mecânica aplicada

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MECÂNICA APLICADA

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Page 1: Mecânica Aplicada

MECÂNICA APLICADA

Page 2: Mecânica Aplicada

CONCEITOS FÍSICOS CONCEITOS FÍSICOS GRANDEZAS FÍSICAS São elementos determinados através de valores numéricos, acompanhados de

suas respectivas unidades de medidas. As grandezas físicas são utilizadas para

enunciar e formular conceitos e leis físicas. Os quadros abaixo apresentam as

seis principais grandezas físicas que chamamos de básicas, bem como as

grandezas derivadas com suas denominações, unidades e equivalências

descritas no sistema internacional (SI).

Tabela de Grandezas Básicas: Grandezas

Básicas Comprimento Massa Tempo Corrente

Elétrica Temperatura

Termodinâmica Intensidade Luminosa

Unidades Básicas

Metro Quilograma Segundos Ampére Kelvin Candela

Símbolo m Kg s A K Cd Tabela de Grandezas Derivadas:

Grandezas Derivadas

Força Pressão Energia / Trabalho

Potência Tensão Elétrica

Unidades Derivadas

Newton Pascal Joule Watt Volt

Símbolo N Pa J W V Relação 1N = 1Kg.m/s2 1Pa = 1 N / m2 1J = 1 N. m 1W = 1 J / s 1V = 1 W / A

Tabela de Grandezas (Tempo, Massa e Pressão): Grandezas Tempo Massa Pressão Tempo Tempo Unidades Derivadas

Minuto Tonelada Megabaria Hora Dia

Símbolo Min T bar h d Relação 1min = 60s 1T = 1000Kg 1bar =

100000Pa 1h = 60min 1h = 3600s

1d = 24h 1d = 86400s

Tabela de Múltiplos e Submúltiplos:

Múltiplos/Submúltiplos do Metro:

Curso Técnico de Mecânica 4

Page 3: Mecânica Aplicada

CONVERSÃO DE UNIDADES: Para a conversão de unidades, basta que façamos a substituição do prefixo pelo

fator de multiplicação equivalente. Exemplo:

245 daN em N=> 24,1 . 1ON =>241N

54,7KJ em J=> 54,7 . 1000J=>54.700J

MEDIDAS DE COMPRIMENTO NO S.I.(Sistema Internacional):

A unidade de medida de comprimento no S.I. é o metro (m).

Exercícios: 1. Transforme:

a) 3,4 Km em cm:

b) 140 μm em mm:

c) 256 Kw em Mw:

d) 1023 bar em Mbar:

2. Efetue a soma em mm a) 244,1 cm + 10,5 mm + 16.4 μm + 8,2 dm:

b) 76 μm + 3 cm + 24 cm + 3,2 mm:

3. Converter as unidades: a) 3.345 kg em T =

b) 90 m/s em m/min =

c) 10.558 Pa em bar =

d) 282 W/A em V =

DENSIDADE( ρ )

Curso Técnico de Mecânica 5

Page 4: Mecânica Aplicada

Definição: é a relação entre a massa do corpo e o seu respectivo volume.

Assim teremos:

ρ = m / V onde: m = massa - em g ou kg

V = volume - em cm3 ou dm3

ρ = densidade ou massa específica – em g/cm3 ou

kg/dm3

Densidade é a função direta entre massa e volume e depende do material dos

corpos: Denominação / Material Densidade (g/cm3)

Água 1

Aço ( liga Fe-C) 7,89 FoFo ( liga Fe-C) 7,2 e 7,3 Aço Inox (liga Fe-C-Cr) 7,0 a 7,84 Zinco (Zn) 7,14 Estanho (Sn) 7,3 Cobre (C) 8,94 Chumbo (Pb) 11,3 Latão (liga Cu-Zn) 8,4 a 8,6 Bronze (liga Cu-Sn) 7,6 a 8,8 Alumínio (Al) 2,7 Magnésio (Mg) 2,7 Níquel (Ni) 8,9 Ouro (Au) 9,32 Fósforo (P) 1,83 Ferro (Fe) 7,85 Carbono (C) 3,51 Mercúrio (Hg) 13,6 Acetileno (C2H2) 1,17 Kg/m3 Oxigênio (O2) 1,43 Kg/m3

Hidrogênio (H2) 0,09 Kg/m3

MASSA: Cada corpo possui uma quantidade definida de material a que chamamos de

massa.

A massa é determinada através do equilíbrio numa balança como uma outra de

quantidade conhecida.

Numericamente definimos a massa como sendo o produto do volume pela

densidade desse material.

m = V . ρ

sendo: m - Massa (g) V - volume (cm3) ρ - densidade (g/cm3)

Não podemos confundir massa com peso, pois a massa é sempre constante e o

peso sempre varia com a localização devido a Força da Gravidade.

Curso Técnico de Mecânica 6

Page 5: Mecânica Aplicada

A UNIDADE PADRÃO DA MASSA É O QUILOGRAMA (KG) QUE CORRESPONDE À MASSA DE UM CILINDRO DE PLATINA IRIDIADA.

O submúltiplo e o múltiplo usuais do quilograma são, respectivamente, o grama

(g) e a tonelada (t).

1g = 1 / 1000 kg = 10 -3 kg

1t =1000 kg = lO3 kg

A medida da massa de um corpo pode ser feita por meio de uma balança, através

da comparação com massas padrão.

Exercícios: 1. Calcular a massa da peça abaixo em kg, dado densidade do material de

7,89 g/cm3

2. Calcular a densidade da peça abaixo em g/cm3 sabendo-se que sua massa

é de 44,532kg:

3. Determine para a peça de Alumínio abaixo, sua massa e peso.

PESO:

Curso Técnico de Mecânica 7

Page 6: Mecânica Aplicada

A terra exerce sobre os corpos uma atração direcionada para seu próprio centro.

Essa atração é chamada “força de gravidade” e varia em relação a altitude em

que se encontra o corpo. Além disso, em função do movimento de rotação da

terra, surge uma força centrífuga que é máxima no Equador e nula nos pólos.

Chamamos de peso a resultante dessas forças que atuam nos corpos situados na

superfície terrestre.

Observação: o peso de um corpo varia com a altitude e a posição geográfica. Isaac Newton determinou experimentalmente que qualquer corpo de massa (m)

em queda livre adquire aceleração da gravidade .

Definiu-se que peso é o produto da massa pela aceleração da gravidade. A

aceleração da gravidade depende da natureza dos corpos, mas varia de lugar

para lugar.

Observação: para nossos cálculos e aplicações técnicas consideramos

desprezíveis as diferenças de , considerando-o como 10 m/s2. EXEMPLOS DE ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE:

Equador 9,78 m/s2 Roma 9,80 m/s2

Paris 9,81 m/s2 pólos 9,83 m/s2

Lua 1,62 m/s2 Júpter 26m/s2

Unidades de peso (S.I.)

P = kg . m = N s2

Exercícios: 1. Calcule o peso de 100 g de ouro na terra e na lua.

2. Determine a massa de uma peça de 385 N de peso.

3. Determine o peso de um corpo de massa 100 kg .

4. Determine a aceleração de uma região onde uma peça possui 400N de

peso e uma massa de 25kg.

IINNÉÉRRCCIIAA EE FFOORRÇÇAA

Curso Técnico de Mecânica 8

Page 7: Mecânica Aplicada

Quando um ônibus “arranca” a partir do repouso os passageiros tendem a

deslocar-se para trás, resistindo ao movimento. Da mesma forma, quando o

ônibus já em movimento freia, os passageiros deslocam-se para frente tendendo

a continuar com a velocidade que possuíam.

Essa característica que os corpos têm de resistir às mudanças do seu estado de

repouso ou de movimento recebe o nome de inércia.

Inércia é a propriedade da matéria de resistir a qualquer variação do seu

estado de movimento ou de repouso.

Por experiência própria, sabemos que os corpos que apresentam maior inércia

são aqueles que apresentam maior massa.

Por exemplo, é mais fácil empurrar um carrinho vazio do que um cheio de

compras.

O carrinho com compras oferecem maior resistência para sair do repouso.

Podemos, então, associar a massa de um corpo a sua inércia, dizendo que a

massa de um corpo é a medida numérica de sua inércia.

VELOCIDADE E ACELERAÇÃO VELOCIDADE MÉDIA

Curso Técnico de Mecânica 9

Page 8: Mecânica Aplicada

t1 t2

s1 s 2

tsvm Δ

Δ=

12 sss −=Δ

12 ttt −=Δ

vm = velocidade média (unidade: m/s, km/h)

sΔ = deslocamento (m)

tΔ = tempo (s, h)

Transformação de Unidade de Velocidade

s/m6,3

1s3600m1000

hkm1

==

"Para transformar uma velocidade em km/h para m/s, devemos dividir a

velocidade por 3,6. Para transformar uma velocidade em m/s para km/h, devemos

multiplicar a velocidade por 3,6."

Exercícios 1- Quando o brasileiro Joaquim Cruz ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas

de Los Angeles, correu 800m em 100s. Qual foi sua velocidade média?

2- Suponha que um trem-bala gaste 3 horas para percorrer a distância de 750

km. Qual a velocidade média deste trem?

3- O velocímetro de um carro indica 72 km/h. Expresse a velocidade deste carro

em m/s. ACELERAÇÃO Em um movimento, quando há uma variação de velocidade uniformemente com o

tempo, dizemos que neste existe uma aceleração. Numericamente temos:

Curso Técnico de Mecânica 10

Page 9: Mecânica Aplicada

tvaΔΔ

= sendo: vΔ = v2 - v1

tΔ = t2 - t1

Onde:

a = aceleração (m/s2)

vΔ = variação da velocidade (m/s)

tΔ = variação do tempo (s)

Exercícios 1- Entre 0 e 3s, a velocidade de um helicóptero em MUV varia de 4 m/s para 21

m/s. Qual a sua aceleração?

2- Um rapaz estava dirigindo uma motocicleta a uma velocidade de 20 m/s

quando acionou os freios e parou em 4s. Determine a aceleração imprimida pelos

freios à motocicleta.

FORÇAS Quando acontece uma interação entre corpos podem ocorrer variações na

velocidade, deformações ou ambos os fenômenos.

As causas dessas variações ou deformações são denominadas forças. Quando

um corpo é abandonado de uma determinada altura, cai com movimento

acelerado devido à força de atração da Terra.

Ao chutarmos uma bola, o pé faz sobre

ela uma força que além da deformação,

inicia - lhe o movimento. As Forças se classificam em:

FORÇA DE CONTATO - Quando as superfícies dos corpos que interagem se

tocam. Exemplo: interação pé-bola.

FORÇA DE CAMPO - Quando as superfícies dos corpos que interagem não se

tocam. Exemplo: interação terra-maçã, magnetismo.

Em Dinâmica vamos tratar com forças cujo efeito principal é causar variações na

velocidade de um corpo, isto é, aceleração.

Curso Técnico de Mecânica 11

Page 10: Mecânica Aplicada

“Forças são interações entre corpos, causando variações no seu estado de

movimento, repouso ou deformação”.

Tal qual a aceleração, a força é uma grandeza vetorial, exigindo, portanto, para

que seja caracterizada:

I. Ponto de contato II. Intensidade (módulo)

III. Direção ( θ )

IV. Sentido.

A unidade de força no SI é o Newton (N), definida no capítulo referente ao Peso.

FORÇA RESULTANTE Seja uma partícula na qual estão aplicadas várias forças. Esse sistema de forças

pode ser substituído por uma única força, a força resultante, que é capaz de

produzir na partícula o mesmo efeito que todas as forças aplicadas.

Exemplo Prático: Duas forças concorrentes F1 e F2 de intensidade 4N e 3N atuam num mesmo

ponto material, formando um ângulo α entre si. Determinar a intensidade da força

resultante para os seguintes valores de α.

a) 0º b) 60º c) 90º d) 180º

Resolução:

A força resultante é obtida vetorialmente pela soma das forças:

FR= F1 + F2

Curso Técnico de Mecânica 12

Page 11: Mecânica Aplicada

Escalarmente, cada item apresenta uma resolução particular:

a- Sendo α =0º, as forças têm mesma direção e mesmo sentido:

A intensidade da força resultante será:

FR = F1 + F2

FR = 4 + 3

FR =7N

b- Para α = 60º

Utiliza-se a expressão:

N1,6FN37F2134234F

º60cosFF2FFF

RR

22R

2122

21R

≅⇒=

×××++=

++=sendo cos 60º =

21

c- Para α = 90º aplicamos o teorema de Pitágoras:

d- Sendo α = 180º, as forças têm mesma direção e sentidos contrários:

34FFFF R21R −=⇒−=Curso Técnico de Mecânica 13

Page 12: Mecânica Aplicada

A intensidade da força resultante será:

N1FR =

Exercícios: 1- Determine a intensidade da força resultante em cada um dos sistemas de

Forças concorrentes.

EQUILÍBRIO Um ponto material está em equilíbrio quando a resultante das forças que nele

atuam é nula. Podemos distinguir dois casos:

a- Equilíbrio estático Um ponto material está em equilíbrio estático quando está em

repouso, isto é, sua velocidade vetorial é nula no decorrer do

tempo.

pousovFR Re

00

⎭⎬⎫

==

r

r

b- Equilíbrio dinâmico

O equilíbrio é dito dinâmico quando o ponto material estiver em

movimento retilíneo e uniforme, isto é, sua velocidade vetorial é

constante e diferente de zero.

MRUctev

FR

⎭⎬⎫

≠==

00

r

r

SEGUNDA LEI DE NEWTON Quando se aplica uma Força em um corpo de massa m, este adquire uma

aceleração.

F = m x a Curso Técnico de Mecânica 14

Page 13: Mecânica Aplicada

F = força (N)

m = massa (kg)

a = aceleração (m/s2)

Unidade de força no SI: Newton (N)

Exercícios 1- Um corpo com massa de 0,6kg foi empurrado por uma força que lhe

comunicou uma aceleração de 3m/s2. Qual o valor da força?

2- Um caminhão com massa de 4000kg está parado diante de um sinal luminoso.

Quando o sinal fica verde, o caminhão parte em movimento acelerado e sua

aceleração são de 2m/s2. Qual o valor da força aplicada pelo motor?

3- Sobre um plano horizontal perfeitamente polido está apoiado, em repouso, um

corpo de massa m=2 kg. Uma força horizontal de 20 N, passa a agir sobre o

corpo. Qual a velocidade desse corpo após 10 s?

4- Um corpo de massa 2 kg passa da velocidade de 7 m/s à velocidade de 13

m/s num percurso de 52 m. Calcule a força que foi aplicada sobre o corpo nesse

percurso.

FORÇA DE ATRITO "Quando um corpo é arrastado sobre uma superfície rugosa, surge uma força de

atrito de sentido contrário ao sentido do movimento".

N

M FFat

Curso Técnico de Mecânica 15

Page 14: Mecânica Aplicada

Fat = μ .N

Sendo:

Fat = força de atrito (N)

μ = coeficiente de atrito

N = normal (N), para força aplicada paralela ao plano, considera-se a Normal N,

igual à força Peso P.

Sobre um corpo no qual aplicamos uma força F, temos:

F - Fat = m.a

Exercícios 1- Um bloco de massa 8 kg é puxado por uma força horizontal de 20N. Sabendo

que a força de atrito entre o bloco e a superfície é de 2N, calcule a aceleração a

que fica sujeito o bloco. Dado: g = 10 m/s2.

2- Um bloco de massa 10 kg movimenta-se numa mesa horizontal sob a ação de

uma força horizontal de 30 N. A força de atrito entre o bloco e a mesa vale 20 N.

Determine a aceleração do corpo.

3- Um corpo de massa m = 5 kg é puxado horizontalmente sobre uma mesa por

uma força F = 15 N. O coeficiente de atrito entre o corpo e a mesa é μ = 0,2.

Determine a aceleração do corpo. Considere g = 10 m/s3.

4- Um bloco de massa 2 kg é deslocado horizontalmente por uma força F = 10 N,

sobre um plano horizontal. A aceleração do bloco é 0,5 m/s2. Calcule a força de

atrito.

TTRRAABBAALLHHOO DDEE UUMMAA FFOORRÇÇAA

O significado da palavra trabalho, em Física, é diferente do seu significado

habitual, empregado na linguagem comum.

Curso Técnico de Mecânica 16

Page 15: Mecânica Aplicada

“Trabalho, em Física, é sempre relacionado a uma força e a um deslocamento.

Uma força aplicada a um corpo realiza trabalho quando produz um deslocamento

do corpo”.

Temos dois casos:

1º caso: A força tem a mesma direção do deslocamento

Consideremos um ponto material que, por causa da força F, horizontal e

constante, se movimenta da posição A para a posição B, sofrendo um

deslocamento d.

O trabalho de F no deslocamento AB é dado por:

dFB,A ⋅=τ

A unidade de trabalho, no Sistema Internacional, é o Nxm chamado joule e se

indica J.

Se a força F tem o mesmo sentido do deslocamento o trabalho é dito motor. Tem-

se sentido contrário o trabalho é denominado resistente.

Por convenção:

0e0 resistentemotor <> ττ

Exemplo Um ponto material desliza num plano horizontal, sem atrito, submetido à ação da

força horizontal F=80N. Calcular o trabalho dessa força em um deslocamento de

7m no mesmo sentido dessa força.

Resolução:

780dF B,AB,A ⋅=⇒⋅= ττ

J560B,A =τ

2º caso: A força não tem a mesma direção do deslocamento

Consideremos um ponto material que sob a ação da força F passa da posição A para a posição B sofrendo um deslocamento d.

Curso Técnico de Mecânica 17

Page 16: Mecânica Aplicada

Decompondo a força F, temos:

O trabalho da componente Fy no deslocamento d é nulo, pois não há

deslocamento na direção y; logo, somente Fx realiza trabalho, dado por:

dFxFxFB,A ⋅=== τττ

Mas Fx = F cos α ; portanto:

α⋅⋅=τ cosdFB,A

Observação: Se a força F for perpendicular à direção do deslocamento o trabalho de F é nulo,

pois cos 90º = o.

Exemplo: Um ponto material é deslocado de 1Om pela força F = 50N indicada na figura.

Determine o trabalho realizado pela força F no deslocamento AB.

Resolução:

Curso Técnico de Mecânica 19J250B,A =τ

211050

º60cos1050

B,A

B,A

⋅⋅=

⋅⋅=

ττ

Page 17: Mecânica Aplicada

α⋅⋅=τ cosdFB,A

PROPRIEDADE Podemos calcular o trabalho de uma força F, constante, utilizando o gráfico:

A área A é numericamente igual ao módulo do trabalho da força F no

deslocamento de A para B.

Exemplo: O gráfico representa a intensidade de uma força F aplicada a um ponto material,

em função da posição sobre uma trajetória.

Sabendo que o trabalho realizado pela força no deslocamento de 0 a 5m é de

600J, calcular F.

Resolução:

Da figura, temos:

N120F6005FA 50

=

=⋅⇒= ⋅τ

Exercícios: 1- Uma caixa desliza num plano sem atrito sob a ação de uma força F de

intensidade 60N. Determine o trabalho dessa força em um deslocamento de 12m,

no mesmo sentido dessa força.

Curso Técnico de Mecânica 20

Page 18: Mecânica Aplicada

2- A força F indicada na figura tem intensidade 8N. Ache o trabalho dessa força

num deslocamento de 5m. Dado cos 30º =0,8.

3. Um ponto material, de massa 6kg tem velocidade de 8m/s quando sobre ele

passa a agir uma força de intensidade 30N na direção do movimento, durante 4s.

Determine:

a) Deslocamento durante esses 4s.

b) Trabalho realizado nesse deslocamento.

TRABALHO DA FORÇA PESO Consideremos um corpo de massa m, lançado do solo, verticalmente para cima, e

atingindo uma altura h ou abandonado da mesma altura em relação ao solo, num

local onde a aceleração da gravidade é igual a g. Como o corpo fica sujeito à

força peso P, ela realiza um trabalho resistente durante a subida e um trabalho

motor durante a descida.

Note que o trabalho da força peso independe da trajetória, isto é, depende

somente das posições inicial e final do corpo. Forças com essa característica são

chamadas forças conservativas.

Curso Técnico de Mecânica 21

Page 19: Mecânica Aplicada

Trabalho da força peso durante os trajetos AB, AC e AD são iguais, isto é:

mghD.AC.AB.A −=== τττ

Exemplo: Um homem levanta uma caixa de massa 8kg a uma altura de 2 metros em

relação ao solo, com velocidade constante. Sabendo que g = 1Om/s2, determinar

o módulo do trabalho realizado pela força peso.

Exercícios: 1- Um garoto abandona uma pedra de 0,4kg do alto de uma torre de 25 metros

de altura. Dado g=10m/s2 , calcule o trabalho realizado pela força peso de até a

pedra atingir o solo.

2- O carrinho indicado na figura tem massa de

100kg. Calcule o trabalho realizado para levá-lo de A

até B com velocidade constante. Adote g= 10m/s2.

3- Um bloco de massa 4,5kg é abandonado em repouso em um plano inclinado.

O coeficiente de atrito entre o bloco e o plano é 0,5.

a) Calcule a aceleração com que o bloco desce o plano.

b) Calcule os trabalhos da força peso e da força de atrito no percurso de A até B.

PPOOTTÊÊNNCCIIAA

A definição de trabalho não envolve o tempo gasto para realizá-lo, embora seja

um dado muito importante para estudar a eficiência da força que o realiza.

Consideremos duas pessoas que realizam o mesmo trabalho.

Curso Técnico de Mecânica 22

Page 20: Mecânica Aplicada

Se uma delas leva um tempo menor que a outra para a realização desse trabalho,

tem de fazer um esforço maior e, portanto, dizemos que desenvolveu uma

potência maior.

Uma máquina é caracterizada não pelo trabalho que efetua, mas pelo trabalho

que pode efetuar em determinado tempo; daí a noção de potência.

“Define-se como potência média o quociente do trabalho desenvolvido por uma

força e o tempo gasto em realizá-lo”. Matematicamente tem-se:

tPm Δ

A unidade de potência no Sistema Internacional é o watt ( W ). Duas outras unidades de potência são o cavalo-vapor e o horse-power cujas

relações são:

1CV ≅ 735W

1HP ≅ 746W

Como o watt é uma unidade de potência muito pequena, mede-se a potência em

unidades de 1 000W, denominada quilowatts.

1kW=1000W

Exemplo Calcular a potência média desenvolvida por uma pessoa que eleva a 20 metros

de altura, com velocidade constante, um corpo de massa 5kg em 10 segundos.

W100P10

20.10.5p

tmghP

tP

m

m

mm

=

=

Δ=⇒

Δ=τ

Exercícios: 1- Determine a potência de um dispositivo para elevar um corpo de massa 100Kg

a uma altura de 80 metros em 20 segundos. Adote g=10m/s2.

Curso Técnico de Mecânica 22

Page 21: Mecânica Aplicada

2- Um motor de um automóvel fornece uma potência de 10CV. Sabendo que o

automóvel tem a velocidade constante de 72Km/h, determine a força que ele

desenvolve.

3- O guindaste da figura eleva a cada 5s, e à altura de 4m, 10 fardos de 1470 Kg

cada um. Determine a potência desse guindaste em CV. Adote g=10m/s2.

RREENNDDIIMMEENNTTOO

Uma máquina não cria trabalho; sua função é transmiti-lo.

A força aplicada a uma máquina desenvolve um trabalho chamado trabalho motor

ou trabalho total.

Curso Técnico de Mecânica 23

Page 22: Mecânica Aplicada

Uma parte desse trabalho comunicado à máquina se perde para vencer as

resistências passivas, representadas pelo atrito. Esse trabalho perdido é chamado

trabalho dissipado.

Denominando trabalho útil aquele que a máquina nos devolve, e utilizando o

princípio da conservação do trabalho, temos:

Em que:

τt= trabalho total ou trabalho motor.

τu= trabalho útil.

τd= trabalho dissipado.

Relacionando com a potência, temos:

Pt=Pu+Pd Em que:

Pt = potência total.

Pu = potência útil.

Pd = potência dissipada.

“Denomina-se rendimento de uma máquina o quociente entre a potência útil e a

potência total e indicamos pela letra grega η (éta)”.

t

u

PP

Exemplo O rendimento de uma máquina é de 80%. Sabendo-se que ela realiza um trabalho

de 1 000J em 20s, determinar a potência total consumida pela máquina.

Resolução:

O trabalho realizado pelo motor é útil, logo:

t

u

PP

Para o cálculo da potência total, temos:

Curso Técnico de Mecânica 24

Page 23: Mecânica Aplicada

W5,62PP508,0

PP

t

tt

u

=

=⇒=η

Exercícios: 1- Uma máquina fornece o trabalho útil de 600J. Sabendo que seu rendimento é

de 60%, calcule o trabalho perdido.

2- Numa casa, a água é retirada de um poço de 12 metros de profundidade com

auxílio de um motor de 6kW. Determine o rendimento do motor, se para encher

uma caixa de 9000 litros decorre um tempo de 1 hora. Dados: g=10m/s2 e

μágua=1kg/l.

3- Um automóvel de massa 800kg percorre um trecho de estrada reto e

horizontal, de comprimento AB=1000m. A seguir, sobe uma rampa de declividade

constante, de comprimento BC=500m, sendo que o ponto C está 20m acima do

plano horizontal que contém AB. A velocidade do automóvel é constante e igual a

72km/h.

a) Qual o trabalho da força peso nos trechos AB e BC?

b) Qual a potência desenvolvida pelo motor do automóvel no trecho em rampa,

sabendo-se que as perdas por atrito equivalem a uma força igual a 10% do

peso do veículo?

EENNEERRGGIIAA

Quando dizemos que uma pessoa tem energia, supomos que tem grande

capacidade de trabalhar. Quando não tem energia, significa que perdeu a

capacidade de trabalho.

Curso Técnico de Mecânica 25

Page 24: Mecânica Aplicada

Então, podemos dizer que um sistema ou um corpo tem energia quando tem a

capacidade de realizar trabalho.

O vocábulo energia vem do grego ergon, que quer dizer trabalho.

A energia manifesta-se sob várias formas, segundo o agente que a produz.

Energia mecânica: na queda dos corpos.

Energia térmica: na máquina a vapor.

Energia elétrica: na pilha.

Na Mecânica, estudaremos a energia que pode se apresentar, basicamente, sob

duas formas:

Energia cinética ou de movimento;

Energia potencial ou de posição.

I. Energia cinética A água que corre, o vento que sopra, um corpo que cai, a bala que sai da boca de

um canhão etc. têm energia, pois podem produzir trabalho quando encontram

algum obstáculo.

A água corrente pode acionar uma turbina, o vento impulsiona barcos a vela, faz

girar moinhos, a bala de um canhão derruba prédios.

Esse tipo de energia que os corpos têm devido ao movimento é denominado

ENERGIA CINÉTICA.

Fórmula matemática da Energia Cinética Suponha um corpo de massa m, inicialmente em repouso, sobre o qual passa a

agir uma força de intensidade F durante um tempo t.

Após esse tempo a velocidade do corpo é v e o deslocamento é d.

A energia adquirida pelo corpo é igual ao trabalho realizado por F.

E = τ = F.d = m.a.d

Curso Técnico de Mecânica 26

Page 25: Mecânica Aplicada

Mas o deslocamento é dado por:

2at21d =

Substituindo em , vem:

222 tma21Emaat

21E =⇒=

Como v = a.t, temos:

2mv21E = ou 2

c mv21E =

Esta é a fórmula matemática da energia cinética de um corpo de massa m e

velocidade v e representa o trabalho realizado pela força F para aumentar a

velocidade do corpo desde zero até v.

Exemplo: Consideremos um ponto material de m assa 6kg, inicialmente em repouso sobre

um plano horizontal liso. No instante t = 0, passa a agir sobre o ponto material

uma força F = 12N, durante 10s.

a) Qual o trabalho realizado por F?

b) Qual a energia cinética do ponto material no instante 10s?

1) Cálculo da aceleração:

a612maF =⇒= 2s/m2a =

2) Cálculo do deslocamento:

Curso Técnico de Mecânica 27

Page 26: Mecânica Aplicada

m100d

102210d

at21tvssat

21tvss

2

200

200

=

⋅⋅+=

+=−⇒++=

3) Cálculo do trabalho:

J12001012dF

=⋅=⇒⋅=

τττ

4) Cálculo da velocidade:

s/m20v1020vatvv 0

=

⋅+=⇒+=

5) Cálculo da energia cinética:

J1200E

20621Emv

21E

c

2c

2c

=

⋅⋅=⇒=

Exercícios: 1- Calcule a energia cinética de um corpo de massa 8kg no instante em que sua

velocidade é de 72km/h.

2- Consideremos um ponto material de massa 8kg, inicialmente em repouso,

sobre um plano horizontal liso. Sabendo que sobre ele passa a agir uma força

horizontal de intensidade 32N, calcule:

a) o trabalho realizado pela força horizontal durante 10s.

b) a energia cinética do ponto material no instante 16s.

II. Energia potencial A água parada em uma represa, uma pedra suspensa no ar, uma mola

comprimida.

Curso Técnico de Mecânica 28

Page 27: Mecânica Aplicada

Esse tipo de energia armazenada pelos corpos devido a suas posições é

denominado ENERGIA POTENCIAL.

Fórmula matemática da Energia Potencial Um corpo ou um sistema de corpos pode ter forças interiores capazes de

modificar à posição relativa de suas diferentes partes, realizando assim um

trabalho.

Dizemos, então, que o corpo ou o sistema de corpos tem energia potencial.

Como exemplo podemos citar a água contida numa represa a certa altura.

Abrindo as comportas, a água atraída pela gravidade coloca-se em movimento e

realizará trabalho.

Um outro exemplo é o de uma mola comprimida ou esticada.

Ficando livre da força do operador, a força elástica da mola fará o corpo se

movimentar produzindo trabalho.

A energia potencial é denominada também energia de posição, porque se devem

à posição relativa que ocupam as diversas partes do corpo ou do sistema.

A ENERGIA POTENCIAL devida à gravidade é chamada energia potencial gravitacional e aquela devida à mola é denominada energia potencial elástica.

a. Energia potencial gravitacional Consideremos um corpo de massa m, sobre o solo, num local onde a aceleração

da gravidade é g.

Curso Técnico de Mecânica 29

Page 28: Mecânica Aplicada

O trabalho para uma pessoa (força F) elevar o corpo até a altura h, com

velocidade constante, fica armazenado no corpo sob forma de energia potencial

gravitacional dada por:

mghEmghhP

gravP ==⇒⋅= ττ

Observação: Para o cálculo da energia potencial gravitacional adotamos o solo como nível de

referência, isto é, nesse nível a energia potencial gravitacional é nula.

b. Energia potencial elástica Consideremos uma mola de constante elástica k, presa a uma parede por uma

extremidade não distendida.

Consideremos também um agente externo puxando essa mola.

A força que a mola opõe à sua deformação é dada por:

F = k.x, onde:

x é a deformação sofrida pela mola;

Podemos representar esta deformação x graficamente, como:

Curso Técnico de Mecânica 30

Eixo Y – Deformação da mola;

Eixo X – Força aplicada na mola;

Sendo:

Page 29: Mecânica Aplicada

O trabalho que o agente externo realiza para vencer a resistência da mola (área

A) é igual à energia que ele transfere para ela, e fica armazenada como energia

elástica, dada por:

2Kx

2Kxx

2

FxA

2

=

⋅=

⋅⇒=

τ

τ

ττ

ou 2

KxE2

Pelástica

=

-

Exemplo 1 Um corpo de massa 4kg encontra-se a uma altura de 1 6 metros do solo.

Admitindo o solo como nível de referência e supondo g = 1 Om/s2, calcular sua

energia potencial.

Resolução:

J640E

16104EmghE

grav

gravgrav

P

PP

=

⋅⋅=⇒=

Exemplo 2 Uma mola de constante elástica k = 400N/m é comprimida de 5cm. Determinar

sua energia potencial elástica.

Resolução:

( )

J5,0E2

05,0400E2

KxE

elástica

elásticaelástica

P

2

P

2

P

=

⋅=⇒=

Exemplo 3 Um trem cuja massa é m= 50 toneladas passa por uma estação A, no topo da

serra do Mar, com velocidade vA= 20m/s e pára numa estação B situada na

Curso Técnico de Mecânica 31

Page 30: Mecânica Aplicada

baixada santista. Sabe-se que a altura da serra do Mar é h = 700m e o percurso

realizado pelo trem entre as estações A e B é d = 10km.

Dado g = 1Om/s2, determinar a intensidade do valor médio da força dissipativa

atuante no trem durante a descida.

Resolução:

Tomando como nível de referência a baixada santista, pelo teorema da energia

cinética, temos:

( )

N36000F1000F35000

20500002110000F7001050000

mv210Fdmgh

mv21mv

21

EE

2

2A

2A

2Badissipativ.forçapeso

CCtotal inicialfinal

=−=−

⋅⋅−=⋅−⋅⋅

−=−

−=+

−=

τττ

Exercícios: 1- Um corpo de massa 20Kg está localizado a 6 metros de altura em relação ao

solo. Dado g=9,8m/s2, calcule sua energia potencial gravitacional.

2- Uma mola de constante elástica k= 600N/m tem energia potencial elástica de

1200J. Calcule a sua deformação.

ENERGIA MECÂNICA TOTAL Denominamos energia mecânica total de um corpo a soma das energias cinética

e potencial, isto é:

EM=EC+EP

Nesta fórmula, a parcela EP inclui a energia potencial gravitacional e a energia

potencial elástica.

MMOOMMEENNTTOO DDEE UUMMAA FFOORRÇÇAA

INTRODUÇÃO

Curso Técnico de Mecânica 32

Page 31: Mecânica Aplicada

Ë mais fácil abrir uma porta quando aplicamos a força cada vez mais distante do

eixo de rotação.

Portanto há uma relação entre a força aplicada e a distância do ponto de

aplicação ao eixo de rotação.

A grandeza física que relaciona essa distância com a força aplicada é

denominada momento.

DEFINIÇÃO “Momento de uma força F, em relação a um ponto O fixo, é o produto da

intensidade da força F pela distância d do ponto à reta suporte da força”.

Consideremos a força F aplicada a uma chave, encaixada no parafuso preso a

um suporte.

Sob a ação da força F a chave gira em torno do ponto O. O momento da Força F

em relação ao ponto O é dado por:

MF.O = F . d Em que:

d = braço do momento.

O = pólo do momento.

A unidade de momento no Sistema Internacional é o N.m.

Observações: I. O momento de uma força tende sempre a causar um movimento de

rotação, sob a ação desta força, em torno do ponto O considerado.

Curso Técnico de Mecânica 33

Page 32: Mecânica Aplicada

II. O momento de uma força F, em relação a um ponto O, pode ser negativo

ou positivo. A convenção de sinais é arbitrária, porém adotaremos a seguinte:

Rotação no sentido anti-horário - Momento positivo.

Rotação no sentido horário - Momento negativo.

EXEMPLO 1 A pessoa indicada na figura aplica-se uma força F vertical, para cima, de inten-

sidade 40N em uma chave disposta horizontalmente, para girar um parafuso.

Achar o momento dessa força em relação ao ponto O.

Resolução:

⎩⎨⎧

===

m2,0cm20dN40F

DADOS

Nm82,040dFM OF =⋅=⋅=⋅

Exemplo 2 Uma régua de 30cm de comprimento é fixada numa parede no

ponto O, em torno do qual pode girar.

Curso Técnico de Mecânica 34

Page 33: Mecânica Aplicada

Calcular os momentos das forças F1 e F2 de intensidades 50N e 6ON,

respectivamente, em relação ao ponto O.

⎪⎩

⎪⎨

====

m3,0cm30dN60FN50F

DADOS 2

1

Resolução:

O momento de F1, em relação a O é nulo, pois a distância do ponto O até a linha

de ação de F1, é nula.

Nm18M

0M

Nm183,060dFM

02F

0F

20F

1

2

−=

=

−=⋅−=⋅−=

Exercícios: 1- O menino indicado na figura aplica uma força F vertical, para baixo, de

intensidade 20N em uma chave disposta horizontalmente para girar um parafuso.

Calcule o momento dessa força em relação ao ponto O.

2- Determine o momento das forças F1 , F2 e F3 de intensidades,

respectivamente, iguais a 5N, 6N e 8N, em relação ao pólo O.

MMOOMMEENNTTOO RREESSUULLTTAANNTTEE

Curso Técnico de Mecânica 4

Page 34: Mecânica Aplicada

Se um corpo está sob a ação de várias forças, o momento resultante desse

sistema de forças em relação a um ponto é a soma algébrica dos momentos das

forças componentes em relação ao mesmo ponto.

Exemplo: Considerar as forças atuantes sobre a barra AB de peso desprezível indicadas na

figura.

Determinar:

a) Momento de cada uma das forças em relação ao ponto O.

b) Momento resultante em relação ao ponto O.

Resolução:

a)

Nm547,.220OBFM

Nm122,110ODFM

Nm616COFM

Nm2438AOFM

40F

30F

20F

10F

4

3

2

1

−=⋅−=⋅−=

=⋅=⋅−=

=⋅=⋅+=

−=⋅−=⋅−=

b)

Nm60M

5412624M

MMMMM

0

0

0F0F0F0F0 4321

−=

−++−=

+++=

∑∑∑ ⋅⋅⋅⋅

Se o momento resultante é negativo, isto significa que a barra gira no sentido

horário.

Exercício: 1- Determinar para o eixo árvore ao

lado, as reações R1 e R2:

MMÁÁQQUUIINNAASS SSIIMMPPLLEESS

Curso Técnico de Mecânica 36

Page 35: Mecânica Aplicada

O Homem com suas descobertas e criações, lentamente começou a compreender

a natureza e aprendeu a controlá-la e a aproveitá-la.

Para levantar e locomover grandes pesos acima de sua capacidade muscular, o

homem criou dispositivos que facilitam sua ação.

Esses dispositivos práticos são chamados de máquina simples.

As mais comuns são a talha exponencial e a alavanca:

I. Talha exponencial Consiste em uma associação de polias móveis com uma só polia fixa, como

indica a figura.

Para que a talha permaneça em equilíbrio, temos: O peso R é equilibrado por duas forças de intensid. R/2.

nm 2R

=F

Onde: Fm = força motriz.

R = força resistente.

Curso Técnico de Mecânica 4

Page 36: Mecânica Aplicada

VANTAGEM MECÂNICA (VM) Denomina-se vantagem mecânica da talha a relação entre a força resistente e a

força motriz.

VM mF

R=

Neste exemplo, se R = 3200N, a força que a pessoa deveria exercer para

equilibrar o sistema seria Fm = 200N, isto é, dezesseis vezes menor que o peso R.

Logo, a vantagem mecânica dessa máquina seria igual a 16.

EXEMPLO O corpo indicado na figura está em equilíbrio estático.

Calcular a intensidade da força e a vantagem mecânica da talha exponencial.

Resolução:

N10008

80002

80002RF 3n ==⇒=

810008000VM

FRVM ==⇒=

Curso Técnico de Mecânica 38

Page 37: Mecânica Aplicada

Exercícios: 1- Ache a intensidade da força Fm que o homem está fazendo para equilibra o

peso de 400N. O fio e a polia são ideais.

2- Considere o esquema representado na figura. As roldanas e a corda são

ideais. O corpo suspenso da roldana móvel tem peso P=600N

a) Qual o módulo da força vertical (para baixo) que o homem deve exercer sobre

a corda para equilibrar o sistema?

b) Para cada 1 (um) metro de corda que o homem puxa, quanto se eleva o corpo

suspenso?

Curso Técnico de Mecânica 39

Page 38: Mecânica Aplicada

II. Alavanca “É uma barra que pode girar em torno de um ponto de apoio”.

Existem três tipos de alavancas:

alavanca interfixa; alavanca inter-resistente; alavanca interpotente

a. Alavanca interfixa

Em que: Fm = força motriz ou força potente.

R = força resistente ou resistência.

N = força normal de apoio.

AO = braço da força motriz.

OB = braço da força resistente.

Como exemplos, podemos citar as balanças e as tesouras.

b. Alavanca inter-resistente

Como exemplos, temos o carrinho de mão e o quebra-nozes.

c. Alavanca interpotente

Exemplos: pinça e o pegador de gelo.

Curso Técnico de Mecânica 40

Page 39: Mecânica Aplicada

CONDIÇÃO DE EQUILÍBRIO DE UMA ALAVANCA Considere a alavanca interfixa da figura.

Para que a alavanca permaneça em equilíbrio, na posição horizontal, devemos

ter:

0AOF0BOR

0MMM0M 0F0N0R0

=⋅−+⋅

=++⇒= ⋅⋅⋅∑

AOFBOR ⋅=⋅

Note que o produto da força resistente pelo seu braço é igual ao produto da força

motriz pelo seu braço.

Esta relação, embora demonstrada para a alavanca interfixa, é válida também

para as alavancas inter-resistentes e interpotentes.

Exemplo: Considerar a alavanca de peso desprezível indicada na figura.

Sabendo-se que ela está em equilíbrio e disposta horizontalmente, determinar a

intensidade de F.

Resolução:

Representando as forças sobre a alavanca, temos:

Para que ela fique em equilíbrio, devemos ter:

N100F4004F

22004FBCRACF

==⋅

⋅=⋅⇒⋅=⋅

Exercícios:

Curso Técnico de Mecânica 41

Page 40: Mecânica Aplicada

1- Calcule o peso do garoto indicado na figura para que a barra de peso

desprezível permaneça em equilíbrio na posição horizontal.

2- A barra indicada na figura tem peso desprezível e está em equilíbrio na

posição horizontal. Determine X.

Curso Técnico de Mecânica 42