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Matemática Elementar Material Didático Maio 2016 Equipe de Matemática: (PCNA - Maio de 2016) José Benício da Cruz Costa (Coordenação) Monitores: Daniel de Souza Avelar da Costa Fernanda Lacerda Palheta João Marcos Costa de Oliveira Lucas Carvalho de Paula Mellina Modesto Lisboa Murilo Henrique Silva da Silva Universidade Federal do Pará

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2

Matemática

Elementar

Material

Didático

Maio 2016

Equipe de Matemática: (PCNA - Maio de 2016)

José Benício da Cruz Costa

(Coordenação)

Monitores:

Daniel de Souza Avelar da Costa

Fernanda Lacerda Palheta

João Marcos Costa de Oliveira

Lucas Carvalho de Paula

Mellina Modesto Lisboa

Murilo Henrique Silva da Silva

Universidade Federal do Pará

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3

Equipe de Professores

Alexandre Guimarães Rodrigues

(Coordenação Geral)

Matemática:

José Benício da Cruz Costa

(Coordenação)

Rosana Paula de Oliveira Soares

Rita de Cássia Carvalho Silva

Química:

Shirley Cristina Cabral Nascimento

(Coordenação)

Marlice Cruz Martelli

Ana Rosa C.L.M. Duarte

Marcos Vinícius de Souza Pinto

Física:

Alexandre Guimarães Rodrigues

(Coordenação)

José Benício da Cruz Costa

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4

SUMÁRIO

1. Aritmética e Expressões Algébricas .... 5

1.1.Ordem de prescedência dos

Cálculos ........................................... 5

1.2. Operações com Numeros

Fracionarios .................................... 5

1.3. Expressões Algébricas ..................... 7

1.4. Potenciação ..................................... 8

1.5. Radiciação...................................... 10

1.6. Racionalização de

Denominadores. ........................... 11

1.7.Logaritmo ....................................... 13

1.8.Módulo ou Valor Absoluto ............. 15

1.9.Polinomios ...................................... 17

EXERCÍCIOS PROPOSTOS ...................... 24

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

PROPOSTOS .................................. 26

2. Intervalos e Inequações ............... 2828

2.1. Intervalos ................................... 2828

2.2. Inequações ................................ 2929

EXERCÍCIOS PROPOSTOS ...................... 32

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

PROPOSTOS .................................. 33

3. Função .............................................. 34

3.1. Definição ........................................ 34

3.2. Domínio, Contradomínio e

Imagem ......................................... 34

3.3. Tipo de Funções ............................. 37

3.4. Gráfico de Funções ........................ 40

3.5. Função Polinomial de 1° Grau ....... 41

3.6. Função Polinomial de 2° Grau ....... 43

3.7. Função Exponencial ...................... 46

3.8. Função Logarítmica ...................... 48

3.9. Função Inversa .............................. 48

3.10. Função Composta ....................... 50

EXERCÍCIOS PROPOSTOS ...................... 51

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

PROPOSTOS .................................. 52

4. Geometria Plana e espacial .............. 54

4.1. Ponto ............................................. 54

4.2. Reta ............................................... 54

4.3. Plano ............................................. 55

4.4. Espaço ........................................... 56

4.5. Segmentos de Reta ....................... 57

4.6. Circunferência e Círculo ................ 60

4.7. Ângulo ........................................... 62

4.8. Polígono ........................................ 66

4.9. Perímetro e Área ........................... 69

4.10. Volume ........................................ 71

EXERCÍCIOS PROPOSTOS .......................... 75

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

PROPOSTOS .................................. 76

5. Geometria Analítica ......................... 77

5.1. Sistema Unidimensional de

Coordenadas Cartesianas ............. 77

5.2. Sistema Bidimensional de

Coordenadas Cartesianas ............. 79

5.3. Gráfico de uma Equação ............... 83

5.4. Equação da Reta ........................... 84

EXERCÍCIOS PROPOSTOS ...................... 88

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

PROPOSTOS .................................. 89

6. Trigonometria .................................. 90

6.1. Conceitos Iniciais ........................... 90

6.2. Círculo Trigonométrico ................. 92

6.3. Relações Trigonométricas

Inversas ........................................ 97

6.4. Identidades Trigonométricas ........ 98

6.5. Funções Trigonométricas .............. 99

6.6. Sist. de Coordenadas Polares ..... 102

EXERCÍCIOS PROPOSTOS .................... 106

Respostas dos Exercícios Propostos .. 106

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5

1. Aritmética e Expressões

Algébricas

1.1. Ordem e Precedência dos Cálculos

Para efetuar o cálculo de expressões

numéricas ou algébricas deve-se

respeitar a seguinte ordem de

prioridade:

1) Agrupamentos prévios pelo uso

de traço de frações, radical,

parênteses, chaves e colchetes.

No caso de agrupamentos com

múltiplos por parênteses

resolver do interno ao externo;

2) Potenciação e radiciação;

3) Multiplicação e divisão;

4) Adição e subtração.

Exemplos:

1) 2 + 1 × 2 −6

2 × 5 + 3

= 2 + 2 − 3 × 5 + 3 =

= 2 + 2 − 15 + 3 = −8

2) ( 2 + 1). 2 −6

2 . (5 + 3) = 3 . 2 −

6

2 . 8

=

= 6 − 3 . 8 = 6 − 24 = −18

3) (( 2 + 1) . 2 −6

2) . (5 + 3)

= (3 . 2 −6

2) . 8 =

= ( 6 − 3) . 8 = 3 . 8 = 24

4) 12

4 + 2 . √7 + 2 =

12

6 . √9 = 2 . 3

= 6

1.2.Operações com Números Fracionários

1.2.1 Soma e Subtração

Para a soma ou a subtração de duas

frações deve-se observar se os

denominadores são iguais ou

diferentes.

1º Caso: Denominadores iguais

Neste caso, os numeradores devem ser

somados ou subtraídos, de acordo com

os sinais operatórios, e o valor do

denominador mantido.

a b a b

c c c

Exemplos:

1) 2

5+

4

5 =

6

5

2) 2

3 +

5

3−

4

3 = =

2 + 5 − 4

3=

3

3 = 1

3)28

10−

3

10+

5

10=

28 − 3 + 5

10=

30

10= 3

4) 9

8+

2

8−

1

8 =

9 + 2 − 1

8=

10

8

2º Caso: Denominadores diferentes

Neste caso, deve-se determinar com

antecedência o mínimo múltiplo

comum (MMC) entre todos os

denominadores das frações envolvidas,

de modo a igualar os denominadores e

aplicar a regra acima.

Exemplos:

1) Calcular a soma das frações

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6

2

3+

9

4 = ?

Solução:

O MMC é obtido a partir da fatoração

dos denominadores, como segue

abaixo:

4,3 2

2,3 2

1,3 3

1,1 2.2.3 12

O MMC então é igual a 12. Prossegue-

se adotando o MMC como denominador

comum para as duas frações. Novos

numeradores são obtidos para ambas

as frações dividindo-se o MMC pelo

antigo denominador e multiplicando este

resultado pelo antigo numerador, como

exemplificado a seguir:

2 9 (12 3) 2 (12 4) 9 8 27 35

3 4 12 12 12 12

2) Calcular a soma das frações

2

5+

8

9−

7

12 = ?

Solução:

5,9,12 2

5,9,6 2

5,9,3 3

5,3,1 3

5,1,1 5

1,1,1 2 2 3 3 5 180

2 8 7 (180 5) 2 (180 9) 8 (180 12) 7 72 160 105 127

5 9 12 180 180 180 180 180 180 180

2 8 7 (180 5) 2 (180 9) 8 (180 12) 7 72 160 105 127

5 9 12 180 180 180 180 180 180 180

OBS: Para efetuar a soma de frações

com denominadores diferentes

podemos utilizar qualquer múltiplo

comum. A forma mais simples de

encontrar um múltiplo comum é

multiplicar todos os denominadores.

3) Calcular a soma das frações

2

5+

8

9−

7

12

=(9 . 12) . 2 + (5 . 12) . 8 − (5 . 9). 7

5 . 9 . 12

=108 . 2 + 60 . 8 − 45 . 7

540

=216 + 480 − 315

540 =

=381

540=

3 . 127

3 . 180=

3

3 .

127

180= 1 .

127

180

=127

180

1.2.2 Multiplicação de Frações

O produto de duas ou mais frações é o

produto dos seus numeradores dividido

pelo produto dos seus denominadores.

Exemplos:

1) 1

10 .

3

5 =

1 . 3

10 . 5 =

3

50

2) 3

14 .

21

15=

3 . 21

14 . 15 =

63

210 =

3 . 21

10 . 21 =

=3

10 .

21

21=

3

10 . 1 =

3

10

3) 10 .5

3 +

2

5−

1

4 =

50

3+

2

5−

1

4=

=(5 . 4). 50 + (3 . 4 ). 2 − (3 . 5 ). 1

3 . 5 . 4 =

=1000 + 24 − 15

60=

1009

60

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7

4) 10 . (5

3 +

2

5) −

1

4

= 10 (5 . 5 + 3 . 2

3 . 5 ) −

1

4=

= 10. (25 + 6

15) −

1

4= 10 .

31

15−

1

4

=310

15−

1

4=

=4 . 310 − 15 .1

15 . 4=

1240 − 15

60=

1225

60=

=5 . 245

5 . 12 =

5

5 .

245

12 = 1 .

245

12=

245

12

1.2.3. Divisão de Frações

No caso de divisão entre frações

procede-se multiplicando a primeira

fração pelo inverso da segunda:

𝑎𝑏𝑐𝑑

=𝑎

𝑏 ÷

𝑐

𝑑 =

𝑎

𝑏 ×

𝑑

𝑐 =

𝑎 × 𝑑

𝑏 × 𝑐

Exemplos:

1)

1725

=1

7 ÷

2

5=

1

7 ×

5

2 =

5

14

2)

172

=1

7÷ 2 =

1

7 ∙

1

2 =

1

14

3)4

23

= 4 ÷2

3 =

4

1 ∙

3

2 =

12

2 = 6

4)2

13

132

= 2 ∙ 3 −1

3∙1

2 = 6 −

1

6

=36 − 1

6 =

35

6

1.3. Expressões Algébricas

Recebe o nome de expressão

algébrica a expressão matemática na

qual se faz uso de letras, números e

operações aritméticas. As letras

constituem a parte variável da

expressão, pois elas podem assumir

qualquer valor numérico. Continuam

válidas todas as regras da aritmética.

Exemplos:

1) 2 𝑥

3−

7

𝑥 =

𝑥. (2 𝑥) − 3 . 7

3 . 𝑥 =

2 𝑥2 − 21

3 𝑥

2) 2 𝑥 + 𝑦

𝑥−

4 𝑥

𝑦=

𝑦. (2 𝑥 + 𝑦) − 𝑥 . ( 4 𝑥)

𝑥 . 𝑦=

=2 𝑥 𝑦 + 𝑦2 − 4𝑥2

𝑥 𝑦

É comum necessitar simplificar as

expressões algébricas para a resolução

de problemas. Técnicas como

agrupamento, evidência do fator

comum, etc., são normalmente

adotadas para a simplificação e/ou

fatoração das expressões.

Exemplos:

Utilize as técnicas de agrupamento e

evidência dos fatores comuns para

simplificar as expressões algébricas

abaixo:

1) 𝑥 + 2 𝑦 − 3 𝑥 + 𝑦

= (𝑥 − 3 . 𝑥) + (2 . 𝑦 + 𝑦)

=

= 𝑥(1 − 3) + 𝑦 (2 + 1)

= −2 𝑥 + 3 𝑦

2) 𝑥 + 2 𝑦 − 3 (𝑥 + 𝑦)

= 𝑥 + 2𝑦 + (−3). (𝑥 + 𝑦)

=

= 𝑥 + 2 𝑦 + (−3 𝑥 − 3 𝑦) =

= (𝑥 − 3 𝑥) + (2 𝑦 − 3𝑦) =

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8

= 𝑥(1 − 3) + 𝑦(2 − 3)

= −2 𝑥 − 𝑦

3) 𝑥 − (2 𝑦 − 3 𝑥 + 𝑦 )

= 𝑥 − (2 𝑦 + 𝑦 − 3𝑥) =

= 𝑥 − (3 𝑦 − 3 𝑥) = 𝑥 + 3𝑥 − 3 𝑦

= 4𝑥 − 3𝑦

4) 𝑥 + 2 (𝑦 − (3 𝑥 + 𝑦)) =

= 𝑥 + 2 ( 𝑦 + (−1) (3𝑥 + 𝑦)) =

= 𝑥 + 2 ( 𝑦 + (−3𝑥 − 𝑦)) =

= 𝑥 + 2 ( 𝑦 − 𝑦 − 3𝑥)

= 𝑥 + 2(−3𝑥) =

= 𝑥 − 6𝑥 = −5𝑥

A fatoração consiste em representar um

número ou uma expressão algébrica

como produto, respetivamente, de

outros números ou de outras

expressões algébricas.

Exemplos:

1) 6 𝑎 𝑏 − 12 𝑏 = 6 ∙ 𝑏 ∙ (𝑎 − 2)

2) 9 𝑥 − 3 𝑥 𝑦 = 3 ∙ 𝑥 ∙ (3 − 𝑦)

3) 𝑎 𝑥 + 𝑏 𝑥 + 𝑎 𝑦 + 𝑏 𝑦

= 𝑥(𝑎 + 𝑏) + 𝑦 (𝑎 + 𝑏) =

= (𝑎 + 𝑏) ∙ (𝑥 + 𝑦)

1.3.1 Simplificação de Frações

Algébricas

Para simplificar frações algébricas

devemos seguir a seguinte regra:

1º Passo: Fatorar o numerador e o

denominador

2º Passo: Dividir o numerador e

denominador em seus fatores comuns

Só podemos “cancelar” ou “cortar”

os fatores (termos) que estejam

multiplicando tanto o numerador

quanto o denominador.

Exemplos:

1) 2𝑥 − 4𝑦

2𝑥=

2 ∙ (𝑥 − 2𝑦)

2 ∙ 𝑥=

2

2∙𝑥 − 2𝑦

𝑥=

= 1 ∙ 𝑥 − 2𝑦

𝑥=

𝑥 − 2𝑦

𝑥

2) 𝑎 𝑥 + 𝑏 𝑥

𝑎 + 𝑏=

𝑥 (𝑎 + 𝑏)

𝑎 + 𝑏= 𝑥 ∙

𝑎 + 𝑏

𝑎 + 𝑏= 𝑥 ∙ 1 = 𝑥

1.4. Potenciação

A potenciação equivale a uma

multiplicação de fatores iguais.

De um modo geral, sendo 𝑎 um número

real e 𝑛 um número natural 𝑛 ≥

2 definimos:

𝒂𝒏 = 𝒂 ∙ 𝒂 ∙ … ∙ 𝒂

= 𝒑 (𝒏 𝒗𝒆𝒛𝒆𝒔 𝒐 𝒇𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒂)

Exemplos:

1) 24 = 2. 2 .2 .2 = 16

2) (−2)2 = (−2). (−2) = 4

3) 33 = 3 . 3. 3 = 27

4) (−3)3 = (−3). (−3). (−3) = −27

Propriedades

Considere 𝑎 e 𝑏 números reais não

nulos, 𝑛 e 𝑚 inteiros:

𝒂𝒏 = 𝒑 expoente

base potência

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9

1) Potência de expoente nulo e igual a

1:

𝑎0 = 1 𝑒 𝑎1 = 𝑎

2) Potência de base igual a 1:

1𝑛 = 1

3) Potencia de expoente negativo:

𝑎−𝑛 =1

𝑎𝑛

4) Multiplicação de potências de mesma

base:

𝑎𝑛. 𝑎𝑚 = 𝑎𝑛+𝑚

5) Divisão de potências de mesma base:

𝑎𝑛

𝑎𝑚= 𝑎𝑛−𝑚

6)Multiplicação de potências de

expoentes iguais:

𝑎𝑛. 𝑏𝑛 = (𝑎. 𝑏)𝑛

7) Divisão de potências de expoentes

iguais:

𝑎𝑛

𝑏𝑛= (

𝑎

𝑏)

𝑛

8) Potência de uma potência:

(𝑎𝑛)𝑚 = (𝑎)𝑛.𝑚

Exemplos:

Nos exemplos a seguir, abserve o uso

das propriedades da potência nas

expressões.

1) 24

2+

42

22+ (−3)−3

= 24−1 + (4

2)

2

+1

(−3)3

=

= 23 + 22 +1

−27= 8 + 4 −

1

27

= 8.27 + 4.27 − 1

27

=216 + 108 − 1

27=

323

27

2) (−3)−2 − (−3

7)

−3

=1

(−3)2−

1

(−37)

3

=

=1

(−3)2− (−

7

3)

3

=1

(−3)2−

73

(−3)3=

=1

(−3). (−3)−

7 . 7 .7

(−3). (−3). (−3)

=1

9− (−

343

27) =

=1

9+

343

27=

3 . 1 + 1 . 343

27=

346

27

3) 𝑥3 𝑦 ( 𝑥 𝑦)−2 =𝑥3 𝑦

(𝑥 𝑦)2 =

𝑥3𝑦

𝑥2 𝑦2=

= 𝑥3−2 𝑦1−2 = 𝑥1 𝑦−1 = 𝑥

𝑦

4) (𝑥3 +𝑥2

𝑥−3) . 𝑥−3

= 𝑥3. 𝑥−3 +𝑥2. 𝑥−3

𝑥−3=

= 𝑥3−3 + 𝑥 2−3−(−3) =

= 𝑥0 + 𝑥2 = 𝑥2 + 1

5)2𝑥

3𝑥 . 6𝑥 = (

2

3 . 6)

𝑥

= (12

3)

𝑥

= 4𝑥

= (22)𝑥 = 22𝑥

6) 2𝑥

3−2𝑥= 2𝑥 . 32𝑥 = 2𝑥 . (32)𝑥 = 2𝑥 . 9𝑥

=

= (2 . 9) 𝑥 = 18 𝑥

7) (𝑎2

𝑏3)

−3

. 𝑎 + 𝑏 = 𝑎−3.2

𝑏−3.3 . 𝑎 + 𝑏

=𝑎−6. 𝑎1

𝑏−9+ 𝑏 =

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10

=𝑎−5

𝑏−9+ 𝑏 =

𝑏9

𝑎5+

𝑏

1

= 𝑏9 + 𝑎5. 𝑏

𝑎5

8) 𝑎2. (𝑎

𝑏)

−3

.𝑎

𝑏2= 𝑎2 .

𝑎−3

𝑏−3 .

𝑎

𝑏2

=𝑎2. 𝑎−3. 𝑎

𝑏−3. 𝑏2=

=𝑎2−3+1

𝑏−3+2=

𝑎0

𝑏−1=

1

𝑏−1 = 𝑏1

= 𝑏

Nos exemplos abaixo, determine o valor

de 𝑥 :

9) 3𝑥 = 9 → 3𝑥 = 32 ∴ 𝑥 = 2

10) 2𝑥 + 2𝑥+1 = 24 → 2𝑥 + 2𝑥 ∙ 21

= 24 →

2𝑥 ( 1 + 21) = 24 → 3 ∙ 2𝑥 = 24 →

2𝑥 =24

3 → 2𝑥 = 8 → 2𝑥 = 23 ∴ 𝑥

= 3

11) 6𝑥−2 + 5 ∙ 6𝑥−1 = 6𝑥 − 5

6𝑥

62+ 5 ∙

6𝑥

6− 6𝑥 = −5

6𝑥 + 5. 62 ∙6𝑥

6− 62. 6𝑥 = −62 ∙ 5

6𝑥 ∙ (1 + 30 − 36) = −36 ∙ 5

6𝑥 ∙ (−5) = −36 ∙ 5 → 6𝑥 = 36 →

6𝑥 = 62 ∴ 𝑥 = 2

1.5. Radiciação

A radiciação é uma operação

matemática inversa da potenciação, ou

seja,

𝑠𝑒 √𝑎𝑛

= 𝑏 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑏𝑛 = 𝑎

onde o símbolo √ é o radical e 𝑛 ≠ 0.

Exemplos:

1) √164

= 𝑏 ⇔ 𝑏4 = 16 ⇔ 𝑏4 = (2)4

⇔ 𝑏 = 2

Logo √164

= 2

2) √−273

= 𝑏 ⇔ 𝑏3 = −27 ⇔ 𝑏3

= (−3)3 ⇔

𝑏 = −3 𝑙𝑜𝑔𝑜 √−273

= −3

3) √−16 = 𝑏 ⇔ 𝑏2 = −16

Como não existe um número que

elevado a um expoente par seja um

número negativo então

√−16 𝑛ã𝑜 𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒

Obs: Não existe raiz de um radicando

negativo se o índice for par.

Propriedades

Sejam 𝑛 ≠ 0 e 𝑚 ≠ 0

1) Raiz de radicando nulo:

√0𝑛

= 0

2) Raiz de índice unitário nulo:

√𝑎1 = 𝑎

3) Produto de radicais de mesmo índice:

√𝑎𝑛

. √𝑏𝑛

. √𝑐𝑛

= √𝑎. 𝑏. 𝑐 𝑛

4) Divisão de radicais com mesmo

índice:

√𝑎𝑛

√𝑏𝑛 = √

𝑎

𝑏

𝑛

√𝒂𝒏

= 𝒃

índice

radicando raiz

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11

5) Potência de uma raiz:

( √𝑎𝑛

)𝑚 = √𝑎𝑚𝑛

6) Raiz elevada a expoente igual ao seu

índice:

( √𝑎𝑛

)𝑛 = 𝑎

7) Raiz de uma raiz:

√ √𝑎𝑛𝑚

= √𝑎𝑛.𝑚

8) Multiplicação de raiz por uma

constante

𝑎 √𝑏𝑛

= √𝑎𝑛𝑏𝑛

A raiz é apenas uma forma de

representar a potenciação com

expoente fracionário. Assim, toda raiz

pode ser escrita em forma de potência

como:

√𝑎𝑚 𝑛

= 𝑎 𝑚𝑛

Exemplos:

1) Utilizando as regras da potenciação,

demonstre as seguintes regras da

radiciação:

𝑎) √0𝑛

= 0

√0𝑛

= 01

𝑛⁄ = 0

𝑏) √𝑎1 = 𝑎

√𝑎1 = 𝑎1

1⁄ = 𝑎1 = 𝑎

𝑐) √𝑎𝑛

. √𝑏𝑛

. √𝑐𝑛

= √𝑎. 𝑏. 𝑐 𝑛

𝑎1

𝑛⁄ . 𝑏1

𝑛⁄ . 𝑐1

𝑛⁄ = (𝑎. 𝑏. 𝑐)1

𝑛⁄

= √𝑎. 𝑏. 𝑐 𝑛

𝑑) ( √𝑎𝑛

)𝑚 = √𝑎𝑚𝑛

( √𝑎𝑛

)𝑚 = (𝑎1

𝑛⁄ )𝑚

= 𝑎1.𝑚

𝑛⁄ = 𝑎𝑚

𝑛⁄

= √𝑎𝑚𝑛

𝑒) √ √𝑎𝑛𝑚

= √𝑎𝑛.𝑚

√ √𝑎𝑛𝑚

= √𝑎1

𝑛⁄𝑚

= (𝑎1

𝑛⁄ )1

𝑚⁄

= 𝑎1

𝑛⁄ .1 𝑚⁄ =

= 𝑎1

𝑛.𝑚⁄ = √𝑎𝑛.𝑚

Nos exemplos abaixo calcule as raízes

indicadas:

2) √−273

. √108 = √(−3)33 . √22. 33 =

= (−3). √22. 32. 3 = (−3). 2. 3 . √3

= −18 . √3

3) √356 ∙

√3

√33 =

35

6⁄ ∙ 31

2⁄

31

3⁄=

356+

12

31

3⁄=

38

6⁄

31

3⁄

=

= 386−

13 = 3

66 = 31 = 3

Simplifique as expressões abaixo,

considerando 𝑎 > 0

4) √𝑎 . √𝑎 = 𝑎1

2⁄ . 𝑎1

2⁄ = 𝑎12+

12 = 𝑎1

= 𝑎

5) √𝑎3

. √𝑎3

= 𝑎1

3⁄ . 𝑎1

3⁄ = 𝑎13+

13 = 𝑎

23⁄

= √𝑎23

6) √𝑎3

. √𝑎23= 𝑎

13⁄ . 𝑎

23⁄ = 𝑎

13+

23 = 𝑎

33⁄

= 𝑎

7) (√𝑎3 )3

= (𝑎3

2⁄ )3

= 𝑎3.32 = 𝑎

92⁄

= √𝑎9 =

= √𝑎8 . 𝑎 = √𝑎8. √𝑎 = 𝑎4√𝑎

1.6.Racionalização de

denominadores

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12

Racionalização de denominadores é o

processo para a obtenção de uma

fração com denominador racional

equivalente a uma anterior que possuía

um ou mais radicais no denominador.

A técnica consiste em multiplicar os

termos desta fração por uma expressão

com radical, denominada fator

racionalizante.

1° Caso: O denominador é um radical

de incide 2 (raiz quadrada)

Neste caso o denominador tem a forma

√𝑎 .

O fator racionalizante de √𝑎 é √𝑎 pois:

√𝑎 ∙ √𝑎 = 𝑎12 ∙ 𝑎

12 = 𝑎

12+

12 = 𝑎1 = 𝑎

Exemplos:

1) 30

√2=

30

√2 ∙

√2

√2=

30 ∙ √2

√2 ∙ √2=

30 √2

212 ∙ 2

12

=

= 30 √2

2 = 15 √2

2) 3

4 √6=

3

4√6 ∙

√6

√6=

3 ∙ √6

4 ∙ √6 ∙ √6=

=3 √6

4 ∙ 612 ∙ 6

12

=3 √6

4 ∙ 6 =

√6

8

3) √𝑎3

√𝑎 =

√𝑎3

√𝑎 ∙√𝑎

√𝑎 =

𝑎13 ∙ 𝑎

12

𝑎12 ∙ 𝑎

12

= 𝑎

56

𝑎

=√𝑎56

𝑎

2° Caso: Quando no denominador há

um número somado ou diminuído à

uma raiz quadrada

Neste caso o denominador tem as

formas: 𝑎 + √𝑏 ou 𝑎 − √𝑏

O fator integrante de (𝑎 + √𝑏) é

(𝑎 − √𝑏) e o fator integrante de

(𝑎 − √𝑏) é (𝑎 + √𝑏) pois:

(𝑎 + √𝑏) ∙ (𝑎 − √𝑏) =

= 𝑎 ∙ 𝑎 − 𝑎 ∙ √𝑏 + 𝑎 ∙ √𝑏 − √𝑏 ∙ √𝑏

= 𝑎2 − 𝑏

Exemplos:

1) 3

4 + √5=

3

4 + √5 ∙

4 − √5

4 − √5

=3 ∙ (4 − √5)

42 − (√5 ∙ √5)=

=12 − 3 √5

16 − 5 =

12 − 3 √5

11

2) 5

2 − √3=

5

2 − √3 ∙

2 + √3

2 + √3

=5 ∙ (2 + √3)

22 − √3 ∙ √3=

=10 + 5 √3

4 − 3 =

10 + 5 √3

1

= 10 + 5 √3

3) √𝑎 − 𝑏

√𝑎 + 𝑏=

√𝑎 − 𝑏

√𝑎 + 𝑏 ∙

√𝑎 − 𝑏

√𝑎 − 𝑏=

=(√𝑎 − 𝑏) ∙ (√𝑎 − 𝑏)

(√𝑎 + 𝑏) ∙ (√𝑎 − 𝑏)=

=√𝑎 ∙ √𝑎 − 𝑏 √𝑎 − 𝑏√𝑎 + 𝑏2

(√𝑎)2

− 𝑏2

=𝑎 − 2 𝑏 √𝑎 + 𝑏2

𝑎 − 𝑏2

3° Caso: O denominador é um radical

de índice genérico 𝒏

Neste caso o denominador tem a forma

√𝑎𝑛

.

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13

O fator racionalizante de √𝑎𝑛

é √𝑎𝑛−1𝑛=

𝑎𝑛−1

𝑛 pois:

√𝑎𝑛

∙ √𝑎𝑛−1𝑛= 𝑎

1𝑛 ∙ 𝑎

𝑛−1𝑛 = 𝑎

(1𝑛

+𝑛−1

𝑛)

= 𝑎1+𝑛−1

𝑛 = 𝑎𝑛𝑛 = 𝑎1 = 𝑎

Exemplos:

1) 5

√53 =

5

513

∙ 5

23

523

=5 √5

3

513+

23

=5 √5

3

51= √5

3

2) 1

√3 √33 =

1

312 ∙ 3

13

=1

3(3+2

6)

∙ =1

35 6

=

=1

35 6

∙3

16

316

=3

16

35+1

6

=√36

3

3) 2 + √2

4

√34 =

2 + √24

314

∙3

34

334

=(2 + √2

4) ∙ √334

3(1+3

4)

=

=2 ∙ √27

4+ √2

4∙ √27

4

31

=2 √27

4+ √54

4

3

4° Caso: O denominador é um radical

de incide genérico 𝒏 e radicando

elevado a uma potência genérica 𝒎

Neste caso o denominador tem a forma

√𝑎𝑚𝑛 com 𝒎 < 𝒏

O fator racionalizante de √𝑎𝑚𝑛 é

√𝑎𝑛−𝑚 = 𝑛

𝑎𝑛−𝑚

𝑛 pois:

√𝑎𝑚𝑛 ∙ √𝑎𝑛−𝑚𝑛

= 𝑎𝑚𝑛 ∙ 𝑎

𝑛−𝑚𝑛

= 𝑎(𝑚𝑛

+𝑛−𝑚

𝑛)

=

= 𝑎𝑚+𝑛−𝑚

𝑛 = 𝑎𝑛𝑛 = 𝑎1 = 𝑎

Exemplos:

1) 21

√725 = 21

725

∙ 7

35

735

=21 √735

7(25+

35)

=21 √735

7

= 3 √735

2) 1

√373 = 1

√33 ∙ 33 ∙ 33 =

1

√333∙ √333

∙ √33

=

=1

3 ∙ 3 ∙ √33 =

1

32 ∙ √33

=

1

32 ∙ √33

=1

32 ∙ 313

∙3

23

323

=

=3

23

32 ∙ 3(13+

23)

=√323

32 ∙ 31=

√323

33=

√93

27

1.7. Logaritmo

O logaritmo de um número positivo 𝑎 na

base 𝑏, positiva e diferente de 1, é o

expoente 𝑐 que se deve elevar 𝑏 para

obter 𝑎.

𝑠𝑒 𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑎 = 𝑐 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑏𝑐

= 𝑎

onde 𝑎 > 0, 𝑏 > 0 𝑒 𝑏 ≠ 1.

A notação do logaritmo decimal, de

base igual a 10, é:

log 𝑎 = log10 𝑎

logaritmo

base logaritmando

𝐥𝐨𝐠𝒃 𝒂 = 𝒄

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14

A notação do logaritmo natural, de

base igual ao número de Euler 𝑒 ≅

2.71828, é:

ln 𝑎 = log𝑒 𝑎

Nota: Não devemos confundir logaritmo

natural e logaritmo neperiano. Algumas

vezes ambos são tratados como

sinônimos, mas na verdade o logaritmo

neperiano refere-se a um logaritmo na

base 1 𝑒⁄ .

Exemplos:

1) log 100 = 𝑥 → 10𝑥 = 100 → 10𝑥

= 102 ∴ 𝑥 = 2

2) log 0,1 = 𝑥 → 10𝑥 = 0,1 → 10𝑥

= 10−1

∴ 𝑥 = −1

3) 𝑙𝑜𝑔2 4 = 𝑥 → 2𝑥 = 4 → 2𝑥 = 22

∴ 𝑥 = 2

4) 𝑙𝑜𝑔2 (1

32) = 𝑐 → 2𝑐 =

1

32→ 2𝑐 =

1

25

→ 2𝑐 = 2−5

∴ 𝑐 = −5

5) 𝑙𝑜𝑔3 1 = 𝑥 → 3𝑥 = 1 → 3𝑥 = 30 ∴ 𝑐

= 0

6) 𝑙𝑜𝑔14

(2√2) = 𝑥 → (1

4)

𝑥

= 2 √2 →

(1

22)

𝑥

= 2 ∙ 212 → (2−2)𝑥 = 2

(1+12)

2−2𝑥 = 232 ∴ −2𝑥 =

3

2 → 𝑥 = −

3

2

7) ln1

𝑒= 𝑐 → 𝑒𝑐 =

1

𝑒→ 𝑒𝑐 = 𝑒−1 ∴ 𝑐

= −1

8) ln 𝑒 = 𝑐 → 𝑒𝑐 = 𝑒 → 𝑒𝑐 = 𝑒1 ∴ 𝑐 = 1

9) Calcule o valor de log 1,4 usando a

definição de logaritmo e as

aproximações: 2 = 100,301 e 7 = 100,845.

Solução:

log 1,4 = 𝑥 → 10𝑥 = 1,4 → 10𝑥 =14

10→

10𝑥 =2 ∙ 7

10 → 10𝑥 = 2 ∙ 7 ∙ 10−1 →

10𝑥 = 100,301 ∙ 100,845 ∙ 10−1 →

10𝑥 = 100,301+0,845−1

10𝑥 = 100,146

∴ 𝑥 = 0,146 → log 1,4 = 0,146

Propriedades

1) Logaritmo de 1 em qualquer base b é 0.

𝑙𝑜𝑔𝑏 1 = 𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑏0 = 0

2) Logaritmo da base é 1.

𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑏 = 𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑏1 = 1

3) Logaritmo de um produto

𝑙𝑜𝑔𝑏(𝑎. 𝑐) = 𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑎 + 𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑐

4) Logaritmo de um quociente

𝑙𝑜𝑔𝑏 (𝑎

𝑐) = 𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑎 − 𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑐

5) Logaritmo de uma potência

𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑎𝑛 = 𝑛 𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑎

6) Mudança da base b para a base c

𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑎 = 𝑙𝑜𝑔𝑐 𝑎

𝑙𝑜𝑔𝑐 𝑏

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15

7) Igualdade de logaritmos de mesma base

𝑠𝑒 𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑥 = 𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑦 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑥= 𝑦

8) Relações entre potências e logaritmos de mesma base.

log𝑏 𝑏𝑎 = 𝑎 𝑒 𝑏𝑙𝑜𝑔𝑏 𝑎 = 𝑎

Exemplos:

1) 𝑙𝑜𝑔(0,1 ∙ √10) = 𝑙𝑜𝑔 0,1 + 𝑙𝑜𝑔 √10 =

= 𝑙𝑜𝑔10−1 + 𝑙𝑜𝑔1012 = −1 +

1

2= −

1

2

2) 𝑙𝑜𝑔2 (1

16) = 𝑙𝑜𝑔2 1 − 𝑙𝑜𝑔2 16 =

= 𝑙𝑜𝑔2 20 − 𝑙𝑜𝑔2 24 = 0 − 4 = −4

3) 2𝑙𝑜𝑔2 4 = 4

4) 4𝑙𝑜𝑔2 4 = (22)𝑙𝑜𝑔2 4 = 22.𝑙𝑜𝑔2 4

= 2𝑙𝑜𝑔2 42=

= 2𝑙𝑜𝑔2 16 = 16

5) 𝑒−3 𝑙𝑛 𝑥 = 𝑒𝑙𝑛 𝑥−3= 𝑥−3

6) 3 ln(𝑎) + ln(𝑏) − ln (𝑒) = ln (𝑎3 ∙ 𝑏

𝑒)

Resolva as equações abaixo:

7) log√2 𝑥 = −3

Solução:

(√2)−3

= 𝑥 → 𝑥 =1

(√2)3 → 𝑥 =

1

√23

𝑥 =1

2 √2→ 𝑥 =

1

2 √2∙√2

√2 → 𝑥 =

√2

4

8) 3 ln 𝑥 = 2

Solução:

ln 𝑥 =2

3 → 𝑒

23 = 𝑥 → 𝑥 = √𝑒23

9) 2 𝑙𝑜𝑔2 𝑥 = 𝑙𝑜𝑔2 4

Solução:

𝑙𝑜𝑔2 𝑥2 = 𝑙𝑜𝑔2 22 ∴ 𝑥2 = 4 ∴

𝑥 = 2 𝑜𝑢 𝑥 = −2 , 𝑝𝑜𝑖𝑠 (−2)2 = (2)2 = 4

Como o logaritmando 𝑥 não pode ser

negativo, só 𝑥 = 2 é solução da

equação.

10) 3 𝑒4𝑥+8 = 1

Solução:

𝑒4𝑥+8 =1

3

Para isolar a variável 𝑥 na equação é

necessário aplicar o logaritmo ln nos

dois lados da equação, então:

ln(𝑒4𝑥+8) = ln (1

3) → 4𝑥 + 8

= ln 1 − ln 3 →

4𝑥 + 8 = 0 − ln 3 → 4𝑥 = −8 − ln 3 →

𝑥 = −8 − ln 3

4 ∴ 𝑥 = −2 −

1

4ln 3

1.8. Módulo ou Valor Absoluto

A todo número real 𝑥 associa-se um

valor absoluto, também chamado de

módulo, representado por |𝑥| definido

por :

|𝑥| = {𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0

−𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 < 0

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16

O módulo de um número positivo ou

nulo é o próprio número

|4| = 4 ; |0| = 0

O módulo de um número negativo é

o oposto dele mesmo

|−3| = −(−3) = 3 ; |−√5|

= −(−√5 ) = √5

De acordo com a definição acima, para

todo 𝑥 ∈ ℜ tem-se |𝑥| ≥ 0, ou seja, o

módulo de um número real é sempre

positivo ou nulo.

Geometricamente, o módulo um número

real é, na reta numérica, a distância

entre este número e a origem.

O número -2 está a 2 unidades de

medida à esquerda da origem. Assim,

sua distância à origem é 2. Dizemos,

então, que o módulo ou valor absoluto

de -2 é 2, indicado por |−2| = 2.

O número 3 está a 3 unidades de

medida à direita da origem. Assim, sua

distância à origem é 3. Dizemos, então,

que o módulo ou valor absoluto de 3 é

3, indicado por |3| = 3.

Se considerarmos dois números reais 𝑥

e 𝑦 associados aos pontos 𝑋 e 𝑌 na reta

real, então |𝑥 – 𝑦| corresponde a

distância entre os dois pontos.

Propriedades

1) |𝑥| ≥ 0

2) |𝑥| = | − 𝑥|

3) |𝑥. 𝑦| = |𝑥|. |𝑦|

4) |𝑥/𝑦| = |𝑥|/|𝑦| com 𝑦 ≠ 0

5) |𝑥| = |𝑦| 𝑠𝑒 𝑒 𝑠𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑠𝑒 𝑥 =

± 𝑦

6) √𝑥𝑛𝑛= {

|𝑥| 𝑠𝑒 𝑛 𝑓𝑜𝑟 𝑝𝑎𝑟 𝑥 𝑠𝑒 𝑛 𝑓𝑜𝑟 𝑖𝑚𝑝𝑎𝑟

; 𝑥 ∈

Observação:|𝑥 ± 𝑦| ≠ |𝑥| ± |𝑦|

Exemplos:

1) De acordo com a definição e as

propriedades do módulo, calcule:

𝑎) |−3 + 5| = | 2| = 2

𝑏) |−3 − 5| − |−3| = |−8| − |−3|

= 8 − 3 = 5

𝑐) |(−2). 3| = |−2|. |3| = 2 . 3 = 6

𝑑) √(−3)2 = |−3| = 3

𝑒) √(−3)33 = −3

𝑓) |2 𝑥 + 1

𝑥| 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 = −3

|2 (−3) + 1

−3| = |

−5

−3| =

| − 5|

| − 3|

=5

3

2) Sejam |𝑎| = 10, |𝑏| = 2 e 𝑐 = −5,

calcule as expressões:

𝑎) | 𝑎2. 𝑏|

| 𝑎2. 𝑏| = |𝑎2|. |𝑏| = |𝑎|. |𝑎|. |𝑏| = 10.10.2

= 200

0 -2 3

2 3

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17

𝑏) |𝑎

𝑐| =

|𝑎|

|𝑐|=

10

| − 5|=

10

5= 2

𝑐) √𝑐22= |𝑐| = |−5| = 5

𝑑) √𝑐33= 𝑐 = −5

3) Resolva as equações abaixo:

𝑎) |𝑥 + 2| = 8

Solução:

𝑠𝑒 𝑥 + 2 ≥ 0

|𝑥 + 2| = (𝑥 + 2) = 8 ∴ 𝑥 = 8 − 2 = 6

𝑠𝑒 𝑥 + 2 < 0

|𝑥 + 2| = −(𝑥 + 2) = 8

𝑥 + 2 = −8 ∴ 𝑥 = −8 − 2 ∴ 𝑥 = −10

Portanto 𝑥 = 6 ou 𝑥 = −10

𝑏) |2𝑥 + 1| = 3.

Solução:

se (2𝑥 + 1) ≥ 0 → |2𝑥 + 1| = 2𝑥 + 1 =

3

2𝑥 + 1 = 3 → 2𝑥 = 3 − 1 → 2𝑥

= 2 →

𝑥 =2

2= 1

se (2𝑥 + 1) < 0 → |2𝑥 + 1| = −( 2𝑥 +

1) = 3

-(2𝑥 + 1) = 3 → 2𝑥 + 1 =

−3 →

2𝑥 = −4 → 𝑥 =−4

2→ 𝑥 = −2

Portanto 𝑥 = 1 ou 𝑥 = −2

𝑐) |4𝑥 + 1| = |5 − 2𝑥|

Solução:

Pela propriedade 5 temos:

4𝑥 + 1 = ±(5 − 2𝑥)

4𝑥 + 1 = 5 − 2𝑥 → 6𝑥 = 4 → 𝑥 =2

3

4𝑥 + 1 = −5 + 2𝑥 → 2𝑥 = −6 → 𝑥 =

−3

Portanto 𝑥 = −3 ou 𝑥 =2

3

𝑑) √𝑥2 = 8

Solução:

√𝑥2 = |𝑥| = 8

𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0 → |𝑥| = 𝑥 = 8 ∴ 𝑥 = 8

𝑠𝑒 𝑥 < 0 → |𝑥| = −𝑥 = 8 ∴ − 𝑥 = 8

∴ 𝑥 = −8

Portanto 𝑥 = 8 ou 𝑥 = −8

1.9. Polinômios Define-se um polinômio 𝑝(𝑥) de grau 𝑛

a expressão algébrica na seguinte

forma:

𝑝(𝑥) = 𝑎𝑛𝑥𝑛 + 𝑎𝑛−1𝑥𝑛−1 + ⋯ +𝑎1𝑥 + 𝑎0

Em que os coeficientes

𝑎𝑛, 𝑎𝑛−1, … , 𝑎1e 𝑎0 são números reais e

𝑛 é um número inteiro. O grau do

polinômio é grau de seu termo

(monômio) de maior potência.

Exemplos:

O polinômio 𝑏(𝑥) = 3 − 5𝑥2 + 𝑥 é um

polinômio de 2º grau completo.

O polinômio 𝑐(𝑥) = 𝑥3 − 𝑥 é de 3º grau,

com coeficientes 𝑎2 = 𝑎0 = 0.

1.9.1. Adição e Subtração de

Polinômios

Para adicionar ou subtrair dois

polinômios devemos somar ou subtrair

os termos de mesmo grau.

Exemplos:

1) Sejam os polinômios:

𝑝(𝑥) = 5 − 3𝑥2 − 𝑥 + 2𝑥3

𝑞(𝑥) = 4𝑥 − 2 + 𝑥4 − 6𝑥2

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18

a) Calcule 𝑟(𝑥) = 𝑝(𝑥) + 𝑞(𝑥)

Solução:

𝑟(𝑥) = [ 5 − 3𝑥2 − 𝑥 + 2𝑥3] + [4𝑥 − 2

+ 𝑥4 − 6𝑥2]

(organize por ordem decrescente do

grau)

𝑟(𝑥) = [ 2 𝑥3 − 3𝑥2 − 𝑥 + 5] + [𝑥4 − 6𝑥2

+ 4𝑥 − 2]

(agrupe os termos de mesmo grau)

𝑟(𝑥) = 𝑥4 + 2 𝑥3 − 3 𝑥2 − 6 𝑥2 − 𝑥 + 4𝑥

+ 5 − 2

𝑟(𝑥) = 𝑥4 + 2𝑥3 + (−3 − 6)𝑥2

+ (−1 + 4)𝑥 +

+ (5 − 2)

𝑟(𝑥) = 𝑥4 + 2𝑥3 − 9𝑥2 + 3𝑥 + 3

b) Calcule 𝑠(𝑥) = 𝑝(𝑥) − 𝑞(𝑥)

Solução:

𝑠(𝑥) = [ 5 − 3𝑥2 − 𝑥 + 2𝑥3] − [4𝑥 − 2

+ 𝑥4 − 6𝑥2]

𝑠(𝑥) = [ 2 𝑥3 − 3𝑥2 − 𝑥 + 5] − [𝑥4 − 6𝑥2

+ 4𝑥 − 2]

𝑠(𝑥) = 2 𝑥3 − 3𝑥2 − 𝑥 + 5 − 𝑥4 + 6𝑥2

− 4𝑥 + 2

𝑠(𝑥) = −𝑥4 + 2 𝑥3 − 3 𝑥2 + 6 𝑥2 − 𝑥

− 4𝑥 + 5 + 2

𝑠(𝑥) = −𝑥4 + 2𝑥3 + (−3 + 6)𝑥2

+ (−1 − 4)𝑥 +

+ (5 + 2)

𝑠(𝑥) = −𝑥4 + 2𝑥3 + 3𝑥2 − 5𝑥 + 7

2) Calcule 𝑟(𝑥) = 2 𝑝(𝑥) − 3 𝑞(𝑥), onde

𝑝(𝑥) = −2𝑥2 + 5𝑥 − 2

𝑞(𝑥) = −3𝑥3 + 2𝑥 − 1

Solução:

𝑟(𝑥) = 2 (−2𝑥2 + 5𝑥 − 2) − 3(−3𝑥3

+ 2𝑥 − 1)

𝑟(𝑥) = −4𝑥2 + 10𝑥 − 4 + 9𝑥3 − 6𝑥 + 3

𝑟(𝑥) = 9𝑥3 − 4𝑥2 + (10 − 6)𝑥 + (−4

+ 3)

𝑟(𝑥) = 9𝑥3 − 4𝑥2 + 4𝑥 − 1

No caso de adição e subtração de dois

polinômios podemos organizar o

polinômio por ordem decrescente do

grau de seus monômios, e efetuar estas

operações como usualmente fazemos

na forma:

Exemplos:

1) Sejam os polinômios:

𝑝(𝑥) = 2𝑥3 − 𝑥 + 5 − 3𝑥2 e

𝑞(𝑥) = −6𝑥2 − 𝑥4 + 4𝑥 − 2

a) Calcule a Soma: 𝑝(𝑥) + 𝑞(𝑥)

Solução:

+

+2𝑥3 −3𝑥2 −𝑥 +5−𝑥4 −6𝑥2 +4𝑥 −2−𝑥4 +2𝑥3 −9𝑥2 +3𝑥 +3

b) Calcule a Subtração: 𝑝(𝑥) −

𝑞(𝑥)

+2𝑥3 −3𝑥2 −𝑥 +5−𝑥4 −6𝑥2 +4𝑥 −2 𝑥4 +2𝑥3 +3𝑥2 −5𝑥 +7

1.9.2. Multiplicação de Polinômios

Para multiplicar dois polinômios, utiliza-

se a propriedade distributiva da

multiplicação:

(𝑎 + 𝑏)(𝑐 + 𝑑 + 𝑓) =

= (𝑎𝑐) + (𝑎𝑑) + (𝑎𝑓) + (𝑏𝑐) + (𝑏𝑑)

+ (𝑏𝑓)

Exemplos:

1) Sejam os polinômios:

𝑝(𝑥) = −𝑥 + 𝑥3

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19

𝑞(𝑥) = 𝑥5 − 𝑥3

Calcule 𝑠(𝑥) = 𝑝(𝑥). 𝑞(𝑥)

Solução:

𝑠(𝑥) = (−𝑥 + 𝑥3)(𝑥5 − 𝑥3)

𝑠(𝑥) = (−𝑥). (𝑥5) + (−𝑥). (−𝑥3) +

+(𝑥3)(𝑥5) + (𝑥3)(−𝑥3)

𝑠(𝑥) = −𝑥. 𝑥5 + 𝑥. 𝑥3 + 𝑥3. 𝑥5 − 𝑥3. 𝑥3

𝑠(𝑥) = −𝑥6 + 𝑥4 + 𝑥8 − 𝑥6

𝑠(𝑥) = 𝑥8 + (−1 − 1) 𝑥6 + 𝑥4

𝑠(𝑥) = 𝑥8 − 2 𝑥6 + 𝑥4

2) Sejam os polinômios:

𝑝(𝑥) = 2𝑥 − 1

𝑞(𝑥) = −𝑥2 + 3𝑥

Calcule 𝑟(𝑥) = 𝑝(𝑥). 𝑞(𝑥)

Solução:

𝑟(𝑥) = (2𝑥 − 1). (−𝑥2 + 3𝑥)

𝑟(𝑥) = (2𝑥). (−𝑥2) + (2𝑥). (3𝑥)

+ (−1). (−𝑥2) +

+(−1). (3𝑥)

𝑟(𝑥) = −2. 𝑥 . 𝑥2 + 6. 𝑥. 𝑥 + 1. 𝑥2 − 3. 𝑥

𝑟(𝑥) = −2𝑥3 + 6𝑥2 + 𝑥2 − 3𝑥

𝑟(𝑥) = 2𝑥3 + 7𝑥2 − 3𝑥

Podemos efetuar a multiplicação

de dois polinômios como usualmente

fazemos esta operação com números

reais na forma:

×

2𝑥 −1−𝑥2 +3𝑥

6𝑥2 − 3𝑥 −2𝑥3 + 𝑥2

−2𝑥3 + 7𝑥2 − 3 𝑥

1.9.3. Produtos Notáveis

Alguns produtos são utilizados

frequentemente e são chamados de

produtos notáveis. Eis alguns deles:

a) Produto da soma pela diferença de

dois termos:

(𝑥 + 𝑎). (𝑥 − 𝑎) = 𝑥2 − 𝑎2

b) Quadrado da soma de dois termos:

(𝑥 + 𝑎)2 = (𝑥 + 𝑎). (𝑥 + 𝑎)

= 𝑥2 + 2𝑎𝑥 + 𝑎2

c) Quadrado da diferença de dois

termos:

(𝑥 − 𝑎)2 = (𝑥 − 𝑎). (𝑥 − 𝑎)

= 𝑥2 − 2𝑎𝑥 + 𝑎2

d) Cubo da soma de dois termos:

(𝑥 + 𝑎)3 = 𝑥3 + 3𝑥2𝑎 + 3𝑥𝑎2 + 𝑎3

e) Cubo da diferença de dois termos:

(𝑥 − 𝑎)3 = 𝑥3 − 3𝑥2𝑎 + 3𝑥𝑎2 − 𝑎3

Exemplos:

1) (𝑘 − 5)2 = 𝑘2 − 2. 𝑘. 5 + 52 = 𝑘2 −

10𝑘 + 25

2) (2 𝑡 + 3)2 = (2 𝑡)2 + 2. (2 𝑡). (3) +

32 = 4 𝑡2 + 12 𝑡 + 9

3) (3 − 2𝑥)(3 + 2𝑥) = (3)2 − (2𝑥)2 =

9 − 4𝑥2

4) 9𝑦2 + 𝑥2 − 6𝑦𝑥 = (3 𝑦)2 −

2. (3𝑦). (𝑥) + (𝑥)2 = (3𝑦 − 𝑥)2

1.9.4. Divisão de Polinômios

𝑎(𝑥) = 𝑏(𝑥). 𝑞(𝑥) + 𝑟(𝑥)

𝑎(𝑥)

𝑏(𝑥)= 𝑞(𝑥) +

𝑟(𝑥)

𝑏(𝑥)

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20

Para dividir dois polinômios 𝑎(𝑥) e 𝑏(𝑥),

o processo é semelhante ao da divisão

de dois números reais. Os termos do

quociente 𝑞(𝑥)são escolhidos de modo

que os termos de maior grau dos

dividendos ao longo da operação sejam

eliminados. O resto 𝑟(𝑥) é o dividendo

que tem grau menor que o divisor.

Exemplos:

Calcule

1) 𝑓(𝑥)/(𝑔(𝑥), sendo:

𝑓(𝑥) = 𝑥3 − 2𝑥 e 𝑔(𝑥) = 𝑥 + 1

Solução:

𝑥3 − 2𝑥 | 𝑥 + 1

−𝑥3 − 𝑥2 𝑥2 − 𝑥 + 1

−𝑥2 − 2𝑥

+𝑥2 + 𝑥

−𝑥

+𝑥 + 1

1

Sabendo que:

(𝑥3 − 2𝑥) = ( 𝑥2 − 𝑥 + 1). (𝑥

+ 1) + 1

Tem-se:

𝑓(𝑥)

𝑔(𝑥)=

(𝑥3 − 2𝑥)

(𝑥 + 1)

= (𝑥2 − 𝑥 − 1)

+ (1

𝑥 + 1)

2) 𝑝(𝑥) = 𝑓(𝑥)/(𝑔(𝑥), sendo:

𝑓(𝑥) = 𝑥3 + 5𝑥2 + 8𝑥 + 4 e

𝑔(𝑥) = 𝑥 + 2

Solução:

𝑥3 + 5𝑥2 + 8𝑥 + 4 | 𝑥 + 2

−𝑥3 − 2𝑥2 𝑥2 + 3𝑥 + 2

3𝑥2 + 8𝑥 + 4

−3𝑥2 − 6𝑥

2𝑥 + 4

−2𝑥 − 4

0

𝑝(𝑥) =𝑓(𝑥)

𝑔(𝑥)= 𝑥2 + 3𝑥 + 2

1.9.5. Raiz de um Polinômio

Raízes ou zeros de um polinômio 𝑝(𝑥)

são os valores de 𝑥 que tornam 𝑝(𝑥) =

0.

Um polinômio de grau 𝑛 tem 𝑛 raízes

que podem ser reais ou complexas,

distintas ou repetidas.

Se 𝑥1, 𝑥2, … , 𝑥𝑛 são raízes de polinômio

𝑝(𝑥) de grau 𝑛, então 𝑝(𝑥1) = 0, 𝑝(𝑥2) =

0, … 𝑝(𝑥𝑛) = 0.

Um polinômio de 10 grau na forma

𝑝(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏

tem uma raiz 𝑥1 que pode ser calculada

como

𝑎𝑥1 + 𝑏 = 0 → 𝑥1 =−𝑏

𝑎

Um polinômio de 20 grau na forma

𝑝(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐

tem duas raízes 𝑥1 e 𝑥2 que podem ser

calculadas pela fórmula de Bhaskara.

𝑥 =−𝑏 ± √∆

2 𝑎 𝑜𝑛𝑑𝑒 ∆= 𝑏2 − 4 𝑎 𝑐

Se ∆> 0 então 𝑥1 e 𝑥2 são raízes reais e

distintas

Se ∆= 0 então 𝑥1 e 𝑥2 são raízes reais e

iguais

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21

Se ∆< 0 então 𝑥1 e 𝑥2 são raízes

complexas

Graficamente, os zeros reais do

polinômio 𝑝(𝑥) são as interseções do

gráfico da função 𝑝(𝑥) com o eixo 𝑥.

Caso 1: Raízes reais distintas

Caso 2: Raízes reais iguais

Caso 3: Raízes complexas

Exemplos:

Verifique se 𝑥 = −3 é raiz dos

polinômios abaixo:

1) 𝑝(𝑥) = 3 𝑥 + 9

Solução:

𝑝(−3) = 3. (−3) + 9 = −9 + 9

𝑝(−3) = 0

Portanto 𝑥 = −3 é raiz de 𝑝(𝑥).

2) 𝑟(𝑥) = 𝑥2 + 6 𝑥 + 9

Solução:

𝑟(−3) = (−3)2 + 6. (−3) + 9

𝑟(−3) = 9 − 18 + 9

𝑟(−3) = 0

Portanto 𝑥 = −3 é raiz de 𝑟(𝑥).

3) 𝑠(𝑥) = 𝑥3 + 9𝑥

Solução:

𝑠(−3) = (−3)3 + 9(−3)

𝑠(−3) = −27 − 27 = −54 ∴ 𝑠(−3)

≠ 0

Portanto 𝑥 = −3 não é raiz de 𝑠(𝑥).

Encontre as raízes dos polinômios

abaixo:

4) 𝑝(𝑥) = 3𝑥 − 6

𝑝(𝑥) = 3𝑥 − 6 = 0

Solução:

3𝑥 − 6 = 0 ∴ 3𝑥 = 6 ∴ 𝑥 =6

3

∴ 𝑥 = 2

5) 𝑠(𝑡) = 6 𝑡 + 18

Solução:

𝑠(𝑡) = 6𝑡 + 18 = 0

6𝑡 + 18 = 0

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22

6𝑡 = −18 ∴ 𝑡 =−18

6 ∴ 𝑡 = −3

6) 𝑔(𝑥) = 𝑥2 − 3 𝑥 + 2

Solução:

𝑥2 − 3𝑥 + 2 = 0

Usando Bhaskara: 𝑎 = 1, 𝑏 = −3 e

𝑐 = 2,

∆= (−3)2 − 4.1.2 = 9 − 8 = 1

∆> 0 ; raízes reais distintas

𝑥 =−(−3) ± √1

2.1=

3 ± 1

2 ∴

𝑥1 =3 + 1

2=

4

2= 2

𝑥2 =3 − 1

2=

2

2= 1

7) 𝑔(𝑥) = 4𝑥2 + 16𝑥 + 16

Solução:

4𝑥2 + 16𝑥 + 16 = 0

Usando Bhaskara: 𝑎 = 4, 𝑏 = 16 e

𝑐 = 16,

∆= (16)2 − 4.4.16 = 0

∆= 0 ; raízes reais iguais

𝑥 =−(16) ± √0

2.4=

−16 ± 0

8 ∴

𝑥1 =−16 + 0

8= −2

𝑥2 =−16 − 0

8= −2

8) 𝑝(𝑡) = 𝑡2 − 2 𝑡

Solução:

𝑡2 − 2 𝑡 = 0

Usando Bhaskara: 𝑎 = 1, 𝑏 = −2 e

𝑐 = 0,

∆= (−2)2 − 4.1.0 = 4

𝑡 =−(−2) ± √4

2.1=

2 ± 2

2

𝑡1 =2 + 2

2= −2

𝑡2 =2 − 2

2= 0

Como o polinômio é incompleto (𝑐 =

0) podemos resolvê-lo diretamente

na forma:

𝑡2 − 2 𝑡 = 0

𝑡 . (𝑡 − 2) = 0

Para um produto ser zero um

dos dois fatores deve ser zero,

assim:

{𝑡 = 0

𝑜𝑢 𝑡 − 2 = 0

𝑡1 = 0

𝑡2 − 2 = 0 → 𝑡2 = 2

9) 𝑝(𝑥) = 4𝑥2 − 16

Solução:

4𝑥2 − 16 = 0

Usando Bhaskara: 𝑎 = 4, 𝑏 = 0 e

𝑐 = −16,

∆= (0)2 − 4.4. (−16) = 256

𝑡 =−(0) ± √256

2.4=

0 ± 16

8 =

± 16

8

𝑥1 =+16

8= 2

𝑥2 =−16

8= −2

Como o polinômio é incompleto (𝑏 =

0) podemos resolvê-lo diretamente

na forma:

4𝑥2 − 16 = 0

𝑥2 =16

4 → 𝑥2 = 4

√𝑥2 = √4

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23

|𝑥| = 2 ∴ 𝑥1 = 2 𝑜𝑢 𝑥2 = −2

10) 𝑝(𝑥) = 𝑥3 + 𝑥2 − 6𝑥

Solução:

𝑥3 + 𝑥2 − 6𝑥 = 0

𝑥 ( 𝑥2 − 𝑥 − 6) = 0

{𝑥 = 0 → 𝑥1 = 0

𝑥2 − 𝑥 − 6 = 0

Usando Bhaskara para resolver a

equação: 𝑥2 − 𝑥 − 6 = 0:

∆= (−1)2 − 4 .1. (−6) = 25

𝑥 =−(−1) ± √25

2.1=

1 ± 5

2 ∴

𝑥2 =1 + 5

2= 3

𝑥3 =1 − 5

2= −2

Assim:

𝑥1 = 0 ; 𝑥2 = 3 ; 𝑥3 = −2

1.9.6. Fatoração de Polinômios

Considere o polinômio 𝑝(𝑥) de grau 𝑛

𝑝(𝑥) = 𝑎𝑛𝑥𝑛 + 𝑎𝑛−1𝑥𝑛−1 + ⋯ +𝑎1𝑥 + 𝑎0

Se 𝑥1, 𝑥2, … , 𝑥𝑛 são raízes de 𝑝(𝑥) então,

𝑝(𝑥) pode ser fatorado como:

𝑝(𝑥) = 𝑎𝑛(𝑥 − 𝑥1)(𝑥 − 𝑥2) … (𝑥

− 𝑥𝑛−1)(𝑥 − 𝑥𝑛)

onde 𝑎𝑛 é o coeficiente do termo de

maior grau do polinômio.

Se 𝑥1, 𝑥2, … , 𝑥𝑛 são raízes de 𝑝(𝑥) então,

𝑝(𝑥) é divisível (resto igual a zero) por

(𝑥 − 𝑥𝑖) com 𝑖 = 1, … , 𝑛 , onde 𝑥𝑖 é cada

uma de suas raízes.

Exemplos:

Fatores os polinômios abaixo:

1) 𝑔(𝑥) = 𝑥2 − 3𝑥 + 2

Solução:

Devemos primeiro encontrar as raízes

do polinômio.

𝑥 =−(−3) ± √(−3)2 − 4.1.2

2.1 ∴ 𝑥

= 3 ± 1

2

𝑥1 = 2 ; 𝑥2 = 1

Para 𝑔(𝑥) tem-se que 𝑎𝑛 = 1, 𝑥1 = 2 e

𝑥2 = 1, então:

𝑔(𝑥) = 𝑎𝑛(𝑥 − 𝑥1)(𝑥 − 𝑥2)

𝑔(𝑥) = 𝑥2 − 3𝑥 + 2 = (𝑥 − 2)(𝑥 − 1)

2) 𝑘(𝑥) = −8𝑥 + 2𝑥2 + 6

Solução:

Raízes:

𝑥 =−(−8) ± √(−8)2 − 4.2.6

2.2 ∴ 𝑥

= 8 ± 4

4

𝑥1 = 3 ; 𝑥2 = 1

para 𝑘(𝑥) tem-se que 𝑎𝑛 = 2, 𝑥1 = 3 e

𝑥2 = 1:

𝑘(𝑥) = 𝑎𝑛(𝑥 − 𝑥1)(𝑥 − 𝑥2)

𝑘(𝑥) = 2𝑥2 − 8𝑥 + 6

= 2 (𝑥 − 3)(𝑥

− 1)

3) Fatore e simplifique a expressão

2𝑥2 + 4𝑥 + 2

𝑥 + 1

Solução:

Fatorando o numerador 2𝑥2 + 4𝑥 + 2

Cálculo das raízes

𝑥 =−(4) ± √(4)2 − 4.2.2

2.2 ∴ 𝑥

= −4 ± 0

4

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24

𝑥1 = −1 ; 𝑥2 = −1

Tem-se que 𝑎𝑛 = 2, 𝑥1 = −1e 𝑥2 = −1

2𝑥2 + 4𝑥 + 2 = 2(𝑥 − (−1))(𝑥

− (−1))

2𝑥2 + 4𝑥 + 2 = 2 (𝑥 + 1)(𝑥 + 1)

Calculando a expressão:

2𝑥2 + 4𝑥 + 2

𝑥 + 1

2𝑥2 + 4𝑥 + 2

𝑥 + 1=

2 (𝑥 + 1)(𝑥 + 1)

𝑥 + 1= 2(𝑥 + 1)

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:

1) Encontre o valor de A

𝐴 =

1 −14

+1

1 +14

1 +14 −

1

1 +14

2) Calcule a expressão

(2𝑎

𝑥 − 3+

𝑎

𝑥−

2𝑎𝑥

𝑥2 − 3𝑥) .

𝑥

2𝑎

3) Resolva a expressão

(𝑥 + 1𝑥 − 2 +

𝑥 − 3𝑥 + 2)

2𝑥2 − 2𝑥 + 8𝑥 − 2

4) A expressão é igual a:

2(𝑥2𝑦). 3(𝑥2𝑦3)

𝑥²𝑦²

5) Simplifique, sendo 𝑎. 𝑏 ≠ 0

a) (𝑎4..𝑏2)³

(𝑎.𝑏2)²

b) (𝑎4.. 𝑏3)3. (𝑎2. 𝑏)² 6) Calcule o valor das expressões:

a) 2−1−(−2)2+(−2)−1

22+2−2

b) 32−3−2

32+3−2

c) (−1

2)2.(

1

2)3

[(−1

2)2]3

7) Simplifique os radicais

a) √643

b) √576

c) √12

d) √273

e) √324

8) Simplifique as expressões:

a) √8 + √32 + √72 − √50

b) 5√108 + 2√243 − √27 + 2√12

c) 𝑎√𝑎𝑏43+ 𝑏√𝑎4𝑏

3+ √𝑎4𝑏43

− 3𝑎𝑏√𝑎𝑏3

9) Efetue as operações:

a) √3. √12

b) √243

. √33

c) √43

√2 4

d)

√3

2

√1

2

e) (√12 − 2√27 + 3√75). √3

f) (3 + √2). (5 − 3√2)

g) (5 − 2√3)2

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25

h) √20−√45+3√125

2√5

i) √√2 − 1. √√2 + 1

10) Simplifique

2𝑎√1 + 𝑥2

𝑥 + √1 + 𝑥2

Sabendo que: 𝑥 =1

2(√

𝑎

𝑏− √

𝑏

𝑎)

11) Qual o valor que se obtém ao subtrair 5

8−3√7 de

12

√7+3?

12) As indicações R1 e R2, na escala

Richter, de dois terremotos estão

relacionadas pela fórmula

𝑅1 − 𝑅2 = log10

𝑀1

𝑀2

Em que M1 e M2 medem a energia

liberada pelos terremotos sob a forma de

ondas que se propagam pela crosta

terrestre. Houve dois terremotos: um

correspondente a R1=8 e outro

correspondente a R2=6. Calcule a razão 𝑀1

𝑀2

13) Calcule o valor de S:

𝑆 = log4 (log3 9)

+ log2( log81 3)

+ log0,8( log16 32)

14) Determine o valor de x na equação 𝑦 =

2log3(𝑥+4) para que y seja igual a 8.

15) Calcule o valor de

a) 3log3 2

b) 31+log3 4

c) 92−log3 √2

16) Desenvolva aplicando as propriedades

dos logaritmos (a, b e c são reais

positivos)

a) log22𝑎𝑏

𝑐

b) log3𝑎³𝑏²

𝑐4

17) Se 𝑙𝑜𝑔2 = 𝑎 e log 3 = 𝑏, coloque em

função de a e b os seguintes logaritmos

decimais:

a) log 6

b) log 4

c) log 0,5

d) log 5

18) Sabendo que log3(7𝑥 − 1) = 3 e que

log2(𝑦3 + 3) = 7, calcule log𝑦(𝑥2 + 9).

19) Quais os valores de x e y sabendo que:

𝑥 + 𝑦 = 13

log 𝑥 + log 𝑦 = log 36

20) Calcule o log24 6 em função de x e y,

sabendo que o log27 6 = 𝑥 que o

log27 4 = 𝑦.

21) Resolva a equação

log(𝑥 + 2) + log(𝑥 − 2) = 1

22) Resolva as equações:

a) |5𝑥 − 3| = 12

b) |3𝑥 + 2| = 5 − 𝑥

c) |3𝑥 + 1| = |𝑥 − 3|

d) |𝑥2 − 6𝑥| = 9

e) 2|𝑥|2 + 3|𝑥| = 2

f) |𝑥|2 + |𝑥| − 6 = 0

23) Elimine o módulo:

a) |𝑥 + 1| + |𝑥|

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26

b) |𝑥 + 2| − |𝑥 + 1|

c) |2𝑥 − 1| + |𝑥 − 2|

d) |𝑥| + |𝑥 − 1| + |𝑥 − 2|

24) Determine ℎ(𝑥), tal que:

ℎ(𝑥) = (𝑥 + 1). (𝑥 − 2) + (𝑥 − 2). (𝑥 − 1)

+ 4(𝑥 + 1)

25) Sendo 𝑓 = 𝑥; 𝑔 = 𝑥 + 𝑥3𝑒 ℎ = 2𝑥3 + 5𝑥,

obtenha os números reais a e b tais que

ℎ = 𝑎𝑓 + 𝑏𝑔

26) Demonstre que 𝑓 = (𝑥 − 1)2 + (𝑥 −

3)2 − 2(𝑥 − 2)2 − 2 é um polinômio nulo.

27) Calcule os valores de a, b, c e d para

que o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑎(𝑥 + 𝑐)3 +

𝑏(𝑥 + 𝑑) seja idêntico a 𝑞(𝑥) = 𝑥3 +

6𝑥2 + 15𝑥 + 14.

28) Determine o quociente e o resto da

seguinte divisão

2𝑥3 − 9𝑥2 + 10𝑥 − 2

𝑥2 − 3𝑥 + 1

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

PROPOSTOS

1) 31

9

2) 1

2

3) 1

𝑋+2

4) 6𝑥²𝑦²

5)

a) 𝑎10𝑏2

b) 𝑎16𝑏11

6)

a)−16

17

b)40

41

c) 2

7)

a) 4

b)24

c) 2√3

d)4√23

e) 18

8)

a) 7√2

b) 49√3

c) 0

9)

a) 6

b) 2√93

c) 25/12

d) √3

e) 33

f) 9 − 4√2

g) 37 − 20√3

h) 7

i) 1

10) 𝑎+𝑏

2√𝑎𝑏

11) −22 − 21√7

12) 100

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27

13) −5

2

14) 𝑥 = 5

15)

a) 2

b) 12

c) 9√2

2

16)

a) 1 + log2 𝑎 + log2 𝑏 − log2 𝑐

b) 3 log3 𝑎 + 2 log3 𝑏 − 4 log3 𝑐

17)

a) 𝑎 + 𝑏

b) 2𝑎

c) −𝑎

d) 𝑎 − 𝑏 + 1

18) log𝑦(𝑥2 + 9) = 2

19) 𝑥 = 4; 𝑦 = 9

20) 𝑥

𝑥+𝑦

21) 𝑥 = ±√14

22)

a) 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 = 3 𝑜𝑢 𝑥 = −9/5}

b) 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 = 3/4 𝑜𝑢 𝑥 = −7/2}

c) 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 = −2 𝑜𝑢 𝑥 = 1/2}

d) 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 = 3 + 3√2 𝑜𝑢 𝑥 =

3 − 3√2 𝑜𝑢 𝑥 = −3}

e) 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 = ±1/2}

f) 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 = 2 𝑜𝑢 𝑥 = −2}

23)

a) 𝑆 = {−2𝑥 − 1, 𝑠𝑒 𝑥 < 11, 𝑠𝑒 − 1 ≤ 𝑥 ≤ 02𝑥 + 1, 𝑠𝑒 𝑥 > 0

}

b) 𝑆 = {−1, 𝑠𝑒 𝑥 < −1

−2𝑥 − 3, 𝑠𝑒 − 1 ≤ 𝑥 ≤ 21, 𝑠𝑒 𝑥 > 2

}

c) 𝑆 = {−3𝑥 + 3, 𝑠𝑒 𝑥 < 1/2

−𝑥 − 1, 𝑠𝑒 1/2 ≤ 𝑥 ≤ 23𝑥 − 3, 𝑠𝑒 𝑥 > 2

}

d) 𝑆 = {

−3𝑥 + 3, 𝑠𝑒 𝑥 < 0−𝑥 + 3, 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 1𝑥 + 1, 𝑠𝑒 1 < 𝑥 ≤ 23𝑥 − 3, 𝑠𝑒 𝑥 > 2

}

24) 2𝑥2 + 4

25) 𝑎 = 3; 𝑏 = 2

26) É nulo.

27) 𝑎 = 1; 𝑏 = 3; 𝑐 = 2; 𝑑 = 2.

28) 𝑞(𝑥) = 2𝑥 − 3; 𝑟(𝑥) = −𝑥 + 1

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28

2. Intervalos e Inequações

2.1. Intervalos

Definição: Intervalos são trechos

contínuos da reta numérica.

2.1.1. Intervalos Limitados

Sejam a e b números reais com a <b

a) Intervalo aberto de a até b

(𝑎, 𝑏) = ]𝑎, 𝑏[ = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑎 < 𝑥 < 𝑏}

b) Intervalo fechado de a até b

[𝑎, 𝑏] = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏}

c) Intervalo fechado em a e aberto

em b:

[𝑎, 𝑏) = [𝑎, 𝑏[ = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑎 ≤ 𝑥 < 𝑏}

d) Intervalo aberto em a e fechado

em b

(𝑎, 𝑏] = ]𝑎, 𝑏] = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑎 < 𝑥 ≤ 𝑏}

2.1.2. Intervalos Não Limitados

a) Intervalo aberto de a até +∞

(𝑎, +∞) = ]𝑎, +∞[ = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 > 𝑎}

b) Intervalo fechado de a até +∞

[𝑎, +∞) = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 ≥ 𝑎}

c) Intervalo aberto de −∞ até a

(−∞, 𝑎) = ]−∞, 𝑎[ = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 < 𝑎}

d) Intervalo fechado de −∞ até a

(−∞, 𝑎] = ]−∞, 𝑎] = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 ≤ 𝑎}

Exemplo 1: Dado o intervalo

represente-o na reta numérica

𝒂) ]−2 , 5 ]

Solução:

𝒃) [−1 , 2 ]

Solução:

𝒄) ]−∞ , 4 [

Solução:

Exemplo 2: Descreva o intervalo

indicado na reta numérica:

𝑎) 𝐼 = [−2, +∞) = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 ≥ −2}

a b

a b

a b

a

a

a

a

a b

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29

Solução:

𝑏) 𝐼 = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 ≤ 1 𝑂𝑈 3 ≤ 𝑥 < 6}

Solução:

2.2. Inequações

Inequação é uma expressão algébrica

que contém sinal de desigualdade

(< ; > ; ≤ ; ≥ ).

Propriedades da desigualdade

Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 números reais:

1) Somar ou subtrair um número

qualquer em ambos os lados da

inequação não altera o sinal da

mesma.

Exemplo 1: Se 𝑎 < 𝑏 então 𝑎 + 𝑐 <

𝑏 + 𝑐. Como em: 𝑎 = −2; 𝑏 =

4; 𝑐 = −3.

Solução:

𝑎 < 𝑏 → −2 < 4

𝑎 + 𝑐 < 𝑏 + 𝑐 → −2 − 3 < 4 − 3

→ −5 < 1

Exemplo 2: Se 𝑎 > 𝑏 então 𝑎 + 𝑐 >

𝑏 + 𝑐. Como em: 𝑎 = 5 ; 𝑏 =

−4 ; 𝑐 = 2.

Solução:

𝑎 > 𝑏 → 5 > −4

𝑎 + 𝑐 > 𝑏 + 𝑐 → 5 + 2 > −4 + 2

→ 7 > −2

2) Multiplicar ou dividir ambos os lados

da inequação por um número

POSITIVO não altera o sinal da

mesma.

Exemplo 1: Se 𝑎 < 𝑏 e 𝑐 > 0

então 𝑎. 𝑐 < 𝑏. 𝑐 e 𝑎

𝑐<

𝑏

𝑐. Como

em: 𝑎 = −4; 𝑏 = 4; 𝑐 = 2.

Solução:

𝑎 < 𝑏 → −4 < 4

𝑎 ∙ 𝑐 < 𝑏 ∙ 𝑐 → −4 ∙ 2 < 4 ∙ 2 → −8

< 8

𝑎

𝑐<

𝑏

𝑐→ −

4

2<

4

2→ −2 < 2

Exemplo 2: Se 𝑎 > 𝑏 e 𝑐 > 0

então 𝑎. 𝑐 > 𝑏. 𝑐 e 𝑎

𝑐>

𝑏

𝑐. Como

em: 𝑎 = 4 ; 𝑏 = 2; 𝑐 = 2.

Solução:

𝑎 > 𝑏 → 4 > 2

𝑎 ∙ 𝑐 > 𝑏 ∙ 𝑐 → 4 ∙ 2 > 2 ∙ 2 → 8 > 4

𝑎

𝑐>

𝑏

𝑐→

4

2>

2

2→ 2 > 1

3) Multiplicar ou dividir ambos os lados

do inequação por um número

NEGATIVO inverte o sinal da

desigualdade.

Exemplo 1: Se 𝑎 < 𝑏 e 𝑐 <

0 então 𝑎. 𝑐 > 𝑏. 𝑐 e 𝑎

𝑐>

𝑏

𝑐.

Como em: 𝑎 = −2; 𝑏 = 4; 𝑐 = −3.

Solução:

𝑎 < 𝑏 → −2 < 4

𝑎. 𝑐 > 𝑏. 𝑐 → −2 ∙ (−3) > 4 ∙ (−3)

→ 6 > −12

𝑎

𝑐>

𝑏

𝑐 →

−2

−3>

4

−3 →

2

3> −

4

3

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30

Exemplo 2: Se 𝑎 > 𝑏 e 𝑐 <

0 então 𝑎. 𝑐 < 𝑏. 𝑐 e 𝑎

𝑐<

𝑏

𝑐. Como

em: 𝑎 = 4; 𝑏 = 2; 𝑐 = −2.

Solução:

𝑎 > 𝑏 → 4 > 2

𝑎. 𝑐 < 𝑏. 𝑐 → 4 ∙ (−2) < 2 ∙ (−2)

→ −8 < −4

𝑎

𝑐<

𝑏

𝑐 →

4

−2<

2

−2 → −2 < −1

Obs.: As propriedades acima continuam

válidas para as desigualdades não

estritas ≤ e ≥.

4) Desigualdade Triangular: |𝑥 + 𝑦| ≤

|𝑥| + |𝑦|

Exemplo 1: 𝑥 = 4; 𝑦 = −2.

|4 + (−2)| ≤ |4| + |−2| → |2|≤ 4 + 2 → 2 ≤ 6

Obs.: |𝑥 + 𝑦| = |𝑥| + |𝑦| somente se 𝑥 e 𝑦 forem simultaneamente positivos ou negativos.

5) |𝑥| ≤ 𝑎 ⇔ −𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑎

Demonstração:

Se 𝑥 for positivo:

|𝑥| = 𝑥 → 𝑥 ≤ 𝑎

Se 𝑥 for negativo:

|𝑥| = −𝑥 → − 𝑥 ≤ 𝑎 → 𝑥 ≥ −𝑎

Então: 𝑥 ≤ 𝑎 E 𝑥 ≥ −𝑎, ou seja, −𝑎 ≤

𝑥 ≤ 𝑎

6) |𝑥| ≥ 𝑎 ⇔ 𝑥 ≥ 𝑎 𝑜𝑢 𝑥 ≤ −𝑎

Demonstração:

Se 𝑥 for positivo:

|𝑥| = 𝑥 → 𝑥 ≥ 𝑎

Se 𝑥 for negativo:

|𝑥| = −𝑥 → − 𝑥 ≥ 𝑎 → 𝑥 ≤ −𝑎

Então 𝑥 ≥ 𝑎 OU 𝑥 ≤ −𝑎

7) √𝑥𝑛𝑛= {

|𝑥| 𝑠𝑒 𝑛 𝑓𝑜𝑟 𝑝𝑎𝑟 𝑥 𝑠𝑒 𝑛 𝑓𝑜𝑟 𝑖𝑚𝑝𝑎𝑟

Exemplo 1: Se 𝑥 = √222

Solução:

√42

= |𝑥| = |2| = 2

Exemplo 2: Se 𝑥 = √(−2)22

Solução:

√42

= |𝑥| = |−2| = 2

Resolver uma inequação é determinar

todos os valores da variável que torna

verdadeira a mesma. Este conjunto de

valores é chamado conjunto solução da

inequação. O conjunto solução da

inequação representa um trecho

contínuo da reta numérica, ou seja, é um

intervalo.

Exemplo 1: Determine se os valores de

𝑥 = −3; 𝑥 = 0 e 𝑥 = 2 são soluções da

inequação 𝑥 + 3 < 5𝑥 − 1.

Solução:

Substituindo 𝑥 = −3 na inequação:

−3 + 3 < 5 ∙ (−3) → 0 < −15 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑜

Substituindo 𝑥 = 0 na inequação

0 + 3 < 5 ∙ (0) → 3 < 0 𝐹𝑎𝑙𝑠𝑜

Substituindo 𝑥 = 2 na inequação:

2 + 3 < 5 ∙ (2) → 5 < 10 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜

Portanto 𝑥 = 2 é uma das soluções da

inequação

Exemplo 2: Resolva as inequações

abaixo e represente o conjunto solução

na reta numérica:

𝒂) 𝑥 + 3 < 5𝑥 − 1

Solução:

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31

𝑥 − 5𝑥 < −1 − 3

−4𝑥 < −4

4 𝑥 > 4

𝑥 > 1

𝑆 = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 > 1}

𝒃) 13 ≥ 2𝑥 − 3 ≥ 5

Solução:

Separando em duas inequações temos:

𝐴) 13 ≥ 2𝑥 − 3

13 + 3 ≥ 2𝑥

2𝑥 ≤ 16 → 𝑥 ≤ 8

𝑆𝐴 = {𝑥 ≤ 8}

E (significa a interseção)

𝐵) 2𝑥 − 3 ≥ 5

2𝑥 ≥ 8 − 𝑥 ≥ 4

𝑆𝐵 = {𝑥 ≥ 4}

𝑆 = {𝑥 ∈ ℜ | 4 ≤ 𝑥 ≤ 8}

𝒄) |3𝑥 + 2| ≥ 5

Solução:

Da propriedade 6 temos:

3𝑥 + 2 ≥ 5 OU 3𝑥 + 2 ≤ −5

Lembre que OU em matemática

significa união. Resolvendo as

inequações separadamente:

𝐴) 3𝑥 + 2 ≥ 5

3𝑥 ≥ 3 → 𝑥 ≥ 1

B) 3𝑥 + 2 ≤ −5

3𝑥 ≤ −7 → 𝑥 ≤ −7

3

(−∞, − 7 3⁄ ] ∪ [1, +∞)

𝑆 = {𝑥 ∈ ℜ | 𝑥 ≤ −7

3 𝑜𝑢 𝑥 ≥ 1}

𝒅)(𝑥 − 3)4 ≤ 16

Solução:

(𝑥 − 3)4 ≤ 16 → √(𝑥 − 3)44≤ √16

4

→ |𝑥 − 3| ≤ 2

Da propriedade 7

−2 ≤ 𝑥 − 3 ≤ 2 ∴ 𝑥 − 3 ≤ 2 E 𝑥 − 3 ≥

−2

Lembre que E em matemática significa

interseção. Resolvendo as inequações:

𝐴) 𝑥 − 3 ≤ 2 → 𝑥 ≤ 5

𝐵) − 2 ≤ 𝑥 − 3 − 1 ≤ 𝑥 → 𝑥 ≥ 1

𝑆 = {𝑥 ∈ ℜ |1 ≤ 𝑥 ≤ 5}𝑆 = [1 , 5]

𝒆) |2𝑥 − 5| < 3.

-7/3

1

-7/3 1

1

5

1 5

1 (1, +∞)

𝑥 ≤ 8

𝑥 ≥ 4

𝑆𝐴 ∩ 𝑆𝐵

[4 , 8]

𝑥 ≥ 1

𝑥 ≤ −7

3

𝑆𝐴 ∪ 𝑆𝐵

𝑥 ≤ 5

𝑥 ≥ 1

𝑆𝐴 ∩ 𝑆𝐵

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32

Solução:

Da propriedade 5 temos:

−3 < 2𝑥 − 5 < 3

Resolvendo sem separar as

inequações:

−3 + 5 < 2𝑥 < 3 + 5

2 < 2𝑥 < 8

2

2< 𝑥 <

8

2

1 < 𝑥 < 4

𝑆 = {𝑥 ∈ ℜ| 1 < 𝑥 < 4}

𝒇) |6 − 2𝑥| ≥ 7.

Solução:

Da propriedade 6 temos:

𝐴) 6 − 2𝑥 ≤ −7

−2𝑥 ≤ −7 − 6

−2𝑥 ≤ −13 → 𝑥 ≥13

2

OU

𝐵) 6 − 2𝑥 ≥ 7

−2𝑥 ≥ 7 − 6

−2𝑥 ≥ 1 → 𝑥 ≤−1

2

𝑆 = {𝑥 ∈ ℜ| 𝑥 ≤−1

2 𝑜𝑢 𝑥 ≥

13

2}

2.3 Exercícios Propostos

1) Escreva na forma de intervalo cada

representação geométrica dada abaixo.

2) Dados os conjuntos abaixo,

expresse-os na forma de intervalo e na

forma geométrica:

a) {𝑥 ∈ 𝑅|6 ≤ 𝑥 ≤ 10} b) {𝑥 ∈ 𝑅| − 1 < 𝑥 ≤ 5} c) {𝑥 ∈ 𝑅|𝑥 ≥ −4} d) {𝑥 ∈ 𝑅|𝑥 < 1} 3) Dados os intervalos abaixo,

expresse-os na forma geométrica:

a) [1

2, +∞)

b) (0, 7] c) (−∞, 3) d)[−6, +∞) 4) Sendo A=]-3,4[ e B =[-1,6[, calcule

𝐴 ∪ 𝐵, 𝐴 ∩ 𝐵, 𝐴 − 𝐵 𝑒 𝐵 − 𝐴.

5) Dados A = ]-3,2]; B = ]-1,4[ e

C = (-∞, +∞) determine:

a) (𝐴 𝑈 𝐶) ∩ 𝐵 b) (𝐵 𝑈 𝐶) − 𝐴 c) 𝐴 – 𝐵 d) 𝐵 – 𝐶 e) (𝐶 – 𝐴) ∩ 𝐵 f) 𝐴 ∩ 𝐵

6) Resolva a seguinte inequação:

a) 4𝑥 − 43 − 2𝑥 − 2 > 3𝑥 + 13 b) 2𝑥 − 43 + 𝑥 + 14 > 𝑥 − 12 + 𝑥

1

4

1 4

-1/2

13/2

-1/2 13/2

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33

c) 𝑥² + 1 < 2𝑥² − 3 ≤ −5𝑥

7) O conjunto solução da inequação 𝑥

𝑥+6≥

1

𝑥−4 é:

8) O conjunto solução da inequação

|1 + 2𝑥 − 3𝑥2| < 5 é:

9) O conjunto solução da inequação

2𝑥² − 7𝑥 + 3 ≤ 0 é:

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

PROPOSTOS.

1) a) (−2, 3] b) [4, +∞) c) (−∞, −5) d) (0, 1)

2) a) [6, 10] b) (−1, 5] c) [4, +∞) d) (−∞, −1) 3) 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜𝑠 4) 𝐴 ∪ 𝐵 = ] − 3, 6[ 𝐴 ∩ 𝐵 = [−1, 4[ 𝐴 − 𝐵 = ] − 3, −1[ 𝐵 − 𝐴 = [4, 6[ 5)

a) 𝐵 b) ] − ∞, −3] ∪]2, +∞[ c) ] − 3, −1] d) ∅ e) ]2, 4[ f) ] − 1, 2] 6) a) 𝑆 = {𝑥 ∈ 𝑅| 𝑥 < −58} b) 𝑆 = {𝑥 ∈ 𝑅| 𝑥 > −17} c) 𝑆 = ∅ 7) 𝑆 = {𝑥 ∈ 𝑅| 𝑥 < −6 𝑜𝑢 − 1 ≤ 𝑥 <

4 𝑜𝑢 𝑥 ≥ 6} 8) 𝑆 = {𝑥 ∈ 𝑅| − 1,1 < 𝑥 < 1,7}

9) 𝑆 = {𝑥 ∈ 𝑅|1

2≤ 𝑥 ≤ 3}

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34

3. Função

3.1. Definição

No estudo científico e na engenharia

muitas vezes precisamos descrever

como uma quantidade varia ou depende

de outra. O termo função foi

primeiramente usado por Leibniz

justamente para indicar essa

dependência ou variação.

Dizemos que uma relação entre dois

conjuntos A e B é uma função de A em

B, representado por 𝑓: 𝐴 → 𝐵, se todos

os elementos do conjunto A estão

associados a um e somente um

elemento do conjunto B.

Vamos analisar alguns tipos de relações

e verificar se são funções de acordo

com as figuras:

Fig. 3.1

O diagrama da Fig. 3.1 não é função, pois o

elemento 3, pertencente a A, está associado

a dois elementos de B.

Fig. 3.2

Este outro exemplo da Fig. 3.2 não é uma

função, pois o elemento 1 pertencente a A,

não está associado a elemento algum de B.

Fig. 3.3

Este diagrama da Fig. 3.3 é uma função,

pois todos os elementos de A possuem uma

imagem associada em B.

3.2. Domínio, Contradomínio e Imagem

Considere a função 𝑓: 𝐴 → 𝐵 indicada no diagrama de flechas da Fig. 6.4 abaixo:

Fig. 3.4 – Diagrama de flechas

Ao conjunto A damos o nome

de domínio da função. Neste nosso

exemplo o domínio da função 𝑓 é

representado por 𝐷(𝑓) = { − 3, 0, 3 },

ou seja, o domínio contém todos os

elementos do conjunto A.

Ao conjunto B damos o nome de

contradomínio da função. No exemplo

da Fig. 3.4, o contradomínio da função 𝑓

é representado por 𝐶𝐷(𝑓) = { 0, 9, 18 },

isto é, o contradomínio contém todos os

elementos do conjunto B. Segundo o

conceito de função não é necessário

que todos os elementos de B estejam

relacionados aos elementos do domínio.

Note que no conjunto B o elemento 18

não está relacionado a qualquer

elemento de A. Um elemento do

contradomínio B pode estar associado a

mais de um elemento do domínio A.

Como exemplo temos o elemento 9 que

está associado aos elementos do

domínio -3 e 3.

A

1

2

3

B

a

b

c

d

e

A

1

2

3

B

a

b

c

d

e

A

1

2

3

B

a

b

c

d

e

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35

Os elementos do conjunto imagem são

todos os elementos do contradomínio

que estão associados a algum elemento

do domínio. Novamente analisando a

Fig. 3.4, o conjunto imagem é

representado por 𝐼𝑚(𝑓) = { 0, 9 }, pois

0 e 9 são todos os elementos do 𝐶𝐷(𝑓)

que estão associados a algum elemento

do 𝐷(𝑓). Nesta função, o conjunto

imagem é um subconjunto do

contradomínio, pois o elemento

18 de B não está contido no conjunto

imagem, por não estar associado a

nenhum elemento do domínio.

Na representação cartesiana temos que

Domínio é o conjunto das abscissas

dos pontos tais que as retas verticais

conduzidas por esses pontos

interceptam o gráfico de 𝑓, isto é, é o

conjunto formado por todas as

abscissas dos pontos do gráfico de 𝑓.

Imagem é o conjunto das ordenadas

dos pontos tais que as retas horizontais

conduzidas por esses pontos

interceptam o gráfico de 𝑓, isto é, é o

conjunto formado por todas as

ordenadas dos pontos do gráfico de 𝑓.

A função 𝑓 de A em B, 𝑓: 𝐴 → 𝐵, da

Fig.3.4, pode ser expressa pela

seguinte lei de associação:

𝑓: 𝐴 → 𝐵, 𝑓(𝑥) = 𝑥2

ou ainda como:

𝑓: 𝐴 → 𝐵, 𝑦 = 𝑥2

A variável 𝑓(𝑥) ou 𝑦 é chamada de

variável dependente, pois depende de

𝑥, já a variável 𝑥 é chamada de variável

independente, pois independentemente

de y, pode representar qualquer

elemento do domínio A

IMPORTANTE: Não confundir 𝒇 e 𝒇(𝒙):

𝑓 é o “nome” da função, enquanto 𝑓(𝑥)

é o valor que a função 𝑓 assume no

ponto 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓).

A definição da função leva em conta

tanto o domínio quanto o contradomínio,

relacionando-os. O conjunto imagem

Im(f), depende não só da regra de

associação, no caso f(x) = x2, como

também do D(f) e do CD(f).

Quando a função 𝑓 é definida apenas

pela lei de associação, sem

especificação dos conjuntos 𝐴 e 𝐵,

convenciona-se que o contradomínio 𝐵

seja o conjunto dos números reais. O

domínio é o conjunto dos números reais,

desconsiderando os valores de 𝑥 para

os quais não é possível obter, pela lei de

associação, uma imagem real. Diz-se,

então, que a função 𝑓 é uma função

real de variável real.

Exemplos:

1) Dada a função 𝑓(𝑥) = 4𝑥2 − 2,

determine [𝑓(0) − 𝑓(2)]/𝑓(1) .

Solução:

𝑓(0) = 4.02 − 2 = −2

𝑓(2) = 4. 22 − 2 = 14

𝑓(1) = 4.12 − 2 = 2

[𝑓(0) − 𝑓(2)]

𝑓(1)=

−2 − 14

2= −

16

2= −8

2) Seja 𝑓 uma função que identifica a

letra inicial do nome de uma pessoa.

Considere esta função aplicada a um

grupo de cinco pessoas chamadas

José, Lia, Max, Naira e Vítor. Determine

o Domínio, a Imagem e o Contradomínio

da função.

𝑥 = 𝐽𝑜𝑠é

𝑥 = 𝐿𝑖𝑎

𝑥 = 𝑀𝑎𝑥

𝑥 = 𝑁𝑎𝑖𝑟𝑎

𝑥 = 𝑉í𝑡𝑜𝑟

𝑦 = 𝑓(𝐽𝑜𝑠é) = 𝐽

𝑦 = 𝑓(𝐿𝑖𝑎) = 𝐿

𝑦 = 𝑓(𝑀𝑎𝑥) = 𝑀

𝑦 = 𝑓(𝑁𝑎𝑖𝑟𝑎) = 𝑁

𝑦 = 𝑓(𝑉í𝑡𝑜𝑟) = 𝑉

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36

Solução:

𝐷(𝑓) = { 𝐽𝑜𝑠é, 𝐿𝑖𝑎, 𝑀𝑎𝑥, 𝑁𝑎𝑖𝑟𝑎, 𝑉𝑖𝑡𝑜𝑟}

𝐼(𝑓) = { 𝐽, 𝐿, 𝑀, 𝑁, 𝑉}

𝐶𝐷(𝑓)= 𝑡𝑜𝑑𝑎𝑠 𝑎𝑠 𝑙𝑒𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑜 𝑎𝑙𝑓𝑎𝑏𝑒𝑡𝑜

3) Encontre o Domínio e a Imagem da

função 𝑓 que calcula o quadrado de um

número.

Solução:

Como não há especificação do domínio

e do contradomínio, considera-se a

função 𝑓 como uma função real de

variável real. Chamando a variável

independente de 𝑥 e a variável

dependente de 𝑦, a função 𝑓 pode ser

representada pela equação:

𝑦 = 𝑥2.

Como para qualquer valor de 𝑥 ∈ ℜ,

(negativo, zero, positivo) é possível

calcular o valor de 𝑦, tem-se:

𝐷(𝑓) = {ℜ}

Se 𝑥 < 0 então 𝑦 = 𝑥2 > 0; se 𝑥 = 0

então 𝑦 = 0 e se 𝑥 > 0 então 𝑦 > 0.

Portanto, 𝑦 poderá ser zero ou um

número positivo, assim:

𝐼(𝑓) = {𝑦 𝜖 ℜ| 𝑦 ≥ 0} = [0, +∞)

4) Encontre o Domínio e a Imagem da

função 𝑔 que calcula a área de um

quadrado.

Solução:

Chamando o comprimento do lado do

quadrado de 𝑥 e sua área de 𝑦,

podemos calcular a área de uma secção

quadrada como 𝑥. 𝑥 = 𝑥2. Assim, a

função 𝑔 pode ser representada pela

equação 𝑦 = 𝑔(𝑥) = 𝑥2.

Só é possível calcular a área 𝑦 de um

quadrado se o tamanho de seu lado for

maior do que zero

𝐷(𝑔) = {𝑥 𝜖 ℜ| 𝑥 > 0} = (0, +∞)

Como 𝑥 é sempre maior do que zero, a

área 𝑦 calculada pela equação 𝑦 = 𝑥2

será sempre um número maior do que

zero;

𝐼𝑚(𝑔) = {𝑦 𝜖 ℜ| 𝑦 > 0} = (0, +∞)

Observe que a função 𝑓, que calcula o

quadrado de um número, e a função 𝑔,

que calcula a área de um quadrado,

podem ser expressas pela mesma

equação 𝑦 = 𝑥2, porém não são funções

iguais, pois seus domínios são

diferentes.

Duas funções 𝒇 e 𝒈 são iguais se elas

têm o mesmo domínio e se 𝒇(𝒙) =

𝒈(𝒙) para todo 𝒙 do domínio.

Exemplos:

6) Calcule o domínio da função:

Solução:

𝑓(𝑥) = √2𝑥 − 4

Como √2𝑥 − 4 só é possível em IR se

2𝑥 − 4 ≥ 0, ou seja, x ≥ 2, então:

D = {x IR | x ≥ 2}

7) Calcule o domínio da função:

Solução:

𝑓(𝑥) =5

𝑥 + 1

Como o termo x + 1 é o denominador da

função, ele não pode ser nulo (pois não

existe divisão por zero). Portanto x + 1 ≠

0, ou seja, x ≠ -1.

D = {x IR | x ≠ -1}

8) Calcule o domínio da função:

𝑓(𝑥) =(√𝑥 − 2)

(√3 − 𝑥)

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37

Solução:

Como visto anteriormente: √𝑥 − 2 ≥ 0.

Portanto 𝑥 – 2 ≥ 0, ou seja, 𝑥 ≥ 2

(condição 1).

Além disso, √3 − 𝑥 > 0, ou seja, x < 3.

Mas como ele está no denominador, ele

não pode ser igual a zero, portanto, x <

3 (condição 2).

Resolvendo o sistema formado pelas

condições 1 e 2 obtemos a solução

representada na figura a seguir.

Portanto, D = {x IR | 2 ≤ x < 3}.

6) Determine o domínio da função:

2

11)(

z

zzzh

Solução:

Devemos ter simultaneamente:

21/

21

)2(202

)1(101

zzzD

ssD

szz

szz

3.3. Tipos de Funções

Função Sobrejetora:

Uma função 𝑓: 𝐴 → 𝐵 é sobrejetora se, e

somente se, o seu conjunto imagem for

especificadamente igual ao

contradomínio. Como no exemplo da

Fig. 3.5

Fig. 3.5 – Diagrama para uma Função

sobrejetora

Função Injetora:

Uma função 𝑓: 𝐴 → 𝐵 é injetora se os

elementos distintos do domínio tiverem

imagens distintas, como exemplo a Fig.

3.6.

Fig. 3.6 – Diagrama para uma Função

injetora

Função Bijetora:

Uma função 𝑓: 𝐴 → 𝐵 é bijetora se ela é

injetora e sobrejetora. Isto é, se os

elementos distintos do domínio tiverem

imagens distintas e o conjunto imagem

for igual ao contradomínio.

Fig. 3.7 – Diagrama para uma Função

bijetora

Outros tipos de funções:

3.3.1 Função Crescente

Definição:

A função BAf : definida por

)(xfy é crescente no conjunto 𝐴1

B A

A B

B A

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38

A se, para dois valores quaisquer 𝑥1

e 𝑥2 pertencentes a 𝐴1, com 𝑥1 < 𝑥2

tivermos 𝑓(𝑥1) < 𝑓(𝑥2)

Em símbolos: f é crescente quando

(∀ 𝑥1; 𝑥2) → (𝑥1 < 𝑥2 ⇒ 𝑓(𝑥1) < 𝑓(𝑥2))

A função é crescente em um

determinado intervalo se, ao

aumentarmos o valor atribuído a 𝑥, o

valor de 𝑦 também aumenta (coeficiente

angular positivo), segundo o gráfico da

Fig. 3.8 :

Fig. 3.8 – Gráfico de uma Função

crescente

Exemplo:

A função xxf 2)( é crescente em

:

Solução:

)(;22

:);()(

2,12121

2121

xxxxxx

assimxfxfxx

3.3.2 Função Decrescente:

Definição:

A função BAf : definida por

)(xfy , é decrescente no conjunto

𝐴1A se, para dois valores quaisquer

𝑥1 e 𝑥2 pertencentes a 𝐴1, com 𝑥1 < 𝑥2

tivermos 𝑓(𝑥1) > 𝑓(𝑥2).

Em símbolos: f é decrescente quando

(∀ 𝑥1; 𝑥2) → (𝑥1 < 𝑥2 ⇒ 𝑓(𝑥1) > 𝑓(𝑥2))

A função é decrescente em um

determinado intervalo se, ao

aumentarmos o valor atribuído a 𝑥, o

valor de 𝑦 diminui (coeficiente angular

negativo), segundo o gráfico da Fig. 3.9:

Fig. 3.9 – Gráfico de uma Função

decrescente

Exemplo:

A função xxf 2)( é decrescente

em :

Solução:

)(;22

:);()(

2,12121

2121

xxxxxx

assimxfxfxx

3.3.3 Função Constante

Toda função 𝑓: ℜ → ℜ na forma 𝑓(𝑥) =

𝑘, com 𝑘 ∈ ℜ é denominada função

constante.

𝐷(𝑓) = ℜ 𝑒 𝐼𝑚(𝑓) = 𝑘

Na função constante, todos os

elementos do domínio terão sempre o

mesmo valor de imagem, isto é, ao

variarmos 𝑥 encontramos sempre o

valor 𝑘.

Segundo o diagrama de flechas da

Fig.3.10 que representa este tipo de

função.

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39

Fig. 3.10 – Diagrama para uma Função

constante

O gráfico de uma função constante é

uma reta paralela ao eixo X que cruza o

eixo Y em 𝑦 = 𝑘. Ou seja, passa pelo

ponto (0, 𝑘).

Exemplo: Plote o gráfico da função

𝑓(𝑥) = 2

Solução:

Para qualquer valor de 𝑥 o valor da

imagem da função é igual a 2. Por

exemplo, se 𝑥 = 0 → 𝑓(0) = 2, se 𝑥 =

4 → 𝑓(4) = 2. Assim, o gráfico da

função é uma reta paralela ao eixo X e

que passa pelo ponto (0, 2) como na

Fig. 3.11:

𝐷(𝑓) = ℜ 𝑒 𝐼𝑚(𝑓) = 2

Fig. 3.11 – exemplo de gráfico de uma

função constante 𝑓(𝑥) = 2

3.3.4 Função Identidade

Uma aplicação f de em , recebe

o nome de função identidade quando a

cada elemento x associa o próprio

x , isto é:

xx

f

:

O gráfico da função identidade está

esboçado na Fig.3.12. É uma reta que

contém as bissetrizes do 1º e 3º

quadrantes, e sua imagem é Im

Fig. 3.12 – Gráfico da função 𝑓(𝑥) = 𝑥

3.3.5 Função Par e Função Ímpar

Uma função 𝑓 é dita ser uma função par

se obedecer a lei da seguinte Eq.

(3.1):

𝑓(−𝑥) = 𝑓(𝑥) (3.1)

O gráfico de uma função par é simétrico

em relação ao eixo dos Y.

Uma função 𝑓 é dita ser uma função

ímpar se obedecer a seguinte lei

segundo a Eq. (3.2):

𝑓(−𝑥) = −𝑓(𝑥) (3.2)

O gráfico de uma função ímpar é

simétrico em relação à origem do

sistema cartesiano.

Exemplos:

Dada a função 𝑓 determine se ela é uma

função par ou uma função ímpar com

base nas Eq. 3.1 e 3.2

1) 𝑓(𝑥) = 𝑥2 − 1

Solução:

Escolhendo valores arbitrários do

domínio de 𝑓 temos :

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40

𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑥 = 2 → 𝑓(−2) = 𝑓(2)

= 3

𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑥 = 3 → 𝑓(−3) = 𝑓(3) = 8

como 𝑓(−𝑥) = 𝑓(𝑥) a função é

par

Também podemos reconhecer se uma

função é par analisando seu gráfico

como na Fig. 3.13. Observe no gráfico

da função 𝑓(𝑥) = 𝑥2 − 1, que existe

uma simetria em relação ao eixo 𝑦. Por

exemplo, as imagens de 𝑥 = 2 e 𝑥 =

−2 são iguais (𝑦 = 3), assim os pontos

(2,3) e (-2,3) estão simétricos em

relação a Y.

Fig. 3.13 – Gráfico da Função par

𝑓(𝑥) = 𝑥2 − 1

2) 𝑓(𝑥) = 2 𝑥

Solução:

Escolhendo valores arbitrários do

domínio de f temos:

para 𝑥 = 1 → 𝑓(1) = 2 e

−𝑓(−1) = 2 ;

para 𝑥 = 2 → 𝑓(2) = 4 e

−𝑓(−2) = 4 ;

como −𝑓(−𝑥) = 𝑓(𝑥) a função é

ímpar.

É possível observar que no gráfico, da

Fig. 3.14, que 𝑓(𝑥) = 2. 𝑥 possui uma

simetria em relação ao ponto da origem

do sistema cartesiano (0;0). Temos os

pontos simétricos (1;2) e (–1, -2), assim

como (2, 4) e (-2, –4). Nesse caso,

temos uma função ímpar.

Fig. 3.14: Gráfico da Função ímpar

𝑓(𝑥) = 2𝑥

3.4. Gráfico de Funções

O gráfico de uma função 𝑓 é o conjunto

de todos os pares ordenados (𝑥, 𝑦) no

plano 𝑥𝑦 tal que 𝑥 pertence ao 𝐷(𝑓) e 𝑦

pertence a 𝐼(𝑓). Assim, o gráfico de uma

função é o conjunto dos pares

ordenados (𝑥, 𝑓(𝑥)), pois 𝑦 = 𝑓(𝑥).

Costuma-se dizer que uma função real

a uma variável real gera uma curva em

2.

Como não é possível a representação

de todos os pontos (𝑥, 𝑓(𝑥)), podemos

escolher alguns valores de 𝑥

pertencentes ao 𝐷(𝑓) para calcular as

correspondentes imagens 𝑓(𝑥), como

feito na Fig. 3.16. Representando estes

pontos no sistema de coordenadas

obtemos o chamado gráfico de

dispersão.

Se os pontos de dispersão são

suficientemente próximos e a forma da

função é simples ou conhecidas

podemos ligar os pontos do gráfico de

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41

dispersão com uma curva como na

Fig.3.15, obtendo o gráfico da função.

Exemplo: Esboce o gráfico da função:

𝑓(𝑥) = √9 − 𝑥

9 − 𝑥 ≥ 0 ∴ 𝑥 ≤ 9

𝐷(𝑓) = (−∞, 9] 𝑒 𝐼𝑚(𝐹) = [0, +∞)

Fig. 3.15 – Gráfico de pontos de dispersão

da função 𝑓(𝑥) = √9 − 𝑥

𝑥 𝑦 = √9 − 𝑥

-16 5

-7 4

0 3

5 2

9 0

Fig. 3.16 – Tabela de pontos de dispersão

3.4.1. Análise de Gráficos

Para reconhecer se uma curva

representa ou não o gráfico de uma

função, basta verificar se qualquer reta

paralela ao eixo vertical e que passe por

um ponto do domínio intercepta a curva

em um só ponto. Se esta reta cruza a

curva do gráfico em mais de um ponto

não é função.

Na Fig. 3.17 traçamos o gráfico da

seguinte equação: 𝑦2 = 4𝑥 + 6𝑦 − 13.

Esta equação não representa uma

função, pois para um mesmo valor de x

obtém-se dois valores de y.

Fig.3.17 – Gráfico de 𝑦2 = 4𝑥 + 6𝑦 − 13

Através do gráfico da função podemos

visualizar seu domínio e sua imagem. O

domínio de uma função é o conjunto das

abscissas 𝑥 dos pontos do gráfico

(projeção no eixo X). A imagem da

função é o conjunto das ordenadas 𝑦

dos pontos do gráfico (projeção no eixo

Y).

Fig. 3.18 – Gráfico mostrando 𝐷𝑓 e 𝐼𝑓

Os valores de 𝑥 para os quais 𝑓(𝑥) = 0

chamam-se zeros da função 𝑓 ou raízes

da equação 𝑓(𝑥) = 0. Geometricamente

os zeros reais de uma função são as

abscissas dos pontos onde o gráfico

corta o eixo horizontal.

3.5. Função Polinomial de 𝟏º Grau

A função 𝑓 é dada por um polinômio de

𝟏º Grau segundo a Eq. 3.3 :

𝑓(𝑥) = 𝑎. 𝑥 + 𝑏 (3.3)

com 𝑎 e 𝑏 reais e 𝑎 ≠ 0.

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42

𝐷(𝑓) = ℜ 𝑒 𝐼𝑚(𝑓) = ℜ

Se 𝑏 ≠ 0 na Eq. 3.3, então a função

recebe o nome de função afim. Se 𝑏 =

0 a função recebe o nome de função

linear.

O coeficiente 𝑎 determina se 𝑓 é uma

função crescente ou decrescente. Se

𝑎 > 0, 𝑓 é uma função crescente. Se 𝑎 <

0, 𝑓 é uma função decrescente.

O gráfico de uma função polinomial de

1º grau é uma reta. Para determinar

uma reta bastam 2 pontos. Uma vez

encontrados dois pontos que satisfazem

a equação da função, seu gráfico é

obtido traçando uma reta por eles.

Gráfico de uma Função Afim

Seja a função afim de equação:

𝑦 = 𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑥 + 𝑏

com 𝑎 ≠ 0 e 𝑏 ≠ 0

O coeficiente linear 𝑏 é o valor que

𝑦 assume quando 𝑥 = 0, enquanto que

a raiz 𝑥 = −𝑏/𝑎 é o valor de 𝑥 que torna

𝑦 = 0. Assim, os pontos (0, 𝑏) e (−𝑏/

𝑎, 0) podem ser usados para traçar o

gráfico da função

Exemplos:

Plote o gráfico das funções dadas pelas

equações:

a) 𝑦 = 2 𝑥 + 4

Solução:

Quando 𝑥 = 0 → 𝑦 = 4 e quando 𝑦 =

0 → 𝑥 = −2. A reta passa pelos pontos

𝐴(−2,0) e 𝐵(0,4).

Fig. 3.19 – Gráfico de 𝑦 = 2𝑥 + 4

b) 𝑦 = −2 𝑥 − 2

Solução:

Para 𝑥 = 0 → 𝑦 = −2 e para 𝑦 = 0 →

𝑥 = −1. A reta passa pelos pontos

𝐴(−1,0) e 𝐵(0, −2).

Fig. 3.20 – Gráfico de 𝑦 = −2𝑥 − 2. Note que o coeficiente 𝑎 = −2, logo a reta é decrescente

Gráfico de uma Função Linear

Seja a função linear de Eq. 3.4:

𝑦 = 𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑥 (3.4)

com 𝑎 ≠ 0 na Eq. 3.4

A função linear é um caso particular da

função afim quando o termo

independente 𝑏 é nulo.

Uma característica das funções lineares

é que o seu gráfico passa pelo ponto

(0,0). a origem da sistema de

coordenadas cartesianas. Para o

traçado do gráfico precisamos de mais

um ponto. Este ponto pode ser obtido

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43

encontrando o valor da imagem 𝑦 =

𝑓(𝑥) para qualquer valor de 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓).

Exemplo:

Plote o gráfico da função dada por:

𝑓(𝑥) = −1

2𝑥

Solução:

𝑦 = − 𝑥

2

Quando 𝑥 = 0 → 𝑦 = 0 e quando 𝑥 =

−4 → 𝑥 = 2. A reta passa pelos pontos

𝐴(0,0) e 𝐵(−4,2).

Fig. 3.21 – Gráfico de 𝑦 = −𝑥

2

Sinal de uma Função

Para se estudar o sinal de uma função,

quando a função está representada no

plano cartesiano, basta examinar se é

positiva, nula ou negativa a ordenada de

cada ponto da curva.

Exemplo:

Estudar o sinal da função 𝑦 = 𝑓(𝑥) cujo

gráfico está abaixo representado.

Solução:

Preparando o gráfico com aspecto

prático temos:

Conclusão:

𝑓(𝑥) = 0 → 𝑥 = −1 𝑜𝑢 𝑥 = 2 𝑜𝑢 𝑥

= 4 𝑜𝑢 𝑥 = 7

𝑓(𝑥) > 0 → −1 < 𝑥 < 2 𝑜𝑢 2 < 𝑥

< 4 𝑜𝑢 𝑥 > 7

𝑓(𝑥) < 0 → 𝑥 < −1 𝑜𝑢 4 < 𝑥 < 7

3.6. Função Polinomial de 𝟐º Grau

Uma função 𝑓 é denominada de função

de 2º grau quando ela for dada por um

polinômio de 𝟐º Grau:

𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑥2 + 𝑏 𝑥 + 𝑐 (3.5)

com 𝑎, 𝑏 e 𝑐 na Eq. 3.5 pertencente aos

reais e 𝑎 ≠ 0.

O gráfico de uma função de 2º grau é

uma parábola. A parábola será côncava

para cima se 𝑎 > 0, e será côncava para

baixo se 𝑎 < 0.

Fig. 3.22 – Gráfico para 𝑎 > 0

Fig. 3.23 – Gráfico para 𝑎 < 0

y

x

y

x

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44

O vértice da parábola é dado pelo ponto

(𝑥𝑣 , 𝑦𝑣) em que as coordenadas 𝑥𝑣 e

𝑦𝑣 são dadas pelas seguintes Eq. 3.6

e 3.7 :

𝑥𝑣 =−𝑏

2 𝑎 (3.6)

𝑦𝑣 =−∆

4 𝑎 (3.7)

onde ∆ = 𝑏2 − 4 𝑎 𝑐.

O domínio e imagem da função de 2º

grau é:

𝑠𝑒 𝑎 > 0 , 𝐷(𝑓) = ℜ 𝑒 𝐼𝑚(𝑓)

= [𝑦𝑣 , +∞)

𝑠𝑒 𝑎 < 0 𝐷(𝑓) = ℜ 𝑒 𝐼𝑚(𝑓)

= (−∞ , 𝑦𝑣 ]

É importante notar que se a parábola for

côncava para cima, 𝑥𝑣 corresponde ao

seu ponto de mínimo e 𝑦𝑣 corresponde

ao valor mínimo da função. Se a

parábola for côncava para baixo, 𝑥𝑣

corresponde ao seu ponto de máximo e

𝑦𝑣 corresponde ao valor máximo da

função.

A função polinomial de 2º grau possui

duas raízes ou zeros, que são os pontos

𝑥1 e 𝑥2 do domínio para os quais a

imagem é nula, ou seja,

𝑓(𝑥1) = 0 𝑒 𝑓(𝑥2) = 0

As raízes da função podem ser

calculadas pela fórmula de Bháskara

segundo as Eq. 3.8 e 3.9:

𝑥1 = −𝑏 + √∆

2 𝑎 (3.8)

𝑥1 = −𝑏 − √∆

2 𝑎 (3.9)

Se ∆ > 0 a função 𝑓 tem duas raízes

reais e distintas 𝑥1 ≠ 𝑥2. Se ∆ = 0 a

função 𝑓 tem duas raízes reais iguais

𝑥1 = 𝑥2. Se ∆ < 0 a função 𝑓 não tem

raízes reais.

Se as raízes da função forem números

reais então os pontos (𝑥1, 𝑓(𝑥1)) =

(𝑥1, 0) e (𝑥2, 𝑓(𝑥2)) = (𝑥2, 0) são os

pontos que o gráfico da função

intercepta o eixo dos X.

Exemplos:

Plote o gráfico das funções:

a) 𝑓(𝑥) = 3 𝑥2 − 9 𝑥 + 6

Solução:

𝑎 = 3 ; 𝑏 = −9 ; 𝑐 = 6

∆ = 𝑏2 − 4. 𝑎. 𝑐 = (−9)2 − 4.3.6

= 9

Substituindo estes valores nas

Eq. 3.8 e 3.9 :

𝑥1 = 9 + √9

6= 2 𝑒 𝑥2 =

9 − √9

6= 1

𝑥𝑣 = −𝑏

2𝑎=

9

6=

3

2 𝑒 𝑦𝑣 = −

4𝑎

= −9

12= −

3

4

O gráfico da função é a parábola que

passa pelos pontos (1,0), (2,0) e (3/

2, −3/4) e que é côncava para cima,

pois 𝑎 = 3 > 0.

b) 𝑓(𝑥) = − 𝑥2 + 3 𝑥

Solução:

𝑎 = −1 ; 𝑏 = 3 ; 𝑐 = 0

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45

Como o termo 𝑐 = 0, a fatoração deste

polinômio é bastante simples e

podemos utilizar este fato para

encontrar as raízes da função sem

utilizar as Eq. 3.8 e 3.9.

𝑓(𝑥) = − 𝑥2 + 3 𝑥 = 0

→ 𝑥 . (−𝑥 + 3)

= 0

Para que o produto seja nulo temos

que ou 𝑥 = 0 ou (−𝑥 + 3) = 0, assim,

𝑥1 = 0 𝑒 𝑥2 = 3.

𝑥𝑣 = −3

2(−1)=

3

2 𝑒 𝑦𝑣 = 𝑓 (

3

2) =

9

4

O gráfico da função é a parábola que

passa pelos pontos (0,0), (3,0) e (3/2 ,

9/4) e que é côncava para baixo pois

𝑎 = −1 < 0.

c) 𝑓(𝑥) = 2 𝑥2 − 4 𝑥 + 2

Solução:

𝑎 = 2 ; 𝑏 = −4 ; 𝑐 = 2

∆ = 𝑏2 − 4 𝑎 𝑐 = (−4)2 − 4.2.2

= 0

𝑥1 = 𝑥2 =4 ± 0

4= 1

𝑥𝑣 = −𝑏

2𝑎=

4

4= 1 𝑒 𝑦𝑣 = −

4𝑎

= −0

8= 0

Quando ∆= 0 as raízes da função são

iguais 𝑥1 = 𝑥2. O gráfico da função é

uma parábola de vértice (𝑥1, 0)

coincidindo com o ponto que ela

intercepta o eixo dos X.

Para uma representação razoável de

uma parábola, necessitamos de no

mínimo 3 pontos.

O gráfico da função intercepta o eixo Y

quando 𝑥 = 0 então, se 𝑥 = 0 →

𝑓(0) = 2, assim o ponto (0 , 2)

pertence à parábola.

Qualquer ponto do domínio pode ser

utilizado para encontrar o terceiro ponto

da parábola. Se 𝑥 = 2 → 𝑓(2) = 2,

assim o ponto (2 , 2) pertence à

parábola.

O gráfico da função 𝑓(𝑥) = 2 𝑥2 − 4 𝑥 +

2 é a parábola que passa pelos pontos

(1 , 0), (0 , 2) e (2 , 2) e que é côncava

para cima, pois 𝑎 = 2 > 0.

d) 𝑓(𝑥) = 2 𝑥2 − 4 𝑥 + 3

𝑎 = 2 ; 𝑏 = −4 ; 𝑐 = 3

∆= (−4)2 − 4 .2 .3 = −8 < 0

𝑥𝑣 = −𝑏

2𝑎=

4

4= 1 𝑒 𝑦𝑣 = −

4𝑎

= −(−8)

8= 1

Quando ∆ < 0 as raízes da função não

são números reais. Isto significa que o

gráfico da função não intercepta o eixo

dos X.

O gráfico da função intercepta o eixo Y

quando 𝑥 = 0 então, se 𝑥 = 0 → 𝑓(0) =

3. Quando 𝑥 = 2 → 𝑓(2) = 3, assim o

ponto (2 , 3) pertence à parábola.

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46

O gráfico da função 𝑓(𝑥) = 2 𝑥2 − 4 𝑥 +

3 é a parábola que passa pelos pontos

(1 , 1), (0 , 3) e (2 , 3) e que é côncava

para cima, pois 𝑎 = 2 > 0.

Gráfico de uma Função

Quadrática

Para fazermos o esboço do gráfico de

uma função quadrática 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2 +

𝑏𝑥 + 𝑐, buscaremos, daqui para a frente,

informações preliminares que são:

1) O gráfico é uma parábola, cujo

eixo de simetria é a reta 𝑥 = −𝑏

2𝑎

perpendicular ao eixo dos 𝑥.

2) Verificar se a parábola tem

concavidade voltada para cima

ou para baixo, 𝑎 > 0 ou 𝑎 < 0.

3) Zeros da função.

Se ∆> 0, a parábola intercepta o

eixo dos 𝑥 em dois pontos distintos

𝑃1 (−𝑏+√∆

2𝑎) e 𝑃2 (

−𝑏−√∆

2𝑎)

4) Vértice da parábola é o ponto

𝑉 (−𝑏

2𝑎,−∆

4𝑎) que é máximo se

𝑎 < 0 e mínimo se 𝑎 > 0.

Seguem-se os tipos de gráficos que

poderemos obter:

Fig. 3.24 – Gráficos segundo os

parâmetros 𝑎 e ∆

Fig. 3.25 – Gráficos segundo os

parâmetros 𝑎 < 0 e ∆> 0

Fig. 3.26 – Gráficos segundo os

parâmetros 𝑎 e ∆

3.7. Função Exponencial

Toda função 𝑓: ℜ → ℜ na forma 𝑓(𝑥) =

𝑎𝑥, com 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1 é denominada de

função exponencial.

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47

𝐷(𝑓) = ℜ 𝑒 𝐼𝑚(𝑓) = ℜ+∗ = (0, +∞)

O gráfico da função exponencial 𝑓(𝑥) =

𝑎𝑥 é uma curva que intercepta o eixo Y

no ponto (0 , 1), pois 𝑓(0) = 𝑎0 = 1 e

nunca intercepta o eixo dos X, pois a

imagem da função não pode ser zero

pois é estritamente positiva. A função é

crescente se a base 𝑎 > 1 e

decrescente se 0 < 𝑎 < 1.

Fig. 3.27 – Gráficos de funções

exponenciais cujas bases estão 0 < 𝑎 < 1

Observe que para valores

positivos de 𝑥,o gráfico da função se

aproxima do eixo 0x, embora sem nunca

tocá-lo. Dizemos que o eixo Ox é uma

assíntota do gráfico desta função.

Fig. 3.28 – Gráficos de funções exponencias

cujas bases são 𝑎 > 1

A função 𝑓(𝑥) = 𝑒𝑥, cuja base é

a constante de Euler 𝑒 (𝑒 ≈ 2,718 … )

desempenha um papel muito importante

nas aplicações da engenharia.

Exemplos:

Plote o gráfico das seguintes funções:

Solução:

a) 𝑓(𝑥) = 𝑒𝑥 e 𝑔(𝑥) = −𝑒𝑥

Como a função 𝑓(𝑥) = 𝑒𝑥 é uma função

exponencial de base igual ao número de

Euler 𝑒 = 2,7182 …, a função é

crescente, pois 𝑒 > 0.

Os valores que a função 𝑔(𝑥) = −𝑒𝑥

assume são iguais aos valores de

𝑓(𝑥) = 𝑒𝑥 multiplicados por -1. Isto

significa que as funções 𝑔 e 𝑓 são

simétricas em relação ao eixo dos X.

b) 𝑓(𝑥) = 𝑒−𝑥 𝑒 𝑔(𝑥) = −𝑒−𝑥

Solução: Como a função 𝑓(𝑥) =

𝑒−𝑥 = (𝑒−1)𝑥 é uma função exponencial

de base igual 𝑒−1, ela é decrescente,

pois 0 < 𝑒−1 < 1.

Os valores que a função 𝑔(𝑥) = −𝑒−𝑥

assume são iguais aos valores de

𝑓(𝑥) = 𝑒−𝑥 multiplicados por -1. Isto

significa que as funções 𝑔 e 𝑓 são

simétricas em relação ao eixo dos X.

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48

3.8. Função Logarítmica

Toda função 𝑓: ℜ → ℜ na forma

𝑓(𝑥) = 𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑥 com 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1 é

denominada de função logarítmica

𝐷(𝑓) = ℜ+ ⋆ = (0, +∞) 𝑒 𝐼𝑚(𝑓) = ℜ

O gráfico da função logarítmica 𝑓(𝑥) =

log𝑎 𝑥 é uma curva que intercepta o eixo

X no ponto (1, 0), pois 𝑓(1) = log𝑎 1 =

log𝑎 𝑎0 = 0. O gráfico da função nunca

intercepta o eixo dos Y, pois 𝑥 = 0 não

pertence ao domínio da função, ou seja,

∄ 𝑓(0). A função é crescente se a base

𝑎 > 1 e decrescente se 0 < 𝑎 < 1.

Fig. 3.29 – Gráficos de funções

logarítmicas cujas bases são 𝑎 > 1

Fig. 3.30 – Gráficos de funções logarítmicas

cujas bases estão 0 < 𝑎 < 1

Exemplo:

Plote o gráfico das seguintes funções:

𝑓(𝑥) = ln (𝑥) e 𝑔(𝑥) = −ln (𝑥)

Solução:

Como a função 𝑓(𝑥) = ln (𝑥) é uma

função logarítmica de base igual ao

número de Euler 𝑒 = 2,7182 …, a função

é crescente, pois 𝑒 > 0.

Os valores que a função 𝑔(𝑥) = −ln (𝑥)

assume são iguais aos valores de

𝑓(𝑥) = ln (𝑥) multiplicados por -1. Isto

significa que as funções 𝑔 e 𝑓 são

simétricas em relação ao eixo dos X.

3.9. Função Inversa

Se 𝑓: 𝐴 → 𝐵 for uma função injetora

então, ela admite uma função inversa

𝑓−1: 𝐵 → 𝐴.

Exemplo: Dados dois conjuntos 𝐴 =

{𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 , 𝑒} e 𝑌 = { 𝐴, 𝐵, 𝐶 , 𝐷 , 𝐸},

define-se a função (𝑓) como sendo a lei

que associa cada letra minúscula ao seu

correspondente em maiúsculo no

diagrama da Fig.3.31

.

Fig. 3.31 – Diagrama de associação

A B

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49

Observe que a função f é injetora onde

𝐷(𝑓) = 𝐴 e 𝐼𝑚(𝑓) = 𝐵.

Se 𝑓 é injetora então ela admite uma

função inversa 𝑓−1: 𝐵 → 𝐴 onde 𝐷(𝑓) =

𝐵 e 𝐼𝑚(𝑓) = 𝐴.

Fig. 3.32 – Diagrama para a função inversa

de 𝑓 .

Observação 1: o que era domínio na

função 𝑓 original vira imagem na função

inversa 𝑓−1, e o que era imagem na

função original vira domínio na função

inversa.

Observação 2: Se 𝑓 tiver uma inversa,

então os gráficos de 𝑦 = 𝑓(𝑥) e 𝑦 =

𝑓−1(𝑥) são reflexões um do outro em

relação a reta 𝑦 = 𝑥.

Exemplos: Dada a função 𝑓 calcule sua

inversa 𝑓−1

1) 𝑓(𝑥) = 3 𝑥 + 6

Solução:

Fazendo 𝑦 = 𝑓(𝑥)

(I) 𝑦 = 3 𝑥 + 6

(II) 𝑥 = 3 𝑦 + 6

(III) 3 𝑦 = 𝑥 − 6

(IV) 𝑦 = 𝑓 −1

(𝑥) =𝑥 − 6

3

É fácil observar em (II) a mudança das

variáveis: o que era 𝑥 virou 𝑦, e vice-

versa. Após fazer essa substituição, é

só isolar a variável 𝑦 para encontrar a

função inversa.

Fig. 3.32 - Gráficos de duas funções

inversas, percebe-se a simetria em relação

a bissetriz dos quadrantes ímpares 𝑦 = 𝑥

2) 𝑓(𝑥) = 2𝑥

Solução:

𝑦 = 2𝑥 → 𝑥 = 2𝑦

log2(𝑥) = log2 2𝑦

𝑦 log2 2 = log2 𝑥

𝑦 = 𝑓−1(𝑥) = log2 𝑥

Observe que as funções exponenciais e

logarítmicas são funções inversas.

𝐷(𝑓) = ℜ 𝑒 𝐼𝑚(𝑓) = ℜ+ ⋆ = (0, +∞)

𝐷𝑜𝑚(𝑓−1) = ℜ+ ⋆ = (0, +∞) 𝑒 𝐼𝑚(𝑓)

= ℜ

Fig. 3.33 - Gráficos de duas funções

inversas, logarítmica e exponencial, sendo

um caso clássico de funções inversas. Veja

a simetria em relação a 𝑦 = 𝑥 .

B A

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50

3.10. Função Composta

Sejam três conjuntos distintos 𝐴, 𝐵 e 𝐶

que entre eles existam as seguintes

funções:

𝑓: 𝐴 → 𝐵 𝑒 𝑔: 𝐵 → 𝐶

Assim, irá existir outra função ℎ ∶ 𝐴 → 𝐶

tal que ℎ(𝑥) = 𝑔(𝑓(𝑥)) que é chamada

de função composta de 𝑔 e 𝑓 denotada

por (𝑔 ∘ 𝑓)(𝑥) na Fig.3.34 :

Fig. 3.34 – Diagrama de flechas para uma

função composta

Na função (𝑔 ∘ 𝑓)(𝑥) = 𝑔(𝑓(𝑥)),

resolvemos primeiro a função interna 𝑓,

ao resultado, ou seja, à imagem de 𝑓

aplicamos a função 𝑔. Assim, o domínio

de (𝑔 ∘ 𝑓)(𝑥) é o conjunto de todos os

elementos 𝑥 no domínio de 𝑓 tal que

𝑓(𝑥) esteja no domínio de 𝑔.

𝐷𝑜𝑚(𝑔 ∘ 𝑓) = {𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓)|𝑓(𝑥)

∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑔)}

É importante lembrar que as

funções (𝑔 ∘ 𝑓) e (𝑓 ∘ 𝑔) são geralmente

diferentes.

Exemplo:

Considere as funções:

𝑔(𝑥) = 2𝑥2 e 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 1

a) Determine a função composta 𝑔 𝑜 𝑓.

Solução:

Como a função (𝑔 𝑜 𝑓)(𝑥) = 𝑔(𝑓(𝑥))

agora os elementos do domínio de 𝑔

são as imagens 𝑦 = 𝑓(𝑥) da função 𝑓.

Isto significa que o "𝑥" da função 𝑔 deve

ser substituído por "𝑓(𝑥)". Então:

𝑔 𝑜 𝑓 = 𝑔(𝑓(𝑥)) = 2. 𝑓(𝑥)2 = 2. [𝑥 + 1]2

=

= 2. [𝑥2 + 2𝑥 + 1]

= 2𝑥2 + 4𝑥 + 2

∴ (𝑔 𝑜 𝑓)(𝑥) = 2𝑥2 + 4𝑥 + 2

b) Determine a função composta 𝑓 𝑜 𝑔.

Solução:

Como a função (𝑓 𝑜 𝑔)(𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥))

agora os elementos do domínio de 𝑓 são

as imagens 𝑦 = 𝑔(𝑥) da função 𝑔. Isto

significa que o "𝑥" da função 𝑓 deve ser

substituído por "𝑔(𝑥)". Então:

𝑓 𝑜 𝑔 = 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑔(𝑥) + 1

= [2𝑥2] + 1 =

= 2 𝑥2 + 1

∴ (𝑓 𝑜 𝑔)(𝑥) = 2𝑥2 + 1.

c) Determine a função composta 𝑓 𝑜 𝑓.

Solução:

𝑓 𝑜 𝑓 = 𝑓(𝑓(𝑥)) = 𝑓(𝑥) + 1

= [𝑥 + 1] + 1 =

= 𝑥 + 2

∴ (𝑓 𝑜 𝑓)(𝑥) = 𝑥 + 2

d) Determine a função composta 𝑔 𝑜 𝑔.

Solução:

𝑔 𝑜 𝑔 = 𝑔(𝑔(𝑥)) = 2. [𝑔(𝑥)]2

= 2. [2𝑥2]2 =

= 2. (4𝑥4) = 8 𝑥4

∴ (𝑔 𝑜 𝑔)(𝑥) = 8 𝑥4

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51

3.11. EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Seja 𝑓(𝑥) =1

𝑥 , 𝑥 ≠ 0. Se 𝑓(2 +

𝑝) − 𝑓(2) =3

2. Calcule 𝑓(1 −

𝑝) − 𝑓(1 + 𝑝).

2) Esboce o lugar geométrico do

seguinte conjunto 𝐻 = {(𝑥, 𝑦) ∈

ℝ2 𝑥2⁄ + 𝑦2 − 2𝑦 = 0}. Verifique

que o conjunto esboçado não

corresponde a uma função.

3) Verifique as possibilidades para

os quais x satisfaz a inequação

(4𝑥 − 3)/(𝑥 + 1) > 2

4) Os pontos (0,0) e (2,1) estão no

gráfico de uma função

quadrática 𝑓. O mínimo de 𝑓 é

assumido no ponto de abscissa

𝑥 = −0.25. Calcule o valor de

𝑓(1).

5) O maior elemento da sequência

𝑎𝑛 = 400 + 20𝑛 − 2𝑛2, 𝑛 =1,2,3, … 50, vale:

6) Plote o seguinte gráfico ||𝑥| −

2| − 3.

7) Considere a função

𝑓(𝑥) = {1, 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 2

−2, 𝑠𝑒 − 2 ≤ 𝑥 < 0

e 𝑔(𝑥) = |𝑓(𝑥)| − 1. Plote 𝑔(𝑥).

8) Se o conjunto:

𝑆 = {𝑥 ∈ ℜ/𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏 𝑜𝑢 𝑥 ≥ 𝑐}

é a solução de

(𝑥 + 2). (2𝑥 − 𝑥2) ≤ 0

O valor de 𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐2 é:

9) Considere a função 𝑓(𝑥) = |𝑥 −

1| + |𝑥 − 2|;

Mostre que

𝑓(𝑥) = {−2𝑥 + 3 𝑠𝑒 𝑥 ≤ 1

1 𝑠𝑒 1 < 𝑥 < 22𝑥 − 3 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 2

Em seguida esboce o gráfico de

𝑓 .

10) As soluções da equação:

𝑥 − 𝑎

𝑥 + 𝑎+

𝑥 + 𝑎

𝑥 − 𝑎=

2(𝑎4 + 1)

𝑎2(𝑥2 − 𝑎2)

Onde 𝑎 ≠ 0, são:

11) O domínio da função real 𝑓

definida por:

𝑓(𝑥) = √2𝑥 − 1

1 − 3𝑥

é:

12) Seja S o conjunto de todas as

soluções da equação log0.25(𝑥 +

1) = log4(𝑥 − 1).

Mostre que S possui solução

única.

13) Seja a equação logarítmica

(log𝑚 2). (log𝑚

162) = log𝑚

642.

Calcule a soma de suas raízes.

14) Se: 6 − log𝑎 𝑚

1 + log𝑎2 𝑚= 2

Com 𝑎 > 0, 𝑎 ≠ 1 𝑒 𝑚 > 0,

então:

√𝑚

𝑎 + √𝑚

é:

15) Encontre o domínio real da

função:

𝑓(𝑥) =√2 − 𝑥

𝑥2 − 8𝑥 + 12

16) Mostre que a inequação

10𝑥 + 10𝑥+1 + 10𝑥+2 + 10𝑥+3

+ 10𝑥+4 < 11111

Em que 𝑥 é um número real,

possui apenas solução negativa.

17) Plote:

a) 𝑓(𝑥) = 𝑒−|𝑥|.

b) 𝑔(𝑥) =−2.|𝑥|

𝑥

c) 𝑓(𝑥) = −4 − 3𝑒−|𝑥|

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52

d) 𝑔(𝑥) = −2|−𝑥2 + 6𝑥 − 8| +3.

18) Para −1 < 𝑥 < 0.5, o gráfico da

função 𝑦 = |𝑥 + 1| + |2𝑥 − 1|, coincide com o gráfico da função

𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏. Encontre os valores

de 𝑎 e 𝑏.

19) Sejam 𝑓, 𝑔: ℝ → ℝ funções tais

que 𝑔(𝑥) = 1 − 𝑥 e 𝑓(𝑥) +

2𝑓(2 − 𝑥) = (𝑥 − 1)3, para todo

𝑥 ∈ ℝ. Calcule 𝑓(𝑔(𝑥)).

20) A soma das raízes reais

positivas da equação 4𝑎 − 5 ∗

2𝑎 + 4 = 0, sendo 𝑎 = 𝑥2 é:

21) Plote o gráfico de 𝑓(𝑥) =

ln(|𝑥| − 1).

22) Dadas as funções

𝑓(𝑥) =3. 𝑥

2. 𝑥 + 1

e

𝑔(𝑥) =2. 𝑥 + 1

3. 𝑥,

responda e calcule o que se pede: a) Indique o domínio das funções 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥). b) A função 𝑔(𝑥) é a inversa de 𝑓(𝑥)? Em caso negativo, encontre a

função inversa de 𝑓(𝑥). c) Determine o valor da soma 𝑓(2) + 𝑔(2). d) Determine o valor do quociente 𝑓(−3)/𝑔(−3).

23) Seja 𝑓(𝑥) a função ilustrada

abaixo:

Plote o gráfico de:

𝑔(𝑥) = (−3

2) 𝑓 ((−

1

2) 𝑥 + 2) + (

3

2).

24) Dada a função:

𝑓(𝑥) = {

|𝑥 − 3| − |𝑥 − 1|, 𝑠𝑒 − 4 ≤ 𝑥 < 0

𝑥2 + 2 , 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 20, 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜

Faça e calcule o que se pede:

a) Esboce o gráfico de 𝑓(𝑥):

b) Calcule a área formada entre

𝑓(𝑥) e o eixo das abscissas

do plano cartesiano, para

−2 ≤ 𝑥 ≤ 0.

c) Esboce o gráfico de 𝑔(𝑥) =

−2𝑓((−0.5𝑥 + 2) − 3)

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53

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

PROPOSTOS

1) 12/5

2) [x² + (y – 1)² = 1]. Logo, a equação

de uma circunferência não é uma

função.

3) 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 < −1 𝑜𝑢 𝑥 > 5/2}

4) f(1) = 3/10

5) 𝑌𝑚á𝑥 = 450

6) gráfico

7) gráfico

8) a² + b² + c² = 8

9) 𝑆 = {−2𝑥 + 3, 𝑠𝑒 𝑥 ≤ −1

1, 𝑠𝑒 1 < 𝑥 < 22𝑥 − 3, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 2

}

10) ±1/a

11) 𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ|1/3 < 𝑥 ≤ 1/2}

12) x = +√2

13) 𝑚1 + 𝑚2= 10, sendo 𝑚1 = 6 𝑒 𝑚2 =

4

14) 1/2

15) 𝐷𝑓 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 ≤ 2 𝑜𝑢 𝑥 ≠ 4}

16) x < 0

17.a) 𝑓(𝑥) = 𝑒−|𝑥| → {𝑒−𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0 𝑒𝑥 , 𝑠𝑒 𝑥 < 0

}

17.b) 𝑔(𝑥) = −2|𝑥|/𝑥 → {−2, 𝑠𝑒 𝑥 > 02, 𝑠𝑒 𝑥 < 0

}

17.c) 𝑓(𝑥) = −4 − 3𝑒−|𝑥| →

{−4 − 3𝑒−𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0−4 − 3𝑒𝑥, 𝑠𝑒 𝑥 < 0

}

17.d) 𝑔(𝑥) = −2|−𝑥2 + 6𝑥 − 8| + 3 →

{2𝑥² − 12𝑥 + 18, 𝑠𝑒 2 ≤ 𝑥 ≤ 4

−2𝑥2 + 12𝑥 − 13, 𝑠𝑒 𝑥 > 4 𝑜𝑢 𝑥 < 2}18)

a = - 1 e b = 2

19) f(g(x)) = x³; f(x) = (-x + 1)³

20) 𝑎1 = 2 e 𝑎2 = 0. Logo, 𝑎1 + 𝑎2 = 2

21) 𝑓(𝑥) = {ln (𝑥 − 1), 𝑠𝑒 𝑥 > 1

𝑙 𝑛(−𝑥 − 1) , 𝑠𝑒 𝑥 < −1}

22.a) 𝐷𝑓(𝑥) = {𝑥 ∈ ℝ| 𝑥 ≠ −1/2} e

𝐷𝑔(𝑥) = {𝑥 ∈ ℝ| 𝑥 ≠ 0}

22.b) Não, a inversa é 𝐹−1(𝑥) =𝑥

3 + 2𝑥⁄

22.c) 𝑓(2) = 6/5 𝑒 𝑔(𝑥) = 5/6. Logo,

𝑓(2) + 𝑔(2) = 61/30

22.d) 𝑓(−3)

𝑔(−3)= (

9

5)

23) gráfico

24. a)

𝑆 = {

|𝑥 − 3| − |𝑥 − 1|, 𝑠𝑒 − 4 ≤ 𝑥 < 0

𝑥² + 2, 𝑠𝑒 0 ≤ 𝑥 ≤ 20, 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜

}

b) Área = 2𝑥2 = 4 u.a ; p/ −2 ≤ 𝑥 ≤ 0

c)

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54

4. GEOMETRIA PLANA E

ESPACIAL

A geometria plana ou euclidiana é

a parte da matemática que estuda as

figuras que não possuem volume. Já

a geometria espacial, por sua vez,

estuda os objetos que possuem mais

de uma dimensão e ocupam lugar no

espaço, conhecidos como sólidos

geométricos ou figuras

geométricas espaciais.

4.1. Ponto

O ponto determina uma localização

e seu conceito é adimensional.

O ponto não possui forma ou

tamanho, embora seja necessário

fazê-los, para a sua representação

gráfica (Fig. 4.1).

Figura 4.1 – Representação gráfica de

um ponto

4.2. Reta

A reta é uma linha unidimensional

ilimitada.

Embora seja necessário dar uma

espessura e um tamanho para a

representação gráfica de uma reta,

ela não tem espessura e seu

comprimento é infinito, como

exemplificado na Fig. 4.2.

Figura 4.2 – Representação dos tipos de reta

4.2.1 Postulados da Reta

Numa reta, bem como fora

dela, existem infinitos pontos.

A Fig. 4.3 define uma

representação gráfica deste

postulado.

Figura 4.3 – Pontos inclusos e exclusos à reta

Por um ponto passam infinitas

retas (Fig. 4.4).

Figura 4.4 – Representação de retas em um ponto

Dois pontos distintos determinam

uma única reta que os contém

(Fig. 4.5).

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55

Figura 4.5 – Reta formada pela união de dois pontos

4.3. Plano

O plano corresponde a uma

superfície plana bidimensional

ilimitada.

Embora seja necessário dar uma

forma e tamanho para a sua

representação gráfica, o plano tem

comprimento e largura infinitos e não

tem profundidade, como

exemplificado na Fig. 4.6

Figura 4.6 – Representação de um plano

4.3.1 Postulados do Plano

Num plano, bem como fora dele,

existem infinitos pontos. A Fig.

4.7 define uma representação

gráfica deste postulado.

Figura 4.7 – Representação de

pontos inclusos e exclusos a um

plano α

Toda reta que tem dois pontos

distintos num plano fica

inteiramente contida nesse plano

(Fig. 4.8).

Figura 4.8 – Reta formada pela união de

dois pontos contida em um plano

Três pontos não situados na

mesma reta determinam um

plano (Fig. 4.9).

Figura 4.9 – Pontos determinantes de um plano α qualquer

Por uma reta passam infinitos

planos (Fig. 4.10).

Figura 4.10 – Reta com infinitos planos

4.3.2. Posições Relativas de duas

Retas no Plano

Duas retas em um mesmo plano

podem ser:

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56

Retas Concorrentes: Duas retas

são ditas concorrentes quando

existe apenas um ponto comum

entre elas, ou seja, quando as retas

se interceptam.

Retas Paralelas: Duas retas 𝑎 e 𝑏,

em um mesmo plano, são ditas

paralelas quando não têm ponto

comum entre elas. Denota-se 𝑎/ /𝑏.

Retas Coincidentes: Duas retas

são ditas coincidentes quando têm

todos os pontos em comum.

A Fig. 4.11 esboça posições de duas

retas concorrentes, paralelas e

coincidentes em um mesmo plano.

Figura 4.11 – Posições relativas de retas em um plano

4.4. Espaço

O espaço tridimensional é o conjunto

de todos os pontos situados em um

plano e fora dele.

Embora seja necessário dar uma

forma para a sua representação

gráfica do plano, ele tem

comprimento, largura e profundidade

infinitos, como exemplificado na Fig.

4.12.

Figura 4.12 – Representação de espaço

4.4.1 Posições Relativas de duas

Retas no Espaço

Duas retas no espaço tridimensional

podem ser:

Retas Coplanares: Duas retas são

ditas coplanares quando existe um

plano que as contêm.

Retas Reversas: Duas retas são

ditas reversas quando não existe um

plano que as contêm.

A Fig. 4.13 aponta retas coplanares

e retas reversas.

Figura 4.13 – Posições relativas de retas em um espaço (I)

De acordo com a figura acima:

As retas 𝑟 e 𝑠 estão contidas no

plano ABCFE, portanto são

coplanares.

As retas 𝑡 e 𝑠 estão contidas no

plano EFGH, portanto são

coplanares.

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57

As retas 𝑡 e 𝑟 são retas reversas,

pois não existe um plano que as

contêm.

Exemplo:

1) De acordo com a figura 4.14

abaixo, dê a classificação em

relação à posição relativa dos pares

de retas indicadas:

Figura 4.14 – Posições relativas de retas em um espaço (II)

a) Retas r e s: coplanares

paralelas

b) Retas r e t: coplanares

concorrentes

c) Retas r e x: reversas

d) Retas t e x: coplanares

paralelas

4.5. Segmento de Retas

Segmento de reta é o conjunto de

todos os pontos de uma reta que

estão limitados por dois pontos,

como exemplificado na figura 4.15.

Figura 4.15 – Representação de um segmento de reta (I)

𝐴𝐵 = medida do comprimento de 𝐴𝐵̅̅ ̅̅

4.5.1. Razão entre Segmentos de

Reta

O conceito de razão é a forma mais

comum e prática de fazer a

comparação relativa entre duas

grandezas.

A razão entre dois números 𝑥 e 𝑦 é

definida pelo quociente:

𝑥

𝑦= 𝑘 𝑐𝑜𝑚 𝑘 ∈ ℜ 𝑒 𝑦 ≠ 0,

A razão 𝑘 indica o valor do número 𝑥

quando comparado ao número 𝑦,

tomando-o como unidade.

Por exemplo, a razão entre dois

números reais 𝑥 = 2 e 𝑦 = 4 é

determinada por:

𝑥

𝑦=

2

4=

1

2= 0,5

Isto significa que o número 𝑥 é 0,5

vezes o número 𝑦, ou seja, 𝑥 é a

metade de 𝑦.

Não é possível dividir um segmento

de reta por outro para determinar a

razão entre segmentos, mas é

possível realizar a divisão entre as

medidas (tamanho) dos segmentos.

Por exemplo, a razão os entre os

segmentos 𝐴𝐵̅̅ ̅̅ e 𝐶𝐷̅̅ ̅̅ ,

respectivamente, de comprimentos 6

cm e 3 cm é determinada por:

𝐴𝐵

𝐶𝐷=

6

3= 3

𝐴𝐵 = 2 é a medida do segmento e

𝐶𝐷 = 3 é a medida do segmento

Isto significa que o segmento 𝐴𝐵̅̅ ̅̅ é 3

vezes maior do que o segmento 𝐶𝐷̅̅ ̅̅ .

4.5.2. Segmentos Proporcionais

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58

Proporção é a igualdade entre duas

razões equivalentes.

Quatro números 𝑥, 𝑦, 𝑎 e 𝑏 são

proporcionais, nesta ordem, se a

razão entre os dois primeiros for

igual à razão entre os dois últimos,

ou seja:

𝑥

𝑦=

𝑎

𝑏= 𝐶 ; 𝑦 ≠ 0; 𝑏 ≠ 0

O número real 𝐶 é chamado de

constante de proporcionalidade. Lê-

se 𝑥 está para 𝑦 assim como 𝑎 está

para 𝑏.

Por exemplo, se os números 𝑥 e 𝑦

são proporcionais a 2 e 3, nesta

ordem, então:

𝑥

𝑦=

2

3

onde 2/3 é a constante de

proporcionalidade.

Observe que apenas a informação

da constante de proporcionalidade

não define exatamente os valores de

𝑥 e 𝑦, pois existem infinitas soluções

para 𝑥 e 𝑦. Por exemplo, 𝑥 = 4 e

𝑦 = 6; 𝑥 = 6 e 𝑦 = 9, pois:

𝑥

𝑦=

4

6=

6

9= ⋯ =

2

3

De forma semelhante aos números

reais, é possível estabelecer a

proporcionalidade entre segmentos

de reta igualando as razões que são

equivalentes.

Os segmentos 𝐴𝐵̅̅ ̅̅ , 𝐶𝐷̅̅ ̅̅ , 𝐸𝐹̅̅ ̅̅ e 𝐺𝐻̅̅ ̅̅

são, nesta ordem, proporcionais

quando a razão entre os dois

primeiros for igual à razão entre os

dois últimos, ou seja:

𝐴𝐵

𝐶𝐷=

𝐸𝐹

𝐺𝐻

onde:𝐴𝐵 é a medida do segmento

𝐴𝐵̅̅ ̅̅ , 𝐶𝐷 é a medida do segmento 𝐶𝐷̅̅ ̅̅

, 𝐸𝐹 é a medida do segmento 𝐸𝐹̅̅ ̅̅

, 𝐺𝐻 é a medida do segmento 𝐺𝐻̅̅ ̅̅ .

Exemplos:

1) Verifique se os segmentos

𝐴𝐵̅̅ ̅̅ , 𝐶𝐷̅̅ ̅̅ , 𝑀𝑁̅̅ ̅̅ ̅ e 𝑃𝑄̅̅ ̅̅ , nesta ordem, são

proporcionais, sabendo que 𝐴𝐵 =

6 𝑐𝑚, 𝐶𝐷 = 18 𝑐𝑚, 𝑀𝑁 = 4 𝑐𝑚 e

𝑃𝑄 = 12 𝑐𝑚.

Solução:

𝐴𝐵

𝐶𝐷=

6

18=

1

3 𝑒

𝑀𝑁

𝑃𝑄=

4

12=

1

3

Como

𝐴𝐵

𝐶𝐷=

𝑀𝑁

𝑃𝑄=

1

3

podemos dizer que os segmentos

são proporcionais e a constante de

proporcionalidade é de 1/3.

2) Considere os segmentos 𝐴𝐵̅̅ ̅̅ ,

𝐶𝐷̅̅ ̅̅ , 𝑀𝑁̅̅ ̅̅ ̅ e 𝑃𝑄̅̅ ̅̅ , proporcionais nesta

ordem. Calcule as medidas dos

segmentos 𝐴𝐵̅̅ ̅̅ e 𝐶𝐷̅̅ ̅̅ sabendo que

𝐴𝐵 = (𝑥 + 3) 𝑐𝑚 , 𝐶𝐷 = (𝑥 − 2) 𝑐𝑚,

𝑀𝑁 = 40 𝑐𝑚 e 𝑃𝑄 = 30 𝑐𝑚

Solução:

𝐴𝐵

𝐶𝐷=

𝑀𝑁

𝑃𝑄 →

𝑥 + 3

𝑥 − 2=

40

30 →

𝑥 + 3

𝑥 − 2=

4

3 → 3 (𝑥 + 3)

= 4 (𝑥 − 2) →

3𝑥 + 9 = 4𝑥 − 8

9 + 8 = 4𝑥 − 3𝑥

𝑥 = 17

𝐴𝐵 = (𝑥 + 3) = 17 + 3 = 20 𝑐𝑚

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59

𝐶𝐷 = (𝑥 − 2) = 17 − 2 = 15 𝑐𝑚

3) Suponha que um segmento de

reta 𝐴𝐵̅̅ ̅̅ seja dividido pelo ponto 𝑃

numa razão de 2/3, conforme figura

4.16. Calcule os comprimentos

dos segmentos 𝐴𝑃̅̅ ̅̅ e 𝑃𝐵̅̅ ̅̅ sabendo

que o comprimento de 𝐴𝐵̅̅ ̅̅ é 20 𝑐𝑚.

Figura 4.16 – Representação de um

segmento de reta (II)

Solução:

𝑥 = 𝐴𝑃 ; 𝑦 = 𝑃𝐵 ; 𝐴𝐵 = 20

𝑥 + 𝑦 = 20 𝑒 𝑥

𝑦=

2

3

Isolando 𝑦 na pr imeira equação

tem-se:

𝑦 = 20 − 𝑥

Subst ituindo y na segunda

equação:

𝑥

20 − 𝑥=

2

3 → 3 𝑥 = 2 (20 − 𝑥)

3𝑥 = 40 − 2𝑥 → 5𝑥 = 40 → 𝑥 = 8

Subst ituindo o valor de 𝑥:

𝑦 = 20 − 𝑥 → 𝑦 = 20 − 8 → 𝑦 = 12

Logo,

𝐴𝑃 = 8 𝑐𝑚 ; 𝑃𝐵 = 12 𝑐𝑚

4.5.3. Teorema de Talles

“Um feixe de retas paralelas

determina, em duas retas

transversais, segmentos que são

proporcionais”.

Um feixe de retas paralelas é o

conjunto de três ou mais retas

coplanares paralelas. Uma reta

neste mesmo plano que corta o feixe

é chamada de reta transversal.

O teorema de Talles encontra-se

ilustrado na figura 4.17 abaixo.

Figura 4.17 – Representação de um

feixe de retas paralelas

𝑠𝑒 𝑟//𝑠//𝑡 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝐴𝐵

𝐵𝐶=

𝑀𝑁

𝑁𝑃

Exemplos:

1) Determine o valor de 𝑥 na figura

(4.18) abaixo.

Figura 4.18 – Aplicação do teorema de

Talles (I)

Solução:

De acordo com o teorema de Talles,

temos:

11

7=

𝑥

8→ 𝑥 =

11 ∙ 8

7 → 𝑥 =

88

7

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60

2) A figura (4.19) abaixo mostra dois

terrenos cujas laterais horizontais

são paralelas. Determine as medidas

𝑥 e 𝑦.

Figura 4.19 – Aplicação do teorema de Talles (II)

Solução:

De acordo com o teorema de Talles,

temos:

𝑥

𝑦=

20

50→ 𝑥 =

2

5 . 𝑦

Sendo:

𝑥 + 𝑦 = 63 𝑒 𝑥 =2 𝑦

5

Substituindo:

2 𝑦

5+ 𝑦 = 63 →

2𝑦 + 5𝑦

5= 63

7𝑦 = 315 → 𝑦 =315

7= 45

𝑦 = 45 𝑚

𝑥 =2 𝑦

5=

2.45

5= 18

𝑥 = 18 𝑚

As medidas são: 𝑥 = 18 𝑚 𝑒 𝑦 =

45 𝑚

3) Determine a medida do segmento

𝐴𝑃̅̅ ̅̅ , na figura (4.20) abaixo, sabendo

que 𝑀𝑃 = 20 𝑐𝑚 ; 𝑃𝑁 = 50 𝑐𝑚; 𝑃𝐵 =

60 𝑐𝑚

Figura 4.20 – Aplicação do teorema de

Talles (III)

Imaginando uma reta paralela a 𝑟 e

𝑠 passando pelo ponto A, podemos

utilizar o teorema de Talles, então:

𝐴𝑃

𝑃𝐵=

𝑀𝑃

𝑃𝑁 →

𝑥

60=

20

50→ 𝑥 =

20.60

50= 24 𝑚

4.6. Circunferência e Círculo

A circunferência é o conjunto dos

pontos de um plano que estão a uma

mesma distância (denominada raio)

de um ponto fixo situado no mesmo

plano (chamado centro). A Fig. 4.21

aponta uma representação

esquemática de uma circunferência.

Figura 4.21 – Representação de uma

circunferência

O interior da circunferência é o

conjunto de pontos que estão a uma

distância menor do que 𝑟 do centro

𝑂.

O exterior da circunferência é o

conjunto de pontos que estão a uma

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61

distância maior do que do que 𝑟 do

centro 𝑂, conforme Fig. 4.22.

Figura 4.22 – Representação de um

círculo

O círculo ou disco é a superfície

plana e fechada, limitada pela

circunferência, ou seja, é o conjunto

de pontos situados na circunferência

e em seu interior. A Fig. 4.23

compara círculo e circunferência.

Figura 4.23 – Comparação entre círculo

e circunferência

4.6.1. Elementos da

Circunferência e do Círculo

Corda e Segmento Circular (Fig.

4.24).

Figura 4.24 – Representação de corda e

segmento circular

Corda é um segmento de reta que

liga dois pontos de uma

circunferência.

Segmento circular é a interseção de

um círculo com o semipleno definido

por uma corda que não contém o

centro do círculo.

Arco e Setor Circular (Fig. 4.25).

Figura 4.25 – Representação de arco e

setor circular

O arco 𝐴�̌� de uma circunferência é

o conjunto de pontos desta

circunferência compreendidos pelos

raios 𝐴𝑂̅̅ ̅̅ e 𝑂𝐵̅̅ ̅̅ .

O setor circular 𝐴𝑂�̌� é o conjunto de

pontos do círculo que estão

compreendidos pelos raios 𝐴𝑂̅̅ ̅̅ e 𝑂𝐵̅̅ ̅̅ .

Diâmetro, Semicircunferência e

Semicírculo (Fig. 4.26).

Figura 4.26 – Representação de

diâmetro, semicircunferência e

semicírculo.

O diâmetro é uma corda que passa

pelo centro da circunferência. É a

corda de comprimento máximo e

mede o dobro do raio.

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62

A semicircunferência 𝐴�̆� é o arco

definido pelos pontos 𝐴 e 𝐵

diametralmente opostos da

circunferência.

O semicírculo 𝐴𝑂�̌� é o setor circular

definido pelos raios 𝑂𝐴̅̅ ̅̅ e 𝑂𝐵̅̅ ̅̅ .

4.7. Ângulo

Ângulo é a região plana limitada por

duas semirretas de mesma origem.

A Fig. 4.27 aborda uma ilustração

esquemática de um ângulo qualquer.

Figura 4.27 – Representação de ângulo

4.7.1. Unidades de Medida de

Ângulos

Duas unidades de medida de um

arco e, consequentemente, de um

ângulo são normalmente utilizadas:

o grau e o radiano.

Grau

Se uma circunferência for dividida

em 360 arcos iguais, o ângulo que

determina um destes arcos

corresponde a 1 grau (1∘), ou seja, o

arco da circunferência mede um grau

quando corresponde a 1/360 dessa

circunferência.

Um grau tem 60 minutos (60′). Um

minuto tem 60 segundos (60′′).

A medida do ângulo de uma volta

completa ou giro é de 360∘. A Fig.

4.28 representa um arco de 90°

subdivididos a cada 10°.

Figura 4.28 – ângulos de 0° a 90°

Radiano

Um Radiano (1 𝑟𝑎𝑑) é a medida de

um arco cujo comprimento (𝐿) é igual

ao raio (𝑅) da circunferência que o

contém. Como ao arco está

associado um ângulo central,

também podemos dizer que 1

radiano é a medida deste ângulo, o

qual determina um arco de

comprimento igual ao raio da

respectiva circunferência. O

comprimento de um arco qualquer

está representado na Fig. 4.29.

A medida do ângulo de uma volta

completa é de 2𝜋 𝑟𝑎𝑑, onde

𝜋 ≈3.14159265..., é um número

irracional.

Figura 4.29 – Comprimento de arco

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63

Pela definição de radiano tem-se:

Se 𝛼 = 2 𝑟𝑎𝑑 então 𝐿 = 2 𝑅; se 𝛼 =

3 𝑟𝑎𝑑 então 𝐿 = 3 𝑅, etc. Se o ângulo

for dado em radianos, o

comprimento do arco fica

determinado pela Eq. 4.1:

𝐿 = 𝛼 ∙ 𝑅

(4.1)

com 𝛼 dado em radianos

Conversão de unidades

Dado um ângulo 𝛼 em grau (𝛼°)

podemos ter determinar seu valor

em radianos (𝛼𝑟𝑎𝑑), ou vice e versa

utilizando uma regra de três.

360

𝛼°=

2 𝜋

𝛼𝑟𝑎𝑑

Exemplos:

1) Determine o valor de 𝛼 = 45° em

radianos.

Solução:

360

45=

2𝜋

𝑥→ 𝑥 =

2𝜋 ∙ 45

360

= 𝜋

4

𝛼 = 45° = 𝜋

4 𝑟𝑎𝑑

2) Determine o valor de 𝛼 =

2𝜋 3⁄ 𝑟𝑎𝑑 em graus.

Solução:

360

𝑥=

2𝜋

2𝜋3

→ 2𝜋 𝑥

=2𝜋

3∙ 360 →

𝑥 = 2 𝜋 ∙ 120

2 𝜋= 120

𝛼 =2𝜋

3 𝑟𝑎𝑑 = 120°

3) Deseja-se repartir uma pizza de

30 cm de diâmetro em 11 pedaços

iguais, conforme indicado na figura

4.30. Determine o valor do ângulo 𝛼

que cada fatia deverá ser cortada.

Figura 4.30 – Aplicação da

circunferência (I) 2

Figura 4.31 – Aplicação de

circunferência (II)

Solução:

Se cada polia tem diâmetro de 20 cm

e a distância entre seus centros é de

30 cm, determine o valor aproximado

do comprimento da correia.

Podemos considerar as seguintes

partes da correia e determinar seus

comprimentos:

Parte superior de centro a centro a

polia:

𝐿1 = 30 𝑐𝑚

Parte inferior de centro a centro a

polia:

𝐿2 = 30 𝑐𝑚

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64

Contorno da semicircunferência da

polia de diâmetro 𝑑 = 20 𝑐𝑚,

𝐿3 = 𝜋 ∙ 𝑅 = 𝜋 ∙𝑑

2≈ 3,14 ∙

20

2= 31,4 𝑐𝑚

Comprimento total da correia 𝐿:

𝐿 = 𝐿1 + 𝐿2 + 2 ∙ 𝐿3 ≅ 30 + 30 + 2 ∙ 31,4

𝐿 ≅ 122,8 𝑐𝑚

Dizemos que o comprimento da

correia é aproximadamente igual a

122,8 𝑐𝑚, pois no cálculo tomamos

um o valor aproximado de 𝜋.

5) Determine quantas voltas por

segundo deve dar cada roda de um

automóvel na velocidade linear

constante de 31,4 𝑚/𝑠, sabendo que

o raio de cada roda é 25 cm e que a

roda não desliza durante a rolagem

(adotar 𝜋 = 3.14).

Solução:

Distância percorrida em 1 segundo:

𝐿 = 31,4 𝑚

Raio da roda: 𝑅 = 25 𝑐𝑚 = 0.25 𝑚

𝐿 = 𝛼 ∙ 𝑅 → 𝛼 =𝐿

𝑅=

31.4

0.25= 125,6

𝛼 = 125,6 𝑟𝑎𝑑

Cada volta de roda equivale a um

ângulo de 2𝜋 𝑟𝑎𝑑. Se o ângulo total

percorrido por cada roda é de 𝛼 =

125,6 𝑟𝑎𝑑, então o número de voltas

(𝑛) é:

𝑛 =𝛼

2 𝜋=

125,6

2 𝜋=

125,6

2 ∙ 3,14

= 20 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠

3.7.2. Classificação dos Ângulos

Em relação à sua medida, a

figura 4.32 apresenta uma

relação esquemática entre

ângulos agudo, obtuso, reto,

raso, de uma volta e côncavo.

Figura 4.32 – Representação de ângulos

ângulo agudo

0° < 𝛼 < 90°

ângulo obtuso

90° < 𝛼 < 180°

ângulo reto

𝛼 = 90°

ângulo raso

𝛼 = 180°

ângulo de uma volta

𝛼 = 360°

ângulo côncavo

180° < 𝛼 < 360°

Em relação a outro ângulo:

Congruentes: Dois ângulos são

chamados congruentes quando suas

medidas forem iguais.

Complementares: Dois ângulos são

chamados complementares quando

a soma entre eles for igual a 90°.

Suplementares: Dois ângulos são

chamados suplementares quando a

soma entre eles for igual a 180°.

Replementares: Dois ângulos são

chamados replementares quando a

soma entre eles for igual a 360°.

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65

Em relação à posição de ângulos

formados por duas retas

paralelas cortadas por uma reta

transversal (Fig. 4.33).

Figura 4.33 – Ângulos formados por

duas retas cortadas por uma tranversal

Os ângulos correspondentes

(mesma posição) são congruentes,

isto é, são iguais.

Exemplo: b e f

Os ângulos colaterais (mesmo lado)

são suplementares

Exemplo de colaterais

internos: h e c

Exemplo de colaterais

externos: d e g

Os ângulos alternos (lados

alterados) são congruentes.

Exemplo de alternos internos:

b e h

Exemplo de alternos

externos: a e g

Os ângulos opostos pelo vértice

(ângulos cujos lados são semirretas

opostas aos lados do outro) são

congruentes.

Exemplo de alternos internos:

b e d

Exemplos:

1) Determine o valor do ângulo 𝑎, na

figura 4.34, sabendo que ℎ = 40°.

Figura 4.34 – Aplicação de retas

cortadas por transversal (I)

Solução:

Os ângulos ℎ e 𝑑 são

correspondentes, pois ocupam a

mesma posição, portanto são iguais.

𝑑 = ℎ = 40°

Os ângulos a 𝑎 e 𝑑 são

suplementares, então:

𝑎 + 𝑑 = 180 → 𝑎 + 40 = 180

𝑎 = 180 − 40 = 140 ∴ 𝑎

= 140°

2) Na figura 4.35, determinar os

valores dos ângulos x , y e z.

Figura 4.35 – Aplicação de retas

cortadas por transversal (II)

Solução

Os ângulos 4𝑥 e 𝑧 são opostos pelo

vértice, portanto são iguais.

4 𝑥 = 𝑧 → 𝑥 =𝑧

4

Os ângulos 𝑥 e 𝑧 são

suplementares, então:

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66

𝑥 + 𝑧 = 180 → 𝑧

4+ 𝑧 = 180

𝑧 + 4 𝑧 = 180 ∙ 4 → 5 𝑧

= 720 →

𝑧 = 144 ∴ 𝑧 = 144°

𝑥 =𝑧

4=

144

4= 36 ∴ 𝑥 = 36°

Os ângulos x e 2y são iguais por

serem opostos pelo vértice, assim:

𝑥 = 2𝑦 → 𝑦 =𝑥

2=

36

2= 18 ∴ 𝑦 = 18°

4.8. Polígono

Um polígono é uma figura plana

limitada por uma linha poligonal

fechada formada por segmentos

consecutivos não colineares.

Chama-se de polígono regular ao

polígono cujos lados são iguais.

Classificação quanto ao número

de lados (Fig. 4.36).

Figura 4.36 – Representação de polígonos

quanto aos lados

4.8.1. Semelhança de Polígonos

Dois polígonos de mesmo número

de lados 𝐴𝐵𝐶𝐷 … e 𝐴’𝐵’𝐶’𝐷′ …, são

ditos semelhantes

(𝐴𝐵𝐶𝐷 … ~𝐴′𝐵′𝐶′𝐷′ … ) se forem

satisfeitas simultaneamente ambas

as condições:

i) Ângulos correspondentes

iguais:

𝐴 = 𝐴’; 𝐵 = 𝐵’; 𝐶 = 𝐶’; …

a. Lados

correspondentes

proporcionais

𝐴𝐵

𝐴′𝐵′=

𝐵𝐶

𝐵′𝐶′=

𝐶𝐷

𝐶′𝐷′= ⋯ = 𝑘

onde 𝑘 é a razão de

semelhança

A razão de semelhança 𝑘 pode ser

de ampliação (𝑘 > 1) ou de redução

(𝑘 < 1).

Duas figuras semelhantes têm

exatamente o mesmo formato, mas

com tamanho diferente, como

representado na Fig. 4.37.

Figura 4.37 – Semelhança de polígonos

quanto ao formato

Exemplos:

1) Determine o comprimentos x, y e

z dos polígonos da figura 4.38,

sabendo que eles são semelhantes.

Figura 4.38 – Aplicação de semelhança

de polígonos

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67

Solução:

Se 𝐴𝐵𝐶𝐷 ~𝐴′𝐵′𝐶′𝐷′ então:

𝐴𝐵

𝐴′𝐵′=

𝐵𝐶

𝐵′𝐶′=

𝐶𝐷

𝐶′𝐷′=

𝐷𝐴

𝐷′𝐴′= 𝑘

𝑖) 𝐵𝐶

𝐵′𝐶′=

4

6=

2

3= 𝑘

𝑖𝑖) 𝐷𝐴

𝐷′𝐴′= 𝑘 →

𝑥

3=

2

3 → 3 𝑥

= 3 ∙ 3 → 𝑥 = 3 𝑐𝑚

𝑖𝑖𝑖) 𝐴𝐵

𝐴′𝐵′= 𝑘 →

𝑦

5,7=

2

3→ 3 𝑦

= 2 ∙ 5,7 →

𝑦 =11,4

3→ 𝑦 = 3,8 𝑐𝑚

𝑖𝑣) 𝐶𝐷

𝐶′𝐷′= 𝑘 →

2,4

𝑧=

2

3 → 2 𝑧

= 3 ∙ 2,4 →

𝑧 =7,2

2 → 𝑧 = 3,6 𝑐𝑚

3.8.2. Semelhança de Triângulos

De fato, não é necessário que sejam

conhecidos todos os lados e todos

os ângulos de dois triângulos para

que a semelhança entre eles possa

ser assegurada.

É suficiente para garantir a

semelhança de dois triângulos uma

das seguintes opções:

Se dois triângulos possuem os

seus lados correspondente

proporcionais, então eles são

semelhantes, conforme Fig. 4.39.

Figura 4.39 – Semelhança de triângulos

quanto aos lados

Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

Se dois triângulos possuem dois

ângulos iguais, então eles são

semelhantes. O terceiro ângulo

fica perfeitamente determinado

porque a soma dos ângulos

internos do triângulo é de 180°,

conforme Fig. 4.40.

Figura 4.40 – Semelhança de triângulos

quanto aos ângulos

Se dois lados de um triângulo são

proporcionais aos lados

correspondentes do outro

triângulo e se o ângulo entre

estes lados for igual ao

correspondente do outro

triângulo, então os triângulos são

semelhantes (Fig. 4.41).

Figura 4.41 – Semelhança de triângulos

quanto a dois lados e um ângulo

A consequência dessa condição é

que toda reta traçada paralela a um

dos lados de um triângulo determina

outro triângulo semelhante ao

primeiro (Fig. 4.42).

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68

Figura 4.42 – Demonstração de

semelhança de lado e ângulo de dois

triângulos quaisquer

𝑆𝑒 𝑟//𝐵𝐶 ⃡ 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 ∆𝐴𝐵𝐶~∆ 𝐴𝐵′𝐶′

Exemplos:

1) Determine os valores de x, y e z

indicados nas figuras abaixo.

Um dos triângulos é determinado

pelo traçado de uma reta paralela a

um dos lados do outro, então são

semelhantes.

𝑥

12=

2

2 + 4

6𝑥 = 24

𝑥 = 4

𝑦

𝑦 + 4=

6

8

6𝑦 + 24= 8𝑦

2 𝑦 = 24

𝑦 = 12

𝑧

5=

3

8

8𝑧 = 15

𝑧 =15

8

2) Determine o valor de 𝑥 na figura

4.43.

Figura 4.43 – Aplicação de semelhança

de triângulos

Solução:

Os triângulos 𝐴𝐵𝐶 e 𝐴𝐸𝐷 são

semelhantes, pois possuem dois

ângulos iguais, ambos são triângulos

retângulos e possuem o ângulo  em

comum, então:

𝐴𝐵

𝐴𝐸=

𝐶𝐴

𝐷𝐴 →

𝑥

6=

8 + 6

𝑥 + 5→ 𝑥2 + 5𝑥

= 84 →

𝑥2 + 5𝑥 − 84 = 0

Resolvendo a equação de segundo

grau:

𝑥 =−5 ± √52 − 4.1. (−84)

2.1

=−5 ± 19

2

𝑥 = −12 𝑜𝑢 𝑥 = 7

Como a medida de comprimento não

pode ser negativa tem-se:

𝑥 = 7

4.9. Perímetro e Área

Perímetro: é a medida do contorno

de um objeto bidimensional, ou seja,

é a soma dos comprimentos de

todos os lados de uma figura

geométrica.

Área: é uma função que associa a

cada figura um número positivo que

representa a medida de sua

superfície.

Exemplo:

Considere uma sala cuja planta

baixa está indicada na figura 4.44.

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69

Figura 4.44 – Aplicação de perímetro e

área (I)

a) Quantos metros de rodapé serão

necessários para contornar a sala?

Solução:

Deseja-se saber a medida do

contorno da sala, isto é, o perímetro

𝑃 do retângulo.

𝑃 = 7 + 4 + 7 + 4 = 22

Serão necessários 22 m de rodapé.

b) Deseja-se revestir o piso da sala

com lajotas quadradas de 1 𝑚2 (Fig.

4.45). Quantas lajotas serão

necessárias?

Solução:

Se colocarmos sobre a sala uma

malha quadriculada na qual cada

quadrado representa uma lajota, o

número de lajotas necessárias será

a quantidades de quadrados da

malha.

Figura 4.45 – Aplicação de perímetro e

área (II)

Precisaremos de 28 lajotas.

c) Qual é a área da sala?

Solução:

Cada lajota pode ser considerada

como uma unidade de área (𝑢. 𝑎 =

1 𝑚2. Para revestir a sala são

necessárias 28 lajotas, isto é, 28

𝑢. 𝑎., então a área (𝑆) da sala é:

𝑆 = 28 𝑢. 𝑎 = 28 ∙ 1 𝑚2 = 28 𝑚2

Abaixo indicamos o perímetro (2𝑝) e

a área (𝑆) de algumas figuras

geométricas planas.

4.9.1 Círculo

2𝑝 = 2. 𝜋. 𝑟

𝑆 = 𝜋. 𝑟2

Figura 4.46 – Representação de área e

perímetro de um círculo

Observe que o perímetro do círculo

é o comprimento da circunferência

(𝐿 = 𝛼 𝑟 , 𝛼 = 2𝜋)

4.9.2 Paralelogramo

2𝑝= 2𝑎 + 2𝑏

𝑆 = 𝑏. ℎ

Figura 4.47 – Representação de área e

perímetro de um paralelogramo

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70

4.9.3 Triângulo

2𝑝 = 𝑎 + 𝑏 + 𝑐

𝑆 =𝑏. ℎ

2

Figura 4.48 – Representação de área e

perímetro de um triângulo

Observe que a área do triângulo é

igual à metade da área do

paralelogramo.

4.9.4 Losango

2𝑝 = 4. 𝑎

𝑎

=√𝑑2 + 𝐷2

2

𝑆 =𝐷. 𝑑

2

Figura 4.49 – Representação de área e

perímetro de um losango

Observe que o losango ocupa a

metade do retângulo cujos lados têm

medidas iguais às diagonais.

4.9.5 Trapézio

Figura 4.50 – Representação de área e

perímetro de um trapézio

2𝑝= 𝑎 + 𝐵 + 𝑏 + 𝑐

𝑆 =(𝐵 + 𝑏). ℎ

2

A área do trapézio pode ser obtida

pela soma das áreas dos dois

triângulos determinados por uma de

suas diagonais.

4.9.6 Polígono Regular de 𝒏 lados

2𝑝 = 𝑛 . 𝑙

𝑆 = 𝑛. (𝑙. 𝑎

2)

Figura 4.51 – Representação de área e

perímetro de um polígono regular

Um Polígono regular de 𝑛 lados pode

ser dividido, a partir do centro, em 𝑛

triângulos isósceles congruentes de

altura 𝑎. A área do polígono será

𝑛 vezes a área deste triângulo.

Exemplos:

1) Calcule a área da superfície

composta pelas áreas hachuradas e

pontilhadas da figura 4.52.

Figura 4.52 – Aplicação de área e

perímetro em figuras planas

A unidade de área é um quadrado de

lado com comprimento igual a 1 𝑐𝑚,

então 𝑢. 𝑎. = 1 𝑐𝑚2.

Solução:

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71

Cada retângulo pontilhado é formado

por 2 𝑢. 𝑎., então sua área é 𝑆𝑝 =

2 𝑐𝑚2.

A parte hachurada de baixo da figura

é uma semicírculo de raio igual a

2 𝑐𝑚 e a parte branca de cima da

figura também. Assim a parte

hachurada se encaixa perfeitamente

na parte branca da figura, formando

um retângulo hachurado com 8 𝑢. 𝑎.

Então, a área hachurada é 𝑆ℎ =

8 𝑐𝑚2.

A área total da superfície é:

𝑆𝑇 = 2 ∙ 𝑆𝑝 + 𝑆ℎ = 2 ∙ 2 + 8 = 12 𝑐𝑚2

2) Calcule a área da coroa circular de

raio 𝑅 = 20 𝑐𝑚 e largura 𝑡 = 5 𝑐𝑚,

indicada na figura 4.53, isto é,

calcule a área da superfície colorida

na figura.

Figura 4.53 – Aplicação de área e

polígno em figuras planas (II)

Solução:

Podemos observar na figura que a

área da coroa circular (𝑆𝑐) é igual à

área do círculo maior (𝑆1) diminuída

da área do círculo menor (𝑆2).

𝑆1 = 𝜋. 𝑅2 ; 𝑆2 = 𝜋. 𝑟2 ∴ 𝑆𝑐

= 𝜋. (𝑅2 − 𝑟2)

Na figura 𝑅 = 20 𝑐𝑚 e 𝑡 = 5 𝑐𝑚,

então:

𝑟 = 𝑅 − 𝑡 = 20 − 5 = 15 𝑐𝑚

𝑆𝑐 = 𝜋. (𝑅2 − 𝑟2) = 𝜋. (202 − 152)

= 175 𝜋 𝑐𝑚2

𝑆𝑐 ≅ 175 ∙ 3,14 = 549,5 𝑐𝑚2

4.10. Volume

Definição: é o espaço ocupado por

um corpo e também a capacidade do

corpo de comportar alguma

substância.

A unidade de volume no Sistema

Internacional de unidade é o metro

cúbico (𝑚3). Um metro cúbico (1 𝑚3)

pode ser representado pelo espaço

ocupado por cubo de aresta igual a

1 𝑚.

Exemplo:

Considere um tanque de água 4 𝑚 de

comprimento, 2 𝑚 de largura e 2 𝑚 de

altura, conforme indicado na figura

4.54.

Figura 4.54 – Aplicação de volume

a) Desprezando a espessura,

quantas caixas d’água de 1 𝑚 ×

1𝑚 × 1 𝑚 = 1 𝑚3 caberão dentro do

tanque?

Solução:

Traçando no tanque uma malha de

cubos na qual cada cubo representa

a caixa d’água, observa-se que

foram utilizadas 16 caixas.

b) Qual é o volume do tanque?

Solução:

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72

Cada caixa d’água pode ser

considerada como uma unidade de

volume (1 𝑢. 𝑎 = 1 𝑚3). Para

preencher o tanque são necessárias

16 caixas, isto é, 16 𝑢. 𝑣., então o

volume (𝑉) do tanque é:

𝑉 = 16 𝑢. 𝑣 = 16 ∙ 1 𝑚3 = 16 𝑚3

c) Quantos litros de água serão

necessários para encher o tanque?

Solução:

1 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 = 1 𝑑𝑐𝑚3 → 1 𝑑𝑐𝑚 = 10−1 𝑚

1 𝑑𝑐𝑚3 = (10−1)3 𝑚3 = 10−3 𝑚3

∴ 1 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 = 10−3 𝑚3 𝑜𝑢 1 𝑚3

= 103 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠

𝑉 = 16 𝑚3 = 16 ∙ (1 𝑚3)

= 16 ∙ (103 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠)

𝑉 = 16. 000 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠

Abaixo indicamos o e o volume (𝑉)

de alguns sólidos geométricos.

4.10.1 Cubo

𝑉 = 𝐿3

Figura 4.55 – Representação de volume

de um cubo

4.10.2 Paralelepípedo

𝑉= 𝐿 ∙ 𝑙 ∙ ℎ

Figura 4.56 – Representação de volume

de um paralelepípedo

4.10.3 Prisma

𝑉 = 𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ ℎ

Figura 4.57 – Representação de volume

de um prisma

4.10.4 Cilindro

Figura 4.58 – Representação

de volume de um cilindro

𝑉 = 𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ ℎ

𝑉 = 𝜋. 𝑟2 ∙ ℎ

4.10.5 Pirâmide

𝑉 =𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ ℎ

3

Figura 4.59 - Representação de volume

de um pirâmide

4.10.6 Cone

𝑉 = 𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ ℎ

3

𝑉 =𝜋 ∙ 𝑟2 ∙ ℎ

3

Figura 4.60 - Representação de volume

de um cone

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73

4.10.7 Esfera

𝑉 =4 ∙ 𝜋 ∙ 𝑟3

3

Figura 4.61 – Representação de volume

de um esfera

Exemplos:

1) A área de uma pirâmide

quadrangular é igual a 9 𝑐𝑚2 e a sua

altura é igual ao comprimento das

laterais de sua base. Com estas

informações, determine o volume da

pirâmide.

Solução:

Uma pirâmide quadrangular é uma

pirâmide cuja base é um quadrado.

Chamando de 𝑎 o comprimento dos

lados deste quadrado, a área da

base é:

𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝑎2 = 9 𝑐𝑚2 → 𝑎 = 3 𝑐𝑚

A altura ℎ da pirâmide é igual ao

comprimento do lado da base, então

ℎ = 𝑎.

O volume da pirâmide é:

𝑉𝑝𝑖𝑟â𝑚𝑖𝑑𝑒 = 𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ ℎ

3=

9 ∙ 3

3= 9 𝑐𝑚3

2) Dispomos de 1300 𝑐𝑚2 de um

papel adesivo para encapar uma

caixa com a forma de um

paralelepípedo retângulo com 20 𝑐𝑚

de comprimento e 15 𝑐𝑚 de largura.

Qual deve ser o volume desta caixa

considerando que todo o papel

adesivo disponível será utilizado,

que não haverá sobreposição dele e

que toda a superfície da caixa será

encapada?

Solução:

A área total a ser encapada é:

𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 + 𝐴𝑡𝑎𝑚𝑝𝑎

+ 𝐴𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙

A altura ℎ da caixa é desconhecida e

a base da caixa é um retângulo de

15 𝑐𝑚 × 20 𝑐𝑚. Assim,

𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝐴𝑡𝑎𝑚𝑝𝑎 = 20 ∙ 15 = 300 𝑐𝑚3

𝐴𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙 = 𝑝𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑏𝑎𝑠𝑒 × 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎

𝐴𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙 = (20 + 15 + 20 + 15) ∙ ℎ

= 70 ∙ ℎ

𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 300 + 300 + 70 ℎ

= 1300 𝑐𝑚2

70ℎ = 1300 − 600 → ℎ =700

70→ ℎ

= 10

O volume da caixa é calculo por:

𝑉𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 = 𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 ∙ ℎ = 300 ∙ 10

𝑉𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 = 3000 𝑐𝑚3

3) Um fabricante deseja enlatar seu

produto em uma lata cilíndrica de

raio interno (𝑟) igual a 10 𝑐𝑚, como

indicado na figura 4.62.

Figura 4.62 – Aplicação de volume

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74

a) Qual deverá ser a altura (ℎ) da

lata para armazenar 500 𝑚𝑙 do

produto?

Solução:

Antes de utilizar a fórmula do

volume, devemos unificar as

unidades de medidas envolvidas.

1 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 = 103 𝑚𝑙

1 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 = 1 𝑑𝑐𝑚3 = 1 ∙ (10 𝑐𝑚)3

= 103 𝑐𝑚3 ∴

1 𝑚𝑙 = 1 𝑐𝑚3

Podemos então trabalhar com

mililitros e centímetro.

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒: 𝑉 = 500 𝑚𝑙 = 500 𝑐𝑚3

O volume do cilindro é:

𝑉 = 𝜋 𝑟2 ℎ → ℎ =𝑉

𝜋 ∙ 𝑟2

ℎ =500

𝜋 ∙ (5)2 (

𝑐𝑚3

𝑐𝑚2= 𝑐𝑚)

ℎ =500

𝜋. 25=

20

𝜋 𝑐𝑚 ∴ ℎ ≅ 6,37 𝑐𝑚

b) Sabendo que as latas serão

produzidas com folhas de aço,

determine a área de aço necessária

para a construção de 1 lata.

𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐴𝑏𝑎𝑠𝑒 + 𝐴𝑡𝑎𝑚𝑝𝑎 + 𝐴𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙

𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝜋 ∙ 𝑟2 + 𝜋 ∙ 𝑟2 + 2 ∙ 𝜋 ∙ 𝑟 ∙ ℎ

= 2 𝜋 𝑟 (𝑟 + ℎ)

𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2 ∙ 𝜋 ∙ 5 ∙ (5 +20

𝜋)

≅ 357,08 𝑐𝑚2

4) Um cone reto e um cilindro circular

reto possuem alturas (ℎ) iguais e

bases com raios (𝑟) iguais. Uma

semiesfera é retirada do interior do

cilindro e acrescentada no topo do

cone, gerando os sólidos 𝑆1 e 𝑆2,

indicados na figura 4.63.

Determine a condição necessária

para que os volumes dos dois

sólidos sejam iguais.

Figura 4.63 – Aplicação de volume

Solução:

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑆1) = 𝑉𝑐𝑜𝑛𝑒 + 𝑉𝑠𝑒𝑚𝑖𝑒𝑓𝑒𝑟𝑎

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑆1) =𝜋 𝑟2 ℎ

3+ (

4 𝜋 𝑟3

3) ÷ 2

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑆1) =𝜋 𝑟2 ℎ

3+

2 𝜋 𝑟3

3

= 𝜋 𝑟2

3∙ (ℎ + 2 𝑟)

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑆2) = 𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 − 𝑉𝑠𝑒𝑚𝑖𝑒𝑓𝑒𝑟𝑎

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑆2) = 𝜋 𝑟2 ℎ −2 𝜋 𝑟3

3

𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑆2) =3𝜋 𝑟2 ℎ − 2 𝜋 𝑟3

3

=𝜋 𝑟2

3∙ (3ℎ − 2 𝑟)

Se 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑆1) = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝑆2),

então:

𝜋 𝑟2

3∙ (ℎ + 2 𝑟) =

𝜋 𝑟2

3∙ (3ℎ − 2 𝑟)

ℎ + 2𝑟 = 3ℎ − 2𝑟 → 4 𝑟 = 2 ℎ →

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75

logo: 𝑟 =1

2 ℎ .

Os sólidos terão o mesmo volume se

o raio for a metade da altura.

Exercícios Propostos

1) Na figura 4.64 abaixo, calcule o

valor de 𝑥.

Figura 4.64 – Figura ilustrativa de

exercício de geometria plana e espacial

(I)

2) Determine os valores de 𝑥, 𝑦.e 𝑧

indicados na Fig. 4.65.

Figura 4.65 – Figura ilustrativa de

exercício de geometria plana e espacial

(II)

3) Determine o valor do ângulo 𝑥 da

figura 4.66, sabendo que a soma dos

ângulos internos de um quadrilátero

é de 360°.

Figura 4.66 – Figura ilustrativa de

exercício de geometria plana e espacial

(III)

4) Testes efetuados em um pneu de

corrida constataram que, a partir de

185.600 voltas, ele passa a se

deteriorar. Sabendo que o diâmetro

do pneu é 0,5 𝑚, determine,

aproximadamente, a distância em

𝑘𝑚 que ele poderá percorrer, sem

riscos para o piloto.

5) A soma das áreas dos três

quadrados abaixo é igual a 83 𝑐𝑚2.

Determine a área o quadrado maior

(Fig. 4.67).

Figura 4.67 – Figura ilustrativa de exercício

de geometria plana e espacial (IV)

6) Na figura 4.68, 𝐴𝐵𝐶 é um

quadrante de um círculo de raio igual

a 3 𝑐𝑚 e 𝐴𝐷𝐸𝐹 é um quadrado de

lado igual a 1 𝑐𝑚. Considere o sólido

gerado pela rotação de 360° da

região hachurada da figura em torno

da reta 𝐴𝐵. Determine o volume

deste sólido de revolução.

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76

Figura 4.68 – Figura ilustrativa de

exercício de geometria plana e espacial

(V)

7) Dois cubos de alumínio com

arestas medindo 10 𝑐𝑚 e 6 𝑐𝑚 são

levados juntos à fusão. A seguir, o

alumínio líquido é moldado na forma

de um paralelepípedo reto de base

quadrada de lado igual a 8 𝑐𝑚.

Determine a altura do

paralelepípedo.

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

PROPOSTOS

𝟏) 𝐱 =𝟐𝟏

𝟐 𝐜𝐦

𝟐) 𝐱 =𝟔𝟑

𝟏𝟏 ; 𝐲 =

𝟐𝟏

𝟐; 𝐳 =

𝟐𝟐

𝟗

𝟑) 𝐱 = 𝟕𝟎°

4) 𝟐𝟗𝟏, 𝟓 𝐤𝐦

5) 𝟒𝟗 𝐜𝐦𝟐

6) 𝟏𝟕𝛑 𝐜𝐦𝟑

7) 𝟏𝟗 𝐜𝐦

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77

5. GEOMETRIA ANALÍTICA

A Geometria Analítica se baseia nos

estudos da Geometria através da

utilização da Álgebra. Com isso, é

possível ter uma abordagem algébrica

para diversas questões geométricas,

como também interpretar de forma

geométrica algumas expressões

algébricas.

5.1. Sistema Unidimensional

de Coordenadas

Cartesianas

Um sistema de coordenadas é utilizado

para a localização de um ponto.

No sistema Unidimensional de

Coordenadas Cartesianas, um ponto

pode se mover livremente sobre uma

reta (no espaço unidimensional).

Para proceder a localização de pontos

sobre uma reta 𝐿 é necessário

determinar uma origem, uma escala e

uma orientação para a reta.

Marca-se sobre a reta𝑥 um ponto O

chamado de origem e adota-se uma

unidade de medida.

O ponto O divide a reta 𝑥em duas

semirretas:

Uma das semirretas é escolhida

para determinar o sentido positivo e

é chamada de semirreta positiva. É

usual marcar a semirreta positiva

com uma flecha em sua ponta.

A semirreta oposta à semirreta

positiva é chamada de semirreta

negativa e o sentido oposto ao

sentido positivo é denominado

sentido negativo.

Ao ponto O associa-se o número

zero.

Ao ponto U, localizado a uma

unidade de medida do ponto O no

sentido positivo da reta orientada,

associa-se o número um.

Fig 5.1: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

A coordenada 𝑥𝑝 de um ponto 𝑃

representa a distância orientada entre

os pontos 𝑂 e 𝑃 medida na unidade

adotada. Diz-se que 𝑃 tem coordenada

𝑥𝑝 e escreve-se 𝑃(𝑥𝑝).

Exemplo:

1) Determina as coordenadas dos

pontos indicados na figura abaixo

Fig 5.2: Fonte – Prof. Dra. Rita de

Cássia

O ponto 𝑂 é a origem do sistema e

associa-se a coordenada zero, denota-

se 𝑂(0).

O ponto 𝑃 está a 3 unidades da origem

𝑂 na semirreta positiva do sistema.

Assim, sua distância orientada em

relação à origem é +3. Logo sua

coordenada é 𝑥𝑝 = +3 e denota-se

𝑃(3).

O ponto 𝑄 está a 2 unidades da origem

𝑂 na semirreta negativa do sistema.

Assim, sua distância orientada em

relação à origem é −2. Logo sua

coordenada é 𝑥𝑄 = −2 e denota-se

𝑄(−2).

Assim, é possível estabelecer uma

correspondência biunívoca entre o

conjunto dos números reais 𝑅e os

pontos sobre a reta 𝑥, da seguinte

maneira:

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78

Cada número real corresponde

a um único ponto da reta.

Cada ponto da reta corresponde

a um único número real,

chamado de coordenada do

ponto.

Quando a cada ponto da reta tiver sido

associada uma coordenada, constitui-se

um sistema de coordenadas e esta reta

é então chamada de eixo de

coordenadas, escala numérica ou reta

numérica. O conjunto das coordenadas

de todos os pontos da escala numérica

é chamado de conjunto dos números

reais 𝑅.

É usual representar o sistema

unidimensional por uma reta horizontal,

orientada para direita, e denominá-la

por eixo 𝑥ou eixo das abscissas.

5.1.1. Distância entre Dois Pontos na

Reta

Sejam 𝐴(𝑥𝐴) e 𝐵(𝑥𝐵) dois pontos de um

eixo de coordenadas unidimensional.

Denomina-se distância entre os

pontos 𝐴 e 𝐵 o número real 𝑑

dado por Eq 5.1:𝑑(𝐴, 𝐵) = |𝑥𝑏 −

𝑥𝑎|

Exemplos:

1) Determine as distâncias orientadas e

as coordenadas dos pontos 𝐴 e 𝐵

indicados na figura abaixo.

Fig 5.3: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

Solução:

O ponto 𝐴 se encontra a uma unidade

da origem no sentido negativo do eixo,

portanto sua distância orientada é de

−1, consequentemente, sua

coordenada é −1,denota-se 𝐴(−1).

O ponto 𝐵 se encontra a quatro

unidades da origem no sentido positivo

do eixo, portanto sua distância orientada

é de +4, consequentemente, sua

coordenada é +4,denota-se 𝐵(4).

2) Sejam os pontos:

𝐴(−4,5), 𝐵(−1,8), 𝐶(1) e 𝐷(3,3):

a) Localize os pontos no eixo de

coordenadas.

Solução:

Fig 5.4: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

b) Calcule as distâncias entre os pontos:

𝐴𝑒 𝐶 ; 𝐵𝑒𝐷; 𝐴𝑒𝐷.

Solução:

𝑑(𝐴, 𝐶) = |𝑥𝐶 − 𝑥𝐴| = |1 − (−4,5)| = 5,5

𝑑(𝐵, 𝐷) = |𝑥𝐷 − 𝑥𝐵| = |3,3 − (−1,8)|

= 5,1

𝑑(𝐴, 𝐷) = |𝑥𝐷 − 𝑥𝐴| = |3,3 − (−4,5)|

= 7,8

3) Considere um eixo𝑡 de coordenadas

para representar o tempo em anos. A

origem deste eixo é o ano do

nascimento de Cristo e o sentido

positivo indica os anos d.C. (depois de

Cristo).

a) Indique no eixo 𝑡 e determine as

coordenadas dos pontos NA e MA que

representam, respectivamente, os anos

de nascimento e de morte de uma

pessoa 𝐴 que nasceu no ano de 30 a.C.

e morreu no ano 25 d.C. Calcule a idade

que esta pessoa morreu.

Fig 5.5: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

Solução:

Ponto 𝑁𝐴, 𝑡𝑁𝐴 = −30 → 𝑁𝐴(−30)

Ponto 𝑀𝐴, 𝑡𝑀𝐴 = 25 → 𝑀𝐴(25)

Tempo de vida da pessoa 𝐴:

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79

𝑡𝑣𝐴 = 𝑑(𝑁𝐴, 𝑀𝐴) = |25 − (−30)|

= 55𝑎𝑛𝑜𝑠

b) Indique no eixo 𝑡 e determine as

coordenadas dos pontos 𝑁𝐵 e 𝑀𝐵 que

representam, respectivamente, os anos

de nascimento e de morte de uma

pessoa𝐵 que nasceu no ano de 20 a.C.

e morreu no ano 10 d.C. Calcule a idade

que esta pessoa morreu.

Fig 5.6: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

Solução:

Ponto 𝑁𝐵, 𝑡𝑁𝐵 = −20 → 𝑁𝐵(−20)

Ponto 𝑀𝐵, 𝑡𝑀𝐵 = 10 → 𝑀𝐵(10)

Tempo de vida da pessoa 𝐵:

𝑡𝑣𝐵 = 𝑑(𝑁𝐵, 𝑀𝐵) = |10 − (−20)| =

30𝑎𝑛𝑜𝑠

c) Determine quem nasceu e quem

morreu primeiro e por quantos anos as

pessoas 𝐴e 𝐵 foram contemporâneas

(viveram na mesma época).

Fig 5.7: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

𝑁𝐴(−30)𝑁𝐵(−20)𝑀𝐵(10)𝑀𝐴(25)

Solução:

A pessoa 𝐴 nasceu primeiro e a pessoa

𝐵 morreu primeiro. As pessoas 𝐴 e 𝐵

viveram na mesma época no período

entre o nascimento da última a nascer

(𝑁𝐵) até a morte da primeira a morrer

(𝑀𝐵).

𝑇 = 𝑑(𝑁𝐵, 𝑀𝐵) = |10 − (−20)|

= 30𝑎𝑛𝑜𝑠

5.2. Sistema Bidimensional de

Coordenadas Cartesianas

Neste sistema, um ponto pode se mover

livremente em todas as direções de um

plano (no espaço bidimensional).

O sistema é formado por dois eixos

coordenados perpendiculares que se

cruzarem na origem. O ponto O de

intersecção entre os eixos coordenados

é denominado origem do sistema. Um

dos eixos é denominado de eixo das

abscissas e o outro eixo das ordenadas.

A orientação dos eixos, assim como no

sistema unidimensional depende da

convenção adotada. O eixo das

abscissas geralmente é representado

por uma reta horizontal orientada para a

direita e chamado de eixo dos 𝑥. O eixo

das ordenadas geralmente é

representado por uma reta vertical

orientada para cima e chamado de eixo

dos 𝑦

Sobre o eixo das abscissas, a partir da

origem no sentido positivo do eixo,

marca-se o ponto 𝑈𝑥, correspondente a

unidade de comprimento do eixo 𝑥 e

associa-se a abscissa 1. Analogamente,

sobre o eixo das ordenadas, a partir da

origem no sentido positivo do eixo,

marca-se o ponto 𝑈𝑦, correspondente a

unidade de comprimento do eixo 𝑦 e

associa-se a ordenada 1. Os

comprimentos 𝑂𝑈𝑥´ e 𝑂𝑈𝑦

´ , que

representam a escala utilizada,

respectivamente, no eixo 𝑥 e no eixo 𝑦

não necessitam ter exatamente a

mesma medida.

A representação gráfica do sistema

bidimensional cartesiano ou retangular

é um plano denominado plano

cartesiano.

Cada ponto 𝑃(𝑥, 𝑦),onde 𝑥 é a abscissa

e 𝑦 é a ordenada de 𝑃, pode ser

inequivocamente localizado no plano

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80

cartesiano mediante um par ordenado

(𝑥0, 𝑦0).

Para cada ponto distinto 𝑃 no plano

cartesiano há um e apenas um par de

coordenadas (𝑥0, 𝑦0). Inversamente,

qualquer par de coordenadas (𝑥0, 𝑦0)

determina um e apenas um ponto no

plano coordenado. Portanto, no sistema

de coordenadas retangulares há uma

correspondência biunívoca entre ponto

e par ordenado de números reais.

Na figura abaixo indicamos a

localização de um ponto 𝑃(𝑥0, 𝑦0), de

abscissa 𝑥0 e ordenada 𝑦0, neste plano.

Fig 5.8: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

𝑃𝑥(𝑥0, 0) é a projeção do ponto 𝑃 no eixo

𝑥.

𝑃𝑦(0, 𝑦0) é a projeção do ponto 𝑃 no eixo

𝑦.

O módulo da abscissa representa a

menor distância que 𝑃está do eixo 𝑦 e o

módulo da ordenada representa a

menor distância que 𝑃 está do eixo 𝑥.

5.2.1. Distância entre Dois Pontos na

Plano

Dados dois pontos, 𝐴 e𝐵, a distância

entre eles, indicada por 𝑑(𝐴, 𝐵), é a

medida do segmento de extremidades 𝐴

e 𝐵.

Sejam 𝐴(𝑥1, 𝑦1) e 𝐵(𝑥2, 𝑦2) dois pontos

no plano cartesiano, como indicado

abaixo.

Fig 5.9: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

A distância entre os pontos 𝐴 e 𝐵 pode

ser determinada aplicando o teorema de

Pitágoras no triângulo retângulo em

destaque na figura.

Eq 5.2:[𝑑(𝐴, 𝐵)]2 = ∆𝑥2 + ∆𝑦2

∆𝑥 = 𝑥2 − 𝑥1; ∆𝑦 = 𝑦2 − 𝑦1

𝑑(𝐴, 𝐵) =

√(𝑥2 − 𝑥1)2 + (𝑦2 − 𝑦1)2

Exemplos:

1) Determine a distância entre os

pontos𝐴 e 𝐵 da figura abaixo:

Solução:

Fig 5.10: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

Os pontos 𝐴 e 𝐵 estão em uma mesma

reta, portanto a distância pode ser

calculada de uma forma simplificada

como se faz no sistema unidimensional

𝑑(𝐴, 𝐵) = |𝑥𝐵 − 𝑥𝐴| = 5 − 1 ∨ 4.

1 5

3

x

y

A(1, 3) B(5, 3)

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81

2) Determine a distância entre os

pontos𝐴 e 𝐵 da figura abaixo:

Solução:

Fig 5.11: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

Neste caso são dadas as distâncias nas

direções 𝑥 e 𝑦, podemos simplificar o

cálculo utilizando diretamente o teorema

de Pitágoras (Eq 5.2).

𝑑(𝐴, 𝐵) = √∆𝑥2 + ∆𝑦2 = √32 + 42

𝑑(𝐴, 𝐵) = √25 = 5.

𝑑(𝐴, 𝐵) = √25 = 5.

3) Determine a distância entre os

pontos𝐴 e 𝐵 da figura abaixo:

Solução:

Fig 5.12: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

𝐴(−2,4); 𝐵(3,1)

𝑑(𝐴, 𝐵) = √∆𝑥2 + ∆𝑦2

∆𝑥 = 𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 = 3 − (−2) = 5

∆𝑦 = 𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 = 1 − 4 = −3

𝑑(𝐴, 𝐵) = √(5)2 + (−3)2 = √25 + 9 =

√34

4) Considere o mapa representado na

figura abaixo e um sistema de

coordenadas cartesianas com origem

na esquina da Avenida Q com a Rua C

de eixo horizontal com orientação Oeste

e eixo vertical de orientação Norte,

sendo a unidade de medida o metro e 1

quadra=100 m.

Fig 5.13: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

Uma pessoa está localizada na esquina

da Rua D com a Avenida P (ponto 𝑃) e

deseja ir para a esquina da Avenida R

com a Rua E (ponto 𝐴)

a) Determine as coordenadas dos

pontos 𝑃𝐶 e 𝐴 e represente-os no

sistema de coordenadas estabelecido.

Solução:

O Ponto𝑃, em relação à origem do

sistema, está a 100𝑚 na direção Leste

(sentido contrário ao do eixo 𝑥) e a 100𝑚

na direção Sul (sentido contrário ao do

eixo 𝑦), então 𝑃(−100, −100).

O Ponto 𝐶, em relação à origem do

sistema, está a 200𝑚 na direção Leste

(sentido contrário ao do eixo 𝑥) e a 100𝑚

na direção Sul (sentido contrário ao do

eixo 𝑦), então 𝐶(−200, −100).

y

x

.

B(3, 6)

A(6, 2)

3

4

6

2

3 6

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82

O Ponto 𝐴, em relação à origem do

sistema, está a 200𝑚 na direção Leste

(sentido contrário ao do eixo 𝑥) e a 100𝑚

na direção Norte (sentido positivo de 𝑦),

logo 𝐴(−200,100).

Fig 5.14: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

b) Qual a distância percorrida se a

pessoa fizer o percurso 𝑃 → 𝐶 → 𝐴?

Solução:

𝑑(𝑃, 𝐶) = |𝑥𝐶 − 𝑥𝑃| = |−200 − (−100)|

= 100𝑚

𝑑(𝐶, 𝐴) = |𝑦𝐴 − 𝑦𝐶| = |100 − (−100)|

= 200𝑚

𝑑 = 𝑑(𝑃, 𝐶) + 𝑑(𝐶, 𝐴) = 100 + 200

= 300𝑚

c) Qual a distância percorrida se a

pessoa pudesse fazer o percurso 𝑃 →

𝐴?

Solução:

𝑑 = 𝑑(𝑃, 𝐴) = √(𝑥𝐴 − 𝑥𝑃)2 + (𝑦𝐴 − 𝑦𝑃)2

𝑑

= √(−200 − (−100))2

+ (100 − (−100))2

𝑑 = √(−100)2 + (200)2

𝑑 ≅ 223,6𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠

5) Se 𝑃1, 𝑃2𝑒𝑃3 são três pontos no plano,

então 𝑃2 pertence ao segmento de reta

𝑃1𝑃3´ se, e somente se, 𝑑(𝑃1, 𝑃2) =

𝑑(𝑃1, 𝑃2) + 𝑑(𝑃2, 𝑃3).

Fig 5.15: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

Utilize esta informação e determine se

𝑃2 pertence ao segmento de reta 𝑃1𝑃3´ ,

onde 𝑃1(0,10), 𝑃2(2,6)𝑒𝑃3(7, −4).

Solução:

𝑑(𝑃1, 𝑃2) = √(2 − 0)2 + (6 − 10)2 =

√4 + 16 = √20 ≅ 4,47

𝑑(𝑃2, 𝑃3) = √(7 − 2)2 + (−4 − 6)2

√25 + 100 = √125 ≅ 11,18

𝑑(𝑃1, 𝑃2) + 𝑑(𝑃2, 𝑃3) ≅ 4,47 + 11,18

= 15,65

𝑑(𝑃1, 𝑃3) = √(7 − 0)2 + (−4 − 10)2 =

√49 + 196 = √245 ≅ 15,65

O ponto 𝑃2 pertence ao segmento de

reta 𝑃1𝑃3´ , pois 𝑑(𝑃1, 𝑃2) = 𝑑(𝑃1, 𝑃2) +

𝑑(𝑃2, 𝑃3).

6) Verifique se o triângulo de vértices

𝐴𝐵𝐶 é isósceles, equilátero ou escaleno,

sendo:

Solução:

𝐴(0,0), 𝐵(2√3, 2)𝑒𝐶(−2,2√3)

Fig 5.16: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

𝑑(𝐴, 𝐵) = √(2√3 − 0)2

+ (2 − 0)2

= √12 + 4 = √16 = 4

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83

𝑑(𝐴, 𝐶) = √(−2 − 0)2 + (2√3 − 0)2

= √4 + 12 =

√16 = 4

𝑑(𝐵, 𝐶) =

√(−2 − 2√3)2

+ (2√3 − 2)2

≅ 5,66

O triângulo é isósceles, pois possui

dois lados iguais.

5.3. Gráfico de uma Equação

Traçar o gráfico de uma equação é

representar em um sistema de

coordenadas todos os pontos que

satisfazem a equação.

Não é possível representar todos os

pontos, mas podemos representar

alguns pontos que satisfazem a

equação e esse tipo de gráfico é

chamado de gráfico de dispersão.

Exemplos:

1) Analise os gráficos dados abaixo e

determine a equação da reta visualizada

no Gráfico 5

Gráfico 1 Gráfico 2

Gráfico 3 Gráfico 4

Fig 5.17: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

Gráfico 5

Fig 5.18: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

Solução:

No Gráfico 1 está representado o

seguinte conjunto de pontos:

𝐺1

= {(−2; −4), (−1; −2), (0; 0), (1; 2), (2; 4)}

Nos gráficos de 2 a 5 foram

acrescentados pontos intermediários

aos pontos existentes.

No Gráfico 5 os pontos estão tão

próximos que visualizamos o gráfico de

uma reta que, devido a limitações

gráficas, está representada com

comprimento finito.

Podemos observar nos gráficos que a

coordenada 𝑦 dos pontos representados

é sempre o dobro de sua coordenada𝑥,

ou seja, 𝑦 = 2𝑥. Assim, a reta

visualizada no Gráfico 5 é o gráfico da

equação:

𝑦 = 2𝑥

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84

A definição algébrica desta reta,

chamaremos de reta 𝑟, é:

𝑟 ≔ {𝑃(𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅2|𝑦 = 2𝑥}

Lê-se a reta𝑟 é o conjunto de todos os

pontos 𝑃 de coordenadas 𝑥e 𝑦 do plano

tal que 𝑦 = 2𝑥.

2) Determine as equações das retas 𝑟 e

𝑠, indicadas no gráfico abaixo.

Identifique a interseção destas retas.

Fig 5.19: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

Sabemos que uma reta é formada por

infinitos pontos, destacamos alguns

pontos das retas.

Todos os pontos da reta 𝑟 possuem

ordenada 𝑦 = 2, para qualquer valor de

abscissa𝑥. Então,

𝑟: = {𝑃(𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅2|𝑦 = 2}

Assim, a equação da reta𝑟, paralela ao

eixo 𝑥, é:

𝑦 = 2

Todos os pontos da reta 𝑠 possuem

abscissa 𝑥 = −3, para qualquer valor de

ordenada 𝑦. Então,

𝑠: = {𝑃(𝑥, 𝑦) ∈ 𝑅2|𝑥 = −3}

Assim, a equação da reta 𝑠, paralela ao

eixo 𝑦, é:

𝑥 = −3

O elemento de interseção das retas 𝑟 e

𝑠 deve satisfazer as equações das retas

𝑟 e 𝑠. Então 𝑥 = −3 e 𝑦 = 2., isto

significa que é o ponto 𝑃(−3,2).

5.4. Equação da Reta

Vimos anteriormente que dois pontos

distintos determinam uma única reta que

os contém. Isto significa que bastam

dois pontos para traçar uma reta,

embora ela seja constituída por infinitos

pontos.

Considere uma reta 𝑟 que passa pelos

pontos 𝑃0(𝑥0, 𝑦0) e 𝑃1(𝑥1, 𝑦1), como

indicado no gráfico abaixo.

Fig 5.20: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

Denomina-se inclinação da reta 𝑟 ao

ângulo 𝛼 formado entre o eixo das

abscissas (𝑥) e a reta, considerado

positivo se medido no sentido anti-

horário, com 0° ≤ 𝛼 ≤ 180°.

Denomina-se coeficiente angular ou

declividade da reta 𝑟 ao número real

𝑚dado por:

Eq 5.3:𝑚 =∆𝑦

∆𝑥=

𝑦1−𝑦0

𝑥1−𝑥0; 𝑐𝑜𝑚𝑥0 < 𝑥1

Observe que o coeficiente angular

representa a tangente trigonométrica do

ângulo 𝛼.

Devido à variação da inclinação da reta

é possível ter uma das seguintes

situações:

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85

1) Se 𝛼 = 0°𝑜𝑢𝛼 = 180°:

Fig 5.21: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

∆𝑥 = 𝑥1 − 𝑥0 > 0; ∆𝑦 = 𝑦1 − 𝑦0 = 0

𝑚 =∆𝑦

∆𝑥→ 𝑚 = 0

2) Se 0° < 𝛼 < 90°

Fig 5.22: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

∆𝑥 = 𝑥1 − 𝑥0 > 0; ∆𝑦 = 𝑦1 − 𝑦0 > 0

𝑚 =∆𝑦

∆𝑥→ 𝑚 > 0

3)Se 90° < 𝛼 < 180°

Fig 5.23: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

∆𝑥 = 𝑥1 − 𝑥0 > 0; ∆𝑦 = 𝑦1 − 𝑦0 < 0

𝑚 =∆𝑦

∆𝑥→ 𝑚 < 0

4) Se 𝛼 = 90°,

Fig 5.24: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

∆𝑥 = 𝑥1 − 𝑥0 = 0; ∆𝑦 = 𝑦1 − 𝑦0 ≠ 0

𝑚 =∆𝑦

∆𝑥→ ∄ 𝑚 ∈ 𝑅

Quando 𝛼 = 90°, a reta é paralela ao

eixo 𝑦 e sua a declividade não é

definida, pois não podemos dividir um

número por zero. Portanto, a reta não

tem declividade.

5.4.1- Equação da Reta dados um

Ponto e o Coeficiente Angular

Sejam 𝑃0(𝑥0, 𝑦0) e 𝑚, respectivamente,

um ponto da reta 𝑟e o coeficiente

angular da reta. Considere o ponto

genérico 𝑃(𝑥, 𝑦) nesta mesma reta,

como indicado na figura abaixo.

Fig 5.25: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

Page 85: Material Didático¡tico... · EXERCÍCIOS PROPOSTOS ... Função Exponencial..... 46 3.8 ... adotadas para a simplificação e/ou fatoração das expressões

86

O coeficiente angular da reta 𝑟 é dado

por

𝑚 =∆𝑦

∆𝑥→ 𝑚 =

𝑦 − 𝑦0

𝑥 − 𝑥0

Logo,

Eq 5.4: 𝑦 − 𝑦0 = 𝑚 ∙ (𝑥 − 𝑥0)

5.4.2- Equação da Reta dados Dois

Pontos

Sejam 𝑃0(𝑥0, 𝑦0) e 𝑃1(𝑥1, 𝑦1) dois pontos

conhecidos de uma reta 𝑟. Para

determinar a equação da reta é

necessário calcular previamente o valor

do coeficiente angular. Posteriormente,

escolhemos um dos pontos conhecidos

e substituímos suas coordenadas e o

valor calculado do coeficiente angular

na equação da reta.

𝑚 =∆𝑦

∆𝑥=

𝑦1 − 𝑦0

𝑥1 − 𝑥0

𝑦 − 𝑦0 = 𝑚 ∙ (𝑥 − 𝑥0)

Eq 5.5:𝑦 − 𝑦0 = (𝑦1−𝑦0

𝑥1−𝑥0) ∙ (𝑥 − 𝑥0)

5.4.3- Equação da Reta na Forma

Reduzida

Trabalhando algebricamente com a

equação da reta dada por 𝑦 − 𝑦0 =

𝑚(𝑥 − 𝑥0), obtém-se:

𝑦 = 𝑚𝑥 − 𝑚𝑥0 + 𝑦0

𝑦 = 𝑚𝑥 + (𝑦0 − 𝑚𝑥0)

Fazendo 𝑏 = (𝑦0 − 𝑚𝑥0), tem-se:

Eq 5.6:𝑦 = 𝑚𝑥 + 𝑏

Esta forma é conhecida como equação

da reta na forma reduzida onde 𝑚 é o

coeficiente angular e 𝑏 é o coeficiente

linear da reta.

Tome nota!

1) A equação da reta é um polinômio de

primeiro grau em 𝑥.

2) Na equação da reta na forma 𝑦 =

𝑚𝑥 + 𝑏, se 𝑥 = 0 tem-se 𝑦 = 𝑏, então o

ponto 𝑃(0, 𝑏) é o ponto de interseção da

reta com o eixo dos 𝑦, onde 𝑏 é o

coeficiente linear da reta.

3) Se a reta é paralela ao eixo 𝑥, 𝑚 =

0,todos os pontos terão a mesma

ordenada 𝑦0. A equação da reta é dada

por 𝑦 = 𝑦0

4) Se a reta é paralela ao eixo 𝑦, ∄𝑚,

todos os pontos terão a mesma

abscissa 𝑥0. A equação da reta é dada

por 𝑥 = 𝑥0.

Exemplos:

1) Determine a equação da reta indicada

nos gráficos abaixo:

a)

b)

Podemos identificar dois pontos da reta: 𝑃0(−2,4); 𝑃1(0,1)

𝑚 =𝑦1 − 𝑦0

𝑥1 − 𝑥0

𝑚 =1 − 4

0 − (−2)=

−3

2

𝑦 − 𝑦1 = 𝑚 ∙ (𝑥 − 𝑥1)

𝑦 − 1 =−3

2(𝑥 − 0)

𝑦 =−3

2𝑥 + 1

Podemos identificar um

ponto da reta 𝑃0(2,3) e o coeficiente angular

𝑚 = 0,5 𝑦 − 𝑦0 = 𝑚 ∙ (𝑥 − 𝑥0)

𝑦 − 3 =1

2(𝑥 − 2)

𝑦 =𝑥

2− 1 + 3

𝑦 =𝑥

2+ 2

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87

5.3.4. Retas Paralelas e Retas

Perpendiculares

Sejam 𝑟 e 𝑠 duas retas paralelas (𝑟 /⁄ 𝑠)

de inclinações 𝛼1 e 𝛼2, respectivamente.

Então:

𝛼1 = 𝛼2 ⇒ 𝑚1 = 𝑚2

Fig 5.26: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

Sejam 𝑟 e 𝑠 duas retas perpendiculares

(𝑟 ⊥ 𝑠) de inclinações 𝛼1 e 𝛼2,

respectivamente. Então:

𝛼1 = 900+𝛼2 ⇒ 𝑚1 =−1

𝑚2

Fig 5.27: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

Exemplos:

1) Trace o gráfico das retas 𝑟 e s e

determine a interseção entre elas.

Sabendo que:

→A reta 𝑟 é a reta de equação 𝑦 =

−0,5𝑥 + 8.

→ A reta 𝑠 é perpendicular à reta 𝑟 e um

de seus pontos é o ponto 𝑃(2,2).

Solução:

A equação da reta 𝑟 está em sua forma

reduzida, 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏, então 𝑎 é o

coeficiente angular (𝑚𝑟) da reta 𝑟, ou

seja, 𝑚𝑟 = −0,5.

A reta 𝑠 é perpendicular à reta 𝑟, então

o coeficiente angular ( 𝑚𝑠) da reta 𝑠 é:

𝑚𝑠 =−1

𝑚𝑟=

−1

(−0,5)= 2

Então, a reta 𝑟 é uma reta de

coeficiente angular 𝑚𝑠 = 2 e passa

pelo ponto 𝑃(2,2). Conhecendo o

coeficiente angular e um ponto da reta

𝑠 sua equação pode ser determinada

por:

𝑦 − 𝑦0 = 𝑚𝑠(𝑥 − 𝑥0)

𝑦 − 2 = 2(𝑥 − (2))

𝑦 − 2 = 2𝑥 − 4

𝑦 = 2𝑥 − 2

O ponto de interseção entre as retas

pertence à ambas as retas portanto

deve satisfazer às equações das retas 𝑟

e 𝑠, ou seja,

𝑟: 𝑦 = −0,5𝑥 + 8𝑒𝑠: 𝑦 = 2𝑥 − 2 ∴

−0,5𝑥 + 8 = 2𝑥 − 2

2,5𝑥 = 10 → 𝑥 = 4

Sabendo o valor da abscissa do ponto

𝑃(𝑥, 𝑦), o valor de sua ordenada fica

estabelecido pela substituição em

qualquer uma das equações.

𝑦 = 2𝑥 − 2 = 2.4 − 2 = 6𝑜𝑢

𝑦 = −0,5𝑥 + 8 = −0,5.4 + 8 = −2 + 8

= 6

O ponto de interseção é o ponto𝑄(4,6).

O gráfico de uma reta pode ser traçado

se forem conhecidos 2 de seus pontos

pois por 2 pontos passa uma única reta.

Dois pontos da reta 𝑠 são conhecidos:

𝑃(2,2) e 𝑄(4,6).

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88

O ponto da interseção 𝑄(4,6) também

pertence à reta 𝑟. Outro ponto qualquer

da reta 𝑟 pode ser obtido por sua

equação 𝑦 = −0,5𝑥 + 8.

Por exemplo, para 𝑥 = 2, 𝑦 = −0,5.2 +

8 = 7, então o ponto 𝑇(2,7) pertence à

reta 𝑟.

O gráfico das retas 𝑟 e s bem como o

ponto de interseção entre elas estão

indicados abaixo.

Fig 5.28: Fonte – Prof. Dra. Rita de Cássia

Exercícios Propostos

1) Um ponto 𝑃 do eixo das abscissas é

equidistante dos pontos 𝐴(1,4) e

𝐵(−6,3). Determine as coordenadas do

ponto 𝑃.

2) Um ponto móvel 𝑃 (−2 + 𝑡,4𝑡

3+ 2)

desloca-se no plano cartesiano e suas

coordenadas variam em função do

tempo 𝑡(com 𝑡 ≥ 0). Qual a distância

percorrida pelo ponto entre os tempos

𝑡 = 0 e 𝑡 = 6?

3) Determine o ponto de interseção das

retas 𝑥 + 2𝑦 = 3 e 2𝑥 + 3𝑦 − 5 = 0

4) Determine a equação da reta que

passa pelo ponto 𝐴(1, −2) e que tem

coeficiente angular igual a 1.

5) Considere os pontos 𝐴(0,0), 𝐵(2,3) e

𝐶(4,1). Determine as equações das

retas 𝑟 e 𝑠 que são, respectivamente,

paralela e perpendicular à reta 𝐴�́� e que

passam pelo ponto 𝐵.

6) As retas 𝑟 e 𝑠 são perpendiculares e

se interceptam no ponto (2,4). A reta 𝑠

contém o ponto (0,5). Determine a

equação da reta 𝑟.

7) Calcule a área do triângulo formado

pela interseção das retas: 𝑟: −2𝑥 + 𝑦 =

1; 𝑠: 𝑥 = 2; 𝑡: 𝑦 = 1. Trace o gráfico das

retas em um mesmo plano cartesiano e

destaque o triângulo.

8)Determine o valor de x para que o ponto M(2 , 3) seja o ponto médio do segmento de extremos A(x , 5) e B(3 , x).

9)Num sistema de coordenadas cartesianas são dados os pontos A(0 , 0) e P(3 , h). Determine a expressão que representa a distância do ponto P ao ponto A em função de h.

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89

10) Uma reta passa pelo ponto P (8, 2) e tem uma inclinação de 45º. Qual é a equação dessa

reta?

11) Os pontos A (1, 2), B (3, 1) e C (2,

4) são os vértices de um triângulo.

Determinar as equações das retas

suportes aos lados desse triângulo.

12) Determinar a posição da reta r, de

equação 2x – 3y + 5 = 0, em relação à

reta s, de equação

4x – 6y – 1 = 0.

5.5. Respostas dos

Exercícios Propostos:

1) A(-2,0)

2) 10 u.c.

3) P(1,1)

4) y = x – 1

5) r: y - x/4 = 1/2, s: y+4x = 11

6) r: y-2x = 0

7) A = 4 u.a.

8) x = 1

9) d = √9 + ℎ²

10) y = x-6

11) AB: y = -x + 5/2, AC: y = 2x, BC: y = -3x+10

12) As retas r e s são paralelas

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90

6. Trigonometria

6.1. Conceitos Iniciais

6.1.1 Ângulos e Arcos

Em trigonometria, é de fundamental

importância o conhecimento de ângulos

e arcos, pois é a partir destes que os

demais conceitos da trigonometria

serão desenvolvidos. Portanto, tem-se a

seguinte definição de ângulo: “ângulo 𝛼

é a abertura entre duas retas R1 e R2 que

possuem um ponto P em comum

(vértice do ângulo)”. Esta ideia está

ilustrada na Fig. 6.1.

Fig.6.1: Representação de um ângulo α.

Adicionalmente, pode-se observar a

magnitude de um ângulo 𝛼 como sendo

a quantidade de rotação que separa R1

da R2.

Um ângulo 𝛼determina um arco (L) de

circunferência, como se observa na

Fig.6.2. Esse comprimento de arco está

relacionado, juntamente com o ângulo

(𝛼), ao Raio (R); o que é explicitado na

Eq.6.1:

𝛼 =𝐿

𝑅

(6.1)

Fig.6.2: Circunferência de raio R e

comprimento de arco L.

6.1.2. Unidades de Ângulos

As duas principais unidades de

medida de ângulo são o grau (°) e o

radiano (rad). Tais grandezas são

definidas da seguinte forma:

Grau

Ao dividir uma circunferência em 360

arcos iguais – o que é representado na

Fig.6.3 –; o ângulo que determina um

destes arcos corresponde a 1°.

Fig.6.3: Representação do ângulo que

mede 1°.

Radiano

O radiano é o ângulo que determina

um arco com comprimento igual ao raio

da circunferência, tal qual é explicitado

na Fig.6.4.

Fig.6.4: Representação do ângulo que

mede 1 rad.

6.1.3. Tipos de Ângulos

Alguns tipos de ângulos são muito

usados, e, portanto, é de fundamental

importância classificá-los. São estes:

ângulo reto (90°), ângulo raso ou de

meia-volta (180°), ângulo agudo (maior

que 0° e menor que 90°), ângulo obtuso

(maior que 90° e menor que 180°) e

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91

ângulo de uma volta (360°). Os quais

estão representados na Fig.6.5:

(a)

(b)

(c)

(d)

(e)

Fig.6.5: Ângulos de comum uso: (a) ângulo

reto, (b) ângulo raso, (c) ângulo agudo, (d)

ângulo obtuso e (e) ângulo de uma volta.

Duas retas que formam um ângulo

reto entre si são chamadas de

perpendiculares ou ortogonais. Por

exemplo, o plano cartesiano é formado

por duas retas perpendiculares, como

mostra a fig.6.6.

Fig.6.6: Representação de um Plano

Cartesiano.

6.1.4. Triângulo Retângulo

Um triângulo que possui um ângulo

reto (90°) chama-se triângulo retângulo.

O maior lado a de um triângulo retângulo

é chamado de hipotenusa (lado oposto

ao ângulo reto); e os outros dois lados b

e c são chamados de catetos

(Ver Fig.6.7).

Fig.6.7: Triângulo Retângulo.

Teorema de Pitágoras

Para todo triângulo retângulo tem-se

que “o quadrado da hipotenusa é igual à

soma dos quadrados dos catetos”, o que

pode ser explicitado pela Eq.5.2:

𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐2

(6.2)

Relações Trigonométricas

Pode-se obter relações

trigonométricas (da Eq.6.3 à Eq.6.8) em

um triângulo retângulo:

sen 𝜃 =𝑐

𝑎 (6.3)

cos 𝜃 =𝑏

𝑎

(6.4)

. 90°

180°

α

α

360°

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92

tan 𝜃 =𝑐

𝑏 (6.5)

cotg 𝜃 =𝑐

𝑏 (6.6)

cossec 𝜃 =𝑎

𝑐 (6.7)

sec 𝜃 =𝑎

𝑏 (6.8)

Lei dos Cossenos

Para um triângulo qualquer podemos

escrever a Lei dos Cossenos como na

Eq.6.9.

𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐2 − 2. 𝑏. 𝑐. cos(𝛼) (6.9)

Onde é o ângulo oposto ao lado a,

onde é possível observar na Fig.6.8.

Fig.6.8: Exemplos de Triângulos onde pode

ser aplicada a Lei dos Cossenos.

Lei dos Senos

Considerando o triângulo ABC, CH

será a altura relativa ao lado AB, como

mostrado na Fig.5.9:

Fig.6.9: Distância entre CH em um

Triângulo ABC.

No triângulo ACH, tem-se que, na

Eq.6.10:

sen 𝐴 =ℎ

𝑏 → h = b ∙ sen 𝐴

(6.10)

No triângulo BCH, tem-se que, na

Eq.6.11:

sen 𝐵 =ℎ

𝑎 → h = a ∙ sen 𝐵

(6.11)

De Eq.6.10 e Eq.6.11, obtém-se a

Eq.6.12 ou a Eq.6.13:

b ∙ sen 𝐴 = a ∙ sen 𝐵 (6.12)

𝑎

sen 𝐴=

𝑏

cos𝐵

(6.13)

Assim, pode-se concluir que:

𝑎

sen 𝐴=

𝑏

sen 𝐵=

𝑐

sen 𝐶

(6.14)

A Eq.6.14 é conhecida como Lei dos

Senos ou Teorema dos Senos.

6.2. Círculo Trigonométrico

6.2.1 – Definição

O círculo trigonométrico (ou ciclo

trigonométrico) é a circunferência que

possui raio unitário e cujo centro

coincide com a origem do plano

cartesiano.

A circunferência trigonométrica pode

ser definida como na Eq.6.15.

S = {𝐴|𝑑(𝐴, 0) = 1} (6.15)

O círculo trigonométrico é dividido em

quatro quadrantes, os quais são

limitados por um intervalo de ângulos.

Além disso, ele também pode ser

representado em graus ou radiano,

assim como mostra a Fig.6.10.

I Quadrante [0,𝜋

2] ;

II Quadrante [𝜋

2, 𝜋];

III Quadrante [𝜋,3 𝜋

2 ] ;

IV Quadrante [3𝜋

2, 𝜋].

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93

(a)

(b)

Fig.6.10: Círculo trigonométrico: (a) em

radianos e (b) em graus.

Nota-se que o Sentido Positivo do

Círculo Trigonométrico é dado a partir

do Sentido Anti-horário, enquanto que o

Sentido Negativo é dado a partir do

Sentido Horário.

Além disso, é possível calcular o

Comprimento da Circunferência 𝐶 a

partir da seguinte equação Eq.6.16.

𝐶 = 2. 𝜋. 𝑅 (6.16)

6.2.2 Relações Trigonométricas no

Círculo Trigonométrico

Conhecidas as razões trigonométricas

básicas no triângulo retângulo, será

possível expandir esse conhecimento

para o círculo trigonométrico, a fim de se

determinar o seno, o cosseno e a

tangente de outros arcos importantes.

Para todo ângulo 𝛼 contido no

primeiro quadrante, tem-se um ângulo

correspondente nos demais quadrantes.

Sendo esses correspondentes obtidos a

partir de algumas regras, das quais tem-

se:

No II Quadrante: 180º − 𝛼;

No III Quadrante: 180º + 𝛼;

No IV Quadrante: 360º − 𝛼.

Tais ideias são ilustradas na Fig.6.11.

(a)

(b)

Fig.6.11: Ângulos correspondentes de α em

outros quadrantes: (a) em graus e (b) em

radianos.

Seno e Cosseno

Para a determinação dos valores de

seno e cosseno de um ângulo 𝛼, usam-

se os mesmos princípios citados no

triângulo retângulo. Como é possível

observar na Fig.6.12, raio do círculo

trigonométrico é unitário (Hipotenusa).

Portanto, o seno de 𝛼 será igual ao

próprio “cateto oposto” (C.O.) à 𝛼; e o

cosseno de 𝛼 será igual ao próprio

“cateto adjacente” (C.A.) à 𝛼. As

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94

Eq.6.17, Eq.6.18 e Eq.6.19

exemplificam tais relações.

sen 𝛼 = 𝑦𝐴 (6.17)

cos 𝛼 = 𝑥𝐴 (6.18)

tan 𝛼 =sen 𝛼

cos 𝛼 (6.19)

Fig.6.12: Determinando o Seno e o

Cosseno de 𝛼

Com isso, obtém-se a Eq.6.20:

sin²(𝛼) + cos²(𝛼) = 1 (6.20)

Como o raio do círculo trigonométrico

é unitário, o maior valor de seno e

cosseno é igual a 1; e o menor valor será

−1. Ou seja, as funções seno e cosseno

estão limitadas ao intervalo [−1; 1].

A partir da Fig.6.13 é possível notar

que: o seno do ângulo correspondente

de 𝛼 no II quadrante é igual ao seno de

𝛼; o seno dos ângulos correspondentes

de 𝛼 no III e no IV quadrantes são iguais

ao oposto do seno de 𝛼; o cosseno dos

ângulos correspondentes de 𝛼 no II e no

III quadrantes são iguais ao oposto do

cosseno de 𝛼; e o cosseno do ângulo

correspondente de 𝛼 no IV quadrante é

igual ao cosseno de 𝛼.

(a)

(b)

Fig.6.13 - Representação gráfica das

funções seno e cosseno dos ângulos

correspondentes de α nos demais

quadrantes: (a) sen (α) e – sen (α); (b) cos

(α) e – cos (α).

Observa-se que a função sen(𝛼) é

uma função ímpar, pois tem-se

que sen(𝛼) = −sen(−𝛼). E nota-se,

também, que a função cos(𝛼) é uma

função par, pois tem-se que cos(𝛼) =

cos(−𝛼), tal como é ilustrado na

Fig.6. 14.

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95

(a)

(b)

Fig.6.14: Classificação das funções

(𝑎) sin(𝛼) e (b) cos(𝛼) como ímpar e par,

respectivamente.

Na Tab.6.1, são indicados os valores

do seno e do cosseno de alguns ângulos

notáveis.

Ângulo sen(α) cos (𝛼)

𝛼 =0° 0 1

𝛼 = 30° 1

2

√3

2

𝛼 = 45° √2

2

√2

2

𝛼 = 60° √3

2

1

2

𝛼 = 90° 1 0

𝛼 = 180° 0 -1

𝛼 = 270° -1 0

𝛼 = 360° 0 1

Tab.6.1: Tabela dos valores de seno e

cosseno dos ângulos notáveis.

Exemplo 1: Determine o valor de:

a) sen (−𝜋

3)

Solução:

O ângulo −𝜋

3 rad está no IV quadrante

e está relacionado ao ângulo 𝜋

3 rad,

portanto:

sen (−𝜋

3) = sen (

𝜋

3) , logo: sen (

−𝜋

3)

= −√3

2

b) cos (−𝜋

3)

Solução:

cos (– 𝜋

3) = cos (

𝜋

3) , logo: cos (

– 𝜋

3)

=1

2

c) sen (5.𝜋

4)

Solução:

O ângulo 5.𝜋

4 rad está no III quadrante

e está relacionado ao ângulo 𝜋

4 rad,

portanto:

sen (5. 𝜋

4) = − sen (

𝜋

4) , logo: sen (

5. 𝜋

4)

=−√2

2

d) cos (5.𝜋

4)

Solução:

Eixo dos cossenos

α

-π/2

π/2

Eixo dos senos sentido positivo

sentido negativo

sen (α)

-sen (α)

Eixo dos cossenos

α

-π/2

π/2

Eixo dos senos sentido positivo

sentido negativo

cos (α)

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96

cos (5. 𝜋

4) = − cos (

𝜋

4) , logo: cos (

5. 𝜋

4)

=−√2

2 .

e) sen (5. 𝜋

6)

Solução:

E o ângulo 5.𝜋

6 rad está no II quadrante

e, portanto, está relacionado ao ângulo 𝜋

6 rad, portanto:

sen (5. 𝜋

6) = sen (

𝜋

6) , logo: sen (

5. 𝜋

6)

=1

2

f) cos (5.𝜋

6)

Solução:

cos (5. 𝜋

6) = −cos (

𝜋

6) , logo: cos (

5. 𝜋

6)

=−√3

2 .

Tangente

Para a representação do valor da

tangente de um ângulo α no círculo

trigonométrico, acrescenta-se uma reta

tangente t ao círculo trigonométrico,

assim como é indicado na figura

Fig.6.15. A tangente de α será dada pelo

comprimento do segmento AB.

Nota-se que não existe tan(α) se α é

igual a 𝜋/2 ou 3𝜋/2, pois as reta 𝑟3 e t

não se interceptam para os ângulos 𝛼 =

𝜋/2 e 𝛼 = 3𝜋/2.

Fig.6.15: Definição gráfica da função

tan(α).

Ao analisar a Fig.6.16, conclui-se que

a tangente do ângulo correspondente de

α no III Quadrante é igual à tangente de

α; e a tangente dos ângulos

correspondentes de α no II e no IV

quadrantes são iguais ao oposto da

tangente de α.

Fig.6.16:Representação gráfica da função

tangente dos ângulos correspondentes de α

nos demais quadrantes.

Exemplo 2: Determine o valor de:

a) tan (7. 𝜋

6)

Solução:

O ângulo 7.𝜋

6 rad está no III quadrante

e está relacionado ao ângulo 𝜋

6 rad,

portanto:

Eixo dos senos

Eixo dos cossenos

α

3π/2

π/2

t

A

BO

tgα

r3

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97

tan (7. 𝜋

6) = tan (

𝜋

6) , logo: tan (

7. 𝜋

6)

=√3

3 .

b) tan (3. 𝜋

4)

Solução:

O ângulo 3.𝜋

4 rad está no II quadrante

e está relacionado ao ângulo 𝜋

4 rad,

portanto:

tan (3. 𝜋

4) = − tan (

𝜋

4) , logo: tan (

3. 𝜋

4)

= −1.

c) tan (5. 𝜋

3)

Solução:

O ângulo 5.𝜋

3 rad está no IV quadrante

e está relacionado ao ângulo 𝜋

3 rad,

portanto:

tan (5. 𝜋

3) = − tan (

5. 𝜋

3) , logo:

tan (5. 𝜋

3) = −√3.

d) tan (5. 𝜋

2)

Solução:

O ângulo 5.𝜋

2 rad é côngruo de

𝜋

2 rad (o

ângulo 5.𝜋

2 rad está na mesma posição

de 𝜋

2 rad após uma volta completa no

círculo trigonométrico). Portanto, a

função tan (5.𝜋

2) não existe tal qual

função tan (𝜋

2).

6.3. Relações Trigonométricas

Inversas

Definem-se as seguintes razões

inversas: “a secante de um ângulo α

(sec(𝛼)) é dada pelo inverso do cosseno

deste ângulo”; “a cossecante de um

ângulo α (cossec(𝛼)) é dada pelo inverso

do seno de α”; e “a cotangente de um

ângulo α (cotg(𝛼)) é dada pelo inverso

da tangente deste ângulo”. Assim, têm-

se as Eq.6.21, Eq.6.22 e Eq.6.23:

sec(𝛼) = 1

cos(𝛼)

(6.21)

cossec (𝛼) = 1

sen (𝛼)

(6.22)

cotg (𝛼) = cos (𝛼)

sen (𝛼)

(6.23)

Exemplo 3: Se sen(𝛼) =1

2 , com 0 <

𝛼 <𝜋

2 . Determine o valor de sec(𝛼).

Solução:

sen2(𝛼) + cos2(𝛼) = 1, portanto:

(1

2)

2

+ cos2(𝛼) = 1 →1

4+ cos2(𝛼) = 1

→ cos2(𝛼)

= 1 −1

4, então:

cos2(𝛼) =3

4

cos (𝛼) = ±√(3

4) → cos (𝛼) = ±

√3

2 ,

e como 0 < 𝛼 <𝜋

2 ,

tem − se que α está no I quadrante, logo:

cos (𝛼) =√3

2 .

Portanto:

sec(𝛼) = 1

cos(𝛼)→ sec(𝛼) =

2

√3→

sec(𝛼) = 2

√3.√3

√3 , logo:

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98

sec(𝛼) = 2. √3

3 .

Exemplo 4: Se sen(𝛼) =−2

3 , com

3.𝜋

2<

𝛼 < 2𝜋. Determine o valor de cotg(𝛼).

Solução:

sen2(𝛼) + cos²(𝛼) = 1, portanto:

(−2

3)

2

+ cos2(𝛼) = 1 →4

9+ cos2(𝛼)

= 1 → cos2(𝛼)

= 1 −4

9, então:

cos2(𝛼) =5

9→ cos (𝛼) = ±√(

5

9) →

cos (𝛼) = ±√5

3 ,

e como 3𝜋2

< 𝛼 < 2. 𝜋 ,

tem

− se que α está no IV quadrante, logo:

cos (𝛼) =√5

3 .

Portanto:

cotg (𝛼) = cos (𝛼)

sen (𝛼)

→ cotg (𝛼)

=

(√53 )

(−23 )

, logo:

cotg (𝛼) =

(√53 )

(−23 )

= (√5

3) . (

3

−2)

=√5

−2

∴ cotg (𝛼) =−√5

2 .

6.4. Identidades Trigonométricas

Algumas identidades trigonométricas

facilitam a resolução de alguns

problemas., tal como as Eq.6.24,

Eq.6.25 e Eq.6.26.

sen2(𝛼) + cos2(𝛼) = 1 (6.24)

1 + tg2(𝑥) = sec2(𝑥) (6.25)

1 + cotg2(𝑥) = cossec2(𝑥) (6.26)

Dados dois ângulos a e b; os valores

de seno, cosseno e tangente dos arcos

obtidos pela soma ou pela subtração de

a e b serão as equações de Eq.6.27 à

Eq.6.34:

sen(𝑎 + 𝑏) = sen(𝑎). cos(𝑏)

+ sen(𝑏) . cos(𝑎) (6.27)

sen(𝑎 − 𝑏) = sen(𝑎). cos(𝑏)

− sen(𝑏) . cos(𝑎) (6.28)

cos(𝑎 + 𝑏) = cos(𝑎). cos(𝑏)

− sen(𝑎). sen(𝑏) (6.29)

cos(𝑎 − 𝑏) = cos(𝑎). cos(𝑏)

+ sen(𝑎). sen(𝑏) (6.30)

sen(2𝑥) = 2. sen(𝑥). cos(𝑥) (6.31)

cos(2𝑥) = cos²(𝑥) − sen²(𝑥) (6.32)

sen (𝑥

2) = √

1−cos (x)

2

(6.33)

cos (𝑥

2) = √

1+cos (x)

2

(6.34)

Dados dois ângulos p e q, os valores

da soma e da subtração dos senos e

dos cossenos destes ângulos serão

obtidos a partir das seguintes relações

de Eq.6.35 à Eq.6.38:

sen(p) + sen(q)

= 2. sen(p+q

2) . cos(

p−q

2)

(6.35)

sen(p) − sen(q)

= 2. sen (p−q

2) . cos (

p+q

2)

(6.36)

cos(p) + cos(q)

= 2. cos (p+q

2) . cos(

p−q

2)

(6.37)

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99

cos(p) − cos(q)

= −2. sen (p+q

2). sen (

p−q

2)

(6.38)

Exemplo 5: Determine o valor de

sen(105°) e cos(15°).

Solução:

Como 105º é igual a 60º + 45º, tem-se

que:

sen(105°) = sen(60° + 45°). Portanto,

sen(105°) = sen(60°). cos(45°) +

sen(45°). cos(60°). Então:

sen(105°) =√3

2.√2

2+

√2

2.1

2=

√6

4+

√2

4, logo:

sen(105°) =√6 + √2

4 .

E como 15º é igual a 60º − 45º, tem-

se que:

cos(15°) = cos(60° − 45°). Portanto:

cos(15°) = cos(60°). cos(45°) +

sen(60°). sen(45°)

cos (15º) =1

2.√2

2+

√3

2.√2

2=

√2

4+

√6

4, logo:

cos (15º) =√2+√6

4 .

6.5. Funções Trigonométricas

6.5.1 Função Seno:

Admitindo y como uma variável

independente, é possível representar a

função seno da Eq.6.39:

𝑦 = 𝑓(𝑥) = sin(𝑥) (6.39)

A partir dessa representação, devem-

se constatar as seguintes definições:

O domínio da função (D(f)) está

compreendido sob todo o conjunto

dos números reais, ou seja, a variável

x pode assumir qualquer valor real.

Para cada valor de x existe um

valor correspondente de y que varia

de -1 a 1, isto é, a imagem da função

(Im(f)) compreende o

intervalo[−1, 1].

A cada volta que se completa no

círculo trigonométrico, os valores de

y repetem-se oscilando, o que

significa dizer que a função

apresenta caráter oscilatório e

periódico, de período igual a 2𝜋

A Fig.6.17 representa a curva

conhecida como senoide.

Fig.6.17: Gráfico da Senoide.

Se a função se apresentar na forma da

Eq.6.40:

𝑓(𝑥) = sen(𝑎. 𝑥) (6.40)

o período T da função será igual a

Eq.6.41.

𝑇 =2𝜋

𝑎

(6.41)

Se 𝑎 > 1, ocorre uma compressão

horizontal no gráfico de ordem a (Ver

Fig.6.18).

Fig.6.18: Gráfico da Função 𝑓(𝑥) =

sen(2𝑥).

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100

Podem haver casos nos quais a

função é apresentada sob a forma 𝑦 =

𝐴. 𝑠𝑒𝑛 𝑥, o que provocará um

alongamento (𝐴 > 1) ou um

encurtamento vertical (𝐴 < 1).

Fig.6.19: Gráfico da Função 𝑓(𝑥) =

0.5 sen(𝑥).

Percebe-se também a existência de

deslocamentos verticais ou horizontais

sob as respectivas formas: 𝑦 = 𝐴 +

sen(𝑥) para os deslocamentos verticais

e 𝑦 = sen(𝑥 + 𝑎) para os

deslocamentos horizontais.

Sendo assim, é possível chegar a uma

nova fórmula genérica (Eq.6.42) para a

função seno levando-se em

consideração os deslocamentos

supracitados.

𝑓(𝑥) = 𝐴 + 𝐵. sen(𝑐𝑥 + 𝑑) (6.42)

Em que A, B, c e d são constantes

reais.

Fig.6.20:Gráfico da

Função f(x) = −0.5 + 0.5sen(2𝑥 + 𝜋)

6.5.2 Função Cosseno:

Assumindo y como uma variável

independente, é possível também

representar a função cosseno na

Eq.6.43:

𝑦 = 𝑓(𝑥) = 𝑐𝑜𝑠 𝑥 (6.43)

A partir dessa representação, deve-se

atentar às seguintes definições:

O Domínio da função (D(f)) está

compreendido sob todo o conjunto

dos números reais, ou seja, a variável

x pode assumir qualquer valor real.

Para cada valor de x existe um

valor correspondente de y que varia

de -1 a 1, isto é, a imagem da função

(Im(f)) compreende o intervalo

[−1, 1].

A cada volta que se completa no

Círculo Trigonométrico, os valores de

y se repetem oscilando, o que

significa dizer que a função

apresenta caráter oscilatório e

periódico, de período igual a 2𝜋.

O gráfico contido na Fig.6.21

representa a curva conhecida como

cossenóide.

Fig.6.21: Gráfico da Função f(x) = cos(𝑥).

Caso a função seja apresentada sob a

forma 𝑓(𝑥) = cos(𝑎. 𝑥),analogamente à

função seno, o período T da função será

igual a Eq.6.44

𝑇 =2𝜋

𝑎

(6.44)

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101

Neste caso também ocorre uma

compressão horizontal no gráfico de

ordem a.

A função cosseno também pode ser

𝑦 = 𝐴 cos(𝑥),o que provocará um

alongamento (𝐴 > 1) ou encurtamento

(𝐴 < 1) vertical (variação da amplitude).

Percebe-se igualmente a existência

de deslocamentos verticais ou

horizontais sob as respectivas formas:

𝑦 = 𝐴 + cos(𝑥) para os deslocamentos

verticais e 𝑦 = cos(𝑥 + 𝑎) para os

deslocamentos horizontais.

Sendo assim, é possível obter a uma

formulação genérica (Eq.6.45) para a

função cosseno levando em

consideração os deslocamentos

mencionados:

f(x) = A + B. cos(𝑐. 𝑥 + 𝑑) (6.45)

Em que A, B, c e d são constantes

reais.

6.5.3 Função Tangente:

Tal qual as funções seno e cosseno, a

função Tangente também pode ser

presentada, de acordo com a Eq.6.46;

tendo, igualmente, y como uma variável

independente:

𝑦 = 𝑓(𝑥) = 𝑡𝑎𝑛 𝑥 (6.46)

Com isso, constatam-se as seguintes

definições:

A variável x, ao contrário do que

ocorre nas funções seno e cosseno,

não pode assumir os valores 𝜋

2 e

3𝜋

2 (e

seus respectivos correspondentes

em “N” voltas no círculo

trigonométrico). Desta forma, o

domínio (D(f)) corresponde ao

intervalo

[0; 𝜋

2 [ U ]

𝜋

2;

3𝜋

2 [ U ]

3𝜋

2; 2𝜋] +

N. 2𝜋.

Para cada valor de x pertencente

ao domínio, existe um valor de y que,

ao se aproximar dos valores de

indefinição da função, apresentarão

assíntotas, as quais podem ser visto

no gráfico da Fig.6.22 na forma de

linhas verticais tracejadas.

Assim como nas funções seno e

cosseno, a função tangente também

apresenta caráter periódico, porém a

descontinuidade dos valores, devido

às assíntotas, torna a função não

oscilatória.

Fig.6.22: Gráfico da Função 𝑓(𝑥) =

tan(𝑥).

Assim como nas funções

anteriormente comentadas, na função

tangente também podem ocorrer

deslocamentos no gráfico. Sendo estes

generalizados pela Eq.5.47:

𝑓(𝑥) = 𝐴 + 𝐵 tan(𝑐𝑥 + 𝑑) (6.47)

Sendo que o novo período T será dado

ela Eq.6.48:

𝑇 =𝜋

𝑎 (6.48)

6.5.4. Função Arco-Seno

O arco-seno (arcsen(𝑥))é um ângulo

definido pela variável dependente de

um valor x tal que para arcsen(𝑥) =

𝛼isto é, sen(𝛼) = 𝑥.

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102

Exemplo 6: Para um triângulo retângulo

de hipotenusa 2 cm e cujo ângulo é

oposto a um cateto de 1cm, determine o

valor de

Solução:

sen(𝛼) =1

2logo:

𝛼 = arcsen(1

2). Como:

sen (𝜋

6) =

1

2, então:

𝜋 =𝝅

𝟔𝑟𝑎𝑑 = 30°

6.5.5 Função Arco-Cosseno

O arco-cosseno (arccos(𝑥)) é um

ângulo cujo valor de seu cosseno vale

x, isto é, depende de x tal que

arccos(𝑥) = 𝛼cos(𝛼) = 𝑥.

Exemplo 7: Sabe-se que um triângulo

retângulo possui um ângulo tal que o

cateto adjacente a este ângulo vale 2 cm

e a hipotenusa do respectivo triângulo

possui valor de 4 cm. Determine o

ângulo

Solução:

cos(𝛼) =2

4=

1

2, logo:

𝛼 = arccos(1

2)

Como:

cos (𝜋

3) =

1

2:

𝛼 =𝜋

3𝑟𝑎𝑑 = 60°

6.5.6 Função Arco-Tangente

O arco-tangente (arctan(𝑥)) de um

valor x, é o ângulo𝛼 cuja a tangente é

igual ao valor x. Ou seja, se tan(𝛼) = 𝑥,

tem-se que α = arctan(𝑥) .

Exemplo 8: Um triângulo retângulo

possui um ângulo o qual tem como

cateto oposto b = 2.√2, e o cateto

adjacente c =2. √2. Determine o ângulo

Solução:

tan(𝛼) =2√2

2√2= 1logo:

α = arctan(1)

Como:

tan (𝜋

4) = 1, então:

𝛼 =𝜋

4𝑟𝑎𝑑 = 45°

6.6. Sistema de Coordenadas Polares

O sistema de coordenadas polares no

plano tem como referenciais um ponto

fixo 𝑂 denominado polo e uma semirreta

orientada fixa com origem em 𝑂

denominada eixo polar; e um raio 𝑟,

como é representado na Fig.6.23.

Fig.6.23: Representação de um eixo polar

Considere 𝑃 um ponto genérico no

plano e seja o raio r a distância entre o

polo 𝑂 e o ponto 𝑃, assim 𝑟 = |𝑂𝑃̅̅ ̅̅ |. Se

𝑃 ≠ 𝑂, então 𝑃 pertence a uma única

semirreta determinada com a origem em

𝑂. Tais descrições são representadas

na Fig.6.23

O Eixo polar

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103

Fig.6.23: Semirreta formando um ângulo 𝜃

com o Eixo Polar.

Seja 𝜃 o ângulo formado entre o eixo

polar e esta semirreta, medido a partir

do eixo polar. Como o ângulo 𝜃 tem

vértice no pólo 𝑂 e o seu lado inicial é o

eixo polar, ele é dito estar na posição

padrão ou fundamental. Assim, a

semirreta constitui o lado terminal do

ângulo 𝜃 na posição fundamental. Os

ângulos são geralmente medidos em

radiano e são considerados positivos

quando medidos no sentido anti-horário.

A cada ponto 𝑃 do plano, pode-se

associar um par de números reais 𝑟 e 𝜃

denominados coordenadas polares de

𝑃. Denota-se 𝑃(𝑟 , 𝜃), onde 𝑟 é a

coordenada radial (raio) de 𝑃, que é a

distância de 𝑃 em relação ao pólo, e 𝜃 é

a coordenada angular ou ângulo polar

de 𝑃.

As coordenadas polares (𝑟, 𝜃)

estabelecem a posição do ponto 𝑃 em

relação a uma “grade” formada por

círculos concêntricos com centro em 𝑂

e semirretas partindo de 𝑂. O valor de 𝑟

localiza P num círculo de raio 𝑟, o valor

de 𝜃 localiza 𝑃 numa semirreta que é o

lado terminal do ângulo na posição

fundamental, e 𝑃 é determinado pela

interseção do círculo com a semirreta,

como é mostrado na Fig.6.24.

Fig.6.24: “Grade” formada por círculos

concêntricos e semirretas partindo de 0.

6.6.1 Conversão de Coordenadas

Para converter coordenadas polares

(𝑟, 𝜃) em cartesianas (𝑥, 𝑦), ou vice-

versa, é usual considerar que o polo do

sistema polar coincidente com a origem

do sistema cartesiano e o eixo polar do

sistema polar coincidente com o eixo x,

tais como as Eq.6.49 e Eq.6.50. Assim,

o eixo positivo 𝑦 é a semirreta 𝜃 = 𝜋/2.

{𝑥 = 𝑟 𝑐𝑜𝑠𝜃𝑦 = 𝑟 sen 𝜃

(6.49)

ou

{𝑟 = ± √𝑥2 + 𝑦2

tan 𝜃 = 𝑦 𝑥⁄ 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑥 ≠ 0

(6.50)

Se 𝜃 está na posição fundamental

então 𝑟 = +√𝑥2 + 𝑦2

Se 𝜃 = arctan(𝑦 𝑥⁄ )então tan(𝜃 +

𝑛 𝜋) = 𝑦 𝑥⁄ para 𝑥 ≠ 0 𝑒 𝑛 ∈ 𝐼

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104

Fig.6.25. Representação Gráfica do Eixo

Polar P coincidindo com o eixo x do

Sistema Cartesiano.

Exemplo 9: Converta as coordenadas

polares dadas para coordenadas

cartesianas:

(𝑟, 𝜃) → (𝑥, 𝑦) = (𝑟 𝑐𝑜𝑠𝜃 , 𝑟 sen 𝜃)

a) (𝑟, 𝜃) = (2 ,3𝜋

2 )

Solução:

𝑥 = 2 𝑐𝑜𝑠 (3𝜋

2) = 2 .0 = 0

𝑦 = 2 sen (3𝜋

2) = 2. (−1)

(𝑥, 𝑦) = (0 , −2)

𝑏) (𝑟, 𝜃) = (−4 ,−𝜋

3)

Solução:

𝑥 = (−4 ). 𝑐𝑜𝑠 (−𝜋

3) = (−4). (

1

2) = −2

𝑦 = (−4). sen (−𝜋

3) = (−4). (

−√3

2)

= 2√3

(𝑥, 𝑦) = (−2 , 2√3)

𝑐) (𝑟, 𝜃) = (1 ,2𝜋

3)

Solução:

𝑥 = (1 ). 𝑐𝑜𝑠 (2𝜋

3) = (1). (−

1

2) = −

1

2

𝑦 = (1). sen (2𝜋

3) . (

√3

2) = √3 2⁄

(𝑥, 𝑦) = (−1

2,√3

2)

Exemplo 10: Converta as coordenadas

cartesianas dadas para coordenadas

polares.

(𝑥, 𝑦) → (𝑟, 𝜃) {𝑟 = ± √𝑥2 + 𝑦2

tan 𝜃 =𝑦

𝑥 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑥 ≠ 0

𝑎) (𝑥, 𝑦) = (4 , 4)

Solução:

𝑟 = + √42 + 42 = √25 = 4√2

tan 𝜃 =4

4= 1 → 𝜃 = 𝑎𝑟𝑐 tan(1) {

𝜋

45𝜋

4

Como o ponto está no primeiro

quadrante 0 ≤ 𝜃 ≤𝜋

2, logo 𝜃 =

𝜋

4

(𝑟 , 𝜃) = (4√2 ,𝜋

4)

𝑏) (𝑥, 𝑦) = (−1 , −√3)

Solução:

𝑟 = + √(−1)2 + (√3)2

= √4 = 2

tan 𝜃 =−√3

−1= √3 →

→ 𝜃 = 𝑎𝑟𝑐 tan(√3) {

𝜋

34𝜋

3

Como o ponto está no terceiro

quadrante 𝜋 ≤ 𝜃 ≤3𝜋

2, logo 𝜃 =

4𝜋

3

(𝑟 , 𝜃) = (2 ,4𝜋

3)

𝑐) (𝑥, 𝑦) = (3√3, −3)

Solução:

𝑟 = + √(3√3)2

+ (−3)2 = √36 = 6

tan 𝜃 =−3

3√3= −

1

√3 →

𝜃 = 𝑎𝑟𝑐 tan (−1

√3) {

−𝜋

6 =

11𝜋

65𝜋

6

Como o ponto está no quarto quadrante –𝜋

2≤ 𝜃 ≤ 0, logo 𝜃 =

−𝜋

6

𝑃 {

(𝑟 , 𝜃 ) 𝑝𝑜𝑙𝑎𝑟

(𝑥, 𝑦) 𝑐𝑎𝑟𝑡𝑒𝑠𝑖𝑎𝑛𝑜

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105

(𝑟 , 𝜃) = (6 ,−𝜋

6)

d) (𝑥, 𝑦) = (0, −4)

Solução:

𝑟 = + √(0)2 + (−4)2 = 4

tan 𝜃 =−4

0= ∄ → 𝜃 = {

𝜋

23𝜋

2

Como 𝑦 < 0 o ponto pertence ao eixo

negativo 𝑦 logo 𝜃 =3𝜋

2= −

𝜋

2

(𝑟 , 𝜃) = (4 , −𝜋

2)

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Na figura, 𝐴𝐵 = 5𝑑𝑚, 𝐴𝐷 =

5√7 𝑑𝑚, 𝐷𝐵𝐶 = 60º e 𝐷𝐶𝐴 = 90º.

Determine a medida de CD em

decímetros.

2) Calcule o comprimento L do arco

BA

definido numa circunferência de

raio r=10 cm, por um ângulo central de

60°.

3) Calcule m de modo a obter sen(𝑥) =

2m + 1 e cos(𝑥) = 4m + 1

4) Dado quesin(𝑥). cos(𝑥) = 𝑚, calcule

o valor de 𝑦 = sen4(𝑥) + cos4(𝑥) e 𝑧 =

sen6(𝑥) + cos6(𝑥)

5) Dois lados de um triângulo que

medem 8m e 12m e formam entre si

um ângulo de 120°.Calcule o terceiro

lado.

6) Um triângulo tem lados a = 10m, b =

13m e c= 15m.Calcule o ângulo o

menor, A

, do triângulo.

7) Determine o período e a imagem e

faça o gráfico de um período completo

das funções abaixo:

a) :f dada por 𝑓(𝑥) =

− sen 𝑥.

b) :f dada por |𝑓(𝑥) =

| sen 𝑥|

c) :f dada por 𝑓(𝑥) =

sen(𝑥 +𝜋

3)

d) :f dada por 𝑓(𝑥) =

−3. cos 𝑥

e) :f dada por 𝑓(𝑥) =

cos(𝑥 −𝜋

4)

8) Simplifique:

x

x

x cos1

cos1.

sec1

1

9) Calcule o valor da expressão

sen105° - cos 75°

10) Sabendo que sen 𝑎 =3

5 e cos 𝑎 =

4

5, calcule sen(2𝑎) + cos(2𝑎)

11) Calcule o valor numérico da

expressão: 𝑦 = sen (13𝜋

12) . cos(

11𝜋

12)

12)Transforme em produto:

a) 𝑦 = 1 + sen(2𝑥)

b) 𝑦 = 1 + cos(𝑥)

c) 𝑦 = sen(5𝑥) + sen(3𝑥)

d) 𝑦 = cos(3𝑥) + cos(𝑥)

13) Ache os valores de 2 cos2(𝑥) +

5 sen(𝑥) − 4 ≥ 0

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106

14) Demarcar os seguintes pontos no

sistema de coordenadas polares e

encontrar suas coordenadas

cartesianas:

a) P1= (3,𝜋

3) c) P4=

(−3, −𝜋

3)

b) P2= (3, −𝜋

3) d) P3=

(−3,𝜋

3)

15) Encontrar as coordenadas

cartesianas dos seguintes pontos

dados em coordenadas polares.

a) (−2,2𝜋

3) d) (−10,

𝜋

2)

c) (4, 5𝜋

8) e) (−10,

3𝜋

2)

d) (3,13𝜋

4)

16) Encontrar um par de coordenadas

polares dos seguintes pontos:

a) (1, 1)

b) (-1, 1)

c) (-1, -1)

d) (1, -1)

17) Identificar e transformar as

seguintes equações para coordenadas

polares.

a) 𝑥2 + 𝑦2 = 4

b) 𝑥 = 4

c) 𝑦 = 2

d) 𝑥2 + 𝑦2 + 2𝑥 = 0

e) 𝑥2 + 𝑦2 − 6𝑦 = 0

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

PROPOSTOS

1) 𝐷𝐶 = 5√3

2) 𝐿 = 10𝜋/3𝑐𝑚

3) 𝑚1 = −1/10𝑜𝑢 𝑚2 = −1/2

4) 𝑦 = 1 − 2𝑚2𝑒 𝑧 = 1 − 3𝑚²

5) 𝑙𝑎𝑑𝑜 3 → 𝑥 = 4√19

6) 𝐴 = arccos49

65

7)

a) 𝐼𝑚𝑓 = {𝑦 ∈ ℝ| − 1 ≤ 𝑦 ≤ 1}; 𝑃 = 2𝜋

b) 𝐼𝑚𝑓 = {𝑦 ∈ ℝ| 0 ≤ 𝑦 ≤ 1}; 𝑃 = 𝜋

c) 𝐼𝑚𝑓 = {𝑦 ∈ ℝ| − 1 ≤ 𝑦 ≤ 1}; 𝑃 = 2𝜋

d) 𝐼𝑚𝑓 = {𝑦 ∈ ℝ| − 3 ≤ 𝑦 ≤ 3}; 𝑃 = 2𝜋

e) 𝐼𝑚𝑓 = {𝑦 ∈ ℝ| − 1 ≤ 𝑦 ≤ 1}; 𝑃 = 2𝜋

8) 𝑐𝑜𝑡𝑔𝑥

9)√2/2

10)31/25

11)𝑌 = 1/4

12)

a) 𝑦 = 2𝑠𝑒𝑛 (𝑥 +𝜋

4) cos (

𝜋

4− 𝑥)

b) 𝑦 = 2𝑐𝑜𝑠2 (𝑥

2)

c) 𝑦 = 2𝑠𝑒𝑛4𝑥. 𝑐𝑜𝑠𝑥 d) 𝑦 = 2𝑐𝑜𝑠2𝑥𝑐𝑜𝑠𝑥

13)1

2≤ 𝑠𝑒𝑛𝑥 ≤ 1

14)

a) (3

2,3√3

2)

b)(−3

2,−3√3

2)

c)(3

2,−3√3

2)

d) (−3

2,3√3

2)

15)

a) (1, -√3) b) (-1.507, 3.6955)

c) (−3√2

2,−3√2

2)

d) (0, -10) e) (0, 10) 16

a) (√2, 𝜋/4)

b) (√2, 3𝜋/4)

c) (√2, 5𝜋/4)

d) (√2, 7𝜋/4) 17)

a) 𝑟 = ±2 b) 𝑟 cos 𝜃 = 4

c) 𝑟 sin 𝜃 = 2 d) 𝑟 = 2 cos 𝜃 e) 𝑟 = 6 sin 𝜃