material de apoio direito ambiental 2012-01

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DIREITO AMBIENTAL

MDULO I

1. Conferncia de Estocolmo de 1972 - Contedo da Declarao

I INTRODUO AO DIREITO AMBIENTAL

2. Conferncia do Rio de Janeiro sobre meio ambiente e desenvolvimento - Contedo da Declarao - Agenda 21 - Rio + 10

3. Protocolo de Kyoto - Contedo da Declarao - Legislao aplicvel

II DIREITOS MATERIAIS 1. Direitos Difusos DIFUSOSdireitos individuais, passou a - Art. 225 da CF autorizou a tutela dosadmitir a tutela de direitos coletivos, porque compreendeu a existncia de uma terceira espcie de bem: o bem ambiental. - Lei n. 8.078/90 definiu os direitos metaindividuais (direitos, difusos, coletivos e individuais homogneos) e acrescentou a utilizao da ao civil pblica para a defesa de qualquer interesse difuso e coletivo. - Lei n. 8.078/90, art. 81 - Transindividualidade - Indivisibilidade - Titulares indeterminados e interligados por circunstncias de fato 2. Direitos Coletivos Stricto Sensu - Lei n. 8.078/90, art. 81, nico, inciso II - Transindividualidade e determinabilidade dos titulares - Indivisibilidade do objeto 3. Direitos Individuais Homogneos - Lei n. 8.078/90, art. 81, nico, inciso III - Critrio de distino dos direitos

III SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE1. Caractersticas do SISNAMA 2. Estrutura - Conselho de Governo - Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) * Competncias do CONAMA * Composio do CONAMA - Ministrio do Meio Ambiente (MMA) * Composio do Ministrio do Meio Ambiente - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (IBAMA) - Instituto Chico Mendes de Conservao da Biodiversidade - rgos e entidades estaduais - rgos e entidades municipais

MDULO II

I POLTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE1. Introduo - O art. 225 da CF estabelece quatro concepes fundamentais no mbito do direito ambiental: a) de que todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado; b) de que o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado diz respeito existncia de um bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, criando em nosso ordenamento o bem ambiental; c) de que a CF determina tanto ao Poder Pblico como coletividade o dever de defender o bem ambiental, assim como o dever de preserv-lo; d) de que a defesa e a preservao do bem ambiental esto vinculadas no s s presentes como tambm s futuras geraes.

2. Viso Antropocntrica do Direito Constitucional Ambiental - A pessoa humana como destinatria do Direito Ambiental - A vida em todas as suas formas como destinatria do Direito Ambiental3. Definio legal de Meio Ambiente - Lei n. 6.938/81, art. 3, inciso I 4. Classificao do Meio Ambiente - Meio Ambiente Natural: Art. 225, da CF - solo, gua, ar, fauna e flora. - Meio Ambiente Artificial: compreendido pelo espao urbano construdo, consistente no conjunto de edificaes (espao urbano fechado), e pelos equipamentos pblicos (espao urbano aberto) (Celso Antnio Pacheco Fiorillo). - Meio Ambiente Cultural: Art. 216 da CF - Meio Ambiente do Trabalho: Complexo de bens imveis e mveis de uma empresa ou sociedade, objeto de direitos subjetivos privados e inviolveis da sade e da integridade fsica dos trabalhadores que a freqentam (Franco Giampetro) * Art. 200, VIII, da CF - Patrimnio Gentico

5. Princpios do Direito Ambiental na CF/88 - Art. 225 da CF - Princpio do Desenvolvimento Sustentvel * art. 225, caput da CF * recursos esgotveis * art. 170, VI * Princpio 1 da Declarao do Rio de 1992: Os seres humanos esto no centro das preocupaes com o desenvolvimento sustentvel. Tm direito a uma vida saudvel e produtiva em harmonia com a natureza. - Princpio do Poluidor-Pagador: art. 225, 3o * Princpio 16 da Declarao do Rio de 1992: As autoridades nacionais devero esforar-se por promover a internalizao dos custos ambientais e a utilizao de instrumentos econmicos, tendo em conta o princpio de que o poluidor dever, em princpio, suportar o custo da poluio, com o devido respeito pelo interesse pblico e sem distorcer o comrcio e investimento internacionais. - Princpio da Preveno * foi elevado categoria de megaprincpio * conscientizao atravs da educao * Princpio 15 da Declarao do Rio de 1992: Para que o ambiente seja protegido, ser aplicada pelos Estados, de acordo com as suas capacidades, medidas preventivas. Onde existam ameaas de riscos srios ou irreversveis no ser utilizada a falta de certeza cientfica total como razo para o adiamento de medidas eficazes em termos de custo para evitar a degradao ambiental.

- Princpio da Participao * ao conjunta * informao ambiental; * educao ambiental Lei n. 9.795/99 (no implementao como disciplina especfica art. 10- 1o) * a poltica nacional de educao ambiental - Princpio da Ubiquidade * Princpio 4 da Declarao do Rio de 1992: Para se alcanar um desenvolvimento sustentvel, a proteo ambiental deve constituir parte integrante do processo de desenvolvimento e no pode ser considerada separadamente. 6. Responsabilidade pelos danos causados ao Meio Ambiente - Art. 225, 3 da CF - Responsabilidade Civil - Responsabilidade Administrativa - Responsabilidade Penal

II BENS AMBIENTAIS1. Introduo - O bem ambiental criado pela CF de 1988, um bem de uso comum, a saber, um bem que pode ser desfrutado por toda e qualquer pessoa dentro dos limites constitucionais. - Para que o bem tenha a estrutura de ambiental, deve ser, alm de uso comum do povo, essencial sadia qualidade de vida. - O povo, quem exerce a titularidade do bem ambiental dentro de um critrio, adaptado viso da existncia de um bem que no est na disponibilidade particular de ningum, nem de pessoa privada nem de pessoa pblica.2. Classificao dos bens quanto titularidade: bem pblico e bem particular 3. A distino entre os bens pblicos e os bens difusos 4. Os bens ambientais - Bem de uso comum do povo - Bem essencial sadia qualidade de vida

5. Piso Vital Mnimo - Art. 6 da CF6. Os bens ambientais atribudos a entes federados - CF, arts. 225, 20 e 26 - Trs categorias de bens: pblicos, privados e os difusos. - A Unio atua como simples administradora de um bem que pertence coletividade, devendo geri-lo sempre com a participao direta da sociedade, tendo o dever de prezar pela sua preservao. 7. Bens Ambientais no Estado Democrtico de Direito e Segurana Nacional - Arts. 1, caput, III e IV; art. 4, I; e 91 da CF - Agresso estrangeira aos bens ambientais e o Sistema Nacional de Mobilizao (Lei n. 11.631/2007)

III COMPETNCIA EM MATRIA AMBIENTAL1. Conceito Competncia a faculdade juridicamente atribuda a uma entidade, rgo ou agente do Poder Pblico para emitir decises. Competncias so as diversas modalidades de poder que servem os rgos ou entidades estatais para realizar suas funes (Jos Afonso da Silva)2. Classificao das Competncias a) Material * exclusiva: art. 21 da CF * comum: art. 23 da CF

b) Legislativa * exclusiva: art.25, 1 e 2 da CF * privativa: art. 22 e nico da CF * concorrente: art. 24 da CF * suplementar: art. 24, 2 e art. 30, II, da CF 3. O Municpio e sua importncia na tutela da sadia qualidade de vida - Municpio adotado como ente federativo arts. 1 e 18 da CF recebeu autonomia, possuindo competncias exclusivas (art. 30 da CF) e organizao poltica prpria (art. 29 da CF) - A Carta Constitucional trouxe importante relevo para o Municpio, particularmente em face do direito ambiental brasileiro, na medida em que a partir dele que a pessoa humana poder usar os denominados bens ambientais, visando plena integrao social, com base na moderna concepo de cidadania.

IV LICENCIAMENTO AMBIENTAL E ESTUDO PRVIO DE IMPACTO 1. Licenciamento Ambiental e Licena Administrativa AMBIENTAL- Licena Administrativa: uma espcie de ato administrativo unilateral e vinculado, pelo qual a Administrao faculta quele que preencha os requisitos legais o exerccio de uma atividade. - Licenciamento Ambiental: o complexo de etapas que compe o procedimento administrativo, o qual objetiva a concesso de licena ambiental. - Resoluo Conama n. 237/97, art. 1, I e II2. Natureza Jurdica do Licenciamento Ambiental - Lei n. 6.938/81, art. 9, IV: licenciamento ambiental um instrumento de carter preventivo de tutela do meio ambiente.

3. Procedimento Administrativo - O licenciamento ambiental feito em 3 etapas: a) outorga da licena prvia (Resoluo Conama n. 237/97, art. 8, I). A licena prvia tem prazo de validade de at 5 anos, conforme o art. 18, I, da mesma resoluo. b) outorga da licena de instalao (Resoluo Conama n. 237/97, art. 8, II). A licena de instalao tem prazo de validade, que no poder superar 6 anos, conforme o art. 18, II, da mesma resoluo. c) outorga da licena de operao (Resoluo Conama n. 237/97, art. 8, III)4. Estudo Prvio de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) - Resoluo Conama n. 1/86 - EIA/RIMA um importante instrumento de proteo do meio ambiente. - RIMA Relatrio de Impacto Ambiental tem por finalidade tornar compreensvel para o pblico o contedo do EIA Estudo de Impacto Ambiental porquanto este elaborado segundo critrios tcnicos.

- Art. 225, 1, IV da CF - Resoluo Conama n. 237/97, art. 11

5. Competncia para o Licenciamento - Resoluo Conama n. 237/97, art. 4, 5, 6, 7 e 20. 6. Audincia Pblica - Obrigatoriedade - Local da Audincia Pblica - Momento do requerimento - Funo da Audincia Pblica7. Prazos para anlise das licenas: - Resoluo Conama n. 237/97, arts. 14 a 17. 8. Prazos de validade das licenas: - Lei 6938/81: art. 9o, IV; art. 10, 1o. - Resoluo Conama n. 237/97, art. 18.

TESTES1) Assinale a alternativa INCORRETA: a) a Floresta Amaznica brasileira, a Mata Atlntica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira so patrimnio nacional, e sua utilizao far-se-, na forma da lei, dentro de condies que assegurem a preservao do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais; b) as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaro os infratores pessoas fsicas a sanes penais e administrativas, somente incumbindo s pessoas jurdicas a obrigao de reparar os danos causados; c) as usinas que operem com reator nuclear devero ter sua localizao definida em lei federal, sem o que no podero ser instaladas; d) para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente equilibrado, incumbe ao Poder Pblico, dentre outras obrigaes, preservar e restaurar os processos ecolgicos essenciais e prover o manejo ecolgico das espcies e ecossistemas.

2) NO instrumento da Poltica Nacional do Meio Ambiente: a) o zoneamento ambiental; b) criao de reas de proteo ambiental; c) o desenvolvimento sustentvel; d) penalidades disciplinares ao no cumprimento de medidas de correo da degradao ambiental.

MDULO III

I ZONEAMENTO AMBIENTAL E ESPAOS ESPECIALMENTE 1. Espaos Ambientais PROTEGIDOS - Os espaos ambientais, tomados em sentido amplo, so aspores do territrio estabelecidas com a finalidade de proteo e preservao, total ou parcial, do meio ambiente. (Jos Afonso da Silva) - Espaos especialmente protegidos * CF, art. 225, 1, I, II, III e IV * Lei n. 9.985/2000, art. 8 - Unidades de Proteo Integral: Estao Ecolgica (art. 9), Reserva Biolgica (art. 10), Parque Nacional (art. 11), Monumento Natural (art. 12) e Refgio de Vida Silvestre (art. 13). * Lei n. 9.985/2000, art. 14 Grupo das Unidades de Uso Sustentvel: reas de Proteo Ambiental (art. 15), reas de Relevante Interesse Ecolgico (art. 16), Floresta Nacional (art. 17), Reserva Extrativista (art. 18), Reserva de Fauna (art. 19), Reserva de Desenvolvimento Sustentvel (art. 20), Reserva Particular do Patrimnio Natural (art. 21)

- Zoneamento Ambiental * Art. 21, XX; 30, VIII; e 182 da CF * Lei n. 6.938/81, art. 9 * Classificao do zoneamento ambiental: zoneamento para pesquisas ecolgicas; em parques pblicos; em reas de proteo ambiental; costeiro; e industrial.

TESTES1) considerado meio ambiente, de acordo com a Poltica Nacional referente ao assunto: a) o conjunto de fauna e flora de um determinado ecossistema; b) o conjunto de seres dotados de vida que se encontram em todo planeta; c) o conjunto de condies, leis, influncias e interaes de ordem fsica, qumica e biolgica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; d) o ambiente que circunda o ser humano que vive em sociedade.

2) As terras devolutas necessrias proteo dos ecossistemas naturais so: a) indisponveis; b) disponveis; c) disponveis desde que exista lei desafetando o bem; d) indisponveis que se tornam disponveis com o advento de lei desafetando o bem.

II PATRIMNIO GENTICO1. Patrimnio gentico da pessoa humana e sua tutela jurdica - Art. 225, 1, II, IV e V, da CF - Art. 1, III, da CF - Lei n. 11.105/2005 Lei de Biossegurana 2. Patrimnio gentico de outros seres vivos e sua tutela jurdica - A Lei n. 11.105/2005 estabeleceu critrios destinados a regrar a responsabilidade civil, administrativa e criminal em decorrncia de eventuais condutas ou atividades consideradas lesivas a espcime vegetal, fngico, microbiano ou animal.

III MEIO AMBIENTE CULTURAL - Conceito: Art. 216 da CF- Natureza Jurdica: Arts. 215, caput, e 216, 1 da CF - Competncia: * Legislativa: concorrente (Art. 24, VII e art. 30, I e II da CF) * Material: art. 23, III, IV e V da CF - Tombamento Ambiental * um dos instrumentos utilizveis como forma de se tutelar o patrimnio cultural do pas. * Classificao - Proteo internacional dos bens culturais * Conveno Relativa Proteo do Patrimnio Mundial Cultural e Natural

IV MEIO AMBIENTE ARTIFICIAL- Estatuto da Cidade Lei n. 10.257/2001 - Art. 182 da CF - Competncia * Arts. 22, XX; 24, XII e 30, V, da CF - Plano Diretor

V ZONEAMENTO INDUSTRIAL E PARCELAMENTO DO SOLO1. Zoneamento Industrial - O zoneamento constitui uma medida oriunda do poder de polcia, tendo por fundamento a repartio do solo municipal em zonas e a designao de seu uso. (Celso Antonio Pacheco Fiorillo) - Lei n. 6.803/80 - Espcies de zonas: * Zona de uso estritamente industrial (Lei n. 6.803/80, art. 2) e Zona de uso predominantemente industrial (Lei n. 6.803/80, art. 2, 2) * Zona de uso diversificado (Lei n. 6.803/80, art. 4) * Zona de reserva ambiental (Lei n. 6.803/80, art. 7)

2. Parcelamento urbanstico do solo - Tem por finalidade efetivar o cumprimento das funes sociais da cidade, estabelecendo regramentos para o melhor aproveitamento do espao urbano. - Disciplina Legislativa: Lei n. 6.766/79, que foi modificada pela Lei n. 9.785/99 - Formas de parcelamento: * loteamento * desmembramento - Aprovao do projeto de loteamento e desmembramento - Vedaes ao parcelamento do solo

VI DO DIREITO PROCESSUAL1. Jurisdio Civil Coletiva - A jurisdio civil coletiva formada basicamente por dois diplomas legais: o Cdigo de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078/90 Ttulo III) e a Lei da Ao Civil Pblica (Lei n. 7.347/85). - A jurisdio civil coletiva em matria ambiental visa, por via de consequncia, assegurar aos destinatrios do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado um resultado final, seguro e definitivo em face de lides submetidas apreciao do Poder Judicirio. - Somente de forma subsidiria dever ser aplicado o Cdigo de Processo Civil e os demais diplomas.

- Princpios inerentes a jurisdio civil coletiva: * Princpio do acesso justia (art. 5, XXXV, da CF) * Princpio da igualdade (art. 5, caput e I) 2. Condies da Ao - Possibilidade Jurdica do Pedido - Interesse - Legitimidade das Partes 3. Elementos da Ao - Partes - Pedido - Causa de Pedir 4. Legitimidade Ativa - CDC, art. 83 - Lei da Ao Civil Pblica, art. 21

- Legitimidade das Associaes Civis - Natureza da legitimao ativa na Jurisdio Civil Coletiva - A legitimidade do Ministrio Pblico e dos Municpios 5. Legitimidade Passiva - Art. 3 da Lei n. 6.938/81 - Art. 225 da CF 6. Desistncia da Ao - Ocorrendo desistncia infundada da ao por qualquer legitimado, o Ministrio Pblico dever assumir a titularidade da ao coletiva.

7. Competncia - Art. 2 da Lei da Ao Civil Pblica: determina que o juzo competente para processar e julgar aes coletivas ambientais o do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano. - Art. 109, 3 da CF - Recursos: Art. 109, 4 da CF

8. Prova e nus da Prova 9. Liminares, Tutela Antecipada da Lide e Tutela Especfica 10. Recursos - Aplica-se o sistema recursal do CPC, com as peculiaridades determinadas pelo art. 14 da Lei da Ao Civil Pblica. - Repercusso Geral e o Direito Processual Ambiental: Art. 2 da Lei n. 11.418/2008 (art. 543-A, 1 do CPC) 11. Coisa Julgada - Nas aes coletivas com pedido de natureza difusa ou coletiva, a coisa julgada ser erga omnes ou ultra partes. 12. Liquidao Coletiva e Execuo Coletiva - Art. 15 da Lei da Ao Civil Pblica - Art. 82 do CDC - Art. 16 da Lei n. 4.717/65 13. Prescrio - Dada a natureza jurdica do meio ambiente, bem como o seu carter de essencialidade, as aes coletivas destinadas sua tutela so imprescritveis.

TESTES1) O desastre ambiental provocado pela fbrica de papel Cataguazes em Minas Gerais, que contaminou os rios Pomba no Estado do Rio de Janeiro e outros rios da regio Sudeste provocando o desabastecimento de diversas cidades, pode ensejar a proposio de Ao Civil Pblica, a qual dever ser interposta: a) Somente na comarca matriz do agente poluidor. b) Somente na comarca da capital do Estado em que o agente poluidor tenha sede, mesmo no sendo esta atingida pelo dano. c) Somente nas comarcas do Estado do Rio de Janeiro. d) Perante a Justia Federal, em funo de se ter atingido mais de uma Unidade da Federao.

2) Para a Poltica Nacional do Meio Ambiente, a definio mais adequada para poluidor : a) pessoa jurdica, de direito pblico ou privado, responsvel, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradao ambiental; b) a pessoa jurdica de direito privado, responsvel, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradao ambiental; c) a pessoa fsica ou jurdica, de direito pblico ou privado, responsvel, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradao ambiental; d) a pessoa jurdica, de direito pblico ou privado, responsvel, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradao ambiental.

MDULO IV

I AO CIVIL PBLICA AMBIENTAL- A Lei da Ao Civil Pblica presta-se defesa de interesses coletivos lato sensu, proteo do patrimnio pblico, meio ambiente, consumidores e da ordem econmica, tendo por fim a condenao dos responsveis reparao do interesse lesado, preferencialmente com o cumprimento especfico da pena. - A proteo do meio ambiente pode ser efetivada atravs de vrios instrumentos colocados disposio dos cidados e dos legitimados, como, por exemplo, o mandado de segurana coletivo, a ao popular constitucional, o mandado de injuno e a ao civil pblica. - Principais aspectos processuais da ao civil pblica ambiental: legitimidade ativa, litisconsrcio e legitimidade do Ministrio Pblico para seu ajuizamento, legitimidade passiva, competncia, liminares, recursos, coisa julgada e execuo coletiva.

- A ao civil pblica tem serventia para a defesa dos direitos difusos e coletivos como tambm tutela dos interesses individuais homogneos, que vm conceituados no art. 81, nico, III, do CDC. - Legitimados ativos: art. 82 do CDC e art. 5 da Lei da Ao Civil Pblica, inclusive o Ministrio Pblico, que, se no tiver proposto a ao, intervir obrigatoriamente no processo como fiscal da lei, nos termos do art. 92 do Cdigo e 5, 1, da lei. - Inqurito Civil: tem por finalidade a colheita de material de suporte para o ajuizamento da ao civil pblica. - Compromisso de ajustamento: art. 5, 6 da Lei n. 7.347/85 - Homologao do Compromisso de Ajustamento

- O objeto da Ao Popular a proteo do patrimnio pblico, da moralidade administrativa, do patrimnio histrico e cultural quanto a atos lesivos contra eles praticados, inclusive por entidade da qual o Estado participe. - A ao popular serve para a defesa de bens de natureza pblica (patrimnio pblico) e difusa (meio ambiente), implicando a adoo de procedimentos distintos: * Tratando-se de defesa do meio ambiente, adota-se o procedimento previsto na Lei da Ao Civil Pblica e no Cdigo de Defesa do Consumidor; * Tratando-se da defesa de bem de natureza pblica, o procedimento a ser utilizado ser o previsto na Lei n. 4.717/65.

II AO POPULAR - Art. 5, LXXIII, da CF AMBIENTAL

- Legitimidade Ativa * para proteger coisa pblica: art. 1, 3, da Lei n. 4.717/65 * para proteger o meio ambiente: art. 5, caput e LXXIII, e art. 225, caput, da CF - Competncia: tratando-se de meio ambiente, as regras de fixao de competncia sero orientadas pela Lei da Ao Civil Pblica e pelo CDC, de maneira que ser competente para o julgamento da ao popular o juzo do local onde ocorrer ou deva ocorrer o dano, independente de onde o ato teve sua origem. - Pressuposto de cabimento: ato lesivo ao meio ambiente. Legitimidade Passiva: qualquer pessoa responsvel pelo ato lesivo ao meio ambiente.

1. A Constituio Federal de 1988 disps acerca do Mandado de Segurana da seguinte forma: "Art. 5 (...) (...) LXIX - conceder-se- mandado de segurana para proteger direito lquido e certo, no amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsvel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies do Poder Pblico; LXX - o mandado de segurana coletivo pode ser impetrado por: a) partido poltico com representao no Congresso Nacional; b) organizao sindical, entidade de classe ou associao legalmente constituda e em funcionamento h pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados".

III MANDADO DE SEGURANA COLETIVO AMBIENTAL

- Essa ao constitucional revela sua grande utilidade no que se refere s vrias possibilidades de seu uso: at mesmo os efeitos de uma sentena transitada em julgado (da qual j no cabe recurso) que prejudica terceiros podem ser afastados por mandado de segurana.2. Mandado de Segurana e Mandado de Segurana Coletivo - O termo "coletivo", utilizado no inciso LXX do art. 5 da Constituio Federal, diz respeito s regras processuais de legitimidade, enquanto as regras materiais encontram-se no inciso pertinente ao mandado de segurana tradicional, que no distingue a espcie de direito tutelado, fazendo meno to s a "direito lquido e certo". - Conclui-se que o direito que ambos podem tutelar o mesmo, de modo que ser possvel que um mandado de segurana coletivo tutele direito individual, assim como um mandado de segurana individual poder ser impetrado para proteger um direito coletivo lato sensu. A distino residir na legitimao da ao. No foi criada outra figura ao lado do mandado de segurana tradicional, mas apenas hiptese de legitimao para a causa.

3. O mandado de segurana coletivo e a legitimidade ativa - O art. 5, LXX, da Constituio Federal apenas concentra regra de natureza processual, enquanto as normas de direito material concernentes ao mandado de segurana so elencadas no inciso LXIX do mesmo artigo. - Possibilidade de impetrao do mandado de segurana coletivo por outros agentes alm dos enumerados pela Constituio no inciso LXX do art. 5, de forma a deixar claro que o rol trazido no taxativo. - Objetivando-se a tutela de direito coletivo lato sensu, ter o Ministrio Pblico legitimidade para impetrar mandado de segurana coletivo. - A ampliao do rol para alm dos limites do Ministrio Pblico vem fundamentada na interpretao do inciso III e 1 do art. 129 da CF.

- No existindo taxatividade, em sede constitucional, no tocante regra da titularidade ativa para a propositura do mandado de segurana coletivo (inciso LXX do art. 5), e, muito menos, em sede infraconstitucional, como se verifica no art. 82 do Cdigo de Defesa do Consumidor, temos que a tutela de direitos coletivos lato sensu por via desse instrumento, ser possvel pelos legitimados elencados no citado art. 82. Outro no pode ser o entendimento, sob pena at de se retirarem o sentido e a operatividade do sistema. 4. O sujeito passivo do mandado de segurana ambiental - Art. 5, LXIX, da Constituio Federal - Lei 12.016/2009: arts. 1 e 21

IV MANDADO DE INJUNO AMBIENTAL- Art. 5, LXXI, da CF - Pressupostos materiais de cabimento: 1. ausncia de norma regulamentadora 2. inviabilidade de exerccio dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas prescritas na norma - Objeto: um bem de natureza difusa - Finalidade: visa to-somente suprir, de modo concreto, inter partes, a ausncia de norma regulamentadora, de maneira a possibilitar o exerccio dos direitos e prerrogativas que constituem o seu objeto. - Aplicabilidade art. 5, 1 da CF - Procedimento em se tratando de bens e valores ambientais, o procedimento a ser adotado o constante a lei da Ao Civil Pblica combinada com o Cdigo de Defesa do Consumidor

- Legitimidade ativa: pode ser impetrado por pessoa natural, jurdica, de direito pblico ou privado. - Legitimidade passiva: ser daquele que detenha competncia e poderes para atender ao objeto tutelado pelo mandado. - Sentena em Mandado de Injuno: a) na defesa de direitos individuais opera efeitos apenas ao caso concreto a que se prestou a efetivar; b) na defesa de bens ou valores ambientais, portanto bens de natureza difusa, a sentena atingira todos os titulares desse direito, qual seja, toda a coletividade.

V DIREITO PENAL AMBIENTAL- Art. 225, 3 da CF - Fundamentos constitucionais para que possam ser estabelecidas sanes penais ambientais: 1. Obedincia aos fundamentos do estado Democrtico de Direito (art. 1 da CF) 2. Obedincia aos objetivos fundamentais da Repblica Federativa do Brasil (art. 3 da CF) 3. Adequao ao Direito Criminal Constitucional e ao Direito Penal Constitucional como instrumentos de defesa da vida de brasileiros e estrangeiros residentes no pas (art. 5 da CF) 4. Adequao ao piso vital mnimo como valor fundamental a ser tutelado pelo Direito Criminal Ambiental (art. 6 da CF) 5. Obedincia e adequao ao Direito Ambiental Constitucional (art. 225 da CF)

VI SANES PENAIS DERIVADAS DE CONDUTAS E ATIVIDADES LESIVAS AO MEIO - Lei Federal n. 9.605/98 AMBIENTE - Aplicao da Pena* Prestao de servios comunidade (art. 9) * Interdio temporria de direitos (art. 10) * Suspenso de atividades (art. 11) * Prestao pecuniria (art. 12) * Recolhimento domiciliar (art. 13) - Circunstncias atenuantes da pena (art. 14) - Circunstncias agravantes da pena (art. 15) - Inqurito Civil figura constitucional regrada no art. 129, III da CF aplicada nas hipteses de percia de constatao de dano ambiental (art. 19, nico, da Lei n. 9.605/98)

- Dos crimes contra o Meio Ambiente * Crimes contra a fauna (arts. 29 a 37) * Crimes contra a flora (arts. 38 a 53) * Da poluio e outros crimes ambientais (arts. 54 a 61) * A partir da Lei Federal n. 9.605/98 so

considerados crimes, com pena de recluso, as atividades descritas no art. 3, III, a at e, da Lei Federal n. 6.938/81, ou seja, causem poluio de qualquer natureza. * Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimnio cultural (arts. 63 e 64) * Crimes contra a administrao ambiental (arts. 66 a 69)

TESTES1) Tendo em vista a Lei dos Crimes Ambientais (9.605/98), assinale a alternativa correta: a) poder ser desconsiderada a pessoa jurdica sempre que sua personalidade for obstculo ao ressarcimento de prejuzos causados qualidade do meio ambiente; b) constitui causa de diminuio de pena o arrependimento do infrator, manifestado pela espontnea reparao do dano, ou limitao significativa da degradao ambiental causada; c) a multa ser calculada segundo os critrios do Cdigo Penal; d) se revelar-se ineficaz, ainda que aplicada no valor mximo, poder ser aumentada at dez vezes, tendo em vista o valor da vantagem econmica auferida;a prestao de servios comunidade pela pessoa jurdica no compreende a manuteno de espaos pblicos.

2) Sobre o Estudo Prvio de Impacto Ambiental podemos dizer: a) sua essncia punitiva compondo uma das etapas do licenciamento ambiental; b) o estudo no condiciona as medidas mitigadoras dos impactos nele previstos; c) sua aplicao est restrita ao estabelecimento de atividade em zona estritamente industrial; d) a Constituio Federal de 88 admite a existncia de obras ou atividades que no se sujeitam ao EIA/RIMA;