material escrito aulão sao mateus os especialistas

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PROFESSOR JOSEMAR ADEMAR HISTÓRIA OS MAIORES CONFLITOS DO SÉCULO XX. 1 PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918). FATORES: O mundo encontrava-se dividido e submisso às grandes potências européias e aos Estados Unidos. Não existiam mais territórios sem dono e as grandes potências brigavam entre si na tentativa de expandir suas áreas de dominação econômica e política. A Revolução Industrial trouxe transformações importantes para a economia capitalista: surgiram as máquinas elétricas e os motores a combustão. As indústrias mais importantes extraiam petróleo, fabricavam aço, máquinas e navios. A competição capitalista estimulou o crescimento de algumas empresas; porém, levou ao fracasso muitas outras. Empresas mais fracas foram compradas ou faliram, enquanto que as grandes ficaram maiores ainda. Os chamados monopólios (grandes empresas) passaram a controlar os grandes setores da economia. Tais empresas queriam crescer e enriquecer cada vez mais. Desejavam matérias-primas (minério, algodão, cacau), mão-de-obra barata (para trabalhar nas minas com salários reduzidos e lucros para os patrões) e mercados consumidores. Para conseguir tudo isso as empresas (monopólios) precisavam investir capital em outros lugares do mundo e criar impérios econômicos (principalmente em países de economia mais frágil) e tudo isso com a ajuda de seus respectivos governos. Economistas alemães e ingleses do início do século XX chamaram essa nova fase do capitalismo mundial de Imperialismo. Esse choque de imperialismos acabou deflagrando a Primeira Grande Guerra. No começo do século XX, a indústria alemã estava ultrapassando a inglesa. Tanto alemães quanto ingleses não queriam competir no mercado e para acabar de vez com a concorrência, seus governos decidiram que uma guerra seria muito bem-vinda. A imprensa foi fundamental, e cada país usava os jornais para tentar destruir moralmente o outro. Em 1871, a Alemanha se tornou um país unificado. A França foi obrigada a entregar a região de Alsácia-Lorena, fato que levou os franceses a quererem vingança. Os países disputavam novas colônias. A situação se agravou ainda mais quando o arquiduque Francisco Ferdinando (herdeiro do trono austríaco) visitou Sarajevo e foi assassinado. Esse fato é considerado a causa imediata da Primeira Guerra. Vários outros fatores também contribuíram para o advento da guerra. 1º A construção da estrada de ferro Berlin-Bagdá: sua construção colocaria à disposição da Alemanha os lençóis petrolíferos do Golfo Pérsico e os mercados orientais, além de ameaçar as rotas de comunicação entre a Inglaterra e seu Império. 2º Pan-Eslavismo Russo (união de todos os povos eslavos sob a proteção da Rússia): o Pan-Eslavismo servia de justificativa para os interesses imperialistas da Rússia de dominar regiões da Europa Oriental habitadas por outros povos eslavos (poloneses, ucranianos, tchecos, eslovacos, sérvios, búlgaros, croatas…). 3º A Alemanha e a Itália eram imperialistas, queriam e precisavam de colônias, para isso precisariam tomar as colônias de outros países, já que não havia mais quase locais para serem dominados. Crises no Marrocos: alemães, ingleses e franceses disputavam essa área. FORMAÇÃO DAS ALIANÇAS. - Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia). - Tríplice Aliança (Alemanha, Império Austro Húngaro e Itália) A primeira guerra dividiu-se em 3 fases: 1- Guerra de movimento: momentos iniciais do conflito. O jogo de Alianças e as hostilidades arrastaram vários países para o conflito 2- Guerra de Trincheiras: consistia na construção de trincheiras pelos alemães em solo francês. Nesse momento foram introduzidas novas armas como as metralhadoras e os tanques. Ofensivas. Em 1915, Japão e Itália entraram na guerra, porém, o primeiro se retirou do conflito após tomar os territórios alemães na China e algumas colônias. Os EUA vendiam alimentos, combustível, produtos industriais e máquinas para a França e a Inglaterra. Tudo pelo sistema de crediário (“compre agora e pague depois da guerra”). Em março de 1917, os alemães afundaram alguns navios americanos que iam comerciar com a Inglaterra e no dia 6 de abril o Congresso americano votava favoravelmente a declaração de guerra à Alemanha. O presidente dos EUA (Woodrow Wilson), em 1918, levou essas ideias ao Congresso no chamado “Programa dos 14 Pontos”. Em março de 1918 (após a revolução socialista) o governo russo assinava a paz com a Alemanha e se retirava da guerra. Em 1918, a Alemanha foi transformada em República e o novo governo aceitou o armistício dando por encerrado o conflito. Em 1919, iniciou-se a Conferência de Paris (no Palácio de Versalhes), onde seriam tomadas as decisões diplomáticas do pós-guerra. Os 27 países “vencedores” participaram da conferência. O Tratado de Versalhes colocou de lado o “Programa dos 14 Pontos” e os “vencedores” impuseram duras penalidades à Alemanha: - A Alemanha perdeu suas colônias; - Ficou proibida de ter forças armadas; - Foi considerada culpada pela guerra; - Teve que pagar uma indenização aos “vencedores”. Com tudo isso, a Alemanha perdeu muito dinheiro e mergulhou na maior crise econômica de sua história. Na Alemanha, não havia mais imperador, agora o país era uma república democrática e esse período foi chamado de “República de Weimarque durou até 1933, quando os nazistas tomaram o poder impondo um regime ditatorial. Até então, essa foi a pior guerra que o mundo conhecera, foram 9 milhões de mortos e além deles, 6 milhões de soldados voltaram mutilados. Os EUA tornaram-se o país mais rico do mundo. O desemprego aumentou na Europa 2 SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-1945). FATORES: Podemos dizer que uma das principais causas da Segunda Grande Guerra foi o Tratado de Versalhes. Isso é claro, trouxe revolta aos alemães, que consideraram estas obrigações uma verdadeira humilhação. O INÍCIO DA GUERRA Uma guerra entre Aliados e as Potências do Eixo. China, França, Grã-Bretanha, União Soviética e EUA formavam os Aliados. Alemanha, Japão e Itália formavam as Potências do Eixo. Estes últimos tinham governos fascistas e tinham por objetivo dominar os povos, que na opinião deles eram inferiores, e construir grandes impérios. Os fascistas acreditavam que a democracia era um regime fraco e incapaz de resolver a crise econômica. PRINCIPAIS DITADORES FASCISTAS Benito Mussolini: Itália. Hitler: Alemanha. Franco: Espanha. Na Alemanha, Hitler queria formar uma “raça ariana”, ou seja, uma raça superior a todas as outras. O início da guerra se deu quando Hitler invadiu a Polônia em setembro de 1939.

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MATERIAL ESCRITO DO 2º AULÃO, OS ESPECIALISTAS

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Page 1: Material escrito aulão sao mateus os especialistas

PROFESSOR JOSEMAR ADEMAR – HISTÓRIA OS MAIORES CONFLITOS DO SÉCULO XX. 1 – PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918). FATORES:

O mundo encontrava-se dividido e submisso às grandes potências européias e aos Estados Unidos. Não existiam mais territórios sem dono e as grandes potências brigavam entre si na tentativa de expandir suas áreas de dominação econômica e política.

A Revolução Industrial trouxe transformações importantes para a economia capitalista: surgiram as máquinas elétricas e os motores a combustão. As indústrias mais importantes extraiam petróleo, fabricavam aço, máquinas e navios.

A competição capitalista estimulou o crescimento de algumas empresas; porém, levou ao fracasso muitas outras. Empresas mais fracas foram compradas ou faliram, enquanto que as grandes ficaram maiores ainda.

Os chamados monopólios (grandes empresas) passaram a controlar os grandes setores da economia. Tais empresas queriam crescer e enriquecer cada vez mais. Desejavam matérias-primas (minério, algodão, cacau), mão-de-obra barata (para trabalhar nas minas com salários reduzidos e lucros para os patrões) e mercados consumidores.

Para conseguir tudo isso as empresas (monopólios) precisavam investir capital em outros lugares do mundo e criar impérios econômicos (principalmente em países de economia mais frágil) e tudo isso com a ajuda de seus respectivos governos.

Economistas alemães e ingleses do início do século XX chamaram essa nova fase do capitalismo mundial de Imperialismo.

Esse choque de imperialismos acabou deflagrando a Primeira Grande Guerra.

No começo do século XX, a indústria alemã estava ultrapassando a inglesa. Tanto alemães quanto ingleses não queriam competir no mercado e para acabar de vez com a concorrência, seus governos decidiram que uma guerra seria muito bem-vinda.

A imprensa foi fundamental, e cada país usava os jornais para tentar destruir moralmente o outro.

Em 1871, a Alemanha se tornou um país unificado.

A França foi obrigada a entregar a região de Alsácia-Lorena, fato que levou os franceses a quererem vingança.

Os países disputavam novas colônias.

A situação se agravou ainda mais quando o arquiduque Francisco Ferdinando (herdeiro do trono austríaco) visitou Sarajevo e foi assassinado. Esse fato é considerado a causa imediata da Primeira Guerra.

Vários outros fatores também contribuíram para o advento da guerra. 1º A construção da estrada de ferro Berlin-Bagdá: sua construção colocaria à disposição da Alemanha os lençóis petrolíferos do Golfo Pérsico e os mercados orientais, além de ameaçar as rotas de comunicação entre a Inglaterra e seu Império. 2º Pan-Eslavismo Russo (união de todos os povos eslavos sob a proteção da Rússia): o Pan-Eslavismo servia de justificativa para os interesses imperialistas da Rússia de dominar regiões da Europa Oriental habitadas por outros povos eslavos (poloneses, ucranianos, tchecos, eslovacos, sérvios, búlgaros, croatas…). 3º A Alemanha e a Itália eram imperialistas, queriam e precisavam de colônias, para isso precisariam tomar as colônias de outros países, já que não havia mais quase locais para serem dominados. 4º Crises no Marrocos: alemães, ingleses e franceses disputavam essa área.

FORMAÇÃO DAS ALIANÇAS. - Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia). - Tríplice Aliança (Alemanha, Império Austro – Húngaro e Itália)

A primeira guerra dividiu-se em 3 fases:

1- Guerra de movimento: momentos iniciais do conflito. O jogo de Alianças e as hostilidades arrastaram vários países para o conflito 2- Guerra de Trincheiras: consistia na construção de trincheiras pelos alemães em solo francês. Nesse momento foram introduzidas novas armas como as metralhadoras e os tanques. Ofensivas.

Em 1915, Japão e Itália entraram na guerra, porém, o primeiro se retirou do conflito após tomar os territórios alemães na China e algumas colônias.

Os EUA vendiam alimentos, combustível, produtos industriais e máquinas para a França e a Inglaterra. Tudo pelo sistema de crediário (“compre agora e pague depois da guerra”).

Em março de 1917, os alemães afundaram alguns navios americanos que iam comerciar com a Inglaterra e no dia 6 de abril o Congresso americano votava favoravelmente a declaração de guerra à Alemanha.

O presidente dos EUA (Woodrow Wilson), em 1918, levou essas ideias ao Congresso no chamado “Programa dos 14 Pontos”.

Em março de 1918 (após a revolução socialista) o governo russo assinava a paz com a Alemanha e se retirava da guerra.

Em 1918, a Alemanha foi transformada em República e o novo governo aceitou o armistício dando por encerrado o conflito.

Em 1919, iniciou-se a Conferência de Paris (no Palácio de Versalhes), onde seriam tomadas as decisões diplomáticas do pós-guerra. Os 27 países “vencedores” participaram da conferência.

O Tratado de Versalhes colocou de lado o “Programa dos 14 Pontos” e os “vencedores” impuseram duras penalidades à Alemanha: - A Alemanha perdeu suas colônias; - Ficou proibida de ter forças armadas; - Foi considerada culpada pela guerra; - Teve que pagar uma indenização aos “vencedores”.

Com tudo isso, a Alemanha perdeu muito dinheiro e mergulhou na maior crise econômica de sua história.

Na Alemanha, não havia mais imperador, agora o país era uma república democrática e esse período foi chamado de “República de Weimar” que durou até 1933, quando os nazistas tomaram o poder impondo um regime ditatorial.

Até então, essa foi a pior guerra que o mundo conhecera, foram 9 milhões de mortos e além deles, 6 milhões de soldados voltaram mutilados.

Os EUA tornaram-se o país mais rico do mundo.

O desemprego aumentou na Europa 2 – SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-1945). FATORES:

Podemos dizer que uma das principais causas da Segunda Grande Guerra foi o Tratado de Versalhes. Isso é claro, trouxe revolta aos alemães, que consideraram estas obrigações uma verdadeira humilhação. O INÍCIO DA GUERRA

Uma guerra entre Aliados e as Potências do Eixo.

China, França, Grã-Bretanha, União Soviética e EUA formavam os Aliados.

Alemanha, Japão e Itália formavam as Potências do Eixo. Estes últimos tinham governos fascistas e tinham por objetivo dominar os povos, que na opinião deles eram inferiores, e construir grandes impérios.

Os fascistas acreditavam que a democracia era um regime fraco e incapaz de resolver a crise econômica.

PRINCIPAIS DITADORES FASCISTAS

Benito Mussolini: Itália.

Hitler: Alemanha.

Franco: Espanha.

Na Alemanha, Hitler queria formar uma “raça ariana”, ou seja, uma raça superior a todas as outras.

O início da guerra se deu quando Hitler invadiu a Polônia em setembro de 1939.

Page 2: Material escrito aulão sao mateus os especialistas

A razão desta invasão foi o fato da Polônia ter conseguido (através do Tratado de Versalhes) a posse do porto de Dantzig. Hitler não queria isso, ele queria que Dantzig fosse incorporada à Alemanha.

Nos primeiros anos da guerra, as Potências do Eixo levaram vantagem.

A Alemanha tomou a Polônia, Bélgica, Noruega, Dinamarca e Holanda.

Em 1940 a França se rendeu e em seguida foi a vez da Romênia, Grécia e Iugoslávia.

A Inglaterra foi bombardeada, porém resistiu.

Em 1941, o Japão atacou Pearl Harbor e partia para dominar a Ásia. Dias depois Hitler declarava guerra aos EUA.

A entrada dos americanos na guerra reforçou o lado dos Aliados, pois os EUA possuíam uma variedade de recursos bélicos.

Ao ordenar o ataque à URSS, os nazistas se depararam com uma grande muralha ofensiva e pela 1ª vez se sentiram acuados. AS PERDAS NAZISTAS E O FIM DA GUERRA

O final da guerra começou quando Hitler deslocou suas tropas em direção ao Cáucaso, fonte de petróleo da URSS, pois foi nessa região que aconteceu a Batalha de Stalingrado (entre setembro de 1942 e fevereiro de 1943), que deixou mais de um milhão de nazistas mortos. A Batalha de Stalingrado é considerada a maior derrota alemã na guerra.

Todas estas vitórias trouxeram conflitos internos entre os fascistas e estas divergências acabaram por afastar Mussolini do poder.

No dia 6 de junho de 1944 – chamado o Dia D – os aliados tomaram a Normandia e o cerco alemão sobre a França foi vencido.

Em agosto os Aliados libertaram Paris.

Em abril de 45, tropas aliadas – americanas, inglesas e russas – invadiram a Alemanha.

Mussolini foi capturado ao tentar fugir para a Suíça. Ele foi condenado ao fuzilamento. Sua morte se deu no dia 28 de abril de 1945, 2 dias depois Hitler se suicida e no dia 8 de maio a Alemanha se rende.

No dia 6 de agosto de 1945, os EUA jogaram uma bomba atômica em Hiroshima e 3 dias depois, foi a vez de Nagasaki ser destruída pela bomba.

Os nazistas eram anti-semitas. Eles odiavam judeus e queriam eliminá-los para garantir a superioridade da raça ariana.

Milhares de soldados brasileiros foram lutar na guerra, que ao voltarem para o Brasil foram considerados heróis.

A guerra terminou em 1945 e deixou para trás mais de 40 milhões de mortos e cidades em ruínas, fora os que ficaram mutilados, sem moradia e sem família.

Os Aliados instauraram o Tribunal de Nuremberg para julgar os fascistas por crimes de guerra.

Logo após a guerra foi fundada a ONU (Organização das Nações Unidas), localizada em Nova York.

Uma das maiores consequências da Segunda Guerra foram à rivalidade entre esses dois países, rivalidade esta, que resultou na Guerra Fria. QUESTÕES 01. Os três tipos de poder representam três diversos tipos de motivações: no poder tradicional, o motivo da obediência é a crença na sacralidade da pessoa do soberano; no poder racional, o motivo da obediência deriva da crença na racionalidade do comportamento conforme a lei; no poder carismático, deriva da crença nos dotes extraordinários do chefe. BOBBIO, N. Estado, Governo, Sociedade: para uma teoria geral da política. São Paulo: Paz e Terra, 1999 (adaptado). O texto apresenta três tipos de poder que podem ser identificados em momentos históricos distintos. Identifique o período em que a obediência esteve associada predominantemente ao poder carismático: A. República Federalista Norte-Americana. B. República Fascista Italiana no século XX. C. Monarquia Teocrática do Egito Antigo. D. Monarquia Absoluta Francesa no século XVII. E. Monarquia Constitucional Brasileira no século XIX. 02. A primeira metade do século XX foi marcada por conflitos e processos que a inscreveram como um dos mais violentos

períodos da história humana. Entre os principais fatores que estiveram na origem dos conflitos ocorridos durante a primeira metade do século XX estão: A. a crise do colonialismo, a ascensão do nacionalismo e do totalitarismo. B. o enfraquecimento do império britânico, a Grande Depressão e a corrida nuclear. C. o declínio britânico, o fracasso da Liga das Nações e a Revolução Cubana. D. a corrida armamentista, o terceiro-mundismo e o expansionismo soviético. E. a Revolução Bolchevique, o imperialismo e a unificação da Alemanha. 03. Os regimes totalitários da primeira metade do século XX apoiaram-se fortemente na mobilização da juventude em torno da defesa de ideias grandiosas para o futuro da nação. Nesses projetos, os jovens deveriam entender que só havia uma pessoa digna de ser amada e obedecida, que era o líder. Tais movimentos sociais juvenis contribuíram para a implantação e a sustentação do nazismo, na Alemanha, e do fascismo, na Itália, Espanha e Portugal. A atuação desses movimentos juvenis caracterizava-se: A. pelo sectarismo e pela forma violenta e radical com que enfrentavam os opositores ao regime. B. pelas propostas de conscientização da população acerca dos seus direitos como cidadãos. C. pela promoção de um modo de vida saudável, que mostrava os jovens como exemplos a seguir. D. pelo diálogo, ao organizar debates que opunham jovens idealistas e velhas lideranças conservadoras. E. pelos métodos políticos populistas e pela organização de comícios multitudinários. 04. Os Tratados de Paz assinados ao fim da Primeira Guerra Mundial "aglutinaram vários povos num só Estado, outorgaram a alguns o status de 'povos estatais' e lhes confiaram o governo, supuseram silenciosamente que os outros povos nacionalmente compactos (como os eslovacos na Tchecoslováquia ou os croatas e eslovenos na Iugoslávia) chegassem a ser parceiros no governo, o que naturalmente não aconteceu e, com igual arbitrariedade, criaram com os povos que sobraram um terceiro grupo de nacionalidades chamadas minorias, acrescentando assim aos muitos encargos dos novos Estados o problema de observar regulamentos especiais, impostos de fora, para uma parte de sua população. (... ) Os Estados recém-criados, por sua vez, que haviam recebido a independência com a promessa de plena soberania nacional, acatada em igualdade de condições com as nações ocidentais, olhavam os Tratados das Minorias como óbvia quebra de promessa e como prova de discriminação." (Hannah Arendt, AS ORIGENS DO TOTALITARISMO) A alternativa mais condizente com o texto é: a) após a Primeira Guerra, os Tratados de Paz estabelecidos solaparam a soberania e estabeleceram condicionamentos aos novos Estados do Leste europeu através dos Tratados das Minorias, o que criou condições de conflitos entre diferentes povos reunidos em um mesmo Estado. b) o surgimento de novos Estados-nações se fez respeitando as tradições e instituições dos povos antes reunidos nos impérios que desapareceram com a Primeira Guerra Mundial. c) os Tratados de Paz e os Tratados das Minorias restabeleceram, no mundo contemporâneo, o sistema de dominação característico da Idade Média. d) apesar dos Tratados de Paz estabelecidos depois da Primeira Guerra terem tido algumas características arbitrárias em relação aos novos Estados-nações do Leste europeu, o desenvolvimento histórico destas regiões demonstra que foi possível uma convivência harmoniosa e gradativamente ocorreu a integração entre as minorias e as maiorias nacionais. e) os Tratados de Paz depois da Primeira Guerra conseguiram satisfazer os vários povos do Leste europeu. O que perturbou a convivência harmoniosa foi o movimento de refugiados das revoluções comunistas. PROFESSOR JOÃO LUCAS – PORTUGUES Configuração textual

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Um texto pode ser constituído apenas de linguagem verbal, como ocorre com a notícia, a carta ou a anedota; nesse caso, ele é chamado de texto verbal. Também pode ser constituído de linguagem visual, como a fotografia e a pintura; ou de linguagem musical, como uma música; ou da linguagem da dança, como um espetáculo de balé. Nesses casos, ele é chamado de texto não verbal. E pode, ainda, ser constituído pelo cruzamento de mais de uma linguagem, como, por exemplo, das linguagens verbal e visual, como os gráficos, as histórias em quadrinhos, o cinema. Nesses casos, temos os textos em linguagem mista. Gráficos e estatísticas

Um tipo de linguagem que tem se tornado cada vez mais presente nos exames vestibulares é a dos gráficos e a dos dados estatísticos. Tal presença marca a intenção de os examinadores verificarem em que medida os candidatos são capazes de reconhecer e analisar informações apresentadas em diferentes linguagens. ENEM

O gráfico e a frase acima, tirados de um jornal, estão ambos relacionados à evolução média da violência no Estado de São Paulo. A associação entre estas duas linguagens – a gráfica e a escrita – permite concluir que, percentualmente, (A) a capital tornou-se mais rica. (B) as cidades do interior enriqueceram e “atraíram” roubos. (C) a região metropolitana enriqueceu e o crime se estabilizou. (D) diminui, em geral, a criminalidade no Estado. (E) diminui especialmente a incidência de roubos no Estado. ENEM Para convencer a população local da ineficiência da Companhia Telefônica Vilatel na expansão da oferta de linhas, um político publicou no jornal local o gráfico I, abaixo representado. A Companhia Vilatel respondeu publicando dias depois o gráfico II, onde pretende justificar um grande aumento na oferta de linhas. O fato é que, no período considerado, foram instaladas, efetivamente, 200 novas linhas telefônicas.

Analisando os gráficos, pode-se concluir que (A) o gráfico II representa um crescimento real maior do que o do gráfico I. (B) o gráfico I apresenta o crescimento real, sendo o II incorreto. (C) o gráfico II apresenta o crescimento real, sendo o gráfico I incorreto. (D) a aparente diferença de crescimento nos dois gráficos decorre da escolha das diferentes escalas. (E) os dois gráficos são incomparáveis, pois usam escalas diferentes.

Interpretação de textos não verbais e mistos

Conhecimento de mundo O nosso conhecimento de mundo desempenha um papel decisivo no estabelecimento da coerência: se o texto falar de coisas que absolutamente não conhecemos, será difícil calcularmos o seu sentido e ele nos parecerá destituído de coerência. É o que aconteceria a muitos de nós se nos defrontássemos com um tratado de física quântica.

Identificação de pressupostos e subentendidos Leitor perspicaz é aquele que consegue ler nas

entrelinhas. Caso contrário, ele pode passar por cima de significados importantes e decisivos ou – o que é pior – pode concordar com coisas que rejeitaria se as percebesse.

Não é preciso dizer que alguns tipos de texto exploram, com malícia e com intenções falaciosas, esses aspectos subentendidos e pressupostos.

Que são pressupostos? São aquelas ideias não expressas de maneira explícita, mas que o leitor pode perceber a partir de certas palavras ou expressões contidas na frase.

Assim, quando se diz “Pedro deixou de fumar” diz-se explicitamente que, no momento da fala, Pedro não fumava. O verbo “deixar”, todavia, transmite a informação implícita de que Pedro fumava antes.

Os subentendidos são as insinuações escondidas por

trás de uma afirmação. Quando um transeunte com um cigarro na mão pergunta: você tem fogo?, acharia muito estranho se você dissesse: tenho e não lhe acendesse o cigarro. Na verdade, por trás da pergunta subentende-se: Acenda-me o cigarro por favor.

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Veja os exemplos a seguir:

Velloso diz que ACM não é homem de bem SILVANA DE FREITAS da Sucursal de Brasília

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Carlos Velloso, sugeriu ontem que o presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), não é um "homem de bem" e afirmou que evitará novos bate-bocas com o parlamentar.

"Daqui para frente, eu vou deixar que esse senhor fale sozinho. Esse é o conselho, aliás, que tenho recebido de colegas e de inúmeras pessoas de bem. Afinal, eu tenho mais o que fazer."

A declaração foi dada por meio de nota à imprensa três dias após o último ataque do senador. Na quinta-feira, Velloso havia dito que fala porque tem "boca". No dia seguinte, ACM afirmara: "Se ele disse que fala porque tem boca, é lamentável que ele tenha”.

Ontem, o ministro reafirmou que não aceita ser julgado pelo senador, sugerindo que ACM não seria um homem de bem.

"Esse senhor, eu já disse mais de uma vez, não tem condições para julgar os meus atos. Não me interessa o que ele pensa a meu respeito. Interessa-me, o que também já declarei, o julgamento dos homens de bem, nada mais."

A polêmica entre os dois surgiu porque Velloso disse que a proposta de emenda constitucional que institui a contribuição previdenciária dos servidores inativos poderá ser rejeitada pelo STF. ACM considerou que o ministro estava falando demais e não deveria comentar questões que ainda não chegaram ao tribunal. Velloso reagiu inicialmente com tranquilidade ao ser informado na sexta-feira sobre o teor da última declaração do presidente do Senado. O presidente do STF havia informado, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que não pretendia responder. Anteontem, Velloso antecipou o retorno a Brasília de viagem pessoal a Vila Velha (ES). (Folha de São Paulo, setembro de 1999, adapt.) Obs.: Compare o título da matéria com as declarações do ministro vellozo. Observe que o ministro não diz, apenas sugere que ACM não é homem de bem. Explique como ele consegue transmitir essa opinião sem se comprometer explicitamente com ela. Gêneros textuais

Gêneros são tipos de enunciados relativamente estáveis e normativos, que se constituem historicamente, elaborados pelas esferas de utilização da língua. Esses enunciados se relacionam diretamente a diferentes situações sociais, que geram, por sua vez, um determinado gênero com características temáticas, composicionais e estilísticas próprias. (Bakhtin, 1929/1995)

Diferentemente do texto escrito, que em geral compele os leitores a lerem numa onda linear – da esquerda para a direita e de cima para baixo, na página impressa – hipertextos encorajam os leitores a moverem-se de um bloco de texto a outro, rapidamente e não sequencialmente. Considerando que o hipertexto oferece uma multiplicidade de caminhos a seguir, podendo ainda o leitor incorporar seus caminhos e suas decisões como novos caminhos, inserindo informações novas, o leitor navegador passa a ter um papel mais ativo e uma oportunidade diferente da de um leitor de texto impresso. Dificilmente dois leitores de hipertextos farão os mesmos caminhos e tomarão as mesmas decisões. MARCUSCHI, L. A. Cognição, linguagem e práticas interacionais. Rio Lucema, 2007. No que diz respeito à relação entre o hipertexto e o conhecimento por ele produzido, o texto apresentado deixa claro que o hipertexto muda a noção tradicional de autoria, porque (A) é o leitor que constrói a versão final do texto. (B) o autor detém o controle absoluto do que escreve. (C) aclara os limites entre o leitor e o autor. (D) propicia um evento textual-interativo em que apenas o autor é ativo. (E) só o autor conhece o que eletronicamente se dispõe para o leitor.

Considere o título de um texto jornalístico transcrito a seguir:

Sobre o emprego da forma verbal “lidera” no texto, assinale a afirmativa CORRETA. A) O modo imperativo está apropriado ao diálogo que é estabelecido com o leitor. B) O tempo (futuro do presente) tem relação com o caráter contemporâneo do texto jornalístico. C) A pluralização de dois termos impõe a flexão no singular da forma verbal para obter um efeito mais harmonioso na frase. D) A flexão em desacordo com “transportes” pode estar associada a uma ideia de singularidade, como em “ministério” (dos transportes). E) A escolha de uma flexão em desarmonia com o termo responsável pela ação verbal pretende aproximação com o estilo formal da língua. A linguagem literária

Subi a porta e fechei a escada.

Tirei minhas orações e recitei meus sapatos. Desliguei a cama e deitei-me na luz

Tudo porque

Ele me deu um beijo de boa noite... (Autor anônimo)

Nesse texto poético a desordem das palavras foi proposital, e é ela que funciona como a instrução visível do que se quer dizer. No caso, ainda, o sentido do poema não está nos sentidos do que está explicitado. Está na forma como as coisas foram ditas; melhor dizendo, está na desorganização da forma como as coisas foram ditas. Tudo isso, para que se conseguisse dizer, de um jeito bem particular, que os amantes veem para além das aparências das coisas; enxergam os significados mais obtusos; subvertem a ordem natural das coisas.

Texto I O Morcego

Meia-noite. Ao meu quarto me recolho.

Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede: Na bruta ardência orgânica da sede,

Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.

"Vou mandar levantar outra parede..." - Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho

E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho, Circularmente sobre a minha rede!

Pego de um pau. Esforços faço. Chego

A tocá-lo. Minh’alma se concentra. Que ventre produziu tão feio parto?!

A Consciência Humana é este morcego!

Por mais que a gente faça, à noite, ele entra Imperceptivelmente em nosso quarto!

ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguiar, 1994.

Texto II O lugar-comum em que se converteu a imagem de um poeta doentio, com o gosto do macabro e do horroroso, dificulta que se veja, na obra de Augusto dos Anjos, o olhar clínico, o comportamento analítico, até mesmo certa frieza, certa impessoalidade científica. CUNHA, F. Romantismo e modernidade na poesia. Rio de Janeiro: Cátedra, 1988 (adaptado). Em consonância com os comentários do texto 2 acerca da poética de Augusto dos Anjos, o poema O Morcego apresenta-se, enquanto percepção do mundo, como forma estética capaz de

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(A) reencantar a vida pelo mistério com que os fatos banais são revestidos na poesia. (B) expressar o caráter doentio da sociedade moderna por meio do gosto pelo macabro. (C) representar realisticamente as dificuldades do cotidiano sem associá-lo a reflexões de cunho existencial. (D) abordar dilemas humanos universais a partir de um ponto de vista distanciado e analítico acerca do cotidiano. (E) conseguir a atenção do leitor pela inclusão de elementos das histórias de horror e suspense na estrutura lírica da poesia. PROFESSOR DANILO CORTIZO GEOGRAFIA TIPOS DE CHUVAS Chuva é um fenômeno natural através do qual ocorre a precipitação de água em forma de gotas que caem sobre a crosta terrestre. As chuvas são formadas de várias formas, em razão dessa variação, recebem classificações de acordo com suas respectivas características:

Orográficas: esse nome é dado àquelas chuvas que têm sua origem a partir do contato de uma massa de ar úmida com uma área de relevo mais elevado. Desse modo, quando a massa de ar se depara com um obstáculo imposto pelo relevo, ela se eleva e ganha altitude. Com isso, a temperatura do ar tende a cair, promovendo a condensação de água (estado gasoso), daí formam-se as nuvens que logo promovem a chuva. Convectivas: chuvas que se originam da elevação do ar para maiores altitudes, com isso há o resfriamento do vapor d’ água que promove a condensação das gotículas de água presentes nas nuvens, originando nuvens carregadas que se revertem em chuvas. Esse tipo de chuva tem uma incidência maior em regiões de predominância de clima tropical e equatorial, chamadas de torrenciais, geralmente são rápidas e com a ocorrência de trovões e relâmpagos. Frontais: chuva proveniente da colisão entre massas de ar de características distintas, por exemplo, massas de ar frio com uma de ar quente. Fato que causa as frentes frias e quentes. Independentemente da origem das chuvas, as mesmas são fundamentais para as atividades humanas, como a agricultura, além de contribuir para o bom funcionamento do ciclo hidrológico. 1º) (SSA UPE 1ªFASE)

Sobre o fenômeno geográfico representado na imagem de satélite, exibida acima, analise as seguintes afirmações: I. O sistema atmosférico, indicado pela convergência de setas, é tipicamente equatorial e ocasiona chuvas orográficas. II. Na área de encontro do ar quente e seco com o ar úmido e frio, registram-se chuvas fortes na região. III. O ar quente e seco representa uma linha de estabilidade equatorial que aumenta a possibilidade de chuvas convectivas.

IV. O encontro de duas massas de ar de características térmicas distintas gera uma frente e chuvas. Estão CORRETAS a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) II e IV. e) I, II, III e IV. PROBLEMAS URBANOS A grande aglomeração de pessoas nas cidades, quando essas não disponibilizam infraestrutura suficiente para a população, gera uma série de dificuldades de ordem ambiental e social. Diante desse contexto, pode-se enumerar os problemas gerados pelo processo de urbanização ocorrido principalmente em países subdesenvolvidos, dentre muitos estão: * Desemprego: provoca um grande crescimento no número de pessoas que atuam no mercado informal, além de promover o aumento da violência, pois muitas pessoas, pela falta de oportunidades, optam pelo crime. • As favelas apresentam uma concentração de casebres e barracos em situação precária, desprovidos, em sua maioria, de serviços públicos básicos, geralmente estão situadas em áreas de risco e abrigam grandes grupos criminosos, como o tráfico de drogas. • Cortiço: corresponde a moradias que abrigam um grande número de famílias, quase sempre são cômodos alugados em antigas casas enormes situadas no centro, essas construções se encontram em condições deterioradas. Essa modalidade de moradia geralmente oferece péssimas condições sanitárias e de segurança aos seus moradores. • Loteamentos populares: ocorrem em áreas periféricas, a camada da população que habita esses lugares é de baixa renda, os lotes possuem preços acessíveis e longos prazos para o pagamento. O maior problema desse tipo de habitação é que quase sempre os loteamentos são clandestinos. As casas são construídas pelo próprio morador ou em forma de mutirão. • Enchentes: os centros urbanos possuem extensas áreas cobertas por concreto e asfalto, dificultando a infiltração da água da chuva no solo. As chuvas em grandes proporções ocasionam um acúmulo muito grande de água e as galerias pluviais não conseguem absorver toda enxurrada e essas invadem residências, prédios públicos, túneis e comprometem o trânsito. Esses são alguns dos problemas vividos nas cidades brasileiras e que podem ser realidade também em outros países, pois todas as cidades possuem problemas, porém, os acima citados fazem parte de grandes aglomerações, e dificilmente serão solucionados. As autoridades não conseguem monitorar todos os problemas devido o acelerado crescimento ocorrido no passado. Por Eduardo De Freitas 2º) (SSA UPE 2ª FASE) Os moradores das grandes cidades do mundo – principalmente as que se expandem aceleradamente, em países emergentes – enfrentam desafios, como a degradação dos centros, o ar poluído, as enchentes e a falta de lugar para dispor o lixo. Nos próximos 14 anos, 136 novas metrópoles entrarão na lista dos gigantes. Dessas novatas, 100 estarão na China, 13 na Índia e oito na América Latina. Nenhuma das novas é do Brasil. Mas as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, que hoje estão na lista das maiores, deverão permanecer nela, com populações maiores. Em 2025 terão, respectivamente, 21 milhões e 12 milhões de habitantes. Essas megacidades muitas vezes parecem inviáveis. “As altas taxas de urbanização trazem pobreza, desemprego, transporte inadequado, proliferação de assentamentos precários e favelas”. Fonte: Revista Época, junho de 2011. Adaptado. O texto lido acima revela condições sociais urbanas que se agravam aceleradamente, no mundo todo, principalmente no Brasil. Uma dessas condições é a expansão das cidades dos países denominados emergentes. Sobre estes, é CORRETO afirmar que: A) possuem uma situação política instável e adotam, como modelo econômico, o centralismo estatal e o planejamento estratégico. B) apresentam níveis de produção e exportação em crescimento e acatam investimentos de empresas estrangeiras nos diversos setores da economia. C) revelam considerável aumento das desigualdades sociais, associado à diminuição do Produto Interno Bruto (PIB). D) investem, cada vez menos, nos mercados de capitais e em setores de infraestrutura, como rodovias, portos, hidrelétricas.

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E) reúnem poucas reservas de recursos minerais e possuem mão de obra em pequena quantidade e pouco qualificada. 3º) (ENEM 2011) O Centro-Oeste apresentou-se como extremamente receptivo aos novos fenômenos da urbanização, já que era praticamente virgem , não possuindo infraestrutura de monta. Nem outros investimentos fixos vindos do passado. Pôde, assim, receber uma infraestrutura nova, totalmente a serviço de uma economia moderna. SANTOS, M. A Urbanização Brasileira. São Paulo: EdUSP, 2005 (adaptado). O texto trata da ocupação de uma parcela do território brasileiro. O processo econômico diretamente associado a vessa ocupação foi o avanço da a) industrialização voltada para o setor de base. b) economia da borracha no sul da Amazônia. c) fronteira agropecuária que degradou parte do cerrado. d) exploração mineral na Chapada dos Guimarães. e) extrativismo na região pantaneira. AS MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS Os fluxos populacionais foram incrementados a partir do desenvolvimento do sistema de transporte (Rodoviário, hidroviário, ferroviário e aéreo) e das telecomunicações, que ofereceram maior mobilidade às pessoas em todo mundo. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), aproximadamente 175 milhões de pessoas vivem fora do país de origem. Os fluxos populacionais entre países são denominados de migrações internacionais, essas podem ocorrer por atração ou por repulsão, a primeira geralmente acontece quando as pessoas vivem em países nos quais não há boas condições de vida e de trabalho, são atraídas rumo a países desenvolvidos, como Estados Unidos, países da Europa desenvolvida e Japão, a segunda são migrações onde o indivíduo deixa seu país devido a problemas políticos, perseguições, guerras, entre outros. A maioria das migrações internacionais ocorre pela busca de trabalho, as principais correntes migratórias emergem de Latino-Americanos, Africanos e Asiáticos em direção aos EUA, Europa e Japão. Os trabalhadores migrantes enviam dinheiro para sua terra natal, algumas estimativas revelam que eles movimentam anualmente cerca de 58 bilhões de dólares, o Brasil, por exemplo, recebe anualmente cerca de 2,8 bilhões de dólares enviados por brasileiros que vivem no exterior. Os brasileiros por vários motivos saem do país, o movimento de saída do país é chamado de emigração, o de entrada de estrangeiro é denominado de imigração. O que levam os brasileiros a sair do país rumo a outro, são as sucessivas crises econômicas, hoje existem cerca de 2 milhões de brasileiros vivendo no exterior de forma clandestina. Outra modalidade de migração internacional é a de fluxo de refugiados, indivíduos que sofrem perseguições de ordem política, religiosa ou étnica. Na década de 1970, havia cerca de 2,5 milhões de refugiados, hoje esse número chega aos 25 milhões, decorrentes de acontecimentos geopolíticos como: o fim do socialismo, a diminuição de ajudas financeiras e humanitárias e principalmente pela expansão do fundamentalismo Islâmico. São considerados migrantes refugiados cerca de 25 milhões de pessoas, que foram obrigados a deixar seus lares devido a problemas ambientais, como desmatamento, desertificação, erosão dos solos e desastres químicos e nucleares. As origens dos refugiados são as mais variadas, mas geralmente possuem algumas características, como origem de países subdesenvolvidos, no qual a renda per capita média está abaixo de 500 dólares e há alto índice de analfabetismo, governos ditatoriais que violam os direitos humanos de determinada parcela da população, na forma de perseguições políticas e torturas, extermínio étnico e discriminações religiosas e culturais. Por fim, existe um fluxo, agora sem agravante, que é o turístico, que são motivados pela busca de lazer, cultura e religião, esse processo motiva a comercialização de viagens em grande escala a custos mais reduzidos (pacotes de viagens), mas esse tipo de fluxo é privilégio de uma restrita parcela da população mundial. Os principais países que atraem turistas são Alemanha, Japão e EUA, o volume do faturamento decorrente a atividade é de aproximadamente 4,5 trilhões de dólares, gerando cerca de 200 milhões de empregos em todo o mundo. Por Eduardo De Freitas 4º) (ENEM 2011) As migrações transnacionais, intensificadas generalizadas nas últimas décadas do século XX, expressam aspectos particularmente importantes da problemática racial, visto como dilema também mundial. Deslocam-se indivíduos, famílias e

coletividades para lugares próximos e distantes, envolvendo mudanças mais ou menos drásticas nas condições de vida e trabalho, em padrões e valores socioculturais. Deslocam-se para sociedades semelhantes ou radicalmente distintas, algumas vezes compreendendo culturas ou mesmo civilizações totalmente diversas. IANNI, O. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996. A mobilidade populacional da segunda metade do século XX teve um papel importante na formação social e econômica de diversos estados nacionais. Uma razão para os movimentos migratórios nas últimas décadas e uma política migratória atual dos países desenvolvidos são a) a busca de oportunidades de trabalho e o aumento de barreiras contra a imigração. b) a necessidade de qualificação profissional e a abertura das fronteiras para os imigrantes. c) o desenvolvimento de projetos de pesquisa e o acautelamento dos bens dos imigrantes. d) a expansão da fronteira agrícola e a expulsão dos imigrantes qualificados e) a fuga decorrente dos conflitos políticos e o fortalecimento de políticas sociais. BRIC O peso econômico dos BRICS é certamente considerável. Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países representou 65% da expansão do PIB mundial. Em paridade de poder de compra, o PIB dos BRICS já supera hoje o dos EUA ou o da União Europeia. Para dar uma ideia do ritmo de crescimento desses países, em 2003 os BRICs respondiam por 9% do PIB mundial, e, em 2009, esse valor aumentou para 14%. Em 2010, o PIB conjunto dos cinco países (incluindo a África do Sul), totalizou US$ 11 trilhões, ou 18% da economia mundial. Considerando o PIB pela paridade de poder de compra, esse índice é ainda maior: US$ 19 trilhões, ou 25%. Até 2006, os BRICs não estavam reunidos em mecanismo que permitisse a articulação entre eles. O conceito expressava a existência de quatro países que individualmente tinham características que lhes permitiam ser considerados em conjunto, mas não como um mecanismo. Isso mudou a partir da Reunião de Chanceleres dos quatro países organizada à margem da 61ª. Assembleia Geral das Nações Unidas, em 23 de setembro de 2006. Este constituiu o primeiro passo para que Brasil, Rússia, Índia e China começassem a trabalhar coletivamente. Pode-se dizer que, então, em paralelo ao conceito “BRICs” passou a existir um grupo que passava a atuar no cenário internacional, o BRIC. Em 2011, após o ingresso da África do Sul, o mecanismo tornou-se o BRICS (com "s" maiúsculo ao final). Como agrupamento, o BRICS tem um caráter informal. Não tem um documento constitutivo, não funciona com um secretariado fixo nem tem fundos destinados a financiar qualquer de suas atividades. Em última análise, o que sustenta o mecanismo é a vontade política de seus membros. Ainda assim, o BRICS tem um grau de institucionalização que se vai definindo, à medida que os cinco países intensificam sua interação. Etapa importante para aprofundar a institucionalização vertical do BRICS foi a elevação do nível de interação política que, desde junho 2009, com a Cúpula de Ecaterimburgo, alcançou o nível de Chefes de Estado/Governo. A II Cúpula, realizada em Brasília, em 15 de abril de 2010, levou adiante esse processo. A III Cúpula ocorreu em Sanya, na China, em 14 de abril de 2011, e demonstrou que a vontade política de dar seguimento à interlocução dos países continua presente até o nível decisório mais alto. A III Cúpula reforçou a posição do BRICS como espaço de diálogo e concertação no cenário internacional. Ademais, ampliou a voz dos cinco países sobre temas da agenda global, em particular os econômico-financeiros, e deu impulso político para a identificação e o desenvolvimento de projetos conjuntos específicos, em setores estratégicos como o agrícola, o de energia e o científico-tecnológico. A IV Cúpula foi realizada em 29 de março de 2012, em Nova Delhi. Além da institucionalização vertical, o BRICS também se abriu para uma institucionalização horizontal, ao incluir em seu escopo diversas frentes de atuação. A mais desenvolvida, fazendo jus à origem do grupo, é a econômico-financeira. Ministros encarregados da área de Finanças e Presidentes dos Bancos Centrais têm-se reunido com freqüência. Os Altos Funcionários Responsáveis por Temas de Segurança do BRICS já se reuniram duas vezes. Os temas segurança alimentar, agricultura e energia também já foram tratados no âmbito do

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agrupamento, em nível ministerial. As Cortes Supremas assinaram documento de cooperação e, com base nele, foi realizado, no Brasil, curso para magistrados dos BRICS. Já realizaram-se, ademais, eventos buscando a aproximação entre acadêmicos, empresários, representantes de cooperativas. Foram, ainda, assinados acordos entre os bancos de desenvolvimento. Os institutos estatísticos também se encontraram em preparação para a II e a III Cúpulas e publicaram uma coletânea de dados. Versões atualizadas da coletânea foram lançadas por ocasião da Cúpula de Sanya e da Cúpula de Nova Delhi. Em síntese, o BRICS abre para seus cinco membros espaço para (a) diálogo, identificação de convergências e concertação em relação a diversos temas; e (b) ampliação de contatos e cooperação em setores específicos. 5º) Figuram no atual quadro econômico mundial países considerados economias emergentes, também chamados de novos países industrializados. Apresentam nível considerável de industrialização e alto grau de investimentos externos, no entanto as populações desses países convivem com estruturas sociais e econômicas arcaicas e com o agravamento das condições de vida nas cidades. As principais economias emergentes que despertam o interesse dos empresários do mundo são: Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC). Tais países apresentam características comuns, como mão-de-obra abundante e significativas reservas de recursos minerais. Diante do quadro apresentado, é possível inferir que a reunião desses países, sob a sigla BRIC, aponta para: a) um novo sistema socioeconômico baseado na superação das desigualdades que conferiam sentido à ideia de Terceiro Mundo. b) a razoabilidade do pleito de participarem do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). c) a melhoria natural das condições sociais em decorrência da aceleração econômica e da redução dos níveis de desemprego. d) a perspectiva de que se tornem, a médio prazo, economias desenvolvidas com uma série de desafios comuns. e) a formação de uma frente diplomática com o objetivo de defender os interesses dos países menos desenvolvidos. PROFESSOR: RIVALDO COSTA - FÍSICA 1) Um esqueitista inicia uma prova no ponto A da pista mostrada na figura. Ele desce a pista após uma impulsão inicial, que faz com que atinja a altura máxima do seu trajeto no ponto B da pista. Desprezando qualquer atrito, calcule a velocidade inicial devido à impulsão, em m/s.

a) 2,0 b) 3,0 c) 4,0 d) 5,0 e) 6,0 2) Um pequeno bloco, posto em movimento a partir do ponto A com velocidade v0 = 6 m/s, desliza sem atrito até o ponto B, onde a sua velocidade é v. O intervalo de tempo de trânsito entre A e B é Δt = 1,0 s. Calcule a componente horizontal da aceleração média do bloco, entre os pontos A e B, em m/s². Despreze a resistência do ar. (g = 10m/s²)

3) Uma bola metálica cai da altura de 1,0m sobre um chão duro. A bola repica no chão várias vezes, conforme a figura adiante. Em cada colisão, a bola perde 20% de sua energia. Despreze a resistência do ar (g=10m/s²).

a) Qual é a altura máxima que a bola atinge após duas colisões (ponto A)? b) Qual é a velocidade com que a bola atinge o chão na terceira colisão?

4) O esquema abaixo mostra, em termos de potência (energia/tempo), aproximadamente, o fluxo de energia, a partir de uma certa quantidade de combustível vinda do tanque de gasolina, em um carro viajando com velocidade constante.

O esquema mostra que, na queima da gasolina, no motor de combustão, uma parte considerável de sua energia é dissipada. Essa perda é da ordem de: a) 80% b) 70% c) 50% d) 30% e) 20% 5) As lâmpadas fluorescentes iluminam muito mais que as lâmpadas incandescentes de mesma potência. Nas lâmpadas fluorescentes compactas, a eficiência luminosa, medida em lumens por watt (lm/W), é da ordem de 60 lm/W e, nas lâmpadas incandescentes da ordem de 15 lm/W. Em uma residência, 10 lâmpadas incandescentes de 100W são substituídas por fluorescentes compactas que fornecem iluminação equivalente (mesma quantidade de lumens). Admitindo que as lâmpadas ficam acesas, em média 6 horas por dia e que o preço da energia elétrica é de R$0,20 por kW.h, a ECONOMIA MENSAL na conta de energia elétrica dessa residência será de, aproximadamente, a) R$ 12,00 b) R$ 20,00 c) R$ 27,00 d) R$ 36,00 e) R$ 144,00 PROFESSOR LUCILO CAMPOS- BIOLOGIA HEREDITARIEDADE HUMANA

A primeira lei de Mendel, chamda de lei da segregação ou lei da pureza dos gametas, pode ser enunciada da seguinte forma: na formação dos gametas, os pares de fatores se segregam.

Gregor Johan Mendel

O Trabalho de Mendel Gregor Johan Mendel nasceu em 1822, na Silésia. Segundo consta, era pobre, e aos 21 anos de idade entrou para um convento da Ordem de Santo Agostinho, de onde seus superiores o enviaram a Viena a fim de estudar história natural. Indicado depois para professor-substituto dessa matéria, jamais consegui, entretanto, a aprovação nos exames para se tornar efetivo no cargo. Seu trabalho genial, colocou-o no nível dos maiores cientistas da humanidade. Sua obra Experiências com hibridação de plantas, que

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não abrange mais de 30 páginas impressas, é um modelo de método científico. O que descobriu, e vem sendo ensinado desde 1900, se tornou absolutamente imprenscindível para a compreensão da Biologia moderna. Gregor Johan Mendel. Baseado em trabalhos já existentes acerca de hibridação de plantas ornamentais, mas que não haviam sido bem-sucedidos, tais como o trabalho de Kolreuter, Gartner, e outros, Mendel decidiu estudar o mesmo problema. O primeiro cuidado que teve foi selecionar devidamente o material de estudo; para isso, estabeleceu alguns critérios e procurou material que se lhes adequassem. Baseado nesses critérios, depois de várias análises, Mendel escolheu algumas variedades e espécies de ervilhas (Pisum Sativum), conseguindo um total de sete pares de caracteres distintos. O estudo Vamos chamar de linhagem os descendentes de um ancestral comum. Mendel observou que as diferentes linhagens, para os diferentes caracteres escolhidos, eram sempre puras, isto é, não apresentavam variações ao longo das gerações. Por exemplo, a linhagem que apresentava sementes da cor amarela produziam descendentes que apresentavam exclusivamente a semente amarela. O mesmo caso ocorre com as ervilhas com sementes verdes. Essas duas linhagens eram, assim, linhagens puras. Mendel resolveu então estudar esse caso em especifico. A flor de ervilha é uma flor típica da família das Leguminosae. Apresenta cinco pétalas, duas das quais estão opostas formando a carena, em cujo interior ficam os órgãos reprodutores masculinos e femininos. Por isso, nessa família, a norma é haver autofecundação; ou seja, o grão de pólen da antera de uma flor cair no pistilo da própia flor, não ocorrendo fecundação cruzada. Logo para cruzar uma linhagem com a outra era necessário evitar a autofecundação. Mendel escolheu alguns pés de ervilha de semente amarela e outros de semente verde, emasculou as flores ainda jovens, ainda não-maduras. Para isso, retirou das flores as anteras imaturas, tornando-as, desse modo, completamente femininas. Depois de algum tempo, quando as flores se desenvolveram e estavam maduras, polinizou as flores de ervilha amarela com o pólen das flores verdes, e vice-versa. Essas plantas constituem portanto as linhagens parentais. Os descendentes desses cruzamentos constituem a primeira geração em estudo designada por geração F¹, assim como as seguintes são designadas por F², F³, etc.

Esquema de formação de gametas

Resultados em F¹ Todas as sementes obtidas em F¹, foram amarelas, portanto iguais a um dos pais. Uma vez ques todas as sementes era iguais,Mendel plantou-as e deixou que as plantas quando florescessem, autofecundassem, produzindo assim a geração F². Resultados em F² As sementes obtidas na geração F² foram amarelas e verdes, sempre na proporção de 3 para 1. Intepretação dos resultados Esquema de formação de gametas. Para explicar a ocorrência de somente sementes amarelas em F¹ os dois tipos em F², Mendel começou admitindo a existência de fatores que passassem dos pais para os filhos por meio dos gametas. Cada fator seria responsável pelo aparecimento de um caráter. Assim, existiria um fator que condiciona o caráter amarelo e que podemos representar por A, e um fator que condiciona o caráter verde e que podemos representar por V. Quando a ervilha amarela pura é cruzada com uma ervilha verde pura, o híbrido F¹, recebe o fator A e o fator V, sendo portanto, portador de ambos os fatores. As ervilhas obtidas em F¹ eram todas amarelas, isso quer dizer que, embora tendo o fator V para verde, esse não se manifestou. Mendel chamou de dominante o fator que se manifesta em F¹, e de recessivo o que não aparece.

Continuando a análise, Mendel contou que em F², o número de de indivíduos com caráter recessivo, e verificou que eles ocorrem sempre na proporção de 3 dominantes para 1 recessivo. Mendel chegou a conclusão que o fator para verde só se manifesta em individuos puros, ou seja com ambos os fatores iguais a V. Em F¹ as plantas possuiam tanto os fatores A quanto o fator V sendo, assim, necessariamente amarelas. Podemos representar os individuos da geração F¹ como AV. Logo para poder formar individuos VV na geração F² os gametas formados na fecundação só poderiam ser VV. Esse fato não seria possivel se a geração desse origem a gametas com fatores iguais aos deles (AV). Isso só seria possivel se ao ocorrer a fecundação houvesse uma segregação dos fatores A e V presentes na geração F¹, esse fatores seriam misturados entre os fatores A e V provenientes do pai e os fatores A e V provenientes da mãe. Os possiveis resultados sendo: AA, AV, VA e VV. Esse fato foi posteriormente explicado pela meiose, que ocorre durante a formação dos gametas. Mendel havia criado então sua teoria sobre a hereditariedade e da segregação dos fatores. Mecanismos hereditários não previstos por Mendel Co-dominância Alelos múltiplos Genes Letais Importância dos estudos de Mendel Embora as conclusões de mendel tenham se baseado em trabalhos com uma única espécie de planta, os princípios enunciados nas duas leis aplicam-se a todos os organismos de reprodução sexuada. Pode-se tomar como exemplo um caso de herança animal. Cobaias pretas homozigotas cruzadas com cobaias brancas homozigotas originarão descendentes pretos heterozigotos, que cruzados entre si, originarão cobaias pretas e brancas na proporção 3:1. Mendel criou a base da genética moderna. Embora seus estudos tenham permanecidos obscuros até o seculo XX eles influenciaram a biologia como um todo dando origem a todos os estudos anteriores sobre hereditariedade e genética. PRIMEIRA LEI DE MENDEL Monoibridismo sem Dominância Há pares de genes em que um não é capaz de impedir a manifestação do outro. Dizemos se tratar de um par de genes alelos com ausência de dominância (codominância ou dominância incompleta). Um exemplo é a determinação da cor das flores de Mirabilis jalappa, conhecida como "maravilha". Há duas variedades puras, com flores brancas ou vermelhas. Quando cruzadas, os híbridos resultantes têm flores rosas, o que representa um fenótipo intermediário entre os dois apresentados pelos indivíduos parentais. Quando essas plantas de flores rosas são autofecundadas, a geração F2 apresenta 25% de plantas com flores vermelhas, 50% com flores rosas e 25% com flores brancas. (P) flores vermelhas (Fv Fv) X flores brancas (Fb Fb) (F1) 100% flores rosas (Fv Fb X flores rosas ( Fv Fb )

(F2) 1/4 flores vermelhas: Fv Fv 2/4 flores rosas: Fv Fb 1/4 flores brancas: Fb Fb Proporção genotípica: 1 Fv Fv : 2 Fv Fb : 1 Fb Fb Proporção fenotípica: 1 vermelha : 2 rosas : 1 branca Genes com Penetrância Incompleta Alguns genes não se expressam em todos os indivíduos que os possuem, mesmo quando estão em homozigose. Diz-se que têm penetrância incompleta. O valor da penetrância gênica pode ser determinado pela proporção de indivíduos que manifestam um determinado fenótipo, dentro do total de indivíduos portadores daquele gene.

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Imagine que, em uma certa espécie animal, a cor dos pêlos seja determinada por um par de genes alelos A e a, no qual o gene dominante A condiciona pelagem marrom, e o seu alelo recessivo a, pelagem albina (ou branca). O gene A tem penetrância de 60%. Isso significa que, dentre os indivíduos de genótipos AA ou Aa, que deveriam ser marrons, apenas 60% de fato são. Expressividade Variável Existem certos padrões de herança em que a característica pode se manifestar de diversas formas ou com diferentes graus de intensidade. Um exemplo humano é o lábio leporino, doença determinada geneticamente, que pode aparecer em diversos graus de intensidade, desde defeitos pequenos restritos aos lábios, até grandes defeitos labiais associados à falta de fechamento do pálato (ou "céu-da-boca"). Há determinadas plantas nas quais a cor das flores é determinada por um par de genes alelos, em que um gene condiciona flores vermelhas e o seu alelo, flores brancas. Entre os heterozigotos, podem ser encontradas plantas com flores de diferentes tonalidades de rosa, o que dificulta agrupá-las nas mesmas linhagens. Também se trata de um caso de expressividade variável. Pleiotropia Existem pares de genes que atuam simultaneamente sobre duas ou mais características. São chamados genes pleiotrópicos. Um exemplo humano é o gene causador da fenilcetonúria, doença causada por um gene recessivo que provoca alterações no metabolismo do aminoácido fenilalanina. Esses aminoácidos e os seus derivados metabólicos passam a se acumular no corpo, e causam retardo mental, alteração na cor da pele, na composição química da urina, etc. Genes Letais Quando um gene causa a morte do indivíduo, é considerado um gene letal. Esses genes podem exercer o seu efeito letal antes ou depois do nascimento. Se o efeito é tardio, ele não provoca alteração nas proporções genotípica e fenotípica. Porém, há genes letais que provocam a morte dos embriões, antes do nascimento. Nesses casos, as proporções obtidas na descendência de um cruzamento serão diferentes das proporções clássicas do monoibridismo. Um exemplo é o par de alelos que controla a cor da pelagem dos camundongos. O gene dominante A determina pelagem amarela, e é letal em dose dupla (AA). Os embriões com esse genótipo não se desen-volvem e não chegam a nascer. O alelo recessivo a condiciona o aparecimento de pelagem "aguti" ou "selvagem", que pode ser preta ou cinza. Vamos ver qual é a descendência do cruzamento entre dois animais amarelos heterozigotos. animal amarelo (Aa) X animal amarelo (Aa)

Na prole desse cruzamento, em vez da proporção clássica de 3:1, encontra-se a proporção de dois animais amarelos para um animal "aguti". Os embriões homo-zigotos AA não se expressam fenotipicamente. Os Gêmeos Eventualmente, na espécie humana, ocorrem as gestações gemelares ou múltiplas. Podem ocorrer graças a dois mecanismos: poliembrionia ou ovulação múltipla, e levam à formação dos gêmeos monozigóticos e dos gêmeos dizigóticos, respectivamente. Gêmeos Monozigóticos (MZ) São conhecidos como gêmeos idênticos, e surgem por divisão do embrião em um estágio precoce do desenvolvimento. Como se originam de um único zigoto, são geneticamente idênticos, e todas as características cujas expressões dependem apenas do genótipo são iguais para ambos: sexo, cor de olhos, grupo sangüíneo, etc.

Quando gêmeos monozigóticos são criados em ambientes distintos, todas as diferenças fenotípicas observadas entre eles devem-se a ações ambientais. Quanto maior for a concordância entre eles, maior deve ser a contribuição do genótipo na determinação da característica; quanto maior for a discordância, maior a interferência do ambiente. O papel que o genótipo tem, na determinação de uma característica, chama-se herdabilidade. Gêmeos Dizigóticos (DZ) Habitualmente, em cada ciclo menstrual, a mulher gera apenas um gameta. Entretanto, pode ocorrer a produção, em um mesmo ciclo, de dois ou mais gametas. Caso ela tenha relação sexual em seu período fértil, os dois gametas deverão ser fecundados, uma vez que espermatozóides existem em quantidade mais que suficiente.

Como esses gêmeos surgem pela fecundação de dois óvulos diferentes por dois espermatozóides diferentes, geneticamente não são mais que dois irmãos quaisquer. Os sexos podem ou não ser os mesmos, assim como a cor dos olhos, o grupo sangüíneo, etc. Parodia 1ª Lei de Mendel (Epitáfio – Titãs) 1ª lei de Mendel traz Segregação e mais: Hibridação de F1 As gerações são parentais e F2 nos traz proporção 3 para 1 Traços que são dominantes Aparecem na primeira geração Traços que são recessivos em F2 reaparecerão Meiose vai Acontecer Pro gene segregar garantido (BIS) Meiose vai Acontecer Pro gene segregar... 1ª lei de Mendel traz Segregação e mais: Hibridação de F1...

QUESTÕES.

1) Mendel cruzou plantas puras de ervilha com flores vermelhas e plantas puras com flores brancas, e observou que todos os descendentes tinham flores vermelhas. Nesse caso, Mendel chamou a cor vermelha de dominante e a cor branca de recessiva. A explicação oferecida por ele para esses resultados era a de que plantas de flores vermelhas da geração inicial (P) possuíam dois fatores dominantes iguais para essa característica (VV), e as plantas de flores brancas possuíam dois fatores recessivos iguais (vv). Todos os descendentes desse cruzamento, a primeira geração de filhos (F1), tinham um fator de cada progenitor e eram Vv, combinação que assegura a cor vermelha nas flores. Tomando-se um grupo de plantas cujas flores são vermelhas, como distinguir aquelas que são VV das que são Vv? A) Cruzando-as entre si, é possível identificar as plantas que têm o fator v na sua composição pela análise de características exteriores dos gametas masculinas, os grãos de pólen. B) Cruzando-as com plantas recessivas, de flores brancas. As plantas VV produzirão apenas descendentes de flores vermelhas,

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enquanto as plantas Vv podem produzir descendentes de flores brancas. C) Cruzando-as com plantas de flores vermelhas da geração P. Os cruzamentos com plantas Vv produzirão descendentes de flores brancas. D) Cruzando-as entre si, é possível que surjam plantas de flores brancas. As plantas Vv cruzadas com outras Vv produzirão apenas descendentes vermelhas, portanto as demais serão VV. E) Cruzando-as com plantas recessivas e analisando as características do ambiente onde se dão os cruzamentos, é possível identificar aquelas que possuem apenas fatores V. 2) Quando adquirimos frutas no comércio, observamos com mais frequência frutas sem ou com poucas sementes. Essas frutas têm grande apelo comercial e são preferidas por uma parcela cada vez maior da população. Em plantas que normalmente são diplóides, isto é, apresentam dois cromossomos de cada par, uma das maneiras de produzir frutas sem sementes é gerar plantas com uma ploidia diferente de dois, geralmente triplóide. Uma das técnicas de produção dessas plantas triplóides é a geração de uma planta tetraplóide (com 4 conjuntos de cromossomos), que produz gametas diplóides e promove a reprodução dessa planta com uma planta diplóide normal. A planta triplóide oriunda desse cruzamento apresentará uma grande dificuldade de gerar gametas viáveis, pois como a segregação dos cromossomos homólogos na meiose I é aleatória e independente, espera-se que: a) os gametas gerados sejam diplóides. b) as cromátides irmãs sejam separadas ao final desse evento. c) o número de cromossomos encontrados no gameta seja 23. d) um cromossomo de cada par seja direcionado para uma célula filha. e) um gameta raramente terá o número correto de cromossomos da espécie. 3) Em um experimento, preparou-se um conjunto de plantas por técnica de clonagem a partir de uma planta original que apresentava folhas verdes. Esse conjunto foi dividido em dois grupos, que foram tratados de maneira idêntica, com exceção das condições de iluminação, sendo um grupo exposto a ciclos de iluminação solar natural e outro mantido no escuro. Após alguns dias, observou-se que o grupo exposto à luz apresentava folhas verdes como a planta original e o grupo cultivado no escuro apresentava folhas amareladas. Ao final do experimento, os dois grupos de plantas apresentaram: a) os genótipos e os fenótipos idênticos. b) os genótipos idênticos e os fenótipos diferentes. c) diferenças nos genótipos e fenótipos. d) o mesmo fenótipo e apenas dois genótipos diferentes. e) o mesmo fenótipo e grande variedade de genótipos

PROFESSOR GILTON NASCIMENTO – QUÍMICA QUÍMICA – GILTON NASCIMENTO 2012: Ano Internacional da Energia Sustentável para todos Metas a serem alcançadas até o ano de 2030

Assegurar a que todos tenham acesso a serviços modernos e mais sustentáveis de energia;

Reduzir em 40% a intensidade energética global Aumentar em 30% o uso de energias renováveis em todo

o mundo. Mas o que é energia sustentável e quais são as fontes? Energia sustentável é gerada e fornecida de modo a atender as necessidades atuais, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem também as suas necessidades. As principais fontes de energia sustentável são as consideradas renováveis e limpas, com nenhum ou muito pouco índice de geração de dióxido de carbono e outros gases que provocam o efeito estufa. Principais Fontes ( em %) No Brasil - Petróleo: 34,31% - Eletricidade: 19.30% - Bagaço de cana: 10,70% - Álcool etílico: 9.99% - Lenha: 8,40% - Outros: 7,50% - Gás Natural: 6,00% - Carvão mineral: 3,80%

No Mundo - Petróleo: 37% - Carvão: 25% - Gás Natural: 23% - Nuclear: 6% - Biomassa 4% - Hídrica: 3% - Solar: 0,5% - Eólica: 0,3% - Geotérmica: 0,2% - Biocombustíveis: 0,2% - Fotovoltaica: 0,04%

MATRIZ ENERGÉTICA O Brasil possui a matriz energética mais renovável do mundo industrializado com 45,3% de sua produção proveniente de fontes como recursos hídricos, biomassa e etanol, além das energias eólica e solar. As usinas hidrelétricas são responsáveis pela geração de mais de 75% da eletricidade do País. Vale lembrar que a matriz energética mundial é composta por 13% de fontes renováveis no caso de Países industrializados, caindo para 6% entre as nações em desenvolvimento. OS BIOCOMBUSTÍVEIS Os Biocombustíveis são combustíveis de origem biológica. São fabricados a partir de vegetais, tais como, milho, soja, cana-de-açúcar, mamona, canola, babaçu, cânhamo, entre outros. O lixo orgânico também pode ser usado para a fabricação de biocombustível. VANTAGENS X DESVANTAGENS ALGUNS PONTOS... POSITIVOS

• REDUÇÃO EMISSÃO DE GASES DOS AUTOMÓVEIS • RENOVÁVEIS • GERAÇÃO DE EMPREGOS • DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS • AUTO SUFICIENCIA ENERGÉTICA

NEGATIVOS

• DIMINUIÇÃO DAS FLORESTAS PARA AUMENTO DA ÁREA CULTIVADA

• DESVIO DE GRÃOS DA ALIMENTAÇÃO • AUMENTO DO PREÇO DOS ALIMENTOS

Processo de Produção de Biodiesel A molécula de óleo vegetal é formada por três moléculas de ácidos graxos ligadas a uma molécula de glicerina, o que faz dele um triglicídio. O processo para a transformação do óleo vegetal em biodiesel chama-se TRANSESTERIFICAÇÃO.

OS BIOCOMBUSTÍVEIS EM 4 GERAÇÕES 1 GERAÇÃO Os de primeira geração utilizam como matéria-prima produtos agrícolas e agroindustriais como insumo na produção de biocombustíveis, como o etanol de cana-de-açúcar e o biodiesel de óleos vegetais.

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2 GERAÇÃO Os Biocombustíveis de segunda geração são o Bioetanol (etanol de lignocelulose* ou lenhinocelulósicas) produzido de fontes diversas da biomassa, não usadas na alimentação humana. Etanol a partir da celulose Para obter etanol a partir da celulose, é preciso submeter a biomassa ao processo de hidrólise — que objetiva quebrar as moléculas da celulose, que forma caule e folhas, em moléculas de glicose. Essa glicose — açúcar — é depois fermentada em etanol. A extração da celulose da biomassa pode ser feita por hidrólise ácida ou por hidrólise enzimática — a primeira é uma rota química, que utiliza ácidos para quebrar a celulose; a segunda é uma rota biológica, em que usa enzimas para a quebra. No Brasil, as fontes de matéria-prima de celulose são os resíduos da produção de cana-de-açúcar: a palha, que fica no campo após a colheita, e o bagaço da cana, resultante do processo convencional de produção de açúcar e etanol nas usinas. 3 ª Geração Considerando que a segunda geração intervém no passo de bioconversão, a terceira geração de biocombustíveis é baseada em avanços feitos na fonte - a produção de biomassa. Esta geração aproveita-se de novas colheitas de energia especialmente projetadas. Há progresso significante a ser feito neste respeito. Avanços recentes em biologia de planta, o aparecimento de técnicas de procriação rápida e extremamente eficiente (procriação molecular), os rápidos avanços no campo da genômica, e design clássico de colheitas transgênicas promete resultar em plantas com propriedades que as tornam mais apropriadas para a conversão em bioprodutos Os exemplos recentes oferecem uma amostra do que nós podemos esperar no futuro próximo. Recentemente, árvores de eucalipto criadas com baixo conteúdo de lignina que permitem uma conversão mais fácil em etanol celulósico. Plantações com teor de açúcar mais alto (sorgo doce) que prosperam em condições mais áridas foram desenvolvidas e estão sendo testadas com a produção de etanol em mente. Em um caso especial, pesquisadores criaram uma colheita de milho que já contém as enzimas necessárias para converter sua biomassa em combustíveis. Este é um exemplo de colheitas de terceira geração radicais. 4 ª Geração Um desenvolvimento particular em biologia da planta deve ser mencionado, porque ele nos leva diretamente à “quarta geração” de biocombustíveis. Duas equipes de cientistas anunciaram recentemente que eles obtiveram sucesso com árvores modificadas que armazenam significativamente mais gás carbônico que suas congêneres comuns. O feito foi alcançado com eucalipto. QUESTÕES 1º) Os biocombustíveis de primeira geração são derivados da soja, milho e cana-de-açúcar e sua produção ocorre através da fermentação. Biocombustíveis derivados de material celulósico ou bicombustíveis de segunda geração — coloquialmente chamados de “gasolina de capim” — são aqueles produzidos a partir de resíduos de madeira (serragem, por exemplo), talos de milho, palha de trigo ou capim de crescimento rápido e se apresentam como uma alternativa para os problemas enfrentados pelos de primeira geração, já que as matérias-primas são baratas e abundantes. DALE, B. E.; HUBER, G. W. Gasolina de capim e outros vegetais. Scientific American Brasil. Ago. 2009, no 87 (adaptado). O texto mostra um dos pontos de vista a respeito do uso dos biocombustíveis na atualidade, os quais A) são matrizes energéticas com menor carga de poluição para o ambiente e podem propiciar a geração de novos empregos, entretanto, para serem oferecidos com baixo custo, a tecnologia da degradação da celulose nos biocombustíveis de segunda geração deve ser extremamente eficiente. B) oferecem múltiplas dificuldades, pois a produção é de alto custo, sua implantação não gera empregos, e deve-se ter cuidado com o risco ambiental, pois eles oferecem os mesmos riscos que o uso de combustíveis fósseis. C) sendo de segunda geração, são produzidos por uma tecnologia que acarreta problemas sociais, sobretudo decorrente do fato de a

matéria-prima ser abundante e facilmente encontrada, o que impede a geração de novos empregos. D) sendo de primeira e segunda geração, são produzidos por tecnologias que devem passar por uma avaliação criteriosa quanto ao uso, pois uma enfrenta o problema da falta de espaço para plantio da matéria-prima e a outra impede a geração de novas fontes de emprego. E) podem acarretar sérios problemas econômicos e sociais, pois a substituição do uso de petróleo afeta negativamente toda uma cadeia produtiva na medida em que exclui diversas fontes de emprego nas refinarias, postos de gasolina e no transporte de petróleo e gasolina. 2) Metade do volume de óleo de cozinha consumido anualmente no Brasil, cerca de dois bilhões de litros, é jogada incorretamente em ralos, pias e bueiros. Estima-se que cada litro de óleo descartado polua milhares de litros de água. O óleo no esgoto tende a cria uma barreira que impede a passagem da água, causa entupimentos e, consequentemente, enchentes. Além disso, ao contaminar os mananciais, resulta na mortandade de peixes. A reciclagem do óleo de cozinha, além de necessária, tem mercado na produção de biodiesel. Há uma demanda atual de 1,2 bilhões de litros de biodiesel no Brasil. Se houver planejamento na coleta, transporte e produção, estima-se que se possa pagar até R$ 1,00 por de óleo a ser reciclado. De acordo com o texto, o destino inadequado do óleo de cozinha traz diversos problemas. Com o objetivo de contribuir para resolver esses problemas, deve-se... a) utilizar o óleo para a produção de biocombustíveis, como etanol. b) Coletar o óleo devidamente e transportá-lo às empresas de produção de biodiesel. c) Limpar periodicamente os esgotos das cidades para evitar entupimentos e enchentes. d) Utilizar o óleo como alimento para peixes, uma vez que preserva seu valor nutritivo após o descarte. e) Descartar o óleo diretamente em ralos, pias e bueiros, sem tratamento prévio com agentes dispersantes. 3)

www.biodieselbr.com Em relação à charge apresentada, marque a única resposta INCORRETA com relação à temática do BIODIESEL. A) A produção das matérias-primas (etanol e óleo de soja) importantes para a geração de biodiesel é uma tradição na economia brasileira. Tal fato expõe, internacionalmente, o país e o coloca como carro-chefe na discussão geopolítica em torno dos caminhos a serem tomados pelos investidores mundiais, a partir da possível substituição dos combustíveis fósseis pelos que geram “energias limpas”. B) Devido à extensão territorial do Brasil e à existência de áreas de fronteiras agrícolas, ainda há possibilidades de incorporação de novos espaços produtivos, em larga escala, para o cultivo de matérias-primas voltadas para a geração de biodiesel, o que gera forte interesse internacional. C) A geopolítica energética do mundo mudou, no século XXI, com a adoção, pelas potências centrais e emergentes, do discurso ambiental nos seus projetos de gestão. Segundo elas, o cultivo agrícola voltado para a geração de biodiesel é uma necessidade para as agendas de proteção ambiental no mundo, que precisa de “combustíveis limpos”, o que torna o Brasil um importante país para a produção e exportação de biodiesel D) O Brasil, com muita tradição na produção e uso de biodiesel em escala industrial, faz com que “os olhos do mundo” se voltem para si devido à possibilidade de substituição, com intuito de modernização rural, dos cultivos voltados para a alimentação básica por outros destinados à geração de biocombustíveis.

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E) A importância geopolítica do Brasil foi revigorada, desde o início deste século, devido à redescoberta do potencial do país em fornecer, na atualidade, aos mercados internacionais, matérias-primas geradoras do biodiesel (óleos e gorduras), que são mais baratas do que o preço do barril de petróleo e seus derivados. 4) O debate atual em torno dos biocombustíveis, como o álcool de cana-de-açúcar e o biodiesel, inclui o efeito estufa. Tal efeito garante temperaturas adequadas à vida na Terra, mas seu aumento indiscriminado é danoso. Com relação a esse aumento, os biocombustíveis são alternativas preferíveis aos combustíveis fósseis porque: A) são renováveis e sua queima impede o aquecimento global. B) retiram da atmosfera o CO2 gerado em outras eras. C) abrem o mercado para o álcool, cuja produção diminuiu o desmatamento. D) são combustíveis de maior octanagem e de menores taxas de liberação de carbono. E) contribuem para a diminuição da liberação de carbono, presente nos combustíveis fósseis. 5) Os sistemas de cogeração representam uma prática de utilização racional de combustíveis e de produção de energia. Isto já se pratica em algumas indústrias de açúcar e de álcool, nas quais se aproveita o bagaço da cana, um de seus subprodutos, para produção de energia. Esse processo está ilustrado no esquema que segue.

Entre os argumentos favoráveis a esse sistema de cogeração pode-se destacar que ele (A) otimiza o aproveitamento energético, ao usar queima do bagaço nos processos térmicos da usina e na geração de eletricidade. (B) aumenta a produção de álcool e de açúcar, ao usar o bagaço como insumo suplementar. (C) economiza na compra da cana-de-açúcar, já que o bagaço também pode ser transformado em álcool. (D) aumenta a produtividade, ao fazer uso do álcool para a geração de calor na própria usina. (E) reduz o uso de máquinas e equipamentos na produção de açúcar e álcool, por não manipular o bagaço da cana. PROFESSOR LAURO CAMPOS - MATEMÁTICA