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Módulo 3 - Armas portáteis Apresentação do módulo Neste módulo você estudará as armas portáteis: espingardas, carabinas, fuzis, metralhadoras e submetralhadoras. Essas armas estão presentes no cotidiano do profissional de segurança pública, sendo, inclusive, cada vez mais utilizadas na prática de crime, especificamente os mais violentos, como assaltos a carros-fortes, roubos a bancos, entre outros exemplos. Por outro lado, devido a sua eficiência e confiança que esse armamento oferece, o seu emprego nas diversas unidades policiais vem aumentando a cada dia, sendo comumente encontrada nas viaturas policiais e empregadas em diversos tipos de operações. Em função desse crescente uso, mais do que nunca, você deve conhecer sobre essas armas de fogo, para melhor estabelecer a dinâmica do fato delituoso, bem como conhecer dentre os vestígios por elas deixados, os que possam ser encontrados na cena de crime. Objetivos do módulo Ao final do estudo desse módulo, você será capaz de: Identificar e classificar as armas portáteis; Analisar o histórico das armas portáteis; Identificar os principais componentes, peças e sistemas de operação das armas portáteis. Nota: Neste módulo, não será trabalhado um armamento específico, mas o que é comum a todas as forças policiais. Acredita-se que, desta forma, você estará apto a descrever e melhor entender as armas portáteis que dispõem para uso, além de conhecer alguns detalhes de armas congêneres aqui.

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Módulo 3 - Armas portáteis

Apresentação do módulo

Neste módulo você estudará as armas portáteis: espingardas, carabinas,

fuzis, metralhadoras e submetralhadoras.

Essas armas estão presentes no cotidiano do profissional de segurança

pública, sendo, inclusive, cada vez mais utilizadas na prática de crime,

especificamente os mais violentos, como assaltos a carros-fortes, roubos a

bancos, entre outros exemplos. Por outro lado, devido a sua eficiência e

confiança que esse armamento oferece, o seu emprego nas diversas

unidades policiais vem aumentando a cada dia, sendo comumente encontrada

nas viaturas policiais e empregadas em diversos tipos de operações. Em

função desse crescente uso, mais do que nunca, você deve conhecer sobre

essas armas de fogo, para melhor estabelecer a dinâmica do fato delituoso,

bem como conhecer dentre os vestígios por elas deixados, os que possam ser

encontrados na cena de crime.

Objetivos do módulo

Ao final do estudo desse módulo, você será capaz de:

Identificar e classificar as armas portáteis;

Analisar o histórico das armas portáteis;

Identificar os principais componentes, peças e sistemas de operação

das armas portáteis.

Nota:

Neste módulo, não será trabalhado um armamento específico, mas o que é

comum a todas as forças policiais. Acredita-se que, desta forma, você estará

apto a descrever e melhor entender as armas portáteis que dispõem para uso,

além de conhecer alguns detalhes de armas congêneres aqui.

Estrutura do módulo

Aula 1 – Armas portáteis

Aula 2 - Espingardas

Aula 3 – Carabinas

Aula 4 – Fuzis, Metralhadoras e Submetralhadoras

Aula 1 – Armas portáteis

1.1. O que são armas portáteis

Como você já estudou, a legislação específica (art. 3º, inciso XXII do Anexo do

Decreto Nº 3.665, de 20 de novembro de 2000) traz a seguinte definição de

arma portátil:

“arma cujo peso e cujas dimensões permitem que seja transportada por um

único homem, mas não conduzida em um coldre, exigindo, em situações

normais, ambas as mãos para a realização eficiente do disparo”. (BRASIL,

2000)

Observe que a definição acima permite depreender que nas armas portáteis

podem ser relacionadas às armas longas, tais como as espingardas,

carabinas, fuzis, entre outras que apresentam a característica de uso

individual.

1.2. Classificação geral das armas portáteis

As armas portáteis são classificadas quanto:

à alma do cano;

à percussão;

ao sistema de funcionamento.

Veja, a seguir, cada um deles.

Quanto à alma do cano são subdivididas em:

­ Alma lisa, como todas as espingardas;

­ Alma raiada, como as carabinas e fuzis;

­ Mistas - armas que apresentam pelo menos um cano de alma

lisa e pelo menos outro de alma raiada.

Quanto à percussão são classificadas em:

­ Percussão direta;

­ Percussão indireta.

Quanto ao sistema de funcionamento são classificadas em:

­ Tiro unitário ou simples, como as espingardas ou fuzis de um

único cano;

­ Tiro unitário múltiplo (espingardas ou fuzis de dois canos), de

repetição, semiautomática ou automática.

Aula 2 – Espingardas

2.1 O que é uma espingarda

Espingarda pela definição da legislação específica, Decreto nº 3.665 de 20 de

novembro de 20001, (art 3º-, inciso XLIX do Anexo), é uma arma de fogo

portátil, de cano longo com alma lisa, isto é, não-raiada2.

1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3665.htm

As espingardas são armas de fogo com emprego que varia desde a prática

desportiva até a utilização em combate.

2.2. Peças da espingarda

Basicamente, as principais peças de uma espingarda de modelo simples, como

as espingardas de um só cano e de tiro unitário, são:

cano com a câmara e o extrator;

telha e a coronha;

caixa de mecanismos com gatilho, percussor, cão, molas e os pinos de

fixação, bem como o sistema de abertura do cano.

A seguir, você estudará sobre elas.

2.2.1 Cano com câmara e

extrator

O comprimento do cano

varia com as

características do projeto e

com a destinação que é

dada à arma,

apresentando, geralmente,

variações compreendidas

entre 500 mm e 800mm.

2 Existem algumas espingardas modernas com alma raiada, a exemplo da espingarda da

Mosberg, calibre 12, modelo “t rophy sluger”, com raiamento dextrogiro, pensados

especialmente para disparos com projéteis singulares ou “Slug”. Muitas espingardas após o

calibre apresentam a palavra “Gauge” que pode ser traduzida como calibre ou dimensão.

Espingarda CBC, monocano, modelo 199-2

Figura 27 – Cao de espingarda.

Fonte: arquivo pessoal do conteudista

Importante salientar que, conforme o inciso VI do art 16 do R 105, são de uso

restritos “armas de fogo de alma lisa de calibre doze ou maior com

comprimento de cano menor que vinte e quatro polegadas ou seiscentos e dez

milímetros” (BRASIL, 2000)

Nas espingardas de retrocarga, na parte posterior do cano, encontra-se a

câmara, destinada a alojar os cartuchos (FIG. 27).

As câmaras, nas espingardas modernas, apresentam comprimentos que

podem ser de 70mm ou de 75mm. As câmaras mais extensas são para a

utilização de cartuchos Magnum, naturalmente mais potentes.

Importante!

É importante observar que, nas espingardas, os cartuchos não ocupam toda a

extensão da câmara, pois os cartuchos com fechamento em “estrela” - sobre o

qual estudará mais a frente - necessitam desse espaço para a abertura do

estojo.

Junto à parte posterior da câmara encontra-se o extrator, peça que promove a

retirada do estojo deflagrado com a abertura do cano. Na parte anterior dos

canos, geralmente verifica-se o choke que é uma pequena diminuição

(estrangulamento) do diâmetro interno do cano, com vistas a melhorar o

agrupamento dos projéteis (balins).

2.2.2. A telha e a coronha

Como as espingardas são

projetadas para efetuarem disparos

utilizando-se as duas mãos e

apoiadas no ombro, a coronha

consiste em uma de suas peças

fundamentais, sendo estudadas o

seu comprimento, altura e a sua

curvatura. Na parte posterior da

coronha encontra-se a chapa da

soleira que, além de proteger a

coronha, podem dar maior aderência ao ombro e diminuir o impacto provocado

pelo recuo. A telha serve de suporte para uma melhor pegada e posição de tiro.

2.2.3. Caixa de mecanismos

A caixa de mecanismo irá conter

todos os mecanismos de disparo e

abertura do cano, sendo que as

principais peças nelas montadas

são: gatilho, percussor, cão, molas

e os pinos de fixação.

Nota

Alguns modelos de espingardas de um cano e tiro unitário apresentam

sistemas de segurança contra disparo acidental.

Figura 28 – Coronha de espingarda.

Fonte: arquivo pessoal do conteudista

Figura 29 – Caixa de mecanismo de espingarda.

Fonte: arquivo pessoal do conteudista

Os principais modelos de espingardas de tiro unitário são as espingardas de

cano único, de canos duplos paralelos e de canos duplos sobrepostos.

2.3. Informações sobre outros modelos de espingardas

No Brasil, ainda é comum à utilização de espingardas de antecarga

(espingardas de soca) e percussão extrínseca, a maioria delas de produção

artesanal. Nesse modelo de arma, a pólvora é introduzida pela boca do cano e,

posteriormente, a bucha e os balins. A iniciação da pólvora acontece pela

detonação de espoleta colocada em uma peça, comumente chamada de

“ouvido”, que permite que a chama e os gases aquecidos da detonação da

espoleta atinjam o interior da câmara, iniciando a queima do propelente.

Nos modelos de espingardas de repetição, o sistema mais comum é o sistema

Pump Action ou sistema de corrediça, que foi utilizado nas espingardas da

Winchester - modelo 1897., Outro exemplo desse sistema é o da espingarda

Pump CBC 12., Nesta arma, a telha que, naturalmente, é o apoio da mão do

atirador apresenta também a função de movimentar o mecanismo do ferrolho,

pela ação deslizante da telha e das hastes da corrediça, retirando o estojo

vazio ou o cartucho que se encontra na câmara e a introdução de um novo

cartucho. Nessa arma, os cartuchos são armazenados em um tubo de

depósito, localizado abaixo do cano.

Nota

Em outros modelos de diversos fabricantes, os cartuchos são armazenados no

carregador do tipo cofre ou caixa (SPAS 15), ou em depósito localizado no

corpo da arma.

Outro sistema de espingarda de repetição é por “ação mauser”, onde uma

alavanca ligada ao ferrolho promove a extração e introdução de um novo

cartucho.

Com as novas tecnologias, surgiram as espingardas semi-automáticas, como a

“Browning A-5”, e as que operam em sistema de repetição ou semi-automático

como as espingardas “Benelli M3” e “M4 super 90”, apresentando ainda o

ferrolho de cabeça rotativa para o trancamento deste na câmara, tecnologia

empregada nos “fuzis Colt”, “modelo M 16” entre outros.

2.4. Classificação das espingardas

Alguns autores classificam as espingardas em:

Espingardas de 1.ª geração –São as espingardas de tiro unitário, de um

único cano ou de canos duplos dispostos paralelamente um ao outro ou

sobrepostos.

Espingardas de 2.ª geração – Nessa categoria classificam-se as

espingardas de repetição como a pump CBC 12, ou Mosberg 590.

Espingardas de 3.ª geração - São as espingardas semiautomáticas,

como a espingarda Browning A-5.

Espingardas de 4.ª geração – São as espingardas que podem atuar

tanto no sistema semiautomático quanto no sistema de repetição, como

a Benelli M3 Super 90.

Nota!

Vale relembrar que ainda há as armas mistas ou conjugadas, aquelas que

apresentam um ou mais canos de alma lisa e um cano de alma raiada.

Exemplo: as espingardas do tipo Drilling, que possuem três canos, onde se

combinam, geralmente, dois canos de alma lisa paralelos com um cano de

alma raiada conectados em um mesmo sistema de disparo.

Entre as armas de dotação das forças armadas de diversos países estão

espingardas que operam em sistema automático, ou seja, estão aptas para

efetuarem rajadas, a exemplo da espingarda AA-12 que apresenta a opção de

usar um carregador do tipo caixa com 8 cartuchos ou um carregador tipo

tambor ou caracol com 20 ou 32 cartuchos (como aqueles empregados nas

primeiras submetralhadoras Thompson, de calibre .45 ACP, imortalizado pelos

filmes policiais como “Os Intocáveis”. Esta arma, que já aparece em uso em

filmes recentes, possui seletor de tiro com a opção da posição “travado”; “tiro

intermitente” e “automático”. A cadência de disparo teórica em sistema

automático é de 360 tiros por minuto, o que acarreta uma grande dispersão de

balins sobre o alvo.

2.5. Alcance útil

O alcance útil em tiro produzidos com espingardas é a distância limite do tiro

eficaz, isto é, a distância além da qual os chumbos não possuem mais energia

capaz de causar lesões consideráveis.

A distância efetiva de utilização das espingardas é relativamente pequena, em

função do formato desfavorável dos grãos esféricos (balins) (fazer hint:,

conjunto de esferas que são expelidos quando do disparo). que causam uma

grande diminuição na velocidade e, consequentemente, na redução da energia

cinética. Desta forma, o tamanho dos grãos de chumbo são de fundamental

importância na determinação do alcance útil e no grau das lesões ou danos por

eles produzidos.

O alcance útil, nas armas de alma lisa, é determinado pela dispersão dos balins

e pelas possibilidades práticas de sua utilização pelo atirador. Nas

espingardas, o diâmetro do círculo de dispersão ou agrupamento é controlado

pelo choque (FIG. 30). Assim, o alcance útil teórico (na prática, esses valores

são menores) é:

o choque pleno (full choke) usado para tiros entre 44,5m e 54,5m (45 e

55 jardas);

o choque modificado (modified choke) para tiros entre 24,75m e 44,5m

(25 a 45 jardas);

o choque cilíndrico modificado (improved cylinder) é usado para tiros até

34,65m (35 jardas);

o choque cilíndrico apresenta alcance útil da ordem de 30 metros.

Figura 30 – Tipos de choque.

Fonte:http://static.hsw.com.br/gif/shotgun-chokes.gif

Estas são as distâncias que, de acordo com o choque do cano de uma

espingarda, a mesma ainda possui alcance útil.

Com a utilização de projéteis singulares, o alcance útil é da ordem de 100 a

110 metros.

Aula 3 - Carabinas

3.1. O que é uma carabina

A Carabina, pelo Decreto nº 3.665 de 20 de novembro de 2000 3(Artº 3, inciso

XXXVII, Anexo) , é uma “arma de fogo portátil semelhante a um fuzil, de

dimensões reduzidas, de cano longo - embora relativamente menor que o do

fuzil - com alma raiada” (BRASIL. 2000).

O termo carabina apresenta relatos diferentes quanto a sua origem, entretanto,

no século XVII, era empregado para designar os arcabuzes e mosquetes de

dimensões reduzidas e, por isso, de mais fácil manejo e transporte, utilizada

pelas tropas montadas.

O comprimento do cano das

carabinas é o que as caracterizam

como tal.

3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3665.htm

Alguns autores destacam que mede até 20

polegadas,(508 milímetros), para outros, deve

ser menor que 22 polegadas (558.8 milímetros).

3.2. Sistemas utilizados pelas carabinas

O maior destaque das carabinas acontece com as produzidas pela Winchester

(Winchester Repeating Arms Company), calibre .44-40, nos modelos 1866 e

1873, devido ao papel que desempenharam na colonização americana e

imortalizadas pelo cinema. Essas carabinas eram armas de repetição, com

acionamento por alavanca (lever action) localizada abaixo da caixa de

mecanismo ction). Essa alavanca, graças ao seu desenho, exercia também a

função de guarda mato. Essas armas apresentavam outra inovação que era a

utilização de um sistema de alimentação por depósito tubular. Com o

movimento semicircular da alavanca, indo à frente e retornando a posição de

origem, eram realizadas as seguintes operações descritas a seguir:

1. Desbloqueio do ferrolho da câmara;

2. Recuo do ferrolho - com o movimento a frente da

alavanca, recuava-se o ferrolho e promovia a extração do

estojo ou do cartucho que se encontrava na câmara e

armava o cão;

3. Introdução do cartucho na câmara de forma propícia - ao

final do curso do ferrolho, a mesa transportadora,

juntamente com um cartucho oriundo do tubo de depósito,

inclinava-se, deixando o cartucho em inclinação propícia

para ser introduzido na câmara. Com o retorno da

Figura 31 – Exemplo de carabina (AKMS 47).

O AKMS 47, produzido no Iraque, destinado a

tropas aerotransportadas. O comprimento do

cano, as características de dimensões reduzidas

e menor peso permitem caracterizá-lo como

carabina. Entetanto, essa mesma arma poderá

ser classificada como fuzil de assalto, uma vez

que essas classificações não são excludentes.

Fonte: arquivo pessoal do conteudista

alavanca, o ferrolho avançava e introduzia na câmara o

cartucho que se encontrava na mesa transportadora;

4. Travamento do ferrolho, cartucho e câmara perfeitamente

alinhados - impedindo a abertura do conjunto, no momento

do disparo.

Esse sistema permanece atual e é utilizado por diversos fabricantes, a

exemplo da indústria Rossi que produzia as carabinas “pumas” (sistema lever

action) nos calibres: .38 Special, .357 Magnum e .44 Special, dentre outros

calibres. Hoje, estas carabinas são produzidas pela indústria Taurus e

também por diversos fabricantes no mundo inteiro.

Outro sistema de repetição utilizado nas carabinas é o sistema de corrediça ou

sistema pump action4 No nosso país, a indústria Rossi, produziu as carabinas

Gallery, de calibre .22 que uti lizavam cartuchos .22 Short (curto), .22 Long

(longo) e .22 Long Rifle (L.R.) ou no calibre .22 Magnum.

As carabinas da Winchester com acionamento por alavanca tiveram papel

importante não só na colonização americana mas, também, na nossa história,

sendo utilizadas no Cangaço, na Coluna Prestes e em diversas emboscadas

feitas na luta por terra e outros motivos. Eram vendidas em mercearias no

interior do Brasil, como lembra da música do Lenine “Já foi-se o tempo do fuzil

papo amarelo (...)” . Um dos primeiros modelos de carabinas da Winchester foi

o modelo 1866, cuja caixa de mecanismo apresentava partes de latão (liga

metálica5 constituída de cobre6 e zinco7, por isso ficou conhecida como Yellow

4 O sistema no qual a telha, além de ser o apoio da mão tem a função de movimentar o

mecanismo do ferrolho, pela ação das hastes da corrediça, retirando o estojo vazio ou o

cartucho que se encontra na câmara e a introdução de um novo cartucho

5 http://pt.wikipedia.org/wiki/Liga_met%C3%A1lica

6 http://pt.wikipedia.org/wiki/Cobre

7 http://pt.wikipedia.org/wiki/Zinco

Boy (Rapaz Amarelo). Já o rifle da Winchester, modelo 1873, calibre .44 – 40 8

cano octagonal, embora tivesse a caixa de mecanismo de liga de ferro e

tivesse poucas peças e chapa confeccionadas em latão ou bronze , ficou

conhecido no Brasil como rifle papo-amarelo por herança do seu antecessor o

WINCHESTER 66.

Nota

O winchester 73 foi produzido com comprimento de cano de 15, 20, 24 ou 30

polegadas. Por isso, é correto afirmar que o Brasil teve tanto carabinas como

fuzis papo amarelo, com diferentes capacidades do tubo carregador.

Uma arma semiautomática por

ação de gás, com características

modernas, que revolucionou a

época pelo sistema de operação,

pelo desenho e também pelo

projeto do cartucho, foi a “carabina

M1, calibre .30 Carbine”,

desenvolvida nos Estados Unidos,

em 1941. Essa carabina foi

desenvolvida como uma arma

leve para as unidades de

comunicação, blindados, artilharia, oficiais de intendência, entre outros, dotada

de cano com comprimento de 457,2 mm (18 polegadas). Posteriormente foi

modificada para o modelo M2, com carregador de maior capacidade e,

principalmente, com sistema de tiro semiautomático e automático através de

seletor. Foi uti lizada na 2.ª Guerra Mundial, Guerra da Coréia e Guerra do

8 : Embora você estudará sobre calibres mais tarde, o calibre . 44 – 40, significa que o diâmetro

do projétil tinha 44 centésimos de polegada (11.17 mm) e 40 grains de pólvora negra (2,56

gramas)

Figura 32 – Arma semiautomárica por ação de gás.

Fonte: arquivo pessoal do conteudista

Vietnã, além de ter sido arma de dotação das forças armadas e policiais de

diversos países.

Entre as armas modernas, que podem ser classificadas como carabinas,

destacam-se as versões “M16A1 Carbine” e “M16A2 Carbine”, do “Fuzil Colt

M16”, adotadas pelas forças armadas de muitos países. Essas armas são

produzidas no calibre 5,56 NATO, e opera tanto no sistema semiautomático

quanto no sistema automático por ação de gás. Possui cano com comprimento

de 14,5 polegadas (368,3 mm) e apresentam como inovação uma coronha

retrátil, o que reduz ainda mais o seu tamanho. Seu comprimento total, com a

coronha retraída, pouco maior que 750 mm.

As carabinas permeiam o universo policial desde as antigas carabinas Pumas

da Rossi.

Nos dias atuais, surgiram novas

armas a exemplo da indústria

Taurus que produz carabinas

policiais, no calibre .40 S&W

semiautomática pelo sistema Blow

Back, cujo cano possui 410

milímetros de extensão, e ainda, a

carabina no calibre .30 Carbine

semiautomática por sistema à gás ,

na qual o cano têm 260 milímetros

de extensão. Ambas apresentam peso na ordem de 3,3 quilogramas e se

destinam à utilização policial com as características de serem armas

relativamente pequenas - o que permitem o uso urbano -, leves para armas de

porte e de excelentes características balísticas.

Figura 33

Fonte: arquivo pessoal do conteudista

Nota

A carabina “MAGAL” (Micro Galil), no calibre .30 Carbine, de origem

Israelense, adotada pela Secretaria de Segurança do Estado do Pará, e as

carabinas da “IMBEL Ca MD97LM” e “Ca MD97LC”, com comprimento de

cano da ordem de 330 milímetros, no calibre 5,56 x 45, regime de tiro

semiautomático, ou conforme o modelo semiautomático ou buster (rajada

curta) de 3 tiros e automático por sistema à gás e peso , também na ordem de

3,3 quilogramas, utilizada pela Força Nacional, são outros exemplos da

presença dessas armas no nosso dia a dia.

3.3. As carabinas de pressão

As carabinas de pressão não são classificadas como armas de fogo, pois a

impulsão dos projéteis não se dá pela queima de propelente. Nessas, a

impulsão dos projéteis se dá pelo emprego de gases comprimidos que podem

estar armazenados em um reservatório ou por ação de um êmbolo solidário a

uma mola. Entretanto, as carabinas de pressão são também objetos de estudo

da balística forense, pois trata-se de arma e a ação dos seus projéteis pode

causar lesões graves ou, em determinadas situações, até a morte.

Aula 4 – Fuzis, Metralhadoras e Submetralhadoras

4.1. Fuzis, Rifles e Mosquetões

4.1.1 O que é um fuzil

Pela definição do Decreto n.º 3.665 (art 3º, inciso LIII, Anexo), fuzil é uma

“arma de fogo portátil, de cano longo e cuja alma do cano é raiada” (BRASIL,

2000).

Nota

Embora os vocábulos Fuzi l e Rifle tenham origens diferentes, nos dias de hoje,

ambos são empregados como sinônimos.

O termo Rifle tem origem na palavra inglesa Rifling, relativo às raias,

responsáveis pelo movimento rotacional do projétil. É uti lizado nos países de

língua inglesa para designar as armas longas, portáteis, com canos de alma

raiada, de uso individual e projetadas para serem usadas apoiadas ao ombro,

destinadas a uso militar ou desportivo.

O termo Fuzil, de origem francesa, apresenta o mesmo significado

anteriormente descrito, nos países de línguas de origem latina. Como visto, não

há padronização entre os países, nem de nomenclatura, nem de definição.

Nota

Nos Estados Unidos, por lei federal, os fuzis (rifles) devem ter, no mínimo,

406,4 mm (19 polegadas) de comprimento de cano. (Di Maio, 1999, pg 40).

Quando possuem comprimento de cano inferior a este valor, os fuzis são

classificados como carabinas.

4.1.2 Classificação

Os fuzis são classificados quanto ao funcionamento em: tiro unitário; de

repetição; semiautomáticos e automáticos.

Tiro unitário – as operações de carregar a arma, introduzindo

diretamente o cartucho na câmara e a extração do estojo deflagrado são

realizadas manualmente, após cada disparo. Os exemplos mais comuns

são os fuzis com um único cano ou de canos paralelos ou sobrepostos,

que foram utilizados para caças de animais de grande porte na África.

Dentre os principais fabricantes desses fuzis, destaca-se Holland &

Holland, Gibbs e Lancaster, em calibres como o .700 Nitro Express, .470

Nitro Express, .458 Winchester Magnum, .416 Rigby, .375 Holland&

Holland Magnum, etc.

De repetição - a arma é recarregada por ação do atirador por intermédio

de mecanismo da arma, para esse fim específico, que promove o

destravamento do conjunto do ferrolho, a retirada do estojo deflagrado

ou cartucho da câmara, a introdução de um novo cartucho na câmara e

o travamento do ferrolho. Diversos são os mecanismos para tal fim,

como o sistema pump action, o sistema de alavanca utilizado pelo

Winchester, entretanto, o mais conhecido é o sistema Mauser,

patenteado pelos irmãos Paul e Wilhem Mauser, em 1898. Nesse

sistema, uma alavanca incorporada ao ferrolho realiza dois movimentos

básicos. O primeiro movimento consiste na rotação que promove o

destravamento (giro no sentido anti-horário) e travamento (giro no

sentido horário) do ferrolho. O segundo movimento consiste no

deslocamento à retaguarda, em relação ao eixo longitudinal da arma,

promovendo a retirada do estojo deflagrado e à frente, conduzindo o

cartucho do depósito para a câmara, deixando o percussor na posição

armado e permitindo acionar o sistema de segurança a ele incorporado.

O sistema Mauser, pela segurança

e praticidade continua a ser

utilizado nos dias de hoje, a

exemplo do Fuzi l .308 IMBEL

AGLC que é um fuzil de precisão,

ou o Fuzil de repetição da

Remington (FIG. 34). Outro

exemplo comum de fuzis de

repetição são os mosquetões.

Figura 34 – Fuzil de repetição da Remington Fonte: arquivo pessoal do conteudista

Nota

De acordo com o Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 20009, o termo

mosquetão significa “fuzil pequeno, de emprego militar, maior que uma

carabina, de repetição por ação de ferrolho montado no mecanismo da culatra,

acionado pelo atirador por meio da sua alavanca de manejo” (BRASIL. 2000).

Semiautomáticos – são fuzis que recarregam automaticamente,

aproveitando a expansão dos gases após o disparo para realizar todo o

ciclo de destravar o ferrolho, extrair o estojo, recarregar a arma e travar

novamente o ferrolho, deixando-a pronta para novo disparo. O exemplo

mais conhecido de fuzi l semiautomático é o Fuzil AR-15, da Colt, pela

divulgação que a mídia deu a essa arma e, claro, pela grande utilização

dela por narcotraficantes e outros grupos criminosos. Este fuzil é uma

versão civil do Fuzil militar

M 16, do mesmo

fabricante.

Automático - são fuzis

que, além de recarregarem

automaticamente,

aproveitando a expansão

dos gases após o disparo,

realizam disparos

contínuos enquanto o

gatilho continuar

pressionado (rajada).

Geralmente são armas de

uso militar, dotadas de seletor de tiro, podendo geralmente optar-se por

9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3665.htm

Figura 35 – Fuzil AKMS 47

O Fuzil AKMS 47 possui, ao mesmo tempo,

características de carabina e de fuzil de assalto,

assim como os rifles Colt M16 Carabine.

Fonte: arquivo pessoal do conteudista

tiro automático (rajadas), rajadas curtas de três ou cinco tiros, ou ainda,

tiro intermitente (semiautomático). Os mais comuns são os fuzis de

assalto, utilizados pelas forças policiais e militares de diversos países.

Com o fim da guerra de trincheiras, surgiram os fuzis de assalto que

apresentam as características de poderem efetuar disparos no sistema

automático ou intermitente, possuírem uma grande capacidade de

armazenar munições, comportando maior número de cartuchos no seu

carregador, de serem de calibres intermediários o que implica em

redução de peso e, principalmente, de grande maneabilidade, inclusive

em ambientes de pequenas dimensões. Exemplos mais conhecidos são

o AK 47 e o Fuzil Colt M16 (FIG. 35).

Nota

No sistema a gás - utilizados nos fuzis modernos, quer semiautomáticos ou

automáticos -, existe diversas variações conforme modelo e geração. De forma

simples funcionam assim:

1º) parte dos gases oriundos da queima do propelente que impulsiona o projétil

durante seu deslocamento pelo interior do cano é desviada para um orifício

(geralmente chamado de evento) próximo à boca do cano - espaço no qual a

pressão está ligeiramente menor; e pela

2º) a pressão exercida por essa coluna de gases desviada movimenta um

pistão ou êmbolo, ligado ao ferrolho por uma haste que, por sua vez,

impulsiona o ferrolho para trás, movimentando o mecanismo e conseguindo a

extração e a introdução de novo cartucho na câmara realizando o ciclo

completo do mecanismo da arma.

4.2. Metralhadoras e Submetralhadoras

4.2.1 O que é uma metralhadora

O inciso LXI, do art. 3º do Anexo do Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de

2000 , define metralhadora como “arma de fogo portátil, que realiza tiro

automático” (BRASIL. 2000) e o inciso LXVIII define pistola-metralhadora,

como: “metralhadora de mão, de dimensões reduzidas, que pode ser utilizada

com apenas uma das mãos, tal como uma pistola.” (BRASIL. 2000)

Pistola-metralhadora, submetralhadora ou metralhadora de mão, são nomes

dados para armas automáticas de tamanho reduzido para uso de mão, que

podem atuar em regime de tiro semiautomático, normalmente desenvolvidas

nos mesmos calibres10 usados nas pistolas11, como os calibres 9 x 19 mm 12 e

o .40 S&W 13. A utilização mais adequada é em tiro instintivo a pequenas

distâncias, visto que sua precisão é prejudicada pela elevada cadência de tiro

que variam, teoricamente, na ordem de 500 tiros por minuto a 1200 tiros por

minuto.

Importante:

A utilização de armas no sistema automático (rajada) foi desenvolvida como

“fogo de cobertura” , nos casos onde era necessário a proteção para a retirada

de tropas ou contra o avanço de tropas inimigas.

Na atividade de segurança pública, o sistema automático não é utilizado em

ambientes urbanos, onde transeuntes podem ser atingidos, mesmo distantes

do local do fato.

10

://pt.wikipedia.org/wiki/Calibre

11 : http://pt.wikipedia.org/wiki/Pistola

12 http://pt.wikipedia.org/wiki/9mm_Luger

13 http://pt.wikipedia.org/wiki/.40_S%26W http://pt.wikipedia.org/wiki/.40_S%26W

Com o avanço da tecnologia, os treinamentos policiais passaram a utilizar os

sistemas de rajadas curtas (burst) que oferecem maior controle sobre o

armamento. No entanto, no ambiente urbano, sua utilização não é

recomendável.

É possivel que você nunca tenha

ouvido o termo "pistola-metralhadora",

pois é mais empregado na Europa. No

Brasil, a denominação

"submetralhadora" é mais comum.

Uma das submetralhadoras mais

empregadas pelas unidades de

operações especiais do mundo, como

a SWAT, BOPE COT, DOE, dentre

outras, é a “HK MP5”. A “MP5” é

fabricada pela empresa alemã Heckler & Koch. As “MP5” atuais disparam

basicamente em três tipos de regime de tiro: automático (rajadas), semi-

automático (um tiro a cada vez que o gatilho é pressionado), bursts (pequenas

rajadas de 2 e 3 tiros a cada vez que o gatilho é pressionado). Possuem

modelos com diferentes tamanhos e, ainda, com diversos acessórios como

supressores de ruído, miras e lanternas. É uma arma muito segura,

relativamente leve e versátil. Por isso, a “MP5” é uma arma empregada em

quase todo o tipo de situação.

4.2.2 Outros exemplos de submetralhadoras

Outros exemplos de submetralhadoras, muito utilizadas no meio policial, são a

Taurus “Mt 12” e “MT 12 A”, que é o mesmo projeto da “Beretta 912” utilizada

pelo Exército Brasileiro. Elas são dotadas de carregadores do tipo caixa, bifilar,

com capacidade para 30 cartuchos no calibre 9 X 19 mm, da mesma forma que

a “HKMP5”. Em relação ao tamanho e peso, também são armas práticas.

Apresentam a característica de serem submetralhadoras de ferrolho aberto,

como a “UZI” e as submetralhadoras mais antigas.

Figura 36 – Submetralhadora HK MP5.

Fonte: arquivo pessoal do conteudista

Nesse sistema, o ferrolho permanece aberto sem introduzir o cartucho na

câmara, ao acionar o gatilho da arma, o ferrolho coleta o cartucho no

carregador, transporta e o introduz na câmara, efetua o disparo e, com o

retorno do estojo, ejeta o estojo percutido e permace aberto se estiver

trabalhando no regime de tiro semiautomático, ou repete todas as operações

anteriores, enquanto o gatilho permacer pressionado ou acabar a munição.

Este sistema diferente da MP5 que trabalha com o ferrolho fechado (funciona

como uma pistola). No sistema de ferrolho aberto acontece com maior

frequência disparos acidentais e

involuntários o que a torna uma arma mais

insegura.

A submetralhadora “Turus/FAMAE”, que

também opera no sistema semiautomático,

bursts (pequenas rajadas de dois tiros a

cada vez que o gati lho é pressionado) e

automático, de calibre.40 S&W, Blowback,

ferrolho fechado, com carregadores do tipo

caixa, bifilar, com capacidade para 30

cartuchos é outro exemplo de submetralhadoras de uso policial.

Nota

A grande maioria das submetralhadoras trabalham no sistema Blowback de

massa inercial, ou seja, sem trancamento. Por isso, o ferrolho dessas armas,

para resistir à pressão dos calibres .45 ACP, 9 x 19mm, .40 S&W, é pesado,

de grande massa e utiliza-se ainda molas reuperadoras, com maiores

resistências. As marcas de culatra e do percussor deixadas sobre o estojo

passam a ser extremamente característicos. Os principais exemplos são: a

“Beretta 912”, “ UZI”, “MAC 10”, “Taurus MT 12” dentre muitas outras.

Figura 38

Fonte: arquivo pessoal do conteudista

Finalizando...

Nesse módulo, você estudou que:

o De acordo com a legislação específica (Decreto Nº 3.665 de 20 de novembro de 2000), entende-se por arma portátil a “arma

cujo peso e cujas dimensões permitem que seja transportada por um único homem, mas não conduzida em um coldre, exigindo, em situações normais, ambas as mãos para a realização

eficiente do disparo”. (BRASIL, 2000);

o As armas portáteis são classificadas quanto: a alma do cano, a

percussão e ao sistema de funcionamento;

o Espingarda pela definição da legislação específica, Decreto nº 3.665 de 20 de novembro de 2000, (art 3º, inciso XLIX, Anexo), é

uma “arma de fogo portátil, de cano longo com alma lisa, isto é, não-raiada”; (BRASIL, 2000)

o As espingardas são armas de fogo com empregos que variam desde a prática desportiva até a utilização em combate;

o As principais peças de uma espingarda de modelo simples, como

as espingardas de um só cano e de tiro unitário, são: cano com a câmara e o extrator; telha e a coronha; caixa de mecanismos com

gatilho, percussor, cão, molas e os pinos de fixação, bem como o sistema de abertura do cano;

o A Carabina, pelo Decreto nº 3.665 de 20 de novembro de 2000

(artº 3, inciso XXXVII, Anexo), é uma “arma de fogo portátil semelhante a um fuzil, de dimensões reduzidas, de cano longo -

embora relativamente menor que o do fuzil - com alma raiada”. (BRASIL, 2000)

o Pela definição do Decreto n.º 3.665 (art 3º, inciso LIII, Anexo),

fuzil é uma “arma de fogo portátil, de cano longo e cuja alma do cano é raiada”. (BRASIL, 2000)

o Os fuzis são classificados quanto ao funcionamento em: tiro unitário; de repetição; semiautomáticos e automáticos;

o O Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000 (art. 3º, inciso LXI, Anexo), define metralhadora como “arma de fogo portátil,

que realiza tiro automático” (BRASIL, 2000) e, ainda, no inciso LXVIII, pistola-metralhadora, como: “metralhadora de mão, de dimensões reduzidas, que pode ser utilizada com apenas uma

das mãos, tal como uma pistola.” (BRASIL, 2000).

Exercícios

1) As espingardas de terceira geração são aquelas que:

a. ( ) São dotadas de tubo carregador e a extração do estojo deflagraado e

a introdução de um novo cartucho na câmara são frutos de operações

manuais sobre a telha e esta sobre o ferrolho;

b. ( ) São espingardas dotada de câmaras de 75 mm capazes de utilizar

cartuchos Magnum;

c. ( ) São espingardas que funcionam no sistema de repetição e no sistema

automático, a exemplo da AA 12;

d. ( ) São espingardas que só funcionam no sistema semiautomático.

2) O que caracteriza as carabinas em relação às demais armas portáteis é:

a. ( ) possuir o cano de alma lisa;

b. ( ) O comprimento do cano maior que quinhentos e sessenta milímetros

(560 mm);

c. ( ) Principalmente por possuir coronha retrátil;

d. ( ) Principalmente pelas dimensões reduzidas, conforme preconiza o

Decreto Nº 3.665

3) Os Fuzis em relação ao seu funcionamento são classificados em:

a. ( ) tiro unitário;

b. ( ) de repetição;

c. ( ) semi-automáticos ou automáticos ;

d. ( ) todas as anteriores

4) Pode-se dizer que pistolas metralhadoras são:

a. ( ) armas que só atuam no sistema automático, por isso o seu nome;

b. ( ) armas que pela característica de portabilidade, necessariamente,

possuem baixa cadência de disparos;

c. ( ) armas destinadas a serem usadas com apoio de bipé ;

d. ( ) armas que também são designadas de metralhadoras de mão ou

submetralhadoras

5) Assinale a única afirmativa falsa dentre as afirmativas abaixo:

a) ( ) O alcance útil de balins de uma espingarda é definido como a

distância entre a boca do cano da arma, até o ponto em que estes balins estejam

ainda animados com energia cinética suficiente para causar lesões de certa

gravidade.

b) ( ) O alcance útil é a máxima distância que um balim pode atingir,

independente por tanto da energia cinética final que ele apresente.

c) ( ) O alcance útil varia, entre outros fatores, com o comprimento do

cano da arma e também com a munição utilizada, e por conseguinte a sua

energia cinética.

d) ( ) O alcance útil das espingardas varia conforme o seu calibre e com

6) Os fuzis semi-automáticos, com operação através de sistema a gás:

a) ( ) São aqueles que aproveitam a força expansiva dos gases resultantes

da queima do propelente , que atuam sobre um pistão ou êmbolo, para promover

o recuo do ferrolho, a extração do estojo deflagrado, e com o retorno do ferrolho

a nova alimentação.

b) ( ) São aquelas que enquanto a tecla do gatilho for pressionada pelo

atirador elas continuarão a disparar, até o ultimo cartucho do carregador.

c) ( ) Necessitam da intervenção do atirador, após cada disparo, para

promover a retirada do estojo deflagrado e a consequente realimentação.

d) ( ) Atuam somente em ação dupla, logo são sempre de percussão

direta.

Gabarito: 1 D 2D 3D 4D 5B 6A