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DIREITO DO TRABALHO MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO. Prof. Antero Arantes Martins AULAS “2”

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Page 1: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

DIREITO DO TRABALHO

MÓDULO II

SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.

Prof. Antero Arantes MartinsAULAS “2”

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DIREITO DO TRABALHO

TRABALHADOR EMPREGADO.

Prof. Antero Arantes Martins

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Trabalhadores. Quadro Geral

TRABALHADOR

EMPREGADO NÃO EMPREGADO

CLT. (Art. 3º)

LEIS ESPECIAIS

Teletrabalho

Trabalho intermitente

Doméstico (Lei 5.589/72)

Rural (Lei 5.889/73)

Temporário (Lei 6.019/74)

Autônomo

Eventual

Cooperado

Estagiário

Voluntário

Funcionário Público

AVULSOTempo Parcial

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PRIMEIRA PARTE

EMPREGADOS.

CLT

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Empregado Típico. Introdução.

• Não obstante este ramo do direito seja

denominado de “Direito do Trabalho”, este é

voltado para apenas um tipo específico de

trabalhador, que é o trabalhador empregado.

• Este trabalhador distingue-se dos demais

exatamente por ser subordinado, o que o torna

hipossuficiente e atrai a aplicação do Princípio

Protetor, basilar do Direito do Trabalho.

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Empregado Típico. Introdução.

• O trabalhador empregado deve ter o seu contrato

de trabalho registrado na sua Carteira de

Trabalho e Previdência Social (CTPS), como

determina o art. 29 da CLT.

• Grande, entretanto, é a incidência do chamado

trabalho informal, ou seja, aquele prestado sem o

registro em CTPS.

• Daí porque é de fundamental importância

aprender a distinguir a figura do empregado dos

demais tipos de trabalhadores.

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Empregado Típico. Características Legais

• Estabelece o art. 3º da CLT:– Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar

serviços de natureza não eventual a empregador, sob a

dependência deste e mediante salário.

• Estabelece, ainda, o art. 2º da CLT.– Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva,

que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria

e dirige a prestação pessoal de serviço.

• A prestação de serviços é do empregado e

não do empregador. Logo, a característica

“pessoal” refere-se ao empregado e não ao

empregador.

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Empregado Típico. Características Doutrinárias.

• As expressões legais foram substituídas pela

doutrina, da seguinte forma:

Dependência Subordinação jurídica

Não eventualidade Habitualidade

Salário Onerosidade

Pessoalidade Pessoalidade

Pessoa Física Pessoa Física

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Empregado Típico. Subordinação jurídica.

• Quando o art. 3º da CLT se refere à “dependência” do

empregado para com o empregador, a primeira idéia que

se tem é que esta dependência seria econômica.

• Isto não é correto. Não se ignora que, no mais das vezes,

o empregado é, de fato, dependente economicamente do

empregador, mas, não necessariamente.

• A questão é que, por força do contrato, o empregado

transfere ao empregador o modus operandi do seu

trabalho e, por conseqüência, submete-se à direção do

empregador.

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Empregado Típico. Subordinação jurídica.

• O poder diretivo do empregador previsto no art. 2º daCLT coloca o empregado numa condição desubordinado.

• Esta condição de subordinado é prevista na Lei (art. 2º,CLT) e se materializa por força do contrato de trabalho,que é um instrumento jurídico.

• Decorre daí a expressão cunhada pela doutrina:“Subordinação jurídica”.

• A dependência econômica é irrelevante para caracterizara figura do empregado. O empregado deve obedecerordens do empregador, sendo ou não dependenteeconômico deste.

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Empregado Típico. Subordinação jurídica.

• É a condição de subordinado que faz do

empregado hipossuficiente e, por conseqüência,

atrai a incidência do Princípio Protetor.

• Daí porque esta é a característica mais marcante

do empregado.

• Implica, no caso concreto discutido

judicialmente, em verificar se o empregador

estabelecia o modus operandi da prestação de

serviços.

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Empregado Típico. Habitualidade

• Trabalho “não eventual” ou trabalho “habitual” éaquele que reitera no tempo com uma certaprevisibilidade.

• Não é trabalho necessariamente diário.

• Normalmente não se admite trabalho eventualquando inserido na atividade-fim doempreendimento, porque aquele trabalho não éum evento para a empresa, embora possa ser parao cliente.

• Mas, excepcionalmente tal pode ocorrer se o fatocausador da contratação for, mesmo, um evento.

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Empregado Típico. Onerosidade

• A expressão legal “salário” induz em erro.

• Para haver contrato é preciso que o serviço

prestado seja em função de uma contraprestação

prometida, ou seja, que exista intencionalidade de

pagamento.

• Salário por ser:– Por unidade de tempo (hora, dia, semana, quinzena, mês).

– Por unidade de produção (comissão, peças produzidas, etc).

• Logo, não precisa ser, necessariamente, uma

importância fixa mensal.

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Empregado Típico. Pessoalidade

• O contrato de trabalho é personalíssimo na figurado empregado, ou seja, é “intuitu personae”.

• Quando o empregador contrata um empregado,não visa apenas a prestação de um trabalhoqualquer, mas, sim, daquele trabalho específicoque o empregado pode oferecer dadas as suascaracterísticas pessoais (capacidade,conhecimento, diligência, etc).

• O empregado não pode se fazer substituir poroutro, salvo se houver autorização expressa doempregador.

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Empregado Típico. Pessoa Física

• Somente a pessoa natural tem o bem da vida que o

Direito do Trabalho quer proteger (dignidade humana).

• Trabalhador (gênero). é, necessariamente, a pessoa

humana. Assim, empregado (espécie) também o será.

• Há muitas contratações fraudulentas de pessoas jurídicas

constituídas para mascarar a relação de emprego

(“Pejotização”).

• Há que se observar o Princípio da Verdade Real. Se a

prestação de serviços for por pessoa física, irrelevante

que esta tenha, formalmente, constituído uma pessoa

jurídica.

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Empregado Típico. Exclusividade

• Exclusividade não é requisito para caracterização dovínculo de emprego.

• É absolutamente possível que um trabalhador tenha doisou mais empregos simultaneamente, desde que existacompatibilidade de horários. Logo, a falta deexclusividade não descaracteriza o vínculo de emprego.

• De igual forma, é possível que determinado trabalhadorautônomo, por exemplo, tenha um único cliente (e,portanto, trabalhe exclusivamente para este), sem queisto o transforme em empregado.

• Em outras palavras, exclusividade é um requisitoabsolutamente irrelevante para o tema.

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Contratos Especiais. Teletrabalho.

Redação

anterior

Nova redação

NIHIL X Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em

regime de teletrabalho observará o disposto neste Capítulo.

NIHIL X Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços

preponderantemente fora das dependências do empregador,

com a utilização de tecnologias de informação e de

comunicação que, por sua natureza, não se constituam como

trabalho externo.

NIHIL X Parágrafo único. O comparecimento às dependências do

empregador para a realização de atividades específicas que

exijam a presença do empregado no estabelecimento não

descaracteriza o regime de teletrabalho.

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Contratos Especiais. Teletrabalho.

• Regulamenta uma situação que já acontecia naprática por conta da evolução tecnológica e queera tratada, na Justiça do Trabalho, com base emdispositivos antigos, voltados para o trabalho emdomicílio.

• O Trabalho deve ser preponderantemente fora dasdependências do empregador, embora algumasatividades internas sejam aceitas, desde que paraatividades específicas, ou seja, não pode sergeneralizado;

• Com a utilização de tecnologias de informação ecomunicação;

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Contratos Especiais. Teletrabalho.

Redaçã

o

anterior

Nova redação

NIHIL X Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de

teletrabalho deverá constar expressamente do contrato

individual de trabalho, que especificará as atividades que serão

realizadas pelo empregado.

NIHIL X § 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial

e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes,

registrado em aditivo contratual.

NIHIL X § 2o Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho

para o presencial por determinação do empregador, garantido

prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente

registro em aditivo contratual.

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Contratos Especiais. Teletrabalho.

• Exige:

– contrato escrito.

– Especificar as atividades a serem desenvolvidas.

• Os atuais empregados que trabalhem no regimeconvencional (internos) podem passar para o regime deteletrabalho por acordo escrito, que constará em aditivocontratual (aqui tem sentido porque é por mútuoacordo).

• O empregado que trabalhar em regime de teletrabalhopode retornar ao regime presencial por determinação(unilateral) do empregador, o que também deveráconstar em aditivo contratual (o que não tem sentido,porque aqui não há contrato, ou seja, é unilateral).

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Contratos Especiais. Teletrabalho.

Redação

anterior

Nova redação

NIHIL X Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela

aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos

tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à

prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de

despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato

escrito.

NIHIL X Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo

não integram a remuneração do empregado.

NIHIL X Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de

maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim

de evitar doenças e acidentes de trabalho.

NIHIL X Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de

responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções

fornecidas pelo empregador.

Page 22: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Contratos Especiais. Teletrabalho.

• Contrato deve tratar de:– Aquisição, manutenção e fornecimento de equipamentos;

– Criação e manutenção de infraestrutura;

– Reembolso de despesas (luz, internet, etc).

• Entretanto, por óbvio que a responsabilidade deve ser doempregador, que assume o risco do negócio, na sua definição (art.2º, CLT).

• Logo, o contrato vai tratar apenas da forma de cálculo destasparcelas, de sorte que o empregado seja integralmente restituídopelo que gastar.

• Como são mesmo fornecidos para o trabalho e não pelo trabalho,não constitui salário ao empregado.

• O Empregado deve seguir as instruções de segurança fornecidaspelo seu empregador (correto uso de equipamentos, pausas, etc).Constitui, aqui, exceção ao dever de fiscalizar. Permanece o deverde instruir.

Page 23: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

TELETRABALHO.

Redação anterior Nova redação

Art. 62 – Não são

abrangidos pelo regime

previsto neste capítulo:

X Art. 62. .....................

Nihil

OBS: Como os gerentes e

trabalhadores externos, o

empregado neste regime está

excluído do Capítulo II da

CLT que trata da jornada de

trabalho.

X III – os empregados em regime

de teletrabalho.

Page 24: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Contratos Especiais. Trabalho intermitente.

Redação anterior Nova redação

Art. 443 - O contrato individual de

trabalho poderá ser acordado tácita

ou expressamente, verbalmente ou

por escrito e por prazo determinado

ou indeterminado.

X Art. 443. O contrato individual de

trabalho poderá ser acordado tácita ou

expressamente, verbalmente ou por

escrito, por prazo determinado ou

indeterminado, ou para prestação de

trabalho intermitente.

Nihil X §3º Considera-se como intermitente o

contrato de trabalho no qual a prestação

de serviços, com subordinação, não é

contínua, ocorrendo com alternância de

períodos de prestação de serviços e de

inatividade, determinados em horas, dias

ou meses, independentemente do tipo de

atividade do empregado e do

empregador, exceto para os aeronautas,

regidos por legislação própria.

Page 25: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Contratos Especiais. Trabalho intermitente.

• Trabalho não contínuo = com alternância entre

períodos de atividade e inatividade;

• Designação de trabalho por horas, dias ou meses;

• Independentemente da atividade do empregado e

do empregador (pode ser em atividade fim);

• Exceção feita aos aeronautas que têm lei própria

Page 26: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Contratos Especiais. Trabalho intermitente.

Redaçã

o

anterior

Nova redação

NIHIL X Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado

por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de

trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário

mínimo ou àquele devido aos demais empregados do

estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato

intermitente ou não.

NIHIL X § 1o O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação

eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada,

com, pelo menos, três dias corridos de antecedência.

NIHIL X § 2o Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia

útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a

recusa.

NIHIL X § 3o A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins

do contrato de trabalho intermitente.

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Contratos Especiais. Trabalho intermitente.

• Contrato de trabalho escrito;

– Garantia do valor/hora equivalente ao salário mínimo

ou àquele pago na empresa por trabalhador que

exerça função equivalente.

• Convocação com antecedência (3 dias corridos);

• Resposta com antecedência (1 dia útil). Silêncio

= recusa. Recusa não implica insubordinação;

• O trabalhador terá uma multiplicidade de

tomadores. Logo, nem sempre estará à disposição

de um ou de outro.

Page 28: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Contratos Especiais. Trabalho intermitente.

Redação

anterior

Nova redação

Nihil X § 4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que

descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de

trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que

seria devida, permitida a compensação em igual prazo.

Nihil X § 5o O período de inatividade não será considerado tempo à

disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a

outros contratantes.

Nihil X § 6o Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado

receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas:

I - remuneração;

II - férias proporcionais com acréscimo de um terço;

III - décimo terceiro salário proporcional;

IV - repouso semanal remunerado; e

V - adicionais legais.

Page 29: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Contratos Especiais. Trabalho intermitente.

• § 4º - Auto-explicativo. Multa em caso dedescumprimento após firmado o pacto.

• § 5º - Reforça a noção de intermitência. Seficasse à disposição, então não seria intermitente.Possibilita a multiplicidade de tomadores.

• § 6º - Reforça a precariedade do vínculo, com opagamento das verbas contratuais ao término decada prestação de serviços. Dúvida fica quanto àsverbas rescisórias:

– Não há direito? Ou;

– Há direito após “XXX” tempo sem convocação?

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Contratos Especiais. Trabalho intermitente.

Redação

anteriorNova redação

Nihil X § 7o O recibo de pagamento deverá conter a discriminação

dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas

no § 6o deste artigo.

Nihil X § 8o O empregador efetuará o recolhimento da contribuição

previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo

de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no

período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do

cumprimento dessas obrigações.

Nihil X § 9o A cada doze meses, o empregado adquire direito a

usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias,

período no qual não poderá ser convocado para prestar

serviços pelo mesmo empregador.

Page 31: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Contratos Especiais. Trabalho intermitente.

• § 7º - Reforça o entendimento de que o Direito

do Trabalho não admite pagamento complessivo.

• § 8º - Auto-explicativo.

• § 9 – Parece ser um pouco demagógico, pois as

férias já foram remuneradas, com o abono

constitucional de 1/3, ao final de cada trabalho.

– Seria férias um “direito” de não trabalhar sem

receber?

Page 32: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Contrato a tempo parcial

Redação anterior Nova redação

Art. 58-A - Considera-se trabalho em

regime de tempo parcial aquele cuja

duração não exceda a vinte e cinco

horas semanais.

X Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime

de tempo parcial aquele cuja duração não

exceda a trinta horas semanais, sem a

possibilidade de horas suplementares

semanais, ou, ainda, aquele cuja duração

não exceda a vinte e seis horas semanais,

com a possibilidade de acréscimo de até seis

horas suplementares semanais

§ 1º - O salário a ser pago aos

empregados sob o regime de tempo

parcial será proporcional à sua jornada,

em relação aos empregados que

cumprem, nas mesmas funções, tempo

integral.

X IDEM

§ 2º - Para os atuais empregados, a adoção

do regime de tempo parcial será feita

mediante opção manifestada perante a

empresa, na forma prevista em

instrumento decorrente de negociação

coletiva.

X IDEM

Page 33: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Contrato a tempo parcial

• Não é novidade no Brasil.

• O limite era de 25 horas semanais.

• A reforma altera o limite para 30 horas semanais, sem

possibilidade de prorrogação de jorada ou 26 horas

normais com possibilidade de 06 horas extras.

• O salário é proporcional ao número de horas

trabalhadas, mas, deve ser equiparado ao empregado que

cumpre a mesma função em tempo integral. (Mantido)

• A modificação do regime de trabalho integral para

trabalho em tempo parcial deve ser feita por norma

coletiva (Mantido)

Page 34: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Contrato a tempo parcial

Redação

anterior

Nova redação

Nihil X § 3o As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão

pagas com o acréscimo de 50% (inqüenta por cento) sobre o salário-hora

normal.

Nihil X § 4o Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial

ser estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as

horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras

para fins do pagamento estipulado no § 3o, estando também limitadas a

seis horas suplementares semanais.

Nihil X § 5o As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser

compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua

execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês

subsequente, caso não sejam compensadas.

Nihil X § 6o É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial

converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono

pecuniário.

Nihil X § 7o As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no

art. 130 desta Consolidação.

Page 35: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Contrato a tempo parcial

• § 3º - A novidade é poder fazer horas extras. O adicionalde 50% é uma decorrência lógica da própriaConstituição Federal;

• § 4º - É óbvio que o limite normal é o contratual. Se ocontrato for por tempo inferior a 26 horas, este será olimite normal e o excedente continua sendo 06 horasextras por semana. Em outras palavras, o limite não será,sempre, 32 horas semanais (26 normais + 06 extras);

• § 5º - Sistema de compensação semanal. Pelo visto,dispensado acordo (já está autorizado). Novidade. Nasemana seguinte ao labor e não na própria semana.

• § 6º e 7º - Igualou o regime geral de férias para otrabalhador a tempo parcial.

Page 36: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

SEGUNDA PARTE

EMPREGADOS.

LEIS ESPECIAIS

Page 37: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Empregado Atípicos. Considerações iniciais.

• Como vimos, empregados atípicos são protegidos

pelo Direito do Trabalho, seus Princípios, suas

fontes e todo o seu arcabouço teórico.

• Apenas não são a eles aplicáveis os dispositivos

da CLT e, mesmo assim, esta inaplicabilidade

está restrita aos preceitos de ordem material.

• O regramento processual contido na CLT é

aplicável aos empregados atípicos.

Page 38: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Empregado Atípicos. Considerações iniciais.

• Estabelece o art. 7º da CLT:

• Art. 7º - Os preceitos constantes da presente Consolidação, salvoquando for, em cada caso, expressamente determinado emcontrário, não se aplicam:

• a) aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os queprestam serviços de natureza não-econômica à pessoa ou à família, no âmbitoresidencial destas;

• b) aos trabalhadores rurais, assim considerados aqueles que, exercendo funçõesdiretamente ligadas à agricultura e à pecuária, não sejam empregados ematividades que, pelos métodos de execução dos respectivos trabalhos ou pelafinalidade de suas operações, se classifiquem como industriais ou comerciais;

• c) aos funcionários públicos da União, dos Estados e dos Municípios e aosrespectivos extranumerários em serviço nas próprias repartições;

• d) aos servidores de autarquias paraestatais, desde que sujeitos a regime própriode proteção ao trabalho que lhes assegure situação análoga à dos funcionáriospúblicos.

Page 39: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Empregados domésticos.

• Estabelece o art. 1º da Lei Complementar 150/2015:– Art. 1o Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta

serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidadenão lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por maisde 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. .

• Daí podemos extrair os requisitos para caracterização doempregado doméstico:1. Pessoa física que presta serviços:

2. Subordinado;

3. Oneroso;

4. Pessoal;

5. A pessoa ou família

6. No âmbito residencial;

7. Desvinculado de atividade econômica.

8. Natureza continua (é diferente de habitual. No caso, mais de2x na semana).

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Empregados domésticos.

• Não há restrição quanto à atividade a ser exercida. Logo,

o trabalho doméstico não se restringe àqueles mais

conhecidos (limpar, lavar, passar, cozinhar, etc).

• Residência não é necessariamente domicílio. Uma

pessoa ou família pode ter várias residências. (Casa de

campo, casa de praia, etc).

• Portanto, são exemplos de empregados domésticos:

– O motorista particular;

– O caseiro de chácara de lazer;

– O caseiro da casa de praia;

– A auxiliar de enfermagem contratada para cuidar de pessoa da

família enferma;

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Empregados domésticos.

• REGULAMENTAÇÃO -Comentários

• Em relação à contratação:

– Vedada a contratação de menor de 18 anos.

Convenção sobre as piores formas de trabalho

(Convenção 182, OIT).

– Apresentar CTPS mediante contra recido e devolver

48 horas depois.

– É permitido o regime parcial até 25 horas (não

afetado pela reforma)

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Empregados domésticos.

• REGULAMENTAÇÃO -Comentários

• Contrato à prazo:

– Experiência de até 90 dias, podendo prorrogar uma

única vez desde que a soma dos dois períodos não

ultrapasse noventa dias.

– Para atender necessidades familiares de natureza

transitória e para substituição temporária de

empregado doméstico com contrato de trabalho

interrompido ou suspenso pelo prazo em que perdurar

a motivação da contratação, até no máximo de dois

anos.

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Empregados domésticos.

• REGULAMENTAÇÃO -Comentários

• Salário:

– Pode deduzir adiantamento salarial.

– Pode deduzir, até 20% do salário, pela inclusão em

plano de assistência médica, odontológica e

previdência privada.

– Não são salário “in natura” os itens mencionados

acima, assim como o fornecimento da residência.

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Empregados domésticos.

• REGULAMENTAÇÃO -Comentários

• Jornada de Trabalho

– Jornada de 08 horas diárias e 44 semanais, comadicional de no mínimo 50%.

– Intervalo de 01 a 02 horas, podendo ser reduzidomediante acordo individual para 30 minutos.

– Divisor 220 horas/mês, salvo se houver contrataçãode jornada menor. (Na realidade o divisor é obtidocom a seguinte formula: jornada semanal/6x30)

– Quando em viagem, considera-se apenas as horasefetivamente trabalhadas, mas só pode ser exigidomediate prévia pactuação.

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Empregados domésticos.

• REGULAMENTAÇÃO -Comentários

• Ainda quanto à Jornada:

– É obrigatório o registro de ponto (manual, mecânico ou

eletrônico, desde que idôneo).

– Adicional noturno idêntico ao da CLT: das 22:00 às 5:00, com

redução da hora noturma e acréscimo de 20%, inclusive para

horários mistos.

– Intervalo interjornada de 11 horas.

– DSR de 24 horas seguidas, preferencialmente aos domingos.

– As horas normais trabalhadas em viagem devem sofrer um

acréscimo de 25% em relação à hora normal.

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Empregados domésticos.

• REGULAMENTAÇÃO -Comentários

• Jornada de Trabalho. Compensação:

– Permitida a compensação por acordo escrito

– As primeiras 40 horas extras serão remuneradas oucompensadas pela redução da jornada ou folgasdentro do mês.

– As que superarem as primeiras 40 horas extraspoderão ser compensadas em até um ano.

– Domingos e feriados trabalhados, quando nãocompensados, serão pagos em dobro.

– Permitida a contratação direta do regime 12 x 36.

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Empregados domésticos.

• REGULAMENTAÇÃO -Comentários

• Férias:

– Férias de 30 dias, com abono de 1/3. Pode ser

dividida a concessão, a critério exclusivo do

empregador, em dois períodos, sendo um deles de no

mínimo 14 dias. O empregado que reside no local de

trablaho pode ali permanecer nas férias.

– Serão proporcionais em caso de contrato a tempo

parcial.

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Empregados domésticos.

• REGULAMENTAÇÃO -Comentários

• Rescisão do contrato de trabalho:

– Aviso prévio proporcional 30 + 3 dias para cada ano completo de trabalho.

– A confirmação da gravidez, ainda que no curso do aviso prévio trabalhadoou indenizado, garante emprego.

– Seguro desemprego de um salário mínimo por no máximo 3 meses.

– Justa causa como na CLT + submissão a maus tratos de idoso, de enfermo,de pessoa com deficiência ou de criança sob cuidado direto ou indireto doempregado e sem violação a segredo da empresa.

– Rescisão indireta como na CLT + o empregador praticar qualquer dasformas de violência doméstica ou familiar contra mulheres de que trata oart. 5o da Lei no 11.340, de 7 de agosto de 2006. e – redução de trabalhoquando a remuneração for variável.

– FGTS já com 3,2% recativos à indenização compensatória pela dispensasem justa causa do empregado ou rescisão indireta. Em outras hipóteses ovalor relativo a este recolhimento será movimentado peloempregador.

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Empregados domésticos.

• REGULAMENTAÇÃO -Comentários

• Outras considerações:– Aplica-se a CLT subsidiariamente, observadas as peculiaridades do trabalho doméstico.

– Instituído o “simples doméstico” que, em um único documento propiciará o recolhimento de:

• I - 8% (oito por cento) a 11% (onze por cento) de contribuição previdenciária, a cargo dosegurado empregado doméstico, nos termos do art. 20 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de1991;

• II - 8% (oito por cento) de contribuição patronal previdenciária para a seguridade social,a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei no 8.212, de 24 de julhode 1991;

• III - 0,8% (oito décimos por cento) de contribuição social para financiamento do segurocontra acidentes do trabalho;

• IV - 8% (oito por cento) de recolhimento para o FGTS;

• V - 3,2% (três inteiros e dois décimos por cento), na forma do art. 22 desta Lei; e

• VI - imposto sobre a renda retido na fonte de que trata o inciso I do art. 7o da Lei no7.713, de 22 de dezembro de 1988, se incidente.

– Sendo que I e VI são descontados pelo empregado. Deve fornecer mensalmente cópia dosrecolhimentos efetuados.

• O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalhoprescreve em 5 (cinco) anos até o limite de 2 (dois) anos após a extinção docontrato de trabalho.

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Empregados domésticos.

• A primeira fonte legislativa do empregadodoméstico é o art. 7º, parágrafo único da CF;

• Caso a hipótese discutida não esteja presente nodispositivo constitucional, deve ser consultada aLei Complementar 150/2015;

• O fundamento para o tratamento diferenciadodeste empregado sempre foi o fato de não estarinserido em atividade econômica do empregador.

• Por tal razão, alguns direitos não foramconsiderados auto-aplicáveis aos empregadosdomésticos.

Page 51: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Empregado rural.

• Estabelece o art. 2º da Lei 5.889/73:– Art. 2º Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou

prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural,

sob a dependência deste e mediante salário.

– Daí podemos extrair os requisitos para caracterização

do empregado Rural:

1.Os mesmos da CLT (Pessoa física, não eventualidade,

dependência e salário);

2.No âmbito Rural;

3.Atividade econômica que não altera a matéria prima.

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Empregado rural.

• A primeira fonte legislativa do empregado Rural

é o art. 7º da CF:– Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de

outros que visem à melhoria de sua condição social:

• Caso a hipótese discutida não esteja presente no

dispositivo constitucional, deve ser consultada a

Lei 5.889/72.

Page 53: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Empregado temporário.

• O Trabalho temporário é regido pela Lei 6.019/74.

• O empregado temporário é empregado e, portanto, nãose confunde com a figura do trabalhador eventual e nemdo trabalhador avulso (que serão vistas mais adiante).

• Requisitos:

– Intermediação da mão-de-obra por interposta pessoa;

– Prazo determinado (180 dias, consecutivos ou não, prorrogávelpor mais 90 dias, consecutivos ou não);

– Carência de 90 dias para voltar ao mesmo tomador.

– Contrato escrito com o motivo que deu causa à contratação.

– Motivos específicos:

• Substituição temporária de mão-de-obra permanente;

• Demanda complementar de serviços

Page 54: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Empregado temporário.

• Por demanda complementar de serviços pode-se

entender:

– Fatores imprevisíveis;

– Fatores previsíveis de natureza intermitente, periódica

ou sazonal.

• Sendo contrato por prazo determinado, há que se

fixar o termo (certo ou incerto), não sendo válida

a cláusula que fixa o prazo “até 180 dias” posto

que, neste caso, há indeterminação do prazo.

Page 55: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Empregado temporário.

• Principais direitos:

– Registro em CTPS;

– Inclusão na Previdência Social;

– Remuneração equivalente aos empregados da tomadora;

– Férias proporcionais, com 1/3;

– 13º salário proporcional;

– FGTS;

– Indenização por dispensa sem justa causa (antes do término do

prazo, portanto) de 1/12 por mês trabalhado;

– DSR’s, jornada de trabalho e adicional noturno.

– Responsabilidade subsidiária da contratante em qualquer caso

(antes era solidária em caso de falência da fornecedora).

Page 56: MÓDULO II SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO.€¦ · Redação anterior Nova redação Nihil X §4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem

Empregado temporário.

• Primeira situação jurídica de contratação por

interposta pessoa, que, futuramente, veio a

ensejar o modelo de terceirização.

Empresa fornecedora de mão de obra

EMPREGADO

TOMADOR

DE

SERVIÇOS

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DIREITO DO TRABALHO

TRABALHADOR NÃO EMPREGADO.

Prof. Antero Arantes Martins

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Trabalhador não empregado. Introdução.

• Trabalhadores não empregados devem ser estudados,

principalmente, sob o aspecto de suas características e

diferenças em relação aos empregados.

• Como vimos anteriormente, são trabalhadores não

empregados:

• Autônomos;

• Eventuais;

• Avulsos;

• Cooperados;

• Estagiários;

• Voluntário;

• Funcionários públicos

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Trabalhador não empregado. Autônomo.

• O trabalhador autônomo é pessoa física, pode serhabitual e até pessoal, normalmente é oneroso.

• O que o autônomo não pode ter é subordinaçãojurídica.

• A presença da subordinação jurídica é o traçodiferenciador entre um trabalhador autônomo eum trabalhador empregado.

• Subordinação jurídica é a transferência do modusoperandi do trabalho para o tomador de serviços.O autônomo não a transfere. O empregadotransfere.

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Autônomo exclusivo e Permanente.

Redação anterior Nova redação

INEXISTENTE X Art. 442-B. A contratação do

autônomo, cumpridas por este

todas as formalidades legais,

com ou sem exclusividade, de

forma contínua ou não, afasta a

qualidade de empregado prevista

no art. 3o desta Consolidação.

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Autônomo exclusivo e Permanente.

• Este artigo não diz que um empregado,contratado com o nome de autônomo, passa aser autônomo.

• Se a interpretação for esta, sequer precisaria deoutros itens para reforma. Bastaria este artigopara acabar com o direito do trabalho no Brasilporque, qualquer um sabe fazer um contratoformal e cumprir todas as formalidades legaispara que, na aparência, todos os trabalhadoresfossem autônomos, ou seja, não empregados, eassim, não tivessem direitos trabalhistas.

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Autônomo exclusivo e Permanente.

• Na correta interpretação, conforme com a ConstituiçãoFederal e Princípios Gerais do Direito, é de se concluirque:– a) Se não cumprir as formalidades legais não é autônomo,

logo, é empregado;

– b) Se cumprir as formalidades legais, então vamos analisarse havia subordinação jurídica, já que esta condição, afasta aqualidade de autônomo e, portanto, o movimento é defraude e, assim, rechaçado pelo art. 9º da CLT que aindaestá em vigor.

• Isto porque é princípio da ciência jurídica que o direitonão agasalha a fraude e não festeja a malícia.

• Ex: Representante comercial: Deve ter contrato escrito e deveestar registrado no respectivo Conselho Regional, nos termos daLei 4.886/65 .

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Trabalhador não empregado. Eventual.

• O trabalhador eventual é pessoa física, pode ser

subordinado e até pessoal, normalmente é

oneroso.

• O que o eventual não pode ter é habitualidade.

• A presença da habitualidade é o traço

diferenciador entre um trabalhador eventual e um

trabalhador empregado.

• Habitualidade é a reiteração do trabalho no

tempo com certa previsibilidade. O trabalho

habitual não está relacionado com um evento.

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Trabalhador não empregado. Avulso.

• Portaria 3.107/71 do Ministério do Trabalho e

Previdência social define:• Entende-se como trabalhador avulso, no âmbito do sistema geral da

previdência social, todo trabalhador sem vínculo empregatício que,

sindicalizado ou não, tenha a concessão de direitos de natureza

trabalhista executada por intermédio da respectiva entidade de classe”

• O trabalhador Avulso tem como características:

– Interposição de mão-de-obra pelo sindicato ou associação de

classe;

– Remuneração por rateio

• O art. 7º, inciso XXXIV estabelece:• XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo

empregatício permanente e o trabalhador avulso.

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Trabalhador não empregado. Avulso.

• No Brasil, apenas os portuários estão organizados sobesta modalidade de trabalho. Os direitos trabalhistasgarantidos aos avulsos devem ser satisfeitos pelosindicato.

• A Lei do Trabalho Portuário (Lei nº 8.630/93) criou oOGMO – Órgão Gestor de Mão-de-obra que faz a gestãoda mão-de-obra portuária.

• Tem todos os direitos trabalhistas, inclusive oreconhecimento das convenções e acordos coletivos.

• Mesmo antes da Constituição Federal, o STF já haviafixado jurisprudência no sentido de que os conflitosenvolvendo o trabalhador avulso deveriam ser dirimidospela Justiça do Trabalho.

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Trabalhador não empregado. Cooperados.

• As cooperativas são regidas pela Lei 5.764/70.

• A condição de cooperado exige:

– A dupla qualidade: de prestador de serviços edestinatário dos serviços. Em outras palavras, acooperativa presta serviços ao cooperado e tambémpelo cooperado;

– Autonomia na prestação de serviços;

– Retribuição equivalente ao trabalho prestado(remuneração por unidade de produção);

– Rateio de sobras e lucros entre os cooperados;

– Participação efetiva na destinação da sociedade, coma plena capacidade de votar e ser votado.

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Trabalhador não empregado. Cooperados.

• As cooperativas nunca foram objeto de grande

aplicabilidade prática até o advento da Lei 8.949/94 que

acrescentou o parágrafo único ao art. 442 da CLT:• Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade

cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus

associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela.

• Este dispositivo, entretanto, não pode ser analisado

isoladamente. Há que ser interpretado em consonância

com os requisitos da cooperativa válida (já vistos), o art.

3º da CLT (características do empregado) e, em especial,

com o art. 9º da CLT.

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Trabalhador não empregado. Cooperados.

• Estabelece o art. 9º da CLT:• Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados

com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar aaplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.

• O Direito não festeja a malícia e não dá asas àfraude.

• A adesão a uma cooperativa é uma verdadeformal. A verdade material (ou real, comopreferem os doutos) é que deve ser investigada, afim de verificar que este ato não foi praticadoapenas com o objetivo de desvirtuar, impedir oufraudar a aplicação da CLT.

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Trabalhador não empregado. Estagiário.

• Contrato de Estágio estabelece uma relação de trabalho atípica,posto que o objeto principal da relação não é o trabalho e nem aremuneração, mas, sim, o aprendizado.

• Esta situação já estava bastante caracterizada na Lei nº 6.494/77:

– “Art. 1º - ...

– § 1º - ...

– § 2º - O estágio somente poderá verificar-se em unidades que tenhamcondições de proporcionar experiência prática na linha de formação doestagiário, devendo o aluno estar em condições de realizar o estágio,segundo o disposto na regulamentação da presente Lei.

– § 3º - Os estágios devem propiciar a complementação do ensino e daaprendizagem e ser planejados, executados, acompanhados e avaliados emconformidade com os currículos, programas e calendários escolares.”.

– (Sem destaques no original)

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Trabalhador não empregado. Estagiário.

• E assim continuou na nova Lei:

– Art. 1o Estágio é ato educativo escolar

supervisionado, desenvolvido no ambiente de

trabalho,

• Daí porque o foco inicial nesta relação é o

aprendizado e não a mão-de-obra “barata” que se

obtém em decorrência do estágio.

• O Trabalho, assim, é o meio, o instrumento, para

alcançar o fim, que é o aprendizado.

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Trabalhador não empregado. Estagiário.

• A “vantagem” que a parte concedente (empresas, órgãos

públicos, etc) obtém ao conceder o estágio é a

possibilidade de formatar a mão-de-obra do modo que

lhe melhor pareça para aproveitamento futuro deste

material humano e este o foco que deve ser emprestado.

• A “vantagem” do estagiário, por sua vez, não é a bolsa

auxílio e, sim, o aprendizado complementar que lhe

tornará um profissional melhor.

• Um contrato de estágio válido não cria vínculo de

emprego. Entretanto, para que seja válido é necessário

que (Art. 3º):

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Trabalhador não empregado. Estagiário.

– I – matrícula e freqüência regular do educando em

curso de educação superior, de educação profissional,

de ensino médio, da educação especial e nos anos

finais do ensino fundamental, na modalidade

profissional da educação de jovens e adultos e

atestados pela instituição de ensino;

– II – celebração de termo de compromisso entre o

educando, a parte concedente do estágio e a

instituição de ensino;

– III – compatibilidade entre as atividades

desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo

de compromisso.

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Trabalhador não empregado. Estagiário.

• O primeiro requisito é óbvio e não merece maiorescomentários. Quem não é aluno não pode ser estagiário.

• O segundo requisito estabelece que esta é uma relaçãoformal. O contrato é escrito e trilateral, com intervençãoobrigatória da instituição de ensino. Trata-se de formaprevista em Lei sem a qual o ato jurídico não seaperfeiçoa (art. 104, III do Código Civil) e porconseqüência é nulo (art. 166, IV do Código Civil).

• O terceiro requisito é de natureza material e retrata o queaté aqui foi exposto. É a compatibilidade entre o que seestuda e o que se faz no estágio que asseguro que este“trabalho” é, na verdade, o meio e não a finalidade docontrato de estágio

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Trabalhador não empregado. Estagiário.

• A novidade, entretanto, está no § 1º do art. 3º da Lei: É a criaçãodas figuras do “supervisor” da parte concedente e do “professororientador” na instituição de ensino tudo comprovado por vistosnos relatórios periódicos de atividades do estagiário e por mençãode aprovação final.

• Não obstante, como visto, o objetivo do contrato de estágio nãoseja o trabalho e a remuneração, verifica-se uma excessivautilização desvirtuada do contrato de estágio, houve necessidadede alteração da legislação anterior, estabelecendo novosparâmetros que, de certa forma, procuram aproximar a relação deestágio da relação de emprego. Estas modificações, entretanto,não tem o condão de alterar a natureza jurídica da relação.

• Não se trata de contrato afeto ao Direito do Trabalho e, porconseqüência, a ele são inaplicáveis os Princípios e diretrizes deinterpretação

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Trabalhador não empregado. Estagiário.

• Apenas o desvirtuamento do contrato de estágio éque acarreta no reconhecimento do vínculo deemprego, à luz do § 2º do art. 3º da Lei.

• No que tange às principais novidades valedestacar:

– Direitos do estagiário:

– Bolsa obrigatória para estágios não obrigatórios;

– Limitação da jornada de trabalho;

– Redução da jornada de trabalho quando em época deprovas e exames;

– Recesso anual remunerado integral ou proporcional

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Trabalhador não empregado. Estagiário.

• Limites do contrato

– Tempo não superior a dois anos, salvo ao deficiente;

– Cota de estagiários em relação ao número de

empregados, segundo tabela contida na Lei

• O descumprimento de quaisquer das condições

tem previsão legal específica:

– Art. 15. A manutenção de estagiários em

desconformidade com esta Lei caracteriza vínculo de

emprego do educando com a parte concedente do

estágio para todos os fins da legislação trabalhista e

previdenciária.

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Trabalhador não empregado. Estagiário.

• Este artigo não se refere apenas aos requisitos do artigo

3º da Lei, posto que, para aqueles requisitos, há previsão

específica contida no § 2º do mesmo artigo de

caracterização do vínculo de emprego. Se assim fosse, o

art. 15 seria inútil e, a regra de hermenêutica estabelece

que a lei não contém dispositivos inúteis.

• Assim, por óbvio, a penalidade do art. 15 refere-se ao

descumprimento de outros requisitos que não aqueles

relacionados no art. 3º.

• Questão interessante está relacionada à redução da carga

horária no período de provas e exames de que trata o art.

10, § 2º: Poderá ser acompanhada da redução da bolsa?

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Trabalhador não empregado. Estagiário.

• Crítica: O limite de dois anos vai impedir a

contratação de quem está há mais de dois anos da

formatura pelas partes concedentes que realmente

atendem ao objetivo do contrato que é o

direcionamento da mão-de-obra para o formato

de profissional que desejam. Não tem sentido

algum

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Trabalhador não empregado. Voluntário.

• O trabalho voluntário é regido pela Lei 9.608/98.

• É o trabalho com ânimo e causa benevolentes.

• O objetivo buscado, neste caso, não é opagamento e sim a prática da benemerência.

• O traço diferenciador, aqui, é a intencionalidade.

• A contratação de trabalhador com animus deremuneração afasta o trabalho voluntário, aindaque nenhum salário tenha sido pago ao mesmo.Neste caso, o vínculo de emprego deve serreconhecido e deve haver condenação nopagamento dos salários atrasados.

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Trabalhador não empregado. Funcionário Público.

• Servidor Público é gênero que tem como espécieso funcionário público e o empregado público.

• O funcionário público é aquele que se vincula àadministração pública por meio do regimeestatutário, regido pelo Direito Administrativo.Não é empregado e não tem Justiça do Trabalho,segundo liminar concedida pelo STF em ADINproposta contra o art. 114, I da CF.

• O empregado público vincula-se à administraçãopública por mio do regime da CLT, regido peloDireito do Trabalho.

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Trabalhador não empregado. Funcionário Público.

• Ambos devem prestar concurso público (art. 37, II, CF).

• Todo cargo público é criado por Lei. A lei que cria o

cargo público é que estabelece o regime que o regerá (D.

Público, estatutário ou D. Privado, “celetista”).

• O Estatuto do Regime Único do servidor Público

Federal (Lei 8.112/90) estabelece que, para a União

Federal, o regime deve ser o estatutário. Exceção feita às

empresas públicas e sociedades de economia mista que,

por força do art. 173, § 1º, II da CF devem ser

submetidas ao regime das empresas privadas.

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