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Maria de Nazaré, quem é esta mulher?

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Page 1: Maria de Nazaré, quem é esta mulher? Como cristãos, temos motivos de sobra para celebrar Maria como “rainha e senhora”, mas corremos o risco de esquecer

Maria de Nazaré, quem é esta mulher?

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Como cristãos, temos motivos de sobra para celebrar Maria como “rainha e senhora”, mas corremos o risco de esquecer a história daquela mulher simples que viveu num pequeno

povoado de uma região periférica no mundo daquele tempo.No Novo Testamento há diversas tradições. Maria é referência indireta nos escritos paulinos.

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Marcos a apresenta como mulher do povo e participante de sua mentalidade. Os Evangelhos da infância apresentam uma teologia bem elaborada sobre a fisionomia espiritual da Virgem, enquanto o quarto evangelista destaca sua fidelidade e seu significado na comunidade cristã.

De todas essas interpretações podemos concluir: Maria foi uma mulher simples do povo e sensível às necessidades dos pobres.

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Contam os Evangelhos que Miryam estava prometida para ser esposa de um carpinteiro justo e honrado que se chamava José, e talvez tivesse emigrado da Judéia. Maria e José pertencem

ao povo humilde, de modo que quando seus conterrâneos vêm que Jesus fala tão bem, se admiram: “Mas não é este o filho do carpinteiro e de Maria?” (Mc 6,2).

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Aquela mulher é sensível às necessidades dos outros. Sabendo que sua parenta Isabel já está no sexto mês de gravidez, desloca-se para lhe dar assistência. Quando participava de uma

festa de casamento, percebe que falta vinho, e procura falar com Jesus para resolver o problema, e impedir que os noivos fiquem envergonhados.

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Miryam recebeu de Deus um favor singular na concepção e no nascimento de Jesus. Movida pelo Espírito, entregou-se totalmente ao projeto de salvação, vivendo sua maternidade até as

últimas consequências. Nos primeiros meses de gestação, a criança se configura física e psicologicamente por obra de sua mãe, que não só a alimenta com a própria vida como

também a torna centro de seus pensamentos, afetos e cuidados. A mãe amolda misteriosamente a personalidade de seu filho.

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A frase do Evangelho é bem eloquente: “Maria deu à luz o filho primogênito. Envolveu-o em panos e o deitou numa manjedoura, por não haver lugar na hospedaria” (Lc 2,7).

Nesse gesto está implícito o amor materno e a ternura que viveu aquela jovem mãe ao encontrar-se diante de seu filho. A experiência singular que Maria teve de Deus não diminuiu

seu afeto materno; tornou-o mais profundo, delicado e total. A Virgem fez sua caminhada na surpresa e na obscuridade da fé.

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Os evangelhos da infância sugerem que os inícios não foram fáceis: conflito com José pela gravidez inexplicável, perseguição do rei Herodes, e fuga do país durante a noite, para

defender o filho. Parece que os familiares de Jesus não entenderam sua decisão de abandonar suas seguranças sociais e dedicar-se ao anúncio do Reino,

interessando-se pelos marginalizados.

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Pensavam que ele havia perdido o juízo e queriam trazê-lo de volta à casa. Quando viram que ia tendo êxito, lhe diziam que fosse para Jerusalém, a capital da Palestina: “Ninguém faz tais

coisas em segredo, se deseja ser conhecido do público” (Jo 7,4).Os evangelistas querem deixar bem claro que Maria disse “sim” ao projeto de Deus, sendo “a

pobre” inteiramente disponível à vontade divina.

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Isto, porém não impede, até exige, que vivesse sua entrega num processo histórico marcado pela surpresa, o conflito e o sofrimento. Diante de comportamentos estranhos de Jesus, “ficava perplexa”, “vacilava em seu íntimo”. Deve ter sido uma mulher contemplativa da

passagem de Deus pela história.

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Lc 2,49-50 acusa certo desgosto de Maria quando o menino Jesus permanece no templo de Jerusalém sem avisar a seus pais. Maria, sem dúvida, teve de sofrer uma desorientação

quando Jesus deixou sua profissão e sua casa; mas, acima de tudo, como toda boa mãe, teve que defender o filho contra as críticas dos familiares.

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E o transtorno deve ter sido terrível quando a Mãe veio a saber que haviam prendido seu filho, e o tinham condenado por blasfemo. Conforme a tradição evangélica, Maria

permaneceu junto à cruz, junto a Jesus abandonado por todos. A fé verdadeira se prova e amadurece na escuridão.

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A última noticia que temos de Maria, com certa garantia histórica, é o que encontramos em At 1,14: permanecia em oração com a primeira comunidade cristã, suplicando a vinda do

Espírito. Segundo Jo 19,27, o “discípulo amado” acolhe em sua casa a mãe de Jesus. Maria ficou com o “discípulo amado” em Patmos, e ali terminou seus dias.

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Texto – Província Franciscana da Imaculada Conceição do BrasilMúsica –Mãe do Grande Amém Pe. Zezinho – Imagens – foto enviada por

Andréa Castro – Formatação – Altair Castro23/11/2013