marila alcÂntara silka

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MARIL a ALCÂNTARA SILKA ÉStUDOS SOBRE SUDORÊSÊ EM UMA AMOSTRA DE CAÜCASÔIDES DE CURITIBA CLASSIFICADA POR FAIXA ETÁRIA E SEXO Tese apresentada â Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Genéti- ca Humana da Universidade Federal do Paranã, para obtenção do títu- lo de Mestre em Ciêrícias na ãrea de Genética Humana. Orientador: Prof. Dr. Newton Freire-Maiä - 1977 -

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Page 1: MARILa ALCÂNTARA SILKA

MARILa ALCÂNTARA SILKA

ÉStUDOS SOBRE SUDORÊSÊ EM UMA AMOSTRA DE CAÜCASÔIDES DE CURITIBA

CLASSIFICADA POR FAIXA ETÁRIA E SEXO

Tese apresentada â Coordenação do

Curso de Pós-Graduação em Genéti-

ca Humana da Universidade Federal

do Paranã, para obtenção do títu-

lo de Mestre em Ciêrícias na ãrea

de Genética Humana.

Orientador: Prof. Dr. Newton Freire-Maiä

- 1977 -

Page 2: MARILa ALCÂNTARA SILKA

A meus pais e a meu

esposo, com carinho,

pela compreensão e incentivo.

Page 3: MARILa ALCÂNTARA SILKA

í N D I C È

1. AGRADECIMENTOS........ ................................... 5

2. INTRODUÇÃO............................................... 6

2.1. Glândulas sudotíparas ...... *...................... 6

2.2. Sudorese........ 9

2.3. Sudorese em dísplasias ectodêrmicas...................13

3. MATERIAL E MÉTODOS .... 15

4. RESULTADOS ........... 18

5. DISCUSSÃO ......................................... 28

6. RESUMO................ 30

7.. BIBLIOGRAFIA c i t a d a........ .............................31

Page 4: MARILa ALCÂNTARA SILKA

- 5 -

1 - AGRADECIMENTOS

Desejo agradecer às seguintes pessoas que, de unta

forma ou de outra, contribuíram para a realização desta tese:

Ao Prof. Dr. Newton freire-Maia, que me orientou com

interesse e amizade.

Ao Prof. Francisco Antônio Marçallo, pelas sugestões

sobre a maneira como devia ser procedia a pesagem do material

fora do laboratório.

à Profa. Raquel Rapone-Gaidzinski, pelo auxílio ines-

timável que prestou na montagem da técnica empregada.

Aos demais professores do Curso de PÕs-Graduação em

Genética Humana, pelo desvelo demonstrado no processo de apren-

dizagem.

Aos colegas do Curso, por seu companheirismo estimu-

lante .

Ãs pessoas que, de boa vontade e, muitas vezes, com

entusiamo, se prestaram aos exames.

A todos os funcionários do Departamento de Genética,

por seu carinho e calor humano.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq) e ao Conselho de Ensino e Pesquisa da UFPr,

pelo financiamento de meus estudos pos-gradüados.

Page 5: MARILa ALCÂNTARA SILKA

- 6 -

2 - INTRODUÇÃO

- > • 12.1 - Glandulas sudoríparas

Uma capa delgada e flexível envolve externamente to-

da a superfície do corpo humano. Serve de proteção, atua como

receptora de estímulos e intervêm no processo de termorregula-

ção do organismo. Suas terminações nervosas recolhem estímulos

de todos os tipos - físicos, químicos e mecânicos -, enquanto

corpúsculos termorreceptores nela localizados captam as varia-

ções térmicas do ambiente e as transmitem para os centros regu-

ladores, localizados no cérebro. Essa capa apresenta outras for-

mações de caráter nitidamente protetor, tais como unha, pelos e

poros.

Distinguem-se, na pele, dois estratos de tecido, a

epiderme e a derme, separadas pela membrana basal.

A superfície da pele apresenta relevos característi-

cos (cristas cutâneas). São evidentes principalmente nas pontas

dos dedos; dão origem âs impressões digitais. São visíveis, tam-

bém, pequenos orifícios - os poros - que correspondem i saída

dos pelos e â localização das glândulas sudoríparas e sebáceas.

1. As informações gerais contidas nesta Introdução foram obti-

das em Ham, 1967; Roberts, 1958; Wright, 1967; Giyton, 1971

e Harrison, Weiner, Tanner, Barnicot, 1971.

Page 6: MARILa ALCÂNTARA SILKA

- 7 -

Abaixo da camada superficial, existe a derme, que e

constituída de tecido conjuntivo. Apresenta grande quantidade

de vasos sangüíneos e linfáticos, assim como nervos e estrutu-

ras derivadas da epiderme: folículos pilosos, glândulas sebãceas

e sudoríparas.

As glândulas sudoríparas apresentam uma porção secre-

tora, de forma semelhante a um novelo, localizada na pele ou no

tecido subcutâneo, e um duto excretor que se abre diretamente

na superfície da pele (Fig. 1).

Existem dois tipos de glândulas sudoríparas, comple-

tamente diversos na constituição anatómica e na função: as écri-

nas e as apocrinas. As êcrinas estão espalhadas por toda a su-

perfície da pele, em numero de 140 a 340 por centímetro quadra-

do, num total de 2 a 5 milhões. Têm importante função na termor-

regulação. As apocrinas, caracterizam-se por possuir a parte se-

cretora de dimensão maior e situada mais profundamente no teci-

do subcutâneo. Essas glândulas localizam-se apenas em determi-

nadas regiões, como nas axilas, õrgãos genitais externos, região

umbilical e, eventualmente, em outras ãreas. Nelas, as substân-

cias secretadas concentram-se no extremo livre da célula secre-

tora e são expelidas juntamente com esse trecho onde se haviam

acumulado. No homem, as glândulas apocrinas representam estrutu-

ras ligadas as funções sexuais; desenvolvem-se na puberdade e

atrofiam-se no climatério. A secreção ê eliminada como resposta

a estímulos do sistema autônomo, que regula também os batimen-

tos do coração, os movimentos intestinais e outras atividades

orgânicas. As glândulas de Moll (das pálpebras) , as ceruminosas

do conduto auditivo externo e as mamarias são glândulas apõcri-

nas modificadas.

As células secretoras que formam as glândulas sudo-

Page 7: MARILa ALCÂNTARA SILKA

- 8 -

Fig. 1. Diagrama representativo de uma glân-

dula sudorípara êcrina (Frain-Bell,

1969).

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- 9 -

riparas desgastam-se e perecem, de tempos em tempos, sendo subs-

tituídas por outras. Existem duas fontes de novas células: 1)

outras células secretoras e 2) as células do canal que serve ã

unidade secretora. A diferenciação implica, comumente, em dimi-

nuição da capacidade reprodutiva de uma célula. Como, porém, as

células que revestem os canais excretores não são diferenciadas

em grau tão elevado quanto as secretoras, ê natural que devam

ser elas as que retêm a capacidade de reprodução rápida. Assim,

as que estão mais próximas das unidades secretoras fornecem as

secretoras em substituição ãs que perecem por desgaste. Em algu-

mas glândulas, contudo, parece provável que as células secretoras

possam reproduzir-se, pelo menos dentro de certos limites, dis-

pensando, pelo menos em parte, a diferenciação de células prove-

nientes do canal para substituição das perdidas.

2.2 - Sudorese

Cada habitat impõe um determinado regime climático

aos seres vivos que o ocupam. Esse regime varia muito; o homem,

devido a sua alta capacidade de adaptação, de ordem biolõgica e

cultural, conseguiu ocupar habitats mais diversos do que os ou-

tros seres vivos. Essa extraordinária expansão da espécie huma-

na pelas mais variadas latitudes e longitudes - das montanhas

aos desertos, das regiões polares ao equador, das florestas ãs

grandes cidades - deve-se, em grande parte, ao seu espantoso de-

senvolvimento cultural, que possibilitou o desenvolvimento de

um enorme arsenal de instrumentos de proteção. Ã semelhança de

todos os organismos vivos, o corpo humano ê sensível a muitos

elementos climáticos. Essas sensibilidades e respostas resultam

da necessidade de manter a homeostase. Em condições de frio ou

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- 10 -

calor extremos, o sistema regulador atua no sentido de manter a

temperatura do corpo equilibrada dentro de certos limites (ho-

meotermia).

A adaptação eficiente do corpo humano a mudanças cli-

máticas é necessária para: a) atingir o conforto corporal; b) o

desempenho do trabalho físico sem fadiga demasiada; c) o desem-

penho de trabalho especializado que exige precaução e destreza

com mínimos erros, e d) a consecução de crescimento e desenvol-

vimento normais (Harrison e cols., 1971).

A temperatura interna do corpo flutua dentro de uma

escala de amplitude relativamente pequena quando comparada aos

extremos da temperatura ambiental aos quais pode estar sujeito.

A existência dessa limitada faixa de flutuação face a diferen-

tes condições revela um sistema sensível de regulação interna.

A resposta imediata ao superaquecimento ê um aumento compensatõ-

rio da dissipação do calor pelo corpo. Isso ocorre através de

secreção do suor.

A secreção de suor ê produzida por estímulo direto

ou reflexo de centros da medula, bulbo, hipotãlamo ou cortéx ce-

rebral (Wright, 1967).

Segundo ainda Wright (1967), a secreção de suor êcri-

no aumenta nas seguintes condições:

1. Com aumento da temperatura externa ou corporal.

Esta sudorese, também chamada térmica, é produzida de dois mo-

dos : a) pelo aumento da temperatura corporal, que afeta direta-

mente os centros hipotalãmicos, e b) reflexamente, através das

terminações nervosas sensíveis ao calor.

2. Nos estados emocionais, a sudorese (sudorese men-

tal) é, em geral, limitada ãs palmas das mãos, plantas dos pês

e axilas, embora em casos extremos possa se tornar generalizada

Page 10: MARILa ALCÂNTARA SILKA

- 11 -

(Morimoto e cols., 1970). A sudorese mental é devida a impulsos

provenientes dos centros superiores. A condição é devida a ati-

vidade exagerada dos centros que controlam a secreção do suor e

não a qualquer anormalidade das glândulas (Chalmers e Keele,

1952).

3. Nos exercícios físicos, nos quais participam fato-

res térmicos e, em certas situações (por exemplo, em casos de

competição), também mentais.

4. Na nãusea e nos vômitos, na síncope, na hipoglice-

mia e na asfixia, sendo aqui devida â atividade simpática.

5. Nos climas quentes, quando são ingeridos alimen-

tos codimentados como, por exemplo, a pimenta e o caril (sudore-

se gustativa). 0 estímulo dos receptores da dor, na boca, produz

sudorese reflexa na cabeça e pescoço.

Pela variação da quantidade de suor secretado, a quan-

tidade de calor eliminado do organismo varia grandemente (Fig.

4). Quando a temperatura externa excede a do corpo, a evapora-

ção do suor ê o ünico método de eliminação disponível. A sudore-

se intensa envolve uma perda rápida de água e de sal e, a menos

que sejam ingeridas quantidades adequadas de água e sal, deter-

minará desidratação e carência de sal com várias conseqüências

danosas para o organismo.

No homem, o calor produzido pelas reações metabóli-

cas perde-se, por irradiação, diretamente na pele. Quando a tem-

peratura externa é menor do que a do corpo, a intensidade de

perda do calor pode aumentar ou diminuir de acordo com o grau

de abertura dos capilares e vênulas da pele. O maior afluxo de

sangue facilita o desprendimento do calor da superfície cutânea,

se a temperatura do ar é aproximadamente a mesma ou superior â

do corpo. Mesmo assim, a temperatura da pele poderá diminuir,

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- 12 -

pois as glândulas sudoríparas produzem grande quantidade de se-

creção que se evapora, desta forma esfriando a ãrea cutânea ex-

terna. Conseqüentemente, o sangue que circula nas regiões super-

ficiais da pele perde calor quando o suor se evapora; através

desse mecanismo, o corpo perde calor nos dias quentes.

Quando o ar ambiente, além de estar mais quente que

o corpo, se encontra saturado de vapor de ãgua, a perda de calor

ê impossível porque a ãgua pode se evaporar. Assim, num ambiente

seco, com uma temperatura entre 60° e 70°C, não há aumento da

temperatura corporal; por outro lado, a permanência de 15 minu-

tos num ambiente úmido a 54°C pode elevar a temperatura do cor-

po a 37,7°C (Giyton, 1971).

Como o suor provém do sangue, a sudorese rápida re-

quer um fluxo sangüíneo cutâneo maior e, portanto, dilatação dos

vasos cutâneos. Segundo Fox e Hilton (1958), a vasodilatação é

causada:

1. Pelo calor externo atuando diretamente sobre os

vásos.

2. Reflexamente, através das terminações nervosas

cutâneas sensíveis ao calor.

3. Pela elevação da temperatura do sangue atuando di-

retamente sobre o centro vasomotor.

Quando a temperatura ambiente se eleva lentamente, de

26°C para 41°C, hã um longo período (cerca de 30 minutos) sem

que apareça a sudorese. Esta, usualmente, começa quase de súbi-

to, sendo devida ao aumento da temperatura interna (que pode ser

medida no reto), atuando centralmente, e com certo aumento da

temperatura cutânea (da ordem de 1°C a 1,5°C), atuando por via

reflexa. A sudorese aumenta progressivamente de intensidade e

pode continuar o aumento mesmo quando a temperatura ambiente de-

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clina; posteriormente, a temperatura cutânea pode cair devido â

perda de calor, pela evaporação do suor.

No calor, a sudorese pode ser produzida imediatamen-

te apõs a exposição a temperaturas externas mais elevadas.

2.3 - Sudorese em displasias ectodêrmicas

A importância da sudorese na resposta ao calor ê bem

ilustrada pelos achados em pacientes com ausência ou diminuição

congênita do numero de glândulas sudoríparas. Como exemplo da

ausência quase completa dessas glândulas, podemos citar o Sín-

drome de Christ-Siemens-Touraine. Diminuição de sudorese pode,

no entanto, também, ocorrer por hipofunção das glândulas sudorí-

paras , sem que o seu numero seja afetado; por exemplo, no Sín-

drome Esmalte hipoplãstico-onicélise-hipoidrose (Witkop, Brearley

e Gentry, 1975). Baixa sudorese pode também ocorrer por simples

obstrução do fluxo de suor, em conseqüência de hiperceratose,

tal como parece acontecer no síndrome Trichodisplasia-onicogri-

fose-hipoidrose-catarata (Ereire-Maia e cols., 1975) .

As displasias ectodêrmicas podem ser classificadas,

sob o ponto de vista da sudorese, em euidroticas (com sudorese

normal) e disidroticas (com sudorese anômala). Essas ultimas

classificam-se em dois grupos: as hipoidroticas e as hiperidro-

ticas (Freire-Maia, 1971). Damos, a seguir, uma lista de algu-

mas displasias ectodêrmicas, segundo essa ultima classificação

(cf. Freire-Maia, 1971, 1977):

Hipoidroticas:

Síndrome de Christ-Siemens-Touraine; xeroderma-ta-

lipes-defeito do esmalte; de Rapp-Hodgkin; tricodisplasia-oni-

cogrifose-hipoidrose-catarata; alopêcia-onicodisplasia-hipoidro-

se-surdez; ceratose espinhosa generalizada-alopêcia universal-

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-surdez congênita; esmalte hipoplâstico-onicõlise-hipoidrose;

displasia ectodêrmica congênita da face; s. de Lenz; etc.

Hiperidroticas:

Síndrome de Böök; síndrome de Berlin; de Fischer;

disceratose congênita; paquioníquia congênita; etc.

Euidroticas:

Síndrome de Ellis-van Creveld; de Rothmund-Thomson;

de Fischer-Jacobsen-Clouston; de Witkop; de Robinson; de Gorlin-

-Chaudhry-Moss; oculo-dentro-digital; da hipertricose dos coto-

velos; etc.

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- 15 -

3 - MATERIAL E MÉTODOS

Foram examinados 304 caucasóides de ambos os sexos e

com idade variando entre 2 e 102 anos. Foram eles agrupados, por

sexo, em 5 grupos etários, conforme mostra a Tabela 3. Todas as

pessoas estudadas são residentes em Curitiba e foram localizadas

em creches, escolas do l9 e 29 graus, um quartel da Polícia Mi-

litar, dois asilos de velhos, na Universidade Federal do Paraná,

no Presídio de Mulheres e na Sociedade de Amparo aos Necessita-

dos .

Para coleta do material, foi empregado o método da

pilocarpina por iontoforese (Gibson e Cooke, 1959), com algumas

modificações (Cat, Costa e Freire-Maia, 1972; Freire-Maia, Cat

e Rapone-Gaidzinski, 1975).

O equipamento usado consiste em uma fonte de corren-

te elétrica, que permite aplicação de eletricidade através de

eletrodos por onde passa a corrente elétrica de 5 miliampêres.

Foram também usados: placas de metal (as quais eram

ligados os eletrodos), correia de borracha pára suster o conjun-

to, água deionizada, ácido sulfurico 0,04N, solução de pilocar-

pina 0,0641, compressas de gaze, pinça, papel filtro Whatman n9

1 em retângulos de 2cm x 3cm, esparadrapo, plástico previamente

delimitado no melhor tamanho que se enquadrasse na coleta, ba-

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- 16 -

lança analítica e vidros para a pesagem do material recolhido.

Relativamente a esses vidros, necessário se faz um esclarecimen-

to . São pequenos frascos com tampas de polietileno, rigorosamen-

te lavados e secos, nos quais se colocavam dois pedaços de papel

filtro. Em seguida, os vidros eram pesados na balança analítica,

registrando-se os pesos. Apos essa operação, eram colocados em

caixas forradas de papel alumínio.

A região escolhida para a coleta do suor foi a flexo-

ra do antebraço, que era previamente lavada com água deionizada,

afim de que fosse retirada qualquer impureza. Em seguida, a re-

gião era secada com gaze, varias vezes, para que ficasse comple-

tamente desumidificada. A seguir, uma compressa de gaze, embebi-

da na solução de pilocarpina era colocada na parte escolhida e,

sobre ela, uma das placas de metal. Todo esse conjunto ficava

preso ao antebraço, pela correia de borracha, e na placa era li-

gado o eletrodo positivo. 0 eletrodo negativo era colocado na

superfície extensora do braço, onde se procedia da mesma manei-

ra, isto ê, uma outra compressa embebida em ácido sulfurico era

colocada nessa região e, sobre ela, outra placa de metal. A ga-

ze saturada de pilocarpina cobria completamente o metal exposto

no eletrodo positivo, pois o contato direto entre metal e pele

reduz a iontoforese e pode causar uma pequena queimadura.

Apos a colocação dos eletrodos, vagarosamente, a cor-

rente elétrica era elevada a 5 miliampêres, de tal sorte que a

iontoforese, assim iniciada, perdurava por 5 minutos.

Em algumas pessoas, tal situação'chegou a causar pe-

queno desconforto, na forma de leve comichão, o que era sanado

por pressão momentânea no eletrodo deficitário, ou apertando-se

a correia de borracha. Frize-se que o desconforto era ocasiado

pelo débil contato entre a pele e o metal. Depois de completada

Page 16: MARILa ALCÂNTARA SILKA

- 17 -

a iontoforese, os eletrodos eram removidos e a pele era lavada

novamente com ãgua deionizada e secada com gaze. Então os dois

retângulos de papel filtro eram retirados, com uma pinça, do vi-

dro onde estavam guardados, e colocados, um ao lado do outro, na

região onde fora feita a iontoforese. Os retângulos de papel

eram cobertos com um pedaço de plástico e os bordos deste eram

cuidadosamente vedados com quatro tiras de esparadrapo, de modo

a não permitir entrada ou salda de qualquer substância que pu-

desse alterar o resultado do estudo.

Passada uma hora, o plástico era removido rapidamen-

te e, com a pinça, retiravam-se os retângulos de papel de filtro

jã umidecidos pelo suor, os quais eram colocados novamente no

vidro e fechados em seguida. Procedia-se, então, a nova pesagem.

Da subtração entre a pesagem final e a inicial, obtinha-se o pe-

so do suoi expresso em miligramas.

Como quase a totalidade da coleta do material foi

feita em locais situados, muitas vezes, a grande distância do

laboratorio, não podendo a pesagem ser feita logo apos a coleta

do suor, foram feitos exaustivos e estafantes testes para veri-

ficar se era perfeita a vedação dos vidros contendo o material

coletado. Por 10 dias consecutivos, procederam-se as pesagens

por diferentes averiguadores, constatando-se que os pesos dos

frascos sempre se mantiveram inalterados, assim se comprovando

a segurança do método.

Page 17: MARILa ALCÂNTARA SILKA

- 18 -

4 - RESULTADOS

Nas Tabelas 1 e 2, encontram-se especificados os re-

sultados obtidos nas varias faixas etárias e em ambos os sexos.

As médias e erros dos pesos de suor obtidos encontram-se na Ta-

bela 3.

A Fig. 2 apresenta os dados das quantidades de suor

excretadas na amostra masculina. Os dados referentes â amostra

feminina encontram-se na Fig. 3 e na Fig. 4 temos a distribui-

ção dos pesos de suor no total de nossa amostra.

0 método utilizado na analise dos dados foi o da va-

riância (Tab. 4 e 5). Testando-se os valores de F’ (obtidos na

análise da variância) com os valores da distribuição de F (ta-

belados) temos: 1. Variação entre sexos. F’=7,61 e F»?,71, sen-

do F'<F. 2. Variação entre idades. F’=1,92 e F-6,39, em que tam-

bém F* é menor que F. Podemos, pois afirmar a um nível de signi-

ficância de 951, que as diferenças observadas entre sexos e ida-

des não são significativas, podendo considerar-se as amostras

homogêneas nas diversas faixas etárias e nos' dois sexos. Usando-

se, como base de medida de suor excretado, o centímetro quadrado

de papel de filtro, nossos dados mostram que a quantidade de

suor varia de 2ng a 20mg aproximadamente, com uma média em torno

Page 18: MARILa ALCÂNTARA SILKA

- 19 -

de 13 mg. Nossos dados revelam, pois, que pessoas com sudorese- ?

muito baixa, isto ê, em torno de 2 a 3 mg/cm nem sempre são hi-

poidrôticas patologicamente.

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4

4

4

4

S

5

5

5

5

5

5

5

6

6

7

7

8

89

1010

1010

1011111111

- 20 -

Dados individuais (em miligramas) dos indivíduos do sexo

feminino subdivididos em cinco faixas etárias. (Sud. *

sudorese).

Sud. Idade Sud. Idade Sud. Idade Sud. Idade Sud

116 12 217 21 76 38 76 61 12987 12 181 21 253 38 246 62 103

167 12 180 21 57 38 205 62 121171 12 121 21 37 38 179 63 197237 12 88 21 117 39 220 65 244226 12 183 21 72 40 159 66 105191 13 89 21 143 40 118 66 179251 13 60 21 97 40 57 67 136

194 13 138 21 126 42 151 67 194

164 13 149 21 225 43 231 68 74

132 14 135 22 140 43 182 68 231

207 14 138 22 110 45 235 68 204

245 14 67 23 231 46 93 70 44

111 14 203 23 179 47 80 70 145

131 15 161 23 130 49 138 70 164

186 15 71 23 28 51 175 71 121

153 15 147 25 225 51 27 72 102

118 15 60 26 210 52 222 72 109

170 15 53 26 95 53 110 72 165

203 15 115 26 164 54 195 72 237

115 16 30 27 177 54 184 73 207

49 16 120 28 203 54 173 73 127

174 18 115 28 205 54 23 76 185

179 18 ISO 30 91 55 173 77 50

49 18 126 32 137 57 190 77 136

110 18 128 32 217 57 197 78 192

217 19 80 32 115 53 189 78 231

221 19 72 32 52 60 50 84 146

61 2C 122 35 61 60 150 85 163

111 20 118 35 182 60 141 87 142- - - - - - - 88 51

Page 20: MARILa ALCÂNTARA SILKA

- 21 -

Tabela 2. Dados individuais (em miligramas) dos indivíduos do sexo

masculino subdivididos em cinco faixas etárias. (Sud. =

sudorese).

N9 Idade sud. Idade Sud. Idade Süd. Idade Sud. Idade Sud.

1 2 72 12 192 21 172 36 202 61 1842 3 223 12 135 21 31 36 189 62 953 4 39 12 36 21 138 36 183 63 1904 4 187 12 216 21 231 36 69 64 1345 5 180 12 157 22 187 37 206 65 2126 5 100 12 151 22 198 38 232 66 637 5 149 12 179 23 168 38 196 67 1698 5 189 13 130 23 167 39 202 67 2049 5 144 13 216 23 202 39 191 67 18210 5 123 13 238 23 77 39 184 68 11011 5 145 13 196 24 174 41 195 68 21112 5 97 14 244 24 209 42 225 68 20413 6 230 14 136 24 212 42 193 68 19014 7 134 14 249 24 201 43 153 68 16515 7 228 14 190 25 193 43 185 70 197

16 7 113 14 173 25 132 45 220 70 118

*7 9 217 14 208 25 25 45 213 70 135

18 9 158 15 150 25 56 46 135 71 148

19 9 175 15 36 26 186 47 202 71 105

20 10 193 16 195 28 210 48 150 71 81

21 10 225 16 169 28 167 53 201 72 30

22 11 172 17 205 28 205 53 130 72 176

23 11 162 17 137 28 200 54 221 75 240

24 11 194 17 157 29 156 55 119 77 138

25 11 176 17 42 31 59 55 157 79 232

26 11 195 18 204 32 181 58 235 79 69

27 11 211 18 110 32 197 58 144 80 212

28 11 208 18 109 32 174 58 202 82 176

29 11 113 19 78 33 170 59 77 86 106

30 11 215 19 102 33 33 59 170 87 24

31 - - 20 227 - - - - 90 218

32 - - - - - - - - 102 115

Page 21: MARILa ALCÂNTARA SILKA

- 22 -

tabela 3. Idades médias e erros padrões dos cinco grupos etários

investigados, em ambos os sexos.

Sexo masculino

Grupo etário Média e erro

I. 2 a 11 7,53+

0,54

II. 12 a 20 14,90+

0,45

III. 21 a 33 25,86+

0,71

IV. 36 a 59 45,93+

2,47

V. 61 a 102 72,69+

1,60

Sexo feminino

Grupo etário Média e erro

I. 3 a 11 6,90+

0,50

II. 12 a 20 15,07+

0,47

III. 21 a 35 25,33+

0,85

IV. 38 a 60 48,53+1,40

V. 61 a 88 71,87+

1,30

Page 22: MARILa ALCÂNTARA SILKA

- 23 ~

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Page 23: MARILa ALCÂNTARA SILKA

- 24 -

Tabela 5. Análise da variância "entre sexos" e "entre as idades"

da produção de suor (cf. Tabela 2).

Causa da variação S.Q.D. G.L. S2 F’

Total 2.234,61 9 - -

Entre os sexos 879,73 1 879,73 7*61

Entre as idades 892,45 4 223,11 1,92

Erro 462,43 4 115,61 -

S.Q.D. = Soma dos quadrados dos desvios; G.L. * graus de liber-

dade; S ■- variância; F - dados obtidos pela analise da va-

riância.

Page 24: MARILa ALCÂNTARA SILKA

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- 25 -

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Fig. 2. Histograma da distribuição dos pesos de suor nos indi-

víduos do sexo masculino.

Page 25: MARILa ALCÂNTARA SILKA

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- 26

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Fig. 3. Histograma da distribuição dos pesos de suor nos indi-

víduos do sexo feminino.

Page 26: MARILa ALCÂNTARA SILKA

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- 27 -

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Fig. 4. Histograma da distribuição dos pesos de suor no to-

tal de nossa amostra (dados da Fig. 2 adicionados

aos da Fig. 3).

Page 27: MARILa ALCÂNTARA SILKA

- 28 -

5 - DISCUSSÃO

Observando a Tabela 4, podemos constatar que o teste

da variância aplicado na nossa amostra, revelou que as diferen-

ças observadas não são significativas (ao nível de 95%). Esses

dados revelam claramente que, nas condições de nosso estudo, a

sudorese não varia com a idade e sexo.

Vários estudos relativos â sudorese foram feitos. Os

resultados referidos na literatura são mais diversificados pos-

síveis. Frize-se, também aqui, que a grande maioria dos traba-

lhos apresentados versa sobre o suor palmar obtido com com estí-

mulo térmico; poucos trabalhos, pelo menos os de nosso conheci-

mento, tratam de estímulo químico.

Não foi constatado efeito de outras variáveis, tais

como fumo, bebidas e drogas (Ferreira e Winter, 1963) e período

menstrual (Sargent II e Weimann, 1966).

A importância da idade e do sexo sobre o suor palmar

foi demonstrado num estudo feito em 768 indivíduos normais com

espaço de idade de 6 meses a 80 anos. Em mulheres, encontrou-se

maior quantidade de suor palmar do que nos homens. A hipótese

de que o suor palmar diminui com a idade foi confirmada. Entre-

tanto* foi constatado que a relação não ê linear. O suor palmar

aumenta rapidamente atê os 7-8 anos de idade, quando atinge um

Page 28: MARILa ALCÂNTARA SILKA

- 29 -

platÔ, começando, então, a decrescer, vagarosamente, a partir da

adolescência (Ferreira e Winter, 1963).

Em oposição, apresenta-se o trabalho de Morimoto

(1970), que diz ter observado uma notável diferença entre os se-

xos. As taxas de sudorese eram significativamente mais altas nos

homens, especialmente sob altas temperaturas, em ambiente seco

ou úmido. Havia uma definida depressão de suor nas altas umidades,

em ambos os sexos. Quando aclimatizados as altas temperaturas e

ãs reações circulatórias, a quantidade de suor produzida por am-

bos os sexos ê semelhante, mas as mulheres suam menos que os ho-

mens; entretanto reagem mais prontamente.

Kuno (em 1934; apud Morimoto, 1970) constatou que to-

das as glândulas sudoríparas de toda superfície do corpo podem

responder ao estímulo mental. Tais glândulas são ativadas, sobre-

tudo, por estímulos térmicos. Assim, a atividade das glândulas

do suor palmar não podem ser consideradas representativas da

atividade das glândulas ativadas pelo calor.

Se, entretanto, a idade aumentar, haverã uma redução

da atividade das glândulas sudoríparas em resposta ao estímulo

térmico (Mackinnon, 1954) , mas resultados laboratoriais (Hellon

e Lind, 1956; Hellon, Lind e Weiner, 1956) sugerem que as glân-

dulas sudoríparas de pessoas velhas não respondem tão prontamen-

te como as dos jovens.

A hidrose, como tantas outras características usadas

em clínica médica, apresenta ampla variação entre as pessoas

normais, podendo haver um certo imbricamente entre as distribui-

ções verificadas nestas e, por exemplo, em pacientes com displa-

sias ectodêrmicas.

Page 29: MARILa ALCÂNTARA SILKA

- 30 -

6 - RESUMO

Esta tese relata as pesquisas realizadas sobre a ta-

xa de sudorese em pessoas normais, de ambos os sexos e com ida-

de variando da infância â extrema velhice. Foi empregada a téc-

nica da pilocarpina por iontoforese. As medidas foram feitas na

região flexora do ante-braço. Não foram constatados efeitos sig

nificativos da idade e do sexo sobfe a sudorese.

Page 30: MARILa ALCÂNTARA SILKA

- 31 -

7 - BIBLIOGRAFIA CITADA

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