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O Clamor de um DesviadoO Clamor de um Desviado

Estudos sobre o Salmo 51

D. M. Lloyd-Jones

PES - Publicações Evangélicas SelecionadasTitulo original: Out of the Depths

Tradução: osé !u"berto # $# Oliveira%evisão: &ntonio Poccinelli'apa: Sergio (ui) *enga

Evangelical Press of +alesPri"eira edição e" ingl,s: ./0

Pri"eira edição e" portugu,s: ..01"pressão: 1"prensa da $é

Doado por Mazinho

222#se"eadores#net 

Nossos e-books são disponibilizadosgratuitamente, com a única finalidade de

oferecer leitura edificante a todos aqueles quenão tem condições econômicas para comprar.

Se oc! " financeiramente priilegiado, entãoutilize nosso acero apenas para aaliação, e, se

gostar, abençoe autores, editoras e lirarias,

adquirindo os liros.Semeadores da #alara e-books eang"licos

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ÍNDICE

#ref$cio................................................................................%

&. ' (onfissão do #ecador....................................................)

*. + esespero do #ecador................................................**

. ' #rincipal Necessidade do #ecador...............................%

%. /ibertação e Noa 0ida..................................................)1

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PREFÁCIO

2stou feliz em ter o priil"gio de apresentar este liro.2le consiste de uma s"rie de sermões sobre o Salmo )&,pregados nos cultos espertinos aos domingos na (apelade 3estminster em outubro de &4%4.

2sta não " a primeira s"rie de sermões do meu maridosobre o 0el5o 6estamento a ser publicada, e " a min5asincera esperança que outras possam segui-la. #ara mim,

estes sermões trazem de olta algumas gloriosas mem7riasde domingos 8 noite de anos passados.

2u nunca leio /ucas *%9%%,%) sem dese:ar que n7spud"ssemos ter estado naquela marail5osa compan5ia,para ouir o nosso pr7prio Sen5or mostrando a Seusdisc;pulos o eangel5o no 0el5o 6estamento. Se:a comofor, 2le nos antecedeu no camin5o, e o 2sp;rito Santo

sempre usar$ Seus seros para nos iluminar. <ueira eususar este liro para o enriquecimento de almas e para aSua gl7ria.

=et5an /lo>d-?ones

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1. A CONFISSÃO DO PECADOR

“Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundoa tua benignidade; apaga as minhastransgressões, segundo a multidão das tuasmisericórdias. Lava-me completamente daminha iniqidade, e puri!ica-me do meu pecado. "orque eu conhe#o as minhastransgressões, e o meu pecado est$ semprediante de mim. %ontra ti, contra ti somente

 pequei, e !i& o que ' mal ( tua vista, paraque se)as )usti!icado quando !alares, e puroquando )ulgares. *is que em iniqidade !ui!ormado, e em pecado me concebeu minhamãe.+ 

  almo /0/-

Normalmente " admitido que o Salmo cinq@enta e umtalez se:a a eAposição cl$ssica no 0el5o 6estamento sobrea questão do arrependimento. e fato, 5$ um sentido emque se pode afirmar que talez ele se:a a eAposiçãocl$ssica sobre este assunto de arrependimento na =;bliainteira. 2le " o registro da agonia da alma de ai, o rei deBsrael, ap7s ter sido culpado de um crime particularmenteterr;el. Cm pequeno sub-t;tulo na 0ersão 'utorizadaD'ut5orized 0ersionE diz9 Fpara o músico-mor, um Salmo deai, quando o profeta Nata eio a ele, ap7s ai terpossu;do a =ate-SebaG. Noutras palaras, 5$ um sentidoem que não podemos compreender erdadeiramente esteSalmo e seu ensino at" que ten5amos em mente o pano defundo que l5e deu eAist!ncia.

H uma 5ist7ria muito desagrad$el. 6odaia, deolembrar-l5e dela porque a ida pode ser desagrad$el.

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Bnfelizmente, todos n7s somos capazes de fazer coisasdesagrad$eis. ' 5ist7ria em sua ess!ncia " esta9 ai erao rei de Bsrael,e neste momento particular no seu reinado,seus eA"rcitos estaam ocupados numa guerra. + pr7prioai não estaa com o eA"rcitoI ele tin5a permanecido em

 ?erusal"m. H-nos dito que um dia aconteceu que ele estaaassentado no terraço da sua casa, ol5ando, aparentementedistra;do, 8 distJncia, quando iu uma linda mul5er. 'mul5er era a esposa de um 5omem que estaacombatendo com os eA"rcitos de ai contra o inimigo.ai, tendo ol5ado, e gostado da mul5er, cobiçou-a eordenou que ela fosse trazida a ele. 2la eio e ele cometeu

adult"rio com ela. 2le a seduziu. 2ntão, para cobrir o seupecado, ele comunicou com seu comandante-c5efe, ?oabe,e mandou dizer-l5e que eniasse para casa Crias, o 5eteu,o marido daquela mul5er. 2le eio e tee uma entreistacom o rei. + rei, então, o despediu e o mandou para casa.

Kas Crias era um 5omem 5onrado e não foi para casae para sua esposa. 2le sentiu que não deeria fazer isso

quando os eA"rcitos do rei estaam no campo de batal5a equando talez o destino de Bsrael estiesse em perigo. 2ledisse9 FNão, nãoLLL... eu não posso fazer issoG, e ele dormiuna soleira da porta Ddo pal$cioE. + rei ouiu isso e fez opobre 5omem beber, numa tentatia de eni$-lo para suacasa. (ontudo, noamente Crias recusou. 2ntão aiescreeu uma carta para ?oabe e a eniou por mãos deCrias. (om efeito, ele disse9 Feu quero ficar lire deste5omemI oc! dee de uma forma ou de outra coloc$-lo 8frente da batal5aG. ?oabe eAecutou a ordem. +rganizoupara que Crias, o 5eteu, e outros, fossem colocados 8frente da batal5a, onde a maioria dos 5omens alentes doeA"rcito inimigo estaa presente. + pobre Crias foi morto.esse modo, ai obtee o que pretendia, foi satisfeito etomou a mul5er, =ate-Seba, a esposa de Crias, para ser

uma de suas esposas. 6udo parecia perfeitamente bem.F...por"m esta coisa que ai fez pareceu mal aos ol5os doSen5orG D* Samuel &&9*1E.

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ai, entretanto, estaa totalmente feliz, at" que eusl5e eniou o profeta Natã. Natã disse ao rei9 Feu ten5o algotriste a relatar a oc!. Maia dois 5omens em seu reinoI umera um 5omem rico e tin5a grande reban5o e umaabundJncia de oel5as e boisI e 5aia outro 5omem, um

5omem muito pobre que tin5a apenas uma cordeirin5a. 2laera um tipo de animal de estimação para ele. Kasaconteceu que quando algu"m  fez uma isita para ogrande 5omem rico, em ez de matar uma de suas pr7priasoel5as, ele tomou a cordeirin5a do pobre 5omem e amatou e preparou-a para seu 57spede. + propriet$rio pobrefoi esmagado pela dorG. ai leantou-se irado e declarou9

Fo 5omem que cometeu essa coisa tão monstruosa deeser punido imediatamenteLG Natã, então, interrompeu-o edisse9 Ftu "s o 5omemLG, indicando com isso que ele tin5aproferido uma par$bola para lembr$-lo e l5e destacaraquilo que ele mesmo 5aia feito no caso de Crias, o 5eteu.2sse " o pano de fundo. ai, subitamente, ol5a-o e "tomado por um sentimento de culpa e 5orror, e foi nessacondição que ele escreeu este Salmo cinq@enta e um. ';

est$ a 5ist7ria, a; o pano de fundo. #ois bem, esperoestudar este Salmo com oc!s, porque ele encamin5a anossa atenção de maneira bem patente e conincente paraalgumas das erdades b$sicas e fatos concernentes 8nossa ida neste mundo. 2le esquadrin5a especialmente ogrande assunto da nossa salação.

e acordo com a =;blia, 5$ certos passos queprecisamos dar, necessariamente, antes que possamoscon5ecer a salação de eus em ?esus (risto. 0amos 8igre:a domingo ap7s domingo, porque estamosinteressados na propagação do eangel5o de nosso Sen5or ?esus (risto. Kin5a única razão para me leantar no púlpito" que eu creio que aqui neste /iro est$ contido o camin5ode eus para a salação da 5umanidade. 2le " a coisa

 principal que o mundo necessita 5o:e. 2le " a resposta paraa necessidade do 5omem, e contudo, 5omens e mul5eres oignoram e o desprezam. M$ muitos que estão interessados

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nele, e todaia eles não t!m eAperimentado seu poder egraça saladora. #or qu! =em, eu simplesmente respondoque " deido eles não terem percebido que 5$ certascoisas que deem acontecer antes que um 5omem possaeAperimentar a grande salação que se encontra neste

eangel5o. M$ certas coisas que deemos captar, quedeemos agarrar, que deemos crer, e a primeira destas "o arrependimento. 2ssa " a razão pela qual estamoscomeçando com este SalmoI deemos ser claros quanto aquestão total do arrependimento.

/eiam o caso de qualquer conertido que podemencontrar na =;blia, e oc!s sempre perceberão que esteelemento O o arrependimento O est$ presente. /eiam asidas dos santos, leiam a 5ist7ria de 5omens que bril5aramna Bgre:a de eus em tempos passados, e erificarão quecada 5omem que realmente con5eceu a eAperi!ncia e opoder da graça de eus em sua ida foi sempre um 5omemque demonstrou eid!ncia de arrependimento. #ortanto eunão 5esito em fazer esta afirmação9 sem arrependimento

não 5$ salação. ' necessidade de arrependimento " umdaqueles absolutos a respeito dos quais a =;blia nãodiscute. 2la simplesmente o afirma. 2la simplesmente opostula. H imposs;el, eu afirmo, um 5omem se tornarcristão sem arrependimentoI nen5um 5omem podeeAperimentar a salação cristã at" que con5eça o que "arrepender-se. #or conseguinte, insisto que este " umassunto ital. ?oão =atista quando iniciou seu minist"riocomeçou pregando o batismo de arrependimento para aremissão de pecados. 2ssa foi a primeira mensagem doprimeiro pregador. Nosso Sen5or e Salador ?esus (risto,sabemos pelo relato de Karcos, por Sua ez começou Seuminist"rio pregando que os 5omens deeriam arrepender-se. 'rrependimento " absolutamente ital. #aulo tamb"mpregou arrependimento para com eus e f" em nosso

Sen5or ?esus (risto. #edro pregou no dia de #entecoste oprimeiro sermão sob o patroc;nio da Bgre:a (ristã, e quandoele terminou certas pessoas clamaram, dizendo9 F<ue

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deemos fazerG F'rrependei-osLG O disse #edro. Semarrependimento não 5$ con5ecimento de salação, não 5$eAperi!ncia de salação. H um passo essencial. 2ste " oprimeiro passo.

FKuito bem,G diz algu"m, F+ que oc! quer dizerquando afirma que deemos nos arrependerG Pespondo9este Salmo " uma eAposição cl$ssica sobre todo o assuntoe doutrina do arrependimento. Neste primeiro estudo,quero apenas tratar de um aspecto e de um passo daquiloque considero o primeiro passo no arrependimento. Hconicção do pecado, ou, se oc!s preferirem, " a confissãode nossa pecaminosidade. Se se importarem em dar umt;tulo a este sermão, poderiam dizer que iremos tratar daconfissão do pecador, nossa conicção de pecado e aconfissão de nossa pecaminosidade.

'qui, noamente, " algo que não 5esito em descreercomo um absoluto essencial. H deido os 5omens nãoperceberem o ensino b;blico concernente ao pecado que

eles fal5am em compreender muitas outras coisas queestão presentes no eangel5o cristão. M$ tantas pessoas5o:e que afirmam não er a necessidade da encarnaçãoIque não compreendem tudo o que se diz a respeito do Qil5ode eus precisar descer para a terraI elas não entendemtodo este falar a respeito de milagres e o sobrenaturalI quenão compreendem esta id"ia da eApiação e termos taiscomo :ustificação, santificação e o noo nascimento. 2las

afirmam que não compreendem por que tudo isso pareceser necess$rio. 'rgumentariam da seguinte maneira9 FNãoseria na Bgre:a que todas essas teorias t!m sidodesenolidas, essas id"ias puramente abstratas Nãoseriam essas as coisas que tem eAcitado as mentes doste7logos + que elas t!m a fazer conosco, e onde est$ areleJncia pr$tica delasG 2u gostaria de salientar que

pessoas que falam assim, o fazem porque não tementendido a erdade acerca do pecado. 2las não percebemo erdadeiro significado do ensino b;blico a respeito do

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pecado. Não percebem que elas mesmas são pecadoras.Kas a =;blia, em eemente contraste, insisteconstantemente sobre isto do começo ao fim. Na erdade,eu colocaria o desafio da =;blia ao mundo moderno nestaforma9 ela nos afirma que a ida do 5omem, se:a indiidual

ou coletiamente, simplesmente não pode sercompreendida 8 parte da doutrina do pecado. 'qui n7sestamos neste mundo moderno e complicadoI estamosconscientes que alguma coisa est$ errada, e a pergunta "9F+ que est$ erradoG +s pol;ticos parecem não ser capazesde resoler os nossos problemas. +s fil7sofos estão fazendoperguntas, por"m parece que eles não podem respond!-

las. 6odos os nossos esforços não conseguem colocar omundo em ordem. ' =;blia diz9 F0oc!s estão ignorando aúnica coisa que " a c5ae para a situaçãoL H o pecado. 2isa causa da angústia dos indi;duos, dos relacionamentos5umanos mais ;ntimos, dos relacionamentos internacionaisem toda parte. '; est$ o problemaG.

' =;blia enfatiza isso em todo lugar, e de uma maneira

admiraelmente 5onesta. #ara mim, isso realmente " umadas coisas mais eAtraordin$rias, mais fascinantes acercadeste /iro. 2le não encobre nada. Não posso entender o5omem que não cr! neste /iro como o /iro de eus. 2le "muito 5onesto. 2le não procura ocultar as faltas de seusmaiores 5er7is. 's 2scrituras não tentam construir umagrande imagem de uma s"rie de 5er7is sem defeito. 'mitologia faz isso e a 5umanidade normalmente faz omesmo. Kas a =;blia nunca o faz. 2la mostra os 5omens emsuas fraquezas tanto quanto em sua força. 2 ela o faz poruma única razão O seu interesse principal não est$ nestes5omens,absolutamente, por"m na erdade de eus. <ueroque oc!s e:am que a id"ia comum de que os cristãosreiindicam ser mel5ores que as outras pessoas, " umatotal caricatura da posição cristã. 'o Bn"s disso, a posição

cristã ", segundo creio, que estou total e absolutamenteperdido sem a graça de eus. 2u sou o que sou pela graçade eus O essa " a afirmação b;blica. + argumento da

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=;blia " que a única esperança para o 5omem est$ noeangel5o e na graça de eus. 2ste " um eangel5o para pecadores. M$ um sentido em que ele nada tem a dizer aum 5omem, at" que esse e:a a si mesmo como umpecador. Noutras palaras, a finalidade de suas afirmações

ao 5omem, " faz!-lo er que " pecador. ' =;blia nada tem adizer a um 5omem que não est$ arrependido. Sua primeirapalara " um c5amado ao arrependimento. essa forma,ela trata desta terr;el doutrina do pecado.

Seu argumento a respeito do pecado pode sercolocado da seguinte forma9 o pecado " um terr;el podermaligno, o pecado " tão terr;el, uma coisa tão poderosa,que lea a todos n7s para baiAo, pois todo 5omem que :$ieu neste mundo, se tornou ;tima dele. ' =;blia nos dizque o poder do pecado " tão grande e terr;el como isso Oque mesmo um 5omem admir$el e marail5oso comoai, o rei de Bsrael, pode cair no camin5o que eu :$descrei. F+ra,G diz a =;blia, Fat" que oc! perceba, amigo,que est$ enfrentando um poder como esse, oc! não ter$

começado a pensar corretamente. Se oc! não recon5ecerque, todo o tempo em que estier nesta ida e nestemundo, 5aer$ este terr;el poder infernal dentro de oc!,ao seu redor e sobre oc!, então ser$ um mero ne7fitonestes assuntosL + fato " que aqui neste mundo 5$principados e potestades, dominadores deste mundotenebroso, forças espirituais do mal nas regiões celestes,tentando, perseguindo e oprimindo oc!G.*ssa " a doutrinab;blica do pecado. 2ssa " a terr;el coisa que est$ reeladapara n7s neste Salmo. + primeiro passo " que o 5omemtem que recon5ecer e confessar sua pecaminosidade.

Pealmente, este Salmo cinq@enta e um " o que podemdenominar, se quiserem, FCma oração de um desiadoG.Qoi a oração de um 5omem que 5aia crido em eus e

eAperimentado a graciosa direção diina. 6rata-se de um5omem que caiu, embora con5ecesse a erdade. Kas issonão faz nen5uma diferença. + que ai afirma aqui acerca

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do pecado " sempre erdadeiro a respeito do pecado, se:aele o pecado de um crente ou de um incr"dulo. + pecadonunca muda o seu car$ter, e, portanto, o que ai dizacerca do pecado " algo que ser$ sempre uma erdadeuniersal a respeito do pecado. 'qui, então, constatamos

os passos e os est$gios atra"s dos quais um 5omemineitaelmente passa quando se torna conencido econicto do seu pecado. 2u simplesmente quero enumer$-los e sublin5$-los.

+ primeiro passo " este0 o homem chega aoconhecimento e reconhecimento do !ato de que ele temcometido pecado. +uçam a ai no ers;culo 9 F#orque eucon5eço as min5as transgressões, e o meu pecado est$sempre diante de mimG. ' primeira coisa, então, queacontece a um 5omem quando est$ conencido e conictodo pecado, " que ele encara o seu pecado e, na erdade,ol5a de uma maneira 5onesta ao que tem feito. 2ste relatotodo nos mostra que foi eAatamente isso que ai não fez.Não 5aeria nisso algo quase inacredit$el, que um 5omem

pudesse fazer as coisas que fez e, no entanto, não encar$-las (ertamente,ai dee ter sentido que estaa fazendoalgo erradoI todaia, ele o fezL Na erdade, ele nuncaassumiu o fato do delito, e continuou recusando a faz!-lo.2, tendo feito estas coisas terr;eis, ai ainda não as teriaassumido, se eus não tiesse  eniado o profeta Natã aele, fazendo com que ai recon5ecesse o seu pecado,dando-l5e detal5es do mesmo, como tendo acontecido demaneira diferente. essa forma, ai o recon5eceu, e foi5umil5ado at" ao p7. #or conseguinte, escreeu este Salmocinq@enta e um. 2sse " sempre o primeiro passo. eemosparar e pensar, deemos parar por um momento eeAaminar-nos de frente, encarar a ida que temos iido, oque fizemos, e o que estamos fazendo.

Pecon5eço que isso " muito desagrad$el, e aspessoas não gostam de um eangel5o que diz coisas comoessas. No entanto, se queremos con5ecer a salação de

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eus, temos que nos arrepender, e o primeiro passo " aconicção de pecado, e a maneira inicial para algu"m setornar conicto de pecado " parar e ol5ar para si mesmo.'caso isso não " espantoso, pergunto noamente (omopoderia ai ter feito as coisas que fez sem assumi-las 2is

a; todas as coisas que ele fezI mesmo assim ele continua afaz!-las. (omo  pode ele fazer isso ' única maneira decontinuar em tal posição "9 recusar-se a assumir o queoc! est$ fazendo e, não parar para pensar. 2 por isso queeu não denuncio a tão con5ecida mania por prazer, que "apenas uma tentatia da parte de muitas pessoas de fugirdesta autoconfrontação. 2 desagrad$el ter que gastar

uma noite consigo mesmo e perguntar9 F<ue tipo de idaeu estou iendo <uais são as coisas que eu afago emmin5a imaginação e em min5a menteG 6odaia, isso "absolutamente essencialI temos que parar e encarar a n7smesmos, e a ida que estamos iendo. 6odos n7s somosincrielmente semel5antes a ai. <uão f$cil " desculparcoisas em n7s mesmos, passar por cima delas e não daralor a elas. (ontudo, ainda somos propensos a denunciar

com fúria as mesmas coisas quando as emos em outros,ou quando um caso id!ntico est$ diante de n7s. Bsso fazparte da natureza 5umana. Bsso " erdadeiro com respeitoa todos n7s como resultado da <ueda e do pecado.#ro:etamos todos esses m"todos para poder fugir de n7smesmos.

eiAem-me fazer uma simples pergunta neste ponto9F'migo, oc! tem encarado a si mesmoG 2squeça asoutras pessoas. /eante um espel5o diante de si mesmo,ol5e atra"s dele para a sua ida, ol5e para as coisas queoc! tem pensado, feito e dito, ol5e para o tipo de ida queoc! tem leado. 2st$ satisfeito com ela 0oc! aproa naida das outras pessoas aquelas coisas que tem feito nasua pr7pria ida 0oc! as aproaria como sendo sem

defeito + primeiro c5amado de eus ao 5omem, " paraque ele se:a 5onesto, pare de argumentar, e encare a simesmo. <ue o 5omem eAamine-se a si mesmo. Sim,

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a pr7pria ontade, um dese:o de fazer o que queremosfazer, o que nós  gostamos de fazer. Bsso enole umaescol5a deliberada, enole um ato de contestação atia.Sempre significa que fazemos alguma coisa que nossapr7pria consci!ncia nos diz ser errada. Bsso " um ato

olunt$rio e deliberado de desobedi!ncia, uma iolação deautoridade O esse " o significado de transgressão. 6odo5omem que se arrepende, percebe que " culpado disso. 2leest$ disposto a admitir9 FSim, eu fiz isso, embora soubesseque era erradoL 2u sabia que a oz dentro de mim, min5aconsci!ncia, dizia não, mas eu o fazia. 2u fui um rebelde, fizisso deliberadamenteLG

FBniq@idadeG, o que significa =em, iniq@idade significaque um ato est$ torcido ou que est$ alterado. Bniq@idadesignifica perersão, e isso foi 7bio no caso de ai. F/aa-me completamente da min5a iniq@idadeL O a coisa impura,esse ato terr;el. + que 5aia em mim que me leou a fazeraquilo <ue distorção, que perersãoL <uão perertido eudeia estar para fazer aquiloLG 0oc!s se lembram o que

ai fez. Não preciso me demorar enfatizando o pecado,sua conduta distorcida, e a perersão disso tudo. 2, quantoa isso, quão erdadeiro " referente a cada ato do qualsomos culpados. 0oc!s e eu não podemos ser culpados deassassinato, graças a eusL Não somos culpados dealgumas das outras coisas das quais ai foi culpado. Kaseu peço que cada um se eAamineI acaso não ! que muitascoisas que tem feito são distorcidas e perertidas 0oc!não ! que muitas de suas ações na ida estão erradas(iúme, ine:a e mal;cia O que distorção 5orr;elL ese:arque o mal aconteça a outrem, que algu"m não se:a5onrado O pensamentos maus, corrupção, distorção,torpeza, impureza O Finiq@idadeGL 2 todos n7s somosculpados de iniq@idade. #orentura eAiste algu"m quenegaria a eAist!ncia de tal distorção nele, e que tantas das

suas ações tieram esta 5orr;el distorção e perersãonelas

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Qinalmente, a respeito da última palara, FpecadoG. +que significa pecado #ecado significa errar o alo, e essa "uma maneira muito boa de defini-lo. + pensamento que eletransmite " este9 que não estamos iendo conformedeer;amos ier. 2is a; um 5omem apontando para um

aloI eis a; a sua meta. 2le atira, por"m erra o alo. 2le nãoacertou na mosca. Bsso significa que n7s não somos o quedeer;amos ser, que estamos Ffora de lin5aG. Bsso " o quepecado sempre significa. 2le indica que um 5omem est$iendo uma ida que não deia ier. Kostra que o5omem não est$ andando na ereda que eus traçou paraele. + 5omem não est$ indo diretamente para a frente. 2le

não mant"m um padrão de retidão. M$ um moimento paratr$s e outro para a frente, 5$ uma falta de retidão nele. 2unão preciso insistir nesses pontos. Sei que cada pessoanesta congregação dee recon5ecer que ele ou ela "culpado dessas tr!s coisas O transgressão Dou rebeliãoE,iniq@idade Dou perersão, distorção, ações erradasE epecado Disto ", errar o alo, não c5egar l$, não sermos oque deemos ser, o que pensamos ser, indo aqui, ali e em

qualquer lugar em ez de irmos onde deer;amos estarindo O diretamente para a frenteE. + segundo passo sobreconicção de pecado e sobre confissão de pecado " que o5omem recon5ece que esse " o car$ter da sua ida eações.

+ passo número tr!s " que o homem reconhece econ!essa que tudo isso ' !eito contra Deus e diante deDeus. F(ontra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que "mal 8 tua ista.G F(ertamenteG, diz algu"m, Fisso tem queestar erradoLG ai dee ter dito9 F(ontra =ate-Seba,contra Crias, contra os 5omens que foram mortos naquelabatal5a, contra Bsrael e meu poo eu ten5o pecadoG. Kasele disse9 F(ontra ti, contra ti somente...G. '5, ele est$totalmente certoL 2le não negou que tin5a pecado contra

os outros, contudo aqui est$ indo um passo al"m disso.Pecon5ece que suas ações não são simplesmente açõesem si e de si mesmas. 2le percebe que elas não apenas

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afetaram e enoleram outras pessoas, mas a ess!ncia real" que ele pecou contra eus. 2ntão, aqui est$ a essencialdiferença entre remorso e arrependimento. Cm 5omem quesente remorso " algu"m que recon5ece o seu erro, por"mnão tem se arrependido at" que perceba que pecou contra

eus.

#or que ele sentiria assim eiAem-me tentarresponder a pergunta da seguinte maneira. #ecado, e:amoc!s, significa uma iolação do que eus intentou, e doque eus pretendeu que o 5omem fosse. eiAem-mecolocar isso, de uma forma preliminar, da seguinte forma9quando um 5omem peca, ele não est$ somente fazendocertas coisas que não deeria fazerI est$ pecando contra anatureza 5umana, est$ frustrando-a. #ortanto, ele est$pecando, contra a 5umanidade, e por causa disso, est$pecando contra eus que criou o 5omem. eus criou o5omem perfeito, e eus intentou que o 5omem iesseuma ida perfeita. 2le deu ao 5omem a possibilidade deier assim, e quando um 5omem peca, ele desagrada a

eus. F(ontra ti, contra ti somente pequei.G 2u ten5oiolado o que eus tencionou que o 5omem fosse. 2stoutorcendo e perertendo a criação de eus. 6oda ez que eupeco, estou iolando a santa lei de eus. +s dezmandamentos, a lei moral, a id"ia comum de dec!ncia nanatureza 5umana O tudo isso procede de eus. 0e:am s7,todos n7s sabemos disso, e a cada momento eu souculpado de transgressão, ou iniq@idade, ou pecadoI estouiolando a santa lei de eus, e o plano estabelecido para aida do 5omem. e fato, eu tamb"m estou iolando, comol5es ten5o lembrado, min5a consci!ncia dentro de mim. 'consci!ncia foi colocada por eus em mim. Não fui eu quea coloquei. <uão freq@entemente temos dese:ado não teruma consci!nciaL Kas ela eAiste. 0oc!s con5ecem aquelaoz interior que fala e l5es diz que certa coisa não dee ser

feita. Se fizerem essa coisa, estarão iolando o preceito deeus. Bsso tamb"m " pecar contra eus, porque significaque fazemos todas essas coisas a despeito da Sua bondade

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para conosco. #enso que essa foi a coisa que quebrantou ocoração de ai mais do que qualquer outra. eus 5aiasido tão bom para com ele. 2le era simplesmente um :oempastor de oel5as e eus fez dele rei deste grande reino el5e concedeu abundantes b!nçãos. ai, no entanto,

confessou9 F2u ten5o feito essa coisa terr;elG. 2le disse9F(ontra ti, contra ti somente pequeiG.

Keu amigo, eus l5e tem dado o dom da ida. 0oc!não trouAe a si mesmo para esse mundo, e oc! " umapersonalidade única. 2le tem derramado Suas b!nçãossobre oc!. 2le colocou oc! numa fam;lia, enolendooc! de amor. 2le tem dado a oc! alimentação e abrigo.2le poderia ter-l5e negado tudo isso. #ense na bondade deeus que tem sido concedida a oc! de diferentesmaneirasL 2 n7s ainda + desprezamosL #ecamos contra 2lee contra Sua marail5osa bondade, benignidade e amorpara conoscoL

<ual " o pr7Aimo passo + pr7Aimo passo " que o

homem descobri que não tem absolutamente nenhumadesculpa, nenhum direito.  F(ontra ti, contra ti somentepequei, e fiz o que " mal 8 tua ista, para que se:as :ustificado quando falares, e puro quando :ulgares.GNoutras palaras, ai est$ dizendo a eus9 F2u não ten5odesculpa nen5uma. 2u não ten5o direito. Nada 5$ a ser ditopor mim. Não 5$ argumento para o que eu ten5o feito. 'coisa toda foi o resultado da total teimosia. 2stou

inteiramente errado. Nada ten5o para pleitear a faorduma mitigaçãoG. <uero enfatizar isso. 'firmo que isso "uma parte absolutamente essencial do arrependimento eda conicção de pecado. #or conseguinte, insisto comoc!s para que eAaminem a si mesmos e suas ações.#odem :ustificar tudo o que t!m feito 0oc!s realmentepodem pleitear uma mitigação eiAem-me assumir a

posição de Natã, o profeta. + que sucederia se eu meleantasse neste púlpito e descreesse sua ida para oc!smediante uma par$bola acerca de outra pessoa 0oc!s

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entenderiam isso eemos eAaminar a n7s mesmos aesse respeito. eiAem-me falar francamente, colocando asituação da seguinte forma9 enquanto estierem na posiçãode tentarem :ustificar-se, nunca terão se arrependido.2nquanto estierem se apegando a qualquer tentatia de

auto-:ustificação e :ustiça pr7pria, afirmo que não terão searrependido. (ertamente, o 5omem que est$ arrependido "aquele que, com ai, diz9 FNão 5$ uma simplesdesculpa.2u e:o isso claramente. 2u não ten5o :ustificação.'s coisas que e:o em min5a ida O eu asodeio, não ten5o o direito de faz!-las, eu as façodeliberadamente, sei que estou errado. 'dmito issoL 2u

francamente confesso isso O Fpara que se:as :ustificadoquando falares, e puro quando :ulgaresG. 'caso oc! sente,meu amigo, que eus " um tanto duro quando 2le ocondena 0oc! sente que eus estaria sendo in:usto seoc! a final iesse a se ac5ar no inferno Se oc! pensaassim, então ainda não se arrependeu. 2u reafirmo que oteste do arrependimento " este9 que um 5omem tendool5ado a si mesmo, e o seu pr7prio coração e ida, diz para

ele mesmo9 Feu nada mereço senão o inferno, e se eusme eniar para l$ não ten5o uma simples reclamação afazer. Não mereço outra coisaLG 2ssa " uma parte essencialdo arrependimento, e sem arrependimento não 5$salação. + 5omem, eu afirmo, que se sente conicto dopecado, " o 5omem que segue esses passos. 2 isso me leaao último passo.

+ último passo " que o homem percebe e reconheceque sua nature&a ' essencialmente m$.  F2is que eminiq@idade fui formado, e em pecado me concebeu min5amãe.G 0oc!s !em os passos ' primeira coisa " que o5omem para e assume os fatos, ele ol5a para si mesmo.2ntão, no segundo passo, ele recon5ece as ações das quaistem sido culpado e as admite como sendo errôneas em tr!s

aspectos. 2 então ele diz9 FSim, mas isso enole eus, eeu ten5o pecado contra eusG. + pr7Aimo passo emquando ele admite9 F2u não ten5o nen5um direito ou

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desculpaG. Kas, então ele pergunta a si mesmo9 F+ que mefez praticar isso + que me leou 8quilo + que 5$ em mimque me torna capaz de todas essas coisas O ciúme, ine:a,7dio, mal;cia, aareza, dese:o, concupisc!ncia, paiAãoG #orúltimo, ele olta para si, obsera isso, e declara9 FKin5a

natureza dee ser corrupta, meu coração dee ser mauLNão " o mundo fora de mim, " algo dentro de mim que est$corrompidoLG Noutras palaras, o último passo quanto 8conicção de pecado " que o 5omem sobe de umaconscientização dos seus pecados para umaconscientização do pecado e de sua total desalia.

+ último passo " o que #aulo descreeu no s"timocap;tulo da 2p;stola aos Pomanos9 F#orque eu sei que emmim, isto ", na min5a carne, não 5abita bem algum...Kiser$el 5omem que eu souL quem me lirar$ do corpodesta morteG Ders;culos &R e *%E. +u se:a, ele declara9Fdentro de mim eu sou corrompido, eu sou impuro, meucoração " su:o. Não " simplesmente que eu faço as coisasque eu não deeria fazer, o problema est$ em mim mesmo.

+ problema " que eu dese:o fazer essas coisas, eu querofaz!-las. #or qu! #orque 5$ algo em mim que atende 8atração do mal. 2 isso o que me aborrece. 2u sou capazdisso e gosto disso. H o meu coração, não " o mundoG.(omo S5akespeare o colocou9

2 erro, querido 3rutus, não est$ em nossasestrelas

4as em nós mesmos, que somos in!eriores.

F2is que em iniq@idade fui formado, e em pecado meconcebeu min5a mãe.G ' partir do momento do meu

nascimento neste mundo, 5$ uma tend!ncia em mim parao malI 5$ algo torcido e perertido. Bsso est$ em mimI fazparte do meu ser e natureza. 2sses, então, são os passos

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na conicção de pecado e na confissão de pecado.

0oc! percebe a erdade do que ten5o tentado dizer,ser$ que não quer clamar como ai9 F6em miseric7rdia demim, 7 eusG 2ssa " a coisa certa, a única coisa a fazer,

meu amigo. Se oc! se ! como algu"m que tem pecado,então, eu o imploro, corra para eus, lance-se sobre a Suamiseric7rdia. 0oc! não far$ isso em ão. escobrir$ que 2lefez total proisão para oc!. 2le eniou o Qil5o do Seu amora este mundo :ustamente por oc!, para morrer pelo seupecado no monte do (al$rio. Seu pecado foi punido, 2le ocancelou na cruz, 2le purificar$ oc! e far$ oc! alo comoa nee, 2le o dar$ todas as coisas que necessitar. (orrapara 2le. Se oc! tem isto sua necessidade, far$ isso. +5omem que ! isso, como ai iu, imediatamente clama9F6em miseric7rdia de mim, 7 eus... purifica-meG. Qaça omesmo e sua oração ser$ gloriosamente respondida, eoc! eAperimentar$ a alegria da grande salação de eus.

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2. O DESESPERO DO PECADOR

“Tem misericórdia de mim, 5 Deus, segundoa tua benignidade; apaga as minhastransgressões, segundo a multidão das tuasmisericórdias. Lava-me completamente daminha iniqidade, e puri!ica-me do meu pecado.+ 

almo /0/,6

Não nos limitaremos eAclusiamente a esses doisers;culos, pois, como oc!s obserarão, os sentimentossão repetidos noamente9 F#urifica-me com 5issopo, eficarei puroI laa-me, e ficarei mais branco do que a nee...2sconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas asmin5as iniq@idadesG Dss. 1,4E. (ontinuando com o nosso

estudo deste Salmo, deiAem-me recordar-l5es que a min5aprincipal razão para fazer assim, " que ele cont"m em simesmo os principais passos e est$gios em coneAão comtoda a questão da salação e nosso relacionamento comeus. 2ssa " a questão mais importante e ital nestemundo O nosso relacionamento com eus. H a questãomais importante, porque, obiamente, " um assuntoineit$el. M$ muitas coisas nesta ida que são incertasImas uma coisa " absolutamente certa, e essa coisa " quetemos de sair dela. 2 então o que acontece F=em, eu nãocreio que 5a:a algo depois da morteG, diz algu"m. +ra,pode oc! proar isso, e est$ preparado para correr esserisco 'caso oc! não percebe que sustenta uma crençasem qualquer proa ou eid!ncia + fato certo " queamos deiAar este mundo. 6odos n7s iremos morrer, e

então O Fsim, a; est$ o problemaG. (omo S5akespeare ocolocou9

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#ois bem, lembro-l5es noamente de tudo isso porquedese:o enfatizar o ponto de que 5$ definidamente umpadrão comum e determinante na eAperi!ncia da salação.2u o coloco dessa forma a fim de a:udar certas pessoas quepodem estar insatisfeitas sobre toda esta questão da

salação. 2Aistem tais pessoasI elas estão plenamentecientes de que 5$ alguma coisa de errado em suas idas,elas encontram outras pessoas que :$ foram como elas,mas parecem ter encontrado uma marail5osa alegria eliramento, e falam acerca da salação. 2ssas pessoasperturbadas dizem9 F2u quero saber alguma coisa arespeito disso. ese:o ter isso tamb"m, dese:o ter a

eAperi!ncia dessas outras pessoas. (omo " que algu"mpode obt!-laG Kin5a resposta " que 5$ certas coisas queestão sempre presentes na t;pica e caracter;sticaeAperi!ncia cristã, e oc!s as encontrarão descritas emtodo lugar. 6omem, por eAemplo, a pr7pria =;blia9 5$ umpadrão comum para todos os casos descritos na =;blia, 5$certas coisas que estão presentes em todos, e essas sãoaquelas nas quais estamos interessados. +u se tomarem as

biografias de pessoas cristãs ou lerem sobre a ida dos5er7is da f", não poderão faz!-lo sem descobrir essepadrão comum. (ertas coisas estão sempre presentes, e "por isso que, se não estamos cientes dessas coisas em n7smesmos, simplesmente não somos cristãos. +u tomem seu5in$rioI diferentes 5omens escreeram os 5inos, por"mtodos eles disseram a mesma coisa. 2Aiste esse elemento

comum, esse padrão comum. ' eAperi!ncia cristã " algointeiramente definido, " totalmente concretoI por isso "que um 5omem pode realmente testar-se a si mesmo, edescobrir se ele " cristão ou não. + Noo 6estamento oeAorta a fazer isso, e ao eAort$-lo assim, peça-l5e algo quepode ser feito. Não 5$ necessidade de incerteza em suamenteI isso pode ser descoberto muito facilmente. <uenunca pensemos da posição cristã como algo ago,

indefinido, nebuloso, como coisa flutuando no ar. Não, aposição cristã " algo muito definidoI ela " uma das coisasmais concretas na ida. #ortanto, podemos aplicar estes

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testes.

Kuito bem, 5$ um padrão comumI e claro, isso não "uma surpresa, pois essa obra " a obra do 2sp;rito Santo.Nen5um 5omem pode tornar-se cristão sem a obra do

2sp;rito Santo em sua alma, e não " surpreendente que 2letenda a fazer as mesmas coisas em todos os casos. 2ledeiAa certas marcas, e elas são muito definidas. 6odaia,tendo dito isso, ao mesmo tempo deemos ser cuidadosospara que não padronizemos a eAperi!ncia cristã numaforma errada e insistamos sobre certos detal5esparticulares em cada caso. igo isso como umaadert!ncia, porque ten5o encontrado pessoas comproblemas acerca deste assunto, pelo fato de algu"m tertentado padronizar a eAperi!ncia cristã em detal5es, assimcomo em grandes princ;pios.

#ermitam-me dar-l5es uma ilustração do que estoudizendo. 'lgu"m que :$ ten5a lido o liro race 'boundingDraça 'bundanteE por ?oão =un>an, saber$ que naquele

liro ?oão =un>an fala-nos que ele passou por uma agoniade arrependimento que durou um per;odo de dezoitolongos meses, e durante aqueles dezoito meses, ele ieuuma ida que não foi outra coisa, senão pura agonia.Moue momentos quando ele se sentia tão miser$el e tãoinfeliz que, numa ocasião, endo alguns gansos numcampo, ele dese:ou ser algo semel5ante 8queles gansos,pois assim não precisaa eAperimentar aquela agonia de

arrependimento. +utro dia, ele diz que se iu, por assimdizer, balançando sobre a boca aberta do inferno epodendo sentir o c5eiro de enAofre no ar. 6en5oencontrado pessoas que t!m dito algo como isso para mim9FSabe, o meu maior dese:o nesta ida " ser um cristãoI euten5o tentado por anosG. <uando eu pergunto9 F+ que est$l5e impedindoG, elas dizem9 F2u nunca me arrependiG.

FSobre que base oc! me diz issoG, eu pergunto. 2lasdizem9G2u nunca senti como ?oão =un>an e :amais dese:eiser um animal que falta 8 qualidade da natureza 5umanaI

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eu nunca senti, nem me i, suspenso sobre a boca abertado infernoI eu nunca senti o c5eiro de enAofre no arG. 2isto que elas não tieram essas eAperi!ncias particularesque ?oão =un>an tee, sentem que não se arrependeram.Cma ez con5eci um 5omem cristão que eApressou grande

preocupação a respeito do estado de seu fil5o. 2le estaatotalmente conencido em sua pr7pria mente que seu fil5onão era cristão, e quando eu perguntei a ele por que, eledisse que seu fil5o nunca 5aia tido Fa eAperi!ncia docamin5o de amascoG. 2le mesmo tiera uma eAperi!nciasemel5ante a isso, pois sua conersão foi um tantorepentinaI e pelo fato de seu fil5o não ter tido alguma

eAperi!ncia súbita, ele disse que o fil5o não era conertido.Qoi isso que eu quis dizer quando afirmei que deemos sercuidadosos para não padronizar essa eAperi!ncia comumno que diz respeito aos detal5es particulares. M$ muitossalos no c"u, 5o:e, que nunca tieram os sentimentosparticulares que ?oão =un>an tee, no entanto eles searrependeram tão certamente como ?oão =un>an searrependeu.

=em, se:amos muito cuidadosos com esta questão. +udeiAem-me coloc$-la da seguinte forma9 deemos ser muitocuidadosos para não insistirmos que os $rios passos eest$gios descritos neste Salmo aconteçam numa ordemparticular e cronol7gica. M$ algumas pessoas que estãosempre dese:osos de padronizar todas as coisas e eu nãoestou aqui para apoiar essa posição. + que estou dizendo "que em cada caso de conersão, em cada caso dearrependimento, eAistem certos elementos comuns. M$ umpadrão comum, mas em alguns casos, uma coisa emprimeiro e as outras depoisI em outros casos a segundacoisa em primeiro e a primeira em depois. Não afirmoque isso dee acontecer de uma maneira padronizada,por"m digo que, com a aus!ncia de certas coisas, nunca

5oue arrependimento e sem arrependimento não somoscristãos.

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2Aiste outra maneira pela qual podemos ol5ar a estaquestão. M$ certas pessoas que parecem eitar esteassunto pela seguinte razão9 elas dizem9 F0oc! sabe, que oSalmo )& ", como oc! disse corretamente, um grandeSalmo sobre a questão do arrependimento. 2 não "

surpreendente que ai se sentisse como sentiu 8 ista dascoisas que praticou. Kas, saiba, eu realmente não sintomuito interesse pelo Salmo )& porque, graças a eus,nunca cometi adult"rio, nunca cometi assassinato. + Salmo" cab;el para um 5omem que tem feito aquele tipo decoisa, por"m oc! espera que eu eAperimente as mesmascoisas que ai Se eu estiesse sendo culpado de grande

pecado, deeria sentir como ele. Kas oc! espera que eusinta o que ai sentiuG Kuitos se encontram nessaposição, e a simples resposta para tais pessoas " que oarrependimento não depende, de forma alguma, dequalquer tipo ou esp"cie de pecado que oc! ten5acometido. H isso que ai disse a respeito de si mesmocomo um pecador, entretanto deiAem-me lembrar-l5es deoutro tipo de 5omem. 6omem um 5omem, cu:os 5inos

deleitamo-nos em cantar, (5arles 3esle>. 2le nuncacometeu adult"rio ou assassinatoI ele nunca foi culpadodas coisas que ai foi, nesse ponto da sua ida. (5arles3esle> foi um 5omem muito bomI ele era fil5o de umministro, um ministro particularmente piedoso, e tin5a umamãe eAcepcional, uma mul5er particularmente santa. 'quiest$ ele, criado numa par7quia, e quando foi para +Aford

com seu irmão ?oão, formaram o FMol> (lubG D(lube SantoE,a fim de ierem idas eAemplares. Kesmo comoestudantes em +Aford foram pregar em prisões, daam seudin5eiro para a:udar pessoas pobres. 2le sempre ieu umaida boa e fez tudo para ser piedoso e dedicado, e paraagradar a eus. 'inda assim, lembrem-se do que ele dissede si mesmo O coisas que são tão esmagadoras comoaquelas que ai nos diz9

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 8usto e santo ' o Teu nome,

*u sou todo in)usti#a;

9il e cheio de pecado eu sou.

2is a; o que disse esse eAcelente :oem, embora nãoten5a sido culpado do mesmo pecado como ai. 2 eupoderia multiplicar os eAemplos. 6omem, por eAemplo, ogrande 5ino de 'ugustus 6oplad>. '; est$ outro 5omem quenunca tin5a sido culpado daquelas coisas das quais ai foiculpadoI ele sempre foi um 5omem bom. Kas lembrem-sedo que ele disse a respeito de si mesmo9

u)o, eu para a !onte v:o,

Lava-me, alvador, ou eu morro.

+5 meu querido amigo, oc! não pode eitar umaquestão como esta. +s fatos estão contra oc!. +sentimento de arrependimento não depende da naturezaparticular do pecado cometido. ' =;blia proa isso, os 5inosproam isso, as biografias cristãs proam a mesma coisa.

M$ ainda outros que parecem estar em dificuldadeneste pontoI eles dizem que certamente isto " tudo uma

questão de personalidade, o tipo particular depersonalidade de um 5omem. izem que estudaram umpouco de psicologia, e descobriram que os psic7logosafirmam que 5$ uma esp"cie de indi;duo FtTice-bornG, ouse:a, nascido duas ezes. 2ste tipo de indi;duo FtTice-bornG, de acordo com os psic7logos, " o 5omem que gastauma boa parte de seu tempo eAaminando a si mesmo.

2ntão, 5$ outro tipo de 5omem que " c5amado de Fonce-bornG, ou se:a, nascido uma ez. 2le não gasta seu tempoeAaminando sua pr7pria alma. 2ste " um 5omem culto,

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mais equilibrado, não introspectio e dado 8 morbidezcomo o tipo FtTice-bornG. +s cr;ticos dizem que estãopreparados para admitir que certas pessoas do tipo FtTice-bornG, como ai, Saulo de 6arso, ?oão e (5arles 3esle>,'ugustus 6oplad>, proaelmente precisam de uma grande

eAperi!ncia de arrependimento e parecem necessitar delaImas no caso do tipo Fonce-bornG, não 5$ necessidade desentir tal opressão de arrependimento, porque eles estãobem da forma como estão. (omo todas as pessoas sãodiferentes, por que n7s deer;amos ter a mesmaeAperi!ncia ' primeira ista, este " um argumento e umaafirmação muito plaus;el. #ois bem, noamente nada

temos a fazer senão trazer este argumento 8 luz dos fatos.<uais são os fatos +s fatos são estes9 podemos ir docomeço ao fim da =;blia e ol5ar para aqueles 5er7is da f"no 0el5o e Noo 6estamentos, e nada nos impressionar$mais do que isto, a incr;el e 7bia diferença natural entreas pessoas diferentes mencionadas. 2u não 5esitaria emafirmar que na =;blia temos todas as combinaçõespsicol7gicas de temperamento, car$ter, constituição, e

qualquer outra coisa que queiramos adicionar. 0e:am osdoze disc;pulos. ?oão e #edro foram 5omens totalmentediferentes. #aulo " diferente deles. 2stes são fatosinquestion$eis. ' =;blia em si mesma responde essateoria, e quando lemos a 5ist7ria da Bgre:a atra"s doss"culos, encontramos eAatamente a mesma coisa.2ncontramos dentro da Bgre:a (ristã o tipo :oial e

eApansio e o tipo fleum$tico, o sens;el e o tipo quaseinsens;elI e no entanto todos eles dirão as mesmas coisasa respeito deste assunto. 2u asseero que cada tipoconceb;el est$ representado na Bgre:a (ristã, 5o:eI e mais,se pud"ssemos escol5!-los e obter seu testemun5o, todoseles fariam uma afirmação acerca de como se iram a simesmos como pecadores e como correram a fonte paraserem purificados. Não, isso nada tem a er com

temperamento, nada mesmo. +s fatos noamente sãosuficientes para refutar aquela afirmação. #ortanto, esperoque não 5a:a ningu"m que continue confuso quanto a esse

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assunto particular.

+ meu argumento " que 5$ certas coisas que estãosempre presentes em todo caso de conersão e desalação, e sugiro que se oc! não encontra essas coisas

em alguma parte em sua ida ou eAperi!ncia, oc! nãoest$ autorizado a usar o nome de cristão com respeito a simesmo. ?$ ol5amos para certas coisas. 2ssas são asprimeiras coisas, que o 5omem que se arrepende " um5omem que confronta a si mesmo e ol5a para si mesmo.Ningu"m :amais se tornou cristão sem deter-se e ol5ar parasi mesmo. + mundo faz tudo para impedir que um 5omemol5e para si mesmoI ele o mant"m correndo aqui e ali Oqualquer coisa para impedir que ele ol5e para si mesmo.Kas um cristão " um 5omem que :$ contemplou a simesmo e iu o que tem feito. 2le tem isto suastransgressões, sua iniq@idade, seu pecado. 2le compreendeo significado de suas ações. 2le recon5ece que tem pecadocontra eusI e tem isto que sua natureza atual " em simesma, pecadora. 2u c5amaria isso de Fo despertar do

pecadorG, encarando a si mesmo e recon5ecendo aserdades b$sicas acerca de si mesmo. 6odaia nãopodemos parar a;I precisamos prosseguir.

+ pr7Aimo ponto " este9 nen5um 5omem tem de fatose arrependido e se tornado cristão sem um elemento de preocupa#ão e sentimento de admissão em suaconscincia com respeito ao seu estado e condi#ão. Bsso "

7bio neste Salmo9 F6em miseric7rdia de mim, 7 eusG. +5omem que escreeu este Salmo estaa desesperado. 2lesentia uma grande preocupação a respeito de seu estado econdição. 2le não pode fugir disso, " o problema maisimportante em sua ida e eAist!ncia. ai era um rei, e umrei muito rico, e tin5a um reino muito ricoI mas quando elecompreendeu esta erdade acerca de si mesmo, toda sua

riqueza, poder e posição não puderam satisfaz!-lo. 2sta eraa coisa que o interessaa, e ele disse9 F2u precisoencontrar paz acerca dissoI eu preciso ficar de bem com

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eusG. ' sua situação 5aia se tornado a coisa maisimportante em sua ida. 2u não preciso me deter nistoIcertamente " mais ou menos 7bio. #eço-l5e noamente,meu amigo, para ler sua =;blia, para ler as biografias dos5er7is da f", para ler seu 5in$rio, e erificar$ que todo

aquele que tem de fato se arrependido, tem passado poressa fase particular e essa eAperi!ncia. 2le sente umapreocupação com respeito 8 sua alma e o seurelacionamento com eus. 2u nada ten5o a acrescentar aesse ponto, por"m simplesmente l5e faço as seguintesperguntas9 oc! tem de fato se preocupado consigo mesmoe com o estado de sua alma 0oc! tem qualquer ansiedade

a respeito disso, tem realmente se sentido inquieto acercadisso, e o problema de sua alma o tem preocupado eperturbado igo noamente que se isso não temacontecido, então tornar-se membro de igre:a não " $lidopara oc!, e oc! se c5amar de cristão " totalmenteenganoso. Bsso " algo ineit$el e inescap$el no caso detodo aquele que se arrepende e se torna cristão.

#ermitam-me ir mais adiante e coloc$-lo desta forma9eu imagino algu"m dizer para mim9 F2u nunca ten5osentido aquela grande preocupação. Não e:o quenecessito sentir aquela preocupação. Qui criado de umamaneira religiosa, ten5o freq@entado lugares de adoração,ten5o tentado fazer o bem, ten5o tentado dar a mãoamiga. (ertamente não seria de esperar que eu tiesseessa grande preocupação da qual oc! est$ falandoG. =em,min5a resposta " que não estou absolutamente certo, mas" bem pro$el que isso se:a o maior de todos os pecados.eiAem-me coloc$-lo da seguinte maneira9 conido a oc!,noamente, a ol5ar para os 5er7is da f". Se essas pessoaspiedosas, esses santos 5omens e mul5eres aos quaisten5o-me referido, t!m isto a si mesmos como pecadoresaos ol5os de eus, por que oc! seria diferente 2u,

simplesmente, desafio oc! sobre este assunto. igo quenunca 5oue um santo sobre a face da terra que não ten5aisto a si mesmo como um il pecadorI de modo que se

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oc! não sente que " um il pecador, não " parecido comos santos. Kas esperem um minuto, deiAem-me c5egar umpouco mais perto. (onidaria oc!s a tentar considerar porum momento quem eus " e o que eus ". /embro-me deter lido um artigo por um 5omem que criticou aquele 5ino

de (5arles 3esle>, onde ele diz9 Fsou todo in:ustiçaG, e File c5eio de pecado eu souG. + 5omem o criticou destaforma9ele disse9 FBmagine um 5omem procurando emprego,aproAimando o 5omem que ai empreg$-lo, e na entreistadiz a ele9 F0il e c5eio de pecado eu souG. 2le não obteriaesse empregoG. + cr;tico pensou que aquela colocação pôsponto final ao assunto. 6odaia, e:am o que ele esqueceu.

#essoalmente não e:o nen5uma razão porque um 5omemfalaria assim para seu semel5ante, isto que sabe que elessão da mesma natureza, mas (5arles 3esle> não estaafalando de si mesmo na presença de 5omem, ele estaa sedirigindo a eus. 2 Feus " luz, e não 5$ nele treasnen5umasG D& ?oão &9)E. 'caso podem conceber isso eus" santidade, total e absolutaI não 5$ manc5a, não 5$defeito. 6entem entender isso. 2le " o único com quem nos

preocupamos O eus. 2 o que eus requer de n7s =em,eu l5es direi9 F'mar$s ao Sen5or teu eus de todo o teucoração, de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e detodo entendimento, e ao teu pr7Aimo como a ti mesmoGD/ucas&9*1E. Keu amigo, a questão não " se oc! temcometido adult"rio ou assassinato. H esta9 oc! tem amadoe est$ amando a eus com todo o seu coração e toda a sua

alma e todo seu entendimento e toda a sua força Se nãoest$, oc! " um pecador. eus requer isso de oc!, e 2letem direito de requerer isso de n7s, porque 2le " eus, enos criou, e 2le nos criou para Si mesmo. F+ fim principaldo 5omem " glorificar a eusG, e não glorificar a eus " omaior de todos os pecados. lorificamos a eus'gradecemos-/5e diariamente pela Sua bondade,miseric7rdia e graça para conosco 'caso atribu;mos

louor, 5onra e gl7ria a 2le Seria nossa principalpreocupação que 2le se:a glorificado mais e mais ?esus(risto disse que o maior ob:etio da Sua ida era que o #ai

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fosse glorificado. 6odo 5omem " c5amado para fazer amesma coisa, e não fazer isso seria pecaminoso. 0oc!s selembram como aniel colocou tudo isso para outro rei O=elsazar. 2le disse9G+ eus, em cu:a mão est$ a tua ida, ede quem são todos os teus camin5os, a ele não

glorificasteG Daniel )9*E. ' ess!ncia do pecado não "tanto ser culpado de ações particularesI " não estarglorificando a eus, " não estar iendo nossa ida paraeus. eus colocou o 5omem na terra para que ele fizesseisso, e uma recusa ou fal5a a fazer isso " a erdadeiraess!ncia do pecado. 2is a razão porque todo 5omem que searrepende sempre sente esta preocupação acerca de sua

alma e tem um sentimento de desespero a respeito de simesmo. 0oc!s serem a eus, oc!s amam a eus, oc!sbuscam a eus, oc!s tentam glorificar a eus 2ssa " aprimeira coisa.

' segunda coisa que quero mencionar, ' o dese)o pelo perdão. F6em miseric7rdia de mim, 7 eus, segundo a tuabenignidadeI apaga as min5as transgressões, segundo a

multidão das tuas miseric7rdias. /aa-me completamenteda min5a iniq@idade, e purifica-me do meu pecado.GNoutras palaras, um 5omem que se arrepende " sempreum 5omem que est$ ciente de sua culpa. 2le diz9 F<uandoconsidero e penso em eus, e quando considero a lei deeus e o padrão de eus, fico ciente do fato que souculpado. Não ten5o iido esse tipo de idaI tem 5aidodias quando eu não louei a eus, quando não pensei n2le,e + ten5o esquecido completamente. Bmediatamente,começo a eAaminar a mim mesmo e descubro que ten5ofeito coisas que sabia estar erradasI ten5o sido culpado depecado em min5a mente, pensamento e imaginação. 2u seidissoG. 2le " ciente de sua culpa, e sendo ciente disso, eledese:a ser perdoado. 2le sabe o que ai queria dizerquando disse9 F'paga as min5as transgressõesG. 2le dese:a

ser purificado, pois sente-se impuro. 2le sabe que tem setornado su:o e manc5ado pelo mal e pelo pecado, e peloque est$ errado. 2le sabe que não est$ limpo por dentro

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nem por foraI ele est$ manc5ado. #ortanto, ele dese:a serlaado, purificado, sim, ser limpo de sua iniq@idade.

' pr7Aima coisa que " caracter;stica de toda almaerdadeiramente arrependida, e em cada pessoa que "

erdadeiramente cristã, ' um reconhecimento, umaconscincia de total impotncia. 0e:am como isso " clarono Salmo de ai. 2le não sabe o que fazer consigomesmo. <ual " o problema dele 2le não pode tranq@ilizarsua pr7pria consci!ncia. Sua consci!ncia o acusa, e se:a oque for o que ele faça, não a pode silenciarI ela estaasempre leantando seu pecado diante dele. <uando aconsci!ncia acorda, " uma coisa terr;el, e mais cedo oumais tarde a consci!ncia de todo 5omem acordar$. (ertos5omens iem uma longa ida e a consci!ncia parece nãoacordarI mas ainda não c5egaram ao fim da ida. 2les t!mque c5egar a um leito de morte, e 8s ezes ela acordaapenas a;, e outras ezes s7 depois do leito de morte.0oc!s se lembram quando o 5omem rico que morreu iu omendigo no seio de 'braão D/ucas &U9&4-&E, e sua

consci!ncia acordou l$ no inferno (onsci!ncia " uma coisaterr;el. ai est$ aqui tentando aquietar sua consci!ncia,mas ele não pode faz!-lo. 2le daria qualquer coisa paraaquietar sua consci!ncia O ele " um 5omem rico, ele temmanadas e reban5os O mas ele não pode faz!-lo. <uandooc!, amigo, ol5a para tr$s atra"s de sua ida e ! certascoisas, não gostaria de ficar lire delas, elimin$-las eapag$-las, remoer a manc5a (ontudo isso não pode serfeito. ai se apercebeu disso, e todo 5omem que :$ setornou cristão tamb"m se apercebeu disso. 2le igualmentenão pode encontrar pazI ele est$ fazendo tudo o que pode,por"m não pode encontrar paz. 2le não pode dormirI estacoisa est$ a;, est$ sempre diante dele, ele não pode fugirdela. 2u não digo que oc! precisa ter um sentimentoparticular, mas digo que nen5um 5omem " cristão a não

ser que em algum momento ele ten5a con5ecido aquelaterr;el busca pela paz, pelo descanso e pela tranq@ilidade.+ grande 'gostin5o con5ecia issoI por longo per;odo ele

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tee essa inquietação de alma e finalmente clamou9 F6unos criaste para 6i, e nossas almas iem inquietas,enquanto não repousarem em 6iG. #orentura :$ con5eceuesta inquietação, oc! :$ con5eceu esta busca pela paz etranq@ilidade de consci!ncia, de mente e de coração como

uma tentatia de ficar lire do senso de culpa

ai estaa ciente da sua total impot!ncia. e fato,ele foi al"m disso, ele sabia que não podia fazer coisaalguma sobre isso. +uçam o que ele diz9 F#ois não dese:assacrif;cios, senão eu os dariaI tu não te deleitas em5olocaustosG. #obre ai, quão bem posso compreend!-loL(omo l5es ten5o lembrado, ele era um 5omem rico,portanto disse que se fosse uma questão de oferecersacrif;cios ele o teria feito. F2u ten5o manadas e reban5osIeu poderia fazer uma grande oferta. Kas Fo gado sobremil5ares de montan5asG são 6eus, o unierso inteiro " 6euInada posso dar a 6i. Se isso fosse o suficiente eu o faria,mas 6u não dese:as sacrif;cio.G 6oda pessoa queerdadeiramente se arrependeu sabe eAatamente o que

isso significa. 0e:a bem, oc! começa a pensar quando aconsci!ncia acorda, e oc! diz9 F2u ou ier uma idamel5or, ou abandonar certas coisas e fazer outras coisasG.(ontinua arrazoando, por"m ainda não pode encontrar paz,descanso e sossegoI e então oc! aança noamente at"que finalmente percebe sua completa, total e absolutaimpot!ncia. V meu amigo, oc! ainda ret"m algum est;giode autoconfiança 'inda sente que pode fazer de si mesmoum cristão Sente que a ida que est$ iendo agrada aeus #ergunto noamente9 oc! ama o Sen5or seu euscom todo o seu coração, com toda a sua alma, com todo oseu entendimento, e com toda a sua força, e seu pr7Aimocomo a si mesmo 2ssa " a lei de eus, esses são oprimeiro e o segundo grandes mandamentos. 0oc! ser$ :ulgado por eles. #are de confiar em sua :ustiça pr7pria,

nessa moralidade de Fcem centaos por realG e em boasobras. (ontemple eus e recon5eça que oc! nada podefazer. 0oc! est$ totalmente sem forças. F6u não dese:as

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sacrif;cios, senão eu os daria.G

Kas, finalmente, a coisa mais surpreendente de todaspara o 5omem que se arrepende e se torna cristão ' suanova atitude para com Deus.  Bsso " muito 7bio aqui no

caso de ai. <ue coisa eAcepcional " essaL Não 5esito emafirmar que esse " talez o mais sutil e delicado teste detodos, quanto ao nosso arrependimento, ou quanto a nossaposição W nossa atitude para com eus. 0oc!s t!mobserado isso neste Salmo ' pessoa contra quem aipecou " eus, e mesmo assim a pessoa que ele dese:aacima de tudo " eus. 2is a diferença entre remorso earrependimento. + 5omem que não se arrependeu, masque est$ apenas eAperimentando remorso, quando percebeque tem feito alguma coisa contra eus, eita eus. 0oc!sse recordam de 'dão e 2a no princ;pioI eles pecaram etentaram esconder-se de eus. 2les não estaamarrependidos naquele momento. + 5omem que não temsido tocado pelo 2sp;rito de eus e não tem sidoconencido e persuadido, tenta fugir de eus, eit$-l+ a

todo custo. 2le não pensa, ele não l! a =;blia, ele não oraIele faz tudo que pode para não pensar nessas coisas.2ntretanto a coisa eAtraordin$ria acerca do 5omem queest$ conencido do pecado pelo 2sp;rito Santo " que,embora ele saiba que tem pecado contra eus, ele quereus O F6em miseric7rdia de mim, 7 eusG. 2le quer estarcom eus O esse " o paradoAo peculiar do arrependimentoO querer 'quele que ten5o ofendidoL #or conseguinte,coloco isso da seguinte forma9 o impenitente eita eusI openitente sabe que ningu"m senão eus pode realmentesatisfaz!-lo. 2 prosseguindo, digo ainda a respeito dele, queembora ele saiba que não tem buscado a eus, todaia, eleolta-se para eus e começa a falar com 2le. 2le cr! queeus pode a:ud$-lo, e sabe que nen5um outro pode Oofertas queimadas, sacrif;cios, são todos insuficientes. 6oda

a purificação que o mundo nos propicie não " suficiente. F+que eu posso fazerG O pergunta eleI F(omo posso ficarlire da m$culaG 2Aiste apenas um que pode fazer isso, e

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esse " o pr7prio eus.

No entanto, a coisa mais marail5osa de todas O e eua resero para a conclusão O " esta9 o pecadorarrependido não apenas sabe que eus tem poder para

remoer a manc5a e a culpa do seu pecadoI ele sabe,marail5a das marail5as, que eus est$ pronto e dispostoa fazer isso. +uçam a ai O F6em miseric7rdia de mim, 7eusG. 2le sabe que eus " misericordioso. + que maisF6em miseric7rdia de mim, de acordo com tuabenignidadeG O que palaras gloriosasL Kas ele não paranissoI ele acrescenta O Fsegundo a multidão das tuasmiseric7rdias, apaga as min5as transgressõesG. 2ssa " aeAplicação do paradoAo do penitente9 ele sabe que pecoucontra este eus santo, e não obstante, sabe que comeus 5$ benignidade, com eus 5$ uma multidão de ternasmiseric7rdias, e ele se lança sobre essa miseric7rdia OF6em miseric7rdia de mim, 7 eusG. 0oc!s certamente selembram como (risto colocou isso em Sua par$boladaquele pobre publicano que foi ao templo para orarI ele

estaa tão consciente de seu pecado que não pôdeleantar seus ol5os para o c"u, mas clamou, dizendo9Feus se:a misericordioso para comigo, um pecadorGD/ucas &R9&E. (omo ai sabia de tudo isso acerca deeus ' resposta, eidentemente, " que ele 5aiaeAperimentado isso. eus o tin5a abençoadoI eus tin5asido bom para com eleI eus tin5a sido bondoso para eleI eaqui ele est$ no seu terr;el pecado contra eus. aidisse9 F2u posso me aenturar ir at" 2le. 2u sou ummentiroso, eu sou um assassino, eu sou a causa da mortede pessoas inocentes. Nen5um 5omem me perdoar$, masembora eus se:a absolutamente santo, eu sei que 2le temmiseric7rdia. 2le " benigno. 2le tem uma multidão deternas miseric7rdias. 2u posso ousar ir at" 2le, e 2le nãome re:eitar$.G

ai sabia disso, por"m, meu amigo, oc! e eusabemos alguma coisa infinitamente maior. Maeria algu"m

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que est$ consciente de pecado e culpa, mas que não temencontrado paz 0oc! est$ procurando por ela 2u l5epergunto9 oc! tem se oltado para eus F+ra, se oc!tão-somente soubesse o que fiz, não me aconsel5aria aoltar-me para eusG, diz algu"m9 F2u ten5o medo de

eusG. Keu amigo, deiAe-me implorar que oc! se oltepara eus :ustamente como est$. ai sabia que 2le eramisericordiosoI ele sabia que 2le " benigno e tem umamultidão de ternas miseric7rdiasI mas oc! e eu somospriilegiados em sabermos disso de uma maneirainfinitamente superior e mel5or. + que significa o pão e oin5o sobre a mesa da (eia do Sen5or M$ uma lembrança,

um memorial do fato que em determinado tempo,aproAimadamente dois mil anos atr$s, este eus demiseric7rdia, este eus de benignidade, este eus deincont$eis ternas miseric7rdias, eniou Seu único Qil5o aeste mundo. 2 2le + eniou com um ob:etio, ou se:a, paraque leasse a culpa do seu pecado e do meu. eus colocounossos pecados sobre Seu Qil5o e os puniu ali. eus puniunossos pecados em (risto, e n2le nos oferece Seu lire

perdão e absolição.

Lance-se sobre *le, lance-se totalmente,

<ão dei1e outra con!ian#a intrometer.

2ssa, eu digo, " a coisa mais estupenda no mundo,que o eus a quem temos ofendido " o eus queproidenciou o camin5o da salação. 2 esse incr;el amorde eus, noamente, que nos deiAa atônitos por causa dasua imensidade. Feus amou o mundo de tal maneira, quedeu o seu Qil5o unig!nito, para que todo aquele que nelecr!, não pereça, mas ten5a a ida eternaG D?oão 9&UE. 2sta

" a resposta. 2 tamb"m a medida do pecado. 0e:am o queeus tee de fazerI 2le tee de tratar com o pecado. +pecado " tão terr;el que esse sacrif;cio foi imprescind;el.

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Suas boas obras não são suficientes para eApiar o pecadoIdo contr$rio, (risto nunca teria morrido. #or que (risto foi 8cruz, por que (risto morreu M$ somente uma resposta9

<ão havia outro capacitado

"ara pagar o pre#o do pecado;

omente *le poderia abrir a porta

Do c'u e levar-nos l$.

 Kas, graças a eus, 2le fez isso, e portanto9

 8ustamente como eu sou, sem nenhuma desculpa,

* visto que Teu sangue !oi vertido por mim,

* que Tu me ordenas vir a Ti,

5 %ordeiro de Deus, eu venho.

0oc! est$ preocupado com sua alma 0oc! percebe aposição em que est$ Bsso o perturba, oc! est$ encarandoisso #ergunto9 não seria o momento para oc! fazer issoeus eAiste O indiscutielmente. 0oc! tem que encar$-l+,

e a única maneira de faz!-lo est$ em ?esus (risto. (reian2le, entregue-se sem resera a 2le, e ser$ eternamentesalo.

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3. A PRINCIPA NECESSIDADE DO PECADOR

“%ria em mim um cora#ão puro, ó Deus.+ 

almo /0/=

ostaria de lembrar-l5es noamente que estouc5amando sua atenção para este Salmo, não apenasporque ele " a grande declaração cl$ssica sobre a doutrinado arrependimento, mas pelo fato que, ao mesmo tempo,ele nos lembra, de uma maneira muito clara e incisia, dealguns dos passos e est$gios atra"s dos quais qualquerindi;duo tem que passar a fim de tornar-se um erdadeirocristão. M$ certas coisas que são essenciais 8 posiçãocristã. Não peço desculpas por fazer tal afirmação. #ensoque uma das grandes trag"dias da atualidade " que umanoção de incerteza tem entrado na concepção da pessoa

comum quanto ao que constitui um cristão. Não 5$dificuldade no Noo 6estamento em descobrir o que faz dealgu"m um cristão. (ertas pessoas foram c5amadas cristãspor uma razão muito espec;fica, e isso era uma coisa tãodefinida que, 8s ezes, ser cristão tornou-se algo perigoso.Não 5$ dúida ou incerteza no Noo 6estamento, e 5oueoutros tempos na 5ist7ria da Bgre:a quando a posição docristão era perfeitamente clara e definida. ' firmo que umadas maiores trag"dias do s"culo inte " que um conceitofrouAo quanto ao que constitui o cristianismo, e o que tornaum 5omem em cristão, tem penetrado no nosso conceito.Não precisamos estar preocupados por ora acerca dascausas disso. Sabemos que, em última an$lise, isso podeser ligado 8 tentatia de negar a autoridade única deste/iro Da =;bliaE e 8 substituição da reelação diina pelas

id"ias 5umanas.

'qui neste Salmo, de forma muito definida, estão

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reunidas para n7s algumas destas coisas essenciais quesão sempre parte da teAtura da erdadeira eAperi!nciacristã. igo noamente, a não ser que este:amos cientesdestas coisas em n7s mesmos, de alguma forma oueAtensão, não temos direito de aplicar o termo FcristãoG a

n7s mesmos. 'qui temos, a um e ao mesmo tempo, umaeAposição aterrorizante da necessidade da esp"cie 5umanaperdida no pecado, e a proisão que foi feita para n7s noeangel5o de nosso Sen5or e Salador ?esus (risto. Não seencontra isso de forma plena neste Salmo, mas 5$ neleuma introdução de maneira eAtraordin$ria. 'qui est$eApresso em embrião o que temos em plenitude maior no

Noo 6estamento. 2stamos ol5ando para este Salmo destemodo porque a natureza do 5omem sem (risto est$eAposta aqui de forma muito clara e marcante. eiAem-meresumir o ponto a que temos c5egado em nossos estudospr"ios deste Salmo. M$ certos passos necess$rios antesque algu"m se torne cristão, e o primeiro " que o 5omemprecisa parar e pensar. 'firmo que " imposs;el ser cristãosem refleAão. Pecon5eço que 5$ muitas pessoas que

ac5am que um 5omem " cristão :ustamente porque ele nãopensa e que aqueles que estão sem (risto t!m o monop7liodo pensamento. 6odaia, a =;blia toda afirma que um5omem não pode tornar-se cristão at" que ele pense. 2acerca do que ele dee pensar ee pensar acerca de simesmo. ai 5aia cometido um pecado terr;el, um crimeterr;el. 2le foi culpado de 5omic;dio, de adult"rio, e ainda

se comportaa como se não tiesse feito absolutamentenada. 2 tee que ser confrontado pelo profeta Natã, quemostrou-l5e o que 5aia feito e obrigou-o a encarar a simesmo. Qoi então que ele percebeu eAatamente o que5aia feito. 2sse " sempre o primeiro passo. Se oc! " umapessoa que não tem se detido e ol5ado a si mesmo, se:a oque for a erdade sobre oc!, posso l5e dizer que aindanão " um cristão. H imposs;el ser cristão sem encarar a si

mesmo e ol5ar para a sua pr7pria ida. + mundo se esforçapara impedir-nos de fazer isso. (om seus prazeresorganizados e todas as suas atrações sugestias, ele faz de

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tudo para impedir as pessoas de se deterem, pensarem eencararem-se a si mesmas e suas pr7prias idas. Kasaquele que " cristão :$ ultrapassou tudo isso. 2le temparado e ol5ado, tem eAaminado, recon5ecido certascoisas acerca de si mesmo, e feito uma confissão definida.

0oc! encontrar$ isso no primeiro ers;culo deste Salmo.

2ntão, o segundo passo " que um 5omem que se tornacristão " algu"m que percebe sua total incapacidade. 2lerecon5ece sua necessidade de miseric7rdia e de perdão. Haquele que diz9 F6em miseric7rdia de mim, 7 eus,segundo a tua benignidadeI segundo a multidão das tuasmiseric7rdias, apaga as min5as transgressõesG. 2le "algu"m que tem isto que não pode lirar-se do sentimentode culpa, não pode encontrar paz e descanso para seucoração e mente como resultado de qualquer coisa quefaça. 2m desespero ele olta para eus, o eus que eletem ofendido, e diz a si mesmo9 FKin5a única esperançaest$ em eus. + único que pode me dar paz " 'quele quemais ten5o ofendidoG. 2ntão ele se lança sobre o amor,

compaiAão e miseric7rdia incompar$el desse eus único.

#ortanto, o ponto ao qual temos c5egado " que o5omem que não percebe que necessita de perdão não "cristão. #odem c5am$-lo de um 5omem moral, sequiserem, podem c5am$-lo de uma pessoa "tica, podemc5am$-lo de qualquer coisa que quiserem. 2u não nego queele possa ser todas essas coisasI por"m afirmo literalmente

que um 5omem não pode ser cristão at" que recon5eçaque " um pecador e necessita do perdão, miseric7rdia ecompaiAão de eus, e clama por eles. Bsto " uma daquelascoisas essenciais, sem as quais ningu"m tem o direito deusar o grande e eAaltado nome de cristão. (ontudo,obserem que ai não parou a;. 2le foi al"m disso. 2quero enfatizar que todo erdadeiro cristão

inariaelmente dee sentir sempre a necessidade de iral"m desse ponto. ' primeira coisa " que um 5omem setorna consciente da necessidade do perdão. 6en5o certeza

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que todos n7s sabemos algo acerca de uma consci!nciaacusadora e atormentadora O do sentimento que temoserrado e que queremos ficar lires daquele sentimento deculpa, a qual nos traz infelicidade. <ueremos sentirdescanso e paz. 2sta " a primeira coisa que o pecador

conicto pelo 2sp;rito Santo sempre sente. + 5omem quese det"m, encara a si mesmo e percebe o que tem feito "algu"m que est$ infeliz, e quer ficar lire desse estado deinfelicidade. 6odaia, o erdadeiro cristão não p$ra poraqui. + pr7Aimo passo " er e odiar aquela terr;el coisadentro de n7s que sempre nos torna propensos ao pecado.

+bserem estes passos no caso do rei ai. 2mprimeiro lugar, ele estaa desatento. 2ntão, ele estaapreso, iu sua transgressão, iniq@idade e pecado. ' seguir,o sentimento de culpa e o dese:o de se er lire dele e oclamor9 F6em miseric7rdia de mim, 7 eusG. Kas ele nãoparou nisso. Seguiu adiante e disse9 F' coisa terr;el "essa, que eu fui capaz daquele adult"rio e 5omic;dioG. 2ssa" a erdadeira ess!ncia da posição cristã. + cristão nunca

p$ra meramente no dese:o de ser perdoadoI ele sempreacusa e eAamina a si mesmo com tal dimensão que setorna mais inquieto e preocupado acerca daquilo que est$dentro dele, e que o torna capaz de tal ação do que a açãoem si. + perdão não " mais para ele a grande questãoI "aquilo que est$ dentro dele que sempre o coloca naposição de carente de perdão. 2spero que eu este:atratando disso de forma clara. Peceio de que " umeangelismo muito superficial aquele que p$ra no perdãocomo se isso fosse o único problema. Não, nãoI 5$ algumacoisa mais terr;el que a necessidade de perdão, " que 5$algo em mim que me coloca na posição de que eunecessite dele. H a posição que ai alcançou, e isso " acoisa que ele eApressou tão pungentemente no ers;culodez9 F(ria em mim um coração puro, 7 eusG. F2sse " o

meu real problema,G ele parecia dizer, F" meu coração queest$ errado.G2 a; ele est$ clamando a eus O Feus, criaem mim um coração puroG. Bsso " algo que est$ sempre

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presente em todo erdadeiro cristão. 2le recon5ece suanecessidade de uma noa natureza, ele recon5ece anecessidade de um noo nascimento O de regeneração. +erdadeiro cristão " algu"m que recon5ece que não bastaser perdoado e decidir ier uma ida mel5orI ele percebe

que precisa ser criado de noo. ' não ser que eus façaalguma coisa no ;ntimo do seu ser ele est$ totalmenteperdido. 2le recon5ece que necessita nascer de noo, ouse:a, ser criado noamente.

+ra, esse " o assunto para o qual estou c5amando suaatenção neste terceiro estudo. H um grande assunto, umassunto sobre o qual muitos olumes t!m sido escritos, eobiamente não posso trat$-lo eAaustiamente aqui. Noentanto, ou mostrar-l5es a doutrina da regeneração como" ensinada no Salmo )&. 2le não nos fala todas as coisas arespeito desta doutrina. 2stou simplesmente me limitando8 eAposição dela dado aqui por ai em sua agonia e emsua oração. 2ntretanto, deiAem-me dizer de passagem quenada, parece-me, " tão estran5o como a maneira que o

5omem, por natureza, sempre re:eita esta doutrina daregeneração. Xs ezes eu penso que não 5$ nada quedemonstre tanto a profundidade do pecado no coração5umano como essa re:eição da doutrina do noonascimento. /eiam o Noo 6estamento e constatarão quemuitos re:eitaram esta doutrina naqueles dias. <uandonosso Sen5or e Salador ?esus (risto falou sobre isso,sempre foi perseguido. (ertas pessoas não gostaam d2leporque mencionaa isso. <uando 2le começaa a eApor aprofundidade da iniq@idade no coração 5umano e falaaacerca de um noo nascimento, elas inariaelmente não +compreendiam. 2las não gostaam de ouir isso naquela"poca, e desde então sempre tem sido assim. <uando ?oão3esle> foi erdadeiramente conertido, ele retornou 8 suauniersidade em +Aford e pregou um sermão sobre esse

assuntoI e foi odiado por isso. 'quelas respeit$eis pessoasreligiosas l$ em +Aford não gostaram desta doutrina, e elestornaram imposs;el a ele continuar pregando ali. +

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5omem natural, o coração 5umano natural, nãoregenerado, re:eita esta grande e marail5osa doutrinab;blica do noo nascimento e regeneração. 2 isso "igualmente erdadeiro 5o:e. 's pessoas se assentam eouem um discurso ou sermão sobre o que " c5amado de

paternidade de eus, ou a fraternidade do 5omem, e nuncare:eitam isso. <uando elas são eAortadas a ier uma idamel5or, nunca fazem absolutamente nen5uma ob:eção.2las dizem que isso " perfeitamente correto, e mesmo quese:am repreendidas por não ierem uma ida mel5or, elasdizem que isso " perfeitamente erdade, totalmente :usto eque poderiam mel5orar. Kas se um pregador se leanta

perante o 5omem natural e diz9 F0oc! precisa nascer denoo O oc! precisa receber uma noa ida de eus,G elequestiona9 F<ue doutrina estran5a " essaG /embro-memuito bem de uma ocasião em que pregaa no centro daBnglaterra numa comunidade agr;cola, e tie o prazer de ser5ospedado por um fazendeiro e sua esposa. /embro-meque 8 noite, no :antar, a esposa do fazendeiro começou afalar de outra esposa de fazendeiro e disse alguma coisa

assim9 FSim, ela " uma linda mul5er, a mais eAcelenteesposa de fazendeiro, e uma pessoa muito religiosaI mas,sabe, ela fica falando sobre nascer de nooG. 2ssa boamul5er sentiu, de uma forma ou de outra, que 5aia algumtipo de defeito no car$ter dessa outra pessoa. 2ra correto ofato dela ser religiosa, mas falar sobre uma noa ida enascer de noo era algo que ela não poderia aceitar de

forma alguma, algo que obiamente ela considerou quasecomo uma aberração mental.

#ois bem, essa " uma atitude muito comum. M$ nocoração 5umano, por natureza, uma ob:eção enraizadapara com a doutrina do noo nascimento. <ual " a causadisso Não 5$ qualquer dificuldade em descobrir a respostaa essa pergunta. <uando sou confrontado por essa

doutrina, concluo que estou num estado totalmente mal enuma condição tal, que nada menos que o noonascimento poder$ me endireitar. 2 por natureza eu não

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gosto dessa sugestão. + 5omem natural est$ preparadopara admitir que ele não " cem por cento um santoIentretanto se oc! disser que ele que est$ absolutamentecorrompido, e que não apenas carece ser cem por centosanto, mas se ele não nascer de noo então não pode ter

esperança, ele ficar$ ressentido e perguntar$9 F+ que oc!est$ sugerindoG 2le sentir$ que oc! o est$ insultando. +5omem, como resultado do pecado e da <ueda,certamente não perdeu sua capacidade para tirar umadedução correta das afirmações que são feitasI e essa "precisamente a implicação da doutrina do noonascimento. 0oc!s se lembram como nosso Sen5or colocou

isso a Nicodemos, quando ele + procurou naquela noite.Nicodemos disse9 FKestre, eu + ten5o obserado,obserado Seus milagres, e + ten5o ouido, e isso "eid!ncia para mim que o Sen5or " um Kestre indo daparte de eus, porque nen5um 5omem pode fazer estesmilagres se eus não estier com eleG. 2ntão nosso Sen5orinterrompeu-o e disse9 FSe um 5omem não nascer de noo,ele não pode er o reino de eusG D?oão 9E. 0oc!s se

lembram do di$logo que se seguiu. (laramente, nopensamento de Nicodemos 5aia alguma coisa como isto9F2u + ten5o obserado e ouido, e ten5o c5egado 8conclusão que o Sen5or tem alguma coisa que eu preciso.2u sou um mestre em Bsrael, ten5o um bom con5ecimento,mas estou bem certo que o Sen5or possui algo mais queeu. + que ten5o de fazer para me tornar como o Sen5orG

Nosso Sen5or l5e disse9 FNão " uma questão deacrescentar algo ao que oc! :$ temI oc! precisa nascerde noo, oc! tem que oltar diretamente ao fundamentoO não " adição, e sim, regeneraçãoG. Kas n7s nãogostamos disso, não gostamos por natureza, de umadoutrina que afirma que estamos sem esperança, quesomos tão pecaminosos, tão corrompidos, que nãopodemos ser aperfeiçoados, isto que deemos ser

literalmente criados noamente.

#ermitam-me colocar isto de outra maneira.

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Pe:eitamos a doutrina do noo nascimento porque " adoutrina que nos fala muito claramente, por implicação,que realmente não podemos corrigir a n7s mesmos. 2is a;noamente outra coisa que a natureza do 5omem semprere:eita. 2sse " o motio pelo qual ele nunca re:eita um

apelo que " feito para ier uma ida mel5or. 2le gostamuito mais disso, pois, em certo sentido, isso o parabeniza.Se eu dissesse9 F2sse " o tipo de ida que oc! tem aobrigação de ier, apelo a oc! a fazer issoG, todos n7spor natureza ir;amos gostar disso, porque eu estariasugerindo que n7s somos capazes de fazer assim. Sempregostamos de uma doutrina que sugere que possu;mos

capacidade. + que o 5omem natural não gosta " de umadoutrina que l5e diz que não pode fazer coisa algumaI quetodos os seus esforços e tentatias não o learão a partenen5umaI que ele pode :e:uar, suar e orar, mas se sentir$tão inútil como se sentiu Kartin5o /utero. 2le era ummonge que :e:uaa e oraa em sua cela, que tin5a ido aPoma numa peregrinação, e 5aia feito tudo que um5omem poderia fazer para salar-se, mas estaa tão

distante no fim como no começo. 2 imposs;elL Kas o5omem por natureza não gosta disso, e essa " a razão pelaqual todos n7s lutamos contra essa doutrina do noonascimento, que logo de in;cio nos ensina que nãopodemos fazer coisa alguma, a não ser esperar em eus epedir-/5e que faça algo por n7s.

+u deiAem-me colocar isso ainda de outra forma.2ssas são as eAplicações 7bias da oposição 8 doutrina,mas a causa real do problema pode ser encontrado numn;el mais profundo. #or que eu deeria fazer ob:eçãoquando me dizem que o eangel5o afirma que sou tãocorrompido e que deo nascer de noo #or que deeriafazer ob:eção quando me dizem que todos os meusesforços e tentatias não são adequados (ertamente esta

" a resposta9 isto se dee ao meu fracasso em recon5ecerque estou face a face com eus. 2stamos tão acostumadosa ol5ar a n7s mesmos e comparar-nos com os outros.

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 6odos n7s estamos competindo uns com os outros.+bserem as profissões, ol5em os 5omens de neg7cioItodos eles estão desafiando uns aos outros. +s 5omensdizem que oc! s7 pode progredir neste mundo se seesforçar O essa " a id"ia geral da ida que temos por

natureza, e podemos satisfazer uns aos outros e aospadrões 5umanos at" certo ponto. Kas no que diz respeitoao assunto que estamos considerando, não estamospreocupados com o 5omemI estamos face a face comeus. ai :$ 5aia eApressado isso no seAto ers;culo9 F2isque te comprazes na erdade no ;ntimoG. Se percebermospor um momento que estamos preocupados com eus e

não com o 5omem, rapidamente iremos perceber quãoperdidos e desamparados estamos n7s.

' outra eAplicação, " claro, " a nossa fal5a emperceber a erdade acerca de n7s mesmos. ai eApressouisso no quinto ers;culo9 F2u nasci na iniq@idade, e empecado me concebeu min5a mãeG. Cm 5omem que :$percebeu isso sobre si mesmo não re:eita um eangel5o

que diz a ele que dee nascer de noo. + 5omem que fazoposição ao eangel5o " aquele que pensa que, no geral,ele " muito bom, e que uma manc5a negra ocasional podeser remoida facilmente. + 5omem que recon5ece que foiformado na iniq@idade e que em pecado sua mãe oconcebeu, quando dizem que ele est$ corrompido e quedee nascer de noo, declara9 F2u concordo plenamente.Sei que meu coração est$ nessa condição corruptaG.

2is a;, então, as razões e eAplicações da ob:eção 8doutrina. H, no entanto, tamb"m erdadeiro dizer que "uma doutrina 5umil5ante. 0amos admitir que nen5um5omem, por natureza, gosta de ser informado que precisanascer de noo. 2 erdade quanto a todos n7s. Nossoproblema principal " o orgul5o, nossa auto-satisfação,

nossa auto-estima e nossa autoconfiança. + eangel5oc5ega e acerta um Fsoco mortalG em nosso eu, e n7s nãogostamos disso. 's pessoas nunca gostaram disso e ainda

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não gostam. H uma doutrina desconfort$el e 5umil5ante,todaia " essa a erdadeira ess!ncia da posição cristã. 6udo " colocado de forma perfeita nestes dois ers;culos9F2is que te comprazes na erdade no ;ntimo... (ria em mimum coração puro, 7 eusG Ders;culos U e lE.

#or que deemos nascer de noo 2is a questão. +que torna o noo nascimento uma necessidade absoluta sequeremos erdadeiramente ser um cristão ' primeiraresposta " esta9 a in!idelidade e a insinceridade da nossanature&a. ai admitiu isso com estas palaras9 F2is que tecomprazes na erdade Dou sinceridadeE no ;ntimoG. 2sse "o problema. 0oc!s percebem os passos que ai deu. 2leeAaminou a si mesmo, recon5eceu seus pecados, as coisasque praticou. 2ntão deu mais um passo e disse9 FM$alguma coisa podre dentro de mim, em meu coração, e emcerto sentido não posso fazer nada a esse respeito, porqueten5o isto que não posso confiar em mim mesmo. (areçode sinceridade nas profundezas da min5a erdadeiranatureza e serG. <ue confissão terr;el para um 5omem

fazer acerca de si mesmoL 2 mais, " algo que todo cristãonecessariamente dee fazer. ?eremias colocou isso nestaspalaras9 F+ coração " enganoso mais do que todas ascoisas, e desesperadamente corruptoG D?eremias &194E. Cmgrande sero de eus colocou isso num 5ino com estaspalaras9

*u não ouso con!iar na mais doce disposi#ão.

'migo, oc! confia em si mesmo Se confia " porquenão con5ece a si mesmo. 0oc! ainda não descobriu ascontradições, as distorções e a perersão em seu pr7prio

coração 0oc! não c5egou a er a insinceridade que est$bem no centro 6odos n7s somos 5ip7critas, todos n7ssomos simuladores, todos n7s aparentamos ser aquilo que

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não somos. 2staria eu eAagerando ou estaria afirmando apura erdade 2star;amos felizes se nossas imaginações epensamentos secretos fossem passados numa tela paraque todos pudessem er Não, estes ers;culos sãoperfeitamente erdadeiros, e naquele estado e condição

estamos totalmente sem esperança pelo fato de estarmospreocupados com eus. #odemos fingir uns aos outros,podemos dizer que estamos arrependidos a fim de sermosperdoados, todaia não " isso o que realmente est$ emnossos corações, contudo a outra pessoa não percebe.<ueremos sair de uma dificuldade, queremos eitar osofrimento, então dizemos que estamos arrependidos. Kas

quando estamos tratando com eus, tudo isso " totalmenteinútil. F2stou face a face contigo, 7 eusG, disse ai, Fe 6udese:as a erdade e sinceridade no ;ntimo. Não posso fugirde 6i.G F' palara de eusG, diz o autor da 2p;stola aosMebreus, F" ia, e eficaz, e mais cortante do que qualquerespada de dois gumes, e penetra at" ao ponto de diidiralma e esp;rito, :untas e medulas, e " apta para discernir ospensamentos e prop7sitos do coraçãoG e Ftodas as coisas

estão descobertas e patentes aos ol5os daquele a quemtemos de prestar contasG DMebreus %9&*,&E. '5, se oc!est$ simplesmente interessado em ficar lire do sentimentode culpa e infelicidade e nada mais, digo-l5e que ainda nãoest$ na erdadeira posição cristã. + cristão ai al"m disso9ele percebe essa necessidade fundamental de umasinceridade no ;ntimo. 2le se ! atra"s dos ol5os de eus.

2le sabe que est$ sendo lido como um liro aberto, e nãoimporta o que outras pessoas possam er nele e possampensar dele, ele sabe que eus est$ lendo os pensamentose intenções do seu coração e todas as coisas acerca deleque estão no recôndito de sua ida. 2le sabe que sua nudezest$ is;el aos ol5os do eus todo-poderoso.

'l"m disso, recon5eço que não posso tornar a mim

mesmo sincero. 2u at" resolo a ser sincero, contudopercebo que ainda estou brincando comigo mesmo, enganoa mim mesmo. Kanten5o em dia meu liro-caiAa com as

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contas dos lucros e perdas, e sou bem-sucedido emequilibrar min5as contas. 2stou sempre de bem comigomesmo, sou um FeApertG, para usar uma palara moderna,em racionalizar a mim mesmo e min5as ações. #ossoeAplicar a mim mesmo o que faço, e tudo que pratico est$

certo aos meus ol5os, embora condene nos outros. Bsso " oque percebo em mim mesmo. Não sou 5onesto e sinceronas profundezas da min5a ida O mas F6u te comprazes naerdade no ;ntimoG. 2, embora ten5a me esforçado, estouciente dessa desonestidade fundamental, essainsinceridade profunda que est$ no centro de tudo, e clamoa eus para que 2le faça alguma coisa acerca disso. 0e:o a;

a necessidade do noo nascimento. +s pensamentos eintenções do meu coração são de ital importJncia.#ercebo que aqui Dno meu coraçãoE estou num dom;nio quenão posso controlar, então recorro a eus e 8 Suaonipot!ncia.

' segunda necessidade do noo nascimento pode sercolocada desta forma9 " deido 8 min5a ignor>ncia e !alta

de sabedoria. /eiam noamente o ers;culo U9 F2is que tecomprazes na erdade no ;ntimoI e no recôndito me fazescon5ecer a sabedoriaG. +5 como ai con5ecia seu pr7priocoração tão perfeitamenteL +bserem as etapas que um5omem atraessa. #rimeiramente ten5o andadonegligentemente. Sou então despertado e conscientizado.'5, sim, eu digo, não deeria ter feito isso. #or conseguinte,passo a perguntar o que me leou a fazer isso e indago9como pode isso ser endireitado Sou tão insincero, nãoposso fazer nada. + que posso fazer, então Não sei o quefazer, estou desesperado, ten5o que admitir. + que precisofazer

F=emG, disse ai, Fo que eu necessito, acima dequalquer outra coisa, " de sabedoria, preciso de luz e

iluminação. (onfesso francamente que 8 medida que tentomane:ar meu pr7prio caso, deparo-me com uma situaçãoinsolúel. Não consigo me corrigir. #reciso de alguma luz

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eAterna.G 6odo cristão sabe acerca do que eu estoufalando. 0oc! c5ega 8quele ponto de desespero no qualpergunta9 F=em, o que eu posso fazer Não posso confiarem meus pr7prios pensamentos e id"ias. #reciso de auA;lioque en5a de fora. #reciso de luz focalizada sobre mimG.

Bsso " o que estes ers;culos significam. ai est$clamando por sabedoria no ;ntimo. Noutras palaras,nen5um 5omem " um erdadeiro cristão at" que recon5eçaque con5ecimento 5umano, sabedoria 5umana eentendimento não são suficientesI at" que ele c5egue a ercomo #ascal, um dos maiores fil7sofos de todos os tempos,que o supremo empreendimento da razão " conduzir um

5omem a enAergar os limites da razão e faz!-lo clamar porreelação. 2u preciso de sabedoria, necessito de luz.Necessito de luz sobre o meu pr7prio coração. Sou um mauterapeuta de mim mesmo, pois recon5eço que não sou5onesto comigo mesmo. 2u não encaro as coisascorretamente, sempre quero defender a mim mesmoIentão não posso tratar a mim mesmo. Necessito de luzsobre mim inda de fora. Necessito de mais sabedoria com

respeito 8 min5a erdadeira condição. #reciso de luz acercada santidade, como ier uma ida santa. 2u preciso de luzsobre eus, preciso da sabedoria que não posso proer amim mesmo. #rocuro, mas não a encontro. /eio biografiasdos grandes 5omens do mundo que não são cristãos epercebo que eles t!m fracassado na ida. 2les nãopuderam encontrar felicidadeI eu tamb"m não consigo

encontr$-la. + que posso fazer eo pedi-la a eus.'migo, oc! tem clamado por sabedoria, e tem buscadocon5ecimento Se oc! c5egou a esse ponto, então :$ est$no camin5o certo para a salação. 6em oc! c5egado aoponto de dizer9 F2u não consigo pensar mais nada, ten5opensado at" simplesmente não poder mais pensar. + queposso fazer + eus, lança luz sobre a min5a condiçãoLG Seoc! fizer essa oração, alcançar$ a luz. + 5omem que

clama por essa reelação e iluminação diina nunca far$isso em ão. No ;ntimo, eu preciso de sabedoriaI creio queeus pode supri-la.

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Kas então, e:am, ai d$ o pr7Aimo passo. 2le agorarecon5ece, como resultado dessa sabedoria que eus l5edeu, que necessita de um cora#ão puro, que necessita deuma nova nature&a. 2u não preciso deter-me nisso. M$ umapassagem no s"timo cap;tulo do 2angel5o de Karcos que

realmente põe tudo isso de forma perfeita DKarcos 19&%-*E. F0e:amG, disse nosso Sen5or e Salador ?esus (risto8quelas pessoas9 Fnão culpem suas circunstJncias,condições e izin5ança pelo que oc!s são. Não " aquiloque entra no 5omem que o macula, " o que sai. 0oc!sestão dando atenção 8 laagem das mãos e do asil5ame ecoisas semel5antes a essasI oc!s estão culpando sua

dif;cil posição, as coisas que estão ao redor e sobre oc!s.0oc!s dizem9 F2stamos neste mundo corrupto e isso requertodo o nosso tempo para tentar manter-nos limposG. FNãoG,disse (risto, Fesse não " o problemaI o problema est$ emseus pr7prios corações. Não " o que entra no 5omem que omacula, " o que sai deleI " de dentro do coração queprocedem os pensamentos maus, 5omic;dios, prostituição,adult"rios e todas as coisas m$s que ele cobiçar.G 'gora,

todos n7s sabemos que isso " o que de algum modo ouforma " erdadeiro a respeito de cada um de n7s. +problema est$ em n7s. +bserem oc!s como finalmenteai c5egou a essa conclusãoI ele confrontou a si mesmo edisse9 F2u sou um assassino, sou um adúltero, sou umapessoa 5orr;el, ten5o sido respons$el pela morte de umapessoa inocente O a5, a terr;el questão que me confronta

" esta9 o que foi que me fez cometer aquilo Qoi =ate-Sebaou outras pessoas Não, " alguma coisa su:a e corrosiaem mim, em meu coração, que me faz cobiçar. + problemanão est$ no que eu e:o. 2 o que est$ dentro de mim queme faz er as coisas como as e:o. Sou eu mesmo O F(riaem mim um coração puro, 7 eusG. 'migo, oc! temc5egado a essa conclusão sobre si mesmo 0oc! tem istotodos os seus problemas e dificuldades procederem dessa

causa central Bsso, eu afirmo, " algo que acontece a todoerdadeiro cristão. G2u nasci na iniq@idadeI e em pecadome concebeu min5a mãe.G + problema com o 5omem não

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" que ele faz certas coisas que não deeria fazerI " que elesempre tem um coração propenso a faz!-las. São essascoisas dentro de n7s que nos faz cobiçarI embora nossaconsci!ncia nos aise que não deer;amos faz!-las, aindaassim n7s as fazemos. 2ssa " a maldição, esta coisa no

coração. #recisamos de um coração limpo.

No entanto, ai ai al"m9 ele recon5ece que )amais poder$ produ&ir isso.  Sabe perfeitamente que todas asresoluções no mundo não podem mudar o coração. 2laspodem apenas controlar algumas ações do 5omem at"certo ponto. M$ um certo alor na id"ia de resoluções parao 'no NooI at" onde elas puderem fazer de oc! um5omem mel5or. 0oc! pode controlar suas ações at" certoponto, mas quando tenta purificar seu coração, eu l5easseguro que quanto mais oc! tentar, mais negro eleficar$. /eia sobre a ida dos santos e descubra comoaqueles 5omens marail5osos que tentaram purificar seuscorações maus sempre descobriram uma impurezacrescente, e no final descobriram que era totalmente inútil.

Qoi por isso que ai clamou com estas palaras9 F(ria emmimG O somente eus pode me dar um coração puro,somente eus pode me dar uma noa natureza. FKin5aúnica esperançaG, disse ai, F" que 2le que criou o mundodo nada e fez o 5omem do p7 da terra e soprou nele ofôlego de ida, criar$ dentro em mim um coração puro eme dar$ uma noa natureza.G 2sse " o brado do 0el5o 6estamento. ai iu isso em sua ess!ncia, iu que aquiloera sua fundamental necessidade. 2 a necessidadefundamental de todo 5omem " uma operação de eus nocentro da ida. +5, oc! sabe, meu amigo, que essa " aerdadeira ess!ncia do eangel5o do Noo 6estamento esua marail5osa mensagem #or que o Sen5or ?esus (ristoeio a este mundo #or que 2le ieu, e morreu aquelamorte de cruz e ressuscitou #ara que aconteceu tudo

aquilo #orentura foi s7 para que oc! e eu pud"ssemosser perdoados e continu$ssemos no pecado, e então nosarrepend!ssemos O tendo passado do pecado para o

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arrependimento e do arrependimento para o pecado O efinalmente pud"ssemos ir para o c"u, sendo poupados dapunição do inferno e suas terr;eis conseq@!ncias 2sse "um pensamento blasfemoL 2le fez tudo isso, como #auloescreeu a 6ito, para que ele pudesse F...purificar para si

mesmo um poo eAclusiamente seu, zeloso de boasobrasG D6ito *9&%E. Não, a gloriosa mensagem do eangel5onão " somente que eu sou perdoado. raças a eus, estouperdoadoI a primeira afirmação " que meus pecados estãoapagados como uma espessa nuem O eus me perdoou.Kas eu não estou satisfeito com isso. Não quero continuarpecando. <uero atacar este problema central. <uero ier

uma ida que se:a digna. <uero ficar lire desta coisadentro em mim que me faz pecar e me faz dese:ar opecado. 2 essa " a resposta do eangel5o O estamarail5osa doutrina do noo nascimento e a noa criação,sendo nascido de noo, tornando-me um co-participante danatureza diina. + Qil5o de eus desceu 8 terra e tomousobre si a natureza 5umana a fim de que pudesse começaruma noa 5umanidade, uma noa raça de pessoas para

formar um noo reino. 2 o que 2le faz " isto9 8queles que!m a 2le e recon5ecem que necessitam de uma naturezapura dentro de si mesmos, 2le d$ Sua pr7pria natureza. FSealgu"m est$ em (risto, noa criatura "I as coisas el5as :$passaramI eis que tudo se fez nooG D* (or;ntios )9&1E. 2uficaria muito triste se algu"m pensasse que o eangel5o dizaos 5omens9 FSim, eus " amor, e porque eus " amor, 2le

perdoa oc! em ?esus (risto. Kuito bem, por causa disso,ira-se uma noa fol5a e se começa a ier uma noaidaG. Bsso seria para mim uma negação do eangel5o.Não, o eangel5o não simplesmente perdoa oc! e instacom oc! a oltar e ier uma ida mel5or. 2le te d$ umanoa ida. 2le propõe fazer-nos fil5os de eus, e nos tornarco-participantes da natureza diina. Sua mensagem " queeus em 5abitar em n7s. (omo #aulo escree9 F...io,

não mais eu, mas (risto ie em mimG D$latas *9*E. 0oc!não est$ entregue a si mesmo, oc! não est$ sendoeniado noamente 8 tarefa de tentar mel5orar a si

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mesmo. eus d$ a oc! uma noa ida, um noo começo,um noo princ;pio. 0oc! se torna um noo 5omem, e seer$ num noo mundo, com um noo poder e uma noaesperança.

F(ria em mim um coração puro, 7 eus.G <ualquer5omem, eu afirmo, que fizer essa oração com sinceridadeser$ sempre atendido. F0oc!s precisam nascer do nooG,disse ?esus (ristoI e um 5omem que recon5ece isso esubmete-se a (risto " nascido de noo. 2le tem uma noaida, a ida de eus neleI a questão central " ser purificadopor eus, e esse 5omem encontra dentro de si mesmo umanoa perspectia, um noo poder, uma noa esperança,uma noa pessoa.

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!. I"ER#A$ÃO E NO%A %IDA

“%ria em mim, ó Deus, um cora#ão puro, erenova em mim um esp?rito reto. <ão melances !ora da tua presen#a, e não retires demim o teu *sp?rito anto. Torna a dar-me@restitui-meA a alegria da tua salva#ão, esust'm-me com um esp?rito volunt$rio. *ntãoensinarei aos transgressores os teuscaminhos, e os pecadores a ti se

converterão. Livra-me dos crimes de sangue,ó Deus, Deus da minha salva#ão, e a minhal?ngua louvar$ altamente a tua )usti#a. Bbre,enhor, os meus l$bios, e a minha bocaentoar$ o teu louvor.+ 

  almo /0/=-/

2m nossos tr!s estudos anteriores, imos que esteSalmo não " apenas uma declaração cl$ssica da doutrinab;blica e cristã do arrependimento, e que nos mostratamb"m, de uma forma muito clara e dram$tica, os $riospassos e est$gios no processo do arrependimento, masal"m disso, a um e ao mesmo tempo, ele nos lembra damaneira igualmente marcante, algumas das principaiscaracter;sticas da erdadeira e genu;na eAperi!ncia cristã.'qui neste Salmo do 0el5o 6estamento, ouimos o clamordo coração 5umano que recon5ece sua pecaminosidade napresença de eus, o clamor para as muitas coisas que sãosupridas tão gloriosa e marail5osamente pelo eangel5odo Noo 6estamento, por meio e atra"s do nosso Sen5or eSalador ?esus (risto. 6en5o tentado traçar :unto com

oc!s os $rios passos e est$giosI e ten5o sido cuidadosoem ressaltar que não insistimos que todos deemeAperimentar essas coisas precisamente na mesma ordem,

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ou que dea eAistir um tipo de repetição mecJnicadaqueles elementos essenciais na eAperi!ncia cristã. 6odaia, temos nos preocupado em ressaltar que 5$ certascoisas que estão inariaelmente presentes numa genu;naeAperi!ncia cristãI e esses são os passos que temos

detal5ado at" agora. #rimeiramente, imos que o 5omemcristão " algu"m que em algum momento ou outro foidespertado. 2le caiu em si mesmo e iu o car$ter 5orr;eldas coisas que 5aia feito. 0imos que o passo seguinte eraque tal 5omem sempre c5ega a perceber sua desesperadanecessidade de perdão, olta-se para o erdadeiro euscontra quem ele tem pecado, e lança-se inteiramente sobre

Sua miseric7rdia. 2 então consideramos a terceira coisaque acontece ao cristão, a qual " que ele ! sua absolutanecessidade do noo nascimento e de uma noa natureza.H por isso que a doutrina da regeneração " para oerdadeiro cristão uma das mais gloriosas doutrinas detoda a =;blia. 2le loua a eus pelo milagre da redenção.

'gora eremos a outra caracter;stica do erdadeiro

cristão, que " o fato dele mostrar certas conseq@!ncias quead!m de tudo o que :$ ten5o falado. M$ certasconseq@!ncias ineit$eis para aquelas coisas O aconscientização do pecado como resultado do despertar, anecessidade de perdão e a oração para a noa natureza.2ntão, agora quero tratar dessas conseq@!ncias, e aofazermos isso eu l5es lembraria mais uma ez do princ;pioque ten5o enfatizado sempre, isto ", o que irei dizer " algoque encontramos em toda parte da =;blia. +bserem aeAperi!ncia dos santos como ela nos " apresentada noNoo 6estamento, e oc!s erão que todos se amoldaram aum padrão fundamental. 6omem qualquer caso ecomparemI todos eles são eAatamente o mesmo. Bsso "algo tão marail5oso nas 2scriturasI encontramos essasmesmas eAperi!ncias repetidas em toda parte. Não apenas

isso, se pegarem seu 5in$rio, descobrirão que os autoresque tieram uma genu;na eAperi!ncia da graça de eus em(risto, tamb"m estão dizendo as mesmas coisas. Não

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importa qual a denominação a que pertençam. 'eAperi!ncia eang"lica do noo nascimento " a mesma emtodos os pa;ses e em todos os s"culos, e essa " a razãoporque essas grandes ilustrações que temos em nossos5inos dão testemun5o e confirmam as mesmas coisas.

Noamente, quando lemos as biografias dos santos atra"sdos s"culos, encontramos uma repetição das mesmaseAperi!ncias. Kartin5o /utero, ap7s ter dolorosamenteelaborado para si mesmo a doutrina essencial da :ustificação pela f" somente e a doutrina eang"lica daredenção, descobriu tamb"m que 'gostin5o tin5a dito tudoisso onze s"culos antes, e quão surpreso e marail5ado ele

ficou por ter descoberto o que 'gostin5o :$ 5aia escritoLKuitos outros santos tieram a mesma eAperi!ncia. 2ssascoisas são absolutas, e portanto deemos obser$-lasmuito cuidadosamente.

'qui, noutras palaras, temos nosso único padrão9 oque importa não " o que oc! e eu pensamos, " o que a=;blia ensina. 's pessoas t!m suas pr7prias id"ias sobre o

que constitui um cristão. 0oc!s percebem isso quandodiscutem essas coisas com outras pessoas, e elas dizem9F+ que eu afirmo " istoG. 2 deido eles o terem dito ac5amque isso dee ser erdadeiro. (ontudo, certamente não 5$um padrão definitio do que torna um 5omem em cristão,eAceto na =;blia. + que con5ecemos do cristianismo fora da=;blia <ue direito temos n7s de afirmar9 FBsso " o que eupenso que torna um 5omem em cristãoG (ertamente, a=;blia " nossa única regra e autoridade. Nada con5ecemosde ?esus (risto, 8 parte do que encontramos na =;blia, enão temos qualquer direito de postular o que " aeAperi!ncia cristã fora do ensino da #alara de eus. ';, eudigo, est$ o único teste e o único padrão. 2u dirianoamente com /utero9 FNão con5eço outro eus senão ?esus (ristoG. Nada con5eço al"m do que encontro na

=;blia, e o que encontro nela " que eu estou passando poreste mundo, que ten5o de encontrar-me com eus face aface, que 5$ um único camin5o pelo qual eu posso fazer

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isso sem medo, 5orror, estremecimento, alarme edestruição final, e isso " prestar uma pronta obedi!ncia aoque eus me fala em Sua pr7pria #alara, crer em SeuQil5o o Sen5or ?esus (risto, e entregar-me e toda a min5aida a 2le. Se faço isso, se recon5eço meu pecado, se

percebo min5a necessidade de perdão e creio que ten5oisso atra"s de (risto e Sua perfeita obra, se suplico e oropor esse noo nascimento e o recebo, então afirmo quecertas coisas me acontecerão.

Noutras palaras, afirmo que o que estou a ponto dedizer " um teste. Não posso imaginar nada mais terr;elpara um 5omem do que ier uma longa ida neste mundopresumindo e imaginando que " um cristão, e entãodescobrir no tem;el dia do ?u;zo que ele nunca foi umcristão de erdade. 2ssas são as s"rias palaras do pr7prioSen5or ?esus (risto9 FKuitos me dirão naquele dia9 Sen5or,Sen5or, não profetizamos n7s em teu nome 2 em teunome não eApulsamos demônios 2 em teu nome nãofizemos muitas marail5as 2 então l5es direi abertamente9

nunca os con5eciI apartai-os de mim, 7s que praticais ainiq@idadeG DKateus 19**,*E. #ara mim De esse " o motiopelo qual eu sou um pregador do eangel5oE a coisa maisimportante para um 5omem nesta ida e neste mundo "saber com segurança que ele " um cristão. H o único lugarseguro, " o único lugar de segurança, e estudando esteSalmo, temos mostrado certos testes que podemos aplicara n7s mesmos. 'qui est$ o teste final.

<uais são as conseq@!ncias do arrependimento, da f"no Sen5or ?esus (risto e do noo nascimento ' primeira "a possessão do )Cbilo e da alegria. +bserem como aicolocou isso9 FQaze-meG, ele disse no ers;culo R, Fouir :úbilo e alegriaI para que gozem os ossos que tuquebrasteG. Kas ouçam noamente como ele coloca isso no

ers;culo &*9 “Torna a dar-me @restitui-meA a alegria da tuasalva#ão+. 2le tin5a con5ecimento disso, contudo a 5aiaperdido, e quer t!-la de olta. 'firmo que qualquer 5omem

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que tem sentido isso atra"s da eAperi!ncia da conersão,que nasceu de noo, " algu"m que con5ece esse :úbilo ealegria. +ra, se:amos cuidadosos acerca disso. M$ muitomal-entendimento a respeito desta questão de alegriacristã. H muito importante obserar que a alegria da qual

ai fala aqui " uma alegria eAclusia, eAatamente damesma maneira que a =;blia fala dela em toda parte. 2lenão est$ falando sobre uma alegria e :úbilo comunsI nãoest$ falando de algo temperamental. ' alegria da qual elefala " c5amada Fa alegria da tua salaçãoG. H uma alegriaespecial. #or essa razão me esforço para enfatizar isso. Soumuito inclinado a concordar que temperamentalmente nos

diferenciamos tremendamente uns dos outros. M$ algumaspessoas que parecem ter nascido com um temperamentom7rbido, introspectio, miser$el e infeliz, e 5$ outraspessoas que são naturalmente alegres, otimistas esimp$ticas. Se fizermos uma an$lise da 5umanidade doponto de ista psicol7gico, descobriremos que 5$ todas asariações conceb;eis, do tipo introspectio, totalmentemiser$el, a esse outro tipo de pessoa que est$ sempre,

como :$ falamos, :ubiloso, feliz e alegre, independente doque este:a acontecendo. (om efeito, a =;blia " bem cientede tudo isso, " claro, mas sua grande mensagem para n7sO e graças a eus por issoL O " que a alegria da qual elafala " totalmente independente de qualquer situaçãonatural. 2 a alegria da salação indo de eus que "oferecida, e não uma alegria natural qualquer. Bsso "

importante neste sentido9 o ensino b;blico " que todocristão dee possuir esta alegria, e embora oc! ten5anascido naturalmente m7rbido, ainda pode desfrutar destaalegria espec;fica.

Cm caso, talez, a:udar$ a estabelecer este ponto.#enso que qualquer psic7logo concordaria comigo quandodigo que o ap7stolo #aulo era por nascimento e por

natureza um 5omem dado 8 morbidez e introspecçãoI não5oue nada nele do tipo de pessoa que possu;a aquelaalegria natural. Kesmo assim :amais 5oue um 5omem que

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con5ecia a alegria da salação proindo de eus mais queo ap7stolo #aulo. +u considerem outro caso, um caso maismoderno. (onsideremos um 5omem como ?oão 3esle>. Himposs;el imaginar que ?oão 3esle> fosse um tipo deindi;duo alegre e feliz. 2le era a erdadeira ant;tese disso9

erudito, um tanto distante, com uma esp"cie de frieza emsua natureza e pessoa O temperamentalmente, um5omem naturalmente m7rbido tamb"m. 2 mesmo assimele se tornou um 5omem que con5ecia esta grande alegriada salação e se gloriaa e regozi:aa nela. 2u poderiafornecer muitos outros eAemplos para estabelecer omesmo ponto. + que afirmo, portanto, " que se estamos

carentes da alegria da salação proindo de eus, nãopodemos nos desculpar em base temperamental e dizer9FNão somos todos iguaisG. Não estamos discutindotemperamentosI estamos discutindo a alegria da salaçãodada por eus que " oferecida a todos, e que, de acordocom a =;blia, " para todos. (onsiderem #edro, por eAemplo,em sua #rimeira 2p;stola Dcap;tulo &, ers;culo RE. 2le est$escreendo aos cristãos e quer que eles se regozi:em, e

l5es diz9 FNão o endo agora, mas crendo, os alegrais comgozo inef$el e gloriosoG O todos eles. 2le não diz9Galgunsde oc!s, os mais :oiais e os mais alegres, estãoregozi:ando na alegriaG. Nada dissoI todos n7s, cada um,todo cristão.

2ntão, a pergunta que eu faço " esta9 con5ecemosalguma coisa acerca desta alegria, satisfação e regozi:o 6en5o estabelecido que isso " uma conseq@!ncia ineit$elda erdadeira eAperi!ncia eang"lica do noo nascimento.Kas, caso que algu"m este:a triste sobre isso, deiAem-mecoloc$-lo da seguinte forma, pois " meu dese:o seressencialmente pr$tico9 5$ certas coisas que tendem a seleantar entre as pessoas e a eAperi!ncia desta alegria esatisfação. #ermitam-me mencionar algumas. ' primeira,

eidentemente, " o pecado. 2ssa era a ess!ncia doproblema de ai. FPestitui-meG, disse ai, Fa alegria datua salação.G #or que ele a tin5a perdido 2le a tin5a

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perdido porque era culpado de adult"rio, assassinato e asoutras coisas que :$ foram mencionadas. Keu queridoamigo, não 5$ necessidade de argumentar a respeito disso.Bnfelizmente, todos n7s sabemos algo disso por dolorosaeAperi!ncia. Se pecamos, quebramos a comun5ão e o

contato com eus, e isso sempre nos lea 8 mis"ria etristeza. Sempre 5$ condições inculadas 8s b!nçãos deeus. eemos amar a eusI eus nos c5ama a am$-l+.Sei de muitas pessoas que estão iendo uma ida cristãmiser$el porque não se submetem a eus. ' coisa nãofunciona em direções opostas. /eiam a respeito do ap7stolo#aulo noamente, e a marail5osa alegria que ele

con5ecia. /eiam as biografias dos santos e de suasibrantes eAperi!ncias. #or que todos n7s não temos issoNão " que elas fossem pessoas especiais. Não, #aulo disseque ele era Fo principal dos pecadoresG. (omo então elecon5ecia taman5a alegria ' ess!ncia do segredo " que eleeitaa o pecado, ele iia a ida para a qual eus em(risto o c5amara. + pecado sempre rouba a alegria.Se:amos cuidadosos quanto a isso.

Kas 5$ outra razão tamb"m, isto ", falta decompreensão quanto ao camin5o da salação. M$ muitaspessoas que querem ser cristãs, 5$ muitas que dariam omundo inteiro se tão-somente pudessem ter a alegria deque se l! na =;blia e nas idas dos santos. 2, no entanto,elas dizem9 F0oc! sabe, parece que nunca sou capaz deapreend!-la. 6en5o orado por ela e a alme:ado. ' coisa queeu mais quero " esta grande alegria, e ainda não a ten5oIsempre est$ me iludindoG. =em, 8s ezes a razão por issonão passa de pura ignorJncia ou falta de ensino a respeitodo camin5o e os meios da salação. Sem perceber isso,essas pessoas estão ainda confiando em si mesmas e emseus pr7prios esforços. 2las não perceberam que oeangel5o " algo simples, que temos que ir a eus de

mãos azias, recon5ecendo que nada podemos fazer, poisele " um dom dado por eus. 2las estão ainda tentandotornar a si mesmas cristãs, e enquanto fizerem isso, :amais

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con5ecerão a alegria da salação. eiAem-me eAplic$-lomais uma ez. H simplesmente isto O e como " simplesL 6odos n7s temos pecado contra eus. Nunca poderemoslirar-nos da nossa culpabilidade, nunca poderemosremoer a manc5a. Keu passado permanece e eu não

posso apag$-loI eu fal5o no presente e fal5arei no futuro.(omo então eu poderia encontrar-me com eus e serperdoado '5, a resposta para tudo isso " que eu possoreceb!-lo como uma d$dia imediata, que tudo t!m sidorealizado em (risto, que (risto morreu pelo meu pecado, edeido eus ter tratado com o pecado ali, 2le me ofereceeste dom gratuitamente. '; est$ a ess!ncia desta questão.

Não precisam esperar por coisa alguma9 " um dom que temque ser recebido, assim como oc! est$ e onde estierneste momento.

/amentaelmente, 5$ muitas pessoas que nãorecon5ecem isso. 2las dizem9 F2u deo me tornar um5omem mel5or antes de poder dizer que sou cristãoG. Bsso" negar toda a doutrina do perdão. ' doutrina " que em

simplicidade pura e completa tudo " dado por eus, nummomento, imediatamente. 2le não pede nada de n7s,eAceto submissão. 2spero que ningu"m este:a iendo sema alegria da salação, pelo fato de não recon5ecer que ela" dada gratuitamente por eus a qualquer momento. eusnão pede que oc! faça alguma coisa. 2le pede que oc! areceba agora, que oc! creia em Sua palara. +5, quetrag"dia, o fato das pessoas estarem priando a si mesmasdessa alegria, por esse motioL

eiAem-me dar um eAemplo disso. + problema todocom /utero era esse. /utero estaa tentando tornar-secristão, e era infeliz, como qualquer 5omem " quando tentafazer de si mesmo um cristão, porque " coisa imposs;el. 2então, a abençoada erdade, que essas riquezas de eus

em (risto são dadas liremente e tudo o que ele tin5a afazer era receb!-las pela f", foi-l5e reelada. 2sse "tamb"m o caso de todos os outros santos na 5ist7ria da

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Bgre:a.

Cma terceira razão que eAplica porque muitos não t!messa alegria da salação " o simples fato que eles gastamtanto tempo ol5ando para si mesmos, em ez de ol5arem

para o Sen5or. 2les erguem para si mesmos um padrão deperfeição. /embro-me do triste caso de um 5omem muitopiedoso que eu con5eci. 2le tin5a duas fil5as que erameAcelentes mul5eres. 'mbas :$ tin5am alcançado a meia-idade quando eu as con5eci. 2las iiam, em certo sentido,para as coisas de eus, e mesmo assim, nen5uma delasainda 5aia se tornado membro de uma igre:a cristã, oumesmo participado da (eia do Sen5or. (om respeito 8ssuas idas e conduta, oc!s certamente não poderiamcon5ecer pessoas mel5ores, contudo, elas nunca 5aiam setornado membros de igre:a e :amais participaram do pão edo in5o. #or qu! 2las diziam que não sentiam que eramboas o suficiente. <ual era o problema com elas 2lasestaam ol5ando para si mesmas em ez de ol5arem paraa consumada e perfeita obra de (risto. 0oc!s ol5am para si

mesmos e, " claro, serão miser$eis, porque no ;ntimo 5$treas e escuridão. + mel5or santo quando ol5a para simesmo se torna infelizI ele ! coisas que não deeriamestar ali, e se n7s gastarmos todo o nosso tempo ol5andopara n7s mesmos, permaneceremos na mis"ria, eperderemos a alegria. 'uto-aaliação " coisa boa, masintrospecção " ruim. 0amos mostrar a diferença entreessas duas coisas. #odemos eAaminar a n7s mesmos 8 luzdas 2scrituras, e se fizermos isso, estaremos sendoconduzidos a (risto. Kas com a introspecção, um 5omemol5a para si mesmo e continua fazendo assim, e se recusaa ser feliz at" que possa se lirar das imperfeições queainda estão ali. +5, como " tr$gico o fato de ficarmosgastando nossas idas ol5ando para n7s mesmos em ezde ol5armos para 'quele que pode nos fazer liresL

'caso não " uma coisa marail5osa que essa alegria "totalmente poss;el para criaturas como n7s Não 5aeria

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algo quase ousado sobre esta oração de ai FPestitui-mea alegria da tua salaçãoG, disse o adúltero e assassino, omentiroso, o 5omem que " respons$el por tantosproblemas O Frestitui-me a alegria da tua salaçãoG. (omopode um 5omem como esse ainda ser feliz Seria poss;el

Sou grato a eus porque isso " poss;el, e " o motio peloqual prego este eangel5o a oc!s. Bsso " a gl7ria destasalação marail5osa. 2le pode dar essa alegria a um5omem que tem descido tão fundo, e pode ele$-lo para asalturas da alegria e satisfação. 2 faz desta forma9 ele podetornar o pior pecador alegre e feliz pelo fato de dar-l5e umacerteza de perdão e absolição. + único que pode dar

perdão " eus, e, graças a eus, 2le o fazL 2 eus nãoapenas perdoa, 2le pode fazer-me ciente de que tem meperdoado. Saber isso " perder aquela sensação miser$elde culpa e frustração. Ningu"m mais pode fazer isso, maseus pode. 2ntão, embora eu ten5a afundado na maisbaiAa profundeza do pecado e degradação, 2le pode fazer-me regozi:ar em Sua grande salação.

#or conseguinte, 2le me concede isso dando-me umanoa natureza e um senso de um noo in;cio, um noocomeço. Nen5um 5omem pode ser realmente feliz esatisfeito, se ele sente que ai gastar o resto de sua idaeAatamente como era antes, porque ele argumenta daseguinte forma9 F2u estou arrependido pelo que fiz, mas seique ou fazer a mesma coisa noamente. +5,desenturado 5omem que eu sou, em que miser$eleAist!ncia eu me encontroLG 6odaia aqui " uma oferta deuma noa natureza, um noo in;cio, um noo começo. 2sse" o eangel5o de ?esus (risto. 2le propõe nos criar de noo,fazer de n7s noos 5omens com a natureza diina dentrode n7s, e assim temos um noo começo de ida. Nãoapenas isso, mas isso por sua ez faz um 5omem sentir quelibertação " realmente poss;el. F2u preciso de 6i todas as

5oras,G diz o cristão. FQiques 6u bem :unto a mim.G #orqu! F6entações perdem o seu poder, quando 6u est$s porperto.G 2u começo a sentir que 2le est$ comigoI e 2le "

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tin5a ca;do nesses terr;eis pecados. 2ntão ele clamou poressa renoação dentro dele e por esse esp;rito inabal$el.2u ouso dizer que todo cristão sabe o que isso significa. Cmcristão não " um 5omem que confia em si mesmo. 2le " oúnico que recon5ece sua pr7pria debilidade. #recisa ser um

cristão para er a grande negritude do seu coração e afragilidade de sua pr7pria natureza. M$ um tipo de cristão,eu lamento dizer, que se comporta como se pudesse fazertodas as coisas. 2le tee uma eAperi!ncia de conersão, eagora est$ pronto para encarar o inferno, o diabo equalquer coisa. #obre su:eito, ele não ir$ muito longe antesde perder esse senso de confiança. F'quele, pois, que

pensa estar em p",G disse o ap7stolo #aulo a tais pessoas,Fe:a que não caiaG D& (or;ntios &9&*E. Não, o cristão " um5omem que recon5ece sua pr7pria fragilidade, e ele temeisso. 2ntão ele ora por um esp;rito est$el, um esp;ritoinabal$el. 2le quer ser um 5omem inulner$el.

+ que mais 'qui est$ a pr7Aima coisa O FPestitui-mea alegria da tua salaçãoI e sust"m-me.G FSust"m-me O eu

não posso sustentar a mim mesmoG, ele disse. FSustenta-me, eu sou fr$gil e fraco, e o mundo " sombrio epecaminoso. 2stou cercado pela tentação, insinuações esugestões de pecado. 6en5o medo de cairI sust"m-meSen5or.G 2sse " o cristão O um 5omem que recon5ece quese eus não o sustentar, ele certamente cair$.

2 a última coisa que ele eApressa aqui "9 FPestitui-me

a alegria da tua salaçãoI e sust"m-meG, diz a 0ersão'utorizada, Fcom teu esp;rito lire.G H conencionado queessa " uma tradução erradaI " mel5or desta forma 9Fsust"m-me com um esp;rito olunt$rioG. Noutras palaras,ele est$ orando por isto9 F2u peço que 6u me enc5as comum esp;rito olunt$rio, para que eu este:a sempre dispostoa fazer o que 6u pedires de mim. <uero estar disposto para

andar no camin5o dos 6eus mandamentos, então restitui-me essa alegria da 6ua salação e sust"m-me com umesp;rito reto e olunt$rioG. 2 " claro que o cristão sabe que

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tudo isso s7 " poss;el de uma maneira O a maneira queai :$ 5aia eApressado nas palaras9 FNão me lances forada tua presença, e não retires de mim o teu 2sp;rito SantoG.2sse era o maior medo que ele tin5a, que eus, por causado seu pecado, pudesse oltar as costas para ele. FNão

faça issoG, clamou aiI Fnão me lances da tua presença,não retires de mim o teu 2sp;rito Santo.G Noutras palaras,o cristão recon5ece que, como ele precisa de uma firmezana ida, precisa de ser apoiado, precisa desse esp;ritoolunt$rio, 5$ uma única resposta, e essa resposta " o domdo 2sp;rito Santo. 2, graças a eus, essa " a resposta doeangel5o no Noo 6estamento. eus coloca Seu 2sp;rito

em n7sI e o 2sp;rito de eus pode fazer-nos firmes, 2lepode nos sustentar, pode nos dar essa disposição, essaprontidão para andarmos no camin5o dos mandamentos deeus. ' confiança do cristão nunca est$ nele mesmoI elaest$ no poder do 2sp;rito Santo que eus em (risto, eatra"s de (risto, d$ a ele.

' última coisa que deo mencionar " esta. ' última

caracter;stica do cristão " que ele agora dese)a viver para aglória de Deus, e est$ dese)oso para que todos os outros!a#am o mesmo. +uçam ai nos ers;culos &-&)9 F2ntãoensinarei aos transgressores os teus camin5os, e ospecadores a ti se conerterão. /ira-me dos crimes desangue, 7 eus, eus da min5a salação, e a min5a l;ngualouar$ altamente a tua :ustiça. 'bre, Sen5or, os meusl$bios, e a min5a boca entoar$ o teu louorG. 2u nãopreciso me deter nisso. <ualquer 5omem que recon5eceque eus em Sua graça tem perdoado seu pecado,apagado as suas transgressões, laado e purificado seucoraçãoI qualquer 5omem que sabe quão il ele tem sido, equão marail5osas são essa graça e ida de eus O equalquer 5omem que realmente recon5eceu eeAperimentou isso dee necessariamente sentir que 5$

somente uma coisa a ser feita nesta ida e neste mundo Oier para a gl7ria de eus. Se um 5omem não sente isso,ele " desprez;el. Se eu me leanto aqui e afirmo que creio

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que eus eniou Seu Qil5o unig!nito para aquela cruz5edionda no (al$rio para morrer por meus pecados, queeus tem me amado de tal maneira que fez isso por mim Ose afirmo isso e não quero ier para a 5onra e gl7ria deeus, estou afirmando que sou o maior ingrato e miser$el

que o mundo :$ iu. Não 5$ necessidade deargumentarmos acerca dessas coisas. 'migo, se algu"mfaz uma boa ação para oc!, oc! tem um senso degratidão para com ele, e pergunta9 FMaeria alguma coisaque eu possa fazer por oc! Se oc! tier qualquerproblema, deiAe-me saber. Sinto que l5e deo tanto, deiAe-me fazer o que posso por oc!G. 2 aqui est$ o eus santo

que nos tem perdoado de nossos pecados imundos at"mesmo ao custo do sangue derramado de Seu pr7prioQil5oL Não deeria 5aer necessidade de apelar aos5omens para serem santosI deeria ser suficiente dizer-l5es o que eus tem feito e então deiAar isso ao seu sensode 5onra.

FV eusG, disse ai, Frestitui-me a alegria da tua

salaçãoI e sust"m-me com teu esp;rito lire. *ntãoG,ineitaelmente, Fensinarei aos transgressores os teuscamin5os, e os pecadores a ti se conerterão.G 2u gastareimeu tempo, ele disse, entoando o 6eu louor, ministrandopara 6ua gl7ria. 2u persuadirei outros a irem a 6iI ol5areipara eles com um ol5ar diferente. 2u os erei como ten5oisto a mim mesmo, perdendo a maior e a maismarail5osa coisa na ida, e direi a eles9 F0en5am a eus,encarem o pecado de oc!s, creiam n2le, e oc!s terãoesta marail5osa alegria, esta sustentação, esta força etudo que necessitaremG. F*ntãoG O e " esse FentãoG, eudigo, que " ineit$el em todo erdadeiro cristão. Cmcristão, noutras palaras, " um 5omem que recon5ece aerdade sobre si mesmo, e que :$ recebeu tanto de eusque quer er todos desfrutando b!nçãos semel5antes. H

como um 5omem que pode ter sofrido por anos de algumadoença ou indisposição dolorosa, que buscou todos osm"dicos de seu pr7prio pa;s e de outros pa;ses e não

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encontrou cura, e finalmente, depois de muitas tentatias,encontra o al;io e liramento. + que esse 5omemdese:aria fazer 2le quereria que todos os outros que estãosofrendo da mesma enfermidade saibam acerca de suacura. 2le sente que est$ em d"bito com eles. 2le ! um

caso similar e diz9 F0oc! tem eAperimentado isso 2leoperou marail5as em mim. +Aal$ oc! tentasse isso eficasse como eu estouLG 2 " eAatamente isso o que ocorrecom um erdadeiro cristão. + 5omem que " cristão est$triste por aqueles que estão iendo em pecado. 2lelamenta por este mundo infeliz tentando encontrar alegriae nunca a encontrando, tentando beber $gua de uma

cisterna rompida e nunca encontrando satisfação. 2le !5omens c5egando perto da morte, do fim da ida, pr7Aimodo :ulgamento e da perdição eterna, e ele se sente tristepor causa deles. #ercebe que eles estão cegados porsatan$s, perdendo a coisa mais gloriosa de todas, e querque eles saibam disso. 'ssim, tendo passado por essaeAperi!ncia, ele faz o m$Aimo para que outros possam t!-latamb"m.

#ortanto, ol5amos :untos para algumas das caracter-;sticas do cristão. Keu amigo, eu :$ disse, e afirmonoamente, a questão mais importante no mundo "simplesmente esta9 oc! " um cristão 0oc! con5ece algodessa alegria 0oc! con5ece algo dessa suprema confiançano poder do 2sp;rito Santo 0oc! sente que tem algumacoisa que gostaria que outros tamb"m tiessem 2sses sãoalguns dos testes mais simples. Se oc! tem essa b!nção,que eus continue abençoando-o. Se não a possui, se senteque essas simples questões t!m condenado oc!, e senteque realmente não " um cristão, então tudo que eu ten5o adizer "9 $ e confesse isso a eus. Não perca tempo. iga a2le que oc! tem enganado a si mesmo, que recon5eceque não " um cristão. iga a 2le que oc! quer ser cristão,

peça a 2le que pelo Seu 2sp;rito Santo ilumine oc!. H tãosimples quanto isso O confesse seu pecado, recon5eça suatransgressão e peça a 2le por esse perdão em (ristoI e

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oc! ir$ receb!-lo. 2ntão agradeça a eus, e $ falar arespeito d2le a outros que estão em treas e na mesmamis"ria. 'm"m.