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Máquinas Térmicas Sistemas de Potência a Gás - I Prof. M.Sc. Lúcio P. Patrocínio

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maquinas térmicas

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  • Mquinas Trmicas

    Sistemas de Potncia a Gs - I

    Prof. M.Sc. Lcio P. Patrocnio

  • Objetivos

    Entender o propsito dos sistemas de potncia a gs e seu

    funcionamento.

    Descrever os ciclos a ar tpicos usados em processos trmicos.

    Entender o funcionamento dos componentes de um ciclo a ar-

    padro.

    Estabelecer os parmetros que definem a eficincia de uma

    turbina a gs.

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 2

  • Introduo

    A maioria dos dispositivos trmicos que produzem potncia

    operam em ciclos.

    Os ciclos termodinmicos reais so difceis de analisar.

    O ciclo ideal consiste em uma aproximao do ciclo real na

    qual eliminamos as irreversibilidades e outras

    complexidades dos processos reais.

    O ciclo ideal formado por processos internamente

    reversveis.

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 3

  • Introduo

    As mquinas trmicas convertem energia trmica

    em trabalho mecnico.

    Sua eficincia determinada pela expresso: Sua eficincia determinada pela expresso:

    O ciclo de Carnot o ciclo ideal que apresenta a

    maior eficincia trmica possvel.

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 4

    e

    liq

    QW

    =

  • Idealizaes de um ciclo termodinmico

    1. O ciclo no envolve qualquer atrito. O fluido de trabalho no sofre

    nenhuma queda de presso ao escoar em tubos ou dispositivos como os

    trocadores de calor.

    2. Todos os processos de expanso e compresso ocorrem de forma quase

    esttica.

    3. Os tubos que conectam os diversos componentes de um sistema so

    bem isolados e a transferncia de calor ao longo deles desprezvel.

    4. As variaes de energia cintica e potencial do fluido de trabalho

    normalmente so desprezadas.

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 5

  • Motores de Combusto Interna

    So divididos em motores alternativos e rotativos.

    Motores alternativos

    Ignio por centelha (Ciclo Otto)

    Ignio por compresso (Ciclo Diesel) Ignio por compresso (Ciclo Diesel)

    Motores rotativos

    Turbinas a gs

    Motor Wankel

    Motor quasiturbine

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 6

  • Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 7

    Motor de ignio por Centelha de 4 tempos

    Turbina a gs

  • Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 8

    Motor Wankel Motor Quasiturbine

  • Ciclos de Potncia a gs

    Ciclo a gs aquele no qual o fluido de trabalho

    em se mantm como gs durante todo o tempo.

    Exemplos de dispositivos que operam em ciclos Exemplos de dispositivos que operam em ciclos

    de potncia a gs

    Motor de ignio por centelha

    Motor diesel

    Turbina a gs convencional.

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 9

  • Ciclos de Potncia a gs

    Motores de combusto interna operam em ciclos

    mecnicos.

    O fluido de trabalho no passa por um ciclo O fluido de trabalho no passa por um ciclo

    termodinmico completo.

    So mquinas no qual a energia fornecida pela

    queima de combustvel dentro das fronteiras do

    sistema.

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 10

  • Ciclos de Potncia a gs

    A composio do fluido de trabalho muda de ar e

    combustvel para produtos de combusto durante o curso

    do ciclo.

    A maior parte do fluido nitrognio e no passa por A maior parte do fluido nitrognio e no passa por

    nenhuma reao qumica na cmara de mistura, portanto,

    o fluido ainda muito parecido com o ar.

    O funcionamento em um ciclo aberto caracterstica de

    todos os motores de combusto interna.

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 11

  • Hipteses do Padro a Ar

    1. O fluido de trabalho o ar, o qual circula

    continuamente em um circuito fechado,

    sempre se comportando como um gs

    ideal.

    2. Todos os processos que forma o ciclo so 2. Todos os processos que forma o ciclo so

    internamente reversveis.

    3. O processo de combusto substitudo

    por um processo de fornecimento de calor

    a partir de uma fonte externa.

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 12

  • Hipteses do Padro a Ar

    4. O processo de exausto substitudo por um processo de

    rejeio de calor que restaura o fluido de trabalho ao seu

    estado inicial.

    5. O ar tem calores especficos constantes, cujos valores so

    determinados a temperatura ambiente (25 C).

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 13

  • Nomenclatura para os Motores Alternativos

    PMS

    PMI

    VV

    VV

    r ==min

    max

    Razo de Compresso

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 14

    PMSmin

    minmax VVW

    PME liq

    =

    Presso Mdia Efetiva

  • Volume Deslocado (Cilindrada)

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 15

    A vermelho o volume correspondente cilindrada, durante um

    ciclo completo de um motor de quatro cilindros a quatro tempos

  • Exemplo 01Ciclo-Padro a ar

    Um motor opera segundo o ciclo de ar mostrado na

    figura com processos isentrpicos 1 2 e 3 4.

    A razo de compresso 12, a presso mnima, 200

    kPa, e a presso mxima, 10 Mpa.

    Determine a razo do volume da cmara de combusto

    para o volume deslocado e a presso mdia efetiva,

    PME.

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 16

  • Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 17

  • Ciclo Otto Ciclo Ideal dos Motores de Ignio por Centelha

    Motor Criado por Nikolaus A. Otto (1876).

    Ciclo idealizado por Beau de Rochas (1862).

    Motores

    4 tempos

    2 tempos (tempo motor e tempo de compresso)

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 18

  • Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 19

    VDEO SOBRE MOTOR DE 4 TEMPOS

  • Motor de 2 tempos

    medida que ocorre o movimento ascendente do mbolo, este obstrui as

    janelas, e em seguida comprime a mistura gasosa existente na parte superior do

    cilindro.

    Ao mesmo tempo cria-se um vcuo no crter, que fora a admisso de ar

    atmosfrico no interior do mesmo.

    Quando o mbolo atinge o ponto morto superior d-se a ignio, devido

    libertao da fasca na vela. Os gases pressionam o pisto em direco ao ponto libertao da fasca na vela. Os gases pressionam o pisto em direco ao ponto

    morto inferior, produzindo assim trabalho, movimentando a cambota. Durante

    esta etapa, o mbolo libera a janela de escape possibilitando a sada dos

    produtos de combusto.

    Prximo ao ponto morto inferior, o pisto abre a janela de transferncia. Ao

    mesmo tempo, seu movimento descendente pressuriza o carter, forando a nova

    mistura a penetrar na cmara o que tambm contribui na exausto de gases de

    combusto. Ao trmino desta fase o motor fica nas condies iniciais permitindo

    que o ciclo se repita.

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 20

    Vdeo: Motor de 2 tempos

  • Ciclo Otto IdealAnlise Trmica

    ( ) ( )eq:Energia de Balano

    uwwq ses =+

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 21

    ( )( )1414

    2323eqcalor de ciaTransfern

    TTcuuqTTcuu

    vs

    v

    ==

    ==

  • Ciclo Otto IdealAnlise Trmica

    ( )( )1/

    1/1

    11

    : trmicaEficincia

    141,

    23

    14,

    TTTTTT

    TTTT

    qq

    qw

    Ottot

    e

    s

    e

    liqOttot

    =

    ===

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 22

    ( )

    :

    T:oIsentrpic Processo

    1/1

    123

    112

    232,

    LogorTTrT

    TTT

    k

    k

    Ottot

    =

    =

    =

    1,11

    = kOttotr

  • Exemplo 02Ciclo Otto Ideal

    Um ciclo Otto ideal tem uma razo de compresso igual a

    8.

    No incio do processo de compresso, o ar est a 100 kPa e

    17 C, e 800 kJ/kg de calor so transferidos para o ar 17 C, e 800 kJ/kg de calor so transferidos para o ar

    durante o processo de fornecimento de calor a volume

    constante.

    Considerando a variao dos calores especficos do ar com

    a temperatura, determine:

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 23

  • Exemplo 02Ciclo Otto Ideal

    a) A temperatura e a presso mximas que

    ocorrem durante o ciclo;

    b) O trabalho lquido produzido;b) O trabalho lquido produzido;

    c) A eficincia trmica e;

    d) A presso mdia efetiva do ciclo.

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 24

  • Ciclo DieselCiclo Ideal dos Motores de Ignio por Compresso

    Criado por Rudolph Diesel (1890).

    O ar comprimido at uma temperatura

    acima da temperatura de autoignio do acima da temperatura de autoignio do

    combustvel.

    Operam a taxas elevadas de compresso (12 a

    24).

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 25

  • VIDEO: Ciclo Diesel

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 26

  • Ciclo Diesel IdealAnlise Trmica

    ( ) 23232e23,e

    qq

    :fluido o para sferidacalor tran de Quantidade

    uuvvPuuw sb

    +=

    =

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 27

    ( )

    ( )1441

    23e

    23232e

    rejeitadacalor de Quantidade

    qq

    TTcquuq

    hhuuvvP

    vs

    s

    =

    =

    =

    +=

  • Ciclo Diesel IdealAnlise Trmica

    1

    : trmicaEficincia

    Dieselt,

    =

    =

    qqw

    s

    e

    liq

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 28

    ( )( )( )1

    11

    1

    1

    232

    141Dieselt,

    23

    14Dieselt,

    Dieselt,

    =

    =

    =

    TTkTTTTTTkTT

    qq

    e

    s

  • Ciclo Diesel IdealAnlise Trmica

    2

    3

    :Corte de Razo

    v

    vrc =

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 29

    cr de funo em Eficincia

    ( )

    = 1

    111 1Dieselt,c

    kc

    krk

    r

    r

  • Exemplo 03Ciclo Diesel Ideal

    No incio do processo de compresso de um ciclo de ar-

    padro Diesel operando com uma taxa de compresso de

    18, a temperatura 300 K e a presso 0,1 MPa.

    A razo de corte para o ciclo 2. A razo de corte para o ciclo 2.

    Determine:

    a) A temperatura e a presso ao final de cada processo do ciclo.

    b) A eficincia trmica e;

    c) A presso mdia efetiva, em MPa.

    Mquinas Trmicas - Prof. MSc. Lcio P. Patrocnio 30

  • REFERNCIAS

    BORGES NETO, M. R.; CARVALHO, P. C. M. Gerao de energia eltrica:

    fundamentos. So Paulo: rica, 2012.

    ENGEL, Y.; BOLES, M. A. Termodinmica. 5. Ed. So Paulo: McGraw-Hill, 2006.

    LORA, E. E. S.; NASCIMENTO, M. A. R. (Coord.). Gerao Termeltrica: LORA, E. E. S.; NASCIMENTO, M. A. R. (Coord.). Gerao Termeltrica:

    planejamento, projeto e operao. Rio de Janeiro: Intercincia, 2004.

    MORAN, M. J.; SHAPIRO, H. N. Princpios de termodinmica para Engenharia.

    4.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

    REIS, L. B. dos. Gerao de Energia Eltrica. 2ed. rev. e atual. Barueri, SP: Manole,

    2011.

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