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UNIVERSIDADE DE COIMBRA
FACULDADE DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
Mata do Buçaco – Estudo de caso: Invasão das
Acácias
Docente
Professor Doutor Luciano Lourenço
CadeiraRiscos e Catástrofes
Dicentes
Raphael Costa Cristovam da Rocha
Dezembro2012
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Sumário
1 - Introdução .......................................................................................................................................... 22 - Objetivos ............................................................................................................................................ 3
3 - Metodologia ....................................................................................................................................... 3
4 - Resultados .......................................................................................................................................... 3
4.1 – Mata Nacional do Buçaco .......................................................................................................... 3
4.2 – Plantas invasoras ........................................................................................................................ 5
4.3 – Acácias ........................................................................................................................................ 5
4.3.1 – “Mimosa” – ( Acacia dealbata) ................................................................................................ 5
4.3.2 – “Acácia-da-Austrália” – ( Acacia melanoxylon)........................................................................ 6
4.4 – Invasão ....................................................................................................................................... 7
4.5 – Métodos de erradicação ............................................................................................................ 9
5 – Considerações finais ........................................................................................................................ 10
Bibliografia ............................................................................................................................................ 11
Indíce de Figuras
Figura 1: Caminhos pelos quais plantas exóticas foram introduzidas em Portugal. .............................. 2
Figura 2: Enquadramento geográfico da MNB (adapt. Da Carta de Localização (1/100 000), do POG
da MNB, 2009). ....................................................................................................................................... 3
Figura 3: Acacia dealbata. ....................................................................................................................... 6
Figura 4: Acacia melanoxylon. ................................................................................................................ 6
Figura 5: Programa de Envolvimento de Proprietários Limítrofes. Sement Event 2012. ....................... 7
Figura 6: Mapa das zonas de riscos de incêndios florestais no município da Mealhada. ...................... 8
Índice de fotos
Foto 1: Vista da Mata do Buçaco para o Palace Hotel. ........................................................................... 4
Foto 2: Acacia melanoxylon que arrebentou pela raiz. .......................................................................... 7
Foto 3: Descasque da Acácia. .................................................................................................................. 9
Foto 4: Acácias secas............................................................................................................................. 10
Foto 5: Campo sem acácias. ................................................................................................................. 10
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1 - Introdução
Os problemas ambientais são consequência direta da intervenção humana nos diferentes
ecossistemas da Terra, causando desequilíbrios no meio ambiente e comprometendo a qualidade de
vida. Muitos são os problemas ambientais, porém neste trabalho serão analisadas as plantas dediferentes ecossistemas introduzidas, quer por ação antrópica no sentido de ornamentação ou
controle erosivo, quer introduzida por “acidente”. Em Portugal, este último contabiliza ¹/6 de todas
as espécies exóticas. (ALMEIDA & FREITAS, 2000).(Figura 1)
Figura 1: Caminhos pelos quais plantas exóticas foram introduzidas em Portugal.Fonte: MARCHANTE, 2011.
Mais de 550 espécies exóticas de plantas são consideradas introduzidas em Portugal, sendoestas provenientes de todas as regiões do mundo, com mais de 70 espécies originárias das Américas,
Europa, África e Eurásia. (ALMEIDA, 1999 apud MARCHANTE, 2011). Apesar de a região da
Australasia possuir a menor presença em território português em variedade de espécies, esta
apresenta as espécies mais problemática, sendo as espécies como Acacia spp., Hakea spp.e
Pittosporum undulatum Vent. (SANTO & ARSÉNIO, 1999; CAMPOS, ROCHA & TAVARES, 2002;
FERNANDES, 2008; MARCHANTE, FREITAS & MARCHANTE, 2008 apud MARCHANTE, 2011).
Este trabalho será focado nas acácias “Mimosa” ( Acacia dealbata) e “Austrália” ( Acacia
melanoxylon) que estão causando grande problemas de invasão e combate na Mata do Buçaco.
A Mata do Buçaco, considerado Monumento Nacional desde 1943, é de grande importância
nacional e mundial devido às suas características ecológicas. Possui uma das melhores coleções
dendrológica da Europa, além de grandes fatos históricos que ali aconteceram sendo assim uma
identidade nacional indubitável. Referências documentais datam desde o século X. Segundo Lopes
(2012), em 2010 foi um dos nomeados para a eleição das 7 Maravilhas Naturais de Portugal, na
categoria de Florestas e Matas, obtendo o 2º lugar na referida categoria.
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2 - Objetivos
Este trabalho tem como escopo a apresentação sucinta da história da Mata do Buçaco,
elucidar o problema da invasão das Acácias à sua flora e descrever os métodos de erradicação e
controle das espécies que estão sendo aplicados ao local. Um trabalho de erradicação e controle daproliferação destas espécies estão atualmente em atividade através da entidade Fundação Mata do
Buçaco com profissionais qualificados na liderança, aplicando métodos de erradicação que tem sido
bastante eficazes a médio prazo.
3 - Metodologia
A coleta das informações deste trabalho foi obtida por meios eletrônicos, trabalho de campo
e artigos científicos. Para edição das figuras foi utilizado o software CorelDraw X15.
4 - Resultados
4.1 – Mata Nacional do Buçaco
A Mata do Buçaco está situada a 40º 33'N e 8º 28'W, no concelho da Mealhada, a 40 Km do
litoral Atlântico, no extremo noroeste da Serra do Buçaco, onde a montanha atinge os 547 metros
de altitude, no lugar chamado Cruz Alta. (Figura 2)
Figura 2: Enquadramento geográfico da MNB (adapt. Da Carta de Localização (1/100 000), do POG da MNB, 2009).Fonte: LOPES, 2012.
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Segundo Lopes (2012), compreende uma área florestada com uma superfície de
aproximadamente 105 ha, um comprimento máximo de 1450 m e largura máxima de 950 m, entre a
Porta de Sula e as Portas de Coimbra.
Com uma área de 105 hectares extremamente ricos no que diz respeito à flora. Possui ainda
uma enorme riqueza em termos arquitetônicos, dos quais se destaca o famoso Palace Hotel. (Foto 1)
Foto 1: Vista da Mata do Buçaco para o Palace Hotel.Fonte: http://espirito-da-montanha.iblogger.org/Bucaco/MataBucaco.html
A Mata Nacional do Buçaco compõe um património de valor incontável, único em Portugal e
no Mundo. Trata-se de uma herança secular, incomparável por reunir relevância histórica, religiosa,
militar, botânica, faunística, paisagística, arquitetônica, cultural e mesmo de identidade nacional. É
Monumento Nacional desde 1943.
Possui uma das melhores coleções dendrológicas da Europa, com cerca de 270 espécies de
árvores e arbustos (AFN, 2009 apud LOPES, 2012).
É uma das Matas Nacionais mais ricas em património natural, arquitetônico e cultural. De
acordo com Lopes, as primeiras referências documentais sobre a mata/serra do Buçaco datam do
século X.
Ao longo dos tempos, a Mata do Buçaco foi campo de diversos acontecimentos religiosos e
históricos. Por exemplo, em 1810 ocorreu a batalha do Buçaco, onde os Portugueses e seus aliados
Ingleses lutaram contra as tropas de Napoleão Bonaparte.
Muitos contribuíram para o majestoso arboreto, que enriqueceu a mata com espécies
oriundas de várias partes do mundo, mas em contrapartida reduziram grandemente a vegetação
natural da mata (SANTOS, 2003 apud LOPES, 2012).
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De acordo com o Plano de Ordenamento e Gestão da Mata Nacional do Buçaco realizado em
2009, podem ser identificadas quatro unidades de paisagem, sendo o Arboreto, o Pinhal do
Marquês, Jardins e Mata Climácica (floresta relíquia).
4.2 – Plantas invasoras
Segundo Cid (2009), “denomina-se plantas invasoras as espécies oriundas de outra região
que se adaptam e proliferam muito bem ao novo ambiente, competindo assim, com as espécies
nativas por nutrientes, luz solar e mesmo por espaço físico.”
Mais de 550 espécies de plantas exóticas introduzidas em Portugal Continental são
consideradas atualmente como escapadas de cultura, subespontâneas ou invasoras (MARCHANTE et
al. 2005, ALMEIDA e FREITAS, 2006).
O grande problema causado pelas plantas invasoras é que uma vez alojadas, competem com
as espécies nativas, por nutrientes e água. Muitas das vezes se reproduzem mais depressa do que as
autóctones. Com isso, sua população acaba por aumentar e dominar o território, não dando chance
para as outas espécies. Assim, tem-se um desequilíbrio ecológico e a consequente morte de plantas.
4.3 – Acácias
A Acácia é uma árvore espinhosa que possui espinhos penetrantes, da família das
leguminosas-mimosas. O género Acacia inclui um grande número de espécies, sendo a maioria
originária da Austrália e África do Sul.
É no Pinhal do Marquês que se encontram as espécies exóticas invasoras mais problemáticas
e nesta parcela são encontradas a Mimosa (Acacia dealbata) e a Acácia-da-Austrália (Acacia
melanoxylon). Aí foram aplicadas boas práticas de erradicação de invasoras como o controle
mecânico (descasque) e químico (uso de herbicidas). Também nesta parcela está sendo feito a
plantação de espécies autóctones.
4.3.1 – “Mimosa” – ( Acacia dealbata)
Esta é uma árvore com até 30 metros de altura com ramos, raminhos e folhagem branco -
preteado devido ao indumento. Flores globulares, amarelo-brilhantes e aromáticas, em cachospendentes; frutos parecidos com as vagens de ervilheiras aplanados. (Figura 3).
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Figura 3: Acacia dealbata.Fonte: http://biorui.no.sapo.pt/mimosaceas.htm
4.3.2 – “Acácia-da-Austrália” – ( Acacia melanoxylon)
Árvore com até 40 metros de altura, de tronco ereto, copa densa e oval. Flores amareladas,
dispostas em capítulos reunidos em cachos axilares; filódios (folhas reduzidas ao pecíolo que toma
forma laminar) lanceolado-subfalciformes, verde-escuros, plurinérveos. (Figura 4)
Figura 4: Acacia melanoxylon.
Fonte: Valley of the Bandicoots. Disponível em:http://www.communitywebs.org/bandicootvalley/species/aca_mel.html
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4.4 – Invasão
Com o trabalho de campo, foi possível observar o quão invadido está a Mato do Buçaco
pelas Acácias. De acordo com o engenheiro Nelson Matos da Fundação da Mata do Buçaco, as
Acácias foram trazidas para a mata para o fim de ornamentação. O Pinhal do Marquês foi o local
onde mais se foram plantadas acácias, das quais podem ser encontradas com idades superiores há
100 anos.
Existe também uma grande quantidade de Acácias nas propriedades limítrofes à Mata do
Buçaco. Medidas vêm sendo tomada junto aos proprietários. (Figura 5)
Figura 5: Programa de Envolvimento de Proprietários Limítrofes. Sement Event 2012.Fonte: FMB, Bright. Disponível em:
http://www.fmb.pt/bright/images/pdf/Versoes_Digitais/Apresentacao%20Programa%20Florestas_Sement%20Event%2
02012%20.pdf
As acácias são árvores muito resistentes e proliferam e crescem muito rapidamente. Sua
erradicação é dispendiosa e trabalhosa. Somente cortar a árvore não a elimina, pois a acácia rebenta
vigorosamente de raiz a touça após o corte e também é produtora prolífica de sementes cuja
germinação é estimulada pelo fogo. (Foto 2)
Foto 2: Acacia melanoxylon que arrebentou pela raiz.
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A maioria dos problemas de infestação por acácia que ocorrem em Portugal é devida ao
fogo. Quando o fogo destrói a floresta, as acácias que existem no local produzem grandes
quantidades de sementes estimuladas pelo calor das chamas fazendo com que a sua população
colonize rapidamente todos os locais desocupados, não deixando espaço para as outras espécies. E a
frequência com que incêndios florestais acontecem em Portugal torna-se imperativo monitorar com
maior frequência estas áreas e aplicar técnicas preventivas para que não se alastre o fogo e destruir
outras árvores deixando o espaço livre para as Acácias se reproduzirem livremente.
Ciente do problema de incêndios florestais, a câmara municipal de Mealhada em 2006
lançou um plano de ação, o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios.
“[...]pretende, assim, ser a base de integração de todas as acções de DFCI
desenvolvidas no Concelho da Mealhada, potenciando os contributos de cada
agente DFCI, rumo à melhoria efectiva das condições de defesa da floresta do
Concelho. Terá um período de vigência entre 2007 e 2011, mas face à actual
conjuntura política do sector florestal do País este Plano será, obrigatoriamente,um documento orientador e flexível, com possibilidades de adaptação às decisões
futuras.” (PEREIRA, 2006)
Desta forma, a câmara municipal da Mealhada produziu um mapa (figura 6) indicando onde
os riscos de incêndios são potenciais. A Mata do Buçaco esta dentro da zona de maior risco de
incêndio, sendo assim extremamente importante o controle e monitoração da mesma para
evitar catástrofes futuras, sejam elas pelo incêndio destruindo as árvores e posterior a isso,
a invasão das Acácias.
Figura 6: Mapa das zonas de riscos de incêndios florestais no município da Mealhada.Fonte: Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, 2006.
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4.5 – Métodos de erradicação
Um dos métodos utilizados pela Fundação Mata do Buçaco tem sido o de descasque juntamente com aplicação de herbicidas.
“Nos descasques a casca deve ser completamente removida da árvore, desde a
altura da cintura até à superfície do solo. Esta metodologia deve ser aplicada em
épocas em que o câmbio vascular esteja ativo, o que corresponde normalmente a
épocas de temperaturas amenas e com alguma humidade (Primavera ou final de
Inverno).” (LOPES, 2012). (Foto 3)
Foto 3: Descasque da Acácia.
Além do descasque, é feita a aplicação de herbicidas que garante a morte da árvore.
Segundo Lopes (2012), a aplicação de herbicidas acontece quando o descasque não é possível:
“[...]Nos casos em que os troncos têm muitas cavidades o descasque pode não ser
possível pelo que se recomenda o corte raso com aplicação de químico. Neste
método, são realizados cortes rasos e o químico (um glifosato) é aplicado à
superfície de corte, imediatamente a seguir a este. Se passarem mais do que
alguns minutos o químico já não será completamente absorvido, diminuindo muito
a eficácia do tratamento.” (MARCHANTE et al., 2005 apud LOPES, 2012)
Outra forma que o engenheiro Nelson adotou para a erradicação das Acácias, apesar de ser
o descasque e o uso de herbicidas, é limitar 3 acácias próximas umas das outras, descascar 2 e deixar
a terceira para fazer sombra nas outras duas.
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Este método serve para dificultar a reprodução de novos indivíduos, sejam por
rebentamento pelas raízes ou germinação das sementes. (Foto 4 e 5)
Foto 4: Acácias secas. Foto 5: Campo sem acácias.
Este método esta sendo eficaz no combate das acácias, porém o descuido do controle pode
resultar na rápida re-invasão da área.
É possível ver que os resultados obtidos através deste método tem sido de grande valia para
a saúde das outras espécies e das espécies autóctones presente no local. Segundo o engenheiro
Nelson, cedros que há sete meses tinham em torno de 20 cm de altura, hoje estão com o dobro ou
mais de altura.
Outro fator que preocupa nas invasões das Acácias é o fato de se proliferam demasiado e
com isso, um grande número de Acácias concentradas em um só local acarreta também um riscohídrico. Segundo o engenheiro Nelson, isso se deve não pelo fato de as Acácias consumir muita água
e sim por serem mais numerosas frente as outras espécies e com isso, consomem mais água e as
outras espécies não consomem o que deveriam, levando, assim, à morte.
Além do combate as Acácias, estão sendo plantados no local para as substituir, espécies
autóctones como o medronheiros (Arbutus unedo), azereiros (Prunus lusitânica) e azevinhos
(Ilex aquifolium). Desta forma, os lugares que ficariam vagos, estarão ocupados por espécies
autóctones e não prejudiciais para a saúde do ambiente.
5 – Considerações finais
O Património florístico da Mata do Buçaco unifica uma das melhores coletâneas de espécies
exóticas, de porte notável, provenientes de várias partes do mundo.
É assim constituída por uma flora antiga e rica que devido à grande diversidade possui uma
vegetação de caraterísticas únicas.
Torna-se imperativo a continuidade deste trabalhos de controle e preservação da mata dada
a sua grande riqueza florística e histórica.
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Devido à natureza e caraterísticas agressivas de algumas espécies invasoras (Acácia, por
exemplo), é imperativo planejar trabalhos de controle e gestão, de maneira a minimizar riscos,
monitorando sempre as áreas de maior risco, identificando novos focos de invasão.
Bibliografia
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Buçaco. Disponível em: (http://www.fmb.pt/bright/index.php/en/documentos/versoes-
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