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Dieta Alimentar de mulheres grávidas e paridas em áreas ribeirinhas da Amazônia i Maria das Graças Silva Nascimento Silva ii Alimentação; amazônia; ribeirinhas ST 49 - Gênero, Cultura e Desenvolvimento: Um Debate na Amazônia As restrições alimentares em comunidades tradicionais da Amazônia, em especial, as comunidades ribeirinhas, são poucas as pesquisas que enveredam por estas questões que são de fundamental importância para entendermos o universo cultural do grupo. Temos alguns estudiosos da temática como Castro (1957:150), geógrafo e médico que, em sua obra Biologia social, analisa os problemas sociais dentro dos critérios de suas raízes biológicas, da indagação dos fatores que através de um mecanismo biológico condicionam as suas expressões. Nessa, obra o autor dedica um dos capítulos: “A fisiologia dos tabus”, para explicar as interdições dos tabus até então aparentemente tão incompreensível, ressaltando sempre os aspectos biológicos, muitas vezes relegados ao segundo plano pela maioria dos estudiosos da área social. A obra contribui para esclarecer certos fenômenos e fatos sociais, sejam eles locais ou universais. O tabu é definido como sendo: Alguma coisa que não podemos definir nunca. Algo que escapou, em parte, ao nosso sentir civilizado [...] Os tabus são representados como resultantes de forças misteriosas e inexplicáveis, a forças místicas de que eles se encontram carregados, que não devem ser violados. O conceito nuclear de tabu para o autor é de uma interdição, de uma proibição categórica, sem uma explicação racional. O antropólogo inglês Leach (1983), na obra Antropologia, trata em um de seus capítulos da “Linguagem e o tabu e a relação da comestibilidade e avaliação social de animais”. O autor explica que os tabus, podem ser comportamentais ou lingüísticos. Discute-se sobre coisas que nem são ditas nem feitas, os tabus, cujas proibições e restrições são aparentemente irracionais. A palavra tabu geralmente é utilizada para se referir a proibições que são explícitas e sustentadas por sentimentos de pecados e sanções sobrenaturais a um nível consciente, mas o autor trabalha com o conceito num sentido mais geral, de modo que abranja todas as classes de proibições alimentares explícitas e implícitas, conscientes e inconscientes. As determinações de valores alimentares estão amplamente associadas ao ambiente físico de qualquer sociedade humana que contém um amplo espectro de materiais, que são tanto comestíveis quanto nutritivos, mas, somente uma pequena parte deste meio comestível será de fato classificado como alimento potencial. Esta classificação é um problema de linguagem e de cultura, jamais da

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Dieta Alimentar de mulheres grávidas e paridas em áreas ribeirinhas da Amazôniai

Maria das Graças Silva Nascimento Silvaii Alimentação; amazônia; ribeirinhas ST 49 - Gênero, Cultura e Desenvolvimento: Um Debate na Amazônia

As restrições alimentares em comunidades tradicionais da Amazônia, em especial, as

comunidades ribeirinhas, são poucas as pesquisas que enveredam por estas questões que são de

fundamental importância para entendermos o universo cultural do grupo.

Temos alguns estudiosos da temática como Castro (1957:150), geógrafo e médico que, em

sua obra Biologia social, analisa os problemas sociais dentro dos critérios de suas raízes biológicas,

da indagação dos fatores que através de um mecanismo biológico condicionam as suas expressões.

Nessa, obra o autor dedica um dos capítulos: “A fisiologia dos tabus”, para explicar as interdições

dos tabus até então aparentemente tão incompreensível, ressaltando sempre os aspectos biológicos,

muitas vezes relegados ao segundo plano pela maioria dos estudiosos da área social. A obra

contribui para esclarecer certos fenômenos e fatos sociais, sejam eles locais ou universais. O tabu é

definido como sendo:

Alguma coisa que não podemos definir nunca. Algo que escapou, em parte, ao nosso sentir civilizado [...] Os tabus são representados como resultantes de forças misteriosas e inexplicáveis, a forças místicas de que eles se encontram carregados, que não devem ser violados.

O conceito nuclear de tabu para o autor é de uma interdição, de uma proibição categórica,

sem uma explicação racional.

O antropólogo inglês Leach (1983), na obra Antropologia, trata em um de seus capítulos da

“Linguagem e o tabu e a relação da comestibilidade e avaliação social de animais”. O autor explica

que os tabus, podem ser comportamentais ou lingüísticos. Discute-se sobre coisas que nem são ditas

nem feitas, os tabus, cujas proibições e restrições são aparentemente irracionais.

A palavra tabu geralmente é utilizada para se referir a proibições que são explícitas e

sustentadas por sentimentos de pecados e sanções sobrenaturais a um nível consciente, mas o autor

trabalha com o conceito num sentido mais geral, de modo que abranja todas as classes de proibições

alimentares explícitas e implícitas, conscientes e inconscientes.

As determinações de valores alimentares estão amplamente associadas ao ambiente físico de

qualquer sociedade humana que contém um amplo espectro de materiais, que são tanto comestíveis

quanto nutritivos, mas, somente uma pequena parte deste meio comestível será de fato classificado

como alimento potencial. Esta classificação é um problema de linguagem e de cultura, jamais da

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natureza. O autor refere-se ao exemplo de que as pernas de rã são petiscos para os franceses, e

jamais seriam consumidas na Inglaterra, isto faz com que os ingleses sintam profundo desprezo

pelos franceses. E Leach (1983: 98) conclui que:

É evidente que todas essas regras, preconceitos e convenções são de origem social. Logo, conclui-se que a questão dos tabus está intimamente ligada à cultura de cada indivíduo, pois o que se torna um tabu para um inglês, pode não ser para um francês.

Na obra Vacas, porcos, guerras e bruxas: os enigmas da cultura, o antropólogo americano

Harris (1978) procura responder às questões perturbadoras sobre o comportamento humano,

retratando os estranhos costumes e estilos de vida, sendo eles quase sempre invariavelmente, o

produto de processos adaptativos bastante inteligíveis. O modo de vida, por mais aparentemente

bizarro e irracional que seja, pode ser compreendido como formas práticas de adaptações e

condições ecológicas, econômicas e sociais.

O autor indaga ainda, que só quando conseguimos isolar e identificar essas condições é que

estaremos aptos a compreender e a lidar com nossos estilos de vida aparentemente sem sentido.

Como por exemplo, as razões pelas quais as mais diversas culturas, através dos séculos, assumem

tabus, os mais estranhos e inexplicáveis, como horror a carne de vaca ou de porco, estranhos rituais

de preparo e outros.

Uma outra obra que também ajuda na compreensão dos tabus e restrições alimentares na

região Amazônica, é O dilema do papa-chibé: consumo alimentar, nutrição, prática de intervenção

na ilha de Ituqui, Baixo Amazonas – PA, de Murrieta (1998), que analisa as práticas cotidianas da

escolha e utilização de alimentos na ilha de Ituqui. O autor faz uma avaliação de alguns aspectos do

impacto destes processos nas práticas locais de intervenções. Faz uma discussão antropológica

sobre os hábitos e tabus alimentares que se concentram nas estruturas mentais e sociais, nos

sistemas de representações e infra-estruturas econômicas e ambientais.

O autor está sempre atento para os altos valores de consumo protéico e valores

moderadamente baixos de calorias quando comparados com recomendações internacionais, onde os

processos de escolha são práticas superpostas influenciadas e limitadas pelos sistemas de tabus

locais e do mercado. O autor muitas vezes ignora a importância da variável social e cultural, em

função das análises do processo nutricional dos indivíduos.

Motta Maués e Maués (1977: 139), na obra Hábitos e crenças alimentares numa

comunidade de pesca, retratam a alimentação de mulheres, onde a prática dos tabus e das restrições

alimentares é um dos focos principais relacionados com o grupo das mulheres grávidas e no período

do puerpério. O preparo dos alimentos tanto para a mulher grávida quanto para o recém-nascido,

também é especial, como por exemplo:

A galinha consumida pela mulher de parto deve ser preparada sempre na hora da refeição, pois não deve ser requentada, caso contrário uma grande inflamação pode atacar a mulher.

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A mulher no período de gravidez e pós-parto, é o grupo que recebe maiores restrições e

proibições alimentares em comunidades tradicionais. Murrieta (1998: 39) destaca que:

A gravidez e o pós-parto são representados como momentos de fragilidade e vulnerabilidade para mulheres, onde a ingestão de alimentos reimosos pode trazer sérias conseqüências para a mulher e o bebê [...]

Segundo Motta-Maués (1997: 140), a palavra “reima” não faz parte do vocabulário do

itapuaense, ele usa somente os termos “reimoso” e “manso”, que são aplicados para classificar os

alimentos. Para a autora a reima é um:

Sistema complexo, que estabelece a classificação dos alimentos em dois grupos, mansos e reimosos, utilizando vários critérios, que levam em conta três momentos diferentes: a) o alimento em si, antes de ser preparado para o consumo; b) o estado da pessoa que vai consumi-lo; e c) o modo de preparo do alimento.

A reima é um sistema classificatório de restrições e proibições alimentares aplicados a

pessoas em estados físicos e sociais, ou seja, nas palavras de Murrietta (1998: 42):

O equilíbrio do corpo e do espírito é o principal alvo das proibições da reima, praticada

principalmente, após uma enfermidade ou gravidez.

No espaço ribeirinho o papel social das mulheres chama atenção por ser o símbolo da

oralidade e do conhecimento local sobre a tradição do “cuidar” da saúde do grupo. E “cuidar” da

saúde da comunidade, especialmente das mulheres cabe à parteira essa responsabilidade em

comunidades mais isoladas. É ela que é responsável pela dieta alimentar da grávida e da nutriz, é

ela quem vai orientar sobre os “perigos” do consumo de certos alimentos, o que fica proibido, e o

que deve ser ingerido. São ensinamentos adquiridos ao longo do tempo e da história, repassados ao

longo das gerações através da oralidade do grupo.

Apresentamos a seguir o quadro de recusa alimentar estabelecido pelas parteiras

ribeirinhas para as mulheres no período gestacional e no pós-parto.

Tabus e recusas alimentares para mulheres grávidas e paridas

Para as mulheres ribeirinhas, no período gestacional e durante a amamentação, os alimentos

que contém mais reima e os que sofrem maior recusa por parte delas são:

Bichos de casco. São as tartarugas, tracajás e jabutis, comuns nas margens dos rios e igarapés da

comunidade. O consumo deste alimento é unanimidade entre as mulheres, é proibido e está no topo

dos alimentos recusados. O consumo destes pode trazer sérias conseqüências e muitas vezes deixar

seqüelas na mulher e no bebê, como: perda da memória, manchas no corpo tipo impingem. E o bebê

é contaminado pelo leite da mãe, causando diarréia e manchas no corpo, idênticas às da mãe.

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Peixe de couro. Causam inflamações no organismo. Os mais comuns na área são: dourado, mandi,

jaú, surubim e pirarara.

Peixe de escama. jatuarana, pirarucu, matrinchã, piranha e tambaqui, também causam inflações no

organismo.

Carne de caça. Animais como anta, paca, tatu, cotia e veado. Estão também no grupo dos alimentos

com reima, portanto, não consumidos pelas mulheres grávidas e no período de amamentação.

Carne de porco Alimento também muito reimoso que causa inflamações no organismo.

Carne de gado. Ë um alimento recusado por algumas mulheres da comunidade, o consumo dessa

carne é considerado muito reimoso, que pode causar dores estomacais e vômitos.

Galinha de pé roxo. É uma espécie de galinha caipira criada na comunidade, que não é consumida

no período gestacional e durante a amamentação, também por estar no grupo dos alimentos

reimosos, não havendo muitas explicações com relação à cor dos pés.

Galinha d’angola. É comum na comunidade, mas é um alimento que segundo as mulheres contém

reima, portanto, proibido no período pós-parto.

Macacos. O consumo da carne desses animais é considerado pelas mulheres muito perigoso, pela

semelhança com o homem, e ainda, pode atrair para o marido a panema, que é uma forma de

energia negativa, um maná negativo que deixa o afligido sem sorte para a pesca, caça, plantio; deixa

mofino sem animo para o trabalho, preguiçoso. O panema é retirado com banhos de ervas e rezas

dos curadores.

Frutas cítricas. As mulheres quando estão amamentado não devem consumir frutas ácidas,

principalmente, a laranja, o limão e o abacaxi, pois a acidez destas frutas “corta o leite” consumido

pelo bebê.

Banana najá. É uma fruta muito encontrada na comunidade, mas, extremamente proibida para as

gestantes, pois possui efeito abortivo.

Na área ribeirinha a principal fonte de proteínas para a mulher é o peixe, e mesmo assim

mantém um rol de tabus e restrições alimentares no período da gravidez. Durante a estiagem, a

demanda de peixes para a comunidade fica reduzida, e a fartura de espécies diminui, na maioria das

vezes só resta o peixe de couro para consumo, mas este fica restrito na dieta da grávida, resta então

a carne de caça, mas esta também sofre restrições em algumas espécies, a galinha caipira, mas se

tiver na classificação da galinha de pés roxo, também não é consumida pela mulher. Talvez essa

seja uma das formas de mudança nos hábitos alimentares, pois os ribeirinhos têm uma preferência

muito grande pela galinha de granja, congelada. E esse alimento é consumido em todas as etapas da

vida da mulher, não recebe nenhuma restrição. O que é uma contradição por não considerar (nem

saber) que essa carne possui um alto suplemento de hormônio.

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Com tanta restrição alimentar a saúde da grávida ribeirinha fica comprometida? Segundo as

parteiras da área, as mulheres são saudáveis, justamente porque não consomem qualquer alimento

que possa comprometer a sua saúde e a do bebê.

O tambaqui é reimoso devido ao umbigo da criança e devido a ela mesma né? Que quando a mulher tem bebê ela tá inflamada, e de repente ela pode ter uma hemorragia, devido a comida que ela come....

(Parteira ribeirinha, distrito de Nazaré)

Não é qualquer peixe de escama que ela pode comer, só a branquinha, sardinha, aruanã e traíra.

(Parteira ribeirinha, distrito de São Carlos)

Mas o médico ginecologista e obstetra, em seu depoimento, discorda dessas restrições:

Em uma comunidade tradicional podemos observar alguns tipos de restrições alimentares que podem afetar uma gravidez tranqüila e saudável, mas cada caso é um caso, e quando nós avaliamos uma paciente, nós temos uma conduta individualizada para cada caso. No entanto, o que nós aconselhamos de um modo geral é que a dieta seja rica, e nessa riqueza, nós que moramos aqui na Amazônia, essas pessoas que vivem nessas comunidades elas têm condições de ter um pomar em sua casa, então elas podem fazer uso de todas as frutas, limão, laranja, jambo, banana, todas as frutas que for possível ingerir. Não tem nenhum problema, não existe contra indicação, manga, cupuaçu, açaí, todas à vontade... Todos os peixes também podem ser consumidos à vontade, nada de restrições, por exemplo “peixe de couro não posso comer”... Pode comer sim, peixe de couro, de escamas, sem problema nenhum. Quanto às carnes, a orientação é para carne magra, apenas evitar gorduras e fritura. Frango pode consumir à vontade, não tem nenhuma contra indicação, também não vejo problemas em consumir carnes de caça, é tudo realmente uma questão de cultura.

Segundo o médico, para que uma gravidez seja saudável é preciso que a alimentação da

grávida seja rica em nutrientes, vitaminas e proteínas. Alimentar-se bem durante a gravidez

contribui para uma gestação saudável. Na concepção do médico não existem restrições alimentares

para carnes, peixes e frutas. Ao contrário são alimentos que devem estar na dieta da gestante. Ele

considera que:

Os tabus fazem parte de um folclore e quando é visto em forma de poesia é muito bonito, mas podem trazer riscos a muitas gestações, principalmente, esses tabus que passam desapercebidos. Sabe, aquele menino que foi abortado, aquele menino que não pode crescer, aquele menino que nasceu com uma má formação e depois morreu, e como morreu ficou no esquecimento, e não é lembrado, só é lembrado quem é visto, quem pode garantir que essas crianças não sofreram por conta de uma má alimentação das mães? Com certeza uma dieta deficitária no período gestacional pode causar danos ao bebê... a criança será aquilo que a mãe consumir durante a gravidez.

Mas na cultura das parteiras e das mulheres ribeirinhas, consumir esses alimentos é um sério

risco à saúde, e essa é a verdade do grupo. Pois tem toda uma simbologia a respeito dos alimentos.

Então como manter uma dieta saudável no período gestacional sem interferir na cultura do grupo? É

interessante para o grupo que a parteira possa absorver novos conceitos a respeito da dieta alimentar

das mulheres no período gestacional e no pós-parto? Para o médico ginecologista e obstetra isso é

possível, pois:

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As parteiras geralmente são mulheres mais idosas da comunidade e trazem consigo suas experiências repassando, em trabalho com o grupo das grávidas algumas de suas crenças... E esse é o núcleo principal dessa discussão... a parteira deve receber apoio do sistema de saúde ou do poder público que preste uma orientação melhor, pois na cabecinha dela existe aquilo que é tradicional e que ela conhece como experiência própria, é a sua verdade e é assim que deve ser aplicado... Mas temos que fazer para que ela tenha outra visão de melhoria de seu trabalho. Porque se você for comparar um médico a uma parteira em uma localidade dessas, com toda certeza a parteira terá mais credibilidade porque ela fala a mesma linguagem de sua comunidade, vive os mesmos problemas, ela sente, chora, tem alegrias e sofrimentos do seu grupo, isso são eventos que um médico não participa, e como ela vive no seio da comunidade, possui uma influência muito grande... Então... ela precisa transferir para as pessoas o que é certo.

No nosso entendimento as parteiras ribeirinhas são peças fundamentais no contexto da

saúde da mulher e da criança em especial, no ciclo reprodutivo da mulher, pois desenvolvem

inúmeros papéis com os moradores das comunidades, dentre eles os de orientadora e como parteiras

e o seu saber empírico salva vidas, cuidam dos enfermos, ainda prestam assistência no puerpério

imediato, ou seja, elas são fundamentais não só para a manutenção da vida no espaço ribeirinho,

mas, na vinculação das informações, na condição de organização e sustentabilidade do grupo.

Referências

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FLANDRIN, Jean-Louis; MONTANARI, Massimo. História da alimentação. São Paulo: Estação

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MURRIETA, Rui Sérgio Sereni. O dilema do papa-chibé: consumo alimentar, nutrição e práticas de

intervenção na ilha de Ituqui, Baixo Amazonas, PA. Revista de Antropologia. v. 41 n. 1, 1998.

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Mimeografado. Porto Velho, 2000

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intervenção para o desenvolvimento. v.1. Porto Velho: EDUFRO, 2001.

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ZOLLA, Carlos. Terapeutas, enfermedades y recursos vegetales. Revista México indígena. n .9,

1986.

DEPOIMENTO DE UM MÉDICO OBSTETRA DA REDE ESTADUAL DE SAÚDE DO

MUNICÍPIO DE PORTO VELHO

ENTREVISTAS COM PARTEIRAS RIBEIRINHAS

i Artigo produzido a partir da pesquisa, Parteiras Ribeirinhas: Saúde da Mulher e Saber Local, desenvolvida na área ribeirinha do município de Porto Velho estado de Rondônia. ii Professora Adjunta do Departamento de Geografia e do Programa de Mestrado em Geografia da Universidade Federal de Rondônia, Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher e as Relações de Gênero-GEPGENERO.