material de apoio - o brasil, os brics e a agenda internacional

Download Material de Apoio - O Brasil, Os BRICS e a Agenda Internacional

If you can't read please download the document

Upload: acaua-leotta

Post on 23-Oct-2015

14 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

  • O BRASIL, OS BRICS E A AGENDA INTERNACIONAL

  • MINISTRIO DAS RELAES EXTERIORES

    Ministro de Estado Embaixador Antonio de Aguiar Patriota Secretrio-Geral Embaixador Ruy Nunes Pinto Nogueira FUNDAO ALEXANDRE DE GUSMO

    Presidente Embaixador Gilberto Vergne Saboia Instituto de Pesquisa de Relaes Internacionais

    Diretor Embaixador Jos Vicente de S Pimentel Centro de Histria e Documentao Diplomtica

    Diretor Embaixador Maurcio E. Cortes Costa A Fundao Alexandre de Gusmo, instituda em 1971, uma fundao pblica vinculada ao Ministrio das Relaes Exteriores e tem a finalidade de levar a sociedade civil informaes sobre a realidade internacional e sobre aspectos da pauta diplomtica brasileira. Sua misso promover a sensibilizao da opinio pblica nacional para os temas de relaes internacionais e para a poltica externa brasileira. Fundao Alexandre de Gusmo - FUNAG Ministrio das Relaes Exteriores Esplanada dos Ministrios, Bloco H Anexo II, Trreo, Sala 1 70170-900 - Braslia - DF Telefones: (61) 3411 6033/6034/6847 Fax: (61) 3411-9125 Site: www.funag.gov.br

  • FUNDAO ALEXANDRE DE GUSMO

    INSTITUTO DE PESQUISA DE RELAES INTERNACIONAIS

    CENTRO DE HISTRIA E DOCUMENTAO DIPLOMTICA

    O BRASIL, OS BRICS E A AGENDA INTENACIONAL

    Material de Apoio IV Cpula do BRICS

    Rio de Janeiro 27 de abril de 2012

    Braslia, 2012

  • Sumrio

    DOCUMENTOS ..................................................................................................................................... 6

    Quarta Cpula dos BRICS - Declarao de Nova Delhi ..................................................... 7 Plano de Ao de Nova Delhi................................................................................................. 19

    DECLARAES PRESIDENCIAIS .......................................................................................................... 21

    Manmohan Singh - Primeiro-Ministro da ndia.................................................................. 22 Dilma Rousseff - Presidenta do Brasil ................................................................................. 25 Dmitry Medvedev - Presidente da Rssia ........................................................................... 27 Hu Jintao - Presidente da China ........................................................................................... 30 Jacob Zuma - Presidente da frica do Sul ......................................................................... 33

    NOTCIAS.......................................................................................................................................... 35

    O Globo - O Baro e os BRICS - 31/03/2012 .................................................................... 36 MSIa - Os BRICS e a nova arquitetura global - 30/03/2012 ......................................... 38 VOZ DA RSSIA - Grupo BRICS prepara reviravolta financeira mundial - 30/03/2012 ............................................................................................................................... 41 Exame Expresso - BRICS: um "plano de ao" de reforo do poder do grupo - 05/04/2012 ............................................................................................................................... 43 Portal Brasil - BNDES e bancos oficiais dos Brics assinam acordo para financiar empresas em moeda local - 29/03/2012 ........................................................................... 46 Agncia Brasil - Banco Mundial apoia criao de instituio bancria de desenvolvimento do Brics - 03/04/2012 ............................................................................ 47 Folha de S. Paulo - Banco dos Brics fica para cpula de 2014 - 30/04/2012 ............ 48 World Politics Review - BRICS Not Ready for Joint Development Bank - 10/04/2012 ............................................................................................................................... 51 O Globo - Brics criam ndice para medir bolsas dos cinco pases - 27/03/2012 ....... 53 Exame - Contratos de aes dos BRICs comeam a ser negociados nesta sexta - 30/03/2012 ............................................................................................................................... 54 Gazeta Russa - Bricsmart - 09/04/2012 ............................................................................ 55 UOL Economia - China parceiro dos Brics com o qual o Brasil tem maior estabilidade comercial - 28/03/2012 .................................................................................. 57 RBTH - BRICS: A bridge across three oceans - 09/04/2012 ......................................... 59 RBTH - BRICS struggles for global influence - 04/04/2012 ........................................... 63 O Globo - Empresrio indiano diz que Brics precisam se unir em torno das oportunidades - 27/03/2012 ................................................................................................. 67 AL JAZEERA - BRICS Summit: A perspective from Brazil - 29/03/2012 ..................... 69 VALOR ECONMICO - Economista espera protagonismo dos Brics na Rio+20 - 12/04/2012 ............................................................................................................................... 72 O Globo - Resistncia mudana - 14/04/2012 .............................................................. 73

    ARTIGOS ........................................................................................................................................... 75

    The Times of India - We're all in it together - 29/03/2012 ............................................ 76

  • Janela na Web - Cimeira dos BRICS em Nova Deli Palavras e atos (Comentrios prvios e balano) - 01/04/2012 ......................................................................................... 78 The Hindu - Delhi could be a turning point - 10/04/2012 .............................................. 86 Mundorama - De Ecaterimburgo a Nova Dli: avanos e obstculos na construo da agenda do BRICS - 01/03/2012 ..................................................................................... 90 Post-Western World - The trouble with the BRICS Candidate for the World Bank - 15/04/2012 ............................................................................................................................... 94 ICTSD - A poltica comercial dos BRICS com seu entorno e os efeitos para o Brasil - Abril de 2012 ............................................................................................................................ 96 Mundorama - O B da Questo: O Brasil e a Reunio da Cpula dos BRICS em Nova Dli, 2012 - 03/04/2012 ............................................................................................ 102 IDSA - BRICS Now Matter In The Changing Global World Order - 16/04/2012 ...... 105

  • DOCUMENTOS

  • 7

    Quarta Cpula dos BRICS - Declarao de Nova Delhi

    Nova Delhi, 29 de maro de 2012 - Parceria dos BRICS para a Estabilidade, Segurana e Prosperidade

    1. Ns, os lderes da Repblica Federativa do Brasil, da Federao da Rssia, da

    Repblica da ndia, da Repblica Popular da China e da Repblica da frica do

    Sul, reunimo-nos em Nova Delhi, na ndia, em 29 de maro de 2012, para a

    quarta Cpula do BRICS. Nossas discusses, sob o tema "BRICS Parceria para a

    Estabilidade Global, Segurana e Prosperidade", foram conduzidas em atmosfera

    calorosa e de cordialidade, e inspiradas pela vontade comum de reforar nossa

    parceria para o desenvolvimento comum e de desenvolver nossa cooperao, na

    base da abertura, solidariedade, compreenso e confiana mtuas.

    2. Ns nos reunimos sob o pano de fundo de desenvolvimentos e mudanas de

    grande importncia global e regional - uma recuperao vacilante da economia

    global tornada mais complexa devido situao na zona do euro; preocupaes

    quanto ao desenvolvimento sustentvel e mudana do clima, que assumem

    maior relevncia medida que nos aproximamos da Conferncia das Naes

    Unidas sobre Desenvolvimento Sustentvel (Rio +20) e da Conferncia das Partes

    da Conveno sobre Diversidade Biolgica, que sero sediados no Brasil e na

    ndia, respectivamente, ao longo deste ano; a prxima Cpula do G-20 no

    Mxico e a recm realizada 8 Conferncia Ministerial da Organizao Mundial

    do Comrcio (OMC), em Genebra; e o cenrio poltico em curso no Oriente Mdio

    e no Norte da frica, que vemos com preocupao crescente. Nossas

    deliberaes de hoje refletem nosso consenso no sentido de mantermos nosso

    engajamento com a comunidade mundial no momento em que fazemos face, de

    forma responsvel e construtiva, a esses desafios ao bem-estar e estabilidade

    globais.

    3. O BRICS uma plataforma para o dilogo e a cooperao entre pases que

    representam 43% da populao do mundo, para a promoo da paz, segurana e

    desenvolvimento em um mundo multipolar, interdependente e cada vez mais

    complexo e globalizado. Por sermos provenientes de sia, frica, Europa e

    Amrica Latina, a dimenso transcontinental de nossa interao ganha em valor

    e significado.

    4. Ns vislumbramos um futuro marcado pela paz mundial, progresso

    econmico e social e de atitude realista e esclarecida. Estamos prontos a

    trabalhar em conjunto com outros pases desenvolvidos e em desenvolvimento,

    com base em normas universalmente reconhecidas do direito internacional e

  • 8

    decises multilaterais, para lidar com os desafios e as oportunidades do mundo

    atual. A representao ampliada de pases emergentes e em desenvolvimento

    nas instituies de governana global aumentar a sua eficcia na consecuo

    desse objetivo.

    5. Estamos preocupados com a atual situao econmica internacional.

    Enquanto os BRICS se recuperaram da crise internacional de modo

    relativamente rpido, as perspectivas de crescimento em todo o mundo tm sido

    afetadas pela instabilidade dos mercados, especialmente na zona do euro. A

    acumulao de dvidas soberanas e preocupaes quanto ao ajuste fiscal de

    mdio e longo prazos em economias avanadas esto criando um ambiente de

    incertezas quanto ao crescimento global. Ademais, a excessiva liquidez

    decorrente de agressivas polticas adotadas por bancos centrais para estabilizar

    suas economias tm se espraiado para as economias emergentes, provocando

    excessiva volatilidade nos fluxos de capital e nos preos de commodities. A

    prioridade imediata restaurar a confiana dos mercados e retomar o

    crescimento econmico. Trabalharemos com a comunidade internacional para

    assegurar a coordenao ampla de polticas com vistas a manter estabilidade

    macroeconmica visando recuperao saudvel da economia.

    6. Ns acreditamos ser crucial para as economias avanadas adotar polticas

    macroeconmicas e fiscais responsveis, que evitem acumulao excessiva de

    liquidez internacional e que empreendam reformas estruturais para estimular o

    crescimento que gera empregos. Chamamos a ateno para o risco de volumosos

    e volteis fluxos transfronteirios de capital que enfretam economias

    emergentes. Instamos por mais ampla reforma com maior superviso financeira

    internacional, com o fortalecimento de polticas de coordenao e regulao e de

    cooperao, bem como a promoo de slidos desenvolvimentos dos mercados

    financeiros globais e sistemas bancrios.

    7. Nesse contexto, acreditamos que o papel central do G-20 como principal foro

    para a cooperao econmica internacional de facilitar a ampla coordenao de

    polticas macroeconmicas, de forma a permitir a recuperao econmica

    internacional e assegurar a estabilidade financeira, inclusive por intermdio de

    uma arquitetura monetria e financeira internacional mais aperfeioada.

    Aproximamo-nos da prxima Cpula do G-20 no Mxico com o compromisso de

    trabalhar juntamente com a Presidncia do Grupo, com todos os seus membros

    e com a comunidade internacional para alcanar resultados positivos e

    consistentes com o arcabouo de polticas nacionais, para assegurar o

    crescimento forte, sustentvel e equilibrado.

  • 9

    8. Reconhecemos a importncia da arquitetura financeira global para a

    manuteno da estabilidade e da integridade do sistema monetrio e financeiro

    internacional. Em consequncia, demandamos uma arquitetura financeira mais

    representativa, com a ampliao da voz e da representao de pases em

    desenvolvimento e o estabelecimento de um sistema monetrio internacional

    justo e aprimorado, que possa atender o interesse de todos os pases e apoiar o

    desenvolvimento de economias emergentes e em desenvolvimento. Essas

    economias tm apresentado um expressivo crescimento, contribuindo de forma

    significativa para a recuperao da economia global.

    9. Preocupa-nos, contudo, o ritmo lento das reformas das cotas e da governana

    do FMI. Torna-se urgente a necessidade de implementar, antes da Reunio

    Anual do FMI/Banco Mundial de 2012, a Reforma de Governana e de Cota

    acordada em 2010, assim como uma reviso abrangente da frmula de cota de

    forma a melhor refletir os pesos econmicos e amplie a voz e a representao dos

    mercados emergentes e pases em desenvolvimento at janeiro de 2013, seguida

    de finalizao da prxima reviso geral de cotas at janeiro de 2014. Esse

    processo dinmico de reforma necessrio para assegurar a legitimidade e

    eficcia do Fundo. Enfatizamos que os esforo em andamento para aumentar a

    capacidade de emprstimo do FMI somente sero exitosos se houver confiana

    de que todos os membros da instituio esto verdadeiramente empenhados em

    fielmente implementar a Reforma de 2010. Trabalharemos junto com a

    comunidade internacional para garantir que suficientes recursos podero ser

    mobilizados para o FMI em tempo hbil, enquanto o Fundo continua sua

    transio para aperfeioar sua governana e sua legitimidade. Reiteramos nosso

    apoio a medidas voltadas para a proteo de voz e representatividade dos pases

    mais pobres do FMI.

    10. Conclamamos o FMI a tornar sua estrutura de superviso mais integrada e

    equilibrada, observando que as propostas do FMI para uma nova deciso

    integrada sobre superviso sejam consideradas antes da reunio do FMI em

    abril.

    11. No presente ambiente econmico internacional, ns reconhecemos que h

    uma necessidade premente de se ampliar a disponibilidade de recursos para

    financiamento do desenvolvimento de economias emergentes e em

    desenvolvimento. Conclamamos, portanto, o Banco Mundial a atribuir crescente

    prioridade mobilizao de recursos e ao atendimento das necessidades de

    financiamento ao desenvolvimento, bem como reduo de custos de

    emprstimos e adoo de mecanismos inovadores de emprstimo.

  • 10

    12. Acolhemos positivamente as candidaturas do mundo em desenvolvimento

    para o cargo de Presidente do Banco Mundial. Reiteramos que as Direes do

    FMI e do Banco Mundial devem ser escolhidas com base em um processo aberto

    e baseado no mrito. Adicionalmente, a nova liderana do Banco Mundial deve

    se comprometer a transformar o Banco em uma instituio multilateral que

    verdadeiramente reflita a viso de todos seus membros, incluindo a estrutura da

    governana de forma a refletir a atual realidade poltica e econmica. Ademais, a

    natureza do Banco deve evoluir de uma instituio que atua essencialmente

    como intermediria da cooperao Norte-Sul para uma instituio que promova

    parcerias igualitrias com todos os pases, como forma a incorporar a temtica

    do desenvolvimento e superar a ultrapassada dicotomia entre doadores-

    receptores.

    13. Consideramos a possibilidade de estabelecimento de um novo Banco de

    Desenvolvimento voltado para a mobilizao de recursos para projetos de

    infraestrutura e de desenvolvimento sustentvel em pases do BRICS e em

    outras economias emergentes e pases em desenvolvimento, com vistas a

    suplementar os esforos correntes de instituies financeiras multilaterais e

    regionais de promoo do crescimento e do desenvolvimento internacionais.

    Instrumos nossos Ministros de Finanas a examinar a viabilidade e

    possibilidade de implementao dessa iniciativa e a estabelecer um grupo de

    trabalho conjunto para realizar os estudos necessrios e report-los na prxima

    Cpula.

    14. Brasil, ndia, China e frica do Sul aguardam com expectativa a Presidncia

    russa do G-20 em 2013 e oferecem sua cooperao.

    15. Brasil, ndia, China e frica do Sul congratulam a Federao da Rssia por

    sua acesso OMC. Esse fato torna a OMC mais representativa e fortalece o

    sistema multilateral de comrcio baseado em regras. Ns nos comprometemos a

    trabalhar juntos para proteger esse sistema, e conclamamos outros pases a

    resistir a todas as formas de protecionismo comercial e restries disfaradas ao

    comrcio.

    16. Continuaremos nossos esforos para uma concluso bem sucedida da

    Rodada Doha, com base no progresso j alcanado e mantendo seu mandato

    original. Para tanto, exploraremos resultados em reas especficas onde

    progressos sejam possveis, preservando, ao mesmo tempo, a centralidade do

    desenvolvimento e mantendo o arcabouo geral do empreendimento nico (single

    undertaking). No apoiamos iniciativas plurilaterais contrariam os princpios

    fundamentais da transparncia, incluso e multilateralismo. Acreditamos que

  • 11

    tais iniciativas no apenas desviam os membros da busca de um resultado

    coletivo, mas tambm deixam de resolver o dficit de desenvolvimento herdado

    de rodadas anteriores. Uma vez concludo o processo de ratificao, a Rssia

    tenciona participar de forma ativa e construtiva da Rodada Doha visando um

    resultado equilibrado da Rodada que auxiliar no fortalecimento e

    desenvolvimento do sistema multilateral de comrcio.

    17. Considerando que a UNCTAD o ponto focal do sistema das Naes Unidas

    para o tratamento dos temas de comrcio e desenvolvimento, tencionamos

    investir no aprimoramento de suas atividades tradicionais de construo de

    consensos, cooperao tcnica e pesquisa em temas de desenvolvimento

    econmico e comrcio. Reiteramos nosso desejo de contribuir ativamente para o

    sucesso da UNCTAD XIII, em abril de 2012.

    18. Concordamos em mobilizar nossas sinergias e em trabalhar juntos para

    intensificar os fluxos de comrcio e investimento entre nossos pases, de modo a

    fazer avanar nossos respectivos objetivos de desenvolvimento industrial e de

    gerao de emprego. Acolhemos positivamente os resultados da segunda reunio

    de Ministros do Comrcio dos pases do BRICS realizada em Nova Delhi, em 28

    de maro de 2012. Apoiamos a realizao de consultas regulares entre nossos

    Ministros de Comrcio e examinamos a adoo de medidas adequadas para

    facilitar a progressiva consolidao de nossos laos comerciais e econmicos.

    Tambm com satisfao, acolhemos a concluso, entre nossos bancos de

    desenvolvimento/eximbanks, do Acordo-Quadro para Extenso de Facilitao de

    Crdito em Moeda Local no mbito do Mecanismo Interbancrio de Cooperao

    do BRICS e do Acordo para Facilitao de Confirmao de Cartas Multilaterais

    de Crdito. Estamos certos de que esses acordos serviro como instrumentos

    teis para estimular o comrcio intra-BRICS nos prximos anos.

    19. Reconhecemos a importncia vital que a estabilidade, a paz e a segurana do

    Oriente Mdio e do Norte da frica tm para todos ns, para a comunidade

    internacional e, acima de tudo, para esses prprios pases e seus cidados, cujas

    vidas tm sido afetadas pela turbulncia que eclodiu na regio. Desejamos ver

    esses pases vivendo em paz, recuperando a estabilidade e prosperidade, como

    respeitveis membros da comunidade internacional.

    20. Concordamos que esse perodo de transformao em curso no Oriente Mdio

    e do Norte da frica no deve ser usado como pretexto para o adiamento de

    resolues de conflitos duradouros, mas sim que sirva como incentivo para

    solucion-los, em particular o conflito rabe-israelense. A resoluo desse e de

    outros temas regionais de longa durao melhoraria, de forma geral, a situao

  • 12

    no Oriente Mdio e no Norte da frica. Assim, reiteramos nosso compromisso de

    uma soluo abrangente, justa e duradoura para o conflito rabe-israelense que

    esteja baseada no arcabouo legal internacionalmente reconhecido, incluindo as

    resolues relevantes das Naes Unidas, os princpios de Madri e a Iniciativa

    rabe para a Paz. Encorajamos o Quarteto a intensificar seus esforos, e

    requeremos maior envolvimento do Conselho de Segurana das Naes Unidas

    na busca da resoluo desse conflito. Tambm sublinhamos a importncia de

    negociaes diretas entre as partes para se alcanar solues definitivas.

    Conclamamos palestinos e israelenses a adotar medidas construtivas,

    restabelecer a confiana mtua e criar as condies favorveis retomada das

    negociaes, evitando medidas unilaterais, em particular atividades de

    assentamento nos Territrios Palestinos Ocupados.

    21. Manifestamos nossa profunda preocupao com a atual situao na Sria e

    apelamos pelo fim imediato de toda violncia e violaes de direitos humanos

    naquele pas. O interesse de todos seria melhor atendido mediante o tratamento

    da crise por meios pacficos que encorajem amplos dilogos nacionais refletindo

    as legtimas aspiraes de todos os setores da sociedade sria e o respeito

    independncia, integridade territorial e soberania da Sria. Nosso objetivo

    facilitar um processo poltico inclusivo conduzido pelos srios, e acolhemos

    positivamente os esforos das Naes Unidas e da Liga rabe nesse sentido.

    Incentivamos o governo srio e todos os setores da sociedade sria a demonstrar

    disposio poltica para iniciar tal processo, o nico capaz de criar um novo

    ambiente para a paz. Acolhemos positivamente a nomeao do Sr Kofi Anan

    como Enviado Especial para a crise da Sria, bem como o progresso em curso na

    busca de uma soluo poltica para a crise.

    22. A situao relativa ao Ir no pode permitir escalada rumo ao conflito, com

    consequncias desastrosas que no interessam a ningum. O Ir tem um papel

    crucial a desempenhar no desenvolvimento pacfico e na prosperidade de sua

    regio, de grande relevncia poltica e econmica, e esperamos que faa sua

    parte como membro responsvel da comunidade internacional. Preocupa-nos a

    situao que envolve a questo nuclear iraniana. Reconhecemos o direito do Ir

    ao uso pacfico da energia nuclear, consistente com suas obrigaes

    internacionais, e apoiamos a resoluo das questes envolvidas mediante

    dilogo e meios polticos e diplomticos entre as partes, inclusive entre a AIEA e

    o Ir, e de acordo com as resolues relevantes do Conselho de Segurana.

    23. O Afeganisto necessita de tempo, assistncia ao desenvolvimento e

    cooperao, acesso preferencial a mercados internacionais, investimentos

    estrangeiros e clara estratgia nacional com vistas obteno da paz duradoura

  • 13

    e estabilidade. Apoiamos o compromisso da comunidade internacional com o

    Afeganisto, anunciado na Conferncia Internacional de Bonn, em dezembro de

    2011, no sentido de manter o engajamento durante a dcada de transformao

    de 2015 a 2024. Afirmamos nosso compromisso em apoiar a emergncia do

    Afeganisto como um Estado pacfico, estvel e democrtico, livre do terrorismo

    e do extremismo, e sublinhamos a necessidade de cooperao regional e

    internacional mais eficaz para a estabilizao do Afeganisto, inclusive no que

    diz respeito ao combate ao terrorismo.

    24. Estendemos nosso apoio aos esforos no sentido de combater o trfico ilcito

    de pio originrio do Afeganisto no mbito do Pacto de Paris.

    25. Reiteramos no existir justificativa de qualquer ordem para atos de

    terrorismo em qualquer forma de manifestao. Reafirmamos nossa

    determinao de reforar a cooperao no enfrentamento dessa ameaa, e

    acreditamos que as Naes Unidas desempenham papel central na coordenao

    de aes internacionais contra o terrorismo, no marco da Carta das Naes

    Unidas e em consonncia com os princpios e normas do direito internacional.

    Sublinhamos a necessidade de uma prxima concluso do projeto da Conveno

    Abrangente sobre Terrorismo Internacional durante a Assembleia Geral das

    Naes Unidas, e sua adoo por todos os estados-membros de forma a

    propiciar uma abrangente estrutura legal para enfrentar esse flagelo

    internacional.

    26. Manifestamos nosso forte compromisso com a diplomacia multilateral, com a

    Organizao das Naes Unidas desempenhando papel central no tratamento

    dos desafios e ameaas globais. Nesse sentido, reafirmamos a necessidade de

    uma reforma abrangente das Naes Unidas, incluindo seu Conselho de

    Segurana, para assegurar maior eficcia, eficincia e representatividade, de

    modo a que possa melhor enfrentar os desafios globais da atualidade. China e

    Rssia reiteram a importncia que atribuem a Brasil, ndia e frica do Sul nos

    assuntos internacionais e apoiam sua aspirao de desempenhar papel mais

    protagnico nas Naes Unidas.

    27. Recordamos nossa coordenao no Conselho de Segurana durante o ano de

    2011 e sublinhamos nosso compromisso de atuar conjuntamente nas Naes

    Unidas, de continuar nossa cooperao e de reforar o tratamento multilateral

    de temas relativos paz e segurana internacionais nos prximos anos.

    28. A acelerao do crescimento e desenvolvimento sustentvel, em conjunto

    com segurana alimentar e energtica, encontram-se entre os desafios mais

    importantes da atualidade e so centrais para o tratamento do desenvolvimento

  • 14

    econmico, erradicao da pobreza, combate fome e desnutrio em muitos

    pases em desenvolvimento. Faz-se premente a criao de empregos necessrios

    melhoria dos nveis de vida. O desenvolvimento sustentvel tambm um

    elemento-chave de nossa agenda para a recuperao global e investimentos para

    estimular o crescimento futuro. Temos essa responsabilidade para com nossas

    futuras geraes.

    29. Congratulamos a frica do Sul pelo xito como sede da 17 Conveno-

    Quadro das Naes Unidas sobre Mudana do Clima e da 7 Conferncia das

    Partes na qualidade de reunio das Partes do Protocolo de Quioto

    (COP17/CMP17), em dezembro de 2011. Acolhemos positivamente os

    significativos resultados da Conferncia e estamos dispostos a trabalhar com a

    comunidade internacional para a implementao dessas decises, de acordo com

    os princpios de equidade e responsabilidades comuns porm diferenciadas e

    respectivas capacidades.

    30. Estamos inteiramente comprometidos a fazer nossa parte na luta

    internacional para enfrentamento das questes de mudana do clima e

    contribuiremos para os esforos internacionais no tratamento da temtica de

    mudana do clima por meio de crescimento sustentvel e inclusivo e no

    limitativo ao desenvolvimento. Sublinhamos que os pases desenvolvidos que so

    Parte da Conferncia das Naes Unidas sobre Mudana do Clima devem prover

    ampliado apoio financeiro, tecnolgico e capacitao para a preparao e

    implementao, por parte dos pases em desenvolvimento, de aes

    nacionalmente apropriadas de mitigao.

    31. Estamos certos de que a Conferncia das Naes Unidas sobre

    Desenvolvimento Sustentvel (Rio+20) oferece oportunidade nica para que a

    comunidade internacional renove seu compromisso poltico de alto nvel de

    apoiar a ampla estrutura de desenvolvimento sustentvel, abrangendo

    crescimento e desenvolvimento econmico sustentvel, progresso social e

    proteo ambiental, de acordo com os princpios e provises da Declarao do

    Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, incluindo o princpio das

    responsabilidades comuns, porm diferenciadas, Agenda 21 e o Plano de

    Implementao de Johanesburgo.

    32. Consideramos que o desenvolvimento sustentvel deve ser o principal

    paradigma em questes ambientais, assim como para estratgias econmicas e

    sociais. Reconhecemos a relevncia e foco dos principais temas da Conferncia,

    especialmente a Economia Verde no contexto do Desenvolvimento Sustentvel e

  • 15

    da Erradicao da Pobreza assim como a Estrutura Institucional para o

    Desenvolvimento Sustentvel.

    33. A China, a Rssia, a ndia e a frica do Sul esperam trabalhar com o Brasil,

    sede dessa importante Conferncia, em junho, para um resultado exitoso e

    prtico do encontro. O Brasil, a Rssia, a China e a frica do Sul tambm

    empenham seu apoio ndia, que sediar a 11 reunio da Conferncia entre as

    Partes para a Conveno sobre Diversidade Biolgica, em outubro de 2012, e

    esperam um resultado positivo. Continuaremos nossos esforos para a

    implementao da Conveno e seus Protocolos, com especial ateno ao

    Protocolo de Nagoya sobre o Acesso a Recursos Genticos e Repartio Justa e

    Equitativa de Benefcios Derivados de sua Utilizao, ao Plano Estratgico para a

    Bioversidade 2011-2020 e Estratgia para a Mobilizao de Recursos.

    34. Afirmamos que o conceito de economia verde, ainda a ser definido na

    Rio+20, deve ser entendido no contexto mais abrangente de desenvolvimento

    sustentvel e erradicao da pobreza como um meio para se alcanar essas

    prioridades de maior hierarquia e no um fim em si mesmo. Deve-se dar s

    autoridades nacionais flexibilidade e espao poltico para que faam suas

    prprias escolhas com amplo leque de opes e definam caminhos rumo ao

    desenvolvimento sustentvel, baseado no estgio de desenvolvimento do pas,

    estratgias nacionais, circunstncias e prioridades. Resistimos introduo de

    barreiras de comrcio e investimento, independentemente de seu formato,

    vinculada ao desenvolvimento da economia verde.

    35. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milnio (ODM) permanecem um marco

    fundamental na agenda de desenvolvimento. De forma a capacitar os pases em

    desenvolvimento a obter os mximos resultados no alcance dos Objetivos de

    Desenvolvimento do Milnio no prazo acordado de 2015, devemos assegurar que

    o crescimento desses pases no ser afetado. Qualquer desacelerao aportar

    srias consequncias para a economia mundial. Alcanar os ODMs

    fundamental para assegurar o crescimento inclusivo, equitativo e sustentvel, e

    requerer continuado foco nesses objetivos mesmo depois de 2015, requerendo

    ampliados esforos de financiamento.

    36. Atribumos a mais alta importncia ao crescimento econmico que apoie o

    desenvolvimento e a estabilidade na frica, dado que muitos desses pases ainda

    no realizaram completamente seu potencial econmico. Levaremos adiante

    nossa cooperao em apoio aos esforos de acelerao da diversificao e

    modernizao de suas economias. Isso se far por meio do desenvolvimento de

    infraestrutura, intercmbio de conhecimento e apoio ampliao do acesso a

  • 16

    tecnologia, aumento da capacitao com investimento em capital humano,

    inclusive no contexto da Nova Parceria para o Desenvolvimento da frica

    (NEPAD).

    37. Expressamos nosso compromisso com o alvio da crise humanitria que

    ainda afeta milhes de pessoas no Chifre da frica e apoiamos os esforos

    internacionais nesse sentido.

    38. A excessiva volatilidade nos preos dos produtos de base, particularmente de

    alimentos e energia, coloca riscos adicionais para a recuperao da economia

    mundial. A regulamentao aprimorada dos mercados derivados de produtos de

    base essencial para evitar impactos desestabilizadores sobre o suprimento de

    alimentos e energia. Consideramos que a capacidade ampliada de produo de

    energia e o fortalecimento do dilogo produtor-consumidor so importantes

    iniciativas que contribuiro para diminuir essa volatilidade de preos.

    39. A energia baseada em combustveis fsseis continuar a dominar as

    matrizes energticas em futuro previsvel. Expandiremos as fontes de energia

    limpa e renovvel e o uso de tecnologias alternativas eficientes para atender

    demanda crescente de nossas economias e nossos povos, e tambm para

    responder s preocupaes relativas ao clima. Nesse contexto, enfatizamos que a

    cooperao internacional no desenvolvimento de energia nuclear segura para

    fins pacficos deve continuar sob condies de estreita observncia dos padres

    relevantes de segurana e requisitos relativos a desenho, construo e operao

    de plantas de energia nuclear. Sublinhamos o papel essencial da AIEA nos

    esforos conjuntos da comunidade internacional no sentido de ampliar os

    padres de segurana nuclear, com o objetivo de aumentar a confiana pblica

    na energia nuclear como uma fonte de energia limpa, economicamente acessvel

    e segura, vital para atender demanda mundial de energia.

    40. Tomamos nota dos substantivos esforos realizados para aprofundar a

    cooperao intra-BRICS em inmeros setores. Estamos convencidos de que h

    um grande estoque de conhecimento, know-how, capacidades e boas prticas

    disponvel em nossos pases que podemos compartilhar e a partir do qual

    podemos construir uma significativa cooperao para o benefcio de nossos

    povos. Com esse objetivo, endossamos o Plano de Ao para o prximo ano.

    41. Apreciamos os resultados do Segundo Encontro dos Ministros de Agricultura

    e de Desenvolvimento Agrrio do BRICS, realizado em Chengdu, China, em

    outubro de 2011. Instrumos nossos Ministros a levar esse processo adiante com

    foco particular no potencial de cooperao entre os BRICS para contribuir

    efetivamente para a segurana alimentar e a nutrio mundiais por meio da

  • 17

    produo agrcola aprimorada e da produtividade, transparncia em mercados,

    reduzindo a excessiva volatilidade nos preos dos produtos de base, de forma a

    elevar a qualidade de vida dos povos, particularmente do mundo em

    desenvolvimento.

    42. A maioria dos pases do BRICS faz face a numerosos desafios similares no

    campo da sade pblica, incluindo o acesso universal aos servios de sade, o

    acesso a tecnologias de sade, inclusive medicamentos, os custos crescentes e o

    aumento nos gastos com doenas transmissveis e no transmissveis.

    Recomendamos que os encontros de Ministros de Sade do BRICS, cujo primeiro

    se realizou em Pequim, em julho de 2011, sejam de agora em diante

    institucionalizados de forma a enfrentar esses desafios comuns da maneira mais

    eficaz em termos de custos, mais equitativa e sustentvel.

    43. Tomamos nota do encontro de Altos Funcionrios em Cincia e Tecnologia

    em Dalian, China, em setembro de 2011, e, em particular, da crescente

    capacidade de pesquisa e desenvolvimento e inovao em nossos pases.

    Incentivamos esse processo tanto em reas prioritrias como alimentos,

    produtos farmacuticos, sade e energia, quanto em pesquisa bsica nos

    campos interdisciplinares emergentes de nanotecnologia, biotecnologia, cincia

    de materiais avanados etc. Incentivamos o fluxo de conhecimentos entre nossas

    instituies por meio de projetos conjuntos, seminrios e intercmbio de jovens

    cientistas.

    44. Os desafios da rpida urbanizao, enfrentados por todas as sociedades em

    desenvolvimento, inclusive as nossas prprias, so de natureza

    multidimensional e cobrem uma diversidade de temas interligados. Instrumos

    nossas respectivas autoridades a coordenar esforos e aprender com as

    melhores prticas e tecnologias disponveis, de modo a trazer benefcios para

    nossas sociedades. Constatamos, com satisfao, a realizao do primeiro

    encontro de Cidades Irms no mbito do BRICS, em Sanya, em dezembro de

    2011, e levaremos adiante esse processo com a realizao de um Frum de

    Urbanizao e Infraestrutura Urbana conjuntamente com a realizao do

    Segundo Encontro de Cidades Irms no mbito do BRICS e do Frum de

    Cooperao de Governos Locais.

    45. Dadas nossas crescentes necessidades de fontes de energia renovvel e de

    energia eficiente e de tecnologias favorveis ao meio ambiente, assim como

    nossas potencialidades complementares nessas reas, concordamos em

  • 18

    intercambiar conhecimento, know-how, tecnologia e melhores prticas nesses

    setores.

    46. Temos satisfao em lanar o primeiro Relatrio do BRICS, coordenado pela

    ndia, com foco especial nas sinergias e complementaridades de nossas

    economias. Acolhemos com satisfao os resultados da cooperao entre os

    Institutos Nacionais de Estatstica do BRICS e tomamos nota que a edio

    atualizada da Publicao Estatstica do BRICS, lanada hoje, serve como uma

    til referncia sobre os pases do BRICS.

    47. Expressamos nossa satisfao com a realizao do III Frum Empresarial do

    BRICS e do II Frum Financeiro e reconhecemos seu papel para estimular

    relaes comerciais entre nossos pases. Nesse contexto, acolhemos com

    satisfao o estabelecimento da BRICS Exchange Alliance, uma iniciativa de

    bolsas de valores relacionadas com o BRICS.

    48. Incentivamos os canais de comunicao, troca e contatos diretos entre as

    pessoas, inclusive nas reas de juventude, educao, cultura, turismo e esporte.

    49. O Brasil, a Rssia, a China e a frica do Sul estendem seu caloroso apreo e

    seus sinceros agradecimentos ao Governo e ao povo da ndia por sediar a IV

    Cpula do BRICS em Nova Dli.

    50. O Brasil, a Rssia, a ndia e a China agradecem a frica do Sul pelo

    oferecimento de sediar a V Cpula do BRICS em 2013 e oferecem seu pleno

    apoio.

  • 19

    Plano de Ao de Nova Delhi

    1. Encontros de Ministros de Relaes Exteriores margem da AGNU.

    2. Encontros de Ministros de Finanas e Governadores de Bancos Centrais

    margem das reunies do G20/outras reunies multilaterais (FMI/BIRD).

    3. Encontros de autoridades financeiras e fiscais margem de eventos

    multilaterais ou, quando requeridos, encontros especficos.

    4. Encontros de Ministros de Comrcio margem de eventos multilaterais, ou,

    quando requeridos, encontros especficos.

    5. Terceiro Encontro de Ministros de Agricultura do BRICS, precedido de

    reunio preparatria de especialistas em produtos agrcolas e segurana

    alimentar e do segundo encontro do Grupo de Trabalho de Especialistas em

    Agricultura.

    6. Encontro de Altos Representantes responsveis por segurana nacional.

    7. Segundo Encontro do BRICS de Altos Funcionrios em C&T.

    8. Primeiro Encontro do Frum de Urbanizao do BRICS e o segundo encontro

    de Cidades Irms no mbito do BRICS e o Frum de Cooperao de

    Governos Locais em 2012 na ndia.

    9. Segundo Encontro dos Ministros de Sade do BRICS.

    10. Encontro intermedirio de Sous-Sherpas e Sherpas.

    11. Encontro intermedirio do GCTEC (Grupo de Contato em Temas Econmicos

    e Comerciais).

    12. Terceiro Encontro de Autoridades de Concorrncia do BRICS em 2013.

    13. Encontro de Especialistas sobre o novo Banco de Desenvolvimento.

    14. Encontro de autoridades financeiras para acompanhamento dos resultados

    do Relatrio do BRICS.

    15. Consultas entre as Misses Permanentes dos pases do BRICS em Nova

    York, Viena e Genebra, quando requeridas.

    16. Encontros de consultas entre Altos Funcionrios do BRICS margem dos

    foros internacionais relevantes relacionados a meio ambiente e mudana do

    clima, quando requeridos.

  • 20

    17. Novas reas de cooperao a serem exploradas:

    (i) Cooperao multilateral em energia no mbito do BRICS.

    (ii) Avaliao acadmica geral sobre a futura estratgia de longo termo para o

    BRICS.

    (iii) Dilogo do BRICS sobre Polticas para a Juventude.

    (iv) Cooperao sobre temas relacionados Populao.

  • DECLARAES PRESIDENCIAIS

  • 22

    http://pmindia.nic.in/speech-details.php?nodeid=1156

    Manmohan Singh - Primeiro-Ministro da ndia

    Prime Minister's Statement at the Plenary Session of the Fourth BRICS Summit

    Let me once again welcome all of you to New Delhi. India is privileged to host the fourth BRICS Summit and assume the Chairmanship of the group.

    The global situation facing us today presents a mixed picture. On the one hand, emerging market economies are growing at a healthy pace and increasing their share in global trade and output.

    On the other hand, many obstacles have to be overcome if we are to sustain rapid growth in the years ahead. We are all affected by the global economic slowdown, the volatility in food and energy prices, the challenge of reconciling growth with environmental objectives, the political uncertainty in West Asia and the rise of terrorism and extremism. Our responses to these challenges may be different, but there is much common interest that binds us together.

    I would like to share some thoughts on ten specific issues that I believe concern us all.

    First, each of our countries has a unique demographic profile that presents its own challenges. In India, for example, we need to create 8 to 10 million jobs every year over the next decade to absorb the expected growth in the labour force. We are working on ambitious programmes of skill upgradation and education and creation of an environment conducive to an expansion of productive job opportunities. We would like to learn from the experiences of other BRICS countries on how they are dealing with these problems.

    Second, the conceptual analysis that produced the positive BRICS narrative was based on a model of catch-up growth in which supply side constraints were not adequately addressed. Today, it is clear that constraints such as the availability of energy and food for countries that account for more than 40% of the world population can impede the entire story. Water is another critical area of scarcity which needs much greater attention than it has received thus far. We have much to learn from each other in how to handle these problems, and there is also room to cooperate internationally.

    Third, we are united in our desire to promote sustained and balanced global economic growth. As members of the G-20, we must together ensure that appropriate solutions are found to help Europe help itself and to ensure policy coordination that can revive global growth.

    We should also cooperate closely to breathe life into the Doha Round, looking for innovative solutions to overcome barriers that have stalled progress.

  • 23

    Fourth, as large and diverse economies, we should make a special effort to find ways to exploit intra-BRICS complementarities. We should promote greater interaction amongst our business communities. Issues such as easier business visas must be prioritized. As large trading countries, BRICS have a strong interest in removing barriers to trade and investment flows and avoiding protectionist measures.

    Fifth, to revive global demand and growth, developing countries need access to capital, particularly for infrastructure development. We must address the important issue of expanding the capital base of the World Bank and other Multilateral Development Banks to enable these institutions to perform their appropriate role in financing infrastructure development.

    We have agreed to examine in greater detail a proposal to set up a BRICS-led South-South Development Bank, funded and managed by the BRICS and other developing countries.

    Sixth, BRICS countries must also work together to address deficiencies in global governance. Institutions of global political and economic governance created more than six decades ago have not kept pace with the changing world. While some progress has been made in international financial institutions, there is lack of movement on the political side. BRICS should speak with one voice on important issues such as the reform of the UN Security Council.

    Seventh, each of our countries is grappling with how to pursue 'green' growth without compromising on current needs. At the core of this complex issue is the use of fossil energy and the impact that it has on the environment.

    We must reduce energy intensity of GDP by promoting energy efficiency and developing clean energy sources. This calls for greater investments in research and development, sharing of best practices, and encouraging transfer of technology. A dialogue between energy producers and consumers would also help in ensuring stability in energy markets.

    Eighth, as our countries experience significant increases in per capita income, we will also face issues related to income inequality within our countries. Inevitably, we will handle the problem differently, but it may be useful for us to share experiences in this area.

    Ninth, urbanization presents common challenges for all our countries. We should encourage sharing of experience in areas such as urban water supply and sanitation, waste management, storm water drainage, urban planning, urban transport and energy efficient buildings.

    Finally, the continued prosperity of BRICS is linked closely also to the geopolitical environment.

    In our restricted session, we discussed the ongoing turmoil in West Asia and agreed to work together for a peaceful resolution of the crisis. We must avoid political disruptions that create volatilities in global energy markets and affect trade flows.

    All of us understand the threat that terrorism poses to our societies. We must therefore enhance cooperation against terrorism and other developing threats such as piracy, particularly emanating from Somalia.

  • 24

    We have also agreed on the need to restore stability in Afghanistan, and the importance of sustained international commitment to its future.

    Excellencies, we have drawn up an ambitious Action Plan that will be adopted today along with the BRICS Delhi Declaration. I hope that we will be able to collaborate and cooperate with each other to shape global developments and bring tangible benefits to our peoples.

    India reaffirms its full commitment to work with BRICS in this endeavour.

    Thank you.

  • 25

    http://www.brics.utoronto.ca/docs/120329-rousseff-statement-br.html

    Dilma Rousseff - Presidenta do Brasil Declarao imprensa da Presidenta da Repblica, Dilma Rousseff, aps cerimnia de assinatura de atos

    Eu quero agradecer ao governo e ao povo indiano, mais uma vez, a hospitalidade e a qualidade com que nos receberam neste fascinante pas.

    Eu estou certa de que a agenda que o BRICS est construindo render muitos frutos para os nossos pases e tambm para o mundo. A declarao assinada pelo conjunto de nossos cinco pases de alta relevncia para definir os nossos caminhos nos prximos anos.

    Esta Cpula, esta IV Cpula realiza-se em contexto econmico internacional ainda adverso. A combinao dos pases envolvidos em problemas financeiros, baixo crescimento, excessiva injeo de liquidez exporta a crise para os pases emergentes, atingindo nossas moedas e nossos sistemas produtivos.

    Os pases BRICS tm, na nossa relao, uma plataforma, e essa plataforma permite que ns olhemos para uma nova poltica baseada na expanso do mercado das principais economias mundiais e no crescimento equilibrado do comrcio internacional.

    A principal frente de expanso para a economia mundial hoje a incorporao de milhes de pessoas sociedade de consumo de massa. Essa expanso deve estar fundada no crescimento equilibrado entre consumo e investimento e deve estar, tambm, baseada num equilbrio entre as nossas economias e a relao internacional de comrcio.

    Os BRICS continuam sendo elemento dinmico da economia global, e vo responder por uma parcela significativa do comrcio.

    A notvel expanso, nos ltimos anos, do comrcio intra-BRICS evidencia tambm o potencial das nossas relaes. Ns passamos de US$ 27 bilhes em 2002 para estimados US$ 250 bilhes em 2011. Este um dos pilares do nosso dinamismo.

    Outro pilar, sem sombra de dvida, esse acordo que foi assinado hoje entre os bancos de desenvolvimento dos nossos pases, que permite que ns usemos as nossas moedas nas relaes comerciais entre ns.

    Alm disso, a definio de um grupo de trabalho para estudar o banco dos BRICS tambm um indcio muito positivo dessa disposio dos BRICS de investir em projetos produtivos e de infraestrutura.

    Dessa maneira, ns transmitimos ao mundo uma mensagem que eu acredito ser muito positiva. Essa mensagem : crescer, gerar empregos, distribuir renda possvel e, sobretudo, necessrio. So temas prioritrios para todos os pases BRICS.

  • 26

    Manifestei aos meus colegas a disposio brasileira de contribuir, por meio do Fundo Monetrio, para a soluo coletiva da crise, se isso for necessrio, que deve ser acompanhada de avanos concretos tambm na reforma das instituies financeiras.

    A legitimidade e a efetividade dos organismos internacionais, dos organismos financeiros depende da capacidade de representar o peso de nossas economias no cenrio econmico internacional. Alm disso, a reforma da governana econmico-financeira mundial, ela deve ser acompanhada pela melhoria da governana poltica, incluindo o Conselho de Segurana da ONU.

    Eu reitero a opo brasileira pela diplomacia preventiva como estratgia para reduzir o risco de conflitos armados e a perda de vidas humanas. Nosso governo, do Brasil, repudia a violncia, as violaes de direitos humanos e, ao mesmo tempo, contra toda a escalada retrica de violncia e toda a poltica de bloqueio que no seja definida no ambiente do direito internacional e das Naes Unidas.

    Ns coincidimos com a urgncia de solucionar pacificamente todos os conflitos armados, em especial a questo palestina, imprescindvel e inadivel para a paz em toda aquela regio.

    Queridos colegas,

    Brasileiros, russos, indianos, chineses e sul-africanos so to diferentes em suas ricas culturas quanto iguais em seu desejo de desenvolvimento pleno. Essa diversidade o nosso maior patrimnio. Por isso, reiterei tambm a meus colegas o convite para a Conferncia das Naes Unidas sobre Desenvolvimento Sustentvel, que um ponto em comum entre todos ns. O engajamento dos BRICS na Rio+20 vai contribuir para a construo de um novo paradigma de desenvolvimento baseado na incluso social, no respeito ao meio ambiente e no crescimento econmico.

    Muito obrigada, e espero que ns todos nos vejamos no Rio de Janeiro, em junho, nos dias 20, 21 e 22.

  • 27

    http://eng.kremlin.ru/transcripts/3608 Dmitry Medvedev - Presidente da Rssia Russian President's address at the BRICS Summit

    Colleagues,

    Your Excellency Prime Minister Manmohan Singh,

    Your Excellency President Dilma Rousseff,

    Your Excellency President Hu Jintao,

    Your Excellency President Jacob Zuma,

    Ladies and gentlemen,

    First of all, I would like to express my gratitude to Prime Minister Manmohan Singh for the warm welcome and excellent organisation of the summit.

    Based on my three years of experience participating in the establishment and development of our association, I would like to take this opportunity to share the vision of its long-term prospects at this expanded meeting, because the specific issues of global economic policy, the international financial situation, the Millennium Development Goals and a number of political matters were discussed at the restricted meeting.

    I am sure you will agree with me that the progress made by our forum in such a short time is both indicative and deserves respect. Not only did we succeed in establishing this association but it has become a global-scale forum. A dozen formats for intergovernmental cooperation are already working productively, and today we have set the stage for the development of new formats.

    The business community is increasingly becoming involved in BRICS activities, as well as the academia, the regions that make up our countries, and nongovernmental organisations. All this makes up the practical aspect of our association.

    I believe that the similarity of our vital interests is the reason for the success of the BRICS project. We are all interested in reforming the outdated global economic and financial system. This reform has been in progress for some time but today we have expressed our dissatisfaction with the pace at which it is proceeding, and this is reflected in the draft of our declaration.

    "A gradual transformation of BRICS into a fully-developed mechanism of interaction on major issues in global economy and politics could become our strategic goal."

    This system still disregards the global economic role played by the BRICS nations, as well as other countries with emerging markets. At the same time our economies are mutually complementary, while our social systems, our civil

  • 28

    societies face similar challenges related to the modernisation of many spheres of public life.

    It is also essential that the members of this group of five are committed to the principles of international law in the classic sense of the word. We cannot accept the policy of military pressure and infringement on the sovereignty of other countries.

    All of this allows us to predict the successful development of BRICS. In the future, our organisation can become one of the key elements in the global governance system. Russia believes that BRICS must be positioned as a new model of relations, which is not based on stereotypes or structures such as bridges or mediators. This approach to the alliance of countries with a total population of nearly 3 billion people deliberately restricts their independence in implementing coordinated policies on the international arena. And now, in addition to economic issues, we are discussing international politics and the challenges facing humanity today.

    A gradual transformation of BRICS into a fully-developed mechanism of interaction on major issues in global economy and politics could become our strategic goal. Such a step forward is only possible through joint efforts on the concept. I would like to suggest that our Foreign Ministers begin this work.

    The adoption of the forums foreign relations strategy is also long overdue as it will help anchor the BRICS in the international relations system, to expand and strengthen the gravitational field which is already being formed around our five countries.

    There is a need for an ongoing dialogue with major developing countries and emerging regional organisations. We must also work more closely with the United Nations. This is due to what I said earlier: we are committed to the classical interpretation of international law principles.

    I believe one of the BRICS priorities for the coming years is preserving and strengthening the central role of the UN Security Council in maintaining peace and security in the world, as well as preventing the manipulation of the UN to cover up the policy of toppling unwanted governments and imposing unilateral solutions to conflict situations. Russia supports India, Brazil and South Africa as strong candidates for membership in the UN Security Council.

    "The forums foreign relations strategy will help anchor the BRICS in the international relations system. There is a need for an ongoing dialogue with major developing countries and emerging regional organisations. We must also work more closely with the United Nations."

    We favour the mechanism of dialogue, and in the future the coordination of practical efforts in the field of international security. Such a mechanism could include regular meetings of senior representatives in charge of national security issues, as well as expert consultations.

    Today as I said we discussed the global financial situation, but the reform of the international monetary and financial system remains an important area of BRICS states cooperation.

  • 29

    We will continue to promote the strong, sustainable and balanced growth of the world economy, contribute to the completion of the current stage of the International Monetary Fund reform and the creation of a more representative, stable and predictable system of international reserve currencies.

    These challenges are currently being tackled mainly through the efforts of the G20. Therefore we must take advantage of our association to strengthen the position of the G20 and to promote coordinated approaches.

    We consider it essential to strengthen the role of national currencies in mutual settlements between the BRICS countries. This is the aim pursued by the General Agreement on Granting Loans in National Currencies as Part of the Mechanism of the BRICS States' Inter-bank Cooperation and the Multilateral Letter of Credit Agreement, which will be signed at the end of our meeting.

    The mineral resources of our countries are a huge potential for growth for the global economy as well as for our national economies. However, this area does not only present growth opportunities but also problems for our development, as we noted today. Therefore, time has come to launch dialogue on the balanced development of these sectors, not only in a bilateral format but also in the BRICS format.

    We must communicate more directly too in the field of emergency humanitarian response. We advocate the creation of an appropriate BRICS mechanism for exchanging experiences, joint exercises and coordination in emergency situations, as they periodically happen in each of our countries. Unfortunately, life is the way it is and we are to share best practices and exchange experiences in order to prevent or localise such situations.

    Russia would like to propose that we invigorate our efforts on drafting a multilateral intergovernmental agreement on cultural cooperation. This is also a very important part of our lives. Our countries have unique cultures, and communication between people is an extremely important area we should work on.

    In general, we should be more active, and perhaps considerably more active, in helping our business communities look for opportunities for multilateral cooperation. It gives me great satisfaction to note that the BRICS Business Forum is taking place on the sidelines of this summit. The first informal meeting was held in Rio de Janeiro, followed by another in Sanya, China in 2011. The forums agenda is very extensive. We hope that our business communities will learn to listen to and hear each other as well as we do.

    At the Sanya summit one year ago I put forward the initiative to establish a BRICS business council. This work has begun but it should be accelerated. Perhaps we should offer some authoritative, and experiences entrepreneurs from our countries to create a team to move this work forward, so that we have a full-fledged BRICS business association by the next summit.

    Colleagues, I would like to thank you once again for fruitful cooperation. It has made it possible for all of us to participate in building a 21st century system of international relations and offers opportunities for promising new contacts. Our efforts have a single purpose: the welfare of the people living in our countries. Thank you for your attention and I wish you success in our activities.

  • 30

    http://www.brics.utoronto.ca/docs/120329-hu-statement.html

    Hu Jintao - Presidente da China

    Strengthen Mutually Beneficial Cooperation to Create a Better Future

    Dear Prime Minister Manmohan Singh and colleagues:

    I am pleased to meet again in New Delhi to thank Prime Minister Manmohan Singh and the Government of India-based meeting made thoughtful arrangements.

    The world today is undergoing great changes and major adjustments affect world peace and stability in international and regional hotspot issues keep emerging world economic recovery faced with many uncertainties and destabilizing factors, international development issues are very prominent, but for peace, development, and promote cooperation of the times did not change, and build a lasting peace, common prosperity and harmony of the world is still the desire of the people.

    In this important historical period, a number of emerging markets and developing countries to seize opportunities and accelerate development, and actively explore the path of development in line with their national conditions, advocate democracy in international relations, harmony, seeking win-win cooperation in the process of economic globalization promote cooperation, solidarity, cooperation and seek development, not only changing aspects of life of over 30 billion people, but is increasingly becoming an important force to promote South-South cooperation and North-South cooperation.

    We believe that the development of developing countries to improve the productivity of human society as a whole, more balanced world economy, international relations, global governance more effective, more lasting world peace and the international community should focus on the current, long-term perspective and jointly developing countries to create a favorable environment for development.

    Dear colleagues!

    BRIC is an important part of the extended family of emerging market and developing countries, is a positive force for maintaining world peace and promoting common development(http://www.agile-news.com/). BRIC cooperation started not long ago, but has formed a multi-level, wide-ranging cooperation framework receive substantial benefits, so that the peoples of the BRIC countries, the BRIC countries is a new starting point that we should seriously consider and explore how the future to forge ahead to promote the BRIC cooperation to the next level. Here, I would like to propose the following.

    First, adhere to the common development and common prosperity. BRIC countries accounted for 40 percent of the world's population accounted for nearly 20 percent of the world's total economic output, foreign trade accounted for 15% of the world. We insist to run their own affairs and keep the economy

  • 31

    growth, the good momentum of improving people's livelihood, which in itself is a major contribution to the world economic recovery and growth.

    Second, equal consultation, deepening political mutual trust. BRIC countries are an important force in safeguarding regional and world peace and stability through dialogue and exchanges to enhance mutual political trust, fully take care of each other's major interests and concerns of the international community of mutual respect, equality model of consultation, good friends and good partners forever. vigorous cooperation to push forward the issues on which consensus has formed, and find it difficult to form a consensus, should be gradual accumulation of the conditions for cooperation(News News http://www.agile-news.com/).

    Third, the pragmatic cooperation, and lay a solid foundation for cooperation. Pragmatic cooperation is the important support of the BRIC countries will not cooperate. BRIC countries have different national conditions, the development of many different forms, which is complementary advantages, to promote mutually beneficial cooperation opportunities. The principles of practical and highly effective efforts to make cooperation in various fields to play its due role in consolidating the BRIC countries cooperation in the economic, social, and public opinion. To implement the consensus we have reached to strengthen consultation and cooperation of fiscal and financial sector, the current grasp realistically the content of cooperation, build brand items, and tap potential for cooperation, enrich cooperation content.

    Fourthly, international cooperation and promoting world development. BRIC countries should strengthen communication and exchanges with the rest of the world, sharing the fruits of cooperation to promote global economic governance reforms, the increase in emerging market and developing countries, representation and voice. to jointly promote South-South cooperation and North-South dialogue, to do the defenders of the interests of developing countries should strengthen communication and coordination in the field of international economic, financial, trade, development, and jointly promote the world's economy is strong, sustainable and balanced growth to strengthen in communication and coordination in the Group of Twenty, the United Nations and other multilateral mechanisms, reflecting the attention and support of the BRIC countries to multilateralism.

    I believe that a cooperation framework for continuous improvement, the results of cooperation richer BRIC cooperation mechanism is conducive to enhancing the welfare of the people of the Member States are also bound to the world peace, stability, prosperity, and make greater contribution.

    Dear colleagues!

    After 30 years of development of reform and opening up, China has achieved remarkable development achievements. China's rapid development, not only to the 1.3 billion Chinese people out of poverty, but also for the world to create development opportunities. The same time, China's economy maintained steady and rapid development faced with many challenges, China is the world's largest developing country, China will firmly grasp the theme of scientific development, to accelerate the economic development pattern and economic restructuring, vigorously expand domestic demand, to ensure and improve people's livelihood and maintain economic stable and rapid development, and maintaining social harmony and stability.

  • 32

    No matter how the international situation changes, China will always hold high the banner of peace, development and cooperation, unswervingly follow the road of peaceful development, unswervingly pursue a win-win-win strategy of opening up, to achieve their own development and is committed to promoting common development, China firm support for the BRIC countries to adhere to through thick and thin with the developing countries, together with one heart.

    Thank you!

  • 33

    http://www.thepresidency.gov.za/pebble.asp?relid=5877 Jacob Zuma - Presidente da frica do Sul

    Joint Press Conference Media Statement by President Zuma on the conclusion of the BRICS Summit, New Delhi, India

    Your Excellency Prime Minister Singh

    Your Excellencies, Presidents Rousseff, Medvedev and Hu, Ladies and gentlemen of the media,

    It has been a great honour for South Africa to participate in the Fourth BRICS Summit. The summit has been very successful.

    The Delhi Declaration will reinvigorate our collective resolve to find global solutions to global challenges.

    We are pleased that BRICS Leaders will continue to support Africa and South Africas comprehensive infrastructure development programmes, as part of supporting sustainable development and prosperity.

    We welcome the decision to prepare a new BRICS-led Development Bank forinclusive and sustainable development projects.

    This development is welcomed by many other African leaders as it will support our priority infrastructure projects as well as trade and investment opportunities with ourBRICS partners.

    Such a bank has great potential to help us create good jobs in developing countries. We also discussed the need to support an open and merit-based process for the selection of the new President of the World Bank.

    With regards to global governance, we reflected on the comprehensive reform that is required of global decision-making structures, to better reflect the current realities of a multi-polar world.

    This is particularly critical when we speak of the United Nations.

    We have also discussed today peace and stability and the situation in the Middle East and North Africa. This requires more than ever, strong global governance. As BRICS leaders we also discussed the important issues of food security. African agriculture is especially vulnerable to climate change as well as other challenges such as energy security and rapid urbanization as all these are fundamental to ensuring the well-being of our people.

    The achievement of the Millennium Development Goals by 2015 has entered a critical stage and the deadline should not be postponed.

  • 34

    On the matter of inclusive growth, we are concerned about the current impasse in WTO trade negotiations, and the threat to the Doha Development Agenda. Developing economies are under pressure to offer additional and unreciprocatedaccess to their markets in industrial products and services, in exchange for moderate reforms in agricultural protectionism. This is unfair, un-mandated and anti-development.

    Excellencies Distinguished guests,

    We would like to thank Prime Minister Singh and the Government of India for the excellent arrangements and warm hospitality.

    South Africa looks forward to hosting the fifth BRICS Summit in 2013.

    I thank you.

  • NOTCIAS

  • 36

    http://www.aarffsa.com.br/noticias4/31031206.pdf O Globo - O Baro e os BRICS - 31/03/2012 PAULO NOGUEIRA BATISTA JR. Na quinta-feira, ocorreu a quarta cpula dos lderes dos Brics (Brasil, Rssia, ndia, China e frica do Sul) em Nova Dehli. O encontro teve grande repercusso internacional. O "Financial Times", por exemplo, publicou ontem reportagem de primeira pgina sob o ttulo "Brics pedem mais poder no FMI". O "Washington Post" destacou a oposio dos Brics retrica de ao militar contra o Ir e a Sria. Na "Declarao de Dehli", que formaliza os resultados da cpula, os Brics trataram extensamente de temas econmicos e financeiros. Indicaram a sua insatisfao com o funcionamento do Banco Mundial e do FMI, acolheram positivamente os dois candidatos de pases em desenvolvimento presidncia do Banco Mundial, e iniciaram a discusso de um possvel novo Banco de Desenvolvimento para financiar projetos nos Brics e em outros pases em desenvolvimento, entre diversos outros temas. Os lderes dos Brics expressaram, por exemplo, preocupao com o ritmo lento das reformas das cotas e da governana do FMI e enfatizaram que os esforos em andamento para aumentar a capacidade de emprstimo do Fundo somente sero bem-sucedidos se houver confiana de que todos os membros da instituio esto verdadeiramente empenhados em reform-la (ntegra em www.itamaraty.gov.br). A Declarao de Dehli foi forte, e at contundente em certos aspectos, mas h muita controvrsia sobre o real significado dos Brics. Os crticos e cticos sustentam que o agrupamento artificial, mais emblema ou sigla do que realidade poltica. Apontam para as enormes diferenas entre os integrantes e duvidam de que os cinco pases possam, de fato, atuar de forma coordenada. "Tigre de papel", dizem alguns. inegvel que as dificuldades de coordenao dos Brics so considerveis. Sou testemunha, pois tenho participado, desde 2008, desse processo no mbito do FMI e do G-20. Quando cheguei a Washington, em 2007, os Brics no existiam como realidade poltica. Na poca, era realmente uma mera sigla (inventada por um economista do Goldman Sachs). Na diretoria do FMI e no G-20, a atuao conjunta dos quatro pases (a frica do Sul s se juntou ao grupo em 2011) comeou em 2008, por iniciativa da Rssia. A primeira cpula dos lderes realizou-se em Yekaterinburgo, na Rssia, em 2009. Os Brics tm altos e baixos, momentos de proximidade e de distncia, mas uma coisa certa: esta tem sido a nossa principal aliana desde 2008, pelo menos no que se refere a G-20 e FMI.

  • 37

    O diretor-executivo da Rssia no FMI, que est aqui h 20 anos, disse em seminrio recente na Brookings Institution, em Washington, que o surgimento dos Brics foi a maior mudana na governana do FMI desde a sua chegada diretoria da instituio. Posso confirmar. De fato, a nossa atuao conjunta tem sido uma alavanca importante em vrios temas estratgicos. O que os Brics tm em comum, para alm de todas as diferenas, fundamentalmente o seguinte: so pases de mercado emergente de grande dimenso econmica, geogrfica e populacional. Por isso mesmo, todos eles tm capacidade de atuar com autonomia em relao s potncias ocidentais - EUA e Europa. Isso vale sobretudo para os quatro integrantes originais do grupo, mas, creio, que crescentemente tambm para a frica do Sul. O chanceler Antonio Patriota acertou em cheio, no meu entender, quando comparou a coordenao entre os Brics nossa aproximao com os EUA no incio do sculo XX, poca do Baro do Rio Branco. "Um grande legado do baro", disse Patriota, " a capacidade de apreenso das mudanas. Na poca em que o dinamismo econmico e o eixo de poder mudavam da Europa para os Estados Unidos, ele teve a capacidade de estabelecer uma boa relao com os EUA. Transferindo para hoje, o movimento equivalente a coordenao com os Brics."

  • 38

    http://www.msia.org.br/os-brics-e-a-nova-arquitetura-global/

    MSIa - Os BRICS e a nova arquitetura global - 30/03/2012

    A quarta reunio de cpula do grupo BRICS, em 28-29 de maro, na capital indiana Nova Dlhi, foi marcada pela expectativa em torno da discusso sobre a criao de um banco de desenvolvimento do bloco formado pelo Brasil, Rssia, ndia, China e frica do Sul. A proposta, feita pelo governo indiano, aps uma sugesto de dois ex-economistas-chefes do Banco Mundial, Nicholas Stern e o Prmio Nobel Joseph Stiglitz, recebeu o endosso imediato do governo sul-africano e, embora as discusses a respeito ainda se encontrem em estgio embrionrio, representa um claro indicador das rpidas transformaes em curso no cenrio global.

    A importncia da iniciativa se destaca no contexto da necessidade da reconfigurao do sistema financeiro e monetrio internacional, com base em um restabelecimento do princpio do crdito produtivo, objetivo que interessa a todos os integrantes do grupo, a despeito das diferenas de interesses entre eles. No obstante, tais discrepncias podem diminuir consideravelmente, se o bloco conseguir estabelecer uma agenda compartilhada de desenvolvimento fsico, para a qual o banco de fomento desempenharia um papel fundamental. Ao mesmo tempo, esta perspectiva daria ao bloco uma estatura global de natureza cooperativa, com enorme potencial de sinalizao de um novo rumo de desenvolimento e convivncia pacfica para toda a Humanidade, em contraste com o belicoso e falido modelo anglo-americano.

    Nesse contexto, a perspectiva de criao de um BNDES dos BRICS, voltado para o financiamento de projetos de desenvolvimento nos pases do bloco e at mesmo fora dele, se manifesta em paralelo com o processo sucessrio no Banco Mundial, no qual, pela primeira vez, se apresentam candidatos dos pases em desenvolvimento para desafiar o histrico e obsoleto arreglo que assegura o posto aos EUA, enquanto um europeu ocupa a direo do Fundo Monetrio Internacional (FMI). Apesar de o bloco no ter uma posio unificada no processo eleitoral, o simples fato de estarem discutindo a formao de um novo banco de fomento internacional, fora do tradicional eixo de poder EUA-Europa, no apenas denota o vasto potencial de ao conjunta do grupo, como tambm j causa de preocupaes nas capitais que tm moldado o cenrio global nas ltimas dcadas.

    Essa percepo se mostra no custico artigo de Walter Ladwig, pesquisador visitante do Royal United Services Institute (RUSI), um dos mais tradicionais centros de estudos de segurana e defesa britnicos, publicado em 26 de maro no International Herald Tribune. No texto, intitulado Um bloco artificial construdo sobre uma frase de efeito, ele afirma:

    A barreira para a ao coletiva das naes do BRICS no a falta de uma estrutura institucional, mas a incompatibilidade fundamental dos seus interesses. Como resultado, o estabelecimento de corpos organizacionais permanentes no aumentar a coeso ou coordenao poltica do agrupamento. As grandes economias emergentes que se reuniro em Nova Dli, certamente, delinearo a governana global, no futuro. Mas isto se dar como naes individuais, e no como um bloco artificial fundado em cima de uma

  • 39

    frase de efeito do [economista-chefe Jim O'Neill, do banco] Goldman Sachs.

    Efetivamente, os BRICS esto longe de formar um grupo minimamente homogneo e, certamente, tm interesses nacionais que so, em grande medida, divergentes entre si. O papel ascendente da China como locomotiva econmica e industrial, por exemplo, visto com preocupao, pela Rssia, ndia e Brasil, sendo que os dois primeiros no ocultam tambm os seus temores de ordem estratgica e militar, em relao ao poderoso vizinho. J a frica do Sul enxerga o gigante asitico como uma grande oportunidade para a frica, qualificando-se para atuar como uma plataforma de acesso privilegiado dos investimentos chineses no continente.

    A prpria ideia de criao do banco tem suscitado o receio de que Pequim queira impor o seu peso econmico para dominar a instituio e utiliz-la para consolidar o renminbi como moeda de referncia internacional, como alternativa ao debilitado dlar estadunidense. Sem esperar pelo banco, em meados de maro, o governo chins anunciou que, na cpula, dever ser assinado um acordo entre os bancos de desenvolvimento nacionais, para permitir a concesso de emprstimos interbloco nas respectivas moedas do qual, obviamente, a China ser a principal beneficiria (Russia & India Report, 19/03/2012).

    Entretanto, interesses especficos parte, o bloco poder exercer uma grande influncia na configurao de uma dinmica diferente para os processos internacionais, em especial, quanto a uma nova arquitetura econmico-financeira global, para o que um banco de fomento prprio seria um importante instrumento. claro que no se trata de substituir uma hegemonia pela outra, por exemplo, com a troca do dlar pelo renminbi. Igualmente, no vivel a extrapolao do presente modelo que confere China e ndia os papeis de grandes fornecedoras de manufaturas e servios de baixo custo para todo o mundo, que j mostra visveis sinais de exausto, acarretando uma pletora de tenses e problemas, tanto em mbito internacional, como dentro dos dois pases. Ainda assim, h um grande campo de possibilidades de atuao conjunta a ser explorado.

    Como afirmou o embaixador indiano em Moscou, Ajai Malahotra, em entrevista Rdio Voz da Rssia (26/03/2012), os membros do bloco compartilham uma viso comum de um mundo de crescimento inclusivo e prosperidade, buscando, baseados em regras, uma ordem mundial estvel e previsvel, em uma poca em que a cincia e a tecnologia e o conhecimento tornaram-se o principal determinante da riqueza e do poder de uma nao. H, portanto, um foco maior dentro do BRICS para gerar atividades de cooperao em que se desenvolvem sinergias entre nossas foras, ajudando a promover a partilha de experincias nas reas de capacitao, educao e desenvolvimento de competncias, destacou.

    No por acaso, observou o diplomata, o tema selecionado para a cpula Parceria BRICS para a Paz Global, Segurana e Prosperidade.

    Uma amostra de tais possibilidades foi proporcionada pela ONG estadunidense Global Health Strategies Initiatives (GHSi), que acaba de divulgar o estudo Paradigma em mudana: como os BRICS esto reformatando a sade e o desenvolvimento globais. No documento, os autores afirmam que, no perodo entre 2005 e 2010, os membros do grupo ampliaram as suas iniciativas de assistncia internacional a uma taxa mais de dez vezes superior aos pases do

  • 40

    G-7, embora estes ainda sejam os maiores contribuintes de tais esforos em mbito mundial.

    Durante a crise financeira, a maior parte dos pases do BRICS conseguiu manter seu crescimento econmico e aumentar a cooperao internacional, enquanto alguns doadores tradicionais reduziram ou ficaram no mesmo patamar de gastos em termos de ajuda externa, disse David Gold, diretor-executivo da GHSi (BBC Brasil, 26/03/2012).

    Segundo ele, os BRICS esto estabelecendo novos modelos para cooperao que desafiam a forma como vemos a ajuda externa. De forma geral, eles no se veem como doadores tradicionais. Em vez disso, eles enfatizam a cooperao Sul-Sul e programas que deixem um legado de qualificao e de transferncia de tecnologia, alm de usar lies de sua prpria experincia em relao sade.

    Da mesma forma, Gold destaca que os cinco pases tambm j esto coordenando esforos em setores como agricultura, cincia e tecnologia, alm de investirem em pesquisa e desenvolvimento, o que poderia ter impactos diretos em pases pobres. No longo prazo, os BRICS representam uma potencial fonte de novos recursos e inovao para o desenvolvimento e a sade globais, completou.

    evidente que no se pode esperar que os BRICS atuem como um contraponto ostensivo ao modelo hegemnico anglo-americano, baseado no dlar como moeda de referncia e na supremacia financeira e militar, mas tambm parece bvio que a mera existncia do grupo tende a proporcionar oportunidades para a ascenso de um novo paradigma civilizatrio, mais fundamentado na cooperao que na confrontao, com um novo sistema financeiro que volte a funcionar a servio da economia real e oferea uma alternativa real de sada para a presente crise sistmica global. Talvez, se esta percepo se disseminar entre as lideranas e sociedades dos membros do bloco, ele poder firmar-se como uma slida referncia mundial para um necessrio impulso de mudana de rumo e Jim ONeill poder ver concretizada a sua profecia bem antes do que imaginou.

  • 41

    http://portuguese.ruvr.ru/2012_03_30/70143019/

    VOZ DA RSSIA - Grupo BRICS prepara reviravolta financeira mundial - 30/03/2012 A Rssia e os seus parceiros no grupo BRICS, isto , o Brasil, a ndia, a China e a frica do Sul, - exigem a alterao das regras do jogo no Fundo Monetrio Internacional, no Banco Mundial e no comrcio mundial em geral. Esta posio foi formulada na Declarao de Deli, aprovada quinta-feira na base dos resultados da cpula, promovida na capital indiana.

    foto: EPA

    Os chefes de cinco pases esto descontentes com o ritmo lento de reforma das cotas no Mundo Monetrio Internacional. Exigiram que o quinteto tenha mais votos no Fundo j neste ano. Na declarao de Deli se ressalta que a capacidade do Fundo de fornecer crditos vai depender da concesso de direitos iguais a todos os seus membros. Na opinio de Maksim Braterski, o Ocidente ignora os acordos sobre a redistribuio dos votos a favor dos pases com mercados em estado de emergncia rpida.

    "O surgimento desta questo no de hoje, nem de ontem. H uns dois ou trs anos os pases membros do grupo BRICS reclamaram em G 20 que as suas economias no tinham no sistema de gesto do Fundo Monetrio Internacional a representao que fosse proporcional ao seu peso especfico. A posio a favor da redistribuio das cotas foi bastante bem concatenada e potente, o que resultou em certas alteraes: a China e a ndia conseguiram um nmero um pouco maior de votos e de aes. A Rssia, em princpios, no ganhou nada. Com efeito, este processo avana devagar. Talvez seja justa a vontade dos pases-membros do grupo BRICS de conseguir uma redistribuio mais decisiva de cotas."

    Os lderes de BRICS esto preocupados tambm com o ritmo lento de reforma do Banco Mundial. Eles exortam a transform-lo de instituto-intermedirio entre o Norte rico e o Sul pobre em um mecanismo que estimule a parceria em p de igualdade. Isto permitir resolver com maior xito problemas de desenvolvimento global e superar a diviso, - consagrada durante dezenas de anos, - de membros do Banco Mundial em doadores e recetores.

    Em vista disso, a Rssia e os seus parceiros no grupo BRICS consideram que no processo de eleio do novo presidente deste banco pode-se dar incio ao processo de transformao do Banco Mundial em instituio multilateral. Os

  • 42

    lderes do grupo BRICS confirmaram que os dirigentes do Banco Mundial, da mesma maneira que os dirigentes do Fundo Monetrio Internacional, devem ser eleitos numa base alternativa e aberta, em conformidade com as suas qualidades profissionais. A poca em que os EUA exerciam tradicionalmente o monoplio de direo destas estruturas deve acabar.

    A cpula de Deli acusou os pases ricos de a sua poltica desestabilizar a economia mundial e ter provocado a crise financeira global. Os lderes do grupo BRICS apontaram, em particular que a poltica monetria dos EUA proporciona vantagens unilaterais ao Ocidente rico, impondo ao mesmo tempo barreiras ao desenvolvimento das demais partes do mundo. Em vista disso, o quinteto deu um importante passo rumo a um sistema monetrio multipolar. O banco Vnesheconombank da Rssia e instituies anlogas dos outros pases deste grupo assinaram um acordo sobre a concesso mtua de crditos em moedas nacionais. Isto vai diminuir os riscos que surgem em casos de oscilaes bruscas da taxa de cmbio e injeo de uma grande quantidade de dlares nos mercados financeiros mundiais, baixando, ao mesmo tempo, o valor dos contratos. A colaborao financeira do quinteto nesta base permite-lhe criar o seu prprio Banco de Desenvolvimento. De um modo geral, a cpula de Deli constatou a posio mais decidida do BRICS para com a reforma do sistema financeiro do mundo.

  • 43

    http://www.dirigida.com.br/news/pt_br/brics_um_plano_de_acao_de_reforco_do_poder_do_grupo_expresso/redirect_8076375.html

    Exame Expresso - BRICS: um "plano de ao" de reforo do poder do grupo - 05/04/2012 A cimeira de New Deli foi desvalorizada pelos "ocidentais", mas foram tomadas medidas concretas de reforo das relaes entre os cinco pases que tero impacto negativo na Europa e Japo e exercero clara presso nas Naes Unidas, FMI e Banco Mundial. JORGE NASCIMENTO RODRIGUES

    "Foi notvel a hostilidade visvel nos media ocidentais, prvia a esta cimeira. Quase todas as opinies e comentadores sublinharam que os BRICS no tm futuro e que estariam longe de encontrar um denominador comum", refere-nos Oliver Stuenkel, professor de Relaes Internacionais na Escola de Histria e Cincias Sociais da Fundao Getlio Vargas (FGV), em So Paulo. Stuenkel participou nas reunies prvias preparatrias da cimeira de Nova Deli, que se realizou na semana anterior ao encontro, e veio otimista sobre a dinmica criada, ao fim de trs anos depois da primeira cimeira na Rssia.

    Apesar do coro de crticas a ocidente, ficou clara a determinao dos BRICS, diz o economista indiano Soumodip Sarkar, professor na Universidade de vora, que sublinha: "A cimeira teve um impacto nos media globais onde os BRICS mostraram ao mundo que o poder mudou. Devemos esperar, tambm, que estes pases se tornem mais determinados nos assuntos internacionais". Um plano de ao Uma das novidades aprovadas, agora, foi o "Plano de Ao de Deli", com 17 pontos, que aponta, como refere o professor da FGV, para "um reforo dos laos a todos os nveis entre os cinco pases". As reunies multilaterais a nvel ministerial e de especialistas passam a ser regulares em diversas reas e as consultas entre diplomatas nas misses permanentes dos BRICS em Nova Iorque, Viena e Genebra, cidades onde esto sediadas importantes organizaes internacionais, sero acionadas sempre que necessrio. A este nvel, o Plano de Ao prev o reforo das relaes nas questes de energia e acadmicas. Mas na rea das relaes comerciais e financeiras que esta cimeira deu um passo em frente, consideram os especialistas ouvidos pelo Expresso. "Os lderes dos BRICS reconheceram em profundidade o significado de dar passos pragmticos para promover a cooperao bilateral no comrcio, no investimento e na rea financeira", sublinha o economista chins Xu Hongcai, professor de Finanas em Pequim e diretor no China Center for International Economic Exchanges, um dos mais importantes think tanks chineses. Ele destaca os mecanismos que vo ser montados entre bancos centrais, entre bancos ligados

  • 44

    ao comrcio externo e ao desenvolvimento, e entre as bolsas respetivas. O ponto 18 do comunicado final de Deli refere a conclus