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Copyright 2011-2012 © BMI Brazilian Management Institute Certificação Profissional ANBIMA CPA-10 | MÓDULO IV Princípios de Investimento 1 Módulo IV | Princípios de Investimento Certificação P rofissional A NBIMA CPA-10

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Certificação Profissional ANBIMA

CPA-10

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2

1. Principais Fatores de Análise de Investimento 4

1.1 Rentabilidade 5

1.1.1 Rentabilidade observada versus rentabilidade esperada 5

1.1.2 Rentabilidade absoluta versus rentabilidade relativa (benchmark) 6

1.2 Liquidez 8

1.3 Risco 9

2. Principais Riscos do Investidor 10

2.1 Risco de Mercado 10

2.1.1. Riscos de Mercado Externo 10

2.2 Risco de Liquidez 11

2.3 Risco de Crédito 11

3. Fatores Determinantes para Adequação dos Produtos de Investimento às Necessidades dos Investidores

13

3.1 Objetivo do Investidor 13

3.2 Horizonte de Tempo do Investimento 14

3.3 Risco versus Retorno 15

3.4 Diversificação: vantagens e limites de redução do risco incorrido 16

3.4.1 Risco sistemático e não sistemático 16

3. Avalie seu Conhecimento 20

4. Resumo 21

Índice 10% a 20% da prova

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3

Qual é o Melhor Investimento?

Cena do cotidiano de um profissional financeiro:

Seu cliente entra na agência, ou liga para você, e faz uma pergunta que julga ter uma resposta simples: “Qual é o melhor investimento?”, ou então, “Se o dinheiro fosse seu, onde você investiria?”

E a coisa tende a ficar pior quando ele pergunta se o “tal” investimento tem risco! “Porque se tiver risco eu não quero!” – diz o cliente.

Antes de sugerir qualquer alternativa de investimento, por mais conservadora e simples que pareça, você precisa obter de seu cliente uma série de informações, a partir das quais poderá fazer uma recomendação responsável, tendo a certeza de que estará alinhada com seu objetivo de investimento e perfil de risco.

Neste módulo do nosso programa de treinamento você vai aprender quais são os principais fatores de análise de investimento que devemos conhecer para podermos assessorar nosso cliente.

Você vai aprender que quem decide qual o “melhor investimento” é o seu cliente e que não existe investimento financeiro que não represente risco, por menor que seja.

Seu papel, como dissemos, é assessorá-lo a tomar essa decisão de forma inteligente e consciente, pois afinal, você é o consultor financeiro!

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Principais Fatores de Análise de Investimentos Principais Riscos do Investidor Adequação dos Produtos de Investimento

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Existe uma parcela da renda das pessoas que é poupada e precisa ser investida respeitando seus objetivos pessoais de curto, médio e longo prazos, que podem ser, por exemplo: preservação do capital, aposentadoria, compra de bens, poupança para viagens, estudo dos filhos, etc.

Quando o investidor procura a melhor opção para investir essa poupança, mesmo que intuitivamente, está buscando uma alternativa de investimento que melhor combine os 3 atributos básicos abaixo:

§ Rentabilidade

§ Liquidez

§ Segurança

É muito difícil encontrar os três atributos em um mesmo investimento, ou seja, encontrar um investimento que seja ao mesmo tempo rentável, seguro, e com alta liquidez. O investidor terá que optar pelo equilíbrio dos fatores que julgar mais importantes e tudo isto dentro de seu horizonte de tempo e objetivo do investimento. Observe a tabela.

1. Principais Fatores de Análise de Investimento

Investimento Rentabilidade Liquidez Segurança

Poupança baixa alta alta

Imóveis baixa baixa alta

Fundo Renda Fixa moderada alta alta

Ações alta alta baixa

Perceba que o investidor abre mão de um atributo em detrimento de outro. Para ganhar mais é preciso correr mais risco. Para ter maior segurança, a rentabilidade será menor.

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1.1.1 Rentabilidade Observada versus Rentabilidade Esperada

A rentabilidade de um investimento indica qual foi o ganho (ou perda) que o investidor recebeu em um investimento, em um período determinado.

Dos três atributos, a rentabilidade é, provavelmente, o mais atraente e sedutor para o investidor - e para o consultor financeiro também – porém, o mais “perigoso” também. Por quê?

Porque existe uma tendência natural de acreditarmos que a rentabilidade passada vai se repetir ao longo do tempo. Como isso não é verdade, basear a escolha do investimento nesse atributo é fortemente NÃO recomendável.

Existem formas diferentes de expressar a rentabilidade de um investimento. Vamos entender quais são e a diferença entre elas.

Rentabilidade Observada é o ganho obtido em uma operação no passado, ou até o presente momento. Ela é normalmente expressa em percentual (%) e é apurada através de um simples cálculo matemático: divida o valor de resgate (ou venda) pelo valor de aplicação (ou compra), subtraia 1 e multiplique por 100. Pronto! Esse é o resultado da operação.

Acompanhe os exemplos:

1. Seu cliente comprou um CDB cujo valor de aplicação foi de R$ 25.000, tendo resgatado R$ 28.000, 6 meses depois. A rentabilidade da operação foi de 12% no período.

12%100125.000

28.000aderentabilid =´÷

ø

öçè

æ-=

2. Seu cliente comprou cotas de um fundo de investimento por R$1,2537 e hoje o valor da cota é de R$1,37907. A rentabilidade acumulada até o momento é de 10%.

10%10011,2537

1,37907aderentabilid =´÷

ø

öçè

æ-=

FIQUE LIGADO! Em ambos os casos a rentabilidade se refere ao passado.

1.1 Rentabilidade

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É natural que o investidor queira saber quanto vai ganhar em determinado investimento. Entretanto, existe resposta para esse questionamento? Infelizmente não. Não é possível saber, com antecedência, qual será o ganho – ou rentabilidade – de um investimento em um período que ainda não ocorreu. Só existe uma maneira de expressar essa “estimativa” de rentabilidade. Acompanhe.

Rentabilidade Esperada é o ganho que o investidor espera – e acredita – receber em um determinado período futuro.

De acordo com nossa reflexão anterior, vimos que não é possível determinar essa rentabilidade em termos absolutos, indicando um percentual ou um valor.

A maneira correta de expressar a rentabilidade futura é pedir a ajuda de um benchmark. Exemplos de rentabilidade esperada:

§ Fundo multimercado agressivo: 120% da taxa DI

§ Fundo de Ações: 8% ao ano acima da taxa Selic

§ Fundo Índice de Preços: 6% ao ano acima da inflação medida pelo IGPM

1.1.2 Rentabilidade Absoluta versus Rentabilidade Relativa

A rentabilidade de um investimento pode ser expressa de duas formas:

1ª) Podemos expressar a rentabilidade de modo absoluto, indicando um certo percentual ou um certo montante em dinheiro. Exemplos: 12% no período; R$3.000; -3%; -R$300.

2ª) Podemos expressar a rentabilidade em termos relativos a um índice, geralmente, comparando com um benchmark. Exemplos:

§ “O Fundo Renda Fixa rendeu 101% do DI durante um ano.”

§ “O CDB rendeu em 12 meses 98% do DI do período.”

Momento atual

Rentabilidade observada

Rentabilidade esperada

PASSADO FUTURO

Rentabilidade

§ A rentabilidade observada (passado) poderá ser expressa tanto na forma absoluta quanto na forma relativa.

§ Na contratação de um novo investimento, a expectativa de rentabilidade futura deve ser sempre expressa em termos relativos.

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1 Revelo rentabilidade obtida em um período do passado.

Posso ser expressa em termos absolutos ou relativos.

Não é possível garantir que eu vou acontecer novamente.

4

Me dou bem com o passado e com o futuro.

Estou sempre acompanhada de um benchmark.

Me utilize para expressar a rentabilidade esperada de um investimento.

2 Indico a expectativa de ganho que o investidor deseja.

Preciso da ajuda de um benchmark para ser expressa.

Sou expressa em termos relativos a um determinado parâmetro.

3

Digo quanto dinheiro você ganhou em um investimento.

Gosto do passado. O futuro não combina comigo.

Sou expressa em montante: R$3.000 ou menos $500 ou em percentuais: 10% ou -3%.

Gabarito: (1) Rentabilidade Observada; (2) Rentabilidade Esperada; (3) Rentabilidade Absoluta; (4) Rentabilidade Relativa.

EXERCÍCIO 1 | Quem sou eu?

Rentabilidade Observada, Esperada, Absoluta ou Relativa?

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1.2 Liquidez

Ter dinheiro para investir é bom. E receber o dinheiro de volta quando quisermos, melhor ainda! Pois é esse benefício que o atributo “liquidez” oferece ao investidor.

Comentário de um investidor empolgado: “Comprei um imóvel por R$100mil e hoje ele vale R$150mil. Estou ganhando 50% de lucro!”

Professor pergunta: “Já vendeu a casa?”

Investidor empolgado responde: “Ainda não...”

Professor responde: “Pois então coloque seu imóvel a venda, encontre um comprador que esteja disposto pagar R$150mil pelo imóvel e, aí sim, você pode afirmar que ganhou 50% de lucro no negócio.”

Então, liquidez de um investimento nada mais é do que a capacidade de transformá-lo em recursos disponíveis novamente, a qualquer tempo, por um preço justo, ou seja, preço observado no mercado. O que assegura a liquidez de um mercado é a presença constante de compradores, dispostos a comprar um título ou valor mobiliário que o investidor deseja vender.

Um mercado líquido é um mercado no qual os participantes podem rapidamente realizar um grande volume de negócios, com pequeno impacto sobre os preços dos ativos negociados.

Exemplos de investimentos que oferecem liquidez alta:

§ Fundos de Investimento sem carência

§ CDB DI com liquidez diária

§ Ações

Exemplos de investimentos com baixa liquidez:

§ Imóveis

§ Fundos de investimento com carência

§ Fundos de investimento fechados

Liquidez

§ Capacidade de vender um ativo pelo preço justo de mercado

§ Presença constante de compradores no mercado

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1.3 Risco

Para falarmos do terceiro atributo que o investidor procura em qualquer investimento – SEGURANÇA – precisamos falar, na verdade, dos fatores que representam possíveis ameaças ao capital investido, à liquidez e à rentabilidade esperada: os RISCOS.

Acho que nosso primeiro comentário importante sobre risco é falarmos sobre a percepção que as pessoas têm sobre ele:

“Sinônimo de perda ou prejuízo”

“Risco! Nem pensar...”

“Não quero investimento com risco”

“Ações? Não... É muito arriscado”

Se deixarmos a emoção de lado e olharmos para o risco com outros olhos, vamos entender que o risco está presente em qualquer investimento, mesmo nos mais conservadores. Vamos entender que o risco representa, além de uma possibilidade de perda, uma oportunidade de ganhos.

Risco pode ser definido de várias formas e, uma delas, é dizer que risco é a INCERTEZA de alcançar uma certa rentabilidade esperada, em um dado período.

Risco

§ Incerteza

§ Possibilidade da rentabilidade esperada não se confirmar

Risco está associado à rentabilidade de um investimento de forma inseparável. Para obter maior rentabilidade o investidor deverá estar disposto a assumir riscos. E risco não é ruim! O que é ruim é o risco não gerenciado, o risco assumido sem o conhecimento ou entendimento do investidor.

O papel do consultor financeiro é conhecer os riscos e aprender a falar deles com naturalidade pois ele está presente, em maior ou menor escala, em todos os produtos de investimento disponíveis no mercado. Vamos conhecer, então, os três principais riscos inerentes aos investimentos financeiros:

§ Risco de Mercado

§ Risco de Liquidez

§ Risco de Crédito

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2.1 Risco de Mercado

O risco de mercado se caracteriza pela oscilação no preço ou valor de mercado de títulos ou valores mobiliários que pode gerar perdas ou ganhos ao investidor.

A oscilação nos preços dos ativos podem ser causados por eventos ligados ao mercado como um todo ou ao segmento econômico no qual a empresa está inserida.

2. Principais Riscos do Investidor

A análise de investimentos considera perda a simples constatação de que houve uma queda no valor de mercado de determinado ativo, apurado pelo procedimento de marcação a mercado, mecanismo sobre o qual já conversamos. Exemplos de risco de mercado:

1. O cotista de um fundo de investimento compra cotas por R$1,00 e observa que sua cotação caiu para R$0,90. Perceba que mesmo que não tenha resgatado suas cotas, existe uma perda “potencial” caso ele resgate suas cotas nesse momento.

2. Com expectativa de queda na taxa de juros, um investidor comprou um CDB de taxa prefixada. Entretanto, frente a uma notícia econômica desfavorável, a taxa de juros sobe e provoca uma desvalorização no preço desse CDB. A marcação a mercado desse título nesse momento registrará esse valor, inferior ao de compra e, portanto, uma perda potencial para o investidor.

3. Um investidor compra ações por R$10,00 e as vende por R$8,00.

4. Investidor compra cotas de um Fundo Multimercado com renda variável tendo a expectativa de ganhar 120% da taxa DI em 1 ano. A Bolsa de Valores não apresentou o desempenho esperado e a queda dos juros, também esperada, não aconteceu. Fatores políticos e econômicos trouxeram muito nervosismo ao mercado e o resultado disso tudo é que a rentabilidade do fundo não atingiu a esperada ficando abaixo da taxa DI.

2.1.1. Riscos de Mercado Externo

Os preços dos ativos podem ser influenciados também por eventos ligados ao mercado externo. Alterações na política cambial, oscilações na taxa de câmbio, mudanças no cenário macroeconômico mundial, riscos geopolíticos específicos de cada país investido, questões legais, regulatórias e tributárias específicas de um país, podem trazer consequências para os preços dos títulos provocando sua valorização ou desvalorização.

Os Fundos de Investimento brasileiros foram autorizados a manter em suas carteiras de investimento ativos financeiros negociados no exterior e, consequentemente, sua performance pode ser afetada por requisitos legais ou regulatórios, por exigências tributárias relativas a todos os países nos quais haja investimento, ou ainda, pela variação do Real em relação a outras moedas.

Risco de Mercado

Risco de oscilação no PREÇO, ou seja, no valor de mercado do título ou valor mobiliário.

nos ququququququququququququququququaiaiaiais

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Gerenciando Risco de Liquidez

Para gerenciar o risco de liquidez os gestores dos fundos de investimento, por exemplo, podem:

a) Encurtar o prazo médio dos títulos de renda fixa;

b) Não deter grandes posições isoladas de determinados ativos e emissores, procurando diversificar suas posições;

c) No caso de carteiras de ações, comprar as denominadas “ações de primeira linha” que são as mais negociadas no mercado;

d) Observar o histórico de liquidez destes títulos em situações adversas de mercado.

2.2 Risco de Liquidez

O Risco de Liquidez está associado à negociabilidade de um título ou valor mobiliário no mercado financeiro. Ocorre quando o investidor encontra dificuldade em vendê-lo por um preço justo, isto é, dentro de parâmetros de mercado. O risco de liquidez pode estar associado a:

Falta de liquidez no mercado em geral, decorrente de fatores de ordem política ou econômica que reduzam o volume de dinheiro em circulação.

§ Dificuldade de negociabilidade do título, propriamente dito. É o caso dos imóveis e das ações de “segunda linha”, assim denominadas por serem menos negociadas.

§ No caso dos títulos de renda fixa, dois fatores podem afetar o nível de liquidez de um título:

a) deterioração na capacidade de pagamento do emissor

b) prazo muito longo até o vencimento aumenta o risco de liquidez.

Risco de Liquidez

Carteiras com ativos de prazo mais curto correm menor risco de liquidez.

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2.3 Risco de Crédito

O Risco de Crédito está associado à possibilidade de deterioração na capacidade de pagamento, atraso ou falta de pagamento, do emissor de um título de crédito, quando este deixa de honrar sua obrigação. O risco de crédito está presente em todas as operações denominadas de “renda fixa” quando o investidor adquire títulos emitidos por empresas dos setores público ou privado. Exemplos: CDB, Letra Hipotecária, Debêntures e Nota Promissória. Os títulos públicos federais são considerados “livres deste risco” considerando a hipótese remota de ocorrer não pagamento por parte do Tesouro Nacional.

Gerenciando Risco de Crédito

A gestão do risco de crédito pode ser feita, basicamente, de duas formas:

1) O gestor da carteira de um fundo de investimento, por exemplo, deve selecionar ativos que possuam boa qualidade de crédito. Esta análise pode ser feita:

a) Internamente, conduzida pelo comitê de crédito da instituição financeira;

b) Utilizando a classificação de empresas especializadas nesse trabalho – as agências

classificadoras de risco como a Standard & Poors, Moodys e Fitch, por exemplo.

2) Diversificar a carteira de investimento incluindo títulos de diversos emissores. Aliás, essa é uma das características dos fundos de investimento.

Risco de Crédito Possibilidade de “calote” por parte do emissor de um título de renda fixa que representa uma dívida, uma promessa de pagamento, no vencimento do título.

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Crédito Mercado Liquidez

3

1

2

Está associado à possibilidade de deterioração de pagamento ou falta de

pagamento, do emissor de um título de crédito, quando este deixa de honrar

sua obrigação.

Ocorre quando o investidor encontra dificuldade em vender um ativo

por um preço justo, isto é, dentro de parâmetros de mercado.

Se caracteriza pela possibilidade de perda ou ganho mediante

oscilação no preço ou valor de mercado de títulos ou valores mobiliários.

EXERCÍCIO 1 | Risco Coloque cada “Risco” na caixa que corresponde à sua descrição.

Gabarito: (1) Liquidez; (2) Mercado; (3) Crédito.

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3. Fatores Determinantes para Adequação dos Produtos de Investimento às Necessidades dos Investidores

A escolha do “Melhor Investimento” deve ser feita com responsabilidade e consciência. Isso só será possível quando o investidor – e o consultor financeiro que o orienta – analisarem um conjunto de fatores com base nos quais a decisão de investimento poderá ser tomada. Esse é o nosso próximo assunto.

Objetivo Necessidades Produto adequado

Reserva financeira para emergências inesperadas.

O menor risco possível e alta liquidez.

Produtos de taxa pós-fixada, de prazo curto e com baixo risco de crédito.

Reserva financeira de longo prazo para aposentadoria.

Preservar o poder de compra da moeda contra inflação.

Títulos ou Fundos atrelados ao IGP-M ou IPCA. Carteira de longo prazo.

Acumular recursos para um curso no exterior ou viagem de férias no exterior.

Preservar o poder de compra na moeda estrangeira.

Títulos ou fundos de investimento corrigidos pela moeda estrangeira.

Dobrar o capital no período de 7 anos.

Assumir posições de risco em busca de maior retorno.

Ações, fundos de ações e fundos multimercado agressivos.

3.1 Objetivo do Investidor

Existe uma razão pela qual determinado investimento está sendo feito. Há um objetivo que o investidor deseja alcançar, razão pela qual ele está fazendo um esforço de acumulação de capital. Existe uma alternativa de investimento mais adequada para cada objetivo. Veja no quadro alguns exemplos de objetivos, as necessidades e os produtos adequados:

3.2 Horizonte de Tempo do Investimento

Já vimos que o investidor tem um objetivo para ser alcançado. Alguns devem (ou precisam) ser alcançados em um período de tempo curto, outros somente serão atingidos no longo prazo.

Se olharmos novamente para o quadro de objetivos da página anterior, veremos que cada um deles tem um horizonte de tempo diferente. Observe.

Objetivo Horizonte de Tempo

Reserva financeira para emergências inesperadas 6 meses

Reserva financeira de longo prazo para aposentadoria 15 anos

Acumular recursos para um curso no exterior 3 anos

Dobrar o capital 7 anos

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O que vai determinar se o objetivo de investimento será alcançado ou não, são basicamente, dois fatores:

§ a rentabilidade (esperada)

§ o prazo (horizonte de tempo)

Horizonte de tempo de um investimento representa o prazo que se prevê ser necessário para obter o retorno esperado.

Investimentos em ações, por exemplo, são recomendados somente para horizonte de longo prazo. Embora as ações possam ser vendidas a qualquer momento, o objetivo de “dobrar” o capital pode ser alcançado – se a rentabilidade esperada ocorrer – no horizonte de tempo estimado.

Por outro lado, não faz sentido investir em um Fundo de Curto Prazo, os recursos que estão sendo acumulados para aposentadoria.

3.3 Risco versus retorno

O retorno de um investimento está diretamente associado aos riscos associados aos ativos e valores mobiliários que compõem a carteira de investimento.

Se observarmos o quadro abaixo veremos que existem 4 quadrantes possíveis que associam os atributos RISCO e RETORNO. O ideal dos mundos, desejado por todo investidor, é estar no quadrante superior esquerdo (1) no qual a rentabilidade é alta e o risco é baixo. E o pior cenário, é estar no quadrante inferior direito (4) no qual a rentabilidade é baixa e o risco é alto, o que significa, que o investidor não está sendo remunerado pelo risco que ele está correndo.

1

Rentabilidade alta

Risco baixo

2

Rentabilidade baixa

Risco baixo

3

Rentabilidade alta

Risco alto

4

Rentabilidade baixa

Risco alto

RETORNO

RISCO

30%

20%

15%

10%

6%

4%

2%

1% 2% 3% 4% 5% 6%

O objetivo aqui é demonstrar que a escolha de determinado investimento, ou ainda, a comparação de uma alternativa de investimento com outra, deverá levar em conta não somente a rentabilidade mas, também, o risco (potencial de perda) para que tal rentabilidade seja alcançada.

Fundo Rentabilidade Risco

A 20% 7%

B 18% 2%

Qual dos 2 fundos oferece a melhor relação risco versus retorno?

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Ação Valor de Mercado Volatilidade

Petrobras R$ 10 Mil 10%

Sadia R$ 10 Mil 4%

Total R$ 20 Mil 5%

A grande surpresa ficou por conta da volatilidade combinada das duas ações que foi de apenas 5%, quando era de se esperar que fosse de 7% (10% da Petrobras mais 4% da Sadia, dividido por 2). Quando as duas carteiras se juntaram houve situações em que a queda no preço da Petrobras foi atenuada pela elevação no preço da Sadia e vice-versa, minimizando o risco total da carteira.

Este é o principal benefício da diversificação: redução de risco ou volatilidade.

3.4 Diversificação: vantagens e limites de redução do risco incorrido

Você deve se lembrar do ditado popular “não coloque todos os ovos na mesma cesta”, não é mesmo? Pois é exatamente esse o conceito que está por trás da diversificação.

A diversificação consegue reduzir o risco total de uma carteira porque preços de diferentes ativos não se movem exatamente juntos, ou na mesma direção. Mesmo uma pequena diversificação pode provocar uma substancial redução na volatilidade de uma carteira, mas a maior parte deste benefício advém de uma carteira com relativamente poucos ativos. Veja um exemplo:

Os noivos Marcelo e Joana são investidores do mercado de ações. Marcelo convive melhor com o fator risco e possui R$10mil em ações da Petrobras, cuja volatilidade anual média nos últimos 5 anos foi de 10%. Já Joana prefere investimentos menos arriscados e optou pelas ações da Sadia, com menor flutuação de preços, cuja volatilidade anual nos últimos 5 anos foi de 4%.

Desnecessário dizer que a vida do Marcelo é bem mais “agitada” do que a da Joana pois, pelas características da empresa e do setor, o preço das ações da Petrobras sobe e cai com maior frequência e intensidade.

Passado algum tempo Marcelo e Joana resolvem se casar e unificar suas carteiras de ações para facilitar seu acompanhamento. A carteira será, portanto, composta da seguinte forma:

3.4.1 Risco sistemático e não sistemático

Então é fácil reduzir o risco de uma carteira de ações, por exemplo! Basta comprar várias ações, montar uma carteira bem diversificada, e pronto! Infelizmente, não é tão simples assim. Por quê? O Risco de mercado de um ativo ou de uma carteira que provoca volatilidade nos preços das ações é decorrente do risco sistemático e risco não sistemático que vamos conhecer melhor a seguir.

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1) O risco sistemático é decorrente de fatores externos - está relacionado a mudanças de ordem político-econômicas nacionais ou internacionais. Caracteriza-se por atingir o conjunto de ações negociadas no mercado em maior ou menor escala.

Esses fatores podem ser positivos contribuindo para a valorização do conjunto das ações cotado no mercado. Por exemplo: redução na taxa de juros, crescimento econômico, aumento do fluxo de capital estrangeiro. Podem ser negativos contribuindo para a desvalorização do conjunto das ações de mercado. Por exemplo: aumento na taxa de juros, crise econômica no país ou em outros países do mundo, queda no nível de crescimento econômico, etc.

A diversificação não consegue reduzir o risco sistemático pois afeta o conjunto das ações de mercado. A reversão de eventuais perdas do investidor só virá quando o mercado voltar à normalidade. Essa recuperação pode demorar a ocorrer e, por isso, a recomendação é sempre que o horizonte de tempo do investimento em ações seja de longo prazo.

Exemplo: lembra-se do atentado às torres gêmeas em Nova Iorque no dia 11 de setembro de 2001? Provocou a queda de todas as ações, em todas as Bolsas de Valores do mundo inteiro. Mesmo as carteiras muito bem diversificadas tiveram perdas provocadas por aquela notícia. Mais recentemente, a crise do ‘sub-prime’ que teve origem nos Estados Unidos afetou a economia mundial.

Risco sistemático

• decorrente de fatores externos às empresas;

• afeta o conjunto de ações negociadas no mercado;

• NÃO é diversificável.

Risco não sistemático

• Refere-se ao risco de uma empresa específica ou ao seu setor de atividade;

• É diversificável.

2) O risco não sistemático refere-se ao risco da empresa propriamente dita ou do setor da economia onde a empresa está inserida e pode ser reduzido pela diversificação.

É o risco decorrente de notícias relacionadas a uma empresa em particular ou ao setor da economia na qual essa empresa está inserida, tais como: desempenho do setor ou da companhia, novos produtos, preços internacionais, qualidade de seu gerenciamento, transparência na relação com investidores, etc.

Esse risco pode ser reduzido mediante a formação de uma carteira composta de diversas ações, de diversos setores da economia, com baixa correlação entre elas. A estratégia da diversificação é compensar a perda em uma ação com o ganho de outra.

Exemplo: utilizando o mesmo exemplo do atentado de 11 de setembro, percebemos que a notícia foi terrível para alguns setores (turismo e aviação), mas foi excelente para outros setores (segurança e armamento). É por essa razão que a diversificação funciona para reduzir o risco da empresa, pois as perdas de algumas ações são compensadas pelos ganhos de outras.

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Crédito Risco sistemático Liquidez Risco não-sistemático

EVENTO RISCO

1. Os meios de comunicação internacionais anunciaram seu entendimento em relação à situação econômica do Brasil considerada extremamente favorável com expectativas positivas nos diversos mercados.

2. Os resultados anunciados pela empresa XPTO surpreenderam os analistas de mercado. A demanda de compra das ações por parte dos investidores provocou forte aumento no preço das ações da empresa.

3. A empresa XPTO não pagou os juros semestrais devidos aos detentores de debêntures da empresa. Os investidores estão apreensivos e questionam a capacidade da empresa de resgatar essa dívida no vencimento.

4. As expectativas de mercado se confirmaram e o COPOM anunciou nova queda na meta da Taxa Selic. As taxas de juros de médio prazo acompanharam a tendência de queda provocando valorização no preço dos títulos de renda fixa de taxa prefixada negociados no mercado.

5. Cenário de muita incerteza em relação à política econômica que será adotada pelo novo presidente do Banco Central reduziu fortemente a procura (poucos compradores) por títulos com vencimento mais longo.

6. Devido à forte alta da inflação no ano em curso, o Governo anunciou medidas drásticas de política monetária, bloqueando todos os depósitos à vista e a prazo de valor superior a R$5.000. Esta medida paralisou a atividade econômica reduzindo substancialmente o volume das operações financeiras.

7. Novos focos de gripe aviária na Europa, Ásia e América do Norte prejudicaram as exportações brasileiras de frango. O preço das ações das empresas do setor despencou.

8. Credores da instituição financeira XYZ, liquidada extra judicialmente pelo Banco Central, estão preocupados em reaver o capital investido em operações de renda fixa junto à essa instituição financeira.

Gabarito: (1) sistemático; (2) não sistemático; (3) crédito; (4) sistemático; (5) liquidez; (6) liquidez; (7) não sistemático; (8) crédito.

EXERCÍCIO 3 | Risco Indique a natureza do risco dos eventos listados abaixo.

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AFIRMATIVA V F

1. “A ação da companhia aérea XPTO caiu 2% hoje, diante da notícia de queda nos lucros da empresa”. Este é um evento de risco específico, portanto, não sistemático.

2. O emissor de uma debênture não pagou os juros semestrais combinados. O debenturista está correndo risco de liquidez.

3. Acompanhando a tendência de queda do índice da Bolsa de Valores, as ações da empresa BanBan que comprei há 2 meses por R$5, estão cotadas hoje a R$4. Isto é risco sistemático.

4. “A rentabilidade do fundo XYZ foi de 18% em 2005”. Esta afirmação refere-se ao conceito de rentabilidade esperada.

5. A volatilidade de um investimento indica o nível de oscilação entre a maior e a menor rentabilidade alcançada em determinado período de tempo.

6. Comprar títulos com boa classificação de risco, segundo a análise de renomada agência classificadora de risco, é uma forma de gerenciar o risco de crédito.

7. A diversificação é um mecanismo eficaz de gerenciamento do risco de mercado (sistemático) de uma carteira de ações, que consegue ser totalmente eliminado quando a diversificação é bem feita.

8. O horizonte de tempo, além do objetivo do investimento, são essenciais para a escolha do produto de investimento adequado.

9. A diversificação ajuda a reduzir o risco não sistemático porque eventuais perdas com algumas ações podem ser compensadas pelos ganhos com outras ações.

10. É adequado oferecer produtos de risco moderado ou alto para objetivo de investimento cujo horizonte de tempo é de curto prazo.

Gabarito: (1) Verdadeiro; (2) Falso; (3) Verdadeiro; (4) Falso; (5) Verdadeiro; (6) Verdadeiro; (7) Falso; (8) Verdadeiro; (9) Verdadeiro; (10) Falso.

EXERCÍCIO 3 | Verdadeiro ou Falso? Indique se as afirmativas abaixo são verdadeiras ou falsas.

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4. Avalie seu Conhecimento

1. O risco preponderante em uma carteira de ações bem diversificada é o risco

a) de crédito.

b) operacional.

c) da empresa.

d) de mercado.

2. Considerando os vários riscos de uma carteira de ativos, seu retorno tenderá a ser tanto

a) menor, quanto maior for o risco.

b) maior, quanto maior for o risco.

c) menor, quanto maior for o prazo.

d) maior, quanto menor for o prazo.

3. A rentabilidade relativa de um investimento

a) deve ser maior que a rentabilidade nominal.

b) é sempre conhecida no início do investimento.

c) é conhecida no início do investimento de taxa prefixada.

d) refere-se a um benchmark.

4. Os principais riscos normalmente encontrados em investimentos financeiros são

a) mercado, crédito e alavancagem.

b) alavancagem, crédito e operacional.

c) mercado, crédito e liquidez.

d) mercado, operacional e liquidez.

5. A afirmação: “O horizonte de tempo longo é importante pois ajuda a dissipar os efeitos da

volatilidade em uma carteira de ações” refere-se ao risco

a) de mercado.

b) de crédito.

c) de liquidez.

d) operacional.

Gabarito: (1) D; (2) B; (3) D; (4) C; (5) A.

Não deixe de fazer os simulados pela Internet. Você vai encontrar centenas de questões para testar seu

conhecimento e se preparar para a prova!

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5. Resumo

Neste módulo você aprendeu que:

§ Investidores tomam decisões de Investimentos considerando, basicamente, três atributos: rentabilidade esperada, liquidez e segurança.

§ A rentabilidade esperada é o retorno que o investidor espera ter no futuro e deve ser expressa em termos relativos a determinado benchmark, ou seja, um índice de referência, e deve ser alcançada em um tempo predeterminado.

§ A rentabilidade observada, expressa normalmente em termos absolutos, indica o histórico da rentabilidade passada daquele investimento e não significa que ela ocorrerá novamente no futuro.

§ A liquidez é o atributo que permitirá ao investidor vender ou resgatar seu investimento a qualquer momento por um preço justo. É um atributo importante principalmente nos objetivos de curto prazo.

§ A segurança decorre dos riscos aos quais o investimento está exposto, em maior ou menor intensidade.

§ O risco de crédito ocorre quando o emissor de um título não cumpre sua obrigação de pagar rendimentos, ou ainda, resgatar o título no vencimento.

§ O risco de liquidez ocorre quando o investidor não consegue vender ou resgatar seu investimento por falta de compradores no mercado.

§ O risco de mercado provoca oscilações, positivas ou negativas, no valor dos títulos e valores mobiliários. No caso do investimento em ações, o risco de mercado (flutuação de preços) ocorre em função dos riscos sistemático e não-sistemático.

§ A diversificação é a forma mais simples de gerenciar os riscos de uma carteira de ações, considerando que diferentes ativos reagem de forma diferente a certos acontecimentos. Ela só não é eficiente na gestão do risco de mercado – conhecido como risco sistemático - que afeta todos os ativos negociados no mercado.

§ Risco sistemático é decorrente de fatores externos às empresas, decorrentes de fatores de ordem político-econômicas e afeta o conjunto das ações cotadas no mercado. Não pode ser reduzido mediante diversificação da carteira.

§ O risco específico da empresa ou do setor de atividade dela – também conhecido como risco não sistemático - é diversificável pois refere-se a fatores específicos dessa empresa ou desse setor. Esse risco pode ser reduzido mediante o mecanismo de diversificação.

§ A escolha do melhor investimento é feita pelo cliente em função de três fatores: objetivo do investimento, horizonte de tempo e a tolerância a risco que determinará, por sua vez, o retorno do investimento.

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Anotações

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