março de 2016 | allegro e vivace 2

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U M A N N I S C H FORTISSIMO Nº 4 — 2016 B U S O N R. S T R A U S S ALLEGRO VIVACE 17/03 18/03

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Fabio Mechetti, regente Asier Polo, violoncelo BUSONI | Abertura de Comédia, op. 38 SCHUMANN | Sinfonia nº 4 em ré menor, op. 120 R. STRAUSS | Don Quixote, op. 35

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Page 1: Março de 2016 | Allegro e Vivace 2

U M A N

N I S C HFORTISSIMO Nº 4 — 2016

B U S O

N R. S T

R A U S S

ALLEGRO

VIVACE

17/03

18/03

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MINISTÉRIO DA CULTURA E GOVERNO DE MINAS GERAIS APRESENTAM

ALLEGRO

VIVACE

17/03

18/03

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Dando continuidade à Temporada 2016

da nossa! Filarmônica de Minas Gerais,

recebemos neste mês um dos mais

importantes e disputados solistas

do cenário internacional.

Executando uma das obras-primas

mais marcantes de Richard Strauss,

acolhemos uma vez mais em nosso

palco o violoncelista basco Asier Polo.

Dono de grande integridade e

sonoridade quente e especial, Asier

certamente marcará essa oportunidade,

dando vida a uma das personagens

que nos serve constantemente

de inspiração, Dom Quixote.

O aniversário de 150 anos de Busoni

é igualmente celebrado com sua

Caros amigos e amigas,

FABIO MECHETTIDiretor Artístico e Regente Titular

singela Abertura de Comédia.

A beleza da Quarta Sinfonia de

Schumann completa o repertório

da noite.

Com essa brilhante programação, a

Filarmônica continua a enriquecer

a vida cultural dos mineiros, dando

àqueles que nos apoiam motivos de

orgulho por tudo o que a Orquestra

representa no cenário nacional de hoje.

Bem-vindos e que todos

tenham um bom concerto.

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Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular

da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável

pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos

no cenário musical brasileiro. Com seu trabalho, Mechetti

posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e internacional

e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou turnês pelo

Uruguai e Argentina e realizou gravações para o selo Naxos.

Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como

Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se

o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.

Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville,

Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi

também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica

de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra

Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos

no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da

Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a

Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras

norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester,

Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais

Page 7: Março de 2016 | Allegro e Vivace 2

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FABIO MECHETTIdiretor artístico e regente titular

de verão nos Estados Unidos, entre

eles os de Grant Park em Chicago

e Chautauqua em Nova York.

Realizou diversos concertos no México,

Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu

as orquestras sinfônicas de Tóquio,

Sapporo e Hiroshima. Regeu também a

Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia,

a Orquestra da Rádio e TV Espanhola

em Madrid, a Filarmônica de Auckland,

Nova Zelândia, e a Orquestra

Sinfônica de Quebec, Canadá.

Vencedor do Concurso Internacional de

Regência Nicolai Malko, na Dinamarca,

Mechetti dirige regularmente na

Escandinávia, particularmente a

Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a

de Helsingborg, Suécia. Recentemente

fez sua estreia na Finlândia dirigindo

a Filarmônica de Tampere e na Itália,

dirigindo a Orquestra Sinfônica de

Roma. Em 2016 fará sua estreia com a

Filarmônica de Odense, na Dinamarca.

No Brasil, foi convidado a dirigir a

Sinfônica Brasileira, a Estadual de

São Paulo, as orquestras de Porto

Alegre e Brasília e as municipais de

São Paulo e do Rio de Janeiro.

Trabalhou com artistas como Alicia

de Larrocha, Thomas Hampson,

Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,

Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil

Shaham, Midori, Evelyn Glennie,

Kathleen Battle, entre outros.

Igualmente aclamado como regente

de ópera, estreou nos Estados Unidos

dirigindo a Ópera de Washington.

No seu repertório destacam-se

produções de Tosca, Turandot, Carmen,

Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,

Madame Butterfly, O barbeiro de

Sevilha, La Traviata e Otello.

Fabio Mechetti recebeu títulos

de mestrado em Regência e em

Composição pela prestigiosa

Juilliard School de Nova York.

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SS

BUSONI150 ANOSB

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Ferruccio  BUSONIAbertura de Comédia, op. 38

Robert  SCHUMANN Sinfonia nº 4 em ré menor, op. 120

Ziemlichlangsam – Lebhaft (Moderadamente devagar – Alegre)

Romanze: Ziemlichlangsam (Romance: Moderadamente devagar)

Scherzo: Lebhaft (Scherzo: Alegre)

Langsam – Lebhaft (Lento – Alegre)

Richard  STRAUSSDon Quixote, op. 35, “Variações fantásticas

sobre um tema de caráter cavalheiresco”

FABIO MECHETTI, regente

ASIER POLO, violonceloJOÃO CARLOS FERREIRA, viola

INTERVALO

PROGRAMA

IntroduçãoTema

Sancho PançaVariação 1Variação 2Variação 3Variação 4Variação 5Variação 6Variação 7Variação 8Variação 9

Variação 10

Finale

Tempo moderado (cavalheiresco e galante)Don Quixote, O Cavaleiro da Triste Figura: ModeradamenteModo maiorA Aventura com os Moinhos de Vento: Sem pressaA luta contra o rebanho de ovelhas: BélicoDiálogo entre Cavaleiro e Escudeiro: Tempo moderadoA Aventura infeliz com uma Procissão de Peregrinos: Pouco mais largoA vigília do Cavaleiro: Livremente declamado e sentimentalDulcineia encantada: RápidoA cavalgada no ar: Um pouco mais calmo do que antesA viagem no barco encantado: Sem pressaO combate com os dois mágicos: Rápido e tempestuosoDuelo contra o Cavaleiro da Lua Branca, O retorno do derrotado Don Quixote: Muito mais largoA Morte de Don Quixote: Muito calmo

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ASIERPOLO

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Nascido em Bilbao, Espanha, Asier Polo

estudou com Elisa Pascu, María Kliegel

e Ivan Monighetti. Ele logo se destacou

vencendo os primeiros prêmios para

Violoncelo e Música de Câmara no

Concurso Nacional de Jovens Músicos.

Entre recentes e futuros compromissos

do músico, figuram concertos como

solista com a maioria das principais

orquestras espanholas e outras orquestras

estrangeiras, como as filarmônicas da

BBC, de Israel, de Dresden, da Louisiana

e de Bergen, Sinfônica Nacional da RAI

italiana, Orquestra de Paris, Sinfônica

de Porto Rico e Sinfônica de Mineria.

Polo já se apresentou sob a batuta de

importantes regentes, como Rafael

Frühbeck de Burgos, Juanjo Mena,

Pinchas Steinberg, Claus Peter Flor,

Günther Herbig, Antoni Wit, Günter

Neuhold, John Axelrold, Anne Manson

e Carlos Miguel Prieto. Na temporada

2015/2016 ele estreia com a Orquestra

Sinfônica Nacional Dinamarquesa

e o maestro Juanjo Mena e também

com a Filarmônica da Malásia. Esta é

a terceira apresentação de Asier Polo

com a Filarmônica de Minas Gerais.

Polo foi convidado para festivais de

destaque, como os realizados em

Nantes, França; Dotzauer cello

Wettbewerg, Alemanha; Concurso

Internacional Carlos Prieto, México;

Bienal de Veneza, Itália; Festival

Internacional de Música de Granada;

Morelia, México; e o Quincena

Musical em San Sebastián.

Ele também já se apresentou com grandes

artistas, como Sol Gabetta, Isabelle van

Keulen, Josep Colom, Gerard Caussé,

o Quarteto Janácek e Alfredo Kraus.

Nos últimos anos, Asier Polo foi

convidado de Alfred Kraus para realizar

apresentações solo em seus concertos no

Maggio Fiorentino, no Covent Garden

de Londres, no Tonhalle de Zurique e

no prestigiado Musikverein em Viena.

Polo se dedica à apresentação da nova

música, especialmente de seu país natal,

com grande interesse por repertórios ainda

desconhecidos do público, como as obras

de Tomás Marco e Carmelo Bernaola.

Compositores como Gabriel Ercoreca,

Luis de Pablo e Antón García Abril

dedicaram a Asier Polo algumas de suas

obras. Ele tem sido capaz de combinar a

música moderna com o grande repertório

clássico, contemplando desde as suítes

de Bach e os concertos clássicos e

românticos até a música contemporânea.

O músico gravou os concertos de

Usandizaga, Villarojo, Escudero e

Rodrigo para importantes selos como

Claves, RTVE, Marco Polo e Naxos.

Atualmente, Asier Polo é professor no

Centro Superior de Música do País

Basco “Musikene” e na Universidade

Afonso X em Madri, bem como

diretor artístico do Forum Musikael.

O artista se apresenta com o violoncelo

Francesco Rugieri (Cremona, 1689),

adquirido em colaboração com a

Fundação Banco Santander.

ASIERPOLO

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12 BABERTURA DE COMÉDIA, OP. 38 (1897)7 min

Itália, 1866 – Alemanha, 1924

Ferruccio Busoni foi menino prodígio. Estudou piano e composição com

alguns dos melhores mestres de sua época e foi considerado, após a morte

de Liszt, como o maior pianista do mundo. Nas palavras de Stefan Zweig:

“Desde a juventude eu o amara mais do que a qualquer outro virtuoso.

Quando dava concertos ao piano, seus olhos assumiam um maravilhoso

brilho de sonho. Suas mãos ao piano criavam incansavelmente música

perfeita, mas, no alto, a bela cabeça de intelectual, um pouco inclinada

para trás, escutava e assimilava a música que ele criava. Uma espécie

de iluminação parecia dominá-lo sempre. Passou a maior parte de sua

vida nos países de língua germânica, em busca de aperfeiçoamento

técnico e reconhecimento artístico, uma vez que a cena musical

italiana do final do século XIX era dominada pela ópera. Escreveu:

— Onde é o meu lugar? Quando sonho à noite e desperto, sei que

no sonho falei italiano. E, quando escrevo, penso em alemão.”

Aos nove anos de idade, Busoni foi levado a Viena pelo pai, para fazer-se

conhecido. Além de ter sido a cidade de Mozart, Beethoven e Schubert,

Viena era a capital da música na época. Naquele final de ano, quando o

jovem garoto da Toscana entrava na cidade, Wagner regia seu Lohengrin

na Hofoper e Bruckner lecionava na Universidade. Johann Strauss

filho, o Rei da Valsa, lotava os salões de baile com suas duas orquestras.

Liszt dava recitais na cidade e Brahms morava em Viena desde 1863.

Nos anos seguintes Busoni viveu entre Áustria e Itália, estudando piano

e composição intensamente. Aos treze anos escreveu: — (...) já me

apresentei para grandes personalidades na Corte Austríaca, tais como o

Imperador do Brasil, a Rainha de Hanover e a Arquiduquesa Elisabeth

(carta para Otto von Kapff de 4 de junho de 1879). Aos dezessete anos

novamente estava tentando a sorte em Viena. Depois de se fazer ouvir

Ferruccio

BUSONI

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BINSTRUMENTAÇÃO

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes,

tímpanos, percussão, cordas.

PARA  OUVIRCD Ferruccio Busoni – Clarinet Concertino; Flute Divertimento; Rondò arlecchinesco –

Orchestra Sinfonica di Roma – Francesco la Vecchia, regente – Naxos – 2012

Orquestra Filarmônica Real – Jascha Horenstein, regente

Acesse: fil.mg/bcomedia

PARA  LERDella Couling – Ferruccio Busoni: A musical

Ishmael – Scarecrow Press – 2005

pelas personalidades mais importantes

do meio musical da época, dentre elas

Liszt, Brahms, Rubinstein, Hanslick e

Richter, teve início sua sólida carreira

de concertista e compositor, além de

professor, regente e editor. Estabeleceu-se

em Berlim em 1894, tornando-se um

mestre dos mais respeitados. Deixou

uma obra musical importante e alguns

textos fundamentais para o estudo da

música do início do século XX, dentre

os quais ressalta o Ensaio de uma nova

estética musical, escrito em 1906.

Busoni não foi um conservador nem

um inovador radical. Sua música

conserva frescor e originalidade.

A Abertura de Comédia – Eine

Lustspiel-Ouvertüre – apresenta certo

caráter mozartiano e a dramaticidade

germânica do final do século XIX,

revestidos de melodias tipicamente

italianas, à maneira de Rossini.

Composta em uma única noite, a

obra foi revisada pelo compositor em

1904 e publicada no mesmo ano.

O primeiro tema, vivo e trepidante,

divide-se entre as cordas e as madeiras.

O segundo, dolce espressivo, é

apresentado pelo clarinete. Uma breve

seção, em que o autor desenvolve as

ideias musicais do início, nos conduz

à reapresentação dos dois temas.

A peça termina com uma coda efusiva.

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GUILHERME NASCIMENTO Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor.

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14 SSINFONIA Nº 4 EM RÉ MENOR, OP. 120 (1841, revisada em 1851) 28 min

Saxônia, atual Alemanha, 1810 – Endenich, atual Alemanha, 1856

A música de Schumann possui um aspecto biográfico, confidencial.

As características intimistas de seu gênio cristalizam-se com grande

poesia e admirável concisão em sua singular produção pianística e nos

Lieder. Mas o compositor sabia que tais qualidades diluíam-se ao escrever

segundo os modelos arquitetônicos preestabelecidos pela grande forma

sonata orquestral. Mesmo estudando e admirando incondicionalmente as

sinfonias de Haydn, Mozart, Beethoven e Schubert, Schumann deveria

procurar um caminho pessoal nesse campo. Entre seus contemporâneos,

não lhe atraía a proposta dos poemas sinfônicos de Berlioz — que ele

conheceu, apreciou, mas rejeitou como modelo. Por outro lado, sua

fantasia o afastava do equilíbrio formal das sinfonias de Mendelssohn.

Na verdade, ele só se dedicou à orquestra na maturidade, quando julgou

possuir algumas ideias realmente próprias. E, entretanto, sua obra

sinfônica é extensa, compreendendo sinfonias, aberturas e concertos.

Schumann trata o gênero sinfonia com grande liberdade. A beleza

dos temas e das ideias secundárias dilui a rigidez da forma sonata e

permite um desenvolvimento alternativo ao típico jogo bitemático

clássico. Os contrastes necessários ao discurso musical se estabelecem

mais pelo encadeamento melódico do que pela oposição dos temas.

A Sinfonia nº 4 foi iniciada em 1841 e, cronologicamente, seria a

segunda. Mas só adquiriu sua forma definitiva dez anos depois,

quando a orquestração foi refeita, após as estreias da segunda e da

terceira sinfonias. A preocupação com a unidade formal é marcante

nesta quarta sinfonia — as diversas partes sucedem-se umas às outras

sem interrupção, desfazendo o caráter fechado de cada uma delas

e formando um único discurso. Vários temas, transfigurados em

engenhosas reapresentações, circulam por todos os movimentos,

em uma evidente antevisão do conceito de sinfonia cíclica.

Robert

SCHUMANN

Page 15: Março de 2016 | Allegro e Vivace 2

SINSTRUMENTAÇÃO

2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes,

3 trombones, tímpanos, cordas.

PARA  OUVIRCD Schumann – The Symphonies;

Genoveva e Manfred Overtures – Orquestra Concertgebouw de Amsterdã – Bernard

Haitink, regente – Philips Classics, GCM, 27A, 441-241-2 – PolyGram Records,

Inc., Brasil – 1991

PARA  ASSISTIROrquestra Filarmônica de Viena –

Leonard Bernstein, regenteAcesse: fil.mg/ssinf4

PARA  LERRalph Hill – Sinfonia – Editora

Ulisseia – 1959

PAULO SÉRGIO MALHEIROS DOS SANTOS

Pianista, Doutor em Letras, professor na UEMG, autor dos livros Músico, doce músico e O grão perfumado – Mário de Andrade e a arte do inacabado. Apresenta o programa semanal Recitais Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.

A Sinfonia nº 4 inicia-se com uma

introdução lenta que se une ao Allegro

por um acelerando gradativo do

andamento. Os temas expostos nessa

primeira seção terão papel relevante

na arquitetura de toda a obra. Assim,

o melancólico motivo da introdução

reaparecerá nos movimentos centrais,

três vezes transfigurado: Na Romança

(lá menor), após a bela melodia inicial

dos oboés e violoncelos, reapresenta-se

na parte central, em Ré maior, com um

violino solo tecendo belos arabescos.

No movimento seguinte, o mesmo

motivo, transfigurado em cânone

invertido, determina a ambientação

rústica e percutida do Scherzo.

Depois, por meio de sutis variantes

cromáticas, muda radicalmente seu

caráter para impregnar o trio de lirismo

doce e sonhador. No movimento

final – dezesseis compassos de

introdução lenta, seguida de um

vivace –, o sinuoso arabesco que

constitui o tema principal do Allegro

inicial reaparece e, em combinação

com dois novos motivos, constrói um

amplo desenvolvimento. Entretanto,

caprichosamente, Schumann omite

a habitual reexposição. Um novo e

inesperado tema (tratado em stretto)

conclui a Sinfonia em clima de

júbilo, repleto de luminosidade.

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16 SDON QUIXOTE, OP. 35, “VARIAÇÕES FANTÁSTICAS SOBRE UM TEMA DE CARÁTER CAVALHEIRESCO” (1897) 43 min

Baviera, atual Alemanha, 1864 – Alemanha, 1949

O grande movimento literário, humanista e musical que, no século XIX,

se traduziu no Romantismo abraça a liberdade como uma de suas causas

primárias. Na música, o caminho para a livre expressão individual,

aberto revolucionariamente por Beethoven, cria, por um lado, uma

arte confessional em que o compositor procura exprimir-se a si próprio

e a seus estados emocionais e psicológicos, numa dinâmica que acaba

por criar linguagens distintas e infinitamente pessoais, açambarcadas

pela ideologia comum que esse ideal libertário engendra. Por outro

lado, abre novas perspectivas formais que, associadas à diretiva da

expressão individual, nortearão grandes conquistas da linguagem

musical. Se a geração posterior a Beethoven ainda se sente receosa

para trilhar em profundidade esses caminhos, a geração seguinte os

elege como vias arteriais, gerando obras como a de Franz Liszt.

Sua figura mitológica parece ter eclipsado o valor de algumas de

suas empresas artísticas mais relevantes: dentre elas, no campo

da música sinfônica, senão a criação, a consolidação do poema

sinfônico. Baseado sempre num enredo literário, esse gênero musical,

por assim dizer, está para além de meras descrições musicais. Ao

contrário, o elemento literário, no poema sinfônico, tem a função

de mote e de fio condutor para a livre expressão musical e criadora

do compositor. Por isso mesmo, a sua liberdade formal em relação

a modelos preestabelecidos (a exemplo da forma sonata) o coloca

dentre os gêneros mais genuínos do Romantismo sinfônico.

Foi com o poema sinfônico que Richard Strauss conquistou renome

internacional. São dessa mesma safra obras importantes como Macbeth

(1886/1888), Don Juan (1888), Till Eulenspiegel (1894/1895) — obra

de originalidade surpreendente — e Don Quixote, estreada em 1898.

Richard

STRAUSS

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17SINSTRUMENTAÇÃO

Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, corne inglês, requinta, 2 clarinetes, clarone, 3 fagotes,

contrafagote, 6 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, 1 tuba, 1 eufônio, tímpanos,

percussão, harpa, cordas.

PARA  OUVIRCD Richard Strauss, Don Quixote; Robert

Schumann, Cello Concerto – Orquestra Filarmônica de Berlim; Orquestra Nacional da França – Herbert von Karajan; Leonard

Bernstein, regentes – Mstislav Rostropovich, violoncelo – EMI – 1999

PARA  ASSISTIROrquestra Filarmônica de Berlim – Herbert

von Karajan, regente – Mstislav Rostropovich, violoncelo | Acesse: fil.mg/sdonquixote

PARA  LERBryan Gilliam (org.) – Richard Strauss:

New perspectives on the composer and his works – Duke University Press – 1997

MOACYR LATERZA FILHO Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística.

Baseado no célebre romance de

Miguel de Cervantes, Strauss trabalha

formalmente esse seu poema sinfônico

utilizando-se de um processo de

composição que se constitui de dez

variações sobre um mesmo tema, seguidas

de um finale. De fato, o compositor lhe

confere um subtítulo: “Variações

fantásticas sobre um tema cavalheiresco”.

Ademais, endossando a liberdade

criativa e formal que o poema sinfônico

pressupõe, Strauss elabora, na obra, uma

importante parte solista para o violoncelo,

que representa o Cavaleiro da Triste Figura.

As variações se fundamentam em

diversos aspectos e episódios do

romance de Cervantes, o que relativiza,

assim, a tendência narrativa inerente

ao gênero: aspectos psicológicos da

personagem adquirem musicalmente

peso igual ao de eventos da narrativa

que são evocados. Assim, por exemplo,

a primeira variação tanto apresenta

Dulcineia como meta na mente confusa

do fidalgo, quanto evoca a famosa

batalha com os moinhos de vento.

No entanto, independentemente de

maiores identificações descritivas

relacionadas a elementos do texto de

Cervantes, a obra de Strauss garante

a sua estabilidade em si mesma,

tão-somente pela sua coerência

interna e pela sua arquitetura

formal, que, calcada na liberdade

criativa, atinge unidade e coerência

musicais, apesar de fundamentadas

em um argumento literário.

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* principal ** principal associado *** principal assistente **** principal / assistente substituto ***** músico convidado

DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR

Fabio Mechetti

REGENTE ASSOCIADO

Marcos Arakaki

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

PRIMEIROS VIOLINOS Anthony Flint – SpallaRommel Fernandes – Spalla AssociadoAra Harutyunyan – Spalla AssistenteAna ZivkovicArthur Vieira TertoBojana PantovicDante BertolinoHyu-Kyung JungJoanna BelloMatheus BragaRoberta ArrudaRodrigo BustamanteRodrigo M. BragaRodrigo de Oliveira

SEGUNDOS VIOLINOSFrank Haemmer *Leonidas Cáceres ***Gideôni LoamirJovana TrifunovicLuka MilanovicMartha de Moura PacíficoMateus FreireRadmila BocevRodolfo ToffoloTiago EllwangerValentina GostilovitchEliseu Barros *****Clayton Silva *****Aline Pascutti *****

VIOLASJoão Carlos Ferreira *Roberto Papi ***Flávia MottaGerry VaronaGilberto Paganini Juan DíazKatarzyna Druzd

Luciano GatelliMarcelo NébiasNathan MedinaIberê Carvalho *****

VIOLONCELOSPhilip Hansen *Felix Drake ***Camila PacíficoCamilla RibeiroEduardo SwertsEmilia NevesEneko Aizpurua PabloLina RadovanovicRobson Fonseca

CONTRABAIXOSColin Chatfield *Nilson Bellotto ***Marcelo CunhaMarcos LemesPablo GuiñezRossini ParucciWalace Mariano

FLAUTASCássia Lima *Renata Xavier ***Alexandre BragaElena Suchkova

OBOÉSAlexandre Barros *Ravi Shankar ***Israel MunizMoisés Pena

CLARINETESMarcus Julius Lander *Jonatas Bueno ***Ney FrancoAlexandre Silva

FAGOTESCatherine Carignan *Victor Morais ***Andrew HuntrissFrancisco Silva

TROMPASAlma Maria Liebrecht *Evgueni Gerassimov ***Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos SantosLucas Filho Fabio Ogata

TROMPETESMarlon Humphreys *Érico Fonseca **Daniel Leal ***Tássio Furtado

TROMBONESMark John Mulley *Diego Ribeiro **Wagner Mayer ***Renato Lisboa

TUBAEleilton Cruz *

EUFÔNIOMarco Antônio Almeida *****

TÍMPANOSPatricio Hernández Pradenas *

PERCUSSÃO Rafael Alberto *Daniel Lemos ***Sérgio AluottoWerner Silveira

HARPAGiselle Boeters *

TECLADOSAyumi Shigeta *

GERENTE Jussan Fernandes

INSPETORAKarolina Lima

ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Débora Vieira

ARQUIVISTAAna Lúcia Kobayashi

ASSISTENTESClaudio StarlinoJônatas Reis

SUPERVISOR DE MONTAGEMRodrigo Castro

MONTADORESAndré BarbosaHélio SardinhaJeferson SilvaKlênio CarvalhoRisbleiz Aguiar

Page 21: Março de 2016 | Allegro e Vivace 2

21Ilustrações: Mariana Simões

FORTISSIMO março nº 4 / 2016 ISSN 2357-7258

EDITORA Merrina Godinho Delgado

EDIÇÃO DE TEXTO Berenice Menegale

Conselho Administrativo

PRESIDENTE EMÉRITO Jacques Schwartzman

PRESIDENTE Roberto Mário Soares

CONSELHEIROS Angela Gutierrez Berenice MenegaleBruno VolpiniCelina SzrvinskFernando de AlmeidaÍtalo GaetaniMarco Antônio PepinoMarcus Vinícius SalumMauricio FreireMauro BorgesOctávio ElísioPaulo BrantSérgio Pena

Diretoria Executiva

DIRETOR PRESIDENTE Diomar Silveira

DIRETOR ADMINISTRATIVO-FINANCEIROEstêvão Fiuza

DIRETORA DE COMUNICAÇÃO Jacqueline Guimarães Ferreira

DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS Zilka Caribé

DIRETOR DE OPERAÇÕES Ivar Siewers

DIRETOR DE PRODUÇÃO MUSICAL Kiko Ferreira

Equipe Técnica

GERENTE DE COMUNICAÇÃO Merrina Godinho Delgado

GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL Claudia da Silva Guimarães

ASSESSORA DE PROGRAMAÇÃO MUSICAL Carolina Debrot

PRODUTORES Luis Otávio RezendeNarren Felipe

ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO Marciana Toledo (Publicidade) Mariana Garcia (Multimídia)Renata GibsonRenata Romeiro (Design gráfico)

ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Mônica Moreira

ANALISTAS DE MARKETING E PROJETOSItamara KellyMariana Theodorica

ASSISTENTE DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Eularino Pereira

ASSISTENTE DE PRODUÇÃO Rildo Lopez

Equipe Administrativa

GERENTE ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA Ana Lúcia Carvalho

GERENTE DE RECURSOS HUMANOSQuézia Macedo Silva

ANALISTAS ADMINISTRATIVOS João Paulo de OliveiraPaulo Baraldi

ANALISTA CONTÁBIL Graziela Coelho

SECRETÁRIA EXECUTIVAFlaviana Mendes

ASSISTENTE ADMINISTRATIVACristiane Reis

ASSISTENTE DE RECURSOS HUMANOSVivian Figueiredo

RECEPCIONISTA Lizonete Prates Siqueira

AUXILIAR ADMINISTRATIVO Pedro Almeida

AUXILIARES DE SERVIÇOS GERAIS Ailda ConceiçãoMárcia Barbosa

MENSAGEIROSBruno RodriguesSerlon Souza

MENOR APRENDIZMirian Cibelle

Sala Minas Gerais

GERENTE DE INFRAESTRUTURA Renato Bretas

GERENTE DE OPERAÇÕES Jorge Correia

TÉCNICO DE ÁUDIO E ILUMINAÇÃOMauro Rodrigues

TÉCNICO DE ILUMINAÇÃO E ÁUDIO Rafael Franca

ASSISTENTE OPERACIONALRodrigo Brandão

Instituto Cultural Filarmônica

GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAISFernando Damata Pimentel

VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAISAntônio Andrade

(Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)

SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAISAngelo Oswaldo de Araújo Santos

SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAISJoão Batista Miguel

Page 22: Março de 2016 | Allegro e Vivace 2

VISITE A CASA VIRTUAL DA SUA ORQUESTRA

www.filarmonica.art.brFILARMÔNICA ONLINE

5 / mar, 18hMozart — Menino prodígio

10 e 11 / mar, 20h30Barber, Tchaikovsky, Kalinnikov

17 e 18 / mar, 20h30Busoni, Schumann, R. Strauss

2 / abr, 18hMozart — Concertos

7 e 8 / abr, 20h30Gomes, Haydn, Chopin, Tchaikovsky

14 e 15 / abr, 20h30Ravel, Ginastera, Smetana, Bartók

24 / abr, 11hDanças — Dvorák, Mozart, Brahms, Copland, Chopin, Borodin, Guarnieri, J. Strauss Jr., Marquez

28 e 29 / abr, 20h30Satie, Dutilleux, Bizet, Debussy

ALLEGRO VIVACE

JUVENTUDE

ALLEGRO VIVACE

ALLEGRO VIVACE

PRESTOVELOCE

PRESTOVELOCE

FORA DE SÉRIE

FORA DE SÉRIE

• Séries de assinatura: Allegro, Vivace, Presto, Veloce, Fora de Série• Concertos para a Juventude• Clássicos na Praça• Concertos Didáticos• Festival Tinta Fresca• Laboratório de Regência• Turnês estaduais• Turnês nacionais e internacionais• Concertos de Câmara

Visite filarmonica.art.br/filarmonica/sobre-a-filarmonica e conheça cada uma delas.

AMIGOS DA FILARMÔNICA

Ao preencher a sua declaração de Imposto de Renda deste ano, não se esqueça de informar os dados do Instituto Cultural Filarmônica e o valor doado por você para o nosso projeto. Só assim o benefício fiscal será concedido.

Esses dados podem ser encontrados no recibo de doação que enviamos para o seu e-mail ou no documento original (entregue na Sala Minas Gerais ou enviado pelos Correios para o endereço residencial). Caso tenha dúvidas ou sugestões, estamos disponíveis através dos nossos canais de relacionamento.

Os Amigos da Filarmônica estão em: www.filarmonica.art.br/apoie/doacao-de-pessoa-fisica.

CONCERTOS mar e abr

Veja detalhes em filarmonica.art.br/concertos/agenda-de-concertos.

CONHEÇA  AS  APRESENTAÇÕES  DA  FILARMÔNICA

OLÁ,  ASSINANTE

Em 2016, buscando ampliar a efetiva ocupação da Sala Minas Gerais, a venda de ingressos para as séries Concertos para a Juventude e Fora de Série terá início trinta dias antes da apresentação. Confira a área de ingressos de nosso site, saiba mais e convide os amigos: www.filarmonica.art.br/ concertos/ingressos.

Nossa Assessoria de Relacionamento está sempre disponível pelo telefone 3219-9009, de segunda a sexta, de 9h a 18h.

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 PARA  APRECIAR  UM  CONCERTO 

CONCERTOS COMENTADOSAgora você pode assistir a palestras sobre temas dos concertos das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce. Elas acontecem na Sala de Recepções, à esquerda do foyer principal, das 19h30 às 20h, para as primeiras 65 pessoas a chegar.

CUMPRIMENTOSApós o concerto, caso queira cumprimentar os músicos e convidados, dirija-se à Sala de Recepções.

ESTACIONAMENTOPara seu conforto e segurança, a Sala Minas Gerais possui estacionamento, e seu ingresso dá direito ao preço especial de R$ 15 para o período do concerto.

PONTUALIDADE Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.

APARELHOS  CELULARESConfira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.

FOTOS  E  GRAVAÇÕES EM  ÁUDIO  E  VÍDEONão são permitidas durante os concertos.

APLAUSOSAplauda apenas no final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.

CONVERSAA experiência do concerto inclui o encontro com outras pessoas. Aproveite essa troca antes da apresentação e no seu intervalo, mas nunca converse ou faça comentários durante a execução das obras. Lembre-se de que o silêncio é o espaço da música.

CRIANÇASCaso esteja acompanhado por criança, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.

COMIDAS  E  BEBIDASSeu consumo não é permitido no interior da sala de concertos.

TOSSEPerturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha.

0 PROGRAMA DE CONCERTOS

O Fortissimo é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Mas, caso não precise dele após o concerto, por favor, devolva-o nas caixas receptoras para que possamos reaproveitá-lo.

O Fortissimo também está disponível no formato digital em nosso sitewww.filarmonica.art.br.

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