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Mercado Agropecuário de Reduções e Emissões MARE

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Mercado Agropecuário de Redução e Emissões

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Mercado Agropecuário de Reduções e Emissões

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MARE | Mercado Agropecuário de Redução e Emissões

1. Introdução2. Mudança climática

2.1. Principais impactos

2.2. Mitigação e adaptação: formas de combater o fenômeno

3. Fontes e sumidouros 3.1. Consequências para o agronegócio

3.2. Oportunidades de mitigação e adaptação na agropecuária

4. Políticas Públicas de Adaptação e Mitigação às Mudanças Climáticas

4.1. Política Nacional sobre Mudança do Clima

5. Comércio internacional e carbono: competitividade do produto brasileiro no mundo

5.1. Barreiras não-tarifárias

6. Política de Governança Climática da Agropecuária(PGCA) e Plataforma de Negócios Ecossistêmicos

6.1. Perspectivas da Plataforma Digital de Negócios Ecossistêmicos

6.2. O Mercado Agropecuário de Redução de Emissões (MARE)

6.2.1. O papel da CNA

6.2.2. Estrutura organizacional e financeira

6.2.3. Projetos de redução de emissões de GEE

6.2.4. Funcionamento do Mercado Agropecuário de Redução de Emissões

7. Mercados de carbono no mundo8. Considerações finais9. Glossário

Conteúdo

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As evidências do impacto das atividades humanas no sistema climático da Terra estão cada vez mais claras. A composição química da atmosfera está se alterando e, nesse cenário de profundas transformações, o papel da agropecuária será é decisivo para desacelerá-las, uma vez que o setor pode e deve adotar técnicas de produção que mitigam as consequências negativas das alterações do clima e, ao mesmo tempo, elevam o grau de competitividade do agronegócio brasileiro.

Depois de aderir a dois importantes tratados internacionais – a Convenção do Clima, em 1992, e o Protocolo de Quioto, em 1997 –, o Brasil estabeleceu sua legislação sobre o tema. Na Política Nacional sobre Mudança do Clima, sancionada em 2009, metas setoriais foram determinadas para reduzir e estabilizar as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono e outros gases que aquecem o planeta.

Portanto, a agricultura e a pecuária serão imprescindíveis para o cumprimento desse compromisso brasileiro. Além de ter à sua disposição a maior variedade de ações eficientes de redução de emissões disponível com os menores custos, a Política de Governança Climática da Agropecuária (PGCA) fornece os instrumentos necessários para o setor consolidar práticas produtivas de baixo carbono.

Concebido pela CNA, esse abrangente plano institucional proporciona ao produtor rural as ferramentas adequadas para o exercício dessa tarefa inovadora fundamental para o estabelecimento de uma economia verde.

E o braço forte dessa política setorial será o MARE – Mercado Agropecuário de Redução de Emissões. Esse sistema de comércio de certificados ambientais vai transformar as propriedades agrícolas brasileiras em provedoras de soluções contra o aquecimento global.

A comercialização de créditos decorrentes da prestação de serviços ecossistêmicos será uma nova e importante fonte de receita para os produtores atentos às oportunidades geradas pelos negócios sustentáveis, estimulando a redução de emissões e o sequestro de carbono no meio rural.

Nas páginas a seguir, saiba como o MARE será estruturado e funcionará em benefício do homem do campo.

1. Introdução

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Mitigação: implementação de medidas que reduzem as emissões de gases de efeito estufa e aumentam os sumidou-ros, ou seja, os processos, as atividades e mecanismos que removem da atmosfera essas substâncias

Adaptação: iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima.

2. Mudança climática

2.1. Principais impactos

2.2. Mitigação e adaptação: formas de combater o fenômeno

A mudança do clima é o processo natural e histórico de alterações da temperatura, regimes de chuvas, nebu-losidade, entre outros aspectos climatológicos. No en-tanto, o aumento da concentração de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera – especialmente o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O) emitidos em decorrência da queima de combustíveis fósseis, desflorestamento e outras atividades humanas no planeta – está acelerando as mudanças climáticas e elevando a frequência e intensidade dos desastres na-turais ao redor do globo.

A alta concentração de gases de efeito estufa na atmosfera ocasiona:

• Aumento da temperatura média global• Secas, chuvas intensas e outros fenômenos climáticos extremos• Redução da biodiversidade• Desertificação• Derretimento das calotas polares• Aumento do nível dos oceanos

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3. Fontes e sumidouros

Principais fontes emissoras de GEE na agropecuária:

Fermentação entérica do gado e dejetos animais

Desmatamento de florestas e queimadas

Uso de fertilizantes nitrogenados

Decomposição de dejetos orgânicos

Respiração e revolvimento do solo

Uso de combustíveis fósseis em máquinas agrícolas

Principais sumidouros de GEE na agropecuária:

Solo

Gramíneas

Florestas

A transição climática imposta pelos altos níveis de emissões de GEE causa diversos impactos à agropecuária, entre os quais:

Redução da produtividade das espéciesDiminuição da disponibilidade dos recursos hídricos para irrigação

Redução das áreas propícias para plantação de determinadas culturas termo-intolerantes

Maior ocorrência de doenças, pragas e plantas invasoras

Desertificação e perda de área de plantio

3.1. Consequências para o agronegócio

Segundo o Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), do governo federal, apenas com o uso destas técnicas é possível reduzir aproximadamente 160 milhões de toneladas de CO2 equivalente até 2020, volume suficiente para o setor atingir a meta estabelecida pela Política Nacional sobre Mudança do Clima

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MitigaçãoPara reduzir ou evitar emissões e aumentar o sequestro de carbono, o setor agropecuário dispõe de diversas práticas e atividades rurais eficientes e de baixo custo, com destaque para:

Plantio direto na palha

Recuperação de pastos degradados

Integração lavoura-pecuária-floresta

Fixação biológica de nitrogênio

Plantio de florestas comerciais

Tratamento de resíduos animais

Desertificação e perda de área de plantio

3.2. Oportunidades de mitigação e adaptação na agropecuária

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O setor agropecuário é um dos mais vulneráveis às alte-rações do sistema climático ocasionadas pelas atividades humanas no planeta. Portanto, as atividades rurais terão de ser adaptadas a esse novo cenário, por meio de:

Integração lavoura-pecuária-floresta

Criação de novas espécies vegetais resistentes a secas e altas temperaturas

Melhoramento genético do gado

Melhor uso dos recursos hídricos para irrigação

Zoneamento agrícola e migração de culturas

Prevenção de desastres por meio de sistema integrado de alerta

Nos países emergentes como o Brasil, a mudança do clima traz riscos e desafios para os diversos setores da economia, principalmente para a agropecuária. Os impactos poderão ser maiores no campo em razão de sua interdependência e correlação direta com o meio ambiente. Entretanto, as mudanças climáticas podem representar diversas oportu-nidades de ganhos e vantagens econômicas para o setor.

Adaptação

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4. Políticas Públicas de Adaptação e Mitigação às Mudanças Climáticas

Estabelecida pela Lei Federal nº 12.187/2009

Define princípios, objetivos, diretrizes e instrumentos, e prevê uma meta voluntária de redução de emissões de gases de efeito estufa em território nacional em torno de 36,1 % a 38,9% até o ano de 2020

O decreto que regulamenta essa política estabelece a criação do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, de planos e metas de redução de emissões por setor, entre os quais a agricultura, que deverá reduzir aproximadamente 6% das suas emissões

Após o estabelecimento da lei federal, diversas políticas estaduais de mudanças climáticas já foram editadas e outras estão em desenvolvimento

Lançado em julho de 2010 pelo Ministério da agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o pioneiro programa setorial pretende evitar, voluntariamente, a emissão de 133 a 166 milhões de toneladas de CO2 equivalente até 2020, por meio da consolidação de seis práticas agrí-colas previstas no Plano ABC: plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária-floresta, recuperação de pastos degradados, plantio de florestas, fixação biológi-ca de nitrogênio e tratamento de resíduos animais.

Os recursos financeiros necessários para implantação das práticas previstas no Plano ABC estão disponíveis no Plano Agrícola e Pecuário, que direcionou, para o pe-ríodo 2011/2012, mais de R$ 3 bilhões para o financia-mento da agropecuária de baixo carbono.

A aposta em projetos sustentáveis na área da agri-cultura e pecuária, como o Programa ABC, posiciona o Brasil entre os países mais adiantados no alcance das metas firmadas voluntariamente nas conferências mundiais sobre o clima.

4.1. Política Nacional sobre Mudança do Clima

4.2. Programa Agropecuária de Baixo Carbono

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Um dos principais riscos competitivos para a agrope-cuária relativos às mudanças do clima são as barreiras comerciais que podem ser impostas pelos importado-res. Países desenvolvidos, que possuem metas obriga-tórias de redução de emissões de GEE, necessitam de altos investimentos em medidas de mitigação e adap-tação, as quais resultam em custos adicionais na sua produção. Para compensar essa disparidade, esses países im-põem obstáculos à entrada de produtos em seu mer-cado baseando-se em questões ambientais. Os efeitos desses entraves podem ser analisados sob diversos pontos de vista, entre eles:

Econômico, para proteger a competitividade da economia

Comercial, cujo objetivo é equalizar os custos das importações com os da produção doméstica

Ambiental, para garantir que ações unilaterais sejam eficazes na redução de emissões ao não permitir que países sem qualquer estratégia de mitigação exportem livremente sua produção

O Brasil não possui regulamentação sobre o tema e não utiliza, por enquanto, tais mecanismos no comércio de seus produtos. No entanto, o país deve se engajar nas discussões internacionais sobre a questão, tendo em vista que os produtores podem sofrer imposições comerciais.

Os produtos agrícolas e pecuários serão, certamente, os mais afetados da economia nacional, uma vez que representam a maior parcela das exportações do país. Por isso, o emprego de técnicas agropecuárias de baixo carbono é essencial para garantir a competitividade do produto rural brasileiro no exterior.

O principal foco da CNA no caminho rumo à economia rural de baixo carbono é atender à crescente demanda mundial por alimentos por meio da inovação tecnológica no campo e do aumento da produtividade, promovendo a transição para uma agropecuária mais sustentável e competitiva no cenário mundial.

5. Comércio internacional e carbono: competitividade do produto brasileirono mundo

5.1. Barreiras não-tarifárias

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6. Política de Governança Climática da Agropecuária (PGCA) e Plataforma de Negócios Ecossistêmicos

Diante da necessidade de orientar o setor agropecuá-rio para uma produção menos emissora de carbono, de forma a contribuir na solução do problema do clima e no atendimento das metas brasileiras de redução de GEE, a CNA decidiu centralizar ações e criar uma agenda de atuação institucional para fortalecer o protagonismo dos agricultores brasileiros no combate ao aquecimen-to global.

Para alcançar esse ousado objetivo e colaborar com a implementação e execução do Plano ABC e outras ini-ciativas públicas e privadas focadas na sustentabilida-de, a entidade desenvolveu a Política de Governança Climática da Agropecuária (PGCA), a qual enumera as condutas, programas e instrumentos que possibilitarão aos produtores rurais participar ativamente dessa luta, tornando o agronegócio brasileiro menos emissivo e mais competitivo mundialmente.

O desenvolvimento da PGCA e alcance de seus obje-tivos exigem sejam utilizados determinados instru-mentos facilitadores sem os quais o objetivo final se tornaria impossível de ser alcançado. O mais relevante instrumento a ser desenvolvido é certamente a Plata-forma de Serviços Ecossistêmicos, cuja formatação re-quer sejam efetuados alguns esclarecimentos técnicos relevantes.

Embora façam parte da mesma estrutura, serviços ecossistêmicos não se confundem com serviços am-bientais. Os primeiros são espécies de serviços presta-dos silenciosamente pela natureza, como a regulação de gases (produção de oxigênio e seqüestro de carbono), belezas cênicas, conservação da biodiversidade, prote-ção de solos e regulação das funções hídricas, conforme o estudo Avaliação Ecossistêmica do Milênio, da ONU.

Já os serviços ambientais correspondem às atividades em si que tenham impacto na mensuração, prevenção, minimização ou correção de danos aos serviços ecos-sistêmicos, o que vai desde a simples consultoria até a informação e capacitação dos participantes envolvidos.

Está em trâmite atualmente o projeto de Lei (PL) nº 792/2007 elaborado pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, que cria a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais. Assim, com base nesta necessidade apoiada ao suporte legislati-vo prestes a ser concluído, a CNA está formatando a Plataforma de Serviços Ecossistêmicos, na tentativa de buscar ser o alicerce financeiro e estrutural desta nova concepção do agronegócio brasileiro. Sua estrutura será toda informatizada e posta à disposição do pro-dutor rural em página eletrônica criada exclusivamente para este fim. Daí surge sua qualificação como “Plata-forma Digital de Negócios Ecossistêmicos”.

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Muitas são as atividades das quais decorrem serviços ambientais que podem ser objeto de negociação na plataforma, como por exemplo:

• Sequestro e conservação de carbono

• Conservação das águas e dos serviços hídricos

• Conservação de florestas

• Biodiversidade

• Regulação do clima

• Melhoramento e aprimoramento do solo

• Beleza cênica natural

O comércio de créditos derivados da redução de emis-sões de GEE na agropecuária será a primeira atividade da Plataforma, pelo flagrante avanço, ao menos atu-almente, desta modalidade de serviço em relação aos demais. Bem por isso é que se justifica a criação de um mercado específico para atender a este fim: o Mercado Agropecuário de Redução de Emissões (MARE).

Em paralelo aos projetos de redução de emissões de GEE, já se encontram em desenvolvimento projetos para remuneração pela conservação, pelos produtores rurais, dos recursos hídricos, biodiversidade e florestas de suas propriedades.

6.1. Perspectivas da Plataforma Digital de Negócios Ecossistêmicos

6.2. O Mercado Agropecuário de Redução de Emissões (MARE)

6.2.1. O papel da CNA

De acordo com o Plano ABC, existem metas setoriais estabelecidas pelo governo configuradas para a agro-pecuária brasileira e há ações e programas de redução específicos criados para este fim, além de financiamen-tos e facilitações adequados.

A conjunção destes três elementos propicia as condi-ções ideais para a criação do mercado voltado ao co-mércio de emissões reduzidas pelo setor agropecuário: O MARE.Uma vez implantados pelos produtores, com a devida orientação e acompanhamento, quaisquer projetos de agricultura e pecuária de baixo carbono poderão gerar créditos negociáveis no MARE, propiciando aumento de receita e do valor incorporado ao produto e à proprieda-de rural. Tais iniciativas também podem proporcionar certificado adicional para o agropecuarista vencer bar-reiras comerciais no exterior.

A CNA fornecerá toda orientação e suporte necessários ao produtor rural, incluindo:

Acesso a projeto de financiamento a ser apresentado à instituição financeira

Acesso a projeto de redução de emissões

Acompanhamento na execução do projeto de agricultura de baixo carbono escolhido pelo produtor

Acompanhamento na execução do projeto de obtenção de créditos de carbono

Comercialização dos créditos no mercado

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6.2.2. Estrutura organizacional e financeira

Comissão de Assuntos Estratégicos

• Fornecer o direcionamento estratégico do MARE

• Fornecer orientação para as funções desenvolvidas pelos órgãos de execução

Comitê Científico

• Realizar orientação e coordenação técnico-científico do MARE

• Emitir parecer sobre todas as questões técnicas emanadas da comissão de registro e do comitê de acompanhamento e fiscalização.

• Conferir suporte técnico ao estabelecimento de metodologias novas e pré-existentes

Comitê de Desenho de Projetos

• Aprovar metodologias de projetos e homologar metodologias pré-existentesEfetuar o registro dos projetos de baixo carbono

• Expedir os certificados de emissões reduzidas de gases de efeito estufa e seu consequente registro

• Monitorar a redução de emissões de gases de efeito estufa de acordo com o plano ou projeto apresentado

• Criar e validar metodologias de registro e certificação

Comitê de Monitoramento e Avaliação:• Garantir a transparência e eficácia dos

programas da plataforma de serviços ambientais

• Avaliar e aprovar propostas de normas ou resoluções eventualmente apresentadas

• Fiscalizar o andamento dos projetos e sistematização dos registros quando necessário

• Elaborar e apresentar relatórios anuais de suas atividades à diretoria da entidade

As fontes de recursos disponíveis para o financiamento dos projetos desenvolvidos no âmbito do MARE são:

Programa Agricultura de Baixo Carbono

• Fundo Nacional sobre Mudanças do Clima

• Fundos nacionais e internacionais para financiamento de atividades rurais sustentáveis

• Patrocínios, apoios e doações realizadas por organizações nacionais e internacionais públicas e privadas, além de fundos específicos criados pela PGCA

São partes integrantes da estrutura organizacional do MARE os seguintes órgãos compostos por técnicos e comunidade científica:

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6.2.3. Projetos de redução de emissões de GEE

Os projetos de redução de emissões do MARE terão como base inicial as seguintes atividades agrícolas e pecuárias:

Recuperação de áreas degradadas

Integração lavoura-pecuária-floresta e sistemas agroflorestais

Sistema de plantio direto

Fixação biológica de nitrogênio

Florestas plantadas

Tratamento de dejetos de animais

Eficiência energética na agropecuária

Aplicação de técnicas na fermentação entérica

Produção de composto orgânico a partir de gado confinado

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Os projetos serão desenvolvidos por técnicos agrope-cuários e atenderão às especificidades da respectiva atividade e propriedade rural. Poderão seguir metodo-logias de mensuração de emissão e sequestro de GEE aprovadas no âmbito dos mercados regulado ou volun-tário.

Mercado regulado: criado pelo Protocolo de Quioto, visa o comércio de créditos de carbono derivados de projetos aprovados pela Organização das Nações Unidas (ONU).Mercado voluntário: comercializa créditos de carbono produzidos por outras metodologias não reconhecidas pela ONU, mas que, efetivamente, reduzem emissões.

Escolhida a prática agropecuária e identificadas as me-todologias aplicáveis, o projeto de baixo carbono será encaminhado ao respectivo processo de verificação e registro, conforme os seguintes padrões:

Mecanismo de DesenvolvimentoLimpo (MDL) São projetos que possuem metodologia apro-vada pela ONU e seguem procedimento próprio da entidade. São implantados pelos países em desenvolvimento e geram créditos de carbono denominados RCEs (Reduções Certificadas de Emissões), que podem ser comercializados no mercado regulado.

Verified Carbon Standard (VCS)São projetos que utilizam metodologias aprova-das pela VCS, instituição que fornece garantia de qualidade e confiabilidade aos mercados volun-tários de carbono. NeutralizaçãoSão projetos de redução ou captura de gases de efeito estufa que utilizam metodologias pró-prias, destinados a empresas ou entidades que objetivam neutralizar as emissões derivadas do exercício de sua atividade, em cumprimento à sua responsabilidade sóciocorporativa, bem como divulgar resultados ambientais, obser-vando o conteúdo da norma ISO 26000 e Código do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR).

Os créditos gerados pela implantação de projetos de MDL, VCS ou neutralização serão registrados e comercializados no MARE de acordo com a estimativa de preços abaixo:

R$ 5

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Modalidades de créditos do MARE

Estimativa de preço por tonelada de CO2e reduzida

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)

€ 7

Verified Carbon Standard (VCS)

U$ 4

Neutralização

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A aprovação do novo período de vigência do Protocolo do Quioto e a entrada do estado norte-americano Cali-fórnia e da Austrália no mercado mundial de créditos de carbono deve elevar o volume de transações nos próxi-mos anos.

No ano passado, o comércio de certificados de emissões reduzidas movimentou € 92 bilhões. A Europa ainda é responsável por 80% da movimentação desses títulos, mas outros países e regiões estão criando seus merca-dos de cotas e créditos de carbono.

A China deve estabelecer um mercado desse gênero a partir de 2015 e, assim como a Austrália, o país asiático também vai taxar emissões.

Apesar da volatilidade dos preços ocasionada pela crise econômica mundial, a credibilidade do mercado de car-bono continua em alta. A prorrogação do Protocolo de Quioto deve tornar o comércio de carbono mais abran-gente, envolvendo outros grandes emissores, como EUA, Brasil, China e Índia. Além dos mercados regulados pelo tratado, também existem plataformas de negócios alternativas ao marco internacional. Criada em 2003, a Bolsa do Clima de Chi-cago foi a primeira plataforma autorregulada a transa-cionar créditos de carbono.

Com a criação do MARE o Brasil equipara-se às gran-des nações do mundo em termos de iniciativas eficien-tes para redução de emissões de GEE e viabilização de vantagens econômicas àqueles que contribuem para a mitigação da mudança do clima e preservação dos re-cursos naturais.(Inserir imagens que remetam aos mercados de carbo-no mundiais)

7. Mercados de carbono no mundo

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O Mercado Agropecuário de Redução de Emissões posi-ciona o agronegócio brasileiro como líder global na luta em favor do clima e da produção rural de baixo carbono.

A adoção de um sistema que remunere os produtores rurais pela permanência dos serviços ambientais – in-cluindo a redução de emissões de GEE – parece ser a tônica para que o país consiga viabilizar ações de miti-gação no campo.

A criação de um mercado dessa natureza, portanto, será capaz transformar a governança climática em oportunidade de desenvolvimento e expansão de ne-gócios. A correta e adequada implementação da PGCA e do MARE é, sem dúvida, um caminho para a agropecu-ária se mostrar como o setor brasileiro mais avançado na política mundial sobre clima.

Mas, sobretudo, é preciso investir na ampla divulgação das ações que o setor vem realizando em prol de uma produção cada vez mais sustentável. O mundo ainda vê a agropecuária como um dos grandes setores res-ponsáveis pela mudança do clima, sem considerar seus esforços para reduzir emissões de GEE.

No primeiro momento, esse novo mercado trará bene-fícios econômicos derivados da venda de créditos de carbono. Contudo, o incentivo à implementação das atividades de baixo carbono por meio do MARE redun-dará em um produto rural brasileiro mais sustentável e, consequentemente, ampliará as vantagens compe-titivas, podendo afastar também barreiras comerciais impostas por motivações ambientais.

8. Considerações finais

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9. Glossário

Protocolo de QuiotoSumidourosNorma ISSO 26000Código CONAR

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