me - tendências e demandas tecnológicas em ti

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SÉRIE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) TENDÊNCIAS E DEMANDAS TECNOLÓGICAS EM TI

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boa apostila para estudo de ti

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  • Srie tecnologia da informao (ti)

    TENDNCIASE DEMANDAS

    TECNOLGICASEM TI

  • Srie TeCNOLOGiA DA iNFOrMAO - hardware

    TENDNCIAS E DEMANDAS

    TECNOLGICAS EM TI

  • CONFEDERAO NACIONAL DA INDSTRIA CNI

    Robson Braga de AndradePresidente

    DIRETORIA DE EDUCAO E TECNOLOGIA - DIRET

    Rafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor de Educao e Tecnologia

    SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL SENAI

    Conselho Nacional

    Robson Braga de AndradePresidente

    SENAI Departamento Nacional

    Rafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor-Geral

    Gustavo Leal Sales FilhoDiretor de Operaes

  • Srie TeCNOLOGiA DA iNFOrMAO - hardware

    TENDNCIAS E DEMANDAS

    TECNOLGICAS EM TI

  • SENAI

    Servio Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional

    Sede

    Setor Bancrio Norte Quadra 1 Bloco C Edifcio Roberto Simonsen 70040-903 Braslia DF Tel.: (0xx61) 3317-9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 http://www.senai.br

    2012. SENAI Departamento Nacional

    2012. SENAI Departamento Regional de Gois

    A reproduo total ou parcial desta publicao por quaisquer meios, seja eletrnico, mec-nico, fotocpia, de gravao ou outros, somente ser permitida com prvia autorizao, por escrito, do SENAI.

    Esta publicao foi elaborada pela equipe do Ncleo Integrado de Educao a Distncia do SENAI de Gois, em parceria com os Departamentos Regionais do Distrito Federal, Bahia e Paraba, com a coordenao do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distncia.

    SENAI Departamento Nacional Unidade de Educao Profissional e Tecnolgica UNIEP

    SENAI Departamento Regional de Gois Ncleo Integrado de Educao a Distncia NIEaD

    ______________________________________________________________

    S477t SENAI-Departamento Regional de Gois Tendncias e demandas tecnolgicas em TI /SENAI Departamento Regional de Gois Goinia, 2012. 154p.: il.

    3 Tendncias em TI. 2. Demandas por novos produtos. 3.Inovao Tecnolgica..4. Aplicao de novas tecnologias. 5. Educao a distncia.

    I. Autor. II. Ttulo.

    CDD 004 ______________________________________________________________

  • Lista de ilustraesFigura 1 Antoine Laurent de Lavoisier ...................................................................................................................14Figura 2 Davi x Golias ...................................................................................................................................................16Figura 3 Dexter ..............................................................................................................................................................17Figura 4 Narciso ..............................................................................................................................................................18Figura 5 Leo pronto para atacar .............................................................................................................................19Figura 6 Antiga produo de tecido .......................................................................................................................20Figura 7 Tear mecnico ................................................................................................................................................21Figura 8 Lmpada de tungstnio.............................................................................................................................22Figura 9 O mundo digital ............................................................................................................................................23Figura 10 Sardinha enlatada ......................................................................................................................................25Figura 11 Ideia conceitual de tablet apresentada na srie Star Trek ............................................................26Figura 12 Abacaxi ..........................................................................................................................................................26Figura 13 Colmeia ..........................................................................................................................................................27Figura 14 Representao do crculo vicioso ........................................................................................................28Figura 15 Convergncia digital .................................................................................................................................30Figura 16 Harry Nyquist ..............................................................................................................................................30Figura 17 Digitalizao conforme o teorema de Nyquist ...............................................................................31Figura 18 Processo de digitalizao ........................................................................................................................32Figura 19 Exemplo de onda sonora ........................................................................................................................33Figura 20 Exemplo de imagem .................................................................................................................................34Figura 21 Pintura rupestre .........................................................................................................................................34Figura 22 Vdeo ...............................................................................................................................................................35Figura 23 cones de mdias .........................................................................................................................................36Figura 24 Modelo antigo de televiso ...................................................................................................................36Figura 25 Fongrafo de Edison .................................................................................................................................37Figura 26 Livros ..............................................................................................................................................................38Figura 27 Carta ...............................................................................................................................................................39Figura 28 Modelo de telefone antigo .....................................................................................................................40Figura 29 Modelo de Smartphone ...........................................................................................................................41Figura 30 Caminhos ......................................................................................................................................................42Figura 31 Nave estelar Enterprise ............................................................................................................................46Figura 32 Steve Jobs .....................................................................................................................................................47Figura 33 Inovao .......................................................................................................................................................48Figura 34 Navegar preciso, viver no preciso. ..................................................................................................49Figura 35 Cesta de po de queijo ............................................................................................................................51Figura 36 Raul Seixas ....................................................................................................................................................54Figura 37 Inovao de produto ................................................................................................................................54Figura 38 Jobs e Wozinak observam placa principal do Apple I ..................................................................56Figura 39 IBM 5150 .......................................................................................................................................................56

  • Figura 40 Apple Macintosh Original .......................................................................................................................57Figura 41 Apple iMac ...................................................................................................................................................57Figura 42 Apple IPod ....................................................................................................................................................58Figura 43 Exemplos de redes sociais ......................................................................................................................58Figura 44 A aldeia global ............................................................................................................................................59Figura 45 Mapa em papel ...........................................................................................................................................60Figura 46 Tempos modernos .....................................................................................................................................60Figura 47 Henry Ford ....................................................................................................................................................61Figura 48 Cdigo de barras ........................................................................................................................................63Figura 49 GPS ..................................................................................................................................................................64Figura 50 Cartes de crdito ou dbito .................................................................................................................64Figura 51 Internet Banking ........................................................................................................................................65Figura 52 MPS BR ..........................................................................................................................................................65Figura 53 Dilbert e a inovao organizacional....................................................................................................66Figura 54 Papis arquivados ......................................................................................................................................68Figura 55 Dilbert e o marketing ...............................................................................................................................69Figura 56 Exemplos de banners ................................................................................................................................72Figura 57 Marketing via e-mail .................................................................................................................................72Figura 58 Vdeo marketing .........................................................................................................................................73Figura 59 Exemplos de redes sociais ......................................................................................................................73Figura 60 Dilbert e a inovao ..................................................................................................................................74Figura 61 Inovao ........................................................................................................................................................75Figura 62 Riscos .............................................................................................................................................................77Figura 63 Comunicao ao redor da fogueira ....................................................................................................84Figura 64 Sistema de comunicao .......................................................................................................................85Figura 65 Ideograma chins para PAZ ..................................................................................................................85Figura 66 Capa do Livro Understanding the media: the extensions of man .............................................87Figura 67 Computadores ............................................................................................................................................89Figura 68 Programao do Eniac .............................................................................................................................89Figura 69 Rede computacional .................................................................................................................................90Figura 70 Ambiente thin client ..................................................................................................................................91Figura 71 Google Chromebook ................................................................................................................................91Figura 72 Smartphone ..................................................................................................................................................92Figura 73 Tablet ..............................................................................................................................................................93Figura 74 Geladeira com internet ............................................................................................................................94Figura 75 Televiso digital ..........................................................................................................................................94Figura 76 Logo Ginga ...................................................................................................................................................95Figura 77 Tela de toque (touch screen) ...................................................................................................................96Figura 78 Wii remote .....................................................................................................................................................97Figura 79 Microsoft Kinect .........................................................................................................................................98Figura 80 Kinect em uso mdico .............................................................................................................................98Figura 81 Impressora 3D .............................................................................................................................................99

  • Figura 82 Realidade aumentada ........................................................................................................................... 100Figura 83 Ilustrao de conectividade ............................................................................................................... 101Figura 84 Home plug ................................................................................................................................................. 101Figura 85 Rede sem fio ............................................................................................................................................ 102Figura 86 Rede mesh ................................................................................................................................................ 102Figura 87 IEEE 802.22 ............................................................................................................................................... 103Figura 88 QoS ............................................................................................................................................................... 104Figura 89 Nuvem ....................................................................................................................................................... 105Figura 90 Computao em Nuvem ...................................................................................................................... 106Figura 91 Tempestade ............................................................................................................................................... 108Figura 92 Armazm antigo ..................................................................................................................................... 109Figura 93 E-commerce ............................................................................................................................................... 110Figura 94 Canal de Retorno .................................................................................................................................... 111Figura 95 Mercado Global ....................................................................................................................................... 112Figura 96 Cartes de crdito e dbito ................................................................................................................. 113Figura 97 Impostos .................................................................................................................................................... 113Figura 98 Documentos de identidade ............................................................................................................... 114Figura 99 Redes sociais ............................................................................................................................................. 115Figura 100 Pessoas conectadas ............................................................................................................................. 115Figura 101 Cuidado .................................................................................................................................................... 118Figura 102 Usurio de rede social......................................................................................................................... 119Figura 103 TI Verde ..................................................................................................................................................... 123Figura 104 Cuidado com a natureza .................................................................................................................... 124Figura 105 Reciclagem de lixo eletrnico .......................................................................................................... 125Figura 106 Documentos ........................................................................................................................................... 128Figura 107 Logicaldoc ............................................................................................................................................... 132Figura 108 Goldendoc .............................................................................................................................................. 132Figura 109 Carteira de trabalho............................................................................................................................. 133Figura 110 SBC ............................................................................................................................................................. 134Figura 111 Congresso Nacional ............................................................................................................................. 136Figura 112 O Homem de seis milhes de dlares .......................................................................................... 138Figura 113 Frankenstein ........................................................................................................................................... 139Figura 114 Pirata com algumas prteses .......................................................................................................... 140Figura 115 Mo robtica segurando um ovo .................................................................................................. 141Figura 116 Paciente com retina eletrnica ........................................................................................................ 142

    Quadro 1 Habilitao Profissional Tcnica em Manuteno e Suporte em Informtica .....................11Quadro 2 Redes sociais mais populares ............................................................................................................. 117

    Tabela 1 ndice de energia limpa utilizado por empresas de TI ................................................................. 127

  • Sumrio1 Introduo ........................................................................................................................................................................11

    2 Demanda de Novos Produtos Industrializados ..................................................................................................132.1 A demanda por novos produtos ............................................................................................................142.2 A revoluo industrial ................................................................................................................................192.3 O ciclo virtuoso ............................................................................................................................................242.4 A convergncia digital ...............................................................................................................................302.5 A convergncia digital produtos ........................................................................................................36

    3 Inovao Tecnolgica ...................................................................................................................................................453.1 O que inovao .........................................................................................................................................463.2 Impacto no mercado ..................................................................................................................................493.3 Inovao de produtos ................................................................................................................................533.4 Inovao do processo ................................................................................................................................603.5 Inovao organizacional ...........................................................................................................................663.6 Inovao de marketing ..............................................................................................................................693.7 Gesto da inovao ....................................................................................................................................74

    4 Aplicaes de Novas Tecnologias4.1 Comunicao ................................................................................................................................................844.2 Era ps-PC ......................................................................................................................................................894.3 Os perifricos ................................................................................................................................................954.4 Conectividade............................................................................................................................................ 1014.5 Computao em nuvem ........................................................................................................................ 1054.6 O comrcio .................................................................................................................................................. 1094.7 A vida social: as redes sociais ............................................................................................................... 1154.8 As redes sociais comportamento .................................................................................................... 1194.9 TI verde ......................................................................................................................................................... 1234.10 Gesto Eletrnica De Documentos ................................................................................................ 1284.11 A lei, a profisso e o profissional ...................................................................................................... 1334.12 O homem, a fronteira final .................................................................................................................. 137

    Referncias ........................................................................................................................................................................ 147

    Minicurrculo dos Autores ........................................................................................................................................... 149

    ndice .................................................................................................................................................................................. 151

  • 1Caro aluno, nesta unidade curricular voc conhecer a evoluo do mercado e assim com-preender como funciona o ciclo de demandas por novos produtos.

    Aprenderemos sobre a inovao de produtos, processos, organizaes e marketing ligados rea de TI e os possveis impactos dessa inovao no mercado. E, por ltimo, veremos a evo-luo sofrida pela comunicao nos ltimos tempos, abordando inclusive as principais redes sociais da atualidade.

    A seguir, so descritos na matriz curricular os mdulos e as unidades curriculares do curso, assim como suas cargas horrias.

    Quadro 1 - Habilitao Profissional Tcnica em Manuteno e Suporte em Informtica

    Mdulos unidades CurriCulares Carga Horria Carga Horria Mdulo

    Bsico

    Fundamentos para Documentao Tcnica 140h

    320h Eletroeletrnica Aplicada 120h

    Terminologia de Hardware, Software e Redes 60h

    Especfico I

    Arquitetura e Montagem de Computadores 160h

    880h

    Instalao e Manuteno de Computadores 250h

    Instalao e Configurao de Rede 160h

    Segurana de Dados 50h

    Sistemas Operacionais 120h

    Gerenciamento de Servios de TI 80h

    TendnciaseDemandasTecnolgicasemTI 60h

    Bons estudos!

    introduo

  • 2Demanda por novos produtos industrializados

    Um dos resultados visveis com as mudanas ocorridas durante a histria a constante bus-ca por novos produtos.

    Desde a Revoluo Industrial vemos um grande desenvolvimento no processo, produtivida-de e qualidade de novos produtos, tornando-os ainda mais interessante com o surgimento da eletricidade e a chegada do mundo digital.

    Outro fator que devemos levar em considerao ao estudarmos a demanda por novos pro-dutos o impacto do ciclo virtuoso na produo desses. Podemos observar que uma srie de fatos ou fenmenos que naturalmente se interligam resultam numa repetio cclica, promo-vendo inovao e aperfeioamento.

    Ao final deste captulo voc ser capaz de definir e relacionar:

    a) as demandas por novos produtos;

    b) as constantes revolues da aldeia global;

    c) o impacto do ciclo virtuoso sobre a demanda de novos produtos;

    d) a convergncia digital e seus produtos.

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti14

    2.1 A DeMANDA POr NOVOS PrODUTOS

    "... Voc me pergunta pela minha paixoDigo que estou encantadoCom uma nova invenoEu vou ficar nesta cidadeNo vou voltar pro sertoPois vejo vir vindo no ventoO cheiro da nova estao Voc pode at dizer que eu t por foraOu ento que eu t inventandoMas voc que ama o passado e que no v voc que ama o passado e que no vQue o novo sempre vem."(Como Nossos Pais, Belchior)

    Belchior, em Como nossos pais, apresentou uma viso da mudana que se desejava causar no pas no perodo da ditadura militar. Os versos da cano po-dem tambm ser usados para revelar a necessidade nata do ser humano pela inovao e a busca do novo, sendo que diversas vezes esta nos leva a mudanas de comportamentos sociais, a criao de novos produtos e demandas tecnolgi-cas. A cano retrata tambm algo muito interessante: a resistncia da estrutura estabelecida ao novo, a novidade. A inovao e o uso de novos produtos muitas vezes so afastados pelas pessoas e organizaes. Vamos discutir neste tpico sobre demanda de novos produtos.

    A CRIAO

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    Figura 1 Antoine Laurent de Lavoisier

  • 2 DemanDa por novos proDutos InDustrIalIzaDos 15

    Um sbio chamado Lavoisier disse um dia: Nada se cria. Tudo se transforma.

    Se observarmos a humanidade ao longo dos tempos, notamos um comporta-mento cclico de reutilizao das ideias.

    Vejamos um exemplo: a vila.

    No princpio as cidades eram organizadas atrs de grandes paredes protegi-das pelo aparato blico do rei contra invasores externos. Ao longo do tempo, o conceito de cidade se estendeu para o de pas. Atualmente repetimos a ideia de cidade medieval: condomnios horizontais onde seus muros protegem aqueles que esto em seu interior.

    Outros exemplos podem ser dados: o automvel atual no passa da carroa na qual substitumos o cavalo por um motor a combusto ou a eletricidade. O cor-reio eletrnico substitui as cartas, e o Twitter substitui o mural do bairro. E tantas outras situaes, em que apenas as incrementamos tecnologicamente.

    UM NOVO PRODUTO

    Vamos a uma pequena histria:

    H muito tempo, no sculo XVIII, a populao enfrentava um problema para conservar alimentos contra a deteriorao, em especial quando se realizava o seu transporte. Surgiu, ento, a ideia de guardar a comida em latas lacradas e aquec--las a alta temperatura. No se sabia na poca, mas ao aquecer a lata, estavam eliminando quaisquer micro-organismos presentes na comida e o lacre evitava a entrada de novos micro-organismos, garantindo que o alimento no ia se dete-riorar por um tempo. A partir dessa ideia foi criada a comida enlatada, um produ-to muito til atualmente. O que voc talvez no saiba de um fato muito curioso: o abridor de latas s foi inventado mais de 10 anos depois, e, durante aquele perodo, as latas eram abertas com martelo, talhadeira e outros instrumentos, in-cluindo pedras.

    Aqui temos exemplos interessantes:

    a) o surgimento de um novo produto pela demanda de mercado, a comida enlatada;

    b) a demanda por produtos que tornem o anterior de mais fcil uso e, portan-to, com maior utilidade, neste caso o abridor de latas.

    Novos produtos surgem pela inovao e criatividade do ser humano, atravs de pesquisa pura ou aplicada. Mas no necessariamente novos produtos so ne-cessrios ou existir demanda pelos mesmos. Logo uma excelente ideia pode de-terminar a quebra de uma empresa se no estiver atenta ao mercado.

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti16

    O MERCADO COMO FILTRO DO SUCESSO

    No adianta ter os melhores produtos ou estruturas de suporte e no ter o cliente. Vamos a trs pequenas histrias para ilustrar isso.

    DAVI E GOLIAS

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    Figura 2 Davi x Golias

    Voc lembra a histria do pequeno Davi? Ele vence o gigante Golias com o uso de um estilingue.

    Na dcada de 60/70, a AT&T (American Bell) possua uma influncia to forte no mercado de telecomunicaes americano que o governo decidiu, para o bem da populao, que ela deveria ser fragmentada em empresas menores, as chama-das Baby Bells. Dessa forma, cada pequena empresa atuaria de forma regional e a AT&T trabalharia com os estados, em ligaes a longa distncia, como nosso DDD. A AT&T se manteve como empresa principal na rea nas dcadas de 70,80,

  • 2 DemanDa por novos proDutos InDustrIalIzaDos 17

    e 90, contudo, a poucos anos, foi adquirida por uma das empresas originarias dela na diviso. O que aconteceu? Em ltima instncia ela foi vtima da crena de que o VOIP (nova tecnologia), voz sobre IP, no afetaria seus negcio de chamadas a longa distncia. O grande problema para a mesma que o VOIP se tornou uma realidade e afetou suas receitas.

    No acreditar em inovao pode matar.

    DEXTER

    Vect

    or Ju

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    Figura 3 Dexter

    Dexter um menino cientista dos desenhos animados que vive no laboratrio, est ligado em tudo e nos avanos tecnolgicos. A Nortel Canadense tambm estava. Era uma das lderes do mercado mundial, mas era baseada na telefonia clssica, usando X. 25, depois Frame Relay fornecendo solues para o mercado. Contudo, como era uma empresa a busca do novo, notou que o mercado ten-dia para a convergncia digital usando ATM. Adquiriu a principal fornecedora de ATM, a americana Bay Networks, e investiu neste mercado. Em certo momento, com o crescimento da internet, apostou no chamado IP Over Sonet, ou protocolo IP diretamente sobre a fibra tica, mais barato, mais simples que ATM e seria o futuro.

    Apenas um pequeno problema aconteceu: o mercado no comprou a ideia da Nortel e ela que passou a ter uma excelente soluo para os prximos anos, infe-lizmente quebrou e est terminando de ter suas patentes vendidas no mercado para pagar as dvidas.

    Ideias revolucionrias cedo demais podem quebrar.

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti18

    NARCISO

    Peintu

    res

    des

    Mus

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    012)

    Figura 4 Narciso

    A Apple, aps fornecer o primeiro microcomputador para pessoas comuns usarem, por j vir montado, sofreu uma forte concorrncia com o lanamento pela IBM, uma empresa muito maior que a Apple, do IBM PC, em 1981. Enquanto a IBM tinha um sculo, a Apple, 5 anos. O que fazer? A resposta veio em inovao: a Apple introduziu o Macintosh com interface grfica e multimdia no incio dos anos 80 (1984), sendo o sucesso tal que rapidamente recuperou o mercado per-dido para o IBM PC.

    Com as aes da Apple na Bolsa de Valores, Steve Jobs contratou um adminis-trador para a empresa e passou a se dedicar criao de novos produtos. O admi-nistrador entendeu que Jobs no devia mexer com inovao j que o Macintosh era um sucesso e o demitiu. Depois de algum tempo, a Apple no conseguiu ino-var mais o Macintosh e passou a ter prejuzos, quase indo falncia. Recuperou-se quando adquiriu a nova empresa fundada por Jobs aps sua demisso, a Next, recolocando-o como presidente da Apple. Basicamente os produtos da Next fo-ram e so os Macintoshs atuais.

    Ficar parado no tempo, curtindo o prprio sucesso, pode ser mortal.

    O QUE FAZER?

    Usando uma expresso popular: se correr o bicho pega se ficar o bicho come!

  • 2 DemanDa por novos proDutos InDustrIalIzaDos 19

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    Figura 5 Leo pronto para atacar

    Se no procurar inovao e novos produtos a empresa quebra e se buscar pro-dutos muito inovadores, quebra tambm. No bem assim, o que apresentamos foram casos infelizes no mercado, que afetaram empresas lderes e com mais de 50 anos de mercado.

    Devemos entender que existe forte demanda por novos produtos, inovao, e que acima de tudo o mercado dinmico e muda constantemente. Uma ideia boa hoje pode ser pssima amanh e vice-versa. A Apple com o Ipad nos pro-va isso. Vrias empresas tentaram montar um tablet com funes parecidas, sem sucesso. O Ipad no. Ele era o produto certo, na hora certa, no formato e design certo. Isso se chama sucesso de vendas.

    Pense um pouco nas palavras de Cazuza, em o Tempo No Para.

    Eu vejo o futuro repetir o passado.Eu vejo um museu de grandes novidadesO tempo no paraNo para, no, no para

    O novo sempre vem. Mesmo que revisite o passado.

    2.2 A reVOLUO iNDUSTriAL

    "Sinais de vida no pas vizinhoEu j no ando mais sozinhoToca o telefone,Chega um telegrama enfimOuvimos qualquer coisa de BrasliaRumores falam em guerrilha

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti20

    Foto no jornal,Cadeia nacional...Viola o canto ingnuo do caboclo..."(Revolues por Minuto, RPM)

    As mudanas sempre vm. O novo sempre vem, gostemos ou no. O mundo est em uma constante revoluo: a revoluo da informtica, da conectividade, da aldeia global. Mas como diriam os autores do texto acima, a mudana emi-nente. Outro cone, Renato Russo, expressou em Ftima:

    Mas acontece que tudo tem comeo Se comea um dia acaba,eu tenho pena de vocs

    E o comeo foi h muito tempo. Ao falarmos em revoluo da informtica, veremos que comeou h dois sculos.

    DO TEAR AO TEAR

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    Figura 6 Antiga produo de tecido

  • 2 DemanDa por novos proDutos InDustrIalIzaDos 21

    A revoluo industrial tem incio na Inglaterra do sculo XVIII com a mecaniza-o dos sistemas de produo.

    Elementos marcantes, como a locomotiva a vapor e o tear, surgem. Na segun-da metade do sculo XIX, ocorre a segunda revoluo industrial com um forte cunho tecnolgico, merecendo destaque a eletricidade, os processos vindos dela e novas tecnologias.

    Com os avanos da tecnologia da informao e da gentica, estamos na tercei-ra fase, ou terceira revoluo industrial.

    Um fato marcante no incio da revoluo industrial foi a automao dos teares manuais que produziam tecido. Foi desenvolvido um tear mecnico program-vel, que mediante um carto perfurado se especificava o padro do tecido e os desenhos a serem produzidos. Foi um progresso notvel para a poca, possibili-tando ganho em produtividade e qualidade.

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    Figura 7 Tear mecnico

    A criao do tear mecanizado abriu a mente da populao da poca para um novo mundo de oportunidades com a automao, surgindo ento uma forte de-manda por novos produtos que resolvessem problemas do cotidiano, em espe-cial no cho de fbrica da indstria.

    O carto perfurado de comandos usado pelo tear automatizado foi empre-gado at a dcada de 50, quando surgiram os terminais interativos. Com a nova tecnologia, os cartes deixaram de ser usados como principal forma de entrada de dados para computadores.

    A posse da matriz energtica elemento determinante nesse momento para o sucesso.

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti22

    A REVOLUO ELTRICA

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    Figura 8 Lmpada de tungstnio

    O surgimento da eletricidade ponto marcante na chamada segunda revo-luo industrial, e podemos notar alguns elementos lgicos. Com a eletricidade temos a matriz energtica, enquanto geradora, localizada em local no determi-nado. Deixamos de ter estoque de leo, carvo e outros insumos e tratamos a fonte de energia como uma commodity. Outro elemento principal a possibili-dade de criarmos novos engenhos, produtos, que ocupam menos espao e so mais baratos.

    Em especial na rea de comunicao, a eletricidade nos permite uma gama imensa de oportunidades. Samos do papel utilizado a milhares de anos, o sim-ples desenho sobre uma superfcie que necessitava ser transportada para ter seu contedo acessado, e chegamos aos meios de comunicao que no precisam de transporte. Podemos citar o telgrafo, o rdio, o telefone, a televiso. Esses meios de comunicao mudam totalmente a organizao social, poltica e espacial com as quais as comunidades humanas estavam acostumadas. Uma nova humanida-de surge.

    Se novos conceitos surgem, as demandas por produtos adequados nova re-alidade deixam de ser ocasionais e passam a ser demoradas. claro que nessa poca, final do sculo XIX, as capacidades apenas comeam a ser imaginadas e transformadas em produtos.

    A posse da matriz energtica passa a no ser determinante, mas meramente uma commodity. elemento chave a fbrica, o processo fabril e a informao.

  • 2 DemanDa por novos proDutos InDustrIalIzaDos 23

    A REVOLUO DA INFORMAO

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    Figura 9 O mundo digital

    Se a capacidade de fornecer alimento e abrigo ao homem na pr-histria foi fa-tor determinante para definir o espao que o mesmo ocupava; e o fogo, elemento que permitia transformar o alimento, gerar proteo contra outros seres e aque-cer item bsico de sobrevivncia, algo quase mstico dentro de um agrupamento humano e defendido vorazmente. A defesa do fogo perde a importncia quando h a descoberta de como ger-lo (lembramos que s conseguamos fogo devido a algumas tempestades com raios que provocavam um incndio). O fogo conti-nuou sendo importante, mas algo maior surge: a informao, o conhecimento.

    As tbuas de pedra, com os mandamentos que Moiss traz ao povo, so co-nhecimentos sociais que permitem que comunidades sobrevivam. A biblioteca de Alexandria um repositrio de conhecimento, algo que Alexandre, O Grande, entendeu ser mais importante que o ouro e riqueza dos povos que conquistou. A idade mdia marcada pela Santa Inquisio e pelo Index (de livro proibido), novamente conhecimento que podemos acessar ou no. A igreja catlica possuiu a posse do conhecimento humano durante sculos quando a nica forma de se copiar livros era atravs de rplica manual, to bem executada por monges copis-tas que dominavam vrias lnguas e tcnicas. A implementao da imprensa por Gutenberg marca a possibilidade da divulgao da informao em escala. Qual-quer um poderia a baixo custo replicar informao.

    VOC SABIA?

    Acredita-se que a imprensa foi inventada na China e Gutenberg apenas aperfeioou o processo trocando os blocos de impresso de barro por chumbo.

    A segunda revoluo industrial transformou o modo de transportar a informa-o, contudo, atualmente, a informao gerada e consumida instantaneamente

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti24

    pela populao mundial. Produzimos nos ltimos 10 anos de existncia da inter-net mais informao do que nos milnios anteriores de existncia humana.

    Hoje, a posse da informao e seu uso adequado o fator determinante no sucesso de um produto, bem como o uso adequado dos novos canais de comu-nicao, como as redes sociais, tem impacto maior do que qualquer marketing tradicional. A demanda por produtos e a forma que esperamos por eles passou a ser determinada de forma global e comunitria. A posse da fabrica apenas um detalhe tcnico, tanto que grande parte da factory, produo bsica, foi migrada para a China.

    "Somos os filhos da revoluo,Vamos fazer nosso dever de casaE a ento vocs vo verSuas crianas derrubando reisSomos o futuro da naoGerao Coca-Cola."(Renato Russo, Gerao Coca-Cola)

    Renato Russo, ao escrever os versos sublimes de Gerao Coca-Cola, estava quase certo: no somos escravos, somos produtos da internet. A nova tnica a aldeia global. Ns, enquanto profissionais da tecnologia da informao, somos os alicerces de uma nova civilizao que surge. Perceba a dimenso de nossa res-ponsabilidade.

    O mundo informao e a informao digital.

    2.3 O CiCLO VirTUOSO

    "Roda mundo, roda giganteRoda moinho, roda pioO tempo rodou num instanteNas voltas do meu corao..."(Chico Buarque, Roda Viva)

    A poesia detalha, to bem, a vida como uma roda de desafios e mudanas. A prpria vida tratada como uma roda, um ciclo. O ciclo da vida. Comeo, meio, fim e recomeo, j que em um ciclo no existe fim. A demanda por novos produ-tos e servios pode ser vista da mesma forma. Como um ciclo de incio, meio, fim e recomeo com um novo produto.

  • 2 DemanDa por novos proDutos InDustrIalIzaDos 25

    Em administrao, estamos interessados tambm em um ciclo especfico: o virtuoso. Vamos discutir sobre ele e o impacto sobre a demanda de novos pro-dutos.

    ONDE TENHO UMA TOMADA LIVRE PARA A SARDINHA?

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    Figura 10 Sardinha enlatada

    Imagine o desafio de se comer sardinha. H algum tempo o problema era achar uma frigideira para fritar as sardinhas. Hoje, achar uma tomada para ligar um abridor de lata eltrico.

    O fato de criarmos novos produtos acaba alimentando a criao de novas so-lues para os novos produtos e, a partir da, outros novos produtos so criados, estabelecendo-se um ciclo sem fim.

    Vamos explicar melhor:

    Se voc desejava comer sardinha com Miojo h algum tempo, bastava frit-las e pronto. Ao surgir comida enlatada foi interessante criar um novo produto base-ado nos enlatados: sardinhas em lata (molho de leo ou tomate). Bom, era difcil abrir a lata de sardinha com um martelo, o sucesso e popularidade do produto enlatado levou a inveno de um novo produto: o abridor de latas. Agora era fcil abrir uma lata de sardinha.

    Como o abridor de latas foi criado, permitiu-se uma popularizao maior de outros produtos em latas, causando mudanas na forma das pessoas se alimenta-rem. O que origina outra vez novos produtos, como um abridor de latas eltrico.

    Na rea de informtica encontramos o mesmo processo. Os primeiros compu-tadores eram mquinas imensas que resolviam poucos problemas e inacessveis. Na dcada de 60, tnhamos mquinas menores e de menor custo. No cinema e TV

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti26

    passavam diversos filmes e seriados mostrando computadores de forma integra-da ao dia a dia. A srie Jornada nas Estrelas (Star Trek) apresenta o conceito do que seriam os nossos tablets atuais, como podemos ver na figura a seguir, isso num tempo que no havia o computador pessoal, o microcomputador.

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    Figura 11 Ideia conceitual de tablet apresentada na srie Star Trek

    A fixao desta ideia de produto e as possibilidades geradas pelo transistor e circuitos integrados levaram a criao deste e de vrios outros produtos nas duas dcadas seguintes de 60.

    Um novo produto puxa outro levando a uma demanda constante de inovao e novos produtos.

    CASOS e reLATOS

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    Figura 12 Abacaxi

    a capital do abacaxi

    A cidade de Xique-xique vivia uma crise imensa, com seu comrcio fe-chando, e com a economia local parada. Um dia, o novo prefeito resolveu que incrementaria a economia local.

  • 2 DemanDa por novos proDutos InDustrIalIzaDos 27

    O seguinte anncio foi colocado na entrada da cidade: Venham conhe-cer a capital do Abacaxi, e divulgou essa viso entre a populao. Logo, os produtores agrcolas comearam a plantar abacaxi, o que demandou a contratao de pessoas, para o campo. A indstria local, vendo as possibilidades, montou uma fbrica de compotas e uma de doces de abacaxi, que gerou mais emprego e maior capacidade de consumo por parte da populao. Hoje Xique-xique, por ter acreditado, realmente a capital do abacaxi com uma economia rica que gira em torno da cultura do abacaxi.

    O prefeito, reeleito, agora tem uma nova ideia: Xique-xique a capital do abacaxi, laranja e mel. que uma flor leva outra e abelha gosta de mel, um ciclo evolutivo constante.

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    Figura 13 Colmeia

    Entende-se por ciclo virtuoso este processo contnuo de alimentao do siste-ma com crescimento e evoluo. Um exemplo interessante seria na rea de eco-nomia e finanas. Imagine uma determinada cidade com economia estacionria. Agora considere que voc consiga aumentar empregos na cidade: isso vai levar a um aumento de renda da populao e por consequncia aquecer o consumo. Se tivermos esse aquecimento, necessitamos de mais produtos e tambm de mais investimentos na indstria, o que vai gerar mais empregos na cidade, ocasionan-do um aumento de renda da populao e assim repetitivamente. Devemos ser cautelosos ao ciclo virtuoso para que no tenhamos o estouro da bolha onde exista uma crise eminente.

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti28

    O CICLO VICIOSO

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    Figura 14 Representao do crculo vicioso

    Da mesma forma que a expresso ciclo virtuoso denota um arranjo econmico crescente, temos outra que expressa tambm um processo cclico, mas negativo. O ciclo vicioso ou crculo vicioso.

    O conceito estabelece uma sequncia de eventos, cclica, que se repete le-vando no a melhoras, mas a uma piora. Um exemplo a demanda por novos produtos tecnolgicos sem razo justificada. Supondo que necessitamos de um novo sistema operacional, este precisa de um novo hardware, que demanda um novo sistema operacional, e assim por diante. No final no teremos ganhado, ser apenas o uso e evoluo da tecnologia por si s.

    A LEI DE MOORE E O CICLO VIRTUOSO

    Gordon Earl Moore, um dos criadores da Intel, em 1965, fez a seguinte afirma-tiva:

    The complexity for minimum component costs has increased at a rate of roughly a factor of two per year (seegraph on next page). Certainly over the short term this rate can be expected to conti-nue, if not to increase. Over the longer term, the rate of increase is a bit more uncertain, al-though there is no reason to believe it will not remain nearly constant for at least 10 years.

    Fonte:

  • 2 DemanDa por novos proDutos InDustrIalIzaDos 29

    Em sua viso, a capacidade computacional, em termos de componentes por circuito integrado, dobraria a cada ano. Leia o artigo completo e entender a vi-so de Moore do ciclo virtuoso aplicado a produtos em tecnologia. Em suma:

    a) os circuitos integrados geram novos produtos, com preos menores;

    b) com os preos mais baixos, permite-se (induz) o surgimento de novos pro-dutos e aplicaes: microcomputadores, video games;

    c) o surgimento de novas aplicaes leva a uma maior demanda de mercado o que gera novas indstrias;

    d) novas indstrias geram concorrncia;

    e) concorrncia gera demanda por avanos tecnolgicos;

    f) a demanda leva manufatura de mais elementos por circuito integrado.

    A LEI DE NATHAN

    Computao essencialmente software. Nathan Myhrvold nos apresenta uma srie de conceitos muito interessantes sobre ele, conhecida como Lei de Nathan, vejamos:

    a) Primeira lei: software como gs, expande at preencher todo o container;

    b) segunda lei: software cresce at se tornar limitado pela lei de Moore;

    c) Terceira lei: o crescimento do software torna a lei de Moore possvel;

    d) Quarta lei: software somente limitado pela expectativa e ambio humanas.

    SAIBA MAIS

    Para saber mais sobre as Leis de Nathan, leia o artigo origi-nal disponvel em: .

    Se analisarmos as premissas, veremos que software acaba sendo o elemento determinante na evoluo do hardware. Um exemplo recente o Kinect da Micro-soft que nos apresenta uma nova forma de interagir com sistemas computacio-nais, possibilitando caminharmos para a realidade aumentada e a virtual.

    O Kinect hoje limitado de forma eficaz ao Xbox, devido ao alto consumo de hardware. Com os sistemas computacionais evoluindo, teremos o mesmo no cotidiano e toda uma mudana na forma de trabalhar, gerando um novo ciclo, virtuoso, na rea de TI.

    Devemos estar sempre atentos a manter nossa empresa em um constante ci-clo virtuoso.

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti30

    2.4 A CONVerGNCiA DiGiTAL

    "Pane no sistema, algum me desconfigurouAonde esto meus olhos de rob?Eu no sabia, eu no tinha percebidoEu sempre achei que era vivoParafuso e fludo em lugar de articulao"(Admirvel chip novo, Pitty)

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    Figura 15 Convergncia digital

    O ser humano um ser social. Vive em grupos e para tal emprega a informao e meios de transmisso para se comunicar. No incio eram as pinturas nas caver-nas e a conversa ao redor da fogueira, hoje a internet.

    No mundo em que vivemos encontramos vrias formas e fontes de informao, porm quase todas so analgicas. O mundo computacional digital, devemos entender como digitalizar esta informao analgica para seu uso computacional.

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    Figura 16 Harry Nyquist

  • 2 DemanDa por novos proDutos InDustrIalIzaDos 31

    No ano de 1929, Harry Nyquist estabeleceu os requisitos e princpios bsicos para a digitalizao da informao.

    Notou que se obtivssemos amostras do sinal/informao analgica que dese-jssemos digitalizar, em uma taxa que fosse o dobro da frequncia e, neste ponto, pegssemos o valor do sinal, como uma amostra representada por um nmero, este poderia ser armazenado, anotado, transmitido. Ao se enviar as amostras para um ponto B diferente, bastaria ter uma onda com a mesma frequncia da original e ajustarmos nela os valores da amostragem realizada para termos a informao integral original sem perdas.

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    Figura 17 Digitalizao conforme o teorema de Nyquist

    Fonte: http://www.emssiweb.com/2lMuneadLimin/inc/ckfinder/userfiles/images/MUESTREO1.jpg

    Parece confuso, mas no . Vejamos um exemplo:

    Imagine uma onda com frequncia de um hertz (1 Hz), que significa um ciclo por segundo. Pelo teorema de Nyquist, obtemos duas amostras do sinal no in-tervalo de 1 segundo. Essa informao serve para recriar o sinal original quando tivermos uma onda de mesma frequncia no destino em que desejamos levar a informao.

    O teorema de Nyquist fala apenas em tempo. Contudo, um sinal tambm pos-sui amplitude (altura). Logo no eixo Y de amplitude, teremos que definir os pon-tos a serem marcados, de 0 a N. Em uma determinada amostra, em que o sinal esteja entre dois pontos marcados no eixo Y, podemos ter um valor no inteiro. Valores no inteiros so de difcil representao, em especial em informtica.

    O teorema de Nyquist foi criado em um momento que no tnhamos compu-tadores, mas foi o elemento principal, de aplicao imediata, para a digitalizao dos dados.

    QUANTIZAO

    J que lidar com valores no inteiros um problema, podemos resolver isto ar-redondando os mesmo. A soluo que foi apresentada para o problema foi quan-tizar (aproximar) o sinal ajustando para o intervalo mais prximo. Por exemplo, um valor 2,1 iria para 2; um 2,9 para 3.

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti32

    O processo de quantizao introduz pequenos erros na amostragem do sinal e leve distoro na sua amplitude na recriao, mas algo considerado tolervel dada a economia gerada.

    VOC SABIA?

    Usurios de equipamentos de som com LP de vinil ale-gam que o CD no consegue representar o mesmo som. Esto certos. Os erros introduzidos na digitalizao com quantizao, mesmo mnimos, so notados por ouvidos bem treinados.

    A figura abaixo apresenta uma ilustrao de um processo tpico de digitaliza-o. O item principal para o sucesso da digitalizao o codec (codificador/deco-dificador do sinal). Para se obter um desempenho maior, os codecs vm normal-mente implementados em circuitos integrados denominados DSP (Digital Signal Processor), podendo, contudo, serem executados tambm em software.

    PAM Quantizao

    Codicaobinria

    Binrio / codi-cao digital

    0001100000100110

    +038

    - 127

    + 127

    000

    Direo da transferncia

    +02400110010000011000

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    Figura 18 Processo de digitalizao

    Fonte: http://www.todomonografias.com/images/2007/03/102957.gif

    Observe que o teorema de Nyquist uma aplicao na frequncia e tempo, logo sinais estticos, como uma foto, necessitam de outro tipo de tratamento para digitalizao.

    AS MDIAS

    Diversas mdias so empregadas no dia a dia para representar a informao que desejamos no mundo real e por consequncia no computacional: o udio, o vdeo e as imagens. Discutamos, ento, um pouco sobre as caractersticas de cada um e como digitalizar tais mdias.

  • 2 DemanDa por novos proDutos InDustrIalIzaDos 33

    A) O UDIO

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    Figura 19 Exemplo de onda sonora

    A humanidade ao longo do tempo tem usado os mais diversos meios para se comunicar, em especial temos a voz, a msica e outros sons que chamamos sim-plesmente de som ou udio.

    Uma caracterstica do udio, enquanto sinal, de ser uma modulao sobre uma onda analgica, ou seja, em todo momento temos o sinal sonoro, mesmo quando est em silncio.

    A digitalizao do som consiste em aplicar o teorema de Nyquist e armazenar os valores numricos das amostras. Esses valores podem ser transmitidos em sis-temas de comunicao, como a telefonia, ou armazenados em CD ou DVD.

    Se voc olhou o contedo de um CD de msica, nele existem diversos arqui-vos com extenses como wav, mp3 e outros. Esses arquivos contm os dados digitalizados e, devido ao grande tamanho dos dados, so comprimidos usando algoritmos especializados conhecidos como Codecs.

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti34

    b) A IMAGEM

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    Figura 20 Exemplo de imagem

    O uso de imagens para expressar, armazenar e transmitir informaes mile-nar, remete a representao atravs de pinturas rupestres, passando pela escrita nas suas mais variadas formas, incluindo a escrita atual latina que nada mais do que a associao de fonemas a imagens e a partir da temos textos que represen-tam sons que podem ser fonetizados1 e falados. Merece destaque a pintura e a fotografia como elemento de representao de informao.

    A caracterstica principal de uma imagem que esttica ou discreta, no ten-do como elemento componente o tempo. Como a imagem esttica, o processo de digitalizao no aplica o teorema de Nyquist, e busca especificar que em uma rea de uma polegada quadrada representamos N pontos, denominamos de dpi, ou dots per inch (pontos por polegada).

    Aps a digitalizao, procedemos com a compresso dos dados obtidos geran-do um arquivo de sada. Exemplo de arquivos digitais comprimidos so jpeg e png.

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    Figura 21 Pintura rupestre

    1 FONETIZAR

    Tornar fontico. Examinar sob o ponto de vista fontico. Grafar (os vocbulos) segundo a fontica.

  • 2 DemanDa por novos proDutos InDustrIalIzaDos 35

    C) O VDEO

    A fotografia em movimento e o som.

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    Figura 22 Vdeo

    O vdeo consiste em uma mdia muito utilizada nos dias atuais por permitir capturar o movimento das coisas. No processo de digitalizao de um vdeo so empregadas tcnicas de amostragem temporal da imagem. No caso, o olho hu-mano capaz de perceber 30 imagens por segundo, obtemos 30 fotos por segun-do e aplicamos tcnicas de digitalizao das fotos obtidas. Um segundo arquivo gerado capturando o udio e digitalizando o mesmo usando prticas j descritas. No final um arquivo de sada gerado combinando os arquivos de vdeo e de udio obtidos.

    Formatos conhecidos de arquivos de vdeo so mpeg4, mpeg2, avi, dvix.

    O TRATAMENTO DAS MDIAS

    Ao longo do tempo as diversas mdias (udio, vdeo, imagens) so combinadas em diversos produtos que atendem demanda, seja fotografia, jornal, revistas, rdio, tv, telefonia, equipamentos como cd player, gravador cassete etc. Cada m-dia era tratada de forma separada com equipamentos separados.

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti36

    O procedimento de digitalizao da informao associado popularizao da internet como rede de conectividade permite atualmente novos produtos, todos digitais. Os tipos de mdias se unem em nico universo digital.

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    Figura 23 cones de mdias

    Denominamos de multimdia a grande rea na computao que trata vrias mdias, hoje quase sempre online, e produtos e mtodos para lidar com elas.

    2.5 A CONVerGNCiA DiGiTAL PrODUTOS

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    Figura 24 Modelo antigo de televiso

  • 2 DemanDa por novos proDutos InDustrIalIzaDos 37

    Entendemos por convergncia digital o processo de migrao das nossas so-lues para o mundo digital. A convergncia digital, magistralmente sentida na obra de Marshall McLuhan Understanding the Media, em 1963, atualmente se tornou produto, realidade palpvel.

    Hoje, encontramos-nos em uma situao peculiar: quase tudo que conhece-mos est na internet de forma digital.

    SAIBA MAIS

    O pessoal de publicidade tem uma viso bem interessante da convergncia. Em especial, veja os vdeos EPIC 2015, no link , e Prometheus a Revoluo da Mdia, em .

    A MSICAD

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    Figura 25 Fongrafo de Edison

    No incio, surgiu o fongrafo de Edison, que depois foi modificado em toca discos com LPs (Long play) de vinil.

    O processo era todo analgico. Gravavam-se ranhuras no vinil que ao passar uma agulha sobre ele o som gravado era gerado e amplificado em caixas sonoras.

    Com a introduo dos primeiros CDs, os LPs de vinil comearam a sumir do mercado. Os toca-fitas que permitiam a portabilidade do udio deram lugar aos toca-CDs portteis, os chamados discman.

    A Apple introduziu a ideia do discman com mdia de estado slido, o IPOD. Foi um sucesso absoluto. Isso levou demanda de novos produtos na rea, ex-terminando os tradicionais LPs e CDs. Hoje unimos a isto a conectividade, onde

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti38

    levamos a msica para a internet, mudando completamente a forma de vender e comprar msica.

    De um incio conturbado, como sites onde as msicas eram disponibilizadas de forma ilegal, hoje temos o modelo do iTunes que nos permite adquirir msicas de forma legal.

    Um fato interessante foi quando a Apple props o iTunes: grande parte do mercado acreditou que seria um completo fracasso, uma perda de tempo e di-nheiro. Esse raciocnio partiu da viso de que se baixava msica da internet por ser de graa, ou seja, com a inteno de no pagar, caracterizando roubo/pira-taria da msica. A implementao do iTunes mostrou o contrrio: foi um sucesso absoluto, tanto que o iTunes responde por uma parcela razovel dos lucros da Apple nos dias atuais. Os usurios desejavam comprar msicas digitais via down-load por um preo razovel.

    Ningum havia oferecido tal servio ainda, logo o mesmo foi implementado pela fora: temos um caso interessante em que o mercado diz quais produtos deseja e como, se no fornecermos tal servio, o mercado arruma uma forma de obt-lo. No caso do iTunes temos ainda o choque claro entre geraes. Uma que acredita em uma forma de mundo, e outra que pratica outro formato, atualmente conectadas e em rede.

    O JORNAL E O LIVRO D

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    Figura 26 Livros

    Se a msica migrou para o online imagine o jornal e os livros. O Amazon Kindle e outros leitores de texto so os elementos chaves nos dias atuais. Encontramos modelos interessantes como os jornais que mantm uma verso impressa e uma

  • 2 DemanDa por novos proDutos InDustrIalIzaDos 39

    online e os casos, como o tradicional Jornal do Brasil, que optou por manter ape-nas uma verso online.

    A portabilidade de livros um elemento interessante para o usurio e colabo-ra com a sustentabilidade. A impresso de documentos como um todo tende a diminuir ao longo do tempo, gerando um consumo de madeira menor para este fim, bem como a reduo de custos e de espao usado para guardar livros.

    AS CARTAS

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    Figura 27 Carta

    O que so mesmos as cartas?

    Se voc tem menos de 20 anos talvez nunca tenha escrito uma carta, mas se perguntar a sua av ela poder explicar. Talvez comece assim:

    Nos meus tempos as coisas eram melhores, no tnhamos essa coisa de computador com e-mail no, se queramos falar com algum, mandvamos uma carta.

    Nos dias atuais, as cartas foram praticamente substitudas pelos e-mails que replicam o mesmo conceito. Um documento que enviamos de um endereo para outro, mas no um endereo fsico, e sim um endereo do mundo digital na in-ternet. E-mails so muito usados, mas j percebemos claramente seu destino: a extino.

    Da mesma forma que as msicas quando digitalizadas foram para o CD, e o mesmo desapareceu com o aparecimento da internet, o e-mail tem seguido o mesmo caminho. No basta usar o mesmo conceito em uma nova mdia. A in-ternet interativa e viva, e no esttica como o papel. Solues on the fly, como

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti40

    mensagens instantneas e as redes sociais, so as novas tnicas de comunicao. E-mail passado, no por ser ruim, mas pelo mercado exigir um novo produto e forma de trabalhar.

    O TELEFONE

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    Figura 28 Modelo de telefone antigo

    O telefone representa um elemento interessante de mudana. Nos primrdios das redes computacionais, a telefonia era usada, e ainda continua, como rede b-sica de transmisso de dados. O trfego de dados era tratado como uma aplica-o extra, um subproduto, j que a lucratividade vinha dos servios de voz.

    Ao longo do tempo, o telefone mudou. A rede telefnica foi digitalizada, mas para o usurio final nada mudou. Na dcada de 90 surge, em escala, a primeira grande evoluo: a telefonia mvel celular. Existiam telefones mveis, mas liga-dos a carros devido ao grande consumo de energia para transmisso e recepo de sinal, tornando o uso em escala invivel.

    O surgimento do sistema de comunicao via rdio celular permitiu a popu-larizao do servio de telefonia no Brasil. Mesmo com o alto custo do servio, muitas das vezes era a nica alternativa disponvel em determinados locais de-vido escassez de linha fixa. O sistema celular permitiu a mobilidade do usurio, contudo era somente um telefone. Uma ideia interessante foi integrar a ele um servio semelhante aos dos pagers de poca com o envio de mensagens, este servio foi chamado SMS (short message system), obtendo grande sucesso como servio agregado.

  • 2 DemanDa por novos proDutos InDustrIalIzaDos 41

    Com a digitalizao da planta celular comearam a ser integrados servios de comunicao de dados, primeiro servios lentos, hoje 3G caminhando para o 4G (LTE). Mesmo com a baixa qualidade dos servios 3G no Brasil e seu custo alto, o celular superou as instalaes fixas de banda larga.

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    Figura 29 Modelo de Smartphone

    Se tivermos dados no celular, ele pode virar um computador. Consequncia imediata: surgem os smartphones, basicamente computadores em um celular. A Blackberry, fabricante canadense, um exemplo disto: vendia PDAs e em deter-minado momento integrou uma aplicao ao PDA, o acesso via celular.

    A telefonia fixa tem sido trocada para chamadas a longa distncia por VOIP. Notamos uma mudana interessante: a rede celular, sendo usada para dados, e a fixa, sendo transformada em uma aplicao na internet. Produtos como iPhone e Android surgem neste contexto.

    Com as mudanas do modo de se usar a telefonia e as possibilidades so imen-sas.

    VOC SABIA?

    Que o telefone celular enquanto equipamento mvel, no conectado ao carro ideia e patente de um brasilei-ro? Isso tambm ocorre para o carto telefnico! Conhe-a estes dados e outros visitando o site do CPQD.

    AS MUDANAS

    A convergncia digital levou todas as reas a migrarem a forma de atuar. A telefonia foi para o voz sobre IP, televiso para IPtv (IP TV), tecnologia diferente

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti42

    da TV digital (conhecida como SBTVD no Brasil) por ser online e interativa, se co-mearmos a enumerar, a lista imensa no uso das mdias, e ento temos vrias mudanas.

    A demanda por novos produtos que aliem diversas mdias online apenas est comeando.

    A TELEVISO

    Um fato curioso ocorreu com a tentativa de se replicar o nosso modelo de tele-viso aberto na internet. O Youtube oferece programao com horrio marcado, alm de seu tradicional sistema de vdeo armazenado. Lgica simples: existiam muitos usurios no Youtube que organizavam playlists. O Youtube poderia fazer isso para eles, porm no deu certo.

    As razes do no sucesso so vrias, mas a principal: a televiso no possui interatividade na escolha da programao. O Youtube permitia isso. Temos um claro exemplo que no basta colocar o mesmo produto em uma nova mdia.

    COMO USAR A MDIA

    Fabr

    iCO

    (201

    2)

    Figura 30 Caminhos

    Da mesma forma que um novo meio, no caso a internet, leva a uma forma diferente de tratar as mdias, o que fazemos com elas, agora digitais, muda subs-tancialmente. Alguns exemplos para refletirmos:

  • 2 DemanDa por novos proDutos InDustrIalIzaDos 43

    a) o ensino atual cada vez mais possui contedos online e caminha para o ensi-no no presencial a distncia e a web a alavanca deste processo;

    b) o diagnstico de doenas feito de forma colaborativa por especialista em rede;

    c) a edio de livros realizada online por grupos de pessoas em pases dife-rentes.

    A lista de possibilidades imensa. Cada uma significa novos produtos, uma demanda constante em um ciclo virtuoso alimentando as probabilidades da cria-tividade humana. E do seu ponto de vista, profissional de tecnologia da informa-o, abrindo novos campos de atuao. Nos dizeres de Aldous Huxely chegamos ao admirvel mundo novo (the brave new world).

    reCAPiTULANDO

    Neste captulo voc compreendeu o que so as demandas por novos pro-dutos e como as revolues influenciaram o caminho percorrido at a chegada do mundo digital.

    Entendeu a importncia do ciclo virtuoso dentro da demanda por novos produtos e a promoo do aperfeioamento neste processo.

  • 3inovao tecnolgica

    A busca por novidades faz parte do homem desde a sua origem, estando presente nas mais diversas reas do conhecimento.

    Pessoas e fatos inovadores transformaram produtos e conceitos, levando a indstria a uma dinmica mais gil e eficaz, impactando diretamente no mercado e sua competitividade.

    A inovao dos produtos e seus processos de fabricao diretamente motivada pelo de-senvolvimento tecnolgico e econmico do mercado. Em conjunto, a boa organizao de uma empresa e um marketing bem planejado e executado propicia o mximo de eficincia, suprindo as necessidades demandadas.

    Ao final deste captulo voc ser capaz de:

    a) definir o que inovao e seu impacto no mercado;

    b) relacionar a inovao de produtos, processos, organizaes e marketing rea de TI;

    c) entender o que e como praticar a gesto da inovao.

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti46

    3.1 O QUe iNOVAO

    "Voc me faz correr demais os riscos desta highwayVoc me faz correr atrs do horizonte desta highwayNingum por perto, silncio no deserto, deserta highwayEstamos ss e nenhum de ns sabe exatamente onde vai pararMas no precisamos saber pra onde vamos, ns s precisamos ir..."(Infinita highway, Engenheiros do Hawaii)

    Espao: a fronteira final. Estas so as viagens da nave estelar Enterprise. Em sua misso de cinco anos: para explorar novos mundos, para procurar novas vi-das e novas civilizaes, para audaciosamente ir aonde nenhum homem jamais esteve. (Stark Trek, 1966).

    Pode

    r Nav

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    012)

    Figura 31 Nave estelar Enterprise

    A procura do novo. O ser humano sempre esta buscando, como vimos nas palavras de Gessinger, do grupo Engenheiros do Hawaii, ou nas de Gene Rodden-berry, na srie Jornada nas estrelas, a busca constante. A Bblia Sagrada nos traz a viso da procura de conhecimento do homem em sua origem por Ado e Eva. A ma mordida o conhecimento obtido.

    A busca da inovao o motor da sociedade e seu objeto de destaque no mundo. A inovao est presente em diversas reas do saber, alguns exemplos:

    a) Leonardo Da Vinci foi inovador em quase tudo o que fez, podemos citar seus conceitos de anatomia;

    b) Van Gogh e Picasso representam uma forma de ver o mundo diferente pela pintura;

    c) Freud apresentou um olhar inovador sobre o ser humano entendendo-o do ponto de vista psicolgico e no somente fsico;

  • 3 Inovao TecnolgIca 47

    d) Ford foi inovador ao executar a linha de produo em srie.

    Poderamos listar, nas vrias reas do saber ou atuao, pessoas e fatos inova-dores que mudaram o ambiente e o tempo em que viveram. Estamos interessa-dos em elementos inovadores que permitam transformar produtos e conceitos, levando a uma indstria mais gil e ao sucesso econmico.

    A APPLE E A INOVAO

    Na dcada de 70, a Apple foi responsvel por popularizar o conceito de compu-tador entre a sociedade em geral. Na dcada de 80, a mesma empresa nos trouxe o uso da multimdia como elemento dirio, bem como uma interface interativa. Nos anos 90, usando a base da Next, adquirida pela Apple, a empresa apresenta o computador como elemento tambm de design, no sendo importante ape-nas que funcionasse bem, mas que fosse um elemento do meio, que fosse belo. Dcada seguinte: a Apple nos traz a fase do I (eu): o iPod, sucessor do discman; o iPhone, sucessor do celular; o iPad sucessor do PDA, e talvez do computador.

    O que mais interessante na histria da Apple o uso de inovao nos produ-tos. Toda a tecnologia para criar estes e outros produtos estava disponvel para qualquer um usar e ter sucesso. Qual a razo do sucesso da Apple?

    Dre

    amst

    ime

    (201

    2)

    Figura 32 Steve Jobs

    A Apple foi fundada por dois Steves: Wornizak e Jobs. O primeiro, um enge-nheiro de computao; o segundo, um inovador. O diferencial da empresa foi Steve Jobs que sempre primou por ter produtos inovadores e usveis por leigos.

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti48

    INOVAO

    Dre

    amst

    ime

    (201

    2)

    Figura 33 Inovao

    Algo importante definirmos inovao. A FINEP, rgo federal que atua no fomento de projetos inovadores, define inovao como:

    Uma inovao a implementao de um produto (bem ou servio)

    novo ou significativamente melhorado, ou um processo, ou um novo

    mtodo de marketing, ou um novo mtodo organizacional nas prti-

    cas de negcios, na organizao do local de trabalho ou nas relaes

    externas.

    Essa definio abrangente de uma inovao compreende um amplo

    conjunto de inovaes possveis. Uma inovao pode ser mais estrei-

    tamente categorizada em virtude da implementao de um ou mais

    tipos de inovao, por exemplo, inovaes de produto e de processo. (FINEP, 2006, p. 55)

    SAIBA MAIS

    Para saber mais sobre inovao, leia o documento da FINEP na ntegra, por meio do link: . Informaes sobre inova-es no dia a dia podem ser obtidas em: .

    Ou seja, a inovao uma nova forma de fazer algo, trazer o novo. A Apple, como vimos a pouco, se enquadra perfeitamente na definio da FINEP.

  • 3 Inovao TecnolgIca 49

    A NECESSIDADE DE INOVAO

    A inovao se faz necessria, principalmente, para a sustentabilidade das em-presas no mercado competitivo. Logo, se a empresa quer ser lembrada e ficar entre as melhores, tem que inovar.

    As inovaes so importantes tambm porque permitem a conquista de no-vos mercados, aumentando a renda das empresas, consentindo a realizao de novas parcerias, conquista de novos conhecimentos e consequente aumento do valor de suas marcas. Podemos notar isso em empresas como Microsoft, Apple e HP, que so marcas muito respeitadas, e que agregam valor aos seus produtos, sendo bem aceitos pelos clientes, alterando seu estilo de vida, hbitos e padres de comportamento.

    Em geral, as empresas so o principal centro das inovaes. por intermdio delas que as tecnologias, invenes, ideias e produtos chegam ao mercado, com um processo de concepo, desenvolvimento e gesto da inovao, visto a ne-cessidade de investimento em pesquisa e aperfeioamento.

    Para realizar o processo de inovao, algumas empresas possuem reas intei-ras dedicadas inovao, com laboratrios de pesquisa e desenvolvimento, con-tando com diversos pesquisadores e parceiros.

    Os principais fatores que influenciam a necessidade de inovao so: necessi-dade de mercado, mudanas na indstria, mudanas demogrficas e culturais e novos conhecimentos tcnicos.

    3.2 iMPACTO NO MerCADO

    Navegar preciso, viver no preciso. (Pompeu).

    Viver no necessrio; o que necessrio criar.(Fernando Pessoa)

    Bras

    il Es

    cola

    (201

    2)

    Figura 34 Navegar preciso, viver no preciso.

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti50

    Vamos a um exerccio criativo. Feche os olhos. Imagine que voc est em uma mquina do tempo e que foi para o ano de 1813. No tanto tempo assim. Pense que acabou de acordar em um novo dia. O que vai fazer hoje?

    H 200 anos no tnhamos alguns produtos. Como a eletricidade, o telefone, a televiso, a internet, ou melhor, o computador. Se enumerarmos, a lista imen-sa. Tanto elementos bsicos como os citados quanto outros, como carros, avies, ou mesmo um mero medicamento para um resfriado. Nos ltimos 200 anos muita coisa mudou. Inovaes foram colocadas na prtica, novos produtos surgiram, o mundo mudou.

    Da mesma forma que se fossemos transportados ao passado, imagine algum daqueles dias, 1813, sendo trazido ao presente. Seria interessante discutirmos e pensarmos qual seria o maior impacto e qual o maior choque gerado. Se a falta dos produtos atuais, que no existiam no passado, ou a presena do novo para aquele que vem para o futuro. Qual a sua opinio? Achamos que o choque do novo maior. O novo causa mudana e gera desconforto, j que requer adapta-es e aquisio de outros conhecimentos, desafios. Cazuza disse em S as mes so felizes:

    ... Reparou como os velhosVo perdendo a esperanaCom seus bichinhos de estimao e plantas?J viveram tudoE sabem que a vida belaReparou na inocnciaCruel das criancinhasCom seus comentrios desconcertantes?Adivinham tudoE sabem que a vida bela

    A presena de inovaes tecnolgicas, em especial na rea de tecnologia da informao, tem mudando a forma que as empresas e indstrias funcionam, bem como a forma que as pessoas interagem e convivem. Hoje, por exemplo, mar-cante o papel das redes sociais como elemento aglutinador das pessoas, algo no imaginvel h 10 anos.

    H alguns anos, o celular foi um avano fantstico, atualmente no pensamos nele sem estar conectado a internet ou sem SMS. J pensou um dia sem compu-tadores ou sem carro? O impacto seria grande.

  • 3 Inovao TecnolgIca 51

    CASOS e reLATOS

    Fazendo po de queijo

    Ju M

    elo

    (201

    2)

    Figura 35 Cesta de po de queijo

    Dona Ana, hoje com 60 anos de idade, aprendeu com sua v, na infncia, que para se fazer um bom po de queijo o segredo ter um queijo curado (seco) de boa qualidade, um bom polvilho e com as mos amassar mis-turando bem, de forma a se obter uma massa uniforme at identificar o ponto da massa, fazer pequenas bolhas e colocar para assar. Ana cresceu e ao longo da vida sempre fez assim. Comprou o queijo, ralou no ralo manual, comprou o polvilho, os ovos e leite e preparou seu po de queijo.

    Na idade adulta, encontrou um artefato estranho que era o multiprocessa-dor de alimentos: colocava o queijo l dentro e o aparelho soltava o mesmo ralado. Mesmo acreditando que o sabor no seria o mesmo aderiu facili-dade. Depois veio a batedeira eltrica, que facilitou mais ainda o trabalho, o forno no era mais a lenha, virou a gs e hoje eltrico. Muitas mudanas.

    Hoje ela est encucada. Ela pediu para sua bisneta mais velha comprar os produtos para fazer po queijo e ela chegou com o po de queijo pronto no saquinho lacrado, j pr-assado. Quase pronto. Dona Ana imaginou como da vez do multiprocessador, que o sabor no seria o mesmo, que no seria igual. Contudo, como a bisneta Mariana pediu, ela colocou no forno e esperou. Resignada foi comer o po de queijo depois de pronto. E no que ficou bom: Ficou excelente exclamou ela Igual ao da minha v! Para a bisneta apenas disse, Fazendo com amor, tudo fica bom. Depois disso ficou pensativa. H algum tempo queria usar um for-no de micro-ondas. Gostaria de saber quando vai poder assar seus pes de queijos prontos no micro-ondas.

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti52

    Esta breve histria nos faz lembrar que a inovao difcil de ser aceita, mas ao ser absorvida se torna parte da rotina e no conseguimos viver sem ela. O que dona Ana no sabia, tambm, que a empresa que fabrica os pes de queijo, que ela assou, possui um certificado ISO 9001:2008 de qualidade total no processo produtivo bsico.

    A INFORMTICA

    Se avaliarmos, a informtica foi um dos diversos elementos que surgiram ao longo do tempo, o que teve maior impacto como inovao tecnolgica. Com me-nos de um sculo de existncia ela mudou totalmente a forma que trabalhamos e interagimos, seja nos processos de automao, seja nos hbitos de compras, de ouvir msica, ver filmes ou escrever uma carta. Hoje os computadores saltaram de nossas mesas para os notebooks e celulares permitindo a portabilidade.

    A internet outro exemplo de inovao que praticamente trouxe o mundo inteiro para dentro de nossas casas, permitindo acesso infinita quantidade de informaes de qualquer lugar do planeta, mudando substancialmente como as empresas funcionam e trabalham. Conceitos como internet banking, home offi-ce so possveis apenas com o uso da internet e informtica, marcando a tnica de como trabalhamos atualmente. At nossas relaes passam a ser virtuais por meio das redes sociais. O Facebook o novo clube da esquina.

    AS MUDANAS

    Entretanto, as inovaes tecnolgicas no trouxeram apenas impactos positi-vos. Um ponto negativo a poluio, especialmente gerada pelo lixo tecnolgico eletrnico, que traz sensveis alteraes no clima, contaminao dos rios e do ar, causando danos ao meio ambiente. Uma soluo parcial consiste na conscienti-zao sobre o descarte adequado de lixo eletrnico para devida reciclagem, bem como a produo de eletrnicos que sigam a diretiva 2002/95/eC emitida pelo Parlamento e pelo Conselho da Unio Europeia conhecida como RoHS (Restriction of Hazardous Substances Restrio de substncias perigosas).

    SAIBA MAIS

    Para saber mais sobre RoHS, visite a pgina: .

    Outro elemento bastante conhecido o desemprego, gerado pelo alto nvel de automao comercial, que passou a exigir maior qualificao por parte das

  • 3 Inovao TecnolgIca 53

    pessoas na execuo de seus trabalhos, que necessitam da devida reciclagem profissional para permanecer no mercado de trabalho.

    A COMPETITIVIDADE

    Finalmente, um impacto importante associado s inovaes tecnolgicas o aumento da competitividade entre as empresas. A competitividade formada por um conjunto de fatores culturais, econmicos, intelectuais que fazem com que um consumidor prefira um produto ou servio, em detrimento de outro. Os consumidores passaram a ter acesso a informaes comparativas sobre preo, qualidade, eficcia, manuteno, treinamento e facilidade de uso antes de efe-tuar uma compra. Podemos afirmar, ento, que um impacto vantajoso relacio-nado competitividade a reduo de custos, aumento da produo, melhoria na comunicao e refinamento da qualidade dos produtos que so inseridos no mercado diariamente.

    Portanto, podemos observar que as inovaes esto acompanhadas por im-pactos positivos e negativos, mas que so necessrias para o desenvolvimento mundial.

    Segundo os dados apresentados por uma pesquisa realizada pelo IPEA (Insti-tuto de Pesquisa Econmica Aplicada) Inovar e investir mais em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) aumentam em 16% as chances de uma empresa ingressar em um mercado internacional, como exportadora.

    Devemos ter claro que a inovao tecnologia traz mudanas no mercado, abrindo e fechando negcios. Se no estivermos atentos, podemos seguir os exemplos de diversas funes que foram extintas devido internet e a informti-ca, como temos o agente de viagens, que emitia passagens reas ou o livreiro que vendia livros. Trate a inovao sempre de forma positiva e como parceira, nunca como concorrente, ou no obter sucesso.

    3.3 iNOVAO De PrODUTOS

    "Plut, plat, zum!!No vai a lugar nenhum!Tem que ser selado, registrado, carimbado, avaliado, rotulado se quiser voar!Pra lua t cheropa, e o sol indentidade, v j pro seu foguete viajar pelo universo preciso o meu carimbozinho, zinho, zinho, zinho."(Raul Seixas, Plut plat Zum)

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti54

    Ther

    eza

    Eug

    nia

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    2)

    Figura 36 Raul Seixas

    Voc j parou para pensar em como as coisas evoluem? Veja o caso dos ve-culos, por exemplo. Lembra-se da quantidade de inovaes que a indstria auto-mobilstica lanou nos ltimos tempos? Motores bicombustveis, freios ABS, sus-penso inteligente e computadores de bordo, entre vrias outras. A esse tipo de inovao, chamamos de inovao de produtos. Seu principal objetivo modificar as caractersticas dos produtos, melhorando sua qualidade, e alterando a forma como percebido pelos seus consumidores. fcil perceber a importncia disso, no ?

    Neste tpico, voc entender por que as empresas devem inovar seus produ-tos e vai conhecer alguns dos principais produtos inovadores que surgiram em funo do desenvolvimento da rea de TI ao longo da histria.

    POR QUE AS EMPRESAS DEVEM INOVAR SEUS PRODUTOS?

    ESTE PRODUTO D A VIDA ETERNA!

    COMO VENDEREMOSATUALIZAOES?

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    12)

    Figura 37 Inovao de produto

  • 3 Inovao TecnolgIca 55

    Segundo o SEBRAE:

    [...] h inmeras razes que justificam a necessidade de uma empresa inovar. O motivo mais forte o seguinte: o neg-cio que no inovar est destinado a desaparecer! inovar ou morrer!

    A inovao possibilita que empresa se mantenha adequada ao mercado, ou seja, seus produtos, processos e prticas de marketing permitem que esteja em permanente sintonia com as necessidades dos clientes. O destino de quem no acom-panha a voz do mercado perecer. preciso inovar e renovar a organizao do empreendimento e acelerar e aumentar a produtividade.

    Alm disso, a inovao contribui para que um negcio dispute a preferncia do mercado em p de igualdade com a concor-rncia, cada vez mais exacerbada. Tambm um meio para que o empresrio encontre novos nichos para sua empresa no mercado, aumentando assim o lucro e renovando ou criando ciclos de vida para os produtos.

    A inovao , portanto, o caminho que as empresas devem permanentemente percorrer para enfrentar os desafios do mercado, mantendo-se jovens e competitivas.

    PRODUTOS INOVADORES RELACIONADOS REA DE TI

    Desde o surgimento da rea de TI vrios produtos marcaram poca, tanto pela inovao que promoveram, quanto pela importncia na histria da TI. A seguir, veja alguns exemplos de produtos transformadores.

    a) apple i: em 1976 Steve Jobs e Steve Worzinak colocam no mercado o Apple I, primeiro microcomputador que j vinha com os componentes internos sol-dados no gabinete. O Apple I permitiu a no tcnicos o uso da computao.

  • Tendncias e demandas Tecnolgicas em Ti56

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    012)

    Figura 38 Jobs e Wozinak observam placa principal do Apple I

    b) iBM 5150: em 12/08/1981 a empresa americana IBM, observando o suces-so obtido pela Apple com seu microcomputador, lanou um produto que deu incio a uma nova era na indstria de tecnologia de consumo. Em uma conferncia de imprensa na cidade de Nova York, a empresa anunciou o IBM Personal Computer (IBM 5150), por um preo de US$ 1.565.

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    Figura 39 IBM 5150

    c) Macintosh: lanado em 1984, foi um sucesso de pblico. Valia US$ 2,5 mil e trazia inovaes como a interface grfica e o mouse. Competiu ativamente no mercado contra a IBM na dcada de 1980, e foi determinante para a IBM e a Microsoft buscarem o desenvolvimento de uma interface grfica no IBM PC.

  • 3 Inovao TecnolgIca 57

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    006)

    Figura 40 Apple Macintosh Original

    d) iMac: surgiu em 1998. Inovou na poca ao integrar em um mesmo aparelho monitor e o disco rgido. O iMac marca a preocupao da Apple em entender que um excelente produto deve ter um