matemática secundário - ciclo formativo porto editora

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  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    1/24

    OoR Juntos,abrimos horizontes.

    CICLOFORMATIVO

    ETAPA FORMATIVA I

    Matemtica A

    Ensino Secundrio

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    2/24O

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 2

    Ciclo Formativo Porto Editora

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    3/24

    TEMA:CONVEXIDADE,TRIGONOMETRIA

    E A NOO DE LIMITENO PROGRAMA DE

    MATEMTICA A

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    4/24O

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 4

    Ciclo Formativo Porto Editora

    CICLOFORMATIVO

    Matemtica A:Ensino Secundrio

    Filipe Oliveira

    FunesConvexidade

    Filipe Oliveira

    Funes de varivel realConvexidade

    O

    Funo cncava

    Ideia intuitiva Um berlinde colocado inicialmente num qualquer ponto do

    grfico ser submetido a uma acelerao tangencial cada vez mais elevada.

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    5/24O

    Tema: Convexidade, Trigonometria e a Noo de Limite no Programa de Matemtica A

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 5

    Funes de varivel realConvexidade

    O

    Funo convexa(O grfico tem a concavidade

    voltada para cima. So as funes

    simtricas das funes cncavas)

    O

    Funo cncava(O grfico tem a concavidade

    voltada para baixo)

    Precisamos agora de dar uma definio de funo convexa e de funo cncava.

    Uma funo duas vezes diferencivel num dado intervalo tem a concavidade

    voltadapara baixo/para cimase 0/ 0 nesse mesmo intervalo.

    A nica definio que figura no Programa atualmente em vigor a seguinte:

    Este poder ser um bom critrio para o caso de funes duas vezes diferenciveis.

    Contudo, enquanto definio, muito insuficiente.

    A derivadasegunda nopermitediscriminarentreestasduas situaes todistintas.

    Na presente situao, nem sempre existe. E, nos pontos em que existe, nulaem ambos os exemplos

    Funes de varivel realConvexidade

    Uma analogia: funes montonas

    Definio Uma funo definida num intervalo diz-se crescente nesse

    intervalo (no sentido lato) se:

    , , <

    Propriedade (critrio para funes diferenciveis)

    Seja uma funo diferencivel num intervalo . Ento: 0 em crescente em

    Recorrendo definio, pode afirmar-se que

    esta funo crescente.

    Nesta situao, o critrio acima totalmente

    inaplicvelpara se concluirquanto monotonia.

    Funes de varivel realConvexidade

    Propriedade de Def ini o C ri trio s uf ic iente

    Crescente < () () 0 (seexistir)

    Concavidade voltada para cima Em falta! 0 (seexistir)

    Como esto viradas as concavidades das seguintes funes?

    necessrio dar uma definio

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    6/24O

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 6

    Ciclo Formativo Porto Editora

    Funes de varivel realConvexidade

    DefinioDiz-se que o grfico de tem

    a concavidade voltada para cima se,

    para todos < 1 =0 se =12se >1

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    7/24O

    Tema: Convexidade, Trigonometria e a Noo de Limite no Programa de Matemtica A

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 7

    Funes de varivel realConvexidade

    Ligao diferenciabilidade

    Se diferencivel:

    <

    Pode-se provar que se trata de

    facto de uma equivalncia:

    crescente o grfico de tema concavidade

    voltada para cima

    Se for duas vezes diferencivel: 0 o grfico de tema concavidade voltada

    para cima

    Funes de varivel realConvexidade

    Uma ltima nota sobre a equivalncia , 0 crescente em . bastante simples, basta observar o sinal das taxas de variao + ()e passar ao limite 0. bem menos trivial!Existem funes tais que, num dado ponto , > 0, sem que seja crescenteem nenhum intervalo que contenha

    !

    =+ 2sin 1 se 00 se = 0 0 = l im0

    + 2sin 1 0 = 1 > 0Mas,em qualquer intervaloda forma, ,2sin1 tomauma infinidade de vezesvalorespositivos e valores negativos: o grfico deatravessa a bissetriz dos quadrantes mparesuma infinidade de vezes: no crescente.

    Funes de varivel realConvexidade

    Uma ltima nota sobre a equivalncia

    , 0 crescente em .

    Teorema de Lagrange Seja diferencivel num intervalo . Ento,

    para todos , , < , existe ], [, = ()

    .

    Assim, se 0, obtm-se ()

    0, ou seja, :

    crescente.

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    8/24O

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 8

    Ciclo Formativo Porto Editora

    TrigonometriaResoluo de tringulos

    Filipe Oliveira

    TrigonometriaResoluo de tringulos

    Resolver um tringulo significa:

    - determinar a medida de amplitude dos trs ngulos;

    - determinar a medida de comprimento dos trs lados.

    Trata-se, historicamente, do primeiro propsito da Trigonometria.

    (Trigonometria = + = medir tringulos)

    Primeiras tabelas trigonomtricas

    Hiparco (190 a. C.-120 a. C.)

    TrigonometriaResoluo de tringulos

    Grande aplicabilidade da Trigonometria aomundo real ideia-chave:

    2.A Trigonometria converte(informao sobre) ngulos em

    1. mais fcil, na prtica, medir ngulos do que distncias.

    Assentes nestes dois princpios, os Antigos conseguiram

    obter resultados muito impressionantes para a pouca

    tecnologia de que dispunham, e.g.

    Medida do raio da Terra, Eratstenes, sculo III a. C.

    Distncia da Terra Lua, Hiparco, sculo II a. C.

    (informao sobre) distncias.

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    9/24O

    Tema: Convexidade, Trigonometria e a Noo de Limite no Programa de Matemtica A

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 9

    TrigonometriaResoluo de tringulos

    No Programa do 11. ano, pretende-se sistematizara resoluo de tringulos, o quepermite recentrar a introduo da Trigonometria naquilo que a sua gnese e,

    simultaneamente, fornecer instrumentos que permitam abordar problemas mais

    complexos e interessantes.

    Dado um tringulo, determinado por um dos casos de igualdade, pretende-se obter

    rapidamente as medidas dos lados e ngulos desconhecidos:

    Caso ALA

    Caso LAL

    Caso LLL

    = ? , = ? , = ? = ? , = ? , = ? = ? , = ? , = ?

    TrigonometriaResoluo de tringulos

    Existem trs ferramentas fundamentais para a resoluo de tringulos:

    1. A soma dos ngulos de um tringulo um ngulo raso.

    2. A analogia dos senos.

    3. O Teorema de Carnot.

    TrigonometriaResoluo de tringulos

    Analogia dos Senos

    Se e forem ngulos agudos,

    sin =

    = sin

    sin =

    = sin

    De onde se conclui que sin = sin :

    sin

    =

    sin

    Em particular, num tringulo acutngulo,

    sin

    =

    sin

    =

    sin

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    10/24O

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 10

    Ciclo Formativo Porto Editora

    TrigonometriaResoluo de tringulos

    Resoluo de um tringulo conhecidos um lado e os dois ngulos adjacentes (ALA)

    sin

    =

    sin

    =

    sin

    = sin

    sin =

    sin

    sin

    =

    TrigonometriaResoluo de tringulos

    Teorema de Carnot

    Se e forem ngulos agudos:

    = +

    De onde se conclui que = :

    = + 2 cos

    HB

    C

    A = +

    cos = cos

    cos = cos + 2 cos

    TrigonometriaResoluo de tringulos

    Resoluo de um tringulo conhecidos os trs lados (LLL)

    e podem agora ser determinados por nova aplicao do Teorema de Carnot, ou,

    alternativamente, aplicando a analogia dos senos:

    sin = sin

    sin =

    sin

    2 =2 +2 2 cos

    cos =2 + 2 2

    2

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    11/24O

    Tema: Convexidade, Trigonometria e a Noo de Limite no Programa de Matemtica A

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 11

    TrigonometriaResoluo de tringulos

    Resoluo de um tringulo conhecidos dois lados e o ngulo por eles formado (LAL)

    sin = sin

    sin =

    sin

    Pela analogia dos senos:

    Facilmente se reduz ao caso anterior, utilizando o

    Teorema de Carnot para calcular :

    2 =2 +2 2 cos

    TrigonometriaExtenso das razes trigonomtricas a ngulos retos e obtusos

    No Ensino Bsico, apenas se definiram as razes trigonomtricas de ngulos agudos.

    Pretende-se agora disponibilizar definies para o seno e o cosseno de ngulos retos e

    obtusos.

    Vamos escolher essas definies de forma que se mantenham vlidos o Teorema deCarnot e a analogia dos senos em qualquer tringulo.

    TrigonometriaExtenso das razes trigonomtricas a ngulos retos e obtusos

    Que definio dar de sin ?

    Pretende-se quesin

    =

    sin

    Ou seja, quesin = sin

    .

    Ora, sin

    =

    =

    = sin( ) .

    A definio que se impe , pois, a seguinte:

    Definio

    Dado um ngulo obtuso , define-se sin como o seno do suplementar

    de (que agudo): sin = sin( ).

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    12/24O

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 12

    Ciclo Formativo Porto Editora

    TrigonometriaExtenso das razes trigonomtricas a ngulos retos e obtusos

    Que definio dar de cos ?

    Pretende-se que: = + 2 cos

    Pelo Teorema de Pitgoras:

    = +cos e = + (+cos )

    Assim, = cos = 2cos cos,

    de onde resulta que = + +2 cos .

    Definio

    Dado um ngulo obtuso , define-se cos como o simtrico do cosseno dosuplementar de (que agudo): cos = cos( ).

    TrigonometriaExtenso das razes trigonomtricas a ngulos retos e obtusos

    - a analogia dos senossin

    =

    sin

    se mantm vlida se e s se sin

    2= 1

    No caso do ngulo reto, imediato constatar que:

    - o Teorema de Carnot = + 2 cos

    se mantm vlido se e s se cos

    2= 0

    Que definio dar de sin

    e de cos

    ?

    SucessesNoo de limite

    Filipe Oliveira

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    13/24O

    Tema: Convexidade, Trigonometria e a Noo de Limite no Programa de Matemtica A

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 13

    SucessesNoo de limite de uma sucesso

    A introduo da noo de limite marca o incio da Anlise Matemtica

    propriamente dita.

    Esta noo pode ser vislumbrada logo a partir da

    Antiguidade, na forma de um conceito mal definido

    e intuitivamente muito mal compreendido.

    (cf. Paradoxos de Zeno, sc. V a. C.)

    SucessesNoo de limite de uma sucesso

    Aproximao de pelo mtodo de exausto (Arquimedes, sc. III a. C.)

    4 2,828 427 4

    5 3,061 467 3,313 708 49

    6 3,121 445 15 3,182 597 87

    7 3,136 548 42 3,151 724 90

    8 3,140 331 15 3,144 118 32

    9 3,141 277 25 3,142 223 62

    10 3,141 513 80 3,141 750 36

    1 1 3, 14 1 5 72 9 4 3 ,1 41 63 2 0 8

    < <

    enquadrado de forma iterativamente mais precisa, sem no entanto se considerar

    o limite das sucesses e .

    SucessesNoo de limite de uma sucesso

    Uma definio satisfatria da noo de limite, que

    esclarea o conceito e simultaneamente permita

    utiliz-lo de forma segura e clara, aparece muito

    tardiamente.

    Estes dois mil anos que a Humanidade demorou a afinar este conceito, at o

    conseguir formular de forma adequada e operacional, deixam importantes avisos:

    1. Trata-se de um conceito fugidio, em torno do qual muito fcil formar falsas

    ideias e intuies.2. Deve ser ensinado de forma cuidada e criteriosa, devendo evitar-se, em

    particular, o recurso a intuies erradas, que so muito difceis de corrigir

    posteriormente.

    Bernhard Bolzano, 1816, O Teorema do Binmio.

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    14/24O

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 14

    Ciclo Formativo Porto Editora

    SucessesNoo de limite de uma sucesso

    Algumas ideias falsas muito comuns entre alunos do 1. ano universitrio:

    Dada uma sucesso e um real , o que significa dizer que lim = ?

    Significa que os termos esto cada vez mais prximos de ou

    Significa que os termos se aproximam cada vez mais de ,

    entre outras variantes.

    Esta ideia duplamente errada:

    Por um lado, os termos da sucesso de termo geral =1

    esto

    cada vez mais prximos, por exemplo, de 1, mas lim1

    1.

    1

    1 2 3 45

    SucessesNoo de limite de uma sucesso

    Algumas ideias falsas muito comuns entre alunos do 1. ano universitrio:

    Dada uma sucesso e um real , o que significa dizer que lim= ?

    Significa que os termos esto cada vez mais prximos de

    ou

    Significa que os termos se aproximam cada vez mais de ,

    entre outras variantes.

    Esta ideia duplamente errada:

    Por outro lado, a sucesso de termo geral = 1+ 1

    tem por

    limite 0 e os termos da sucesso aproximam-se e afastam-se

    constantemente desse valor.

    0

    1 23

    46

    5

    SucessesNoo de limite de uma sucesso

    Algumas ideias falsas muito comuns entre alunos do 1. ano universitrio:

    Dada uma sucesso e um real , o que significa dizer que lim = ?

    Significa que os termos se aproximam cada vez mais de

    sem nunca atingir esse valor

    Uma variante:

    =1

    tende para = 0 e, de facto, os termos desta sucesso

    aproximam-se cada vez mais deste valor sem nunca o atingir.

    Mas,

    A sucesso constante = 1 atinge o seu limite logo a partir do

    primeiro termo.

    A sucesso =sin

    2

    atinge o seu limite em todos os termos de

    ordem par

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    15/24O

    Tema: Convexidade, Trigonometria e a Noo de Limite no Programa de Matemtica A

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 15

    SucessesNoo de limite de uma sucesso

    Estes erros propagam-se a outros contedos mais complexos, construdos a

    partir da noo de limite:

    O grfico de uma dada funo no interseta uma sua assntota.

    Se uma funo positiva tem por limite 0 em +, ento

    decrescente.

    Etc.

    SucessesNoo de limite de uma sucesso

    O Programa em vigor muito vago relativamente ao que os alunos devemadquirir relativamente ao conceito de limite (e a muitos outros assuntos),referindo apenas oestudointuitivo da noo de limite.

    imagem de muitos outros programas, o novo Programa mais conciso,apontando para o ensino da definio correta de limite.

    Programa francs em vigor

    Programme de lenseignement spcifique et de spcialit de mathmatiques, B.O. 2011

    SucessesNoo de limite de uma sucesso

    Descritor SUC11-6.1

    Diz-se que lim = se, para todo o > 0, existir uma ordem a partir da qual

    ] , + [

    Isto , existe uma ordem tal que | | < .

    +

    No se trata de uma ideia difcil e intil protel-la

    lim =

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    16/24O

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 16

    Ciclo Formativo Porto Editora

    SucessesNoo de limite de uma sucesso

    As Metas Curriculares preveem um certo nmero de demonstraes

    extremamente simples que permitem, em particular, adquirir de forma mais

    segura a noo de limite:

    SUC11-6.2: Provar que o limite de uma sucesso, se existir, nico.

    Os termos da sucesso no podem pertencer, a partir de uma ordem1, a um

    dos intervalos e a partir de uma ordem 2ao outro.

    Sejam dois intervalos centrados respetivamente em e que no se

    intersetam. Por exemplo, =] , + [e =] , + [,

    onde =1

    4 um quarto da distncia de a .

    Qualquer termo de ordem simultaneamente superior a 1 e a 2 teria de

    pertencer a ambos os intervalos, o que impossvel

    SucessesNoo de limite de uma sucesso

    SUC11-6.9:

    Estabelecer,utilizando a definio, o limite de sucesses da forma= +

    +.

    Exemplo:Mostre que a sucesso de termo geral =+1

    +3tende para = 2.

    a. Determine uma ordem a partir da qual ]1,99; 2,01[.

    2

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    17/24O

    Tema: Convexidade, Trigonometria e a Noo de Limite no Programa de Matemtica A

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 17

    SucessesNoo de limite de uma sucesso

    SUC11-6.9:

    Estabelecer,utilizando a definio, o limite de sucesses da forma = +

    +.

    Exemplo: = 2+ 3

    a. Determine uma ordem a partir da qual > 2000.

    > 2000

    7

    ( 2)22 > 2000 2 2 > 2002 > 2002 + 2 46,7

    b. Mostre que lim = + .

    Seja > 0.

    = 2

    4+ 2Um exemplo um pouco mais complexo:

    2000

    > ( 2)2

    2 > 2 2 > + 2 > + 2 + 2

    FunesLimites

    Filipe Oliveira

    Funes de varivel realLimite segundo Heine

    Definio Diz-se que o limite de quando tende para se para toda a sucesso

    com valores no domnio de tal que:

    lim =

    lim() =

    Seja uma funo real de varivel real e .

    Consideramos ainda um nmero real pertencente a conjunto que explicitaremos mais tarde.

    2. Qualquer umadelas consensualmenteaceite como adequada introduoda noo de

    limitea nvel elementar, havendo preferncia poruma ou poroutra consoanteos autores.

    1. Ambas asversesso casosparticularesde umanoomaisgeralde limite,

    o limite segundoumabase defiltro.

    Iremos listar algumas das vantagens da utilizaoda primeira definio de limite no intuito

    deesclarecer a razo dessaescolha no contextode umProgramado 11. ano.

    Definio bis Diz-se que o limite de quando tende para se para toda a

    sucesso com valores no domnio de tal que:

    lim = para todo o ,

    lim() =

    Uma primeira observao: A primeira definio mais simples de formular!

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    18/24O

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 18

    Ciclo Formativo Porto Editora

    Funes de varivel realLimite segundo Heine

    Fixemos algum vocabulrio e algumas notaes.

    Nesta situao, diremos que o limite de em . Notao = lim

    ().

    Nesta situao, diremos que o limite de em por valores diferentes.

    Notao = lim

    ().

    Definio Diz-se que o limite de quando tende para se para toda a

    sucesso de valores no domnio de tal que:

    lim = lim() =

    Definio bis Diz-se que o limite de quando tende para se para toda a

    sucesso de valores no domnio de tal que:

    lim =

    para todo o ,

    lim() =

    Outras notaes usuais para este limite: lim

    (), lim

    ()

    Funes de varivel realLimites

    Em que pontos lcito, partida, considerar o limite de uma dada funo ?

    Para calcular este limite, necessrio que exista pelo menos uma sucesso de

    elementos de de limite . (Caso contrrio perde-se a unicidade do limite!)

    Ao conjunto de pontos nessas condies usual chamar-se aderncia de e aos respetivos elementos pontos aderentes a .

    lim

    ()

    = > 0, , +

    Note-se que em particular .

    So os pontos tais que qualquer vizinhana de interseta .

    Funes de varivel realLimites

    Em que pontos lcito, partida, considerar o limite de uma dada funo ?

    Para calcular este limite, necessrio que exista pelo menos uma sucesso de

    elementos de , todos distintosde e de limite .

    Ao conjunto de pontos nessas condies usual chamar-se derivado de e

    aos respetivos elementos pontos de acumulao de .

    lim

    ()

    = > 0, , + \

    So os pontos tais que qualquer vizinhana de interseta \ .

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    19/24O

    Tema: Convexidade, Trigonometria e a Noo de Limite no Programa de Matemtica A

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 19

    Funes de varivel realLimites

    fcil justificar que .

    A definio de ponto de acumulao mais complexa do que a de ponto aderente e aexperincia letiva mostra que se trata de um conceito menos acessvel aos alunos.

    Este facto introduz uma complexidade suplementar no ensino destes contedos semque da advenha qualquer proveito.

    Funes de varivel realLimite segundo Heine

    DefinioDado , diz-se que o limite de quando tende para se

    para toda a sucesso com valores no domnio de tal que:

    lim =

    lim() =

    Estamos agora em condies de indicar as duas definies

    alternativas, de forma completa:

    Seja uma funo real de varivel real e .

    DefinioDado , diz-se que o limite de quando tende para por

    valores diferentes se para toda a sucesso com valores no domnio de tal

    que:

    lim =

    para todo o ,

    lim() =

    Funes de varivel realLimites

    ExerccioExplicite o derivado e a aderncia dos seguintes conjuntos:

    1. =] 3,7] 10

    2. = 1,2,4

    3. = =1

    4. = 0 =1

    5. =

  • 7/24/2019 Matemtica Secundrio - Ciclo Formativo Porto Editora

    20/24O

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 20

    Ciclo Formativo Porto Editora

    Funes de varivel realLimites

    Um pouco por todo o mundo, muito usual, no Ensino Bsico e Secundrio,

    definir-se uma funo a partir de uma expresso que a defina, sendo o

    respetivo domnio o conjunto dos nmeros para os quais a expresso faz

    sentido.

    Pequeno apontamento relativo ao domnio de funes

    Funes de varivel realLimites

    Sebastio e Silva

    Exemplo:

    Determine o domnio da funo:

    a. = 1

    3

    b. = 13

    + 5

    Exemplo:

    = :()

    Pequeno apontamento relativo ao domnio de funes

    =( )

    Funes de varivel realLimites

    Ponto fundamental

    O seguinte resultado, de grande utilidade prtica no clculo de limites, est errado:

    Propriedade Sejam e duas funes e tais que os limites:

    lim

    () e lim

    ()

    Ento:

    lim

    + = lim

    () + lim

    ()

    lim

    () = lim

    () lim

    ()

    existem.

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    21/24O

    Tema: Convexidade, Trigonometria e a Noo de Limite no Programa de Matemtica A

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 21

    Funes de varivel realLimites

    Ponto fundamental

    Exemplo: = 1, = 1

    = [1, +[ lim1

    1 = 0

    =] , 1] lim1

    1 = 0

    lim1

    1 + lim1

    1 = 0

    Mas lim1

    1 + 1 no existe.

    += {1} e 1 +

    No existe nenhuma sucesso com valores no domnio de 1 + 1

    que tenda para 1 por valores diferentes de 1

    Funes de varivel realLimites

    Ponto fundamental

    O resultado torna-se verdadeiro se substituirmos o limite por valores

    diferentes pelo limite propriamente dito:

    Propriedade Sejam e duas funes e tais que os limites:

    lim

    () e lim

    ()

    existem.

    Ento:

    lim

    + = lim

    () + lim

    ()

    lim

    () = lim

    () lim

    ()

    Funes de varivel realLimites

    Ponto fundamental

    O mesmo problema propaga-se continuidade,sendo muito aborrecido

    que a soma de duas funes contnuas no seja necessariamente

    contnua

    Com a definio usual:

    Definio Seja uma funo real de varivel real e .

    Diz-se que contnua em se:

    lim

    =

    A funo diz-se ainda contnua se for contnua em todos os pontos do

    respetivo domnio.

    1 + elim1

    (+ )() nem sequer existe

    As funes definidas pelas expresses = 1 e g = 1 socontnuas, mas+ no contnua:

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    22/24O

    Matemtica A, Ensino Secundrio .pgina 22

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    Funes de varivel realLimites

    Ponto fundamental

    Mais uma vez, o resultado torna-se verdadeiro se se considerar a outra

    definio de limite:

    Propriedade Sejam e duas funes contnuas em .

    Ento, + contnua em .

    Em particular, a soma de duas funes contnuas contnua.

    Funes de varivel realLimites

    Cuidados a ter nesta troca de definio de limite

    Algumas funes deixam de ter limite.

    Exemplo: =2+ 3 se 02 se = 0

    Tem-se lim0 = 3 mas lim0 no existe.

    A definio de continuidade pode ser s implificada

    Dada uma funo e um ponto , se o limite = lim() existir, ento necessariamente igual a().De facto, tomando a sucesso (constante) =, lim = .DefinioSeja e .Diz-se que contnua em se existir o limite lim .

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    23/24O

    Tema: Convexidade, Trigonometria e a Noo de Limite no Programa de Matemtica A

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    NOTAS

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