mascaras psicologicas abertas e fechadas

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1 Máscaras Psicológicas Abertas e Fechadas Chamei os conjuntos psicológicos de pessoais (indivíduo, família, grupo e empresa) e ambientais (município/cidade, estado, nação e mundo), no todo pessoambientais. Todos eles podem, em relação uns com os outros (indivíduos com indivíduos, indivíduos em seus grupos, etc.), desenvolver máscaras Mas essas máscaras todas são MÁSCARAS ABERTAS, como irei chamá-las, para diferençar de MÁSCARAS FECHADAS, condições patológicas ou de adoecimento dos conjuntos. , memórias grupalizadas. Veja assim, se os indivíduos A e B estão conversando, eles trocam informações e controle/comunicação, do que devem guardar memória para a próxima vez que entabularem conversação ou diálogo, o sistema de trocas mediante o uso da linguagem de palavras e de sinais. Assim, o indivíduo A deve guardar memórias de todas as relações pessoais e ambientais. Por exemplo, as relações pessoais pAi, pAf, pAg e pAe, e as ambientais aAmc, aAe, aAn e aAm, e assim sucessivamente. E não apenas memórias, que são inteligências velhas, mas inteligências, que são as memórias novas geradas nos encontros. No subconjunto A (i), das relações com outros indivíduos, temos Ai (1), Ai (2), Ai (3),..., Ai (n), e assim por diante. Você pode perceber que são muitas, muitas máscaras, separações por vezes delicadas, modos de proceder e saudar, coisas ocultas e reveladas, níveis de confiança, etc., que tomam muito espaço de memória. Nas máscaras abertas não há ocultamento daninho, e mesmo se há mentira isso não tem atrapalhado muito significativamente o caminho da humanidade. As mentiras até são um benefício darwiniano, levando à sobrevivência daquela parte da espécie que as emprega, por vezes compulsivamente. Ninguém deixa de casar e legar ao futuro sua carga genética por mentir, até pelo contrário, homens e mulheres mentem com grande freqüência e maestria em seus períodos de corte. A mentira geral tornou-se arte e técnica refinadíssimas, nos dias de hoje. Acontece que as máscaras fechadas, esquizofrenia, paranóia e outras doenças, tornaram-se elemento cativo da confraria dos psicólogos, dos psicanalistas (dos ricos), dos psiquiatras (dos pobres). Agora, no modelo, o espaçotempo é chamado de geo-história, ou geografia-história, e há quatro disciplinas na base piramidal: psicanálise (das

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más caras abertas das relações saudáveis, máscaras fechadas das doentias

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Máscaras Psicológicas Abertas e Fechadas

Chamei os conjuntos psicológicos de pessoais (indivíduo, família, grupo e empresa) e ambientais (município/cidade, estado, nação e mundo), no todo pessoambientais. Todos eles podem, em relação uns com os outros (indivíduos com indivíduos, indivíduos em seus grupos, etc.), desenvolver máscaras

Mas essas máscaras todas são MÁSCARAS ABERTAS, como irei chamá-las, para diferençar de MÁSCARAS FECHADAS, condições patológicas ou de adoecimento dos conjuntos.

, memórias grupalizadas. Veja assim, se os indivíduos A e B estão conversando, eles trocam informações e controle/comunicação, do que devem guardar memória para a próxima vez que entabularem conversação ou diálogo, o sistema de trocas mediante o uso da linguagem de palavras e de sinais. Assim, o indivíduo A deve guardar memórias de todas as relações pessoais e ambientais. Por exemplo, as relações pessoais pAi, pAf, pAg e pAe, e as ambientais aAmc, aAe, aAn e aAm, e assim sucessivamente. E não apenas memórias, que são inteligências velhas, mas inteligências, que são as memórias novas geradas nos encontros. No subconjunto A (i), das relações com outros indivíduos, temos Ai (1), Ai (2), Ai (3),..., Ai (n), e assim por diante. Você pode perceber que são muitas, muitas máscaras, separações por vezes delicadas, modos de proceder e saudar, coisas ocultas e reveladas, níveis de confiança, etc., que tomam muito espaço de memória.

Nas máscaras abertas não há ocultamento daninho, e mesmo se há mentira isso não tem atrapalhado muito significativamente o caminho da humanidade. As mentiras até são um benefício darwiniano, levando à sobrevivência daquela parte da espécie que as emprega, por vezes compulsivamente. Ninguém deixa de casar e legar ao futuro sua carga genética por mentir, até pelo contrário, homens e mulheres mentem com grande freqüência e maestria em seus períodos de corte. A mentira geral tornou-se arte e técnica refinadíssimas, nos dias de hoje. Acontece que as máscaras fechadas, esquizofrenia, paranóia e outras doenças, tornaram-se elemento cativo da confraria dos psicólogos, dos psicanalistas (dos ricos), dos psiquiatras (dos pobres). Agora, no modelo, o espaçotempo é chamado de geo-história, ou geografia-história, e há quatro disciplinas na base piramidal: psicanálise (das

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figuras), psico-síntese (dos objetivos), economia/produção (dos objetos), sociologia/organização (da aproximação dos objetos). Como lidar com isso? Pois bem, os cientistas não-psicólogos dizem que a Psicologia não é uma ciência por não estar ainda matematizada, por não comportar o trabalho equacional. E, se não podemos equacionar os problemas propriamente humanos, nesse nível de racionalidade, como os resolveremos? Como era de esperar, a confraria fechou-se comportamentalmente num subdiálogo da língua, chamado “jargão psicanalítico”, inacessível aos que estão de fora. Não sendo uma ciência, a Psicologia passa remotamente por ser uma arte ou magia, portanto tratada sentimentalmente, subjetivamente, ao sabor das opiniões de uns e outros, e não demonstravelmente, por provas tiráveis no mundo inteiro, quer dizer, replicáveis nos moldes oferecidos. Visando substituir essa demência relativa por uma aproximação justa e progressiva da Matemática, introduzi o conceito de cártulas ou cartuchos psicológicos (o que é uma outra história, fica para depois), que permitiriam montar as equações de trabalho. E esse outro conceito separador, de máscaras abertas e fechadas. Com elas podemos trabalhar com sinais e graduação, quer dizer, medidas, por meio de uma padronização psicológica, isto é, a criação de um padrão de aferição das personas, sejam elas pessoais ou ambientais. Como a Psicologia vai indo, fica sendo um reduto de magos e necromantes, situados nalgum Olimpo indefinido, de onde eles ditam regras de comportamento aos demais seres humanos, tomados todos e cada um, exceto os que possuam a carteirinha de sócio olímpico, como um pouco tolos e fúteis, quando não portadores de esquisitices. Vitória, sexta-feira, 12 de abril de 2002. José Augusto Gava.