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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIRETORIA DE ENSINO ESCOLA SUPERIOR DE SOLDADOS “CORONEL PM EDUARDO ASSUMPÇÃO” CURSO SUPERIOR DE TÉCNICO DE POLÍCIA OSTENSIVA E PRESERVAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA MATÉRIA 17: POLÍCIA OSTENSIVA UD 03: POLICIAMENTO DE TRÂNSITO - I Departamento de Ensino e Administração Divisão de Ensino e Administração Seção Pedagógica Setor Planejamento APOSTILA ATUALIZADA EM MAIO DE 2009 PELO 1ºTEN PM CHRISTIANE DA ESSd

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

DIRETORIA DE ENSINO

ESCOLA SUPERIOR DE SOLDADOS

“CORONEL PM EDUARDO ASSUMPÇÃO”

CURSO SUPERIOR DE TÉCNICO DEPOLÍCIA OSTENSIVA E PRESERVAÇÃO

DA ORDEM PÚBLICA

MATÉRIA 17: POLÍCIA OSTENSIVAUD 03: POLICIAMENTO DE

TRÂNSITO - I

Departamento de Ensino e AdministraçãoDivisão de Ensino e Administração

Seção PedagógicaSetor Planejamento

APOSTILA ATUALIZADA EM MAIO DE 2009 PELO 1ºTEN PM CHRISTIANE DA ESSd

1ÍNDICE

MATÉRIA : POLÍCIA OSTENSIVAUD 03: POLICIAMENTO DE TRÂNSITO – I

DESCRIÇÃO

1. Definições básicas.................................... pg. 022. Classificação das vias ................................pg. 033. Sistema Nacional de Trânsito.................... pg. 044. Classificação dos veículos..........................pg. 095. Sinalização..................................................pg. 116. Regras gerais de circulação .......................pg. 137. Infrações de trânsito – Penalidades e Medidas

Administrativas............................................pg. 198. Habilitação e suas categorias ...................pg. 279. Fiscalização de veículos – Documentos de Porte

Obrigatório .................................................pg. 3110. Bibliografia ............................................pg. 34

2Policiamento de Trânsito

1. Definições Básicas

- O Trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulaçãopública são regidas pelo Código de Trânsito Brasileiro (Art. 1º CTB);

- As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer veículo, bem como aos proprietários,condutores dos veículos nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele expressamentemencionados (Art. 3º).

- Trânsito (definição): a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou emgrupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de cargaou descarga (Art. 1º, § 1º).

- Vias terrestres: conforme prevê o Anexo I, do CTB, entende-se por via a “superfície por ondetransitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha ecanteiro central”. Sendo considerado vias terrestres (urbanas e rurais) as ruas, avenidas,logradouros, caminhos, passagens, estradas e rodovias, sendo ainda as praias abertas àcirculação pública e as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidadesautônomas (Art. 2º).

-ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à parada ou estacionamento deveículos, em caso de emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriadopara esse fim.

- LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias urbanas ou rurais e que com elas se limita.

- ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo superior ao necessário para embarque oudesembarque de passageiros.

- PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de passagem à frente de outro veículo que se desloca nomesmo sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via.

- PONTE - obra de construção civil destinada a ligar margens opostas de uma superfície líquida qualquer.

- TRÂNSITO - movimentação e imobilização de veículos, pessoas e animais nas vias terrestres

- ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, emmenor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e retornar à faixa de origem.

- VIADUTO - obra de construção civil destinada a transpor uma depressão de terreno ou servir de passagemsuperior

2. CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS

As vias abertas à circulação, de acordo com sua utilização, classificam-se em: (Art. 60 eAnexo I)

I - VIAS URBANAS:

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- TRÂNSITO RÁPIDO (aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, seminterseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia depedestres em nível);

- VIA ARTERIAL (aquela caracterizada por interseções em nível, geralmente controlada porsemáforo entre as regiões da cidade);

- COLETORA (aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade deentrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro dasregiões da cidade);

- LOCAL (aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas destinadaapenas ao acesso local ou a áreas restritas).

II - VIAS RURAIS:

- RODOVIAS (via rural pavimentada)- ESTRADAS (via rural não pavimentada)

Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo com sua utilização, classificam-se em:I - vias urbanas:a) via de trânsito rápido;b) via arterial;c) via coletora;d) via local;II - vias rurais:a) rodovias;b) estradas.Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de sinalização,obedecidas suas características técnicas e as condições de trânsito.§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:I - nas vias urbanas:a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;II - nas vias rurais:a) nas rodovias:1) 110 (cento e dez) quilômetros por hora para automóveis, camionetas e motocicletas;(Redação dada pela Lei 10.830, de 23DEZ03)2) noventa quilômetros por hora, para ônibus e microônibus;3) oitenta quilômetros por hora, para os demais veículos;b) nas estradas, sessenta quilômetros por hora.§ 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via poderáregulamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores ou inferiores àquelasestabelecidas no parágrafo anterior.Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máximaestabelecida, respeitadas as condições operacionais de trânsito e da via.Art. 63. (VETADO)

4Considerando os Art.60,61 e 62 elaboramos o quadro abaixo para melhor interpretação:

Veloc. Máxima Veloc. Mínima

Via de Trânsito Rápido 80 km/h 40 km/h

Via Arterial 60 km/h 30 km/h

Via Coletora 40 km/h 20 km/h

Vias Urbanas

Via Local 30 km/h 15 km/hAutomóveis /camionetas/motocicletas 110 km/h 55 km/h

Ônibus e Micro ônibus 90 km/h 45 km/hRodovias

Demais veículos 80 km/h 40 km/h

Vias Rurais

Estradas 60 km/h 30 km/h

OBS.: Em relação ao Art. 218, que prevê as infrações quanto ao excesso develocidade, verificar alterações feitas pela Lei 11.334/06, em vigor desde 26/07/06, dada desua publicação no DOU.

3. SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO(Art.s 5º,7º, 9º, 12º, 14º, 19º, 21º, 22º e 24º)

Por tratar-se de um assunto extremamente complexo, o trânsito foi disciplinado, para suamelhor organização, através do Sistema Nacional de Trânsito, que é “o conjunto de órgãos eentidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que tem por finalidade oexercício das atividades de planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro elicenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores, educação,engenharia, operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e derecursos e aplicação de penalidades” (Art. 5º). Resumindo o Sistema Nacional de Trânsito(SNT) nada mais é que o conjunto de órgãos aos quais o Código de Trânsito Brasileiroacometeu funções relacionadas à administração do trânsito, engenharia, fiscalização epoliciamento.

Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes órgãos e entidades (Art 7º):

I. Conselho Nacional de Trânsito- CONTRAN;II. Conselhos Estaduais de Trânsito- CETRAN e o Conselho de Trânsito do Distrito Federal-CONTRANDIFE;III. os órgãos e entidades executivos de trânsito da união, dos Estados do Distrito Federal e

dos Municípios;IV os órgãos e entidades executivos rodoviários da união, dos Estados, do Distrito Federal e

dos Municípios;V.a Polícia Rodoviária Federal;VI. as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal, eVII. as Juntas Administrativas de Recursos de Infração- JARI;

5Embora os órgãos integrantes do sistema mantenham alto grau de independência,

na medida em que continuam ligados à administração da esfera de governo do qual fazemparte (União, Estados e Municípios), a idéia de estruturá-los todos num sistema decorre danecessidade de promover, entre eles, o mínimo de integração e uniformidade no que toca aodesenvolvimento das tarefas que lhe são deferidas.

Basicamente, o SNT possui uma primeira grande divisão:

I - ÓRGÃOS NORMATIVOS E CONSULTIVOS- CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito): coordenador do Sistema e órgão máximo

normativo e consultivo;- CETRAN/ CONTRANDIFE (Conselhos Estaduais de Trânsito e Conselho de Trânsito do

Distrito Federal, respectivamente): órgãos normativos, consultivose coordenadores;

II - ÓRGÃOS E ENTIDADES EXECUTIVOS- União: DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito ;- Estados: DETRAN - Departamento Estadual de Trânsito;- Municípios: a ser definido pelos municípios, DSV/SP, por exemplo;

III- ÓRGÃOS E ENTIDADES RODOVIÁRIOS:- União: DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrututra de Transportes;- Estados: DER - Departamento de Estradas de Rodagem;- Municípios: a ser definido pelos municípios;

IV - ÓRGÃOS POLICIAIS- Polícia Rodoviária Federal- Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal;

V - JARIJuntas Administrativas de Recursos de Infrações.

OBS.: A coordenação máxima do Sistema Nacional de Trânsito, que era decompetência do Ministério da Justiça, atualmente compete ao Ministério das Cidades.

FUNÇÕES BÁSICAS DO ÖRGÃOS QUE COMPÕE O SNT

- ÒRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL1) Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN)

O CONTRAN é o coordenador do Sistema Nacional e órgão máximo normativoe consultivo. Suas funções básicas estão descritas no art. 12 do CTB, mas váriosoutros artigos do Código fazem menção a atribuições suas, como o art. 64, 65, 74,104, 105 e muitos outros. As suas funções precípuas são a promoção daintegração entre os demais órgãos do sistema Nacional de Trânsito, zelando pelauniformidade de procedimentos, bem como o estabelecimento de normasregulamentares em relação às matérias referidas no CTB (função de regulamentaro Código) (art. 12, inc. I e II).

2) Órgão executivo de trânsito da união (DENATRAN)Entre as várias atribuições a seu cargo, pode-se destacar algumas maisimportantes:

6Expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional de Habilitação, o Certificado de

Registro de Veículo e o de Licenciamento Anual, tudo por intermédio dos órgãosexecutivos de trânsito dos Estados e do DF, mediante delegação (art. 19, inc. VII).

Organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras de Habilitação - RENACH (art. 19,inc. IX).

Organizar e manter o Registro Nacional de Veículos Automotores - RENAVAM (art. 19,inc. X).

Elaborar proposta de alteração dos dispositivos e equipamentos obrigatórios,submetendo-os ao CONTRAN (art. 19, inc. XVIII).

Estudar os casos omissos na legislação de trânsito e submetê-los, com proposta desolução, ao Ministério da Justiça (art. 19, inc. XXVIII).

Prestar suporte técnico, administrativo e financeiro ao CONTRAN (art. 19, inc. XXIX).3) Órgão executivo rodoviário da união (DNIT)

Suas funções, como de resto as de todos os demais órgãos executivos rodoviários,estão previstas no art.21 do CTB. Em relação a essas funções, cumpre destacar o seguinte:enquanto para a fiscalização das infrações de trânsito nas vias urbanas o legisladorestabeleceu divisão de competências entre os órgãos dos Estados e dos Municípios, asquais serão detalhadas mais à frente, no que se refere à fiscalização das infrações nas viasrurais (rodovias e estradas, vide Anexo I), não houve qualquer restrição, ou seja, os órgãosexecutivos rodoviários, sejam eles da União, dos Estados e DF e dos Municípios, podematuar na fiscalização e autuação de qualquer infração, seja ela qual for (art. 21, inc. VI).

No entanto, no que se refere a aplicação de penalidades, os órgãos rodoviários sótêm competência para aplicar a advertência por escrito e a multa (art. 21, inc. VI). Ficam defora de sua competência, portanto, outras penalidades, como a apreensão do veículo, asuspensão do direito de dirigir, a cassação da Carteira Nacional de Habilitação e outrastantas, previstas no art. 256 do CTB.

4) Departamento de Polícia Rodoviária FederalBasicamente, compete-lhe realizar o patrulhamento ostensivo no âmbito das

rodovias e estradas federais. Fala-se em patrulhamento e não em policiamento, porqueaquele foi o termo empregado pelo legislador constituinte quando da definição dascompetências dessa Corporação na Constituição Federal, mais precisamente no art. 144, §2.º.

O CTB foi extremamente generoso com a polícia Rodoviária Federal,outorgando-lhe competências importantes, entre as quais:

Aplicar e arrecadar multas por infrações de trânsito, bem como as medidasadministrativas decorrentes (art. 20, inc. III).

Efetuar levantamento dos locais de acidente de trânsito, atribuição que poderá implicarconfronto com a Polícia Civil e o Instituto de Criminalística, órgãos aos quais cabe essatarefa (art. 20, inc. IV).

Promover a interdição de construções e instalações não autorizadas (art. 20, inc. VI).

5) Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI)Nos termos do art. 16 do CTB, junto a cada órgão ou entidade executivo de

trânsito deve existir uma JARI, cuja função precípua é julgar os recursos interpostos pelosinfratores.

- ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO DOS ESTADOS E DO DF.

1) Conselho Estadual de Trânsito (CETRAN) e Conselho de Trânsito do DistritoFederal (CONTRANDIFE).

7O Conselho Estadual de Trânsito é, nos Estados, um órgão de funções análogas aoCONTRAN, ou seja, é também um órgão normativo e consultivo, com a diferença que suasnormas atuam dentre de determinados limites, que são os seus territórios.Suas funções primordiais são a elaboração de normas no âmbito de suas respectivascompetências, a resposta a consultas relativas à aplicação da legislação de trânsito e ojulgamento de recursos em segunda instância (julgamento de recursos contra as decisõesdas JARIs) (art. 14, incs. II, III e V).

2) Órgão executivo rodoviário.O órgão executivo rodoviário no Estado de São Paulo é o Departamento de Estradas deRodagem (DER). Possui funções idênticas às do órgão executivo rodoviário da União(DNIT), previstas no art. 21 as quais exerce no âmbito das rodovias estaduais.

3) Órgão executivo de trânsito dos estados e do DF.O CTB não especificou qual deveria ser a denominação desses órgãos, apenas estabeleceuque, no Sistema Nacional de Trânsito há a previsão da existência de órgãos executivos detrânsito Estaduais. Os Estados têm entregue aos Departamentos Estaduais de Trânsito(DETRANs), já existentes à época do Código Nacional de Trânsito (CNT), as atribuiçõesprevistas para os órgãos Estaduais no art. 22.Trata-se de órgão de grande importância, na medida em que é o único que possuicompetência para a aplicação de todas as penalidades previstas no art. 256 do CTB. Sãofunções a cargo desses órgãos:Realizar o processo de formação de condutores e expedir a Permissão para Dirigir e a

Carteira Nacional de habilitação, tudo por delegação do DENATRAN, como já anotado noitem 3) (art. 22, inc. II).

Realizar o registro, emplacamento e licenciamento de veículos, expedindo o Certificadode Registro e de Licenciamento Anual, também por delegação do DENATRAN (art. 22,inc. III).

Executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveispelas infrações previstas no CTB, exceto as de circulação, parada, estacionamento,peso, dimensões e lotação, que são de competência do órgão Municipal (art. 22, inc. V).

Aplicar as penalidades por infrações de sua competência (art. 22, inc. VI).Em São Paulo, apresenta-se fragmentado em Circunscrições Regionais de Trânsito(CIRETRANs), órgãos que exercem, no território de um ou mais Municípios, parcela dasatribuições dos DETRANs, como licenciar veículos, expedir CNHs, sempre por delegação.Assim, ao diversamente do que pensam muitos, as CIRETRANs são órgãos estaduais e nãomunicipais.

4) Polícia Militar dos Estados e do DF.As missões das Polícias Militares estavam previstas no art. 23 do CTB. O verbo no

tempo passado faz sentido, na medida em que dos sete incisos, seis foram vetados,restando apenas o inciso III, que estabelece ser competência das Polícias Militares aexecução da fiscalização de trânsito, "quando e conforme convênio firmado, como agente doórgão ou entidade executivos de trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente comos demais agentes credenciados". A redação do citado dispositivo deu a entender, de início,que as Polícias Militares só poderiam agir na fiscalização se fossem conveniadas.

No entanto, hoje prevalece, ao menos no âmbito da Corporação, o entendimentoformulado pelo ilustre jurista, Dr. Diógenes Gasparini, segundo o que a Polícia Militarpersiste com a competência para o exercício da fiscalização de trânsito, na medida em que afiscalização é parcela inerente à atividade de policiamento ostensivo de trânsito, a qual asPM exercem em decorrência de mandamento constitucional (art. 144, § 5,º, da CF),

8complementado pelas normas infra constitucionais complementares (Decreto-lei 667/69 eseu regulamento, Decreto 88.777/83 (R-200)).

5) Jari.Funcionam junto ao órgão executivo de trânsito do Estado, com a atribuição de julgar

os recursos contra as penalidades por ele impostas.

ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

Os Municípios não possuem órgãos normativos e consultivos. Isso não significa queo órgão executivo de trânsito do Município não possa editar normas na área de trânsito. Elepoderá, sim, no entanto suas normas só terão aplicabilidade interna, no que diz respeito àorganização e execução de suas funções. Não se deve confundir competência para editarnormas de trânsito, que têm cunho administrativo, com a competência para legislar emmatéria de trânsito, ou seja, editar leis, que é da União (art. 22, inc. XI, da CF).

1. Órgão executivo rodoviário do municípioEmbora esteja prevista a sua existência, não há notícia da criação de órgão

executivo rodoviário em qualquer Município, ao menos de nosso Estado.Quando existentes, se é que o serão, terão as mesmas atribuições dos órgão

executivos rodoviários da União, dos Estados e do DF, de acordo com o art. 21, logicamenteexercidas nas estradas e rodovias Municipais.2. Órgão executivo de trânsito do município

Suas funções estão previstas no art. 24, entre as quais destacam-se:A Regulamentação e operação do trânsito (art. 24, inc. II).A sinalização (art. 24, inc. III).exercício da fiscalização de trânsito sobre as infrações de circulação, parada,

estacionamento, peso, dimensões e lotação, bem como a autuação delas e a imposiçãodas medidas administrativas decorrentes (art. 24, incs. VI e VIII).

A aplicação das penalidades de advertência por escrito e multa. Perceba-se que, aexemplo do que anotou-se em relação aos órgãos rodoviários, a competência dos órgãosexecutivos de trânsito do Municípios no que se refere à aplicação de penalidades érestrita, atendo-se à advertência por escrito e à multa, ficando fora de suas atribuições,entre outras, a apreensão do veículo, a suspensão do direito de dirigir etc. (art. 24, inc.VII).

A implantação de estacionamento rotativo pago (vulgo "zona azul") (art. 24, inc. X).Planejar e implantar medidas para a redução da circulação de veículos e reorientação do

tráfego, com o objetivo de diminuir a emissão global de poluentes (art. 24. inc. XVI).Registrar e licenciar ciclomotores, veículos de propulsão humana e de tração animal (art.

24, inc. XVII).3. Juntas administrativas de recursos de infrações (jaris)

Funcionam junto ao órgão executivo de trânsito do Município, com a atribuição dejulgar os recursos contra as penalidades por ele impostas.

4. CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS

Art. 96.Os veículos classificam-se em:

I. quanto à tração: a. automotor; b. elétrico; c. de propulsão humana; d. de tração animal; e. reboque ou semi-reboque.

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II. quanto à espécie: a. de passageiros (veículo destinado ao transporte de pessoas e suas bagagens): bicicleta; ciclomotor, motoneta, motocicleta, triciclo; quadriciclo; automóvel; microônibus;ônibus; bonde; reboque ou semi-reboque; charrete.

b. de Carga (veículo destinado ao transporte de carga, podendo transportar doispassageiros, exclusive o condutor):

motoneta; motocicleta, triciclo, quadriciclo; caminhonete; caminhão; reboque ou semi-reboque; carroça; carro- de mão.

c. misto (veículo automotor destinado ao transporte simultâneo de carga e passageiro):camioneta; utilitário; outros.d. competição .e. de tração:

caminhão- trator; trator de rodas; trator de esteiras; trator misto. f. especial: “aquele de fabricação fora de série, com caracteristcas, configurações eequipamentos para utilização em serviços especializados”.

g. Coleção: fabricado há mais de 30anos, conservando suas características originais defabrica. Identificado por placas de fundo preto e caracteres cinza (Res-CONTRAN 56/98,alterado pela Res-CONTRAN 127/01)

III. quanto à categoria:oficial;de representação diplomática, de repartições consulares de carreira ou organismos

internacionais acreditados junto ao Governo brasileiro;particular;de aluguel;de aprendizagem;Fabricante;Experiência.

CATEGORIA CORDO PLACA E TRAJETA

VEÍCULO FUNDO CARACTERESParticular Cinza PretaAluguel Vermelha Branca

Experiência / Fabricante Verde BrancaAprendizagem Branca Vermelha

Oficial Branca PretaRepresentação Preto Dourado

Missão Diplomática / CorpoConsular / Corpo

Diplomático e Outros

Azul Branca

Resolução 231, de 15MAR07, com as alterações da Res 241/07: estabelece oSistema de Placas de Identificação de Veículos.

RESOLUÇÃO Nº 004/98, 23 de janeiro de 1998, com as alterações da Res 269/08.

Dispõe sobre o trânsito de veículos novos nacionais ou importados, antes do registro e

licenciamento.

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O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando da competência que lhe confereo Art. 12 da Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de TrânsitoBrasileiro - CTB, e conforme Decreto nº 2.327, de 23 de setembro de 1997, que dispõesobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito; Considerando que o veículo novo terá que ser registrado e licenciado no Município dedomicílio ou residência do adquirente;

Considerando que o concessionário ou revendedor autorizado pela indústria fabricantedo veículo, poderá ser o primeiro adquirente;

Considerando a conveniência de ordem econômica para o adquirente nosdeslocamentos do veículo;

R E S O L V E:

Art. 1º. Permitir o transporte de cargas e pessoas em veículos novos, antes do registroe licenciamento, adquiridos por pessoas físicas e jurídicas, por entidades públicas e privadase os destinados aos concessionários para comercialização, desde que portem a "autorizaçãoespecial" segundo o modelo constante do anexo I.§ 1º. A permissão estende-se aos veículos inacabados (chassis), do pátio do fabricante oudo concessionário até o local da indústria encarroçadora.

§ 2º. A "autorização especial" valida apenas para o deslocamento para o município dedestino, será expedida para o veículo que portar os Equipamentos Obrigatórios previstospelo CONTRAN (adequado ao tipo de veículo), com base na Nota Fiscal de Compra eVenda; com validade de (15) quinze dias transcorridos da data da emissão, prorrogável porigual período por motivo de força maior.

§ 3º. A autorização especial será impressa em (3) três vias, das quais, a primeira e asegunda serão coladas respectivamente, no vidro dianteiro (pára-brisa), e no vidro traseiro, ea terceira arquivada na repartição de trânsito expedidora.

Art. 2º. Os veículos adquiridos por autônomos e por empresas que prestam transportesde cargas e de passageiros, poderão efetuar serviços remunerados para os quais estãoautorizados, atendida a legislação específica, as exigências dos poderes concedentes e dasautoridades com jurisdição sobre as vias públicas.

Art. 3º. Os veículos consignados aos concessionários, para comercialização, e osveículos adquiridos por pessoas físicas, entidades privadas e públicas, a serem licenciadosnas categorias "PARTICULAR e OFICIAL", somente poderão transportar suas cargas epessoas que tenham vínculo empregatício com os mesmos.

Art. 4º. Antes do registro e licenciamento, o veículo novo, nacional ou importado queportar a nota fiscal de compra e venda ou documento alfandegário poderá transitar:

I – do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou concessionária e do PostoAlfandegário, ao órgão de trânsito do município de destino, nos quinze dias consecutivos àdata do carimbo de saída do veículo, constante da nota fiscal ou documento alfandegáriocorrespondente; (Redação dada pela Resolução 269, de 15FEV08)

II – do pátio da fábrica, da industria encarroçadora ou concessionária, ao local onde vaiser embarcado como carga, por qualquer meio de transporte;

III – do local de descarga às concessionárias ou industrias encarroçadora;IV – de um a outro estabelecimento da mesma montadora, encarroçadora ou

concessionária ou pessoa jurídica interligada.

Art. 5º. Pela inobservância desta Resolução, fica o condutor sujeito à penalidadeconstante do Artigo 230, inciso V, do Código de Trânsito Brasileiro.

11Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogada a

Resolução 612/83.

5. SINALIZAÇÃOPrevê o CTB em seu capítulo VII:

Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo da via, sinalização prevista nesteCódigo e em legislação complementar, destinada a condutores e pedestres, vedada autilização de qualquer outra.

§ 1º A sinalização será colocada em posição e condições que a tornem perfeitamentevisível e legível durante o dia e a noite, em distância compatível com a segurança dotrânsito, conforme normas e especificações do CONTRAN.§ 2º O CONTRAN poderá autorizar, em caráter experimental e por período prefixado,a utilização de sinalização não prevista neste Código.

Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido colocar luzes, publicidade, inscrições,vegetação e mobiliário que possam gerar confusão, interferir na visibilidade da sinalização ecomprometer a segurança do trânsito.Art. 82. É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito e respectivos suportes, ou junto aambos, qualquer tipo de publicidade, inscrições, legendas e símbolos que não se relacionemcom a mensagem da sinalização.Art. 83. A afixação de publicidade ou de quaisquer legendas ou símbolos ao longo das viascondiciona-se à prévia aprovação do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá retirar oudeterminar a imediata retirada de qualquer elemento que prejudique a visibilidade dasinalização viária e a segurança do trânsito, com ônus para quem o tenha colocado.Art. 85. Os locais destinados pelo órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre avia à travessia de pedestres deverão ser sinalizados com faixas pintadas ou demarcadas noleito da via.Art. 86. Os locais destinados a postos de gasolina, oficinas, estacionamentos ou garagensde uso coletivo deverão ter suas entradas e saídas devidamente identificadas, na formaregulamentada pelo CONTRAN.Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em:

I - verticais;II - horizontais;III - dispositivos de sinalização auxiliar;IV - luminosos;V - sonoros;VI - gestos do agente de trânsito e do condutor.

Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser entregue após sua construção, ou reabertaao trânsito após a realização de obras ou de manutenção, enquanto não estiverdevidamente sinalizada, vertical e horizontalmente, de forma a garantir as condiçõesadequadas de segurança na circulação.

Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em obras deverá ser afixada sinalizaçãoespecífica e adequada.

Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais;II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.

Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste Código por inobservância àsinalização quando esta for insuficiente ou incorreta.

12§ 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via é responsável pelaimplantação da sinalização, respondendo pela sua falta, insuficiência ou incorretacolocação.§ 2º O CONTRAN editará normas complementares no que se refere à interpretação,colocação e uso da sinalização. "

6. REGRAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA

Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos,de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas;II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ouabandonando na via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor deveráverificar a existência e as boas condições de funcionamento dos equipamentos de usoobrigatório, bem como assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar aolocal de destino.Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o comatenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá àsseguintes normas:I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamentesinalizadas;II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e osdemais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, avelocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de local nãosinalizado, terá preferência de passagem:a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver circulando porela;b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação no mesmosentido, são as da direita destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maiorporte, quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda, destinadas àultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade;V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos, só poderá ocorrerpara que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento;VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de passagem, respeitadas asdemais normas de circulação;VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os defiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito,gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência edevidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro eiluminação vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições:

13a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidade dosveículos, todos os condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa daesquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário;b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, sóatravessando a via quando o veículo já tiver passado pelo local;c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente sópoderá ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de urgência;d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidadereduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normasdeste Código;VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento navia, gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde quedevidamente sinalizados, devendo estar identificados na forma estabelecida peloCONTRAN;IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda,obedecida a sinalização regulamentar e as demais normas estabelecidas neste Código,exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de entrar àesquerda;X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, certificar-se de que:a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para ultrapassá-lo;b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito de ultrapassarum terceiro;c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que suamanobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário;XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora de direçãodo veículo ou por meio de gesto convencional de braço;b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe livre umadistância lateral de segurança;c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de origem, acionando a luzindicadora de direção do veículo ou fazendo gesto convencional de braço, adotando oscuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos queultrapassou;XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência de passagem sobre osdemais, respeitadas as normas de circulação.§ 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e b do inciso X e a e b do inciso XIaplicam-se à transposição de faixas, que pode ser realizada tanto pela faixa da esquerdacomo pela da direita.§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordemdecrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dosmenores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito de ultrapassá-lo,deverá:I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa da direita, semacelerar a marcha;II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na qual está circulando,sem acelerar a marcha.Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila, deverão manter distânciasuficiente entre si para permitir que veículos que os ultrapassem possam se intercalar na filacom segurança.Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de transporte coletivoque esteja parado, efetuando embarque ou desembarque de passageiros, deverá reduzir a

14velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo com vistas à segurançados pedestres.Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com duplo sentido de direção epista única, nos trechos em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagensde nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto quando houversinalização permitindo a ultrapassagem.Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor não poderá efetuar ultrapassagem.Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que podeexecutá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vãocruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um deslocamento lateral, o condutordeverá indicar seu propósito de forma clara e com a devida antecedência, por meio da luzindicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto convencional de braço.Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a transposição de faixas, movimentosde conversão à direita, à esquerda e retornos.Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, procedente de um lote lindeiro a essa via,deverá dar preferência aos veículos e pedestres que por ela estejam transitando.Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a operação de retornodeverão ser feitas nos locais apropriados e, onde estes não existirem, o condutor deveráaguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista com segurança.Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros, ocondutor deverá:I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do bordo direito da pista eexecutar sua manobra no menor espaço possível;II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível de seu eixo ou dalinha divisória da pista, quando houver, caso se trate de uma pista com circulação nos doissentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de um só sentido.Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá cederpassagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pelapista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem.Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais para istodeterminados, quer por meio de sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou,ainda, em outros locais que ofereçam condições de segurança e fluidez, observadas ascaracterísticas da via, do veículo, das condições meteorológicas e da movimentação depedestres e ciclistas.Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes determinações:I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizando luz baixa, durante a noite edurante o dia nos túneis providos de iluminação pública;II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar com outroveículo ou ao segui-lo;III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto período de tempo, com oobjetivo de advertir outros motoristas, só poderá ser utilizada para indicar a intenção deultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a existência de risco à segurançapara os veículos que circulam no sentido contrário;IV - o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de posição do veículo quando sobchuva forte, neblina ou cerração;V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações:a) em imobilizações ou situações de emergência;b) quando a regulamentação da via assim o determinar;VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá acesa a luz de placa;

15VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando o veículo estiverparado para fins de embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga demercadorias.Parágrafo único. Os veículos de transporte coletivo regular de passageiros, quandocircularem em faixas próprias a eles destinadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-sede farol de luz baixa durante o dia e a noite.Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, desde que em toque breve,nas seguintes situações:I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um condutor que se tem opropósito de ultrapassá-lo.Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veículo, salvo por razões desegurança.Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar constantemente as condiçõesfísicas da via, do veículo e da carga, as condições meteorológicas e a intensidade dotrânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade estabelecidos para a via, além de:I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em circulação sem causa justificada,transitando a uma velocidade anormalmente reduzida;II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo deverá antes certificar-se de quepode fazê-lo sem risco nem inconvenientes para os outros condutores, a não ser que hajaperigo iminente;III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a sinalização devida, amanobra de redução de velocidade.Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo devedemonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que possadeter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que tenham odireito de preferência.Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável, nenhum condutorpode entrar em uma interseção se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar oveículo na área do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsitotransversal.Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária de um veículo no leito viário,em situação de emergência, deverá ser providenciada a imediata sinalização de advertência,na forma estabelecida pelo CONTRAN.Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a parada deverá restringir-se ao tempoindispensável para embarque ou desembarque de passageiros, desde que não interrompaou perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres.Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será regulamentada pelo órgão ouentidade com circunscrição sobre a via e é considerada estacionamento.Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos, o veículodeverá ser posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e juntoà guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções devidamente sinalizadas.§ 1º Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, estacionados ou em operaçãode carga ou descarga deverão estar situados fora da pista de rolamento.§ 2º O estacionamento dos veículos motorizados de duas rodas será feito em posiçãoperpendicular à guia da calçada (meio-fio) e junto a ela, salvo quando houver sinalizaçãoque determine outra condição.§ 3º O estacionamento dos veículos sem abandono do condutor poderá ser feito somentenos locais previstos neste Código ou naqueles regulamentados por sinalização específica.Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do veículo, deixá-la aberta oudescer do veículo sem antes se certificarem de que isso não constitui perigo para eles epara outros usuários da via.

16Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem ocorrer sempre do lado dacalçada, exceto para o condutor.Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas adjacentes às estradas e rodoviasobedecerá às condições de segurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade comcircunscrição sobre a via.Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios constituídos por unidades autônomas,a sinalização de regulamentação da via será implantada e mantida às expensas docondomínio, após aprovação dos projetos pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre avia.Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos pela direita da pista, junto à guia dacalçada (meio-fio) ou acostamento, sempre que não houver faixa especial a eles destinada,devendo seus condutores obedecer, no que couber, às normas de circulação previstas nesteCódigo e às que vierem a ser fixadas pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só podem circular nas vias quando conduzidospor um guia, observado o seguinte:I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser divididos em grupos de tamanhomoderado e separados uns dos outros por espaços suficientes para não obstruir o trânsito;II - os animais que circularem pela pista de rolamento deverão ser mantidos junto ao bordoda pista.Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão circular nasvias:I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores;II - segurando o guidom com as duas mãos;III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN.Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão sertransportados:I - utilizando capacete de segurança;II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suplementar atrás do condutor;III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN.Art. 56. (VETADO)Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita da pista de rolamento,preferencialmente no centro da faixa mais à direita ou no bordo direito da pista sempre quenão houver acostamento ou faixa própria a eles destinada, proibida a sua circulação nas viasde trânsito rápido e sobre as calçadas das vias urbanas.Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou mais faixas de trânsito e a da direita fordestinada ao uso exclusivo de outro tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular pelafaixa adjacente à da direita.Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deveráocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possívela utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulaçãoregulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores.Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá autorizar acirculação de bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde quedotado o trecho com ciclofaixa.Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo órgão ou entidade comcircunscrição sobre a via, será permitida a circulação de bicicletas nos passeios.Art. 64. As crianças com idade inferior a dez anos devem ser transportadas nos bancostraseiros, salvo exceções regulamentadas pelo CONTRAN.Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas asvias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.Art. 66. (VETADO)

17Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclusive seus ensaios, em via aberta àcirculação, só poderão ser realizadas mediante prévia permissão da autoridade de trânsitocom circunscrição sobre a via e dependerão de:I - autorização expressa da respectiva confederação desportiva ou de entidades estaduais aela filiadas;II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à via;III - contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor de terceiros;IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos custos operacionais em que o órgão ouentidade permissionária incorrerá.Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre a via arbitrará os valores mínimos dacaução ou fiança e do contrato de seguro.CAPÍTULO IVDOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOSArt. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas dasvias urbanas e dos acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a autoridadecompetente permitir a utilização de parte da calçada para outros fins, desde que não sejaprejudicial ao fluxo de pedestres.§ 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos edeveres.§ 2º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou quando não for possível autilização destes, a circulação de pedestres na pista de rolamento será feita com prioridadesobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, exceto em locais proibidos pelasinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida.§ 3º Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou quando não for possível autilização dele, a circulação de pedestres, na pista de rolamento, será feita com prioridadesobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em sentido contrário aodeslocamento de veículos, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações emque a segurança ficar comprometida.§ 4º (VETADO)§ 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte a serem construídas, deverá serprevisto passeio destinado à circulação dos pedestres, que não deverão, nessas condições,usar o acostamento.§ 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passagem para pedestres, o órgão ouentidade com circunscrição sobre a via deverá assegurar a devida sinalização e proteçãopara circulação de pedestres.Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará precauções de segurança,levando em conta, principalmente, a visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos,utilizando sempre as faixas ou passagens a ele destinadas sempre que estas existiremnuma distância de até cinqüenta metros dele, observadas as seguintes disposições:I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via deverá ser feito em sentidoperpendicular ao de seu eixo;II - para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres ou delimitada por marcassobre a pista:a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações das luzes;b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o semáforo ou o agente de trânsitointerrompa o fluxo de veículos;III - nas interseções e em suas proximidades, onde não existam faixas de travessia, ospedestres devem atravessar a via na continuação da calçada, observada as seguintesnormas:a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de que podem fazê-lo sem obstruiro trânsito de veículos;

18b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres não deverão aumentar o seupercurso, demorar-se ou parar sobre ela sem necessidade.Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas paraesse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, ondedeverão ser respeitadas as disposições deste Código.Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização semafórica de controle de passagemserá dada preferência aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo emcaso de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos.Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via manterá, obrigatoriamente, asfaixas e passagens de pedestres em boas condições de visibilidade, higiene, segurança esinalização.

7. INFRAÇÃO DE TRÂNSITO

Art. 161. Constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito do CTB, dalegislação complementar ou das Resoluções do CONTRAN, sendo o infrator sujeito àspenalidade e medidas administrativas indicadas em cada artigo, além das punições pelocometimento de crime de trânsito.

PENALIDADES

Definição: É um ato administrativo, de cunho cartorário, necessariamente tem de serobservado os princípios constitucionais relacionados ao processo, quais sejam, dentreoutros, o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. Previstas no Art 256 doCTB e de exclusividade da Autoridade de trânsito. São elas:

a. advertência por escritob. multac. suspensão do direito de dirigird. apreensão do veículoe. cassação da CNHf. cassação da Permissão para Dirigirg. freqüência obrigatória no Curso de Reciclagem

a. ADVERTÊNCIA POR ESCRITO (art 256 e 267 do CTB)Medida educativa adotada pela autoridade de trânsito quando julgar conveniente, desde que

observados os seguintes requisitos :a1. infração de natureza leve ou média;a2. infração não reincidente nos últimos 12 meses (reincidência específica);a3. apreciação do prontuário do condutor – infrator, pela Autoridade, quando esta entender

esta providência mais educativa;Obs.: poderá ser aplicada somente pela Autoridade de Trânsito, sendo inconsistente, do

ponto de vista legal, o argumento do PM de que não autuou este ou aquele veículo porquepreferiu advertir o condutor. Logo, deve o agente da autoridade de trânsito, diante dessasinfrações, lavrar o auto de infração, ficando ao condutor o direito de recorreradministrativamente ao competente órgão de transito, solicitando tal benefício, se assim odesejar.

b. MULTA (art 256, 258 e 259 do CTB e Res-CONTRAN 136/02)Sanção de caráter pecuniário e como penalidade somente pode ser aplicada pela autoridade

de trânsito, sendo assim, o agente de autoridade de transito não multa ninguém, e sim autuaalguém.

19- § 3º, art. 280, CTB: não sendo possível a autuação em flagrante, o agente de transito

relatará o fato à autoridade no próprio auto de infração, informando os dados a respeito doveículo...

- § 4º art 280, CTB: o Agente de Trânsito competente para lavrar o auto de infração poderápode ser civil, estatutário ou celetista ou, ainda policial militar designado pela autoridade detrânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua competência.

Agente de Trânsito elabora a autuação, esta será julgada quanto a sua consistência eregularidade, pela autoridade de trânsito que poderá arquivar o Auto de Infração ou mandarexpedir no prazo de 30(trinta) dias a notificação da autuação. ( art 281 CTB).

Caso não tenha sido identificado o infrator no momento da autuação, o proprietário do veículotem o prazo de 15(quinze) dias a contar do recebimento da notificação da autuação para indicaros dados condutor, encaminhando cópia de sua habilitação para fins de cômputo da pontuação -Res.149/03 - CONTRAN.

Aplicada a penalidade, será expedida a notificação da multa, e a partir de seu recebimento,conta-se o prazo de 30 (trinta) dias para interposição de recurso administrativo.

Recurso Administrativo - em primeira instância deve ser interposto perante a autoridade queaplicou a penalidade, sendo que esta terá o prazo de 10(dez) dias para instruí-lo e remetê-lo àJARI.

Recurso Administrativo - em segunda instância deve ser interposto em 30(trinta) dias a contarda publicação ou notificação da decisão da JARI, perante o CETRAN ou CONTRAN (art 288CTB)

Com base nos Artigos 258 e 259, do CTB, combinados com a Resolução do CONTRAN136/02, elaboramos o seguinte quadro:

INFRAÇÕES Gravíssima Grave Média LevePONTOS 07 05 04 03

VALORES R$ 191,54 R$ 127,69 R$ 85,13 53,20

Não esquecendo que algumas infrações, de natureza gravíssima, são punidas com multasagravadas de três a cinco vezes do seu valor. (o fator multiplicador constante no CTB, diz respeitoexclusivamente ao valor da multa, não aos pontos ).

A multa pode ser paga por oitenta por cento do seu valor, até a data do vencimento (CTB, art.284).

c. SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR (Art. 256, 259,261, 265, 292 a 296, entre outros,do CTB)

Penalidade a ser imposta pela autoridade de trânsito, por decisão fundamentada, mediante ainstauração de um Processo Administrativo no qual devem ser observados os princípios daampla defesa e do contraditório (Art. 265, CTB).

A Suspensão poderá ser de 1 (um) mês até o máximo de 12(doze) meses e de 12(doze) a24(vinte e quatro) meses quando houver reincidência, segundo critérios estabelecidos peloCONTRAN (Art. 261 CTB). Referente aos prazos estabelecidos ver Res-CONTRAN 182/05.

Atualmente, as penalidades de suspensão do direito de dirigir, previstas no CTB, podem seraplicadas administrativamente (Art. 256, 261 e 265, CTB) e judicialmente (Art. 292 a 296,CTB).

São quatro as possibilidades que ensejam a instauração deste Processo Administrativo :1. quando houver o cômputo de 20 (vinte) pontos no prontuário do condutor, pelo

cometimento de infrações, que atinjam esta soma, no período de 12(doze) meses;2. pelo cometimento de infrações que por sua gravidade, foram penalizadas pelo

legislador com a Suspensão do Direito de Dirigir, independentemente da contagem de pontos,

20bastando que o condutor cometa qualquer uma delas, que após o processo administrativo(Arts. 256, III, e 265, CTB) a autoridade de transito aplique a correspondente penalidade,observando, todavia, os prazos estabelecidos na Res. CONTRAN 54/98. Sendo algumas destasinfrações:. art 165 dirigir alcoolizado ( concentração acima de 6 decigramas de álcool por litro de sangue ) -se houver dano potencial, crime capitulado no art 306 do CTB;. art 170 dirigir ameaçando pedestres e demais veículos que estejam na via - caracteriza ainda acontravenção penal de Direção Perigosa, art 34 da LCP;. art 173 disputar corrida por espírito de emulação (RACHA) - havendo dano potencial crimeprevisto no art 308 do CTB;. art 174 promover ou participar de eventos esportivos, sem autorização do órgão competente, navia pública, de exibição de perícia na manobra de veículos - também pode caracterizar o crimedo art 308 se houver perigo concreto;. art 175 utilizar-se da via para exibir manobra, arrancada ou frenagem brusca, arrastamentos dospneus;. art 176 deixar o condutor : de prestar socorro ; de evitar perigo de dano; de preservar o local; deremover o veículo do local do acidente, quando houver determinação; de identificar-se ou prestarinformações para o registro de boletim de ocorrência. - pode incidir no crime do art 304 CTB;. art 210 transpor bloqueio viário policial ;. art 218 transitar com velocidade 50% acima da permitida nas vias;. art 244 transitar os condutores de motocicletas, motonetas ou ciclomotores :

- sem o uso de capacetes ou sem o óculos de proteção (condutor ou passageiro);- efetuando malabarismos ou sobre apenas uma das rodas;- com os faróis apagados;- transportando crianças com idade inferior a 7(sete) anos ou que não tenha condições físicas

para cuidar de sua própria segurança;3. quando envolvido em acidente grave: apesar de não haver previsão expressa de que

seja um caso de suspensão de dirigir, trata-se de um tipo de suspensão, não como penalidade,mas como medida cautelar, previsto no Art. 160, § 1º e 2º, CTB.

4. quando em razão de pratica de crime de transito: os art. 302, 303, 306 e 308, CTB,prevêem expressamente a aplicação dessa penalidade. Os Arts. 304, 305, 309, 310, 311 e 312não estabelecem a penalidade de suspensão do direito de dirigir, porém se o réu for reincidentena prática de qualquer um deles, o juiz poderá aplicar essa penalidade, sem prejuízo das demaissanções cabíveis (Art 296, CTB).

- Aquele que violar a suspensão do direito de dirigir, aplicada pela autoridade de transito (Art 256,III), será punido com multa e apreensão do veículo (Art. 162, II), e terá o documento de habilitaçãocassado (Art. 263, I); porém, se violar a suspensão imposta pela autoridade judiciária (Arts. 292 a296), além da punição administrativa (Arts. 162, II, e 268, II) será punido criminalmente (Art. 307).- Sempre que houver a imposição desta penalidade o infrator será submetido ao Curso deReciclagem (art s 261, § 2º,, e 268 II, III e IV, regulamentado pela Res-CONTRAN 168/04).

d. APREENSÃO DO VEÍCULOComo as demais penalidades, somente a autoridade de trânsito será competente para sua

imposição, consistindo na retirada do veículo de circulaçao.Agente de Trânsito , sempre que a infração ensejar a Apreensão do Veículo, deverá recolher

o CLA ou CRLV ( art 262 §1 do CTB)São infrações que ensejam a apreensão do veiculo:a. art 162 I dirigir sem habilitação;b. art 162 II dirigir estando o direito de dirigir suspenso;c. art 162 III dirigir com CNH de categoria diferente da exigida para o veiculo;

21d. art 173 prática de “racha”;e. art 174 competição esportiva automobilística em via pública;art 175 utilizar-se da via para exibir manobra, arrancada ou frenagem brusca, arrastamentos

dos pneusf. art 210 transpor bloqueio viário policial;g. art 229 utilização de aparelho ou alarme que produza sons ou ruídos que perturbem o

sossego público fora das especificações estabelecidas pelo CONTRAN (somente com aferiçãopor sonômetro);

h. art 230 – Conduzir veículo:I - com lacre/chassi/selo/placa violado ou falsificado ( condução a DP)II - transportando passageiros em compartimento de cargaIII - uso de anti-radarIV e VI - sem quaisquer das placas ou estas estando ilegíveisV - sem registro ou licenciamento do veículoXX - sem autorização para conduzir escolaresart 231- Transitar com o veículoVI -com dimensões excedentes (Res 210/06 CONTRAN)Art. 234 – Falsificar ou adulterar documentosart 238 – Recusar a entregar à autoridade de trânsito ou a seus agentes, mediante recibo, os

documentos de habilitação, de registro e licenciamento de veículo e outros exigidos por lei, paraaveriguação de sua autenticidade.

art 239 retirar do local, sem autorização, veículo que esteja Retidoart 253 bloquear via com veículo

- Diante de qualquer dessas infrações, o agente da autoridade de transito deverá, desde logo,recolher o Certificado de Licenciamento Anual – CLA, por força do que dispõe o § 1º do art. 262CTB.

- A Resolução nº53/98-CONTRAN normatizou a apreensão de veículos, , estabelecendoprazos de custódia em razão das circunstancias da infração e de outro critério vinculado aoagravamento da multa. O prazo mínimo é de 1 (um) dia a 10(dez) dias para multa não agravada,11 (onze) a 20 (vinte) dias para multa agravada três vezes e de 21(vinte e um) dias a 30 (trinta)para multa agravada pelo fator cinco.

e. CASSAÇÃO DA CNH ( art 263 CTB)Tal penalidade, prevista no art. 256, V, CTB, de competência exclusiva da autoridade de

transito. Art. 263, CTB: A cassação do documento de habilitação será imposta quando :a. houver violação da penalidade de suspensãob. houver reincidência no período de 12 (doze) meses das infrações capituladas nos artigos

162 III( categoria de CNH diferente); 163 e 164 (entregar ou permitir que pessoa sem condiçõestome posse e conduza veículo ); 165( dirigir embriagado); 173 e 174 ( “RACHA” e competição nãoautorizada) e 175 ( exibir manobra, derrapagem, arrastar pneus, etc.)

c. quando condenado judicialmente por delito de transito, observando o disposto no Art. 160.A penalidade de Cassação é imposta por 2 (dois) anos, após os quais o infrator pode requerer

autorização para que seja submetido a todos exames para reabilitação ( Art. 263, § 2º) .

f. CASSAÇÃO DA PERMISSÃO PARA DIRIGIRConforme prevê o Art. 148, § 3º e 4º, CTB, o permissionário terá de reiniciar todo o processo

de habilitação, caso venha a cometer qualquer infração grave ou gravíssima, ou a reincidir eminfração média, no período de um ano.

g. FREQÜÊNCIA OBRIGATÓRIA NO CURSO DE RECICLAGEM (art 268 CTB)

22O infrator será submetido ao Curso de Reciclagema. quando, sendo contumaz, for necessário à sua reeducarão;b. quando houver suspenso seu direito de dirigir;c. quando envolver-se em acidente grave para o qual houver contribuído;d. quando for condenado por delito de trânsito;e. quando for constatado que o condutor põe em risco a segurança do trânsito;f. em outras situações a serem definidas pelo CONTRAN.

MEDIDAS ADMINISTRATIVAS.

Definição: É um ato administrativo, de cunho operacional, realizado , tanto pelo policialmilitar, como pelo dirigente do Órgão Executivo de trânsito. São só as previstas no Art 269do CTB. Tanto a Autoridade de trânsito, quanto seus agentes podem executá-las.

De acordo com o art. 269 do CTB são medidas administrativas:

A retenção do veículo; A remoção do veículo; Recolhimento do CLA; Recolhimento do CRV; Recolhimento da CNH; Recolhimento da PPD; Transbordo do excesso de carga; A realização de teste de dosagem de alcoolemia, perícia de substância entorpecente ou

que determine dependência física ou psíquica Recolhimento de animais soltos Realização de exames de aptidão física, mental...

a. RETENÇÃO

A retenção está prevista no art. 270 do CTB e é aplicada, regra geral, para casos em que ainfração relaciona-se a uma irregularidade qualquer encontrada no veículo, de maneira apermitir, quando possível, que tal irregularidade seja sanada e, assim, que o veículo sejaliberado o mais rápido possível, ainda no local da infração, apenas com a adoção demedidas relativas à lavratura do auto de infração, nos termos do § 1.º do citado artigo.Quando, porém, a irregularidade não puder ser sanada no local, ainda assim o veículopoderá (leia-se, deverá) ser liberado no local, a um condutor habilitado (que, obviamente,poderá ser aquele mesmo que o conduzia quando do cometimento da infração),procedendo-se, neste caso, além da lavratura do auto de infração, ao recolhimento do CLA(Certificado de Licenciamento Anual), mediante CRR (Certificado de Recolhimento eRemoção, antigo CR),tudo de acordo com os §§ 2.º e 3.º.Atente-se para o fato que essa medida não se confunde com a penalidade de remoção,sendo incorreto realizar remoção de veículo ao depósito, como intuito de aplicação depenalidade de apreensão do veículo, em situações nas quais só esteja prevista apossibilidade de aplicação da medida administrativa de retenção.O único caso em que essa medida “transforma-se”, por assim dizer, em penalidade deapreensão, foi previsto no § 4.º do art. 270,vale dizer, quando não comparecer ao localcondutor habilitado para a retirada do veículo. Por se tratar de medida que importa emrestrição de direitos, é incabível aplicar-se a esse dispositivo uma interpretação elástica,seja por analogia ou mesmo por extensão, de maneira a estendê-la a outras situações,mesmo quando isso se mostre lógico e adequado. Não se deve esquecer que o

23administrador, em todos os seus atos, submete-se a um princípio inafastável, que é oprincípio da legalidade.

b. REMOÇÃO DO VEÍCULO

A remoção do veículo é medida disciplinada no art. 271 do CTB e pode ocorrer comomedida administrativa isolada, geralmente associada às infrações de estacionamento e ouparada, ou como medida administrativa adotada como verdadeira medida preparatória eassecuratória da penalidade de apreensão do veículo, a ser aplicada pela autoridade detrânsito. Em ambos os casos, o veículo deverá ser encaminhado a um depósito previamentefixado pela Autoridade de Trânsito, de lá só podendo sair depois de quitados os débitosrelativos à multas (somente as já líquidas e certas, excluindo-se as pendentes de recurso,diga-se de passagem), taxas e despesas com remoção e estada, conforme preceitua o p.único do citado dispositivo, a despeito de haver posições, na doutrina, condenando aexigência do pagamento de multas.Considerando que o intuito da medida, no caso de ter sido ela aplicada isoladamente, éapenas o de promover a eliminação de uma interferência à livre circulação de veículos, se ocondutor chega a tempo e se propõe a retirá-lo incontinente, deve-se adotar esseprocedimento em detrimento do guinchamento, havendo até mesmo decisões judiciaisconsiderando que o contrário, vale dizer, a insistência em guinchá-lo mesmo quandopossível ainda a remoção pelo condutor, constitui medida abusiva (v. HC 63.065 – TJSP).

c. RECOLHIMENTO DO CLA

Deve ser aplicada em todos os casos em que haja a previsão da penalidade de apreensãodo veiculo ( art. 262, § 1º), bem como nos casos passiveis de retenção do veiculo, quando airregularidade não puder ser sanada no local ( art. 270, § 2º). É aplicável, também, noscasos de suspeita de inautenticidade (art. 274, I).Nos dois primeiros casos o CLA recolhido (e não apreendido, ressalte-se), deverá serencaminhado à Divisão de Fiscalização do DETRAN, para as demais providências legais,sendo que o documento será devolvido ao condutor tão logo o veículo seja apresentado àautoridade de transito devidamente regularizado (art. 270, § 3º).

d. RECOLHIMENTO DA CNH OU DA PPD

Essa medida foi imaginada pelo legislador como ato preparatório e assecuratório daaplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir, estando a essa associada naquase totalidade dos casos em que sua aplicação é prevista.No entanto, em função inicialmente da Deliberação n.º 4/98, do CETRAN, depois substituídapela de n.º 199/00, tal medida encontra-se com sua aplicação suspensa, uma vez que a suaaplicação imediata, pelo Policial Militar, no momento mesmo em que detecta o cometimentoda infração, traria como conseqüência a impossibilidade de que o condutor possa exercer odireito de dirigir um veículo, qualquer que seja. Esse efeito é em tudo idêntico ao dapenalidade de suspensão do direito de dirigir, cuja aplicação, nos termos do art. 265,dependem de que se possibilite, ao infrator, o exercício do contraditório e da ampla defesa.Ora, diante disso não seria, de fato, lógico aplicar o recolhimento da CNH ou da PPD sempossibilitar ao infrator o exercício dos direitos à ampla defesa e ao contraditório.As únicas exceções dão-se no caso de suspeita de autenticidade do documento que, aliás,por envolver a prática, in tese, de um delito, exigirá o registro dos fatos no DP, ocasião emque, geralmente, procede-se à apreensão por ato do Delegado, com base no art. 6.º doCPP, e também no caso de exame médico vencido há mais de trinta dias, pois, nesse caso,

24o direito de dirigir pereceu juntamente com o termo final do exame médico, não havendo,assim, qualquer direito que possa ser objeto de restrição via recolhimento da CNH ou PPD.

DELIBERAÇÃO CETRAN Nº 199, DE 6-10-2000

“O Código de Trânsito Brasileiro estabelece como uma das medidas administrativas, aretenção do documento de habilitação, em infração da qual possa resultar a suspensão dodireito de dirigir.Cabe à autoridade de trânsito, após processo regular, suspender o direito de dirigir (art. 272)de quem foi personagem de ato infracional (art. 280).

O recolhimento do documento pressupõe que será dado um recibo ao seuproprietário. O CTB é omisso, e cabe ao CONTRAN regulamentá-lo, para que o condutornão seja impedido de dirigir.

Até que o CONTRAN regulamente o recolhimento do documento (que se afigura deduvidosa constitucionalidade, face ao art. 5º, II, LV e LVII da Constituição Federal), osagentes referidos no art. 280 devem se abster de recolher documento de habilitação, mesmoporque, em tese, incorreriam em abuso de autoridade”.

e. RECOLHIMENTO DO CR

Prevista no art. 273, essa medida é de difícil aplicação, antes de tudo porque oCR não é documento de porte obrigatório. Ainda que seja portado inadvertidamente peloproprietário ou condutor, o recolhimento quase nunca se dará, uma vez que o primeiro caso(suspeita quanto à autenticidade) enseja medidas de registro de polícia investigativa,ocasião em que a lógica indica a realização de apreensão do CR pelo Delegado, para arealização do exame documentoscópico; por outro lado, nos demais casos, tratam-se deinfrações de difícil constatação pelo PM (arts. 233 cc 273, II; 240; e, 243).

f. TRANSBORDO DO EXCESSO DE CARGA

Trata-se de medida disciplinada no art. 275, cuja aplicabilidade fica restrita aosacasos dos inc. V e X do art. 231 do CTB, vale dizer, aos casos de transporte de carga compeso excessivo e excedendo a capacidade máxima de tração.

g. REALIZAÇÃO DE TESTE DE DOSAGEM DE ALCOOLEMIA OU PERÍCIA DESUBSTÂNCIA ENTORPECENTE

Para a correta aplicação do art. 165, do CTB, a medida administrativa emquestão deve ser aplicada de acordo com o disposto no art. 277 e seus parágrafos, com aLei 11.275/06, que diz:“Art. 277. Todo condutor de veículo automotor, envolvido em acidente de transito ou que foralvo de fiscalização de transito, sob suspeita de dirigir sob influencia de álcool serásubmetido a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meiostécnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar seuestado.§ 1º Medida correspondente aplica-se no caso de suspeita de uso de substanciaentorpecente, tóxica ou de efeitos análogos.§ 2º A infração prevista no art 165 deste Código poderá ser caracterizada, pelo agente detrânsito, mediante a obtenção de outras provas em direito admitidas, acreca dos notóriosSinais de embriaguez, excitação ou torpor, apresentados pelo condutor. (redação dada pelaLei nº 11.705/08)

25§ 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no art 165do CTB ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstosno caput deste artigo (parágrafo acrescentado pela Lei nº 11.705/08)Art 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue sujeita o condutor àspenalidades previstas no artigo 165 do CTB (redação dada pela Lei nº 11.705/08).

Destaque-se que, independentemente do nível de dosagem alcoólica, deve haver acondução do condutor ao DP da área, para adoção das providencias cabíveis em relação aocrime de transito (art 306).

h. REALIZAÇÃO DE EXAMES DE APTIDÃO FÍSICA, MENTAL ETC.

Trata-se de medida administrativa praticada exclusivamente pela Autoridade de Trânsito dosórgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados (DETRANS), diretamente ou pormeio de suas CIRETRANs (quando existirem), de maneira que não é necessário qualquercomentário sobre como se processam, ao menos neste trabalho, dada a sua proposta.

i. RECOLHIMENTO DE ANIMAIS SOLTOS NA VIAOs animais serão restituídos aos seus proprietários somente após o pagamento de multasencargos devidos. Cabe lembrar, que o proprietário do animal deve zelar pela sua guarda, pois,caso contrario, poderá responder, por eventuais danos causados a outrem.

8. HABILITAÇÃO – REQUISITOS, CATEGORIAS, CASOS ESPECIAIS.

A primeira coisa que devemos ter em mente, antes de um exame detalhado na legislação é:

A categoria de habilitação conferida a um condutor, diz respeito a capacidadetécnica que uma pessoa tem para conduzir um determinado tipo de veículo.

O que se quer dizer com isso é que não importa se o veículo x ou y está lotado, comexcesso de carga ou de passageiros; ou, até mesmo, está vazio, que a categoria dehabilitação do condutor variará, de C para D, ou de C para B, ou vice-versa.Não é o a quantidade – de carga ou pessoas – que se encontra em um veículo, quedetermina a categoria, e sim a limitação imposta pela lei de trânsito como mais adianteveremos.

1. Requisitos:

Os requisitos exigidos pela lei - de acordo com o capítulo específico do CTB que trata damatéria que é o XIV e vai dos Art 140 ao 160 - para que uma pessoa obtenha CNH são três.

Ser penalmente imputável; Saber ler e escrever, e Possuir Carteira de Identidade ou equivalente.

a. Penalmente imputável:O novo código não trouxe a expressão – Maior de 18 anos – uma vez que na eventualmudança de maioridade no País, com a reforma do CP, não haverá necessidade de sealterar o CTB, uma vez que esta lei acompanha aquela. Portanto, amanhã, se mudar amaioridade no País, para 16 anos, p.e., o maior de 16 poderá se habilitar para condução deveículos.

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b. Saber ler e escrever:Não basta o candidato ser alfabetizado, tem que saber ler e escrever, uma vez que à direçãoveicular, muitas informações são trazidas na forma escrita. Se o PM suspeitar, sem ofensa àdignidade da pessoa humana, perguntas deverão ser feitas, no ato da abordagem a fim dese certificar para a eventual “venda” de CNH falsas, havendo aí a provável existência decrime de Falsidade ideológica ou documental, que poderá ensejar prisão em flagrante pelocometimento do(s) crime(s), além da necessária investigação para se chegar à quadrilhafornecedora dos documentos.

c. possuir Carteira de Identidade ou equivalenteIdentidade, para que haja origem e checagem com o Estado que a expediu, além docredenciamento do novo condutor no RENACH, em Brasília. A forma equivalente também éválida, como documentos emitidos pelo CREA, OAB, CRM, Identidades funcionais, deórgãos reconhecido por lei.

2. Categorias:

a. Disposições iniciais:

São cinco as categorias: – A, B, C, D e E.

Dispõe o Art 143 do CTB:

Art 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de A a E, obedecida a seguintegradação:I – Categoria A – condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem carrolateral;II – Categoria B – condutor de veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujopeso bruto não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oitolugares, excluído o do motorista;III – Categoria C – condutor de veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujopeso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas;IV – Categoria D – condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros,cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista;V – Categoria E – condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora seenquadre nas categorias B,C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semi-reboque ouarticulada, tenha seis mil quilogramas ou mais de peso bruto total, ou cuja lotação exceda aoito lugares, ou, ainda, seja enquadrado na categoria trailer.§ 1º Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá estar habilitado no mínimo há umano na categoria B e não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou serreincidente em infrações médias, durante os últimos doze meses.§ 2º Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da combinação de veículos com mais deuma unidade tracionada, independentemente da capacidade de tração ou do peso brutototal.”

Para se falar das categorias necessário se faz o conhecimento de alguns conceitos,previstos na lei em seu anexo I:

Lotação: Carga útil máxima, incluindo condutor e passageiros, que o veículo transporta,expressa em quilogramas para os veículos de carga, ou número de pessoas, para osveículos de passageiros.

27Tara: Peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroçaria e equipamento, docombustível, das ferramentas e acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio edo fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas.PBT: Peso máximo que o veículo transmite ao pavimento, constituído da soma da tara maisa lotação.

As definições acima são necessárias em função da limitação para fixação das categorias dehabilitação para que um condutor dirija um determinado tipo de veículo.Para que um policial saiba corretamente qual a CNH correta, deve, antes de mais nadachecar o CLA do veículo, é lá que estará consignado o limite de carga ou de pessoas queum veículo transporta.

ATENÇÃO: Um número excessivo de passageiros, no interior de um veículo, ou oexcesso de carga NÃO altera a categoria de habilitação, ocorre, conforme o caso, umaoutra infração: - excesso de lotação (art 231 inc VII) ou excesso de carga (art 231 inc IV).

Para análise das categorias, em uma fiscalização, necessário se faz distinguir lotação, queestá expresso no CLA, em que se inclui o motorista; com a categoria de habilitação em quea lei exclui o motorista.

De maneira prática:

De posse do CLA na mão, checa-se a informação constante no mesmo: CAP/POT/CIL,no lado esquerdo da CATEGORIA, e abaixo da MARCA/MODELO. Virá os seguintesdados: - 5L, ou 4L, ou 17L, em se tratando de veículo cuja espécie seja passageiros; ouainda, 1500kg, 2800kg, 15000kg de PBT, em se tratando de veículo cuja espécie sejacarga ou misto.

Para a análise de lotação, inclui-se o motorista. Portanto, em um vectra, p.e., cuja lotaçãoé 5L, o que o veículo deve transportar é 1 (um) motorista e 4 (quatro) passageiros. Seeventualmente, na fiscalização for constatado 11 pessoas no interior deste veículo, o estáocorrendo é excesso de lotação.

a. Categoria “A”.Veículo de duas ou três rodas. Não se aplica este dispositivo para quadriciclo, pois o Art. 3ºda Res 700/88 do CONTRAN não foi recepcionado pelo CTB.Exige-se categoria A para um automóvel de três rodas, bem como para um triciclo, porépara este exige-se também o capacete.

b. Categoria “B”.Veículo acima de três rodas, na seguinte conformidade:

1) Veículos de passageiros: até 9L no CLA (oito passageiros, excluído o motorista).2) Veículos de carga ou misto: peso bruto total de até 3500kg no CLA é óbvio que NÃOhaverá necessidade de balança, pois estamos falando de habilitação e não de excesso decarga.

d. Categoria “C”.Veículo destinado a transporte de carga, com peso bruto total superior a 3.500Kg,

ou seja, no CLA constará um valor superior a este.

e. Categoria “D”.Veículo destinado a transporte de passageiros, cuja lotação exceda a 9 Lugares,

ou seja, no CLA constará um valor superior a este, p. ex., 10L ou 17L.

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f. Categoria “E”.Se for trailer: categoria ESe houver duas unidades acopladas, à unidade tratora: categoria EAgora, se houver apenas uma unidade acoplada à unidade tratora teremos de analisar:

Se a, única, unidade acoplada tiver 6000Kg ou mais de PBT, ou Se a, única, unidade acoplada tiver capacidade para 9L, ou mais, escritos no CLA...

Ai sim, observados os dois aspectos acima o motorista terá que exibir a CNH coma categoria E.

Agora, se a, única, unidade acoplada não se enquadrar nos dois aspectos acima– equivale a dizer, menos que 6000Kg de PBT ou menos que 9L – a categoria exigida será oda unidade tratora, podendo ser B, C ou D.

3. Casos especiais:

a. Escolares: Categoria “D” Art 138 do CTB.b. Tratores: {Art 96, inc II, letra e)}. Categorias “C, D ou E” Art 144.c. Taxi, a categoria relativa ao veículo.d. Produtos perigosos, a categoria relativa ao veículo.

4. Para habilitar-se:Art. 147, CTB: O candidato à habilitação deverá submeter-se a exame realizados peloórgão executivo de transito, na seguinte ordem:I. de aptidão física e mental;III. escrito, sobre legislação de transito;IV. noções de primeiro socorros;V. direção veicular;

Observações:Para obtenção da primeira categoria (A ou B), o candidato portará, por um ano a

permissão ( PPD ), não poderá cometer uma infração Gravíssima, ou uma Grave ou serreincidente na Média.

-A e B: requisitos Art. 140 e 147, do CTB;- C: o condutor deverá estar habilitado no mínimo há um ano na categoria “B” e não ter

cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, nem ser reincidente em infração média,durante os últimos doze meses.

- D ou E: ser maior de 21 anos, não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima,nem ser reincidente em infração média, durante os últimos doze meses, seraprovado em curso especializado, além de estar habilitado no mínimo há dois anosna categoria “B”ou no mínimo há um ano na categoria “C”, para habilitar-se nacategoria “D”; ou há um ano na categoria “C”, para habilitar-se na categoria “ Ë ”.

9. FISCALIZAÇÃO DE VEÍCULOS E CONDUTORES

DO CONDUTOR

Documentos de Porte Obrigatório1. CLA- Certificado de Licenciamento anual

29Art. 130. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque, paratransitar na via, deverá ser licenciado anualmente pelo órgão executivo de trânsito doEstado, ou do Distrito Federal, onde estiver registrado o veículo.§ 1° - O disposto neste artigo não se aplica a veículo de uso bélico.§ 2° - No caso de transferência de residência ou domicílio, é válido, durante o exercício,o licenciamento de origem.Art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual será expedido ao veículo licenciado,vinculado ao Certificado de Registro, no modelo e especificações estabelecidos peloCONTRAN.§ 1° - O primeiro licenciamento será feito simultaneamente ao registro.§ 2° - O veículo somente será considerado licenciado estando quitados os débitos relativosa tributos, encargos, e multas de trânsito e ambientais, vinculados ao veículo,independentemente da responsabilidade pelas infrações cometidas. § 3° - Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá comprovar sua aprovação nasinspeções de segurança veicular e de controle de emissões de poluentes e de ruído,conforme disposto no art. 104.

Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao licenciamento e terão suacirculação regulada pelo CONTRAN durante o trajeto entre a fábrica e o Municípiode destino.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos veículos importados,durante o trajeto entre a alfândega ou entreposto alfandegário e o Município de destino.Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de Licenciamento Anual.Art. 134. No caso de transferência de propriedade, o proprietário deverá encaminhar aoórgão executivo de trânsito do Estado dentro de um prazo de trinta dias, cópia autenticadado comprovante de transferência de propriedade, devidamente assinado e datado, sob penade ter que se responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas e suasreincidências até a data da comunicação

- Verificar:a.) autenticidade do documento;b.) exercício de licenciamento – observar o calendário anual de licenciamento (Res 110/00

e Portaria do DETRAN Nº 2762/08 – alterada anualmente)c.) confrontar as características do veiculo- cor –marca- com o documento exibido;d.) placas (grupo alfa numérico- tarjeta) e chassis;

2. CNH- Carteira Nacional de HabilitaçãoArt. 159, § 1º CTB: É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da Carteira Nacional de

Habilitação quando o condutor estiver à direção do veículo.Art. 159, § 5º CTB: A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão para Dirigir somente

terão validade para a condução de veículo quando apresentada em original.Art. 159, § 10º CTB: A validade da Carteira Nacional de Habilitação está condicionada ao

prazo de vigência do exame de aptidão física e mental.

- Verificar:a.) autenticidadeb.) nome, foto (RG)c.) categoriad.) validade do exame médicoe.) restrições (óculos, atividade remunerada, etc)

30OBS: PPD ( Permissão Provisória para Dirigir) será conferida ao candidato aprovado com validade de

um ano. Se nesse período. o candidato não tiver cometido nenhum infração grave ou gravíssima ou não serreincidente em infração média, receberá a. CNH, caso contrário reiniciará o processo de habilitação.

RESOLUÇÃO Nº 205 DE 20 DE OUTUBRO DE 2006.

Dispõe sobre os documentos de porte obrigatório e dá outras providências.

O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, usando da competência quelhe confere o inciso I do Art. 12, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu oCódigo de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003,que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito – SNT, eCONSIDERANDO o que disciplinam os artigos 133, 141, 159 e 232 do CTB que tratam doCertificado de Registro e Licenciamento Anual - CRLV, da Autorização para ConduzirCiclomotores, da Carteira Nacional de Habilitação – CNH, da Permissão para Dirigir e doporte obrigatório de documentos;

CONSIDERANDO que o artigo 131 do CTB estabelece que a quitação dos débitosrelativos a tributos, encargos e multas de trânsito e ambientais, entre outros, o Impostosobre Propriedade de Veículos Automotores - IPVA e do Seguro Obrigatório de DanosPessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres – DPVAT, é condição parao licenciamento anual do veículo;

CONSIDERANDO os veículos de transporte que transitam no país, com eventuaistrocas de motoristas e em situações operacionais nas quais se altera o conjunto de veículos;

CONSIDERANDO que a utilização de cópias reprográficas do Certificado de Registroe Licenciamento Anual – CRLV dificulta a fiscalização,Resolve:

Art. 1º. Os documentos de porte obrigatório do condutor do veículo são:I – Autorização para Conduzir Ciclomotor - ACC, Permissão para Dirigir ou Carteira

Nacional de Habilitação - CNH, no original;II – Certificado de Registro e Licenciamento Anual - CRLV, no original;§ 1º. Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal deverão

expedir vias originais do Certificado de Registro e Licenciamento Anual – CRLV, desde quesolicitadas pelo proprietário do veículo.

§ 2º. Da via mencionada no parágrafo anterior deverá constar o seu número deordem, respeitada a cronologia de sua expedição.

Art. 2o. Sempre que for obrigatória a aprovação em curso especializado, o condutordeverá portar sua comprovação até que essa informação seja registrada no RENACH eincluída, em campo específico da CNH, nos termos do §4o do Art. 33 da Resolução doCONTRAN nº 168/2005.

Art. 3º Cópia autenticada pela repartição de trânsito do Certificado de Registro eLicenciamento Anual – CRLV será admitida até o vencimento do licenciamento do veículorelativo ao exercício de 2006. (Redação dada pela Res 235/07 CONTRAN).

Art. 4º. Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal têm prazoaté 15 de fevereiro de 2007 para se adequarem ao disposto nesta Resolução.

Art. 5º. O não cumprimento das disposições desta Resolução implicará nas sançõesprevistas no art. 232 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB.

Art. 6º. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogada aResolução do CONTRAN nº 13/98, respeitados os prazos previstos nos artigos 3º e 4º.

31DO VEÍCULO

Art. 120, CTB: Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque, deveser registrado perante o órgão executivo de transito do Estado ou do Distrito Federal, noMunicípio de domicílio ou residência de seu proprietário, na forma da lei.

Art 130, CTB: Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-reboque, paratransitar na via, deverá ser licenciado anualmente pelo órgão executivo de transito do Estado, oudo Distrito Federal, onde estiver registrado o veículo.

Art. 133, CTB: É obrigatório o porte do Certificado de Licenciamento Anual (CLA).Res. 110/00: Fixa o calendário para renovação do Licenciamento Anual de Veículos.

Art. 1o Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal estabelecerãoprazos para renovação do Licenciamento Anual dos Veículos registrados sob suacircunscrição, de acordo com o algarismo final da placa de identificação, respeitados oslimites fixados na tabela a seguir:

Algarismo final da placa Prazo final para renovação1 e 2 Até setembro3, 4 e 5 Até outubro6, 7 e 8 Até novembro9 e 0 Até dezembro

Art. 2o As autoridades, órgãos, instituições e agentes de fiscalização de trânsito e rodoviárioem todo o território nacional, para efeito de autuação e aplicação de penalidades, quando oveículo se encontrar fora da unidade da federação em que estiver registrado, deverão adotaros prazos estabelecidos nesta Resolução.

OBS.: os veículos registrados no Estado de SP, exceto caminhões, quando fiscalizados nestemesmo Estado, deverão ser fiscalizados com base na Portaria DETRAN-SP n. 2762/08, queestabelece o calendário de licenciamento para o exercício de 2006, o qual inicia-se em abril,com o final da placa “1”. Veja quadro abaixo:

Port. DETRAN/SP 2722/2007 – Veiculos registrados no Estado de SPCaminhões Todos os demais veículos

1 e 2 Setembro 1 Abril3, 4 e 5 Outubro 2 Maio6, 7 e 8 Novembro 3 Junho9 e 0 Dezembro 4 Julho

5 e 6 Agosto7 Setembro8 Outubro9 Novembro0 Dezembro

Observar:a.) aspectos gerais do veículo ( estado de conservação,)b.) sinais de identificação do veículo( placas, selos, tarjetas, etiquetas auto adesivas, gravaçãode chassis, nº do motor, nº de chassis gravado nos vidros, etc,)c.) equipamentos obrigatórios ( Res 14/98 Contran)

OBS: Sempre que possível toda fiscalização de veículos e condutores devem ser precedidasou acompanhadas de consulta junto ao sistema PRODESP ou SIOPM, via rádio ou telefone.

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10. BIBLIOGRAFIA

- Comentários ao Código de Trânsito Brasileiro Arnaldo Rizzardo Editora Revista dos Tribunais 2ª Edição - 2000

- Manual Faria de Transito Gilberto Antonio Faria Dias

Editora Juarez de Oliveira 8ª edição – 2006

- CTB- A lei Federal Nº 9.503, de 23 de Setembro de 1.997 instituiu o Código de TrânsitoBrasileiro, com as alterações das Leis 9.602/98, 9.792/99, 10.350/01, 10.517/02, 10.830/03,11.275/06 e 11.334/06;

- CF/88- No Art.22, XI, estabelece que é competência exclusiva e privativa da União legislarsobre Trânsito e Transporte.

- *Convenção sobre Trânsito Viário-Dec. 86.714/81- reproduz a. convenção realizada eassinada em 1980 em Viena, Áustria, referente a procedimentos e conceitos comuns sobretrânsito a serem adotados e considerados internacionalmente.

- Resoluções do CONTRAN