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MÓDULO Outubro 2015 1º ao 6º ano Módulo e Guia de Língua Portuguesa

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Outubro 20151ordm ao 6ordm ano

Moacutedulo e Guia de Liacutengua Portuguesa

Outubro 2015

REPUacuteBLICA DA GUINEacute-BISSAU

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO NACIONAL

Outubro 20151ordm ao 6ordm ano

Moacutedulo e Guia de Liacutengua Portuguesa

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Projecto Melhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesico 5

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Nacional

Instituto Nacional para o Desenvolvimento da EducaccedilatildeoProjecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesico 1ordm ao 6ordm Anordquo

Direcccedilatildeo Pedagoacutegica

Maria de Faacutetima Silva B OliveiraDirectora Geral do INDE

Tiacutetulo

Moacutedulo e Guia de Liacutengua Portuguesa

Autor

Domingos Gomes

Coordenaccedilatildeo Teacutecnica e Pedagoacutegica

Maria Joseacute NovoaAlexandre Furtado

Coordenaccedilatildeo do Projecto

Marcelina Santos Baacute

Capa arranjos graacuteficos e fotografias

Fernando Demba BaldeacuteFotografias

Autor(es) eou retiradas da internet

Maquetizaccedilatildeo

Maacuterio Joseacute Oacutescar

Ilustraccedilatildeo

Luiacutes Alberto Balata1ordf Ediccedilatildeo

Bissau 2015

Ficha Teacutecnica

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

ml_diop
Typewritten text
SN2015EDPIH1

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

Moacutedulo e Guia de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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Nota preacutevia

Agradecimento ao Governo Italiano pelo financiamento deste projecto implementado pela UNESCO e o Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Nacional da Guineacute- Bissau Agradecimento ao grupo do Banco Africano de Desenvolvimento que forneceu e aceitou o uso de materiais de formaccedilatildeo de professores desenvolvidos no acircmbito do Projecto de Educaccedilatildeo III As constataccedilotildees interpretaccedilotildees e conclusotildees neste documento natildeo reflectem necessariamente os pontos de vista da UNESCO do Banco Africano de Desenvolvimento ou do Governo da Guineacute-Bissau Este material natildeo eacute um documento final por isso satildeo bem-vindas sugestotildees de melhoria

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

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Projecto Melhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesico

Moacutedulo e Guia de Ciecircncias Integradas

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Moacutedulo

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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INTRODUCcedilAtildeO 10COMO UTILIZAR O MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 11ESTRUTURA DO MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 12FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 13MOacuteDULO I 14EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 14MOacuteDULO II 26COMPREENSAtildeO DA LEITURA 26MOacuteDULO III 41EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 41REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 54

IacuteNDICE

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Moacutedulo integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Moacutedulo um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios Apresenta tambeacutem algumas propostas para desenvolver o conhecimento expliacutecito da liacutengua (funcionamento da liacutengua)

Este Moacutedulo faz-se acompanhar de um Guia onde oa formadora e o professora encontram sugestotildees de estrateacutegias e orientaccedilotildees metodoloacutegicas para o desenvolvimento da expressatildeo e da compreensatildeo do oral e da escrita Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalho O autor

INTRODUCcedilAtildeO

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por - inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar

se os professores planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas - professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de saber

na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados mo-mentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas pro-fessoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base por um texto teoacuterico e por um conjunto de situaccedilatildeo didaacutecticas (actividades de in-tegraccedilatildeo parcial) e ou situaccedilotildees problema Em quase todas as actividades estaacute indicado o puacuteblico-alvo no entanto oa professora pode recriaacute-las para outras classes Caberaacute aoagrave professora selecionar e adaptar as actividades ao seu plano de aula isto eacute aos saber saber-fazer e saber- ser a desenvolver

ESTRUTURA DO MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do conhecimen-to expliacutecito da liacutengua

FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

A Importacircncia do Oral

A Liacutengua Portuguesa eacute a liacutengua oficial e de escolarizaccedilatildeo na Guineacute-Bissau assim o seu domiacutenio revela-se fundamental para o acesso ao conhecimento para o sucesso escolar para a interacccedilatildeo com indiviacuteduos que a falam e para o exerciacutecio da cidadania Assim oa formadora oa professora ou oa alunoa devem possuir uma boa expressatildeo e compreensatildeo niacutevel oral e escrito e aplicar as normas graacuteficas e gramaticais a ela inerentes

Compreensatildeo oral

bull Capacidade para atribuir significado a enunciados orais (em Liacutengua Portuguesa)

bull Esta competecircncia envolve a recepccedilatildeo e a descodificaccedilatildeo da mensagem atraveacutes do acesso ao conhecimento organizado na memoacuteria A compreensatildeo oral implica o reconhecimento da situaccedilatildeo a captaccedilatildeo do sentido (intenccedilatildeo) e da funccedilatildeovalor dos indiacutecios visuais e prosoacutedicos (entoaccedilatildeo silecircncios pausas variaccedilotildees de ritmo)

bull No domiacutenio da compreensatildeo do oral osas alunos deveratildeo desenvolver competecircncias de escuta para serem capazes de extrair informaccedilatildeo dos textos ouvidos Para tal eacute fundamental a realizaccedilatildeo de atividades que partindo de discursos com diferentes graus de formalidade e complexidade ensinem osas alunosas a escutar a reter e a registar informaccedilatildeo pertinente

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bull A aprendizagem sistemaacutetica de vocabulaacuterio eacute indispensaacutevel para compreender os discursos ouvidos e para promover o alargamento do vocabulaacuterio doa alunoa

bull Deve haver uma evoluccedilatildeo de situaccedilotildees informais de comunicaccedilatildeo para situaccedilotildees progressivamente mais formais

bull Oa alunoa deve ir aprendendo a preparar o seu discurso a apresentaacute-lo e a agir em funccedilatildeo das reaccedilotildees do puacuteblico

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 1 Compreensatildeo oral ndash progressatildeo

Fig 1 Palavras-chave para o desenvolvimento da compreensatildeo oral

Escutar ReterRegistarinformaccedilatildeo pertinente

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Expressatildeo oral

Capacidade para produzir sequecircncias foacutenicas dotadas de sentido e conformes agrave gramaacutetica da liacutengua

Esta competecircncia que implica e pressupotildee

bull Mobilizaccedilatildeo de saber linguiacutesticos (fonoloacutegicos morfossintaacutecticos semacircnticos)

bull Mobilizaccedilatildeo de saber sociais (regras discursivas culturais que regem o uso da palavra em funccedilatildeo dos contextos)

bull Atitude cooperativa na interaccedilatildeo comunicativa e conhecimento dos papeacuteis desempenhados pelo falante em cada situaccedilatildeo

bull Oa professora deveraacute proporcionar aosas alunosas situaccedilotildees expliacutecitas de aprendizagem de teacutecnicas de expressatildeo oral e de mobilizaccedilatildeo de novos vocaacutebulos

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 2 Expressatildeo oral ndash progressatildeo

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Compreensatildeo do Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Actividade 1

Tiacutetulo A histoacuteria da atenccedilatildeoInvente uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoA Histoacuteria da atenccedilatildeordquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Seleccionar informaccedilatildeo essencialbull Apropriar-se de novos vocaacutebulosbull Recontar textos orais

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm ciclo

Destinataacuterios Alunos do 1ordm ciclo

Exemplo de um jogo que pode ser criado para desenvolver os Saber-fazer citados Materiais objetos de vaacuterias dimensotildees e texturas uma cesta

Actividade 2

Tiacutetulo Objectos que contam histoacuteriasReuacutena um conjunto de objectos e peccedila aos seus formandosalunos que in-ventem uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoObjectos que contam histoacuteriasrdquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Identificar objectos e a sua funcionalidadebull Compreender e realizar tarefas simples de acordo com as instruccedilotildees verbais

dadasbull Reconhecer e seguir a instruccedilotildees

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Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Expressatildeo Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Descriccedilatildeo

1- Preparaccedilatildeo bull Oa professora prepara uma cesta com uma seacuterie de objetos

2- Execuccedilatildeo bull Na sala de aula oa professora com as crianccedilas colocadas em ciacuterculo

e solicita a cada crianccedila que tire um objecto do cesto sem olhar bull OA professora formula afirmaccedilotildees e osas alunosas confirma ou

negam a afirmaccedilatildeo Natildeo a afirmaccedilatildeo natildeo eacute verdadeira osas alunosas devem apresentar a resposta correcta por exemplo

minus O Pedro tem um automoacutevel grande ndash professora - Natildeo O Pedro tem uma bola minus A Maria tirou uma caixa cheia de materiais de pintura minus A Maimuna tem um laacutepis azul - professora Natildeo a Maimuna tem uma

caixa de laacutepis

3- Conclusatildeo bull Finda esta fase as crianccedilas devem voltar a colocar os objetos na cesta

O jogo recomeccedila com novas instruccedilotildees por exemplo

bull OA professora pede agraves crianccedilas que retirem da cesta um objecto com determinadas caracteriacutesticas por exemplo

minus Bedam escolhe um objecto que seja redondo ndash pede oa professora minus Mariama retira um brinquedo de madeira que seja azul ndash pede oa professora bull A crianccedila deve retirar um objeto agrave sua escolha dentro das condiccedilotildees propostas bull De seguida quando todas as crianccedilas tiverem um objecto oa pro-

fessora deve incentivar cada uma das crianccedilas a criar uma pequena histoacuteria agrave volta do objecto que tecircm na sua posse

bull Oa professora apoia osas alunos na fase de planificaccedilatildeo da histoacuteria colocando-lhes questotildees por exemplo

minus O que podes fazer com esse objecto minus Tens esse objecto em casa minus E algum parecido minus Costumas brincar com ele minus Onde eacute que podemos encontraacute-lo

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Atividade 2

Jogo Quem manda aqui eacute rei

Saber-fazerbull Compreender e aplicar regras de um jogobull Expressar-se livremente

Destinataacuterios Alunos as do 1ordm ciclo

Descriccedilatildeo 1 Preparaccedilatildeo bull OA professora explica agraves crianccedilas as regras do jogo que iraacute realizar-se minus Um dos alunos eacute eleito rei ou rainha minus O rei ou a rainha tecircm poder sobre os seus servos e todos os seus desejos

devem ser realizados Deste modo todas as ordens dadas pelo rei ou pela rainha devem ser respeitadas de imediato

minus As ordens tecircm de ser dadas da seguinte forma ldquoO(a) rei (rainha) man-dahelliprdquo (exemplo ldquoO rei manda saltarrdquo ou ldquoA rainha manda correrrdquo)

minus Apoacutes trecircs ordens o reia rainha deve ceder o seu lugar a outroa alunoa

Nota Se osas alunosas revelarem dificuldades oa professora pode apoiaacute-los colocando-lhes questotildees como

1 O que vecirc na figura 2 Quantos ovos estatildeo no cesto3 E que cor satildeo os ovos que estatildeo no cesto

Actividade 1

Observe a figura 1 e descreva oralmente o que vecirc

Fig 2 Cesto com ovos

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

Outubro 2015

REPUacuteBLICA DA GUINEacute-BISSAU

MINISTEacuteRIO DA EDUCACcedilAtildeO NACIONAL

Outubro 20151ordm ao 6ordm ano

Moacutedulo e Guia de Liacutengua Portuguesa

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Projecto Melhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesico 5

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Nacional

Instituto Nacional para o Desenvolvimento da EducaccedilatildeoProjecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesico 1ordm ao 6ordm Anordquo

Direcccedilatildeo Pedagoacutegica

Maria de Faacutetima Silva B OliveiraDirectora Geral do INDE

Tiacutetulo

Moacutedulo e Guia de Liacutengua Portuguesa

Autor

Domingos Gomes

Coordenaccedilatildeo Teacutecnica e Pedagoacutegica

Maria Joseacute NovoaAlexandre Furtado

Coordenaccedilatildeo do Projecto

Marcelina Santos Baacute

Capa arranjos graacuteficos e fotografias

Fernando Demba BaldeacuteFotografias

Autor(es) eou retiradas da internet

Maquetizaccedilatildeo

Maacuterio Joseacute Oacutescar

Ilustraccedilatildeo

Luiacutes Alberto Balata1ordf Ediccedilatildeo

Bissau 2015

Ficha Teacutecnica

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

ml_diop
Typewritten text
SN2015EDPIH1

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Nota preacutevia

Agradecimento ao Governo Italiano pelo financiamento deste projecto implementado pela UNESCO e o Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Nacional da Guineacute- Bissau Agradecimento ao grupo do Banco Africano de Desenvolvimento que forneceu e aceitou o uso de materiais de formaccedilatildeo de professores desenvolvidos no acircmbito do Projecto de Educaccedilatildeo III As constataccedilotildees interpretaccedilotildees e conclusotildees neste documento natildeo reflectem necessariamente os pontos de vista da UNESCO do Banco Africano de Desenvolvimento ou do Governo da Guineacute-Bissau Este material natildeo eacute um documento final por isso satildeo bem-vindas sugestotildees de melhoria

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Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

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Projecto Melhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesico

Moacutedulo e Guia de Ciecircncias Integradas

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INTRODUCcedilAtildeO 10COMO UTILIZAR O MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 11ESTRUTURA DO MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 12FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 13MOacuteDULO I 14EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 14MOacuteDULO II 26COMPREENSAtildeO DA LEITURA 26MOacuteDULO III 41EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 41REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 54

IacuteNDICE

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Moacutedulo integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Moacutedulo um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios Apresenta tambeacutem algumas propostas para desenvolver o conhecimento expliacutecito da liacutengua (funcionamento da liacutengua)

Este Moacutedulo faz-se acompanhar de um Guia onde oa formadora e o professora encontram sugestotildees de estrateacutegias e orientaccedilotildees metodoloacutegicas para o desenvolvimento da expressatildeo e da compreensatildeo do oral e da escrita Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalho O autor

INTRODUCcedilAtildeO

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por - inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar

se os professores planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas - professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de saber

na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados mo-mentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas pro-fessoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base por um texto teoacuterico e por um conjunto de situaccedilatildeo didaacutecticas (actividades de in-tegraccedilatildeo parcial) e ou situaccedilotildees problema Em quase todas as actividades estaacute indicado o puacuteblico-alvo no entanto oa professora pode recriaacute-las para outras classes Caberaacute aoagrave professora selecionar e adaptar as actividades ao seu plano de aula isto eacute aos saber saber-fazer e saber- ser a desenvolver

ESTRUTURA DO MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do conhecimen-to expliacutecito da liacutengua

FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

A Importacircncia do Oral

A Liacutengua Portuguesa eacute a liacutengua oficial e de escolarizaccedilatildeo na Guineacute-Bissau assim o seu domiacutenio revela-se fundamental para o acesso ao conhecimento para o sucesso escolar para a interacccedilatildeo com indiviacuteduos que a falam e para o exerciacutecio da cidadania Assim oa formadora oa professora ou oa alunoa devem possuir uma boa expressatildeo e compreensatildeo niacutevel oral e escrito e aplicar as normas graacuteficas e gramaticais a ela inerentes

Compreensatildeo oral

bull Capacidade para atribuir significado a enunciados orais (em Liacutengua Portuguesa)

bull Esta competecircncia envolve a recepccedilatildeo e a descodificaccedilatildeo da mensagem atraveacutes do acesso ao conhecimento organizado na memoacuteria A compreensatildeo oral implica o reconhecimento da situaccedilatildeo a captaccedilatildeo do sentido (intenccedilatildeo) e da funccedilatildeovalor dos indiacutecios visuais e prosoacutedicos (entoaccedilatildeo silecircncios pausas variaccedilotildees de ritmo)

bull No domiacutenio da compreensatildeo do oral osas alunos deveratildeo desenvolver competecircncias de escuta para serem capazes de extrair informaccedilatildeo dos textos ouvidos Para tal eacute fundamental a realizaccedilatildeo de atividades que partindo de discursos com diferentes graus de formalidade e complexidade ensinem osas alunosas a escutar a reter e a registar informaccedilatildeo pertinente

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bull A aprendizagem sistemaacutetica de vocabulaacuterio eacute indispensaacutevel para compreender os discursos ouvidos e para promover o alargamento do vocabulaacuterio doa alunoa

bull Deve haver uma evoluccedilatildeo de situaccedilotildees informais de comunicaccedilatildeo para situaccedilotildees progressivamente mais formais

bull Oa alunoa deve ir aprendendo a preparar o seu discurso a apresentaacute-lo e a agir em funccedilatildeo das reaccedilotildees do puacuteblico

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 1 Compreensatildeo oral ndash progressatildeo

Fig 1 Palavras-chave para o desenvolvimento da compreensatildeo oral

Escutar ReterRegistarinformaccedilatildeo pertinente

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Expressatildeo oral

Capacidade para produzir sequecircncias foacutenicas dotadas de sentido e conformes agrave gramaacutetica da liacutengua

Esta competecircncia que implica e pressupotildee

bull Mobilizaccedilatildeo de saber linguiacutesticos (fonoloacutegicos morfossintaacutecticos semacircnticos)

bull Mobilizaccedilatildeo de saber sociais (regras discursivas culturais que regem o uso da palavra em funccedilatildeo dos contextos)

bull Atitude cooperativa na interaccedilatildeo comunicativa e conhecimento dos papeacuteis desempenhados pelo falante em cada situaccedilatildeo

bull Oa professora deveraacute proporcionar aosas alunosas situaccedilotildees expliacutecitas de aprendizagem de teacutecnicas de expressatildeo oral e de mobilizaccedilatildeo de novos vocaacutebulos

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 2 Expressatildeo oral ndash progressatildeo

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Compreensatildeo do Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Actividade 1

Tiacutetulo A histoacuteria da atenccedilatildeoInvente uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoA Histoacuteria da atenccedilatildeordquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Seleccionar informaccedilatildeo essencialbull Apropriar-se de novos vocaacutebulosbull Recontar textos orais

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm ciclo

Destinataacuterios Alunos do 1ordm ciclo

Exemplo de um jogo que pode ser criado para desenvolver os Saber-fazer citados Materiais objetos de vaacuterias dimensotildees e texturas uma cesta

Actividade 2

Tiacutetulo Objectos que contam histoacuteriasReuacutena um conjunto de objectos e peccedila aos seus formandosalunos que in-ventem uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoObjectos que contam histoacuteriasrdquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Identificar objectos e a sua funcionalidadebull Compreender e realizar tarefas simples de acordo com as instruccedilotildees verbais

dadasbull Reconhecer e seguir a instruccedilotildees

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Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Expressatildeo Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Descriccedilatildeo

1- Preparaccedilatildeo bull Oa professora prepara uma cesta com uma seacuterie de objetos

2- Execuccedilatildeo bull Na sala de aula oa professora com as crianccedilas colocadas em ciacuterculo

e solicita a cada crianccedila que tire um objecto do cesto sem olhar bull OA professora formula afirmaccedilotildees e osas alunosas confirma ou

negam a afirmaccedilatildeo Natildeo a afirmaccedilatildeo natildeo eacute verdadeira osas alunosas devem apresentar a resposta correcta por exemplo

minus O Pedro tem um automoacutevel grande ndash professora - Natildeo O Pedro tem uma bola minus A Maria tirou uma caixa cheia de materiais de pintura minus A Maimuna tem um laacutepis azul - professora Natildeo a Maimuna tem uma

caixa de laacutepis

3- Conclusatildeo bull Finda esta fase as crianccedilas devem voltar a colocar os objetos na cesta

O jogo recomeccedila com novas instruccedilotildees por exemplo

bull OA professora pede agraves crianccedilas que retirem da cesta um objecto com determinadas caracteriacutesticas por exemplo

minus Bedam escolhe um objecto que seja redondo ndash pede oa professora minus Mariama retira um brinquedo de madeira que seja azul ndash pede oa professora bull A crianccedila deve retirar um objeto agrave sua escolha dentro das condiccedilotildees propostas bull De seguida quando todas as crianccedilas tiverem um objecto oa pro-

fessora deve incentivar cada uma das crianccedilas a criar uma pequena histoacuteria agrave volta do objecto que tecircm na sua posse

bull Oa professora apoia osas alunos na fase de planificaccedilatildeo da histoacuteria colocando-lhes questotildees por exemplo

minus O que podes fazer com esse objecto minus Tens esse objecto em casa minus E algum parecido minus Costumas brincar com ele minus Onde eacute que podemos encontraacute-lo

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Atividade 2

Jogo Quem manda aqui eacute rei

Saber-fazerbull Compreender e aplicar regras de um jogobull Expressar-se livremente

Destinataacuterios Alunos as do 1ordm ciclo

Descriccedilatildeo 1 Preparaccedilatildeo bull OA professora explica agraves crianccedilas as regras do jogo que iraacute realizar-se minus Um dos alunos eacute eleito rei ou rainha minus O rei ou a rainha tecircm poder sobre os seus servos e todos os seus desejos

devem ser realizados Deste modo todas as ordens dadas pelo rei ou pela rainha devem ser respeitadas de imediato

minus As ordens tecircm de ser dadas da seguinte forma ldquoO(a) rei (rainha) man-dahelliprdquo (exemplo ldquoO rei manda saltarrdquo ou ldquoA rainha manda correrrdquo)

minus Apoacutes trecircs ordens o reia rainha deve ceder o seu lugar a outroa alunoa

Nota Se osas alunosas revelarem dificuldades oa professora pode apoiaacute-los colocando-lhes questotildees como

1 O que vecirc na figura 2 Quantos ovos estatildeo no cesto3 E que cor satildeo os ovos que estatildeo no cesto

Actividade 1

Observe a figura 1 e descreva oralmente o que vecirc

Fig 2 Cesto com ovos

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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MOacute

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

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Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Projecto Melhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesico 5

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Nacional

Instituto Nacional para o Desenvolvimento da EducaccedilatildeoProjecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesico 1ordm ao 6ordm Anordquo

Direcccedilatildeo Pedagoacutegica

Maria de Faacutetima Silva B OliveiraDirectora Geral do INDE

Tiacutetulo

Moacutedulo e Guia de Liacutengua Portuguesa

Autor

Domingos Gomes

Coordenaccedilatildeo Teacutecnica e Pedagoacutegica

Maria Joseacute NovoaAlexandre Furtado

Coordenaccedilatildeo do Projecto

Marcelina Santos Baacute

Capa arranjos graacuteficos e fotografias

Fernando Demba BaldeacuteFotografias

Autor(es) eou retiradas da internet

Maquetizaccedilatildeo

Maacuterio Joseacute Oacutescar

Ilustraccedilatildeo

Luiacutes Alberto Balata1ordf Ediccedilatildeo

Bissau 2015

Ficha Teacutecnica

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

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Typewritten text
SN2015EDPIH1

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Nota preacutevia

Agradecimento ao Governo Italiano pelo financiamento deste projecto implementado pela UNESCO e o Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Nacional da Guineacute- Bissau Agradecimento ao grupo do Banco Africano de Desenvolvimento que forneceu e aceitou o uso de materiais de formaccedilatildeo de professores desenvolvidos no acircmbito do Projecto de Educaccedilatildeo III As constataccedilotildees interpretaccedilotildees e conclusotildees neste documento natildeo reflectem necessariamente os pontos de vista da UNESCO do Banco Africano de Desenvolvimento ou do Governo da Guineacute-Bissau Este material natildeo eacute um documento final por isso satildeo bem-vindas sugestotildees de melhoria

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Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

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Moacutedulo e Guia de Ciecircncias Integradas

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INTRODUCcedilAtildeO 10COMO UTILIZAR O MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 11ESTRUTURA DO MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 12FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 13MOacuteDULO I 14EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 14MOacuteDULO II 26COMPREENSAtildeO DA LEITURA 26MOacuteDULO III 41EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 41REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 54

IacuteNDICE

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Moacutedulo integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Moacutedulo um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios Apresenta tambeacutem algumas propostas para desenvolver o conhecimento expliacutecito da liacutengua (funcionamento da liacutengua)

Este Moacutedulo faz-se acompanhar de um Guia onde oa formadora e o professora encontram sugestotildees de estrateacutegias e orientaccedilotildees metodoloacutegicas para o desenvolvimento da expressatildeo e da compreensatildeo do oral e da escrita Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalho O autor

INTRODUCcedilAtildeO

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por - inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar

se os professores planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas - professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de saber

na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados mo-mentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas pro-fessoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base por um texto teoacuterico e por um conjunto de situaccedilatildeo didaacutecticas (actividades de in-tegraccedilatildeo parcial) e ou situaccedilotildees problema Em quase todas as actividades estaacute indicado o puacuteblico-alvo no entanto oa professora pode recriaacute-las para outras classes Caberaacute aoagrave professora selecionar e adaptar as actividades ao seu plano de aula isto eacute aos saber saber-fazer e saber- ser a desenvolver

ESTRUTURA DO MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do conhecimen-to expliacutecito da liacutengua

FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

A Importacircncia do Oral

A Liacutengua Portuguesa eacute a liacutengua oficial e de escolarizaccedilatildeo na Guineacute-Bissau assim o seu domiacutenio revela-se fundamental para o acesso ao conhecimento para o sucesso escolar para a interacccedilatildeo com indiviacuteduos que a falam e para o exerciacutecio da cidadania Assim oa formadora oa professora ou oa alunoa devem possuir uma boa expressatildeo e compreensatildeo niacutevel oral e escrito e aplicar as normas graacuteficas e gramaticais a ela inerentes

Compreensatildeo oral

bull Capacidade para atribuir significado a enunciados orais (em Liacutengua Portuguesa)

bull Esta competecircncia envolve a recepccedilatildeo e a descodificaccedilatildeo da mensagem atraveacutes do acesso ao conhecimento organizado na memoacuteria A compreensatildeo oral implica o reconhecimento da situaccedilatildeo a captaccedilatildeo do sentido (intenccedilatildeo) e da funccedilatildeovalor dos indiacutecios visuais e prosoacutedicos (entoaccedilatildeo silecircncios pausas variaccedilotildees de ritmo)

bull No domiacutenio da compreensatildeo do oral osas alunos deveratildeo desenvolver competecircncias de escuta para serem capazes de extrair informaccedilatildeo dos textos ouvidos Para tal eacute fundamental a realizaccedilatildeo de atividades que partindo de discursos com diferentes graus de formalidade e complexidade ensinem osas alunosas a escutar a reter e a registar informaccedilatildeo pertinente

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bull A aprendizagem sistemaacutetica de vocabulaacuterio eacute indispensaacutevel para compreender os discursos ouvidos e para promover o alargamento do vocabulaacuterio doa alunoa

bull Deve haver uma evoluccedilatildeo de situaccedilotildees informais de comunicaccedilatildeo para situaccedilotildees progressivamente mais formais

bull Oa alunoa deve ir aprendendo a preparar o seu discurso a apresentaacute-lo e a agir em funccedilatildeo das reaccedilotildees do puacuteblico

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 1 Compreensatildeo oral ndash progressatildeo

Fig 1 Palavras-chave para o desenvolvimento da compreensatildeo oral

Escutar ReterRegistarinformaccedilatildeo pertinente

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Expressatildeo oral

Capacidade para produzir sequecircncias foacutenicas dotadas de sentido e conformes agrave gramaacutetica da liacutengua

Esta competecircncia que implica e pressupotildee

bull Mobilizaccedilatildeo de saber linguiacutesticos (fonoloacutegicos morfossintaacutecticos semacircnticos)

bull Mobilizaccedilatildeo de saber sociais (regras discursivas culturais que regem o uso da palavra em funccedilatildeo dos contextos)

bull Atitude cooperativa na interaccedilatildeo comunicativa e conhecimento dos papeacuteis desempenhados pelo falante em cada situaccedilatildeo

bull Oa professora deveraacute proporcionar aosas alunosas situaccedilotildees expliacutecitas de aprendizagem de teacutecnicas de expressatildeo oral e de mobilizaccedilatildeo de novos vocaacutebulos

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 2 Expressatildeo oral ndash progressatildeo

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Compreensatildeo do Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Actividade 1

Tiacutetulo A histoacuteria da atenccedilatildeoInvente uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoA Histoacuteria da atenccedilatildeordquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Seleccionar informaccedilatildeo essencialbull Apropriar-se de novos vocaacutebulosbull Recontar textos orais

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm ciclo

Destinataacuterios Alunos do 1ordm ciclo

Exemplo de um jogo que pode ser criado para desenvolver os Saber-fazer citados Materiais objetos de vaacuterias dimensotildees e texturas uma cesta

Actividade 2

Tiacutetulo Objectos que contam histoacuteriasReuacutena um conjunto de objectos e peccedila aos seus formandosalunos que in-ventem uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoObjectos que contam histoacuteriasrdquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Identificar objectos e a sua funcionalidadebull Compreender e realizar tarefas simples de acordo com as instruccedilotildees verbais

dadasbull Reconhecer e seguir a instruccedilotildees

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Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Expressatildeo Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Descriccedilatildeo

1- Preparaccedilatildeo bull Oa professora prepara uma cesta com uma seacuterie de objetos

2- Execuccedilatildeo bull Na sala de aula oa professora com as crianccedilas colocadas em ciacuterculo

e solicita a cada crianccedila que tire um objecto do cesto sem olhar bull OA professora formula afirmaccedilotildees e osas alunosas confirma ou

negam a afirmaccedilatildeo Natildeo a afirmaccedilatildeo natildeo eacute verdadeira osas alunosas devem apresentar a resposta correcta por exemplo

minus O Pedro tem um automoacutevel grande ndash professora - Natildeo O Pedro tem uma bola minus A Maria tirou uma caixa cheia de materiais de pintura minus A Maimuna tem um laacutepis azul - professora Natildeo a Maimuna tem uma

caixa de laacutepis

3- Conclusatildeo bull Finda esta fase as crianccedilas devem voltar a colocar os objetos na cesta

O jogo recomeccedila com novas instruccedilotildees por exemplo

bull OA professora pede agraves crianccedilas que retirem da cesta um objecto com determinadas caracteriacutesticas por exemplo

minus Bedam escolhe um objecto que seja redondo ndash pede oa professora minus Mariama retira um brinquedo de madeira que seja azul ndash pede oa professora bull A crianccedila deve retirar um objeto agrave sua escolha dentro das condiccedilotildees propostas bull De seguida quando todas as crianccedilas tiverem um objecto oa pro-

fessora deve incentivar cada uma das crianccedilas a criar uma pequena histoacuteria agrave volta do objecto que tecircm na sua posse

bull Oa professora apoia osas alunos na fase de planificaccedilatildeo da histoacuteria colocando-lhes questotildees por exemplo

minus O que podes fazer com esse objecto minus Tens esse objecto em casa minus E algum parecido minus Costumas brincar com ele minus Onde eacute que podemos encontraacute-lo

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Atividade 2

Jogo Quem manda aqui eacute rei

Saber-fazerbull Compreender e aplicar regras de um jogobull Expressar-se livremente

Destinataacuterios Alunos as do 1ordm ciclo

Descriccedilatildeo 1 Preparaccedilatildeo bull OA professora explica agraves crianccedilas as regras do jogo que iraacute realizar-se minus Um dos alunos eacute eleito rei ou rainha minus O rei ou a rainha tecircm poder sobre os seus servos e todos os seus desejos

devem ser realizados Deste modo todas as ordens dadas pelo rei ou pela rainha devem ser respeitadas de imediato

minus As ordens tecircm de ser dadas da seguinte forma ldquoO(a) rei (rainha) man-dahelliprdquo (exemplo ldquoO rei manda saltarrdquo ou ldquoA rainha manda correrrdquo)

minus Apoacutes trecircs ordens o reia rainha deve ceder o seu lugar a outroa alunoa

Nota Se osas alunosas revelarem dificuldades oa professora pode apoiaacute-los colocando-lhes questotildees como

1 O que vecirc na figura 2 Quantos ovos estatildeo no cesto3 E que cor satildeo os ovos que estatildeo no cesto

Actividade 1

Observe a figura 1 e descreva oralmente o que vecirc

Fig 2 Cesto com ovos

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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MOacute

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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MOacute

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

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Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

Moacutedulo e Guia de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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Nota preacutevia

Agradecimento ao Governo Italiano pelo financiamento deste projecto implementado pela UNESCO e o Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Nacional da Guineacute- Bissau Agradecimento ao grupo do Banco Africano de Desenvolvimento que forneceu e aceitou o uso de materiais de formaccedilatildeo de professores desenvolvidos no acircmbito do Projecto de Educaccedilatildeo III As constataccedilotildees interpretaccedilotildees e conclusotildees neste documento natildeo reflectem necessariamente os pontos de vista da UNESCO do Banco Africano de Desenvolvimento ou do Governo da Guineacute-Bissau Este material natildeo eacute um documento final por isso satildeo bem-vindas sugestotildees de melhoria

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Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

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Projecto Melhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesico

Moacutedulo e Guia de Ciecircncias Integradas

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INTRODUCcedilAtildeO 10COMO UTILIZAR O MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 11ESTRUTURA DO MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 12FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 13MOacuteDULO I 14EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 14MOacuteDULO II 26COMPREENSAtildeO DA LEITURA 26MOacuteDULO III 41EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 41REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 54

IacuteNDICE

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Moacutedulo integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Moacutedulo um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios Apresenta tambeacutem algumas propostas para desenvolver o conhecimento expliacutecito da liacutengua (funcionamento da liacutengua)

Este Moacutedulo faz-se acompanhar de um Guia onde oa formadora e o professora encontram sugestotildees de estrateacutegias e orientaccedilotildees metodoloacutegicas para o desenvolvimento da expressatildeo e da compreensatildeo do oral e da escrita Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalho O autor

INTRODUCcedilAtildeO

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por - inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar

se os professores planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas - professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de saber

na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados mo-mentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas pro-fessoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base por um texto teoacuterico e por um conjunto de situaccedilatildeo didaacutecticas (actividades de in-tegraccedilatildeo parcial) e ou situaccedilotildees problema Em quase todas as actividades estaacute indicado o puacuteblico-alvo no entanto oa professora pode recriaacute-las para outras classes Caberaacute aoagrave professora selecionar e adaptar as actividades ao seu plano de aula isto eacute aos saber saber-fazer e saber- ser a desenvolver

ESTRUTURA DO MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do conhecimen-to expliacutecito da liacutengua

FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

A Importacircncia do Oral

A Liacutengua Portuguesa eacute a liacutengua oficial e de escolarizaccedilatildeo na Guineacute-Bissau assim o seu domiacutenio revela-se fundamental para o acesso ao conhecimento para o sucesso escolar para a interacccedilatildeo com indiviacuteduos que a falam e para o exerciacutecio da cidadania Assim oa formadora oa professora ou oa alunoa devem possuir uma boa expressatildeo e compreensatildeo niacutevel oral e escrito e aplicar as normas graacuteficas e gramaticais a ela inerentes

Compreensatildeo oral

bull Capacidade para atribuir significado a enunciados orais (em Liacutengua Portuguesa)

bull Esta competecircncia envolve a recepccedilatildeo e a descodificaccedilatildeo da mensagem atraveacutes do acesso ao conhecimento organizado na memoacuteria A compreensatildeo oral implica o reconhecimento da situaccedilatildeo a captaccedilatildeo do sentido (intenccedilatildeo) e da funccedilatildeovalor dos indiacutecios visuais e prosoacutedicos (entoaccedilatildeo silecircncios pausas variaccedilotildees de ritmo)

bull No domiacutenio da compreensatildeo do oral osas alunos deveratildeo desenvolver competecircncias de escuta para serem capazes de extrair informaccedilatildeo dos textos ouvidos Para tal eacute fundamental a realizaccedilatildeo de atividades que partindo de discursos com diferentes graus de formalidade e complexidade ensinem osas alunosas a escutar a reter e a registar informaccedilatildeo pertinente

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bull A aprendizagem sistemaacutetica de vocabulaacuterio eacute indispensaacutevel para compreender os discursos ouvidos e para promover o alargamento do vocabulaacuterio doa alunoa

bull Deve haver uma evoluccedilatildeo de situaccedilotildees informais de comunicaccedilatildeo para situaccedilotildees progressivamente mais formais

bull Oa alunoa deve ir aprendendo a preparar o seu discurso a apresentaacute-lo e a agir em funccedilatildeo das reaccedilotildees do puacuteblico

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 1 Compreensatildeo oral ndash progressatildeo

Fig 1 Palavras-chave para o desenvolvimento da compreensatildeo oral

Escutar ReterRegistarinformaccedilatildeo pertinente

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Expressatildeo oral

Capacidade para produzir sequecircncias foacutenicas dotadas de sentido e conformes agrave gramaacutetica da liacutengua

Esta competecircncia que implica e pressupotildee

bull Mobilizaccedilatildeo de saber linguiacutesticos (fonoloacutegicos morfossintaacutecticos semacircnticos)

bull Mobilizaccedilatildeo de saber sociais (regras discursivas culturais que regem o uso da palavra em funccedilatildeo dos contextos)

bull Atitude cooperativa na interaccedilatildeo comunicativa e conhecimento dos papeacuteis desempenhados pelo falante em cada situaccedilatildeo

bull Oa professora deveraacute proporcionar aosas alunosas situaccedilotildees expliacutecitas de aprendizagem de teacutecnicas de expressatildeo oral e de mobilizaccedilatildeo de novos vocaacutebulos

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 2 Expressatildeo oral ndash progressatildeo

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Compreensatildeo do Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Actividade 1

Tiacutetulo A histoacuteria da atenccedilatildeoInvente uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoA Histoacuteria da atenccedilatildeordquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Seleccionar informaccedilatildeo essencialbull Apropriar-se de novos vocaacutebulosbull Recontar textos orais

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm ciclo

Destinataacuterios Alunos do 1ordm ciclo

Exemplo de um jogo que pode ser criado para desenvolver os Saber-fazer citados Materiais objetos de vaacuterias dimensotildees e texturas uma cesta

Actividade 2

Tiacutetulo Objectos que contam histoacuteriasReuacutena um conjunto de objectos e peccedila aos seus formandosalunos que in-ventem uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoObjectos que contam histoacuteriasrdquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Identificar objectos e a sua funcionalidadebull Compreender e realizar tarefas simples de acordo com as instruccedilotildees verbais

dadasbull Reconhecer e seguir a instruccedilotildees

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Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Expressatildeo Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Descriccedilatildeo

1- Preparaccedilatildeo bull Oa professora prepara uma cesta com uma seacuterie de objetos

2- Execuccedilatildeo bull Na sala de aula oa professora com as crianccedilas colocadas em ciacuterculo

e solicita a cada crianccedila que tire um objecto do cesto sem olhar bull OA professora formula afirmaccedilotildees e osas alunosas confirma ou

negam a afirmaccedilatildeo Natildeo a afirmaccedilatildeo natildeo eacute verdadeira osas alunosas devem apresentar a resposta correcta por exemplo

minus O Pedro tem um automoacutevel grande ndash professora - Natildeo O Pedro tem uma bola minus A Maria tirou uma caixa cheia de materiais de pintura minus A Maimuna tem um laacutepis azul - professora Natildeo a Maimuna tem uma

caixa de laacutepis

3- Conclusatildeo bull Finda esta fase as crianccedilas devem voltar a colocar os objetos na cesta

O jogo recomeccedila com novas instruccedilotildees por exemplo

bull OA professora pede agraves crianccedilas que retirem da cesta um objecto com determinadas caracteriacutesticas por exemplo

minus Bedam escolhe um objecto que seja redondo ndash pede oa professora minus Mariama retira um brinquedo de madeira que seja azul ndash pede oa professora bull A crianccedila deve retirar um objeto agrave sua escolha dentro das condiccedilotildees propostas bull De seguida quando todas as crianccedilas tiverem um objecto oa pro-

fessora deve incentivar cada uma das crianccedilas a criar uma pequena histoacuteria agrave volta do objecto que tecircm na sua posse

bull Oa professora apoia osas alunos na fase de planificaccedilatildeo da histoacuteria colocando-lhes questotildees por exemplo

minus O que podes fazer com esse objecto minus Tens esse objecto em casa minus E algum parecido minus Costumas brincar com ele minus Onde eacute que podemos encontraacute-lo

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Atividade 2

Jogo Quem manda aqui eacute rei

Saber-fazerbull Compreender e aplicar regras de um jogobull Expressar-se livremente

Destinataacuterios Alunos as do 1ordm ciclo

Descriccedilatildeo 1 Preparaccedilatildeo bull OA professora explica agraves crianccedilas as regras do jogo que iraacute realizar-se minus Um dos alunos eacute eleito rei ou rainha minus O rei ou a rainha tecircm poder sobre os seus servos e todos os seus desejos

devem ser realizados Deste modo todas as ordens dadas pelo rei ou pela rainha devem ser respeitadas de imediato

minus As ordens tecircm de ser dadas da seguinte forma ldquoO(a) rei (rainha) man-dahelliprdquo (exemplo ldquoO rei manda saltarrdquo ou ldquoA rainha manda correrrdquo)

minus Apoacutes trecircs ordens o reia rainha deve ceder o seu lugar a outroa alunoa

Nota Se osas alunosas revelarem dificuldades oa professora pode apoiaacute-los colocando-lhes questotildees como

1 O que vecirc na figura 2 Quantos ovos estatildeo no cesto3 E que cor satildeo os ovos que estatildeo no cesto

Actividade 1

Observe a figura 1 e descreva oralmente o que vecirc

Fig 2 Cesto com ovos

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

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Projecto Melhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesico

Moacutedulo e Guia de Ciecircncias Integradas

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Moacutedulo

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INTRODUCcedilAtildeO 10COMO UTILIZAR O MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 11ESTRUTURA DO MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 12FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 13MOacuteDULO I 14EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 14MOacuteDULO II 26COMPREENSAtildeO DA LEITURA 26MOacuteDULO III 41EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 41REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 54

IacuteNDICE

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Moacutedulo integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Moacutedulo um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios Apresenta tambeacutem algumas propostas para desenvolver o conhecimento expliacutecito da liacutengua (funcionamento da liacutengua)

Este Moacutedulo faz-se acompanhar de um Guia onde oa formadora e o professora encontram sugestotildees de estrateacutegias e orientaccedilotildees metodoloacutegicas para o desenvolvimento da expressatildeo e da compreensatildeo do oral e da escrita Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalho O autor

INTRODUCcedilAtildeO

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por - inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar

se os professores planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas - professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de saber

na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados mo-mentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas pro-fessoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base por um texto teoacuterico e por um conjunto de situaccedilatildeo didaacutecticas (actividades de in-tegraccedilatildeo parcial) e ou situaccedilotildees problema Em quase todas as actividades estaacute indicado o puacuteblico-alvo no entanto oa professora pode recriaacute-las para outras classes Caberaacute aoagrave professora selecionar e adaptar as actividades ao seu plano de aula isto eacute aos saber saber-fazer e saber- ser a desenvolver

ESTRUTURA DO MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do conhecimen-to expliacutecito da liacutengua

FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

A Importacircncia do Oral

A Liacutengua Portuguesa eacute a liacutengua oficial e de escolarizaccedilatildeo na Guineacute-Bissau assim o seu domiacutenio revela-se fundamental para o acesso ao conhecimento para o sucesso escolar para a interacccedilatildeo com indiviacuteduos que a falam e para o exerciacutecio da cidadania Assim oa formadora oa professora ou oa alunoa devem possuir uma boa expressatildeo e compreensatildeo niacutevel oral e escrito e aplicar as normas graacuteficas e gramaticais a ela inerentes

Compreensatildeo oral

bull Capacidade para atribuir significado a enunciados orais (em Liacutengua Portuguesa)

bull Esta competecircncia envolve a recepccedilatildeo e a descodificaccedilatildeo da mensagem atraveacutes do acesso ao conhecimento organizado na memoacuteria A compreensatildeo oral implica o reconhecimento da situaccedilatildeo a captaccedilatildeo do sentido (intenccedilatildeo) e da funccedilatildeovalor dos indiacutecios visuais e prosoacutedicos (entoaccedilatildeo silecircncios pausas variaccedilotildees de ritmo)

bull No domiacutenio da compreensatildeo do oral osas alunos deveratildeo desenvolver competecircncias de escuta para serem capazes de extrair informaccedilatildeo dos textos ouvidos Para tal eacute fundamental a realizaccedilatildeo de atividades que partindo de discursos com diferentes graus de formalidade e complexidade ensinem osas alunosas a escutar a reter e a registar informaccedilatildeo pertinente

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bull A aprendizagem sistemaacutetica de vocabulaacuterio eacute indispensaacutevel para compreender os discursos ouvidos e para promover o alargamento do vocabulaacuterio doa alunoa

bull Deve haver uma evoluccedilatildeo de situaccedilotildees informais de comunicaccedilatildeo para situaccedilotildees progressivamente mais formais

bull Oa alunoa deve ir aprendendo a preparar o seu discurso a apresentaacute-lo e a agir em funccedilatildeo das reaccedilotildees do puacuteblico

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 1 Compreensatildeo oral ndash progressatildeo

Fig 1 Palavras-chave para o desenvolvimento da compreensatildeo oral

Escutar ReterRegistarinformaccedilatildeo pertinente

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Expressatildeo oral

Capacidade para produzir sequecircncias foacutenicas dotadas de sentido e conformes agrave gramaacutetica da liacutengua

Esta competecircncia que implica e pressupotildee

bull Mobilizaccedilatildeo de saber linguiacutesticos (fonoloacutegicos morfossintaacutecticos semacircnticos)

bull Mobilizaccedilatildeo de saber sociais (regras discursivas culturais que regem o uso da palavra em funccedilatildeo dos contextos)

bull Atitude cooperativa na interaccedilatildeo comunicativa e conhecimento dos papeacuteis desempenhados pelo falante em cada situaccedilatildeo

bull Oa professora deveraacute proporcionar aosas alunosas situaccedilotildees expliacutecitas de aprendizagem de teacutecnicas de expressatildeo oral e de mobilizaccedilatildeo de novos vocaacutebulos

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 2 Expressatildeo oral ndash progressatildeo

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Compreensatildeo do Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Actividade 1

Tiacutetulo A histoacuteria da atenccedilatildeoInvente uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoA Histoacuteria da atenccedilatildeordquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Seleccionar informaccedilatildeo essencialbull Apropriar-se de novos vocaacutebulosbull Recontar textos orais

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm ciclo

Destinataacuterios Alunos do 1ordm ciclo

Exemplo de um jogo que pode ser criado para desenvolver os Saber-fazer citados Materiais objetos de vaacuterias dimensotildees e texturas uma cesta

Actividade 2

Tiacutetulo Objectos que contam histoacuteriasReuacutena um conjunto de objectos e peccedila aos seus formandosalunos que in-ventem uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoObjectos que contam histoacuteriasrdquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Identificar objectos e a sua funcionalidadebull Compreender e realizar tarefas simples de acordo com as instruccedilotildees verbais

dadasbull Reconhecer e seguir a instruccedilotildees

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Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Expressatildeo Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Descriccedilatildeo

1- Preparaccedilatildeo bull Oa professora prepara uma cesta com uma seacuterie de objetos

2- Execuccedilatildeo bull Na sala de aula oa professora com as crianccedilas colocadas em ciacuterculo

e solicita a cada crianccedila que tire um objecto do cesto sem olhar bull OA professora formula afirmaccedilotildees e osas alunosas confirma ou

negam a afirmaccedilatildeo Natildeo a afirmaccedilatildeo natildeo eacute verdadeira osas alunosas devem apresentar a resposta correcta por exemplo

minus O Pedro tem um automoacutevel grande ndash professora - Natildeo O Pedro tem uma bola minus A Maria tirou uma caixa cheia de materiais de pintura minus A Maimuna tem um laacutepis azul - professora Natildeo a Maimuna tem uma

caixa de laacutepis

3- Conclusatildeo bull Finda esta fase as crianccedilas devem voltar a colocar os objetos na cesta

O jogo recomeccedila com novas instruccedilotildees por exemplo

bull OA professora pede agraves crianccedilas que retirem da cesta um objecto com determinadas caracteriacutesticas por exemplo

minus Bedam escolhe um objecto que seja redondo ndash pede oa professora minus Mariama retira um brinquedo de madeira que seja azul ndash pede oa professora bull A crianccedila deve retirar um objeto agrave sua escolha dentro das condiccedilotildees propostas bull De seguida quando todas as crianccedilas tiverem um objecto oa pro-

fessora deve incentivar cada uma das crianccedilas a criar uma pequena histoacuteria agrave volta do objecto que tecircm na sua posse

bull Oa professora apoia osas alunos na fase de planificaccedilatildeo da histoacuteria colocando-lhes questotildees por exemplo

minus O que podes fazer com esse objecto minus Tens esse objecto em casa minus E algum parecido minus Costumas brincar com ele minus Onde eacute que podemos encontraacute-lo

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Atividade 2

Jogo Quem manda aqui eacute rei

Saber-fazerbull Compreender e aplicar regras de um jogobull Expressar-se livremente

Destinataacuterios Alunos as do 1ordm ciclo

Descriccedilatildeo 1 Preparaccedilatildeo bull OA professora explica agraves crianccedilas as regras do jogo que iraacute realizar-se minus Um dos alunos eacute eleito rei ou rainha minus O rei ou a rainha tecircm poder sobre os seus servos e todos os seus desejos

devem ser realizados Deste modo todas as ordens dadas pelo rei ou pela rainha devem ser respeitadas de imediato

minus As ordens tecircm de ser dadas da seguinte forma ldquoO(a) rei (rainha) man-dahelliprdquo (exemplo ldquoO rei manda saltarrdquo ou ldquoA rainha manda correrrdquo)

minus Apoacutes trecircs ordens o reia rainha deve ceder o seu lugar a outroa alunoa

Nota Se osas alunosas revelarem dificuldades oa professora pode apoiaacute-los colocando-lhes questotildees como

1 O que vecirc na figura 2 Quantos ovos estatildeo no cesto3 E que cor satildeo os ovos que estatildeo no cesto

Actividade 1

Observe a figura 1 e descreva oralmente o que vecirc

Fig 2 Cesto com ovos

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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INTRODUCcedilAtildeO 10COMO UTILIZAR O MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 11ESTRUTURA DO MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 12FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 13MOacuteDULO I 14EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 14MOacuteDULO II 26COMPREENSAtildeO DA LEITURA 26MOacuteDULO III 41EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 41REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 54

IacuteNDICE

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Moacutedulo integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Moacutedulo um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios Apresenta tambeacutem algumas propostas para desenvolver o conhecimento expliacutecito da liacutengua (funcionamento da liacutengua)

Este Moacutedulo faz-se acompanhar de um Guia onde oa formadora e o professora encontram sugestotildees de estrateacutegias e orientaccedilotildees metodoloacutegicas para o desenvolvimento da expressatildeo e da compreensatildeo do oral e da escrita Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalho O autor

INTRODUCcedilAtildeO

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por - inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar

se os professores planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas - professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de saber

na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados mo-mentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas pro-fessoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base por um texto teoacuterico e por um conjunto de situaccedilatildeo didaacutecticas (actividades de in-tegraccedilatildeo parcial) e ou situaccedilotildees problema Em quase todas as actividades estaacute indicado o puacuteblico-alvo no entanto oa professora pode recriaacute-las para outras classes Caberaacute aoagrave professora selecionar e adaptar as actividades ao seu plano de aula isto eacute aos saber saber-fazer e saber- ser a desenvolver

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OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do conhecimen-to expliacutecito da liacutengua

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Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

A Importacircncia do Oral

A Liacutengua Portuguesa eacute a liacutengua oficial e de escolarizaccedilatildeo na Guineacute-Bissau assim o seu domiacutenio revela-se fundamental para o acesso ao conhecimento para o sucesso escolar para a interacccedilatildeo com indiviacuteduos que a falam e para o exerciacutecio da cidadania Assim oa formadora oa professora ou oa alunoa devem possuir uma boa expressatildeo e compreensatildeo niacutevel oral e escrito e aplicar as normas graacuteficas e gramaticais a ela inerentes

Compreensatildeo oral

bull Capacidade para atribuir significado a enunciados orais (em Liacutengua Portuguesa)

bull Esta competecircncia envolve a recepccedilatildeo e a descodificaccedilatildeo da mensagem atraveacutes do acesso ao conhecimento organizado na memoacuteria A compreensatildeo oral implica o reconhecimento da situaccedilatildeo a captaccedilatildeo do sentido (intenccedilatildeo) e da funccedilatildeovalor dos indiacutecios visuais e prosoacutedicos (entoaccedilatildeo silecircncios pausas variaccedilotildees de ritmo)

bull No domiacutenio da compreensatildeo do oral osas alunos deveratildeo desenvolver competecircncias de escuta para serem capazes de extrair informaccedilatildeo dos textos ouvidos Para tal eacute fundamental a realizaccedilatildeo de atividades que partindo de discursos com diferentes graus de formalidade e complexidade ensinem osas alunosas a escutar a reter e a registar informaccedilatildeo pertinente

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bull A aprendizagem sistemaacutetica de vocabulaacuterio eacute indispensaacutevel para compreender os discursos ouvidos e para promover o alargamento do vocabulaacuterio doa alunoa

bull Deve haver uma evoluccedilatildeo de situaccedilotildees informais de comunicaccedilatildeo para situaccedilotildees progressivamente mais formais

bull Oa alunoa deve ir aprendendo a preparar o seu discurso a apresentaacute-lo e a agir em funccedilatildeo das reaccedilotildees do puacuteblico

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 1 Compreensatildeo oral ndash progressatildeo

Fig 1 Palavras-chave para o desenvolvimento da compreensatildeo oral

Escutar ReterRegistarinformaccedilatildeo pertinente

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Expressatildeo oral

Capacidade para produzir sequecircncias foacutenicas dotadas de sentido e conformes agrave gramaacutetica da liacutengua

Esta competecircncia que implica e pressupotildee

bull Mobilizaccedilatildeo de saber linguiacutesticos (fonoloacutegicos morfossintaacutecticos semacircnticos)

bull Mobilizaccedilatildeo de saber sociais (regras discursivas culturais que regem o uso da palavra em funccedilatildeo dos contextos)

bull Atitude cooperativa na interaccedilatildeo comunicativa e conhecimento dos papeacuteis desempenhados pelo falante em cada situaccedilatildeo

bull Oa professora deveraacute proporcionar aosas alunosas situaccedilotildees expliacutecitas de aprendizagem de teacutecnicas de expressatildeo oral e de mobilizaccedilatildeo de novos vocaacutebulos

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 2 Expressatildeo oral ndash progressatildeo

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Compreensatildeo do Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Actividade 1

Tiacutetulo A histoacuteria da atenccedilatildeoInvente uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoA Histoacuteria da atenccedilatildeordquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Seleccionar informaccedilatildeo essencialbull Apropriar-se de novos vocaacutebulosbull Recontar textos orais

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm ciclo

Destinataacuterios Alunos do 1ordm ciclo

Exemplo de um jogo que pode ser criado para desenvolver os Saber-fazer citados Materiais objetos de vaacuterias dimensotildees e texturas uma cesta

Actividade 2

Tiacutetulo Objectos que contam histoacuteriasReuacutena um conjunto de objectos e peccedila aos seus formandosalunos que in-ventem uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoObjectos que contam histoacuteriasrdquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Identificar objectos e a sua funcionalidadebull Compreender e realizar tarefas simples de acordo com as instruccedilotildees verbais

dadasbull Reconhecer e seguir a instruccedilotildees

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Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Expressatildeo Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Descriccedilatildeo

1- Preparaccedilatildeo bull Oa professora prepara uma cesta com uma seacuterie de objetos

2- Execuccedilatildeo bull Na sala de aula oa professora com as crianccedilas colocadas em ciacuterculo

e solicita a cada crianccedila que tire um objecto do cesto sem olhar bull OA professora formula afirmaccedilotildees e osas alunosas confirma ou

negam a afirmaccedilatildeo Natildeo a afirmaccedilatildeo natildeo eacute verdadeira osas alunosas devem apresentar a resposta correcta por exemplo

minus O Pedro tem um automoacutevel grande ndash professora - Natildeo O Pedro tem uma bola minus A Maria tirou uma caixa cheia de materiais de pintura minus A Maimuna tem um laacutepis azul - professora Natildeo a Maimuna tem uma

caixa de laacutepis

3- Conclusatildeo bull Finda esta fase as crianccedilas devem voltar a colocar os objetos na cesta

O jogo recomeccedila com novas instruccedilotildees por exemplo

bull OA professora pede agraves crianccedilas que retirem da cesta um objecto com determinadas caracteriacutesticas por exemplo

minus Bedam escolhe um objecto que seja redondo ndash pede oa professora minus Mariama retira um brinquedo de madeira que seja azul ndash pede oa professora bull A crianccedila deve retirar um objeto agrave sua escolha dentro das condiccedilotildees propostas bull De seguida quando todas as crianccedilas tiverem um objecto oa pro-

fessora deve incentivar cada uma das crianccedilas a criar uma pequena histoacuteria agrave volta do objecto que tecircm na sua posse

bull Oa professora apoia osas alunos na fase de planificaccedilatildeo da histoacuteria colocando-lhes questotildees por exemplo

minus O que podes fazer com esse objecto minus Tens esse objecto em casa minus E algum parecido minus Costumas brincar com ele minus Onde eacute que podemos encontraacute-lo

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Atividade 2

Jogo Quem manda aqui eacute rei

Saber-fazerbull Compreender e aplicar regras de um jogobull Expressar-se livremente

Destinataacuterios Alunos as do 1ordm ciclo

Descriccedilatildeo 1 Preparaccedilatildeo bull OA professora explica agraves crianccedilas as regras do jogo que iraacute realizar-se minus Um dos alunos eacute eleito rei ou rainha minus O rei ou a rainha tecircm poder sobre os seus servos e todos os seus desejos

devem ser realizados Deste modo todas as ordens dadas pelo rei ou pela rainha devem ser respeitadas de imediato

minus As ordens tecircm de ser dadas da seguinte forma ldquoO(a) rei (rainha) man-dahelliprdquo (exemplo ldquoO rei manda saltarrdquo ou ldquoA rainha manda correrrdquo)

minus Apoacutes trecircs ordens o reia rainha deve ceder o seu lugar a outroa alunoa

Nota Se osas alunosas revelarem dificuldades oa professora pode apoiaacute-los colocando-lhes questotildees como

1 O que vecirc na figura 2 Quantos ovos estatildeo no cesto3 E que cor satildeo os ovos que estatildeo no cesto

Actividade 1

Observe a figura 1 e descreva oralmente o que vecirc

Fig 2 Cesto com ovos

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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GU

IA

INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

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laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Moacutedulo integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Moacutedulo um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios Apresenta tambeacutem algumas propostas para desenvolver o conhecimento expliacutecito da liacutengua (funcionamento da liacutengua)

Este Moacutedulo faz-se acompanhar de um Guia onde oa formadora e o professora encontram sugestotildees de estrateacutegias e orientaccedilotildees metodoloacutegicas para o desenvolvimento da expressatildeo e da compreensatildeo do oral e da escrita Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalho O autor

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por - inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar

se os professores planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas - professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de saber

na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados mo-mentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas pro-fessoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base por um texto teoacuterico e por um conjunto de situaccedilatildeo didaacutecticas (actividades de in-tegraccedilatildeo parcial) e ou situaccedilotildees problema Em quase todas as actividades estaacute indicado o puacuteblico-alvo no entanto oa professora pode recriaacute-las para outras classes Caberaacute aoagrave professora selecionar e adaptar as actividades ao seu plano de aula isto eacute aos saber saber-fazer e saber- ser a desenvolver

ESTRUTURA DO MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do conhecimen-to expliacutecito da liacutengua

FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

A Importacircncia do Oral

A Liacutengua Portuguesa eacute a liacutengua oficial e de escolarizaccedilatildeo na Guineacute-Bissau assim o seu domiacutenio revela-se fundamental para o acesso ao conhecimento para o sucesso escolar para a interacccedilatildeo com indiviacuteduos que a falam e para o exerciacutecio da cidadania Assim oa formadora oa professora ou oa alunoa devem possuir uma boa expressatildeo e compreensatildeo niacutevel oral e escrito e aplicar as normas graacuteficas e gramaticais a ela inerentes

Compreensatildeo oral

bull Capacidade para atribuir significado a enunciados orais (em Liacutengua Portuguesa)

bull Esta competecircncia envolve a recepccedilatildeo e a descodificaccedilatildeo da mensagem atraveacutes do acesso ao conhecimento organizado na memoacuteria A compreensatildeo oral implica o reconhecimento da situaccedilatildeo a captaccedilatildeo do sentido (intenccedilatildeo) e da funccedilatildeovalor dos indiacutecios visuais e prosoacutedicos (entoaccedilatildeo silecircncios pausas variaccedilotildees de ritmo)

bull No domiacutenio da compreensatildeo do oral osas alunos deveratildeo desenvolver competecircncias de escuta para serem capazes de extrair informaccedilatildeo dos textos ouvidos Para tal eacute fundamental a realizaccedilatildeo de atividades que partindo de discursos com diferentes graus de formalidade e complexidade ensinem osas alunosas a escutar a reter e a registar informaccedilatildeo pertinente

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bull A aprendizagem sistemaacutetica de vocabulaacuterio eacute indispensaacutevel para compreender os discursos ouvidos e para promover o alargamento do vocabulaacuterio doa alunoa

bull Deve haver uma evoluccedilatildeo de situaccedilotildees informais de comunicaccedilatildeo para situaccedilotildees progressivamente mais formais

bull Oa alunoa deve ir aprendendo a preparar o seu discurso a apresentaacute-lo e a agir em funccedilatildeo das reaccedilotildees do puacuteblico

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 1 Compreensatildeo oral ndash progressatildeo

Fig 1 Palavras-chave para o desenvolvimento da compreensatildeo oral

Escutar ReterRegistarinformaccedilatildeo pertinente

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Expressatildeo oral

Capacidade para produzir sequecircncias foacutenicas dotadas de sentido e conformes agrave gramaacutetica da liacutengua

Esta competecircncia que implica e pressupotildee

bull Mobilizaccedilatildeo de saber linguiacutesticos (fonoloacutegicos morfossintaacutecticos semacircnticos)

bull Mobilizaccedilatildeo de saber sociais (regras discursivas culturais que regem o uso da palavra em funccedilatildeo dos contextos)

bull Atitude cooperativa na interaccedilatildeo comunicativa e conhecimento dos papeacuteis desempenhados pelo falante em cada situaccedilatildeo

bull Oa professora deveraacute proporcionar aosas alunosas situaccedilotildees expliacutecitas de aprendizagem de teacutecnicas de expressatildeo oral e de mobilizaccedilatildeo de novos vocaacutebulos

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 2 Expressatildeo oral ndash progressatildeo

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Compreensatildeo do Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Actividade 1

Tiacutetulo A histoacuteria da atenccedilatildeoInvente uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoA Histoacuteria da atenccedilatildeordquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Seleccionar informaccedilatildeo essencialbull Apropriar-se de novos vocaacutebulosbull Recontar textos orais

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm ciclo

Destinataacuterios Alunos do 1ordm ciclo

Exemplo de um jogo que pode ser criado para desenvolver os Saber-fazer citados Materiais objetos de vaacuterias dimensotildees e texturas uma cesta

Actividade 2

Tiacutetulo Objectos que contam histoacuteriasReuacutena um conjunto de objectos e peccedila aos seus formandosalunos que in-ventem uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoObjectos que contam histoacuteriasrdquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Identificar objectos e a sua funcionalidadebull Compreender e realizar tarefas simples de acordo com as instruccedilotildees verbais

dadasbull Reconhecer e seguir a instruccedilotildees

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Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Expressatildeo Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Descriccedilatildeo

1- Preparaccedilatildeo bull Oa professora prepara uma cesta com uma seacuterie de objetos

2- Execuccedilatildeo bull Na sala de aula oa professora com as crianccedilas colocadas em ciacuterculo

e solicita a cada crianccedila que tire um objecto do cesto sem olhar bull OA professora formula afirmaccedilotildees e osas alunosas confirma ou

negam a afirmaccedilatildeo Natildeo a afirmaccedilatildeo natildeo eacute verdadeira osas alunosas devem apresentar a resposta correcta por exemplo

minus O Pedro tem um automoacutevel grande ndash professora - Natildeo O Pedro tem uma bola minus A Maria tirou uma caixa cheia de materiais de pintura minus A Maimuna tem um laacutepis azul - professora Natildeo a Maimuna tem uma

caixa de laacutepis

3- Conclusatildeo bull Finda esta fase as crianccedilas devem voltar a colocar os objetos na cesta

O jogo recomeccedila com novas instruccedilotildees por exemplo

bull OA professora pede agraves crianccedilas que retirem da cesta um objecto com determinadas caracteriacutesticas por exemplo

minus Bedam escolhe um objecto que seja redondo ndash pede oa professora minus Mariama retira um brinquedo de madeira que seja azul ndash pede oa professora bull A crianccedila deve retirar um objeto agrave sua escolha dentro das condiccedilotildees propostas bull De seguida quando todas as crianccedilas tiverem um objecto oa pro-

fessora deve incentivar cada uma das crianccedilas a criar uma pequena histoacuteria agrave volta do objecto que tecircm na sua posse

bull Oa professora apoia osas alunos na fase de planificaccedilatildeo da histoacuteria colocando-lhes questotildees por exemplo

minus O que podes fazer com esse objecto minus Tens esse objecto em casa minus E algum parecido minus Costumas brincar com ele minus Onde eacute que podemos encontraacute-lo

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Atividade 2

Jogo Quem manda aqui eacute rei

Saber-fazerbull Compreender e aplicar regras de um jogobull Expressar-se livremente

Destinataacuterios Alunos as do 1ordm ciclo

Descriccedilatildeo 1 Preparaccedilatildeo bull OA professora explica agraves crianccedilas as regras do jogo que iraacute realizar-se minus Um dos alunos eacute eleito rei ou rainha minus O rei ou a rainha tecircm poder sobre os seus servos e todos os seus desejos

devem ser realizados Deste modo todas as ordens dadas pelo rei ou pela rainha devem ser respeitadas de imediato

minus As ordens tecircm de ser dadas da seguinte forma ldquoO(a) rei (rainha) man-dahelliprdquo (exemplo ldquoO rei manda saltarrdquo ou ldquoA rainha manda correrrdquo)

minus Apoacutes trecircs ordens o reia rainha deve ceder o seu lugar a outroa alunoa

Nota Se osas alunosas revelarem dificuldades oa professora pode apoiaacute-los colocando-lhes questotildees como

1 O que vecirc na figura 2 Quantos ovos estatildeo no cesto3 E que cor satildeo os ovos que estatildeo no cesto

Actividade 1

Observe a figura 1 e descreva oralmente o que vecirc

Fig 2 Cesto com ovos

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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MOacute

DU

LO

TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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DU

LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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LO

5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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MOacute

DU

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por - inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar

se os professores planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas - professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de saber

na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados mo-mentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas pro-fessoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base por um texto teoacuterico e por um conjunto de situaccedilatildeo didaacutecticas (actividades de in-tegraccedilatildeo parcial) e ou situaccedilotildees problema Em quase todas as actividades estaacute indicado o puacuteblico-alvo no entanto oa professora pode recriaacute-las para outras classes Caberaacute aoagrave professora selecionar e adaptar as actividades ao seu plano de aula isto eacute aos saber saber-fazer e saber- ser a desenvolver

ESTRUTURA DO MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do conhecimen-to expliacutecito da liacutengua

FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

A Importacircncia do Oral

A Liacutengua Portuguesa eacute a liacutengua oficial e de escolarizaccedilatildeo na Guineacute-Bissau assim o seu domiacutenio revela-se fundamental para o acesso ao conhecimento para o sucesso escolar para a interacccedilatildeo com indiviacuteduos que a falam e para o exerciacutecio da cidadania Assim oa formadora oa professora ou oa alunoa devem possuir uma boa expressatildeo e compreensatildeo niacutevel oral e escrito e aplicar as normas graacuteficas e gramaticais a ela inerentes

Compreensatildeo oral

bull Capacidade para atribuir significado a enunciados orais (em Liacutengua Portuguesa)

bull Esta competecircncia envolve a recepccedilatildeo e a descodificaccedilatildeo da mensagem atraveacutes do acesso ao conhecimento organizado na memoacuteria A compreensatildeo oral implica o reconhecimento da situaccedilatildeo a captaccedilatildeo do sentido (intenccedilatildeo) e da funccedilatildeovalor dos indiacutecios visuais e prosoacutedicos (entoaccedilatildeo silecircncios pausas variaccedilotildees de ritmo)

bull No domiacutenio da compreensatildeo do oral osas alunos deveratildeo desenvolver competecircncias de escuta para serem capazes de extrair informaccedilatildeo dos textos ouvidos Para tal eacute fundamental a realizaccedilatildeo de atividades que partindo de discursos com diferentes graus de formalidade e complexidade ensinem osas alunosas a escutar a reter e a registar informaccedilatildeo pertinente

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bull A aprendizagem sistemaacutetica de vocabulaacuterio eacute indispensaacutevel para compreender os discursos ouvidos e para promover o alargamento do vocabulaacuterio doa alunoa

bull Deve haver uma evoluccedilatildeo de situaccedilotildees informais de comunicaccedilatildeo para situaccedilotildees progressivamente mais formais

bull Oa alunoa deve ir aprendendo a preparar o seu discurso a apresentaacute-lo e a agir em funccedilatildeo das reaccedilotildees do puacuteblico

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 1 Compreensatildeo oral ndash progressatildeo

Fig 1 Palavras-chave para o desenvolvimento da compreensatildeo oral

Escutar ReterRegistarinformaccedilatildeo pertinente

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Expressatildeo oral

Capacidade para produzir sequecircncias foacutenicas dotadas de sentido e conformes agrave gramaacutetica da liacutengua

Esta competecircncia que implica e pressupotildee

bull Mobilizaccedilatildeo de saber linguiacutesticos (fonoloacutegicos morfossintaacutecticos semacircnticos)

bull Mobilizaccedilatildeo de saber sociais (regras discursivas culturais que regem o uso da palavra em funccedilatildeo dos contextos)

bull Atitude cooperativa na interaccedilatildeo comunicativa e conhecimento dos papeacuteis desempenhados pelo falante em cada situaccedilatildeo

bull Oa professora deveraacute proporcionar aosas alunosas situaccedilotildees expliacutecitas de aprendizagem de teacutecnicas de expressatildeo oral e de mobilizaccedilatildeo de novos vocaacutebulos

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 2 Expressatildeo oral ndash progressatildeo

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Compreensatildeo do Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Actividade 1

Tiacutetulo A histoacuteria da atenccedilatildeoInvente uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoA Histoacuteria da atenccedilatildeordquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Seleccionar informaccedilatildeo essencialbull Apropriar-se de novos vocaacutebulosbull Recontar textos orais

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm ciclo

Destinataacuterios Alunos do 1ordm ciclo

Exemplo de um jogo que pode ser criado para desenvolver os Saber-fazer citados Materiais objetos de vaacuterias dimensotildees e texturas uma cesta

Actividade 2

Tiacutetulo Objectos que contam histoacuteriasReuacutena um conjunto de objectos e peccedila aos seus formandosalunos que in-ventem uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoObjectos que contam histoacuteriasrdquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Identificar objectos e a sua funcionalidadebull Compreender e realizar tarefas simples de acordo com as instruccedilotildees verbais

dadasbull Reconhecer e seguir a instruccedilotildees

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Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Expressatildeo Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Descriccedilatildeo

1- Preparaccedilatildeo bull Oa professora prepara uma cesta com uma seacuterie de objetos

2- Execuccedilatildeo bull Na sala de aula oa professora com as crianccedilas colocadas em ciacuterculo

e solicita a cada crianccedila que tire um objecto do cesto sem olhar bull OA professora formula afirmaccedilotildees e osas alunosas confirma ou

negam a afirmaccedilatildeo Natildeo a afirmaccedilatildeo natildeo eacute verdadeira osas alunosas devem apresentar a resposta correcta por exemplo

minus O Pedro tem um automoacutevel grande ndash professora - Natildeo O Pedro tem uma bola minus A Maria tirou uma caixa cheia de materiais de pintura minus A Maimuna tem um laacutepis azul - professora Natildeo a Maimuna tem uma

caixa de laacutepis

3- Conclusatildeo bull Finda esta fase as crianccedilas devem voltar a colocar os objetos na cesta

O jogo recomeccedila com novas instruccedilotildees por exemplo

bull OA professora pede agraves crianccedilas que retirem da cesta um objecto com determinadas caracteriacutesticas por exemplo

minus Bedam escolhe um objecto que seja redondo ndash pede oa professora minus Mariama retira um brinquedo de madeira que seja azul ndash pede oa professora bull A crianccedila deve retirar um objeto agrave sua escolha dentro das condiccedilotildees propostas bull De seguida quando todas as crianccedilas tiverem um objecto oa pro-

fessora deve incentivar cada uma das crianccedilas a criar uma pequena histoacuteria agrave volta do objecto que tecircm na sua posse

bull Oa professora apoia osas alunos na fase de planificaccedilatildeo da histoacuteria colocando-lhes questotildees por exemplo

minus O que podes fazer com esse objecto minus Tens esse objecto em casa minus E algum parecido minus Costumas brincar com ele minus Onde eacute que podemos encontraacute-lo

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Atividade 2

Jogo Quem manda aqui eacute rei

Saber-fazerbull Compreender e aplicar regras de um jogobull Expressar-se livremente

Destinataacuterios Alunos as do 1ordm ciclo

Descriccedilatildeo 1 Preparaccedilatildeo bull OA professora explica agraves crianccedilas as regras do jogo que iraacute realizar-se minus Um dos alunos eacute eleito rei ou rainha minus O rei ou a rainha tecircm poder sobre os seus servos e todos os seus desejos

devem ser realizados Deste modo todas as ordens dadas pelo rei ou pela rainha devem ser respeitadas de imediato

minus As ordens tecircm de ser dadas da seguinte forma ldquoO(a) rei (rainha) man-dahelliprdquo (exemplo ldquoO rei manda saltarrdquo ou ldquoA rainha manda correrrdquo)

minus Apoacutes trecircs ordens o reia rainha deve ceder o seu lugar a outroa alunoa

Nota Se osas alunosas revelarem dificuldades oa professora pode apoiaacute-los colocando-lhes questotildees como

1 O que vecirc na figura 2 Quantos ovos estatildeo no cesto3 E que cor satildeo os ovos que estatildeo no cesto

Actividade 1

Observe a figura 1 e descreva oralmente o que vecirc

Fig 2 Cesto com ovos

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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Guia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

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Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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O Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas pro-fessoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base por um texto teoacuterico e por um conjunto de situaccedilatildeo didaacutecticas (actividades de in-tegraccedilatildeo parcial) e ou situaccedilotildees problema Em quase todas as actividades estaacute indicado o puacuteblico-alvo no entanto oa professora pode recriaacute-las para outras classes Caberaacute aoagrave professora selecionar e adaptar as actividades ao seu plano de aula isto eacute aos saber saber-fazer e saber- ser a desenvolver

ESTRUTURA DO MOacuteDULO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do conhecimen-to expliacutecito da liacutengua

FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

A Importacircncia do Oral

A Liacutengua Portuguesa eacute a liacutengua oficial e de escolarizaccedilatildeo na Guineacute-Bissau assim o seu domiacutenio revela-se fundamental para o acesso ao conhecimento para o sucesso escolar para a interacccedilatildeo com indiviacuteduos que a falam e para o exerciacutecio da cidadania Assim oa formadora oa professora ou oa alunoa devem possuir uma boa expressatildeo e compreensatildeo niacutevel oral e escrito e aplicar as normas graacuteficas e gramaticais a ela inerentes

Compreensatildeo oral

bull Capacidade para atribuir significado a enunciados orais (em Liacutengua Portuguesa)

bull Esta competecircncia envolve a recepccedilatildeo e a descodificaccedilatildeo da mensagem atraveacutes do acesso ao conhecimento organizado na memoacuteria A compreensatildeo oral implica o reconhecimento da situaccedilatildeo a captaccedilatildeo do sentido (intenccedilatildeo) e da funccedilatildeovalor dos indiacutecios visuais e prosoacutedicos (entoaccedilatildeo silecircncios pausas variaccedilotildees de ritmo)

bull No domiacutenio da compreensatildeo do oral osas alunos deveratildeo desenvolver competecircncias de escuta para serem capazes de extrair informaccedilatildeo dos textos ouvidos Para tal eacute fundamental a realizaccedilatildeo de atividades que partindo de discursos com diferentes graus de formalidade e complexidade ensinem osas alunosas a escutar a reter e a registar informaccedilatildeo pertinente

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bull A aprendizagem sistemaacutetica de vocabulaacuterio eacute indispensaacutevel para compreender os discursos ouvidos e para promover o alargamento do vocabulaacuterio doa alunoa

bull Deve haver uma evoluccedilatildeo de situaccedilotildees informais de comunicaccedilatildeo para situaccedilotildees progressivamente mais formais

bull Oa alunoa deve ir aprendendo a preparar o seu discurso a apresentaacute-lo e a agir em funccedilatildeo das reaccedilotildees do puacuteblico

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 1 Compreensatildeo oral ndash progressatildeo

Fig 1 Palavras-chave para o desenvolvimento da compreensatildeo oral

Escutar ReterRegistarinformaccedilatildeo pertinente

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Expressatildeo oral

Capacidade para produzir sequecircncias foacutenicas dotadas de sentido e conformes agrave gramaacutetica da liacutengua

Esta competecircncia que implica e pressupotildee

bull Mobilizaccedilatildeo de saber linguiacutesticos (fonoloacutegicos morfossintaacutecticos semacircnticos)

bull Mobilizaccedilatildeo de saber sociais (regras discursivas culturais que regem o uso da palavra em funccedilatildeo dos contextos)

bull Atitude cooperativa na interaccedilatildeo comunicativa e conhecimento dos papeacuteis desempenhados pelo falante em cada situaccedilatildeo

bull Oa professora deveraacute proporcionar aosas alunosas situaccedilotildees expliacutecitas de aprendizagem de teacutecnicas de expressatildeo oral e de mobilizaccedilatildeo de novos vocaacutebulos

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 2 Expressatildeo oral ndash progressatildeo

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Compreensatildeo do Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Actividade 1

Tiacutetulo A histoacuteria da atenccedilatildeoInvente uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoA Histoacuteria da atenccedilatildeordquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Seleccionar informaccedilatildeo essencialbull Apropriar-se de novos vocaacutebulosbull Recontar textos orais

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm ciclo

Destinataacuterios Alunos do 1ordm ciclo

Exemplo de um jogo que pode ser criado para desenvolver os Saber-fazer citados Materiais objetos de vaacuterias dimensotildees e texturas uma cesta

Actividade 2

Tiacutetulo Objectos que contam histoacuteriasReuacutena um conjunto de objectos e peccedila aos seus formandosalunos que in-ventem uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoObjectos que contam histoacuteriasrdquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Identificar objectos e a sua funcionalidadebull Compreender e realizar tarefas simples de acordo com as instruccedilotildees verbais

dadasbull Reconhecer e seguir a instruccedilotildees

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Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Expressatildeo Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Descriccedilatildeo

1- Preparaccedilatildeo bull Oa professora prepara uma cesta com uma seacuterie de objetos

2- Execuccedilatildeo bull Na sala de aula oa professora com as crianccedilas colocadas em ciacuterculo

e solicita a cada crianccedila que tire um objecto do cesto sem olhar bull OA professora formula afirmaccedilotildees e osas alunosas confirma ou

negam a afirmaccedilatildeo Natildeo a afirmaccedilatildeo natildeo eacute verdadeira osas alunosas devem apresentar a resposta correcta por exemplo

minus O Pedro tem um automoacutevel grande ndash professora - Natildeo O Pedro tem uma bola minus A Maria tirou uma caixa cheia de materiais de pintura minus A Maimuna tem um laacutepis azul - professora Natildeo a Maimuna tem uma

caixa de laacutepis

3- Conclusatildeo bull Finda esta fase as crianccedilas devem voltar a colocar os objetos na cesta

O jogo recomeccedila com novas instruccedilotildees por exemplo

bull OA professora pede agraves crianccedilas que retirem da cesta um objecto com determinadas caracteriacutesticas por exemplo

minus Bedam escolhe um objecto que seja redondo ndash pede oa professora minus Mariama retira um brinquedo de madeira que seja azul ndash pede oa professora bull A crianccedila deve retirar um objeto agrave sua escolha dentro das condiccedilotildees propostas bull De seguida quando todas as crianccedilas tiverem um objecto oa pro-

fessora deve incentivar cada uma das crianccedilas a criar uma pequena histoacuteria agrave volta do objecto que tecircm na sua posse

bull Oa professora apoia osas alunos na fase de planificaccedilatildeo da histoacuteria colocando-lhes questotildees por exemplo

minus O que podes fazer com esse objecto minus Tens esse objecto em casa minus E algum parecido minus Costumas brincar com ele minus Onde eacute que podemos encontraacute-lo

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Atividade 2

Jogo Quem manda aqui eacute rei

Saber-fazerbull Compreender e aplicar regras de um jogobull Expressar-se livremente

Destinataacuterios Alunos as do 1ordm ciclo

Descriccedilatildeo 1 Preparaccedilatildeo bull OA professora explica agraves crianccedilas as regras do jogo que iraacute realizar-se minus Um dos alunos eacute eleito rei ou rainha minus O rei ou a rainha tecircm poder sobre os seus servos e todos os seus desejos

devem ser realizados Deste modo todas as ordens dadas pelo rei ou pela rainha devem ser respeitadas de imediato

minus As ordens tecircm de ser dadas da seguinte forma ldquoO(a) rei (rainha) man-dahelliprdquo (exemplo ldquoO rei manda saltarrdquo ou ldquoA rainha manda correrrdquo)

minus Apoacutes trecircs ordens o reia rainha deve ceder o seu lugar a outroa alunoa

Nota Se osas alunosas revelarem dificuldades oa professora pode apoiaacute-los colocando-lhes questotildees como

1 O que vecirc na figura 2 Quantos ovos estatildeo no cesto3 E que cor satildeo os ovos que estatildeo no cesto

Actividade 1

Observe a figura 1 e descreva oralmente o que vecirc

Fig 2 Cesto com ovos

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do conhecimen-to expliacutecito da liacutengua

FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

A Importacircncia do Oral

A Liacutengua Portuguesa eacute a liacutengua oficial e de escolarizaccedilatildeo na Guineacute-Bissau assim o seu domiacutenio revela-se fundamental para o acesso ao conhecimento para o sucesso escolar para a interacccedilatildeo com indiviacuteduos que a falam e para o exerciacutecio da cidadania Assim oa formadora oa professora ou oa alunoa devem possuir uma boa expressatildeo e compreensatildeo niacutevel oral e escrito e aplicar as normas graacuteficas e gramaticais a ela inerentes

Compreensatildeo oral

bull Capacidade para atribuir significado a enunciados orais (em Liacutengua Portuguesa)

bull Esta competecircncia envolve a recepccedilatildeo e a descodificaccedilatildeo da mensagem atraveacutes do acesso ao conhecimento organizado na memoacuteria A compreensatildeo oral implica o reconhecimento da situaccedilatildeo a captaccedilatildeo do sentido (intenccedilatildeo) e da funccedilatildeovalor dos indiacutecios visuais e prosoacutedicos (entoaccedilatildeo silecircncios pausas variaccedilotildees de ritmo)

bull No domiacutenio da compreensatildeo do oral osas alunos deveratildeo desenvolver competecircncias de escuta para serem capazes de extrair informaccedilatildeo dos textos ouvidos Para tal eacute fundamental a realizaccedilatildeo de atividades que partindo de discursos com diferentes graus de formalidade e complexidade ensinem osas alunosas a escutar a reter e a registar informaccedilatildeo pertinente

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bull A aprendizagem sistemaacutetica de vocabulaacuterio eacute indispensaacutevel para compreender os discursos ouvidos e para promover o alargamento do vocabulaacuterio doa alunoa

bull Deve haver uma evoluccedilatildeo de situaccedilotildees informais de comunicaccedilatildeo para situaccedilotildees progressivamente mais formais

bull Oa alunoa deve ir aprendendo a preparar o seu discurso a apresentaacute-lo e a agir em funccedilatildeo das reaccedilotildees do puacuteblico

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 1 Compreensatildeo oral ndash progressatildeo

Fig 1 Palavras-chave para o desenvolvimento da compreensatildeo oral

Escutar ReterRegistarinformaccedilatildeo pertinente

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Expressatildeo oral

Capacidade para produzir sequecircncias foacutenicas dotadas de sentido e conformes agrave gramaacutetica da liacutengua

Esta competecircncia que implica e pressupotildee

bull Mobilizaccedilatildeo de saber linguiacutesticos (fonoloacutegicos morfossintaacutecticos semacircnticos)

bull Mobilizaccedilatildeo de saber sociais (regras discursivas culturais que regem o uso da palavra em funccedilatildeo dos contextos)

bull Atitude cooperativa na interaccedilatildeo comunicativa e conhecimento dos papeacuteis desempenhados pelo falante em cada situaccedilatildeo

bull Oa professora deveraacute proporcionar aosas alunosas situaccedilotildees expliacutecitas de aprendizagem de teacutecnicas de expressatildeo oral e de mobilizaccedilatildeo de novos vocaacutebulos

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 2 Expressatildeo oral ndash progressatildeo

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Compreensatildeo do Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Actividade 1

Tiacutetulo A histoacuteria da atenccedilatildeoInvente uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoA Histoacuteria da atenccedilatildeordquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Seleccionar informaccedilatildeo essencialbull Apropriar-se de novos vocaacutebulosbull Recontar textos orais

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm ciclo

Destinataacuterios Alunos do 1ordm ciclo

Exemplo de um jogo que pode ser criado para desenvolver os Saber-fazer citados Materiais objetos de vaacuterias dimensotildees e texturas uma cesta

Actividade 2

Tiacutetulo Objectos que contam histoacuteriasReuacutena um conjunto de objectos e peccedila aos seus formandosalunos que in-ventem uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoObjectos que contam histoacuteriasrdquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Identificar objectos e a sua funcionalidadebull Compreender e realizar tarefas simples de acordo com as instruccedilotildees verbais

dadasbull Reconhecer e seguir a instruccedilotildees

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Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Expressatildeo Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Descriccedilatildeo

1- Preparaccedilatildeo bull Oa professora prepara uma cesta com uma seacuterie de objetos

2- Execuccedilatildeo bull Na sala de aula oa professora com as crianccedilas colocadas em ciacuterculo

e solicita a cada crianccedila que tire um objecto do cesto sem olhar bull OA professora formula afirmaccedilotildees e osas alunosas confirma ou

negam a afirmaccedilatildeo Natildeo a afirmaccedilatildeo natildeo eacute verdadeira osas alunosas devem apresentar a resposta correcta por exemplo

minus O Pedro tem um automoacutevel grande ndash professora - Natildeo O Pedro tem uma bola minus A Maria tirou uma caixa cheia de materiais de pintura minus A Maimuna tem um laacutepis azul - professora Natildeo a Maimuna tem uma

caixa de laacutepis

3- Conclusatildeo bull Finda esta fase as crianccedilas devem voltar a colocar os objetos na cesta

O jogo recomeccedila com novas instruccedilotildees por exemplo

bull OA professora pede agraves crianccedilas que retirem da cesta um objecto com determinadas caracteriacutesticas por exemplo

minus Bedam escolhe um objecto que seja redondo ndash pede oa professora minus Mariama retira um brinquedo de madeira que seja azul ndash pede oa professora bull A crianccedila deve retirar um objeto agrave sua escolha dentro das condiccedilotildees propostas bull De seguida quando todas as crianccedilas tiverem um objecto oa pro-

fessora deve incentivar cada uma das crianccedilas a criar uma pequena histoacuteria agrave volta do objecto que tecircm na sua posse

bull Oa professora apoia osas alunos na fase de planificaccedilatildeo da histoacuteria colocando-lhes questotildees por exemplo

minus O que podes fazer com esse objecto minus Tens esse objecto em casa minus E algum parecido minus Costumas brincar com ele minus Onde eacute que podemos encontraacute-lo

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Atividade 2

Jogo Quem manda aqui eacute rei

Saber-fazerbull Compreender e aplicar regras de um jogobull Expressar-se livremente

Destinataacuterios Alunos as do 1ordm ciclo

Descriccedilatildeo 1 Preparaccedilatildeo bull OA professora explica agraves crianccedilas as regras do jogo que iraacute realizar-se minus Um dos alunos eacute eleito rei ou rainha minus O rei ou a rainha tecircm poder sobre os seus servos e todos os seus desejos

devem ser realizados Deste modo todas as ordens dadas pelo rei ou pela rainha devem ser respeitadas de imediato

minus As ordens tecircm de ser dadas da seguinte forma ldquoO(a) rei (rainha) man-dahelliprdquo (exemplo ldquoO rei manda saltarrdquo ou ldquoA rainha manda correrrdquo)

minus Apoacutes trecircs ordens o reia rainha deve ceder o seu lugar a outroa alunoa

Nota Se osas alunosas revelarem dificuldades oa professora pode apoiaacute-los colocando-lhes questotildees como

1 O que vecirc na figura 2 Quantos ovos estatildeo no cesto3 E que cor satildeo os ovos que estatildeo no cesto

Actividade 1

Observe a figura 1 e descreva oralmente o que vecirc

Fig 2 Cesto com ovos

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

A Importacircncia do Oral

A Liacutengua Portuguesa eacute a liacutengua oficial e de escolarizaccedilatildeo na Guineacute-Bissau assim o seu domiacutenio revela-se fundamental para o acesso ao conhecimento para o sucesso escolar para a interacccedilatildeo com indiviacuteduos que a falam e para o exerciacutecio da cidadania Assim oa formadora oa professora ou oa alunoa devem possuir uma boa expressatildeo e compreensatildeo niacutevel oral e escrito e aplicar as normas graacuteficas e gramaticais a ela inerentes

Compreensatildeo oral

bull Capacidade para atribuir significado a enunciados orais (em Liacutengua Portuguesa)

bull Esta competecircncia envolve a recepccedilatildeo e a descodificaccedilatildeo da mensagem atraveacutes do acesso ao conhecimento organizado na memoacuteria A compreensatildeo oral implica o reconhecimento da situaccedilatildeo a captaccedilatildeo do sentido (intenccedilatildeo) e da funccedilatildeovalor dos indiacutecios visuais e prosoacutedicos (entoaccedilatildeo silecircncios pausas variaccedilotildees de ritmo)

bull No domiacutenio da compreensatildeo do oral osas alunos deveratildeo desenvolver competecircncias de escuta para serem capazes de extrair informaccedilatildeo dos textos ouvidos Para tal eacute fundamental a realizaccedilatildeo de atividades que partindo de discursos com diferentes graus de formalidade e complexidade ensinem osas alunosas a escutar a reter e a registar informaccedilatildeo pertinente

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bull A aprendizagem sistemaacutetica de vocabulaacuterio eacute indispensaacutevel para compreender os discursos ouvidos e para promover o alargamento do vocabulaacuterio doa alunoa

bull Deve haver uma evoluccedilatildeo de situaccedilotildees informais de comunicaccedilatildeo para situaccedilotildees progressivamente mais formais

bull Oa alunoa deve ir aprendendo a preparar o seu discurso a apresentaacute-lo e a agir em funccedilatildeo das reaccedilotildees do puacuteblico

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 1 Compreensatildeo oral ndash progressatildeo

Fig 1 Palavras-chave para o desenvolvimento da compreensatildeo oral

Escutar ReterRegistarinformaccedilatildeo pertinente

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Expressatildeo oral

Capacidade para produzir sequecircncias foacutenicas dotadas de sentido e conformes agrave gramaacutetica da liacutengua

Esta competecircncia que implica e pressupotildee

bull Mobilizaccedilatildeo de saber linguiacutesticos (fonoloacutegicos morfossintaacutecticos semacircnticos)

bull Mobilizaccedilatildeo de saber sociais (regras discursivas culturais que regem o uso da palavra em funccedilatildeo dos contextos)

bull Atitude cooperativa na interaccedilatildeo comunicativa e conhecimento dos papeacuteis desempenhados pelo falante em cada situaccedilatildeo

bull Oa professora deveraacute proporcionar aosas alunosas situaccedilotildees expliacutecitas de aprendizagem de teacutecnicas de expressatildeo oral e de mobilizaccedilatildeo de novos vocaacutebulos

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 2 Expressatildeo oral ndash progressatildeo

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Compreensatildeo do Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Actividade 1

Tiacutetulo A histoacuteria da atenccedilatildeoInvente uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoA Histoacuteria da atenccedilatildeordquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Seleccionar informaccedilatildeo essencialbull Apropriar-se de novos vocaacutebulosbull Recontar textos orais

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm ciclo

Destinataacuterios Alunos do 1ordm ciclo

Exemplo de um jogo que pode ser criado para desenvolver os Saber-fazer citados Materiais objetos de vaacuterias dimensotildees e texturas uma cesta

Actividade 2

Tiacutetulo Objectos que contam histoacuteriasReuacutena um conjunto de objectos e peccedila aos seus formandosalunos que in-ventem uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoObjectos que contam histoacuteriasrdquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Identificar objectos e a sua funcionalidadebull Compreender e realizar tarefas simples de acordo com as instruccedilotildees verbais

dadasbull Reconhecer e seguir a instruccedilotildees

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Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Expressatildeo Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Descriccedilatildeo

1- Preparaccedilatildeo bull Oa professora prepara uma cesta com uma seacuterie de objetos

2- Execuccedilatildeo bull Na sala de aula oa professora com as crianccedilas colocadas em ciacuterculo

e solicita a cada crianccedila que tire um objecto do cesto sem olhar bull OA professora formula afirmaccedilotildees e osas alunosas confirma ou

negam a afirmaccedilatildeo Natildeo a afirmaccedilatildeo natildeo eacute verdadeira osas alunosas devem apresentar a resposta correcta por exemplo

minus O Pedro tem um automoacutevel grande ndash professora - Natildeo O Pedro tem uma bola minus A Maria tirou uma caixa cheia de materiais de pintura minus A Maimuna tem um laacutepis azul - professora Natildeo a Maimuna tem uma

caixa de laacutepis

3- Conclusatildeo bull Finda esta fase as crianccedilas devem voltar a colocar os objetos na cesta

O jogo recomeccedila com novas instruccedilotildees por exemplo

bull OA professora pede agraves crianccedilas que retirem da cesta um objecto com determinadas caracteriacutesticas por exemplo

minus Bedam escolhe um objecto que seja redondo ndash pede oa professora minus Mariama retira um brinquedo de madeira que seja azul ndash pede oa professora bull A crianccedila deve retirar um objeto agrave sua escolha dentro das condiccedilotildees propostas bull De seguida quando todas as crianccedilas tiverem um objecto oa pro-

fessora deve incentivar cada uma das crianccedilas a criar uma pequena histoacuteria agrave volta do objecto que tecircm na sua posse

bull Oa professora apoia osas alunos na fase de planificaccedilatildeo da histoacuteria colocando-lhes questotildees por exemplo

minus O que podes fazer com esse objecto minus Tens esse objecto em casa minus E algum parecido minus Costumas brincar com ele minus Onde eacute que podemos encontraacute-lo

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Atividade 2

Jogo Quem manda aqui eacute rei

Saber-fazerbull Compreender e aplicar regras de um jogobull Expressar-se livremente

Destinataacuterios Alunos as do 1ordm ciclo

Descriccedilatildeo 1 Preparaccedilatildeo bull OA professora explica agraves crianccedilas as regras do jogo que iraacute realizar-se minus Um dos alunos eacute eleito rei ou rainha minus O rei ou a rainha tecircm poder sobre os seus servos e todos os seus desejos

devem ser realizados Deste modo todas as ordens dadas pelo rei ou pela rainha devem ser respeitadas de imediato

minus As ordens tecircm de ser dadas da seguinte forma ldquoO(a) rei (rainha) man-dahelliprdquo (exemplo ldquoO rei manda saltarrdquo ou ldquoA rainha manda correrrdquo)

minus Apoacutes trecircs ordens o reia rainha deve ceder o seu lugar a outroa alunoa

Nota Se osas alunosas revelarem dificuldades oa professora pode apoiaacute-los colocando-lhes questotildees como

1 O que vecirc na figura 2 Quantos ovos estatildeo no cesto3 E que cor satildeo os ovos que estatildeo no cesto

Actividade 1

Observe a figura 1 e descreva oralmente o que vecirc

Fig 2 Cesto com ovos

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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bull A aprendizagem sistemaacutetica de vocabulaacuterio eacute indispensaacutevel para compreender os discursos ouvidos e para promover o alargamento do vocabulaacuterio doa alunoa

bull Deve haver uma evoluccedilatildeo de situaccedilotildees informais de comunicaccedilatildeo para situaccedilotildees progressivamente mais formais

bull Oa alunoa deve ir aprendendo a preparar o seu discurso a apresentaacute-lo e a agir em funccedilatildeo das reaccedilotildees do puacuteblico

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 1 Compreensatildeo oral ndash progressatildeo

Fig 1 Palavras-chave para o desenvolvimento da compreensatildeo oral

Escutar ReterRegistarinformaccedilatildeo pertinente

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Expressatildeo oral

Capacidade para produzir sequecircncias foacutenicas dotadas de sentido e conformes agrave gramaacutetica da liacutengua

Esta competecircncia que implica e pressupotildee

bull Mobilizaccedilatildeo de saber linguiacutesticos (fonoloacutegicos morfossintaacutecticos semacircnticos)

bull Mobilizaccedilatildeo de saber sociais (regras discursivas culturais que regem o uso da palavra em funccedilatildeo dos contextos)

bull Atitude cooperativa na interaccedilatildeo comunicativa e conhecimento dos papeacuteis desempenhados pelo falante em cada situaccedilatildeo

bull Oa professora deveraacute proporcionar aosas alunosas situaccedilotildees expliacutecitas de aprendizagem de teacutecnicas de expressatildeo oral e de mobilizaccedilatildeo de novos vocaacutebulos

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 2 Expressatildeo oral ndash progressatildeo

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Compreensatildeo do Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Actividade 1

Tiacutetulo A histoacuteria da atenccedilatildeoInvente uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoA Histoacuteria da atenccedilatildeordquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Seleccionar informaccedilatildeo essencialbull Apropriar-se de novos vocaacutebulosbull Recontar textos orais

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm ciclo

Destinataacuterios Alunos do 1ordm ciclo

Exemplo de um jogo que pode ser criado para desenvolver os Saber-fazer citados Materiais objetos de vaacuterias dimensotildees e texturas uma cesta

Actividade 2

Tiacutetulo Objectos que contam histoacuteriasReuacutena um conjunto de objectos e peccedila aos seus formandosalunos que in-ventem uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoObjectos que contam histoacuteriasrdquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Identificar objectos e a sua funcionalidadebull Compreender e realizar tarefas simples de acordo com as instruccedilotildees verbais

dadasbull Reconhecer e seguir a instruccedilotildees

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Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Expressatildeo Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Descriccedilatildeo

1- Preparaccedilatildeo bull Oa professora prepara uma cesta com uma seacuterie de objetos

2- Execuccedilatildeo bull Na sala de aula oa professora com as crianccedilas colocadas em ciacuterculo

e solicita a cada crianccedila que tire um objecto do cesto sem olhar bull OA professora formula afirmaccedilotildees e osas alunosas confirma ou

negam a afirmaccedilatildeo Natildeo a afirmaccedilatildeo natildeo eacute verdadeira osas alunosas devem apresentar a resposta correcta por exemplo

minus O Pedro tem um automoacutevel grande ndash professora - Natildeo O Pedro tem uma bola minus A Maria tirou uma caixa cheia de materiais de pintura minus A Maimuna tem um laacutepis azul - professora Natildeo a Maimuna tem uma

caixa de laacutepis

3- Conclusatildeo bull Finda esta fase as crianccedilas devem voltar a colocar os objetos na cesta

O jogo recomeccedila com novas instruccedilotildees por exemplo

bull OA professora pede agraves crianccedilas que retirem da cesta um objecto com determinadas caracteriacutesticas por exemplo

minus Bedam escolhe um objecto que seja redondo ndash pede oa professora minus Mariama retira um brinquedo de madeira que seja azul ndash pede oa professora bull A crianccedila deve retirar um objeto agrave sua escolha dentro das condiccedilotildees propostas bull De seguida quando todas as crianccedilas tiverem um objecto oa pro-

fessora deve incentivar cada uma das crianccedilas a criar uma pequena histoacuteria agrave volta do objecto que tecircm na sua posse

bull Oa professora apoia osas alunos na fase de planificaccedilatildeo da histoacuteria colocando-lhes questotildees por exemplo

minus O que podes fazer com esse objecto minus Tens esse objecto em casa minus E algum parecido minus Costumas brincar com ele minus Onde eacute que podemos encontraacute-lo

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Atividade 2

Jogo Quem manda aqui eacute rei

Saber-fazerbull Compreender e aplicar regras de um jogobull Expressar-se livremente

Destinataacuterios Alunos as do 1ordm ciclo

Descriccedilatildeo 1 Preparaccedilatildeo bull OA professora explica agraves crianccedilas as regras do jogo que iraacute realizar-se minus Um dos alunos eacute eleito rei ou rainha minus O rei ou a rainha tecircm poder sobre os seus servos e todos os seus desejos

devem ser realizados Deste modo todas as ordens dadas pelo rei ou pela rainha devem ser respeitadas de imediato

minus As ordens tecircm de ser dadas da seguinte forma ldquoO(a) rei (rainha) man-dahelliprdquo (exemplo ldquoO rei manda saltarrdquo ou ldquoA rainha manda correrrdquo)

minus Apoacutes trecircs ordens o reia rainha deve ceder o seu lugar a outroa alunoa

Nota Se osas alunosas revelarem dificuldades oa professora pode apoiaacute-los colocando-lhes questotildees como

1 O que vecirc na figura 2 Quantos ovos estatildeo no cesto3 E que cor satildeo os ovos que estatildeo no cesto

Actividade 1

Observe a figura 1 e descreva oralmente o que vecirc

Fig 2 Cesto com ovos

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

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laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Expressatildeo oral

Capacidade para produzir sequecircncias foacutenicas dotadas de sentido e conformes agrave gramaacutetica da liacutengua

Esta competecircncia que implica e pressupotildee

bull Mobilizaccedilatildeo de saber linguiacutesticos (fonoloacutegicos morfossintaacutecticos semacircnticos)

bull Mobilizaccedilatildeo de saber sociais (regras discursivas culturais que regem o uso da palavra em funccedilatildeo dos contextos)

bull Atitude cooperativa na interaccedilatildeo comunicativa e conhecimento dos papeacuteis desempenhados pelo falante em cada situaccedilatildeo

bull Oa professora deveraacute proporcionar aosas alunosas situaccedilotildees expliacutecitas de aprendizagem de teacutecnicas de expressatildeo oral e de mobilizaccedilatildeo de novos vocaacutebulos

(adaptado de httpwwwexplicatoriumcomlegislacaoCompetencias-lingua-portuguesaphp)

Quadro 2 Expressatildeo oral ndash progressatildeo

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Compreensatildeo do Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Actividade 1

Tiacutetulo A histoacuteria da atenccedilatildeoInvente uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoA Histoacuteria da atenccedilatildeordquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Seleccionar informaccedilatildeo essencialbull Apropriar-se de novos vocaacutebulosbull Recontar textos orais

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm ciclo

Destinataacuterios Alunos do 1ordm ciclo

Exemplo de um jogo que pode ser criado para desenvolver os Saber-fazer citados Materiais objetos de vaacuterias dimensotildees e texturas uma cesta

Actividade 2

Tiacutetulo Objectos que contam histoacuteriasReuacutena um conjunto de objectos e peccedila aos seus formandosalunos que in-ventem uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoObjectos que contam histoacuteriasrdquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Identificar objectos e a sua funcionalidadebull Compreender e realizar tarefas simples de acordo com as instruccedilotildees verbais

dadasbull Reconhecer e seguir a instruccedilotildees

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Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Expressatildeo Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Descriccedilatildeo

1- Preparaccedilatildeo bull Oa professora prepara uma cesta com uma seacuterie de objetos

2- Execuccedilatildeo bull Na sala de aula oa professora com as crianccedilas colocadas em ciacuterculo

e solicita a cada crianccedila que tire um objecto do cesto sem olhar bull OA professora formula afirmaccedilotildees e osas alunosas confirma ou

negam a afirmaccedilatildeo Natildeo a afirmaccedilatildeo natildeo eacute verdadeira osas alunosas devem apresentar a resposta correcta por exemplo

minus O Pedro tem um automoacutevel grande ndash professora - Natildeo O Pedro tem uma bola minus A Maria tirou uma caixa cheia de materiais de pintura minus A Maimuna tem um laacutepis azul - professora Natildeo a Maimuna tem uma

caixa de laacutepis

3- Conclusatildeo bull Finda esta fase as crianccedilas devem voltar a colocar os objetos na cesta

O jogo recomeccedila com novas instruccedilotildees por exemplo

bull OA professora pede agraves crianccedilas que retirem da cesta um objecto com determinadas caracteriacutesticas por exemplo

minus Bedam escolhe um objecto que seja redondo ndash pede oa professora minus Mariama retira um brinquedo de madeira que seja azul ndash pede oa professora bull A crianccedila deve retirar um objeto agrave sua escolha dentro das condiccedilotildees propostas bull De seguida quando todas as crianccedilas tiverem um objecto oa pro-

fessora deve incentivar cada uma das crianccedilas a criar uma pequena histoacuteria agrave volta do objecto que tecircm na sua posse

bull Oa professora apoia osas alunos na fase de planificaccedilatildeo da histoacuteria colocando-lhes questotildees por exemplo

minus O que podes fazer com esse objecto minus Tens esse objecto em casa minus E algum parecido minus Costumas brincar com ele minus Onde eacute que podemos encontraacute-lo

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Atividade 2

Jogo Quem manda aqui eacute rei

Saber-fazerbull Compreender e aplicar regras de um jogobull Expressar-se livremente

Destinataacuterios Alunos as do 1ordm ciclo

Descriccedilatildeo 1 Preparaccedilatildeo bull OA professora explica agraves crianccedilas as regras do jogo que iraacute realizar-se minus Um dos alunos eacute eleito rei ou rainha minus O rei ou a rainha tecircm poder sobre os seus servos e todos os seus desejos

devem ser realizados Deste modo todas as ordens dadas pelo rei ou pela rainha devem ser respeitadas de imediato

minus As ordens tecircm de ser dadas da seguinte forma ldquoO(a) rei (rainha) man-dahelliprdquo (exemplo ldquoO rei manda saltarrdquo ou ldquoA rainha manda correrrdquo)

minus Apoacutes trecircs ordens o reia rainha deve ceder o seu lugar a outroa alunoa

Nota Se osas alunosas revelarem dificuldades oa professora pode apoiaacute-los colocando-lhes questotildees como

1 O que vecirc na figura 2 Quantos ovos estatildeo no cesto3 E que cor satildeo os ovos que estatildeo no cesto

Actividade 1

Observe a figura 1 e descreva oralmente o que vecirc

Fig 2 Cesto com ovos

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

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laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Compreensatildeo do Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Actividade 1

Tiacutetulo A histoacuteria da atenccedilatildeoInvente uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoA Histoacuteria da atenccedilatildeordquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Seleccionar informaccedilatildeo essencialbull Apropriar-se de novos vocaacutebulosbull Recontar textos orais

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm ciclo

Destinataacuterios Alunos do 1ordm ciclo

Exemplo de um jogo que pode ser criado para desenvolver os Saber-fazer citados Materiais objetos de vaacuterias dimensotildees e texturas uma cesta

Actividade 2

Tiacutetulo Objectos que contam histoacuteriasReuacutena um conjunto de objectos e peccedila aos seus formandosalunos que in-ventem uma histoacuteria com o tiacutetulo ldquoObjectos que contam histoacuteriasrdquo de seguida crie uma instruccedilatildeo que vise desenvolver os saber baixo indicados

Saber-fazerbull Identificar objectos e a sua funcionalidadebull Compreender e realizar tarefas simples de acordo com as instruccedilotildees verbais

dadasbull Reconhecer e seguir a instruccedilotildees

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Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Expressatildeo Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Descriccedilatildeo

1- Preparaccedilatildeo bull Oa professora prepara uma cesta com uma seacuterie de objetos

2- Execuccedilatildeo bull Na sala de aula oa professora com as crianccedilas colocadas em ciacuterculo

e solicita a cada crianccedila que tire um objecto do cesto sem olhar bull OA professora formula afirmaccedilotildees e osas alunosas confirma ou

negam a afirmaccedilatildeo Natildeo a afirmaccedilatildeo natildeo eacute verdadeira osas alunosas devem apresentar a resposta correcta por exemplo

minus O Pedro tem um automoacutevel grande ndash professora - Natildeo O Pedro tem uma bola minus A Maria tirou uma caixa cheia de materiais de pintura minus A Maimuna tem um laacutepis azul - professora Natildeo a Maimuna tem uma

caixa de laacutepis

3- Conclusatildeo bull Finda esta fase as crianccedilas devem voltar a colocar os objetos na cesta

O jogo recomeccedila com novas instruccedilotildees por exemplo

bull OA professora pede agraves crianccedilas que retirem da cesta um objecto com determinadas caracteriacutesticas por exemplo

minus Bedam escolhe um objecto que seja redondo ndash pede oa professora minus Mariama retira um brinquedo de madeira que seja azul ndash pede oa professora bull A crianccedila deve retirar um objeto agrave sua escolha dentro das condiccedilotildees propostas bull De seguida quando todas as crianccedilas tiverem um objecto oa pro-

fessora deve incentivar cada uma das crianccedilas a criar uma pequena histoacuteria agrave volta do objecto que tecircm na sua posse

bull Oa professora apoia osas alunos na fase de planificaccedilatildeo da histoacuteria colocando-lhes questotildees por exemplo

minus O que podes fazer com esse objecto minus Tens esse objecto em casa minus E algum parecido minus Costumas brincar com ele minus Onde eacute que podemos encontraacute-lo

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Atividade 2

Jogo Quem manda aqui eacute rei

Saber-fazerbull Compreender e aplicar regras de um jogobull Expressar-se livremente

Destinataacuterios Alunos as do 1ordm ciclo

Descriccedilatildeo 1 Preparaccedilatildeo bull OA professora explica agraves crianccedilas as regras do jogo que iraacute realizar-se minus Um dos alunos eacute eleito rei ou rainha minus O rei ou a rainha tecircm poder sobre os seus servos e todos os seus desejos

devem ser realizados Deste modo todas as ordens dadas pelo rei ou pela rainha devem ser respeitadas de imediato

minus As ordens tecircm de ser dadas da seguinte forma ldquoO(a) rei (rainha) man-dahelliprdquo (exemplo ldquoO rei manda saltarrdquo ou ldquoA rainha manda correrrdquo)

minus Apoacutes trecircs ordens o reia rainha deve ceder o seu lugar a outroa alunoa

Nota Se osas alunosas revelarem dificuldades oa professora pode apoiaacute-los colocando-lhes questotildees como

1 O que vecirc na figura 2 Quantos ovos estatildeo no cesto3 E que cor satildeo os ovos que estatildeo no cesto

Actividade 1

Observe a figura 1 e descreva oralmente o que vecirc

Fig 2 Cesto com ovos

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Apresenta-se de seguida um conjunto de propostas de actividades para desenvolver a Expressatildeo Oral Para cada uma das actividades propostas foi definido um conjunto de saber-fazer cabe aoagrave formador ou aoagrave professora elaborar a respectiva instruccedilatildeo adequada ao puacuteblico-alvo

Descriccedilatildeo

1- Preparaccedilatildeo bull Oa professora prepara uma cesta com uma seacuterie de objetos

2- Execuccedilatildeo bull Na sala de aula oa professora com as crianccedilas colocadas em ciacuterculo

e solicita a cada crianccedila que tire um objecto do cesto sem olhar bull OA professora formula afirmaccedilotildees e osas alunosas confirma ou

negam a afirmaccedilatildeo Natildeo a afirmaccedilatildeo natildeo eacute verdadeira osas alunosas devem apresentar a resposta correcta por exemplo

minus O Pedro tem um automoacutevel grande ndash professora - Natildeo O Pedro tem uma bola minus A Maria tirou uma caixa cheia de materiais de pintura minus A Maimuna tem um laacutepis azul - professora Natildeo a Maimuna tem uma

caixa de laacutepis

3- Conclusatildeo bull Finda esta fase as crianccedilas devem voltar a colocar os objetos na cesta

O jogo recomeccedila com novas instruccedilotildees por exemplo

bull OA professora pede agraves crianccedilas que retirem da cesta um objecto com determinadas caracteriacutesticas por exemplo

minus Bedam escolhe um objecto que seja redondo ndash pede oa professora minus Mariama retira um brinquedo de madeira que seja azul ndash pede oa professora bull A crianccedila deve retirar um objeto agrave sua escolha dentro das condiccedilotildees propostas bull De seguida quando todas as crianccedilas tiverem um objecto oa pro-

fessora deve incentivar cada uma das crianccedilas a criar uma pequena histoacuteria agrave volta do objecto que tecircm na sua posse

bull Oa professora apoia osas alunos na fase de planificaccedilatildeo da histoacuteria colocando-lhes questotildees por exemplo

minus O que podes fazer com esse objecto minus Tens esse objecto em casa minus E algum parecido minus Costumas brincar com ele minus Onde eacute que podemos encontraacute-lo

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Atividade 2

Jogo Quem manda aqui eacute rei

Saber-fazerbull Compreender e aplicar regras de um jogobull Expressar-se livremente

Destinataacuterios Alunos as do 1ordm ciclo

Descriccedilatildeo 1 Preparaccedilatildeo bull OA professora explica agraves crianccedilas as regras do jogo que iraacute realizar-se minus Um dos alunos eacute eleito rei ou rainha minus O rei ou a rainha tecircm poder sobre os seus servos e todos os seus desejos

devem ser realizados Deste modo todas as ordens dadas pelo rei ou pela rainha devem ser respeitadas de imediato

minus As ordens tecircm de ser dadas da seguinte forma ldquoO(a) rei (rainha) man-dahelliprdquo (exemplo ldquoO rei manda saltarrdquo ou ldquoA rainha manda correrrdquo)

minus Apoacutes trecircs ordens o reia rainha deve ceder o seu lugar a outroa alunoa

Nota Se osas alunosas revelarem dificuldades oa professora pode apoiaacute-los colocando-lhes questotildees como

1 O que vecirc na figura 2 Quantos ovos estatildeo no cesto3 E que cor satildeo os ovos que estatildeo no cesto

Actividade 1

Observe a figura 1 e descreva oralmente o que vecirc

Fig 2 Cesto com ovos

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

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Webgrafia

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Guia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Atividade 2

Jogo Quem manda aqui eacute rei

Saber-fazerbull Compreender e aplicar regras de um jogobull Expressar-se livremente

Destinataacuterios Alunos as do 1ordm ciclo

Descriccedilatildeo 1 Preparaccedilatildeo bull OA professora explica agraves crianccedilas as regras do jogo que iraacute realizar-se minus Um dos alunos eacute eleito rei ou rainha minus O rei ou a rainha tecircm poder sobre os seus servos e todos os seus desejos

devem ser realizados Deste modo todas as ordens dadas pelo rei ou pela rainha devem ser respeitadas de imediato

minus As ordens tecircm de ser dadas da seguinte forma ldquoO(a) rei (rainha) man-dahelliprdquo (exemplo ldquoO rei manda saltarrdquo ou ldquoA rainha manda correrrdquo)

minus Apoacutes trecircs ordens o reia rainha deve ceder o seu lugar a outroa alunoa

Nota Se osas alunosas revelarem dificuldades oa professora pode apoiaacute-los colocando-lhes questotildees como

1 O que vecirc na figura 2 Quantos ovos estatildeo no cesto3 E que cor satildeo os ovos que estatildeo no cesto

Actividade 1

Observe a figura 1 e descreva oralmente o que vecirc

Fig 2 Cesto com ovos

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
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Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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Atividade 3

Tiacutetulo A detecccedilatildeo de erros

Saber-fazerbull Identificar o campo semacircntico de algumas palavras bull Reconhecer a veracidade de afirmaccedilotildees

Destinataacuterios Alunosas do 1ordm Ciclo

Materiais Caixas com imagens ou imagens no quadro

Descriccedilatildeo bull Nesta actividade oa professora deve apresentar oralmente agraves crianccedilas

expressotildees linguiacutesticas que apresentem situaccedilotildees impossiacuteveis accedilotildees equiacutevocas ou descriccedilotildees erradas Por exemplo

minus Os gatos tecircm asas - O Joatildeo bebe leite pelo sapato - Eu vi um catildeo com pernas minus As motas tecircm duas portas bull Estas expressotildees devem ser misturadas num discurso fluente com outras que

sejam ajustadas agrave realidade Ao utilizar este discurso oa professora natildeo soacute pretende assegurar que as crianccedilas estatildeo devidamente atentas agrave atividade como tambeacutem pretende desenvolver a compreensatildeo oral dosas alunosas

bull Osas alunosas devem interromper o discurso doa professora a fim de indicarem os erros detectados

bull Posteriormente oa professora deve formar grupos de quatro elementos e fornecer aos grupos uma caixa com doze imagens Os grupos devem formar seacuteries de trecircs palavras em que duas pertencem agrave mesma classe ou categoria sendo a terceira palavra o intruso Por exemplo

minus Uma imagem de um sapatouma imagem de uma facauma imagem de uma colher

bull Finalmente cada grupo deve explicitar verbalmente agrave turma quais satildeo as imagens da mesma categoria e qual eacute o intruso justificando as suas escolhas Por exemplo

minus ldquoO intruso neste conjunto eacute o sapato pois a faca e a colher satildeo instrumentos que usamos para comerrdquo

bull Todos os conjuntos de imagens formados por cada grupo devem ser objeto de anaacutelise por parte da turma e doa professora

bull Apoacutes a explicitaccedilatildeo das regras osas alunosas devem dispor-se pela sala e aguardar pelas ordens do reirainha que deveraacute estar num local que permita observar as acccedilotildees dos restantes alunosas Deste modo oa reirainha pode posicionar-se numa superfiacutecie elevada que natildeo seja quebraacutevel como por exemplo uma caixa de madeira

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Sugestatildeo Para aleacutem das actividades propostas oa formadora oa professor pode realizar outras com por exemplo a recriaccedilatildeo de jogos tradicionais de jogos de saudaccedilatildeo realizar dramatizaccedilotildees

TEMA Animais aquaacuteticosPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 Um dia ao regressar da escola o Domingos e a Mariama avistaram um dos animais representados nas figuras O Domingos quis aproximar-se para ver o animal mais de perto e conversar com ele mas a Mariama segurou-lhe no braccedilo e disse-lhe para ter cuidado

Imagine a conversa entre o Domingos e a Mariama Dramatize a conversa com os seus colegas

Tema Os meios de transporte

1 Observe a figuras e descreva o que vecirc em cada uma delas

2 O Mamadu e a Fatuma moram em Bolama e foram visitar os tios ao Senegal Foi uma longa viagem pois precisaram de andar em vaacuterios meios de transporte ateacute chegar a casa dos tios Conte como foi essa viagem

Fig 3 O golfinho Fig 4 O crocodilo Fig 5 O hipopoacutetamo

Fig 6 A jangada Fig 7 O aviatildeo Fig 8 O camiatildeo

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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TEMA O recreio na escolaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

2 O Joatildeo morava em Cacheu e agora mora em Bissau Como natildeo conhecia ningueacutem na escola nova cumprimentou as colegas que encontrou agrave porta da sala mas de repente a campainha soou e oa professora pediu aosagraves alunosas para entrarem na sala Imagine que eacute o Joatildeo e que a campainha natildeo tinha tocado o que teria conversado com as colegas que acabou de conhecer

Fig 9 Alunos no primeiro dia de aulas

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
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Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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TEMA os moacuteveis

A-Puacuteblico-alvo 5ordm ano

1 Observe a figura e descreva o que vecirc

Fig 10 Os moacuteveis

2 Na casa nova o Joatildeo tem moacuteveis novos nas natildeo sabe muito bem como eacute os haacute-de colocar Ajude o Joatildeo a decorar a casa com os moacuteveis da figura 10 Diga por que eacute que colocaria os moacuteveis numas divisotildees e natildeo noutras

B- Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Divida a turma em grupos de 5 elementos Distribua o cenaacuterio A a alguns grupos e o cenaacuterio B aos restantes e peccedila aos alunos que inventem uma histoacuteria para cada um dos cenaacuterios

Apoacutes a conclusatildeo dos exerciacutecios os grupos devem ler as suas histoacuterias oralmente No final de ouvirem todas as histoacuterias osas autoresas da histoacuteria fazem perguntas aos restantes para verificarem se a sua histoacuteria foi bem compreendida

Quando terminarem a leitura e a interpretaccedilatildeo das vaacuterias histoacuterias verificam quais satildeo os elementos comuns entre elas

Cenaacuterio A ndash Histoacuteria contada pelo protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 1ordf pessoa) Cenaacuterio B ndash Histoacuteria contada por outra pessoa que natildeo o protagonista da histoacuteria (histoacuteria na 3ordf pessoa)

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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TEMA Animais selvagens

1 Oa professora tem um conjunto de cartotildees com as imagens representadas nas figuras abaixo Cola os cartotildees no quadro de modo aleatoacuterio pede aosagraves alunosas que observem as figuras e que de seguida os posicionem na mata nos locais por onde costuma andar cada um dos animais

2 Elabore um texto sobre o habitat de cada um dos animais Leia-o em voz alta

Fig12 Macaco

Fig14 Rato

Fig11 Papagaios

Fig13 Onccedila pintada

Fig 15 Mata

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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MOacute

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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MOacute

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as imagens e explique como se planta arroz e em que trabalhos agriacutecolas se utiliza o gado

Fig 15 O arrozal (bolanha) Fig 16 O gado

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

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Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

Um olhar sobre a aprendizagem da leitura na 1ordf fase do 1ordm ciclo

laquoLer eacute compreender o que estaacute escrito A leitura eacute acima de tudo um processo de compreensatildeo que mobiliza simultaneamente um sistema articulado de capacidades e de conhecimentos Eacute uma competecircncia linguiacutestica que tem por base o registo graacutefico de uma mensagem verbal o que significa que tudo o que pode ser dito pode ser escrito e tudo o que for escrito pode ser dito

Oralidade e escrita embora partilhando o objectivo da comunicaccedilatildeo verbal possuem caracteriacutesticas distintas A compreensatildeo e a produccedilatildeo oral correspondem a usos primaacuterios da liacutengua enquanto a leitura e a expressatildeo escrita configuram-se como usos secundaacuterios No processo prodigioso da comunicaccedilatildeo verbal a linguagem escrita eacute um acessoacuterio cujo motor essencial eacute a linguagem oral que adquirimos enquanto crianccedilas (Pinker 1994) A independecircncia e a primazia do oral sobre o escrito eacute evidente quer sob o ponto de vista da utilidade social quer na perspectiva individual do utilizador Satildeo provas da primazia do oral sobre o escrito o nuacutemero de liacutenguas faladas e o correspondente nuacutemero de liacutenguas escritas a inexistecircncia de comunidades humanas sem uma liacutengua natural falada e em contraponto a existecircncia de milhotildees de analfabetos no mundo e natildeo menos importante a facilidade de aquisiccedilatildeo natural da liacutengua oral por parte de qualquer crianccedila e a necessidade do ensino expliacutecito da leitura e da escrita

Do ponto e vista do leitor o conhecimento da liacutengua oral eacute determinante no domiacutenio da liacutengua escrita quanto melhor se conhecer determinada liacutengua maior eacute o niacutevel de compreensatildeo que se atinge ao ler algo escrito nessa liacutenguaraquo (Sim-Sim 2009 pp 9 e 10)

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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MOacute

DU

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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MOacute

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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laquo() na escrita alfabeacutetica uma letra ou vaacuterias letras representam o som da fala mas natildeo uma siacutelaba um morfema ou uma palavra como na escrita silaacutebica ou na escrita ideograacutefica Na escrita alfabeacutetica os sons da fala (vogais semivogais e consoantes) satildeo configurados pelos caracteres do alfabeto O alfabeto compagina uma grande economia na representaccedilatildeo escrita na medida em que com pouco mais de duas dezenas de letras escrevemos qualquer palavraraquo (Sim-Sim 2009 pp 11)

O reconhecimento da palavra escrita eacute pedra basilar da leitura Por reconhecimento da palavra entende-se o processo cognitivo pelo qual o leitor associa a representaccedilatildeo escrita da palavra agrave sua forma oral Numa liacutengua de escrita alfabeacutetica o leitor converte grafemas (letras ou conjunto de letras) em padrotildees fonoloacutegicos que correspondem a palavras com um determinado significado nessa liacutengua Decifrar ou descodificar significa identificar as palavras escritas relacionando a sequecircncia de letras com a sequecircncia dos sons correspondentes na respectiva liacutengua Uma leitora fluente identifica automaacutetica raacutepida e eficientemente o significado das palavras lidas

No processo de identificaccedilatildeo da palavra oa leitora parece utilizar estrateacutegias diferentes consoante o respectivo conhecimento da palavra Assim quando a palavra lhe eacute familiar usa estrateacutegias de acesso directo e automaacutetico ao leacutexico (estrateacutegias lexicais) sendo o reconhecimento da palavra raacutepida e global No caso de palavras desconhecidas ou menos frequentes o leitor serve-se de estrateacutegias sublexicais que privilegiam uma via indirecta perceptiva e ortograacutefica baseada na correspondecircncia grafemasomraquo (Sim-Sim 2009 p 12)

laquoNa leitura de palavras em contexto fraacutesico (ou textual) um leitor fluente antecipa facilmente a palavra que se segue como se fosse um todo parecendo ser reduzida a dependecircncia as letras que a compotildeem A experiecircncia de leitura dos textos manuscritos com caligrafias difiacuteceis de decifrar eacute um bom exemplo desta arte de leitura de palavras por laquoadivinhaccedilatildeoraquo A incapacidade de detectar pequenas gralhas ortograacuteficas de em textos que escrevemos eacute um outro exemplo de como a leitura quando conhecemos o contexto se parece libertar da dependecircncia letra a letrardquo (Sim-Sim 2009 p 13)

Leitura de textos

Ler nunca corresponde a uma posiccedilatildeo passiva por parte de uma leitora Eacute sempre um trabalho de participaccedilatildeo na construccedilatildeo de um texto e de assimilaccedilatildeo do que que um autor nos diz isto eacute uma acccedilatildeo de permuta

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

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Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Como se lecirc O acto de leitura

O acto de leitura seja qual for o texto ou objetivo de leitura decorre em trecircs momentos fundamentais

1ordm Aproximaccedilatildeo ao texto antes da leitura2ordm A recolha e afericcedilatildeo de dados durante a leitura3ordm Anaacutelise e definiccedilatildeo da mensagem ou das mensagens apoacutes a leitura

No decurso de leitura podem ocorrer vaacuterias dificuldades como por exemplo a) vocabulares ou de conceitos (quando o leitor natildeo conhece alguma

palavra e isso impede a compreensatildeo do texto) b) anaacutelise e de correlaccedilatildeo da informaccedilatildeo (estabelecimento de relaccedilotildees

entre a informaccedilatildeo dentro do texto ou com outras informaccedilotildees externas que permitiratildeo compreender a mensagem do texto)

c) fonoloacutegicos (pronuacutencia incorrecta de algumas palavras que poderatildeo ldquotransformaacute-lardquo noutra por exemplo no caso das palavras homoacutefonas)

d) inovaccedilatildeo temaacutetica (desconhecimento da temaacutetica abordada no texto) e) pouca relevacircncia da informaccedilatildeo do texto do ponto de vista de quem o lecirc

(o leitora natildeo considera o tema do texto relevante logo lecirc-o desmotivado e tem dificuldade em apreender a mensagem)

a) Informar-se b) Adquirir conhecimentos c) Recrear-se

Teacutecnicas de leitura

Em funccedilatildeo da sonoridade e da expressividade existem as seguintes modalidades de leitura1 Leitura em voz alta (leitura individual) permite bull domiacutenio ortograacutefico atraveacutes da fixaccedilatildeo na forma escrita bull domiacutenio crescente da entoaccedilatildeo e da pronuacutencia bull preparaccedilatildeo para uma praacutetica social corrente exemplificada em situaccedilotildees

diversificadas como por exemplo ler para um puacuteblico dramatizar

Entraves agrave leitura

Por que se lecirc e para que se lecirc

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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2 Leitura em coro bull quando um grupo de indiviacuteduos lecirc ao mesmo tempo um texto

3 Leitura silenciosa bull eacute feita individual e silenciosamente A leitura silenciosa permite bull maior rapidez de leitura bull avanccedilos e recuos para melhor apreensatildeo do que se lecirc bull maior grau de compreensatildeo do texto lido bull maior concentraccedilatildeo nos aspetos de organizaccedilatildeo do texto bull obter mais prazer do acto de ler

Em qualquer uma das modalidades pode-se ser efectuado o seguinte tipo de leitura

1 Leitura integral

Eacute a leitura completa de um texto e possibilita bull maior aproximaccedilatildeo do conteuacutedo real dos textos bull garantia de fidelidade da mensagem recebida quando se trata de

mensagens informativas bull maior apreensatildeo de dados de domiacutenio da liacutengua com reflexo na oralidade

e na escrita

2 Leitura seletiva

Eacute a leitura em que se procura captar com rapidez o essencial ou os aspetos que de momento nos interessam deixando de lado os pormenores Este tipo de leitura seletiva menor fidelidade da mensagem do texto e possibilita bull tratamento de maior nuacutemero de textos bull recolha de nuacutemero elevado de informaccedilotildees bull crescente domiacutenio da capacidade de leitura

3 Leitura e imagens ilustraccedilotildees

Por vezes os textos satildeo acompanhados se imagens que ilustram o seu conteuacutedo e funcionam como que se o prolongam-se

Oa professor pode realizar a leitura da imagem antes da leitura do texto para tentar antecipar o que vai ser lido ou depois da leitura do texto para verificar a articulaccedilatildeo entre a imagem e o texto e confirmar se a sus anaacutelise facilitou a compreensatildeo do texto

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

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Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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A imagemilustraccedilatildeo pode estar acompanhada de uma legenda paraa) identificar a imagem apresentadab) complementar a imagem registando aspetos que natildeo estatildeo inseridos nela

mas que se ligam a momentos do seu conteuacutedoc) prolongar a imagem e o texto escrito registando aspetos que natildeo estatildeo

inseridos nele mas que relativos ao seu conteuacutedo

Neste caso oa professora pode realizar com osas alunosas quer a leitura da imagem quer a leitura da legenda que a acompanha

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

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Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

TEMA Os Meios de Transporte

A-Puacuteblico-alvo 1ordm ano

1 Observe a figura e diga que meio de transporte estaacute representado

A consoante ldquoMrdquo2 Leia o texto e tente responder as perguntas que o compotildeem Volte a ler o texto

e sublinhe a letra que mais vezes repeteA mota apitaA mota eacute do MalamComo apita a mota do MalamQual eacute a sua cor

3 Desenhe uma mota em cada um dos quadros Pinte as motas desenhadas de cores diferentes e coloque uma legenda por baixo de cada uma

Fig 17 A mota

M m

M M

1 2

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

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Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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B- Puacuteblico-alvo 2ordm anoOs meios de transporte servem para nos deslocarmos mais facilmente de um lugar para o outro Satildeo mais raacutepidos que os nossos peacutes Quem viaja num meio de trans-porte chega cedo e natildeo se cansa O aviatildeo por exemplo eacute coacutemodo e muito raacutepido

1 Observe as figuras e responda agraves questotildees

1 Quais satildeo os meios de transporte que conhece e que natildeo estatildeo nas gravuras acima_________________________________________________________

2 Que meio de transporte apanha para ir a uma ilha___________________ 21 Pinte-o neste quadro

Fig 18 A jangada

Fig 20 O camiatildeo

Fig19 O aviatildeo

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

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Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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TEMA O Crocodilo

Puacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

O crocodilo

O crocodilo eacute um reacuteptil que vive nos rios e tambeacutem na terra Tem uma boca grande e larga com muitos dentes O corpo estaacute coberto de uma pele muito dura e oacutessea O crocodilo eacute um animal oviacuteparo e alimenta-se de carne e peixe A pele do crocodilo eacute muito procurada para fabricar calccedilado cintos e bolsas de todas as variedades A caccedila do crocodilo eacute proibida por ambientalistas porque jaacute haacute poucos crocodilos no mundoAtenccedilatildeo Eacute um animal a evitarhellip

2 Depois de ler o texto responda agraves perguntas de interpretaccedilatildeo

Nota Apresentam-se duas formas de formular as questotildees de interpretaccedilatildeo do texto Oa professora deve optar por uma delas

A- Resposta a perguntas 1 Por que eacute que o crocodilo ldquoeacute um animal a evitarrdquo 2 Como eacute que se chamam os animais que vivem na aacutegua 3 Caracteriza como eacute que eacute o crocodilo fisicamente 4 Jaacute viste uma bolsa ou um cinto feito com pele de crocodilo 41 Como eacute

B- Validaccedilatildeo de afirmaccedilotildees3 Assinale com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas Justifique as falsas

a) Porque vive no rio o crocodilo soacute se alimenta de peixe b) A pele do crocodilo eacute procurada porque serve de alimento c) O crocodilo eacute um reacuteptil oviacuteparo d) O crocodilo eacute um animal doacutecil

Fig 21 O crocodilo

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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COZER ndash cozinha(alimentos) CozinheiroCozimento COSER - cosida (roupa) descosido

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 No conjunto de palavras que se segue diga quais pertencem agrave classe do nome

Boca crocodilo carne peixe jaacute no fabricar calccedilado

11 Um dos nomes que se segue natildeo eacute um nome proacuteprio Malam Usna iguana Helmer

a) Qual eacute o intruso____________________________________________

2 Observa a palavra destacada e completa o que falta com palavras da mesma famiacutelia

21 Substitua a palavra peixe pela palavra aacutegua e forme palavras da mesma famiacutelia

Sugestatildeo

peixe

peixada

peixeira

Quando tenho dificuldade em escrever uma palavra recorro a outras da mesma famiacutelia

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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TEMA A escola

Puacuteblico-alvo 4ordm ano

1 Observe a imagem com atenccedilatildeo e relacione-a com o tiacutetulo do texto ldquoNovidade na escola da Mariardquo

Fig 23 Kundum na escola

2 Leia o texto com atenccedilatildeo e sublinhe as palavras que natildeo conhece

Novidade na escola da Maria

Hoje na escola houve muitas novidades mas a mais importante foi a chegada de um novo aluno O rapaz vivia em Buba e laacute estudava Agora veio morar para a casa de um tio Eacute muito simpaacutetico e extrovertido ao contraacuterio de muitos que vecircm do interior para a capital que geralmente satildeo tiacutemidos Daacute gosto vecirc-lo num desembaraccedilo total falar com este e com aquele colega O seu nome eacute Kudum

- Sabes contar histoacuterias da tua terra ndash perguntou-lhe a Maria - Sei sim - respondeu esboccedilando um sorriso rasgado

Jaacute ia contar uma histoacuteria mas a campainha tocou e da esquina viram oa professora a chegar Todosas osas alunosas correram para entrar acotovelando-se na porta estreita

OA professora entrou e logo berrou com voz aacutespera ldquosilecircnciordquo De seguida cumprimentou a turma - Bom-dia meus meninos A resposta foi uniacutessona - Bom dia senhora professora

E a aula comeccedilou sem mais delongas

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Vocabulaacuterio Berrar - gritar Desembaraccedilado ndash aacutegil lesto Delongas ndash demoras Extrovertido ndash comunicativo sociaacutevel

3 Responda agraves questotildees de modo claro e correcto 31 Qual foi a principal novidade desse dia na escola da Maria 32 Como costumavam ser os alunos que chegavam agrave escola vindos do interior 33 Como foi a ambientaccedilatildeo do Kudum agrave nova escola 34 Em que espaccedilos decorre a acccedilatildeo da escola

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Recorde o verbo e a variaccedilatildeo em tempo e realize o exerciacutecio que se segue

Os verbos tambeacutem variam em tempo indicando uma accedilatildeo - Passada ou preteacuterita que aconteceu antes do momento que se fala ou que

comeccedilou no passado e continua no presente (Preteacuterito Perfeito e Preteacuterito Imperfeito respectivamente)

- Presente que acontece no momento em que se fala (Presente) - Futura que ainda natildeo aconteceu no momento em que se fala (Futuro)

A variaccedilatildeo de tempo pode ser representada assim

Fig 24 Variaccedilatildeo de tempo

11 Considere o momento do recreio e atenta na seguinte frase

Os alunos estatildeo no recreio 111 Identifique o verbo na frase e indique em que tempo verbal se encontra 112 Utilize o mesmo verbo para completar as frases seguintes Natildeo se

esqueccedila de o conjugar de acordo com o momento da acccedilatildeo

Frase 1 (momento anterior) osas alunosas _____ em casaFrase 2 (momento posterior) osas alunosas_______ na aula

Passado Futuro (antes) (depois)

Presente(agora)

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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LO1 Leia o texto com atenccedilatildeo

O vendedor de banco e cadeiras

Era uma vez um homem que fazia bancos Aprendeu em pequeno a arte de fazer bancos e como era raacutepido e vendia a mercadoria com facilidade nunca quis fazer outra coisaAo lado da oficina do homem que fabricava bancos instalou-se um outro artesatildeo Mas este soacute fabricava cadeirasOs clientes comeccedilaram a dividir-se Alguns continuavam a comprar bancos que eram mais baratos mas outros preferiam comprar cadeiras um pouco mais caras mas mais coacutemodasO homem que fazia bancos enervou-se Para poder vender bem o produto do seu trabalho baixou para metade o preccedilo dos bancos Os bancos continuavam do mesmo tamanho o preccedilo eacute que era mais baixoO concorrente ao lado fez o mesmo Uma cadeira passou a ser tatildeo barata que ateacute dava vontade de rirAproveitando a baixa de preccedilos cada vez iam mais clientes agraves oficinasMas aquilo era um disparate tanto maior quanto descendo os preccedilos de dia para dia chegou uma altura em que os bancos e as cadeiras eram dadosOs dois artesatildeos fartavam-se de trabalhar noite e dia para responder aos pedidosArruinavam-seIsto mesmo lhes disse um amigo de ambos- Por que eacute que vocecircs natildeo se juntam e formam uma sociedade que venda cadeiras e bancos ao mesmo tempo e por um preccedilo razoaacutevel

A princiacutepio eles natildeo queriam Estavam habituados a trabalhar sozinhos e cada qual tinha as suas razotildees de queixa do outro Mas conformaram-se a ver no que davaDeu certo A Sociedade Banco amp Cadeira formada pelos dois antigos rivais agora amigos vai de vento em popa

(Adaptaccedilatildeo do texto de Antoacutenio Torrado 2006)

TEMA Mobiliaacuterio

Puacuteblico-alvo 5ordm ano

Fig 25 Banco e cadeira

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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2 Marque com V as afirmaccedilotildees verdadeiras e com F as falsas

a) As cadeiras eram mais caras do que os bancos b) Os bancos eram mais coacutemodos do que as cadeirasc) O homem que fazia bancos baixou o preccedilo dos bancosd) O homem que vendia cadeiras natildeo baixou o preccedilo das cadeirase) A clientela aumentou porque o preccedilo dos bancos baixouf) Um amigo disse que eles se deviam unir e vender bancos e

cadeiras por preccedilos altosg) Eles natildeo se uniram

Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito a liacutengua)

1 Recorde-se do que aprendeu sobre a relaccedilatildeo entre palavras e responda agraves questotildees 11 A palavra banco eacute uma palavra homoacutenima construa uma frase em que a

palavra tenha dois significados diferentes 12 Construa duas frases com os antoacutenimos das palavras alto e barato

TEMA A Agricultura

Puacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Observe as figuras descreva o que vecirc em cada uma delas e estabeleccedila uma relaccedilatildeo com o tiacutetulo do texto

V F

Fig 23 O gado Fig 24 O arrozal (bolanha)

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

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Webgrafia

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Guia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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2 Leia o texto com atenccedilatildeo e tome notas nas partes que considera mais importantes

A agricultura

Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca os macacos deixaram a floresta e aventuraram-se na savana agrave procura de caccedila e de frutos saborosos Para correr depressa sobre as ervas altas apoiavam-se nas suas patas traseirasHaacute 5 milhotildees de anos o homem comeccedilou a transportar os seus alimentos para as cabanas que havia construiacutedoHaacute 700000 anos acendeu o primeiro fogo para assar o seu bocado de elefante Encontramos vestiacutegios da sua refeiccedilatildeo em algumas regiotildees Haacute 40000 anos os pintores das grutas reproduziram as cenas das suas caccediladasHaacute 8000 anos o homem formou os primeiros rebanhos de carneiros e plantou as sementes que ele proacuteprio havia recolhidoDepois da idade da pedra polida comeccedilou a trabalhar a terraAssim nasceu a agriculturaDurante muitas centenas de anos os meacutetodos foram evoluindo lentamente com os conhecimentos humanosDepois a partir dos Seacuteculos XIXXX tudo mudou A histoacuteria da agricultura comeccedilou com os instrumentos feitos de ossos de animais e estacas de madeira endurecida ao fogo para desbravar a terra Ela continua hoje com as enxadas os arados e os tratores que ajudam a trabalhar a terraO que natildeo mudou eacute que a agricultura continua a ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

(adaptado de Alain Herveacute ldquoObrigado Terrardquo)

3 Leia as afirmaccedilotildees e corrija as que natildeo estatildeo correctas de acordo com a informaccedilatildeo disponiacutevel no texto

1 Haacute 15 milhotildees de anos na Aacutefrica Oriental houve uma grande seca 2 Os macacos apoiavam-se nas suas patas traseiras para correr depressa

sobre as ervas altas 3 Haacute 8000 anos o homem formou as primeiras manadas de gado 4 A agricultura nasceu antes da idade da pedra polida 5 Nos seacuteculos XVIIIXIX a agricultura mudou com a introduccedilatildeo de instrumentos

feitos de ossos de animais 6 A agricultura deixou de ser a principal fonte de subsistecircncia da nossa populaccedilatildeo

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

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Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
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Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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Funcionamento da liacutengua (conhecimento expliacutecito da liacutengua)

1 Leia o exemplo e crie diferentes tipos de frases com informaccedilotildees disponiacuteveis no texto

Tipos de frase FraseDeclarativo OA homemmulher trabalha a terra e torna-se ricoExclamativoInterrogativoImperativo

2 Leia a informaccedilatildeo disponiacutevel no quadro para recordar o que aprendeu sobre as locuccedilotildees adverbiais

Locuccedilotildees adverbiais(alguns exemplos)

Modo ndash agrave vontade ao contraacuterio com gosto agraves escuras de cor de maacute vontade em geral em silecircncio por acaso passo a passo

Tempo ndash agrave noite de manhatilde a tarde de dia de manhatilde de vez enquanto haacute muito tempo em breve agraves vezes

Lugar ndash agrave direita agrave esquerda ao lado de cima por baixo de perto ao longe em cima para dentro por aqui por ali por fora por dentro para onde

21 Atente na frase seguinte e construa seis frases utilizando locuccedilotildees adverbiais do quadro e informaccedilotildees do texto

Frase O homem passou por baixo de um tronco caiacutedo e foi-se embora em silecircncio

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

O domiacutenio da escrita

Um olhar sobre o ensino da escrita na 1ordf fase do 1ordm ciclo

Escrita preacute-silaacutebica

A linguagem escrita deve ser introduzida na Educaccedilatildeo Preacute-Escolar recorrendo a diversos suportes pois permite que as crianccedilas contactem com as vaacuterias realizaccedilotildeesfunccedilotildees da escrita

A escrita livre nesta faixa etaacuteria permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildees

Na escrita preacute-silaacutebica ldquoa crianccedila utiliza letras pseudoletras ou nuacutemeros para escrever A mesma palavra eacute escrita com grafemas diferentes ao encontrar-se isolada ou inserida numa frase Natildeo existe verbalizaccedilatildeo antes nem durante a escrita Faz uma leitura global Quando se lhe pede que indique as palavras de uma frase a crianccedila pode recusar-se a fazecirc-lo ou assinala de uma forma vaga Natildeo respeita a ordem das palavras na frase e pode assinalar no mesmo lugar palavras diferentesrdquo

Escrita silaacutebica

ldquoA crianccedila utiliza uma letra para representar uma siacutelaba Varia as letras da mesma palavra e de palavra para palavra Para escrever uma frase pode escrever silabicamente todas as palavras sem as separar ou utilizar uma letra para representar uma palavra Por vezes a mesma palavra eacute escrita de

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

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Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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maneiras diferentes conforme o momento em que surge na frase Aparecem duas contradiccedilotildees a quantidade miacutenima de letras (trecircs) e a escrita de monossiacutelabos e a comparaccedilatildeo da sua escrita com a dos adultos (esta tem mais letras)rdquo

ldquo Deve ser promovida a escrita livre uma vez que permite que as crianccedilas desenvolvam a consciecircncia fonoloacutegica e evoluam nas suas conceptualizaccedilotildeesrdquo

Escrita foneacutetica

ldquo A escrita pode ainda ser silaacutebica no entanto a escolha das letras para representar as siacutelabas jaacute natildeo eacute aleatoacuteriardquo

Escrita alfabeacutetica

ldquoA crianccedila jaacute escreve mais ou menos uma letra por cada fonemaraquo ainda que natildeo domine as regras ortograacuteficas

Consciecircncia Fonoloacutegica ldquoA consciecircncia fonoloacutegica constitui-se como um elemento facilitador na

aprendizagem da linguagem escrita e desenvolve-se a partir desta (Alves Martins 1996) e num sistema alfabeacutetico como o nosso existe uma relaccedilatildeo entre o que se diz e o que se escreve sendo necessaacuterio analisar a liacutengua ateacute agraves unidades foneacutemicas

O conhecimento do nome das letras facilita a memorizaccedilatildeo das unidades da fala que representam A aquisiccedilatildeo deste conhecimento eacute tambeacutem muito importante pois as crianccedilas tecircm dificuldade em ouvir os fonemas (hellip) as crianccedilas colocam hipoacuteteses silaacutebicas e natildeo foneacutemicas isto porque na corrente acuacutestica a unidade reconheciacutevel natildeo eacute o fonema mas sim a siacutelabardquo

(retirado e adaptado de httpwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49)

Etapas do domiacutenio da escrita

A aprendizagem da escrita e o seu consequente domiacutenio vai evoluindo por etapas como toda a aprendizagem da liacutengua Essas etapas podem ser definidas numa perspectiva loacutegica e numa perspectiva psicoloacutegica

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

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Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

Guia de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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Perspectiva loacutegica

Numa perspetiva loacutegica registam-se quatro grandes etapas 1ordm Etapa de preparaccedilatildeo ateacute aos 8 anos em que se adquirem os rudimentos

de escrita 2ordm Etapa de desenvolvimento dos 8 aos 12 anos em que a crianccedila vai

treinando o seu domiacutenio da escrita procurando escrever com correcccedilatildeo e ajustar-se agraves situaccedilotildees

3ordm Etapa de aperfeiccediloamento dos 12 aos 14 anos em que se escreve com correcccedilatildeo e jaacute com um jeito pessoal

4ordm Etapa de experimentaccedilatildeo a partir dos 14 anos em que se procuram e se fundamentam novos recursos de escrita e de estilo

Estas etapas correspondem naturalmente ao desenvolvimento loacutegico dos indiviacuteduos reflectido em todas as actividades

Perspectiva psicoloacutegica

Ocorrem duas etapas fundamentais 1 Etapa do pensamento dirigido ateacute cerca de dos 12 anos em que oa

alunoa natildeo domina ainda suficientemente a expressatildeo e precisa de trabalhar acompanhado peloa professora

2 Etapa da espontaneidade depois dos 12 anos em que um domiacutenio essencial da liacutengua e um gosto pela independecircncia impulsionam oa alunoa a exprimir livremente as suas ideias e os seus sentimentos

Eacute fundamental sobretudo nesta uacuteltima etapa que natildeo se iniba noa alunoa o espiacuterito criador por isso eacute importante que oa professora ajude oa alunoa a ganhar confianccedila em si proacuteprio proporcionando-lhe momentos de escrita livre

Perspectiva de comunicaccedilatildeo

Numa perspetiva de comunicaccedilatildeo entende-se a liacutengua como um todo OsAs alunosas vatildeo dominando comportamentos que lhes permitiratildeo integrar-se linguisticamente na vida social e profissional mediante a praacutetica efectiva da liacutengua em situaccedilotildees diversificadas Mas essas situaccedilotildees suscitam por vezes dificuldades que soacute o domiacutenio de algumas teacutecnicas e o apoio de algumas referecircncias permitiratildeo ultrapassar

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Componentes do processo de escrita

laquoAs actividades ligadas a cada uma destas componentes podem surgir em diferentes momentos do processo Por exemplo ao longo do processo acontecem momentos de pausa em que quem escreve procura planificar o que ainda falta escrever Por seu lado a revisatildeo pode ir sendo realizada ao longo do proacuteprio processo agrave medida que se vai redigindo e relendo o que jaacute se encontra escritoraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 17)

bull Planificaccedilatildeo - laquoeacute mobilizada para estabelecer objectivos e antecipar efeitos para activar e seleccionar conteuacutedos para organizar a informaccedilatildeo em ligaccedilatildeo agrave estrutura do texto para programar a proacutepria realizaccedilatildeo da tarefa

A capacidade de planificaccedilatildeo constitui um dos aspectos que diferencia o domiacutenio da escrita por parte dos alunos ao longo dos percursos escolar Por isso eacute necessaacuterio comeccedilar a trabalhar as competecircncias ligadas agrave planificaccedilatildeo desde cedo O ponto de partida seraacute por conseguinte consagrar tempo agrave proacutepria aprendizagem da planificaccedilatildeo com relevo para a planificaccedilatildeo inicial e mobilizar estrateacutegias de facilitaccedilatildeo processual ou que tirem partido da escrita colaborativa ou da reflexatildeo ligada agrave vertente meta discursivaraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Textualizaccedilatildeo - laquoeacute dedicada agrave redacccedilatildeo propriamente dita ou seja ao aparecimento das expressotildees linguiacutesticas que organizadas em frases paraacutegrafos e eventualmente secccedilotildees hatildeo-de formar o texto Agrave medida que vai escrevendo o aluno tem de dar resposta agraves tarefas ou exigecircncias de

o explicitaccedilatildeo de conteuacutedo - mesmo quando houve uma planificaccedilatildeo inicial cuidada muitas ideias foram activadas e registadas de forma geneacuterica devendo ser explicitadas para permitirem ao leitor aceder ao conhecimento

o formulaccedilatildeo linguiacutestica - a explicitaccedilatildeo de conteuacutedo deveraacute ser feita em ligaccedilatildeo agrave sua expressatildeo tal como figuraraacute no texto

o articulaccedilatildeo linguiacutestica - um texto natildeo eacute constituiacutedo por uma mera adiccedilatildeo de frases ou proposiccedilotildees autoacutenomas que apenas fosse necessaacuterio juntar mas constitui uma unidade em que essas frases se interligam entre si estabelecendo relaccedilotildees de coesatildeo linguiacutestica e de coerecircncia loacutegicardquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 18)

bull Revisatildeo - laquoprocessa-se atraveacutes da leitura avaliaccedilatildeo e eventual correcccedilatildeo ou reformulaccedilatildeo do que foi escrito Esta componente pode actuar ao longo de todo o processo por exemplo em articulaccedilatildeo com a textualizaccedilatildeo o que retira o lugar e o papel da revisatildeo final

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

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Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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O alcance da revisatildeo incidindo apenas sobre aspectos graacuteficos ou ortograacuteficos ou tendo um alcance mais profundo pode desencadear a reorganizaccedilatildeo e reescrita de partes do texto depende da avaliaccedilatildeo que for feita da reflexatildeo realizada do tempo disponiacutevel e da existecircncia de alternativas

A revisatildeo surge por conseguinte ligada agrave planificaccedilatildeo inicial pelo confronto com os objectivos e organizaccedilatildeo entatildeo estabelecidos mas natildeo se encontra necessariamente limitada ao plano inicial devido ao caraacutecter transformador do proacuteprio processo

A revisatildeo eacute marcada sobre tudo pela reflexatildeo em relaccedilatildeo ao texto produzido Esta dimensatildeo de reflexatildeo acerca do que se escreveu deve ser aproveitada para tomar decisotildees respeitantes agrave correcccedilatildeo e reformulaccedilatildeo do texto Deve ainda ser aproveitada para reforccedilar a descoberta e a consciencializaccedilatildeo de outras possibilidades susceptiacuteveis de serem exploradas em processos de reescrita ou na construccedilatildeo de novos textosraquo (Barbeiro amp Pereira 2007 p 19)

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

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Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

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Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

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Webgrafia

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Guia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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SITUACcedilOtildeES DIDAacuteCTICAS (ACTIVIDADES DE INTEGRACcedilAtildeO PARCIAL) EOU SITUACcedilOtildeES DE INTEGRACcedilAtildeO

Saber Letra M

Puacuteblico-alvo 1ordm ano1 Observe a figura descreva-a utilizando duas palavras comeccediladas por M

Fig22 O Mama

2 Em cada palava faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra m M

Muma Muna maacute matildeo marmeladaMamaduacute mimo dominoacute tem Maria

3 Desenhe a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo

4 Volte a desenhar a letra M (maiuacutescula) m (minuacutescula) no quadro abaixo e pinte-a de cores diferentes

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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5 Escreva a letra m M nos espaccedilos vazios m_______________________________________ M_______________________________________

6 Observe as imagens dos quadros e escreva a palavra correspondente

61 Pinte a imagem nordm 3

7 Observe as imagens dos quadros e faccedila um ciacuterculo agrave volta da letra do som estudado

8 Desenhe e pinte as imagens correspondentes agraves palavras mencionadas nos quadros

81 Pinte a imagem que corresponde agrave palavra milho

Imagem de uma

1___________

Imagem de umas 2--------------

Imagem de uma

3----------------

Imagem de mala

Imagem de mesa

Imagem de milho

Imagem de mota

Imagem de mulher

Mala Mesa Milho mota Mulher

Ma Me Mi Mo Mu

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

wwwblodoeliwordpresscomwww2bpblogspotcomwwww Decoraccedilatildeo-cascomwwwdonamadeiracombrwww Economiaterracombrwwwemmuruimagemwwwezampcombrwwwflickrcomwwwimgibxkcombrwwwlojascbcomwww moveisacryolasitecomwwwportaldacriancacomptartigosaphpid=49wwwviladoartesatildeocombrwwwVozdeareiabrancacombr

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

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Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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9 Escreva um nome proacuteprio comeccedilado por M

Saber Letra R e diacutegrafo rrPuacuteblico-alvo 2ordm ano

1 Desenhe e pinte um homem com um burro no quadro que segue Use cores a seu gosto

11 Escreva o nome do homem (um nome que comece por R) _______________________________________________________________________

2 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

3 Complete as palavras com o diacutegrafo correspondente rr

Ga_____fa Ja_______o Se_______ote

ca ________inhoautoca _______ose _________otete__________eiro

se _________ate ___________afe____________oba____________ o

ga ___________oteaga _________adofe __________eiraba __________eira

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MOacute

DU

LO

4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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MOacute

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LO

Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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4 Observe o alfabeto e sublinha a letra R 41 Escreva trecircs nomes proacuteprios e trecircs nomes comuns que tenham a letra R

Saber letra V e letra SPuacuteblico-alvo 3ordm ano

1 Observe as imagens

11 Escreva duas frases sobre cada uma das imagens

Saber A famiacutelia

1 Recorde o que aprendeu sobre a famiacutelia e escreva um texto com dez linhas sobre a sua famiacutelia

Sugestotildees bull Antes de comeccedilar a escrever natildeo se esqueccedila de fazer um plano para organizar

as suas ideias bull Quando estiver a escrever natildeo se esqueccedila de usar letras minuacutesculas e maiuacutesculas

quando necessaacuterio e de pontuar bem as frases bull Depois de escrever leio o texto volte a olhar para o seu plano e confirme que

incluiu todas as ideias que queria

A B C D E F G H I J M N O P Q R S T U V X Z

Fig 24 O sinalFig 23 A vaca

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Saber A cartaPuacuteblico-alvo 4ordm ano

Carta - Uma carta eacute um documento enviado por algueacutem (remetente) a outra pessoa (destinataacuterio) Este tipo de texto serve para exprimir sentimentos emoccedilotildees pontos de vista ideias sobre determinados assuntos Hoje poreacutem com o avanccedilo da tecnologia muitos preferem utilizar os e-mails

1 Atente na estrutura da carta e imagine que eacute o Kudum Escreva uma carta aos seus amigos em Buba para lhes contar o que aconteceu no teu primeiro dia de aula

Fig 25 A carta

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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Guia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Saber-fazer Escrever e ilustrar seguindo orientaccedilotildeesPuacuteblico-alvo 2ordm ciclo

Escrita orientada

Materiais bull Material para desenhar bull Folhas brancas

Descriccedilatildeo das atividades bull OA professora comeccedilaraacute por dar um tema aosagraves alunosas para que

estes se escrevam uma histoacuteria bull De seguida osas alunosas ilustram a narrativa

Nota se a escola tiver computador osas alunosos passam a histoacuteria a computador e criam um livro digital Se a escola natildeo tiver computador oa professora reuacutene todas as histoacuterias e com osas alunosas cria um livro para mostrar aos encarregados de educaccedilatildeocomunidade escolar

OA professora tambeacutem pode ir agrave raacutedio pedir que leiam algumas das histoacuterias produzidas

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Saber A banda desenhadaPuacuteblico-alvo 5ordm ano

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Saber Os animais selvagensPuacuteblico-alvo 6ordm ano

1 Leia o texto e copie-o para o quadro (caderno) 11 Sublinhe as personagens e as expressotildees de tempo e de espaccedilo 12 Decirc continuidade agrave histoacuteria

A mata maacutegica

Era uma vez uma mata maacutegica nela viviam muitos animais entre eles o macaco Alberto o papagaio Rabudo o rato mexe-mexe e a onccedila Tchat-Tchat

O papagaio rabudo vivia no cimo da aacutervore mais alta da mata que era um bissilon Jaacute o rato Alberto natildeo se fartava de correr atraacutes das formigas pretas que andavam sempre em fila

Enquanto isso o macaco Alberto brincava junto ao lago barrento repleto de plantas Mas a onccedila tchat-tchat como era muito matreira passava o dia todo a passear por entre as aacutervores com os olhos fitos no chatildeo para poder caccedilar o pobre rato

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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Baptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

Webgrafia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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Guia

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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INTRODUCcedilAtildeO 60ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA 61COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 65ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 66FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA 67MOacuteDULO I 67EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL 67MOacuteDULO II 69COMPREENSAtildeO DA LEITURA 69MOacuteDULO III 71EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA 71REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICAS 73

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa surge no acircmbito do projecto ldquoMelhoria da Qualificaccedilatildeo de Professores e Implementaccedilatildeo de Gestatildeo de Resultados de Aprendizagem na Guineacute-Bissaurdquo da UNESCO - Dakar que tem como objectivo desenvolver um sistema eficaz de formaccedilatildeo inicial e em serviccedilo de professoresas atraveacutes da criaccedilatildeo de um corpo docente homogeacuteneo e altamente qualificado que promova uma educaccedilatildeo de qualidade (UNESCO sd)

Este projecto enquadra-se num conjunto de poliacuteticas educativas definidas pelo governo da Guineacute-Bissau para o periacuteodo 2009-2020 que visam desenvolver o sector da educaccedilatildeo atraveacutes do alcance da inclusatildeo universal da educaccedilatildeo da promoccedilatildeo de uma abordagem holiacutestica para a melhoria global do sistema de ensino e da abordagem de questotildees essenciais no processo educativo como satildeo o desenvolvimento de competecircncias para a vida a alfabetizaccedilatildeo funcional a educaccedilatildeo para a cidadania a igualdade de geacutenero e a gestatildeo dos sistema de educaccedilatildeo (UNESCO sd)

Este Guia integra a metodologia da Abordagem por Competecircncias (Rogiers sd) adoptada na revisatildeo curricular em curso na Guineacute-Bissau Assim oa formadora e oa professora encontram neste Guia um conjunto de propostas de exerciacutecios que poderatildeo utilizar no reforccedilo ou desenvolvimento de competecircncias de professoresas e de alunosas em formaccedilatildeo respectivamente Pretende-se assim que este material funcione como um referencial que pode ser consultado ao longo do ano lectivo e natildeo substitua outros materiais curriculares

O Guia de Liacutengua Portuguesa estaacute dividido em trecircs moacutedulos que incluem os domiacutenios do oral e da escrita da Liacutengua Portuguesa com um conjunto de propostas para desenvolver a expressatildeo e a compreensatildeo destes domiacutenios

Este Guia faz-se acompanhar de um Moacutedulo onde oa formadora e o professora encontram mais recursos e orientaccedilotildees metodoloacutegicas Cabe a cada uma a selecccedilatildeo a aplicaccedilatildeo e a adaptaccedilatildeo se necessaacuteria das situaccedilotildees didaacutecticas propostas

Bom trabalhoO autor

INTRODUCcedilAtildeO

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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A Abordagem por Competecircncias (APC) ou Pedagogia de Integraccedilatildeo desenvolve-se como forma da escola se adaptar e responder agraves exigecircncias da sociedade Tal soacute seraacute possiacutevel se oa professora for desenvolvendo as suas praacuteticas profissionais e consequentemente os resultados dosas alunosas forem melhorando Assim eacute necessaacuterio bull que cada alunoa mobilize aquisiccedilotildees (competecircncias) para resolver situaccedilotildees

complexas bull avaliar as aquisiccedilotildees (competecircncias) dosas alunosas em termos de

situaccedilotildees complexas

Uma vez que a integraccedilatildeo soacute acontece se bull laquoo aluno possuir os diferentes recursos saber saber-fazer e saber-serraquo bull laquoo aluno reinveste os conhecimentos adquiridos num contexto novo (uma

nova situaccedilatildeo-problema) laquo bull laquoo aluno se implica pessoalmente na resoluccedilatildeo da situaccedilatildeo-problemaraquo pois

o processo de integraccedilatildeo eacute individual Tal significa que laquodeve ser o proacuteprio aluno a encontrar os saber e o saber-fazer os quais devem ser mobilizados e articulados para resolver a situaccedilatildeo-problemaraquo (Rogiers sd p 12)

A APC exige a mudanccedila de praacuteticas na sala de aula e natildeo a troca do termo objectivo pelo de competecircncia Esta mudanccedila eacute necessaacuteria para que melhorem os resultados e as competecircncias dos alunos facilitando a sua inserccedilatildeo no quotidiano profissional ou o prosseguimento de estudos (Rogiers 2007) Estas alteraccedilotildees que se pretende que sejam graduais implicam a elaboraccedilatildeo de materiais adequados agraves praacuteticas lectivas um acompanhamento regular do trabalho doa professora a partilha de experiecircncias entre professoresas a participaccedilatildeo em formaccedilotildees complementares e avaliaccedilatildeo regular das mudanccedilas efectuadas para que se ajustem meios e recursos a aplicar na sala de aula (Rogiers 2007)

A APC utiliza uma terminologia que oa formadora e oa professora passaratildeo a integrar nas suas planificaccedilotildees A saber

bull Objectivos de integraccedilatildeo podem ser definidos para um ciclo de estudos (objectivo terminal de integraccedilatildeo - OTI) ou para um ano lectivo (objectivo intermediaacuterio de Integraccedilatildeo - OII)

ABORDAGEM POR COMPETEcircNCIAS DOS CONCEITOS Agrave SALA DE AULA

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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bull Competecircncias dividem-se em competecircncias de base e competecircncias transversais Deve-se levar osas alunosas a adquirir competecircncias de base e competecircncias transversais que lhe permitiratildeo resolver uma tarefa complexa uma situaccedilatildeo-problema As competecircncias satildeo definidas a partir dos programas oficiais das disciplinas curriculares pois eacute neles que estaacute indicado o que estudar em cada ano e em cada disciplina Para se desenvolverem as competecircncias de base eacute necessaacuterio subdividi-las em objectivos que estatildeo associados aos conteuacutedos dos programas A escola deve desenvolver competecircncias gerais que sejam uacuteteis em situaccedilotildees da vida quotidiana como por exemplo pedir uma informaccedilatildeo Rogiers (sd) denomina estas competecircncias como competecircncias transversais por permitirem estabelecer relaccedilotildees entre as aprendizagens e as diferentes disciplinas Na sala de aula as competecircncias transversais satildeo avaliadas atraveacutes das competecircncias de base Assim para que uma alunoa se torne competente oa professora deve-lhe fornecer recursos (saber saber-fazer e saber-ser) e ensinar a utilizaacute-los para resolver situaccedilotildees-problema

bull Recursos conjunto de saber (conhecimento especiacutefico sobre um assunto) saber-ser (atitude adaptada a uma situaccedilatildeo) e saber-fazer (aplicaccedilatildeo de um procedimento uma regra ou uma teacutecnica)

bull Situaccedilatildeo didaacutectica laquopermite introduzir um novo saber ou um novo saber-fazer Eacute uma situaccedilatildeo em que o aluno manipula procura descobre pratica para melhor compreenderraquo (Rogiers sd p 21) Oa alunoa constroacutei o seu saber

bull Situaccedilatildeo de integraccedilatildeo permite verificar se os recursos (aquisiccedilotildees) foram integrados pelos alunos e se estes satildeo capazes de resolver uma situaccedilatildeo-problema da vida quotidiana A integraccedilatildeo implica que osas alunosas articulem diversos conhecimentos Realiza-se apoacutes um conjunto de aulas

bull Avaliaccedilatildeo prevecircem-se duas modalidades de avaliaccedilatildeo formativa (ocorre na semana de integraccedilatildeo e determina a aquisiccedilatildeo de recursos) e certificativa (acontece no final de um ano lectivo ou de um ciclo de ensino e determina a passagem ou reprovaccedilatildeo de uma alunoa) A avaliaccedilatildeo permite verificar o desenvolvimento de competecircncias e a definiccedilatildeo de situaccedilotildees de remediaccedilatildeo quando se verifica que osas alunosas ainda revelam dificuldades em determinados saber ou saber-fazer

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

Guia de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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bull Criteacuterio de avaliaccedilatildeo satildeo os criteacuterios estabelecidos peloa professora para avaliar se osas alunosas desenvolveram competecircncias Para tal estabeleceraacute dois ou trecircs criteacuterios miacutenimos e um de aperfeiccediloamento pertinecircncia da produccedilatildeo (criteacuterio global para avaliar se oa alunoa interpreta correctamente o enunciado responde correctamente agraves questotildees e se utiliza documentos de suporte para o fazer) coerecircncia do texto (avalia a correcccedilatildeo linguiacutestica da resposta ou a aplicaccedilatildeo apropriada de operaccedilotildees de caacutelculo por exemplo no caso da Matemaacutetica correcccedilatildeo da liacutengua (avalia a coesatildeo do texto isto eacute a construccedilatildeo da frase a ortografia e o domiacutenio das formas verbais) e originalidade da produccedilatildeo (avalia a criatividade) Cada um dos criteacuterios subdivide-se em indicadores que especificam o que se pretende avaliar

bull Remediaccedilatildeo tem como objectivo apoiar osas alunosas na superaccedilatildeo de dificuldades Estabelece-se apoacutes um momento de avaliaccedilatildeo colectiva ou individual ou seja quando oa professora verifica que todaparte da turmaparte ou uma alunoa revela dificuldades O periacuteodo de remediaccedilatildeo depende das actividades definidas Na remediaccedilatildeo oa professora pode utilizar exerciacutecios do manual ou outros elaborados por elea mesmoa Cabe aoagrave professora identificar dificuldades e gerir os periacuteodos de remediaccedilatildeo para que osas alunosas desenvolvam competecircncias que ainda natildeo desenvolveram (Rogiers sd Rogiers 2007)

De acordo com a APC oa formadora ou oa professora devem incluir no seu plano de formaccedilatildeoaula o seguinte

1 Plano a longo prazo

Este eacute um plano global pois eacute elaborado no iniacutecio do ano letivo logo menos pormenorizado que um plano de aula Eacute definido a partir do programa da disciplina em causa e respeitando o calendaacuterio escolar Inclui os temasconteuacutedos gerais a trabalhar ao longo do ano lectivo o nuacutemero de tempos lectivos para cada trimestreconteuacutedo e prevecirc os periacuteodos de sequecircncias de aprendizagem integraccedilatildeo e remediaccedilatildeo

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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2 Plano a meacutedio prazo

Elabora-se no iniacutecio do ao lectivo mas prevecirc com mais pormenor que o plano a longo prazo o que seraacute abordado em cada trimestre Inclui as competecircncias de base os recursos a mobilizar (saber saber-fazer e saber-ser) as actividadesestrateacutegias de ensino os meios de ensino as formas de avaliaccedilatildeo e o nuacutemero de aulas

3 Plano a curto prazo

Este plano eacute o mais pormenorizado de todos pois eacute o que seraacute operacionalizado num periacuteodo de tempo mais curto Desenvolve as sequecircncias de aprendizagem relativas aos conteuacutedos e orienta oa professora no uso de estrateacutegias de exploraccedilatildeo sistematizaccedilatildeo aplicaccedilatildeo e integraccedilatildeo (quando definidas) Este plano ajusta-se a cada turma e inclui saber saber-fazer e saber-ser actividadesestrateacutegias meios de ensino formas de avaliaccedilatildeo e o tempo previsto para cada momento da aula

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

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O Guia de Liacutengua Portuguesa pode ser utilizado por

- inspectores sectoriais na supervisatildeo de aulas (por exemplo para verificar se osas professoresas planificam de acordo com os pressupostos da APC e se aplicam metodologias activas no processo de ensino-aprendizagem)

- formadores na planificaccedilatildeo e formaccedilatildeo de professoresas

- professores e chefes de classe em formaccedilotildees na consolidaccedilatildeo de Saber na planificaccedilatildeo da praacutetica lectiva e nas reuniotildees quinzenais de planificaccedilatildeo de aulas

Cada um destes agentes educativos opta pelo melhor momento para utilizar as propostas de exerciacutecios presentes no Guia e no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa o que significa que a sua utilizaccedilatildeo eacute livre excepto quando forem estipulados momentos de formaccedilatildeo formal Nestes casos por exemplo oa professora realiza os exerciacutecios de acordo com a orientaccedilatildeo doa formadora

Cada um dos agentes educativos pode adaptar as propostas de exerciacutecio ao seu contexto de intervenccedilatildeo ou criar novos exerciacutecios

COMO UTILIZAR O GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

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COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

Guia de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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O Guia de Liacutengua Portuguesa apresenta o objectivo terminal de integraccedilatildeo para este processo formativo de desenvolvimento das competecircncias dosas professoresas e divide-se em trecircs moacutedulos que correspondem os domiacutenios do oral e da escrita sendo que o conhecimento expliacutecito da liacutengua integra estes domiacutenios

Cada moacutedulo de formaccedilatildeo eacute constituiacutedo pelas respectivas competecircncias de base e por um conjunto de orientaccedilotildees metodoloacutegicasestrateacutegias para oa formadora e oa professora que se encontram desenvolvidos no Moacutedulo de Liacutengua Portuguesa

O Guia pretende recriar o ambiente de sala de aula em contexto de formaccedilatildeo para que oa professora experiencie um conjunto de estrateacutegias antes de as aplicar na sala de aula ao mesmo tempo que desenvolve as suas competecircncias nos vaacuterios domiacutenios da Liacutengua Portuguesa

ESTRUTURA DO GUIA DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

Guia de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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FORMACcedilAtildeO DE LIacuteNGUA PORTUGUESA

MOacuteDULO I

Domiacutenio - Oral

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DO ORAL

Competecircncias de base bull Apreensatildeo de sons palavras e frases em Liacutengua Portuguesa bull Compreensatildeo e retenccedilatildeo de informaccedilatildeo essencial bull Produccedilatildeo de discursos orais simples em Liacutengua Portuguesa

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

Para que osas alunosas desenvolvam as competecircncias de base definidas eacute necessaacuterio aplicar estrateacutegias que promovam a sua confianccedila no uso da Liacutengua Portuguesa nomeadamente atraveacutes do desempenho de vaacuterios papeacuteis que treinem a escuta e exijam expressatildeo oral avaliar a adequaccedilatildeo do grau de correcccedilatildeo na expressatildeo oral

Sugere-se que oa professora selecione texto orais em diversos suportes raacutedio televisatildeo gravaccedilatildeo leitura de textos por exemplo

Oa professora deve preparar os textos antes de os levar para a sala de aula Ao longo da aula deve estar atento agraves produccedilotildees orais dos alunos e corrigir eventuais erros Se for possiacutevel pode gravar textos produzidos pelosas alunosas para analisar os principais erros e criar estrateacutegias de remediaccedilatildeo para os ultrapassarem

OBJECTIVO TERMINAL DE INTEGRACcedilAtildeO (OTI)

Mobilizar recursos que facilitem e melhorem a Didaacutetica da Liacutengua Portuguesa como liacutengua de escolarizaccedilatildeo nos domiacutenios do oral da escrita e do funcionamento da liacutengua

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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6868

Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

Guia de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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Idealmente devem utilizar-se textos de diversas variedades do Portuguecircs e mais ou menos formais para que oa alunoa fique exposto a vaacuterias realizaccedilotildees da Liacutengua

Em suma oa professora deve ensinar o aluno a falar e a ouvir (estar atento) para desenvolver a oralidade

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a expressatildeo oral

bull Ler ou narrar histoacuterias contos eventos bull Descrever paisagens imagens bull Criarproduzir textos individuais ou colectivamente a partir de imagens

frases ou histoacuterias instruccedilotildees bull Responder questionaacuterios entrevistas bull Dramatizar textos produzidosinventados rotinas quotidianas bull Participar em jogos de expressatildeo oral (adivinhas ou imitaccedilatildeo de concursos

televisivos por exemplo) debates

Sugestotildees de estrateacutegias para promover a compreensatildeo oral

bull Reconhecer sons palavras nuacutemeros bull Ouvir compreender e reproduzir narrativas e descriccedilotildees bull Selecionar palavras ou frases de um texto bull Adivinhar a partir de pistas e perguntas objetos personagens lugares bull Interpretar instruccedilotildees orais para realizar uma actividade bull Memorizar e repetir por exemplo poemas lengalengas jogos

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

Guia de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

Guia de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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MOacuteDULO II

Domiacutenios ndash Oral e Escrita

COMPREENSAtildeO DA LEITURA

Competecircncias de base bull Leitura autoacutenoma de letras palavras frases e textos respeitando a entoaccedilatildeo

e o ritmo da tipologia textual bull Identificaccedilatildeo siacutentese e interpretaccedilatildeo das vaacuterias partes de um texto eou

todo o texto bull Relaccedilatildeo entre o texto e outros recursos (saber) adquiridos

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA laquoPor compreensatildeo da leitura entende-se a atribuiccedilatildeo de significado ao que se lecirc quer se trate de palavras de frases ou de um texto Tal como na compreensatildeo do oral o importante na leitura eacute a apreensatildeo do significado da mensagem resultando o niacutevel de compreensatildeo da interacccedilatildeo do leitor com o texto Eacute por isso que perante o mesmo texto dois leitores podem obter niacuteveis de compreensatildeo diferentes e o mesmo leitor perante dois textos diversos pode atingir niacuteveis de compreensatildeo distintosraquo (Sim-Sim 2007 p7)

Considerando as palavras de Sim-Sim (2007) no desenvolvimento da compreensatildeo da leitura oa professora deve colocar em praacutetica estrateacutegias de leitura diversificadas (antes durante e no final da leitura) de modo a respeitar o ritmo e a capacidade de compreensatildeo de cada aluno e a apoiaacute-los a ultrapassar dificuldades apresentadas Estas dificuldades podem ser relativas a desconhecimento do tema abordado no texto ou de algumas palavrasvocaacutebulos

Um texto ou uma obra integral podem ser lidos em silecircncio ou em voz alta individual ou colectivamente A aplicaccedilatildeo de cada uma destas modalidades de leitura depende dos objectivos estabelecidos para esta actividade e das competecircncias que se pretendem desenvolver Tal significa que oa professora natildeo precisa de aplicar todas as modalidades numa soacute aula Pois para aleacutem da boa entoaccedilatildeo e respeito do ritmo de leitura eacute fundamental que oa alunoa compreenda o conteuacutedo do texto

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

Guia de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

7070

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da leitura

bull Apresentar aosagraves alunosas o objectivo da leitura de determinado texto (Ler texto para quecirc)

bull Aferir o conhecimento sobre o tema do texto (O que jaacute sabe sobre o texto) bull Explorar o tiacutetulo de texto antecipando o seu conteuacutedo (O que eacute que o tiacutetulo

lhe faz lembrar) bull Analisar imagens ou figuras que acompanhem o texto (O que eacute que diz a

imagemfigura que acompanha o texto) (Sim-Sim 2007)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a leitura

bull Ler partes do texto (uma frase um paraacutegrafo por exemplo) (Leia pausadamente para compreender melhor)

bull Corrigir palavras mal pronunciadas (para que as dificuldades natildeo persistam) bull Sintetizar partes lidas e adivinhar o que vem a seguir (O que compreendeu

do que leu Do que leu o que lhe parece mais importante Como eacute que o texto pode continuar)

bull Identificar e explorar o significado de palavras desconhecidas (com recurso ou natildeo ao dicionaacuterio) (O que podem significarsignificam as palavras que natildeo conhece)

bull Dizer por outras palavras o que se lecirc (parafrasear partes do texto) (Como eacute que pode dizer por outras palavras o que acabou de ler)

bull Sublinhar e tomar notas (Sublinhe o que natildeo compreende tome notas do que natildeo sabe ou acabou de compreender)

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar apoacutes a leitura

bull Formular questotildees sobre o texto lido (O que percebeu do que acabou de ler De que fala o texto)

bull Verificar se o texto fala do que se antecipou (O texto fala do que antecipou a partir do tiacutetulo ou das imagens que o acompanham)

bull Interpretar o texto (Formular questotildees de acordo com o conteuacutedo do texto relacionar o conteuacutedo do texto com aspectos do contexto dosas alunosas)

bull Reler o texto (para uma leitura mais fluente) bull Confirmar que o conteuacutedo do texto foi compreendido (clarificar alguma

duacutevida que teste)

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Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

Guia de Liacutengua Portuguesa rsaquo Outubro 2015

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

Rogiers X (sd) O que eacute a APC sl EDICEF

Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
      • Guia
        • IacuteNDICE

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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MOacuteDULO III

Domiacutenio ndash Escrita

EXPRESSAtildeO E COMPREENSAtildeO DA ESCRITA

Competecircncias de base bull Desenvolvimento da competecircncia ortograacutefica desde o grafismo agrave produccedilatildeo

de textos bull Compreensatildeo de textos ou obras integrais de tipologias diversas bull Produccedilatildeo de textos respeitando a sua tipologia e funccedilatildeo e integrando

normas ortograacuteficas

ORIENTACcedilOtildeES METODOLOacuteGICAS PARA OA PROFESSORA

A expressatildeo escrita (produccedilatildeo de texto) implica que osas alunosas mobilizem competecircncias relativas agrave composiccedilatildeo (combinaccedilatildeo de palavrasfrases para formar um texto) agrave ortografia (normas de representaccedilatildeo da escrita) e agrave grafia (sinais de representaccedilatildeo da escrita) Para que oa alunoa mobilize estas competecircncias oa professora deve planificar momentos para a praacutetica da escrita e acompanhar os trabalhos produzidos pelosas alunosas (Barbeiro amp Pereira 2007)O processo de escrita respeita trecircs momentos planificaccedilatildeo textualizaccedilatildeo e revisatildeo (Barbeiro amp Pereira 2007)Quanto maior for a praacutetica maior seraacute a autonomia fluecircncia e a correcccedilatildeo ortograacutefica e mais facilmente oa alunoa pode adquirir o gosto pela escrita e valorizar o seu domiacutenio Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar antes da escrita (planificaccedilatildeo)

bull Seleccionar um tema relativo ou conteuacutedo em estudo ou deixar que osas alunosas o faccedilam livremente ou continuar a narrativa do texto em estudo (se possiacutevel)

bull Questionar osas alunosas sobre a forma e o conteuacutedo do texto a produzir de modo a respeitar a tipologia e a funccedilatildeo do texto a escrever

bull Definir se o texto seraacute elaborado individualmente ou em grupo bull Anotar e organizar ideias para comeccedilar a escrever o texto

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

Projecto ldquoMelhoria de qualificaccedilatildeo dos professores do Ensino Baacutesicordquo 1ordm ao 6ordm ano

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

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para a Educaccedilatildeoa Ciecircncia e a Cultura

  • Moacutedulo
    • Iacutendice
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Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (textualizaccedilatildeo)

bull Seleccionar e organizar ideias para iniciar a escrita do texto bull Escrever respeitando a tipologia textual selecionada e a norma ortograacutefica bull Consultar materiais de apoio como por exemplo dicionaacuterios ou gramaacuteticas

Sugestotildees de estrateacutegias a aplicar durante a escrita (revisatildeo)

bull Reler o que se escreveu bull Fazer as correcccedilotildees necessaacuterias cortar acrescentar ou modificar partes do

texto ou apenas algumas palavras bull Trocar o texto (trabalho) com oa colega do lado ou entregaacute-lo aoagrave

professora para ser corrigido

Nota a escrita colaborativa (em grupo) segue os mesmos passos da escrita individual no entanto oa professora deveraacute orientar a exposiccedilatildeo de ideias quer na fase de planificaccedilatildeo quer na de textualizaccedilatildeo para que se crie um texto com sentido e o ambiente de sala de aula permaneccedila organizado Ciclo de Escrita

Fig 1 Ciclo de escrita (in Barbeiro amp Pereira 2007)

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Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

Cunha C e Cintra L (2001) Nova Gramaacutetica do Portuguecircs Contemporacircneo Lisboa Ed Saacute da Costa

Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Jucquois G (1998) Redaccedilatildeo e composiccedilatildeo Lisboa Ed Presenccedila

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

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REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacutePHICASBaptista A Viana FL Barbeiro L F (2011) O Ensino da Escrita Dimensotildees Graacutefica e Ortograacutefica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Barbeiro L F amp Pereira L A (2007) Ensino da Escrita A Dimensatildeo Textual Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Branco Maria Inecircs Castelo (2001) Pequeno Curso de Liacutengua Portuguesa Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

Caragea M (1996) Antologia do Conto Portuguecircs Contemporacircneo ndash Exerciacutecios e comentaacuterios Lisboa Publicaccedilotildees Universitaacuterias Portuguesas

Conselho da Europa (2001) Quadro Europeu Comum de Referecircncia para as Liacutenguas ndash Aprendizagem Ensino Avaliaccedilatildeo Porto Ed ASA

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Duarte I (2008) O conhecimento da Liacutengua Desenvolver a Consciecircncia Linguiacutestica Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento Curricular

Gomes A et al (1991) Guia do Professor de Liacutengua Portuguesa Niacuteveis ndash 1ordm 2ordm 3ordm 3Vol Lisboa Fundaccedilatildeo Calouste Gulbenkian

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Lapa M R (1973) Estiliacutestica da Liacutengua Portuguesa Lisboa Seara Nova

Mateus M H M et al (2002) Gramaacutetica da Liacutengua Portuguesa Coimbra Livraria Almedina

Moiseacutes M (1995) Guia Praacutetico da Redaccedilatildeo S Paulo Cultrix

Rogiers X (2007) Formar professores hoje [descarregado a 04032011 http www medgovao]

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Sim-Sim I (2007) O Ensino da Leitura a Compreensatildeo de Textos Lisboa Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Direcccedilatildeo-Geral de Inovaccedilatildeo e de Desenvolvimento CurricularUNESCO (sd) Melhoria da qualificaccedilatildeo de professores do ensino baacutesico na Guineacute-Bissau Visatildeo geral do projecto Dakar UNESCO Regional Office in Dakar

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

Organizaccedilatildeodas Naccedilotildees Unidas

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  • Moacutedulo
    • Iacutendice
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        • IacuteNDICE

laquoProfessores de qualidade satildeo cada vez mais reconhecidos como o factor mais importante na aprendizagem das crianccedilas - e portanto em melhorar o aproveitamento escolar aumentando a capacidade dos jovens de participar na sociedade e nas tecnologias de conhecimento de hoje aumentando a produtividade e prosperidade Especialmente em comunidades pobres e paiacuteses fragilizados por conflitos uma educaccedilatildeo de qualidade pode literalmente mudar a vida de uma crianccedila - ajudando crianccedilas a superar enormes desafios e preparando-as para uma vida melhor e futuros brilhantesraquo

Mensagem dos Directores da UNESCO OIT UNICEF PNUD e Educaccedilatildeo Internacional no Dia Mundial dos Professores 5 de Outubro de 2015

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