material de apoio de economia - aluno - 20122 - 10.08.2012

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1 MATERIAL DE APOIO Disciplina: Economia Prof. Sylvio Quintino Junior Plano de Ensino - Aspectos iniciais do estudo da Ciência Econômica; - Problemas Econômicos Básicos: conceitos de curva de possibilidade de produção e custos de oportunidade; - Fluxo Circular de Renda: lado real e monetário; Fluxo dos fatores de produção; - Introdução à microeconomia; - Teoria elementar da demanda; - Teoria elementar da oferta e equilíbrio de mercado; - Deslocamentos das curvas de demanda e de oferta; mudança do ponto de equilíbrio; - Elasticidade-preço no mercado de trabalho (com pleno emprego e com desemprego; - Teoria da produção e custos de produção no curto prazo, tendo com fator variável a mão de obra; - Equilíbrio das Estruturas Básicas do Mercado; - Estruturas de mercado de fatores de produção (monopólio, oligopólio, concorrência perfeita e imperfeita, monopólio bilateral), e do mercado de bens e serviços (monopsônio, oligopsônio, concorrência perfeita); - Introdução à macroeconomia: metas, instrumentos e estrutura; - Políticas macroeconômicas: objetivos e instrumentos: Politica fiscal, Política monetária, Política cambial; - Conceito e teorias de inflação e seus efeitos nos salários (real e nominal); Carga horária: 40 hs. Bibliografia Básica: Marco Antonio S. Vasconcellos e Manuel E. Garcia, Fundamentos de Economia. Editora: Saraiva César Roberto Leite e Sanclayr Luiz, Economia e Mercados. Editora Saraiva TROSTER, Roberto Luis; MOCHÓN, Francisco Morcillo. Introdução à econômia. São Paulo: Makron Books. Bibliografia complementar: PINHO, Diva Benevides. Manual de Introdução à economia. São Paulo: Saraiva.

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Page 1: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

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MATERIAL DE APOIO Disciplina: Economia

Prof. Sylvio Quintino Junior Plano de Ensino

- Aspectos iniciais do estudo da Ciência Econômica;

- Problemas Econômicos Básicos: conceitos de curva de possibilidade de produção e

custos de oportunidade;

- Fluxo Circular de Renda: lado real e monetário; Fluxo dos fatores de produção;

- Introdução à microeconomia;

- Teoria elementar da demanda;

- Teoria elementar da oferta e equilíbrio de mercado;

- Deslocamentos das curvas de demanda e de oferta; mudança do ponto de equilíbrio;

- Elasticidade-preço no mercado de trabalho (com pleno emprego e com desemprego;

- Teoria da produção e custos de produção no curto prazo, tendo com fator variável a mão

de obra;

- Equilíbrio das Estruturas Básicas do Mercado;

- Estruturas de mercado de fatores de produção (monopólio, oligopólio, concorrência

perfeita e imperfeita, monopólio bilateral), e do mercado de bens e serviços (monopsônio,

oligopsônio, concorrência perfeita);

- Introdução à macroeconomia: metas, instrumentos e estrutura;

- Políticas macroeconômicas: objetivos e instrumentos: Politica fiscal,

Política monetária, Política cambial;

- Conceito e teorias de inflação e seus efeitos nos salários (real e

nominal);

Carga horária: 40 hs.

Bibliografia Básica:

Marco Antonio S. Vasconcellos e Manuel E. Garcia, Fundamentos de Economia.

Editora: Saraiva

César Roberto Leite e Sanclayr Luiz, Economia e Mercados. Editora Saraiva

TROSTER, Roberto Luis; MOCHÓN, Francisco Morcillo. Introdução à econômia.

São Paulo: Makron Books.

Bibliografia complementar:

PINHO, Diva Benevides. Manual de Introdução à economia. São Paulo: Saraiva.

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1º ponto – Conhecendo Economia 1. Introdução

Em nosso dia-a dia nos deparamos com inúmeras questões de ordem econômica,

abordada através de jornais, rádio, televisão, revistas etc.

Responda:

Você é capaz de enumerar pelo menos dez questões de ordem econômica

discutidas por esses meios de comunicação no dia a dia?

1.

2.

3

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

Essas questões são abordadas e discutidas por cidadãos comuns, com altas

doses de empirismo e com opiniões diversas acerca do que deve ser adotado pelo

Estado com relação às políticas adequadas para o crescimento econômico do

país.

Em relação ao conhecimento teórico necessário ao estudante de Economia deve-

se ter como foco a área de atuação que o profissional irá ocupar, para então

discutirmos o grau de profundidade quanto ao conhecimento a ser adquirido na

disciplina.

Page 3: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

3

O importante é que se olhe a Economia como uma ciência que busca analisar os

problemas econômicos e que busca formular soluções para resolvê-los, de forma

a melhorar a nossa qualidade de vida.

Responda

Cabe a você, com base nas leituras efetuadas, definir a luz dos teóricos, qual

o melhor e mais completo conceito para o estudo da Ciência Econômica.

Conceito 1.

Conceito 2.

Esta definição deve conter vários conceitos importantes, que são a base e o objeto

do estudo da Ciência Econômica, tais como: escolha, escassez, necessidades,

recursos, produção, distribuição, etc.

Reflita: Em qualquer sociedade, os recursos são escassos; contudo as

necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se renovam. Portanto isso obriga

a sociedade a escolher entre varias alternativas de produção e de distribuição dos

resultados da atividade produtiva aos vários grupos da sociedade.

Estudo de Caso:

A empresa “X” pretende abrir um filial em um “país em desenvolvimento”, cujo

“sistema econômico” é dotado de “recursos produtivos” até certa forma

equilibrados, com alto grau de “complexidade em suas unidades produtivas” e um

“conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais” , ainda, em

busca de estabilidade de relacionamento entre si.

Page 4: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

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Cabe ressaltar que essa empresa matriz atua num “sistema de economia

centralizada” (socialista), e que em função da globalização econômica, cultural e

social, abrirá uma empresa - filial em uma “economia de mercado” (capitalista).

Você deve, com base nas informações acima e as referências bibliográficas

indicadas, emitir um relatório que será enviado a matriz contendo as seguintes

respostas:

1. o que se entende país em desenvolvimento? O Brasil é um exemplo? E por sistema

econômico o que se entende?

2. Que elementos básicos compõem um sistema econômico?

3. Como os sistemas econômicos podem ser classificados?

4. Qual a diferença entre sistema de concorrência pura e de economia mista?

5. Qual a diferença entre Setor Primário, Secundário e Terciário.

6. A Produção econômica pode ser classificada em três categorias (Bens e Serviços

de consumo, Bens e Serviços Intermediários e Bens de Capital). Explique-os.

Percorrida esta primeira etapa, nossa empresa necessita de outras informações

de cunho econômico para dar continuidade ao seu plano de reconhecimento de

mercado.

Entretanto para tal é preciso que se efetue uma análise das diretrizes adotas

pelo governo local quanto aos problemas econômicos fundamentais deste

mercado (que via de regra são quatro perguntas que norteiam as políticas

governamentais).Você deve nesse instante discorrer sobre esses supostos

problemas que devem ser enfrentados pelo governo local para promover o

crescimento econômico do país.

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2º ponto – Alguns Aspectos Demográficos do Brasil

No ponto anterior vimos que a produção econômica é obtida com a combinação

dos fatores de Produção (Trabalho, Capital e Recursos Naturais).

Neste instante estaremos focando o Trabalho no que diz respeito aos aspectos

demográficos na economia brasileira, porque são as pessoas que organizam e

executam a produção econômica e reverte para si essa produção objetivando

satisfazer suas próprias necessidades.

Para estudar as populações, de onde provém o trabalho, existe a demografia, que

estudava no passado o estado, o movimento e o desenvolvimento das

populações.

Atualmente, preocupa-se também com as causas e conseqüências dos

fenômenos demográficos, conforme abaixo:

1. O estado da população (número, distribuição por sexo, idade, estado civil,

numero e composição das famílias, grau de escolaridade, etc.)

2. Os fenômenos demográficos (nascimentos, casamentos, óbitos, etc.)

3. Os movimentos das populações (tendência para o crescimento, movimentos

migratórios e suas conseqüências, etc.)

A demografia também se preocupa com a população como elemento fundamental

no fenômeno da produção, dividindo a população em duas partes:

1. A população dependente – é aquela que não tem condições de oferecer força

de trabalho (aposentados, idosos, crianças menores de 14 anos e incapazes);

2. E a população ativa – que é aquela que com mais de 14 anos e menos de 65

anos de idade e que são consideradas como população economicamente ativa

e as pessoas que exercem atividades não remuneradas.

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A população economicamente ativa é aquela que está efetivamente integrada no

mercado de trabalho, sendo formada pela população ocupada e pelos

desempregados.

Apresenta-se abaixo dados a respeito da população total do Brasil a partir do

primeiro censo nacional, de 1872.

Com base na fonte fornecida abaixo complete o quadro (1990, 2000 e 2010)

pesquisando no site do IBGE e em seguida calcule a taxa de crescimento.

População Total do Brasil – 1872 a 2010 (em milhares)

Ano População Taxa de

Crescimento

1872 9.930 ________

1890 14.334 ** 44,4%

1900 17.438

1910 22.216

1920 30.636

1930 33.568

1940 41.236

1950 51945

1960 70.993

1970 93.139

1980 119.099

1990

2000

2010

Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

A tabela a seguir aponta a população economicamente ativa do Brasil de 1940 a

2000 e sua participação em relação à população total.

Com base no site do IBGE ou em outra fonte de pesquisa preencha as

informações que faltam na tabela abaixo referente aos anos de 1990 e 2000,

Page 7: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

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calcule o índice percentual de crescimento da PEA a partir de 1950 e a

respectiva taxa de crescimento.

População Total e População Economicamente Ativa do Brasil – 1940 a 2000

(em milhares)

Ano População

Total (1)

População

Economicament

e Ativa ( PEA)

(2)

Porcentage

m

(2) / (1)

%

Taxa de

Crescimento

da PEA

1940 41.236 14.759 * 35,8 XXXXXX

1950 51.945 17.117 16%

1960 70.993 22.651

1970 93.139 28.782

1980 119.099 43.782

1990

2000

2010

Fonte: IBGE

Dicas:

1. Para calcular a taxa de crescimento da população do Brasil, utilizando-se das

informações da tabela da População Total e da Tabela de População

Economicamente Ativa (PEA) faça o seguinte:

A taxa será calculada para período entre os censos.

Por exemplo:

População Total: (População do ano de 1890 dividida pelo ano de 1872

menos 1) e multiplicado por 100. Resultado **44,4%

População Economicamente Ativa : (a PEA do ano de 1950 dividida pela do

ano de 1940 menos 1) e multiplicado por 100. Resultado ** 16 %

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3º ponto – Entendendo a Economia como Ciência

1. Método Dedutivo e Método Indutivo

O Método Dedutivo parte da elaboração de pressupostos gerais a respeito de um

determinado objeto de estudo para atingir o conhecimento do fato isolado, do

detalhe. Parte do geral para o particular.

O Método Indutivo parte da observação direta do detalhe para através de seu

conhecimento, estabelecer os princípios gerais que regem a matéria em estudo.

Parte do particular para o geral.

Apesar da diferença fundamental entre os dois métodos, eles não se excluem e

podem ser usados simultaneamente pelo cientista nas diferentes fases do

processo de investigação acerca dos acontecimentos econômicos.

A razoável disponibilidade de dados numéricos sobre as atividades econômicas

estimulou o uso da Matemática e da Estatística por parte dos economistas.

Com isso surgiu a Econometria.

A econometria é o método de investigação que objetiva confrontar a teoria

econômica com a realidade, através da análise de dados numéricos. Para isso,

utiliza os métodos Indutivo e Dedutivo.

2. Economia Positiva e Economia Normativa

A economia está estreitamente ligada ao comportamento humano, pois estuda as

relações entre as pessoas em uma sociedade enquanto trabalham com um

propósito definido, que é a produção de bens e serviços. Por isso a Economia se

alinha entre as Ciências Sociais.

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O indivíduo que está estudando a Economia de uma sociedade pode depois de

certo tempo, saber com razoável grau de precisão como se dá a produção, a

distribuição e o consumo do produto do trabalho daquela sociedade.

Para exercer tal julgamento acerca das questões de produção e consumo, a

Economia se dividiu em dois ramos, a saber:

Economia Positiva que é o conjunto de métodos e esquemas teóricos que

permitem determinar e entender como se dão os fenômenos econômicos. Estuda

a atividade econômica como ela é.

Economia Normativa é a parte da constatação de como a realidade é ,ou seja,

do entendimento dos mecanismos econômico , para em seguida propor um estado

de coisas, considerado melhor pelo observador. Estuda a atividade econômica

como ela deveria ser.

4º ponto - Curva de Possibilidade Produção

Definição: Curva de Possibilidades de Produção: Indica as quantidades

máximas de bens e de serviços que podem ser produzidos em uma

economia, quando todos os fatores de produção disponíveis estão

empregados.

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10

70

60

50

40

30

20

10

5 10 15 20 25 Máquinas

(milhares)

Alimentos

(toneladas)

E

D

C

B

A

Y

Z

Curva (ou fronteira) de possibilidades de produção.

... levam a quedas cada vez maiores

na produção de máquinas

Alimentos

(toneladas)

Máquinas

(milhares)

Acréscimos iguais

na produção de

alimentos...

Curva de possibilidade de produção/custos de oportunidade

crescente.

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Exemplo de CPP

Voltemos ao nosso estudo de caso.

Nossa empresa objeto de estudo precisa definir as quantidades máximas de bens

que podem ser produzidos na economia em que estaremos operando com nossa

empresa –filial .

Para tal é necessário determinar a Curva de Possibilidades de Produção que

indica as quantidades máximas de bens e de serviços que podem ser produzidos

em uma economia, quando todos os fatores de produção disponíveis estão

empregados.

Vamos partir da seguinte hipótese para entendimento acerca do tema:

Imaginemos que essa economia tenha condições de produzir apenas dois tipos de

bens: alimentos e roupas. Se todos os fatores de produção disponíveis fossem

destinados à produção de alimentos, poderia ser obtida a quantidade de 10

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milhões de toneladas. Naturalmente, nessas condições, não seria obtida uma

única peça de vestuário. Por outro lado, se todos os fatores disponíveis fossem

alocados na produção de roupas, poderiam ser obtidas 20 milhões de peças de

vestuário. Nesse caso, igualmente, não seria produzida uma única tonelada de

alimento.

Esse exemplo esclarece os limites que uma economia tem para produzir o

necessário ao atendimento das necessidades das pessoas.

Para resolver tal impasse, pois as pessoas têm necessidades distintas de

consumo por roupas e alimentos, a economia deve empregar seus recursos de

forma combinada, obtendo os dois gêneros de bens.

Na figura a seguir, está representado graficamente o exemplo dado.

No eixo das abscissas (horizontal), está representada a quantidade de peças de

vestuário que a economia pode produzir. No eixo das ordenadas (vertical) , está

representada a quantidade de alimentos que pode ser produzida.

Alimentos

(milhões de toneladas)

Vestuário

(milhões de peças)

Comentários:

1. A linha que une os pontos P e Q é denominada Curva de Possibilidades de

Produção. Essa curva indica as diferentes quantidades dos dois bens que

q

B

p

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podem ser produzidos em uma economia, quando todos os recursos

disponíveis são utilizados;

2. È importante observar que esse exemplo é bastante simples. Não pode haver

uma economia que produza apenas dois tipos de bens, pela simples razão de

que as pessoas têm mais do que dois tipos de necessidades. Por isso, o

raciocínio deve ser estendido para um grande e diversificado número de bens;

3. É importante frisar também que a Curva de Possibilidades de Produção

pressupõe o pleno emprego dos fatores de produção disponíveis. Em razão

disso, nenhuma quantidade pode estar indicada acima da linha que une os

pontos P e Q, pois essa linha estabelece o limite máximo de disponibilidade e

de emprego dos fatores de produção;

4. A Curva de Possibilidades de Produção é um conceito teórico com o qual se

ilustra como a questão da escassez impõe um limite à capacidade produtiva de

uma sociedade, que terá de fazer escolhas entre alternativas de produção.

5. Devido a escassez de recursos, a produção total de um país tem um limite

máximo, uma produção potencial ou produto de pleno emprego, onde todos os

recursos estão empregados, não há capacidade ociosa;

6. Quando a economia está produzindo com capacidade ociosa ou com

desemprego. Diz-se que os fatores de produção estão sendo subutilizados;

7. Quando um ponto da Curva de Possibilidades de Produção ultrapassa a

capacidade de produção potencial ou de pleno emprego, diz-se que essa

combinação é impossível de ocorrer, pois os fatores de produção e a

tecnologia de que a economia dispõe seriam insuficientes para obter essas

quantidades desses bens.

8. Quando há transferência dos fatores de produção de um bem “A” para um bem

“B”, implica um custo de oportunidade que é igual ao sacrifício de deixar de

produzir parte do bem “A” para produzir mais do bem “B”.

Com base nas informações acima e consulta às bibliografias recomendadas

responda:

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1. Considerando a Curva de Possibilidades de Produção a seguir, diga se

é possível a existência dos pontos A, B e C. Justifique sua resposta.

2. Após estudo preliminar efetuado por nossos técnicos a respeito da

economia em que estaremos atuando, 1) construa graficamente a Curva de

Possibilidades de Produção e 2) faça um relatório para apresentar aos

diretores da empresa-matriz contendo análise da Curva de Possibilidades de

Produção, do Custo de Oportunidade Crescentes e de Deslocamento da

Curva de Possibilidades de Produção.

Informações complementares:

Alternativas de produção Computadores Soja

A 50.000 unidades 0

B 40.000 unidades 60 mil toneladas

C 30.000 unidades 90 mil toneladas

D 20.000 unidades 120 mil toneladas

E 0 140 mil toneladas

Gráfico I: Curva de Possibilidades de Produção

c B

A

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Gráfico II – Curva de Possibilidades de Produção / Custos de Oportunidade

Crescentes

Gráfico III – Deslocamento da Curva de Possibilidades de Produção (

Crescimento Econômico)

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5º ponto – Sistema Econômico

5.1 Definição:

Sistema Econômico

O sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e

econômica pela qual está organizada uma sociedade.

É um particular sistema de organização de produção, distribuição e consumo de

todos os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no

padrão de vida e bem estar.

Os elementos básicos de um sistema econômico são:

Recursos produtivos: incluem os recursos humanos, o capital, a terra, as

reservas naturais e a tecnologia.

Unidades de produção: Constituído pelas empresas

Conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais: que

são a base da organização da sociedade.

5.2 Classificação do Sistema Econômico

Sistema Capitalista: É regido pelas forças de mercado, predominando a

livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.

Sistema Socialista: Nesse sistema as questões econômicas

fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento,

predominando a propriedade pública dos fatores de produção,

chamados nessas economias de meios de produção, englobando os

bens de capital, terra, prédios, bancos e matérias-primas.

Diferente do que predominava no início do séc.xx nos quais os países eram

regidos pelo sistema de economia pura sem a intervenção do Estado, hoje o que

predomina é o sistema de economia mista onde ainda prevalecem as forças de

mercado, mas com a atuação do mercado.

5.3 Classificação da Produção Econômica

Bens de Consumo: destinado diretamente as necessidades humanas.

De acordo com sua durabilidade, podem ser classificados como

duráveis(geladeiras,fogões,automóveis) ou como não-duráveis

(alimentos, produtos de limpeza)

Page 17: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

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Bens Intermediários: são bens produzidos e utilizados na produção de

outros bens, não estão disponíveis para o consumo final. Ex: tecido,

lingote de aço produzidos pelas siderurgias.

Bens de Capital: são bens que servem para a produção de outros

bens, especialmente os bens de consumo, mas não se desgastam

totalmente no processo produtivo. Ex: máquinas, equipamentos.

5.4 Composição do sistema Econômico

5.4.1 Setor Primário

O setor primário é o conjunto de atividades econômicas que produzem

matéria-prima. Isto implica geralmente a transformação de recursos naturais em

produtos primários. Muitos produtos do setor primário são considerados como

matérias-primas levadas para outras indústrias, a fim de se transformarem em

produtos industrializados. Os negócios importantes neste setor incluem

agricultura, agronegócio, a pesca, a silvicultura e toda a mineração e indústrias

pedreiras.

As indústrias fabris em sentido diversificado, que agregam, embalam,

empacotam, purificam ou processam as matérias-primas dos produtores primários,

normalmente se consideram parte deste setor, especialmente se a matéria-prima

é inadequada para a venda, ou difícil de transportar a longas distâncias.

Segundo a nomenclatura econômica, o "setor primário" está dividido em seis

atividades econômicas:

Agricultura

Pecuária

Extrativismo vegetal

Caça

Pesca

Mineração

5.4.2 Setor Secundário

O setor secundário é o setor da economia que transforma produtos naturais

produzidos pelo setor primário em produtos de consumo, ou em máquinas

industriais (produtos a serem utilizados por outros estabelecimentos do setor

secundário). Geralmente apresenta porcentagens bastante relevantes nas

sociedades desenvolvidas. É nesse setor, que podemos dizer que a matéria-prima

Page 18: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

18

é transformada em um produto manufaturado. A indústria e a construção civil são,

portanto, atividades desse setor.Existe grande utilização do fator capital.

5.4.3 Setor Terciário

O setor terciário no contexto da economia, envolve a comercialização de

produtos em geral, e o oferecimento de serviços comerciais, pessoais ou

comunitários, a terceiros.Basicamente o setor terciário é o setor que recebe as

matérias do setor secundário e os distribui para o consumidor.

Atualmente o setor terciário encontra-se extremamente diversificado. As

sociedades mais antigas já conheciam algumas atividades, porém, com a intensa

indústrialização que nos últimos dois séculos vem ocorrendo praticamente no

mundo inteiro, o setor terciário diversificou-se, tornando-se mais complexo. Esse é

o setor da economia que mais cresce nas últimas décadas. Os principais tipos de

serviço desse setor são as indústrias de bens de servicos como os correios e os

mais diversos bens públicos. [

Nesse setor terciário observam-se avanços tecnológicos e mudanças

estruturais muito importantes. O seu ramo moderno, como o de cadeias de

restaurantes, farmácias, supermercados etc. Requer uma mão-de-obra mais

qualificada para o trabalho, o que dificulta o seu desenvolvimento muito rápido nas

regiões mais pobres, carentes desse tipo de mão-de-obra. O setor terciário é,

geralmente, a principal fonte de renda dos países desenvolvidos.

5.5 Fluxos do Sistema Econômico

Existem dois tipos de fluxos num sistema econômico

1º - Fluxo Real: formado pelos bens e serviços produzidos no sistema

econômico, que também recebe o nome de Produto. (constitui a chamada

oferta da economia)

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Famílias

Demanda

Oferta

Mercado de bens e serviços

Mercado de fa tores de produção

Empresas

Oferta

Demanda

Fluxo Real da economia.

2º - Fluxo Nominal ou Monetário: formado pelo pagamento que os fatores de

produção recebem durante o processo produtivo, também denominados

Renda. ((constitui a chamada Demanda ou procura da economia)).

A Oferta e a Demanda são as duas funções mais importantes de um sistema

econômico. Essas duas funções formam o Mercado onde as pessoas que

querem vender se encontram com pessoas que querem comprar.

Page 20: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

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Famílias Empresas

Pagamento dos bens e serviços

Remuneração dos fatores de produção

Fluxo Monetário da economia.

FLUXO CIRCULAR DE RENDA

Mercado de bens e serviços

Mercado de fa tores de produção

Para quem produzir

Como produzir EmpresasFamília

O quê e quanto produzir Oferta de

bens e serviços

Oferta de

bens e serviços

Oferta de

serviços dos

fatores de

produção

Oferta de

serviços dos

fatores de

produção

Fluxo monetário

Fluxo real (bens e serviços)

Fluxo Circular de renda.

Page 21: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

21

6º ponto -

Inter-relação da Economia com outras áreas do conhecimento

Trata-se da importante relação existente entre a Economia e outras áreas do

conhecimento, tais como:

Física e Biologia;

Matemática e Estatística;

Política;

História;

Geografia;

Moral; Justiça e Filosofia.

Com base nas referências bibliográficas efetue um breve comentário citando

exemplos da importância de cada área para melhor compreensão da Ciência

Econômica.

A Economia e o Direito

Sabe-se que as relações econômicas estão condicionadas a um arcabouço de

normas jurídicas, editadas por um Estado soberano, para um certo povo, em

um determinado território. Não é possível imaginar uma sociedade moderna

funcionando sem um sistema jurídico cuidadosamente formulado, com suas

normas, tribunais e sanções legítimas, conhecidas e aceitas pela população.

Assim alguns conceitos da Economia estão relacionados, ou dependem do

quadro de normas jurídicas do país.

Page 22: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

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7º ponto - Divisão do estudo econômico

A análise econômica, para fins mercadológicos e estudos didáticos, é

normalmente dividida em quatro áreas de estudo:

Microeconomia ou Teoria de Formação de Preços: tem por finalidade estudar a

formação de preços em mercados específicos, ou seja, como consumidores e

empresas interagem no mercado e como decidem os preços e a quantidade para

satisfazer a ambos simultaneamente.

Macroeconomia: tem por finalidade estudar a determinação e o comportamento

dos grandes agregados nacionais, como o produto nacional bruto (PIB),

investimento agregado, a poupança agregada, o nível gral de preços, entre outros.

Seu enfoque é basicamente de curto prazo (ou conjuntural).

Economia Internacional: Tem por finalidade estudar as relações econômicas

entre residentes e não residentes do País, as quais envolvem transações com

bens e serviços e transações financeiras.

Desenvolvimento Econômico: Preocupa-se com a melhoria do padrão de vida

da coletividade ao longo do tempo. O enfoque é também macroeconômico, mas

centrado em questões estruturais e de longo prazo (progresso tecnológico,

estratégias de crescimento, etc.).

Page 23: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

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8º ponto – Introdução à Microeconomia

8.1. Microeconomia ou Teoria de Formação de Preços: tem por finalidade

estudar a formação de preços em mercados específicos, ou seja, como

consumidores e empresas interagem no mercado e como decidem os preços e a

quantidade para satisfazer a ambos simultaneamente;

“Microeconomia” não se deve confundir com “Economia de Empresas” que tem

por foco principal a visão contábil-financeira na formação do preço de venda de

seu produto, baseados nos custos de produção; p

8.2. Pressupostos básicos da Análise Microeconômica

1º - A hipótese Coeteris Paribus

Para analisar um mercado especifico a Microeconomia se vale da hipótese de

que “tudo o mais permanece constante”.

Adotando-se essa hipótese é possível o estudo de um determinado mercado

selecionando-se apenas as variáveis (renda, preço, demanda e oferta) que

influenciam os agentes econômicos – consumidores e produtores.

Exemplo: Para analisar o efeito do preço sobre a procura, supomos que a renda

permaneça constante (coeteris paribus); da mesma forma, para avaliar a relação

entre a procura e a renda dos consumidores, supomos que o preço da mercadoria

não varie. Temos assim coeteris paribus nessa relação.

2ª - Papel dos preços relativos

Na análise Microeconômica, são mais importantes os preços relativos, isto é, os

preços de um bem em relação aos demais, do que os preços absolutos (isolados)

das mercadorias.

Page 24: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

24

8.3. Aplicações da Analise Microeconômica.

Nas Empresas pode subsidiar as seguintes decisões:

a) política de preços;

b) previsões de demanda e de faturamento;

c) previsões de custos de produção;

d) decisões ótimas de produção - combinação dos fatores de produção;

e) avaliação e elaboração de projetos de investimentos;

f) política de propaganda e publicidade;

g) localização da empresa;

h) diferenciação de mercados.

Na Política Econômica pode subsidiar as seguintes decisões e questões:

a) efeitos de impostos dobre os mercados específicos;

b) política de subsídios;

c) controle de preços;

d) fixação de preços mínimos na agricultura;

e) política salarial;

f) política de tarifas publicas;

g) política de preços públicos;

h) leis antitruste.

8.4. Divisão do Estudo Microeconômico

Analise da Demanda: A Teoria da Demanda se divide em Teoria do

Consumidor (demanda individual) e Teoria da Demanda de Mercado.

Analise da Oferta: Divide-se em Oferta da Firma Individual e Oferta de

Mercado. Dentro da Analise da Firma são abordadas as Teoria da

Produção, que analisa as relações entre quantidades físicas entre o produto

Page 25: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

25

e os fatores de produção, e a Teoria dos Custos de Produção, que

incorpora, além das quantidades físicas, os preços dos insumos.

Analise das Estruturas de Mercado: São avaliados os efeitos da oferta e

da demanda, tanto no mercado de bens e serviços, quanto no mercado de

fatores de produção, no que diz respeito a competitividade entre as

empresas atuantes ou a concentração em poucas ou única empresa.

As estruturas de mercado de fatores de produção.

1ª - Concorrência Perfeita

A Concorrência Perfeita corresponde a uma situação limite em que nenhuma

empresa e nenhum consumidor têm poder suficiente para influenciar o preço de

mercado. Para que tal situação se verifique é necessário que se verifiquem

determinadas condições como:

Existência de um grande número de empresas a produzir o mesmo produto

ou serviço (bem) e com dimensão e estrutura de custos semelhante;

Existência de um grande número de consumidores e todos com a mesma

informação disponível sobre a oferta existente no mercado;

Existência de homogeneidade nos produtos ou serviços oferecidos no

mercado;

Inexistência de barreiras à entrada ou à saída de empresas no mercado.

Page 26: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

26

7

Fundamentos da Economia – Marco Antonio S. Vasconcellos Manuel E. Garcia – Editora Saraiva

ESTRUTURAS DE MERCADO

Oferta do

mercadoOferta da

empresa

Demanda

da empresa

Demanda de

mercado

Equilíbrio de mercado Equilíbrio da empresa

( )a ( )bP

P0

Q0 Q

P

Figura 7.1 Concorrência perfeita.

2ª - Concorrência Imperfeita

Uma situação de Concorrência Imperfeita corresponde a uma estrutura

de mercado em que não se verifica a concorrência perfeita, ou seja, em que

existe pelo menos uma empresa ou consumidor com poder suficiente para

influenciar o preço de mercado. São exemplos de situações de

concorrência imperfeita os monopólios, oligopólios e concorrência

monopolística.

Page 27: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

27

7

Fundamentos da Economia – Marco Antonio S. Vasconcellos Manuel E. Garcia – Editora Saraiva

ESTRUTURAS DE MERCADO

P

Q

Demanda de mercado

(= Demanda da firma

monopolista)

Figura 7.2 Monopólio.

7

Fundamentos da Economia – Marco Antonio S. Vasconcellos Manuel E. Garcia – Editora Saraiva

ESTRUTURAS DE MERCADO

1. Quanto ao núme- Muito grande. Só há uma empresa. Pequeno. Grande.

ro de empresas

2. Quanto ao pro- Homogêneo. Não Não há substitutos Pode ser homogê- Diferenciado.

duto há quaisquer dife- próximos. neo ou diferenciado.

renças.

3. Quanto ao con- Não há possibilida- As empresas têm Embora dificultado Pouca margem de

trole das empresas des de manobras grande poder para pela interdepen- manobra, devido à

sobre os preços pelas empresas. manter preços rela- dência entre as em- existência de substi-

tivamente elevados, presas, essas tendem tutos próximos.

sobretudo quando a formar cartéis con-

não há intervenções trolando preços e

restritivas do gover- quotas de produção.

no (leis antitrustes).

4. Quanto à concor- Não é possível nem A empresa geralmen- É intensa, sobretudo É intensa, exercen-

rência extrapreço seria eficaz. te recorre a campa- quando há diferencia- do-se pelas diferen-

nhas institucionais, ção do produto. ças físicas, de em-

para salvaguardar sua balagens e presta-

imagem. ção de serviços com-

plementares.

5. Quanto às con- Não há barreiras. Barreiras ao acesso Barreiras ao acesso Não há barreiras.

dições de ingresso de novas empresas. de novas empresas.

na indústria

CaracterísticasConcorrência

perfeitaMonopólio Oligopólio

Concorrência

monopolística

Quadro 7.1 Principais características das estruturas básicas do mercado

Page 28: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

28

3ª - Monopsônio

Em economia, monopsônio é uma forma de mercado com apenas um

comprador, chamado de monopsonista, e inúmeros vendedores. É um tipo de

competição imperfeita, inverso ao caso do monopólio, onde existe apenas um

vendedor e vários compradores

4ª - Oligopsônio

Em economia, oligopsônio é uma forma de mercado com poucos

compradores, chamados de oligopsonistas, e inúmeros vendedores. É um tipo de

competição imperfeita, inverso ao caso do oligopólio, onde existem apenas alguns

vendedores e vários compradores.

Os oligopsonistas tem poder de mercado, devido ao fato de poderem influenciar

os preços de determinado bem, variando apenas a quantidade comprada. Os seus

ganhos dependem da elasticidade da oferta. Seria uma situação intermediária

entre a de monopsônio e a de mercado plenamente competitivo.

Teoria do Equilíbrio Geral: Leva em conta as inter relações entre todos os

mercados. Procura analisar se o comportamento independente de cada agente

econômico conduz todos a uma posição de equilíbrio global, embora todos

sejam interdependentes.

Page 29: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

29

9º ponto – DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO.

Demanda de mercado

1. Demanda: Quantidade de um determinado bem/serviço que os consumidores

desejam adquirir em um determinado período de tempo.

A procura depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor. São

elas:

a) Preço do bem ou serviço;

b) Preço de outros bens;

c) Renda do consumidor;

d) Gosto;

e) Preferências do individuo.

Page 30: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

30

Relação entre quantidade demandada e preço do bem: a chamada Lei Geral da

Demanda.

Há uma relação inversamente proporcional entre quantidade procurada e o

preço do bem, “coeteris paribus”, denominada Lei Geral da Demanda.

Essa relação pode ser observada a partir de:

a) Escala de Procura;

b) Curva de procura ou Função Demanda.

Exemplo:

a) Escala de Procura

Alternativa de preço ($) do bem

“X”

Quantidade demandada

(unidades)

1,00 12.000

3,00 8.000

6,00 4.000

8,00 3.000

10,00 2.000

b) Curva de Procura

Função matemática - Qd = f (P)

Page 31: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

31

Distinção entre Demanda e Quantidade Demandada

Demanda: É toda a escala ou curva de procura que relaciona os possíveis preços

a determinadas quantidades.

Quantidade Demandada: é o ponto especifico da curva relacionando um preço a

uma quantidade.

Alternativa de preço ($) Quantidade demanda

1,00

3,00

6,00

8,00

10,00

11.000

9.000

6.000

4.000

2.000

Vejamos um Exemplo - Escala de procura produto “X”

Page 32: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

32

10,00

8,00

6,00

4,00

2,00

2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000

Curva de procura do bem X.

P1

P

P0

Q1Q0

Q

D

A

B

Alteração na quantidade demandada.

Page 33: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

33

Exemplo (a) alteração na Demanda

Preço antes do aumento da Renda (Demanda Do).

Preço depois do aumento da Renda (Demanda D1).

Antes do aumento da renda Após o aumento da renda

• Ao preço P0, o consumidor pode

comprar Q0

• Ao preço P1, o consumidor pode

comprar Q1

• Ao mesmo preço P0, o consumidor

pode comprar Q2

• Ao mesmo preço P1, o consumidor

pode comprar Q3

P1

P

Q

P0

D1

D0

Q1 Q0 Q3 Q2

Simulação de Alteração na demanda.

Page 34: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

34

Antes do aumento da renda Após o aumento da renda

• Ao preço P0, o consumidor pode

comprar Q0

• Ao preço P1, o consumidor pode

comprar Q1

• Ao mesmo preço P0, o consumidor

pode comprar Q2

• Ao mesmo preço P1, o consumidor

pode comprar Q3

P1

P

Q

P0

D1

D0

Q1 Q0 Q3 Q2

Simulação de Alteração na demanda.

Caso haja aumento de Renda a demanda passa de Do para D1.

Oferta de Mercado

Oferta: É a quantidade de um bem que os produtores desejam oferecer ao

mercado em um determinado período de tempo.

A oferta depende de vários fatores. São eles:

a) De seu próprio preço;

b) Dos demais preços;

c) Do preço dos fatores de produção;

d) Das preferências do empresário;

e) Da tecnologia.

Page 35: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

35

Preço ($) Quantidade ofertada

1,00

3,00

6,00

8,00

10,00

1.000

3.000

6.000

8.000

10.000

Vejamos um Exemplo de Escala de oferta produto “X”

12,00

10,00

8,00

6,00

4,00

2,00

2.000 4.000 6.000 8.00010.000 12.00014.000

Curva de oferta do bem X.

Page 36: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

36

Figura - Alteração da quantidade ofertada e da oferta.

P

P1

P0

O

QQ0 Q1

(a) Aumento na quantidade ofertada

P

P0

QQ0Q1

(b) Diminuição da oferta

O0O1P

P0

QQ0 Q1

(c) Aumento da oferta

O0 O1

Exemplo:

Preço ($) do bem

“X”

Quantidade Ofertada

(unidades)

1,00 1.000

3,00 5.000

6,00 9.000

8,00 11.000

10,00 13.000

Graficamente a Curva de Oferta pode ser demonstrada a seguir

Page 37: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

37

Função Matemática: Qo = f (p)

Distinção entre Oferta e Quantidade Ofertada

Oferta: refere-se à escala (ou toda a curva)

Quantidade Ofertada: refere-se a um ponto especifico da curva de oferta. Exemplos:

a) Aumento no preço do bem provoca um “aumento” de quantidade ofertada, “coeteris paribus”.

Há o deslocamento da esquerda para a direita de Qo para Q1

Há um aumento do preço de P0 para P1.

Page 38: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

38

b) Aumento no custo das matérias primas provoca uma “queda” na oferta: mantido o mesmo preço, “coeteris paribus”.

Há o deslocamento da direita para esquerda de Q2 para Q1.

Mantém-se o preço inalterado P0.

c) Diminuição no preço de insumos, melhoria tecnológica ou aumento no

número de empresas no mercado, conduz a um “aumento” da oferta.

Há o deslocamento da curva de oferta para a direita;

Mantém-se o preço P0.

EQUILIBRIO DE MERCADO.

Lei da Oferta e da procura: tendência ao Equilíbrio

Page 39: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

39

A interação das curvas de demanda e de oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.

Quantidade

Quantidade demanda

Procurada Ofertada

Preço ($)

1,00

3,00

6,00

8,00

10,00

11.000

9.000

6.000

4.000

2.000

1.000

3.000

6.000

8.000

10.000

Excesso de procura (escassez de oferta)

Excesso de procura (escassez de oferta)

Equilíbrio entre oferta e procura

Excesso de oferta (escassez de procura)

Excesso de oferta (escassez de procura)

Oferta e demanda do bem X

P

B

Q2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.00014.000

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

E

A

D

O

Gráfico - Equilíbrio de mercado.

Page 40: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

40

Exemplo: 1. Tendência ao Equilíbrio

Preço Qtde procurada Qtde. ofertada Situação de mercado

1,00 11 1 Excesso de procura (escassez

de oferta)

3,00 9 3 Excesso de

procura (escassez de oferta)

4,00 6 6 Equilíbrio entre a oferta e procura

8,00 4 8 Excesso de oferta (escassez de procura)

10,00 2 10 Excesso de oferta (escassez de

procura)

Graficamente:

Análise do gráfico acima: Ponto “A”: Escassez do produto Ponto “B”: Excesso do produto.

Exemplo 2. Deslocamento das Curvas de Demanda e de Oferta.

Page 41: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

41

Preço

do bem x

A

BP1

P0

D0 D1

O

Q0 Q1 Quantidade

do bem x

Gráfico - Deslocamento do ponto de equilíbrio.

Graficamente:

Análise da primeira situação acima: Os consumidores obtêm um aumento da renda “real”. Ponto “A”: situação de equilíbrio “inicial” de demanda (D0)

Page 42: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

42

Ponto “B”: Deslocamento da curva de Demanda (D1); Nova situação de Demanda; Excesso de Demanda caso os preços permaneçam em P0.

Exemplo 2. Deslocamento das Curvas de Demanda e de Oferta.

Graficamente:

Análise da segunda situação acima: Caso haja uma diminuição dos preços das matérias primas usadas na produção do bem “X”.

Ponto “A”: situação de equilíbrio “inicial” de Oferta (O0)

Ponto “B”: Deslocamento da curva de Oferta (O1) para a direita (Oo); Nova situação de Oferta; Preço de Equilíbrio menor e quantidade maior.

10º ponto - Interferência do Governo no Equilíbrio do Mercado.

Page 43: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

43

O

Pmín

Q’0 Q0

Pcons

Subsíd io

Excedente

D

P

Q

Fixação do preço mínimo. Intervenção do Governo

Introdução

O governo interfere na formação de preços de mercado, em nível macro, quando

fixa impostos e subsídios, estabelece os critérios de reajuste do salário mínimo,

fixa preços mínimos para produtos agrícolas, decreta tabelamento ou, ainda,

congelamento de preços e salários.

Estabelecimento de Tributos

Os tributos se dividem em impostos, taxas e contribuições de melhoria.

Os impostos se dividem em:

Impostos indiretos: incidem diretamente sobre o consumo ou sobre as vendas –

ex: ICMS, IPI.

Impostos Diretos: incidem sobre a renda - ex: IR.

Impostos ad valorem: é um percentual aplicado sobre o valor da venda: alíquota

(IPI) que incide sobre o preço do produto. Esse percentual permanece inalterado,

enquanto o valor do produto pode se alterar.

Page 44: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

44

Política de preços mínimos na Agricultura

Trata-se de uma política que visa dar uma garantia de preços ao produtor agrícola,

protegendo-o das flutuações dos preços de mercado.

O governo, antes do inicio do plantio, garante um preço que ele pagará após a

colheita do produto. Se por ocasião da colheita, os preços de mercado forem

superiores aos preços mínimos, o agricultor preferirá vende-lo no mercado.

Contudo, se os preços mínimos forem superiores aos preços de mercado, o

produtor preferirá sua produção para o governo ao preço anteriormente fixado.

Nesse caso, com o preço mínimo acima do preço de equilíbrio de mercado,

teremos um excedente de produto adquirido pelo governo, que será utilizado como

estoque regulador em momentos subseqüentes do tempo.

Nesse caso o governo poderá adotar dois tipos de alternativas de políticas:

a) Comprar o excedente (Qo menos Qo’) ao preço mínimo (Pmin);

b) Pagar subsidio no preço: o governo deixa os produtores colocarem no mercado

toda a produção Qo’, que provocará uma grande queda do preço pago pelos

consumidores (Pcons). Os produtores receberão Pmin , e o governo bancará a

diferença (Pmin menos Pcons).

Tabelamento

Refere-se à intervenção do governo no sistema de preços de mercado visando

coibir abusos por parte dos vendedores, controlar os preços de bens de primeira

necessidade ou então refrear o processo inflacionário.

Page 45: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

45

11º ponto

Elasticidade –Preço da Demanda

Definição: é o conceito que mede a reação dos consumidores às variações de

preço. Formalmente, a elasticidade é o quociente da variação percentual da

quantidade demandada de um bem pela variação percentual no preço do mesmo

bem, coeteris paribus.

Ep =

Onde:

Ep = Elasticidade - preço da demanda

∆q = Variação na quantidade demandada

Q = Quantidade demandada

∆p = variação no preço do bem.

Exemplo:Considere a curva de demanda abaixo, que representa a curva de

demanda por carne.

Graficamente:

Suponhamos que os consumidores estejam sobre o ponto “A” na curva de demanda,

onde adquirem, ao preço de R$10, 00, 5 kg por semana.

Page 46: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

46

Consideremos, agora, que o preço da carne suba para R$15,00 e verifiquemos, com o

auxilio do conceito de elasticidade, qual será a reação dos consumidores a esse aumento

de preço.

Cálculo:

Conclui-se que:

i. A variação percentual na quantidade é de ________%;

ii. A variação percentual no preço é de _______%

iii. A elasticidade-preço da demanda por carne é de _____

No exemplo que acabamos de discutir, a reação dos consumidores na demanda

por carne foi proporcionalmente___________ do que o aumento de preços, pois

enquanto o aumento de preços foi de _____%, a diminuição na demanda por

carne foi de ______%.

Com base no valor da elasticidade – preço da demanda, sem considerarmos o

sinal, a demanda dos bens pode ser classificada em três categorias:

1. Demanda com elasticidade unitária: bens cuja elasticidade – preço da

demanda é igual a 1 (um);

Page 47: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

47

2. Demanda Inelástica: bens cuja elasticidade – preço da demanda é menor que

1 (um);

3. Demanda Elástica: bens cuja elasticidade – preço da demanda é maior que 1

(um);

Exercício de Fixação

Suponhamos os seguintes dados:

Po preço inicial = $ 20,00

P1 = preço final = $ 16,00

Qo = Quantidade demandada, ao preço Po = 30.

Q1 = Quantidade demandada, ao preço P1 = 39.

Calcule a elasticidade – preço da demanda e classifique-a.

Fatores que influenciam o Grau de elasticidade –preço da demanda

Afinal o que faz com que alguns bens tenham demanda elástica ou inelástica, isto

é, que fatores explicam os valores obtidos para a elasticidade – preço da demanda?

1. Disponibilidade de bens substitutos – Quanto mais substitutos houver para um bem, mais elástica será a demanda.

2. Essencialidade do bem: Se o bem é essencial, será pouco sensível à variação de preço; terá, portanto, demanda inelástica.

3. Importância do bem, quanto a seu gasto, no orçamento do consumidor: Quanto mais importante o gasto referente a um determinado bem em relação ao gasto total do consumidor, mais sensível torna-se o consumidor a alterações em

seu preço, ou seja, a demanda é mais elástica.

Page 48: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

48

Bens Complementares e Bens Substitutos Definições:

Bens Complementares: são aqueles que precisam ser consumidos juntos para gerar satisfação máxima para as pessoas. (arroz e feijão)

Bens Substitutos: são aqueles que podem ser substituídos no consumo, gerando satisfação igual ou semelhante para o consumidor. (manteiga e margarina)

Elasticidade Cruzada da Procura

É o conceito que mede os reflexos da variação do preço de um bem sobre a quantidade demandada de outro bem.

A formula algébrica da Elasticidade Cruzada é:

Ec =

Onde:

Ec = elasticidade cruzada da procura ∆Qa = variação na quantidade demandada do bem “A”; Qa = quantidade demandada do bem “A”;

∆pb = variação do preço do bem “B”; Pb = preço do bem “B”.

Page 49: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

49

Exemplo: Suponhamos que temos apresentadas às curvas de demanda por calças e por

camisas.

Demanda por calças (B) Demanda por camisas (A)

Suponhamos que um consumidor esteja no ponto “A” da curva de demanda por

calças, adquirindo três calças ao preço de $ 100,00 cada uma, e no ponto “C” da

curva de demanda por camisas, comprando cinco camisas. Imaginemos, agora,

que por uma razão qualquer o preço das calças suba para $ 150,00.

Calculemos então a Elasticidade Cruzada da Procura entre os bens calças e

camisas.

Assim a elasticidade cruzada da procura de calças e camisas é igual a

_________.

Conclui-se que as relações de complementaridade implicam numa elasticidade

cruzada com sinal negativo, enquanto as relações de substitutibilidade são

expressas por elasticidades cruzadas com sinal positivo.

Page 50: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

50

12º ponto - Teoria da Produção

Tem sua preocupação com o lado da oferta do mercado, ou seja, com os

produtores, que vão oferecer aos consumidores os bens e serviços por eles

produzidos.

Alguns conceitos importantes para entendimento da Teoria da Produção:

a) Firma ou Empresa: é uma unidade técnica que combina os fatores de

produção para produzir bens e serviços;

b) Fatores de produção: são os elementos transformados durante o processo de

produção. São classificados em três categorias: trabalho, capital e recursos

materiais;

c) Produção: é o processo que combina e transforma os fatores de produção

adquiridos pela empresa, visando criar bens ou serviços que serão ofertados

no mercado.

Função de Produção

É a relação técnica que associa as diferentes quantidades de fatores de produção

empregados no processo produtivo às quantidades produzidas de bens ou de

serviços, podendo ser representada através da expressão:

Q = f (K, L).

Onde: Q = quantidade produzida do bem;

K = quantidade empregada de fator capital; L = quantidade empregada de fator trabalho.

Essa expressão significa que a quantidade produzida do bem depende, ou é

função, das quantidades empregadas dos fatores capital e trabalho.

Page 51: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

51

Exemplo: O quadro a seguir ilustra uma função de produção:

FUNÇÃO DE PRODUÇÃO

Q K L

*4 5 6

5 6 7

6 7 8

7 8 9

*Isso significa que quatro unidades do bem são produzidas com

cinco unidades de capital e seis unidades de trabalho e assim por diante.

Exercício: A função de produção de um fábrica de parafusos que utiliza os fatores trabalho e

capital é dada pela expressão: Q = 200 + 30 K + 25 L

Qual será a produção de parafusos, se forem empregadas: a) 10 unidades de capital e 50 de trabalho?

b) 05 unidades de capital e 40 de trabalho? Resposta:

13º ponto – Custo de Produção, Receita e Lucro.

Conceitos: Custo de Produção: são os gastos do empresário com a aquisição dos fatores de

produção necessários ao desenvolvimento de suas atividades. Receita: é a quantia que o empresário recebe quando vende sua produção.

Lucro Total: é a diferença entre a receita do empresário e o seu custo de produção.

Page 52: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

52

Partindo dos conceitos dados vamos aplicá-los a um exemplo: CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO

Vamos imaginar que o empresário pague pelo fator capital $ 3,00 por unidade e que o fator trabalho seja contratado a $ 2,00 a unidade. Assim podemos calcular o

Custo Total para essa produção.

CUSTO DE PRODUÇÃO

Q K L CT

4 5 (x $3,00) 6 (x $ 2,00) 27

5 6 7 32

6 7 8 37

7 8 9 42

RECEITA DO EMPRESÁRIO

Suponhamos que unidade do bem seja vendida por $ 8,00. Assim podemos calcular receita Total para essa produção vendida.

RECEITA DO EMPRESÁRIO

Q K L CT RT

4 5 6 27 32

5 6 7 32 40

6 7 8 37 48

7 8 9 42 56

LUCRO DO EMPRESÁRIO

LUCRO DO EMPRESÁRIO

Q K L CT RT LT (RT –

CT)

4 5 6 27 32 5

5 6 7 32 40 8

6 7 8 37 48 11

7 8 9 42 56 14

Page 53: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

53

Recapitulando

Custos de Produção: total de despesas realizadas pela firma com a utilização de

combinação mais econômica dos fatores, por meio da qual é obtida determinada quantidade do produto.

Os custos totais são divididos em Custos Variáveis Totais e Custos Fixos Totais.

CT = CVT + CFT

Custos Variáveis Totais: parcela dos custos totais que depende da produção e por

isso muda com a variação do volume de produção. Custos Fixos Totais: correspondem à parcela dos custos totais que independem

da produção. Outros conceitos:

Custos Médios e Marginais

Custo Total Médio: CT / total da quantidade produzida

Custo Variável Médio: CVT / total da quantidade produzida

Custo Fixo Médio: CFT / total da quantidade produzida

Custo Marginal: (CMg): é dado pela variação do custo total em resposta a

uma variação da quantidade produzida. CMg = ∆CT / ∆q

Onde: ∆CT = variação do custo total ∆q = acréscimo de 01 unidade na produção

Formato das Curvas de Custos: A Lei dos Custos Crescentes

Produção total

CFT ($)

CVT ($)

CT ($)

CFm ($)

CVm ($)

Cm CMg

0 10,00 0 10

1 10,00 5,00 15,00 10,00 5,00 15,00 5,00

2 10,00 8,00

3 10,00 10,00

4 10,00 11,00

5 10,00 13,00

6 10,00 16,00

Page 54: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

54

7 10,00 20,00

8 10,00 25,00

9 10,00 31,00

10 10,00 38,00

11 10,00 46,00

Maximização dos Lucros

Maximização do Lucro Total Lucro Total: diferença entre as receitas de vendas da empresa e seus custos

totais de produção

LT = RT – CT Receita Marginal: acréscimo da receita total da empresa quando essa vende uma

unidade adicional de seu produto. Custo Marginal: (CMg): é o acréscimo do custo total de produção da empresa

quando essa produz uma unidade adicional de seu produto. Raciocínio

RMg = CMg

Suponhamos que a empresa esteja num ponto de produção em que a receita marginal supera o custo marginal ( RMg maior CMg). Nesse caso o empresário terá interesse em aumentar a produção, porque cada unidade adicional fabricada

aumenta seus lucros, já que sua receita marginal é maior que o custo marginal. O inverso é verdadeiro, ou seja, quando o empresário tem RMg menor CMg

esse se sente desmotivado a produzir. Maximização do lucro Total

Produção e Vendas

CT ($)

Preço unitário

de mercado ($)

RT ($)

LT ($)

CMg ($)

RMg ($)

0 10,00 5,00

1 15,00 5,00 5,00 -10,00 5,00 5,00

2 18,00 5,00

3 20,00 5,00

4 21,00 5,00

5 23,00 5,00

Page 55: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

55

6 26,00 5,00

7 30,00 5,00

8 35,00 5,00

9 41,00 5,00

10 48,00 5,00

11 56,00 5,00

Supondo uma firma em um mercado de concorrência perfeita

Veja que para o nível de produção de 08 unidades, quando RMg = CMg, tem-se o

lucro máximo no valor de $5,00

14º ponto

Elasticidade – Preço da Oferta

Definição: é o conceito que mede a reação dos produtores às variações de preço.

A elasticidade-preço da oferta é a razão entre a variação percentual da quantidade

ofertada de um bem pela variação percentual no preço do mesmo bem, coeteris

paribus.

Ep =

Onde:

Ep = Elasticidade - preço da oferta

∆Q = Variação na quantidade ofertada

Q = Quantidade ofertada

∆P = variação no preço do bem.

P = preço do bem.

Exemplo: Considere a curva de oferta abaixo, que representa a curva de oferta

por sapato.

Page 56: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

56

Graficamente:

Suponhamos que o empresário esteja sobre o ponto “A” na curva de oferta, onde

oferta 200 pares de sapatos ao preço de R$100,00.

Consideremos, agora, que o preço do par suba para R$150,00 (ponto B) e o

empresário esteja disposto a produzir 250 pares.

Verifiquemos, com o auxilio do conceito de elasticidade-preço da oferta, qual será

a reação do empresário a esse aumento de preço.

Cálculo:

Page 57: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

57

Conclui-se que:

i. A variação percentual na quantidade é de ________%;

ii. A variação percentual no preço é de _______%

iii. A elasticidade-preço da oferta por sapato é de _____

No exemplo dado, a resposta do empresário na oferta por sapatos foi

proporcionalmente ___________ , pois enquanto o aumento de preços foi de

_____%, o empresário aumentou sua produção em apenas ______%.

Com base no valor da elasticidade – preço da oferta, sem considerarmos o sinal, a

oferta dos bens pode ser classificada em três categorias:

1. Oferta com elasticidade unitária: bens cuja elasticidade – preço da oferta é

igual a 1 (um);

2. Oferta Inelástica: é a curva de oferta de bens cuja resposta, em termos de

produção, é proporcionalmente menor do que a variação do preço do bem, sendo

a elasticidade – preço da oferta menor que 1 (um);

3. Oferta Elástica: é a curva de oferta de bens cuja resposta, em termos de

produção, é proporcionalmente maior do que a variação do preço do bem, sendo

a elasticidade – preço da oferta maior que 1 (um);

Exercício de Fixação

Suponhamos os seguintes dados:

Po (preço inicial) = $ 16,00

P1 (preço final) = $ 20,00

Qo = Quantidade ofertada, ao preço Po = 30.

Q1 = Quantidade ofertada, ao preço P1 = 39.

Calcule a elasticidade – preço da oferta e classifique-a.

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58

15º Ponto

Introdução à Macroeconomia

1. RENDA E PRODUTO

Objetivo fundamental da MACROECONOMIA: determinar os fatores que

influenciam o nível total da renda e do produto do sistema econômico

Pergunta-se:

1ª - Por que os economistas, sobretudo neste século, se preocupam em

medir a produção realizada pelo sistema econômico?

Respostas:

1ª - O problema fundamental da economia é a escassez de recursos. Daí, concluí-

se que a combinação de fatores de produção é o ponto de partida juntamente com

necessidade de se manter registros da atividade econômica ao longo do tempo,

que permitam essa análise;

2ª - Porque fatos históricos recentes contribuíram para isso. São eles:

• Crise econômica de 1929 com a redução das atividades econômicas

gerando desemprego em massa;

• Guerras Mundiais, necessidades de rever sistemas de produção, avaliar e

medir as atividades econômicas, surgimento da contabilidade social ou

nacional que nos dá, em termos quantitativos, o desempenho global da

economia.

2ª pergunta - Como medir a produção realizada pelo Sistema Econômico?

Respostas:

1º - Adotando, inicialmente um período (exercício civil - ano) para medir a

produção;

2º - Adotando uma unidade de medida comum a todos os produtos e serviços

produzidos – o PREÇO. (quantidade produzida X preço unitário) e;

Page 59: Material de Apoio de Economia - Aluno - 20122 - 10.08.2012

59

3º - Essa medida de produção será efetuada sob duas óticas:

a) Sob a ótica do consumo final, ou seja, somente os produtos e serviços

produzidos que visem atender o consumo final. (produtos intermediários não

entram) – ex -auto

b) Sob a ótica da Renda, ou seja, que a renda de uma economia é a soma

da remuneração (salários, alugueres, juros, lucros) paga aos fatores de produção

durante o processo produtivo.

2. AGREGADOS MACROECONOMICOS

Recebem essa denominação pelo fato de não serem simplesmente uma

soma de parcelas que se expressam da mesma forma e na mesma unidade de

medida, mas sim uma soma de diferentes coisas (bem e serviços). Para tal usa-se

a uma unidade comum, ou seja, a MOEDA.

Esquema para entendimento

Sistema econômico

Empresas Famílias Governo Resto do mundo

Renda e consumo Renda e consumo Renda e consumo Exportações

Poupança (estoques) Poupança Poupança Importações