2% em 2011 para 35,5% em 2012, a que corresponde um acréscimo de 2.413.657 embalagens de genéricos.

Tendo registado uma diminuição global em valor PVP e em valor SNS, dos medicamentos genéricos.

Assistiu-se, assim, a uma acentuada quebra no valor de PVP/Embalagem dos medicamentos genéricos, com menos 30% (3,33€), enquanto a descida nos medicamentos não genéricos foi de 5% (0,88€). O custo médio em PVP/EMB no ano 2011 do medicamento genérico foi 11,11€ tendo sido no ano 2012 de 7,77€. O custo médio em PVP/EMB no ano 2011 do medicamento não genérico foi 17,45€ enquanto o mesmo indicador em 2012 apresentou o resultado de 16,57€.

Estes valores refletem uma importante diminuição nos preços dos medicamentos genéricos, não tendo sido acompanhada por idêntica alteração no preço dos medicamentos não genéricos em 2012.

Os grupos farmacoterapêuticos que representaram maior despesa foi o do Aparelho

Cardiovascular, o do Sistema Nervoso Central e o grupo das Hormonas e Medicamentos

Usados no Tratamento das Doenças Endócrinas que no seu conjunto representaram 68%

da despesa a que corresponde, em valor, 520.996.512,43 €.

A variação de faturação em período homólogo foi negativa (-13% e -9%) para os primeiros

dois grupos farmacoterapêuticos e positiva para o grupo das Hormonas e Medicamentos

Usados no Tratamento das Doenças Endócrinas (2%).

O custo médio em PVP por embalagem apresentou os maiores valores no Aparelho Respiratório, com 32,86€, nos Medicamentos Antineoplásicos e Imunomoduladores (27,9€) e nas Hormonas e Medicamentos Usados no Tratamento das Doenças Endócrinas (18,6€).

Em 2012, verificou-se, no entanto, um aumento do preço médio das embalagens das Hormonas e Medicamentos Usados no Tratamento das Doenças Endócrinas (0,7%).

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6

O GFT que sofreu um incremento nos indicadores de volume e de valor neste período foi o grupo do Aparelho Respiratório (variação homóloga de nº de embalagens, 3,44%; variação homóloga no valor PVP, 0,5%).

O perfil de prescrição da ARSLVT por DCI em volume sugere, que a prescrição parece seguir os melhores critérios de custo-efetividade.

A análise por substância ativa revela que a sinvastatina, fármaco reconhecido como a primeira linha de tratamento das dislipidémias, ocupa o primeiro lugar, com 1.235.676 embalagens dispensadas.

De acordo com a evidência disponível e numa ótica de alternativas terapêuticas existem

oportunidades de racionalidade terapêutica de que são exemplos: o esomeprazol, a

rosuvastatina, as associações do antidiabético oral metformina a iDPP-4, as associações de

antihipertensores que incluam os antagonistas dos recetores da angiotensina (ARAs),o

montelucaste, o escitalopram, a quetiapina e a pregabalina, entre outros.

Estima-se que a adoção de estratégias terapêuticas menos onerosas com alternativas terapêuticas poderia representar uma poupança superior a 35 milhões de euros, sem compromisso da qualidade do cuidado prestado e do resultado clínico alcançado.

Dos novos fármacos, recentemente introduzidos no mercado, salientam-se os novos anticoagulantes orais, de tal forma que no ano de 2012 escalonavam no TOP DCI dos 50 mais em valor faturado. Apenas um, destes medicamentos representou em 2012, 0,49% da despesa total em medicamentos faturados na ARSLVT.

3.1.6. Análise do Consumo de Medicamentos nos Diversos Contextos de

Prestação de Cuidados de Saúde na ARSLVT

Em 2012 os ACES são os responsáveis pela maior fatia na despesa com medicamentos

faturados (53,3%), seguindo-se os médicos no exercício privado (21,4%) e os hospitais do

SNS (18,1%).

O encargo com medicamentos (SNS) da ARSLVT diminuiu nos ACES (-13%), nos hospitais do

SNS (-10,2%) e nos médicos no exercício privado (-27,4%). Registaram-se aumentos muito

significativos nos encargos dos Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS) (199,8%), das

IPSS’s (69,7%), dos hospitais privados, (61,2%), dos postos de empresa (80,1%) e dos

Institutos/Serviços do Ministério da Saúde (233,3%).

As subidas registadas apresentam razões distintas, no caso dos SAMS, deve-se à alteração

da imputação da faturação em medicamentos que em 2012 foi alterada no SIARS, sendo

agora mais consonante com a realidade. Nas demais situações aparentemente (análise que

extrapola as funções da CFT da ARSLVT) houve aumento da produção destas instituições o

que conleva a um aumento da faturação em medicamentos.

O número de embalagens faturadas registou uma diminuição de 1,3% para os diferentes

contextos de prescrição na ARSLVT, apenas com diminuições significativas de volume nos

médicos no exercício privado, nos ACES e nos centros de hemodiálise.

Na ARSLVT diminuiu o acesso ao medicamento no ano de 2012.

O custo médio PVP por embalagem apresentou uma redução superior a 13,4%. Refere-se

contudo a tendência para o inverso, nas unidades de cuidados continuados (14,1%),

médicos contratados (21,9%) e centros de hemodiálise (0,8%).

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3.1.6.1. Análise dos Medicamentos faturados nos ACES

Os 15 ACES existentes na ARSLVT representaram, em medicamentos faturados, cerca de

359,57 milhões de euros em PVP.

A análise do consumo de medicamentos nos ACES no ano 2012 demonstrou um

decréscimo no número de embalagens (-0,9%), uma diminuição do valor em PVP (-13,5%)

e uma diminuição do custo PVP por embalagem (-12,7%), face ao período homólogo de

2011.

Em relação à variação do valor PVP, o ACES Oeste Norte obteve a maior descida (-21,6%) e

o ACES Arrábida a menor variação (-9,1%).

Quanto às embalagens faturadas, verifica-se uma diminuição de 0,9%, mas registam-se

alguns aumentos os mais significativos no ACES Cascais (2,9%), ACES Arrábida (2,1%) e no

ACES Loures-Odivelas (1,6%).

O encargo com medicamentos não genéricos foi, neste período, de 274,679.326,57€ (em

PVP) e o encargo com medicamentos genéricos foi de 81.164.128,98€, 22,8% do valor total

em PVP.

No volume da prescrição, verifica-se um aumento da quota de genéricos de 33,3% para os

38,8%, valor que ultrapassa o limite superior da meta indicada no QUAR de 2012 (36% +/-

2%). O ACES Almada-Seixal apresenta o maior rácio de medicamentos genéricos

dispensados face a não genéricos (43,9%) e o ACES Médio Tejo o rácio mais baixo (35,5%).

O número de embalagens de medicamentos genéricos faturados no ano de 2012

aumentou; o ACES Oeste Norte apresenta a maior subida, com 23,9%. No que respeita aos

medicamentos não genéricos, o número de embalagens vendidas no ano de 2012 foi

inferior para todos os ACES; o ACES Oeste Norte apresentou a maior descida, com -17,7%.

O custo médio dos medicamentos genéricos nos ACES da ARSLVT reduziu mais de 30% em

2012 relativamente ao período homólogo. O ACES Arrábida apresentou o maior custo em

PVP por embalagem de genérico, com 8,13€, enquanto o valor mais baixo pertence ao

ACES Almada Seixal, com 7,20€.

Nos medicamentos não genéricos, o custo médio por embalagem teve variações negativas

entre os -2% e -6%, sendo o valor mais alto por embalagem pertencente ao ACES Arrábida

(16,93€) e o mais baixo ao ACES Lisboa Central (15,08€).

Em relação ao custo médio dos medicamentos em PVP por utilizador, o ACES Sintra

apresenta o custo em PVP por utilizador mais baixo (134,11€) e o ACES Médio Tejo o custo

mais elevado (185,95€). Houve dois ACES que obtiveram neste ano um valor superior à

meta referida no QUAR de 2012 que é de 165€ +/- 5€ (Médio Tejo e Lezíria).

Verifica-se uma diminuição generalizada do custo médio dos medicamentos por utilizador

nos ACES, com excepção dos ACES Lisboa Norte (38,5%), ACES Lezíria (22,5%), ACES

Estuário do Tejo (32,2%) e ACES Amadora (40,3%). Destaque para o ACES Almada-Seixal (-

44,3%), que apresenta o maior decréscimo, e para o ACES Oeste Sul (-3,6%), com o menor.

Em relação ao custo médio dos medicamentos em PVP por consulta, o ACES Almada-Seixal

apresenta o custo em PVP por consulta mais baixo (31,74€) e o ACES Médio Tejo o custo

mais elevado (43,35€).

O custo médio PVP/embalagem nos ACES da ARSLVT, em 2012, foi 12,72 euros. O ACES

Almada-Seixal apresentou o custo médio mais baixo (12,2 euros) e o ACES Arrábida o custo

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médio PVP/embalagem mais elevado de 13,72 euros, a variação não é homogénea,

verificando-se diminuições em alguns ACES, como o de Almada-Seixal (-51,4%) e Lisboa

Central (-15,7%), e aumentos noutros, com destaque para o maior aumento no ACES

Lisboa Norte (82,9%) e o menor aumento no ACES Lisboa Ocidental e Oeiras (1,5%).

O perfil de prescrição dos ACES da ARSLVT tem aspetos de concordância com critérios de

custo-efetividade.

No entanto, encontram-se nas listas TOP10 em apreciação, algumas substâncias ativas

com alternativas terapêuticas que apresentam melhor rácio custo-efetividade, tal,

configura potenciais custos de oportunidade, nalguns casos, bastante significativos.

Na análise DCI/ PVP, os medicamentos que constituem maior encargo são a rosuvastatina,

os antidiabéticos orais em associação (a metformina associada a um iDPP-4) ou isolados

(sitagliptina), seguido dos anti-hipertensores em associação (ARAs associado a tíazidas).

3.1.6.2. Análise dos Medicamentos Faturados pelos Médicos no

Exercício Privado

A prescrição de medicamentos pelos Médicos no Exercício Privado representa o segundo

contexto da prestação de cuidados de saúde que gera mais encargos na ARSLVT

(144.465.508,20€ em PVP – 21,4%, 81.926.446,63€ em SNS – 19,5%).

Verificou-se face ao período homólogo um decréscimo, muito significativo: 18,3% no

número de embalagens faturadas, 27,4% nos encargos ao SNS e 26,4% no valor do PVP.

O custo médio em PVP por embalagem diminuiu 9,8% em 2012, para o valor de 14,03€.

A especialidade médica com o valor global faturado (38.630.625,77€ em PVP) mais elevado

é a “Medicina Geral e Familiar”, seguida da Psiquiatria (13.499.629,65€ em PVP) e da

Neurologia.

No Top das especialidades médicas em volume encontra-se em segundo lugar a categoria

“Sem Especialidade Definida”.

As especialidades médicas com valores mais elevados em PVP por embalagem são:

Neurologia (26,28€), Psiquiatria (20,62€), Psiquiatria da Infância e da Adolescência

(19,81€). Seguem-se a Pneumologia (19,33€) e Imuno-Alergologia (17,57€). As

especialidades restantes têm um valor médio de PVP/Emb de 12,50€, contudo, o custo

médio PVP de todas as especialidades listadas é de 14,03€.

A prescrição dos médicos que exercem medicina no privado revela maior prevalência de

medicamentos do sistema nervoso central e uma diminuição da prescrição de fármacos

destinados ao aparelho cardiovascular e ao tratamento da diabetes.

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3.1.6.3. Análise do Consumo de Medicamentos no Ambulatório

Externo dos Hospitais

O ambulatório externo dos hospitais do SNS constitui o terceiro contexto de prestação de

cuidados de saúde com maior relevância na ARSLVT, com 122.165.063,35€ em PVP, 18,1%

do valor total, e variação homóloga -9,5%. Determinando um encargo de 82.272.770,82€

em SNS (variação homóloga -10,2%).

Verificou-se uma variação em valor (PVP e SNS) negativa face ao período homólogo. As

exceções verificaram-se no Hospital de Vila Franca de Xira (123,2% em SNS), no Hospital

Beatriz Ângelo em Loures (43% em SNS), no HPP-Hospital de Cascais (5,3% em SNS), no

Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto (6,9% em SNS) e no Hospital Fernando da

Fonseca na Amadora/Sintra este último apresenta uma ligeira variação positiva, 0,4%,

apenas no SNS.

Todavia devemos ressaltar que o Hospital de Vila Franca de Xira foi substituído em 2012

por um novo hospital, e o Hospital Beatriz Ângelo em Loures entrou em funcionamento

em meados de 2011.

Os hospitais que sofreram variação homóloga positiva no que se refere a número de

embalagens vendidas foram: Hospital Fernando da Fonseca, E.P.E. (11,5%), o C.H. Setúbal,

E.P.E. (10,6%), o HPP - Hospital de Cascais (8,0%), Hospital Garcia de Orta, E.P.E. (4,8%),

Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto (3,6%) e o IPO de Lisboa, E.P.E. (1,0%).

O custo médio em PVP por embalagem obteve um valor de 14,37€, que representa em

variação homóloga -9,2%, apenas o Instituto Oftalmológico Dr. Gama Pinto e o Hospital de

Vila Franca de Xira sofreram uma evolução homóloga positiva deste indicador de 2,3% e

0,3%, respetivamente.

O encargo financeiro em PVP com medicamentos não genéricos representa

96.538.899,49€, e nos medicamentos genéricos 22.954.829,00€.

Em volume da prescrição, verificou-se uma diminuição da quota de genéricos para os

34,7% (29,9% em período homólogo), valor inferior ao da meta indicada no QUAR de 2012

(36% +/-2%).

O Hospital PPP Beatriz Ângelo apresenta o maior rácio de medicamentos genéricos

dispensados face a não genéricos (44,5%) e o Instituto Oftalmológico Dr. Gama Pinto o

rácio inferior (6,6%).

O número de embalagens de medicamentos genéricos dispensadas aumentou em todos os

hospitais com exceção do Centro Hospitalar Médio Tejo, (variação homóloga -3,3%).

O volume de embalagens de medicamentos não genéricos decresceu, com exceção do

Hospital Fernando da Fonseca (3,6%), do C.H. Setúbal (3,1%), do Instituto de Oftalmologia

Dr. Gama Pinto (2,7%) e do Hospital Garcia de Orta (0,4%).

A análise por DCI, em volume e em valor, indicia a utilização de critérios de custo-

efetividade para a elaboração das prescrições, comuns às análises anteriores.

Foram identificadas áreas, por DCI, que apresentam potencialidades de optimização de

custo-efetividade (azitromicina, pantoprazol, quetiapina, montelucaste, aripiprazol e

pregabalina).

Nos três primeiros lugares em PVP surgem fármacos prescritos sobretudo pela Psiquiatria,

antipsicóticos atípicos com valores de PVP/EMB muito elevados.

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3.2. Análise dos Medicamentos dispensados pelos Serviços

Farmacêuticos hospitalares a doentes em regime de ambulatório

Os encargos com medicamentos dispensados pelos Serviços Farmacêuticos hospitalares

diminuíram 1% no ano 2012 (286.402.264€) face ao período homólogo de 2011

(283.916.589€).

As patologias com maior encargo foram, por ordem decrescente, a infecção por VIH/SIDA,

o cancro e a artrite reumatóide, a despesa diminuiu ligeiramente em 2012 face a 2011 em

cerca de -1% (cerca de 1,3 milhões de euros), -7% (3,2 milhões de euros) e -2% (426 mil

euros), respetivamente, em todas as patologias citadas existiu uma diminuição no valor

dos medicamentos e existiu um aumento do número de doentes tratados, com excepção

da patologia oncológica. Na esclerose múltipla verificou-se um crescimento no custo de

2% (cerca de 426 mil euros).

A diminuição global verificada é essencialmente preconizada pelos “Insuficientes Renais

Crónicos e Transplantados Renais”, cuja diminuição foi 1.721.926,52€ (-27%),

acompanhada da diminuição de 12% no número de doentes; “Planeamento Familiar” cuja

diminuição foi 19.827,03€ (-24%), acompanhada da diminuição de 31% no número de

doentes; “Hepatite C” cuja diminuição foi 1.043.385,02€ (-22%), acompanhada da

diminuição de 21% no número de doentes; e “Tuberculose e Lepra” cuja diminuição foi

5.318,59€ (-20%), acompanhada da diminuição de 20% no número de doentes.

Apesar da diminuição global, pode verificar-se que o item “outras patologias” que engloba

os medicamentos fornecidos no âmbito de patologias não individualizadas e o

fornecimento de medicamentos sem suporte legal (autorizações avulsas do Conselho de

Administração), aumentou 13% (cerca de 3,4 milhões euros).

As patologias mais onerosas em relação ao encargo mensal médio por doente são a

Doença de Gaucher, com um custo mensal de 19.975€ por cada um dos 29 doentes a

quem foi fornecida medicação na região da ARSLVT. Segue-se a Hemofilia, com 6.702€ por

doente, com 141 doentes, a Fibrose Quística (1.067€/ doente, 159 doentes) e o Síndrome

de Turner (1.043€/ doente, 19 doentes).

O tratamento da esclerose múltipla apresenta um custo mensal médio de 716€ por

doente, a infecção por VIH/SIDA 688€, e a artrite reumatóide 641€ e a patologia

oncológica 142€.

Em relação aos encargos com medicamentos no ano de 2012, o Hospital que maior

encargo apresenta é o CHLN, com cerca de 86M€ de despesa, segue-se o CHLC com 66M€,

e o CHLO, com 41M€.

Em relação ao custo mensal médio por doente, verificou-se uma heterogeneidade

considerável entre os hospitais da região no tratamento da infecção VIH/SIDA, patologia

oncológica, esclerose múltipla e artrite reumatóide.

As diferenças observadas no custo médio mensal para o tratamento das patologias entre

os vários hospitais da região da ARSLVT devem-se, entre outros, a factores passíveis de

intervenção, como o sejam os diferentes protocolos terapêuticos utilizados no tratamento

de uma mesma patologia e o diferente custo de aquisição de cada um dos medicamentos

por hospital.

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Propostas de atuação da CFT a curto e médio prazo:

1. Aprofundar o estudo da prescrição de alguns GFT, como o sejam:

GFT das Hormonas e Medicamentos Usados no Tratamento das Doenças Endócrinas;

GFT do Aparelho Cardiovascular;

GFT do Sangue.

2. Monitorizar as estratégias já implementadas, com vista a racionalizar a prescrição, sobre as

substâncias ativas sem interesse terapêutico: trimetazidina, idebenona, citicolina, ginko

biloba, entre outras.

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1. Introdução

A CFT deve zelar para que a ARSLVT disponha de uma política para a utilização de

medicamentos que assente numa estratégia de informação que garanta um maior rigor e

segurança na prescrição farmacológica e acautele a sustentabilidade da despesa, tendo em

vista a racionalização de custos, uniformização de critérios e eficácia no tratamento do doente.

O artigo 3º da Portaria nº 340/2012 define as atribuições das Comissões de Farmácia e

Terapêutica das Administrações Regionais de Saúde, que entre outras, prevê a publicação de

relatórios de acompanhamento e de monitorização da prescrição, dispensa e utilização de

medicamentos, com periodicidade semestral, no âmbito da respectiva ARS, no cumprimento

no disposto no Memorando de Entendimento assinado, pontos 3.56 e 3.57, e da legislação

publicada subsequentemente (despachos: 17069/2011, 12950/2011 e 13901/2012).

A actividade de monitorização da prescrição, dispensa e utilização de medicamentos é muito

importante, uma vez que existe uma grande variabilidade na prática assistencial, permitindo:

-Intervenções mais frequentes em cuidados primários;

-Apurar os custos com medicamentos com vista à sustentabilidade do SNS;

-Melhorar a prática assistencial, sem afetar a acessibilidade, qualidade ou segurança na

utilização de medicamentos.

Prosseguir uma política do medicamento centrada no cidadão, que promova o acesso,

equidade e sustentabilidade ao SNS, conleva uma utilização racional do medicamento,

transparente e monitorizável, baseada na melhor evidência científica disponível e nas

melhores práticas.

A CFT da ARSLVT estabeleceu um acordo de cooperação com o NI, para melhorar e uniformizar

a seleção dos dados obtidos através dos Sistemas de Informação geridos pelo NI.

O objectivo do relatório é apresentar os dados sistematizados, numa perspectiva evolutiva e

adjuvados de uma análise qualitativa da prescrição a nível das várias unidades de prestação de

cuidados da ARSLVT que foi validada por peritos antes da sua publicação.

As dimensões de análise reportam-se ao universo dos medicamentos faturados em

ambulatório, provenientes dos hospitais da área de abrangência da ARSLVT, em consultórios

privados no âmbito do exercício da medicina privada e dos cuidados de saúde primários, e

dispensados nas farmácias comunitárias.

Reportam ainda da dispensa de medicamentos a doentes, de determinadas patologias, em

regime ambulatório por parte dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares. A dispensa

diferenciada nestas situações é um imperativo legal justificado pela necessidade de vigilância e

controlo exigidos pelas características próprias das patologias, pelo potencial tóxico dos

fármacos utilizados no seu tratamento e também pelo seu elevado valor económico.

A referida dispensa de medicamentos é feita através de dispensa gratuita e engloba dois

grupos de medicamentos:

-Medicamentos abrangidos pela legislação;

-Medicamentos não abrangidos pela legislação, e cuja dispensa depende de autorização

expressa do Conselho de Administração do Hospital.

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2. Metodologia

A estratégia utilizada para construir um modelo de análise que permita, de forma regular,

proceder à monitorização das prescrições médicas e dos encargos da responsabilidade

financeira da ARSLVT foi a seguinte:

1) No mercado ambulatório foram incluídos os medicamentos dispensados pelas farmácias

comunitárias no ano de 2012 e o período homólogo, ano de 2011, referindo-se apenas aos

medicamentos comparticipados pelo SNS. Não estão incluídos os medicamentos cedidos à

população abrangidos pelos subsistemas de saúde de gestão privada (ex.: bancários, Banco de

Portugal) e seguros privados (ex.: Médis, AdvanceCare, etc).

2) Numa primeira fase, foram selecionados indicadores aplicáveis a diferentes escalas e níveis

de cuidados (primários/hospitalares/privados entre outros).

Para a sua seleção consideramos a exequibilidade e a disponibilidade de informação, em todos

os contextos de análise, como factores essenciais de seleção. Assim, considerou-se que o

indicador mais adequado seria o custo médio em PVP por embalagem.

3) Para cada indicador foi analisada a sua variação em períodos homólogos (ano de 2012 e

2011).

4) Foram considerados dados referentes a medicamentos dispensados em farmácias

comunitárias de prescrições efectuadas desde o dia 1 de janeiro até ao dia 31 de dezembro de

2012 e respetivo período homólogo (janeiro a dezembro de 2011); receitas conferidas pelo

Centro de Conferência de Faturas de acordo com o seu local de prescrição: Cuidados de Saúde

Primários, Hospitais do SNS ou Medicina Privada e outros contextos.

5) Construiu-se um modelo de avaliação da qualidade da prescrição que foi definido da

seguinte forma:

Selecção dos 50 medicamentos mais prescritos em valor e volume por DCI e Marca

Comercial.

Adaptação da metodologia da OMS para as DDD’s.

Atribuição do custo médio de tratamento por dia com base na DDD e no PVP do

medicamento menos oneroso comercializado por substância ativa.

Constituição de grupos de alternativas terapêuticas com base nos grupos farmaco-

terapêuticos e nas normas nacionais da DGS aprovadas ou, na ausência destas, nas

linhas de orientação clínica das seguintes agências avaliadoras: NICE, SIGN e HAS.

Sempre que necessário coadjuvou-se a informação proveniente da Cochrane, de

ensaios clínicos, meta-análises e literatura de fontes primárias, para de forma mais

fidedigna indicar alternativas terapêuticas que são a melhor prática clínica reconhecida

à data desta publicação.

Fontes

A informação de faturação de medicamentos para o ambulatório externo foi disponibilizada

através do sistema de informação das ARS (SIARS). Ela é gerada pelo Centro de Conferência de

Faturas, sistema SIM@SNS. O SIARS foi ainda a fonte dos dados de produção.

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A fonte de informação utilizada para o ambulatório interno dos hospitais foi veiculada pelos

hospitais da ARSLVT no âmbito do preenchimento dos quadros de Plano de Desempenho

(quadros PD) para o ano de 2012 e período homólogo de 2011.

Variáveis e Indicadores de análise:

PVP: Preço de venda ao público, em euros, inclui o encargo para o Estado e para o utente.

SNS: Representa o encargo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na comparticipação de

medicamentos.

Dose Diária Definida (DDD): A DDD corresponde à dose média diária de manutenção do fármaco, em adultos, para a sua indicação principal, por uma determinada via de administração e expressa em quantidade de princípio ativo. A DDD é uma unidade técnica de medida e de comparação, no entanto, não reflete necessariamente a dose média prescrita em Portugal. As DDD utilizadas foram as da OMS, disponíveis em

http://www.whocc.no/atc_ddd_index/ (acedido em março de 2013). Posologia Média Diária (PMD): No caso de medicamentos sem DDD atribuída foi utilizada a

posologia média diária para a indicação principal. Para a associação de fármacos foi utilizada a metodologia indicada nas guidelines da OMS disponíveis no site acima referido.

Custo médio de tratamento por dia por substância (CTD): A CTD foi calculada a partir do PVP dos fármacos que foram consultados através do site do INFARMED (http://www.infarmed.pt/genericos/pesquisamg/pesquisaMG.php (acedido em março de 2013). Uma vez identificado o preço menos oneroso por mg calculou-se o preço da DDD. A CTD permite calcular para cada substância ativa o custo médio da DDD. Esta variável permite comparar os custos médios do tratamento.

Potencial de racionalidade: intervalo de valores (euros) que representa a poupança

resultante da substituição da substância ativa pela alternativa equivalente menos onerosa.

Percentagem de variação de custo: Valor do CTD do medicamento em relação ao CTD da

alternativa terapêutica menos onerosa, em percentagem.

Nº de Embalagens totais;

Número de embalagens de medicamentos Genéricos;

Número de embalagens de medicamentos de Marca;

Valor (euros) comparticipado com medicamentos Genéricos;

Valor (euros) comparticipado com medicamentos de Marca;

Percentagem do valor (euros) comparticipado com medicamentos Genéricos

Indicador do Custo Médio em PVP por Embalagem

Custo médio por utilizador (ACES)

Custo médio faturado em Medicamentos (PVP) por consulta (ACES)

TOP 50 – Medicamentos de Marca (Valor)

TOP 50 – Medicamentos de Marca (Volume)

TOP 50 – Conformidade com linha de orientação clínica

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2.1. Limitações da Metodologia

O Mercado Total foi analisado tendo em conta a omissão de medicamentos que são

dispensados sem receita médica e não inclui os medicamentos cedidos à população abrangidos

pelos subsistemas de saúde de gestão privada e seguros privados.

Os dados referem-se à faturação de medicamentos. Não se pode assumir que tudo o que é

prescrito é dispensado e tudo o que é dispensado é consumido.

Na análise do Ambulatório Externo dos Hospitais constatamos as seguintes limitações:

- Apenas é possível a desagregação dos medicamentos faturados por DCI, por serem os únicos

dados disponíveis para extração no sistema de informação;

- Impossibilidade de imputar o receituário a um médico prescritor;

- Número elevado de prescrições emitidas por médicos sem especialidade atribuída.

Não foi possível efetuar-se o cruzamento dos dados de medicamentos faturados por linha de

atividade com a produção realizada nas instituições (fonte: SICA), impossibilitando esta

análise.

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3. Resultados e Discussão

3.1. Medicamentos Faturados em Regime de Ambulatório na

ARSLVT

3.1.1. Posicionamento da ARSLVT a nível nacional

De acordo com os resultados do relatório do Observatório do Medicamento e Produtos de

Saúde do INFARMED, os encargos com medicamentos no SNS foram, no período de janeiro a

dezembro de 2012, de 1.174 milhões de euros, sendo a região de Lisboa e Vale do Tejo

responsável por cerca de 404 milhões de euros (34,4%) (tabela 1), seguida da região Norte,

com 30,7% e da região Centro com 26,1%.

A evolução da despesa, no período em análise, na região é semelhante à média nacional (-12%

e -11,4%, respetivamente).

Tabela 1: Análise desagregada do mercado do SNS em Ambulatório (encargos do SNS com medicamentos vendidos nas farmácias comunitárias), em período homólogo.

Fonte: Observatório do Medicamento e Produtos de Saúde do INFARMED (Fevereiro 2013)

Os valores encontrados pela CFT diferem ligeiramente dos do INFARMED por se agrupar

distritos (no INFARMED) e não NUTS (Nomenclatura das Unidades Territoriais Estatísticas),

como é atualmente subdividido o território para efeitos administrativos e estatísticos da

ARSLVT, o que altera a coleção dos dados.

Outro motivo da discrepância é a faturação devolvida às farmácias por erros detetados pelo

Centro de Conferência de Faturas, que o INFARMED assume como valor em faturação e a

ARSLVT só assume após tramitação completa.

3.1.2. Análise global do Consumo de Medicamentos Faturados em Regime

de Ambulatório na ARSLVT

Ao analisar a evolução do consumo de medicamentos faturados em regime de ambulatório na

ARSLVT no ano de 2012 (gráfico 1), verificou-se que, dos 674,5 milhões de euros faturados

(PVP), o SNS comparticipou um total aproximado de 419,9 milhões de euros, correspondendo

a uma variação homóloga de -12,7% (SNS).

REGIÕES jan-dez 2012 jan-dez 2011 Var. Homóloga

NORTE 361.480.657€ 404.030.798€ -10,5%

CENTRO 306.865.289€ 344.485.381€ -10,9%

LISBOA e VALE do TEJO 404.008.204€ 459.015.090€ -12,0%

ALENTEJO 57.322.538€ 67.859.012€ -15,5%

ALGARVE 44.730.707€ 50.810.683€ -12,0%

TOTAL 1.174.407.395€ 1.326.200.964€ -11,4%

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Gráfico 1: Valores faturados de medicamentos em SNS e PVP na ARSLVT em período homólogo

Relativamente ao nº de embalagens faturadas no ano de 2012, constatou-se um decréscimo

face ao período homólogo de 686.253 embalagens (tabela 2).

No que se refere ao custo médio em PVP por embalagem, verifica-se que em 2012 foi de

13,45€, correspondendo a uma variação homóloga de -13,4%.

Tabela 2: Valor faturado PVP, nº de embalagens de medicamentos faturadas, e Custo Médio em PVP por embalagem na ARSLVT e respetivas variações, em período homólogo.

Dos dados expostos pode inferir-se que a acessibilidade ao medicamento diminuiu ligeiramente e que os encargos dos medicamentos diminuíram para o SNS e para o cidadão.

3.1.3. Análise Desagregada por Medicamentos Genéricos e Medicamentos

Não Genéricos

Quando se analisa a proporção de medicamentos genéricos no total de medicamentos na

ARSLVT no ano em análise (tabela 3), verifica-se um aumento da quota destes medicamentos

de 30,2% em 2011 para 35,5% em 2012, pois o número de embalagens de medicamentos

genéricos vendidas aumentou 2.413.657. No entanto, quando a proporção é analisada em

termos dos valores em PVP e SNS, observa-se uma diminuição. Este facto deve-se à acentuada

quebra no valor de PVP/Embalagem dos medicamentos genéricos em 2012, -30% (3,33€),

enquanto a redução dos preços nos medicamentos não genéricos foi apenas de -5%. No

mercado de medicamentos não genéricos na ARSLVT, os valores em PVP e SNS também

diminuíram, mas de uma forma menos acentuada. Estes valores refletem a importante

diminuição nos preços dos medicamentos genéricos que não foi acompanhada em proporção

semelhante pelo preço dos medicamentos não genéricos.

Ano PVP EMB PVP/EMB

2012 674.575.260,75€ 50.155.397 13,45€

2011 789.546.033,99€ 50.841.650 15,53€

Var. Homóloga -14,6% -1,3% -13,4%

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Tabela 3: Medicamentos Genéricos e Não Genéricos na ARSLVT em Valores Facturados (SNS e PVP), em Volume (número de embalagens) e Custo Médio em PVP/Embalagem, no período homólogo.

3.1.4. Análise desagregada por Grupo Fármaco-terapêutico (GFT)

Ao analisar a distribuição do mercado do medicamento em ambulatório por grupo

farmacoterapêutico (GFT) (gráfico 2), no ano de 2012, verifica-se que os grupos que

representam maior despesa são o Aparelho Cardiovascular, o Sistema Nervoso Central e o

grupo das Hormonas e Medicamentos Usados no Tratamento das Doenças Endócrinas (68%,

521 milhões de euros). A variação de faturação em período homólogo foi negativa (-13% e -

9%) para os primeiros dois grupos e positiva para o grupo das Hormonas e Medicamentos

Usados no Tratamento das Doenças Endócrinas (2%). Outro GFT que apresenta um acréscimo

dos encargos no período homólogo é o referente ao Aparelho Respiratório.

Gráfico 2: Valores faturados em PVP por GFT em período homólogo e respetiva variação homóloga

AnoPVP SNS EMB PVP/EMB

2012 138.241.634,61€ 80.477.013,35€ 17.785.180 7,77€

2011 170.716.093,18€ 98.792.551,23€ 15.371.523 11,11€

Var. Homóloga -19,0% -18,5% 15,7% -30,0%

AnoPVP SNS EMB PVP/EMB

2012 536.333.626,14€ 339.490.625,89€ 32.370.217 16,57€

2011 618.829.940,81€ 382.258.822,06€ 35.470.127 17,45€

Var. Homóloga -13,3% -11,2% -8,7% -5,0%

GENÉRICO

NÃO GENÉRICO

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Os GFT que apresentam uma variação homóloga positiva do número de embalagens faturadas

(gráfico 3) foram os grupos: Medicamentos Antineoplásicos e Imunomoduladores, Aparelho

Respiratório, Sangue, Aparelho Cardiovascular, Hormonas e Medicamentos Usados no

Tratamento das Doenças Endócrinas e o Aparelho Geniturinário. Em relação aos grupos com

maior impacto no número de embalagens faturadas, verifica-se uma coincidência com os

grupos que oneram mais o SNS: Aparelho Cardiovascular, o Sistema Nervoso Central e o grupo

das Hormonas e Medicamentos Usados no Tratamento das Doenças Endócrinas.

Gráfico 3: Volume (embalagens) por GFT em período homólogo e respetiva variação homóloga

No gráfico 4, observa-se que o custo médio em PVP por embalagem no total dos GFT foi de

12,82€ em todo o ano de 2012, o que representou uma variação homóloga de -9%. Este

indicador apresentou os maiores valores no Aparelho Respiratório, com 32,86€, nos

Medicamentos Antineoplásicos e Imunomoduladores (27,9€), nos Medicamentos Usados no

Tratamento das Doenças Endócrinas (18,6€) e no Aparelho Cardiovascular (15,25€).

É se salientar que o GFT Vacinas e imunoglobulinas, regista a maior variação positiva PVP/EMB

em relação ao período homólogo (19,7%). Apenas acompanhado nesta tendência pelos GFT da

Nutrição (0,9%), GFT das Hormonas e Medicamentos Usados no Tratamento das Doenças

Endócrinas (0,7%) e GFT dos Medicamentos Usados no Tratamento de Intoxicações (0,4%).

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Gráfico 4: Custo Médio em PVP por embalagem por GFT e respetiva variação em período homólogo

Da análise efetuada, o GFT que carece de maior atenção pela evolução que tem sofrido

(aumento do número de embalagens, aumento do custo PVP por embalagem, aumento do

valor global em PVP e SNS) e pelo peso que apresenta nos encargos do SNS na ARSLVT é o

grupo das Hormonas e Medicamentos Usados no Tratamento das Doenças Endócrinas.

Para acompanhar estão também os grupos referentes ao Aparelho Cardiovascular e ao Sistema

Nervoso Central, apesar da variação negativa nos encargos e no PVP/embalagem mas devido

ao volume financeiro que representam (438 milhões de euros). Finalmente, o GFT do aparelho

respiratório apresenta um custo PVP por embalagem muito elevado e ocupa o quarto lugar em

termos de encargos ao SNS na ARSLVT.

3.1.5. Análise Desagregada por Substância Activa (DCI)

A análise das substâncias ativas mais faturadas em número de embalagem, sugere que a

prescrição parece seguir os melhores critérios de custo-efetividade (tabela 4).

Assim, em primeiro lugar vem a sinvastatina, fármaco reconhecido como a primeira linha de

tratamento das dislipidémias. Segue-se, a metformina, antidiabético oral de primeira escolha e

o paracetamol, antipirético e analgésico de referência no tratamento da dor. O quarto fármaco

da lista é o inibidor da bomba de protões omeprazol, considerado o mais custo-efetivo da sua

classe, assim como o ácido acetilsalicílico (AAS) na classe dos antiagregantes plaquetários.

Nesta lista encontram-se medicamentos que dispõe de alternativas terapêuticas com menor

custo como seja o caso da amoxicilina associada ao ácido clavulânico, o pantoprazol, a

rosuvastatina, o zolpidem, entre outros. Existem também dois medicamentos que não tem

utilidade terapêutica reconhecida como a trimetazidina e o gingko biloba.

Em virtude da análise deste perfil de prescrição a CFT já emitiu em 2013 boletins terapêuticos,

o primeiro sobre a trimetazidina, o segundo sobre uma lista de medicamentos de utilização

clínica não recomendada.

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21

Tabela 4: Distribuição em Volume (Embalagens) do mercado do Medicamento em Ambulatório, por DCI no ano de 2012

A análise dos medicamentos mais prescritos, em valor, por DCI, permite-nos verificar (tabela

5), verifica-se o impacto do custo por embalagem, uma vez que se encontram a ocupar alguns

dos lugares cimeiros da tabela medicamentos com menor volume de prescrição. Este

fenómeno é extensivo ao mercado de medicamentos genéricos. Nesta situação é importante

identificar quais as alternativas terapêuticas mais custo-efetivas, com base na evidência

científica disponível.

Neste sentido, identificaram-se para todos os medicamentos listados, de acordo com a

evidência disponível para as indicações prevalentes, o grupo de alternativas terapêuticas e, de

entre estas, os comparadores de referência com melhor relação custo-benefício.

Ano

DCI RNK EMB

Sinvastatina 1 1.235.676

Metformina 2 1.006.644

Paracetamol 3 990.702

Omeprazol 4 959.530

Ácido acetilsalicílico 5 884.146

Amoxicilina + Ácido clavulânico 6 862.989

Ibuprofeno 7 719.851

Trimetazidina 8 669.043

Alprazolam 9 661.254

Indapamida 10 562.832

Clopidogrel 11 545.264

Bisoprolol 12 522.906

Beta-histina 13 473.873

Lorazepam 14 455.709

Levotiroxina sódica 15 455.706

Pantoprazol 16 452.996

Atorvastatina 17 446.615

Losartan + Hidroclorotiazida 18 443.491

Gliclazida 19 438.897

Rosuvastatina 20 432.273

Furosemida 21 419.303

Irbesartan + Hidroclorotiazida 22 412.260

Zolpidem 23 405.904

Tansulosina 24 393.114

Bromazepam 25 375.867

Perindopril 26 367.096

Diclofenac 27 366.430

Tramadol + Paracetamol 28 354.652

Azitromicina 29 344.121

Diazepam 30 343.240

Amlodipina 31 327.097

Alopurinol 32 326.635

Nifedipina 33 326.002

Nebivolol 34 321.893

Venlafaxina 35 315.960

Montelucaste 36 310.973

Metformina + Vildagliptina 37 308.732

Perindopril + Indapamida 38 296.059

Sertralina 39 283.437

Desloratadina 40 280.923

Metamizol magnésico 41 278.491

Glucosamina 42 277.742

Valsartan + Hidroclorotiazida 43 275.877

Ginkgo biloba 44 275.448

Carvedilol 45 273.399

Metformina + Sitagliptina 46 272.568

Fluoxetina 47 267.741

Fenofibrato 48 266.414

Lercanidipina 49 261.828

Lansoprazol 50 258.206

2012

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22

São exemplos do referido, a rosuvastatina, cuja molécula de referência é a sinvastatina, e a

associação do antidiabético oral metformina a iDPP-4, cuja alternativa na segunda linha é a

metformina administrada concomitantemente com uma sulfonilureia (evidência 1,

recomendação A).

O montelucaste de acordo com as indicações aprovadas pela Autoridade do Medicamento está

preconizado na asma de esforço em primeira linha e como terapêutica adjuvante na asma

quando os corticosteróides não a controlam eficazmente e na rinite alérgica nos doentes com

asma. O fato de surgir no quarto lugar pode ser revelador de uma eventual utilização off-label.

Por exemplo, no sistema de informação da ARS (SIARS) para os cuidados de saúde primários

podemos constatar que existem 20451 utentes com prescrição de montelucaste, durante o

ano de 2012, sem diagnóstico registado de asma ou rinite alérgica.

Em relação aos antidepressivos, o escitalopram e a venlafaxina, que o NICE e o American

College of Physician’s não recomenda nas primeiras linhas de tratamento da depressão,

aparecem nas posições 8 e 41.

A pregabalina tem indicação terapêutica aprovada na epilepsia, crises parciais no adulto, no

tratamento da dor neuropática periférica e central e na perturbação da ansiedade

generalizada. Por exemplo, no que se refere à dor neuropática, existem, de acordo com a

evidência científica, alternativas mais custo-efetivas, como sendo, a amitriptilina.

Quanto às associações de antihipertensores que incluam os antagonistas dos receptores da

angiotensina (ARAs), sendo equivalentes clínicos entre si, a prescrição racional deve optar pelo

irbesartan (conselho da CFT) ou pelo losartan.

O antiagregante plaquetário clopidogrel apresenta como alternativa racional o AAS.

É importante realçar que vários medicamentos elencados na tabela em análise constituem a

melhor opção custo-efetividade, segundo a evidência. São disso exemplo a sinvastatina e o

omeprazol.

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Tabela 5: Distribuição em Valor (PVP-Euros) do mercado do Medicamento em Ambulatório, por DCI no ano de 2012

Ano

DCI RNK PVP Alternativa Terapêutica

Rosuvastatina 1 19.192.532,80€ Simvastatina

Metformina + Vildagliptina 2 16.658.269,69€ Metformina(isolada) + Gliclazida (isolada)

Metformina + Sitagliptina 3 13.835.686,42€ Metformina(isolada) + Gliclazida (isolada)

Montelucaste 4 10.859.546,79€ Montelucaste genérico*

Fluticasona + Salmeterol 5 10.760.205,59€ Budesonida + Formoterol

Pregabalina 6 10.222.564,24€ Gabapentina

Quetiapina 7 10.062.244,15€ Sertralina

Escitalopram 8 9.364.918,12€ Citalopram ou sertralina

Sinvastatina + Ezetimiba 9 8.841.631,65€ Simvastatina (isolada) + Ezetimiba (isolada)

Irbesartan + Hidroclorotiazida 10 8.671.789,46€ Irbesartan + Hidroclorotiazida genérico

Valsartan + Hidroclorotiazida 11 8.630.904,45€ Irbesartan + Hidroclorotiazida genérico

Sitagliptina 12 8.444.336,17€ metformina(isolada) + Gliclazida (isolada)

Olanzapina 13 8.269.566,59€ Sertralina

Sinvastatina 14 7.561.471,51€ Sinvastatina

Atorvastatina 15 7.375.711,24€ Sinvastatina

Amoxicilina + Ácido clavulânico 16 7.115.681,43€ Amoxicilina

Omeprazol 17 6.864.419,03€ Omeprazol

Memantina 18 6.863.082,00€ Donezepilo

Risperidona 19 6.825.571,68€ Risperidona

Clopidogrel 20 6.459.668,62€ Ác. Acetilsalicílico 150mg

Brometo de tiotrópio 21 6.388.623,84€ Brometo de tiotrópio

Olmesartan medoxomilo + Hidroclorotiazida 22 5.862.800,62€ Irbesartan + Hidroclorotiazida genérico

Losartan + Hidroclorotiazida 23 5.845.544,09€ Irbesartan + Hidroclorotiazida genérico

Candesartan + Hidroclorotiazida 24 5.833.183,99€ Irbesartan + Hidroclorotiazida genérico

Trimetazidina 25 5.830.124,38€ Não prescrever

Amlodipina + Valsartan 26 5.767.144,49€ Amlodipina (isolada) + Irbesartan (isolado)

Esomeprazol 27 5.718.191,78€ Omeprazol

Etoricoxib 28 5.690.812,87€ Naproxeno (+ Omeprazol, se necessário)

Budesonida + Formoterol 29 5.621.800,93€ Budesonida + Formoterol

Telmisartan + Hidroclorotiazida 30 5.467.888,33€ Irbesartan + Hidroclorotiazida genérico

Perindopril 31 5.046.034,43€ Perindopril

Ácido alendrónico + Colecalciferol 32 4.917.868,76€ Ácido alendrónico (isolado)+ Colecalciferol (isolado)

Candesartan 33 4.866.469,56€ Irbesartan

Amlodipina + Olmesartan medoxomilo 34 4.668.631,49€ Amlodipina (isolada) + Irbesartan (isolado)

Perindopril + Indapamida 35 4.560.768,31€ Perindopril (isolado) + Indapamida (isolada)

Pantoprazol 36 4.505.768,76€ Omeprazol

Insulina glargina 37 4.395.309,56€ Insulina glargina

Ranelato de estrôncio 38 4.253.841,39€ Ácido alendrónico

Rivastigmina 39 4.230.332,92€ Donezepilo

Glucosamina 40 3.984.359,68€ Glucosamina genérico

Metformina 41 3.978.874,47€ Metformina

Venlafaxina 42 3.945.890,58€ Sertralina

Ácido ibandrónico 43 3.638.754,79€ Ácido alendrónico

Nifedipina 44 3.571.226,46€ Amlodipina

Idebenona 45 3.481.721,95€ Não prescrever

Lansoprazol 46 3.362.415,79€ Omeprazol

Dabigatrano etexilato 47 3.322.008,38€ Varfarina

Beta-histina 48 3.321.778,32€ Beta-histina

Olmesartan medoxomilo 49 3.245.912,09€ Irbesartan

Gliclazida 50 3.242.327,26€ Gliclazida

2012

* Reduzir a sua prescrição por ausência de evidência para a sua utilização na indicação para a qual se efetua a

prescrição.

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A tabela 6, do TOP 50 por substância ativa valorizada através dos encargos do SNS, é muito

semelhante à organizada por PVP, distinguindo-se na ordenação das substâncias ativas, que

reflete as diferentes percentagens de comparticipação: 37%, 69% ou 90%.

Neste sentido, temos nos três primeiros lugares duas associações de antidiabéticos orais e um

antiepilético, comparticipados a 90%, descendo a rosuvastatina do primeiro para o sexto lugar,

com uma comparticipação de 37%.

Tabela 6: Distribuição em Valor (SNS-Euros) do medicamento em Ambulatório, por DCI no ano de 2012

A tabela 7 permite analisar as marcas comerciais com maior valor no mercado de medicamentos (PVP) da área de influência da ARSLVT.

Ano

DCI RNK SNS

Metformina + Vildagliptina 1 14.980.056,26€

Metformina + Sitagliptina 2 12.494.620,85€

Pregabalina 3 9.239.605,07€

Quetiapina 4 8.629.952,60€

Fluticasona + Salmeterol 5 7.823.166,11€

Rosuvastatina 6 7.803.477,73€

Montelucaste 7 7.683.555,30€

Sitagliptina 8 7.641.757,55€

Olanzapina 9 6.976.694,93€

Valsartan + Hidroclorotiazida 10 6.287.237,14€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 11 6.055.288,77€

Risperidona 12 5.821.548,06€

Amoxicilina + Ácido clavulânico 13 4.819.989,86€

Brometo de tiotrópio 14 4.738.202,34€

Insulina glargina 15 4.344.162,10€

Olmesartan medoxomilo +

Hidroclorotiazida16 4.291.972,71€

Candesartan + Hidroclorotiazida 17 4.248.062,85€

Amlodipina + Valsartan 18 4.202.267,71€

Budesonida + Formoterol 19 4.023.903,95€

Escitalopram 20 3.985.668,78€

Telmisartan + Hidroclorotiazida 21 3.975.251,85€

Trimetazidina 22 3.924.359,24€

Ácido alendrónico + Colecalciferol 23 3.642.346,01€

Sinvastatina + Ezetimiba 24 3.570.970,96€

Candesartan 25 3.528.905,37€

Amlodipina + Olmesartan medoxomilo 26 3.426.294,18€

Ranelato de estrôncio 27 3.161.833,79€

Atorvastatina 28 3.129.424,01€

Clopidogrel 29 3.030.638,70€

Perindopril 30 2.963.612,08€

Losartan + Hidroclorotiazida 31 2.934.031,02€

Insulina detemir 32 2.899.662,11€

Memantina 33 2.882.124,51€

Aripiprazol 34 2.768.106,50€

Metformina 35 2.761.893,77€

Perindopril + Indapamida 36 2.659.433,08€

Nifedipina 37 2.638.220,51€

Ácido ibandrónico 38 2.624.427,91€

Glucosamina 39 2.583.772,21€

Levetiracetam 40 2.513.585,01€

Gliclazida 41 2.447.891,21€

Dabigatrano etexilato 42 2.431.438,28€

Etoricoxib 43 2.374.514,05€

Olmesartan medoxomilo 44 2.363.412,55€

Latanoprost 45 2.328.131,03€

Enalapril + Lercanidipina 46 2.304.924,75€

Omeprazol 47 2.292.426,64€

Enoxaparina sódica 48 2.275.050,82€

Ivabradina 49 2.212.722,90€

Insulina humana (isofânica) 50 2.148.176,52€

2012

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25

Os primeiros 10 lugares, em 2012, não tinham genérico. No entanto, no final de 2012 começaram a surgir no mercado genéricos para alguns dos medicamentos do TOP 10, à exceção dos antidiabéticos orais, do brometo de tiotrópio e da rosuvastatina. Interessa pois fazer a análise do potencial de poupança nos próximos relatórios, uma vez que a entrada no mercado dos genéricos alarga as opções de prescrição. Um dos medicamentos a monitorizar desde já é o Pradaxa®, dabigatrano etexilato, Trata-se de um anticoagulante, inibidor direto da trombina, cuja alternativa terapêutica a considerar de referência é a varfarina. Tabela 7: Distribuição em Valor (PVP-Euros) do mercado de Medicamentos em Ambulatório, por Marca Comercial no ano de 2012

Ano

MEDICAMENTOS RNK PVP

Crestor 10 mg 1 10.548.018,77 €

Janumet 2 7.808.790,63 €

Eucreas 3 6.936.203,48 €

Coaprovel 4 6.520.710,74 €

Januvia 5 6.491.854,98 €

Singulair 6 6.142.046,19 €

Spiriva 7 5.592.051,18 €

Inegy 8 5.190.426,48 €

Zyprexa Velotab 9 5.105.516,54 €

Cipralex 10 5.087.938,46 €

Lyrica 11 3.886.537,22 €

Co-Diovan 160 mg/ 12,5 mg 12 3.769.647,02 €

Olsar Plus 13 3.641.572,75 €

Visacor 10 mg 14 3.573.718,33 €

Cipralex 15 3.442.475,67 €

Bonviva 16 3.441.598,62 €

Zolnor 17 3.247.107,82 €

Lantus 18 3.213.129,45 €

Vastarel LM 19 3.206.158,44 €

Zomarist 20 3.165.741,83 €

Lyrica 21 3.095.843,04 €

Cymbalta 22 3.084.840,79 €

Symbicort Turbohaler 23 3.018.297,86 €

Pradaxa 24 2.970.124,98 €

Hytacand 16 mg 25 2.942.806,30 €

Levemir 26 2.931.265,68 €

Ebixa 27 2.909.575,39 €

Fosavance 28 2.700.516,08 €

Risperdal Consta 29 2.614.138,91 €

Xalatan 30 2.579.375,68 €

Icandra 31 2.530.673,54 €

Valdoxan 32 2.503.722,62 €

Protelos 33 2.381.737,79 €

Adalat CR 34 2.331.517,44 €

Sedoxil 35 2.330.466,15 €

Seretaide Diskus 36 2.266.175,74 €

Nasomet 37 2.217.368,70 €

Copalia 38 2.188.691,06 €

Crestor 5 mg 39 2.183.533,92 €

Procoralan 40 2.169.660,48 €

Eucreas 41 2.152.156,54 €

Atacand 42 2.135.583,38 €

Velmetia 43 2.116.431,51 €

Singulair 44 2.115.023,80 €

Amizal 45 2.063.316,06 €

Zyprexa Velotab 46 2.049.294,90 €

PritorPlus 47 2.047.202,63 €

NovoMix 30 Penfill 48 2.045.266,67 €

Axura 49 2.020.630,46 €

Ezetrol 50 1.970.722,87 €

2012

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26

A tabela do TOP 50 (tabela 8) por marca comercial valorizada através dos encargos do SNS é

muito semelhante à organizada por PVP, diferindo, como anteriormente constatado, na

ordenação das substâncias

Tabela 8: Distribuição em Valor (SNS-Euros) do mercado de Medicamentos em Ambulatório, por Marca Comercial no ano de 2012

Ano

MEDICAMENTOS RNK SNS

Janumet 1 7.044.204,06€

Eucreas 2 6.215.859,86€

Januvia 3 5.877.679,37€

Coaprovel 4 4.516.264,22€

Singulair 5 4.425.899,43€

Crestor 10 mg 6 4.298.142,72€

Zyprexa Velotab 7 4.285.954,25€

Spiriva 8 4.151.853,00€

Lyrica 9 3.522.811,88€

Lantus 10 3.176.632,44€

Levemir 11 2.899.662,11€

Zomarist 12 2.858.665,02€

Lyrica 13 2.802.949,33€

Co-Diovan 160 mg/ 12,5 mg 14 2.743.758,86€

Olsar Plus 15 2.662.438,79€

Bonviva 16 2.439.589,07€

Zolnor 17 2.382.913,95€

Xalatan 18 2.328.131,03€

Risperdal Consta 19 2.327.287,53€

Icandra 20 2.283.726,03€

Pradaxa 21 2.173.355,88€

Hytacand 16 mg 22 2.149.308,42€

Symbicort Turbohaler 23 2.142.592,49€

Inegy 24 2.088.802,24€

Cipralex 25 2.064.200,03€

NovoMix 30 Penfill 26 2.022.451,20€

Fosavance 27 1.997.311,57€

Vastarel LM 28 1.982.071,49€

Eucreas 29 1.927.475,84€

Velmetia 30 1.911.804,36€

Protelos 31 1.772.646,64€

Janumet 32 1.764.053,35€

Xelevia 33 1.760.017,32€

Zyprexa Velotab 34 1.734.552,70€

Adalat CR 35 1.723.459,72€

Insulatard Penfill 36 1.655.438,47€

Seretaide Diskus 37 1.633.607,42€

Copalia 38 1.601.688,21€

Procoralan 39 1.597.151,90€

Atacand 40 1.547.597,10€

Cosopt 41 1.543.450,24€

PritorPlus 42 1.488.535,66€

Seroquel SR 43 1.462.053,31€

Visacor 10 mg 44 1.458.359,75€

Singulair 45 1.453.414,44€

Diamicron LM 60 mg 46 1.447.898,31€

Abilify 47 1.431.573,51€

Tromalyt 150 mg 48 1.401.604,41€

Cipralex 49 1.400.605,47€

Osseor 50 1.389.187,15€

2012

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27

3.1.6. Análise do Consumo de Medicamentos nos Diversos Contextos de

Prestação de Cuidados de Saúde na ARSLVT

Os medicamentos faturados na área de influência da ARSLVT provêm de diversos contextos de

prestação de cuidados de saúde: Agrupamentos de Centros de Saúde, Hospitais do SNS,

Hospitais Privados, Cuidados Continuados, Centros de Apoio à Toxicodependência, Médicos

Contratados, Centros de Hemodiálise, Serviços Prisionais, Postos Empresa, Instituições

Privadas de Solidariedade Social (IPSS), Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS), Médicos

no Privado, Institutos e Serviços do Ministério da Saúde e Outros.

OS ACES são os responsáveis pela maior fatia na despesa com medicamentos faturados

(53,3%), seguindo-se os médicos no exercício privado (21,4%) e os hospitais do SNS (18,1%),

durante o ano de 2012.

Como referido anteriormente, o valor faturado à ARSLVT na comparticipação de

medicamentos diminuiu (-12,7%) face ao período homólogo. No entanto, esta diminuição não

ocorreu em todos os contextos, havendo a registar aumentos muito significativos na despesa

da comparticipação das prescrições provenientes das IPSS’s, que aumentaram cerca de 5,1M€,

pelo SAMS que registou um acréscimo de 3,6M€, os hospitais privados, com valores de

variação superiores a 2M€, dos postos de empresa, que aumentaram a despesa SNS em mais

de 1,3M€, e dos Institutos/Serviços do Ministério da Saúde, com acréscimos de 709.222€.

O número de embalagens consumidas registou um decréscimo apenas no contexto dos

médicos no exercício privado e nos centros de hemodiálise, embora este último sem

representatividade no total dos consumos (inferior a 0,000012%).

O custo médio PVP por embalagem apresentou uma redução no período homólogo estudado,

-13,4%. Refere-se contudo a tendência para o inverso, nas unidades de cuidados continuados,

médicos contratados e centros de hemodiálise, embora estes contextos representem valores

pouco significativos no cômputo geral.

Os contextos com maior PVP por embalagem são as unidades de cuidados continuados (cerca

de 16,8€ por embalagem) e os serviços prisionais.

Tabela 9: Volume (embalagens), valor (PVP) e indicador PVP/Emb para 2012 e respetivas variações homólogas para os diferentes contextos de prestação de cuidados de saúde na ARSLVT.

Ano

TIPO DE INSTUIÇÃO PRESCRITORAPVP EMB PVP/EMB PVP EMB PVP/EMB

CENTROS SAUDE 359.578.726,34€ 28.226.293 12,74 € -13,5% -0,9% -12,7%

MÉDICOS NO EXERCÍCIO PRIVADO 144.465.508,20€ 10.295.657 14,03 € -26,4% -18,3% -9,8%

HOSPITAIS 122.165.063,35€ 8.180.740 14,93 € -9,5% 0,4% -9,9%

IPSS - SOLIDARIEDADE SOCIAL 17.720.936,78€ 1.229.035 14,42 € 79,5% 123,4% -19,7%

SAMS - ASSISTÊNCIA MÉDICO-SOCIAL 10.263.545,41€ 723.609 14,18 € 197,1% 222,0% -7,7%

HOSPITAIS PRIVADOS 10.251.205,46€ 723.749 14,16 € 61,4% 70,6% -5,4%

POSTO EMPRESA 5.698.587,13€ 428.921 13,29 € 81,3% 103,8% -11,0%

CENTROS APOIO À TOXICODEPENDENCIA 1.552.128,47€ 112.027 13,85 € -1,0% 19,9% -17,4%

INSTITUTOS/SERVIÇOS MINISTÉRIO SAÚDE 1.519.673,94€ 121.194 12,54 € 236,0% 268,9% -8,9%

OUTROS 896.897,13€ 85.252 10,52 € -94,9% 122,0% -97,7%

SERVIÇOS PRISIONAIS 452.573,18€ 28.062 16,13 € 211,8% 241,7% -8,7%

CENTROS HEMODIÁLISE 7.413,07€ 611 12,13 € -93,4% -93,5% 0,8%

MÉDICOS CONTRATADOS 2.648,29€ 226 11,72 € 665,1% 527,8% 21,9%

UNIDADE CUIDADOS CONTINUADOS 354,00€ 21 16,86 € 26,1% 10,5% 14,1%

Total 674.575.260,75€ 50.155.397 13,45€ -14,6% -1,3% -13,4%

2012 Variação Homóloga

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28

3.1.6.1. Análise dos Medicamentos faturados nos ACES

Os 15 ACES existentes na ARSLVT representaram o contexto com maior relevância na ARSLVT,

com cerca de 360 milhões de euros em PVP.

A análise do consumo de medicamentos nos ACES no ano de 2012 demonstrou uma

diminuição no número de embalagens, uma diminuição do valor em SNS e em PVP e uma

diminuição do custo médio PVP por embalagem, face ao período homólogo de 2011.

Em relação à variação do valor de PVP (gráfico 5), o ACES Oeste Norte obteve a maior descida

(-21,6%) e o ACES Arrábida a menor variação (-9,1%).

Gráfico 5: Valores faturados PVP de medicamentos e variação PVP por ACES da ARSLVT em período homólogo

Quando se analisa o número de embalagens faturadas (gráfico 6), verifica-se um aumento

significativo para o ACES Cascais (2,9%) e para o ACES Arrábida (2,1%). E um decréscimo

expressivo nos ACES Lisboa Central (-4,8%) e Oeste Norte (-4,5%). O aumento desta variável

reflete uma maior acessibilidade ao medicamento por parte do cidadão utilizador dos

Cuidados de Saúde Primários.

Gráfico 6: Volume de embalagens faturadas por ACES da ARSLVT no período homólogo e respetiva variação

O valor de PVP por embalagem (gráfico 7) diminuiu em todos os ACES, sendo esta variação

maior no Oeste Norte (-17,9%) e menor no ACES Arrábida (-11%), sendo igualmente este ACES

o que apresenta o maior custo em PVP por embalagem (13,72€). O menor valor pertence ao

ACES Almada-Seixal, com 12,2€ por embalagem.

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29

Gráfico 7: Indicador do Custo Médio por embalagem nos ACES da ARSLVT e variação do custo médio em período homólogo

No gráfico 8 constata-se que em todos os ACES o encargo financeiro com medicamentos não

genéricos é muito maior que com medicamentos genéricos.

Do valor total de medicamentos comparticipados nos ACES da ARSLVT no ano de 2012 apenas

29,5% correspondem a medicamentos genéricos, proporção inferior à do ano de 2011 que foi

de 32,8%. Ainda assim, é de referir, que as variações homólogas dos valores de SNS e PVP

foram negativas para medicamentos genéricos e não genéricos em todos os ACES da ARSLVT.

Gráfico 8: Valores faturados (PVP) e variação PVP de medicamentos genéricos e não genéricos por ACES da ARSLVT em período homólogo

A quota de mercado de medicamentos genéricos dos ACES vale, no período em análise e em

PVP, cerca de 81 milhões de euros (29,5%) do mercado total, muito aquém dos 274 milhões de

euros dos medicamentos não genéricos. Estes números são sobreponíveis aos valores em SNS.

Quando se analisa o volume da prescrição, verifica-se um aumento da quota de genéricos para

os 38,8%, valor superior ao limite superior da meta indicada no QUAR de 2012 (36% +/-2%). O

ACES Almada-Seixal apresenta o maior rácio de medicamentos genéricos dispensados face a

não genéricos (43,9%) e o ACES Médio Tejo o rácio inferior (35,5%).

Em relação à variação homóloga, através do gráfico 9 pode observar-se que o número de

embalagens de medicamentos genéricos vendidos no ano de 2012 aumentou de uma forma

consistente e com variações homólogas acima dos 15%; o ACES Oeste Norte apresenta a maior

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30

subida, com 23,9%. No que respeita aos medicamentos não genéricos, o número de

embalagens vendidas em 2012 foi inferior para todos os ACES, o ACES Arrábida, teve o menor

decréscimo aproximadamente -5,4% no período homólogo; o ACES Oeste Norte apresenta a

maior descida, com -17,7%.

Gráfico 9: Volume de embalagens e variação de medicamentos genéricos e não genéricos por ACES da ARSLVT em período homólogo

O custo médio em PVP por embalagem dos medicamentos genéricos nos ACES da ARSLVT,

gráfico 10, reduziu mais de 30% em 2012 relativamente ao período homólogo. O ACES

Arrábida apresentou o maior custo, com 8,13€, enquanto o valor mais baixo pertence ao ACES

Almada Seixal, com 7,2€. No que se refere aos medicamentos não genéricos, o custo médio

por embalagem decresceu nos ACES, com oscilações negativas entre os -1,2% e -6%, sendo o

valor mais alto por embalagem pertencente ao ACES Arrábida e o mais baixo ao ACES Lisboa

Central.

Gráfico 10: Custo médio em PVP por embalagem de medicamentos genéricos e não genéricos por ACES da ARSLVT em período homólogo

Em relação ao custo médio dos medicamentos em PVP por utilizador (gráfico 11), verifica-se

uma diminuição generalizada nos ACES, com excepção dos ACES Lisboa Norte (38,5%), ACES

Lezíria (22,5%), ACES Estuário do Tejo (32,2%) e ACES Amadora (40,3%). Destaque para o ACES

Almada-Seixal (-44,3%), que apresenta o maior decréscimo, e para o ACES Oeste Sul (-3,6%),

com o menor. O ACES Sintra apresenta o custo em PVP por utilizador mais baixo (134,11€) e o

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31

ACES Médio Tejo o custo mais elevado, com 185,95€. Houve dois ACES que obtiveram neste

ano um valor superior à meta referida no QUAR de 2012 que é de 165€ +/- 5€ (Médio Tejo e

Lezíria).

Em relação ao custo médio dos medicamentos em PVP por consulta (gráfico 11), a variação

não é homogénea, verificando-se diminuições em alguns ACES, como o de Almada-Seixal (-

51,4%) e Lisboa Central (-15,7%), e aumentos noutros, com destaque para o maior aumento no

ACES Lisboa Norte (82,9%) e o menor aumento no ACES Lisboa Ocidental e Oeiras (1,5%). O

ACES Almada-Seixal apresenta o custo em PVP por consulta mais baixo (31,74€) e o ACES

Médio Tejo o custo mais elevado, com 43,35€.

Gráfico 11: Custo médio em PVP por utilizador e Custo médio em PVP por consulta por ACES da ARSLVT em período homólogo

Análise Desagregada nos ACES por Substância Activa (DCI) em Volume, Valor e

Indicador Custo Médio em PVP por Embalagem

Tal como na análise global da ARSLVT, a discriminação pelos ACES, através das tabelas 10 a 24,

análise por volume, constata que o perfil de prescrição revela concordância com as

orientações de boa prática clínica. Os medicamentos mais consumidos são a sinvastatina, a

metformina e o omeprazol. De igual forma, encontram-se nas listas Top 10 em apreciação,

algumas substâncias ativas com alternativas terapêuticas com melhor rácio custo-efetividade.

Em relação à análise DCI/PVP, os medicamentos que consomem mais recursos económicos são

a rosuvastatina, os antidiabéticos orais em associação (a metformina e um iDPP-4) ou isolados

(sitagliptina), seguido dos anti-hipertensores em associação (ARAs e tíazidas). Ao contrário da

hierarquização por volume de prescrição (número de embalagens), verifica-se que

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32

praticamente todos os medicamentos que ocupam o Top 10 por valor apresentam no mercado

diferentes alternativas menos onerosas. Como espectável, dado o peso relativo que a

prescrição de medicamentos nos ACES tem na ARSLVT (53,3%), as considerações efetuadas na

análise global DCI/PVP aplicam-se na íntegra a estas tabelas.

Tabela 10: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Lisboa Norte, para o ano de 2012

Tabela 11: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Lisboa Central, para o ano de 2012

Tabela 12: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Lisboa Ocidental e Oeiras, para o ano de 2012

ACES PRESC

DCIPVP RNK PVP/EMB

DCIEMB RNK PVP/EMB

Rosuvastatina 913.969,83€ 1 44,93€ Sinvastatina 61.766 1 5,79€

Metformina + Vildagliptina 744.519,89€ 2 54,43€ Omeprazol 49.251 2 6,61€

Metformina + Sitagliptina 483.400,58€ 3 50,76€ Metformina 45.897 3 3,94€

Valsartan + Hidroclorotiazida 443.435,83€ 4 31,79€ Ácido acetilsalicílico 37.028 4 2,15€

Sitagliptina 361.946,48€ 5 49,00€ Trimetazidina 36.824 5 8,70€

Sinvastatina + Ezetimiba 361.681,78€ 6 50,63€ Paracetamol 34.677 6 2,22€

Sinvastatina 357.789,07€ 7 5,79€ Indapamida 25.327 7 5,27€

Escitalopram 346.323,12€ 8 43,63€ Alprazolam 24.029 8 4,76€

Fluticasona + Salmeterol 344.458,63€ 9 51,20€ Beta-histina 21.879 9 6,80€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 331.356,25€ 10 20,71€ Bisoprolol 21.324 10 4,98€

Total do ACES 22.902.893,79€ 12,52€ Total do ACES 1.829.061 12,52€

Ano de 2012

Lisboa Norte

ACES PRESC

DCIPVP RNK PVP/EMB

DCIEMB RNK PVP/EMB

Rosuvastatina 806.310,33€ 1 44,64€ Sinvastatina 61.766 1 5,79€

Metformina + Sitagliptina 731.247,90€ 2 50,72€ Omeprazol 49.251 2 6,61€

Metformina + Vildagliptina 570.563,40€ 3 54,08€ Metformina 45.897 3 3,94€

Valsartan + Hidroclorotiazida 501.787,43€ 4 31,38€ Ácido acetilsalicílico 37.028 4 2,15€

Sitagliptina 456.750,70€ 5 48,88€ Trimetazidina 36.824 5 8,70€

Sinvastatina 448.364,31€ 6 6,43€ Paracetamol 34.677 6 2,22€

Trimetazidina 440.738,96€ 7 8,78€ Indapamida 25.327 7 5,27€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 408.608,87€ 8 20,88€ Alprazolam 24.029 8 4,76€

Losartan + Hidroclorotiazida 391.822,87€ 9 13,72€ Beta-histina 21.879 9 6,80€

Omeprazol 385.060,16€ 10 6,65€ Bisoprolol 21.324 10 4,98€

Total do ACES 25.170.350,59€ 12,30€ Total do ACES 1.829.061 12,52€

Ano de 2012

Lisboa Central

ACES PRESC

DCIPVP RNK PVP/EMB

DCIEMB RNK PVP/EMB

Rosuvastatina 806.310,33€ 1 44,64€ Sinvastatina 69.752 1 6,43€

Metformina + Sitagliptina 731.247,90€ 2 50,72€ Omeprazol 57.881 2 6,65€

Metformina + Vildagliptina 570.563,40€ 3 54,08€ Metformina 52.196 3 4,05€

Valsartan + Hidroclorotiazida 501.787,43€ 4 31,38€ Trimetazidina 50.176 4 8,78€

Sitagliptina 456.750,70€ 5 48,88€ Ácido acetilsalicílico 40.311 5 2,15€

Sinvastatina 448.364,31€ 6 6,43€ Paracetamol 35.971 6 2,26€

Trimetazidina 440.738,96€ 7 8,78€ Beta-histina 30.122 7 7,00€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 408.608,87€ 8 20,88€ Indapamida 29.362 8 5,47€

Losartan + Hidroclorotiazida 391.822,87€ 9 13,72€ Losartan + Hidroclorotiazida 28.562 9 13,72€

Omeprazol 385.060,16€ 10 6,65€ Alprazolam 27.666 10 4,67€

Total do ACES 25.170.350,59€ 12,30€ Total do ACES 2.046.909 12,30€

Ano de 2012

Lisboa Central

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33

Tabela 13: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Cascais, para o ano de 2012

Tabela 14: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Amadora, para o ano de 2012

Tabela 15: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Sintra, para o ano de 2012

ACES PRESC

DCIPVP RNK PVP/EMB

DCIEMB RNK PVP/EMB

Rosuvastatina 583.042,54€ 1 44,61€ Sinvastatina 39.932 1 5,88€

Metformina + Sitagliptina 463.247,04€ 2 50,56€ Metformina 31.456 2 3,83€

Metformina + Vildagliptina 378.092,19€ 3 53,77€ Omeprazol 23.391 3 7,10€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 338.290,13€ 4 20,80€ Indapamida 21.514 4 5,05€

Atorvastatina 323.628,80€ 5 15,74€ Ácido acetilsalicílico 21.366 5 2,15€

Fluticasona + Salmeterol 283.918,71€ 6 50,59€ Atorvastatina 20.559 6 15,74€

Valsartan + Hidroclorotiazida 277.143,01€ 7 30,57€ Bisoprolol 19.811 7 5,02€

Sinvastatina + Ezetimiba 271.609,13€ 8 50,72€ Trimetazidina 19.285 8 8,40€

Sitagliptina 246.964,03€ 9 48,78€ Paracetamol 18.508 9 2,19€

Escitalopram 244.712,38€ 10 42,30€ Irbesartan + Hidroclorotiazida 16.261 10 20,80€

Total do ACES 15.823.835,51€ 12,96€ Total do ACES 1.221.024 12,96€

Ano 2012

Cascais

ACES PRESC

DCIPVP RNK PVP/EMB

DCIEMB RNK PVP/EMB

Metformina + Vildagliptina 489.299,53€ 1 54,22€ Sinvastatina 41.836 1 5,79€

Rosuvastatina 443.233,90€ 2 44,26€ Metformina 35.715 2 3,80€

Metformina + Sitagliptina 406.742,94€ 3 50,49€ Ácido acetilsalicílico 29.420 3 2,15€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 291.754,73€ 4 20,83€ Omeprazol 27.672 4 6,64€

Sitagliptina 286.176,94€ 5 48,84€ Paracetamol 20.569 5 2,25€

Fluticasona + Salmeterol 274.797,42€ 6 50,21€ Indapamida 20.264 6 5,17€

Valsartan + Hidroclorotiazida 249.793,43€ 7 31,24€ Trimetazidina 20.253 7 8,39€

Atorvastatina 247.153,86€ 8 16,27€ Bisoprolol 16.993 8 5,03€

Sinvastatina 242.317,24€ 9 5,79€ Atorvastatina 15.195 9 16,27€

Telmisartan + Hidroclorotiazida 225.473,43€ 10 21,42€ Clopidogrel 15.005 10 11,32€

Total do ACES 14.608.473,37€ 12,47€ Total do ACES 1.171.459 1 12,47€

Ano 2012

Amadora

ACES PRESC

DCIPVP RNK PVP/EMB

DCIEMB RNK PVP/EMB

Rosuvastatina 1.029.169,04€ 1 44,26€ Sinvastatina 73.463 1 5,92€

Metformina + Vildagliptina 982.894,60€ 2 53,82€ Metformina 60.026 2 3,92€

Metformina + Sitagliptina 885.771,23€ 3 50,68€ Ácido acetilsalicílico 55.729 3 2,15€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 523.241,27€ 4 20,62€ Omeprazol 51.101 4 6,46€

Sitagliptina 513.882,52€ 5 48,87€ Paracetamol 41.541 5 2,21€

Olmesartan medoxomilo + Hidroclorotiazida 504.784,12€ 6 33,82€ Trimetazidina 36.519 6 8,54€

Amlodipina + Olmesartan medoxomilo 481.770,92€ 7 45,88€ Indapamida 36.044 7 5,07€

Valsartan + Hidroclorotiazida 478.669,32€ 8 31,13€ Bisoprolol 33.908 8 4,97€

Pregabalina 476.027,86€ 9 48,44€ Alprazolam 31.685 9 4,62€

Fluticasona + Salmeterol 475.939,29€ 10 50,41€ Clopidogrel 28.885 10 11,65€

Total do ACES 30.340.844,98€ 12,84€ Total do ACES 2.363.598 12,84€

Ano 2012

Sintra

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34

Tabela 16: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Loures-Odivelas, para o ano de 2012

Tabela 17: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Estuário do Tejo, para o ano de 2012

Tabela 18: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Almada-Seixal, para o ano de 2012

ACES PRESC

DCIPVP RNK PVP/EMB

DCIEMB RNK PVP/EMB

Rosuvastatina 1.034.992,70€ 1 44,68€ Sinvastatina 79.444 1 5,96€

Metformina + Vildagliptina 1.015.141,55€ 2 54,05€ Metformina 70.855 2 4,10€

Metformina + Sitagliptina 923.963,49€ 3 50,65€ Omeprazol 55.851 3 6,53€

Sitagliptina 501.310,47€ 4 49,11€ Ácido acetilsalicílico 48.147 4 2,16€

Valsartan + Hidroclorotiazida 495.705,51€ 5 31,22€ Trimetazidina 43.255 5 8,85€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 477.793,93€ 6 20,92€ Paracetamol 38.361 6 2,29€

Sinvastatina 473.781,85€ 7 5,96€ Indapamida 34.991 7 5,31€

Losartan + Hidroclorotiazida 418.172,11€ 8 13,28€ Losartan + Hidroclorotiazida 31.490 8 13,28€

Pregabalina 403.099,46€ 9 47,36€ Alprazolam 31.029 9 4,86€

Fluticasona + Salmeterol 396.616,34€ 10 50,56€ Bisoprolol 28.435 10 5,01€

Total do ACES 28.920.927,84€ 12,55€ Total do ACES 2.304.238 12,55€

Ano de 2012

Loures - Odivelas

ACES PRESC

DCIPVP RNK PVP/EMB

DCIEMB RNK PVP/EMB

Metformina + Sitagliptina 747.968,45€ 1 50,71€ Sinvastatina 53.530 1 6,03€

Metformina + Vildagliptina 738.221,32€ 2 53,75€ Metformina 49.026 2 3,97€

Rosuvastatina 730.395,75€ 3 44,48€ Omeprazol 32.271 3 6,87€

Sitagliptina 393.242,75€ 4 48,87€ Trimetazidina 31.410 4 8,59€

Pregabalina 387.320,19€ 5 50,81€ Ácido acetilsalicílico 31.213 5 2,15€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 360.774,40€ 6 21,41€ Indapamida 28.810 6 5,24€

Valsartan + Hidroclorotiazida 348.485,40€ 7 30,96€ Paracetamol 26.114 7 2,26€

Atorvastatina 344.924,04€ 8 16,30€ Alprazolam 25.746 8 4,66€

Sinvastatina 322.543,08€ 9 6,03€ Gliclazida 23.476 9 7,32€

Fluticasona + Salmeterol 299.480,55€ 10 50,02€ Beta-histina 22.985 10 7,20€

Total do ACES 22.126.134,32€ 12,86€ Total do ACES 1.720.325 12,86€

Ano de 2012

Estuário do Tejo

ACES PRESC

DCIPVP RNK PVP/EMB

DCIEMB RNK PVP/EMB

Metformina + Vildagliptina 1.400.312,10€ 1 53,71€ Sinvastatina 91.678 1 5,49€

Rosuvastatina 1.229.693,29€ 2 44,97€ Metformina 76.648 2 3,60€

Metformina + Sitagliptina 702.094,04€ 3 50,91€ Ácido acetilsalicílico 71.920 3 2,15€

Sinvastatina + Ezetimiba 537.867,45€ 4 50,70€ Paracetamol 57.984 4 2,15€

Pregabalina 513.600,65€ 5 47,54€ Indapamida 54.815 5 4,78€

Fluticasona + Salmeterol 506.547,07€ 6 51,99€ Omeprazol 48.443 6 6,32€

Valsartan + Hidroclorotiazida 504.607,61€ 7 31,02€ Losartan + Hidroclorotiazida 38.529 7 11,67€

Sinvastatina 503.683,03€ 8 5,49€ Gliclazida 36.769 8 7,01€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 496.601,92€ 9 20,86€ Alprazolam 34.629 9 4,32€

Escitalopram 453.604,77€ 10 42,70€ Bisoprolol 33.444 10 4,98€

Total do ACES 32.762.752,73€ 12,20€ Total do ACES 2.685.066 12,20€

Ano de 2012

Almada - Seixal

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Tabela 19: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Arco Ribeirinho, para o ano de 2012

Tabela 20: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Arrábida, para o ano de 2012

Tabela 21: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Oeste Norte, para o ano de 2012

ACES PRESC

DCIPVP RNK PVP/EMB

DCIEMB RNK PVP/EMB

Metformina + Vildagliptina 860.040,46€ 1 53,66€ Sinvastatina 56.531 1 6,03€

Metformina + Sitagliptina 613.429,74€ 2 50,66€ Metformina 41.650 2 3,98€

Rosuvastatina 598.579,90€ 3 44,07€ Omeprazol 29.422 3 6,52€

Valsartan + Hidroclorotiazida 401.698,42€ 4 30,63€ Indapamida 28.610 4 4,93€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 357.195,53€ 5 21,02€ Ácido acetilsalicílico 26.682 5 2,14€

Sinvastatina 340.865,03€ 6 6,03€ Trimetazidina 24.594 6 8,68€

Sitagliptina 321.727,20€ 7 48,87€ Alprazolam 24.370 7 4,61€

Pregabalina 282.360,50€ 8 48,65€ Gliclazida 22.383 8 7,50€

Sinvastatina + Ezetimiba 277.951,36€ 9 50,52€ Paracetamol 22.280 9 2,23€

Losartan + Hidroclorotiazida 270.610,49€ 10 12,57€ Losartan + Hidroclorotiazida 21.531 10 12,57€

Total do ACES 20.075.860,00€ 12,81€ Total do ACES 1.567.789 12,81€

Ano de 2012

Arco Ribeirinho

ACES PRESC

DCIPVP RNK PVP/EMB

DCIEMB RNK PVP/EMB

Metformina + Vildagliptina 968.152,72€ 1 54,00€ Sinvastatina 55.170 1 6,70€

Rosuvastatina 763.415,38€ 2 44,95€ Metformina 38.754 2 3,92€

Metformina + Sitagliptina 644.263,52€ 3 50,67€ Ácido acetilsalicílico 38.357 3 2,15€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 464.524,69€ 4 21,20€ Paracetamol 26.923 4 2,27€

Valsartan + Hidroclorotiazida 455.172,75€ 5 31,21€ Omeprazol 26.681 5 10,61€

Sitagliptina 375.983,10€ 6 48,99€ Losartan + Hidroclorotiazida 23.448 6 13,25€

Sinvastatina 369.843,32€ 7 6,70€ Indapamida 23.234 7 5,25€

Amlodipina + Valsartan 351.756,46€ 8 50,14€ Clopidogrel 22.679 8 11,43€

Candesartan + Hidroclorotiazida 328.906,85€ 9 29,49€ Irbesartan + Hidroclorotiazida 21.911 9 21,20€

Losartan + Hidroclorotiazida 310.644,78€ 10 13,25€ Alprazolam 21.840 10 4,77€

Total do ACES 23.031.726,77€ 13,72€ Total do ACES 1.678.814 13,72€

Ano de 2012

Arrábida

ACES PRESC

DCIPVP RNK PVP/EMB

DCIEMB RNK PVP/EMB

Metformina + Vildagliptina 818.034,28€ 1 53,83€ Sinvastatina 48.752 1 5,99€

Metformina + Sitagliptina 581.945,39€ 2 50,66€ Metformina 44.809 2 3,85€

Rosuvastatina 408.793,36€ 3 44,44€ Alprazolam 28.739 3 4,31€

Sitagliptina 374.978,27€ 4 48,88€ Losartan + Hidroclorotiazida 25.058 4 12,51€

Valsartan + Hidroclorotiazida 334.158,53€ 5 32,52€ Gliclazida 24.205 5 7,26€

Montelucaste 330.996,04€ 6 34,40€ Furosemida 24.049 6 4,38€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 329.963,39€ 7 21,19€ Ácido acetilsalicílico 23.875 7 2,17€

Losartan + Hidroclorotiazida 313.451,73€ 8 12,51€ Clopidogrel 22.412 8 11,17€

Sinvastatina 292.247,34€ 9 5,99€ Indapamida 21.596 9 4,86€

Olmesartan medoxomilo + Hidroclorotiazida 275.055,51€ 10 33,87€ Paracetamol 18.894 10 2,26€

Total do ACES 20.216.212,03€ 12,82€ Total do ACES 1.576.319 12,82€

Ano de 2012

Oeste Norte

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Tabela 22: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Oeste Sul, para o ano de 2012

Tabela 23: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Médio Tejo, para o ano de 2012

Tabela 24: Top 10 DCI valor (PVP); Top 10 DCI volume (embalagens) e indicador PVP/EMB no ACES Lezíria, para o ano de 2012

ACES PRESC

DCIPVP RNK PVP/EMB

DCIEMB RNK PVP/EMB

Metformina + Vildagliptina 715.188,79€ 1 53,91€ Sinvastatina 61.744 1 5,76€

Rosuvastatina 628.913,28€ 2 44,46€ Metformina 48.502 2 3,99€

Metformina + Sitagliptina 595.790,02€ 3 50,73€ Ácido acetilsalicílico 38.318 3 2,15€

Valsartan + Hidroclorotiazida 446.999,44€ 4 31,10€ Omeprazol 37.815 4 6,42€

Sitagliptina 429.656,92€ 5 49,21€ Trimetazidina 35.699 5 8,52€

Sinvastatina 355.708,37€ 6 5,76€ Paracetamol 27.694 6 2,23€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 330.136,52€ 7 21,53€ Clopidogrel 25.455 7 11,00€

Fluticasona + Salmeterol 323.458,48€ 8 49,66€ Alprazolam 24.371 8 4,48€

Candesartan + Hidroclorotiazida 315.288,80€ 9 29,78€ Amoxicilina + Ácido clavulânico 23.905 9 7,61€

Montelucaste 307.669,56€ 10 34,94€ Beta-histina 23.045 10 6,86€

Total do ACES 22.251.420,95€ 12,36€ Total do ACES 1.799.969 12,36€

Ano de 2012

Oeste Sul

ACES PRESC

DCIPVP RNK PVP/EMB

DCIEMB RNK PVP/EMB

Metformina + Vildagliptina 1.262.801,87€ 1 53,68€ Sinvastatina 71.244 1 5,85€

Rosuvastatina 942.607,12€ 2 44,72€ Ácido acetilsalicílico 55.444 2 2,14€

Metformina + Sitagliptina 878.699,51€ 3 50,51€ Trimetazidina 50.307 3 8,84€

Valsartan + Hidroclorotiazida 531.230,28€ 4 30,38€ Metformina 47.748 4 3,92€

Amlodipina + Valsartan 497.695,66€ 5 49,27€ Alprazolam 40.326 5 4,61€

Sitagliptina 487.918,97€ 6 48,83€ Losartan + Hidroclorotiazida 37.275 6 12,41€

Olmesartan medoxomilo + Hidroclorotiazida 473.709,40€ 7 33,90€ Omeprazol 33.910 7 7,09€

Pregabalina 472.658,74€ 8 47,07€ Pantoprazol 33.345 8 9,20€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 468.074,03€ 9 21,48€ Clopidogrel 31.624 9 11,18€

Losartan + Hidroclorotiazida 462.410,57€ 10 12,41€ Bisoprolol 31.601 10 4,92€

Total do ACES 31.351.950,12€ 13,37€ Total do ACES 2.345.801 13,37€

Ano de 2012

Médio Tejo

ACES PRESC

DCIPVP RNK PVP/EMB

DCIEMB RNK PVP/EMB

Metformina + Vildagliptina 878.635,14€ 1 53,91€ Sinvastatina 62.594 1 6,10€

Metformina + Sitagliptina 838.907,42€ 2 50,80€ Metformina 55.175 2 3,85€

Rosuvastatina 629.242,65€ 3 44,45€ Ácido acetilsalicílico 53.802 3 2,15€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 577.724,00€ 4 21,65€ Omeprazol 42.801 4 6,69€

Valsartan + Hidroclorotiazida 469.535,54€ 5 31,91€ Trimetazidina 36.483 5 8,49€

Sitagliptina 432.628,34€ 6 49,18€ Indapamida 32.692 6 5,09€

Pregabalina 412.531,57€ 7 47,84€ Paracetamol 31.584 7 2,23€

Sinvastatina 382.008,12€ 8 6,10€ Bisoprolol 31.433 8 4,92€

Perindopril 372.284,88€ 9 13,68€ Alprazolam 31.305 9 4,55€

Olmesartan medoxomilo + Hidroclorotiazida 371.777,44€ 10 34,00€ Beta-histina 30.130 10 6,79€

Total do ACES 25.723.550,93€ 12,43€ Total do ACES 2.069.041 12,43€

Ano de 2012

Lezíria

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37

3.1.6.2. Análise dos Medicamentos Faturados pelos Médicos no Exercício

Privado

A prescrição de medicamentos pelos Médicos no Exercício Privado representa um encargo de

cerca de 144,5 milhões de euros em PVP e de 82 milhões de euros em SNS.

Estes valores correspondem a, respectivamente, 21,4% e 19,5% dos custos com

medicamentos, posicionando-o como o segundo mais oneroso da ARSLVT. Em relação ao

período homólogo de 2011, foi, de entre os contextos de prestação de cuidados de saúde o

que apresentou um decréscimo mais significativo, com uma diminuição de 18,3% no número

de embalagens faturadas, de 27,4% nos encargos ao SNS e de 26,4% no valor do PVP.

No que se refere ao custo médio em PVP por embalagem, este valor diminui 9,8% em 2012,

face ao de 2011, atingindo o valor de 14,03€.

No gráfico 18 analisa-se os encargos gerados pelas diferentes especialidades. A especialidade

médica cujo valor faturado (SNS e PVP) é o mais elevado em 2012, com cerca de 40 milhões de

euros, é a “Medicina Geral e Familiar”, que reduziu, em período homólogo, 30%, seguida da

“Psiquiatria” com 14 milhões de euros, e uma redução de 26,5%. A “Neurologia” é a terceira

especialidade mais relevante em valor da prescrição (12 milhões de euros e redução de

16,5%), seguida da categoria “Sem Especialidade Definida”.

Na categoria “Outros” foram incluídas as especialidades médicas com pouca expressão

financeira (< 500.000€ PVP em 2011).

Gráfico 12: Valores em PVP por especialidade médica prescritora no contexto privado na ARSLVT

Em relação ao volume de prescrição (número de embalagens), no Top das especialidades que

mais prescrevem encontra-se a “Medicina Geral e Familiar”, a “Sem Especialidade Definida”,

“Psiquiatria” seguida de “Cardiologia” e “Medicina Interna”, apresentando variações negativas

face a 2011.

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38

Os custos médios em PVP por embalagem, por especialidade médica, ordenados por ordem

decrescente (efetuou-se um cutoff de especialidade com custo médio por embalagem inferior

a 12€) foram os seguintes: Neurologia (26,28€), Psiquiatria (20,62€), Psiquiatria da Infância e

da Adolescência (19,81€). Seguem-se a Pneumologia (19,33€) e Imuno-Alergologia (17,57€). As

especialidades restantes têm um valor médio de PVP/Emb de 12,50€, contudo, o custo médio

PVP de todas as especialidades listadas é de 14,03€ (gráfico 19).

Gráfico 13: Custo Médio em PVP por embalagem no Exercício Médico Privado por Especialidades em período homólogo

A tabela 25 mostra o padrão de prescrição, em volume e em valor, dos médicos que exercem

medicina no privado. Apesar de algumas semelhanças com o padrão de prescrição dos

cuidados de saúde primários, verifica-se uma maior prevalência de medicamentos do sistema

nervoso central (24.643.745,93 € em PVP só no TOP 50), em consonância com as

especialidades que apresentam um custo médio em PVP por embalagem mais elevado, e uma

diminuição da prescrição de fármacos destinados ao Aparelho Cardiovascular e ao tratamento

da diabetes. De entre os medicamentos mais prescritos, por DCI, destaca-se o montelucaste,

com 111.200 embalagens faturadas e um valor total, em SNS, 2.724.589,19€, da trimetazidina

com 101.230 embalagens dispensadas e em volume a amoxicilina com ác. clavulânico com

348.210 embalagens vendidas.

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39

Tabela 25: Ranking 50 de DCI prescrito pelos médicos no exercício privado ordenados por EMB e por valor PVP

O gráfico 14 contém, em ordem decrescente do valor global de PVP faturado, os 31 médicos

responsáveis pelos maiores encargos, à ARSLVT, em valor de prescrição, a exercer no privado.

O primeiro médico do ranking prescreveu no ano em análise 654 mil euros em PVP e 34.513

embalagens de medicamentos (gráfico 15), o que corresponde a 0,45% do PVP gerado pelo

total de médicos no exercício privado da ARSLVT.

DCI EMB PVP/EMB DCI PVP SNS PVP/EMB

Amoxicilina + Ácido clavulânico 348.210 8,39€ Montelucaste 3.931.258,11€ 2.724.589,19 35,35€

Ibuprofeno 255.558 3,76€ Rosuvastatina 3.787.072,70€ 1.462.891,55 44,22€

Paracetamol 224.594 2,27€ Memantina 3.614.713,57€ 1.501.669,46 91,23€

Omeprazol 165.955 8,03€ Escitalopram 3.014.838,95€ 1.210.428,14 45,97€

Alprazolam 157.656 4,95€ Quetiapina 3.011.319,04€ 2.560.770,95 56,10€

Sinvastatina 143.141 6,88€ Amoxicilina + Ácido clavulânico 2.922.000,10€ 1.922.888,70 8,39€

Azitromicina 129.250 6,30€ Rivastigmina 2.383.760,67€ 1.024.836,04 88,83€

Ácido acetilsalicílico 113.136 2,17€ Fluticasona + Salmeterol 2.274.927,61€ 1.602.734,87 50,53€

Montelucaste 111.200 35,35€ Sinvastatina + Ezetimiba 2.158.879,23€ 833.095,07 50,97€

Metformina 105.089 4,18€ Olanzapina 2.008.508,07€ 1.675.204,87 65,45€

Trimetazidina 101.230 8,97€ Metformina + Vildagliptina 1.953.885,63€ 1.741.267,20 54,34€

Lorazepam 99.367 2,85€ Pregabalina 1.858.761,74€ 1.663.141,16 46,16€

Clopidogrel 96.556 13,39€ Esomeprazol 1.551.261,38€ 429.375,98 27,79€

Zolpidem 95.193 2,70€ Metformina + Sitagliptina 1.474.997,31€ 1.316.647,19 51,14€

Diclofenac 94.247 4,43€ Budesonida + Formoterol 1.400.925,72€ 976.869,99 51,83€

Bisoprolol 90.631 4,99€ Irbesartan + Hidroclorotiazida 1.375.114,14€ 922.868,81 21,08€

Venlafaxina 90.543 13,09€ Risperidona 1.367.944,52€ 1.101.369,65 33,01€

Bromazepam 90.068 3,63€ Omeprazol 1.332.747,81€ 355.861,29 8,03€

Rosuvastatina 85.640 44,22€ Valsartan + Hidroclorotiazida 1.298.382,34€ 915.659,70 32,18€

Nimesulida 85.195 3,91€ Atorvastatina 1.293.723,51€ 448.229,56 19,27€

Amoxicilina 81.029 4,46€ Clopidogrel 1.292.450,76€ 526.343,45 13,39€

Levotiroxina sódica 79.887 3,80€ Etoricoxib 1.233.611,18€ 495.790,64 23,65€

Mometasona 78.264 11,17€ Venlafaxina 1.185.212,70€ 370.478,52 13,09€

Beta-histina 75.995 7,61€ Metilfenidato 1.111.195,43€ 404.099,98 34,36€

Desloratadina 75.772 6,98€ Sitagliptina 1.090.745,61€ 977.629,53 49,36€

Diazepam 75.661 2,44€ Dabigatrano etexilato 1.056.470,84€ 758.771,01 94,40€

Pantoprazol 74.344 11,58€ Agomelatina 1.027.024,26€ 399.351,65 46,44€

Fluoxetina 73.116 10,59€ Sinvastatina 985.248,13€ 217.275,13 6,88€

Etinilestradiol + Gestodeno 71.045 7,81€ Ibuprofeno 962.034,90€ 274.664,19 3,76€

Furosemida 70.311 4,26€ Candesartan 937.936,80€ 661.735,33 36,63€

Atorvastatina 67.132 19,27€ Brometo de tiotrópio 931.675,07€ 670.877,91 42,49€

Sertralina 66.627 10,23€ Candesartan + Hidroclorotiazida 915.926,98€ 649.148,39 30,74€

Indapamida 66.389 5,75€ Trimetazidina 908.050,07€ 576.248,52 8,97€

Escitalopram 65.588 45,97€ Mometasona 873.914,88€ 327.244,09 11,17€

Irbesartan + Hidroclorotiazida 65.240 21,08€ Duloxetina 871.370,34€ 345.598,23 37,32€

Levodopa + Carbidopa 64.970 7,92€ Aripiprazol 868.033,24€ 764.018,71 96,48€

Cetirizina 60.092 5,45€ Amlodipina + Valsartan 867.733,89€ 617.956,61 49,55€

Claritromicina 59.633 13,05€ Pantoprazol 860.885,84€ 226.782,60 11,58€

Domperidona 56.430 5,49€ Folitropina alfa 849.921,47€ 561.128,65 248,15€

Ciprofloxacina 55.831 12,31€ Azitromicina 813.890,16€ 358.131,58 6,30€

Esomeprazol 55.817 27,79€ Losartan + Hidroclorotiazida 805.863,51€ 344.299,26 14,88€

Tansulosina 54.760 9,12€ Telmisartan + Hidroclorotiazida 803.388,42€ 566.617,83 21,38€

Losartan + Hidroclorotiazida 54.151 14,88€ Alprazolam 780.318,25€ 196.361,12 4,95€

Tramadol + Paracetamol 53.828 3,97€ Claritromicina 778.102,56€ 449.853,67 13,05€

Quetiapina 53.677 56,10€ Fluoxetina 774.482,01€ 169.918,80 10,59€

Metamizol magnésico 53.238 2,82€ Perindopril 770.771,91€ 412.625,79 14,67€

Perindopril 52.537 14,67€ Donepezilo 766.263,14€ 255.696,25 29,77€

Etoricoxib 52.167 23,65€ Ácido alendrónico + Colecalciferol 748.614,51€ 531.107,95 25,71€

Nebivolol 51.426 8,03€ Ranelato de estrôncio 726.104,31€ 521.533,22 39,77€

Propranolol 49.155 2,46€ Olmesartan medoxomilo + Hidroclorotiazida 718.437,43€ 511.619,47 34,02€

Total dos DCI prescritos 10.334.936 14,03€ Total dos DCI prescritos 145.022.368,94€ 82.250.913,61 14,03€

MÉDICOS NO EXERCÍCIO PRIVADO

Ano 2012

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Gráfico 14: Top de valores faturados em PVP nos médicos em exercício privado

Gráfico 12: Top de volume de embalagens nos médicos em exercício privado

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3.1.6.3. Análise do Consumo de Medicamentos no Ambulatório Externo

dos Hospitais na ARSLVT

O ambulatório externo dos hospitais do SNS da ARSLVT constitui o terceiro contexto de

prestação de cuidados de saúde com maior relevância na ARSLVT, com cerca de 122.165

milhões de euros em PVP (18,1%).

O valor faturado neste contexto ao SNS no ano de 2012 foi cerca de 82 milhões de euros, que

representou uma variação homóloga de -10,2% e de -9,5% em PVP. No que se refere ao

número de embalagens dispensadas, verifica-se um acréscimo de 0,4% face ao período

homólogo, perfazendo um total de 8.180.740 embalagens em 2012. É de referir que no ano

em análise a ARSLVT integrou mais um hospital que não existia em 2011, o Hospital Beatriz

Ângelo, em Loures. Em relação ao custo médio em PVP por embalagem no ano de 2012,

verificou-se um valor de 14,93€, que representou uma variação homóloga de -9,9%.

No geral (gráfico 13), os hospitais da ARSLVT sofreram uma variação em valor (PVP e SNS)

negativa no período homólogo. As exceções verificaram-se no Hospital de Vila Franca de Xira

(123,2% em SNS), no Hospital Beatriz Ângelo em Loures (43% em SNS), no HPP - Hospital de

Cascais (+ 5,3% em SNS), Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto (6,9% em SNS) e no Hospital

Fernando da Fonseca na Amadora/Sintra este último apresenta uma ligeira variação positiva

de 0,4%, no SNS.

Gráfico 13: Valores, em SNS e PVP, e respectivas variações, do Ambulatório Externo dos Centros Hospitalares/ Hospitais da ARSLVT, em período homólogo.

Os hospitais que sofreram variação homóloga positiva no que se refere a número de

embalagens vendidas (gráfico 14) foram: Hospital Fernando da Fonseca, E.P.E. (11,5%), o C.H.

Setúbal, E.P.E. (10,6%), o HPP - Hospital de Cascais (8,0%), Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

(4,8%), Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto (3,6%) e o IPO de Lisboa, E.P.E. (1,0%).

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Gráfico 14: Volume faturado, Embalagens, por Centro Hospitalar, em período homólogo.

O custo médio em PVP por embalagem por Centro Hospitalar (gráfico 15), apenas no Instituto

Oftalmológico Dr. Gama Pinto e no Hospital de Vila Franca de Xira sofreu uma evolução

homóloga positiva neste indicador de 2,3% e 0,3%, respetivamente.

Gráfico 15: Custo médio em PVP por embalagem, nos Centros Hospitalares, em período homólogo

Em relação aos medicamentos não genéricos faturados no ambulatório externo dos hospitais

da ARSLVT (gráfico 16), verifica-se que o Centro Hospitalar Lisboa Norte gastou 18.947.164,90€

em PVP no ano de 2012, tendo no entanto, reduzido face ao período homólogo (-15,6%).

Segue-se o Centro Hospitalar Lisboa Central com 14.673.653,56€ e o Centro Hospitalar Lisboa

Ocidental com 10.946.137,55€, ambos com reduções em relação ao período homólogo de -

13,1% e -11,1%, respetivamente.

O Instituto Oftalmológico Dr. Gama Pinto e o HPP-Hospital de Cascais foram os únicos a obter

uma variação homóloga positiva nos medicamentos não genéricos, apresentando no ano de

2012 valores faturados em PVP de 537.446,36€ e 2.564.615,47€, respetivamente.

É ainda de salientar que, o HPP-Hospital de Cascais e o Centro Hospitalar de Setúbal

aumentaram a faturação dos medicamentos genéricos (2% e 0,03%, respetivamente) e não

genéricos (2,2% e -3%, respetivamente) em comparação com o período homólogo.

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No que se refere aos medicamentos genéricos, os Centros Hospitalares Lisboa Norte e Central

faturaram os maiores valores, em PVP, com 3.968.874,38€ (-22,3%) e 3.519.164,51€ (-22,9%),

respetivamente, mas ambos reduziram em comparação com o período homólogo.

Gráfico 16: Valores em PVP dos medicamentos genéricos e não genéricos, no ambulatório externo dos centros hospitalares, em período homólogo

Constata-se, pelo gráfico 17, que o número de embalagens de medicamentos genéricos,

provenientes do ambulatório externo dos hospitais da ARSLVT, sofreu, no geral, uma variação

homóloga positiva, com excepção do Centro Hospitalar Médio Tejo com -3,3%.

Quanto ao número de embalagens de medicamentos não genéricos, verifica-se que os

hospitais/centros hospitalares, que não diminuíram face ao período homólogo foram, o

Hospital Fernando da Fonseca (3,6%), o C.H. Setúbal (3,1%), o Instituto de Oftalmologia Dr.

Gama Pinto (2,7%) e o Hospital Garcia de Orta (0,4%).

Gráfico 17: Volume em nº de embalagens dos medicamentos genéricos e não genéricos, no ambulatório externo dos centros hospitalares, em período homólogo

A tabela 26 representa o padrão de prescrição, em volume e em valor, no ambulatório externo

dos hospitais. Como é esperado e desejável, surgem no TOP 25, ordenado por número de

embalagens vendidas, substâncias ativas como o paracetamol, omeprazol, sinvastatina,

metformina, entre outros. No entanto, constata-se que deste top também fazem parte DCI´s

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que merecem a nossa atenção e podem ser vistas como oportunidades de melhoria de

prescrição como é o caso da amoxicilina + ác. clavulânico, da azitromicina, do pantoprazol e da

quetiapina.

Quando se analisa a ordenação por PVP, verifica-se que nos três primeiros lugares surgem

fármacos prescritos sobretudo pela Psiquiatria e Psiquiatria da Criança e da Adolescência.

A pregabalina e o levetiracetam, ambos antiepilépticos, são prescritos em especialidades de

Medicina Interna, Psiquiatria, Medicina Geral e Familiar, Reumatologia, Anestesiologia,

Ortopedia, Oncologia Médica, Hematologia Clinica, Medicina Física e de Reabilitação,

Neurocirurgia, o que nos pode levar a pensar que estão a ser utilizados de uma forma

generalizada como primeira escolha em muitas situações clínicas.

A memantina surge no sexto lugar, com PVP/EMB de 89,95€, sendo sobretudo prescrita pela

Neurologia e Psiquiatria.

O aripiprazol que apresenta um PVP/EMB de 96,25€ é prescrito sobretudo pela Psiquiatria e

Psiquiatria da Infância e Adolescência (offlabel para menores de 13 anos).

Os antidiabéticos orais em associação, metformina com um iDPP-4 que são uma 3ª linha de

tratamento figuram no TOP 20.

O montelucaste, fármaco com indicações de prescrição apenas para a asma e em situações

muito bem definidas (4ª linha nos adultos, 2ª linha nas crianças, na asma de esforço em 2ª

linha e nos doentes com asma e simultaneamente com rinite), surge no oitavo lugar com um

custo PVP anual de cerca de 2 milhões de euros.

A rosuvastatina, sétima no ranking, é a única representante das estatinas.

Outro problema detetado é a prescrição de coxibes, que não são AINE’s de primeira escolha

(Norma DGS e guideline NICE). Tabela 26: Ranking 25 de DCI prescrito pelo ambulatório externo dos hospitais por valor PVP e por EMB

DCI EMB RNK PVP/EMB DCI PVP RNK PVP/EMB

Paracetamol 236.438 1 2,20€ Risperidona 3.899.509,57€ 1 53,64€

Amoxicilina + Ácido clavulânico 204.276 2 8,29€ Quetiapina 3.876.079,19€ 2 62,06€

Omeprazol 155.221 3 7,30€ Olanzapina 3.652.418,56€ 3 69,43€

Ibuprofeno 150.403 4 2,98€ Fluticasona + Salmeterol 2.571.308,73€ 4 52,55€

Metamizol magnésico 117.397 5 2,50€ Pregabalina 2.512.465,48€ 5 47,97€

Ácido acetilsalicílico 108.600 6 2,18€ Memantina 2.499.624,44€ 6 89,85€

Sinvastatina 103.084 7 6,45€ Rosuvastatina 2.138.337,93€ 7 43,76€

Levotiroxina sódica 95.689 8 3,77€ Montelucaste 1.940.809,86€ 8 34,54€

Furosemida 92.636 9 4,21€ Brometo de tiotrópio 1.912.897,26€ 9 42,25€

Metformina 90.559 10 4,03€ Aripiprazol 1.722.258,67€ 10 96,25€

Ciprofloxacina 76.545 11 11,35€ Enoxaparina sódica 1.698.703,62€ 11 25,86€

Risperidona 72.700 12 53,64€ Amoxicilina + Ácido clavulânico 1.693.489,03€ 12 8,29€

Tramadol + Paracetamol 72.647 13 3,56€ 1.625.049,59€ 13 137,27€

Ácido valpróico 72.406 14 10,95€ Insulina glargina 1.434.056,44€ 14 67,94€

Clopidogrel 72.028 15 11,56€ Rivastigmina 1.421.657,34€ 15 86,69€

Prednisolona 70.655 16 3,93€ Metformina + Sitagliptina 1.411.479,28€ 16 50,80€

Alprazolam 67.786 17 4,60€ Budesonida + Formoterol 1.382.782,08€ 17 51,85€

Azitromicina 66.700 18 6,03€ Messalazina 1.321.722,72€ 18 26,38€

Enoxaparina sódica 65.678 19 25,86€ Metformina + Vildagliptina 1.276.140,68€ 19 53,94€

Pantoprazol 64.972 20 9,19€ Levetiracetam 1.222.625,58€ 20 54,72€

Diazepam 64.564 21 2,27€ Escitalopram 1.214.758,04€ 21 46,07€

Quetiapina 62.456 22 62,06€ Omeprazol 1.133.718,01€ 22 7,30€

Amoxicilina 60.923 23 4,06€ Fentanilo 1.107.633,52€ 23 40,95€

Bisoprolol 59.155 24 4,98€ Etoricoxib 1.028.500,51€ 24 21,76€

Lorazepam 57.629 25 2,74€ Esomeprazol 953.759,92€ 25 21,17€

Ano 2012

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3.2. Medicamentos dispensados pelos Serviços Farmacêuticos

hospitalares a doentes em regime de ambulatório na ARSLVT

A análise dos dados fornecidos pelos hospitais ao Departamento de contratualização da

ARSLVT, através dos quadros de Plano de Desempenho (Quadros PD), permite verificar que o

encargo com medicamentos dispensados pelos Serviços Farmacêuticos hospitalares a doentes

em regime de ambulatório da região da ARSLVT diminuiu 1% no ano de 2012 face a 2011,

passando de 286.402.264€ para 283.916.589€.

A diminuição global verificada é essencialmente preconizada pelos items:

-“Insuficientes Crónicos e Transplantados Renais”, cuja diminuição foi 1.721.926,52 € (-27%),

acompanhada da diminuição de 12% no número de doentes.

-“Planeamento Familiar” cuja diminuição foi 19.827,03 € (-24%), acompanhada da diminuição

de 31% no número de doentes.

-“Hepatite C” cuja diminuição foi 1.043.385,02 € (-22%), acompanhada da diminuição de 21%

no número de doentes.

-“Tuberculose e Lepra” cuja diminuição foi 5.318,59 € (-20%), acompanhada da diminuição de

20% no número de doentes.

Apesar da diminuição global, pode verificar-se nos gráficos seguintes (gráficos 18 e 19) que o

item “Outras Patologias” que engloba os medicamentos fornecidos no âmbito de patologias

não individualizadas nos quadros PD e o fornecimento de medicamentos sem suporte legal

(autorizações avulsas do Conselho de Administração), aumentou 13% (cerca de 3,4 milhões

euros). Nas patologias mais onerosas, como a infecção por VIH/ SIDA, o cancro e a artrite

reumatóide, a despesa diminuiu ligeiramente em 2012 face a 2011 em cerca de -1% (cerca de

1,3 milhões de euros), -7% (3,2 milhões de euros) e -2% (426 mil euros), respectivamente. A

esclerose múltipla continua a aumentar a sua despesa, tendo apresentado um crescimento, de

2% (cerca de 426 mil euros).

Gráfico 18: Evolução dos encargos com medicamentos no ambulatório interno dos hospitais da área de influência da ARSLVT, no ano de 2011 face ao ano de 2012.

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No ano de 2012 as quatro patologias mais onerosas (HIV/SIDA, Patologia Oncológica, Artrite

Reumatóide e Esclerose Múltipla) representaram 73% dos encargos com medicamentos de

distribuição no ambulatório hospitalar na ARSLVT.

Gráfico 19: Encargo com medicamentos de distribuição no ambulatório hospitalar na ARSLVT, no ano de 2012

Em relação ao número de doentes (Gráfico 20), estas quatro patologias representam 63%

(44.466) do total de 70.780 doentes, sendo que a patologia oncológica inclui mais de 50% dos

doentes, com 24.125 doentes, seguindo-se a SIDA, com 16.000 doentes, a Artrite Reumatóide,

com 2.313 doentes e a Esclerose Múltipla, com 2.028 doentes.

Gráfico 20: Número de doentes utilizadores de medicamentos por patologia na ARSLVT, no ano de 2012

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Ao analisarmos o custo mensal médio de cada doente por patologia (gráfico 21), verifica-se, no

ano de 2012, que a patologia mais onerosa é a Doença de Gaucher, com um custo mensal de

19.975€ por cada um dos 29 doentes a quem foi fornecida medicação na região da ARSLVT.

Segue-se a Hemofilia, com 6.702€ por doente, com 141 doentes, a Fibrose Quística (1.067€/

doente, 159 doentes) e o Síndrome de Turner (1.043€/ doente, 19 doentes). A Fibrose Quística

e a Doença de Gaucher fazem parte do grupo de doenças raras, afectando 5 ou menos pessoas

por cada 100.000 habitantes.

O tratamento da infecção por VIH/SIDA apresenta um custo mensal médio de 688€ por

doente, a patologia oncológica 142€, a esclerose múltipla 716€ e a artrite reumatóide 641€.

Gráfico 21: Custo mensal médio em medicamentos por patologia e por doente na ARSLVT, no ano de 2012.

Quando tentamos perceber a que fatores se devem as variações de encargos observadas por

patologia, verifica-se, no caso das quatro patologias mais onerosas, o seguinte: na esclerose

múltipla o aumento de encargos com medicamentos é inferior ao aumento do número de

doentes, face ao período homólogo de 2011; no HIV/SIDA e artrite reumatóide houve

diminuição dos encargos e aumento do número de doentes e na patologia oncológica a

diminuição do número de doentes foi superior à diminuição dos encargos. Onde se verifica um

grande aumento de custo da medicação em relação ao número de doentes é na hemofilia,

fibrose quística, esclerose lateral amiotrófica e no item “outras patologias” (Gráfico 22). No

global, verifica-se, no ano de 2012 um decréscimo de 3% no número de doentes para um

decréscimo de 1% no encargo com medicamentos.

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Gráfico 22: Variação do custo mensal em medicamentos por patologia e por doente na ARSLVT - 2012 face a 2011

Em relação aos encargos com medicamentos no ano de 2012, o Hospital que maior encargo

apresenta é o CHLN, com cerca de 86 M€ de despesa. Segue-se o CHLC com 66 M€, e o CHLO,

com 41M€ (Gráfico 23).

Gráfico 23: Encargos com medicamentos por hospital na ARSLVT, durante o ano de 2012

Em relação à variação dos encargos, no período homólogo em análise, a partir do gráfico 24

pode verificar-se que os Hospitais que apresentaram aumentos são o CHLO, o CHLN

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(decréscimo do número de doentes face a 2011 e aumento dos encargos), o HFF (aumento

percentual do número de doentes tratados inferior à variação percentual dos encargos), o CH

de Setúbal (variação percentual dos encargos e doentes positivas face a 2011) e o Inst.

Português Oncologia (variação percentual dos encargos e doentes positivas face a 2011).

Gráfico 24: Variação dos encargos em medicamentos e número de doentes por hospital na ARSLVT - 2012 face a 2011.

Finalmente, analisou-se a diferença de custo médio mensal para as patologias mais onerosas

para os diferentes hospitais da região da ARSLVT.

O tratamento da infecção por VIH/SIDA custou, em 2012, cerca de 132 milhões de euros,

distribuídos entre 16.000 doentes. Foi a patologia mais onerosa para a ARSLVT e a que tratou o

segundo maior grupo de doentes. Em relação ao custo médio por doente, este foi de 688€/

mês, tendo este valor variado entre 795€, para o Centro Hospitalar de Setúbal, e 190€, para o

Instituto Português de Oncologia (Gráfico 25).

Gráfico 25: Custo médio mensal por doente e por hospital para a infecção VIH/SIDA na ARSLVT, no ano de 2012

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O tratamento da patologia oncológica representou, em 2012, um encargo de cerca de 41

milhões de euros, abrangendo cerca de 24.000 doentes. Ficou, assim, no segundo lugar, em

relação aos encargos e em primeiro, em relação ao número de doentes. O custo médio por

doente foi muito variável entre os hospitais da região, tendo o valor médio ficado nos 142€/

mês. Este valor apresentou um máximo para o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, com

204€ por doente, e um mínimo de 74€/ doente para o Centro Hospitalar Médio Tejo. O IPO de

Lisboa apresentou um custo médio de 122€ por doente (Gráfico 26).

A patologia oncológica constitui uma entidade muito heterogénea, englobando uma grande

diversidade de tipos de cancro, com tratamentos também diversos e de custo muito variável. A

tipologia do hospital poderá condicionar os tipos de cancro tratados e, consequentemente, os

encargos associados. Outra hipótese explicativa para a disparidade de valores encontrados

pode residir na identificação do local onde estes fármacos são dispensados. Enquanto para

algumas instituições toda a medicação passível de ser administrada em ambulatório é

fornecida directamente ao doente ou seu representante nos Serviços Farmacêuticos

hospitalares, outras instituições dispensam-na por intermédio dos hospitais de dia. Este facto

origina um preenchimento distinto dos quadros PD, condicionando os resultados observados.

Parte da diferença encontrada no custo mensal médio por doente entre o CHLO e o CHMT

assenta nesta hipótese.

Gráfico 26: Custo médio mensal por doente e por hospital para a patologia Oncológica na ARSLVT, no ano de 2012

O tratamento da artrite reumatóide custou, na ARSLVT, cerca de 18 milhões de euros, e incluiu

2.313 doentes. Estes valores posicionam esta doença no terceiro lugar em relação aos

encargos e em quarto, em relação ao número de doentes. Nesta patologia, a variação no custo

médio por doente foi baixa, apresentando um valor médio de 641€ por doente por mês. A

excepção verificou-se no Centro Hospitalar do Oeste, com 269€ por doente, representando

este o valor mínimo observado. O valor máximo foi de 753€, para o C. H. Lisboa Central

(Gráfico 27).

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Gráfico 27: Custo médio mensal por doente e por hospital para a Artrite Reumatóide na ARSLVT, no ano de 2012.

Finalmente, o tratamento da esclerose múltipla representou um pouco mais de 17 milhões de

euros e abrangeu perto de 2.000 doentes. Trata-se da quarta patologia em termos de encargos

e a quinta no que refere ao número de doentes. A variação no custo médio por doente foi

muito baixa, apresentando um valor médio de 716€ por doente por mês. A excepção verificou-

se no valor máximo observado no Centro Hospitalar do Oeste, com 1.004€ por doente e no C.

H. de Setúbal com 936€ por doente. O valor mínimo observado foi de 603€, para o Hospital

Garcia da Horta (Gráfico 28).

Gráfico 28: Custo médio mensal por doente e por hospital para a Esclerose Múltipla na ARSLVT, no ano de 2012.

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4. Conclusão

A atividade de acompanhamento e monitorização da prescrição, dispensa e utilização de

medicamentos, desempenhada pela Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) da ARSLVT é

extremamente relevante, uma vez que permite identificar áreas passíveis de intervenção, por

forma a racionalizar a utilização dos medicamentos. É preocupação da CFT que os utentes

tenham acesso à terapêutica mais custo-efetiva, viabilizando a sustentabilidade do SNS.

Os diferentes tipos de cuidados de saúde (cuidados primários, hospitalares e privados)

influenciam-se e interagem entre si, pelo que deve ser realizada uma análise integrada da

prescrição de medicamentos do SNS.

Após analisar qualitativamente os medicamentos no top 50, no ano de 2012, em valor de PVP,

foram identificadas oportunidades de melhorias dos padrões de prescrição.

A análise do consumo de medicamentos, nos diversos contextos de prestação de Cuidados de

Saúde na ARSLVT, permitiu identificar dentro de determinado contexto onde é necessário

intervir.

Assim, são propostas de atuação da CFT a curto e médio prazo:

1. Aprofundar o estudo da prescrição de alguns GFT, como o sejam:

GFT das Hormonas e Medicamentos Usados no Tratamento das Doenças Endócrinas;

GFT do Aparelho Cardiovascular;

GFT do Sangue.

2. Monitorizar as estratégias já implementadas, com vista a racionalizar a prescrição, sobre as

substâncias ativas sem interesse terapêutico: trimetazidina, idebenona, citicolina, ginko

biloba, entre outras.