mat. didÁtico 1ª sÉrie - ensino mÉdio - geografia

10

Upload: phamphuc

Post on 08-Jan-2017

251 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: MAT. DIDÁTICO 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - GEOGRAFIA

MAT. DIDÁTICO 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - GEOGRAFIA - VOLUME 1 - PG c1 - CIANO MAGENTA AMARELO PRETO

Page 2: MAT. DIDÁTICO 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - GEOGRAFIA

MAT. DIDÁTICO 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - GEOGRAFIA - VOLUME 1 - PG 2 - CIANO MAGENTA AMARELO PRETO

Artes

1. Ô abre alas que eu quero passar! 031.1 Cores do Carnaval 031.2 Para ter cor é preciso ter luz 051.3 Cores primárias e secundárias 061.4 Cores complementares 091.5 Cor e emoção: Van Gogh e Gauguin 09 1.6 Fauvismo 111.7 O carnaval também tem máscaras 111.8 Cubismo e Picasso 141.9 Elementos da linguagem visual: formas 17

Page 3: MAT. DIDÁTICO 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - GEOGRAFIA

3Ô abre alas que eu quero passar!Artes

Sistema de Ensino CNEC

MAT. DIDÁTICO 6ª SÉRIE - ENSINO FUNDAMENTAL - ARTE - VOLUME 1 - 2008 - PG 3

O Carnaval brasileiro é conhecido mundialmente. Rico em cores, em ritmos e

em criatividade, transforma a rotina do País e atrai milhares de turistas no mês de fevereiro.

www.color fotos.com.br – acessado em 22/11/2005

Mas a história do Carnaval não começou no Brasil. Ele, possivelmente, se originou no princípio da civilização nos rituais, nas colheitas e nas celebrações de fertilidade.

Foram em intenção a deusa Ísis, no Egito Antigo, as primeiras celebrações carnavalescas.

http://magedm.freeyellow.com – acessado em 22/11/2005

1.1 Cores do Carnaval

O Carnaval é rico em cores. A cor é um elemento da linguagem visual. Imagine isto em preto e branco.

www.linuxfocus.org – acessado em 22/11/2005

E colorido:

www.mundoadolescente.com.br – acessado em 22/11/2005

As cores fazem parte da nossa vida. Elas estão em tudo, mas nem sempre paramos para pensar nelas.

1. Ô abre alas que eu quero passar!

Esta foi a primeira marchinha para o Carnaval composta pela maestrina Chiquinha Gonzaga.

Page 4: MAT. DIDÁTICO 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - GEOGRAFIA

4 ArtesÔ abre alas que eu quero passar!

Sistema de Ensino CNEC

MAT. DIDÁTICO 6ª SÉRIE - ENSINO FUNDAMENTAL - ARTE - VOLUME 1 - 2008 - PG 4

A cor também é utilizada na ciência

A cromatografia (escrita com cor) é um processo de separação de misturas e é utilizada em análises de água, de solo, de ambiente, de sangue e de urina. Essa técnica separa diferentes substâncias que compõem a matéria as quais podem ser observadas através da cor.

Veja ver como funciona.

1) Corte uma tira de papel de filtro (pode ser o papel usado para coar café) de cerca de 12 centímetros de comprimento por 2 ou 3 centímetros de largura.

2) Com uma caneta preta de ponta porosa, faça uma mancha pequena a uns 2 ou 3 centímetros da ponta da tira.

3) Coloque um pouquinho de álcool num copo e pendure o papel dentro dele, por uma ou duas horas, fazendo com que sua ponta fique mergulhada no líquido. A mancha deve ficar fora do álcool.

4) Agora, basta observar a separação dos componentes da tinta.

Veja a descoberta feita por Renato Colorê nesta história.

O CASO DO LÁPIS COLORIDO

Era um lápis colorido. Não que desenhasse em cor. A ponta era preta, como os lápis normais de se escrever. Não era um lápis de desenhar. Era um lápis de escrever, de fazer deveres de escola, de anotar um recado. Mas era colorido. Na parte de fora, era todo colorido. Começava de uma cor escura, muito escura, quase preto. E depois ia mudando, passando pelo vermelhão, pelo vermelho, clareando

para o alaranjado, depois o amarelo, o verde, o azul, até chegar ao violeta. Olhando rápido, parecia uma parte de um arco-íris.

Era o lápis de Carolina Curiosa. Quando o ganhou, ela era uma menina igual a todas as outras. Curiosa, gostava de perguntar sobre tudo: por que as folhas são verdes? Por que o céu é azul? Ela perguntava sobre qualquer assunto, mas o que mais a deixava curiosa eram as cores das coisas. Uma tia, a tia Lúcia, achava aquilo tudo muito engraçado e, quando Carolina completou 8 anos, ela deu aquele lápis de presente, dizendo:

— Carolina Curiosa, agora você pode guardar todas as cores no bolso.

Pronto! Foi tiro e queda: o apelido pegou. Daí para a frente, ela virou a Carolina Curiosa em casa, no colégio, no parque, em todos os lugares. E foi crescendo com o apelido e com o lápis, que ela não usou. Guardou-o numa caixa de “coisas importantes”.

E Carolina foi crescendo, mudando de interesses, e se esqueceu do lápis e das outras “coisas importantes” que havia na caixa. Enfim, eram coisas de infância e ela já era “uma mocinha”.

A vida foi passando e as perguntas que ela havia feito continuaram sem resposta. Mas a gente vai se acostumando a saber pouco. A curiosidade só existe quando as pessoas têm coragem de perguntar, senão, ela fica escondida no fundo do pensamento, até que um dia ela volta a aparecer! Foi o que aconteceu com Carolina Curiosa, que agora já estava casada e tinha um filho de 8 anos, que se chamava Renato e que era, como todo menino nesta idade, muito curioso. E ele, mexendo nas coisas do armário, encontrou a caixa de “coisas importantes”, escondida lá no fundo, com aquela cara de coisa velha.

— Mãe, mãe! Vem cá, rápido!— O que aconteceu, meu filho? — respondeu

Carolina Curiosa.— O que é isso? O que é isso?Ela olhou a caixa e sorriu.— Ora, é uma caixa antiga onde eu guardava as

minhas preciosidades.— Abre, mãe. Eu quero ver do que você

gostava!E Carolina Curiosa abriu e viu o lápis arco-íris.

Era a primeira coisa que se via.— Mãe, que lápis é esse tão bonito? Por que

você nunca usou ele?

Cromatografia de uma mancha de tinta de caneta preta.

Ciência hoje para Crianças, no 44

Page 5: MAT. DIDÁTICO 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - GEOGRAFIA

5Ô abre alas que eu quero passar!Artes

Sistema de Ensino CNEC

MAT. DIDÁTICO 6ª SÉRIE - ENSINO FUNDAMENTAL - ARTE - VOLUME 1 - 2008 - PG 5

— Porque eu achava ele tão bonito que tinha pena de estragá-lo. E tem mais uma coisa: porque ele tem todas as cores do arco-íris. Eu sempre quis saber por que o arco-íris tem essas cores tão lindas!

— Mãe, por que o arco-íris tem essas cores tão bonitas? — perguntou logo Renato.

— Sabe, meu filho, até hoje eu não sei.E a mãe, aproveitando a conversa e já preocupada

com a hora de o filho dormir, emendou:— Podemos descobrir juntos, você não acha

uma boa idéia?Renato concordou, meio sem vontade. Sabia o

que a mãe iria dizer a seguir. Não errou.— Agora, meu filho, vamos pra cama. Já é hora

de dormir e amanhã você acorda cedo — disse Carolina Curiosa.

Ele negociou, não era bobo:— Tá bem, mas... você me dá este lápis colorido?

Eu quero ficar com ele. Aí vou dormir agora.A mãe concordou e Renato levou o seu novo

lápis para a cama. Guardou-o com cuidado, embaixo do travesseiro. E logo estava sonhando. Sonhou que seu lápis era uma caixa de cores. Que todas as cores estavam do lado de fora e por isso não tinha sobrado nenhuma cor para a ponta; a ponta era preta!

Sonhou com perguntas e cores: qual a cor de um buraco? E a da Lua? Eram tantas as perguntas que ele de repente acordou e resolveu ver a sua “caixa de cores”. E aí a situação ficou terrível! As cores haviam desaparecido! Não tinha mais cor nenhuma.

Renato ficou assustado. Para onde tinham ido tantas cores? Será que o mundo tinha ficado preto e branco? Será que ele estava perdendo a cor? E, quanto mais ele olhava, menos via cores. Via, no escuro do quarto, somente a idéia da cor, mas a cor forte, essa ele não via.

— Mãe, mãe! — gritou, assustado.— O que é, meu filho? O que está

acontecendo?— Mãe, roubaram tudo. Vem logo. Estou com

medo!E Carolina Curiosa acordou assustada.

Roubaram? Ladrão... tanta violência... medo... o que fazer? Correu sem entender nada, acendendo todas as luzes da casa. Já era muito tarde e os outros já estavam dormindo havia muito tempo.

As luzes foram clareando, clareando... e Renato, espantado, ia gritando e acordando todo mundo:

— Elas estão voltando! Cada vez tem mais! Olha, mãe, as cores estão voltando!

Foi uma descoberta. Quando a mãe chegou, Renato já estava de pé, gritando:

— Mãe, as cores estão na luz. Sem luz, não tem cor. A luz traz a cor. A luz tem todas as cores misturadas.

E Renato descobriu que a luz branca esconde as cores. E é por isso que às vezes a luz do Sol se abre num belo arco-íris e todas as cores estão lá.

— Todas não! — responde Renato, confiante com a sua descoberta. — No arco-íris, não tem marrom, não tem bege... só tem as cores puras: vermelho, alaranjado, verde, azul, anil, violeta. As cores do meu lápis. Foi isso que papai me ensinou — concluiu com orgulho Renato: o Renato Colorê.

Henrique Lins de Barros

Henrique é físico e hoje é diretor do Museu de Astronomia e de Ciências Afins, que fica no Rio de Janeiro.

1.2 Para ter cor é preciso ter luz

Em 1665, Isaac Newton publicou a teoria das cores, na qual afirma que a cor é totalmente dependente da luz e que todas as cores vêm do branco.

Ciência Hoje para Crianças no 67

Page 6: MAT. DIDÁTICO 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - GEOGRAFIA

6 ArtesÔ abre alas que eu quero passar!

Sistema de Ensino CNEC

MAT. DIDÁTICO 6ª SÉRIE - ENSINO FUNDAMENTAL - ARTE - VOLUME 1 - 2008 - PG 6

E o arco-íris, como é formado?Faça a experiência a seguir e descubra.

Experiência Espectro Solar

Você vai precisar de: • um copo cilíndrico liso com água;• uma fita de cartolina com uma fenda horizontal de 1 cm;• uma folha de papel branco;• uma fita adesiva;• um dia ensolarado.

Como fazer:

1o)Prenda a cartolina por fora do copo com a fita adesiva.2o) Apóie o copo no papel branco e deixe a luz do Sol atravessar a fenda da cartolina. Na folha branca, debaixo do copo, aparecerá o espectro de cores.

1.3 Cores primárias e secundárias

Observe as cores que compõem esta imagem.

www.aves.com.sapo.pt – acessado em 25/11/2005

O vermelho, o amarelo e o azul são as cores primárias. A partir da mistura dessas três cores, originam-se as cores secundárias.

Escola Arte

Page 7: MAT. DIDÁTICO 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - GEOGRAFIA

7Ô abre alas que eu quero passar!Artes

Sistema de Ensino CNEC

MAT. DIDÁTICO 6ª SÉRIE - ENSINO FUNDAMENTAL - ARTE - VOLUME 1 - 2008 - PG 7

Montando um círculo cromático

Um círculo cromático possui as cores primárias e as secundárias. Veja:

www.ipsi.fraunhoter.de – acessado em 25/11/2005

Complete o círculo. Recorte e cole as cores no lugar correto.

Page 8: MAT. DIDÁTICO 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - GEOGRAFIA

8 ArtesÔ abre alas que eu quero passar!

Sistema de Ensino CNEC

MAT. DIDÁTICO 6ª SÉRIE - ENSINO FUNDAMENTAL - ARTE - VOLUME 1 - 2008 - PG 8

Page 9: MAT. DIDÁTICO 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - GEOGRAFIA

9Ô abre alas que eu quero passar!Artes

Sistema de Ensino CNEC

MAT. DIDÁTICO 6ª SÉRIE - ENSINO FUNDAMENTAL - ARTE - VOLUME 1 - 2008 - PG 9

1.4 Cores complementares

Toda cor primária possui uma cor complementar:

A cor complementar é a que fica oposta no círculo cromático, como no exemplo do amarelo e o violeta.

Veja o uso das cores complementares nessa obra de Pablo Picasso.

PICASSO, Pablo. O Arlequim e sua companheira

Usando cores complementares refaça o desenho da bandeira do Brasil.

Bandeira do Brasil http://pt.wikipedia.org – acessado em 25/11/2005

ORDEM E PROGRESSO

Agora, olhe fixamente, pelo menos durante 40 segundos, para o desenho que você coloriu e, em seguida, olhe para a parte branca. O que aconteceu?________________________________________________________________________________________________

1.5 Cor e emoção, Van Gogh e Gauguin

Através das cores, podemos expressar sensações e emoções.

GAUGUIN, Paul. A visão depois do Sermão ou Luta de Jacó com o Anjo

O pintor Gauguin foi corretor de valores em Paris, era casado, cinco filhos e resolveu abandonar tudo pela arte. Aos 35 anos, passou a se dedicar à pintura em tempo integral.

Page 10: MAT. DIDÁTICO 1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO - GEOGRAFIA

10 ArtesÔ abre alas que eu quero passar!

Sistema de Ensino CNEC

MAT. DIDÁTICO 6ª SÉRIE - ENSINO FUNDAMENTAL - ARTE - VOLUME 1 - 2008 - PG 10

Ele transformou a arte ao abolir todas as regras convencionais. Segundo Gauguin, a arte não deveria apenas representar a realidade, para isso queria mais liberdade de expressão. Para ele, a cor representava a emoção. “A vida é cor” – dizia.

Suas obras passaram a ter campos de cor bem definidos e limitados por linhas de contornos visíveis. O artista buscava um lugar selvagem e primitivo, foi quando encontrou o Taiti e , inspirado nauqele lugar, desenvolveu uma série de telas, as quais constituem a parte mais conhecida de sua obra.

Gauguin atraiu muitos seguidores, e um deles foi o sensível Van Gogh.

GAUGUIN, Paul. Taitianas na Praia

Para Vincent Van Gogh, Gauguin era um mestre, tanto que o convidou para pintarem juntos no Sul da França, onde Vincent morava. A amizade entre os dois era tensa. Depois de uma discussão, na qual Van Gogh perdeu o controle e cortou uma parte da própria orelha, Gauguin voltou para o Norte.

GAUGUIN, Paul. Van Gogh pintando Girassóis

Vincent Willian Van Gogh

Em 30 de março de 1987, em Londres, uma das telas de Vincent – assim que assinava seus quadros – foi vendida em leilão público pela astronômica quantia de quarenta milhões de dólares. Nunca, até então, tinha se pagado tanto por uma pintura.

VAN GOGH, Vincent. Auto-retrato com a Orelha Ligada

Vincent Van Gogh, pintor holandês, por coincidência nasceu nesse mesmo dia – 30 de março de 1853 – e, em vida, só conseguiu vender um quadro. Quando criança, foi um menino sonhador e tímido. Sensível e ligado à família, amava passear pelos campos planos da paisagem holandesa, geralmente sozinho, ou, às vezes, em companhia de Theo, seu irmão quatro anos mais novo. Esse relacionamento de grande amizade durou a vida inteira e as cartas que Vincent escrevia a Theo regularmente são a principal fonte para se conhecer esse artista apaixonante. Antes de se dedicar à pintura, Van Gogh tentou outras profissões: trabalhou em uma galeria de arte, foi professor de línguas e pastor. Não se saiu bem em nenhuma delas e, aos 27 anos, encontrou na pintura seu caminho e sua maneira de se expressar diante da vida.

VAN GOGH, Vincent. Os Comedores de Batata