mdulo_6_-_bankrisk

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  • 8/12/2019 Mdulo_6_-_Bankrisk

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    Caro Participante,

    Parabns! Esta a ltima parte de seu programa, estamos chegando l. Este mdulo temalgumas peculiaridades:

    1.) um mdulo uniforme no qual sero tratados assuntos ligados somente agerenciamento de risco e performance.

    2.) Voc vai utilizar neste mdulo os conceitos de estatstica que aprendeu no mdulo I.

    3.) Alm de representar at 1/4 de sua prova, os conceitos deste mdulo so novidadepara a maioria de vocs, desta forma, requer sua dedicao especial.Bom estudo!

    PARTE 6PARTE 6 MensuraMensurao, Gesto de Risco eo, Gesto de Risco ePerformance.Performance.

    METAS DE APRENDIZADO

    A Parte 6 pode representarat 25% de seu exame

    MA1

    MA2

    MA3

    MA4

    MA5

    Principais Fatores de Anlise de Investimentos

    Principais Riscos do Investidor

    Anlise Risco & Retorno

    Diversificao de Carteiras (Aes)

    Gerenciamento de Risco de Mercado

    Risco Pas & ndice Embi+MA6

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    PARTE 6 - Mensurao, Gesto de Performance e Risco - ndice

    1 Principais Fatores de Anlise de Risco 31.1 Introduo 31.2 Rentabilidade 4

    1.2.1 Rentabilidade Observada & Retorno Esperado 41.2.2 Retorno Esperado 5

    1.3 Liquidez 61.4 Risco 7

    2 Principais Riscos do Investidor2.1 Risco de Mercado 8

    2.1.1 Conceito 82.1.2 Quantificando Risco de Mercado 92.1.3 Volatilidade 10

    2.2 Risco de Crdito 112.2.1 Conceito 112.2.2 O que um Rating de Crdito 122.2.3 Spread de Crdito & Inadimplncia 14

    2.3 Risco de Liquidez 15

    2.4 Outros Riscos 162.4.1 Risco de Liquidao 162.4.2 Risco de Contraparte 17

    2.5 Horizonte de Tempo 183 Anlise Risco & Retorno 19

    3.1 Introduo 193.2 ndice de Sharpe 193.3 Tracking Error & EQM 21

    4 Diversificao de Carteiras (Aes) 224.1 Efeito Carteira e diversificao de Risco 224.2 Risco Diversificvel e o Efeito Correlao 224.3 Risco Sistemtico 23

    4.4 Efeito Correlao 234.5 Beta 264.6 Alpha 27

    5 Gerenciamento de Risco de Mercado5.1 Introduo 275.2 Duration 28

    5.2.1 Definio 285.2.2 Duration Modificada 305.2.3 Convexidade 30

    5.2 VaR Value at Risk 335.2.1 Limitaes do VaR 335.2.2 Stress Test 33

    5.2.3 Back Test 345.2.4 Stop Loss 356 Risco Pas & ndice EMBI+ 36

    6.1 Risco Pas 366.2 ndice MEBI+ 36Resumo Instrumentos de Gesto de Risco 38

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    1. Principais Fatores de Anlise de InvestimentosMA2

    1.1 Introduo

    Antes de sugerir qualquer alternativa de investimento, por mais conservadora e

    simples que parea, voc precisa obter de seu cliente uma srie de informaes apartir das quais poder fazer uma recomendao responsvel, tendo a certeza deque estar alinhada com seu objetivo de investimento e perfil de risco.

    Nesta parte do nosso programa de treinamento voc vai aprender quais so os riscosassociados aos principais fatores de anlise de investimento, riscos estes que devemosconhecer para podermos assessorar nossos clientes.

    Boa Leitura!

    Existe uma parcela da renda das pessoas que foi poupada e precisa ser investida

    respeitando seus objetivos pessoais de curto, mdio e longo prazos, que podem ser:preservao do capital, aposentadoria, compra de bens, poupana para viagens, estuddos filhos, etc.

    Quando o investidor procura a melhor forma de investir os recursos poupados, mesmque intuitivamente, est buscando encontrar uma alternativa de investimento quemelhor combine os 3 atributos bsicos abaixo:

    Rentabilidade

    Liquidez

    Segurana

    A primeira regra quanto aos atributos acima que no possvel encontr-los em

    um mesmo investimento, ou seja, encontrar um investimento que sejasimultaneamente rentvel, seguro, e com alta liquidez.

    O investidor ter de optar pelo fator, ou fatores mais importantes, segundo suapercepo e objetivos de investimento e, o que muito importante: tudo isto dentro dseu horizonte de tempo. Observe o quadro abaixo.

    Investimento Horizontede tempo

    Rentabilidade Liquidez Segurana

    Poupana Curto/Mdio baixa mdia/alta alta

    Fundo DI Curto/Mdio mdia alta alta

    Aes Longo alta (potencial) alta baixa

    Horizonte de Tempo

    A rentabilidadedepende muito dele.

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    1.2 - Rentabilidade

    1.2.1 Diferena entre RentabilidadeOb ser v ad ae Retorno

    EsperadoO conceito de rentabilidade de ganho nominal, de valores absolutos e estassociado a um evento passado.

    Ela normalmente expressa em percentual (%) e apurada atravs de um simplesclculo matemtico: divida o valor de resgate (ou venda) pelo valor de aplicao(ou compra), subtraia 1 e multiplique por 100. Pronto! Esse o resultado daoperao. Acompanhe alguns exemplos:

    ExemploSeu cliente comprou um CDB cujo valor de aplicao foi de R$ 25.000, tendoresgatado R$ 28.000, 6 meses depois. A rentabilidade da operao foi de 12% noperodo.

    Vamos ento conhecer melhor o significado de cada um dos principaisfatores de anlise de investimento.

    12%100125.00028.000

    =

    =

    Exemplo 2Seu cliente comprou 100 aes da Cia ABC por R$3,50 e vendeu, meses depois,por R$3,10. O rentabilidade da operao foi negativa em 11,43%.

    11,43%10013,503,10

    =

    =

    Retorno esperado diz respeito a expectativa que o investidor tem em relao adeterminado investimento quando associado a umb e n ch m a r k.Vamos entender melhor.

    Podemos optar por investimentos que buscam atrelar sua rentabilidade adeterminado benchmarkcomo, por exemplo, os Fundos DI.Neste caso, estamos trocando o conhecimento prvio da rentabilidade por umaproteo quanto a oscilao na taxa de juros de mercado.

    O inverstidor no exatamente quanto vai ganhar mas sabe que ser um certo

    percentual do benchmarkescolhido.Veja se a ilustrao abaixo ajuda voc a fechar este conceito.

    Be n ch m ar k

    Sinnimo de parmetrode investimento.Os benchmarks maisconhecidos so: CDI,

    Cmbio, IGP-M eIbovespa.

    MomentoAtual

    Linha do tempo

    Rentabilidade

    Retorno Esperado

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    Temos que nos acostumar a pensar que em qualquer investimento, por maissimples que parea, sempre haver um certo grau de imprevisibilidade, riscoou incerteza.

    Imagine que um investidor optou por fazer um investimento em um Fundo deInvestimento referenciado ao CDI. Desta forma est tentando proteger seu capitalindiretamente de oscilaes bruscas na taxa de juros e inflao.

    Percebam que ao invs de conhecer a rentabilidade antecipadamente, o investidoroptou por ter uma proteo atrelando o retorno de seu investimento a um ndiceque, potencialmente, assegure seu poder de compra futuro, caso a taxa de juros demercado acompanhe uma eventual alta da inflao.

    Retorno EsperadoExpectativa de ganhorelativo a determinado

    parmetro.

    Retorno relativo fundo = 80% do CDI, ou 80% de 25%

    Retorno Esperado = 20% ao ano.

    Veja outro exemplo que adota a Poupana como benchmark.

    Imagine um Fundo de Curto Prazo que tenha como premissa oferecer rendimentolquido 10% acima da Poupana que, por sua vez, dever render 12% neste ano.

    Logo o retorno esperado deste fundo dever ser de:

    12% (Poupana) x 1,10 = 13,20% ou 110% da Poupana

    O retorno esperado trazuma concepo depadro de rentabilidade

    esperada.

    1.2.2 Retorno Esperado

    O Retorno Esperado refere-se a umb e n ch m a r k.

    Para operaes relativas a Fundos de Investimentos, por exemplo, tratamos retornoesperado como um percentual do benchmarkque o investidor objetiva auferir. Veja compodemos observar o Retorno Esperado de um Fundo de Investimento.

    Imagine um Fundo de Curto Prazo que tenha como expectativa render 80% da taxa doCDI que, de acordo com projees de mercado, deve acumular cerca de 25% ao ano noperodo de 1 ano.

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    Vamos fazer uma pausa e conferir seu aprendizado at aqui:

    a) A rentabilidade observada de um investimento est ligada a conceitos nominais e aganhos monetrios ou em Reais.

    b) Mesmo quando aplicamos recursos em investimentos atrelados a certo parmetro, como oCDI, ainda temos certa parcela de incerteza quanto ao seu retorno.

    c) Retorno esperado o que se espera ter como remunerao relativa a uma taxa livre derisco ou benchmarkdo mercado.

    d) Comeamos a imaginar que o nvel de retorno do investimento que estamos fazendo podeestar associado ao seu grau de incerteza ou risco.

    e) Analisar um investimento, aps ter ocorrido, nos d a possibilidade de observar se oretorno esperado foi efetivamente alcanado.

    1.3 - Liquidez

    Liquidez de um investimento nada mais do que a capacidade de transform-lo emrecursos disponveis novamente, a qualquer tempo, quando bem quisermos, por umpreo justo.

    Fcil no!

    Bem, no to simples assim. Grandes mestres em finanas dizem que as trs coisasmais importantes de um investimento so:

    Em primeiro lugar est a Liquidez,

    em segundo a Liquidez e,em terceiro lugar a Liquidez, nesta ordem!

    Parece brincadeira mas, se o mercado no apresentar liquidez, todos os conceitosaqui apresentados perdem seu sentido.

    De que valem os conceitos de rentabilidade e retorno esperado se optarmos pordeterminado investimento cuja liquidez baixa?

    Assim, um investimento considerado lquido, ou de alta liquidez, quando oinvestidor consegue resgat-lo (ou vend-lo) no mercado secundrio, a qualquermomento e por um preo justo.

    Alguns produtos financeiros j so adquiridos com essa condio de liquidez, por

    exemplo:

    1) Cotas de fundo de investimento podem, normalmente, ser resgatadas a qualquermomento, ou seja, oferecem liquidez diria ao investidor, sem perda derentabilidade, desde que obedecidas regras bsicas de tributao.

    2) Aes so valores mobilirios que o investidor pode vender no mercado (na Bolsade Valores) a qualquer momento. Algumas aes, porm, so bem mais lquidas queoutras, mas no geral um investimento que se caracteriza com tendo um bom nvelde liquidez.

    Outras modalidades de investimento, no entanto, no oferecem esta mesmacondio.

    Esta pararefletir!

    Vamos agora tratar de outro aspecto importante referente a princpios deinvestimento, que a liquidez. Veja que interessante!

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    Um RDB Recibo de Depsito Bancrio um depsito a prazo, remunerado, que nopode ser resgatado antes de seu vencimento. Isso significa que um investimentosem liquidez, ou seja, o investidor ter de esperar o dia do seu vencimento para ter oseu dinheiro de volta, acrescido da taxa de juros contratada.

    De acordo com o objetivo do investimento, o investidor ter maior ou menornecessidade de liquidez. Ele deve procurar produtos com alta liquidez para seusobjetivos de curto prazo e pode, eventualmente, aceitar alternativas de menor liquide

    para seus objetivos de mdio e longo prazos.

    Quando abrimos mo de liquidez temos que ter sempre em mente que temos queganhar algo em troca. O investidor estar cedendo parcialmente em relao aosquesitos de rentabilidade e/ou segurana.

    Portanto, lembre-se:

    O preo de investimentos sem liquidez ser definido, arbitrariamente, pelomercado.

    Liquidez est definitivamente associada rentabilidade e ao risco,caminham juntas e no h como separ-las.

    1.4 Risco

    O ltimo item do nosso trip de investimentos o risco.Antes de defin-lo vamos assumir alguns pressupostos ligados ao tema:

    a) O risco est presente, em maior ou menor grau, em qualquer tipo deinvestimento.

    b) diretamente proporcional aos outros dois participantes de nosso trip, arentabilidade e a liquidez.

    c) Quando abrimos mo de liquidez estamos incorrendo em maior risco e, porconseguinte, temos que exigir um retorno maior para este investimento.

    d) Inversamente, quando quisermos alta liquidez e baixo risco, certamente

    estaremos optando por alternativas menos rentveis.

    e) O nvel de risco assumido ser a conseqncia da combinao dos outros doisparticipantes do nosso trip, rentabilidade e liquidez.

    Liquidez

    Ela que define se arelao risco retornoescolhida ser obtida.

    Sem liquidez, qualquerinvestimento serapenas um exerccioacadmico.

    Vamos conhecer agora um personagem muito famoso quando oassunto Investimentos: o Risco!

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    a possibilidade de se ter um retorno diferente do que o esperado em uminvestimento. Isto inclui a possibilidade de se ter perda parcial ou total do valororiginalmente investido.

    Pode ser avaliado observando-se o comportamento passado de uma classe ou ativoespecfico.

    a possibilidade quantificvel de perdas ou menores retornos em um investimento.

    Genericamente podemos definir Risco como sendo a incerteza de se atingir objetivos

    para um especfico perodo de tempo.

    Percebam que quando estamos tratando de anlise de investimentos, normalmente,estamos fazendo referncia ao risco de um investimento no atingir seu retornoesperado. Nestes casos, estamos nos referindo ao que tecnicamente chamado derisco de mercado.

    Sabemos entretanto que os riscos associados a qualquer investimento podem ser devrias naturezas, citando apenas trs: risco de crdito, risco de liquidez e risco demercado.

    Para este nosso primeiro ensaio sobre o conceito de risco vamos definir ento queestamos nos referindo a um conjunto de riscos que podem fazer com que um

    investimento no atinja o retorno esperado.

    No prximo tpico estaremos estudando este conjunto de riscos associados ainvestimento. So eles:

    Risco de Mercado

    Risco de Crdito

    Risco de Liquidez

    Desde j vamos lhe passar um conceito: no se pode neutralizar nenhum destes trsriscos em uma carteira ou fundo de investimento, o que se pode e deve-se fazer gerenci-los.

    2.1 Risco de Mercado

    2.1.1 - Conceito

    O risco de mercado advm da possibilidade de ocorrerem perdas mediante movimentosdesfavorveis nos valores de mercado ou no preo de ativos, ttulos ouinstrumentos do mercado financeiro.

    Os riscos clssicos de mercado esto associados aos seguintes preos: juros, aes oundice de aes e taxa de cmbio.

    Chamamos sua ateno para uma primeira reflexo sobre o assunto que diz respeito aotermo valor de mercado. O que estamos querendo dizer que em gerenciamento derisco, considera-se perda ou risco, a simples constatao de que houve um movimentoadverso de preo em um investimento ou ativo.

    Isto tambm chamado de marcar um investimento a valor de mercado, ousimplesmente, marcao a mercado que voc ver novamente no mdulo deFundos de Investimentos e Compliance.

    Definies maiscomuns sobre

    Risco

    2. Principais Riscos do InvestidorMA2

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    Muitas vezes ouvimos coisas como:

    Ainda no realizei minha perda, portanto, no posso dizer que tive umprejuzo.

    Voc j deve ter percebido que quando a cota de um Fundo de Investimento quevoc vendeu sofre variao negativa o cliente reconhece, corretamente, estavariao como perda imediata, independente de resgatar ou no os recursos.

    Desta forma, vamos conceituar perda, decorrentes de risco de mercado, como sendoa constatao de reduo de seu valor de mercado que pode ou no ter sidorealizada.

    Para avaliar esta situao introduzimos agora um novo conceito relativo aquantificao do risco de mercado: a volatilidade de um investimento.

    Est ficando interessante no?

    Veja o prximo captulo sobre quantificao do risco de mercado.

    2.1.2 Quantificando o Risco de Mercado - Volatilidade

    Em primeiro lugar devemos diferenciar nossa anlise de risco de mercado de acordocom a natureza de cada tipo de investimento.

    Ao quantificarmos os investimentos em classes ou naturezas de risco, fica claro queinvestimentos na Bolsa de Valores so mais arriscados do que investimentos emFundos de Renda Fixa. Desta forma, no devemos comparar a performance do seuinvestimento em Fundo de Renda Varivel com o Fundo DI.

    A pergunta importante a se fazer a seguinte: que tipo de anlise de risco nosinteressa fazer?

    A anlise de risco deve ser a relativa, isto , que toma como parmetro umbenchmark.

    Para um investimento no Fundo de Renda Varivel, por exemplo, o investidor deverser assessorado a comparar riscos e performance ao ndice Ibovespa ou IBX, eassim, ele estar fazendo uma anlise de risco relativo.

    Veja o grfico abaixo:

    No cometaesta gafe!

    AltoRisco

    BaixoRisco

    Fundos DI

    Aes dePrimeira Linha CDB

    Aes deSegunda Linha

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    Para quantificarmos o risco de mercado introduzimos o conceito de volatilidade.

    O que Volatilidade?

    Dizem que uma figura diz mais do que mil palavras! Resolvemos ento traar osdados hipotticos de dois fundos de investimento em aes no que chamado deum histograma - veja o resultado:

    Fundo A e Fundo B

    Ficou fcil identificar qual dos dois Fundos o mais voltil? Est claro que o Fundo B bem mais voltil que o Fundo A, no mesmo?

    Pois bem, o conceito de risco est intimamente ligado ao nvel de volatilidade dedeterminado ativo ou uma carteira de ativos como o caso de nossos dois Fundosno exemplo acima.

    Resumindo, alta volatilidade, maior incerteza de retorno, que por sua vez podeser traduzido como possibilidade de maior ganho tambm.

    Por ultimo,vale a pena falar sobre o conceito de risco relativo e risco absoluto :Risco relativo diz respeito ao risco de um investimento em relao ao seubenchmark,como por exemplo : Investimento em Fundos Referenciados.

    Risco Absoluto diz respeito a valores e no a benchmarks, como por exemplo :Investimento em Ativo de Renda Fixa Prefixados.

    Como o quantificar o risco de mercado de um investimento?

    Atravs de sua volatilidade que, para efeito de gerenciamento de risco, nada mais do que o desvio padro das variaes ocorridas no preo de um ativo, conjunto deativos ou investimento.

    Fundo

    B

    FundoA

    Variao % novalor das cotas

    3

    2

    1

    0

    -1

    -3

    -6

    Horizonte de tempo (anos)

    ndiceIbovespa

    1 2 3 4 5 6

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    Lembra-se do conceito de desvio padro?

    Representa a disperso mdia de valores de uma amostra em torno de sua mdia, nesexemplo, representada pelo Ibovespa.

    Levando-se em considerao o que j sabemos sobre o desvio padro, poderamos,utilizar uma planilha Excel e calcular o desvio padro da seqncia abaixo, tomando-secomo a variao nas cotas de dois Fundos os seguintes valores:

    Efetuando os clculos temos que:

    O Fundo A apresenta desvio padro de 1,29% enquanto o Fundo B 3,21%, o quesignifica que o Fundo A oscila, em mdia, entre -1,29% e +1,29% em relao aoIbovespa, enquanto o Fundo B, oscila entre 3,21% e +3,21%.

    Perceba que o desvio padro representa a disperso mdia, tanto de valores negativocomo positivos.

    Concluso: Disperso de preos negativas no se anulam com as positivas e vice-versa, ambas so consideradas no clculo do desvio padro e, portanto, definidascomo volatilidade.

    3-32-61-3% RetornoFundo B

    3011-12% RetornoFundo A

    Ano 6Ano 5Ano 4Ano 3Ano 2Ano 1Perodo

    2.2 Risco de Crdito2.2.1 Conceito

    O Risco de Crdito pode ser definido como a perda potencial que pode ocorrer dev

    a mudanas na qualidade de crdito ou at mesmo o defaultde uma contraparte.Apesar de no ser to fcil de ser observado como o risco de mercado, o risco decrdito representa o grande desafio de gerentes de carteira nos ltimos anos devidao aumento nos eventos de perdas desta natureza.

    Incorremos em risco de crdito quando adquirimos dvida emitida por umainstituio financeira ou no financeira, como os CDBs e as debntures, porexemplo.

    Aos poucos vamos percebendo que os riscos, em suas diversas naturezas, podemcertamente estaro integrados.

    Por exemplo, um eventual default de crdito pode ter-se originado com risco de

    mercado. Imagine um banco que tenha se exposto demasiadamente a risco demercado e, por este motivo, tenha sofrido perdas que no conseguiu suportar.

    O mercado percebendo isto restringe seus limites de crdito provocando uma revisde avaliao em seus limites de crdito. Todos aqueles que compraram ttulos (CDRDB, etc.) desta instituio tero, no mnimo, uma reduo no valor de mercadodestes investimentos.

    Outro ponto interessante que quando adquirimos aes de uma companhia,apesar de corrermos o risco de que ela venha a pedir concordata ou at mesmo ir falncia, tecnicamente no estamos incorrendo em risco de crdito e sim em riscode mercado. Isto porque, apesar de minoritrios, somos scios ou acionistasdesta empresa e no credores.

    DefaultNo pagamento de umaobrigao.

    Hierarquia do Crdito

    Para efeitos da lei, em casode quebrade umacompanhia, os detentoresde ttulos de crdito iroreceber depois de liquidados

    todos os passivos com ogoverno, funcionrios efornecedores.

    No mdulo 5 - Produtos deInvestimento - este pontofoi detalhadamenteexaminado.

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    Quando se trata de Fundos de Investimentos gestores de carteiras estaro preocupadocom o risco de crdito dos emissores dos ttulos que compe suas carteiras,bem como com a concentrao em emissores, setores da economia, ou qualqueroutro fator que possa lev-los a grandes perdas em funo da concentrao queeventualmente exista em grupos emissores de dvidas constantes de sua carteira.

    Vamos ento ao ponto mais importante para este tpico de anlise de crdito:

    Como gestores e investidores fazem para no incorrer em riscos mal avaliados deemissores de dvida?

    Resposta: baseados nos r at i n g sdestas instituies ou companhias.

    Vamos construir nossa explicao sobre rating tomando como parmetro uma dasgrandes agncias a Standard & Poors. Veja o que ela fala sobre rating de crdito.

    2.2.2 O que um Ra t in gde Crdito?

    O rating atribudo pela Standard & Poor's uma emisso de dvida uma opinioatualizada sobre a qualidade de crdito de um emissor com relao a uma obrigafinanceira especfica ou uma classe de obrigaes financeiras.

    So levados em conta, tambm, a qualidade de crdito de fiadores, seguradoras, ououtras formas de reduo de risco da obrigao e a moeda na qual esta denominada

    O r at in gno uma recomendao de compra, venda, ou manuteno emcarteira de uma obrigao financeira, pois no faz comentrios sobre o preode mercado ou sua adequao a um investidor em particular.

    Os ratings so baseados em informaes fornecidas pelos emissores ou obtidas pelaAgncia de Rating via outras fontes de sua confiana.

    Em nenhum caso a Agncia de Rating audita as informaes financeirasutilizadas na atribuio de um rating e pode, em determinadas ocasies,basear-se em informaes no auditadas.

    Ratings podem ser mudados, suspensos, ou retirados, caso tais informaes sejamrevistas ou sua disponibilidade seja comprometida.

    Ratings podem ser de longo ou curto prazo.

    Os ratings de curto prazo referem-se a obrigaes consideradas de curto prazo dentrde seu mercado relevante. Nos Brasil, por exemplo, isso significa obrigaes com umvencimento original inferior a 365 dias, a partir da temos a classificao de longoprazo.

    Ra t in g

    Avaliao feita por umaterceira parte comiseno de interesses.

    Preste ateno no pargrafo abaixo

    Mas como gerenciar o risco de crdito?

    1. Em primeiro lugar selecionando ativos que possuam uma boa qualidade de crdito,e isto feito basicamente observando os ratings elaborados por agncias derenome (veja o que so ratings nas pginas seguintes);

    2. Diversificando os ttulos de uma determinada carteira ou fundo de investimentoem vrios emissores;

    3. Analisando o histrico destes ttulos e observando seu comportamento em

    cenrios e situaes difceis pelos quais tenham passado tanto a economia como omercado financeiro.

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    2 .2 .3 Sp r e a dde Crdito e Probabilidade de Inadimplncia (impacto empreos)

    A baixa relao entre volume de crdito e PIB que tem sido observada no Brasil nosltimos anos , em boa medida, explicada pelos elevadssimos spreads existentes dopas que inibem uma maior demanda por crdito por parte das empresas e indivduos.

    Tomando-se como exemplo a decomposio do spreadbancrio prefixado no Brasil feitpelo Banco Central em perodos passados, observa-se a seguinte composio:

    participao de 40,1% da margem lquida do banco;

    20,6% dos impostos diretos;

    17,0% das despesas de inadimplncia;

    14,1% das despesas administrativas; e,

    7,9% dos impostos indiretos.

    A anlise da determinao do spreadbancrio no Brasil pode ser dividido em doisaspectos:

    a) fatores macroeconmicos (taxa de juros, inflao, crescimento econmico etc.);

    b) fatores microeconmicos (custos e receitas operacionais, liquidez dos bancos,alavancagem, etc.).

    Estudo demonstram que fatores macroeconmicos tm tido papel determinante naexplicao do comportamento do spreadbancrio no Brasil.

    Sob condies de incerteza, os bancos tm aguado sua preferncia por liquidez

    adotando uma estratgia "defensiva" de alocao de portflio: retrao da carteira docrdito, aplicao em ttulos pblicos, maior giro nas operaes de emprstimos (comreduo de prazos) e elevao do spreadde crdito.

    Por outro lado, o aumento da participao dos ttulos pblicos na composio do ativodos bancos (com predominncia de ttulos ps-fixados) permite aos bancos fazer umhedge contra desvalorizao cambial e elevao na taxa de juros.

    Aplicaes em ttulos pblicos representam um piso para o rendimento dos bancos, oque eleva sobremaneira o custo de oportunidade para concesso de emprstimos porparte dos bancos, que passam a cobrar um prmio de risco elevadssimo nas operaede emprstimos.

    A precificao dos ativos financeiros que representam risco de crdito so balizadas pe

    retorno dos ttulos pblicos mais um prmio pelo risco de crdito.

    Assim, quanto maior o risco de crdito, maior o premio requerido.

    Por ltimo, neste tpico de risco de crdito, vale a pena refletirmos sobre o impacto que ainadimplncia tem sobre o spreadde crdito.

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    2.4 Outros Riscos

    2.4.1 Risco de Liquidao

    Este risco difere-se do tradicional risco de crdito pois no se relaciona a um emprstimotradicional onde, por exemplo, corre-se o risco da contraparte no pagar o principalajustado por determinada taxa de juros.

    O risco de liquidao ocorre quando efetuamos uma transao tpica de mercado financeir

    como, por exemplo, uma operao de cmbio, na qual as partes acertaram entregar umaquantidade de moeda em troca de outra. Pode ser definido como o risco de perdas emdecorrncia de falhas nos procedimentos e controles de finalizao das transaes.

    Exemplo:

    Banco A compra US$ 1.000.000 do Banco B por valor equivalente R$ 3.000.000 paraliquidao em 30 dias. O pas do Banco A tem uma diferena de fuso horrio de 5 horasatrasado em relao ao Banco B, ou seja, s 9 horas da manh no pas do Banco B soapenas 4 horas da manh no pas do Banco A.

    Eventos que podero ocorrer na data 30, dia da liquidao:

    a) Banco B inicia o processo de pagamento de US$ 1.000.000 para o Banco A sem ter

    certeza de que receber os R$ correspondentes, pois, em seu pas, so 9 horas da manhsendo que o pas do Banco A os mercados no abriram - so 4 horas da manh l.

    b) O Banco A sofre interveno de seu Banco Central s 9 horas da manh (horrio localquando j sero 14:00 horas no pas do Banco B.

    c) O Banco B efetivamente paga US$ 1.000.000 ao Banco A e no recebe os R$3.000.000 equivalentes, pois o Banco A est sob interveno de seu Banco Central.

    O que acontecer com o Banco B ?

    O Banco B alm de perder o principal envolvido na transao, ou seja, US$ 1.000.000,ter que comprar o equivalente a este valor no mercado por uma taxa de cmbio quepoder ser diferente daquela combinada 30 dias antes entre as partes.

    Se, por exemplo, a taxa de cmbio vigente na data 30 for de R$ 3,50 por US$, o Banco Bperder na verdade R$ 3.500.000 ao invs de R$ 3.000.000.

    Podemos ento concluir que o risco de liquidao est associado a eventos tpicos de riscode crdito entre as partes, como tambm a risco de liquidez. Quem eventualmente noreceber sua parte dever ir a mercado rep-la nas condies vigentes.

    Como mitigar o Risco de Liquidao?

    a) Aprovando linhas de crdito para contrapartes selecionadas

    b) Procurar, sempre que possvel, utilizar sistemas de liquidao, ou clearings que executeeste trabalho, objetivando que as instituies envolvidas somente recebem sua parte seefetuarem o devido pagamento para a outra. Exemplos: Sistemas SELIC e CETIP.

    c) Acompanhar a avaliao de crdito de contrapartes que tenhamos ativos ou valores areceber. Caso uma contraparte tenha problemas no meio da transao, teremos apossibilidade de no honrar nossa parte, j sabendo que no receberemos nada em trocapor esta liquidao.

    Vrias situaes podero provocar o risco de liquidao. Pense em algumas outras e discueste ponto com seus colegas, trazendo-os para nosso frum de discusso ou aulapresencial.

    Pode serdefinido como orisco de perdasem decorrnciade falhas nosprocedimentos econtroles definalizao dastransaes.

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    2.4.2 Risco de Contraparte

    Risco de contraparte o risco de algum (Banco, Companhia ou Indivduo) com o qual vocfez alguma transao financeira, no honrar sua obrigao. Neste caso no h um ttulo dcrdito mas um contrato que no foi honrado, causando perdas.

    Historicamente, para a maioria das pessoas, o risco que primeiro vem a mente o risco deum Banco com o qual uma companhia tenha feito depsitos vir a ter problemas e no podehonr-los, provocando uma perda.

    Com o crescimento do processo de desintermediao financeira, aliado ao aparecimento dsofisticados instrumentos e veculos legais, mesmo uma simples questo de risco de crditpassou a ser mais complicada de ser analisada. Em adio a isto, cresce o sentimento deque risco de contraparte no est limitado somente a instituies financeiras, como verema seguir.

    Todas as relaes financeiras com Bancos, Companhias,Asset Managers, com os quaistenha-se feito emprstimos, operaes de comrcio exterior, leasing ou cmbio, deverosofrer anlise do risco de contraparte.

    Vamos analisar alguns exemplos desta anlise.

    Operaes de Cmbio: Como visto no exemplo da pgina anterior, o risco pode ocorrerpor diferenas em fuso horrio, no utilizao de um sistema de liquidao, etc.Pode-se aqui perder tanto o principal acrescido de eventuais ajustes de preos ou, caso sucontraparte entre em defaultantes do vencimento da transao, pode ocorrer somente aparte de reposio da operao.

    Operaes com Derivativos: Neste caso, a perda do principal da operao mais difcil ocorrer, pois a maioria destas transaes no utiliza caixa. Todavia, a reposio de umatransao de Swap, por exemplo, pode ser bastante onerosa, mesmo que envolva apenas diferena entre os dois fluxos utilizados.

    Risco de no liquidao de ordens: Neste caso, suponha uma corretora de valores queacate uma ordem de cliente para comprar determinado lote de aes no mercado, e queentre a data da ordem e a da efetiva liquidao, o comprador das aes esteja

    impossibilitado de honr-la. Neste caso, a corretora ter que assumir eventuais prejuzosdecorrentes de variaes do preo de mercado.

    Como mitigar estes riscos?

    a) Aprovando linhas de crdito para contrapartes.

    b) Procurar, sempre que possvel, utilizar sistemas de liquidao, ou clearings que,executem este trabalho, objetivando que as partes envolvidas somente recebam sua partese efetuarem o devido pagamento para a outra. Exemplos: Sistemas SELIC e CETIP.

    c) Acompanhar a avaliao de crdito de contrapartes que tenhamos ativos ou valores a

    receber. Caso uma contraparte tenha problemas no meio da transao, teremos apossibilidade de no honrar nossa parte, j sabendo que no receberemos nada em trocapor esta liquidao.

    Neste caso no hum ttulo decrdito mas umcontrato que nofoi honrado,causando perdas.

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    2.5 Horizonte de Tempo

    Horizonte tempo em qualquer investimento (ativo financeiro ou no financeiro) dependo tempo necessrio para obter um melhor retorno.

    Assim, quando se compra aes, em geral, os analistas recomendam ter um horizontede longo prazo. Embora as aes possam ser vendidas a qualquer momento, o ideal que o investidor atue neste mercado com uma estratgia de valorizao das aes nolongo prazo.

    No convm aplicar hoje em aes o dinheiro que ser usado para pagar a prestao dcasa prpria amanh.

    Tambm no se deve comprar um imvel sabendo que ser necessrio vend-lo em semeses. melhor esperar um momento adequado, que pode ser em seis meses, mas qtambm pode no ocorrer.

    Quando falamos do trip risco, retorno e rentabilidade, temos que ter em mente quecada investimento tem seu prazo de maturao mdio. Vamos tentar provar istoanalisando o grfico das aes da Embraer.

    Fica mais fcil tentar provar atravs de um grfico por qu ouvimos sempre dizer que investimento emaes coisa para longo prazo.

    a) Imagine que voc tivesse iniciado seu investimento comprando essa ao em maio de 2001 e vendidoem setembro do mesmo ano. Sua perda no perodo seria realmente grande.

    b) Agora, um investimento de 5 anos, conforme demonstra o grfico, apesar de altos e baixos,proporcionou um bom rendimento acima do Ibovespa observe a linha inferior que representa oIBOVESPA.

    O Horizonte de tempo importante, pois ajuda a dissipar os efeitos da volatilidade.

    DicaImportante

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    3.1 Introduo

    Bem, agora podemos resgatar alguns conceitos que deixamos para trs quandofalamos de retorno.

    Lembra-se quando relacionamos o retorno a um benchmark? Falamos sobre risco d

    mercado dizendo mais o menos o seguinte: quanto mais voltil for o retorno de umativo, como o de aes, por exemplo, mais arriscado ser seu investimento.

    O que vamos fazer agora e colocar todos estes conceitos dentro de uma mesmaperspectiva para responder a seguinte pergunta:

    Ser que determinado investimento compensou o risco que corremos? Valea pena ter investido neste ou naquele ativo?

    Existem tcnicas, algumas at certo ponto sofisticadas, para tentarmos responder estas perguntas, mas no se preocupe, vamos traduzir tudo isto para uma linguagede fcil acesso.

    Vamos ento entender a tal relao Risco & Retorno!

    Em primeiro lugar no h como fugir da mxima que diz que retorno est associada risco.

    Mas isso ns j sabemos, o que possivelmente ainda no sabemos quantificarcom algum fundamento tcnico, se determinado investimento tem uma boa relarisco retorno. Mas como fazer isto? Vamos apresent-lo ao famoso ndice de Sharp

    3.2 ndice de Sharpe

    O ndice de Sharpe, criado por William Sharpe em 1966, um dos mais utilizados navaliao de fundos de investimento. Ele expressa sua relao risco & retorno.

    Informa se o investimento, normalmente um Fundo ou Carteira, ofereceurentabilidade compatvel com o risco a que exps o investidor.

    Interpretao: quando maior o ndice Sharpe de um determinado Fundo ouCarteira, melhor a sua relao Risco e Retorno.

    Sua frmula matemtica a seguinte:

    =

    fundododevolatilida

    benchmarkdoretornofundodoretornoSharpedendice

    Vamos entend-la.

    numerador: O numerador a mdia aritmtica do retorno excedente oferecidopelo fundo durante um determinado tempo. Retorno excedente a parcela dorendimento oferecido pelo fundo que ficou acima ou abaixo da rentabilidade de umindexador adotado livremente, conhecido como benchmark, que pode ser o CDI,Ibovespa, Dlar, etc.

    denominador: Temos aquele conceito de volatilidade traduzido em uma medidaestatstica chamada desvio padro que traduz a disperso das taxas de retorno destfundo em funo de sua mdia.

    quociente: Quando se divide um pelo outro, teremos: para cada unidade deretorno, quantas unidades de risco este fundo apresenta.

    Anlise Risco &Retorno

    Responde seguinte

    questo: valeu a penacorrer o risco?

    3. Anlise de Risco & RetornoMA4

    ndice de SharpeRevela a relao Risco &Retorno passada deum Fundo de Investimentoou carteira de ativos.

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    Para que o ndice de Sharpe tenha confiabilidade, ou seja, possa ser utilizado pelo investidor como medida desegurana na hora de escolher uma aplicao que tenha algum risco, necessrio que tenha sido apurado deacordo com critrios corretos.

    preciso que o clculo tenha considerado um nmero mnimo de dados, ou seja, de retornos excedentes. O idea que se faa comparaes de dados, no mnimo, anuais. Quanto maior o perodo, mais confivel o ndice.

    O indexador escolhido, aquele cuja variao ser comparada com o rendimento nominal do fundo para apuraodo retorno excedente, deve ter relao com o segmento a que pertence o fundo ou com seu objetivo de

    rentabilidade. Ele deve proporcionar o rendimento que o fundo obteria se no corresse nenhum risco e por isso considerado de risco zero.

    No indicado utilizar o ndice de Sharpe para anlise de todo e qualquer tipo de fundo. Ele bastante til parafundos de Gesto Ativa, aqueles que tenham como objetivo de investimento ultrapassar a variao de seubenchmark. que, nesse caso, h risco a se medir, ou seja, aquele que foi incorrido para ultrapassar o benchmark

    Finalmente, feita a anlise, o investidor deve ainda observar que o ndice de Sharpe calculado a partir deresultados obtidos pelo fundo num perodo j observado. Portanto, ele mostra a rentabilidade passada do fundoNo h como prever retornos a partir do Sharpe.

    Mas ele pode ser um bom indicativo de padro de volatilidade de um investimento.

    quando a volatilidade no expressiva, o fundo, provavelmente, corre baixo risco; quando a volatilidade alta, o fundo corre muito risco.

    Veja o exemplo abaixo:

    Risco

    Retorno acima do benchmark

    Fundo A

    Fundo B

    Fundo C

    Investidor

    1 2 3 4 5 6

    5

    4

    3

    2

    1

    1,3334B

    1,546C

    122A

    ndice de SharpeRiscoRetornoFundos

    Fronteira deRisco

    Determina quala relao risco& retorno queeste investidor

    escolheu

    Fundo CMelhor relaoRisco & Retorno

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    3.3 Tracking Error v er su sEQM (Erro Quadrtico Mdio)

    Estes dois ndices de performance evidenciam tambm como um gestor alcanou determinadretorno ou objetivo em uma carteira ou Fundo de Investimento.

    Nestes dois casos, estamos novamente procurando evidenciar a eficcia da relao riscoretorno versus objetivo das carteiras de determinado gestor.

    3.3.1 Tr ac k i n g Er r o r

    Representa o desvio das distncias da rentabilidade do fundo frente variao do indexador,perodo a perodo. , portanto, o desvio padro dos retornos excedentes (retorno do fundo -retorno do indexador) em relao mdia destes retornos.

    Utilizado principalmente para avaliar carteiras de gesto passiva, e muito til quando se est

    fazendo uma anlise de risco relativo, isto quando o objetivo da carteira e atingirdeterminado benchmark, os chamados Fundos Referenciados Passivos.

    Interpretao: Valores prximos de zero (0) sero considerados os melhores resultados.

    Sua metodologia penaliza qualquer desvio em relao ao benchmark, seja ela positiva ounegativa. Portanto se, por exemplo, com um retorno constante de 1% abaixo do seubenchmarktender a apresentar um Tracking Error muito pequeno. Da mesmo forma,retornos negativos tenderiam a anular retornos positivos e vice-versa.

    )(_ benchmarkfundo retretErrorTracking =

    3.3.2 EQM Erro Quadrtico Mdio

    semelhana do tracking erroresse ndice tambm utilizado para avaliao de fundospassivos e tem zero como valor ideal.

    O clculo feito por meio da obteno da raiz quadrada do somatrio do quadrado dasdiferenas entre os retornos do Fundo e do benchmark.

    Interpretao: Valores prximos de zero (0) sero considerados os melhores resultados.

    Utilizando-se o exemplo do tpico anterior, o Fundo de Investimento, consistentemente 1%abaixo de seu benchmark, tenderia a apresentar EQM 1% e Tracking error Zero.

    ( )

    n

    retret

    EQM

    n

    i

    benchmarkfundo ii=

    = 1

    2

    Diferena entre os dois ndicesO TE leva em conta apenas o desvio padro das diferenas em relao a um benchmark fazendo com

    que fundos consistentemente com m performance apresentem um TE baixo.O EQM, por tratar-se de uma mdia, elevada ao quadrado, considera qualquer diferena,

    positiva ou negativa, como sendo desvios.

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    4.1 Carteira e Diversificao de Risco

    Voc deve se lembrar de alguns ditados populares como aquele que diz que no devemoscolocar todos os ovos na mesma cesta?

    Pois bem, sabemos, at por intuio, que menos arriscado investirmos em um portflio d

    vrias aes do que em apenas uma ao.Sabemos tambm, intuitivamente, que deve ser menos arriscado construir um portflio coaes de companhias de vrios setores da economia do que em apenas um setor e assimpor diante.

    Aqui levantamos uma questo importante:

    Por que o risco total de uma carteira diversificada de investimentos no a soma da mdponderada do risco de seus componentes individuais?

    A resposta a esta questo que a diversificao funciona reduzindo este riscototal, porque preos de diferentes ativos no se movem exatamente juntos, ou namesma direo.

    Mesmo uma pequena diversificao pode provocar uma substancial reduo na volatilidadede um portflio ou no seu risco, mas, a maior parte deste beneficio voc obter com umportflio com relativamente poucos ativos. Vamos ver isso a seguir.

    4.2 Risco diversificvel ou no sistemtico e o Efeito Correlao

    Voltando ao nosso assunto, gostaramos que vocs observassem a figura abaixo epercebessem o que ela est querendo nos mostrar. A seguir faremos concluses emconjunto.

    No se esquea!

    Diversificaoreduz risco.

    Primeiro vamos entender o que risco diversificvel e risco no diversificvel.

    O Risco de mercado de um ativo ou de uma carteira o resultado da combinao do riscodiversificvel (ou no sistemtico) com o risco de mercado (ou sistemtico), nodiversificvel.

    O risco diversificvel est relacionado com o desempenho do investimentoexclusivamente. Depende somente dele!

    Seja uma ao ou um Fundo de Aes, risco diversificvel refere-se a parcela de risco que

    voc escolheu correr porque simplesmente confiava que sua performance compensariaeste risco.

    4. Diversificao de Carteira (Aes)MA4

    RISCO

    TOTAL

    Risco SistemticoNo-diversificvel

    Risco no-sistemtico

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    4.3 O risco sistemtico

    Em primeiro lugar temos que dizer que a partir do momento que se compra uma ao, oucotas de um Fundo de Aes, estamos inseridos no chamado risco sistemtico e, uma vezparte do mercado, no existe proteo para este risco.

    o risco inerente a todos papis da Bolsa de Valores e est relacionado ao desempenho daeconomia do pas e das expectativas dos agentes econmicos e por fim se traduz naperformance de um benchmark, o Ibovespa por exemplo.

    Apesar das aes apresentarem nveis de sensibilidade diferente para o chamado riscosistemtico um risco que no pode ser diludo pela formao de uma carteira ou pelacombinao de vrios papis, da tambm ser conhecido como risco no diversificvel.

    Correlao Negativa Correlao Positiva

    -1 - 0,5 0 +0,5 +1

    Significa que dois papis movimentam-seem direo opostas e, quanto maisprximo de 1, mais forte estarelao.

    Significa que dois papismovimentam-se na mesma direo e,quanto mais prximo de 1, mais forte esta relao.

    4.4 Efeito Correlao

    Correlao Negativa ( -1 )

    Enquanto uma ao sobe depreo a outra cai proporcionalmente.

    Correlao Positiva ( + 1 )

    As duas aes movimentam-se na

    mesma direo (altas e baixas)

    Sem Correlao ( zero )

    No existe qualquer padro de

    correlao entre estas aes.

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    Vamos agora a um exemplo numrico demonstrando como a correlao pode ajudar um gestor

    diversificar eficientemente uma carteira, neste caso composta por apenas 2 aes.

    Considere uma carteira formada pelas aes C e D, com as seguintes caractersticas :

    Ao C retorno esperado de 8% e risco (desvio padro) de 10%

    Ao D retorno esperado de 16% e risco (desvio padro) de 20%O exerccio abaixo leva em conta possveis nveis de coeficiente de correlao (zero, -1 e +1), com respectivos de cada ao em uma carteira hipottica. Vejaque para cada situao ocorrer um efeito no risco total destas carteiras hipotticas, ou emseu desvio padro (risco da carteira)

    20%16%0%10%8%100%17%15.2%10%

    19%15.2%10%18.03%15.2%10%14%14.4%20%

    18%14.4%20%16.12%14.4%20%11%13.6%30%

    17%13.6%30%14.32%13.6%30%8%12.8%40%

    16%12.8%40%12.65%12.8%40%5%12%50%

    15%12%50%11.18%12%50%2%11.2%60%

    14%11.2%60%10%11.2%60%0%10.67%66.67%

    13%10.4%70%9.22%10.4%70%1%10.4%70%

    12%9.6%80%8.94%9.6%80%4%9.6%80%

    11%8.8%90%9.22%8.8%90%7%8.8%90%

    10%8%100%10%8%100%10%8%100%

    Riscoda

    Carteira

    Retornoda

    Carteira

    % deaesC.

    Riscoda

    Carteira

    Retornoda

    Carteira

    % deaesC.

    Risco daCarteira

    Retornoda

    Carteira

    % deaesC

    Correlao + 1Correlao zeroCorrelao - 1

    Concluses:

    a) Veja que para cada nvel de correlao ( -1, zero e + 1) o gestor, fazendo alocaesaleatrias, das quantidades de aes C e D procurar chegar ao menor nvel de riscoda carteira.

    b) Perceba que somente quando o coeficiente de correlao for 1 ele obter risco zero, com66,67% da ao C e por conseguinte 33,33% da ao D.

    c) Para as correlaes zero e +1 isto nunca ser possvel.

    d) No mundo real muito difcil conseguir-se correlaes nestes nveis, o mais normal observar-se correlaes entre 0,5 e 0,7.

    A quantidade de aes D ser a diferena entre 100% e o % de aes C para cada caso.

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    Agora lembre-se:

    1. A diversificao o que chamado de o nico lanche grtis do mercado financeiro, pois possvel reduzir-se a zero o risco de um carteira , quando a correlao -1, e ainda obter-se retorno dela.

    2. A correlao no tem a ver com uma grande quantidade aes, mas sim com seu

    coeficiente de correlao e com o respectivo risco e retorno objetivos.

    O risco e a performance de uma carteira bem diversificada depende fundamentalmentedo risco no diversificvel ou sistmico.

    O risco no diversificvel ou sistmico voc no pode evitar independente de quo

    diversificada est sua carteira.

    O que vamos ver em seguida que algumas aes so mais sensveis ao chamado risco de mercado do que outrasCitando apenas como exemplo e, ainda fazendo referncia ao perodo pr-eleitoral de 2002, as aes de bancoscomo Bradesco, Ita e Unibanco, por exemplo, sofreram muito mais do que as de setores como Minerao.

    Por que isto ocorreu?

    Por que o mercado avaliou que uma mudana de regime poltico, poderia, pelo menos em um primeiro momento,mudar regras do Sistema Financeiro, j que este era o principal alvo de crticas dos partidos de oposio, entoprestes a ganhar as eleies.

    Pois bem, para medir esta sensibilidade em relao ao risco de mercado existe o famoso ndice Beta.

    zero1

    12,50%0,75

    25,00%0,50

    37,50%0,25

    50,00%Zero

    62,50%-0,25

    75,00%-0,50

    87,50%-0,75

    100,00%-1

    Reduo de risco

    mxima possvel norisco diversificvel

    Coeficiente de

    correlao

    Outra forma de entendermos o efeito correlao observarmos a tabela abaixo. Elaexpressa a reduo mxima de risco que possvel conseguir, balanceando-se da melhorforma possvel uma carteira de 2 aes dado diversos nveis de coeficiente de correlao.Perceba que somente som a correlao -1 possvel obter-se 100% de reduo de risco.

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    4.5 Beta

    Podemos definir o Beta () com sendo uma medida muito importante que demonstra a sensibilidade das ade uma empresa ou fundos de investimentos em relao ao ndice de referncia ou seu benchmark.

    No caso brasileiro, em se tratando de aes, este ndice o Ibovespa na maioria das vezes.

    O Beta reflete o comportamento de uma ao ou fundo em relao ao Ibovespa em um perodo passadoqualquer. Podemos calcular o Beta dos ltimos trs meses, por exemplo, entretanto, a anlise se torna maiscompleta quando olhamos para um horizonte mais longo, preferencialmente acima de 1 ano.

    Dessa forma, o investidor pode ter uma noo de qual ser a tendncia de comportamento do investimento em

    relao ao seu benchmark.

    Para que voc entenda melhor como o beta funciona, veja o exemplo:

    Se uma ao se comporta exatamente como o Ibovespa, dizemos que ela tem beta = 1.

    Se a ao variar mais que o Ibovespa, mas no mesmo sentido, ela ter beta > 1 (beta maior do que um).

    Se variar menos, mantendo o mesmo sentido, o beta ser menor do que um (beta < 1).

    Como demonstrado no quadro acima, podemosclassificar o Beta como sendo:

    agressivo quando maior que 1;

    neutro quando igual a 1;

    defensivo quando menor que 1 (at zero)

    FUNDO BETA 18 mesesFundo A 1,50Fundo B 1,00

    Fundo C 0,42

    Ainda nesta linha de raciocnio, veja o exemplo acima. Supondo-se que os Fundos do quadro acima tenham oIbovespa como benchmark, conclumos que:

    O Fundo "A" pode ser classificado como um investimento agressivo pois o valor de sua cota pode oscilar, emmdia, 50% a mais que o Ibovespa.

    Este o tipo de fundo que amplifica os movimentos do Ibovespa, mas cuidado, tanto para cima como parabaixo.

    Isto quer dizer que, em mdia, quando o Ibovespa subir 1% este fundo dever subir 1,5% (1% do Ibovespa x1,50 do Beta)

    Porm, se o Ibovespa cair, por exemplo 3% este fundo dever ter, em mdia, uma performance negativa de4,5% ( 3% do Ibovespa x 1,50 do Beta)

    Resumindo: o investidor pode obter bons ganhos, entretanto, seu risco cresce na mesma proporo.

    J a Fundo "B" pode ser classificado como Beta neutro, ou seja, ela no foge muito do resultado apresentadopelo ndice e vai estar sempre seguindo o Ibovespa de perto.

    E o Fundo "C" considerado um investimento de perfil mais defensivo pois estar, em mdia, refletindoganhos e perdas do Ibovespa de forma mais conservadora. menos sensvel as mudanas de seu benchmark.

    Desta forma quando o Ibovespa subir 1% ele dever variar 0,42% e quando o Ibovespa cair 1% ele dever cair

    apenas 0,42%.

    DEFENSIVO AGRESSIVO

    NEUTRO

    1

    Maior que 1Menor que 1

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    4.6 - Alfa ou Alfa de Jensen

    Vamos agora falar do ltimo ndice que compe o grupo de indicadores de risco e performancde um administrador de carteira. O ndice Alfa um dos melhores indicadores deste grupo.Vamos a ele!

    O que vem a ser o Alpha (ou Alfa) de um portflio?

    Resumidamente, o ndice Alfa mede o retorno adicional (ou perda adicional) gerado por umgestor, quando comparados a um ndice de mercado ou benchmark, como o Ibovespa. tambm conhecido como Alpha de Jensen.

    Representa ento a habilidade do gestor em atingir um retorno que est acima do quse poderia esperar dado o nvel de risco que determinado fundo estar correndo,medido pelo seu Beta, visto anteriormente.

    Um Alfa positivo indica que determinado fundo obteve uma performance melhor do que seuBeta predizia. Um Alfa negativo indica o inverso, que o fundo produziu uma performance piordo que seu Beta prenunciava.

    Por exemplo um Alfa de 1 significa que o portflio produziu um retorno 1% maior que o seuBeta predizia. Um Alfa de -1 significa que o portflio produziu um retorno 1% menor do que oesperado.

    A frmula de clculo do Alfa a seguinte:

    Alfa = [R J] [B x (R1 J)]

    Sendo: R = Retorno de um FundoR1 = Benchmark do FundoB = ndice Beta do FundoJ = Taxa de Juros livre de risco

    Suponha agora a seguinte situao: Determinado benchmarkdo mercado, Ibovespa, porexemplo, tenha sido de 20% e que o Beta deste portflio seja de 1,5, que o retorno desteportflio tenha sido de 30 % e que a taxa de juros livre de risco seja de 12%.

    Logo, seu Alfa ser:

    [30-12] [1,5(20-12)] = 18 12 = 6

    Concluso: um Alfa de 6 significa que este fundo rendeu 6% a mais do que seesperava em funo de seu risco medido pelo seu Beta, ficando claro que, em caso duma m performance este ndice poderia ser negativo.

    Afinal, como podemos definir um portflio bem diversificado?

    um portflio que inclui uma variedade de aes de tal forma que o peso de qualquer umdeles em sua composio relativamente pequeno. O risco deste portflio aproxima-se dorisco sistemtico de mercado, sendo que o risco especfico de cada ao est, portanto,diversificado.

    O Beta deste portflio ser prximo de 1, ou prximo ao seu benchmark.

    Analisando o parmetro Alfa tem-se a seguinte interpretao:- Quando o desempenho da carteira est em equilbrio com o desempenho da carteira de mercado, = 0.- Quando a carteira de ativos tem um desempenho superior carteira de mercado, > 0.- Caso contrrio, < 0.

    AlfaIndicador dehabilidade deseleo deativos por partedo gestor.

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    5.Gerenciamento de Risco de Mercado

    5.1 - Introduo

    A preocupao das instituies financeiras em criar instrumentos que possam auxiliar agesto de riscos de flutuao de preos em ativos (risco de mercado), conduziu aodesenvolvimento de diversas ferramentas.

    Dentre elas destacamos a Duration que veremos a seguir.

    Vamos iniciar este tpico fazendo algumas consideraes sobre estas duas ferramentas:

    1) A Maturidade de um ttulo de renda fixa definida com sendo o prazo para o vencimentde uma operao, independente do pagamento de juros ou amortizaes intermedirias.

    2) A Duration ou Duration de Macaulay definida como o prazo mdio das operaesponderado pelos fluxos de caixa.Enquanto a maturidade considera apenas o prazo para ovencimento do principal, a Duration leva em conta, alm do principal, os pagamentosintermedirios de juros e amortizaes, representando portanto, uma melhor ferramenta deavaliao de descasamentos de prazos.

    MA5

    5.2 Duration - DefinioDuration pode ser definida como a mdia ponderada expressa em termos de tempo, noqual um determinado fluxo de caixa recebido. Em outras palavras: qual o prazo mdioponderado (valor de mercado x prazo x participao no fluxo total) para um determinadoinvestimento.

    Uma das formas mais intuitivas de se entender o que representa o clculo da Duration aseguinte:

    Imagine um investimento como sendo uma srie de valores cada um representando umevento em um fluxo de caixa dispostos ao longo de um balano, movendo-se no tempoda esquerda para a direita. A maioria destes valores (pagamento de juros) pequena e ovalor mais direita (re-pagamento do principal) ser bem maior que os outros, confira:

    Du r a t io n

    V com calma queo conceito bemmais fcil do queparece.Este assuntochegou a gerar 8perguntas em ums exame.Fique atento!

    A Duration desteinvestimento serrepresentada peloponto no qual

    este balanoencontrar seuequilbrio comtodos seus valoresali dispostos.

    Pagamentode Juros

    Pagamento doprincipal

    Prazo mdio ponderadoou duration

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    1 2 3 4 5

    Perodo Cupons(R$)

    Valor deMercado

    (10%a.a.)

    Ponderao% da coluna 3

    Coluna 4 x 1

    1 50 45,45 0.0561 0.0561

    2 50 41,32 0.0510 0.1020

    3 50 37.56 0.0464 0.1391

    4 50 34.15 0.0421 0.1685

    5 1050 651,97 0.804 4.0222

    810,460 1.0000 4,4879 anos

    No exemplo acima, temos um determinado ativo financeiro, que tem um cupom originalde 5% ao ano, sendo que a taxa de juros vigente no mercado de 10% a.a.

    Vamos observar o que cada coluna significa:

    Coluna 1: Perodo correspondente ao evento no fluxo de caixa

    Coluna 2: Cupons pagos pelo ativo financeiro (Principal + juros de 5% a.a.)

    Coluna 3: Coluna 2, descontada pela taxa esperada de retorno, 10% a.a.

    Exemplo:

    Coluna 4: Quanto cada evento representa do VP do investimento.

    Exemplo : 45,4545/810,4607 = 0,05608 ou 5,608%

    Coluna 5: Coluna 4 vezes coluna 1 Ponderao por tempo

    A soma da coluna 5 ser a medida de Du r a t io npara este fluxo de caixa.

    Atravs deste conceito, fica muito fcil entender quais fatores influenciam o Duration de udeterminado ttulo financeiro ou investimento, por exemplo:

    quanto maior o vencimento de um fluxo, maior ser sua Duration;

    alternativamente, quanto menor o cupom de juros (os valores menores), maior ser aDuration;

    o racional por trs disto que o ponto de equilbrio do balano ser maior quanto menorforem seus valores ou, quando o vencimento do ttulo for mais longo (valor maior).

    ( )3223,41

    10.1

    502 =

    He d g in g

    Olha a a primeirautilizao prticapara Duration.

    A maneira mais fcil de se fazer estes clculos chamada de Duration de Macaulay. Nele, utiliza-se asmdias ponderadas dos valores do fluxo de caixa e seus respectivos perodos conforme veremos aseguir:

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    %,,

    ,ou

    jurosDuration

    ModificadaDuration 084101

    48784

    1=

    +=

    5.2.4 Convexidade

    A duration, por si s, no possibilita a estimativa adequada por no modelar precisamente acurvatura existente entre a variao percentual do valor da carteira e a variao percentual dtaxa de juros de mercado. Como o prprio nome diz: curva de juros e no reta de juros!

    A convexidade mede a curvatura da relao - valor da carteira e a taxa de juros e leva emconta:

    a) disperso dos vencimentos em relao durao;b) diferena das taxas de juros em funo dos diferentes prazos.

    Na representao grfica abaixo, a duration modificada representada pela linhavermelha e, o preo real do ttulo pela linha amarela.

    A Convexidade de um ttulo de renda fixa, refere-se ento sua forma grfica deValor de Mercado/Rendimento e uma medida usada conjuntamente com a durationpara estimar a sua sensibilidade s mudanas em taxas de juros.

    5.2.3 Duration Modificada

    A Duration Modificada representada por um fator que mede a sensibilidade de um ttulo de RendaFixa a oscilaes na taxa de juros de mercado.Seu significado : para cada 1% de alterao na taxa de juros (para cima ou para baixo), o valorpresente do ttulo se alterar na razo deste ndice.Neste exemplo, a duration modificada nos diz que, para cada 1% de oscilao na taxa de juros opreo deste ttulo se alterar em 4,08&.

    Se os juros subirem o preo do ttulo cair, se os juros carem o preo do ttulo subir em ambos casosem 4,08%Desta forma, quanto maior a duration modificada de um ttulo, maior sua volatilidade, commaiores possibilidades de ganhos e perdas, sendo o inverso verdadeiro.Outra propriedade importante da duration modificada que quanto maior o prazo do ttulo, maior serela e, por conseguinte maior sua volatilidade.

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    5.2 VaR Value-at-Risk

    O que faz o VaR diferente dos outros instrumentos de anlise de Risco de Mercado?

    a) Presta-se para avaliar o risco de mercado, tanto de posies em ativos vista como em seusderivativos.

    b) Atravs de um nico valor ou percentual pode-se definir o risco de mercado de uma posio(Ativos ou Derivativos) ou at mesmo em um portflio.

    c) Pode ser aplicado em diferentes nveis:

    Aplica-se o VaR em uma posio especifica (derivativo ou Ativo);

    Pode tambm ser aplicado em um portflio com mltiplos instrumentos e Ativos.

    Definio

    O VaR definido com a pior perda prevista, dado determinado nvel de confiana (Ex.: 95%)para um certo perodo de tempo (Ex.: 1 dia).

    Assim, quando dizemos que determinada carteira, com valor de mercado de R$ 5 milhes temum VaR de 1%, para o horizonte de tempo de 1 dia, com intervalo de confiana de 95%estamos dizendo que:

    A cada 100 dias esperamos que em 95 dias (95% de intervalo de confiana) no esperamos terperdas maiores do que 1% de um dia para o outro.

    O que no significa que no possamos perder 1% em vrios dias...

    Desta forma, podemos tambm dizer que, a possibilidade de ocorrncia de perdas diriasmaiores do que R$ 50.000,00 (R$ 5.000.000,00 x 1%), prevista pelo VaR, de 5 dias a cada100 dias (5% de 100 dias = 5 dias ), ou que, em 5 a cada 100 dias, pode-se esperar terperdas dirias maiores do que 1%.

    Como o VaR calculado?

    Vamos tomar o exemplo acima e reconstituir seu clculo do VaR de 1%.Estamos falando de uma carteira composta de aes, ttulos de Renda Fixa e ttulos indexadosao IGP-M.

    O primeiro passo seria a coleta de dados dos ltimos 100 dias do valor da cota deste fundo everificar sua variao diria, sempre em relao a sua mdia, como demonstrado abaixo.

    Variaes Positivas Variaes Negativas

    Quantidadesde dias

    Variao %em relao a mdia

    Quantidadesde dias

    Variao %em relao a mdia

    5 1 5 3,5

    10 0,8 10 115 0,6 15 0,55

    20 0,3 20 0,4

    50 Total 50 Total

    Veja na pgina seguinte o grfico de distribuio de freqncia desta amostra.

    Volte a pgina 9 e confira o conceito de distribuio normal.

    Considere para este exerccio que as 5 perdas de 3,5% foram situaes consideradasno normais de mercado. Podem ter ocorrido em dias atpicos, como por exemplo, emfuno de um atentado terrorista a um grande lder mundial.

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    5.2.1 - Limitaes do VaR

    importante compreender que sua metodologia limitada por pressuposto fundamental: de que risco futuro pode ser predito baseado em dados histricos.

    Importante tambm salientar que o VaR assume que as variaes em preos de ativos sonormalmente distribudas (lembram-se do conceito de distribuio normal visto aqui ou seja, nestecaso o VaR pode servir para medir piores perdas nos dias normalmente ruins.

    Por outro lado, a utilizao de nveis de confiana altos, como por exemplo 99,9% pode dar a falssensao de segurana no se esqueam que podem haver situaes de extrema vulnerabilidadede mercado, consideradas imprevisveis, independente da metodologia utilizada.

    Dado as consideraes acima, podemos melhor interpretar o VaR, utilizando de dois outrosinstrumentos de mensurao de risco: o Stress Test e o Back Test, como veremos a seguir.

    5.3 Stress Test

    O Stress Test ou avaliao de piores cenrios feita para estimar potenciais perdas em situaes d

    anormalidade de mercado.A anlise de dados histricos atravs da representao grfica de distribuio de freqncia, visto nApostila I, nos d uma clara idia do que seriam as variaes de preos em situaes denormalidade de mercado. A medida que as variaes tornam-se maiores e mais longe da mdia, eltendem a diminuir sua freqncia de ocorrncia.

    At a tudo bem! Mas e quanto a magnitude destas variaes?

    Variaes Negativas Variaes Positivas

    Mdia dosvalores dirios

    das cotas

    F

    R

    E

    Q

    E

    N

    CI

    A

    20

    15

    10

    5

    Variaes positivas sodesconsideradas

    para efeito do VaR

    Caso o comportamento passado da variao das cotas deste fundo se repita no futuro e,considerando que as perdas acima de 1% foram em situaes de anormalidade de mercado,o VaR ser a maior perda esperada, dentro destas condies, neste caso, de 1%.

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    Imagine a situao que utilizamos como exemplo no incio do captulo sobre VaR

    Portanto, quando dizemos que determinada carteira ou ativo isolado, com valor de mercado de R$5 milhes tem um VaR de 1%, para o horizonte de tempo de 1dia, estamos dizendo que apossibilidade de perdas maiores do que R$ 50.000 (R$ 5.000.000 x 1%), prevista pelo VaR, de 5dias a cada 100 dias (95% de 100 dias = 5 dias)

    Podemos da concluir que o VaR melhor aplicado para situaes de normalidade demercado.

    Agora imagine se em um destes cinco dias, fora da cobertura do VaR, ocorrer perda de 5%, 10%ou at acima disto. Certamente no ser considerada como perda normal de mercado!

    Alm de tudo, existem mercados ou ativos onde estas situaes anormais, j esto atevidenciadas no prprio grfico de distribuio de freqncia: so chamadas situaes onde adistribuio apresenta o efeito de caudas grossas, veja por qu.

    Qual o objetivo de um bom Stress Test ?

    Principalmente descobrir potenciais concentraes de risco no portflio tornando todo o processo gerenciamento mais transparente.

    O Stress Test deve atender:

    Ser relevante para as posies correntes de risco; Considerar mudanas nas taxas e preos de todos mercados considerados relevantes;

    Examinar o potencial de mudana em regimes econmicos;

    Considerar a falta de liquidez de mercados;

    Considerar a interposio de risco de mercado em eventos extremos;

    Estimular e provocar discusso entre os gestores de risco.

    Grfico de Distribuiode freqncia

    80%dosdados

    Neste caso, ao invs de diminuir afreqncia das ocorrncias extremas,elas aumentaram (ficando ao redor de20%), fazendo com que a cauda dadistribuio ficasse grossa.

    5.4 Back Tes t ou Teste de Validao de Modelos

    Definio

    Modelos estatsticos de Gesto de Risco so desenvolvidos para refletir a realidade.O Backtest analisar se o modelo utilizado para clculo do VaR est refletindo as perdas queefetivamente ocorreram em determinado perodo.

    Finalmente, afim de validar sistemas e metodologias utilizamos o Back Test.Confira a seguir.

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    Exemplo

    O VaR dirio de determinada carteira, nos ltimos 100 dias, foi de 1,5% para umintervalo de confiana de 95%.

    O Backtest refletir se o modelo estatstico que efetuou estes clculos est emaderncia com a realidade.

    Espera-se, no exemplo acima, que em apenas 5% do perodo analisado, ou seja, 5

    dias, as perdas tenham ficado fora do alcance do VaR.

    Durante 95 dias espera-se que ele tenha refletido as condies de volatilidade erisco desta carteira.

    Caso o modelo necessite de ajustes o Backtest evidenciar isto.

    5.5 St op Lo ssou Limite Mximo de Perdas

    A regra de stop-loss consiste em impor um limite de perdas acumuladas, como

    por exemplo, para uma determinada posio de risco de um fundo de investimento.Normalmente os donos ou responsveis de uma posio apresentam resistncia adesfazerem-se delas aps uma grande perda, esperando que o mercado retorne anveis um pouco mais favorveis.

    ExemploCompra de aes da Cia ABC, durante trs dias seguidos, quando seus preos estocaindo, dia aps dia.

    O gestor, na tentativa de fazer um preo mdio mais baixo, poder, na verdade,estar colocando em risco um volume maior em sua posio de aes destacompanhia.

    Ocorre que nem sempre o mercado retorna o que abre espao para uma srie deperdas adicionais, decorrentes da mesma posio de risco mal avaliada, ampliandoo prejuzo inicial.

    Neste caso, estabelece-se um limite de perda mxima, que quando atingido, deverprovocar a venda total desta posio realizando de vez a perda.

    Alm disso, dependendo do mercado e do tamanho da posio, zer-la podesignificar deprimir ainda mais os preos e tambm aumentar o prejuzo.

    A soluo adotada por algumas instituies ou fundos de investimentos a de seimpor um limite mximo para perdas acumuladas num determinado horizonte detempo (1 ms, 1 semana) e, rompido este limite, determinar a zeragem automticada posio.

    Em outras palavras, um limite de perda mxima, que o gestor de riscosdever fazer respeitar. Deve ser utilizada em conjunto com instrumentos comoVaR (situaes de normalidade) e stress test(situaes extremas).

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    6.1 Risco Pas (Risco de Conversibilidade)

    O risco pas est relacionado com a soberania que cada estado (pas) tem na conduode sua vida poltica e institucional.

    Dentre os poderes concedidos aos governantes (poderes legislativo, executivo ejudicirio) est a prerrogativa de mudanas de leis que regem uma sociedade e o livre

    arbtrio das reservas em moeda forte de um pas.

    neste ponto que se insere o risco de conversibilidade. No caso brasileiro, cmbio monoplio da Unio, sendo desta forma, temos uma srie de preceitos, alguns atconstitucionais, que resguardam e protegem nossas reservas internacionais em moedaestrangeira.

    Do lado externo, reflete-se no risco que investidores internacionais ou detentores deativos brasileiros denominados em moeda estrangeira incorrem ao compr-los, orisco da no conversibilidade ou remessa de moeda estrangeira para liquidao destaoperaes.

    Dentre estes ativos destacam-se os Commercial Papers, Eurobnus etc., papis emitidospor empresas ou instituies financeiras brasileiras e vendidos em moeda estrangeira no

    ambiente internacional.

    No h um mercado dehedging para este tipo de risco. O mais normal para um detentodestes papis seria a compra de um seguro de Risco Poltico no mercado, o que no muito fcil de se encontrar.

    6.2 ndice EMBI+ (Risco Brasil)

    Definio

    O ndice de Risco-Brasil, nome popular do ndice EMBI+ (Emerging Markets BonusIndex) representado pela diferena entre a taxa de rendimento dos ttulos do Tesournorte-americano (US Treasuries) e a taxa de rendimento proporcionado pelos ttulosemitidos, no exterior, pelo Tesouro Nacional, representando o risco soberano da RepubliFederativa do Brasil.

    A diferena entre as taxas (spread) indica o grau de confiana dos credores internacionaquanto ao risco de crdito do Tesouro brasileiro.

    Quanto maior o spread, menor a confiana de que o Brasil ir honrar seus compromissono exterior. Por outro lado, quanto menor esta diferena, maior a credibilidade nacapacidade de pagamento do Pas.

    Os ttulos emitidos pelo Tesouro norte-americano so utilizados como referncia(benchmark) para se medir o spread, pois so considerados, no mercado, como livres drisco.

    O Risco-Brasil divulgado sob a forma de pontos-base (basis points ou bp). Por exemplopara o prazo de cinco anos, conforme demonstrado abaixo, o risco de 320 pontos-bas

    Taxa de rendimento do ttulo brasileiro = 8,00%Taxa de rendimento do ttulo americano = 4,80%Risco-Brasil = 3,20% ou 320 pontos-base

    (1% equivale a 100 pontos-base)

    Neste sentido, cabe esclarecer que o EMBI+, calculado pelo JPMorgan, reflete apenas omovimento dos preos (e os retornos a eles associados) dos ttulos brasileiros negociadono mercado financeiro internacional.

    Risco PasDetentores de direitosou ativos que sesujeitam ao risco demudanas locais deRegras,unilateralmente.

    6. Risco Pas & ndice EMBI+MA6

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    Este indicador no compreende qualquer juzo de valor do banco (JPMorgan) a respeitoda situao econmica e financeiras do pas, nem tampouco permite comparaesprecisas com a situao de outros pas.

    Qual o objetivo do EMBI+?

    O EMBI+ foi desenvolvido para criar um parmetro no mercado que reflita com precisoobjetividade os retornos obtidos com a variao de preos e de rendimento com juros duma carteira passiva de ttulos da dvida de mercados emergentes.

    Quais as caractersticas dos ttulos que compem o EMBI+?

    Para compor o EMBI+, um pas precisa :

    1) obter rating BBB+/Baa1 ou inferior, de acordo com nota exigida para dvida externa mercados emergentes pelas agncias de classificao de risco Standard & Poor's eMoody's;

    2) fazer parte de uma emisso mnima de US$ 500 milhes e ser negociadointernacionalmente.

    Que ttulos so considerados no clculo do EMBI+ Brasil?

    So considerados os principais ttulos da Repblica Federativa do Brasil, emitidos noexterior, destacando-se: Global Bonds, A-Bonds, dentre outros.

    Que tipo de recomendao ou orientao a investidores se faz com base nessenmero?

    Os investidores usam o ndice como um parmetro de avaliao (benchmark)independente.

    Por exemplo, pode-se recomendar a compra de ttulos da dvida de determinado pas deacordo com o movimento registrado pelo ndice, e a venda de ttulos em outro pas, aintendo como base o comportamento do ndice.

    A equipe responsvel pelo clculo dos ndices usa uma metodologia objetiva etransparente, baseada em preos dirios de mercado.

    O conceito de Taxa Livre de Risco a taxa do ativo da economia querepresenta o menor risco de crdito e a maior liquidez , alm de fcil acessodos investidores a este ttulo.

    Assim, no mercado internacional os Ttulos do Tesouro Americanorepresentam a taxa livre de risco (Risk-Free)

    No Mercado Brasileiro, elegemos a taxa SELIC que corrige a LFT, TtuloPblico Federal , como a taxa de juros livre de risco.

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    Resumo Instrumentos de Gesto de Risco e Performance

    NDICES DE GESTO DE RETORNO

    Identificar a competnciado gestor na seleo deaes de Fundo de Aes

    Ativo.

    Representa a habilidade do gestor em atingir um retornoacima do esperado, dado o nvel de risco que determinadofundo corre, medido pelo seu Beta.

    Alfa ouAlfa de Jensen

    Fundos Ativos, emborapossa ser utilizado emqualquer tipo de fundo.

    Indica a relao Risco & Retorno passada de um Fundode Investimento ou carteira de ativos em relao a umbenchmark, num dado perodo.Quanto maior o ndice, melhor para o investidor.

    ndice deSharpe

    Raiz quadrada do somatrio do quadrado das diferenasentre os retornos do fundo e do benchmark.Quanto mais prximo de zero, melhor.

    Erro QuadrticoMdio

    Utilizados para avaliarperformance de Fundos

    Passivos cujo objetivo aderncia ao benchmark.

    Representa o desvio da rentabilidade do fundo frente variao do benchmark, perodo a perodo.Quanto mais prximo de zero, melhor.

    TrackingError

    AplicabilidadeConceitondice

    NDICES DE GESTO DE RISCO

    Identificar a perda mximapotencial de uma carteira em % ou valor.

    O VaR definido com a pior perda prevista, dadodeterminado nvel de confiana (Ex.: 95%) para um certoperodo de tempo (Ex.: 1 dia) em condies normais demercado.

    VaRValue at Risk

    Avaliar perfil de risco deinstrumentos de renda fixa.

    Mede a sensibilidade de determinado ttulo ou carteira derenda fixa em relao taxa de juros.Quanto maior, mais sensvel ao risco.

    DurationModificada

    Calcular risco de mercadoou volatilidade de um ativoou carteira.

    Desvio-padro da srie de rentabilidades dirias da carteirado fundo medida pelas variaes dirias do valor da quota.

    Volatilidade

    Avaliar o perfil de risco dofundo ou carteira.B > 1 = agressivoB = 1 = neutroB < 1 = defensivo

    Indica a sensibilidade das aes de uma empresa ou fundosde investimentos em relao ao benchmark(Ibovespa).O desempenho esperado de um Fundo ou carteira ser seundice Beta multiplicado pela variao do Ibovespa.

    Beta

    Obter a melhordiversificao possvel, ouseja, correlao perto de -1

    Indica se h correlao entre dois ativos e se ela positiva(se movem na mesma direo) ou se negativa (semovem em direes opostas). Ser entre -1 e +1.

    Coeficiente deCorrelao

    AplicabilidadeConceitondice

    Limitar as perdas dentro de

    parmetrospredeterminados.

    Mecanismo de controle interno que limita o tamanho de

    eventuais perdas em posies de investimento. A posio automaticamente revertida quando a perda atinge o nvelmximo autorizado.

    Stop Loss

    Verificar a consistncia entreo resultado obtido pelomodelo do VaR.

    Ferramenta auxiliar para validar o resultado previsto poroutro modelo utilizado anteriormente, normalmente, o VaR.

    Back Test

    Estimar perdas potenciaisem cenrios extremos, ouseja, fora de umadistribuio normal.

    Modelo de simulao de perda financeira num cenrioeconmico-financeiro crtico, atravs de expressivasvariaes dos preos dos ativos e derivativos que compemuma carteira.

    Stress Test

    AplicabilidadeConceitoFerramenta

    INSTRUMENTOS AUXILIARES DE GESTO DE RISCO

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    a. Documento: (Apostila VI - Gesto Risco e Performance CPA 20)b. Vlido at: Indeterminadoc. Responsabilidade: 4636-1/Dep.de Treinamentod. Seo/ramal do responsvel : 004/45332e. Homologado por: Antonia Clarice de Oliveiraf. Restries de reproduo.Exemplos :x No h restrioPblico alvo:Agnciasx DepartamentosUsurios especficos (contas de e-mail)Todos os usuriosg. Classificao.Confidencialx Uso internoUso pblicoh. Tamanho do arquivo: 507 kbytesi. Criado no MS Word 97 e convertido em PDF