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MATERIAL DE AMOSTRA

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MATERIAL DE AMOSTRA

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SEJA BEM-VINDA (O)

Disponibilizamos para você uma amostra dos materiais e ferramentas oferecidos pelo curso prepa-

ratório do Vorne. O nosso curso prepara você para os concursos mais difíceis do País, por isso,

elaborou e estruturou conteúdos para facilitar e direcionar seu estudo rumo à aprovação!

PLANO DE METAS A cada semana você receberá um Plano de Metas com o mapa dos assuntos que deverá estudar.

Esse plano foi elaborado com base no conteúdo programático do concurso.

Além de preparar o seu planejamento de estudos, nós analisamos, por meio de estatísticas e da

experiência dos nossos professores, quais assuntos são tradicionalmente mais cobrados nos con-

cursos. Assim, no mapa de estudos, você será avisado sobre alguns temas com os quais deverá ter

mais atenção.

Não negligencie nenhuma matéria. Não pense que você já domina determinado assunto e deixe de

estudá-lo. No máximo, acelere o cumprimento das metas cujo tema abordado você sinta maior se-

gurança.

AMOSTRA: SUMÁRIO

DIA 01. DIREITO CONSTITUCIONAL: TEORIA GERAL DA CONSTITUIÇÃO .......................................... 3

DIA 02. DIREITO ADMINISTRATIVO: REGIME JURÍDICO. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATVA – DIA 1/2

........................................................................................................... Erro! Indicador não definido.

DIA 03. DIREITO CIVIL: LINDB. PARTE GERAL (ATÉ BENS) – DIA 01/02 ............................................ 33

DIA 04. (...)

DIA 05. (...)

DIA 06. (...)

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Dia 07. (...)

Dia 01. Dire ito Cons tituc iona l Teoria Gera l da Cons titu ição

1. Constituição. Conceito. Classificação. Elementos. Poder constituinte: originário e derivado (...) O constitucionalismo brasileiro.

COMO ESTUDAR?

• Estudar os materiais de apoio fornecidos sobre os temas.

• Resolver, pelo menos, 20 questões sobre os temas1-2.

O QUE É IMPORTANTE?

• Conceito de Constituição: o Sentido sociológico: Ferdinand Lassale – Constituição legítima é aquela que

reflete o “somatório dos fatores reais de poder” na sociedade, do contrário, carece

de legitimidade, representando mera “folha de papel”;

o Sentido político: Carl Schmitt – O fundamento da constituição encontra-se na

“decisão política fundamental”. Constituição ≠ Lei Constitucional;

o Sentido formal – é a lei constitucional na concepção de Schmitt. É norma

constitucional aquela que ingressou no ordenamento jurídico pela via da

Constituição, independentemente de seu conteúdo – lembrar do art. 242, § 2º, CF;

1 Tão importante quanto responder as questões é corrigi-las. Por isso, não guarde dúvidas. Se errar, saiba o porquê de ter errado, para não cometer o mesmo deslize novamente. Se necessário, entre em contato conosco. Será um prazer ajudá-lo a avançar nos estudos com segurança. 2 Nessa etapa de estudo, a resolução de questões atualizadas é ESSENCIAL e o grande diferencial nessa preparação. Por isso, se esforce, ao máximo, para resolver a quantidade mínima de questões sugeridas. Para tanto, recomenda-se a utilização da plataforma Questões de Concursos (www.qconcursos.com.br) ou algum outro site de questões equivalente, ativando o filtro por carreira (Procuradorias).

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o Sentido material: é a Constituição na concepção de Schmitt. É a norma que tem

conteúdo constitucional, esteja ela no corpo da Constituição ou em legislação

extravagante;

o Sentido jurídico – Hans Kelsen: pirâmide de Kelsen. Acepções do termo

Constituição:

Acepção lógico-jurídica: é a norma fundamental hipotética;

Acepção jurídico-positiva: é a norma constitucional positivada em

determinado Estado.

o Sentido culturalista – Constituição Total: A constituição é condicionada pela

Cultura total e é condicionante desta;

o Constituição aberta – A Constituição precisa ser mutável, dinâmica, sob pena de

ruptura;

o Constituição simbólica – Marcelo Neves. Compreensão acerca de legislação

simbólica e seus propósitos: a) confirmação de valores sociais; b) legislação-álibi;

c) adiamento da solução dos conflitos sociais por meio de compromissos dilatórios.

Constitucionalização simbólica:

Acepção Negativa: déficit de concretização jurídico-normativa do

texto constitucional;

Acepção Positiva: relevante papel político-ideológico.

• Classificação:

o Quanto à origem: outorgadas, promulgadas, cesaristas e pactuadas;

o Quanto à forma: escritas ou costumeiras;

o Quanto à extensão: sintéticas ou analíticas;

o Quanto ao conteúdo: material ou formal;

o Quanto à alterabilidade: imutáveis, rígidas, flexíveis, semirrígidas e superrígidas;

o Quanto à sistemática: unitárias e variadas;

o Quanto à dogmática: ortodoxa ou eclética;

o Critério ontológico – Karl Loewenstein: normativas, nominalistas e semânticas;

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o Quanto ao sistema: principiológica ou preceitual;

o Quanto à função: provisórias ou definitivas;

o Quanto à origem do texto constitucional: autônomas ou heterônomas;

o Quanto à finalidade: garantia, balanço e dirigente;

o André Ramos Tavares (quanto à ideologia): Constituições liberais e sociais;

o Raul Machado Horta: Constituições expansivas.

• Elementos da Constituição:

o Orgânicos;

o Limitativos;

o Socioideológicos

o Estabilização constitucional;

o Formais de aplicabilidade.

• Evolução constitucional no Brasil: memorizar características destacadas na tabela

do curso.

• Espécies de Poder Constituinte: Poder Constituinte Originário (PCO) e Poder Cons-

tituinte Derivado (PCD), que, por sua vez, se subdivide em Reformador, Revisor e

Decorrente;

• Limites do Poder Constituinte: materiais, formais, circunstanciais e implícitas (me-

morizar o art. 60 da CF/88). Entender a teoria da dupla revisão: “também chamada

de “teoria da dupla reforma” ou da “reforma em dois tempos”, é uma teoria minoritária

acerca do poder de reforma da Constituição (adotada, por exemplo, por Jorge Miranda

e, no Brasil, por Manoel Gonçalves Ferreira Filho). Essa teoria possibilita que sejam

modificados os limites constitucionais de reforma constitucional, através de uma “du-

pla revisão”. Por exemplo, já que não é possível abolir um direito fundamental, por se

tratar de uma cláusula pétrea (art. 60, § 4o, IV, CF), revoga-se o artigo 6o, §4º, IV, CF

(Flávio Martins). Essa posição NÃO é adotada no Brasil.;

• Natureza do Poder Constituinte Originário: jusnaturalistas x juspositivistas (debate

acerca dos limites do PCO).

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• Características do Poder Constituinte Originário: inicial, autônomo,

incondicionado, ilimitado, permanente.

• Recepção, repristinação e desconstitucionalização;

• Retroatividade da norma constitucional: adoção da retroatividade mínima, se-

gundo o STF, salvo previsão expressa em sentido contrário;

• Mutação constitucional (poder constituinte difuso): alteração informal da norma cons-

titucional, sem alteração do texto, a partir da atividade interpretativa do juiz;

• Entendimento da Banca CESPE: impossibilidade de o poder constituinte reformador

aumentar o rol de cláusulas pétreas, pois a fixação deste rol é tarefa afeta ao poder

constituinte originário. Assim, mesmo que o reformador possa criar novos direitos

fundamentais, estes não serão considerados cláusulas pétreas (Gilmar Mendes).

COMO O TEMA FOI COBRADO EM PROVAS?

1. (TRF4/2012) Considerando o sistema constitucional brasileiro vigente, assinale a alternativa IN-CORRETA. a) O poder constituinte originário não pode ser exercido na vigência de estado de sítio.

b) Não há como opor direito adquirido à manifestação do poder constituinte originário.

c) Segundo o Supremo Tribunal Federal, o preâmbulo da Constituição não contém normas constitucionais de

valor jurídico autônomo, nem serve de paradigma comparativo para a declaração de inconstitucionalidade.

d) O poder constituinte reformador pode manifestar-se a qualquer momento, desde que observe as limi-

tações impostas pelo constituinte.

e) Para fins de extradição, o ordenamento jurídico brasileiro não exige que a ordem de prisão do extradi-

tando haja sido expedida por autoridade integrante do Poder Judiciário, senão apenas por autoridade que

tenha competência para fazê-lo nos termos da lei do Estado requerente.

2. (TRF2/2017) Assinale a opção que, corretamente, classifica a Constituição Federal em vigor: a) Dogmática, promulgada, rígida e analítica.

b) Rígida, popular, não dogmática e originalista.

c) Flexível, popular, histórica e formal.

d) Democrática, formal, semi-flexível e originalista e) Semi-flexível, promulgada, dirigente e nominalista.

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SIMULADO OBJETIVO Passar na prova objetiva é o primeiro passo para ser aprovado no concurso. E nada melhor para

estar preparado do que treinar.

Desse modo, a cada Rodada, você receberá questões objetivas, inéditas, elaboradas pela nossa

equipe de professores.

O mais interessante e valioso: nossos professores comentam todas as questões objetivas. Assim,

você não apenas resolverá as questões, mas também aprenderá com aquelas que você errou e com

as que acertou, conhecendo os fundamentos teóricos de cada uma delas.

AMOSTRA:

DIREITO CIVIL

01. (VORNE/2018) Acerca da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), marque a opção correta.

a) As disposições da LINDB têm sua aplicação limitada aos atos normativos infraconstitucionais, não alcançando os

atos emanados do Poder Constituinte Derivado Reformador.

b) A LINDB consiste em capítulo preliminar da estrutura normativa do Código Civil Brasileiro.

c) As normas constitucionais, no que se refere à classificação das normas quanto à intensidade da sanção, são

classificadas como normas mais que perfeita.

d) Nos casos de violação decorrente de lei de efeito concreto, é desnecessária, na ação mandamental, a produção de provas que comprove a situação de risco do impetrante.

e) Sob pena de usurpação da competência do STF, doutrina e jurisprudência entendem que, mesmo diante de lei

que gera efeitos concretos, o mandado de segurança mostra-se como via inadequada para impugná-la.

Comentários

O item "a" está equivocado, pois a LINDB disciplina o âmbito de aplicação das normas jurídicas, em todas as suas

formas de manifestação, aplicando-se, inclusive, às Emendas Constitucionais, naquilo em que a Constituição Federal

for omissa e houver compatibilidade.

O item "b", de igual modo, traz afirmação falsa, vez que a Lei de Introdução (Decreto-Lei 4.657/1942) não faz

parte do Código Civil.

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Acerca da alternativa "c", que também traz afirmação equivocada, é importante pontuar que, segundo a inten-

sidade da sanção, as leis podem ser: a) perfeitas: são as que preveem como sanção à sua violação a nulidade ou

anulabilidade do ato ou negócio jurídico; b) mais que perfeitas: são as que preveem como repreensão à sua violação,

além da anulação ou anulabilidade, uma sanção ao agente violador; c) menos que perfeitas: são as que estabelecem

como sanção à sua violação uma consequência diversa da nulidade ou anulabilidade; d) imperfeitas: são aquelas

cuja violação não acarreta qualquer consequência jurídica, de modo que o ato não é nulo, e o agente não é punido.

Considerando que as normas constitucionais não trazem em seu bojo formas de sanções no caso de seu descum-

primento, havendo apenas a nulidade do ato inconstitucional, é de se concluir que NÃO são classificadas como

normas mais que perfeita, mas, simplesmente, normas perfeitas, derivando daí o erro da assertiva.

Por fim, correto o item "d", mas equivocada a alternativa "e", tendo em conta que uma consequência importante

relativa à lei de efeito concreto é o cabimento do mandado de segurança simplesmente em razão da vigência da lei,

sem a necessidade de produção de provas. As leis de efeito concreto, pura e simplesmente em razão de sua vigên-

cia, já viabilizam o manejo de mandado de segurança preventivo para tutelar pretensão subjetiva:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO. ISS. CABIMENTO. LEI DE

EFEITOS CONCRETOS. 2. Em se tratando de lei de efeitos concretos, uma vez que basta a vigência da lei institui-

dora da base de cálculo do tributo para que haja a incidência da respectiva exação aos fatos geradores ocorridos,

ferindo direito subjetivo, é despicienda a produção de provas que comprove a situação de risco da impetrante. Assim,

plenamente cabível o mandado de segurança impetrado com o objetivo de afastar a incidência do tributo em questão.

(REsp 1150865/MT, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/11/2010,

DJe 02/12/2010)

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. ART. 1º DA LEI 1.533⁄51.

MANDADO DE SEGURANÇA. CABIMENTO CONTRA LEI QUE CRIA FATO GERADOR DE TRIBUTO. ISS INCI-

DENTE SOBRE SERVIÇOS DE REGISTROS PÚBLICOS. ACÓRDÃO EMBASADO EXCLUSIVAMENTE EM FUN-

DAMENTO CONSTITUCIONAL. 3. "Doutrina e jurisprudência entendem que, se a lei gera efeitos concretos, ferindo

direito subjetivo, é o mandado de segurança via adequada para impugná-la, o que afasta o enunciado da Súmula

266⁄STF." (REsp 899.908⁄DF, 2ª Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, DJe de 16.12.2008) (AgRg no REsp 1.031.053⁄PR,

Rel. Min. Denise Arruda, Primeira Turma, DJe de 5.8.2009)

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO – MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO - CABIMENTO - INAPLICA-

BILIDADE DA SÚMULA 266/STF - RESOLUÇÃO 3166/2001 - BENEFÍCIO FISCAL RESTRITIVO - REDUÇÃO DE

BASE DE CÁLCULO - PRODUTOS QUE COMPÕEM CESTA BÁSICA - LEI DE EFEITOS CONCRETOS. 1. Doutrina

e jurisprudência entendem que, se a lei gera efeitos concretos quando é publicada, ferindo direito subjetivo, é o

mandado de segurança via adequada para impugná-la. (RMS 24.608/MG, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SE-

GUNDA TURMA, julgado em 21/10/2008, DJe 21/11/2008)

Ainda sobre o tema, Hely Lopes especifica que “entendem-se aqueles que trazem em si mesmos o resultado espe-

cífico pretendido, tais como as leis que aprovam planos de urbanização, as que fixam limites territoriais, as que criam

municípios ou desmembram distritos, as que concedem isenções fiscais; as que proíbem atividades ou condutas

individuais; os decretos que desapropriam bens, os que fixam tarifas, os que fazem nomeações e outros dessa

espécie. Tais leis ou decretos nada têm de normativos; são atos de efeitos concretos, revestindo a forma imprópria

de lei ou decreto, por exigências administrativas. Não contêm mandamentos genéricos, nem apresentam qualquer

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regra abstrata de conduta; atuam concreta e imediatamente como qualquer ato administrativo de efeitos individuais

e específicos, razão pela qual se expõem ao ataque pelo mandado de segurança” (Hely Lopes Meirelles, Mandado

de Segurança, Ação Popular, Ação Civil Pública, Mandado de Injunção e Habeas Data. 12ª. ed., São Paulo: RT,

1989, p. 17).

Com isso, o gabarito para a questão é o item “d”.

02. (VORNE/2018) Acerca das disposições relativas à Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro (LINDB), assinale a opção correta.

a) O sistema de vigência sincrônica da lei é o adotado no Brasil desde à entrada em vigor do Código Civil de 1916.

b) A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral.

c) Ocorrendo situação em que a lei seja publicada com incorreções e erros materiais, a sua correção somente se

efetiva mediante a edição de novo ato normativo.

d) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, a depender do caso, revoga

ou modifica a lei anterior.

e) A revogação da norma pode ocorrer de modo expresso ou presumido.

Comentários

A alternativa "a" é incorreta, pois, em que pese a LINDB, em seu art. 1.º, ter adotado o sistema do prazo de vigência

único ou sincrônico, ou simultâneo, segundo o qual a lei entra em vigor de uma só vez em todo o país, essa sistemática

nem sempre foi assim, tendo o Brasil já adotado o sistema de vigência progressiva. O sistema de vigência sucessiva

ou progressiva, pelo qual a lei entra em vigor aos poucos, era adotado pelo Código Civil de 1916, com previsão em seu

art. 2º. Com efeito, três dias depois de publicada, a lei entrava em vigor no Distrito Federal, 15 dias depois no Rio de

Janeiro, 30 dias depois nos Estados marítimos e em Minas Gerais, e 100 dias depois nos demais Estados.

Certo item "b", tendo em mira que, quanto à contagem do prazo de vacatio legis, dispõe o art. 8.º, § 1.º, da LC

95/98, que deve ser incluído o dia da publicação e o último dia, devendo a lei entrar em vigor no dia seguinte. Conta-

se o prazo dia a dia, inclusive domingos e feriados, sem qualquer interrupção ou suspensão.

Já a afirmação do item "c" encontra equívoco, pois não diferencia as situações de a lei já ter ou não entrado em

vigor. Melhor explicando, se a lei ainda não entrou em vigor, para corrigi-la, não é necessária nova lei, bastando a

repetição da publicação, sanando-se os erros, reabrindo‐se o prazo da vacatio legis em relação aos artigos republica-

dos. Por outro lado, se a lei já entrou em vigor, a sua correção exige a edição de uma nova norma, que é denominada

de lei corretiva, aplicando-se, também em relação à ela as disposições do art. 1º da LINDB. É o que se observa dos §§

3º e 4º do art. 1º da LINDB.

A incorreção da assertiva contida em "d" está na expressão "a depender do caso, revoga ou modifica a lei ante-

rior", pois, nos termos do art. 2º, § 2º, da LINDB, "A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par

das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior."

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Por fim, inadequada a alternativa "e", na medida em que a revogação, diante do princípio da continuidade da lei,

jamais se presume. A revogação pode ser expressa ou tácita. A revogação expressa ou direta é aquela em que a lei

indica os dispositivos que estão sendo por ela revogados. A revogação tácita ou indireta ocorre quando a nova lei é

incompatível com a lei anterior, contrariando-a de forma absoluta. Nesse aspecto, não se confunde revogação tácita,

que ocorre quando não há dispositivo específico na lei nova a indicar a revogação da lei anterior, mas que depende de

comprovação da efetiva incompatibilidade de conteúdo, com revogação presumida, em que, independentemente da

análise de conteúdo, se atribui a revogação da norma pelo simples fato da entrada em vigor de nova lei.

Pelas razões expostas, o gabarito para a questão é o item “b”.

RANKING PARA AFERIÇÃO DE DESEMPENHO NAS QUESTÕES OBJETIVAS

Todas as rodadas, teremos abertura de ranking para que você cadastre as suas repostas da

rodada, o ranking ficará aberto conforme cronograma estipulado pelo curso para cada rodada. Essa

ferramenta é essencial para você obter uma média de acertos e erros em cada rodada.

MATERIAIS DE APOIO Para cada assunto indicado no Plano de Metas será fornecido a você um material de apoio. Trata-

se de uma apostila, em formato PDF, contendo o resumo daquele tema.

Você perceberá que nossos materiais são muito completos.

Como utilizar o material de apoio

É possível estudar diretamente o material de apoio, complementando-o, se for o caso, com os seus

estudos pretéritos.

Atualização do material de apoio Caso haja atualizações legislativas ou complementação de conteúdo no decorrer do curso, reposta-

remos materiais, sinalizando com uma faixa lateral os pontos editados. Observe a linha na lateral, à

esquerda desse parágrafo; os trechos novos ou alterados terão essa marcação.

Apontar erros e desatualizações nos materiais de apoio

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Caso você encontre alguma desatualização legislativas ou que o material necessite uma comple-

mentação de conteúdo no decorrer do curso, você poderá entrar em contato conosco via central do

aluno e nos enviar suas observações, elas serão analisadas pelo nosso setor editorial e, se for iden-

tificada alguma desatualização, o material será atualizado e posteriormente repostado.

AMOSTRA: 1. CAPACIDADE E INCAPACIDADE

Além do Código Civil, os temas afetos à capacidade encontram guarida em outro diploma

legal: A Lei 13.146/215 (Estatuto da Pessoa com deficiência), responsável por alterar vários disposi-

tivos do Código Civil e introduzir novas proteções, dentre os quais se destaca a criação do instituto

da tomada de decisão apoiada.

Cabe, contudo e a principio, esclarecer e entender alguns conceitos ligados à capacidade e

à incapacidade.

Capacidade é a maior ou menor extensão dos direitos de uma pessoa. É, portanto, a medida da personalidade. Espécies:

a) Capacidade de direito, de aquisição ou de gozo: é a aptidão genérica de que dispõe a pessoa para ser titular de direitos e deveres, aptidão genérica de vir a preencher os requisitos

legais3; parte da doutrina defende que capacidade de direito se confunde com personalidade jurídica.

Uma segunda posição defende que o conceito de personalidade é absoluto, ao passo que o de ca-

pacidade é relativo, ou seja, todo o ser humano tem personalidade jurídica, mas existem atos jurídi-

cos que ele não poderá praticar. Assim, personalidade é algo que se tem ou não; já capacidade pode ser vista como um direito eventual, na medida em que é a simples verificação da possibili-

dade de a pessoa vir a adquirir direitos. Exemplo: um estrangeiro não possui a capacidade de direito

de ser presidente da república no Brasil, já que somente brasileiro nato pode concorrer ao cargo.

Porém, é óbvio que ele possui personalidade jurídica.

b) Capacidade de fato, de exercício, de fruição ou de ação: é a possibilidade efetiva de se

praticar os atos da vida civil, adquirida com o atendimento aos requisitos determinados por lei.

3 Veja bem: a personalidade jurídica é a aptidão genérica reconhecida a toda e qualquer pessoa para que possa titularizar relações jurídicas e reclamar a proteção jurídica devida aos direitos da personalidade. Essa aptidão ela já possui pelo simples fato de ser pessoa. Não é uma aptidão em potencial como ocorre com a capacidade de direito, que se coloca como um direito eventual.

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Incapacidade é a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil. Somente a lei pode impor

restrições à pessoa humana, visto que a Constituição da República determina que ninguém será

obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei (art. 5º, II).

Pode a incapacidade ser:

a) Absoluta: é a que acarreta a proibição total do exercício dos atos da vida civil. O ato so-

mente poderá ser praticado pelo representante legal do incapaz, sob pena de nulidade de pleno

direito (art. 166, I). Ocorre nos seguintes casos:

Menores de 16 anos (impúberes);

OBS: os outros três incisos do art. 3º do Código Civil foram revogados pela Lei 13.146, de 2015: a) Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade; essa incapacidade exige interdição judicial; b) Os que, por enfermidade ou doença mental, não ti-verem o necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil.

b) Relativa: é a que permite que o incapaz pratique atos da vida civil, desde que assistido,

sob pena de anulabilidade. Ocorre nos seguintes casos (OBS: também houve reformulação pela Lei 13.146, de 2015):

I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;

II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;

III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;

IV - os pródigos.

O menor púbere responderá pelos atos que praticar caso os tenha realizado com ocultação

de identidade. Isso decorre da teoria do tu quoque, pela qual ninguém pode se aproveitar de sua

própria torpeza.

A capacidade do índio não está regulada no CC, e sim em lei especial.

A sentença que declara a interdição produz efeitos ex nunc. Assim, os atos praticados

pelos incapazes anteriormente ao reconhecimento judicial da incapacidade, serão, regra geral, váli-

dos. Na realidade, o correto, de acordo com o STJ, é o seguinte: “a sentença que declara a inter-dição produz efeitos ex nunc, salvo pronunciamento judicial expresso em sentido contrário, segundo o entendimento desta Corte Superior” (AgRg no AREsp 357257/RS).

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PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO ESPECIAL. REFORMA DE MILITAR. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO. NÃO OCORRÊNCIA. ALIENAÇÃO MENTAL. INCAPACIDADE. EFEITOS DA SENTENÇA DE INTERDI-ÇÃO. DECLARATÓRIA.

1. É firme a orientação jurisprudencial desta Corte de que a suspensão do prazo de prescrição para os indivíduos absolutamente incapazes ocorre no momento em que se manifesta a sua incapacidade, sendo a sentença de interdição, para esse fim específico, meramente declarató-ria.

2. “A interdição judicial declara ou reconhece a incapacidade de uma pessoa para a prática de atos da vida civil, com a geração de efeitos ex nunc perante terceiros (art. 1.773 do Código Civil), partindo de um 'estado de fato' anterior, que, na espécie, é a doença mental de que padece o interditado” (REsp 1.469.518/PE, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 4/9/2014, DJe 22/9/2014).

3. Agravo interno da União desprovido.

(AgInt nos EDcl no REsp 1171108/RS, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 27/09/2016, DJe 13/10/2016)

PROCESSO CIVIL E DIREITO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. CONTRATO DE MÚTUO. DES-CONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO. CLÁUSULA INERENTE À ESPÉCIE CONTRATUAL. SU-PRESSÃO UNILATERAL DA CLÁUSULA DE CONSIGNAÇÃO PELO DEVEDOR. IMPOSSIBILIDADE. NULIDADE ABSOLUTA DO CONTRATO DE MÚTUO. NÃO OCORRÊNCIA. SENTENÇA DE INTER-DIÇÃO POR INCAPACIDADE ABSOLUTA COM TRÂNSITO EM JULGADO. EFEITOS EX NUNC. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.

1. É válida a cláusula que autoriza o desconto, na folha de pagamento do empregado ou servidor, da prestação do empréstimo contratado, a qual não pode ser suprimida por vontade unilateral do devedor, eis que da essência da avença celebrada em condições de juros e prazo vantajosos para o mutuário (REsp n. 728.6563/RS, Segunda Seção, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJU de 22.8.2005).

2. Segundo o entendimento desta Corte Superior, a sentença de interdição, salvo pronuncia-mento judicial expresso em sentido contrário, opera efeitos ex nunc. Prececentes.

3. No caso, como o contrato de mútuo objeto do presente processo foi celebrado muito antes da expe-dição da sentença de interdição, é certo que não foi alcançado pelos seus efeitos.

4. Agravo regimental não provido.

(AgRg no REsp 1152996/RS - Relator Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO - Órgão Julgador: T4 - QUARTA TURMA - Data do Julgamento: 08/04/2014)

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CONSIDERAÇÕES FINAIS Acredite: assim como você, estamos totalmente interessados na sua aprovação.

Toda estratégia, material ou informação que pudermos achar importante para a sua aprovação, será

fornecido.

Siga rigorosamente a programação, acredite na estratégia, não deixe acumular a matéria e revise

sempre.

O seu projeto de aprovação é nosso também.

Vamos em frente! Vorne!