massone | anestesiologia veterinária – farmacologia e técnicas

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Massone | Anestesiologia Veterinária – Farmacologia e Técnicas

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Anestesiologia VeterináriaFarmacologia e Técnicas

Texto e Atlas

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O GEN | Grupo Editorial Nacional reúne as editoras Guanabara Koogan, Santos, Roca, AC Farmacêutica, Forense, Método, LTC, E.P.U. e Forense Universitária, que publicam nas áreas científica, técnica e profissional.

Essas empresas, respeitadas no mercado editorial, construíram catálogos inigualáveis, com obras que têm sido decisivas na formação acadêmica e no aperfeiçoamento de várias gerações de pro fissionais e de estudantes de Administração, Direito, Enferma-gem, Engenharia, Fisioterapia, Medicina, Odontologia, Educação Física e muitas outras ciências, tendo se tornado sinônimo de seriedade e respeito.

Nossa missão é prover o melhor conteúdo científico e distribuí-lo de maneira flexível e conveniente, a preços justos, gerando benefícios e servindo a autores, docentes, livrei-ros, funcionários, colaboradores e acionistas.

Nosso comportamento ético incondicional e nossa responsabilidade social e ambientalsão reforçados pela natureza educacional de nossa atividade, sem comprometer o cres-cimento contínuo e a rentabilidade do grupo.

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Anestesiologia VeterináriaFarmacologia e Técnicas

Texto e Atlas

Flavio MassoneProfessor Titular em Anestesiologia Veterinária (Aposentado) –

Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária – FMVZ-UNESP, Campus Botucatu. Especialista em Anestesiologia.

E-mail: btfl [email protected]

Sexta edição

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O autor deste livro e a EDITORA GUANABARA KOOGAN LTDA. empenharam seus melhores esforços para assegurar que as informações e os procedimentos apresentados no texto estejam em acordo com os padrões aceitos à época da publicação, e todos os dados foram atualizados pelo autor até a data da entrega dos originais à editora. Entretanto, tendo em conta a evolução das ciências da saúde, as mudanças regulamentares governamentais e o constante fl uxo de novas informações sobre terapêutica medicamentosa e reações adversas a fármacos, recomendamos enfaticamente que os leitores consultem sempre outras fontes fi dedignas, de modo a se certifi carem de que as informações contidas neste livro estão corretas e de que não houve alterações nas dosagens recomendadas ou na legislação regulamentadora. Adicionalmente, os leitores podem buscar por possíveis atualizações da obra em http://gen-io.grupogen.com.br.

O autor e a editora se empenharam para citar adequadamente e dar o devido crédito a todos os detentores de direitos autorais de qualquer material utilizado neste livro, dispondo-se a possíveis acertos posteriores caso, inadvertida e involuntariamente, a identifi cação de algum deles tenha sido omitida.

Direitos exclusivos para a língua portuguesaCopyright © 2011 byEDITORA GUANABARA KOOGAN LTDA.Uma editora integrante do GEN | Grupo Editorial NacionalTravessa do Ouvidor, 11Rio de Janeiro – RJ – CEP 20040-040Tels.: (21) 3543-0770/(11) 5080-0770 | Fax: (21) 3543-0896www.editoraguanabara.com.br | www.grupogen.com.br | [email protected]

Reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, em quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, dis-tribuição pela Internet ou outros), sem permissão, por escrito, da EDITORA GUANABARA KOOGAN LTDA.

Capa: Renato de Mello Editoração eletrônica: A N T H A R E S

Projeto gráfi co: Editora Guanabara Koogan

Ficha catalográfi ca

M372a 6.ed.

Massone, Flavio Anestesiologia veterinária : farmacologia e técnicas : texto e atlas colorido / Flavio Massone. - 6.ed. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2011. 467p.

ISBN 978-85-277-1919-3

1. Anestesia veterinária. 2. Anestesiologia. 3. Anestesia veterinária - Atlas. 4. Anestesiologia - Atlas. I. Título.

11-4350. CDD: 636.089796 CDU: 619:616-089.5

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Sobre o autorMédico Veterinário formado pela Faculdade de Medicina

Veterinária da USP, em 1967. Mestre em Medicina Veterinária pela Escola de Veterinária da UFMG, em 1974. Especialista em Medicina e Cirurgia, em 1981. Doutor em Farmacologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, em 1980. Livre-Docente em Técnica Cirúrgica e Anestesio-logia pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootec-nia da UNESP – Campus de Botucatu –, em 1983. Profes-sor Titular em Anestesiologia Veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP – Campus

de Botucatu –, por Concurso Público de Títulos e Provas, em 1990. Especialista em Anestesiologia Veterinária – Título concedido pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária por meio do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, em 2005.

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Adauto Luis Veloso Nunes

Formado pela FMVZ-UNESP – Campus de Botucatu –, em 1977; Médico Veterinário do Zoológico de Sorocaba des-

de 1979; Mestre em Medicina Veterinária – área de Cirurgia, subárea de Anestesiologia –, em 2001.

Aline Magalhães Ambrósio

Formada em Medicina Vete-rinária pela UNIP em 1998; Professora Assistente Dou-

tora pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – USP.

Antonio José de Araujo Aguiar

Formado pela Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (FCAP), em 1985; Médico

Veterinário, Professor Adjunto em Anestesio-logia e Docente do Departamento de Cirurgia e Anestesiologia da FMVZ-UNESP – Campus de Botucatu –, São Paulo; Especialista em Anes-tesiologia Veterinária.

Aury Nunes de Moraes

Formado em Medicina Ve-terinária pelo Centro de Ciências Agroveterinárias

da Universidade do estado de Santa Catarina – UDESC – Lages (SC), em 1978; Professor Adjunto II; Especialista em Anestesiologia – CFMV.

ColaboradoresCarlos Augusto Araújo Valadão

Formado pela Faculdade de Veterinária da Univer-sidade Federal Fluminense em 1978; Professor Titular em Anestesiolo-gia pela FCAVJ – UNESP – Campus de Ja-boticabal –; Especialista em Anestesiologia Veterinária.

Denise Tabacchi Fantoni

Formada pela Faculda-de Medicina Veterinária e Zootecnia – USP – em 1988; Professora Adjunta pela Fa-culdade de Medicina Veterinária e Zootec-nia – USP –; Especialista em Anestesiologia Veterinária.

Francisco José Teixeira Neto

Médico Veterinário, forma-do pela Faculdade de Ciên-cias Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal (FCAVJ), em 1992; Professor Ad-junto em Anestesiologia e Docente do Departa-mento de Cirurgia e Anestesiologia da FMVZ-UNESP – Campus de Botucatu –, São Paulo; Especialista em Anestesiologia Veterinária.

José Antônio Marques

Formado pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal –UNESP – Campus de Jaboticabal –, em 1978; Especialista em Anestesiologia Veterinária.

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Mariângela Lozano Cruz

Médica Veterinária, forma-da pela Faculdade de Medi-cina Veterinária da Univer-

sidade Estadual de Londrina (UEL), em 1993; Professora Assistente Doutora em Anestesio-logia Veterinária (Pós-Doutoranda); Médica Voluntária Autônoma.

Newton Nunes

Formado pela Faculda-de de Ciências Agrárias e Veterinária de Jaboticabal– UNESP – Campus de Ja-

boticabal –, em 1984; Professor Adjunto em Anestesiologia pela FCAVJ – UNESP – Jaboticabal.

Paulo Sérgio Patto dos Santos

Formado pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veteriná-rias de Jaboticabal – UNESP

– Campus de Jaboticabal –, em 1995; Professor Assistente Doutor em Anestesiologia Veteriná-ria pela Faculdade de Medicina Veterinária da FOA – UNESP – Campus de Araçatuba.

Sílvia Renata Gaido Cortopassi

Formada pela Faculdade Me-dicina Veterinária e Zootec-nia – USP – em 1987; Pro-fessora Adjunta pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – USP –; Especialista em Anestesiologia Veterinária.

Stelio Pacca Loureiro Luna

Médico Veterinário, for-mado pela FMVZ-UNESP – Campus de Botucatu –, em 1984; Professor Titular em Anestesiolo-gia e Docente do Departamento de Cirurgia e Anestesiologia da FMVZ-UNESP – Cam-pus de Botucatu –, São Paulo; Especialista em Anestesiologia Veterinária.

Valéria Nobre Leal de Souza Oliva

Formada pela Universidade Federal Rural do Rio de Ja-neiro em 1983; Professora Ad-junta em Anestesiologia Vete-rinária pela Faculdade de Medicina Veterinária da FOA – UNESP – Campus de Araçatuba –; Espe-cialista em Anestesiologia Veterinária.

viii Colaboradores

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Prefaciar o livro do Professor Flavio Massone é mais do que uma honra e satisfação, pois expressar com palavras o que representa este mestre e amigo para a Anestesiologia Veteri-nária do nosso País não é tarefa fácil. O Professor Massone, formado pela USP, foi admitido em 1969 na FMVZ-UNESP, Botucatu, e tornou-se mestre pela UFMG, em 1973, quando já traçava os primórdios da Anestesiologia Veterinária, sempre procurando conduzi-la à espe-cialidade. Em 1977, criou a primeira disciplina específi ca de Anestesiologia Veterinária no Brasil. Doutorou-se pela USP de Ribeirão Preto em 1980, criando em seguida, em 1982, a primeira Residência específi ca na área. Realizou Livre-Docência em 1983, tornando-se, em 1990, Professor Titular.

Não bastasse o pioneirismo que o tornou o primeiro anestesista “puro” do Brasil, o Pro-fessor Massone foi o pesquisador insigne que deu corpo e alma para esta especialidade – cor-po, pela luta intensa que travou no decorrer destes anos para que a Anestesiologia fosse um importante pilar da Medicina Veterinária, atuando de modo marcante na pesquisa científi ca e na qualidade dos procedimentos, visando sempre ao bem-estar e à segurança dos nossos pacientes, e alma, por ter formado, por meio da graduação, residência e/ou pós-graduação, quase todos os anestesistas veterinários do País, tratando aqueles com quem trabalhava com liberdade e igualdade de ideias e opiniões, dividindo os momentos de glória e os momentos difíceis, fazendo com que todos se sentissem diante de uma grande família.

O Professor Massone respira e vive anestesia, e, atualmente, mesmo aposentado, atua em diversas universidades do País, deixando o legado de seu trabalho por todos os lugares por onde passa para aqueles que têm a oportunidade de desfrutar de seus profundos conhecimentos.

Este breve prefácio nem de longe expressaria a admiração dos anestesistas brasileiros. Este livro coroa a luta incansável e constante que o transformou no Pai da Anestesiologia Veteri-nária brasileira.

Prof. Dr. Stelio Pacca Loureiro LunaProfessor Titular da FMVZ-UNESP – Campus de Botucatu

Prefácio

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Este livro foi elaborado com o intuito de orientar tanto o acadêmico e o pesquisador como o docente e o profi ssional na execução das técnicas anestésicas dentro dos conceitos básicos da nômina, da farmacologia e das técnicas anestésicas vigentes.

Esta observação foi norteada pelo fato de que, nos últimos anos, houve um crescente número de escolas de Medicina Veterinária desprovidas de material humano específi co que acompa-nhasse o ensino da Anestesiologia Veterinária, o que produzia, às vezes, informações incor-retas, obsoletas ou até errôneas, guiadas pelos “tradicionalismos” anestésicos ou pela falta de atualização, provocando, então, polêmicas infrutíferas e sem embasamento científi co.

Hoje, o ensino nas escolas de Medicina Veterinária é mais dinâmico, e já se nota a existência de contratações docentes específi cas na área – de preferência aqueles que tenham realizado, na sua formação, residência ou pós-graduação em Anestesiologia.

À medida que surgem os colégios específi cos, guiados por legislação vigente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, desponta o título de especialista em Anestesia Veterinária. Ganham, com isso, a profi ssão e, diretamente, todos os pacientes que dependem dela.

Se analisarmos de maneira gradativa, observaremos que, a partir do passo inicial – dado pelas instituições de ensino por intermédio dos seus docentes bem formados – e do segundo – dado pelos colégios, que selecionam os seus especialistas –, esta obra irá tornar-se um com-plemento útil para quem atua na área da Anestesiologia Veterinária.

Participaram, nesta edição, novos colaboradores titulados por várias instituições de re-nome e que atuam em todo o País, mostrando, assim, que, hoje, esta área consolidou-se ao longo dos anos de busca ao respeito, à segurança e, acima de tudo, à dignidade à vida animal, confi rmando o que Leonardo da Vinci (1452-1519) já dizia no século 15: “Chegará o dia em que o homem conhecerá o íntimo dos animais, e, neste dia, um crime contra o animal será considerado um crime contra a humanidade”.

Nota do autor

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Sumário1 Considerações Gerais, 1

Histórico, 3Introdução à anestesiologia, 3Defi nições, 3Divisão da anestesiologia, 3Atribuições e condutas do anestesista, 4Perío dos pré, trans e pós-anestésicos, 5Vias de administração, 9

2 Medicação Pré-anestésica, 11Defi nição, 13Finalidades, 13Divisão | principais grupos farmacológicos, 13

3 Anestesia Local, 23Defi nição, 25Histórico e generalidades, 25Estrutura química e ação farmacológica, 25Principais anestésicos locais empregados, 27Principais técnicas anestésicas locais, 28

4 Planos Anestésicos, 33Considerações gerais, 35Principais refl exos avaliados em anestesia, 35Características dos estágios anestésicos, 36

5 Anestesia Intravenosa, 39Introdução, 41Histórico, 41Indicações, 41Classifi cação, 41

6 Aparelhos, Circuitos Anestésicos e Monitoramento, 47

Instrumental, 49Acessórios, 49Aparelhos anestésicos, 51Circuitos anestésicos, 52Monitoramento, 54

7 Anestesia Geral Volátil ou Inalatória, 65Defi nição, 67Aspectos vantajosos e limitações do uso da anestesia

inalatória, 67Características físico-químicas dos anestésicos

inalatórios, 67Características físicas, 67

Mecanismo de ação dos anestésicos voláteis, 68Farmacocinética dos anestésicos inalatórios, 68Principais anestésicos utilizados em medicina

veterinária, 69Efeitos tóxicos da exposição aos anestésicos

inalatórios e controle da poluição ambiental no centro cirúrgico, 71

8 Anestesia Dissociativa, 73Introdução, 75Farmacologia , 75Farmacocinética, 75Farmacodinâmica, 76Tiletamina-zolazepam, 79Vias de administração e indicações, 80Anestésicos dissociativos | Destaques, 80

9 Miorrelaxantes, 85Defi nição, 87Miorrelaxantes de ação periférica, 87Miorrelaxantes de ação central, 89

10 Técnicas Anestésicas em Animais de Laboratório, 93

Introdução, 95Técnicas anestésicas em camundongos e ratos, 95Técnicas anestésicas em cobaias, 95Técnicas anestésicas em coelhos, 96

11 Técnicas Anestésicas em Felinos, 99Medicação pré-anestésica (MPA), 101Anestesia barbitúrica, 101Anestesia volátil, 101Anestesia dissociativa e suas associações, 102Anestesia local, 103

12 Técnicas Anestésicas em Cães, 105Medicação pré-anestésica e tranquilizações, 107Induções anestésicas | Modalidades, 107Manutenções, 108Condutas anestésicas em anestesia geral

e dissociativa, 109Observação, 113Condutas anestésicas em anestesia local, 113

13 Técnicas Anestésicas em Suínos, 117Tranquilizações | Tranquilizantes e ansiolíticos, 119

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Anestesias locais, 119Anestesia dissociativa, 121Anestesia geral, 121

14 Técnicas Anestésicas em Ovinos e Caprinos, 125Cuidados pré-anestésicos, 127Tranquilizações, 127Anestesias locais, 127Anestesia dissociativa, 129Associações anestésicas, 129Anestesia geral, 129

15 Técnicas Anestésicas em Equinos, 131Medicação pré-anestésica (MPA), 133Anestesia local, 135Anestesia dissociativa, 139Associações, 140Anestesia geral, 140Anestesia em muares, 144

16 Técnicas Anestésicas em Bovinos, 147Tranquilizações, 149Anestesia local, 149Anestesia dissociativa e miorrelaxamento, 155Anestesia geral, 155

17 Anestesias para Cesarianas, 157Considerações gerais, 159Fatores relacionados com o feto, 159Fármacos e barreira placentária, 159Principais complicações, 160Técnicas anestésicas nas diferentes espécies, 160

18 Reposição Volêmica, Emergência e Complicações, 167

Reposição volêmica| Considerações gerais da fl uidoterapia no perío do perioperatório, 169

Emergência, 177Complicações, 179

19 Contenção Física e Anestesia em Animais Silvestres, 183

Introdução, 185Contenção e anestesia em aves, 185Contenção e anestesia em répteis, 189Contenção e anestesia em mamíferos selvagens, 192Conclusão, 203

20 Síndrome Choque: Princípios Gerais de Fisiopatologia e de Tratamento, 205

Introdução, 207Conceitos, 207Fisiopatologia geral da síndrome choque, 207Classifi cação, 208Evolução clínica do choque, 209Tratamento, 210

21 Equilíbrio Ácido-base e Eletrolítico em Anestesiologia, 213

Considerações gerais, 215Conceitos elementares, 215Sistemas tampões e manutenção do equilíbrio

ácido-base, 216Regulação pulmonar do equilíbrio ácido-base, 216Regulação renal do equilíbrio ácido-base, 217Diagnóstico dos distúrbios do equilíbrio

ácido-base, 217Ânion gap, 218Hemogasometria, 218Acidose metabólica, 219Alcalose metabólica, 222Acidose respiratória , 223Alcalose respiratória, 225

22 Emprego da Acupuntura em Anestesia, 227Analgesia por acupuntura, 229Efeitos no sistema digestório, 229Efeitos no sistema cardiorrespiratório, 229Conclusões, 230

23 Eutanásia, 231Introdução, 233Ratos, camundongos e cobaias, 233Coelhos, 233Felinos, 233Caninos, 233Suí nos, ovinos, caprinos e bovinos, 233Equinos, 233

24 A Ética e a Moral em Anestesiologia Veterinária, 235

Histórico, 237A ética da Anestesiologia Veterinária no ensino, 237A ética da Anestesiologia Veterinária na pesquisa, 238A ética da Anestesiologia Veterinária nas atividades

de extensão | Atendimento à comunidade, 240

25 Atlas de Anestesiologia Veterinária, 243Aplicações parentais, 245Via intradérmica, 245Via subcutânea, 245Via intramuscular, 246Via intravenosa, 246Via intra-arterial, 247Via peridural, 251Via subaracnoide, 251Via traqueopulmonar, 251Cabeça, 251Anestesias locais na cabeça de pequenos animais, 251Anestesias locais na cabeça de animais médios, 257Anestesias locais na cabeça de grandes animais, 259Tronco, 264Anestesias locais no tronco de pequenos animais, 264Anestesias locais no tronco de médios animais, 272

xviii Sumário

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Sumário xix

Anestesias locais no tronco de grandes animais, 277Anestesias locais em membros de pequenos animais, 289Anestesias locais em membros de médios animais, 292Anestesias locais em membros de grandes animais, 293Intubação endotraqueal em pequenos animais, 304Intubação endotraqueal em médios animais, 305Intubação endotraqueal em grandes animais, 306

26 Perguntas e Respostas em Anestesiologia Veterinária, 311

Parâmetros ou atributos fi siológicos, 313Perío dos pré, trans e pós-anestésicos, 316Contenção e derrubamento, 317Medicação pré-anestésica (MPA), 319Miorrelaxantes de ação central, 324Miorrelaxantes de ação periférica, 327Anestesia local, 329Anestesia intravenosa, 333

Anestesia geral inalatória, 336Equilíbrio ácido-base, 342Planos anestésicos, 343Técnicas anestésicas em equinos, 348Técnicas anestésicas em bovinos, 351Técnicas anestésicas em suí nos, 355Técnicas anestésicas em pequenos animais, 355Nômina anestesiológica, 356Perguntas de maior grau de difi culdade, 363

27 Nômina Anestesiológica, 371

Apêndices, 397

Bibliografi a, 413

Índice Alfabético, 423

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23

Anestesia Local

3Defi nição, � 25

Histórico e generalidades, � 25

Estrutura quí mica e ação farmacológica, � 25

Principais anestésicos locais empregados, � 27

Principais técnicas anestésicas locais, � 28

Massone 03.indd 23Massone 03.indd 23 25/7/2011 13:43:5925/7/2011 13:43:59

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Capítulo 3 | Anestesia Local 29

Anestesias infiltrativas ■

Quando se emprega um anestésico local por essa via, é importante que se considere o binômio profundidade- área atingida, evitando-se, assim, doses excessivas, que colocariam em risco o animal, face a uma intoxicação iminente.

Anestesia local infiltrativa intradérmicaEste tipo de anestesia em geral é requerido para pequenas

incisões na pele, retiradas de pequenos nódulos (neoforma-ções) ou ainda para biopsias de pele que costumam ser úteis para estudos dermatológicos.

No último caso, o cuidado a ser tomado é o de que o botão anestésico é contraindicado, uma vez que interfere na micros-copia da lesão (espongiose), devendo-se, para tanto, infi ltrar-se o anestésico com seringa tipo carpule ao redor da área a ser reti-rada, o que, em geral, é feito com vazadores (punch).

Anestesia local infiltrativa subcutâneaDas anestesias locais, esta é, sem dúvida, a mais empregada.

Seu uso tem-se destacado por se tratar de uma anestesia local de fácil aplicação, desde que se respeitem doses e concentra-ções peculiares a cada anestésico local.

A anestesia infi ltrativa é empregada em qualquer espécie animal, e suas fi nalidades são inúmeras, pois vão desde peque-nas suturas de pele até ruminotomias em bovinos, caprinos e ovinos, descrevendo, geralmente, fi guras geométricas planas.

As concentrações geralmente empregadas são de 1 a 2% de lidocaí na e 0,25 a 0,5% para a bupivacaí na, considerando que as doses máximas permitidas são de 7 mg/kg sem epinefrina e 9 mg/kg com epinefrina para a lidocaí na e 2 mg/kg para a bupivacaí na.

TécnicaA anestesia local infi ltrativa subcutâ nea normalmente obe-

dece às seguintes infi ltrações:

botão anestésico (para biopsias) (Figura 3.3) •cordão anestésico (para incisões) (Figura 3.4) •

fi guras planas geométricas, tais como retângulos, qua- •drados, triângulos, losangos (para retirada de tumores cutâ neos e cistos ou feridas cutâ neas).

Indicações

Suturas de pele de maneira geral (anaplasias ou corre- •ções)Retirada de corpos estranhos •Ruminotomias •Excisões tumorais •Retiradas de cistos •Biopsias de pele com comprometimento subcutâ neo •Castração em equinos (bolsa escrotal, seguida da anes- •tesia do cordão espermático)Luxação de patela em equinos (pele que sobrepõe a área a •ser operada, seguida da anestesia de plano mais profundo)Descornas cosméticas •Entrópio e ectrópio. •

Figura 3.2 Períodos hábeis anestésicos da lidocaí na e bupivacaí na (botão intradérmico, anestesia subaracnoide e peridural).

Figura 3.3 Botão anestésico.

Figura 3.4 Cordão anestésico.

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32 Anestesiologia Veterinária

O local da punção é feito preferencialmente nos espaços intervertebrais das últimas vértebras lombares (L4, L5, L6 e L7), evitando-se, desse modo, o possível risco de bloqueios altos, que poderiam comprometer a respiração.

Esse tipo de anestesia é recomendado, apesar de ser uma técnica delicada, em pacientes que requeiram manipulações obstétricas (especialmente pequenos animais), pacientes de alto risco, animais que devam ser submetidos a cirurgias abdo-minais retroumbilicais e que estejam de estômago repleto ou em animais que devam permanecer acordados.

Esse tipo de anestesia não é recomendado em casos de hipo-tensão arterial ou de estados de choque, convulsões, septice-mias, choques hemorrágicos ou meningites, anemias ou hipo-volemias, alterações anatômicas da coluna ou animais idosos.

ComplicaçõesAo se aplicar essa técnica, convém lembrar que, ao se atin-

gir o espaço subaracnói deo e ao fl uir o liquor, toda substância injetada (lidocaí na a 5%) deve ser suavemente homogeneizada com o líquido cefalorraquidiano, evitando-se, assim, alterações dos sistemas nervoso (excitações), respiratório (dispneias), circulatório (hipotensão arterial) e digestivo (vômitos).

Em contrapartida, a anestesia subaracnói dea é de grande valia em pequenos animais, apresentando, entretanto, como maior complicação a meningite, causada geralmente por con-taminações que podem ser evitadas se forem obedecidas às normas rigorosas de antissepsia e assepsia.

Anestesia intravenosa (Bier) ■

Das anestesias locais, a anestesia intravenosa representa uma das técnicas mais práticas, seguras e efi cazes, desde que se tomem certos cuidados.

Descoberta em 1908 por Bier (daí a denominação de aneste-sia de Bier), caiu em abandono face ao grande número de into-xicações que ocorriam, uma vez que, na época, o anestésico empregado era a cocaí na. Hoje, com o advento de novos anes-tésicos locais, seguros, potentes e menos tóxicos, a técnica vol-tou a ser empregada com frequência, especialmente em gran-des animais, dada a praticidade que ela apresenta em anestesias dos membros torácicos e pélvinos, tanto em bovinos, equinos, pequenos ruminantes e até em cães e gatos (Figura 3.11).

O mecanismo de ação desse tipo de anestesia consiste na aplicação do anestésico local no compartimento vascular, que,

por via retrógrada, atinge todo o tecido celular por embebição delimitada, desde a colocação do garrote até a extremidade do membro.

Normalmente, coloca-se um garrote e, ao se puncionar o vaso, deixa-se fl uir um pouco de sangue, a fi m de reduzir o conteú do no continente vascular. O volume de anestésico a ser injetado varia de acordo com o talhe do animal, sendo a concentração anestésica recomendada (lidocaí na a 1%) o sufi ciente para cau-sar até uma hora de anestesia, período esse sufi ciente com a permanência de garrote no membro, sem causar mortifi ca-ção celular (necrose). Após a intervenção cirúrgica, o garrote deve ser retirado lentamente, observando-se com cuidado o comportamento sintomático do animal, uma vez que fatores adversos seriam confi rmados, como midría se, tremores e con-vulsões, indicando possível intoxicação.

Anestesias intra-ar ticulares ■

Estas vias de aplicação anestésica são recomendadas em equinos e denominam-se anestesias diagnósticas, já que, ao se aplicar o anestésico na região intra-ar ticular, imediatamente cessa a claudicação, indicando assim a sede da lesão.

As respectivas técnicas serão abordadas em capítulos espe-cífi cos.

Figura 3.10 Sistema “arco e corda” nas espécies bovina e equina.

Figura 3.11 Introdução do scalp na veia radial (membro torácico) em cão, para efetuar uma anestesia de BIER.

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Técnicas Anestésicas em Cães

12Medicação pré-anestésica e tranquilizações, � 107

Induções anestésicas | Modalidades, � 107

Manutenções, � 108

Condutas anestésicas em anestesia geral e dissociativa, � 109

Condutas anestésicas em anestesia local, � 113

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méticos da xilazina, tais como bradicardia com arritmia e até blo-queios atrioven tricu lares de segundo grau (Figura 12.4 A e B).

Caso se requeira uma prorrogação do tempo anestésico, é só complementar com metade da dose-mãe (de ambos os fármacos), não sendo necessária complementação com atro-pina, pois seu tempo hábil é de até 1 h. Convém lembrar que toda complementação acarreta, seguramente, uma demora crescente na recupe ração, por causa do efeito cumulativo, o que não é recomendado em determinadas situações, mesmo porque a anestesia torna-se onerosa.

Essa conduta é desaconselhável em animais idosos ou toxê-micos, em choque ou com distúrbios cardiocirculatórios. É aconselhável, entretanto, em animais hígidos que requeiram intervenções em nível de abdome, incluindo cesariana, desde que não haja histórico de toxemia.

Acidentalmente, em animais que não receberam atropina na MPA, podem ocorrer convulsões com duração de segundos.

O perío do de latência da associação de xilazina e cetamina é de 5 a 7 min, seu perío do hábil anestésico de 40 a 50 min e o perío do de recupe ração de 50 a 60 min.

Oitava conduta

Jejum •MPA: levomepromazina, 1 mg/kg IV ou IM, ou clorpro- •mazina, 1 mg/kg IV ou IM, ou acepromazina a 0,2%, 0,1 mg/kg IV ou IMAguardar 15 ou 30 a 45 min, na dependência da via de •aplicaçãoIndução: tiopental a 2,5%, 12,5 mg/kg IV, ou tiamilal a •2,0%, 10,5 mg/kg IV, ou metoexital a 2,5%, 6,5 mg/kg IV, ou cetamina, 15,0 mg/kg IM ou 2 a 6 mg/kg IV

Manutenção: •óxido nitroso (N2O)…........... 50 a 70%;oxigênio (O2)…………........... 50 a 30%.Reduzir os anestésicos voláteis em 30 a 40%.

Comentários. � Essa conduta é vantajosa quando se dispõe de óxido nitroso, pois, por ser anestésico inerte, não é meta-bolizado pelo organismo, sendo eliminado totalmente pela própria expiração.

Convém, nessa conduta, evitar associações do tipo ceta-mina e éter, pois ambas apresentam características simpato-miméticas, alterando severamente os parâmetros cardiocir-culatórios.

O perío do hábil anestésico é indeterminado e o de recupe-ração dura 5 a 15 min.

Nona conduta

Jejum •MPA, indução anestésica e manutenção análogas à •segunda técnicaAplicação intravenosa após decorridos 5 min de manu- •tenção anestésica, ou quando se fi zer necessário o miorrelaxamento com galamina, 0,5 a 0,8 mg/kg (não despolarizante), ou succinilcolina, 0,3 a 0,5 mg/kg (des-polarizante), ou fazadínio, 1,0 mg/kg (não despolari-zante), ou atracurônio, 0,4 mg/kg (não despolarizante)Conectar à sonda endotraqueal do paciente o aparelho •de respiração controladaEvitar a hiperoxia por meio da administração excessiva •de O2 puro, pois poderá sobrevir apneia provocada não pelo miorrelaxante, mas, sim, por desequilíbrio da rela-ção O2 e CO2

Figura 12.4 A, bradicardia acompanhada de arritmia sinusal, em cão tratado com 1 mg/kg de xilazina e 15 mg/kg de cetamina por via intra-muscular profunda (decorridos 30 min). B, bloqueio atrioven tricu lar de segundo grau em cão tratado com 1 mg/kg de xilazina e 15 mg/kg de cetamina por via intramuscular profunda (decorridos 40 min).

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Se a agulha estiver na posição correta, injetar gradativa- •mente e de modo suave (a fi m de não alterar bruscamente a pressão no espaço peridural) o anestésico local escolhido, de acordo com a conveniência, observando-se sempre as doses máximas permitidas, para evitar intoxicações que, caso aconteçam, irão requerer o procedimento de acordo com o tratamento no Capítulo 3A dose recomendada, apesar de existirem correlações •entre dimensões de colunas vertebrais, gira em torno da dose máxima permitida, da velocidade de aplicação e da efi cácia do fármaco, face ao seu posicionamento correto no espaço peridural.

Convém lembrar, como exemplifi cado, que, se for empre-gada lidocaí na a 1%, cada m da substância terá 10 mg de princípio ativo e, para um cão de 10 kg, não se poderão exce-der 70 mg ou 7 m . Caso, agora, se use a mesma lidocaí na a 2%, o volume não poderá exceder 3,5 m .

Em cães, especialmente, não se pode levar em considera-ção apenas a dimensão da coluna vertebral, face às diferenças anatômicas verifi cadas nas diferentes raças, pois os animais longilíneos e baixos (Bassethound, Skie Terrier, Dachshund, Pequinês, Basset Artesien Normand, Basset Bleu de Gascogne) estarão sempre sujeitos às intoxicações, caso não se observem as doses máximas permitidas.

Ao se depositar o anestésico no espaço peridural, obser-var-se-á imediatamente abaixamento da cauda, relaxamento do esfíncter anal com emissão de gases ou até exterioriza-ção de fezes, posição característica (paralisia de posteriores) conforme Figura 12.7, e eventual incontinência urinária.

Convém manter o animal na posição de esfi nge por 5 a 10 min, pois, embora a lidocaí na cause anestesia local quase que imediata, deve-se aguardar uma melhor embebição tis-sular pelo anestésico de maneira equitativa (lados direito e esquerdo), dando assim uma anestesia bilateral uniforme, já que, em decúbito lateral, por gravidade, causará apenas anes-tesia local unilateral.

Essa anestesia permite executar, pelo perío do hábil de 60 a 80 min, qualquer intervenção retroumbilical, não permitindo, entretanto, trações viscerais altas, como no caso de cesarianas

ou ovário-histerectomias (ligamentos suspensor e uterovárico). O mesmo pode ser dito quanto às intervenções intestinais, pois a manipulação suave é indolor, mas sua simples tração torna a intervenção cruenta, requerendo uma anestesia geral.

Caso se requeira uma prorrogação da anestesia peridural, pode-se recorrer à anestesia peridural con tí nua, que é feita por meio da agulha de Tuohy (Figura 12.8), que permite a injeção constante do anestésico, à medida que o mesmo é requerido, podendo ser executada entre L5 e L6 ou L6 e L7.

A anestesia peridural em cães permite efetuar as seguintes cirurgias:

caudectomias em animais adultos •retiradas de glândulas do saco anal •hérnias perineais •cirurgias proctológicas •vulvoplastias •orquiectomias •cirurgias ortopédicas em membros posteriores •excisões tumorais vaginais •fecalomas. •

Anestesia subaracnoide (raquidianestesia)Este tipo de anestesia é de grande valia, mas, por se tra-

tar de uma anestesia de técnica mais apurada e pelo espaço subaracnoide em cães ser de poucos milímetros, é raramente

Figura 12.6 Anestesia local espinal peridural lombossacra em cão.

Figura 12.7 Postura do animal após o estabelecimento da anestesia.

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