material de apoio de economia - aluno - 20122 - 10.08.2012
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MATERIAL DE APOIO Disciplina: Economia
Prof. Sylvio Quintino Junior Plano de Ensino
- Aspectos iniciais do estudo da Ciência Econômica;
- Problemas Econômicos Básicos: conceitos de curva de possibilidade de produção e
custos de oportunidade;
- Fluxo Circular de Renda: lado real e monetário; Fluxo dos fatores de produção;
- Introdução à microeconomia;
- Teoria elementar da demanda;
- Teoria elementar da oferta e equilíbrio de mercado;
- Deslocamentos das curvas de demanda e de oferta; mudança do ponto de equilíbrio;
- Elasticidade-preço no mercado de trabalho (com pleno emprego e com desemprego;
- Teoria da produção e custos de produção no curto prazo, tendo com fator variável a mão
de obra;
- Equilíbrio das Estruturas Básicas do Mercado;
- Estruturas de mercado de fatores de produção (monopólio, oligopólio, concorrência
perfeita e imperfeita, monopólio bilateral), e do mercado de bens e serviços (monopsônio,
oligopsônio, concorrência perfeita);
- Introdução à macroeconomia: metas, instrumentos e estrutura;
- Políticas macroeconômicas: objetivos e instrumentos: Politica fiscal,
Política monetária, Política cambial;
- Conceito e teorias de inflação e seus efeitos nos salários (real e
nominal);
Carga horária: 40 hs.
Bibliografia Básica:
Marco Antonio S. Vasconcellos e Manuel E. Garcia, Fundamentos de Economia.
Editora: Saraiva
César Roberto Leite e Sanclayr Luiz, Economia e Mercados. Editora Saraiva
TROSTER, Roberto Luis; MOCHÓN, Francisco Morcillo. Introdução à econômia.
São Paulo: Makron Books.
Bibliografia complementar:
PINHO, Diva Benevides. Manual de Introdução à economia. São Paulo: Saraiva.
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1º ponto – Conhecendo Economia 1. Introdução
Em nosso dia-a dia nos deparamos com inúmeras questões de ordem econômica,
abordada através de jornais, rádio, televisão, revistas etc.
Responda:
Você é capaz de enumerar pelo menos dez questões de ordem econômica
discutidas por esses meios de comunicação no dia a dia?
1.
2.
3
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
Essas questões são abordadas e discutidas por cidadãos comuns, com altas
doses de empirismo e com opiniões diversas acerca do que deve ser adotado pelo
Estado com relação às políticas adequadas para o crescimento econômico do
país.
Em relação ao conhecimento teórico necessário ao estudante de Economia deve-
se ter como foco a área de atuação que o profissional irá ocupar, para então
discutirmos o grau de profundidade quanto ao conhecimento a ser adquirido na
disciplina.
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O importante é que se olhe a Economia como uma ciência que busca analisar os
problemas econômicos e que busca formular soluções para resolvê-los, de forma
a melhorar a nossa qualidade de vida.
Responda
Cabe a você, com base nas leituras efetuadas, definir a luz dos teóricos, qual
o melhor e mais completo conceito para o estudo da Ciência Econômica.
Conceito 1.
Conceito 2.
Esta definição deve conter vários conceitos importantes, que são a base e o objeto
do estudo da Ciência Econômica, tais como: escolha, escassez, necessidades,
recursos, produção, distribuição, etc.
Reflita: Em qualquer sociedade, os recursos são escassos; contudo as
necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se renovam. Portanto isso obriga
a sociedade a escolher entre varias alternativas de produção e de distribuição dos
resultados da atividade produtiva aos vários grupos da sociedade.
Estudo de Caso:
A empresa “X” pretende abrir um filial em um “país em desenvolvimento”, cujo
“sistema econômico” é dotado de “recursos produtivos” até certa forma
equilibrados, com alto grau de “complexidade em suas unidades produtivas” e um
“conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais” , ainda, em
busca de estabilidade de relacionamento entre si.
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Cabe ressaltar que essa empresa matriz atua num “sistema de economia
centralizada” (socialista), e que em função da globalização econômica, cultural e
social, abrirá uma empresa - filial em uma “economia de mercado” (capitalista).
Você deve, com base nas informações acima e as referências bibliográficas
indicadas, emitir um relatório que será enviado a matriz contendo as seguintes
respostas:
1. o que se entende país em desenvolvimento? O Brasil é um exemplo? E por sistema
econômico o que se entende?
2. Que elementos básicos compõem um sistema econômico?
3. Como os sistemas econômicos podem ser classificados?
4. Qual a diferença entre sistema de concorrência pura e de economia mista?
5. Qual a diferença entre Setor Primário, Secundário e Terciário.
6. A Produção econômica pode ser classificada em três categorias (Bens e Serviços
de consumo, Bens e Serviços Intermediários e Bens de Capital). Explique-os.
Percorrida esta primeira etapa, nossa empresa necessita de outras informações
de cunho econômico para dar continuidade ao seu plano de reconhecimento de
mercado.
Entretanto para tal é preciso que se efetue uma análise das diretrizes adotas
pelo governo local quanto aos problemas econômicos fundamentais deste
mercado (que via de regra são quatro perguntas que norteiam as políticas
governamentais).Você deve nesse instante discorrer sobre esses supostos
problemas que devem ser enfrentados pelo governo local para promover o
crescimento econômico do país.
1º
2º
3º
4º
5
2º ponto – Alguns Aspectos Demográficos do Brasil
No ponto anterior vimos que a produção econômica é obtida com a combinação
dos fatores de Produção (Trabalho, Capital e Recursos Naturais).
Neste instante estaremos focando o Trabalho no que diz respeito aos aspectos
demográficos na economia brasileira, porque são as pessoas que organizam e
executam a produção econômica e reverte para si essa produção objetivando
satisfazer suas próprias necessidades.
Para estudar as populações, de onde provém o trabalho, existe a demografia, que
estudava no passado o estado, o movimento e o desenvolvimento das
populações.
Atualmente, preocupa-se também com as causas e conseqüências dos
fenômenos demográficos, conforme abaixo:
1. O estado da população (número, distribuição por sexo, idade, estado civil,
numero e composição das famílias, grau de escolaridade, etc.)
2. Os fenômenos demográficos (nascimentos, casamentos, óbitos, etc.)
3. Os movimentos das populações (tendência para o crescimento, movimentos
migratórios e suas conseqüências, etc.)
A demografia também se preocupa com a população como elemento fundamental
no fenômeno da produção, dividindo a população em duas partes:
1. A população dependente – é aquela que não tem condições de oferecer força
de trabalho (aposentados, idosos, crianças menores de 14 anos e incapazes);
2. E a população ativa – que é aquela que com mais de 14 anos e menos de 65
anos de idade e que são consideradas como população economicamente ativa
e as pessoas que exercem atividades não remuneradas.
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A população economicamente ativa é aquela que está efetivamente integrada no
mercado de trabalho, sendo formada pela população ocupada e pelos
desempregados.
Apresenta-se abaixo dados a respeito da população total do Brasil a partir do
primeiro censo nacional, de 1872.
Com base na fonte fornecida abaixo complete o quadro (1990, 2000 e 2010)
pesquisando no site do IBGE e em seguida calcule a taxa de crescimento.
População Total do Brasil – 1872 a 2010 (em milhares)
Ano População Taxa de
Crescimento
1872 9.930 ________
1890 14.334 ** 44,4%
1900 17.438
1910 22.216
1920 30.636
1930 33.568
1940 41.236
1950 51945
1960 70.993
1970 93.139
1980 119.099
1990
2000
2010
Fonte: IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A tabela a seguir aponta a população economicamente ativa do Brasil de 1940 a
2000 e sua participação em relação à população total.
Com base no site do IBGE ou em outra fonte de pesquisa preencha as
informações que faltam na tabela abaixo referente aos anos de 1990 e 2000,
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calcule o índice percentual de crescimento da PEA a partir de 1950 e a
respectiva taxa de crescimento.
População Total e População Economicamente Ativa do Brasil – 1940 a 2000
(em milhares)
Ano População
Total (1)
População
Economicament
e Ativa ( PEA)
(2)
Porcentage
m
(2) / (1)
%
Taxa de
Crescimento
da PEA
1940 41.236 14.759 * 35,8 XXXXXX
1950 51.945 17.117 16%
1960 70.993 22.651
1970 93.139 28.782
1980 119.099 43.782
1990
2000
2010
Fonte: IBGE
Dicas:
1. Para calcular a taxa de crescimento da população do Brasil, utilizando-se das
informações da tabela da População Total e da Tabela de População
Economicamente Ativa (PEA) faça o seguinte:
A taxa será calculada para período entre os censos.
Por exemplo:
População Total: (População do ano de 1890 dividida pelo ano de 1872
menos 1) e multiplicado por 100. Resultado **44,4%
População Economicamente Ativa : (a PEA do ano de 1950 dividida pela do
ano de 1940 menos 1) e multiplicado por 100. Resultado ** 16 %
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3º ponto – Entendendo a Economia como Ciência
1. Método Dedutivo e Método Indutivo
O Método Dedutivo parte da elaboração de pressupostos gerais a respeito de um
determinado objeto de estudo para atingir o conhecimento do fato isolado, do
detalhe. Parte do geral para o particular.
O Método Indutivo parte da observação direta do detalhe para através de seu
conhecimento, estabelecer os princípios gerais que regem a matéria em estudo.
Parte do particular para o geral.
Apesar da diferença fundamental entre os dois métodos, eles não se excluem e
podem ser usados simultaneamente pelo cientista nas diferentes fases do
processo de investigação acerca dos acontecimentos econômicos.
A razoável disponibilidade de dados numéricos sobre as atividades econômicas
estimulou o uso da Matemática e da Estatística por parte dos economistas.
Com isso surgiu a Econometria.
A econometria é o método de investigação que objetiva confrontar a teoria
econômica com a realidade, através da análise de dados numéricos. Para isso,
utiliza os métodos Indutivo e Dedutivo.
2. Economia Positiva e Economia Normativa
A economia está estreitamente ligada ao comportamento humano, pois estuda as
relações entre as pessoas em uma sociedade enquanto trabalham com um
propósito definido, que é a produção de bens e serviços. Por isso a Economia se
alinha entre as Ciências Sociais.
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O indivíduo que está estudando a Economia de uma sociedade pode depois de
certo tempo, saber com razoável grau de precisão como se dá a produção, a
distribuição e o consumo do produto do trabalho daquela sociedade.
Para exercer tal julgamento acerca das questões de produção e consumo, a
Economia se dividiu em dois ramos, a saber:
Economia Positiva que é o conjunto de métodos e esquemas teóricos que
permitem determinar e entender como se dão os fenômenos econômicos. Estuda
a atividade econômica como ela é.
Economia Normativa é a parte da constatação de como a realidade é ,ou seja,
do entendimento dos mecanismos econômico , para em seguida propor um estado
de coisas, considerado melhor pelo observador. Estuda a atividade econômica
como ela deveria ser.
4º ponto - Curva de Possibilidade Produção
Definição: Curva de Possibilidades de Produção: Indica as quantidades
máximas de bens e de serviços que podem ser produzidos em uma
economia, quando todos os fatores de produção disponíveis estão
empregados.
10
70
60
50
40
30
20
10
5 10 15 20 25 Máquinas
(milhares)
Alimentos
(toneladas)
E
D
C
B
A
Y
Z
Curva (ou fronteira) de possibilidades de produção.
... levam a quedas cada vez maiores
na produção de máquinas
Alimentos
(toneladas)
Máquinas
(milhares)
Acréscimos iguais
na produção de
alimentos...
Curva de possibilidade de produção/custos de oportunidade
crescente.
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Exemplo de CPP
Voltemos ao nosso estudo de caso.
Nossa empresa objeto de estudo precisa definir as quantidades máximas de bens
que podem ser produzidos na economia em que estaremos operando com nossa
empresa –filial .
Para tal é necessário determinar a Curva de Possibilidades de Produção que
indica as quantidades máximas de bens e de serviços que podem ser produzidos
em uma economia, quando todos os fatores de produção disponíveis estão
empregados.
Vamos partir da seguinte hipótese para entendimento acerca do tema:
Imaginemos que essa economia tenha condições de produzir apenas dois tipos de
bens: alimentos e roupas. Se todos os fatores de produção disponíveis fossem
destinados à produção de alimentos, poderia ser obtida a quantidade de 10
12
milhões de toneladas. Naturalmente, nessas condições, não seria obtida uma
única peça de vestuário. Por outro lado, se todos os fatores disponíveis fossem
alocados na produção de roupas, poderiam ser obtidas 20 milhões de peças de
vestuário. Nesse caso, igualmente, não seria produzida uma única tonelada de
alimento.
Esse exemplo esclarece os limites que uma economia tem para produzir o
necessário ao atendimento das necessidades das pessoas.
Para resolver tal impasse, pois as pessoas têm necessidades distintas de
consumo por roupas e alimentos, a economia deve empregar seus recursos de
forma combinada, obtendo os dois gêneros de bens.
Na figura a seguir, está representado graficamente o exemplo dado.
No eixo das abscissas (horizontal), está representada a quantidade de peças de
vestuário que a economia pode produzir. No eixo das ordenadas (vertical) , está
representada a quantidade de alimentos que pode ser produzida.
Alimentos
(milhões de toneladas)
Vestuário
(milhões de peças)
Comentários:
1. A linha que une os pontos P e Q é denominada Curva de Possibilidades de
Produção. Essa curva indica as diferentes quantidades dos dois bens que
q
B
p
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podem ser produzidos em uma economia, quando todos os recursos
disponíveis são utilizados;
2. È importante observar que esse exemplo é bastante simples. Não pode haver
uma economia que produza apenas dois tipos de bens, pela simples razão de
que as pessoas têm mais do que dois tipos de necessidades. Por isso, o
raciocínio deve ser estendido para um grande e diversificado número de bens;
3. É importante frisar também que a Curva de Possibilidades de Produção
pressupõe o pleno emprego dos fatores de produção disponíveis. Em razão
disso, nenhuma quantidade pode estar indicada acima da linha que une os
pontos P e Q, pois essa linha estabelece o limite máximo de disponibilidade e
de emprego dos fatores de produção;
4. A Curva de Possibilidades de Produção é um conceito teórico com o qual se
ilustra como a questão da escassez impõe um limite à capacidade produtiva de
uma sociedade, que terá de fazer escolhas entre alternativas de produção.
5. Devido a escassez de recursos, a produção total de um país tem um limite
máximo, uma produção potencial ou produto de pleno emprego, onde todos os
recursos estão empregados, não há capacidade ociosa;
6. Quando a economia está produzindo com capacidade ociosa ou com
desemprego. Diz-se que os fatores de produção estão sendo subutilizados;
7. Quando um ponto da Curva de Possibilidades de Produção ultrapassa a
capacidade de produção potencial ou de pleno emprego, diz-se que essa
combinação é impossível de ocorrer, pois os fatores de produção e a
tecnologia de que a economia dispõe seriam insuficientes para obter essas
quantidades desses bens.
8. Quando há transferência dos fatores de produção de um bem “A” para um bem
“B”, implica um custo de oportunidade que é igual ao sacrifício de deixar de
produzir parte do bem “A” para produzir mais do bem “B”.
Com base nas informações acima e consulta às bibliografias recomendadas
responda:
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1. Considerando a Curva de Possibilidades de Produção a seguir, diga se
é possível a existência dos pontos A, B e C. Justifique sua resposta.
2. Após estudo preliminar efetuado por nossos técnicos a respeito da
economia em que estaremos atuando, 1) construa graficamente a Curva de
Possibilidades de Produção e 2) faça um relatório para apresentar aos
diretores da empresa-matriz contendo análise da Curva de Possibilidades de
Produção, do Custo de Oportunidade Crescentes e de Deslocamento da
Curva de Possibilidades de Produção.
Informações complementares:
Alternativas de produção Computadores Soja
A 50.000 unidades 0
B 40.000 unidades 60 mil toneladas
C 30.000 unidades 90 mil toneladas
D 20.000 unidades 120 mil toneladas
E 0 140 mil toneladas
Gráfico I: Curva de Possibilidades de Produção
c B
A
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Gráfico II – Curva de Possibilidades de Produção / Custos de Oportunidade
Crescentes
Gráfico III – Deslocamento da Curva de Possibilidades de Produção (
Crescimento Econômico)
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5º ponto – Sistema Econômico
5.1 Definição:
Sistema Econômico
O sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e
econômica pela qual está organizada uma sociedade.
É um particular sistema de organização de produção, distribuição e consumo de
todos os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no
padrão de vida e bem estar.
Os elementos básicos de um sistema econômico são:
Recursos produtivos: incluem os recursos humanos, o capital, a terra, as
reservas naturais e a tecnologia.
Unidades de produção: Constituído pelas empresas
Conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais: que
são a base da organização da sociedade.
5.2 Classificação do Sistema Econômico
Sistema Capitalista: É regido pelas forças de mercado, predominando a
livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.
Sistema Socialista: Nesse sistema as questões econômicas
fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento,
predominando a propriedade pública dos fatores de produção,
chamados nessas economias de meios de produção, englobando os
bens de capital, terra, prédios, bancos e matérias-primas.
Diferente do que predominava no início do séc.xx nos quais os países eram
regidos pelo sistema de economia pura sem a intervenção do Estado, hoje o que
predomina é o sistema de economia mista onde ainda prevalecem as forças de
mercado, mas com a atuação do mercado.
5.3 Classificação da Produção Econômica
Bens de Consumo: destinado diretamente as necessidades humanas.
De acordo com sua durabilidade, podem ser classificados como
duráveis(geladeiras,fogões,automóveis) ou como não-duráveis
(alimentos, produtos de limpeza)
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Bens Intermediários: são bens produzidos e utilizados na produção de
outros bens, não estão disponíveis para o consumo final. Ex: tecido,
lingote de aço produzidos pelas siderurgias.
Bens de Capital: são bens que servem para a produção de outros
bens, especialmente os bens de consumo, mas não se desgastam
totalmente no processo produtivo. Ex: máquinas, equipamentos.
5.4 Composição do sistema Econômico
5.4.1 Setor Primário
O setor primário é o conjunto de atividades econômicas que produzem
matéria-prima. Isto implica geralmente a transformação de recursos naturais em
produtos primários. Muitos produtos do setor primário são considerados como
matérias-primas levadas para outras indústrias, a fim de se transformarem em
produtos industrializados. Os negócios importantes neste setor incluem
agricultura, agronegócio, a pesca, a silvicultura e toda a mineração e indústrias
pedreiras.
As indústrias fabris em sentido diversificado, que agregam, embalam,
empacotam, purificam ou processam as matérias-primas dos produtores primários,
normalmente se consideram parte deste setor, especialmente se a matéria-prima
é inadequada para a venda, ou difícil de transportar a longas distâncias.
Segundo a nomenclatura econômica, o "setor primário" está dividido em seis
atividades econômicas:
Agricultura
Pecuária
Extrativismo vegetal
Caça
Pesca
Mineração
5.4.2 Setor Secundário
O setor secundário é o setor da economia que transforma produtos naturais
produzidos pelo setor primário em produtos de consumo, ou em máquinas
industriais (produtos a serem utilizados por outros estabelecimentos do setor
secundário). Geralmente apresenta porcentagens bastante relevantes nas
sociedades desenvolvidas. É nesse setor, que podemos dizer que a matéria-prima
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é transformada em um produto manufaturado. A indústria e a construção civil são,
portanto, atividades desse setor.Existe grande utilização do fator capital.
5.4.3 Setor Terciário
O setor terciário no contexto da economia, envolve a comercialização de
produtos em geral, e o oferecimento de serviços comerciais, pessoais ou
comunitários, a terceiros.Basicamente o setor terciário é o setor que recebe as
matérias do setor secundário e os distribui para o consumidor.
Atualmente o setor terciário encontra-se extremamente diversificado. As
sociedades mais antigas já conheciam algumas atividades, porém, com a intensa
indústrialização que nos últimos dois séculos vem ocorrendo praticamente no
mundo inteiro, o setor terciário diversificou-se, tornando-se mais complexo. Esse é
o setor da economia que mais cresce nas últimas décadas. Os principais tipos de
serviço desse setor são as indústrias de bens de servicos como os correios e os
mais diversos bens públicos. [
Nesse setor terciário observam-se avanços tecnológicos e mudanças
estruturais muito importantes. O seu ramo moderno, como o de cadeias de
restaurantes, farmácias, supermercados etc. Requer uma mão-de-obra mais
qualificada para o trabalho, o que dificulta o seu desenvolvimento muito rápido nas
regiões mais pobres, carentes desse tipo de mão-de-obra. O setor terciário é,
geralmente, a principal fonte de renda dos países desenvolvidos.
5.5 Fluxos do Sistema Econômico
Existem dois tipos de fluxos num sistema econômico
1º - Fluxo Real: formado pelos bens e serviços produzidos no sistema
econômico, que também recebe o nome de Produto. (constitui a chamada
oferta da economia)
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Famílias
Demanda
Oferta
Mercado de bens e serviços
Mercado de fa tores de produção
Empresas
Oferta
Demanda
Fluxo Real da economia.
2º - Fluxo Nominal ou Monetário: formado pelo pagamento que os fatores de
produção recebem durante o processo produtivo, também denominados
Renda. ((constitui a chamada Demanda ou procura da economia)).
A Oferta e a Demanda são as duas funções mais importantes de um sistema
econômico. Essas duas funções formam o Mercado onde as pessoas que
querem vender se encontram com pessoas que querem comprar.
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Famílias Empresas
Pagamento dos bens e serviços
Remuneração dos fatores de produção
Fluxo Monetário da economia.
FLUXO CIRCULAR DE RENDA
Mercado de bens e serviços
Mercado de fa tores de produção
Para quem produzir
Como produzir EmpresasFamília
O quê e quanto produzir Oferta de
bens e serviços
Oferta de
bens e serviços
Oferta de
serviços dos
fatores de
produção
Oferta de
serviços dos
fatores de
produção
Fluxo monetário
Fluxo real (bens e serviços)
Fluxo Circular de renda.
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6º ponto -
Inter-relação da Economia com outras áreas do conhecimento
Trata-se da importante relação existente entre a Economia e outras áreas do
conhecimento, tais como:
Física e Biologia;
Matemática e Estatística;
Política;
História;
Geografia;
Moral; Justiça e Filosofia.
Com base nas referências bibliográficas efetue um breve comentário citando
exemplos da importância de cada área para melhor compreensão da Ciência
Econômica.
A Economia e o Direito
Sabe-se que as relações econômicas estão condicionadas a um arcabouço de
normas jurídicas, editadas por um Estado soberano, para um certo povo, em
um determinado território. Não é possível imaginar uma sociedade moderna
funcionando sem um sistema jurídico cuidadosamente formulado, com suas
normas, tribunais e sanções legítimas, conhecidas e aceitas pela população.
Assim alguns conceitos da Economia estão relacionados, ou dependem do
quadro de normas jurídicas do país.
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7º ponto - Divisão do estudo econômico
A análise econômica, para fins mercadológicos e estudos didáticos, é
normalmente dividida em quatro áreas de estudo:
Microeconomia ou Teoria de Formação de Preços: tem por finalidade estudar a
formação de preços em mercados específicos, ou seja, como consumidores e
empresas interagem no mercado e como decidem os preços e a quantidade para
satisfazer a ambos simultaneamente.
Macroeconomia: tem por finalidade estudar a determinação e o comportamento
dos grandes agregados nacionais, como o produto nacional bruto (PIB),
investimento agregado, a poupança agregada, o nível gral de preços, entre outros.
Seu enfoque é basicamente de curto prazo (ou conjuntural).
Economia Internacional: Tem por finalidade estudar as relações econômicas
entre residentes e não residentes do País, as quais envolvem transações com
bens e serviços e transações financeiras.
Desenvolvimento Econômico: Preocupa-se com a melhoria do padrão de vida
da coletividade ao longo do tempo. O enfoque é também macroeconômico, mas
centrado em questões estruturais e de longo prazo (progresso tecnológico,
estratégias de crescimento, etc.).
23
8º ponto – Introdução à Microeconomia
8.1. Microeconomia ou Teoria de Formação de Preços: tem por finalidade
estudar a formação de preços em mercados específicos, ou seja, como
consumidores e empresas interagem no mercado e como decidem os preços e a
quantidade para satisfazer a ambos simultaneamente;
“Microeconomia” não se deve confundir com “Economia de Empresas” que tem
por foco principal a visão contábil-financeira na formação do preço de venda de
seu produto, baseados nos custos de produção; p
8.2. Pressupostos básicos da Análise Microeconômica
1º - A hipótese Coeteris Paribus
Para analisar um mercado especifico a Microeconomia se vale da hipótese de
que “tudo o mais permanece constante”.
Adotando-se essa hipótese é possível o estudo de um determinado mercado
selecionando-se apenas as variáveis (renda, preço, demanda e oferta) que
influenciam os agentes econômicos – consumidores e produtores.
Exemplo: Para analisar o efeito do preço sobre a procura, supomos que a renda
permaneça constante (coeteris paribus); da mesma forma, para avaliar a relação
entre a procura e a renda dos consumidores, supomos que o preço da mercadoria
não varie. Temos assim coeteris paribus nessa relação.
2ª - Papel dos preços relativos
Na análise Microeconômica, são mais importantes os preços relativos, isto é, os
preços de um bem em relação aos demais, do que os preços absolutos (isolados)
das mercadorias.
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8.3. Aplicações da Analise Microeconômica.
Nas Empresas pode subsidiar as seguintes decisões:
a) política de preços;
b) previsões de demanda e de faturamento;
c) previsões de custos de produção;
d) decisões ótimas de produção - combinação dos fatores de produção;
e) avaliação e elaboração de projetos de investimentos;
f) política de propaganda e publicidade;
g) localização da empresa;
h) diferenciação de mercados.
Na Política Econômica pode subsidiar as seguintes decisões e questões:
a) efeitos de impostos dobre os mercados específicos;
b) política de subsídios;
c) controle de preços;
d) fixação de preços mínimos na agricultura;
e) política salarial;
f) política de tarifas publicas;
g) política de preços públicos;
h) leis antitruste.
8.4. Divisão do Estudo Microeconômico
Analise da Demanda: A Teoria da Demanda se divide em Teoria do
Consumidor (demanda individual) e Teoria da Demanda de Mercado.
Analise da Oferta: Divide-se em Oferta da Firma Individual e Oferta de
Mercado. Dentro da Analise da Firma são abordadas as Teoria da
Produção, que analisa as relações entre quantidades físicas entre o produto
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e os fatores de produção, e a Teoria dos Custos de Produção, que
incorpora, além das quantidades físicas, os preços dos insumos.
Analise das Estruturas de Mercado: São avaliados os efeitos da oferta e
da demanda, tanto no mercado de bens e serviços, quanto no mercado de
fatores de produção, no que diz respeito a competitividade entre as
empresas atuantes ou a concentração em poucas ou única empresa.
As estruturas de mercado de fatores de produção.
1ª - Concorrência Perfeita
A Concorrência Perfeita corresponde a uma situação limite em que nenhuma
empresa e nenhum consumidor têm poder suficiente para influenciar o preço de
mercado. Para que tal situação se verifique é necessário que se verifiquem
determinadas condições como:
Existência de um grande número de empresas a produzir o mesmo produto
ou serviço (bem) e com dimensão e estrutura de custos semelhante;
Existência de um grande número de consumidores e todos com a mesma
informação disponível sobre a oferta existente no mercado;
Existência de homogeneidade nos produtos ou serviços oferecidos no
mercado;
Inexistência de barreiras à entrada ou à saída de empresas no mercado.
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7
Fundamentos da Economia – Marco Antonio S. Vasconcellos Manuel E. Garcia – Editora Saraiva
ESTRUTURAS DE MERCADO
Oferta do
mercadoOferta da
empresa
Demanda
da empresa
Demanda de
mercado
Equilíbrio de mercado Equilíbrio da empresa
( )a ( )bP
P0
Q0 Q
P
Figura 7.1 Concorrência perfeita.
2ª - Concorrência Imperfeita
Uma situação de Concorrência Imperfeita corresponde a uma estrutura
de mercado em que não se verifica a concorrência perfeita, ou seja, em que
existe pelo menos uma empresa ou consumidor com poder suficiente para
influenciar o preço de mercado. São exemplos de situações de
concorrência imperfeita os monopólios, oligopólios e concorrência
monopolística.
27
7
Fundamentos da Economia – Marco Antonio S. Vasconcellos Manuel E. Garcia – Editora Saraiva
ESTRUTURAS DE MERCADO
P
Q
Demanda de mercado
(= Demanda da firma
monopolista)
Figura 7.2 Monopólio.
7
Fundamentos da Economia – Marco Antonio S. Vasconcellos Manuel E. Garcia – Editora Saraiva
ESTRUTURAS DE MERCADO
1. Quanto ao núme- Muito grande. Só há uma empresa. Pequeno. Grande.
ro de empresas
2. Quanto ao pro- Homogêneo. Não Não há substitutos Pode ser homogê- Diferenciado.
duto há quaisquer dife- próximos. neo ou diferenciado.
renças.
3. Quanto ao con- Não há possibilida- As empresas têm Embora dificultado Pouca margem de
trole das empresas des de manobras grande poder para pela interdepen- manobra, devido à
sobre os preços pelas empresas. manter preços rela- dência entre as em- existência de substi-
tivamente elevados, presas, essas tendem tutos próximos.
sobretudo quando a formar cartéis con-
não há intervenções trolando preços e
restritivas do gover- quotas de produção.
no (leis antitrustes).
4. Quanto à concor- Não é possível nem A empresa geralmen- É intensa, sobretudo É intensa, exercen-
rência extrapreço seria eficaz. te recorre a campa- quando há diferencia- do-se pelas diferen-
nhas institucionais, ção do produto. ças físicas, de em-
para salvaguardar sua balagens e presta-
imagem. ção de serviços com-
plementares.
5. Quanto às con- Não há barreiras. Barreiras ao acesso Barreiras ao acesso Não há barreiras.
dições de ingresso de novas empresas. de novas empresas.
na indústria
CaracterísticasConcorrência
perfeitaMonopólio Oligopólio
Concorrência
monopolística
Quadro 7.1 Principais características das estruturas básicas do mercado
28
3ª - Monopsônio
Em economia, monopsônio é uma forma de mercado com apenas um
comprador, chamado de monopsonista, e inúmeros vendedores. É um tipo de
competição imperfeita, inverso ao caso do monopólio, onde existe apenas um
vendedor e vários compradores
4ª - Oligopsônio
Em economia, oligopsônio é uma forma de mercado com poucos
compradores, chamados de oligopsonistas, e inúmeros vendedores. É um tipo de
competição imperfeita, inverso ao caso do oligopólio, onde existem apenas alguns
vendedores e vários compradores.
Os oligopsonistas tem poder de mercado, devido ao fato de poderem influenciar
os preços de determinado bem, variando apenas a quantidade comprada. Os seus
ganhos dependem da elasticidade da oferta. Seria uma situação intermediária
entre a de monopsônio e a de mercado plenamente competitivo.
Teoria do Equilíbrio Geral: Leva em conta as inter relações entre todos os
mercados. Procura analisar se o comportamento independente de cada agente
econômico conduz todos a uma posição de equilíbrio global, embora todos
sejam interdependentes.
29
9º ponto – DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO.
Demanda de mercado
1. Demanda: Quantidade de um determinado bem/serviço que os consumidores
desejam adquirir em um determinado período de tempo.
A procura depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor. São
elas:
a) Preço do bem ou serviço;
b) Preço de outros bens;
c) Renda do consumidor;
d) Gosto;
e) Preferências do individuo.
30
Relação entre quantidade demandada e preço do bem: a chamada Lei Geral da
Demanda.
Há uma relação inversamente proporcional entre quantidade procurada e o
preço do bem, “coeteris paribus”, denominada Lei Geral da Demanda.
Essa relação pode ser observada a partir de:
a) Escala de Procura;
b) Curva de procura ou Função Demanda.
Exemplo:
a) Escala de Procura
Alternativa de preço ($) do bem
“X”
Quantidade demandada
(unidades)
1,00 12.000
3,00 8.000
6,00 4.000
8,00 3.000
10,00 2.000
b) Curva de Procura
Função matemática - Qd = f (P)
31
Distinção entre Demanda e Quantidade Demandada
Demanda: É toda a escala ou curva de procura que relaciona os possíveis preços
a determinadas quantidades.
Quantidade Demandada: é o ponto especifico da curva relacionando um preço a
uma quantidade.
Alternativa de preço ($) Quantidade demanda
1,00
3,00
6,00
8,00
10,00
11.000
9.000
6.000
4.000
2.000
Vejamos um Exemplo - Escala de procura produto “X”
32
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000
Curva de procura do bem X.
P1
P
P0
Q1Q0
Q
D
A
B
Alteração na quantidade demandada.
33
Exemplo (a) alteração na Demanda
Preço antes do aumento da Renda (Demanda Do).
Preço depois do aumento da Renda (Demanda D1).
Antes do aumento da renda Após o aumento da renda
• Ao preço P0, o consumidor pode
comprar Q0
• Ao preço P1, o consumidor pode
comprar Q1
• Ao mesmo preço P0, o consumidor
pode comprar Q2
• Ao mesmo preço P1, o consumidor
pode comprar Q3
P1
P
Q
P0
D1
D0
Q1 Q0 Q3 Q2
Simulação de Alteração na demanda.
34
Antes do aumento da renda Após o aumento da renda
• Ao preço P0, o consumidor pode
comprar Q0
• Ao preço P1, o consumidor pode
comprar Q1
• Ao mesmo preço P0, o consumidor
pode comprar Q2
• Ao mesmo preço P1, o consumidor
pode comprar Q3
P1
P
Q
P0
D1
D0
Q1 Q0 Q3 Q2
Simulação de Alteração na demanda.
Caso haja aumento de Renda a demanda passa de Do para D1.
Oferta de Mercado
Oferta: É a quantidade de um bem que os produtores desejam oferecer ao
mercado em um determinado período de tempo.
A oferta depende de vários fatores. São eles:
a) De seu próprio preço;
b) Dos demais preços;
c) Do preço dos fatores de produção;
d) Das preferências do empresário;
e) Da tecnologia.
35
Preço ($) Quantidade ofertada
1,00
3,00
6,00
8,00
10,00
1.000
3.000
6.000
8.000
10.000
Vejamos um Exemplo de Escala de oferta produto “X”
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
2.000 4.000 6.000 8.00010.000 12.00014.000
Curva de oferta do bem X.
36
Figura - Alteração da quantidade ofertada e da oferta.
P
P1
P0
O
QQ0 Q1
(a) Aumento na quantidade ofertada
P
P0
QQ0Q1
(b) Diminuição da oferta
O0O1P
P0
QQ0 Q1
(c) Aumento da oferta
O0 O1
Exemplo:
Preço ($) do bem
“X”
Quantidade Ofertada
(unidades)
1,00 1.000
3,00 5.000
6,00 9.000
8,00 11.000
10,00 13.000
Graficamente a Curva de Oferta pode ser demonstrada a seguir
37
Função Matemática: Qo = f (p)
Distinção entre Oferta e Quantidade Ofertada
Oferta: refere-se à escala (ou toda a curva)
Quantidade Ofertada: refere-se a um ponto especifico da curva de oferta. Exemplos:
a) Aumento no preço do bem provoca um “aumento” de quantidade ofertada, “coeteris paribus”.
Há o deslocamento da esquerda para a direita de Qo para Q1
Há um aumento do preço de P0 para P1.
38
b) Aumento no custo das matérias primas provoca uma “queda” na oferta: mantido o mesmo preço, “coeteris paribus”.
Há o deslocamento da direita para esquerda de Q2 para Q1.
Mantém-se o preço inalterado P0.
c) Diminuição no preço de insumos, melhoria tecnológica ou aumento no
número de empresas no mercado, conduz a um “aumento” da oferta.
Há o deslocamento da curva de oferta para a direita;
Mantém-se o preço P0.
EQUILIBRIO DE MERCADO.
Lei da Oferta e da procura: tendência ao Equilíbrio
39
A interação das curvas de demanda e de oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.
Quantidade
Quantidade demanda
Procurada Ofertada
Preço ($)
1,00
3,00
6,00
8,00
10,00
11.000
9.000
6.000
4.000
2.000
1.000
3.000
6.000
8.000
10.000
Excesso de procura (escassez de oferta)
Excesso de procura (escassez de oferta)
Equilíbrio entre oferta e procura
Excesso de oferta (escassez de procura)
Excesso de oferta (escassez de procura)
Oferta e demanda do bem X
P
B
Q2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.00014.000
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
E
A
D
O
Gráfico - Equilíbrio de mercado.
40
Exemplo: 1. Tendência ao Equilíbrio
Preço Qtde procurada Qtde. ofertada Situação de mercado
1,00 11 1 Excesso de procura (escassez
de oferta)
3,00 9 3 Excesso de
procura (escassez de oferta)
4,00 6 6 Equilíbrio entre a oferta e procura
8,00 4 8 Excesso de oferta (escassez de procura)
10,00 2 10 Excesso de oferta (escassez de
procura)
Graficamente:
Análise do gráfico acima: Ponto “A”: Escassez do produto Ponto “B”: Excesso do produto.
Exemplo 2. Deslocamento das Curvas de Demanda e de Oferta.
41
Preço
do bem x
A
BP1
P0
D0 D1
O
Q0 Q1 Quantidade
do bem x
Gráfico - Deslocamento do ponto de equilíbrio.
Graficamente:
Análise da primeira situação acima: Os consumidores obtêm um aumento da renda “real”. Ponto “A”: situação de equilíbrio “inicial” de demanda (D0)
42
Ponto “B”: Deslocamento da curva de Demanda (D1); Nova situação de Demanda; Excesso de Demanda caso os preços permaneçam em P0.
Exemplo 2. Deslocamento das Curvas de Demanda e de Oferta.
Graficamente:
Análise da segunda situação acima: Caso haja uma diminuição dos preços das matérias primas usadas na produção do bem “X”.
Ponto “A”: situação de equilíbrio “inicial” de Oferta (O0)
Ponto “B”: Deslocamento da curva de Oferta (O1) para a direita (Oo); Nova situação de Oferta; Preço de Equilíbrio menor e quantidade maior.
10º ponto - Interferência do Governo no Equilíbrio do Mercado.
43
O
Pmín
Q’0 Q0
Pcons
Subsíd io
Excedente
D
P
Q
Fixação do preço mínimo. Intervenção do Governo
Introdução
O governo interfere na formação de preços de mercado, em nível macro, quando
fixa impostos e subsídios, estabelece os critérios de reajuste do salário mínimo,
fixa preços mínimos para produtos agrícolas, decreta tabelamento ou, ainda,
congelamento de preços e salários.
Estabelecimento de Tributos
Os tributos se dividem em impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Os impostos se dividem em:
Impostos indiretos: incidem diretamente sobre o consumo ou sobre as vendas –
ex: ICMS, IPI.
Impostos Diretos: incidem sobre a renda - ex: IR.
Impostos ad valorem: é um percentual aplicado sobre o valor da venda: alíquota
(IPI) que incide sobre o preço do produto. Esse percentual permanece inalterado,
enquanto o valor do produto pode se alterar.
44
Política de preços mínimos na Agricultura
Trata-se de uma política que visa dar uma garantia de preços ao produtor agrícola,
protegendo-o das flutuações dos preços de mercado.
O governo, antes do inicio do plantio, garante um preço que ele pagará após a
colheita do produto. Se por ocasião da colheita, os preços de mercado forem
superiores aos preços mínimos, o agricultor preferirá vende-lo no mercado.
Contudo, se os preços mínimos forem superiores aos preços de mercado, o
produtor preferirá sua produção para o governo ao preço anteriormente fixado.
Nesse caso, com o preço mínimo acima do preço de equilíbrio de mercado,
teremos um excedente de produto adquirido pelo governo, que será utilizado como
estoque regulador em momentos subseqüentes do tempo.
Nesse caso o governo poderá adotar dois tipos de alternativas de políticas:
a) Comprar o excedente (Qo menos Qo’) ao preço mínimo (Pmin);
b) Pagar subsidio no preço: o governo deixa os produtores colocarem no mercado
toda a produção Qo’, que provocará uma grande queda do preço pago pelos
consumidores (Pcons). Os produtores receberão Pmin , e o governo bancará a
diferença (Pmin menos Pcons).
Tabelamento
Refere-se à intervenção do governo no sistema de preços de mercado visando
coibir abusos por parte dos vendedores, controlar os preços de bens de primeira
necessidade ou então refrear o processo inflacionário.
45
11º ponto
Elasticidade –Preço da Demanda
Definição: é o conceito que mede a reação dos consumidores às variações de
preço. Formalmente, a elasticidade é o quociente da variação percentual da
quantidade demandada de um bem pela variação percentual no preço do mesmo
bem, coeteris paribus.
Ep =
Onde:
Ep = Elasticidade - preço da demanda
∆q = Variação na quantidade demandada
Q = Quantidade demandada
∆p = variação no preço do bem.
Exemplo:Considere a curva de demanda abaixo, que representa a curva de
demanda por carne.
Graficamente:
Suponhamos que os consumidores estejam sobre o ponto “A” na curva de demanda,
onde adquirem, ao preço de R$10, 00, 5 kg por semana.
46
Consideremos, agora, que o preço da carne suba para R$15,00 e verifiquemos, com o
auxilio do conceito de elasticidade, qual será a reação dos consumidores a esse aumento
de preço.
Cálculo:
Conclui-se que:
i. A variação percentual na quantidade é de ________%;
ii. A variação percentual no preço é de _______%
iii. A elasticidade-preço da demanda por carne é de _____
No exemplo que acabamos de discutir, a reação dos consumidores na demanda
por carne foi proporcionalmente___________ do que o aumento de preços, pois
enquanto o aumento de preços foi de _____%, a diminuição na demanda por
carne foi de ______%.
Com base no valor da elasticidade – preço da demanda, sem considerarmos o
sinal, a demanda dos bens pode ser classificada em três categorias:
1. Demanda com elasticidade unitária: bens cuja elasticidade – preço da
demanda é igual a 1 (um);
47
2. Demanda Inelástica: bens cuja elasticidade – preço da demanda é menor que
1 (um);
3. Demanda Elástica: bens cuja elasticidade – preço da demanda é maior que 1
(um);
Exercício de Fixação
Suponhamos os seguintes dados:
Po preço inicial = $ 20,00
P1 = preço final = $ 16,00
Qo = Quantidade demandada, ao preço Po = 30.
Q1 = Quantidade demandada, ao preço P1 = 39.
Calcule a elasticidade – preço da demanda e classifique-a.
Fatores que influenciam o Grau de elasticidade –preço da demanda
Afinal o que faz com que alguns bens tenham demanda elástica ou inelástica, isto
é, que fatores explicam os valores obtidos para a elasticidade – preço da demanda?
1. Disponibilidade de bens substitutos – Quanto mais substitutos houver para um bem, mais elástica será a demanda.
2. Essencialidade do bem: Se o bem é essencial, será pouco sensível à variação de preço; terá, portanto, demanda inelástica.
3. Importância do bem, quanto a seu gasto, no orçamento do consumidor: Quanto mais importante o gasto referente a um determinado bem em relação ao gasto total do consumidor, mais sensível torna-se o consumidor a alterações em
seu preço, ou seja, a demanda é mais elástica.
48
Bens Complementares e Bens Substitutos Definições:
Bens Complementares: são aqueles que precisam ser consumidos juntos para gerar satisfação máxima para as pessoas. (arroz e feijão)
Bens Substitutos: são aqueles que podem ser substituídos no consumo, gerando satisfação igual ou semelhante para o consumidor. (manteiga e margarina)
Elasticidade Cruzada da Procura
É o conceito que mede os reflexos da variação do preço de um bem sobre a quantidade demandada de outro bem.
A formula algébrica da Elasticidade Cruzada é:
Ec =
Onde:
Ec = elasticidade cruzada da procura ∆Qa = variação na quantidade demandada do bem “A”; Qa = quantidade demandada do bem “A”;
∆pb = variação do preço do bem “B”; Pb = preço do bem “B”.
49
Exemplo: Suponhamos que temos apresentadas às curvas de demanda por calças e por
camisas.
Demanda por calças (B) Demanda por camisas (A)
Suponhamos que um consumidor esteja no ponto “A” da curva de demanda por
calças, adquirindo três calças ao preço de $ 100,00 cada uma, e no ponto “C” da
curva de demanda por camisas, comprando cinco camisas. Imaginemos, agora,
que por uma razão qualquer o preço das calças suba para $ 150,00.
Calculemos então a Elasticidade Cruzada da Procura entre os bens calças e
camisas.
Assim a elasticidade cruzada da procura de calças e camisas é igual a
_________.
Conclui-se que as relações de complementaridade implicam numa elasticidade
cruzada com sinal negativo, enquanto as relações de substitutibilidade são
expressas por elasticidades cruzadas com sinal positivo.
50
12º ponto - Teoria da Produção
Tem sua preocupação com o lado da oferta do mercado, ou seja, com os
produtores, que vão oferecer aos consumidores os bens e serviços por eles
produzidos.
Alguns conceitos importantes para entendimento da Teoria da Produção:
a) Firma ou Empresa: é uma unidade técnica que combina os fatores de
produção para produzir bens e serviços;
b) Fatores de produção: são os elementos transformados durante o processo de
produção. São classificados em três categorias: trabalho, capital e recursos
materiais;
c) Produção: é o processo que combina e transforma os fatores de produção
adquiridos pela empresa, visando criar bens ou serviços que serão ofertados
no mercado.
Função de Produção
É a relação técnica que associa as diferentes quantidades de fatores de produção
empregados no processo produtivo às quantidades produzidas de bens ou de
serviços, podendo ser representada através da expressão:
Q = f (K, L).
Onde: Q = quantidade produzida do bem;
K = quantidade empregada de fator capital; L = quantidade empregada de fator trabalho.
Essa expressão significa que a quantidade produzida do bem depende, ou é
função, das quantidades empregadas dos fatores capital e trabalho.
51
Exemplo: O quadro a seguir ilustra uma função de produção:
FUNÇÃO DE PRODUÇÃO
Q K L
*4 5 6
5 6 7
6 7 8
7 8 9
*Isso significa que quatro unidades do bem são produzidas com
cinco unidades de capital e seis unidades de trabalho e assim por diante.
Exercício: A função de produção de um fábrica de parafusos que utiliza os fatores trabalho e
capital é dada pela expressão: Q = 200 + 30 K + 25 L
Qual será a produção de parafusos, se forem empregadas: a) 10 unidades de capital e 50 de trabalho?
b) 05 unidades de capital e 40 de trabalho? Resposta:
13º ponto – Custo de Produção, Receita e Lucro.
Conceitos: Custo de Produção: são os gastos do empresário com a aquisição dos fatores de
produção necessários ao desenvolvimento de suas atividades. Receita: é a quantia que o empresário recebe quando vende sua produção.
Lucro Total: é a diferença entre a receita do empresário e o seu custo de produção.
52
Partindo dos conceitos dados vamos aplicá-los a um exemplo: CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO
Vamos imaginar que o empresário pague pelo fator capital $ 3,00 por unidade e que o fator trabalho seja contratado a $ 2,00 a unidade. Assim podemos calcular o
Custo Total para essa produção.
CUSTO DE PRODUÇÃO
Q K L CT
4 5 (x $3,00) 6 (x $ 2,00) 27
5 6 7 32
6 7 8 37
7 8 9 42
RECEITA DO EMPRESÁRIO
Suponhamos que unidade do bem seja vendida por $ 8,00. Assim podemos calcular receita Total para essa produção vendida.
RECEITA DO EMPRESÁRIO
Q K L CT RT
4 5 6 27 32
5 6 7 32 40
6 7 8 37 48
7 8 9 42 56
LUCRO DO EMPRESÁRIO
LUCRO DO EMPRESÁRIO
Q K L CT RT LT (RT –
CT)
4 5 6 27 32 5
5 6 7 32 40 8
6 7 8 37 48 11
7 8 9 42 56 14
53
Recapitulando
Custos de Produção: total de despesas realizadas pela firma com a utilização de
combinação mais econômica dos fatores, por meio da qual é obtida determinada quantidade do produto.
Os custos totais são divididos em Custos Variáveis Totais e Custos Fixos Totais.
CT = CVT + CFT
Custos Variáveis Totais: parcela dos custos totais que depende da produção e por
isso muda com a variação do volume de produção. Custos Fixos Totais: correspondem à parcela dos custos totais que independem
da produção. Outros conceitos:
Custos Médios e Marginais
Custo Total Médio: CT / total da quantidade produzida
Custo Variável Médio: CVT / total da quantidade produzida
Custo Fixo Médio: CFT / total da quantidade produzida
Custo Marginal: (CMg): é dado pela variação do custo total em resposta a
uma variação da quantidade produzida. CMg = ∆CT / ∆q
Onde: ∆CT = variação do custo total ∆q = acréscimo de 01 unidade na produção
Formato das Curvas de Custos: A Lei dos Custos Crescentes
Produção total
CFT ($)
CVT ($)
CT ($)
CFm ($)
CVm ($)
Cm CMg
0 10,00 0 10
1 10,00 5,00 15,00 10,00 5,00 15,00 5,00
2 10,00 8,00
3 10,00 10,00
4 10,00 11,00
5 10,00 13,00
6 10,00 16,00
54
7 10,00 20,00
8 10,00 25,00
9 10,00 31,00
10 10,00 38,00
11 10,00 46,00
Maximização dos Lucros
Maximização do Lucro Total Lucro Total: diferença entre as receitas de vendas da empresa e seus custos
totais de produção
LT = RT – CT Receita Marginal: acréscimo da receita total da empresa quando essa vende uma
unidade adicional de seu produto. Custo Marginal: (CMg): é o acréscimo do custo total de produção da empresa
quando essa produz uma unidade adicional de seu produto. Raciocínio
RMg = CMg
Suponhamos que a empresa esteja num ponto de produção em que a receita marginal supera o custo marginal ( RMg maior CMg). Nesse caso o empresário terá interesse em aumentar a produção, porque cada unidade adicional fabricada
aumenta seus lucros, já que sua receita marginal é maior que o custo marginal. O inverso é verdadeiro, ou seja, quando o empresário tem RMg menor CMg
esse se sente desmotivado a produzir. Maximização do lucro Total
Produção e Vendas
CT ($)
Preço unitário
de mercado ($)
RT ($)
LT ($)
CMg ($)
RMg ($)
0 10,00 5,00
1 15,00 5,00 5,00 -10,00 5,00 5,00
2 18,00 5,00
3 20,00 5,00
4 21,00 5,00
5 23,00 5,00
55
6 26,00 5,00
7 30,00 5,00
8 35,00 5,00
9 41,00 5,00
10 48,00 5,00
11 56,00 5,00
Supondo uma firma em um mercado de concorrência perfeita
Veja que para o nível de produção de 08 unidades, quando RMg = CMg, tem-se o
lucro máximo no valor de $5,00
14º ponto
Elasticidade – Preço da Oferta
Definição: é o conceito que mede a reação dos produtores às variações de preço.
A elasticidade-preço da oferta é a razão entre a variação percentual da quantidade
ofertada de um bem pela variação percentual no preço do mesmo bem, coeteris
paribus.
Ep =
Onde:
Ep = Elasticidade - preço da oferta
∆Q = Variação na quantidade ofertada
Q = Quantidade ofertada
∆P = variação no preço do bem.
P = preço do bem.
Exemplo: Considere a curva de oferta abaixo, que representa a curva de oferta
por sapato.
56
Graficamente:
Suponhamos que o empresário esteja sobre o ponto “A” na curva de oferta, onde
oferta 200 pares de sapatos ao preço de R$100,00.
Consideremos, agora, que o preço do par suba para R$150,00 (ponto B) e o
empresário esteja disposto a produzir 250 pares.
Verifiquemos, com o auxilio do conceito de elasticidade-preço da oferta, qual será
a reação do empresário a esse aumento de preço.
Cálculo:
57
Conclui-se que:
i. A variação percentual na quantidade é de ________%;
ii. A variação percentual no preço é de _______%
iii. A elasticidade-preço da oferta por sapato é de _____
No exemplo dado, a resposta do empresário na oferta por sapatos foi
proporcionalmente ___________ , pois enquanto o aumento de preços foi de
_____%, o empresário aumentou sua produção em apenas ______%.
Com base no valor da elasticidade – preço da oferta, sem considerarmos o sinal, a
oferta dos bens pode ser classificada em três categorias:
1. Oferta com elasticidade unitária: bens cuja elasticidade – preço da oferta é
igual a 1 (um);
2. Oferta Inelástica: é a curva de oferta de bens cuja resposta, em termos de
produção, é proporcionalmente menor do que a variação do preço do bem, sendo
a elasticidade – preço da oferta menor que 1 (um);
3. Oferta Elástica: é a curva de oferta de bens cuja resposta, em termos de
produção, é proporcionalmente maior do que a variação do preço do bem, sendo
a elasticidade – preço da oferta maior que 1 (um);
Exercício de Fixação
Suponhamos os seguintes dados:
Po (preço inicial) = $ 16,00
P1 (preço final) = $ 20,00
Qo = Quantidade ofertada, ao preço Po = 30.
Q1 = Quantidade ofertada, ao preço P1 = 39.
Calcule a elasticidade – preço da oferta e classifique-a.
58
15º Ponto
Introdução à Macroeconomia
1. RENDA E PRODUTO
Objetivo fundamental da MACROECONOMIA: determinar os fatores que
influenciam o nível total da renda e do produto do sistema econômico
Pergunta-se:
1ª - Por que os economistas, sobretudo neste século, se preocupam em
medir a produção realizada pelo sistema econômico?
Respostas:
1ª - O problema fundamental da economia é a escassez de recursos. Daí, concluí-
se que a combinação de fatores de produção é o ponto de partida juntamente com
necessidade de se manter registros da atividade econômica ao longo do tempo,
que permitam essa análise;
2ª - Porque fatos históricos recentes contribuíram para isso. São eles:
• Crise econômica de 1929 com a redução das atividades econômicas
gerando desemprego em massa;
• Guerras Mundiais, necessidades de rever sistemas de produção, avaliar e
medir as atividades econômicas, surgimento da contabilidade social ou
nacional que nos dá, em termos quantitativos, o desempenho global da
economia.
2ª pergunta - Como medir a produção realizada pelo Sistema Econômico?
Respostas:
1º - Adotando, inicialmente um período (exercício civil - ano) para medir a
produção;
2º - Adotando uma unidade de medida comum a todos os produtos e serviços
produzidos – o PREÇO. (quantidade produzida X preço unitário) e;
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3º - Essa medida de produção será efetuada sob duas óticas:
a) Sob a ótica do consumo final, ou seja, somente os produtos e serviços
produzidos que visem atender o consumo final. (produtos intermediários não
entram) – ex -auto
b) Sob a ótica da Renda, ou seja, que a renda de uma economia é a soma
da remuneração (salários, alugueres, juros, lucros) paga aos fatores de produção
durante o processo produtivo.
2. AGREGADOS MACROECONOMICOS
Recebem essa denominação pelo fato de não serem simplesmente uma
soma de parcelas que se expressam da mesma forma e na mesma unidade de
medida, mas sim uma soma de diferentes coisas (bem e serviços). Para tal usa-se
a uma unidade comum, ou seja, a MOEDA.
Esquema para entendimento
Sistema econômico
Empresas Famílias Governo Resto do mundo
Renda e consumo Renda e consumo Renda e consumo Exportações
Poupança (estoques) Poupança Poupança Importações