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ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.23; p. 2016 1411 ESPÉCIES VEGETAIS DE USO POPULAR NO MUNICÍPIO DE COELHO NETO, MARANHÃO, BRASIL Miguel Sena de Oliveira 1 , Eduardo Oliveira Silva 2 , Elidio Armando Exposto Guarçoni 3 , Edmilson Genuíno Santos Junior 4 1 Curso de Ciências Biológicas, Universidade Estadual do Maranhão, CESC/UEMA Caxias, Maranhão, Brasil. Email: [email protected] 2Prof. Assistente da Universidade Federal do Maranhão, UFMA/Codó, Maranhão, Brasil 3 Prof. Assistente da Universidade Federal do Maranhão, UFMA/Bacabal, Maranhão, Brasil 4 Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana e Gestão Sócioambiental, Universidade do estado da Bahia, Paulo Afonso, Bahia, Brasil Recebido em: 08/04/2016 – Aprovado em: 30/05/2016 – Publicado em: 20/06/2016 DOI: 10.18677/Enciclopedia_Biosfera_2016_125 RESUMO Este estudo consistiu em um levantamento etnobotânico das plantas madeireiras, medicinais e frutíferas utilizadas no município de Coelho Neto - MA. Os dados foram coletados por meio de conversas informais e entrevistas semiestruturadas aos proprietários de serrarias e feirantes. Os resultados mostraram a ocorrência de 34 espécies de uso popular, distribuídas em 24 famílias botânicas. Entre as espécies, 15% tem potencial madeireiro, 50% é medicinal e 35% é frutífera. As famílias com maior número de espécies, foram: Anacardiaceae, com três espécies frutíferas e uma medicinal, seguida por Lamiaceae, com quatro espécies de uso medicinal. Fabaceae apresentou espécies com todos os potenciais (uma madeireira, duas medicinais e uma frutífera). Os resultados demonstram uma baixa diversidade de espécies vegetais úteis, sendo necessários mais estudos sobre o potencial dessas espécies e a valorização das diversas oportunidades de utilização disponíveis desses recursos vegetais. PALAVRAS-CHAVE: Conhecimento tradicional, extrativismo, etnobotânica. PLANT SPECIES POPULARLY USED IN THE TOWN OF COELHO NETO, MARANHÃO, BRAZIL ABSTRACT This study consisted of an ethnobotanical survey of medicinal plants, timber and fruit used in the municipality of Coelho Neto-MA. The data were collected through semi- structured interviews and informal conversations to owners of sawmills and stallholders. The results showed the occurrence of 34 species of popular use, distributed in 24 botanical families. Among the species, 15% timber, 50% have potential medicinal and 35% is fruitful. The families with the highest number of species were: Anacardiaceae, with three species fruit and a medicinal, followed by Lamiaceae, with four species of medicinal use. Fabaceae species presented with all potential (a lumberyard, two and a fruitful). The results show a low diversity of useful

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ENCICLOPÉDIA BIOSFERA , Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.13 n.23; p. 2016

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ESPÉCIES VEGETAIS DE USO POPULAR NO MUNICÍPIO DE CO ELHO NETO, MARANHÃO, BRASIL

Miguel Sena de Oliveira1, Eduardo Oliveira Silva2

, Elidio Armando Exposto Guarçoni3, Edmilson Genuíno Santos Junior4

1 Curso de Ciências Biológicas, Universidade Estadual do Maranhão, CESC/UEMA Caxias, Maranhão, Brasil. Email: [email protected]

2Prof. Assistente da Universidade Federal do Maranhão, UFMA/Codó, Maranhão, Brasil

3 Prof. Assistente da Universidade Federal do Maranhão, UFMA/Bacabal, Maranhão, Brasil

4 Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia Humana e Gestão Sócioambiental, Universidade do estado da Bahia, Paulo Afonso, Bahia, Brasil

Recebido em: 08/04/2016 – Aprovado em: 30/05/2016 – Publicado em: 20/06/2016

DOI: 10.18677/Enciclopedia_Biosfera_2016_125

RESUMO Este estudo consistiu em um levantamento etnobotânico das plantas madeireiras, medicinais e frutíferas utilizadas no município de Coelho Neto - MA. Os dados foram coletados por meio de conversas informais e entrevistas semiestruturadas aos proprietários de serrarias e feirantes. Os resultados mostraram a ocorrência de 34 espécies de uso popular, distribuídas em 24 famílias botânicas. Entre as espécies, 15% tem potencial madeireiro, 50% é medicinal e 35% é frutífera. As famílias com maior número de espécies, foram: Anacardiaceae, com três espécies frutíferas e uma medicinal, seguida por Lamiaceae, com quatro espécies de uso medicinal. Fabaceae apresentou espécies com todos os potenciais (uma madeireira, duas medicinais e uma frutífera). Os resultados demonstram uma baixa diversidade de espécies vegetais úteis, sendo necessários mais estudos sobre o potencial dessas espécies e a valorização das diversas oportunidades de utilização disponíveis desses recursos vegetais. PALAVRAS-CHAVE : Conhecimento tradicional, extrativismo, etnobotânica.

PLANT SPECIES POPULARLY USED IN THE TOWN OF COELHO NETO, MARANHÃO, BRAZIL

ABSTRACT This study consisted of an ethnobotanical survey of medicinal plants, timber and fruit used in the municipality of Coelho Neto-MA. The data were collected through semi-structured interviews and informal conversations to owners of sawmills and stallholders. The results showed the occurrence of 34 species of popular use, distributed in 24 botanical families. Among the species, 15% timber, 50% have potential medicinal and 35% is fruitful. The families with the highest number of species were: Anacardiaceae, with three species fruit and a medicinal, followed by Lamiaceae, with four species of medicinal use. Fabaceae species presented with all potential (a lumberyard, two and a fruitful). The results show a low diversity of useful

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plant species, being necessary more studies on the potential of these species and the valorisation of several opportunities to use available resources. KEYWORDS: Extractivism, ethnobotany, traditional knowledge

INTRODUÇÃO O interesse pela flora do Brasil remonta ao século XVI, quando vários

pesquisadores europeus visitaram o país para estudar a vegetação e as paisagens brasileiras (GIULIETTI et al., 2005). Entre os Biomas ocorrentes no Brasil, o Cerrado é um dos mais importantes polos de produtibilidade de espécies, ocorrendo em suas fitofisionomias um grande número de espécies com potencial alimentar, madeireiro, combustível, agroindustrial, forrageiro, medicinal e ornamental (ÁVIDOS & FERRERIA, 2000).

Para melhor aproveitamento desses recursos vegetais, são necessários estudos etnobotânicos, pois por meio destes, são conhecidos os saberes populares que muitas vezes são restritos a determinadas pessoas ou regiões, e que após comprovação científica, podem ser difundidos e utilizadas pela sociedade em geral (MARTINS et al. 2005). Assim, o País conta com um acúmulo considerável de conhecimentos e tecnologias tradicionais, entre os quais se destaca o vasto acervo de saberes sobre o manejo e utilização de plantas (BATTISTI et al., 2013).

Para o estado do Maranhão, pesquisas em etnobotânica ainda se mostram bastante escassas, principalmente na região do Leste Maranhense, limitando-se aos estudos de SILVA et al. (2009); OLIVEIRA JÚNIOR & CONCEIÇÃO (2010), NASCIMENTO & CONCEIÇÃO (2011) e PINHO et al. (2012), que investigaram os aspectos quanto ao uso de espécies madeireiras e medicinais no Município de Caxias. Já, no município de Coelho Neto – MA, a flora local apresenta uma diversidade de espécies com potencial madeireiro, assim como propriedades curativas e uso alimentar ainda não relatadas.

Dessa forma, objetivou-se realizar o levantamento das plantas com potencial madeireiro, medicinal e frutífero exploradas no município de Coelho Neto - MA, permitindo assim, a ampliação do conhecimento quanto ao uso desses recursos vegetais no estado do Maranhão.

MATERIAL E MÉTODOS

Área de estudo

O Município de Coelho Neto (Figura 1), situado na Mesorregião Leste Maranhense e na Microrregião Geográfica de Coelho Neto, está localizado a 361 km de São Luís, capital do estado do Maranhão. Com uma área de 975.549 km², e população estimada em 48.078 habitantes, o município está localizado às margens do Rio Parnaíba, limitando-se com Chapadinha, Duque Bacelar, Afonso Cunha, Aldeias Altas e Caxias, e ao leste com o estado do Piauí, pelo rio Parnaíba. Nas décadas de 60 e 70 do século XX o município de Coelho Neto tomou grande impulso com a instalação de um complexo industrial, onde se destacavam as produções de celulose, açúcar e álcool (MARANHÃO 2011; IBGE 2014).

Com o Bioma do tipo Cerrado, representando a maior parte da cobertura vegetal, o município de Coelho Neto abriga junto com outros (Duque Bacelar, Buriti, Coelho Neto e Afonso Cunha) a Área de Proteção Ambiental Estadual dos Morros

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Garapenses, com 234.768 há de área, criada pelo Decreto Nº 25.087 de 31 de dezembro de 2008.

FIGURA 1: Localização geográfica da cidade de Coelho. Fonte: ArcGis 9.3; Google Earth 2014; Organização SILVA, W.N.F. 2015

Metodologia

As informações sobre as espécies utilizadas no município foram obtidas por meio de conversas informais e entrevistas semiestruturadas, com participação livre e voluntária dos proprietários de serrarias e feirantes, no período de julho a outubro de 2014.

Para as espécies madeireiras, foram visitadas as indústrias de beneficiamento da madeira (serrarias), onde foram investigados quais as espécies de árvores exploradas, origem e uso, objetivando a caracterização do setor. As informações etnobotânicas sobre as espécies medicinais e frutíferas foram obtidas com feirantes (produtores e atravessadores), em bancas distribuídas aleatoriamente no mercado, abrangendo aspectos como, indicações de uso, forma de aquisição e consumo.

O agrupamento das plantas medicinais seguiu o modelo utilizado por ALBERTASSE et al. (2010), com adaptações, onde foram relatadas oito (8) categorias de uso medicinal, sendo: doenças associadas ao aparelho digestivo (APD); doenças associadas ao aparelho respiratório (APR); doenças associadas a condições dermatológicas (CD); doenças associadas à inflamação, dor e febre (IDF); doenças associadas ao sistema nervoso (SIN); doenças associadas ao sistema sanguíneo (SIS); doenças associadas a problemas urológicos (UR) e doenças associadas a usos ginecológicos e problemas de mulheres (UG).

As espécies foram reconhecidas no local primeiramente pelo nome vulgar informados pelos madeireiros, feirantes e raizeiros. Posteriormente, atribuíram-se as

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identificações taxonômicas em função de comparações com a literatura especializada de ALMEIDA et al. (1998), ARAÚJO & SILVA (2000), VASCONCELOS et al. (2001), ARAÚJO (2002), e SILVA et al. (2004). A classificação taxonômica das espécies baseou-se no Sistema APGIII (2009), e a grafia dos nomes científicos segue a base de dados do Missouri Botanical Garden (Tropicos 2016).

A partir desse levantamento, foram quantificados o número de espécies citadas pelos entrevistados e suas indicações de uso.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O levantamento das espécies vegetais de uso popular do município de Coelho Neto - MA apontou a ocorrência de 34 espécies, distribuídas em 24 famílias botânicas. Das espécies inventariadas nesse estudo, 15% tem potencial madeireiro, 50% são utilizadas como medicinais, e 35% são frutíferas. As famílias com maior número de espécies citadas foram: Anacardiaceae, com três espécies frutíferas e uma medicinal, seguida por Lamiaceae, com quatro espécies de uso medicinal, e Bignoniaceae, com duas espécies de uso madeireiro. Fabaceae apresentou espécies em todos os potenciais (uma madeireira, duas medicinais e uma frutífera). As demais famílias apresentaram apenas uma espécie em cada uso.

Das cinco espécies madeireiras inventariadas nessa pesquisa (Quadro 1) três delas: Cedrela L., Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos, e Handroanthus serratifolius (Mart. ex DC.) Mattos, são as mais usadas nas serrarias da cidade; e as outras duas: Hymeneae stignocarpa Mart. ex Hayne e Manilkara triflora (Allemão) Monach., são apenas utilizadas na falta das primeiras. Esse fato só ocorre em apenas uma das serrarias do município, sendo que as demais, param a produção na falta das principais espécies.

QUADRO 1- Espécies madeireiras utilizadas no município de Coelho Neto, MA.

Família Espécie Nome usual Handroanthus serratifolius (Vahl) S.Grose Pau d’arco amarelo

Bignoniaceae Handroanthus impetiginosus (Mart. ex DC.) Mattos

Pau d’arco roxo

Fabaceae Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne Jatobá Meliaceae Cedrela L. Cedro Sapotaceae Manilkara triflora (Allemão) Monach. Maçaranduba

Em comparação com outros levantamentos realizados no estado, M. triflora

(maçaranduba) não faz parte da lista de espécies madeireiras exploradas no município de Caxias, realizado por SILVA et al. (2009). Os mesmos autores listaram espécies exploradas em Caxias, que não foram inventariadas neste estudo como Pterodon pubescens Benth (sucupira branca), Enterolobium Mart. (tamboril) e Virola Aubl.

As espécies desse levantamento, estão entre as 18 espécies mais utilizadas no município de Bom Jardim, listadas no inventário de FILHO et al. (1983), onde os autores discutem que, a maioria das espécies florestais deste local apresentam-se em volume insuficiente para o aproveitamento econômico.

Esses dados revelam que a produção madeireira nesses municípios maranhenses é concentrada em poucas espécies. Segundo ARAÚJO & SILVA (2000), o baixo aproveitamento de espécies madeireiras é causado pela falta de

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estudos que demonstrem a viabilidade de outras espécies, pelo desconhecimento de espécies novas que poderiam substituir as mais exploradas, além da falta de divulgação à indústria de beneficiamento e ao próprio mercado consumidor conservador.

As serrarias da cidade beneficiam madeiras extraídas de áreas de Cerrado próximas ao município, ou de municípios vizinhos. Para ALMEIDA et al. (1998), essas áreas de florestas nativas são as mais procuradas pelas indústrias de beneficiamento, por possuírem potencial madeireiro mais atrativo (quantidade e qualidade), o que representa uma alternativa para o aproveitamento sustentável da população regional.

No município, toda a madeira chega às serrarias em forma de troncos, onde posteriormente é transformada em produtos que tem seu destino final à construção civil. Este é o principal fim da madeira trabalhada nas serrarias do município; uma outra parte é destinada à fabricação de móveis.

Na construção civil, ZENID (1997) cita que a madeira utilizada é empregada na fabricação de andaimes, fôrmas para concreto e escoramentos (itens de usos temporários), além de estruturas de cobertura, esquadrias de portas, janelas, forros e pisos (uso definitivo). No município, os principais fabricados para construção civil são: fôrmas para concreto, andaimes, escoramentos, ripas, linhas, frechal, perna manca, caibros, portas e janelas, que tem preços que variam de acordo com o tamanho, tipo de produto e modelo escolhido pelo consumidor.

Entre os fabricados, os valores a eles atribuídos variam de acordo com o tamanho (comercializadas por metro cúbico), tipo de produto e modelo escolhido pelo consumidor. No município, a demanda de móveis é bem menor do que a da construção civil, o que não deixa de ser importante para o comércio local. Seus valores variam de acordo com o modelo escolhido pelo comprador. Para ZENID (2009), de toda a demanda por móveis atendida pela indústria nacional, 60% da produção se destina ao setor residencial, 25% aos escritórios e o restante ao setor institucional (escolas, hospitais, restaurantes etc.).

Em geral, a procura por móveis feitos nas serrarias de Coelho Neto-MA, tais como camas, mesas, cadeiras, armários e estantes, são para atender residências. Isso se explica porque mesmo com o crescente aumento do comércio de móveis prontos vendidos em lojas, ainda muitos consumidores preferem móveis fabricados em serrarias, devido sua durabilidade, resistência e pela variedade produzida a “gosto do consumidor”.

Em relação à aplicação das sobras da madeira, todas as serrarias utilizam as sobras para a produção de carvão. Segundo COSTA et al. (2006) o caule é única parte largamente utilizada para produção de lenha e carvão. A produção de carvão e lenha representa uma segunda forma de aplicação dos produtos florestais madeireiros. No município, isso gera uma segunda renda, já que o carvão é basicamente vendido em mercados ou feiras livres, sendo bastante utilizado pela população tradicional como combustível.

No Município de Caxias-MA, a utilização de madeiras como combustível, em forma de carvão e lenha, foi observada por SILVA et al. (2009), utilizados tanto de sobras da madeira processada nas serrarias, quanto de espécies de menor diâmetro, extraídas de matas, as vezes de modo informal, apenas para esse fim. Essa utilização, também foi observada por COSTA et al., (2006) e BALDINI & SILVA (2007), em levantamentos de espécies com potencial econômico em áreas de florestas nativas do Nordeste e Sudeste do Brasil.

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Em relação ao uso medicinal, foram listadas 17 espécies de plantas utilizadas no município de Coelho Neto – MA (Quadro 2), o que representam 50% de todas que compõem a lista de espécies exploradas no município.

A família botânica Lamiaceae foi a mais representativa, com quatro em números de espécies utilizadas, seguindo de Fabaceae com duas. Em geral, Lamiaceae e Asteraceae estão entre as famílias mais frequentes de plantas medicinais no Brasil, aparecendo também, nos levantamentos de PARENTE & ROSA (2001), PASA et al. (2005), MAIOLI-AZEVEDO & FONSECA-KRUEL (2007), ALBERTASSE et al. (2010) e BATTISTI et al. (2013).

QUADRO 2 - Lista de espécies utilizadas para fins medicinais em Coelho Neto– MA.

Família Nome científico Nome usual Status

Anacardiaceae Myracrodruon urundeuva Allemão Aroeira Coletada Boraginaceae Heliotropium indicum L.

Crista de galo Coletada

Convolvulaceae Operculina hamiltonii (G.Don) D.F.Austin & Staples

Batata-de-purga

Cultivada

Crassulaceae Kalanchoe pinnata (Lam.) Pers

Folha santa Cultivada

Libidibia ferrea (Mart.) L.P. Queiroz Jucá Coletada Fabaceae Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan Angico preto Coletada

Melissa officinalis L.

Erva cidreira

Cultivada

Mentha sp. Hortelã Cultivada Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng. Malva-do-reino Cultivada

Lamiaceae

Plectranthus ornatus Codd. Boldo miúdo Cultivada Malvaceae

Gossypium hirsutum L.

Algodão

Cultivada

Olacaceae Ximenia americana L. Ameixa brava Coletada Punicaceae Punica granatum L. Romã Cultivada Phyllanthaceae Phyllanthus niruri L. Quebra pedra Coletada Plantaginaceae Scoparia dulcis L. Vassourinha Coletada Turneraceae Turnera subulata L. Xanana Coletada Zingiberaceae Zingiber officinale Roscoe Gengibre Cultivada

Dentre as espécies medicinais citadas, oito são nativas do local, sendo

coletadas diretamente da natureza, e nove são cultivadas, sendo algumas destas vendidas em feiras pelos produtores de remédios naturais de Coelho Neto. ALBERTASSE et al. (2010) apontam que a maioria das plantas medicinais é retirada de quintais, ruas não asfaltadas ou jardins mantidos ao redor de casas, onde crescem espécies alimentícias ou que são utilizadas para fins medicinais. Nesse estudo, as partes vegetais mais utilizadas no preparo dos remédios caseiros pelos entrevistados foram: as folhas, seguindo-se das cascas e raízes, com quatro (4) citações cada (Quadro 3). Isso é explicado por BATTISTI et al. (2013), pelo fato das folhas serem de fácil coleta e estarem disponíveis o ano todo, em comparação com outras partes vegetais como flores e frutos.

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QUADRO 3 – Partes utilizadas e indicações terapêuticas das plantas medicinais em Coelho Neto - MA

Resultados semelhantes também são descritos por COELHO et al. (2010). Estes autores também observaram que as partes vegetais mais usadas na produção de remédios foram: folhas (71,8%), seguidas das cascas do caule (7,7%), dos frutos (7,0%), flores (5,8%), raízes (5,0%), sementes (2,0%) e bulbos (1,0%), sendo o chá, a forma de preparo mais utilizada.

Foram listadas várias indicações terapêuticas (Quadro 3), onde as categorias de uso medicinal para tratar as doenças associadas ao aparelho respiratório (APR) e

Espécie Nome vulgar Parte utilizada da planta

Indicações Terapêuticas

Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan

Angico Preto Casca Gripe

Gossypium hirsutum L. Algodão Folhas Pós-parto e problemas de pele

Heliotropium indicum L. Crista de galo Folhas e flores Gripe, resfriado e prisão de ventre

Kalanchoe pinnata (Lam.)Pers

Folha Santa Folhas, casca e raiz

Problemas de estômago

Libidibia ferrea (Mart.) L.P. Queiroz

Jucá Sementes Diabetes e anti-inflamatório

Melissa officinalis L. Erva cidreira Folhas Calmante

Mentha sp. Hortelã Folhas e caule Tosse, Garganta inflamada e bronquite

Operculina hamiltonii (G.Don) D.F.Austin & Staples

Batata-de-purga Raiz Prisão de ventre

Phyllanthus niruri L. Quebra pedra Toda a planta Cálculos renais Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng.

Malva-do-reino Folhas e flores Gastrite

Plectranthus ornatus Codd. Boldo Folhas Problemas no fígado e estômago

Punica granatum L. Romã Fruto Garganta inflamada Myracrodruon urundeuva Allemão

Aroeira Casca Tratar da região íntima

Scoparia dulcis L. Vassourinha Toda a planta Catarro e tosse

Turnera subulata L. Xanana Folhas, flores e raiz

Bronquite e diabetes

Ximenia americana L. Ameixa Brava Casca Cicatrizar feridas

Zingiber officinale Roscoe Gengibre Raiz Garganta inflamada, Gripe

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ao aparelho digestivo (APD) foram as categorias mais informadas, com seis (6) e cinco (5) citações respectivamente (Figura 2). As categorias de uso para tratar doenças do Aparelho digestivo e respiratório também estão entre as mais citadas nos trabalhos de ALBERTASSE et al. (2010) e BATTISTI (2013).

FIGURA 2: Porcentagem de espécies citadas por categoria de uso medicinal. Em visitas in loco, presenciou-se que a comercialização das espécies medicinais é feita pela venda de partes das plantas como raízes e cascas pelos chamados “raizeiros”, assim como os compostos prontos, chamados de “garrafadas e lambedores”. Os últimos possuem em sua composição várias espécies de plantas, bastante utilizada pelas populações tradicionais no interior do Maranhão. Os moradores acreditam que a mistura de várias ervas (indicadas para uma determinada doença) em um único composto, potencializa o tratamento dessas enfermidades, daí a grande procura e aceitação desses produtos pela comunidade. Essas formas de preparo e comercialização também foram relatadas por NASCIMENTO & CONCEIÇÃO (2011) e PINHO et al. (2012) em outros municípios maranhenses.

Quanto ao cuidado no uso das espécies, foram citadas advertências para a espécie Plectranthus ornatus (boldo) em gestantes, pois dependendo da quantidade usada pode levar ao aborto. Essa informação é confirmada por REIS (2013) e RODRIGUES et al. (2011). Estes autores ressaltam que algumas espécies como o boldo, barbatimão, eucalipto e o alecrim são potencialmente perigosas para gestantes, pela possibilidade de provocar contrações uterinas e aborto.

Em relação aos frutos comercializados no município, foram listadas 12 espécies, distribuídas em dez famílias botânicas (Quadro 4). Anacardiaceae foi a família mais abundante, destacando-se as espécies: Anacardium occidentale L. (caju), Spondias mombin L. (cajá) e Spondias purpurea L. (seriguela). Quanto às demais famílias botânicas, cada uma foi representada por uma única espécie.

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QUADRO 4 - Espécies frutíferas com potencial econômico em Coelho Neto- MA

Das espécies citadas, metade são cultivadas pelos próprios vendedores,

outras são coletadas diretamente nas áreas de Cerrado e Matas de Galeria dentro do município. A comercialização se dá em feiras livres, mercados e margens de rodovias, sendo vendidos tanto para consumo in natura, quanto processados (polpas, geléias e doces). Frutos de buriti e bacuri são muito procurados para a fabricação de polpas e doces.

A parte mais utilizada das plantas alimentares é o fruto, e seu consumo está condicionado ao hábito alimentar, que em geral, é feito por meio de suco ou in natura (MARTINS et al. 2005). O comércio de frutos nativos representa um setor de mercado potencial e emergente para as comunidades tradicionais que exploram esse recurso, que muitas vezes é de forma extrativista e predatória (ÁVIDOS & FERREIRA 2000).

Comparando-se com outros levantamentos, várias espécies aqui listadas apresentam uso múltiplo, porém, esses potenciais não são explorados no município. Como exemplo, AQUINO et al. (2007) relatam que folhas de A. occidentale (caju) são usadas no combate a diarréia e como expectorante; a casca é usada contra a inflamação de garganta, e o chá da raiz no tratamento de diabetes e reumatismo. O jatobá, além do potencial alimentar, pode ser usado para fins madeireiros.

CONCLUSÕES

As 34 espécies vegetais amostradas nesse levantamento no município de Coelho Neto MA, apresentam potencial econômico, exploradas de diversas formas nos setores madeireiro, medicinal e alimentício pela população da cidade.

A baixa diversidade de espécies vegetais utilizadas no município de Coelho Neto – MA, revela um desconhecimento em relação a outras espécies de Cerrado também úteis. Tais circunstâncias sugerem um estudo mais intenso para o conhecimento dessas espécies e a valorização das diversas oportunidades de utilização disponíveis desses recursos vegetais.

Família Espécie Nome usual Status Anacardium occidentale L. Caju Cultivada

Spondias purpurea L. Seriguela Coletada Anacardiaceae

Spondias mombin L. Cajá Cultivada

Annonaceae Annona squamosa L. Ata Cultivada

Arecaceae Mauritia flexuosa L.f. Buriti Coletada

Caryocaraceae Caryocar brasiliense Cambess. Pequi Coletada

Clusiaceae Platonia insignis Mart. Bacuri Coletada

Fabaceae Tamarindus indica L. Tamarindo Cultivada

Malpighiaceae Byrsonima crassifolia (L.) Kunth Murici Coletada

Moraceae Artocarpus heterophyllus Lam. Jaca Cultivada

Rubiaceae Genipa americana L. Jenipapo Cultivada

Sapindaceae Talisia esculenta (Cambess.) Radlk. Pitomba Coletada

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AGRADECIMENTOS Ao Programa Darcy Ribeiro – Centro de Estudos Superiores de Coelho Neto

CESCN; Centro de Estudos Superiores de Caxias CESC, da Universidade Estadual do Maranhão, e demais colaboradores (feirantes e donos de serrarias) pela participação na pesquisa.

REFERÊNCIAS

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