martim pescador - fevereiro 2013

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Fevereiro 2013 Número 110 Ano IX Tiragem 3.000 exemplares PROCISSÃO Na represa Billings, cerca de 50 barcos homenagearam Nossa Senhora dos Navegantes. Pág. 3 Gilson Rubens e Helinho na praça da Conversa Mole, no Bonete, em Ilhabela, mostram que o encanto do lugar inclui muita conversa de pescador. Págs 4 e 5 Pescador artesanal, saiba a data de troca de sua carteira de pesca (RGP). Pág. 2 Em Ilhabela, o Bloco do Tim Malha empatou com a Banda das Bonitas. Pág. 8 Maria Lúcia da Silva, a Lili, fala de uma gostosa receita baiana de bolo de mandioca. Pág. 7

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Page 1: Martim Pescador - Fevereiro 2013

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Fevereiro 2013Número 110Ano IX

Tiragem 3.000exemplares

procIssãoNa represa Billings, cerca de 50 barcos homenagearam

Nossa senhora dos Navegantes. pág. 3

Gilson

rubens e Helinho na praça da conversa Mole, no Bonete, em Ilhabela, mostram que o encanto do lugar inclui muita conversa de pescador. págs 4 e 5

pescador artesanal, saiba a data de troca de sua carteira de pesca (rGp). pág. 2

Em Ilhabela, o Bloco do Tim Malha empatou com a Banda das Bonitas. pág. 8

Maria Lúcia da silva, a Lili, fala de uma gostosa receita baiana de bolo de mandioca. pág. 7

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Fevereiro 20132

Av. Dino Bueno, 114 Santos - SP

CEP: 11030-350Fone: (013) 3261-2992www.jornalmartimpescador.com.br

Jornalista responsável: Christina Amorim MTb: 10.678/SP [email protected] e ilustração: Christina Amorim; Diagramação: cassiobueno.com.br; Projeto gráfico: Isabela Carrari - [email protected]

Impressão: Diário do Litoral Fone.: (013) 3226-2051Os artigos e reportagens assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou da colônia

EXPEDIENTE Órgão Oficial da Federação de Pescadores do Estado de São Paulo

Presidente Tsuneo Okida

Av. Dino Bueno, 114 Santos - SP

CEP: 11030-350Fone: (013) 3261-2992www.jornalmartimpescador.com.br

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Impressão: Diário do Litoral: Fone.: (013) 3226-2051Os artigos e reportagens assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal ou da colônia

EXPEDIENTE Órgão Oficial da Federação de Pescadores do Estado de São Paulo

Presidente Tsuneo Okida

ApAs MArINHAsTrês áreas de proteção ambiental (APAS) marinhas

foram criadas em outubro de 2008 a partir de decretos as-sinados pelo governador José Serra (PSDB). O objetivo é disciplinar o uso de recursos ambientais, ordenar a pesca, o turismo recreativo e as atividades de pesquisa. Cada uma das três unidades de conservação tem seu próprio conselho

gestor, composto por 12 representantes do governo e 12 da sociedade civil. Desde sua criação em março, as reuniões têm sido mensais para debater temas relacionados a or-denamento pesqueiro, programas de educação ambiental, pesquisa, proteção e fiscalização. Além dos conselhos foram criadas Câmaras Temáticas nas áreas de Pesca, Planeja-

mento & Pesquisa, e Educação & Comunicação.As APAS pertencem ao grupo de Unidades de Uso Susten-

tável do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza-SNUC. Além das três APAS Marinhas também foi criado o Mosaico das Ilhas e Áreas Protegidas que reúne as três novas unidades de conservação e outras já existentes.

pescador Artesanal

Termina o defeso da sardinha

A partir da data de seu ani-versário você tem 30 (trinta) dias para solicitar a troca de sua carteira de pescador (RGP-Registro Geral de Pesca). Procure a Colônia de

Pescadores mais próxima, ou o

escritório do Ministério de Pesca Aquicultura-MPA para mais in-formações.Se perder o prazo, deve com-

parecer ao escritório do MPA para fazer o registro. Se até 60 (sessenta dias) após a data de seu aniversário

a solicitação de troca de carteira não tiver sido feita, sua licença ficará suspensa por 2 (dois) anos.

Mais informações no escritório do MPA em Santos: (13) 3261.3278/ ou em São Paulo: (011) 3541-1380 ou 3541-1383.

Aposentadoria do pescador artesanal – ter idade mínima de 60 anos para homem e 55 para a mulher, além da comprovação do efetivo trabalho como pescador(a) artesanal em regime de economia familiar por mais de 15 anos.Aposentadoria por invalidez

ou auxílio-doença – estar pagando o INSS ou ter registro em carteira de trabalho (contribuição pelo em-pregador), além de estar acometido por doença que incapacita para o trabalho, com afastamento médico superior a 15 dias. Amparo assistencial ao

portador de deficiência física ou

mental – estar acometido por do-ença/deficiência física ou metal que causa a incapacidade para o trabalho. Não há necessidade de estar pagando o INSS, mas não pode estar recebendo outro benefício do INSS (pensão por morte, por exemplo)Amparo assistencial ao Idoso

– ter idade mínima de 65 anos e não estar recebendo outro benefício do INSS (pensão por morte, por exemplo)

Fonte: Dr. Luiz Henrique da Cunha Jorge - advogado especiali-zado em Direito Previdenciário.

pescador, saiba quem tem direito à aposentadoria e amparo assistencial

conselho Gestor se reuniu em fevereiro

Terminou dia 15/2 o primeiro defeso anual da sardinha (Sardinella brasiliensis), que teve início em 01/11/12. A primeira fase visa pro-teger a desova, e a segunda, que vai de 15/6 a 31/7, protege os peixes que estão entrando no recrutamento, ou seja, aqueles que nasceram durante o verão e têm em média nove cen-tímetros de comprimento, passando

assim para a área dos peixes adultos no inverno.

A sardinha foi o principal pes-cado no Estado de São Paulo, no período de janeiro-julho de 2012, com captura de 3,3 mil toneladas, seguida do camarão-sete-barbas (1,7 mil toneladas) e da corvina (1,2mil toneladas), segundo levantamento do Instituto de Pesca da Secretaria

de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O Instituto de Pesca é responsável pela execução do Programa de Monitoramento da Atividade Pesqueira (PMAP), coordenado pelo Laboratório de Estatística Pesqueira (Santos) com o apoio dos Núcleos de Pesquisa e Desenvolvimento do Litoral Norte (Ubatuba) e Sul (Cananéia).

O Conselho Gestor da APA Marinha Litoral Centro teve a primeira reunião de 2013, dia 5 de fevereiro. O coordenador do conselho, Marcos Campolim, iniciou a reunião relatando Moção do Conselho Gestor solicitando ao INMETRO parâme-tros de Normas para petrechos de pesca. Na ocasião foi questionado se materiais construtivos de melhor qualidade serão de fato benéficos, caso os petrechos sejam perdidos, abandonados ou descartados no mar. Após discussão, o encaminhamento foi voltar para a CT Pesca alinhavar três moções distintas sobre pesquisa, logística reversa e qualidade dos materiais constru-tivos dos petrechos de pesca.

Em seguida, Campolim explicou que foi iniciado o processo de renovação do Conselho Gestor Biênio 2013-2014, que tem vencimento dia 5 de abril de 2013. A renovação dos membros da sociedade civil é realizada mediante habilitação através de eleição, convocada por edital. Para os

órgãos governamentais, é realizado convite através de oficio expedido pelo Diretor Executivo da Fundação Florestal. Assim que o Edital de convocação da sociedade civil for publicado, os interessados deverão entregar os documentos necessários na sede da APA Marinha Litoral Centro.

Maurício Leme da Fonseca, da Petro-bras, apresentou o Projeto de Caracterização Regional da Bacia de Santos PCR-BS que está sendo executado através do Centro de Pesquisas Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), da Petrobras/RJ. O PCR--BS visa consolidar o conhecimento sobre os aspectos físico, químico, geológico, biológico e socioeconômico da região. É composto por duas fases de execução, e no momento encontra-se na fase 1.

Fernanda Terra, coordenadora do Plano de Manejo das APAs Marinhas, apre-sentou sua equipe e explicou que a previsão da assinatura do contrato entre a Fundação Florestal e o consórcio IDOM-GEOTEC

será ainda este mês. Diana Gurgel, do Ministério da Pesca e Aquicultura-MPA, informou sobre a Instrução Normativa nº 13 de 28/12/2012 que estabelece pro-cedimentos para atualizar dados do RGP e substituir Licença (carteira) de Pesca Profissional. Pescadores profissionais artesanais que tenham feito aniversário no mês de janeiro de 2013 terão que fazer o procedimento em janeiro de 2014 para re-alizar o seu recadastramento e substituição da carteira. O pescador deverá preencher formulário no site do MPA, imprimir e assinar e entregar na Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura - SFPA ou nas entidades conveniadas ao MPA (Colô-nias de Pescadores). Caso perca este prazo, deverá se entregar o formulário apenas na Superintendência do MPA. Pescador profissional industrial também terá que substituir o modelo da sua carteira de pesca profissional, porém, isto ocorrerá após o recadastramento dos pescadores artesanais.

Marcos campolim coordena a reunião do conselho Gestor

priscila saviolo, Felipe Augusto de souza e Fernanda Terra

representante da petrobras, Maurício Leme da Fonseca

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Fevereiro 2013 3

de outros projetos em andamento. “Tiram as condições normais dos trabalhadores da pesca e nada ofere-cem em troca”, afirma Freitas. Outro problema está no fechamento da pesca profissional na Bacia Hidro-gráfica do rio Guaporé, fronteiriço de Brasil e Bolívia, decretado pela Assembleia Legislativa Estadual em abril de 2007 e depois em junho de 2012. “Mais de 2 mil famílias de pescadores estão à mercê da sorte e endividadas, sem esperança de seu retorno à normalidade”, explica. “Entramos com ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 4085 no Supremo Tribunal Federal e aguar-damos até hoje o julgamento sem sucesso”, acrescenta. Apesar dos problemas pontuais em seu Estado, Freitas elogia as ações do atual ministro da Pesca. “Depois que o ministro Crivella assumiu muitas coisas boas aconteceram e estão para acontecer, então só nos resta pedir a Deus e à presidente Dilma sua permanência no Ministério para o bem dos pescadores de Rondônia e do Brasil”, finaliza.

pescadores em rondônia enfrentram problemas

NossA sENHorA dAs áGuAs docEs

Dia 27 de fevereiro, das 8h às 16h, acontece assembleia ordinária para eleição da diretoria e do Conse-lho Fiscal da Colônia de Pescadores Z-3 “Floriano Peixoto”, em Vicente de Carvalho. Guarujá. Segundo o atual presidente da Z-3, Edson dos Santos Cláudio, o mandato será de

três anos. Uma das lutas da colônia é fazer com que o pescador mantenha sua documentação em dia para ter direito a todos os benefícios sociais que a lei oferece. “Tivemos muitas modificações com instruções norma-tivas, por isso os representantes de colônias e da Federação tiveram que

se mobilizar para corrigir medidas que poderiam prejudicar os pesca-dores artesanais”, afirma. “Levamos os problemas ao ministro da Pesca, Marcelo Crivella”, que prontamente nos atendeu”, acrescenta edson. Uma das vitórias alcançadas foi a permissão para que o aposentado

e o trabalhador com outro vínculo empregatício possa ter a carteira de pescador (Registro Geral de Pesca). O direito de exercer outras profissões concomitantes com a pesca artesanal é garantido pela Constituição Brasi-leira, por isso muitos pescadores se julgavam prejudicados por decisões

de Instruções Normativas que não podem ferir a Constituição. Hoje, muitos profissionais não conse-guem mais viver exclusivamente da pesca, assim trabalhavam antes na informalidade, pois não conseguiam obter a documentação de pescador artesanal.

Rondônia, Estado localizado na região norte do Brasil possue 1,6 milhão de habitantes. Cerca de 10 mil habitantes do Estado se dedicam à atividade pesqueira, usando rede de emalhe, linhada, e molinetes nas águas de rios e continentais. Os pei-xes mais encontrados nas suas águas continentais são lambari, surubim, dourado, pirapitinga, piau, pacu, traira, jatuarana, e outras espécies variadas, exceto camarão e caran-guejo. “Além da pesca nativa o es-tado de Rondônia é um grande pro-dutor de peixe de cativeiro”, afirma Hélio Braga de Freitas, presidente da Federação de Pesca e Aquicultura do Estado de Rondonia e secretário de Movimentos Socioeconômicos da Confederação Nacional de Pesca. “O tambaqui é referencial de pro-dução da região norte, e somos hoje responsáveis por uma grande parte do abastecimento do nosso país”, acrescenta. Contando com clima favorável, a piscicultura se tornou forte. Uma das metas agora é chegar com o produto aos grandes centros consumidores. Embora a aquicultura

Não são apenas os marítimos que comemoram o dia de Nossa Se-nhora dos Navegantes. Pescadores da represa Billings realizaram uma procissão terrestre e náutica em sua homenagem no dia 3 de fevereiro. Embora o dia da santa seja dia 2

de fevereiro, ficou estabelecido no calendário da cidade de São Ber-nardo do Campo como o primeiro domingo do mês. A data também é comemorada pelas religiões afro-brasileiras como o dia de Iemanjá, orixá das grandes águas.

Cinquenta barcos estiveram presentes, e 1.500 pessoas partici-param e assistiram o evento. Além das procissões náutica e terrestre, houve bênção das embarcações, queima de fogos e apresentação da orquestra de viola caipira de São

Bernardo do Campo. A comemo-ração foi realizada pela Paróquia São João Batista do Riacho Gran-de, Prefeitura de São Bernardo do Campo e Capatazia da Colônia de Pescadores Z-1 na Represa Billings. Segundo a coordenadora

da Capatazia, Vanderlea Ro-chumback Dias, a comemoração acontece há 60 anos no local. Durante algum tempo foi apenas terrestre, mas desde 2010 conta com a participação da capatazia e pescadores da represa.

Eleição na Z-3

passe por um bom momento, os pes-cadores artesanais enfrentam vários problemas no Estado. O rio Madeira hoje está afetado pela construção de hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, assim como outras cen-trais hidrelétricas causam impactos no rio Jamari e no rio Canaã, além

Hélio Braga de Freitas é presidente daFederação de pesca e Aquicultura doEstado de rondônia

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BoNETE, o pArAíso MorA Ao LAdo

Chegando de barco à praia do Bonete, ao longe se vê a imagem de natureza preser-vada. As frondosas árvores de chapéu-de-sol se estendem de um canto ao outro, as canoas coloridas, feitas de um tronco só, repousam na areia, e as crianças remando mostram a habilidade herdada de muitas gerações de antepassados pes-cadores. Toda essa tranquilida-de é garantida pela dificuldade do acesso, que pode ser feito por mar ou por uma trilha de 12 km, que pode render uma caminhada de cerca de quatro horas. Por barco, os moradores mantêm um serviço de trans-porte para os visitantes, em viagens com duração de duas horas na canoa e 40 minutos na lancha voadeira que sai do Tebar, em São Sebastião.

A passagem de corsários europeus nos séculos 16 e 17 ficou presente na feição dos moradores, muitos loiros de olhos azuis. Das atribulações do período colonial, restou muito sossego no Bonete. Ali mesmo na praia, a Praça da Conversa Mole mostra que a comunidade ainda conserva uma tranquilidade que as ci-dades urbanizadas esqueceram. Se alguém tiver dúvida, é só ler a placa “Aqui se encontram pescadores, caçadores e mui-tos mentirosos e continuam chegando cada vez mais”. O autor da frase, o pescador Brasílio Leite de Souza, já falecido, deixou como legado o pensamento que exprime uma filosofia de tempos em que as pessoas podiam parar para

jogar fora um dedo de prosa. Seu filho, Rubens Leite de Souza, 67 anos, lembra do pai com saudades, e ali sentado na praça se reúne para conversar com amigos.

Rubens já foi pescador e trabalhou por 18 anos num rebocador da Petrobras, mas hoje está aposentado. “Meu pai me ensinou a pescar, ele tinha cerco e pegava muita cavala”, lembra-se. “Eu acordava às 5h da manhã e ia pescar, quando não ia para a roça, com a mu-lher e os quatro filhos”, conta. “hoje, os filhos cresceram e não querem mais”, complementa. Nessa época pegava anchova na rede de espera, pescava lula, que muitas vezes era assada na brasa, no fogão a lenha. “Aqui encontrava banana para vender no centro de Ilhabela ou São Sebastião, e com o dinheiro fazia compra do mês, feijão, arroz, café, querosene”, explica, porque o resto tinha na roça. Plantavam mandioca, milho, cana. Faziam o tradicional café caiçara, coado na garapa quente. Rubens calcula que antigamen-te havia 50 famílias morando no Bonete, e hoje o número subiu para cerca de 200. Três filhos se mudaram para São Sebastião e a filha Patrícia permanece no Bo-nete, onde o marido Helinho, dirige a Pousada Margarida. Seu Rubens gosta da vida atual. Lembra-se que antigamente a água era trazida de balde da cachoeira, e o banho era de bacia. “Agora tem água en-canada e a luz é de gerador”, conta. “Agora tá mais fácil a vida”, conclui. A prosa na varanda

Coluna

primeiro lote de equipamentos da Embraport chega ao Brasil

No último dia 15 de fevereiro, a Embraport recebeu o primeiro lote de equipamentos – três portêineres e 11 transtêineres – que auxiliarão na movimentação do novo complexo portuário.

O portêiner, com mais de 124 metros de altura e aproximadamente 1.600 toneladas, é um guindaste es-pecífico para retirar ou inserir con-têineres nos navios. Já o transtêiner, com dimensões de 25,20 metros de altura e 381 toneladas, serve para movimentar as cargas dentro do próprio pátio. Na primeira fase, o terminal terá seis portêineres e 22 transtêineres.

Aproximadamente 100 integran-tes, de todas as áreas da empresa, acompanharam a chegada do navio. A embarcação que trouxe os equi-pamentos saiu de Xangai, na China, no dia 13 de dezembro de 2012, e viajou mais de 20 mil quilômetros até chegar à Barra de Santos, no dia 08 de fevereiro.

Uma equipe da área de manuten-ção da EMBRAPORT acompanha todo o processo, desde a especifi-

cação e inspeção da construção dos equipamentos até o carregamento do navio. A embarcação com o segundo lote de equipamentos composto por outros três portêineres e 11 trans-têineres saiu de Xangai no dia 08 de fevereiro e chega ao Brasil em abril.

Ernst Schulze, diretor-presidente da EMBRAPORT, destaca que os

equipamentos recém-adquiridos são os mais modernos do mundo para operação de contêineres e colocarão a companhia na vanguarda tecnoló-gica do setor. “Nosso terminal será diferenciado e de alta produtividade, e por isso estamos investindo em máquinas de ponta, em segurança, e também na capacitação de nossos integrantes”, reforça.

Estu

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Navio chinês Zhen Hua 10 no momento da chegada ao cais da Embraport

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BoNETE, o pArAíso MorA Ao LAdo

Seu Benedito Correa pega no violão e ensaia um som. Aos 88 anos confessa que não lembra de muitas músicas que tocava antes. “Meu pai foi violeiro, canta-va na Folia de Reis”, conta, mostrando de onde veio seu talento artístico. “Antiga-mente, eu cantava com a bandeira do Espírito Santo e São Benedito, fazia versos na festa da padroeira do Bonete, Santa Verônica”, recorda.

Mas não foi só a arte musical que herdou do pai, também chamado de Bene-dito. Com ele aprendeu a pesca na canoa de um tronco só. “Meu pai pescava na rede de emalhe anchova, cavala, cação, sororoca, xarelete”, enumera. ”Para pescar e viajar de canoa, tudo era no remo”, explica. Até cinco anos atrás ainda cultivavam a roça, com mandioca, milho e feijão. Hoje, até a casa de farinha está abandonada, embora um de seus filhos ainda fabrique o tradicional produto. Casado com dona Nivea, teve 10 filhos, cinco faleceram. Gilberto tocava

viola, violão e sanfona no grupo Raízes de Ilhabela, e Waldemir viola. Waldir, ainda vivo, toca a viola, e ensinou a arte a três filhos. A pesca também passou para as novas gerações, dois filhos e quatro netos de seu Benedito ainda vão para o mar em bus-ca do peixe. Quatro de seus filhos, dois homens e duas mulheres moram no Bonete, e um filho em São Sebastião. Segundo a filha Verena, os filhos e seu próprio marido já estão se aposentando da pesca. “Mas meu filho adora pescar, se pudesse passava o dia inteiro no mar”, garante.

Quando perguntado quantos netos e bisnetos tem, seu Benedito diz que perdeu a conta. A filha Verena ajuda no cálculo, concluindo que são 24 netos e 17 bisnetos. Dos tempos antigos, seu Benedito tem saudades das festanças, principalmente a Folia de Reis, que ia da véspera de Natal até 6 de janeiro, quando os violeiros varavam as madrugadas de porta em porta, cantando suas canções.

A praia do Bonete, com 600 metros de extensão é a mais larga de Ilhabela. A trilha para se chegar ao local sai do bairro de Sepituba, no extremo sul da ilha. O turis-ta que ali chega vem atraído em conhecer uma comu-nidade de pescadores que ainda conservam a cultura caiçara. Além de observar a beleza da paisagem e os pássaros do local, é possí-vel praticar o surfe, fazer trilhas, mergulhar e tomar banhos de cachoeira. Para saber as condições da trilha, é possível contatar o telefo-ne (12)3896.2585. No local existem casas para alugar, pousadas e camping, sendo porém proibido acampar na praia. Algumas pousadas,

como a Margarida (www.pousadamargaridabonete.com.br) pertence a família de antigos moradores do Bonete, que prezam por servir uma comida caseira, e com pratos tradicionais.

O contato pode ser feito pelo telefone comu-nitário com Helinho (12) 3894.7000/3894.7001. A Pousada Canto Bravo (www. pousadacantobra-vo.com.br) também pre-serva a cultura local, ser-vindo pratos como o mar azul, feito com anchova e banana da terra. No res-taurante da Roseli também é possível experimentar alguns pratos especiais, como a lula flambada na cachaça.

Turismo & Gastronomia

sEu BENEdITo, pEscAdor E vIoLEIro

roseli serve a lula

flambadana cachaça

seu Benedito, a esposa Nívea e a filha Verena

seu Benedito tem saudades da Folia de reis

seu Benedito conta que a casa de farinhafoi abandonada

Elias romão Filho mostra que as plantações de mandioca ainda sobrevivem

seu rubens e sua tradicional

canoa

A prosa na varanda

A jovem com o computador e a rede

de pesca ao fundo mostra o contraste

das gerações

dona Lourdes Leopoldina santos, nascida há 60 anos no Bonete, ainda sai para capinar mandioca

pescadores remendam as redes na praia

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Fevereiro 20136

Agar, do salgado ao doce

INgrEDIENTEs:1 xícara (chá) de arroz4 xícaras (chá) de água1 ½ litro de leite1 colher (sopa) de margarina1 lata de leite condensadoCravocanela em pau e em póPrEParo:Colocar o arroz na água com cravo e canela e deixar

cozinhar até secar bem, de modo que ao mexer com a colher de pau dê para ver o fundo da panela. Acrescentar 1 litro de leite e deixar cozinhando até atingir o mesmo ponto. Acrescentar mais ½ litro de leite. Quando colocar o leite restante dei-xe secar até a metade. Acrescente uma colher de sopa de margarina com sal e o leite condensado, mexendo bem. Quando começar a ferver, apague o fogo. Passe para um vasilhame e jogue canela em pó por cima.

Mais uma vez, a Triunfo Par-ticipações, prestigiou a comunida-de dos pescadores através de uma reunião com os representantes das colônias de pescadores e Federação em 21/12/2012. Durante a visita foi apresentado o andamento do processo de licenciamento ambiental junto ao IBAMA do projeto Terminal Brites. Nesta ocasião foram apresentadas atu-alizações do projeto, em que passará o terminal a operar somente um tipo de carga em seu pátio. Ou seja, ao invés

da ideia inicial da movimentação de três tipos diferentes de carga (carga geral conteinerizada, granéis sólidos e granéis líquidos), o projeto atualizado prevê apenas a operação de granel sólido mineral no empreendimento. Originalmente, a operação das car-gas com destino ao terminal seriam predominantemente transportadas pelo modal rodoviário (SP – 055). Já na atual concepção, esta carga será recebida exclusivamente pelo modal ferroviário, que corta o pátio do Ter-

minal, enquanto a distância entre a SP-055 e o empreendimento é de cerca de 3km, não existindo atualmente acesso viário compatível, além da mesma encontrar-se saturada e sem projetos de melhorias. Além disso, com a atualização, outras melhorias de projeto foram possíveis, sendo uma delas, a eliminação de uma das pontes de acesso ao píer, antes no número de duas. Todas essas atualizações já foram submetidas ao IBAMA estando o processo em regular andamento.

O pescado de um modo geral é um alimento rico em ácidos graxos, ômega3, que são importantes para a saúde, porém para se beneficiar deste alimento é imprescindível tomar alguns cuidados, desde o momento da compra até o pre-paro deste alimento. O pescado é muito suscetível à deterioração devido sua riqueza em água, que favorece o desenvolvimento e so-brevivência de microrganismos e presença de gorduras que propicia o desencadeamento das reações de oxidação (ranço) que é respon-sável pela alteração na coloração e aroma, o que reduz o tempo útil de aproveitamento. Nas lulas a deterioração é do tipo fermentativa e ocorre por conta do alto teor de carboidratos (glicogênio) e menor teor de nitrogênio. A qualidade do pescado reside no seu frescor e esta deve ser a exigência número um do consumidor, que deve sempre observar atentamente o aspecto e odor, mesmo que o local assegure boas condições, pois são produtos altamente perecíveis.

São as seguintes características desejáveis para polvos e lulas: ter a pele lisa e úmida, olhos vivos e salientes, carne consistente e elás-tica, não apresentar pigmentação estranha à espécie, e ter cheiro próprio e agradável.

O polvo tem a coloração acin-zentada a levemente rosada, en-quanto que, a lula mostra uma coloração clara a levemente rosada. O consumidor não deve adquirir estes animais quando apresenta-rem coloração vermelha ou roxa, principalmente na parte interna dos tentáculos.

Para uma boa compra alguns conselhos são pertinentes:

- como os polvos, as lulas, e todos pescados, se alteram rapida-mente, é oportuno que sua aquisi-ção seja feita no final da compra. O transporte desta matéria-prima deverá ser feito em gelo e de for-ma rápida. Assim que chegar à residência é importante manter a refrigeração;

- quando expostos para a co-mercialização, verificar se estão

envolvidos por gelo de forma adequada para que ocorra o res-friamento por igual, evitando a deterioração;

- no caso de produtos emba-lados, é importante observar a rotulagem desses produtos, quanto à origem, validade, peso, registro no SIF;

- caso o pescado esteja sendo comercializado descongelado, o consumidor deverá ser informado desta condição para não fazer novo congelamento.

Os polvos e lulas antes de ser congelados, devem ser muito bem lavados e cortados em pedaços. Em seguida devem ser deixados de molho em água salgada por 5 minu-tos, e depois deve-se escorrer bem a água e secar. Podem também ser congelados após prévio cozimento. O descongelamento deve ser feito em geladeira.

A carne do polvo é saborosa, porém é elástica necessitando cozimento lento. Pode ser utili-zado para o preparo de diferentes pratos. A lula apresenta carne firme e também pode ser utilizada para diferentes pratos como moquecas, risotos, paella, ou ao vinagrete. Do ponto de vista calórico uma colher de sopa de polvo (22 g) tem 19 calorias, um pires de lula cozida (100 g) tem 92 calorias, enquanto que 100 g de lula frita fornecem 190 calorias.

como escolher polvo e lula saudáveis-II

Augusto Pérez Montano - Médico Veterinário, membro da Comissão de Aquicultura do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo.

Brites apresenta atualização de projeto de terminal

A médica veterinária Agar Alexandrino Pérez, formada na Unesp de Botucatu, cidade onde nasceu, sempre se interessou por qualidade do pescado. Sua es-pecialização nessa área teve início em 1976, ao ingres-sar no Instituto de Pesca, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. No início se dedicou à aquicultura, que já é voltada para a obtenção de pescado de qua-lidade. Ao se mudar para Santos, no ano 2000, ainda no Instituto de Pesca seu foco passou a ser controle e qualidade de pescado. Agar repassa sua experiência na área em cursos e palestras para pescadores e público em geral. E de tanto lidar com frutos do mar, acabou levando sua experiência também para a gastronomia. Agar já nos ensinou sua deliciosa receita de bacalhau. Mas além de pratos salgados seu interesse também é fazer doces que aprendeu com sua mãe na infância. Aí vai sua especial receita de família de arroz doce.

Arroz doce

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Fevereiro 2013 7

Das agruras do trabalho na terra, Lili recorda bem. Mas, apesar da lida incessante, a alegre convivência com os irmãos e o gosto indescrití-vel dos produtos da roça, como o arroz vermelho com sabor de terra, são prazeres insuperáveis comparados com a vida de hoje na cidade. “Na roça, a gente plantava mandioca, batata, abó-bora, melancia, feijão, milho, arroz no brejo ... e ficava o dia todo vigiando os passarinhos pra não comer o arroz”, conta. Na propriedade de seu pai, chamada de Vereda Funda, a família criava porco, gado, bode, pato e guiné.

Lili nasceu Maria Lúcia da Silva, filha de Teodoro Vicente da Silva e Maria da Conceição. O apelido ganhou da irmã, que se inspirou na sua boneca favorita. “Nós fomos criados num regime em que mulher não podia vestir calça comprida, nem shorts”, explica, se referindo à educação severa que recebeu dos pais. Lili lembra que por baixo dos vestidinhos de chitinha florida, as meninas tinham que usar um tipo de camisola feita de morim, também chamado de “pano de madrasta”. “Papai comprava um corte inteiro de pano, saiam todas vestidas igual”, relata. Por isso, no lugar que chegavam, já diziam,”A família de Teodoro tá ali”.

“A mãe teve 15 filhos, mas apenas nove sobreviveram”, lamenta. Com uma família tão grande, o natural era dividir as tarefas. “A mãe cozinhava, lavava louça ... e tinha filho”, conta Lili com bom humor. “Minha irmã Maria cuidava das crianças e eu cuidava da roupa,

cuidava dos animais, fazia feira”, completa. Lavar roupa significava passar um dia inteiro na beira do rio. Uma vez por semana Lili levava a roupa numa bacia equilibrada na cabeça. “Eu lavava, quarava e punha pra secar lá mesmo, em cima da macambira”, lembra, referindo-se a uma vegetação espinhosa que fazia as vezes de varal. Sua companhia era a Jumenta, que carregava quatro barris de água na canga. Lili lembra que quando a Jumenta “estava com a macaca”, pulava e derrubava os barris. Se tudo corresse bem, em casa a água era colocada em potes de barro para beber.

Mas, o bom mesmo era o dia de pescaria. Lili e os irmãos cortavam mato e faziam uma espé-cie de ninho, que era jogado no rio para pegar peixe fresquinho. Assim, o peixe ficava preso na armadilha. “A gente esperava água baixar, puxava o mato com uma rede, virava e batia até os peixes cairem”, lembra-se Lili. O produto da pescaria era levado para casa, e o que sobrava era vendido. Um pouco era salgado e seco no varal num só dia de sol. Tinha traira, piau, acari, xira, morena. Jogando aió, uma rede feita de barbante, também dava para pegar aratanha, um tipo de camarão grande, e o pitu, que era menor. O peixe era feito frito na banha de porco, assado, ou cozido no leite de coco.

Mas as delícias que as crianças adoravam eram preparadas pela mãe, dona Maria da Conceição, doceira de mão cheia. O que a fa-zenda oferecia com fartura era o leite, o coco e

a mandioca, abóbora, batata doce. “Como era bom o doce de leite, molinho igual á cocada, que dá corte, doce de abóbora, doce de mamão, cocada, biscoitinho de tapioca, beiju com coco ralado dentro”, fala revelando os dotes da mãe. Lili ia com a mãe vender doce nas festas. Dona Maria da Conceição fazia tudo com muito apuro, dava um pouco para os filhos e depois guardava com zelo numa cesta em cima do guarda-roupa. “Eu me pendurava em cima de minha irmã maior para roubar os doces em cima do guarda-roupa”, confessa, explicando que a traquinagem nunca era descoberta. Até que um dia os doces caíram e se espatifaram no chão. Aí foi aquela bronca.

Lili saiu de Cipó em 1995, aos 27 anos, viúva e com um filho de oito anos. Morou em Santos e hoje vive na Praia Grande. A vida na cidade é mais fácil, mas o sabor das coisas boas do sertão se perdeu. Parar de trabalhar, Lili não para nunca. Já cuidou de idoso, de criança, trabalhou com faxina em casas de família, em prédios. Tudo isso parece fácil perto de todos os afazeres da roça em Cipó. Só para não perder o jeito, continua a fazer as comidas gostosas que aprendeu com a mãe, mas que com o tempo foi modificando um pouco. Quando fala em dar uma receita, vai dizendo, “Nesse bolo eu não punha ovo não. Aprendi com uma amiga em São Paulo”. Para respeitar a tradição, aqui vai uma receita de bolo de mandioca sem a gema e a clara em neve. Do jeitinho que dona Maria da Conceição fazia no forno do fogão a lenha lá na Bahia.

Lili, a filha de Teodoro

Nascida em Cipó, na Bahia, em 1968, Lili conta da educação rígida na infância e da vida dura no sertão baiano

defesosCherne-poveiro (Polyprion americanus) 06/10/2005 a 6/10/2015Mero (Epinephelus itajara) 17/10/2012 a 17/10/2015Bagre rosado (Genidens genidens, Genidens barbus, Cathorops agassizii) 01/01/2013 a 31/03/2013Caranguejo guaiamum (Cardisoma guanhumi)

01/10 a 31/03Lagosta vermelha (Panulirus argus) e lagosta verde (P. laevicauda) 01/12/2012 a 31/05/2013Mexilhão (Perna perna) 01/09 a 31/12Ostra – 18/12/2012 a 18/02/2013Sardinha (Sardinella brasiliensis) -15/06 a 31/07/12 (recrutamento) - 01/11/12 a 15/02/13 (desova)

Piracema na Bacia Hidrográfica do Rio Paraná (IN 25 do Ibama) de 1/11/2012 a 28/02/2013Proteção à reprodução natural dos peixes, nas áreas de abrangência das bacias hidrográficas do Sudeste (IN 195) de 1/11/12 a 28/02/13Pargo (Lutjanus purpureus) 15/12/2012 a 30/04/2013

pescador artesanal: Procure a Colônia de Pescadores mais próxima para ter sempre sua documentação atualizada. Além de representar e defender os direitos e interesses dos pescadores artesanais relativo ao setor da pesca, as

colônias podem: • Requerer ou renovar a licença de pescador profissional (RGP) • Requerer ou renovar a licença e registro de seu barco • Requerer benefícios sociais como: aposentadoria rural, auxílio-

natalidade,auxílio-enfermidade, auxílio-reclusão, seguro-defeso

INgrEDIENTEs;1 kg de mandioca crua ralada1 ½ xícara (chá) de açúcar100 g de manteigaleite de um coco ralado1 xícara (chá) de leite comumÁgua ferventeFarinha e manteiga para untar a forma

PrEParo:Ralar a mandioca, espremer bem com um pano e reservar. Ralar o coco, jogar um pouco de água fervendo e espremer num pano. Jogar fora o bagaço e reservar o leite extraído. Misturar mandioca, açúcar, metade do leite de coco, leite comum. Untar uma forma com farinha de trigo e manteiga e espalhar a massa. Levar ao forno pré-aquecido em temperatura de 200 graus. De pouco em pouco regar o bolo com a outra porção de leite de coco. Deixar por cerca de 1 hora e 15 minutos, até dourar.

Bolo de Mandioca

Page 8: Martim Pescador - Fevereiro 2013

Fevereiro 20138

pEsquE & soLTE EM ILHABELA

Os blocos foram prestigiados no carna-val de Ilhabela, e dominaram a passarela na noite do sábado (9/2). Os campeões nessa categoria foram os blocos Banda das Bonitas e Tim Malha, empatados com 40 pontos. Após o desfile, o público aprovei-tou mais uma noite de baile popular. No domingo (10/2) foi a vez das escolas de samba, quando a Unidos do Garrafão se sagrou tetracampeã. O Carnaval de Ilhabela 2013 contou ainda com matinês nas praias, bailes populares e o tradicional Banho da Doroteia. Nas arquibancadas, turistas e moradores da Ilha curtiram a folia. Os mari-nheiros de embarcações de recreio, Lapinha e Mako, moradores locais, aproveitaram o dia de folga para levar a família assistir os desfiles. “Este ano está muito bom e sos-segado, até a criançada pode aproveitar as matinês”, comentou Lapinha. O evento teve o patrocínio da cervejaria Itaipava.

Um ensolarado domingo de carnaval foi o dia ideal para um torneio de pesca infantil reunindo famílias. O 1o Carnapesca Infantil aconteceu dia 10 de fevereiro no Yacht Club de Ilhabela com a participação de 50 crianças. Para o diretor de Pesca, Laurent Blaha, a ideia foi reunir pais, mães e avós, num momento de confraternização. Alguns participantes eram experientes, outros pescavam pela primeira vez, aí tudo era surpresa e novidade. “Aproveitamos o evento para ensinar as crianças a praticar o pesque e solte”, complementa Laurent. Para orientar as crianças como devolver os peixes ao mar, estava presente o professor Alberto Amorim, do Instituto de Pesca de Santos, Secretaria de Agricul-tura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

Blocos tem seu dia de glória no carnaval de Ilhabela

O marinheiro Lapinha, esposa Cláudia, filha Ana Clara, e Mako com a filha Rayana