me-29 mÉtodos de ensaio determinaÇÃo do teor de … · determinaÇÃo do teor de betume volume...

DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA SECRETARIA DE SERVIÇOS PÚBLICOS

EMITENTE EMPRESA DE MANUTENÇÃO E LIMPEZA URBANA

REFERÊNCIA VOLUME 12 / ME-29

ASSUNTO: MÉTODOS DE ENSAIOS PARA PAVIMENTAÇÃO DETERMINAÇÃO DO TEOR DE BETUME EM CIMENTO ASFÁLTICO DE PETRÓLEO

DATA

2003

PREFEITURA DO RECIFE

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ME-29

MÉTODOS DE ENSAIO

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE BETUME EM

CIMENTO ASFÁLTICO DE PETRÓLEO

DOCUMENTO DE CIRCULAÇÃO EXTERNA





DATA

2003


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ÍNDICE PÁG.

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 3

2. OBJETIVO ....................................................................................................................3

3. REFERÊNCIAS E NORMAS COMPLEMENTARES.................................................... 3

4. DEFINIÇÕES ................................................................................................................ 3

5. RESUMO DO ENSAIO ................................................................................................. 4

6. APARELHAGEM .......................................................................................................... 4

7. MATERIAIS .................................................................................................................. 6

8. PROCEDIMENTO......................................................................................................... 6

9. RESULTADOS ............................................................................................................. 9

10. PRECISÃO ............................................................................................................... 10





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1. INTRODUÇÃO

Este método de ensaio adotado pela Secretaria de Serviços Públicos da Prefeitura do

Recife tem grande correspondência com a norma MB-166, da ABNT.

2. OBJETIVO

Este método fixa o modo de proceder na determinação do teor de betume em cimentos

asfálticos de petróleo. É aplicável também para outros materiais aglutinantes contendo

mais que 95% de betume.

3. REFERÊNCIAS E NORMAS COMPLEMENTARES

Para a aplicação desta norma, é necessário consultar:

• Método IBP-ABNT MB-37 – Determinação da água em produtos de petróleo;

• EM-3 da PCR – Cimentos asfálticos de petróleo;

• EM-4 da PCR – Cimentos asfálticos diluídos.

4. DEFINIÇÕES

Teor de betume é a quantidade de material solúvel em dissulfeto de carbono, expressa

em porcentagem, calculada sobre o peso da amostra isenta de água.





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5. RESUMO DO ENSAIO

A amostra é tratada com dissulfeto de carbono e a parte insolúvel é separada por

filtração, lavada, secada e pesada.

6. APARELHAGEM

A aparelhagem utilizada no ensaio é a seguinte:

a) Conjunto de Filtração

Conforme a indicação da Figura 1.

b) Estufa

Capaz de manter a temperatura controlada automaticamente na faixa de 80 a 200°C,

com precisão de ± 5°C.

c) “Erlenmeyers”

De vidro, com rolha esmerilhada, com capacidade de 125 ou 200 ml.

d) Cadinho de “Gooch”

De aço inoxidável ou louça porcelanizada, conforme as indicações da Figura 1.





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7. MATERIAIS

Os materiais utilizados são:

a) Dissulfeto de carbono

Grau reagente químico.

Devido à alta toxidade e inflamabilidade do dissulfeto de carbono, poderá ser utilizado em

seu lugar o tricloroetileno ou o tetracloreto de carbono. Em caso de dúvida, porém, o

ensaio deverá ser realizado com o dissulfeto de carbono especificado.

b) Asbestos

Deverá ser do tipo fibra longa (anfibólio), selecionado, lavado com ácido, para cadinho de

“Gooch”, desfibrado em fragmentos menores que 1 cm.

8. PROCEDIMENTO

a) Preparação da amostra

Procede-se inicialmente ao ensaio de Determinação de Água em Produtos de Petróleo

(por destilação), Método IBP-ABNT MB-37.

Caso a amostra possua mais de 2% de água, deverá ser previamente desidratada.

Deve ser levada sempre em conta, no cálculo do teor de betume da amostra, a sua

porcentagem de água.

b) Preparação do cadinho de “Gooch”





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Adaptar o cadinho de “Gooch”, previamente tarado, ao funil e introduzi-lo no anel de

borracha do frasco de filtração. Ligar o conjunto, por meio de um tubo flexível, ao sistema

de vácuo. Colocar no cadinho asbestos em suspensão em água destilada, deixando que

parte do asbestos se deposite no fundo do cadinho. Efetuar, a seguir, uma ligeira sucção

para ser retirado o excesso de água. Aplicar, finalmente forte sucção para obter uma

firme camada de asbestos no fundo do cadinho. Levar o cadinho a uma estufa a 110°C, e

em seguida, a uma mufla a 600-650°C. Deixar esfriar em dessecador com CaCl2 e pesar

com precisão de 0,1 mg.

Repetir a ignição e esfriamento até peso constante (± 0,3 mg). O peso de asbestos no

cadinho deverá ser de (0,5 ± 0,1) g, após secagem.

Após pesar o cadinho, colocar num funil seco e limpo, suportado no frasco de filtração

também limpo e seco.

Caso não seja obtido o peso especificado de asbestos, deverá ser preparado outro

cadinho de “Gooch”.

c) Temperatura do ensaio

Normalmente, a temperatura do ensaio não é crítica e este pode ser realizado à

temperatura ambiente. Em casos de confronto ou arbítrio, o “Erlenmeyer” com a amostra

em solução deverá ser colocado em um banho d’água mantido a (38 ± 0,2)°C durante

uma hora antes da filtração, a menos que o dissulfeto de carbono seja usado, pois é

perigoso aquecê-lo.

d) Ensaio

Pesar no “Erlenmeyer” tarado aproximadamente 2 g de amostra, com precisão de 0,1

mg.





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Adicionar ao “Erlenmeyer” 100 ml de dissulfeto de carbono em pequenas porções,

agitando continuamente, até que todos os fragmentos se dispersem e nenhum adira às

paredes do Erlenmeyer.

Fechar frouxamente o “Erlenmeyer”, deixando-o em repouso durante no mínimo 15

minutos.

Decantar com cuidado a solução de dissulfeto de carbono através da camada de

asbestos do cadinho de “Gooch” preparado, efetuando ou não uma leve sucção,

conforme seja necessário, tomando o máximo cuidado para não permitir que a camada

filtrante de asbestos fique seca. Após a decantação da solução do dissulfeto de carbono

no “Erlenmeyer”, adicionar pequenas quantidades de dissulfeto de carbono, de

preferência com um frasco lavador, com o objetivo de arrastar todas as partículas

insolúveis para dentro do cadinho de “Gooch”. Lavar, finalmente, até que o solvente saia

praticamente incolor, o Erlenmeyer e o cadinho de “Gooch”, fazendo ao fim da lavagem

forte sucção para a retirada do dissulfeto de carbono restante no asbesto. Remova o

cadinho e coloque-o na parte superior externa da estufa até que todo o odor tenha sido

removido. Leve à estufa para secagem a (110 ± 5)°C durante 20 minutos, no mínimo, o

“Erlenmeyer” e o cadinho de “Gooch”. Esfriar o cadinho e o “Erlenmeyer” em um

dessecador e pesar até peso constante (± 0,3 mg).

Manter a máxima atenção quando trabalhar com dissulfeto de carbono, pois é altamente

tóxico é auto-inflamável a 100°C. Não manusear fora da capela nem próximo a

superfícies quentes, pois forma misturas explosivas nas concentrações de 1 a 50% com

ar, podendo explodir a partir de 30°C.

A fim de obter resultados precisos, o tempo de resfriamento do dessecador deve ser

aproximadamente o mesmo (± 5 minutos) depois de todos os aquecimentos. Por

exemplo: se o cadinho vazio for pesado depois de 30 minutos de resfriamento no

dessecador, o cadinho contendo a matéria insolúvel deve ser pesado depois de 30 ± 5

minutos de resfriamento no dessecador. Se os cadinhos vazios e / ou contendo





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matéria insolúvel ficarem no dessecador por uma noite, deverão ser reaquecidos na

estufa, no mínimo durante 30 minutos, para depois serem resfriados durante o período

prescrito antes de serem pesados.

9. RESULTADOS

Calcular a porcentagem de material solúvel no dissulfeto de carbono pela fórmula, onde

teor de betume, TB:

No caso da amostra ter sido previamente desidratada, B será considerado como igual a

zero.

Os resultados obtidos por este método são comparáveis aos do método ASTM D-2042-

66.





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10. PRECISÃO

Os seguintes critérios devem ser usados para julgar a aceitabilidade dos resultados (95%

de probabilidade):

a) Repetibilidade

Resultados em duplicata obtidos pelo mesmo operador não serão considerados

suspeitos, a menos que difiram por mais de 0,10%.

b) Reprodutibilidade

Resultados obtidos por dois laboratórios não serão considerados suspeitos, a menos que

difiram por mais de 0,26%.





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