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MAURO DEL GIELLO Advogado EX ELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO vapz, FA7swnt- PS 5 ng agá no ESTADs DE SA0 PAULO ALICE MITUKO MUTO, brasileira, nutricionista, portadora - RG no. 14.8A1.8 1 4, CP' no. 094.426.058-60; residente e domiciliada na Rua Serra do Japi, 313 apit. 31, - São Paulo, SP - SP e Outros autores qualificados na relação anexa, por seu procurador infra-assinado (mandato xo ), v:em, com o devido respeito e acatamento à presença ane de Vossa Exceiência, interpor a presente AÇÃO O - ARTA contra a FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO FEsp fundamentos de fato e direito a seguir expostos. Os autores da presente demanda são servidores públicos do Estado de São Paulo que a seu favor laboraram por mais de vinte anos, do que decorreu o direito à percepção do adicional de Sexta parte, de acordo com o disposto no artigo 129 da Constituição Estadual, que assim determina; t‘ art. 129: ao servidor público estadual assecurado o percebimento - adicional por tempo de sendo, RUA? IACHNELO, 231, 9 ° Al'TDA3R - CENTRO - SÃO PAULO - SP TELEFONES: 31060763- 31061304 - 31014814 - 31014015 pelos

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MAURO DEL GIELLO

Advogado

EX ELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO vapz, FA7swnt- PS 5 ng agá no ESTADs DE SA0

PAULO

ALICE MITUKO MUTO, brasileira,

nutricionista, portadora - RG no. 14.8A1.81 4, CP' no.

094.426.058-60; residente e domiciliada na Rua Serra do Japi, 313 apit. 31, - São Paulo, SP - SP e Outros autores qualificados na relação anexa, por seu procurador infra-assinado (mandato

xo ), v:em, com o devido respeito e acatamento à presença ane de Vossa Exceiência, interpor a presente

AÇÃO O- ARTA

contra a FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO FEsp fundamentos de fato e direito a seguir expostos.

Os autores da presente demanda são

servidores públicos do Estado de São Paulo que a seu favor laboraram por mais de vinte anos, do que decorreu

o direito à

percepção do adicional de Sexta parte, de acordo com o disposto no artigo 129 da Constituição Estadual, que assim determina;

t‘ art. 129: ao servidor público estadual

assecurado o percebimento -

adicional por tempo de sendo,

RUA? IACHNELO, 231, 9° Al'TDA3R - CENTRO - SÃO PAULO - SP

TELEFONES: 31060763- 31061304 - 31014814 - 31014015

pelos

MAURO DEI CIELLO Advogado

concedido no mínimo por quinquênio, e vedada a sua

limitação, bem corno a Sexta parte dos vencimentos

integrais, concedida aos vinte anos de efetivo

exercício, que se incorporarão aos vencimentos

para todos os efeitos, observado o disposto no

artigo 115, XVI, desta Constituição."

os autores

incorporad

integrais.

Em razão da norma inseria na Constituição Estadual,

ao completarem 20 (vinte) anos de serviço, adquiriram o direito de ver

o ao demonstrativo de pagamento. a Sexta-parte dos vencimentos

Entretanto, não obstante à determinação legal, os

autores não estão recebendo o referido benefício, mesmo que já laborados os 20

(vinte) anos à favor da requerida. Isto porque foram contratados pelo regime da

Consolidação das Leis Trabalhistas — CLI, ou ainda sob a égide da Lei 500/74.

I- Da Incorporação da Sexta-Parte

Como acima explanado, os autores da presente

demanda, são funcionários públicos da ativa, que já completaram os 20 anos de

trabalho, fazendo 'jus' ao recebimento do benefício chamado Sexta-parte.

Contudo, tendo em vista terem sido admitidos sob o

regime da Lei n° 500/74 ou ainda sob o regime celetista, não estão recebendo o

referido benefício, motivo pelo qual ensejou a presente ação.

O artigo 129 da Constituição Estadual acima

colacionado, concede ao servidor público estadual a Sexta-parte de seus

vencimentos, após 20 anos de efetivo exercício.

RUA RIACHUELO, 231, 90 ANDAR - CENTRO - SÃO PAULO - SP TELEFONES: 31060763 -31061304 - 31014814 - 31014815

MAURO DEL CIELLO Advogado

Assim, acreditam os autores que a expressão servidor

público estadual, inserta no art. 129 supra referido, não merece entendimento

restrito, devendo, outrossim, contemplar os servidores admitidos pela lei 500/74 e

pela CLT, que na verdade, são exatamente os mesmos servidores públicos

estaduais à que a Constituição Estadual se refere, tendo em vista que, entre

outros motivos. recebem os seus vencimentos pelos cofres públicos do Estado.

Nesse sentido, pede venia para trazer à baila alguns

julgados que entendem pela concessão da Sexta-parte aos funcionários públicos

não estatutários

Apelação Cível n° 111.878-5/9-SP, Relator: Des. SIDNEI BENET! Apelantes: Matilde Fernandes da Silva e Outros Apelado: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da U.S.P.

"Servidores Públicos Estaduais - Cabimento da

Sexta-parte a servidores admitidos pelo regime

da Lei ri' 500174 - Artigo 129 da Constituição

Estadual - Possibilidade - Sentença

Improcedente - Apelação provida."

Apelação Cível n° 112.272-5100-SP. Rel. e Presidente Des. PAULO SHINTATE

Apelantes: Fátima Márcia Barbosa e Outros Apelado: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da U.S.P.

"Servidores de autarquia estadual. Pretensão á

Sexta-parte dos vencimentos ao completar vinte

anos de serviço público denegada pela

administração. Ação julgada improcedente.

Servidor Público, ainda que de autarquia, tem

direito á Sexta-parte dos vencimentos incidentes

sobre os vencimentos e demais parcelas

RUA RIACHUELO, 231, 9° ANDAR - CENTRO - SÃO PAULO - SP 1ELEFONES: 31060763 - 31061304 - 31014814 - 31014815

MAURO DEL CIELLO Advogado

incorporadas aos vencimentos. Recurso provido

em parte para julgar procedente em parte a ação."

II - Do cálculo da Sexta-parte

Concedida a Sexta parte em caráter permanente e

definitivo, deve esta incidir sobre todas as parcelas pagas pelo labor do

funcionário em favor do Estado e não apenas sobre a referência salarial, uma

vez que é prática corrente da Administração Pública majorar a remuneração dos

servidores através de múltiplas verbas, que recebem as denominação mais

variadas possível, justamente buscando descaracterizar o aumento do salário

base.

Desta feita, depreende-se que não está sendo honrado

referido imperativo constitucional, nos termos outorgados pelo legislador estadual,

uma vez que os autores estão sendo prejudicados pela não incidência da sexta

parte sobre a integralidade das verbas incorporadas aos vencimentos mensais,

traduzidas não só por complementos salariais incorporáveis, ou não, pagas

mensalmente aos autores, sejam eias de natureza pessoal ou geral, definitivas ou

transitórias.

Oportuno trazer à baila o voto do E. Des. ALVES

BEViLACQUA, que por ocasião do julgamento da apelação n° 112.272-510, assim

consignou:

Ementa: "Funcionários Públicos — Sexta-parte —

Incidência sobre os vencimentos integrais, assim

entendido o padrão mais as vantagens

pecuniárias adicionais, efetivamente recebidas."

Final do voto: " Assim sendo, pelo meu voto dá-

se provimento ao recurso para o fim de, julgar

procedente a demanda, se condenar a ré a

RUA RIACHUELO, 231, 9° ANDAR - CENTRO - SÃO PAULO - SP TELEFONES: 31060763 - 31061304 - 31014814 - 31014815

MAURO DEL CIELLO Advogado

proceder o cálculo da chamada Sexta-parte,

fazendo incidir sobre o padrão e as vantagens

pecuniárias que a cada mês fizerem `jus' os

autores, bem como o pagamento das diferenças

atrasadas, corrigidas monetariamente,(...)"

No mesmo sentido, pedem venta para juntar alguns

julgados que determinam o pagamento integrai da Sexta-parte:

Funcionário Público Estadual - vencimentos -

recalculo de Sexta parte - incidência sobre os

vencimentos integrais - interpretação do artigo

92 , VIII da CE anterior e do artigo 129 da CE

vigente - ADM - embargos rejeitados. A Sexta

parte, última fração por encontrar no cálculo dos

vencimentos consiste na Sexta-parte da

soma dos valores de todas as verbas que ,

a título permanente ou transitório, sob

qualquer rubrica ou codificação,

constituam, sem exclusão de nenhuma,

parcelas devidas pela administração, e

cuia totalidade formam os vencimentos

integrais. Daí a gratificação que lhes incorpore,

compõe os vencimentos sob o quais há de ser

calculada a Sexta parte. ( Embargos infringentes

n.° 129529.1 - SP, Rel. Cezar Peluso)

" O artigo 129 da Constituição do Estado

concede ao servidor a cota parte do vencimentos

integrais. Assim, sobre as verbas que

RUA RIACHUELO, 231, 9° ANDAR- CENTRO - SÃO PAULO - SP LEFONES: 31060763 -31061304 - 31014814 - 31014815

MAURO DEL CIELLO Advogado

compõem os vencimentos papos nos 20

anos de efetivo exercício.

Ora, vencimentos integrais evidenciam padrão e

demais vantagens, ainda que não incorporáveis,

como ademais, já decidido por este Tribunal.

Não há outra interpretação possível."

Apelação chiei n.° 239/99-1/7, Rel, Oetterer

Guedes).

Ante o reiterado entendimento jurisprudencial que determina o

pagamento da sexta-parte sobre todas as parcelas componentes dos

vencimentos, o Eg. Tribunal de Justiça de São Paulo criou o INCIDENTE DE

UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA que vem sendo utilizado pelos rnm.

Juízes das Varas da Fazenda Pública e pelas Câmaras de Direito Público do Eg.

TJISP, in verbis:

"SERVIDOR PÚBLICO — SEXTA PARTE — INCIDÊNCIA

SOBRE TODAS AS PARCELAS COMPONENTES DOS

VENCIEMETOS, ENTENDENDO-SE POR VENCIMENTOS

INTEGRAIS O PADRÃO MAIS AS VANTAGENS

ADICIONAIS EFETIVAMENTE RECEBIDAS, SALVO AS

EVENTUAIS " (Incidente de Uniformização de

Jurisprudência n. 193.485-1/6-03 — SP, em que é suscitante

a Egrégia Sétima Câmara Civil do Eg. Tribunal de Justiça)

Relevante se faz salientar desde já que os autores não

estão pleiteando que a Sexta-oarte incida sob os demais vencimentos em efeito

cascata, o que sabidamente é vedado pelo artigo 115, XVI da Constituição

Estadual. Ao contrário, buscam através da presente tutela jurisdicional para que a

RUA RIACHUELO, 231, 9° ANDAR - CENTRO - SÃO PAULO - SP

TELEFONES: 3 1060763 - 31061304 - 31014814 - 31014815

--H

MAURO DEL CI-PLLO

Advogado

Administração Pública seja compelida a remunerar seus antigos servidores nos

termos da legislação vigente e, acima de tudo, com justiça.

O pagamento do benefício outorgado após vinte anos

de serviço deverá, salvo melhor juízo, incidir sobre todas as verbas pagas

rnensaWnente aos autores (salvo vantagens eventuais)nos moldes

da Unificação de Judsprudêncla 193.485-1/6-03, as quais

correspondem ao exato termo 'vencimentos integrais' e não somente sobre

o salário base, que jamais fora mencionado peia Carta Estadual como parâmetro

para a incidência da Se,xta-parte e que não sofre majoração há longa data.

jUSTICA MUITA

Com o devido respeito e acatamento. requerem os

autores a concessão dos benefícios da JUSTlcA GRATUITA, nos termos da

Lei n° 1.060/50, por serem pobres na acepção jurídica do termo e não terem

condicões financeiras de arcar com as despesas processuais sem prejuízo de

seu sustento e de sua família, conforme as declarações anexas.

111- Do Pedido Ante o exposto, requererem se digne Vossa

Excelência determinar a citação da requerida para contestar a presente demanda, que, ao final, deverá ser julgada inteiramente procedente, compelindo a requerida :

a) Pagar a Sexta-parte aos autores, que deverá incidir sobre os vencimentos integrais percebidos nos últimos cinco anos, exceto sobre as vantagens eventuais (nos moldes da Unificação da Jurisprudência n° 193.485-1/6-03), apostilando-se o título para cada um dos autores

ora representados;

RUA RIACHUELO, 231, 9° ANDAR - CEN IRO - SÃO PAULO - SP 1ELEFONES: 3 1060763 - 3 1061304 - 3 1014814 - 31014815

Nestes Termos, Pede Deferimento. São Paulo, LCL ,

MAURO DEL CIELLO Advogado

b) Pagamento da Sexta-parte, referente às parcelas mensais vencidas e vincendas, respeitado o prazo prescricional de cinco anos;

c) Correção monetária e juros de mora desde o vencimento de cada parcela, sendo este último no percentual de 12% ao ano, nos termos do artigo 3° do Decreto Lei n.° 2.322/87, ou ainda com base no art. 406 do Código Civil, declarando a natureza alimentar dos créditos;

d) Custas processuais por eventual afastamento da justiça gratuita e honorários advocatícios, que poderão ser fixados sobre o total da condenação.

Protestam por todos os meios de prova ern direito admitidos especialmente depoimento pessoal, oitiva testemunhas, juntada de cocumentos, expedição de ofícios, perícias

Dá=-se à causa o valor de R$ J.500,00.

./ MAURO Da CIELLO

OAB/SP 32.5r9

RUA RIACHUELO, 231, 9° ANDAR - CENTRO - SÃO PAULO - SP TELEFONES: 31060763 - 31061304 - 31014814 - 31014815

ACÃ r AUTORES

1. :aLTPF MITUKO MUTO, brasileira, nutricionista, portadora do RG no.

14.881.814, CPF n°. 094.426.058-60;

2, UCIA HELENA MACHADO PEREIRA, brasileiro, oficial

administrativo, portador do RG no, 13.847.024-8, CPF n°. 012.363,318-42;

3. \MARIA GOMES DE OLIVEIPA, brasileira, auxiliar de serviços,

portadora do RG no. 9.737.125-7, CPF n°. 143.098.508-98;

4. INES GRAND' PEREIRA, brasileira, auxiliar de enfermagem,

portadora do RG no. 5.371.618, CPF n°. 573.610.028-20;

5. 'VERA LUCIA DE JESUS TORQUATO, brasileira, auxiliar de serviços,

portadora do RG n°. 14.092.641-0, CPF no, 036,250.358-39;

6. \CREMILDA LOL$ZAN4 ROMPE°, brasileira, atendente, portadora do

RG n°. 7.293.370, CPF no. 824.717.898-20;

7. OSÉ RAIMUNDO RODRIGUES, brasileiro, vigia, portador do RG no,

6.891.573-1, CPF no. 688.442.988-72;

8. APARECIDA CONCEIÇÃO GONÇALVES XAVIER? brasileira, auxiliar

de enfermagem, portadora do RG no, 9,906,352, CPF no.9,} 794.008-68;

9, BULIA DE FARIA OLIVEIRA, brasileira, de serviços, portadora do RG

no. 15.771.124, CPF n°. 806,958.688-53;

10. CELY APARECIDA DA COSTA MAMSO, brasileira, oficial

administrativo, portadora do RG no, 12,959,377, CPF n°. 011.077.498-16; c,'

c., oz, Processo n°: 053.08.130633-5 - Procedimento Ordinário (em Geral)

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Requerente: Alice Mituko Muto e outros 0, tf)

Requerido: Fazenda do Estado de São Paulo o O ,,, ." W V O c, O th

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à Vistos.

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Alice Mituko Muto, Aparecida Conceição Gonçalves Xavier, Cely Aparecida da

Costa Mattoso, Cremilda Louzano Pompeo,_ Ines Grandi Pereira, José Raimundo Rodrigues,

Julia de Faria Oliveira, Lucia Helena Machado Pereira, Maria Gomes de Oliveira e Vera Lucia

de Jesus Torquato., qualificado(s) a fls. 10, ajuizou(aram) ação de conhecimento de procedimento L 0,

comum ordinário em face de Fazenda do Estado de São Paulo, alegando que são servidores

públicos estaduais e fazem jus ao recebimento do beneficio denominado sexta-parte, o qual lhes foi 0

negado por terem sido admitidas nos termos da Lei Estadual n. 500/74 ou pela C.L.T.. Alegaram, o

ainda, que a sexta-parte deve ter por base de cálculo seus vencimentos integrais, ex vi do art. 129 da ir' u_

Lei Magna Estadual que também ampara a primeira pretensão referida. Pediram, em conseqüência, a o u_

condenação da ré ao pagamento da sexta-parte, calculada sobre o salário-base somado a todos os c)

acréscimos pecuniários percebidos de caráter não eventual, bem como ao pagamento de diferenças °c

vencidas com correção e acréscimo de juros de mora, observada a prescrição qüinqüenal.

Instruiu(iram) a petição inicial com os documentos de fls. 10/70 t0- ct Inicialmente distribuída a ação à 1' Vara da Fazenda Pública desta Comarca por 0 ca .

prevenção, foi ela redistribuída a esta Vara, porém livremente, conforme determinação de fls. 72.

Citada a ré (fls. 76), esta ofereceu contestação (fls. 77/86), para tanto aduzindo ° -0 unicamente argumentos pertinentes à impossibilidade de adotar-se como base de cálculo da sexta-

sâã<, parte os vencimentos integrais, pois: o art. 129 da Lei Magna do Estado de São Paulo não tem a 'sz

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMARCA DE SÃO PAULO FORUCENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES

14' VARA DE FAZENDA PÚBLICA Viaduto Dona Paul ina,80, I I° andar Sala 1109, Centro - CEP 01501-020, Fone: 32422333 82043, São o

Paulo-SP - E-mail: [email protected] M

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COMARCA DE SÃO PAULO FORO CENTRAL - FAZENDA PÚBLICA/ACIDENTES

14a VARA DE FAZENDA PÚBLICA

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amplitude postulada na demanda; o art. 37, XIV, da Lei Magna Federal, na redação da Emenda

Constitucional n. 19/98, veda o pleiteado pelos autores; não se pode incluir na base de cálculo da

sexta-parte verbas não incorporáveis ou modais e sobre as quais não há determinação legal para tanto;

e caso seja acolhida a ação, os juros de mora devem ser fixados à taxa de 6% ao ano com e, o

arbitramento de verba honorária na forma do art. 20, § 4°, do C.P.C. e e observância da prescrição o

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qüinqüenal.

Instados (fls. 87), ofertaram os autores réplica.

É o relatório.

Passo a decidir.

I. Não há questões de fato a dirimir que reclamem a produção de provas em audiência

ou de índole pericial pelo que, com base no art. 330, 1, do C.P.C., passo à imediata apreciação da

pretensão deduzida em juízo, ficando, de início e de imediato, destacado não ser caso de cogitar-se de

prescrição quanto ao fundo de direito, visto que, "em se tratando de relação de trato sucessivo, não

havendo negativa ao próprio direito reclamado, só há prescrição para as parcelas vencidas antes

dos cinco anos anteriores à propositura da ação. 'Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a

Fazenda Pública figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado, a

prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do qüinqüênio anterior a propositura da ação'

(Súmula 85/STJ)" (STJ, REsp. 620.479/RJ, 5' T., Rel. Min. Félix Fischer, v.u., j. 6.4.2004, DJU

24.5.2004, pág. 350). E, ainda no mesmo sentido, pode-se colacionar o seguinte precedente:

"Sendo relação jurídica de trato sucessivo, cujo direito postulado em juízo não foi inequivocamente negado pela Administração, a prescrição atinge apenas as parcelas vencidas anteriormente ao qüinqüênio legal precedente ao ajuizamento da ação. Incidência da Súmula 85 - STJ Precedentes da eg. Seção ... Não merece guarida a pretensão do recorrente. A orientação desta Egrégia Corte já possui entendimento pacifico quanto a questão posta em debate, pois, conforme consignado na decisão recorrida, em se tratando de relação de trato sucessivo, não havendo negativa ao próprio direito reclamado, só há prescrição para as parcelas vencidas antes dos cinco anos anteriores à propositura da ação, consoante o enunciado 85 da Súmula deste STJ A propósito transcrevo as ementas dos seguintes julgados: 'ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR DA RESERVA. GRATIFICAÇÃO. APOSENTADORIA. PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL. OCORRÊNCIA. SUMULA 85/STJ. I. 'Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública figure como devedora, quando não tiver sido negado o

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14° VARA DE FAZENDA PÚBLICA Viaduto Dona Paulina,80, 11° andar - Sala 1109, Centro - CEP 01501-020, Fone: 32422333 82043, São Paulo-SP - E-mail: [email protected]

próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do qüinqüênio anterior à propositura da ação' (Súmula 85 do Superior Tribunal de Justiça). 2. Recurso não conhecido' (RESP 172262/SP, DJ de 23/10/2000, Sexta Turma, Relator Min. HAMILTON CARVALHIDO). PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL. REAJUSTE SALARIAL IPC DE MARÇO DE 1990 -84,32%. PLANO COLLOR. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO. NÃO OCORRÊNCIA. SÚMULA 85/STJ. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. I. Sendo relação jurídica de trato sucessivo, cujo direito postulado em juízo não foi inequivocamente negado pela Administração, a prescrição atinge apenas as parcelas vencidas anteriormente ao qüinqüênio legal precedente ao ajuizamento da ação. Incidência da Súmula 85 - STJ. Precedentes da eg. 3' Seção. 2. Embargos de Divergência rejeitados' (ERESP 157810/DF, DJ de 28/05/2001, Quinta Turma, de minha relataria)" (STJ, AgRg no Ag 416.163/RJ, 5' T., Rei. MM. Edson Vidigal, v.u., j. 18.12.2001, DJU 25.2.2002, pág. 443; excertos da ementa e do voto do relator).

2. Sobre ser possível a concessão da sexta-parte a servidores públicos estaduais

admitidos sob a égide da Lei Estadual n. 500/74 dúvida não há por conta do art. 129 da Lei Magna do

Estado de São Paulo, de modo que a ação realmente procede relativamente a este tópico, sendo,

ainda, irrelevante, ter-se dado a admissão pela e sob o regime da C.L.T., in verbis:

"Consta que os impetrantes foram admitidos pelo regime da Lei 500/74, tendo, portanto, completados vinte anos de efetivo exercício, para o efeito da sexta-parte. Conforme ficou decidido na apelação n° 684.782.5/5-00 da lavra do Desembargador Edson Ferreira da Silva, cujo entendimento foi adotado pela totalidade dos componentes da 12° Câmara: 'Todavia, a recusa da vantagem da sexta parte para servidores regidos pela Lei n° 500/74 não se justifica, porquanto o artigo 129 da Constituição do Estado assegurou para todos os servidores públicos, sem nenhuma distinção quanto ao regime jurídico. A vantagem da sexta-parte, que deve incidir sobre os 'vencimentos integrais', conforme a dicção do artigo 129 da Constituição Estadual, deve alcançar todas as verbas de natureza permanente, não as de natureza temporária ou ocasional, que estejam subordinadas a condições especiais de trabalho, suscetíveis de modificação ...' Sob esse prisma, os impetrantes fazem jus ao beneficio da sexta-parte sobre seus vencimentos ... Além disso, a Constituição Paulista utilizou a expressão 'servidores' em amplo sentido, motivo pelo qual não há nenhuma razão em fazer-se distinção entre os funcionários públicos, e os servidores autárquicos e os empregados contratados pelo regime da CLT. Nesse sentido, é a jurisprudência: 'MANDADO DE SEGURANÇA - servidor da Lei 500/74 - Beneficio da sexta-parte -Inteligência dos artigos 129 da Constituição Estadual e 19 e 23 dos Atos das Disposições Transitórias - Recurso não provido' (TJSP - AC 236.521-1 - Marina -Rel. Des. Mattos Faria)" (TJSP, Ap. 573.653-5/2-00, 12° Câm. de Dir. Público, Rel. Des. Luiz Burza Neto, v.u., j. 30.1.2008);

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"Servidor público. Celetista. Sexta-parte. Ausência de distinção entre celetista e estatutário para o recebimento do beneficio. Incidência sobre todas as parcelas componentes dos vencimentos (o padrão mais as vantagens adicionais efetivamente recebidas, inclusive gratificações). Cabimento. Recurso provido ... entendo haver direito da apelante a receber a sexta-parte, incidente sobre seus vencimentos, inclusive gratificações e demais vantagens pecuniárias, com o limite abaixo fixado, pois os integram, deixando cada qual sua pretensa natureza jurídica de gratificação ou qualquer outra que se lhe queira dar. E essa incidência, na melhor exegese do disposto no artigo 129 da Constituição Estadual, atinge não só os chamados servidores estatutários como também todos os demais funcionários, incluindo os contratados pelo regime da CLT, par expressa ordem legal que os equiparou àqueles. E a dicção do artigo 205, IV, da Lei Complementar Estadual 180/78 ao dispor que, para os seus fins, passam a ser considerados servidores também 'os admitidos nos termos da legislação trabalhista'. Conclusão óbvia é a de que se passou a considerar servidores todos aqueles admitidos mesmo fora do regime estatutário, inclusive em caráter temporário, nos termos do artigo 1° da Lei n° 500/74. e também outros admitidos em outros termos de legislação, inclusive a trabalhista, como se dá no caso em análise. Deu-se idêntico regime, pois. aos temporários, extranumerários, interinos e celetistas, para que todos fossem e sejam considerados servidores. Ao ser dada essa identidade de tratamento, nada se restringiu quanto a vencimentos e demais benefícios, tal como a sexta-parte, como é a regra do mencionado artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo. É o revelho anexim de não poder o intérprete distinguir se a lei nada distinguiu Ora. o artigo 129 em referência dispôs expressamente ser assegurado ao servidor público estadual o percebimento da sexta parte dos Vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os feitos. Como houve expressa autorização constitucional para que a todos os senadores houvesse aquela concessão, é devida a sexta-parte à autora nos exatos moldes postos na petição inicial e no seu recurso, pois basta a ocorrência temporal, que a autora demonstrou ter cumprido (cf. Fls. 54). Insta assinalar que o reconhecimento do direito de servidores não é infringente de preceitos da Constituição Federal, mas é apenas reconhecer esse direito, posto na legislação estadual e na Constituição do Estado de São Paulo, sempre recepcionadas por aquela, mesmo porque em nada a contrariam" (TJSP, Ap. 691.225.5/0-00, 13a Câm. de Dir. Público, Rel. Des. Borelli Thomaz, v.u., j. 5.11.08); e

"O artigo 129 da Carta Estadual empregou a terminologia, servidor público estadual, de maneira que o constituinte bandeirante não fez nenhuma distinção

entre funcionários públicos e temporários (Lei n° 500/74), de tal arte que não cabe ao intérprete fazer a distinção a fim de restringir a aplicabilidade da norma. Nesse tópico inicial, vale transcrever os magistérios dos ilustres José Afonso da Silva e Celso Antônio Bandeira de Mello, pois se adequam perfeitamente ao- caso

concreto, elucidando a dúvida mais persistente: 'A função administrativa é exercida, nos termos da Constituição Federal, por servidores públicos mediante a

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ocupação de um cargo, emprego, função autônoma (chamada função pública), ou por contratação. Assumir uma dessas posições, corresponde a ter acesso à função {:41

administrativa para desempenhar uma atividade ou prestar serviços à 2,

administração como servidor público' (in Curso de Direito Constitucional Positivo, p. 569). 'A expressão servidor público, na Constituição, é designativo :0; genérico de todos os que sob o regime de cargo ou emprego, estão vinculados por a relação de caráter profissional à Administração direta, indireta, em qualquer dos poderes, ou órbitas do Governo. Não é pois denominação restrita aos agentes ,4-%

titulares de cargo ou apenas dos que estejam ligados a entidades de direito Tc:

público' (Regime Constitucional dos Servidores, p. 32). Nesse diapasão, tendo os 2 autores completado período aquisitivo, o que não se nega, fazem eles jus à sexta- '51',

parte, independentemente de seus regimes de contratação, ante a inteligência do artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo (Cf. A.C. 193.773-1/5)" g (TJSP, Ap. 620.301-5/3-00, 5' Câm. de Dir. Público, Rel. Des. Ricardo Anafe, 1 v.u., j. 24.1.2008; destaque em negrito nosso).

3. Deveras, considerando o teor do art. 129 aludido, deve-se ter presente a lição de 69

Celso Antônio Bandeira de Mello de que "a expressão servidor público, na Constituição, é o

designando genérico de todos os que, sob regime de cargo ou emprego, estão vinculados por relação rr,

de caráter profissional à Administração direta, indireta ou fundacional em quaisquer dos Poderes ou i

órbitas do governo. Não é, pois, denominação restrita aos agentes titulares de cargo ou apenas dos e n_

que estejam ligados a entidades de direito público" (O Regime Constitucional dos Servidores da ui

Administração Direta ou Indireta, RT, 1990, pág. 32). ‘:( o

4. E não se diga que apenas a partir da vigência da Magna Carta do Estado de São Paulo 2

se pode computar o tempo de serviço necessário à concessão da sexta-parte, porquanto, equiparados 8cc

1 para todos os fins os servidores públicos admitidos na forma da Lei Estadual n. 500/74 aos demais 5)_

o servidores públicos, o próprio tempo de serviço de que já dispunham restou igualmente integrado aos 2 cc seus respectivos patrimônios para os mesmos fins a que pudesse destinar-se o de outros servidores 1"5-

públicos, nomeadamente funcionários públicos (lotados em cargos efetivos), sendo que, a adotar

posicionamento diverso, restaria, em realidade, sem explicação a torrencial jurisprudência pela qual Jt.,

se admite há muitos anos (e não apenas a partir de 2009 com o que todas as demandas que viessem a _g

ser ajuizadas anteriormente teriam de levar ao reconhecimento da carência da ação por falta de

interesse de agir) a concessão de sexta-parte na forma preconizada na ação.

3. E tão pacífico se tornou o posicionamento até aqui exteriorizado, tanto no tocante à 'c=} Jts

licença-prêmio como em relação à sexta-parte, que vem a ser "... essa a diretriz da D. Procuradoria .(Fitx, z

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Geral do Estado de São Paulo que, por meio da Orientação Normativa Subg/Contencioso n° 03, de n°

03 de setembro de 2005, dispensou os E. Procuradores de Estado de recorrer, nos seguintes termos: 05

'Considerando a jurisprudência formada sobre a matéria e a proposta formulada pela Procuradoria colp "

Judicial nos autos do Proc. Adm. PJ n° 8084/2005, que contou com a aprovação do Sr. Procurador o

Geral do Estado, ficam os Procuradores do Estado na Área do Contencioso autorizados a não

interpor recurso de apelação, recurso extraordinário e recurso especial contra as decisões judiciais

que tenham reconhecido o direito à licença-prêmio ou a sexta parte a servidores públicos admitidos o

pela Lei Estadual n° 500/74 ..." (TJSP, Ap. 590.100.5/4, 8' Câm. de Dir. Público, Rel. Des. Celso

Bonilha, v.u., j. 12.12.2007).

6. Por outro lado, o art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo prescreve: "ao

2 servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido

no mínimo por qüinqüênio, e vedada sua limitação, bem como a sexta parte dos vencimentos c o

integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para

todos os efeitos, observado o disposto no art. 115, XVI, desta Constituição". Já o art. 115, inc. XVI, ui

da Magna Carta deste Estado da Federação dispõe: "os acréscimos pecuniários percebidos por 2

servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ui o

ulteriores sob o mesmo título ou idêntico fundamento".

7. Segundo José Afonso da Silva, "os termos vencimento (no singular), vencimentos ° cc

(no plural) e remuneração dos servidores públicos não são sinônimos. Vencimento, no singular, é a wec

retribuição devida ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo, emprego ou função, °

correspondente ao símbolo ou ao nível e grau de progressão funcional ou ao padrão, fixado em lei. "c ec

Nesse sentido, a palavra não é empregada uma só vez na Constituição. Vencimentos no plural, o.° consistem no vencimento (retribuição correspondente ao símbolo ou ao nível ou ao padrão fixado em

cé) lei) acrescido das vantagens pecuniárias fixas" (Curso de Direito Constitucional Positivo, Malheiros,

19' ed., 2001, pág. 668; destaque em negrito nosso).

8. Hely Lopes Meirelles, por sua vez, prelecionava que "o sistema remuneratório ou a

c remuneração em sentido amplo da Administração direta e indireta paro os servidores da ativa 'a o

compreende as seguintes modalidades: a) subsídio, constituído de parcela única e pertinente, como t°

regra geral, aos agentes políticos; b) remuneração, dividida em (b1) vencimentos, que corresponde .5°2 óó 00 00 —0 (C6' a t,, 0, 2.

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ao vencimento (no singular, como está claro no art. 39, § 1° da CF, quando fala em )9xação dos c%1

padrões de vencimento) e às vantagens pessoais (que, como diz o mesmo art. 39, § I", são os demais r?-;

componentes do sistema remuneratório do servidor público titular de cargo público na

Administração direta, autárquica e fundacional), e em (b2) salário, pago aos empregados públicos m_

da Administração direta e indireta regidos pela CLT, titulares de empregos públicos, e não de cargos

públicos" (Direito Administrativo, Malheiros, 30a ed, págs. 459-460; destaque em negrito nosso).

9. A expressão vencimentos - acrescido da qualificação "integrais" no texto do art. 129

da Magna Carta Bandeirante, o que apenas reforça o sentido da determinação constitucional -,

portanto e segundo os ensinamentos doutrinários colacionados anteriormente, está a indicar não

somente o padrão como também as vantagens percebidas, incorporadas ou não, excluídas as eventuais 1 que, por sua própria natureza, constituem parcelas transitórias.

10. Assim é que, no Incidente de Uniformização de Jurisprudência n° 193.485-1/6-03, :F°)

julgado pela Colenda Turma Especial da Primeira Seção Civil do Egrégio Tribunal de Justiça do itia

6 Estado de São Paulo, restou decidido o seguinte: "a sexta-parte deve incidir sobre todas as parcelas .8

componentes dos vencimentos, entendendo-se por vencimentos integrais o padrão mais as vantagens

adicionais efetivamente recebidas, salvo as eventuais"1. o

11. Observada esta linha de raciocínio, devem-se reputar "vencimentos integrais" não (-) o

apenas o valor em pecúnia pago como padrão, mas também todas as vantagens percebidas, r:c'

incorporadas ou não, excluindo-se apenas aquelas eventuais, provisórias ou precárias. LL 12. Neste passo, exaustivos são os seguintes precedentes (o segundo dos quais versando, -g inclusive, sobre a não incidência in casu da regra do art. 37, XIV, da Lei Magna Federal, na redação &`

da Emenda Constitucional n. 41/03), in verbis:

"Ora, não podia ter sido mais eloqüente, nem mais direta e exaustiva a norma, no -! acrescer ao substantivo 'vencimentos' cujo plural já compreenderia todas as .22 verbas acessórias, com este ou aquele caráter, o adjetivo 'integrais', que apenas -g reforça a idéia básica, a sexta parte calculava-se e calcula-se sobre a totalidade•:-; da retribuição mensal, correspondente ao padrão e a todas as demais vantagens 2 pecuniárias que, a titulo permanente ou transitório, sem exclusão de nenhuma, se

o A corroborar tal conclusão, observe-se que, segundo Carlos Maximiliano, "quando o texto dispõe de modo amplo, sem limitações o

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evidentes, é dever do intérprete aplicá-lo a todos os casos particulares que se possam enquadrar na hipótese geral prevista

explicitamente; não tente distinguir entre as circunstâncias da questão e as outras; cumpra a norma tal qual é, sem acrescentar condições novos, nem dispensar nenhuma das expressas" (Hermenêutica e Aplicação do Direito, Ed. Freitas Bastos, 1957, pág. 306).

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pagavam e paguem ao funcionário publico. Segue-se. de maneira retilínea, que, se alguma lei, por qualquer pretexto razão, disponha em contrário, subtraindo vantagem, ou vantagens, a essa base de incidência da sexta-parte, defrauda a cláusula constitucional e se faz, por isso, inoperante. Noutras palavras, seria, ontem e hoje, inconstitucional toda lei que! profanando o art 92, VIII da Constituição Estadual anterior, ou art. 129 da vigente, excluísse da base de incidência da sexta parte alguma vantagem permanente ou transitória cuja natureza pecuniária componha, por definição o conceito de vencimentos integrais. Toda a razão tinham, pois, os autores, de se insurgir contra o entendimento amputatório que lhe emprestava a Administração, deixando de computar a sexta parte sobre a totalidade das parcelas em que se dividem e decompõem os vencimentos integrais. A sexta parte é a ultima fração por encontrar no cálculo dos vencimentos, porque consiste, não por acaso, na sexta parte (1/6) da soma dos valores de todas as verbas que, a titulo permanente ou transitório, sob qualquer rubrica ou codificação, constituam, sem excluso de nenhuma, no sentido primeiro do vocábulo, parcelas (de parte) daquilo que, como um todo, a Administração deva pagar, em dinheiro ao funcionário ou servidor, e cuja totalidade forma-lhe os vencimentos integrais. Ora, a Constituição do Estado não falou nunca nem fala em 'parcelas incorporadas' senão em vencimentos integrais, cujo único conteúdo semântico, na técnica legislativa, expressa - como já se viu - a idéia de totalidade daquilo que, em pecúnia, a Administração contrapreste, mensalmente, ao funcionário ou ao servidor, pelo exercício do cargo ou da função, anda quando alguma de suas verbas seja efêmera por natureza. Não se trata de conceito oco, cuja objetivação normativa reclamasse ajuda necessária da lei, até porque, se pudesse, estaria autorizada a desfigurá-lo, esvaziando a generosa concepção constitucional da sexta parte, exposta ao risco de se transformar em porção, não dos vencimentos integrais, mas de um insignificante pedaço deles ... A dedução imediata é que, excluindo incorporabilidade de certa vantagem pecuniária, nem por isso a lei desfigura o perfil constitucional da sexta-parte, à medida que não exclui, nem poderia excluir, a incidência desta sobre aquela. Apenas qualifica de transitória a vantagem, sujeita a subtração legal e que, portanto, não pode incorporar-se, isto é, torna-se definitiva e insuprimível. Mas, ao dizer que não se incorporará aos vencimentos ou salários para nenhum efeito, não diz que não integrará, enquanto for paga, a totalidade dos estipêndios, para efeito de cálculo de vantagens que a Constituição determina seja realizado sobre os vencimentos integrais, compreendidas todas as parcelas, definitivas e transitórias. A questão não é, portanto, de incorporar (fazer permanente), mas de integrar (= fazer computável). Enquanto seja paga, a gratificação compõe os vencimentos sobre os quais há de ser calculada e paga a sexta-parte" (TJSP, 2a Câm. Cível, EI

209.389.1/3-01, Rel. Des. Cezar Peluso, m.v., j. 5.12.1995); e

"Vencimentos integrais. O argumento de que a sexta parte deve ser paga sobre as vantagens incorporadas merece melhor meditação. A chamada 'incorporação' é instituto mal definido no direito administrativo e na jurisprudência, sua idéia inicial perdeu-se no correr dos anos e hoje seus contornos são nebulosos A

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incorporação', até onde pude compreendê-la, decorre de duas características simultâneas: (i) traz idéia de permanência, continuidade, prolongamento; e (ii) serve de base para outras vantagens, daí a idéia de 'in corporec de 'um só corpo', etc. A incorporação é atributo que fica, em regra geral, ao critério da lei: 'incorpora-se' o que a lei assim determina, nos limites que a lei fixar. A permanência, isto é, o prolongamento no tempo, não se confunde com a incorporação, será paga por prolongado tempo, mas poderá não servir de base para outras vantagens. Talvez assim se possa diferenciar, em rascunho ainda tosco, a diferença entre vantagens 'incorporadas' e vantagens permanentes': aquelas servem de base para cálculo de outras vantagens, estas podem não servir (mas servirão, se assim dispuser a lei) (quanto ao conceito algo nebuloso do termo 'incorporar' vide o acórdão abaixo transcrito, com entendimento algo diverso). Note-se que a incorporação é atributo que depende do legislador: as vantagens serão 'incorporadas' ou não segundo seu prudente arbítrio. Não é atributo inerente à vantagem; é atributo acrescido à vantagem pelo legislador. A sexta parte tem proteção constitucional, que não permite restrição por parte do legislador ordinário. A incorporação far-se-á no modo e nos limites descritos na lei, mas não pode o intérprete, negando o comando constitucional de incidência da sexta parte (CE, art 129) sobre os Vencimentos integrais, indicar quais verbas entram ou não nesse cálculo. A exclusão de determinadas verbas indica que a base de cálculo já não é os Vencimentos integrais'. Nesse sentido a posição que vai se impondo neste Tribunal, substituiu-se a idéia de 'incorporação' pela idéia de 'eventuais' e 'não eventuais', a sexta parte incide sobre todas as verbas não-eventuais, estas já conceituadas acima. A posição de que a sexta parte incide apenas sobre as verbas incorporadas em relação ao servidor ativo e sobre todas elas em relação ao servidor inativo (pois são verbas permanentes) suscita algumas questões paralelas: (1) as mesmas verbas hoje pagas aos inativos eram pagas em atividade e não há razão para essa 'mudança de natureza'; é difícil explicar que a mesma gratificação não entre na base de cálculo do ativo e, pelo só fato da inatividade, entre na base de cálculo após a aposentadoria; (ii) acarreta pagamento maior ao inativo que ao ativo, situação de escassa justiça; (iii 'incorporação' é qualidade que depende da lei e da vontade do legislador, é conceito mal definido na lei e na jurisprudência, a própria doutrina hesita sobre suas características básicas. Não se aplica ao caso da sexta parte por que a lei

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não pode sobrepor-se à Constituição do Estado, se esta manda pagar sobre os 2 vencimentos integrais, não faz sentido dividir as verbas em incorporadas e não- ré) incorporadas; (iv) são mais apropriados os conceitos de 'Verbas não eventuais' e 9, 'Verbas eventuais; inclusive para os ativos; o próprio conceito de 'Verbas 15,, permanentes' parece inadequado ao cálculo da vantagem (uma gratificação paga 2 durante certo tempo, ainda que não se incorpore, é 'permanente' enquanto o servidor ocupar aquela função ou cargo e entra na base de cálculo). Nosso .(2 entendimento encontra suporte no caso Amélia Mana Rodrigues dos Santos toa' Bizetti, El n° 73.436 5/9-01, da 7° Câmara de Direito Público, 28-2-2000, Rel. o -8 saudoso Desembargador Sérgio Pitomba, ao acolher a tese ampliativa: 'Em palavras simples os vencimentos do servidor público compreendem, incluem, til

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todas as pagas que recebe, menos as verbas eventuais, como as horas extras e as indenizatórias. Assim orientaram-se os julgados (por exemplo Apelação n° 188.450-1/9, Sexta Câmara, Rel. Des. P. Costa Manso, 4-6-1992, Apelação n° 199.113-1/6, Terceira Câmara, Rel. Des. José Malerbi, 24-8-1993). A matéria foi tratada, com pontualidade, pelo douto Desembargador Cezar Peluso, Relator nos Embargos Infringentes n° 209.289.1/3-01): Ora, não podia ter sido mais eloqüente, nem mais direta e exaustiva a norma, no acrescer ao substantivo Vencimentos', cujo plural já compreenderia todas as verbas acessórias, com este ou aquele caráter, o adjetivo 'integrais', que apenas reforça a idéia básica a sexta parte calculava-se e calcula-se sobre a totalidade da retribuição mensal, correspondente ao padrão e a todas as demais vantagens pecuniárias que, a título permanente ou transitório, sem exclusão de nenhuma, se pagavam e paguem ao funcionário público (menos as eventuais, diga-se). Noutras palavras, seria, ontem e hoje, inconstitucional toda lei que, profanando o art. 92, VIII da Constituição Estadual anterior, ou art. 129 da vigente, excluísse da base de incidência da sexta parte alguma vantagem permanente ou transitória cuja natureza pecuniária componha, por definição, o conceito de vencimentos integrais'. Prossegue o venerando aresto: 'Toda a razão tinham, pois, os autores, de se insurgir contra o entendimento amputatório que lhe emprestava a Administração, deixando de computar a sexta parte sobre a totalidade das parcelas em que se dividem e decompõem os vencimentos integrais. A sexta parte é a última fração por encontrar no cálculo dos vencimentos, porque consiste, não por acaso, na sexta parte (1/6) da soma dos valores de todas as verbas que, a título permanente ou transitório, sob qualquer rubrica ou codificação, constituam, sem exclusão de nenhuma, no sentido primeiro do vocábulo, parcelas (de parte) daquilo que, como um todo, a Administração deva pagar, em dinheiro, ao funcionário ou servidor, e cuja totalidade forma-lhe os vencimentos integrais'. E diz o aresto: 'Ora, a Constituição do Estado não falou nunca nem fala em 'parcelas incorporadas', senão em vencimentos integrais, cujo único conteúdo semântico, na técnica legislativa, expressa - como já se viu - a idéia de totalidade daquilo que, em pecúnia, a Administração contrapreste, mensalmente, ao funcionário ou ao servidor, pelo exercício do cargo ou da função, anda quando alguma de suas verbas seja efêmera por natureza. Não se trata de conceito oco, cuja objetivação normativa reclamasse ajuda necessária da lei, até porque, se pudesse, estaria autorizada a desfigurá-lo, esvaziando a generosa concepção constitucional da sexta parte, exposta ao risco de se transformar em porção, não dos vencimentos integrais, mas de um insignificante pedaço deles. O segundo erro, este mais grave pelas conseqüências de difundida meia verdade cientifica, está em pensar que, nos domínios jurídicos, o verbo 'incorporar' guarde, sobretudo quando aplicado à disciplina de vencimentos e vantagens pecuniárias, o estrito significado leigo de fazer de vários ingredientes um só corpo' (cf MORAES, 'Dicionário da Língua Portuguesa, Lisboa, TYP Lacerdina, 2" ed., 1813, p. 686, verbo encorporar), ou de, como agora se diz, 'entrar no corpo de'. Porque a linguagem normativa 'no es sino una forma menos espontânea y menos imprecisa de lenguage natural' (GENARO CARMO, Notas sobre Derecho y Lenguage', Buenos Aires, Abeledo-

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Paulo-SP - E-mail: sp [email protected] :Ur

Perrot, 1° ed., 5' reimpr., 1973, p. 40), não estranha que o vocábulo, nas vozes coe.,,

passiva e reflexiva, atenda à convenção de uso jurídico destinado a identificar um g preciso efeito legal de certas vantagens funcionais, consistentes em já não gi

poderem ser retiradas do patrimônio do sujeito, em nenhuma circunstância, por 79 norma do mesmo ou de escalão inferior. Na seqüência, aduz: 'O incorporar-se assinala o cunho definitivo da vantagem, o não incorporar-se, o transitório. Logo, "á o uso jurídico do verbo não se presta a descrever a mera ação 'entrar no corpo', °c., senão a de 'entrar no (no corpo do) patrimônio individual do funcionário, ou do E

Ç servidor público, como direito adquirido'. Tal é sua perceptível conotação nas —, proposições normativas (= discurso das leis) e nas proposições jurídicas (= g discurso dos juristas), onde nunca significou - salvo para uma jurisprudência 2 emergencial, disposta a remediar o empobrecimento do funcionalismo público - servir de base de cálculo de outras vantagens, para fins da chamada 'influência recíproca', ou 'repique', enquanto construção retorcida e, em boa hora, proscrita (art. 37, XIV, da Constituição Federal, art. 92, § 3° da Constituição Estadual Q,0

anterior, e art. 115, XVI, da vigente). Este uso marginal não corresponde à lógica do sentido translato, mas a uma corrupção semântica, pela óbvia razão de que uma verba transitória (= que não se incorpora) pode ser base transitória de = cálculo de uma verba permanente (= que se incorpora), tanto quanto uma verba 8

permanente o pode de uma verba transitória. Uma coisa nada tem a ver com a outra'. Segue o venerando acórdão: Mas, ao dizer que não se incorporará aos vencimentos ou salários para nenhum efeito, não diz que não integrará, enquanto for paga, a totalidade dos estipêndios, para efeito de cálculo de vantagens que a e Constituição determina seja realizado sobre os vencimentos integrais, c/; compreendidas todas as parcelas, definitivas e transitórias A questão não é, 09 portanto, de incorporar (= fazer permanente), mas de integrar (= fazer cc o computável). Enquanto seja paga, a gratificação compõe os vencimentos sobre os Lat quais há de ser calculada e paga a sexta parte' (Embargos Infringentes n° 209.389 1/3-01, de São Paulo, 2" Câmara Civil, Rel. Des. Cegar Peluso, j. 5-12-

H 1995, por maioria). Este Tribunal, no Incidente de Uniformização de = Jurisprudência n° 193.485.1/6, firmou entendimento nos seguintes termos: Eiz5)

'Acordam os juízes da Turma Especial da Primeira Seção Civil do Tribunal de Ci Justiça do Estado de São Paulo reconhecer a existência da divergência, vencido o Des. Flávio Pinheiro, e, por votação unânime, responder afirmativamente à tese: A sexta-parte deve incidir sobre todas as parcelas componentes dos vencimentos, 2.ã entendendo-se por vencimentos integrais o padrão mais as vantagens adicionais (è) efetivamente recebidas, salvo as eventuais'. Restou uniformizada a orientação no g, sentido de que a sexta-parte incide sobre os vencimentos integrais, incluindo -o to vantagens e adicionais incorporados ou não, independentemente do que constar na legislação infraconstitucional que instituiu dita vantagem ou adicional uma vez 2 dever prevalecer, sobre a legislação inferior, o comando constitucional. Ficam -1-2 excluídos os pagamentos eventuais (isto é, aqueles cuja percepção dependa de ',-Z)

circunstancia ocasional como as diárias, ajudas de custo de cunho indenizatório, -8

remuneração por horas extras, etc. que dependem de situações eventuais) e as vantagens que tenham tido a sexta parte em sua base de cálculo, pela óbvia la?ã

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0134"

impossibilidade da vantagem incidir sobre si mesma. Nesse sentido: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP vs Daisy Dias Batista Stape, AC n° 200.149.5/6-00, desta Câmara, 2005, Rel. António Villen. Tal orientação não cá

implica usurpação de função legislativa pelo Judiciário. Trata-se apenas de 2 interpretar e aplicar o artigo 129 da Constituição do Estado em conformidade E, com o que ficou decidido no já referido Incidente de Uniformização de eQ.

Jurisprudência. Por isso, não há infração aos princípios de legalidade e O

separação dos Poderes - arts. 5°, II e 2° da Constituição Federal, nem aos arts. 115, XVI da CE e 37, XIV da CF. Não implica em ofensa ao art. 37, XIV da CF redação da Emenda n° 19/98. É norma inserida na Constituição Estadual sobre 2 organização do serviço público, que tem respaldo na legislação inferior e em a' longeva prática. A argüição carece de sinceridade, a Fazenda faz incidir a sexta parte sobre determinadas vantagens e deve continuar a fazê-lo em relação aos servidores ativos, com os acréscimos aqui determinados" (TJSP, Ap. 788.115.5/0- :R 00,103 Câm. de Dir. Público, Rel. Des. Torres de Carvalho, v.u., j. 4.7.08).

13. E não se diga que obstaria acolher a ação o disposto no art. 37, XIV, da Magna Carta w, tr;

Federal (redação da Emenda Constitucional n. 19/98), pois, em realidade, além de não poder f,

retroagir tal preceito constitucional para abarcar acréscimos financeiros concedidos anteriormente à 2 ,WN

sua vigência (na redação original, a vedação referia-se apenas a acréscimos financeiros concedidos 5- sob o mesmo título ou idêntico fundamento, circunstância de que neste processo não se cogitou),

sabido é há muito estar o Estado de São Paulo a instituir gratificações ou acréscimos pecuniários o 05

outros sob nomenclaturas variadas que, contudo, nada mais representam do que aumento geral de o

vencimento que, como tal, não incide na proibição daquela regra constitucional, pena de dar-se-lhe

aplicação em extensão manifestamente indevida e com possibilidades nefastas para os servidores Cc` LIS

públicos ou aos pensionistas a eles vinculados, visto que importaria em fraude à aplicação do art. 129 c%

da Magna Carta Bandeirante. Neste diapasão, decidiu-se:

"... é necessário fazer a devida ponderação acerca do assunto, haja vista que se as gratificações concedidas aos servidores são de caráter geral e, portanto, fogem de sua conceituação originária especifica (concessão de verbas por força de exercício pro laborem faciendo', 'ex facto officut, 'propter laborem' ou 'propfer r?, personam) devem ser consideradas como antecipação de aumento salarial, tanto que, às escancaras, o Judiciário tem pautado por sua extensão aos inativos, de tn?, modo que, por tal motivo, não podem ser excluídas da base de cálculo da sexta •2 parte. E o caso, a título de exemplo, de GAM, GTE, GASS, GAP, GSAE, GSAP, Gratificação Geral, etc. Assim, quando a gratificação é não só incorporada ao .g-, vencimento (padrão), mas vem a representar verdadeiro aumento de salário, não c,":5 incide a vedação do inciso XIV do uri 37 da Constituição Federal" (TJSP, ED -ts' 644.455-5/2-01, 73 Câm. de Dir. Público, Rel. Des. Ronaldo Frigini, v.u., j.

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9.11.2007; destaques em negrito e sublinhados nossos2).

14. AsSim é que, especificamente quanto à GAP (gratificação por atividades de polícia),

também referida no aresto colacionado no anterior parágrafo, instituída pela Lei Complementar

Estadual n. 873/00, cabe repisar - por haver considerações comuns às mais variadas "gratificações"

pagas que nada mais representam do que aumento geral de vencimento ou valor padrão do cargo - o

que expendido foi no seguinte precedente a ilustrar a questão do uso impróprio de gratificações para

concessão, em realidade, de aumentos gerais aos servidores públicos de determinadas categorias:

"A Lei Complementar n. 873, de 26 de junho de 2000 instituiu a Gratificação por Atividade de Polícia - GAP, destinada a todos os servidores 'em efetivo exercício, integrantes das carreiras das Polícias Civil e Militar', de valor correspondente a R$ 100,00 (art 19, verba que todos os autores já percebem em seus vencimentos. O artigo 129 da Constituição Estadual assegura ao servidor público estadual o percebimento da sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos. O beneficio é concedido a todos os autores Porque a Lei Complementar n. 873/2000 menciona que a gratificação 'não se incorporará aos vencimentos e salários para nenhum efeito' (art. 2°), a Fazenda a exclui da base de cálculo do benefício e com isso, ofende o direito assegurado nas Constituições Federal e Estadual. A gratificação, embora instituída por 'atividade de polícia', apresenta caráter de aumento geral, pois destinada a todos os policiais civis e militares. Observa-se que a expressão 'vencimentos integrais' não tem a restrição defendida pela ré, nem poderia ter suporte em legislação infraconstitucional. As verbas definitivas, muitas vezes autêntico reajuste salarial concedido sob outra denominação, como a GAP, GASA, GTE etc, não são os 'acréscimos pecuniários' previstos no art 37, XIV, da Constituição Federal, com a nova redação dada pela EC 19/98, que continua vedando, apenas, a recíproca incidência. O disposto no art. 129, da Constituição Estadual, não se alicerça no 'mesmo título e idêntico fundamento'.

2 Sobre serem, verbi gratia, a GTE, a GAM, o prêmio de valorização e a gratificação geral aumentos gerais de vencimento dúvida não há,

tanto que se tem reconhecido aos inativos fazerem jus a eles, in verbis: "SERVIDOR PUBLICO APOSENTADO. Magistério. Extensão da Gratificação por Trabalho Educacional - GTE, instituída pela L.C. 874/2000. ADMISSIBILIDADE. Aumento de caráter geral. Tratamento isonômico previsto no § 7°, da E. C. 41/2003, ao dar nova redação ao art. 40, da CE Recurso provido" (TJSP, Ap. 710.110-5/2-00, 6° Câm. de Dir. Público, Rel. Des. Oliveira Santos, v.u., j. 10.12.2007); "SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS - Magistério - Inativos - Gratificação por Atividade de Magistério - GAM - Lei Complementar Estadual n° 977/05 - Verba de caráter geral - Condição única: efetivo exercício - Previsão legal que beneficiou apenas os servidores do quadro do magistério em atividade - Exclusão dos inativos e pensionistas que afronta o disposto no artigo 40, § 8°, da Constituição Federal e artigo 7° da EC 41/03 - Recursos oficial e voluntário da

FESP não providos" (TJSP, Ap. 707.059.5/1-00, 10° Câm. de Dir. Público, Rel. Des. Reinaldo Miluzzi, v.u., j. 29.10.2007), "PREVIDÊNCIA - IPESP - Pensionista - Magistério - Prémio de Valorização - Lei Complementar 809/96 - Nenhuma vantagem de ordem geral concedida aos servidores em atividade pode ser negada aos inativos, aposentados e pensionistas, diante do imperativo constitucional em vigor - Art 40, pars. 7° e 8° (antigos pars. 4° e 5) da Constituição Federal" (TJSP, Ap. 557.447-5/5-00, 10' Câm. de

Dir. Público, Rela. Desa. Tereza Ramos Marques, v.u., j. 22.10.2007); e "SERVIDOR PUBLICO ESTADUAL - Afastamento - Licença-saúde - Pretensão ao direito à Gratificação por Atividade de Suporte Administrativo - GASA (LCE n° 876/00) e Gratificação Geral - GG (LC n° 901/01) - Legalidade - Verbas de caráter geral - Condição única efetivo exercício - Previsão legal que beneficiou apenas os servidores em efetivo exercício - Exclusão do autor por estar em goro de licença-saúde - Inadnüssibi (idade, por afronta ao disposto no artigo 40, § 8°, da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional n° 20/98 - Recurso provido" (TJSP, Ap.

405.974-5/5-00, 10' Câ. de Dir. Público, Rel. Des. Reinaldo Miluzzi, v.u., j. 12.11.2007).

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Farta a jurisprudência no sentido de estender as diversas gratificações concedidas em 2.000, pelas leis complementares 873, 874, 875 e 876, aos inativos e pensionistas, porque nítido o caráter de aumento geral. Ora, estendida aos inativos e pensionistas, como reconhecido pelo STF (Agravo Regimental no AI n. 429.052-5-SP, a propósito da gratificação denominada CASA, 'sendo geral, o fato de a lei ser omissa quanto ao direito dos inativos não é óbice a que se lhes defira a extensão é da jurisprudência do Supremo Tribunal que a regra constitucional da paridade entre a remuneração e os proventos - de aplicabilidade imediata - tem precisamente o sentido de dispensar que a lei estendesse ao aposentado, em cada caso, o beneficio ou vantagem outorgada ao servidor em atividade (vg. RMS 22.176, Min. Maurício Corrêa, RTJ 155/787, RMS 21.665, Min. Velloso, RTJ 155/474, entre outros)'. Min.. Sepúlveda Pertence, j. 25.10.2005, voto de desempate, retificado o voto do Mm Cezar Peluso, para acompanhar o Relator), inconcebível tenha a verba caráter transitório. E, ainda que não venha a ser incorporada, é de compor a base de cálculo do beneficio enquanto estiver sendo paga, sob pena de burlar o disposto no art. 129, da Constituição Estadual. Isto porque, por vencimentos integrais devem ser considerados os vencimentos e as vantagens e acréscimos que se incorporam (incorporados, ou, pela sua natureza, que deviam ser incorporados). Como deixou assentado o E. Des. Moreira de Carvalho, desta E. Câmara, no julgamento da AC n. 578.030-5/6-00, 'não se atendo apenas à interpretação literal do inciso constitucional (XIV, art. 37), tem-

se que a proibição está em calcular a retribuição pecuniária sobre os demais acréscimos que tenham natureza transitória ou, ainda, calculá-la sobre ela mesma. As vantagens pecuniárias que se incorporam automaticamente ao vencimento muito a ele se assemelham, posto que o acompanham em todas as suas mudanças, inclusive quando os vencimentos se convertem em proventos'. E, ainda, 'ademais, é sabido que costumeiramente os aumentos de vencimentos vêm camuflados na forma de adicionais, gratificações e outras vantagens, o que destoa completamente dos princípios e dos ensinamentos doutrinários que norteiam a matéria'. Conseqüentemente, deverá a ré rever os vencimentos, pagar as diferenças corrigidas monetariamente, desde a aquisição do beneficio, ou concessão da gratificação, respeitado o prazo da prescrição qüinqüenal" (TJSP, Ap. 515.778-5/8-00, C Câm. de Dir. Público, Rel. Des. Oliveira Santos, v.u., j. 16.4.20073; destaque em negrito nosso).

15. E não constitui óbice, ademais, ao acolhimento da ação tanto a possibilidade de

cessação do pagamento de algum acréscimo financeiro - desde que não eventual, pouco importando,

portanto, que se o tenha ou não incorporado (aspecto este, aliás, já precedentemente abordado no

aresto por último colacionado) - como, face à natureza da sexta-parte e sua finalidade - já, portanto,

analisado o tema por outra ordem de raciocínio -, o disposto no art. 37, XIV, da Magna Carta Federal

3 A ementa do aresto tem a seguinte redação: "SERVIDOR PÚBLICO. Inclusão da GAP na base de cálculo da sexta-parte.

ADMISSIBILIDADE. Inexistência de ofensa ao art. 37, XIV da CF Recurso oficial e da Fazenda desprovidos, parcialmente provido o dos

autores"

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Paulo-SP - E-mail: sp [email protected] LoSn coe-) cna ,r- od

"Inexiste, à evidência, suporte jurídico para calcular esse acréscimo com o supedâneo em regras não recepcionadas pela Constituição local em vigor, 9, excluindo da base de cálculo algumas das parcelas em que se decompõem os vencimentos integrais por não ostentarem cunho definitivo, já que podem ser suprimidas pela Administração. Como é sabido, 'vencimento, em sentido estrito, é 30

a retribuição pecuniária devida ao servidor pelo efetivo exercício do cargo, • g correspondente ao padrão fixado em lei; vencimento, em sentido amplo, é o padrão com as vantagens pecuniárias auferidas pelo servidor a título de adicional ou gratificação. Quando o legislador pretende restringir o conceito ao padrão do itc:j:

servidor emprega o vocábulo no singular -- vencimento; quando quer abranger t também as vantagens conferidas ao servidor usa o termo no plural --vencimentos' (v 'Direito Administrativo Brasileiro', de Hely Lopes Meirelles, 22° edição, ,-12.

Malheiros Editores, 1997, p. 404). No mesmo sentido o magistério de Diógenes Gasparini, dando conta igualmente que 'vencimentos têm sentido lato e corresponde à retribuição pecuniária a que tem direito o servidor pelo efetivo exercício do cargo, acrescida pelas vantagens pecuniárias (adicionais e .= gratificações) que lhes são incidentes' (v. 'Direito Administrativo', 3° edição, .g' Editora Saraiva, 1993, p. 133). Ora, a norma em causa, ao acrescer ao c3

substantivo vencimentos, que já inclui todas as pagas que o servidor recebe, o g adjetivo integrais, quis espancar qualquer dúvida acerca da base de incidência da sexta-parte. O cálculo, para que se observe estritamente o comando `,+; constitucional, deve compreender o padrão e todas as demais vantagens laj

pecuniárias, permanentes ou transitórias, efetivamente percebidas a cada mês. 23,

Tem lugar, portanto, a incidência reclamada pelos autores, excluídos os Zc acréscimos eventuais. As verbas eventuais, normalmente excluídas da base de cálculo desse adicional 'ex facto temporis', dizem respeito às parcelas de caráter rc-ki

assistencial ou pagamentos isolados, que não constituem remuneração pela contraprestação do efetivo desempenho das funções, tais como despesas ou diárias de viagens, auxílio-alimentação, auxílio-transporte e auxílio funeral (v. Ela;

Apelação Cível n° 052.035.5/3-00 c Apelação Cível n° 243.360.1/9-00). Forçoso O' reconhecer, ainda, que a pretensão dos autores não representa afronta ao disposto no artigo 37, inciso XIV, da Constituição Federal de 1988, com a redação dada pela Emenda Constitucional n° 19/98, ou ao enunciado do artigo 115 da Constituição Estadual de 1989. Na realidade, a fórmula de cálculo a ser adotada não representa a proscrita 'incidência recíproca' de acréscimos ou o g., chamado 'efeito cascata'. Afinal, os preceitos constitucionais atrás referidos zo

preconizam a proibição do cômputo de acréscimos pecuniários para a concessão 2 de outros, problema alheio a esta causa, que trata da incidência unidirecional da sexta-parte sobre as vantagens e as demais verbas elementares dos vencimentos, de natureza distinta. Na verdade, como assentado no julgamento do Agravo de Instrumento n° 180.444-5/9, relator o Desembargador Alberto Gentil, não se está -8 computando ou acumulando acréscimos pecuniários percebidos por servidor para fins de concessão de novos acréscimos, mas sim preservando o que determina a "Pá 'z

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(redação da Emenda Constitucional n. 19/98), in verbis:

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Paulo-SP - E-mail: [email protected] to 9 c n 2

respeito a Constituição Estadual, isto é, percebimento de uma sexta-parte dos vencimentos integrais após 20 anos de efetivo exercício. Nesse sentido, por sinal, ixi a já se pronunciou o Egrégio Supremo Tribunal Federal, conforme a seguinte c9c'i

ementa: 'REMUNERAÇÃO - SERVIDOR PÚBLICO PAULISTA - SEXTA-PARTE. g A parcela não caracteriza gratificação por tempo de serviço, mas melhoria de 2 o vencimento alcançada com implemento de condição temporal, integrando-o e C).

servindo de base a outras parcelas' (v. RE n° 219.740-3, relator o Ministro Marco Aurélio, julgado em 11 de setembro de 2001). O voto condutor desse julgamento 5-

realça precisamente que: '.. atente-se para a real natureza da sexta-parte. Muito embora pressupondo o transcurso de vinte anos de efetivo exercício, nada mais ,: consubstancia do que uma melhoria nos vencimentos, um 'plus' a que passa a ter d. co direito o servidor. (.) Ora, descabe tomá-la com as demais parcelas que :s integram a remuneração para se dizer de cálculo glosado pelo inciso XIV do artigo 37 da Constituição Federal (..) O preceito não tem o condão de ° .&-; obstacularizar verdadeira melhoria de vencimentos outorgada por legislação ° 9 local em face da passagem do tempo. É sabença geral a origem, em si, desta co norma: decorreu do famigerado Decreto-lei n° 2.039/83 que, em passe de mágica, c. ,ii possibilitava alcançar-se, com trinta e cinco anos de serviços, gratificação de .z cento e quarenta por cento, mediante o chamado efeito cascata. Tanto não se 0' trata de gratificação por tempo de serviço que o pagamento, ao contrário do que .m. ocorre em relação a outras parcelas, não é feito de forma individualizada, -g-,

separada, mas em conjunto com o próprio vencimento, integrando-o. Impossível é .s

olvidar-se, na aplicação do inciso XIV do artigo 37 da Carta da República, a '-' a, n_ razão das coisas, o princípio da razoabilidade. Daí o acerto do acórdão prolatado 05

pela Corte de origem, no que afastou o óbice revelado pela mencionada regra aP constitucional. Repita-se que a sexta-parte nada mais é do que um 'plus' nos ,c ci vencimentos, passando a integrá-los em virtude de efetivo exercício, mostrando-se Ca

Lu

os vinte anos, sob o ângulo temporal, como simples condição para se obter o N ci

direito' (TJSP, Ap. 68 6.808-5/0-00, 8' Câm. de Dir. Público, Rel. Des. Paulo r§ ui Dimas Mascaretti, v.u., j. 10.10.20074). u_

o u_ ._, 16. Em suma, impossível é cogitar-se da exclusão da base de cálculo da sexta-parte os 2,

acréscimos financeiros não eventuais percebidos pelas partes demandantes, sejam ou não II' ,5

incorporáveis, seja porque, repita-se, não pode retroagir o art. 37, XIV, da Lei Magna Federal me'

'c (redação daquela emenda constitucional), seja porque a natureza e a finalidade da sexta-parte não lhe cè 5.,

autoriza a incidência (conforme visto foi no precedente parágrafo), visto que, novamente se destaca, 's -5'

"não pode a legislação infraconstitucional limitar o seu alcance, de modo a excluir determinadas 2 .--

t-a

4 o aresto é encimado pela seguinte ementa: "POLICIAIS MILITARES E civis - Sexta-parte - Incidência sobre os vencimentos integrais -

Procedência do pedido pronunciada corretamente em primeiro grau - Cálculo do beneficio em causa que deve compreender o padrão e E todas as demais vantagens pecuniárias, permanentes ou transitórias, efetivamente percebidas a cada mês - Aplicação do disposto no art -03 129 da Constituição Estadual - Exclusão admissivel no que toca às parcelas de caráter assistencial ou pagamentos isolados, que não il.?

consubstanciam contraprestação do efetivo desempenha da função - Fórmula adotada que não representa, outrossim, a proscrita ."-93.R In

'incidência recíproca' de acréscimos - Rumine necessária não provido - Apelo dos autores provido". '8 -,b cio z oco E c) ré, o

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vantagens do campo de incidência da sexta-parte, dado que a expressão 'vencimentos integrais' r9n 08

abrange todo o conjunto da remuneração regular dos servidores, todas as vantagens de natureza

permanente, não eventuais, assim compreendidas as que não estejam condicionadas a condições cc°,, 2),

excepcionais ou temporárias de trabalho, sujeitas a modificação a qualquer momento, a critério da 5,2.

administração. Não tem cabimento limitar a sua incidência somente ao salário base, que passou a iè) o

representar parcela diminuta no conjunto da remuneração dos servidores, com freqüência inferior

ao salário mínimo, em virtude da política remuneratória que há anos o Estado vem adotando, de

* conceder gratificações em lugar de reajustes ou aumentos lineares de vencimentos, e aos -1-s

adicionais por tempo de serviço" (TJSP, Ap. 600.423-5/3-00, 12a Câm. de Dir. Publico, Rel. Des. 7„-

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Edson Ferreira da Silva, v.u., j. 22.8.2007).

17. E, ainda, faz-se o registro: "em outrora, sempre se argüiu a inconstitucionalidade da

norma constitucional estadual, o que não encontrava respaldo, pelas seguintes razões. A dedução

fulcrada estava na Constituição de 67, em especial no artigo 57, inciso II, que deferia ao executivo,

em exclusividade, a iniciativa de leis que aumentassem vencimentos ou a despesa pública.

todos os Arestos mencionados dizem respeito à inteligência da constituição que não mais vige no

nosso universo jurídico. A Sexta Carta Republicana ostenta preceito semelhante àquele no

regramento positivo de 67, prevendo agora a iniciativa privativa a leis que digam respeito ao

aumento de remuneração (Cf artigo 61, parágrafo primeiro, inciso II, alínea 'a', da Constituição

Federal), o que difere na essência ao preceito anterior, que menção fazia aos vencimentos. Contudo,

não é só. O artigo 129 da Constituição Estadual não versa acerca de aumento de vencimentos ou

remuneração, mas apenas e tão-somente traça o norte para a interpretação de vantagens criadas

antes de sua vigência, assinando a forma de cálculo, o que refoge à estipulação da Magna Carta, daí

porque sem sucesso as antigas argüições. Não se diga da não aplicação imediata da norma,

porquanto dependeria ela de regulamentação. O texto constitucional é extremamente claro, não

dependendo, à própria evidência, de qualquer espécie de normatização infraconstitucional, pelo que,

e mais, considerando o tempo em que promulgada foi a última Carta Paulista, sendo o que basta

para afastar a resistência" (TJSP, Ap. 130.592-5/2-00, 5' Câm. de Dir. Público, Rel. Des. Ricardo

Anafe, v.u., j. 7.8.03).

18. Posto isto, julgo procedente a ação ajuizada por Alice Mituko Mato, Aparecida

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Conceição Gonçalves Xavier, Cely Aparecida da Costa Mattoso, Cremilda Louzano Pompeo,

Ines Grandi Pereira, José Raimundo Rodrigues, Julia de Faria Oliveira, Lucia Helena Machado

Pereira, Maria Gomes de Oliveira e Vera Lucia de Jesus Torquato em face de Fazenda do ga,

Estado de São Paulo para o fim de condenar a ré a conceder ao(à)(s) autor(a)(es), a partir da data R, em que completou(aram) o requisito temporal de vinte anos de serviço público, a sexta-parte de seus

vencimentos, efetuando seu cálculo de modo que incida tanto sobre o vencimento (padrão do cargo)

como sobre todos os acréscimos pecuniários não eventuais percebidos, apostilando-se, bem como ao d) pagamento das prestações vencidas com correção de cada data de exigibilidade e acréscimo de juros

de mora de 6% ao ano (art. 1°-F da Lei Federal n. 9.494/97) a contar da citação, observada a

prescrição qüinqüenal. ti

19. Por força de sua sucumbência, condeno a ré a pagar as custas e despesas em 71/4;

reembolso, se houver, e honorários advocatícios que fixo em 10% do valor das diferenças vencidas .g, até a data desta sentença acrescidas das vincendas por até um ano.

1 20. Transcorrido o prazo para recurso ou processado o que eventualmente for interposto,

remetam-se os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Seção de Direito ',e

Público, para reexame necessário. o os a.

11-1 O

São Paulo, 19 de fevereiro de 2009.

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P.R.I. e C..

Randolfo Ferraz de Campos Juiz(') de Direito

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

TRIBUNALDEJUSTIÇADESÃOPMJLO

AGÓRDÃO/DECSÃOMONOCRÁTICA

REGISTRADO(A) SOBW

1 1111111111 liNgNI211.01111 1111111

Vistos, relatados e discutidos estes autos de

APELAÇÃO CÍVEL COM REVISÃO n° 918.165-5/9-00, da Comarca de

SÃO PAULO-FAZ PUBLICA, em que é recorrente o JUÍZO "EX

OFFICIO", sendo apelante FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO sendo

apelados ALICE MITUKO MUTO e OUTROS:

ACORDAM, em Primeira Câmara de Direito Público do

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, proferir a

seguinte decisão: "NEGARAM PROVIMENTO AOS RECURSOS, V.

de conformidade com o voto do Relator, que integra este

acórdão.

O julgamento teve a participação dos

Desembargadores RENATO NALINI (Presidente), LUÍS CORTEZ.

São Paulo, 28 de julho de 2009.

DANILO PANIZZA -Relator

ACÓRDÃO

467

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Apelação com revisão n° 918.165.5/9-00

Apelante: Fazenda do Estado de São Paulo e Outro.

Apelado: Alice Mituko Muto e Outros.

Voto n° 11.154

SERVIDOR ESTADUAL ADMITIDO PELA LEI

N° 500/74 — DIREITO AO BENEFÍCIO DA SEXTA-PARTE —

RESTRIÇÃO APENAS DO CÁLCULO (artigo 115, XVI CE).

O servidor estadual admitido pelo regime da

Lei n° 500/74, também adquiriu o direito ao benefício da

sexta-parte, tendo apenas o seu cálculo restringido pelo

disposto no artigo 115, inciso XVI, da CE., a partir do 11:, `■

momento em que completou vinte anos de efetivo

exercício.

Recursos negados.

Vistos.

Alice Mituko Muto e Outros, propuseram ação pelo rito

ordinário contra a Fazenda do Estado, perante o Juízo da 140 Vara da

Fazenda Pública da Capital, objetivando a incidência do benefício da

sexta-parte sobre a totalidade dos proventos, acrescido de todas as

vantagens pecuniárias que lhes são pagas, como gratificações, abonos,

prêmios, complementações, etc, temporárias ou permanentes,

incorporáveis ou não, para todos os fins, reportando-se ao artigo 129 da

C.E, pleiteando o apostilamento, bem como o pagamento das diferenças Apelaçào n" 918.165.5/9-00

LR

2

o PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

JJN salariais resultantes da não incidência da sexta-parte sobre as vantagens

pecuniárias, acrescidas de juros de mora e correção monetária, respeitada

a prescrição qüinqüenal.

A r. sentença de fls.124/141, julgou procedente a ação,

condenando a ré a conceder aos autores, a partir da data em que

completaram o requisito temporal de vinte anos de serviço público, a

sexta-parte de seus vencimentos, efetuando seu cálculo de modo que

incida tanto sobre o vencimento (padrão de cargo) como sobre todos os

acréscimos pecuniários não eventuais percebidos, apostilando-se, bem

como ao pagamento das prestações vencidas com correção de cada data

de exigibilidade e acréscimo de juros de mora de 6% ao ano (art. 1°- F da

Lei Federal n. 9.494/97) a contar da citação, observada a prescrição

qüinqüenal, condenando a vencida ao pagamento das despesas

processuais e custas, bem como honorários advocatícios em 10% do

valor das diferenças vencidas, até a data da sentença acrescidas das

vincendas por até um ano, recorrendo de oficio.

O recurso de apelação da Fazenda veio a partir deA

fls.154, recebido a fls. 165, alegando que a sexta-parte só deve incidir

sobre o padrão de vencimentos e as vantagens incorporadas, asseverando

que as verbas temporárias ou variáveis não podem integrar a base de

cálculo, por não fazer parte dos vencimentos, cita jurisprudência e pede a

reforma e o acolhimento do recurso.

As contra-razões vieram a partir de fls. 168.

É o relatório.

A pretensão de recalculo da vantagem da sexta-parte,

oriunda do artigo 129, da C.E., exige interpretação restritiva quanto aos

LR Apelação n" 918.165.5/9-00

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

seus efeitos, uma vez que não são todas as verbas componentes dos

vencimentos que servirão de base de cálculo daquele benefício.

A sexta-parte é paga em considerando os "vencimentos

integrais", após o tempo de exercício de vinte anos, "que se

incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos observado o

disposto no artigo 115, XVI, desta Constituição". O reportado inciso

expressa que "os acréscimos pecuniários percebidos pelo servidor não

são computados nem acumulados para fim de concessão de acréscimos

ulteriores sob o mesmo titulo ou idêntico fundamento".

A partir do preenchimento do período de tempo de

serviço, a pretensão atinente ao percebimento do benefício da sexta-parte

encontra recepção no artigo 129, da C.E., cujo texto não distingue o

modo de admissibilidade, resultando a abrangência também dos

servidores que foram admitidos pela Lei n° 500/74.

A este respeito esta Câmara assentou posicionamento

(Apelação Cível n° 232.066-5; Apelação Cível n° 238.837-5, dentre

outras).

O artigo 129, da C.E., tornou elástica a previsão oriundáN

do direito estatutário aos demais servidores em geral, consoante sua Z

expressa disposição: "Ao servidor público estadual é assegurado o

percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo,

por qüinqüênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos

vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que

se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o

disposto no artigo 115, XVI, desta Constituição".

Destarte, importante deixar consignado que o cálculo do

referido beneficio não recai sobre as verbas de caráter precário e não Apelação n° 918.165.5/9-00

LR

19) 4

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

incorporáveis, mesmo que auferidas por prazo longo. Assim, somente se

admitirão no cálculo para os fins da sexta-parte aquelas efetivamente

integradas ao patrimônio do servidor, bem como aquelas passíveis de

incorporação, o que faz excluir eventual pretensão de inclusão de verbas

a título de "vencimentos integrais".

Este é o posicionamento da jurisprudência deste Tribunal

de Justiça: "O artigo 129 da Constituição Estadual não versa acerca

de aumento de vencimentos ou remuneração, mas apenas e tão-somente

traça o norte para a interpretação de vantagens criadas antes de sua

vigência, assinando a forma de cálculo, o que foge à estipulação da

Magna Carta, daí porquê sem sucesso as antigas argüições" (Apelação

Cível n° 416.813-5/7, Rel. Des. Ricardo Anafe, j. 10.4.2008).

No mesmo sentido:

"Em suma, diante da reestruturação operada pela Lei

Complementar n° 180/78 e da nova ordem constitucional não se afigura

juridicamente correto excluir a vantagem da licença prêmiodo servidor

não funcionário, certo ademais que, apesar de não ser titular de cargo/

presta ele serviços no mesmo patamar daquele que o é, devendo existir

perfeita equivalência na aferição das vantagens ex facto temporis, sob

pena de violação ao princípio isonómico.

Nesse contexto, todos os servidores devem desfrutar dos

mesmos benefícios e vantagens pecuniárias, uma vez composto idêntico

suporte fático. Somente diante de norma expressa em sentido contrário é

que se poderia fugir à interpretação de estarem eles submetidos à

mesma sistemática jurídica (v a propósito acórdão proferido na Apelação o' 918 165 5/9-00

LR

5

(s\ PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Apelação Cível n° 157.843.1/1 -TJESP)." (Apelação Cível n° 753.594-

5/4,Rel. Des. Paulo Dimas Mascaretti, j. em 26.3.2008).

Desta forma, nada há para se alterar na r. sentença de

primeiro grau que deve prevalecer por seus próprios e jurídicos

fundamentos.

Com isto, nega-se provimento aos recursos, ficando

prequestionados os dispositivos legais e constitucionais passíveis de

argumentação.

4 " ,-...c4,4 •

DANILO PAMZZA

Relator

Apelação r 1P 918.165.5/9-00 LR

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Secretaria Judiciária Serviço de Processamento do 'I° Grupo de Câmaras de Direito Público

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO

Certifico que a conclusão do v. acórdão foi

disponibilizada no Diário da Justiça Eletrônico em

11/09/2009. Considera-se data da publicação o primeiro dia

útil subseqüente à data acima mencionada

São Paulo,ll de setembro de 2009.

Maria Del Carmen R. Gonzalez — Matr. 814.416-7 Escrevente Técnico Judiciário

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÀO PAULO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

ACÓRDÃO ACÓRDÃO/DECISÃO MONOCRÁTICA

REGISTRADO(A) SOB N°

IIIIIIIIIIIIIIIIIII1111IIIIIIIIIII111111I11

Vistos, relatados e discutidos estes autos de

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO n° 918.165-5/0-01, da Comarca de SÃO

PAULO-FAZ PUBLICA, em que é embargante FAZENDA DO ESTADO DE

SÃO PAULO sendo embargados ALICE MITUKO MUTO e OUTROS:

ACORDAM, em Primeira Câmara de Direito Público do

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, proferir a

seguinte decisão: "REJEITARAM OS EMBARGOS, V. de

conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos

Desembargadores RENATO NALINI (Presidente), LUÍS CORTEZ.

São Paulo, 10 de novembro de 2009.

DANILO PANIZZA Relator

91

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Embargos de Declaração n° 918.165.5/0-01

Embargante: Fazenda do Estado de São Paulo

Embargados: Alice Mituko Muto e Outros

Voto n° 11.870

EMBARGOS DECLARATÓRIOS —

PRETENSÃO DE EFEITO MODIFICATIVO - AUSÊNCIA DE

PREVISÃO.

A alegação de ocorrência do defeito de omissão, não

confirmado no texto não propicia efeito modificativo,

considerando que não amparada pelos termos do art. 535

do CPC.

Recurso rejeitado.

Vistos.

Fazenda do Estado de São Paulo apresentou embargos

declaratórios a partir de fls. 219, alegando a ocorrência dos defeitos de

omissão e contradição no v. aresto, uma vez que não fora aplicado o

disposto no art. 1°-F da Lei n° 9.494/97, com a nova redação conferida

pela Lei n° 11.960, de 30.6.2009, prequestionando a matéria, pedindo

acolhimento do recurso.

É o relatório. Embargos de Declaração n° 918.165.5/O-O 1

IS

2

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Busca a embargante, através dos presentes embargos

declaratórios, conferir efeito infringente ao julgamento, bem como

prequestionar a matéria para fins de acesso aos Tribunais Superiores.

No entanto, sem razão a recorrente, considerando que o v.

aresto manteve os termos da r. sentença recorrida que fora proferida em

data de 19.02.2009, portanto, antes da edição da Lei n° 11.960/2009,

sendo aplicável, desta forma, a primitiva redação do art. 1°-F da Lei n°

9.494/97, diante da observância do princípio tempus regit actum.

Ademais, o Relator não está obrigado a rebater um a um

os argumentos deduzidos pela parte, bastando que indique as razões que

motivaram sua decisão. Neste sentido é a jurisprudência do Superior Tribunal de

Justiça (Agravo Regimental n° 627816-MG, j. em 3.2.2005):

"Não se vislumbra ofensa aos artigos 458, II, e 535, II,

do CPC, porquanto não há omissão nem ausência de fundamentação na

apreciação das questões suscitadas. Com efeito, o órgão julgador não

está obrigado a se manifestar sobre todos os argumentos colacionados

pelas partes para expressar o seu convencimento, bastando, para tanto

pronunciar-se de forma geral sobre as questões pertinentes para a

formação de sua convicção." Por fim, importante deixar consignado que os embargos

declaratórios não se mostra via adequada para rediscutir a matéria já

analisada e julgada, devendo a recorrente valer-se dos meios próprios

para tanto, até porque não se "não se admitem embargos de declaração

infringentes, isto é, que, a pretexto de esclarecer ou completar o julgado

Embargos de Declaração n" 91 8. 65.5/0-0 I

IS

3

PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO a/ P cem,-

anterior, na realidade buscam alterá-lo" (RTJ 90/659; no mesmo

sentido: RSTJ 109/365; RT 527/240; RSTJ 114/351, dentre outros).

Portanto, a irresignação apresentada pela embargante não

merece acolhimento, posto que não amparadas pela legislação processual

civil (art. 535 do CPC), admitido, no entanto, o prequestionamento, nos

termos da Súmula 98 do STJ.

Com isto, rejeita-se o presente recurso.

DANILO PANI7JZA

Relator

Embargos de Declaração n" 918.165.5/0-01

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{e-ST3 FL1É9)

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AGRAVO

RELATOR AGRAVANTE PROCURADOR : AGRAVADO : ADVOGADO :

DE INSTRU1V)IENTO N° 1.374.674 - SP (2010/0220720-8)

MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO EVA BALDONEDO RODRIGUEZ E OUTRO(S) ALICE MITUKO MUTO E OUTROS MAURO DEL CIELLO E OUTRO(S)

EMENTA

ADMINISTRATIVO. JUROS DE MORA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. ART. 1°-F DA LEI N. 9.494/97. MATÉRIA SUBMETIDA AO REGIME DOS RECURSOS REPETITIVOS (RESP N. 1.086.944/SP). LEI N. 11.960/2009. APLICABILIDADE NAS DEMANDAS AJUIZADAS APÓS A SUA ENTRADA EM VIGOR. AGRAVO DE INSTRUMENTO NÃO PROVIDO.

contra decisão que negou seguimento ao recurso especial (fls. 162/163).

O Tribunal a quo prolatou acórdão, nos seguintes termos (fl. 98): SERVIDOR ESTADUAL ADMITIDO PELA LEI N° 500/74 - DIREITO AO

BENEFICIO DA SEXTA-PARTE - RESTRIÇÃO APENAS- DO CÁLCULO

(artigo 115, XVI CE)

beneficio da sexta-parte, tendo apenas o seu cálculo restringido pelo disposto no O servidor estadual admitido pela Lei n° 500/74, também adquiriu o direito ao

artigo 115, inciso XVI, da CE, a partir do momento em que completou vinte anos

de efetivo exercício Recursos negados.

Contra tal ato decisório foram opostos embargos de declaração, julgados em decisão

com ementa a seguir transcrita (fl. 113):

EMBARGOS DECLARATÓRIOS MODIFICATIVO - AUSÊNCIA DE PRE A alegação de ocorrência do defeito de propicia efeito modificativo, considerando

535 do CPC. Recurso rejeitado.

A parte agravante, em sede de recurso especial (fl. 129/137), apontou ofensa ao art. 5° da Lei n. 11.960/09, que alterou o art. 1°-F da Lei n. 9.494/97. Alegou, em síntese, que a nova lei se aplica ao caso, já que a apelação teria sido julgada já em sua vigência, razão porque o cálculo relativo aos juros de mora e à correção monetária da condenação deve ser pautado pelos critérios nela estabelecidos. Indicou, ainda, violação dos arts. 126, 462, 515 e 535, II, do CPC.

Foi apresentada contraminuta (fls. 167/173). É o relatório. Passo a decidir.

5 DocUm.snio

E

o Documento eletrônico VDA2B55113 assinado eletronicamente nas termos do Art.1. §22 inciso III da lei 11.419/2006

Signatário(a): MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES Assinado em: 08/02/201114:30:09

Publicação rua D2e/528 no 798 de 10/02/2011. Código de Controle do Documento: 64900857-2558-489A-8222-93380EAFB6013

DECISÃO

Trata-se''-de agravo de instrumento, com fulcro nos art s. 544 e seguintes do CPC,

- PRETENSÃO DE EFEITO

VISÃO. omissão, não confirmado no texto não que não amparada pelos termos do art.

(e-ST3fttlk0) N\

Não prospera o agravo de instrumento. Esta Corte, sob o rito do art. 543-C do CPC (recursos repetitivos), reiterou o seu

posicionamento no sentido de que o art. 1°-F da Lei 9.494/97, que fixa os juros moratórios nas ações ajuizadas contra a Fazenda Pública no patamar de 6%, é de ser aplicado às demandas

ajuizadas após a sua entrada em vigor. Confira-se ementa do julgado:

RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. ADMINISTRATIVO. JUROS MORATÓRIOS. FAZENDA PÚBLICA. DÉBITO EM RELAÇÃO À REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS. AÇÃO AJUIZADA APÓS À EDIÇÃO DA MP N° 2.180/01. FIXAÇÃO NO PATAMAR DE 6% AO ANO.

1. O art. 1°-F, da Lei 9.494/97, que fixa os juros moratórios nas ações ajuizadas contra a Fazenda Pública no patamar de 6%, é de ser aplicado tão somente às demandas ajuizadas após a sua entrada em vigor. Inaplicabilidade do art. 406 do

Código Civil de 2002. Precedentes. 2. Constitucionalidade do art. ‘1°-F, da Lei 9.494/97 declarada pelo Supremo Tribuna! Federal. Ressalva do ponto de_vista da relatoracc,

3. Recurso especialprovido.; (REsp 1.086.944/S1, Rel. Min. Maria Thereza de Assis MouM, Terceira Seção,

DJe 4.5.2009)c

No que tange à superveniência da Lei n. 11.960/2009, está consolidado o

entendimento no sentido de sua inaplicabilidade aos processos em curso, tendo em vista o seu

caráter instrumental Material. A propósito, destaco(

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ADMINISTRATIVO. JUROS DE MORA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA.

ART. 1°-F DA LEI N. 9.494/97.-MATÉRIA SUBMETIDA AO ART. 543-C DO CPC. RECURSOS REPETITIVOS. LEIN. 11.960/2009. INAPLICABILIDADE.

1. Esta Corte, sob o rito do art. 543-C do CPC (recursos repetitivos), por ocasião do julgamento do REsp1.086.944/SP, Rel ,Min. Maria Thereza de Assis Moura,

DJe 04/05/2009, reiterou` .o ;Menai-mento no sentido de que o art. 1°-F, da Lei

9.494/97, que fixa os juros :moratórios nas ações ajuizadas contra a Fazenda Publica no patamar de 6%, é de ser aplicado as demandas ajuizadas após a sua

entrada em vigor. 2. A Lei n. 11.960/2009 só é aplicável aos processos ajuizados após a sua vigência. Precedentes: AgRg no REsp 861.294/SP, Rel. MM. Maria Thereza de Assis Moura, DJe 18/10/2010; AgRg no REsp 1.198.926/RS, Rel. Min. Laurita Vaz, DJe 11/10/2010; AgRg no REsp 1.176.910/RJ, Rel. MM. Napoleão Nunes Maia Filho, DJe 18/10/2010; AgRg no REsp 1.194.452/RJ, Rel. Mim Herman

Benjamin, DJe 16/09/2010; AgRg no Ag 1.186.528/RJ, Rel. Min. Humberto

Martins, DJe 03/09/2010. 3. Recurso especial provido. (REsp 1208912/SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe

14.12.2010)

AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO E PROCESSO CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATICIOS. INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO SUMULAR N° 111/STI. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. ART. 1°-F DA LEI 9.494/97. INAPLICABILIDADE.

AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO.

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o na o u i.0 = e o o (.1 (2 2- A Terceira Seção consolidou o entendimento de que a regra inserta no art.

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o Documento eletrônico VDA285903 assinado &tonicamente nos termos do Art.1° §2° incisa 111 da Lei 11.419/2006 Signatário(a): MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES Assinado em: 08/02/2011 14:30:04 Publicação no D3e/ST3 n° 748 de 10/02/2011. Código de Controle do Documento: 64900557-255E-419A

-13222-93380EAFB6DB

(e-STJ FI.191)

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1.°-F da Lei n.° 9.494/1997, acrescentado pela Medida Provisória n.° 2.180-35, de 24/08/2001, é da espécie de norma instrumental material, razão pela qual não

devem incidir nos processos em andamento.

3- A regra inserta na Lei n.° 11.960/2009, que alterou o art. 1.°-F da Lei n.° 9.494/1997, somente tem incidência nos feitos iniciados posteriormente à sua

vigência. 4- Agravo regimental parcialmente provido, para determinar que o percentual de 10% (dez por cento) fixado pelo juízo singular, a título de honorários advocatícios, incida sobre as prestações devidas até a prolação da sentença. (AgRg no REsp 861.294/SP, Rel. MM. Maria Thereza de Assis Moura, Sexta

Turma, DJe 18.10.2010)

PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AUXILIO-ACIDENTE. ART. 86, § I°, DA LEI N.° 8.213/91, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI N.° 9.032/95. BENEFÍCIO CONCEDIDO SOB O MANTO DA LEGISLAÇÃO PRETÉRITA. MAJORAÇÃO DO PERCENTUAL. POSSIBILIDADE. MATÉRIA CONSTITUCIONAL.

APRECIAÇÃO. JUROS ✓ MORA NAS

CONDENAÇÕES CONTRA A ;FAZENDA PÚBLICA. LEI N.° 11.960/09. ÍNDICES DA CADERNETÃ DE POUPANÇA. APLICAÇÃO AOS PROCESSOS. EM ANDAMENTO. DESCABIMENTO. CARÁTER

-INSTRUMENTAL MATERIAL DOS JUROS.

3. Esta Corte Superior de Justiça realizando a exegese do ah. 1.°-F da Lei n.° 9494/97, com a redação dada pela Medida Provisória n.° 2.180-35/01, entendeu que este possui natureza instrumental material, na medida em que origina direitos patrimoniais para as partes, e,, como corolário, lógico dessa ilação, que seus contornos não devem incidir nos processos em andamento. 11;

4. Esse entendimento aplidarie, mutatis mutandiS, à alteração promovida pela Lei

n.° 11.960/09. 5. Agravo regimental desprovido.: (AgRg, no REsp 1.198.926/RS,/j

Laur ta ,Vaz, Quinta Turma, DJe

11/10/2610).

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL CONTRA DECISÃO QUE NEGOU SEGUIMENTO A RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE OMISSÃO NO ACÓRDÃO RECORRIDO. AÇÃO

= ORIGINÁRIA AJUIZADA EM DATA ANTERIOR À VIGÊNCIA DA MP 2.180-35/2001. JUROS DE MORA EM 12% AO ANO. PRECEDENTE DA TERCEIRA SEÇÃO EM RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. ALTERAÇÃO LEGISLATIVA. LEI 11.960/2009. APLICAÇÃO IMEDIATA. IMPOSSIBILIDADE. ALEGADO DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL ENTRE DECISÕES DESTA CORTE E DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. INOVAÇÃO RECURSAL. INVIÁVEL O PREQUESTIONAMENTO DE DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. AGRAVO REGIMENTAL

DESPROVIDO.

o C-) 2. O art. lo.-F da Lei 9.494/97, que fixa os juros moratórios nas ações ajuizadas contra a Fazenda Pública no patamar de 6%, é de ser aplicado tão somente às

ce demandas ajuizadas após a sua entrada em vigor. Inaplicabilidade do art. 406 do

-13 Código Civil de 2002. (REsp. 1.086.944/SP, Rel. Min. MARIA THEREZA DE

o

ASSIS MOURA, DJe 04/05/2009). 2 =

O 3. No caso, a ação foi ajuizada em data anterior à vigência da MP

'E 2.180-35/2001. Incidência dos juros de mora em 12% ao ano.

+4'

Fãgit;E, :7, de 5

%-?),3O. o c

o Documento eletrônica VDA285503 assinado eletronicamente nos termos do Art.l. §2. indso III da Lei 11.419/2006

Signatário(a): MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES Assinado em: 08/02/201114:30:04

Publicação no Dle/STI n° 748 de 1.0/02/2011. Código de Controle do Documento: 64900857-255E-4F9A-B222-93380EAF86013

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Signatário(a): MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES Assinado em: 08/02/201114:30:04

Publicação no Die/STI n° 243 de 10/02/2011. (Migo de Controle do Documento: 6196065)-255E-IF9A-8222-93300EAFB6DB

4. A Lei 11 960/2009, que trouxe nova alteração ao critério de cálculo dos juros moratórios, modificando o texto do art. lo.-F da Lei 9.494/97, por ser espécie de norma instrumental material, não deve ter incidência nos processos em

andamento. Precedentes.

(...) 7. Agravo Regimental desprovido. (AgRg no REsp 1.176.910/RJ, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Quinta

Turma, DJe 18.10.2010)

PROCESSUAL CIVIL. JUROS MORATÓRIOS. AÇÃO AJUIZADA ANTES .

DA EDIÇÃO DA MP 2.180-35/2001. ENTENDIMENTO FIRMADO NO JULGAMENTO DO RESP 1.086.944/SP, MEDIANTE UTILIZAÇÃO DA SISTEMÁTICA PREVISTA NO ART. 543-C DO CPC E DA RESOLUÇÃO STJ 08/2008. LEGISLAÇÃO SUPERVENIENTE. LEI 11.960/2009.

APLICAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1. A Medida Provisória 2.180-35/2001, que acrescentou o art. 1°-F à Lei 9.494/1997 e fixou os juros moratórios nas ações ajuizadas contra a Fazenda

Pública no patamar de _6% do ano, ..a.Plica-sc tão-501119nte,as demandas ajuizadas

após a sua'entrada em vigor. 2. Orientação reafirmada no julgamento do REsp 1.086.944/SP, sob o rito dos

recursos repetitivos. _3. Hipótese em que a ação foi ajuizada antes Mo advento da Medida Provisória 2.180-35/2001, -,razão pela 'qual, os juros moratórios devem ser fixados no

percentual de 12% ao ano. 4. A Lei 11.960/2009, que alterou o critério de cálculo dos juros moratórios nas condenações impostas à Fazenda Pública, e -inaplicável aos processos em andamento, por se tratar de norma de natureza instrumental e material.

Precedentes do STJ. 5. Agravo Regimental não provido. (AgRg no REsp 1.194.452/RJ, Rel. MM. Herman Benjamin Segunda Turma, DJe

16/09/2010)

ADMINISTRATIVO - SERVIDORES PÚBLICOS - JUROS DE MORA DE 12% - ALEGAÇÕES CONSTITUCIONAIS - NÃO CABIMENTO EM RECURSO ESPECIAL - APLIÇAÇÂO DO ART. 1°-F, DA LEI N. 9.494/1997 -REDAÇÃO VIGENTE ''AO AJUIZAMENTO DA AÇÃO -JURISPRUDÊNCIA PACÍFICA - EXISTÊNCIA DE REPETITIVO.

1. Não é cabível o exame de alegações constitucionais em sede de Recurso Especial no Superior Tribunal de Justiça, sob ameaça de usurpação da competência atribuída ao Excelso Pretório pelo ordenamento jurídico pátrio.

Precedentes. 2. Já foi pacificada a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça no tocante ao modo de aplicação dos juros moratórios em causas de servidores públicos, com atenção aos três momentos de ajuizamento da postulação autoral.

3. No caso das ações ajuizadas antes do advento da Medida Provisória 2.180-35/2001, os juros devem ser fixados em 12% (doze por cento) ao no. Recurso especial 1.086.944/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado sob o rito do art. 543-C, do CPC. Precedentes.

4. Nas ações ajuizadas posteriormente ao aparecimento da Medida Provisória 2.180-354/2001, os juros deverão ser calculados em 6% (seis por cento). Por fim,

o mesmo raciocínio se impõe à recente alteração no art. 1°-F - novamente

modificado, agora pela Lei n. 11.690/2009 - que só atingirá as demandas posteriores ao seu aparecimento no ordenamento jurídico nacional. Agravo regimental improvido.

rág.515 4 de 5

1/41-7; ,

(AgRg no Ag 1.186.528/RJ, Rel 03/09/2010).

Min. Humberto Martins, Segunda Turma, DJe

(e-STJ FI.193) nki\ -)

Vê-se, portanto, que o aresto recorrido está de acordo com a orientação jurisprudencial

deste Tribunal Superior sobre a questão, razão por que não merece reforma. Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo de instrumento.

Publique-se. Intimem-se.

Brasília (DF), 08 de fevereiro de 2011.

MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES Relator

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Signa:dl-lona): MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES Assinado em: 081102/201114:30:04

Publicação no Dle/STJ ris 748 de 10/02/2011. Código de Controle do Documento: 64900857-2S5E-9F9A-B222-93380EAFES6D8

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o Documento eletrônico VDA4334898 assinado eletronicamente nos termos do Art.14 §2° inciso III da Lei 11.419/2006

Signatdo(a): MINISTRO Mauro Carnpbell Marques Assinado em: 11/11/201116:10:17

Publicação no ale/ST) n° 932 de 17/11/2011. Código de Controle do Documento: 934313137-52A0-4DFC-8010-1022F1DE2ED2

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Trata-1W de agravo regimental ini ml rpot contra decisgj assim ementa/ia: ''',„

Tr*pmINISTRA . wo. JT :, OSpE MORA CÓrRA A FA7INDA PÚBLICA. MI, 1:et ,LL ti ART. 1°-F DA LEQI. 9494ir. MATÉRIA SUBMETIDA ishp REGIME DOS

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RECURSOS REPETIT , 0 -, (RESP N. 1.0k 944/SP). LIN 11.960/2009.

APLI4BILIDADEDEMANDAS JUIZADAS PÓS A SUA

\ITR4PA EM VIGOR ,EtISIUMENTO N40 PROVIDO.

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Foi ifitewosto agravo Main(tta decisão de nápir• dmissão do recurso

especial que impugrTU(Paarad oferc . una o Estado de São Paulo, no „40,

que diz respeito à aplicação imediata da 11 960/09, que alterou o critério de cálculo dos

juros moratórios devidos pela Fazenda Pikaa previsto no artigo 1°-F da Lei n. 9.494/97, às

ações ajuizadas anteriormente à sua vigência. No apelo especial, apontou-se violação do art. 1°-F da Lei n. 9.494/97, com as

alterações introduzidas pela Lei n. 11.960, de 29/06/2009. É o relatório. Passo a decidir. A decisão agravada deve ser reformada Sobre o tema, consolidou-se o entendimento no âmbito desta Corte no sentido da

imediata aplicação do art. 1°-F da Lei n. 9.494/97, com a redação dada pelo art. 5° da Lei n. 11.960/09, aos processos em curso, ficando vedada, porém, a concessão de efeitos retroativos à

referida norma. A questão foi submetida ao rito do art. 543:G do CPC (Lei dos Recursos Repetitivos)

pela Corte Especial, por ocasião do julgamento do REsp n. 1.205.946/SP, Rel. Mim Benedito Gonçalves, na assentada de 19/10/2011, cujo acórdão ficou assim espelhado:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. VERBAS REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA.

InS5A1110 CHH159:PS

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EMENTA

ADMINISTRATIVO. JUROS MORATÓRIOS CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. LEI N. 11.960/09:AUE ALTEROU O ART. 1°-F DA LEI N. 9.494/97. APLICAÇÃO litlyIEDIATA. EFEITOS RETROATIVOS.

IMPOSSIBILIDADE. mAaRcAJ Q4p so _O RI O DO ART. 543-C

DO CPC.r, _jjaSZ A AL PROVIDO

PAMF '11Eroggabb ELSCISÃOWRAVADA, NHECER DO AGRAVO INSTRUMtNT E DAR R"DVIMENTO O RECURSO

ESPECIAL.

OELISÃO

Pá 2:i11:1 1 de 1

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AgRg no AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 1.374.674 - SP (2010/0220720-8)

RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES AGRAVANTE : FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCURADOR : EVA BALDONEDO RODRIGUEZ E OUTRO(S)

AGRAVADO : ALICE MITUKO MUTO E OUTROS

ADVOGADO : MAURO DEL CIELLO E OUTRO(S)

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LEI 11.960/09, QUE ALTEROU O ARTIGO 1°-F DA LEI 9.494/97. NATUREZA PROCESSUAL. APLICAÇÃO IMEDIATA AOS PROCESSOS EM CURSO QUANDO DA SUA VIGÊNCIA. EFEITO RETROATIVO.

IMPOSSIBILIDADE. 1. Cinge-se a controvérsia acerca da possibilidade de aplicação imediata às ações em curso da Lei 11.960/09, que veio alterar a redação do artigo 1°-F da Lei 9.494/97, para disciplinar os critérios de correção monetária e de juros de mora a serem observados nas "condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua natureza", quais sejam, "os índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança".

2. A Corte Especial, em sessão de 18.06.2011, por ocasião do julgamento dos EREsp n. I.207.197/RS, entendeu por bem alterar entendimento até então adotado, firmando posição sio sentido de que a Lei 11.960/2009, a qual traz novo regramento concernente àWalização monetária e aos juros de mora devidos pela Fazenda Pública, deve setaAcada, de imediato, aos processos em andamento, sem, contudo troM4eriorta-iantertikaimigitintasw,s,

3 . e. se ellitwtou,&o Supremo Tribunallederal, ao decidir

Abe a Leia4Y4/97, eradaipela e 4 Provisória n. 2180-35 / 2001, que

também arava de conse condenaclatturos de mora) devia ser aplicada

imediatÉente aos feitos'em caso. 4.

n. Assi%os valores reSultatites de condenações proferidas o ira a Fazenda

Pública apd:sa entrada vilã da Lei 11.960109 devem obsenar os critérios de atualização korreção mahetatra e juros) nela Disciplinados, e4uanto vigorarem. ,Sé

-1•01 Por outro lado,--*Ao periedi anelos tais acessonos deverão seguir os parâmetros

definidos pela leNslaçãottão-gente. hk fi

caso concreto, nisrecç4prosperar a insusgência da reCorrente no que se -k4 refiele à incidência & rt. 51 da Lei n. 1160/09 no pedido subsequente a

29/06/2909, data da eclica%daireferida lei, ante o princípio do trus regi! acturn.

ó:- ,:e9urso afetado a Se mo, pw; spEr..9mant*vo de controvérsia, submetido ao

regime do artigo 543j0WP1'&:Ida Resolução 8/STJ. Cessam os efeltsspretist4 lgo 543-C do CPCja relação ao Recurso

QieelakReper; css420,864V441V,iraktilefQtneSomente às modificações

legislativas impostaja" MII31480-35/01, que acrescentou o art. 1°-F à Lei

9.494/97, alterada pela L4;514960/09, aqui tratada. 8. Recurso especial parcialmente provido para determinar, ao presente feito, a imediata aplicação do art. 5° da Lei 11.960/09, a partir de sua vigência, sem

efeitos retroativos.

Assim exposto, DOU PROVIMENTO ao agravo regimental para, em juízo de

retratação, REFORMAR a decisão agravada, CONHECER do agravo de instrumento e DAR PROVIMENTO ao recurso especial, determinando a aplicação no presente feito do art. 1°-F da Lei n. 9.494/97, com as alterações introduzidas pela Lei n. 11.960/2009, a partir de sua vigência

(29/06/2009), sem efeitos retroativos. Publique-se. Intimem-se.

Brasília (DF), 10 de novembro de 2011.

MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES Relator

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Documento eletrônico VDA4384898 assinado eletronicamente nos termos do Art.1° §2° inciso In da Lei 11.419/2006 o

Signatano(a): MINISTRO Mauro Campbell Marqde -Assinado ent 11/111201116:10:12

Publicação no Dle/ST] n° 932 de 17/11/2011. Código de Controle do Documento: 93A3BA37-52AD-4DFC-8DAD-1022F1DE2ED2

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Recurso N° 0353481-87.2009.8.26.0000/50001

Código: 52489

Nos termos da r. decisão no ARE n°

675.153, de 10/8/2012, publicada no DJU de 11/9/2012, proferida

pelo Colendo Supremo Tribunal Federal, que considerou inexistente

a repercussão geral em caso análogo a este, nos termos do artigo

543-B, § 2°, do Código de Processo Civil, fica inadmitido o

presente recurso extraordinário.

Int.

São Paulo, 16 de outubro de 2013.

SAMUEL JÚNIOR Desembargador

Presidente da Seção de Direito Público

Assinado Eletronicamente

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Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10

10/08/2012 PLENÁRIO

REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO

675.153 SÃO PAULO

REGISTRADO : MINISTRO PRESIDENTE

RECTE.(S) :ESTADO DE SÃO PAULO

PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECDO.(A/S) :MÁRCIA DE OLIVEIRA NUNES

ADV.(A/S) :CINTHIA AOKI

ADMINISTRATIVO. ADICIONAL DE "SEXTA-PARTE". SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL ESTATUTÁRIO. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, está circunscrito ao âmbito infraconstitucional o tema atinente à incidência do adicional de "sexta-parte" sobre a integralidade dos vencimentos dos

servidores públicos estaduais estatutários. Não havendo, em rigor, questão constitucional a ser apreciada por

esta Suprema Corte, falta ao caso "elemento de configuração da própria

repercussão geral", conforme salientou a ministra Ellen. Gracie, no

julgamento da Repercussão Geral no RE 584.608.

Decisão: O Tribunal, por unanimidade, recusou o recurso ante a ausência de repercussão geral da questão, por não se tratar de matéria

constitucional.

Ministro AYRES BRITTO Relator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a lnfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - CP-Brasil. O

documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stijus.bilpodal/aUtentiCacao/ sob o número 2624345.

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCURADORIA JUDICIAL

REQUERENTE:ALICE MITUKO MUTO E OUTROS

PROCEDIMENTO ORDINÁRIO N° 0130633-62.2008.8.26.0053

PASTA DIGITAL/PJ N° 2008.01.016379

SECRETARIA/ÓRGÃO/ENTIDADE ONDE SE DARÁ O

CUMPRIMENTO: SECRETARIA DA FAZENDA

Trata-se de ação ordinária em que os autores, servidores

admitidos pela Lei 500/74 ou pela CLT, requerem o recebimento do benefício da

sexta-parte.

O MM. Juiz de Direito sentenciante julgou procedente o

pedido. Interposto recurso de apelação, foi negado provimento ao recurso.

Interposto recurso especial, houve alteração quanto aos

juros moratórios, determinando a aplicação da lei 11.960/09, conforme acórdão

anexo.

A FESP foi intimada a dar cumprimento à decisão proferida.

Nesses termos, proponho a autuação e remessa deste

expediente à SECRETARIA DA FAZENDA - CAF, para que dê integral

cumprimento ao julgado, no PRAZO DE 30 (TRINTA) DIAS.

Solicito que os servidores responsáveis observem o prazo

concedido, com prioridade e urgência, sob as penas estabelecidas em lei e no

decreto estadual n° 28.055, de 29 de dezembro de 1987.

São Paulo, 02 de julho de 2014.

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KARLA VIVIANE LOU _FIRO TOZIM SPINARDI

Procuradora do Estado

OAB/SP N° 251.616

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Portal de Serviços e-SAJ 24/7/2014

Tribunal de Justiça de São Paulo Poder JcacïiuS rio

Bem =vindo > Consultas Processuais = Consulta de Processos do le u

Consulta de Processos do 1°Grau

Orientações

• Processos distribuídos no mesmo dia podem ser localizados se buscados pelo número do processo, com o seu foro

selecionado. • Algumas unidades dos foros listados abaixo não estão disponíveis para consulta. Para saber quais varas estão disponíveis

em cada foro dique aqui. • Dúvidas? Clique aqui para mais informações sobre como pesquisar.

Dados para Pesquisa

Foro: Todos os foros da lista abaixo

Pesquisar por: Número do Processo

Unificado Outros

Número do Processo: 0130633-62.2008 8.25 0053

Dados do Processo

Processo: 0130633-62.2008.8.26,0053 (053.08.130633-5)

Ciasse: Procedimento Ordinário

Área: Cível

Assunto: Adicional por Tempo de Serviço

Local Físico: 18/07/2014 00:00 - Juntada de Petição - JP la Julho

Distribuição: Livre - 13/08/2008 às 11:26..or

14a Vara de Fazenda Pública - Foro Central - Fazenda Pública/Acidentes

Juiz: Kenichi Koyama

Outros números: 583.53.2008.130633

Valor da ação: R$ 1.500,00

Partes do Processo Exibindo Somente as pri :cipais partes. »Exibir todas as partes.

Reqte: Alice Mituko Muto Advogado: MAURO DEL CIELLO

Fazenda do Estado de São Paulo Advogada: Eva Baldonedo Rodriguez

Movimentações Exibindo 5 últimas. ',Listar todas as movimentações.

Data Movimento

18/07/2014 Serventuário para juntar documento (petição, ofício, mandado, outros...)

15/07/2014 Recebidos os Autos do Advogado Tipo de local de destino: Cartório Especificação do local de destino: Cartório da 14a Vara de Fazenda Pública

30/06/21314 Autos Entregues em Carga ao Advogado do Réu Karla Viviane Loureiro Tozim Spinardi 251616SP end. Rua Maria Paula 367 - 3° andar SP tel . 3130-9052/9051 -

Elisangela Keila de Souza Femina 197446 5P Tipo de local de destino: Advogado Especificação do local de destino: Karla Viviane Loureiro Tozim Spinardi Vencimento: 30/07/2014

26/06/2014 Disponibilizado no DJE

25/06/2014 Certidão de Publicação Expedida Relação :0122/2014 Data da Disponibilização: 25/06/2014 Data da Publicação: 26/06/2014 Número do Di

Página:

Incidentes, ações incidentais, recursos e execuções de sentenças

http://esalljsp.jus.br/cpo/pgisearch.do?conversationld=&paginaConsulla=1&localPesquisa.edLocal=-18,thPesquisa=NUMPROC&IipoNuProcesso=UNIFICA.. 1/2

DDPE - FAZENDA CONSULTAS AO HISTORICO PESSOAL / FUNCIONAL DADOS FUNCIONAIS

RS/PV = 004571745 03 NOME = LUCIA HELENA MACHADO PEREIRA PERIODO - DE - 01012011 ATE - 24072014 EVENTO = 00070 SEXTA PARTE - CONCESSAO

DATA OPERACAO 05/11/12 A PARTIR DE 20/04/05

02/11/12 NIVEL SE= UA

MPAPZYA

OPCAO:

PAGINA 01 DE 01 EXIBIR PAG. IMPRIMIR PAG. DE

.%0 MPARZYA DDPE - FAZENDA CONSULTAS AO HISTORICO PESSOAL / FUNCIONAL DADOS FUNCIONAIS

RS/PV = 002916484 01 NOME - CREMILDA LOUZANO POMPEO PERIODO - DE = 01012011 ATE = 24072014 EVENTO = 00070 SEXTA PARTE - CONCESSAO

DATA OPERACAO 16/01/12 A PARTIR DE 20/10/96 14/01/12

NIVEL SEGUE DA

OPCAO:

PAGINA 01 DE 01

EXIBIR PAG. IMPRIMIR PAU. DE A

DOPE.- FAZENDA CONSULTAS AO HISTORICO PESSOAL / FUNCIONAL DADOS FUNCIONAIS

RS/PV = 004580680 01 NOME = CELY APARECIDA COSTA MATTOSO

PERIODO - DE = 01012011 ATE = 24072014

EVENTO = 00070 SEXTA PARTE - CONCESSAO

DATA OPERACAO 16/01/12 A PARTIR DE 06/05/07

D.O.E. 03/01/12 NIVEL SEGUE ORGAO

MPAPZYA

OPCAO:

PAGINA 01 DE 01 EXIBIR PAG. IMPRIMIR PAG. DE A

DDPE - FAZENDA CONSULTAS AO HISTORICO PESSOAL / FUNCIONAL DADOS FUNCIONAIS

RS/PV = 003386041 02 NOME = APARECIDA CONCEICAO G XAVIER

PERIODO - DE = 01012000 ATE = 24072014

00291 - ADICIONAL TEMPO DE SERVICO - CONCESSAO DATA OPERACAO 14/04/10 A PARTIR DE

19/01/10 QTDE QUINQUENIOS 04

00291 - ADICIONAL TEMPO DE SERVICO - CONCESSAO DATA OPERACAO 14/04/10 A PARTIR DE

19/01/10 QTDE QUINQUENIOS 05

MPAPZYA

c)( 09/10/02

11/03/08

00357 - ACAO JUDICIAL - SEXTA-PARTE DATA OPERACAO 14/04/10 A PARTIR DE 09/10/02

19/01/10

00334 - AVERBACAO OBRIGATORIA - ACAO JUDICIAL DATA OPERACAO 14/04/10 A PARTIR DE 09/10/02

PAP328 - ULTIMO EVENTO DESTA TELA TEM CONTINUACAO. TECLE ENTER

OPCAO:

PAGINA 06 DE 19 EXIBIR PAG. IMPRIMIR PAG. DE A

DDPE - FAZENDA CONSULTAS AO HISTORICO PESSOAL / FUNCIONAL

MPAPZYA DADOS FUNCIONAIS

RS/PV - 003386041 02 NOME = APARECIDA CONCEICAO G XAVIER PERIODO - DE - 01012000 ATE - 24072014

00334 - AVERBACAO OBRIGATORIA - ACAO JUDICIAL (CONTINUACAO)

19/01/10 LEI ART.VANTAGEM 01311 ANO LEI/DECRETO 09 OFICIO 01109/2006 INTERESSADO APARECIDA CONCEICAO GONCALVES XAVIER E OUTROS OBJETO CONCEDE CON FUNDAMENTO NO ART 129 DA CE POR TER CO

MPLETADO 20 ANOS DE EFETIVO EXERCICIO A SEXTA PART E DE SEUS VENCIMENTOS-FCC

00765 - INCLUSAO DE DADOS P/ CALC DE VCTOS ATRASADOS RETROATIVO DATA OPERACAO 14/04/10 DE 01/02/10

TEMPO SERVICO FIM DE VALIDADE 31/03/10 PAP328 - ULTIMO EVENTO DESTA TELA TEM CONTINUACAO. TECLE ENTER

OPCAO:

PAGINA 07 DE 19 EXIBIR PAG. IMPRIMIR PAG. DE A

DOPE - FAZENDA CONSULTAS AO HISTORICO PESSOAL / FUNCIONAL DADOS FUNCIONAIS

RS/PV - 004187866 01 NOME = MARIA GOMES DE OLIVEIRA PERIODO - DE = 01012000 ATE = 24072014

MPAPZYA

00431 - ALTERACAO DA QUANTIDADE DE QUINQUENIO DATA OPERACAO 04/05/09 A PARTIR DE

D.O.E. 28/04/09 QTDE QUINQUENIOS 05 AVERBACAO REVISãO C.T.AçãO JUDICIAL.

21/02/0E

00357 - ACAO JUDICIAL - SEXTA-PARTE DATA OPERACAO 04/05/09 A PARTIR DE 15/02/03

D.O.E. - 28/04/09

PAP008 - EXISTEM OUTROS REGISTROS PARA PESQUISAR. TECLE ENTER

OPCAO:

PAGINA 06 DE 20 EXIBIR PAG. IMPRIMIR PAG. DE A

DOPE - FAZENDA CONSULTAS AO HISTORICO PESSOAL / FUNCIONAL

MPAPZYA DADOS FUNCIONAIS

RS/PV - 004187866 01 NOME = MARIA GOMES DE OLIVEIRA PERIODO - DE - 01012000 ATE - 24072014

00334 - AVERBACAO DATA OPERACAO

LEI ART.VANTAGEM ANO LEI/DECRETO OFICIO INTERESSADO OBJETO

OBRIGATORIA - ACAO JUDICIAL 04/05/09 A PARTIR DE 15/02/03

28/04/09 PJF.2917 08 PJV7180/05 APARECIDA GARCIA E 00. FAZ JUS A SEXTA PARTE, NA FORMA DO ART.129 DA C.E, A PARTIR DE 15022003,BEM COMO O RECACULO SOBRE OS INTEGRAIS VENCTOS., SALVO AS EVENTUAIS.

00193 - DADOS PACTO - INCLUSAO / ALTERACAO V/D IMPLANTADO DATA OPERACAO 04/05/09 A PARTIR DE 15/02/03

28/04/09 PAP328 - ULTIMO EVENTO DESTA TELA TEM CONTINUACAO. TECLE ENTER

OPCAO:

PAGINA 07 DE 20 EXIBIR PAG. IMPRIMIR PAG. DE A

OPCAO:

PAGINA 09 DE 20 EXIBIR PAG. IMPRIMIR PAG. DE A

DDPE - FAZENDA CONSULTAS AO HISTORICO PESSOAL / FUNCIONAL

MPAPZYA

DADOS FUNCIONAIS RS/PV - 004187866 01 NOME = MARIA GOMES DE OLIVEIRA PERIODO - DE - 01012000 ATE - 24072014

01016 - FERIAS DO MES (CONTINUACAO) COD.V/D 016005 PARCELA INFORM. 15

VALOR 0,00 D.O.E. MONTANTE INFORM. 0,00 AVERBACAO FUNCAO=INGLGSA0 OPER=MES EXER--2009

AVERBACAO

00139 - AVERBACAO - ACAO JUDICIAL DATA OPERACAO 05/08/10 TIPO OPERACAO INCLUSAO

NUM. PROCESSO SF 420192 ANO - PROCESSO SF 10 D.O.E.

NUM. PROCESSO JURID. 415/053.05.007365 -9 ANO PROC.JURID 05 NUM VARA 00009

PAP328 - ULTIMO EVENTO DESTA TELA TEM CONTINUACAO. TECLE ENTER

DDPE - FAZENDA CONSULTAS AO HISTORICO PESSOAL / FUNCIONAL

MPAPZYA DADOS FUNCIONAIS

RS/PV = 004187866 01 NOME = MARIA GOMES DE OLIVEIRA PERIODO - DE = 01012000 ATE = 24072014

00139 - AVERBACAO - ACAO JUDICIAL (CONTINUACAO) ENCABECANTE APARECIDA GARCIA E DO OBJETO FACE A CONCESSAO DA VANTAGEM DA SEXTA PARTE DOS

VENC. NA FORMA DO ART. 129, C.E., P/ QDO COMPLETAR AM 20 ANOS DE EXERC., BEM COMO O RECALCULO DESSA VANTAGEM S/ TODAS AS PARCELAS PAGAS. CALCULOS APRESENTADOS EM 05/08/2010

00408 - AVERBACAO - ACAO JUDICIAL - CONTINUACAO DATA OPERACAO 05/08/10 TIPO OPERACAO INCLUSAO

NUM. PROCESSO SF 420192 ANO PROCESSO SF 10 D.O.E. NUM. PROCESSO JURID. 415/053.05.007365-9

PAP328 - ULTIMO EVENTO DESTA TELA TEM CONTINUACAO. TECLE ENTER

OPCAO:

PAGINA 10 DE 20 EXIBIR PAG. IMPRIMIR PAG. DE A

DDPE - FAZENDA CONSULTAS AO HISTORICO PESSOAL / FUNCIONAL

MPAPZYA DADOS FUNCIONAIS

RS/PV = 004187866 01 NOME = MARIA GOMES DE OLIVEIRA PERIODO - DE = 01012000 ATE = 24072014

00408 - AVERBACAO - ACAO JUDICIAL - CONTINUACAO (CONTINUACAO) ANO PROC.JURID 05 NUM VARA

00008

ENCABECANTE APARECIDA GARCIA E 00 OBJETO DSD 01 SIJ. JOAO

01016 - FERIAS DO MES DATA OPERACAO 04/11/10 OPERACAO ORGAO PERIODO REF-DE 01/12/10 PERIODO REF-ATE 30/12/10

PAP328 - ULTIMO EVENTO DESTA TELA TEM CONTINUACAO. TECLE ENTER

OPCAO:

PAGINA 11 DE 20 EXIBIR PAG. IMPRIMIR PAG. DE A

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/DDPE

61\

PROCESSO PJ/F PROCESSO N.° INTERESSADO ASSUNTO

16379/2008 0130633-62.208.8.26.0053 -14a VFP ALICE MITUKO MUTO E 00 OBRIGAÇÃO DE FAZER

Objeto da Ação:

Concessão da vantagem da sexta-parte dos vencimentos/proventos, na forma do artigo 129 da Constituição Estadual, a partir de 01/11/89, ou a partir da data em que completou vinte (20) anos de efetivo serviço público, se posterior a essa data, bem como o recálculo dessa vantagem sobre todas as parcelas pagas, salvo as eventuais, observada a prescrição quinquenal.

Para a autora Aparecida Conceição Gonçalves Xavier

Recalculo da sexta-parte sobre todas as parcelas que compõem os vencimentos/proventos integrais, salvo as eventuais, nos termos do art. 129 da Constituição Estadual, a partir de 05/10/89 ou a partir de quando completou o tempo aquisitivo, se posterior a essa data, observada a

prescrição quinquenal.

Fórmula de Cálculo:

• Em função do julgado deverá ser observado que os autores obtiveram êxito no judiciário, para a própria concessão da sexta-parte bem como o recalculo dessa vantagem sobre todas as parcelas pagas, salvo as eventuais.

• Quando na Obrigação de Pagar, deverá o órgão pagador competente elaborar os cálculos à vista da situação financeira, para fazer incidir a sexta-parte sobre aquelas parcelas que não sofreram essa incidência.

Observações :

• Informamos que os autores Lucia Helena Machado Pereira, Cremilda Louzano Pompeo e Cely Aparecida Costa Mattoso possuem a concessão do sexto em seu vínculo implantada pela própria Administração, com base no Despacho Normativo do Sr. Governador do Estado, publicado no DOE de 23/11/2011, não obstante, deverá ser cumprido normalmente, eis que a ação judicial envolve período retroativo ao quinquênio do ajuizamento da ação.

• Informamos que a autora Aparecida Conceição Gonçalves Xavier obteve ganho de causa em ação encabeçada por ela mesma, para a concessão da sexta-parte, conforme averbação de fls. 57/58, fazendo jus somente ao recálculo.

• Esclarecemos que a autora Maria Gomes de Oliveira obteve ganho de causa em ação encabeçada por Aparecida Garcia e 00, para concessão e recalculo da sexta-parte, conforme averbação de fls. 59/63, restando prejudicado o cumprimento da Obrigação de Fazer em relação a ela.

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/DDPE

• Salientamos que deverá ser processada a implantação do código V/D 10.001 -

Sexta-parte e V/D 08.051 - Sexta-parte sobre vencimentos/proventos integrais -

Ação Judicial, por parte da Fazenda Estadual.

• Deverá ser observado o quinquênio prescricional a contar do ajuizamento da ação que deu-se em 13/08/2008, retroagindo os efeitos a 13/08/2003.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/DDPE

PROCESSO PJ/ E 16379/2008

PROCESSO N.° 0130633-62.208.8.26.0053 - 14a VFP

INTERESSADO ALICE MITUKO MUTO E 00

ASSUNTO OBRIGAÇÃO DE FAZER

Trata o presente do cumprimento da Obrigação de

Fazer, face a ação movida por: ALICE MITUKO MUTO E 00.

Juntamos às fls. 64/65, a fórmula de cálculo para cumprimento do julgado face a manifestação da Procuradora da causa às fls. 49, muito embora não constaram no presente os termos do Decreto n.° 28.055.87.

Cumpre-nos ainda informar, que o cumprimento da

Obrigação de Fazer é de competência dSecretaria da Saúde.

Outrossim, cabe esclarecer a necessidade de ser juntada ao respectivo expediente que será direcionado às Secretarias competentes para o cumprimento da Obrigação de Fazer, bem corno para SPPREV, cópia da certidão de trânsito em julgado, tudo para atendimento à Portaria do Diretor Presidente da São Paulo Previdência-SPPREV n° 25/2012 e

Instrução n° 01/2002-2 do TCE.

Isto posto, encaminhe-se o presente à d. Procuradoria Judicial, a fim de que a Procuradora da causa se digne conhecer e adotar as

medidas cabíveis.

DDP/DIJ, em 25 de julho de 2014.

ADERVANDÓ AN TO là DA SILVA JUNIOR Diretor Técnico erDivis o da Fazenda Estadual

À P.J

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

INTERESSADO(A) : ALICE MITUKO MUTO E OUTROS

EXECUÇÃO DE SENTENÇA : OBRIGAÇÃO DE FAZER

AUTOS DE PROCEDIMENTO : ORDINÁRIO

PROCESSO N° : 0130633-62.2008.8.26.0053

SECRETARIA / ÓRGÃO / ENTIDADE ONDE SE DARÁ O CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO: SECRETARIA DA SAÚDE

O presente expediente foi encaminhado à CAF para o

devido cumprimento da obrigação de fazer.

Conforme informação prestada pela CAF - Secretaria da

Fazenda à fls. 65, que a obrigação de fazer compete à Secretaria da Saúde, proponho que o

presente expediente seja encaminhado a secretaria supra mencionada para cumpra a

obrigação de fazer conforme determinação judicial.

São Paulo, 31 de julho de 2014.

J4/i_ao- KARLA VIVIANE LOUREIRO TOZIM

SPINARDI

Procurador do Estado

OAB/SP N° 251.616

Rua Maria Paula, 67, lo Andar, Bela Vista, São Paulo-SP 2008.01.016379

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO

TERMO DE APENSAMENTO

Nesta data, apensamos ao processo n° 001/0941/016.379/2008, o

proc. n° 001/0001/003.583/2014, arquivado nesta Unidade CPEA/Protocolo,

devendo ser encaminhado.

À Douta Consultoria Jurídica da Pasta para o que couber.

São Paulo, 08 Agosto de 2014.

14.

godditdia At de Mama 93eitani

Diretor-I

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

FLS. 69

N° DO PROCESSO---001/0941/016.379/2008

DATA DE ENTRADA :--- 13/08/2014.

DISTRIBUIDO AO DR (a) NUHAD

EM / 08 / 2014--

SECRETARIA DE EST ADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JUR/DICA

Processo n°: 001109411016.37912008 (Apenso n° 001100011003.58312014).

Interessado ALICE MITUKO MUT E OUTROS.

A âo Judicial n° 0130633-62.2

O008.8.26 0053 da 14' Vara da Fazenda Publica da

Capital/SP — Banca: 12 - E.

Ao GGP-NAA,

para cumprimento da OBRIGAÇÃO DE FAZER, em caráter

de URGÊNCIA quanto ao solicitado pela Ilustre Procuradora do Estado responsável pelo feito,

devendo ser a eles juntados todos os elementos hábeis à defesa do Estado em

Juízo, inclusive

cópias de todos os documentos, processos ou expedientes referentes ao assunto.

C.J., em 13 de agosto de 2014.

\Y/

NUHAD SAID GLIVER

Procurador do Estado Chefe da

Consultoria Jurídica

Orlando Delgado To Karla Viviane Loureiro Tozim Spinardi/PGE/BR@PGE Fernandes/SAUDE/BR cc

02/09/2014 14:52 bcc Subject

Prezada Dra. Karla Viviane,

Esta Pasta da Saúde recebeu o PJ/F referente ao feito em epígrafe. Informo que os co-autores são todos inativos, sendo assim as providências devem ser adotadas pela SPPREV, conforme ficou acordado em reunião com técnicos da referida autarquia em julho de 2014. Sendo assim, seria de todo conveniente o encaminhamento de outro PJ/F à SPPREV.

Att

Orlan aw jg. , o Fernandes Dir or o II - CLP Secretaria da Saúde

Proc. 0130633-62.2008.8.26.0053 - Aliei Mituko Muto e Outros

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL

Fls. 71

GGP/CLP

INTERESSADO:

ASSUNTO:

PROCESSO N°. 001/0941/016.379/2008 (AP N°. 001/0001/003.583/2014)

ALICE MITUKO MUTO E OUTROS

ICADO NO D in . E i 1 PUBL

r AÇÃO ORDINÁRIA 06 SET 2014

Encaminhem-se os autos ao Centro de Controle de

Recursos Humanos para que seja providenciada a competente Portaria, DECLARANDO, à

vista da decisão judicial transitada em julgado/ constante do Processo n.° '0130633'-

62.2008.8.26.0053 (14a Vara da Fazenda Pública/SP) PJ/F n° 2008.01.016379 é AP no./

001/0001/003.583/2014i nome de ALICE MITUKO MUTO E OUTROS, que os

interessados (contracapa) fazem jus a "concessão da vantagem da sexta-parte doV

vencimentos/proventos, na forma do artigo 129 dif Constituição Estadual; a partir de ,

01/11/1989, ou a partir da data em que completou vinte (20) anos de efetivo serviço

público, se posterior a essa data, bem como o recalculo dessa vantagem sobre todas as

parcelas pagas, salvo as eventuais. Deverá ser observado o quinquênio prescricional a

contar do ajuizamento da ação que se deu em 23/07/2008{"

CLP, em 2 de setembro de 2014.

ORLANDGADO FERNANDES D OR TÉCNICO II