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Material resumido sobre manutenção industrial

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1-Introduo a ManutenoCom a globalizao da economia, a busca de qualidade total em servios, produtos, gerenciamento ambiental, bem como a disponibilidade de mquinas, aumento da competitividade, lucratividade, satisfao dos clientes e produtos com defeito zero, passaram a serem metas de todas as empresas. Em suma, nos ltimos vinte anos que tem havido preocupaes de tcnicos e empresrios para o desenvolvimento de tcnicas especificas para melhorar o complexo sistema Homem/mquina/Servio.Percebe se ento a necessidade de manter equipamentos e mquinas em condies de pleno funcionamento a fim de garantir a produo normal e a qualidade dos produtos, prevenir provveis falhas ou quebras de elementos das mquinas e consequentemente o aumento da lucratividade. Esses cuidados envolvem a conservao, adequao, restaurao, substituio e a preveno.

1.1-Servios de rotina e servios peridicosOs servios de rotina constam de inspeo e verificao das condies tecnicas das mquinas e equipmentos. A deteco e a identificao de pequenos defeitos, a verificao dos sistemas de lubrificao e a constatao de falhas, ajustes so exemplos de servios de manuteno de rotina.A responsabilidade dos servios de rotina no somente do pessoal da manuteno, mas tambem de todos os operadores de mquinas e equipamentos. Alem dos servios de rotina tambem temos a manuteno Preditiva, Preventiva e corretiva.

1.2-Manuteno PreditivaManuteno preditiva aquela que indica as condies reais de funcionamento das mquinas, com base em dados que informam o seu desgaste ou processo de degradao. Realizada com as mquinas em funcionamento, torna-se possvel com o uso de equipamentos sofisticados capaz de captar e registrar vibraes, temperatura, desempenho, presso, analise estrutural, acelerao bem como coleta e anlise de leos, a fim de diagnosticar o desgaste dos componentes internos e degradao dos lubrificantes.Com base nestes dados torna-se possivel indicar com antecedencia eventuais defeitos ou falhas nas mquinas e equipamentos. A periodicidade da coleta destes dados determina conforme tipos de equipamentos e importncia no processo produtivo, as informaes coletadas so registrada em fichas de controle, possibilitando ao responsvel pela manuteno tomar as providencias cabveis. Determinando o melhor momento para realizar a substituio dos componentes defeituosos, antes que provoquem parada desnecessria nos equipamentos.Algumas das vantagens da manuteno preditiva so: Aumento da vida til do equipamento; Diminuio dos custos nos reparos; Limitao de peas de reposio; Melhoria da segurana; Melhoria da produtividade da empresa;

Tabela abaixo mostra um exemplo de um programa bsico de vigilncia de acordo com a experincia e histrico de uma determinada mquina.

1.3-Manuteno PreventivaManuteno preventiva um mtodo adotado e aprovado, utilizado atualmente em todos os setores industriais, pois obedece a um padro previamente esquematizado, que estabelece paradas peridicas. Com a finalidade de permitir a reviso e troca de peas gastas por peas novas, assegurando assim o funcionamento perfeito da mquina ou equipamento por um perodo predeterminado e como conseqncia o aumento de lucros da empresa. verdade que quando se improvisa pode evitar a paralisao da produo, mas perde-se em eficincia. A improvisao pode e deve ser evitada por meio de mtodos preventivos estabelecidos pelos tcnicos de manuteno preventiva. A aplicao destes mtodos garante um trabalho uniforme e seguro, pois pode evitar vrios problemas com simples paradas preventivas para lubrificao, troca de peas gastas e ajustes.Como auxilio dos relatrios escritos sobre os trabalhos realizados, so supridas as incoveniencias das quebras inesperadas. Isso evita a dificil tarefa de trocas rpidas de mquinas e improvisaes que causam o desespero do pessoal da manuteno.Controlar a manuteno necessrio, manter o controle de todas as mquinas com o auxilio de fichas individuais torna-se impresindivel pois nestas fichas se faz o registro da inspeo, com base nessas informaes, possivel programar a sua manuteno devido o frequencia de troca de peas, custos, tempo de realizao do trabalho e etc. Quanto a forma de controle, h quatro sistemas: manual, semi-automatizado, automatizado e informatizado. Sendo este ultimo atualmente o mais utilizado, devido a grande emprego dos computadores.

1.4-Manuteno corretivaA manuteno corretiva a forma mais obvia e mais primria de manuteno tem como objetivo localizar e reparar defeitos em mquinas e equipamentos que operam em regime de trabalho contnuo. Atravs de troca de peas ou componentes com desgaste ou defeito, famoso Quebra-repara.Constitui a forma mais cara de manuteno, quando encarada do ponto de vista total do sistema. Pois apresenta Baixa utilizao e reduo da vida til dos equipamentos, mquinas e instalaes. Parada de manuteno em momentos aleatrios e inoportunos acaba prejudicando o cronograma de manuteno causando grandes prejuzos.

2-Lubrificantes A lubrificao uma operao que consiste em introduzir uma substncia apropriada entre superfcies slidas que estejam em contato entre si e que executam movimentos relativos. Essa substncia apropriada normalmente um leo ou uma graxa que impede o contato direto entre as superfcies slidas.Alm dessa reduo do atrito, outros objetivos so alcanados com a lubrificao, se a substancia lubrificante for selecionada corretamente: Menor dissipao de energia na forma de calor; Reduo da temperatura, pois o lubrificante tambm refrigera; Reduo de corroso; Reduo de vibraes e rudos; Reduo de desgaste.

2.1-Quanto ao tipo de lubrificantes:Os lubrificantes podem ser gasoso como ar; lquidos como os leos em geral; semi-slidos como as graxas e slidos como a grafita, o talco, a mica etc.Contudo, os lubrificantes mais prticos e de uso dirio so os lquidos e os semi-slidos, isto , os leos e as graxas.

2.2-Quanto origem dos leos.Quanto origem dos leos, os leos podem ser classificados em quatro categorias:leos minerais So substancias obtidas a partir do petrleo e, de acordo com sua estrutura molecular, so classificados em leos parafinicos ou leos naftnicos.leos vegetais So extrados de sementes: soja, girassol, milho, algodo, arroz, mamona, oiticica, babau etc.leo animais So extrados de animais como a baleia, o cachalote, o bacalhau, a capivara etc.leos sintticos So produzidos em indstrias qumicas que utilizam substancias orgnicas e inorgnicas para fabric-los. Estas substancias podem ser silicones, steres, resinas, glicerinas etc.Os leos lubrificantes, antes de serem colocados a venda pelo fabricante, so submetidos a ensaios fsicos padronizados que, alem de controlarem a quantidade do produto, servem como parmetro para os usurios.

2.3-GraxasAs graxas so compostos lubrificantes semi-slidos constitudos por uma mistura de leo, aditivos e agentes engrossadores chamados sabes metlicos, a base de alumnio, clcio, sdio, ltio, brio. Elas so utilizadas onde o uso de leo no recomendado.As graxas tambm passam por ensaios fsicos padronizados os principais encontram-se no quadro a seguir.

2.4-Os tipos de graxa so classificados com base no sabo utilizado em sua fabricao.Graxa base de alumnio: macia; quase sempre filamentosa; resistente a gua; boa estabilidade estrutural quando em uso; pode trabalhar em temperaturas de ate 71C. utilizada em mancais de rolamentos de baixa velocidade e em chassis.Graxa base de clcio: vaselina; resistente a gua, boa estabilidade estrutural quando em uso; deixa-se aplicar facilmente com pistola; pode trabalhar em temperaturas de at 77C. aplicada em chassis e em bombas dgua.Graxa base de sdio: geralmente fibrosa; em geral no resiste gua; boa estabilidade estrutural quando em uso. Pode trabalhar em ambientes com temperatura de at 150C. aplicada em mancais de rolamentos, mancais de rodas, juntas universais etc.Graxa a base de ltio: vaselina; boa estabilidade estrutural quando em uso; resistente a gua; pode trabalhar em temperaturas de at 150C. utilizada em veculos automotivos e na aviao.Graxa a base de brio: caractersticas gerais semelhantes as graxas a base de ltio.Graxa mista: constituda por uma mistura de sabes. Assim, temos graxas mistas a base de sdio-clcio, sdio-alumnio etc.Alem dessas graxas, h graxas de mltiplas aplicaes, graxas especiais e graxas sintticas.

2.5-Lubrificantes slidosAlgumas substancias slidas apresentam caractersticas peculiares que permitem a sua utilizao como lubrificante, em condies especiais de servio.Entre as caractersticas importantes dessas substancias, destacam se as seguintes: Baixa resistncia ao cisalhamento; Estabilidade a temperaturas elevadas Elevado limite de elasticidade; Alto ndice de transmisso de calor; Alto ndice de adesividade; Ausncia de impurezas abrasivas;Embora tais caractersticas no sejam sempre atendidas por todas as substancias solidas utilizadas como lubrificantes, elas aparecem de maneira satisfatria nos carbonos cristalinos, como grafita e bissulfeto de molibdnio, que so mais usados para tal finalidade. 3-AditivosSo substancias que entram na formulao de leos e graxas para conferir-lhes certas propriedades. A presena de aditivos em lubrificantes tem os seguintes objetivos: Melhorar as caractersticas de proteo contra o desgaste e de atuao em trabalhos sob condies de presso severa; Aumentar a resistncia a oxidao e corroso; Aumentar a atividade dispersante e detergente dos lubrificantes; Aumentar a adesividade e o ndice de viscosidade.4-Rolamentos e MancaisMancal um suporte de apoio de eixos e rolamentos que so elementos girantes de mquinas. Os mancais classificam-se em duas categorias: mancais de deslizamento e mancais de rolamento.

4.1-Mancais de deslizamento So concavidades nas quais as pontas de um eixo se apiam. Por exemplo, na figura seguinte, as duas concavidades existentes nos blocos onde as pontas de um eixo se apiam so mancais de deslizamento

4.2-Mancais de rolamento- So aqueles que comportam esferas ou rolos nos quais o eixo se apia. Quando o eixo gira, as esferas ou rolos tambm giram confinados dentro do mancal. Por exemplo, se colocarmos esferas ou rolos inseridos entre um eixo e um bloco, conforme figura a seguir, o eixo rolar sobre as esferas ou rolos.

Os tipos de rolamentos construdos para suportar cargas atuando perpendicularmente ao eixo tais como os rolamentos dos cubos de rodas, por exemplo, so chamados de rolamentos radiais.Os rolamentos projetados para suportar cargas que atuam na direo do eixo, so chamados de rolamentos axiais.

4.3-Aplicao de rolamentosO arranjo de rolamento, num elemento de mquina, pode ser feito de vrios modos. comum usar dois rolamentos espaados a uma certa distancia. Estes rolamentos podem ser alojados numa mesma caixa ou em duas caixas separadas, sendo a escolha feita com base no projeto da mquina e na viabilidade de empregar caixas menos onerosas.

4.4-Como verificar as condies de um rolamentoO comportamento do rolamento pode ser verificado pelo tato, pela adio ou utilizao de equipamentos sofisticados.Para checar o processo de giro, faz-se girar o rolamento, lentamente, com a mo.Esse procedimento permitir constatar se omovimento produzido com esforo ou no, e se ocorre de modo uniforme ou desigual.A verificao pelo ouvido pode ser melhorada colocando-se um basto ou uma chave de fenda contra o alojamento onde se encontra o rolamento. Encostando o ouvido na extremidade livre do basto ou no cabo da chave de fenda, ou ainda utilizando um estetoscpio eletronico, onde os tipos de sonoridade podero ser detectadas facilmente.

Alem dos rudos, outro fator a ser observado a temperatura. A temperatura pode ser verificada por meio de termometro digital, sensveis aos raios infravermelhos. Outra maneira de verificar a temperatura de um rolamento aplicar giz sensitivo, ou simplesmente, colocar a mo no alojamento do rolamento.

Se a temperatura estiver mais alta que o normal ou sofrer constantes variaes, isto significa que h algum problema no rolamento que pode ser: Lubrificao deficiente; Lubrificao em excesso; Presena de sujeiras;excesso de carga; Folga interna muito pequena; Inicio de desgaste;

4.5-Procedimento para desmontagem de rolamentosAntes de inicar a desmontagem de um equipamento ou rolamento recomenda-se, como primeiro passo, desligar a energia do equipamento, marcar a posio relativa de montagem, ou seja marcar o lado do rolamento que est para cima e o lado que est para frente e principalmente selecionaras ferramentas adequadas.

4.5.1-Desmontagem de rolamento com interferencia no eixoA desmontagemde rolamento com interferencia no eixo feita com um saca-polias. As garras desta ferramenta devero ficar apoiadas diretamente na face do anel interno.

Na falta de saca-polias, pode-se usar um puno de ferro ou de metal relativamente mole, com ponta arredondada, ou uma outra ferramenta similar. O puno dever ser aplicado na face do anel interno. O rolamento no dever, em hipotese alguma, receber gopes de martelo. Esse metodo exige bastante cuidado, pois h riscos de danificar o rolamento eo eixo.

4.5.2-Desmontagem de rolamento com interferencia na caixaQuando o rolamento possui ajuste com interferencia na caixa, como em uma roda, ele poder ser desmontado com o auxilio de um pedao de tubo metlico com faces planas e livres de rebarbas. Uma das extremidades do tubo apoiada no anel externo, enquanto a extremidade livre recebe golpes de martelo.Os golpes devero ser dados ao longo de toda a extremidade livre do tubo.

Caso haja resaltos entre os rolamentos, deve-se usar um puno de ferro ou de metal relativamente mole, com a ponta arredondada, ou ferramenta similar. Os esforos devero ser aplicados sempre no anel externo.

O conjunto do anel interno de um rolamento autocompensador de esferas pode ser desalinhado. O desalinhamento permite o uso de um sacapolias no anel externo.

4.5.3-Desmontagem de rolamentos montados subre buchas.Os rolamentos autocompensadores de rolos ou esferas so geralmente montados com buchas de fixao. Essas buchas apresentam a vantagem de facilitar a montagem e desmontagem dos rolamentos, uma vez que o assento do eixo, com o uso dessas buchas, passa a no necessitar de uma usinagem precisa.A ilustrao mostra da esquerda para a direita, os seguintes elementos: porca de fixao, arruela de trava, rolamento e bucha de fixao.

A desmontagem de rolamentos montados sobre buchas de fixao deve ser iniciada aps se marcar a posio da bucha sobre o eixo. A orelha da arruela de trava, dobrada no rasgo da porca de fixao, deve ser endireitada, e a porca dever ser solta com algumas voltas.

A seguir, o rolamento dever ser solto da bucha de fixao por meio de martelagem no tubo metlico, conforme explicado anteriormente.

Quando a face da porca estiver inacessvel, ou quando no existir um espao entre o anel interno e o encosto do eixo, a ferramenta dever ser aplicada na face do anel interno do rolamento.

4.6-Montagem de rolamentosA montagem de rolamentos deve pautar-se nos seguintes princpios: Escolher o mtodo correto de montagem; Observar as regras de limpeza do rolamento; Limpar o local da montagem adequada que dever estar seco; Selecionar as ferramentas adequadas que devero estar em perfeitas condies de uso; Inspecionar cuidadosamente os componentes que posicionaro os rolamentos; Remover as rebarbas e efetuar a limpeza do eixo e encosto; Verificar os retentores e trocar aqueles que esto danificados Retirar o rolamento novo da sua embalagem somente na hora da montagem, esta dever apresentar uma proteo antiferruginoso;

4.6.1-Montagem de rolamentos com interferncia no eixoA montagem de rolamentos com interferncia no eixo segue os seguintes passos: Lubrificar o assento do rolamento. Posicionar o rolamento sobre o eixo com o auxilio de um martelo, os golpes no devem ser aplicados diretamente e sim em um tubo metlico adaptado ao anel externo. Usar as roscas internas ou externas, porventura existentes no eixo, para esta finalidade. Usar prensas mecnicas ou hidrulicas para montar rolamentos pequenos e mdios. Aquecer os rolamentos grandes em banho de leo numa temperatura entre 100C e 120C e coloc-los rapidamente no eixo antes de esfriarem.Obs.: Caso o rolamento for do tipo que apresenta lubrificao permanente, ele no dever ser aquecido conforme descrito anteriormente. O aquecimento remove o lubrificante.

4.6.2-Montagem de rolamentos com interferencia na caixaOs passos para a montagem de rolamentos com interferencia na caixa, basicamente, so os mesmos recomendados para a montagem de rolamentos com interferencia no eixo, porem quando possivel, devemos aquecer a caixa do rolamento, para a montagem de rolamentos grandes.

4.7-Falhas de rolamentos e suas causasDe modo geral, um rolamento danificado, freguentemente, apresenta uma combinao de falhas em estgio primrioe secundrio.Cada uma das diferentes causas de falhas em rolamentos, lubrificao inadequadas ou insuficiente, manuseio grosseiro, vedadores deficientes, montagens incorretas etc. Produzem falhas com caracteristicas prprias.

Falhas de estgio primrio Desgaste Endentaes Arranhamento Corroso Deteriorao de superficie Dano por corente eletrica

Falhas de estgio secundrio Descascamento trincas

5-Corte a laserLaser luz, o nome laser uma sigla formada pelas letras iniciais das palavras Light amplification by simulated emission of radiation, que em portugus quer dizer: amplificao da luz por emisso estimulada da radiao. A incidncia de um feixe de laser sobre um ponto da pea capaz da fundir e vaporizar o material em volta desse ponto. Desse modo, possvel furar e cortar qualquer material independente da sua resistncia mecnica.Atualmente, o tipo mais comum de laser usado na indstria utiliza o dixido de carbono (CO2) como veiculo ativo. Outros gases, como o nitrognio (N2) e o Hlio (H), so misturados ao dixido de carbono para aumentar a potncia do laser.

5.1-Como gerado o laserOs eltrons dos tomos de carbono e oxignio que compe o CO2 ocupam determinadas posies dentro ad estrutura do tomo. Essas posies so chamadas de nveis energticos. Esses nveis energticos podem ser entendidos como regies ao redor do ncleo dos tomos. Um dispositivo chamado soprador faz circular CO2 dentro de uma cmara. zEssa cmara tem dois eletrodos ligados a uma fonte de alta-tenso. Esses eletrodos criam um campo eltrico que aumenta a energia do gs dentro da cmara. Essa luz guiada novamente e amplificada por meio de espelhos, at que no cabeote da mquina, concentrada, atravs de lentes, num nico ponto: o foco. O direcionamento permite a concentrao de energia em um ponto inferior a 0,25mm de dimetro.O sistema de corte a laser combina o calor do raio focado com a mistura dos gases (dixido de carbono, nitrognio e hlio) para produzir uma potncia que chega a cerca de 3.000 watts por centmetro quadrado, capaz de vaporizar a maioria dos metais. O hlio auxilia ainda na dissipao do calor gerado pelo campo eltrico.O equipamento mais comum consiste em mesas mveis, com capacidade de movimentao segundo os eixos x, y e z. Os eixos x e y determinamas coordenadas de corte, enquanto o eixo z serve para corrigir a altura do ponto focal em relao superfcie da pea, pois durante o corte, esta distncia afeteda por deformaes provocadas na chapa, pelo calor decorrente do prprio processo.Pelo cabeote laser flui um gs, chamado gs de assistncia, que tem por funo, entre outras, remover o material fundido e xidos da regio de corte. O gs normalmente usado para esta finalidade o oxignio, por que ele favorece uma reao exotrmica, isto , libera calor, aumentando ainda mais a temperatura do processo, e por consequncia, a velocidade de corte. As mquinas de corte a laser podem cortar chapas de ao-carbono de at 20 mm de espessura. Ao contrrio do que se poderia pensar, sua capacidade de corte de chapas de alumnio, por exemplo, bem menor: corta chapas de 6 mm, no mximo. Isso se explica pela tendncia do alumnio ao empastamento e reflexo da luz. 5.2-Vantagens do laserPor ser uma forma de energia concentrada em pequena rea, o corte a laser proporciona cortes retos, pequena largura de corte, zona mnima afetada pelo calor, mnima distoro e arestas de excelente qualidade. Por ser uma luz, no entra em contato direto com a pea, no causando distores e no se desgastando. um sistema de fcil automatizao, permite cortar peas de formas complexas e no requer a troca de ferramenta de corte cada vez que substitudo o material a ser cortado.

5.3-Desvantagens do laserDo lado das desvantagens, pode-se destacar: o alto custo inicial do sistema; a pequena variedade das potncias disponveis, que limitam o corte a espessuras relativamente baixas e materiais que apresentem baixa reflexo da luz; a formao de depsitos de fuligem na superfcie, no corte de materiais no-metlicos, como madeira e couro; a formao de produtos txicos (cido clordrico), no corte de PVC.

6-Corte plasma O surgimento do processo de corte a arco plasma Em 1950, o processo TIG (gs inerte de tungstnio) de soldagem estava implantado como um mtodo de alta qualidade para soldar metais nobres. Durante o desenvolvimento desse processo, os cientistas envolvidos no trabalho descobriram que se reduzissem o dimetro do bocal por onde saa a tocha de gs para soldagem, as propriedades do arco eltrico do equipamento de soldagem ficavam bastante alteradas. A reduo do dimetro de sada comprimia o arco eltrico, aumentando a velocidade e a temperatura do gs. O gs, ionizado, ao sair pelo bocal, em vez de soldar, cortava metais.O bocal do jato plasma est apertado e por isso opera com o dobro da tenso. Produz um plasma muito mais quente que o bocal do arco TIG. Se a mesma corrente (200 ampres) forada a passar pelo bocal do plasma, a tenso e a temperatura aumentam e uma energia cintica do gs sai pelo bocal, provocando o corte do metal.

6.1-Caractersticas do arco plasmaAs caractersticas do arco plasma variam de acordo com: O tipo de gs de corte; A quantidade de vazo; O dimetro do bocal (bico de corte); A tenso do arco eltricoEsses elementos precisam ser controlados e usados segundo princpios tcnicos para se obter bom rendimento do trabalho.O corte plasma, utilizado no mesmo estado em que foi descoberto, atualmente chamado de corte plasma convencinal. Pode ser aplicado a cortes de vrios metais com espessuras diferentes. muito usado, por exemplo, para cortar ao inoxidvel, ao-carbono e alumnio. Para se obter um bom bom rendimento do trabalho, preciso utilizar o gs adequado para corte de cada material, controlar a vazo do gs e a tenso do arco eltrico, levar em conta a capacidade de conduo de corrente da tocha de plasma e as propriedades do metal a ser cortado.Uma tocha mecanizada com capacidade para 1.000 amperes pode cortar at 250mm de ao inoxidvel ou alumnio. Entrentanto, habitualmente, na indstria, a espessura de corte no ultrapassa 50mm.A principal desvantagem desse processo de corte a rpida eroso do eletrodo. Um eletrodo de tungstnio, por exemplo, desgasta-se em poucos segundos se o gs de corte contiver oxignio. Por isso, necessria a utilizao de eletrodos especiais feitos de zircnio, hfnio ou ligas de hfnio. Mesmo com o emprego de eletrodos especiais, a vida til deles bem menor que a dos eletrodos do processo de plasma convencional.Esse tipo de corte incorpora em seu processo o ar comprimido como um elemento que susbstitui gases industriais de alto custo, como hidrognio e hlio e proporciona um corte mais econmico. O oxignio presente no ar fornece uma energia adicional que aumenta a velocidade de corte em 25%. Esse processo pode ser usado para corte de ao inoxidvel e alumnio. Entretanto, a superfcie desses materiais tende a ficar fortemente oxidada, o que no adequado para certas aplicaes.

6.2-Segurana no processoDurante a realizao do corte plasma produz-se uma elevada concentrao de calor, que a prpria do processo. Alm disso, as altas correntes utilizadas geram intenso nvel de rudo e as operaes produzem fumaas e gases txicos. Por isso, preciso que haja nessas reas de trabalho boa ventilao e sejam utilizados protetores de ouvido. Roupas apropriadas e uso de culos escuros so tambm necessrios, por causa da radiao ultravioleta. Na tentativa de diminuir esses problemas de segurana, foi desenvolvida uma camada protetora com gua ao redor da tocha de plasma conhecida como mufla dgua. Seu uso faz com que:

A radiao ultravioleta seja reduzida. O nivel deruido do processo de corte seja reduzido: A fumaa e os gases txicos fiquem confinados na barreira dagua; A intensidade de luz do arco plasma seja reduzida a niveis que no prejudiquem os olhos;

7-Corte com jato de guaEmbora seja ainda um processo bastante raro na indstria, j existem mquinas que cortam acrilico, aluminio, vidro, chapas de ao doce de at 100mm de espessura, todos esses materiais, e muitos outros mais, usando jato de agua e presses elevadssimas.A gua, combinada com a areia, j era usada pelos egpcios, na antiguidade, em atividades de minerao e limpeza. Foi tambem utilizada nas minas de ouro da Califrnia, para cortar rochas impregnadas de ouro. No nosso sculo, jatos de areia em conjunto com vapor de agua a alta presso tm sido frequentemente empregados para limpeza e remoo de tintas. Mas o uso industrial moderno desta tecnologia relativamente recente. Data do final dos anos 60, a concesso da primeira patente de um sistema de corte que utilizava gua com muita pressoEm 1970, o corte de gua sob presso foi desenvolvido para cortar materiais metlicos e no-metlicos. A gua tinha de ser elevada a uma presso entre 30.000 a 50.000 psi.

7.1-Como funciona o jato de gua.Basicamente a gua precisa ser filtrada, para ficar livre de impurezas que poderiam ocasionar entupimento dos bicos de corte. Essas impurezas podem afetar o desempenho e a manuteno do sistema de alta presso. Bombas muito poderosas elevam apresso da gua a aproximadamente 4.000 bar, cerca de 4.000 vezes a presso atmosfrica ao nvel do mar. A gua pressurizada armazenada num acumulador, que regulariza o fluxo de saida deste fluido. Depois levado por tubulaes at um bocal feito de safira, que um material com elevada resistncia ao desgaste.Neste momento pode ser agregado o abrasivo, acoplado ao bocal, existe um reservatrio contendo material abrasivo em p. Assim a gua ao passar pelo bocal, arrasta o material abrasivo, o que faz o jato ter uma potncia de corte maior.Aps atravessar o material cortado, o jato de gua amortecido num tanque, que fica sob a mesa de corte, contendo gua e esferas de ao ou pedras britadas. Este processo no produz efluentes txicos, portanto no oferece perigo para o operador, nem para o meio ambiente.Quando se utiliza o jato de gua com abrasivo para cortar metais e outros materiais duros, 90% do corte, na realidade, feito pelo abrasivo e no pela gua. O abrasivo produz uma ao de cisalhamento que permite cortar materiais de grande dureza at a espessura de 152,4mm. Esse tipo de corte eficaz tanto para materiais duros como para peas que sofreram endurecimento superficial.

7.2-Vrios fatores influenciam o corte por jato de gua com abrasivo ex: Presso; fluxo; diametro do jato; abrasivo; distancia e velocidade de corte.

7.3-Vantagens: No produz problemas de efeito trmico, isto , decorrente da gerao de calor. No polui o meio ambiente Pode ser utilizado em uma vasta gama de materiais. Permite fazer cortes em qualquer direo e nas mais variadas formas.

7.4-Desvantagens: A velocidade deste processo mais demorada, em relao a outros sistemas. O abrasivo utilizado dever ser mais duro que o material que ir cortar. Chapas finas de metal tendem a apresentar rebarbas na face de sada.7.5-Segurana no processo Os equipamentos de corte por jato de gua e abrasivos j incorporam dispositivos de segurana, construdos pelos prprios fabricantes, visando a segurana dos operadores e equipamentos. Por exemplo, se ocorrer a ruptura de alguma tubulao, uma proteo externa ao tubo evita a descarga da alta presso e um sistema de segurana desliga o equipamento.

8-Usinagem por eletroerosoA eletroeroso baseia-se na destruio de partculas metlicas por meio de descargas eltricas, dividido em dois tipos, eletroeroso por eletrodo e eletroeroso a fio. Este um dos processos no tradicionais de usinagem que vem ganhando espao ultimamente. Pense nos novos materiais que tem surgido, tais materiais apresentam alta resistncia ao desgaste entre outras caracteristicas. Voc j imaginou a dificuldade de usinar estes materiais.

8.1-Eletroeroso por eletrodoBrocas helicoidais so eficientes para produzir furos redondos. Mas que ferramenta produziria um furo com o formato de uma estrela? Pelo processo de eletroeroso com o uso de eletrodo isto possvel, pois necessrio que os materiais envolvidos (pea e ferramenta) sejam bons condutores de eletricidade.A ferramenta que produz a eroso, ou seja, o desbaste da superfcie usinada o eletrodo. Este, normalmente fabricado em cobre por ser bom condutor de energia. Pea e eletrodo com o formato desejado so mergulhados num recipiente que contem um fluido isolante, isto , no condutor de eletricidade, chamado de dieltrico. Em geral so utilizados leos minerais e ou querosene esta inflamvel e exala odor forte, prejudicial sade e meio ambiente. Tanto a pea como o eletrodo esto ligados a uma fonte de corrente contnua, quando o espao entre a ferramenta e a pea diminudo, o dieltrico atua como uma ponte de ons, produzindo uma centelha que superaquece o material podendo variar entre 2.500C e 50.000C.A durao desta descarga eltrica e o intervalo entre uma descarga e outra so medidos em microssegundos e controlados por comandos eletrnicos. Descargas sucessivas, ao longo de toda a superfcie do eletrodo, fazem a usinagem da pea. A freqncia das descargas pode alcanar at 200 mil ciclos por segundo, Na pea fica reproduzida a cpia fiel do eletrodo, porm invertida.

8.2-Eletroeroso a fio.Alem do processo de eletroeroso por eletrodo, existe ainda o processo de eletroeroso a fio, para certas finalidades, como a usinagem de cavidades passantes e perfuraes transversais, so preferveis usar o processo de eletroeroso a fio. Cujo os princpios bsicos so semelhantes entre estes dois processos.A diferena que, neste processo, um fio de lato ionizado, isto , eletricamente carregado, atravessa a pea submersa em gua desionizada, em movimentos constantes, provocando descargas eltricas entre o fio e a pea, as quais cortam o material. Para permitir a passagem do fio, feito previamente um pequeno orifcio no material a ser usinado.Este corte programado por computador, que permite o corte de perfis complexos e com exatido. Atualmente, a eletro eroso a fio bastante usada na indstria para a confeco de placas de guia, porta-punes e matrizes (ferramentas de corte dobra e repuxo).

9. Fundio

Vantagens:

10. Forjamento