maquinas elétricas.pdf

Upload: dsengenharia8817

Post on 07-Feb-2018

247 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    1/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    1

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    2/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    2

    Sumrio

    1 REVISO DE ELETROMAGNETISMO 8

    1.1. Lei de Ampre 81.1.1 Lei de Ampre e mquinas eltricas? 9

    1.2. Fora Magntica 9

    1.2.1 Fora Magntica e mquinas eltricas? 9

    1.3. Fora Magnetomotriz (Fmm) 10

    1.3.1 Fora magnetomotriz e mquinas eltricas? 10

    1.4. Permeabilidade 10

    1.4.1 Permeabilidade e mquinas eltricas? 11

    1.5. Relutncia 111.5.1 Relutncia e mquinas eltricas? 11

    1.6. Fluxo Magntico 12

    1.6.1 Fluxo magntico e mquinas eltricas? 12

    1.7. Densidade de Fluxo Magntico 12

    1.7.1 Densidade de fluxo magntico e mquinas eltricas? 13

    1.8. Intensidade do Campo Magntico ou Fora Magnetizante 13

    1.8.1 Intensidade de campo magntico e mquinas eltricas? 14

    1.9. Conceito de Domnio Magntico 141.10. Classificao Magntica dos Materiais 15

    1.11. Curva de magnetizao. 15

    1.11.1 Curva de Histerese e mquinas eltricas? 17

    1.12. Fora eletromotriz induzida (fem) 18

    1.13. Indutores 19

    1.14. O parmetro da indutncia 19

    2 CONVERSO ELETROMECNICA DE ENERGIA 202.1 Induo eletromagntica e fora eletromagntica 20

    2.2 Lei de Faraday da induo eletromagntica 20

    2.3 Como variar a fora eletromotriz (fem)? 21

    2.4 Sentido da forca eletromotriz induzida Regra de Fleming 22

    2.5 Lei de Lenz 22

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    3/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    3

    2.6 Geradores Elementares 23

    2.7 Fora Eletromagntica 24

    2.8 Sentido da fora eletromagntica e regra da mo esquerda 24

    2.9 Fora contra-eletromotriz 252.10 Ao Motora x Ao Geradora 25

    2.11 Torque Eletromagntico 26

    2.12 Campo girante e campo pulsante 28

    2.12.1 Campo pulsante 28

    2.12.2 Campo girante 29

    2.13 Tenso, Corrente e Potncia Nominal da mquina 30

    3 CONSTITUIO DAS MQUINAS ELTRICAS 323.1 Placa de caracterstica de uma mquina eltrica 38

    4 MQUINAS ASSNCRONAS 43

    5 PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM MOTOR DE INDUO 49

    5.1 Freqncia, Tenso e Reatncia do Rotor 51

    5.2 Circuito Equivalente 52

    5.3 Operao do motor de induo como gerador. 565.4 Tenso Nominal 57

    5.4.1 Efeitos da variao de tenso 57

    5.5 Corrente do motor 58

    5.5.1 Corrente nominal 58

    5.5.2 Corrente de partida 58

    5.5.3 Corrente estatrica ou de armadura 59

    5.5.4 Corrente rotrica 59

    5.6 Freqncia Nominal 595.6.1 Conseqncias da variao da freqncia da rede para motor com

    tenso e potncia constante 60

    5.7 Potncia do Motor 61

    5.7.1 Potncia nominal 61

    5.7.2 Potncia aparente 62

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    4/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    4

    5.8 Fator de Potncia 63

    5.9 Velocidade do Motor 64

    5.9.1 Velocidade nominal 64

    5.9.2 Velocidade a vazio 645.10 Variao de velocidade de motores de induo com rotor gaiola de esquilo 64

    5.10.1 Variao do n de plos 65

    5.11 Escorregamento 65

    5.12 Torque 65

    5.12.1 Classificao dos torques 66

    5.13 Fator de Servio 67

    5.14 Letra-Cdigo e Cdigo de Partida 67

    5.15 Perdas hmicas 685.16 Rendimento 68

    5.18 Vida til 69

    5.19 Classe de Isolao 69

    5.20 Ventilao 69

    5.21 Grau de Proteo 70

    5.22 Temperatura de Servio 70

    5.23 Regime de Funcionamento 71

    5.25 Categoria 715.26 Ligao dos terminais do motor 72

    5.27 Dados de placa 77

    5.28 Folha de dados do consumidor 78

    5.29 Tabela para escolha de motores 79

    5.30 Motor Monofsico 79

    6 CLCULO DE MOTOR PARA CARGAS ESPECFICAS 81

    6.1 Caractersticas das cargas acionadas 826.1.1 Bombas 82

    6.1.2 Elevadores 82

    6.1.3 Ventiladores 82

    6.1.4 Compressores 83

    6.2 Avarias, mais freqentes, no motor assncrono 84

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    5/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    5

    7 SISTEMAS DE PARTIDA DE MOTORES DE INDUO 85

    7.1 Motor de induo trifsico com rotor em curto-circuito 85

    7.2 Chave de partida direta 867.2.1 Roteiro para clculo de chave de partida direta 86

    7.3 Chave de partida estrela-tringulo 90

    7.3.1 Comparao Estrela-Tringulo 90

    7.3.2 Partida estrela-tringulo 93

    7.3.3 Roteiro para clculo de chave de estrela-tringulo 94

    7.3.4 Exemplo de dimensionamento de chave estrela tringulo 96

    7.4 Chave de partida compensadora 97

    7.5 Chave de partida soft stater 1037.6 Partida com chave srie-paralelo 110

    7.7 Inversor (conversor) de freqncia 110

    8 VARIAO DE VELOCIDADE DE MOTORES ASSNCRONOS TRIFSICOS 114

    8.1 Mtodos de variao de velocidade 114

    8.1.1 Variaco de velocidade por reduo de tenso 114

    8.1.2 Variao da resistncia rotrica em motores de rotor bobinado 115

    8.3 Motor Dahlander (motores com comutao do nmero de plos) 1168.4 Motores com enrolamentos independentes para trs ou quatro velocidades 119

    8.5.1 Principais funes dos variadores de velocidade 121

    8.5.2 Qual a diferena entre CONVERSOR de freqncia e INVERSOR

    de freqncia? 121

    9 MTODOS DE PARTIDA DO MOTOR MONOFSICO 124

    10 MQUINAS SNCRONAS 133

    11 MOTOR SNCRONO 137

    11.1 Excitao do rotor do motor sncrono 138

    11.2 Aplicao dos motores sncronos 143

    11.3 Conjugados do motor sncrono 145

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    6/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    6

    11.4 Custos dos motores sncronos 148

    11.5 Compensador sncrono 149

    11.6 Caractersticas especiais de partida 154

    11.7 Velocidade constante 15411.8 Entreferro de grande dimenso 154

    11.9 Motores de alta velocidade 155

    11.10 Motores de baixa velocidade 155

    11.11 Cargas e sobrecargas 156

    11.12 Aplicao dos motores sncronos 157

    11.13 Manobra dos motores sncronos em paralelo com uma rede 157

    12 GERADORES SNCRONOS OU ALTERNADORES 15912.1 Vantagens da operao em paralelos de alternadores 165

    12.2 Condies necessrias para ligao de alternadores em paralelo 165

    13 MQUINAS DE CORRENTE CONTNUA 168

    13.1 Excitao das mquinas de corrente contnua 170

    13.2 Motor universal 171

    13.3 Gerador de corrente contnua 172

    13.4 A funo do comutador 17313.5 Motores de corrente contnua 174

    13.5.1 Princpio de funcionamento 174

    13.5.2 Tipos de motores de corrente contnua 175

    13.5.2.1 Motor srie 175

    13.5.2.2 Motor de excitao em separado 176

    13.5.2.3 Motor shunt 177

    13.5.2.4 Motor compound 177

    ANEXOS 179

    GRAFIA DOS NOMES DAS UNIDADES 179

    GRAFIA DOS SMBOLOS DAS UNIDADES 180

    Unidades Eltricas e Magnticas do SI 181

    Prefixos decimais 182

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    7/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    7

    Glossrio de termos tcnicos 183

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    8/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    8

    1REVISO DE ELETROMAGNETISMO

    1.1.Lei de Ampre

    J conhecemos o efeito do campo magntico sobre cargas em movimento e sobre correntes em

    circuitos eltricos. Sabemos, tambm, que uma das fontes de campo magntico so os ms permanentes,

    como a magnetita. Em 1819, Oersted descobriu que uma corrente eltrica produz um campo magntico, e

    que para o caso de um fio retilneo, as linhas de campo so crculos em planos perpendiculares ao fio. O

    sentido do campo dado pela regra da mo direita: com o polegar no sentido da corrente, os outros dedos

    do o sentido de B, como ilustra a figura 1.

    Logo aps a apresentao do trabalho de Oersted, Ampre realizou outras experincias e

    formalizou a relao entre corrente eltrica e campo magntico. Ele mostrou que o campo produzido pela

    corrente, I, dado pela lei que recebeu seu nome.

    A lei de Ampre, considerada uma das leis fundamentais do Eletromagnetismo, descreve a

    produo de campos magnticos por correntes eltricas e foi proposta originalmente por Andr-Marie

    Ampre e modificada por James Clerk Maxwell (por isso chamada tambm de lei de Ampre-Maxwell).

    Ela relaciona campos eltricos variveis no tempo com campos magnticos.

    Figura 1 - Sentido do campo

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    9/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    9

    1.1.1Lei de Ampre e mquinas eltricas?

    Nas mquinas eltricas, como ser estudado mais adiante, o condutor (da Lei de Ampre)

    representa o enrolamento que quando percorrido por uma corrente eltrica produz um campo magntico

    ao redor dele.

    1.2.

    Fora Magntica

    O campo magntico capaz de exercer foras no apenas sobre ms, mas tambm sobre

    condutores percorridos por correntes eltricas. A fora gerada a soma das pequenas foras que o campo

    magntico exerce sobre cada eltron em movimento. No , porm, necessrio que os eltrons estejam

    dentro dos condutores para que sofram a ao do campo magntico. Isso tambm ocorre quando eles esto

    no exterior e se movem livremente.

    1.2.1Fora Magntica e mquinas eltricas?

    A fora que um campo magntico exerce sobre um condutor percorrido por corrente pode ser

    utilizada para realizar trabalho. o que ocorre nos motores eltricos, que transformam energia eltrica em

    Figura 91 Rendimentos tpicos

    plena carga paramotores de altarotao

    Figura 2 Campo magntico produzidopela passagem de corrente eltrica numfio.

    O arranjo da figura 2 consiste em um

    condutor de comprimento l, conduzindo uma

    corrente com mdulo constante, I. As linhas de foraso crculos concntricos, sentido dado pela regra da

    mo direita e mdulo dado por

    r

    irB

    2)( 0=

    Sendo:B densidade de fluxo magntico existente na regio onde esto condutor em webers/metro2 (W/m2) ou tesla (T);

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    10/200

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    11/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    11

    A permeabilidade relativa, por vezes escrita com o smbolo r e frequentemente apenas com , a

    razo entre a permeabilidade absoluta e a permeabilidade do espao livre (vcuo) 0:

    onde 0= 4 10-7N/A-2.

    1.4.1Permeabilidade e mquinas eltricas?

    A permeabilidade magntica exprime a diferena magntica entre os diversos materiais. Tem um

    valor muito grande para os materiais ferromagnticos (apresentam a propriedade de aumentar o campo de

    induo magntica que os atravessa, ampliando os efeitos magnticos) e um valor muito baixo para o ar.Por este motivo as mquinas eltricas so construdas com material ferromagntico.

    1.5.Relutncia

    Corresponde dificuldade oferecida pelo meio ao estabelecimento de um campo magntico. A

    relutncia magntica uma grandeza magntica correspondente nos circuitos magnticos resistncia nos

    circuitos eltricos. diretamente proporcional fmm e inversamente proporcional ao fluxo magntico:

    onde l comprimento do caminho do

    campo magntico e A a rea da seo reta do material em questo. Sua unidade [rel ou A/Wb]. Matrias com alta

    permeabilidade possuem baixa relutncia.

    1.5.1Relutncia e mquinas eltricas?

    Tanto as bobinas da armadura quanto as do rotor de uma mquina eltrica so enroladas sobre

    ncleos de ferro que reduzem a relutncia magntica ao fluxo que as enlaa. Devido ao ferro da armadura

    ser submetido tambm s variaes do fluxo magntico, nele, por sua vez, so induzidas correntes que no

    contribuem para o desempenho da mquina, pelo contrrio, so perdas que aquecem a mquina e afetam o

    R = fmm/ ou R = l / (.A)

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    12/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    12

    seu rendimento. Os ncleos so montados como pacotes de chapas de ao de espessura reduzida que

    diminuem os efeitos dessas correntes chamadas correntes de Foucault ou correntes parasitas.

    O espao entre o rotor e a armadura ou estator chamado de entreferro (interrupo de um circuito

    magntico) e, por ser de ar, nele se concentra a maior parte da relutncia do circuito magntico no interior

    da mquina.

    1.6.Fluxo Magntico

    Chama-se fluxo magntico ao nmero de linhas usadas na representao de um campo magntico.

    Representa-se o fluxo pela letra .

    1.6.1Fluxo magntico e mquinas eltricas?

    Na prtica, o conhecimento da variao do fluxo magntico muito mais importante do que o

    conhecimento da variao do fluxo eltrico. Porque a variao do fluxo magntico responsvel pelo

    importantssimo fenmeno chamado induo eletromagntica, essencial para o entendimento da converso

    eletromecnica de energia.

    1.7.Densidade de Fluxo Magntico

    Induo magntica ou densidade do fluxo magntico (B) o nmero de linhas de fluxo por

    unidade de rea que permeiam o campo magntico. uma quantidade vetorial, sendo a sua direo em

    qualquer ponto do campo magntico a direo do campo naquele ponto.

    B = /A

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    13/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    13

    A densidade magntica, no Sistema Internacional de Unidades (SI) expressa em webers por

    metro quadrado (wb/m2). Essa unidade de intensidade do vetor induo magntica recebeu o nome de

    tesla (T), de modo que: 1 T = 1 wb/m. Uma unidade antiga de induo magntica, ainda muito usada, o

    gauss; 1 gauss = 10-4tesla.

    1.7.1Densidade de fluxo magntico e mquinas eltricas?

    Quanto maior a densidade de fluxo magntico maior ser a tenso induzida gerada por uma

    mquina eltrica.

    1.8.Intensidade do Campo Magntico ou Fora Magnetizante

    A fora magnetizante (H) em um ponto qualquer prximo do condutor que conduz corrente

    depende diretamente da intensidade de corrente que produz o campo magntico e inversamente

    proporcional ao comprimento do caminho magntico que est sendo considerado (caminho representado

    por uma linha de fora).

    H = I / l (A/m)

    Onde:

    I = intensidade corrente (A) e,

    l = comprimento em metros do condutor (m)

    No caso de uma bobina, tem-se:

    H = N . I / l

    Como, geralmente, o condutor tem seo circular, o campo magntico pode ser representado por

    linhas de fora circulares, ou seja,

    Weber (smbolo Wb) a unidade do SI para fluxo de induo magntica.

    Equivale ao fluxo que, ao atravessar uma espira, produz nela uma fora eletromotriz

    igual a 1 volt, se reduzido uniformemente a zero em 1 segundo. A unidade leva seu

    nome de Wilhelm Eduard Weber, fsico alemo (1804 - 1891).

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    14/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    14

    l = 2 . . r

    r = raio do condutor

    1.8.1Intensidade de campo magntico e mquinas eltricas?

    comum, em clculos de circuitos magnticos, trabalhar com a grandeza H que independente do

    meio no qual o fluxo magntico est imerso, em situaes tais como as que so encontradas nas mquinas

    eltricas, onde o fluxo comum penetra diversos materiais diferentes, inclusive o ar.

    1.9.

    Conceito de Domnio MagnticoSo regies que apresentam magnetismo espontneo. Os domnios so entidades isoladas, isto ,

    cada domnio independente dos domnios vizinhos.

    Em uma pea no-magnetizada de um material magntico os domnios esto distribudos de forma

    aleatria e o campo magntico total em qualquer direo zero, como mostrado na figura 3. Quando esse

    material sofre a ao de uma fora magnetizante externa, os domnios que esto aproximadamente

    alinhados com o campo aplicado crescem custa dos outros domnios. Se o campo externo aplicado for

    suficientemente intenso, todos os domnios se orientaro nessa direo e, da em diante, qualquer aumentodo campo externo no causar nenhum aumento na magnetizao da pea. Nesse caso diz-se que o

    material atingiu a saturao.

    Quando esta fora magnetizante externa removida, alguns domnios podem voltar a desalinhar e

    os domnios alinhados remanescentes so os responsveis pela existncia dos ims permanentes.

    Figura 3 - Representao dos domnios.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    15/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    15

    1.10.Classificao Magntica dos Materiais

    Fisicamente, os materiais podem pertencer ao grupo dos materiais FERROMAGNTICOS,DIAMAGNTICOS e PARAMAGNTICOS. A grandeza magntica que orienta esta classificao

    permeabilidade magntica (). A permeabilidade desses materiais comparada com a permeabilidade

    do vcuo (o). Os materiais que no so magnticos (cobre, alumnio, madeira, vidro, ar, etc.) tm

    permeabilidade igual do vcuo.

    Ferromagnticos (vem da palavra latina para ferro: ferrum) - caracterizam-se por uma magnetizao

    espontnea, que totalmente independente de campos magnticos externos. Possuem uma permeabilidade

    magntica CENTENAS ou MILHARES de vezes, maior que a do vcuo, exemplos: ferro, nquel, cobalto,

    ao;

    Diamagnticos - a direo do campo adicional (formado atravs da teoria dos domnios) oposta do

    campo externo fazendo com que o campo resultante seja menor que o campo externo. Possuem uma

    permeabilidade magntica MENOR que a do vcuo, exemplos: hidrognio, prata e cobre;

    Paramagnticos-nesses materiais a direo do campo adicional a mesma do campo externo, portanto,o campo resultante MAIOR que o campo externo. Possuem uma permeabilidade magntica

    LIGEIRAMENTE MAIOR que a do vcuo, exemplos: alumnio e platina.

    1.11.Curva de magnetizao.

    A curva de magnetizao representa o comportamento de determinado material quando submetido

    a um processo de magnetizao. Tem no eixo das abscissas a grandeza intensidade de campo magntico

    (H) e, no eixo das ordenadas, o valor da magnetizao (I) ou a densidade de fluxo magntico (B).

    Quando se deseja estudar o comportamento dos materiais magnticos usa-se como base a curva de

    magnetizao. Por isso ela freqentemente encontrada em manuais e folhetos distribudos pelosfabricantes desses materiais.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    16/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    16

    A curva da figura 5 descreve ento a trajetria de o at a. Se a fora magnetizante H continua a

    aumentar at o valor Hs, a curva descreve a trajetria de a at b. Nesse ponto a curva entra em saturao e

    a densidade de fluxo deixa de aumentar, embora a fora magnetizante continue a aumentar. Reduzindo-seagora a fora magnetizante at zero, a curva segue a trajetria b at c. Nesse ponto, embora a fora

    magnetizante seja nula, existe uma densidade de fluxo denominada de BR (densidade de fluxo

    remanente). a existncia dessa densidade que torna possvel a existncia de ims permanentes.

    Se a corrente eltrica for, agora, invertida, causando o aparecimento de uma fora magnetizante

    H, o campo diminuir medida que a intensidade da corrente aumentar.

    A densidade de fluxo atingir o valor zero quando H tiver atingido o valorHd (trecho cd da

    curva). Essa fora Hd recebe o nome de fora coerciva . O valor mximo da fora coercitiva chamado de

    coercitividade. Se aumentarmos o mdulo de H at atingir novamente a saturao e depois invertermos

    seu sentido at atingir novamente o valor zero, a curva descrever a trajetria def. Se aumentarmos o valor

    da fora magnetizante no sentido positivo (+H) a curva descrever a trajetria de f at b.

    interessante notar a curva de histerese apresenta uma simetria pontual em relao origem, ou

    seja, a parte da curva esquerda igual a parte da curva que aparece direita, com os mesmos valores.

    A rea interna da curva representa a dissipao de energia, dentro dos materiais, cada vez que

    esses materiais so levados a percorrer o ciclo completo de magnetizao, ou seja, refletem a dificuldade

    que a fora magntica (H) encontra em orientar os domnios do material em questo. Reflete, portanto o

    trabalho realizado por H para obter B. Assim, essa perda pode ser medida e dada em watts [W].

    Derivado do termo grego HYSTEREIN que significa estar atrasado ela mostra que o fluxo

    magntico B est sempre atrasado em relao fora magnetizante H.

    Inicialmente, o ncleo do material da figura 4 no

    est magnetizado e a corrente no enrolamento nula,

    portanto a magnetizao tambm nula. Quando a corrente

    no enrolamento aumenta, o fluxo e a densidade de fluxo

    tambm aumentam.

    Figura 4 - Circuito Magntico emsrie utilizado para obter a curva dehisterese.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    17/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    17

    1.11.1Curva de Histerese e mquinas eltricas?

    Os ncleos de ferro de indutores, transformadores, motores e outros dispositivos, devem possuir amenor histerese possvel, por causa da perda de energia e do aquecimento, quando o campo sofre

    inverses repetidas na presena de correntes alternadas. Em tais casos, a magnetizao remanente e a

    coercitiva devem ser as menores possveis. Nestes materiais, a curva deve ter a menor rea e, quanto

    maior a freqncia, mais elevadas sero as perdas. Materiais de pequenos valores de remanncia e

    coercividade so denominados de MAGNETICAMENTE DOCES enquanto que os que possuem altos

    valores so chamados de MAGNETICAMENTE DUROS

    O material com o qual os ncleos do estator e do rotor das mquinas eltricas so construdos deve

    apresentar as seguintes propriedades:

    - Alta permeabilidade magntica relativa;

    - Baixa coercitividade magntica;

    - Alta resistividade ou resistncia eltrica;

    - Alta induo de saturao.

    Figura 5 - Curva de histerese.

    c

    d

    ef

    b

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    18/200

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    19/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    19

    Soluo

    O sentido da corrente no condutor AB pode ser encontrado atravs da regra da mo esquerda para fora

    magntica.

    1.13.Indutores

    Um indutor uma bobina composta por um fio isolado (geralmente fio de cobre esmaltado)

    enrolado sobre um ncleo de ar ou de material ferromagntico (por exemplo, ferro doce ou ferrite). Os

    ncleos de ferro e de ferrite tm como objetivo reduzir a disperso magntica das linhas de campo, pois

    esses materiais apresentam baixa relutncia (resistncia passagem do fluxo magntico), ou seja, alta

    permeabilidade .

    1.14.O parmetro da indutncia

    A indutncia uma caracterstica dos campos magnticos e foi descoberta por Faraday. Pode ser

    caracterizada como uma propriedade de um elemento do circuito pela qual a energia pode ser armazenada

    num campo de fluxo magntico. A indutncia aparece num circuito apenas quando h uma corrente

    varivel ou fluxo.

    V

    B

    FM

    A

    B

    V

    B

    R= 2

    e

    FM

    Sentidoreal

    Sentidoconvencional

    B= 101Tvolte

    VLBe

    smV

    mcmL

    TB

    Dados

    3,01010310

    10

    10330

    10

    11

    1

    1

    ===

    =

    ==

    =

    AiR

    ei

    R

    VeDados

    15,02

    3,0

    2

    3,0

    =

    ==

    =

    =

    Onde:

    L Indutncia da bobina indutora, [Henry, H];A rea das espiras da bobina [metros quadrados, m2];l comprimento longitudinal da bobina, [metros, m];- permeabilidade magntica do meio no ncleo da bobina [Henry por metro, H/m];N nmero de espiras

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    20/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    20

    2CONVERSO ELETROMECNICA DE ENERGIA

    Em todos os sistemas fsicos a energia no criada nem destruda, ela simplesmente muda de

    forma. Juntando este principio com as leis de campo magntico e eltrico, de circuitos eltricos e a

    mecnica Newtoniana tem-se como determinar as relaes caractersticas do acoplamento eletromecnico.

    A converso eletromecnica relaciona as foras eltricas e magnticas do tomo com a fora

    mecnica aplicada matria em movimento. Esta converso de energia no totalmente reversvel, jque produz outras formas de energia tal como calor e luz.

    Michael Faraday, em 1831, acenou com a primeira possibilidade de intercmbio entre energia

    eltrica e mecnica, dando incio ao gerador e motor eltrico e a vrios outros dispositivos de converso

    de energia.

    Os dispositivos que funcionam como intermedirios na converso de energia eltrica em mecnica

    e vice-versa so as MQUINAS ELTRICAS.

    2.1Induo eletromagntica e fora eletromagntica

    Para entendermos a converso de energia, faz-se necessrio conhecermos os fenmenos naturais

    que regem esta converso, pressupondo que a mesma seja completa.

    Os efeitos eletromagnticos mais importantes envolvidos na converso eletromecnica de energia

    so: Induo e Fora eletromagnticas.

    2.2Lei de Faraday da induo eletromagntica

    Antes da descoberta de Faraday s tnhamos tenso gerada num circuito por ao qumica. Faraday

    gerou uma tenso atravs do movimento relativo entre um condutor de eletricidade e um campo

    magntico.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    21/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    21

    Como a tenso gerada s acontecia quando havia movimento relativo entre o campo e o condutor

    sem contato fsico entre eles, Faraday a denominou de tenso induzida, figura 6.

    2.3Como variar a fora eletromotriz (fem)?

    Nas mquinas eltricas rotativas a quantidade de fluxo concatenado no e to facilmente

    mensurvel.

    Para que uma fem seja induzida necessrio que haja uma variao continua das ligaes do fluxo

    e isto exige um movimento, de modo que novas linhas de fora concatenem o condutor ou vice-versa.

    evidente que a fem s variar com a variao da densidade de fluxo ou da velocidade relativa

    (ou ambas), variando desta forma o fluxo concatenado.O aumento do comprimento do condutor no variar a fem, j que o comprimento que nos

    interessa e o comprimento ativo.

    O valor da tenso induzida em uma simples espira de fio proporcional razo da variao das linhas de fora que passam atravs daquela espira

    (ou se concatenam com ela).

    Figura 6 - Condutor de comprimento l movendo-se em um campo magntico B, para gerar uma fem.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    22/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    22

    2.4Sentido da forca eletromotriz induzida Regra de Fleming

    A relao entre o sentido da fem induzida, do campo magntico e do movimento do condutor e

    representada pela regra de Fleming (regra da mo direita).

    Esta regra pressupe que o campo est estacionrio e que o condutor se move em relao a estecampo.

    Observe que o sentido da fem, na figura 8 oposta a da figura 7 devido ao fato de se ter invertido

    seu sentido.

    2.5Lei de Lenz

    O sentido da fem e da corrente induzida no condutor guardam uma relao definida com a variao

    no fluxo concatenado que a induz, relao esta estabelecida pela Lei de Lenz.

    No essencial as leis de Lenz e Faraday dizem que: sempre que um condutor ou espira se

    movimenta dentro de campo magntico, cortando as linhas de fora, surge nos seus terminais uma fora

    eletromagntica (f.e.m.) induzida, que tende a opor-se causa que lhe deu origem. Se os condutores ou

    espira forem ligados a uma carga, o circuito ser percorrido por uma corrente eltrica induzida.

    A causa que origina a f.e.m. obviamente a variao do fluxo atravs do condutor ou espira

    provocada pelo seu movimento no campo magntico.

    Figura 7 - Regra da mo direita, de Fleming, para osentido da fem induzida (corrente convencional)

    Figura 8 Inverso do sentido da fem induzida

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    23/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    23

    A lei de Lenz implica uma causa e um efeito opondo-se causa.

    2.6Geradores Elementares

    Quando uma corrente eltrica atravessa um condutor criado em redor do mesmo um campo

    magntico. Se colocarmos esse condutor no seio de um campo magntico fixo aquele ficar submetido a

    uma fora eletromagntica que ter como efeito fazer com que o condutor se desloque.

    Costuma-se representar o comportamento das mquinas eltricas a partir de uma bobina elementar

    de uma espira nica girando no sentido horrio num campo bipolar, embora as mquinas comerciais

    tenham muitas bobinas consistindo de muitos condutores individuais e espiras ligadas em srie, figura 9.

    Ex. No caso de um gerador elementar, a energia eltrica e consumida apenas quando uma carga

    completa o percurso, de modo que a corrente circula devida fem induzida. O campo produzido por estacorrente de carga atua de modo a reagir com o campo magntico do gerador. Quanto mais energia eltrica

    for solicitada pela carga, mais forte ser o campo produzido pela corrente do condutor e em oposio ao

    movimento da maquina primaria que aciona o gerador.

    Em todos os casos de induo eletromagntica, uma fem induzida far com que a corrente circule em

    um circuito fechado, num sentido tal ue seu efeito ma ntico se o onha varia o ue a roduziu.

    Assim surge o princpio de funcionamento de uma mquina eltrica elementar

    Figura 9 - gerao de fem

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    24/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    24

    2.7Fora Eletromagntica

    Logo, se um condutor se situa num campo magntico ou nele inserido, e uma tenso aplicada a

    ele, de tal forma que circule uma corrente, ser desenvolvida uma fora, e o condutor tender a mover-se

    em relao ao campo ou vice-versa.

    2.8Sentido da fora eletromagntica e regra da mo esquerda

    A regra de Fleming (regra da mo direita) serve para explicar a ao geradora, j na regra da mo

    esquerda, o dedo indicador tambm indica o sentido do campo (N para S), o dedo mdio indica o sentido

    da corrente circulante (ou fem aplicada), e o polegar indica o sentido da fora desenvolvida no condutor ou

    do movimento resultante.

    Uma fora eletromagntica existir entre um condutor e um campo sempre que o condutorpercorrido por uma corrente estiver localizado no campo magntico, numa posio tal que haja

    uma com onente do com rimento ativo do condutor er endicular ao cam o

    campo

    fora

    corrente

    Figura 10 Condutor de comprimento , percorrido por uma correnteI, num campomagnticoB, desenvolvendo uma fora F.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    25/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    25

    2.9Fora contra-eletromotriz

    A fora contra-eletromotriz desenvolvida em sentido contrrio ao da circulao da corrente

    (e fem) que criou a fora ou movimento. Isto est de acordo com a Lei de Lenz e mostra que uma ao

    geradora simultaneamente desenvolvida quando queremos que ocorra uma ao motora.

    2.10Ao Motora x Ao Geradora

    A ao geradora e a ao motora ocorrem simultaneamente nas mquinas eltricas girantes.Portanto a mesma mquina pode ser operada tanto como motor quanto como gerador, ou como ambas (ex:

    conversor sncrono ou dinamotor).

    Quando a mquina operada como gerador, a corrente de armadura tem o mesmo sentido da fem

    gerada, e a fem gerada maior que a tenso dos terminais da armadura que aplicada carga.

    Esta distino entre ao geradora e ao motora d origem s seguintes equaes bsicas do

    circuito de armadura:

    Ua = tenso aplicada (medida nos terminais) de lado a lado da armaduraEc = fcem gerada, desenvolvida na armadura do motorEg = fem gerada, desenvolvida na armadura do geradorIaRa = queda de tenso na armadura devido circulao da corrente da armadura atravs de uma armadura de dada

    resistncia Ra

    Para um motor Ua = Ec+ IaRaPara um gerador Eg = Ua+ IaRa

    Figura 11 - Regra da mo esquerda e ao motora Figura 12- Regra da mo direita e a ao geradora

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    26/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    26

    Quando circula a corrente de armadura Ia, Ec e Eg so quantidades determinadas apenas por

    clculos e Ua uma quantidade mensurvel por um voltmetro.

    Relaes eletromagnticas fundamentais da mquina operando como gerador e como motor

    Ao Motora Ao Geradora1. O torque eletromagnticoproduz(ajuda) a rotao

    1. O torque eletromagntico(desenvolvido no condutorpercorrido pela corrente)ope-se rotao (Lei deLenz)

    2. A tenso gerada se ope corrente de armadura(Lei deLenz)

    2. A tenso gerada produz(ajuda) a corrente daarmadura

    3. Ec= Ua-IaRa 3. Eg= Ua+ RaIa

    2.11Torque Eletromagntico

    Como j abordado em itens anteriores, a converso eletromecnica de energia no

    completamente reversvel, parte da energia se perde na forma de aquecimento.

    Os princpios que regem as mquinas de corrente alternada (CA) so fundamentalmente os

    mesmos que regem as mquinas de corrente contnua.

    O torque desenvolvido por uma mquina eltrica (CA ou CC) expresso por uma equao

    derivada da lei de Ampre. Esta equao semelhante para estes dois tipos de mquinas, a nica diferena

    reside nos detalhes de construo mecnica. Da mesma forma, a tenso induzida expressa por uma

    equao formulada pela lei de Faraday, diferenciando-se apenas pela forma construtiva.

    Em um sistema mecnico, as grandezas fundamentais so torque e velocidade, assim como num

    sistema eltrico as grandezas fundamentais so a tenso e a corrente eltrica. Como a converso

    eletromecnica de energia envolve a transformao da energia eltrica em mecnica e vice-versa, essas

    grandezas so de suma importncia no estudo do torque eletromagntico.

    A ao motora ocorre quando injetamos corrente eltrica num condutor que pode girar livremente

    num campo magntico. Uma fora expressa pela equao F = I2l B, sendo: B = I1/ (2r), produzida em cada condutor e a resultante ser um torque eletromagntico Tque gera uma velocidade

    angular , figura 13.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    27/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    27

    Como a ao motora ocorre simultaneamente com a ao geradora, no momento em que gerado o

    torque, uma fem de reao ser experimentada pela mquina. J na ao geradora, ao girarmos o rotor da

    mquina eltrica por meio de uma mquina primria, uma fem induzida nos terminais dos enrolamentos.

    Quando aplicamos uma carga eltrica a esses terminais, fechando o circuito eltrico, uma corrente eltrica

    circula pelo enrolamento que interage com o campo magntico produzindo um torque de reao oposto aotorque criado pela fora motriz, obedecendo lei de Lenz.

    O torque (tambm chamado conjugado, momento ou binrio) a tendncia do acoplamento

    mecnico (de uma fora e sua distncia radial ao eixo de rotao) para girar um eixo.

    Para determinar o comportamento do sistema formado pela mquina mais a carga (ou outro

    sistema mecnico a ela acoplado) torna-se necessrio estabelecer uma equao mecnica para movimento,

    a qual obtida a partir das Leis de Newton.

    No caso de um motor o sistema mecnico nada mais do que a carga e o torque resistente

    representado pelo torque resistente da carga TL, figura 14.

    TL- torque resistente, o qual depende do sistema mecnico acoplado ao eixo da mquina (N.m)T - torque eletromagntico aplicado no eixo

    Campo deaco lamentoSistema eltrico

    Sistema mecnico

    T, me, i

    Figura 13 Representao em bloco da converso eletromecnica de energia

    Figura 14- Representao esquemtica dos torques que atuam no rotor.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    28/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    28

    O torque no deve ser confundido com o trabalho. O torque existe como produto de uma fora f

    pela distncia radial ao centro do eixo de rotao e mesmo que o corpo no gire, o torque no nulo pois a

    distncia considerada, neste caso, a distncia radial e ela nunca ser zerada. J o trabalho o produto de

    uma fora f que atua na mesma direo na qual o corpo se move pela distncia d. Se h uma fora

    aplicada, mas no h movimento, nenhum trabalho realizado.

    2.12Campo girante e campo pulsante

    2.12.1

    Campo pulsante

    Consideremos um enrolamento distribudo no estator de um motor de induo monofsico. A

    corrente monofsica que percorre o enrolamento gera um campo magntico que acompanha a variao

    senoidal da corrente, formando sempre um par de plos N-S, cuja posio depende o sentido da corrente.

    Diz-se que o campo pulsante, isto , o campo muda de polaridade, mantendo fixo o eixo de simetria,

    figura 15.

    A figura 15 mostra um enrolamento monofsico atravessado por uma corrente I, e o campo H

    criado por ela; o enrolamento constitudo de um par de plos (um plo norte e um plo sul), cujos

    efeitos se somam para estabelecer o campo H. O fluxo magntico atravessa o rotor entre os dois plos e se

    fecha atravs do ncleo do estator.

    Figura 15 Campo magntico pulsante

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    29/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    29

    Se a corrente I alternada, o campo H tambm , e o seu valor a cada instante ser representando

    pelo grfico desta figura, inclusive invertendo o sentido em cada meio ciclo.

    O campo H pulsante pois, sua intensidade varia proporcionalmente corrente, sempre na

    mesma direo norte-sul.

    2.12.2Campo girante

    Se em vez de um motor monofsico considerarmos um trifsico, as correntes trifsicas que

    percorrem os enrolamentos (fases) do estator vo gerar, em cada fase, campos pulsantes, defasados de um

    ngulo igual ao da defasagem entre as tenses aplicadas, cujos eixos de simetria so fixos no espao, mascuja resultante um campo que gira num determinado sentido, denominado campo girante, figura 16.

    A figura 16 mostra um enrolamento trifsico, que composto por trs monofsicos espaados

    entre si de 120o. Se este enrolamento for alimentado por um sistema trifsico, as correntes I1, I2 e I3

    criaro, do mesmo modo, os seus prprios campos magnticos H1, H2e H3. Estes campos so espaados

    entre si de 120o. Alm disso, como so proporcionais s respectivas correntes, sero defasados no tempo,

    tambm de 120oentre si e podem ser representandos pelo grfico da figura. O campo total H resultante, a

    cada instante, ser igual soma grfica dos trs campos H1, H2e H3naquele instante.

    Figura 16 Campo magntico girante

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    30/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    30

    A figura 17 representa a soma grfica para seis momentos distintos.

    No instante ( 1 ), a figura 17, mostra que o campo H1 mximo e os campos H2e H3so negativos ede mesmo valor, iguais a 0,5. Os trs campos so representados na figura 17 ( 1 ), parte superior, levando

    em conta que o campo negativo representado por uma seta de sentido oposto ao que seria normal; o

    campo resultante (soma grfica) mostrado na parte inferior da figura 17 ( 1 ), tendo a mesma direo do

    enrolamento da fase 1.

    Repetindo a construo para os pontos 2, 3, 4, 5 e 6 da figura 17, observa-se que o campo resultante

    H tem intensidade constante, porm sua direo vai girando, completando uma volta no fim de um

    ciclo.

    Assim, quando um enrolamento trifsico alimentado por correntes trifsicas, cria-se um campo

    girante, como se houvesse um nico par de plos girantes, de intensidade constante. Este campo girante,

    criado pelo enrolamento trifsico do estator, induz tenses nas barras do rotor (linhas de fluxo cortam as

    barras do rotor) as quais geram correntes, e conseqentemente, um campo no rotor, de polaridade oposta

    do campo girante. Como campos opostos se atraem e como o campo do estator (campo girante) rotativo,

    o rotor tende a acompanhar a rotao deste campo. Desenvolve-se ento, no rotor, um conjugado motor

    que faz com que ele gire, acionando a carga.

    2.13Tenso, Corrente e Potncia Nominal da mquina

    A tenso nominal da mquina determinada apenas pelo nmero de bobinas ligadas em srie, por

    caminho, que aproximadamente igual, e no pelo n de caminhos paralelos.

    Figura 17 Representao da soma grfica

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    31/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    31

    Cada caminho consiste de um grupo de bobinas ligadas em srie e cada bobina possui uma tenso

    nominal admissvel (motor) ou uma tenso gerada (gerador).

    A corrente nominal a capacidade de cada bobina ou do condutor em cada caminho, ou do grupo

    de bobina ligado em srie. Se aumentarmos o n de caminhos, aumentamos a corrente nominal da

    mquina. Porm o n total de condutores ou bobinas fixo para uma dada armadura, logo, o n de

    caminhos e a corrente nominal de uma dada mquina podem ser aumentados somente custa da tenso

    nominal.

    Fazendo uma comparao, uma bateria consiste de um grupo srie-paralelo de pilhas. A potncia

    nominal de cada pilha determina a potncia nominal de cada bateria, independente do mtodo de ligao,

    para um dado n de pilhas. A potncia nominal de qualquer bateria fixa, embora sua tenso e corrente

    nominais possam variar com as ligaes empregadas. Este conceito aplica-se aos condutores e aosenrolamentos da armadura de uma mquina.

    A nica forma de aumentar a potncia nominal de uma mquina, considerando o exposto acima,

    seria empregar uma armadura maior, j que a potncia nominal fixada pela corrente e tenso nominais

    de suas bobinas individuais em determinado caminho.

    Assim, o tamanho fsico uma indicao da potncia nominal das mquinas eltricas e esta

    independe da forma de ligao dos condutores da armadura.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    32/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    32

    3CONSTITUIO DAS MQUINAS ELTRICAS

    Mquinas eltricas so mquinas cujo funcionamento se baseia em fenmenos do

    eletromagnetismo. Um destes fenmenos a induo eletromagnticae o outro afora eletromagntica.

    Estas mquinas podem classificar-se de vrias formas e uma destas classificaes quanto ao

    movimento: h um tipo de mquina que esttica, por no ter peas em movimento. Trata-se do

    transformador. As restantes so, normalmente,rotativas, pelo fato de terem peas em movimento rotativo,figura 18.

    A parte da mquina eltrica rotativa que fixa chama-se estatore a parte da mquina que mvel

    chama-serotor, h tambm, uma parte ativa e uma no ativa.A parte ativa constituda pelo enrolamento

    do estator (Figura 19) e pelo enrolamento do rotor, ambos posicionados em ranhuras (figura 20).

    na parte ativa que a energia eltrica convertida em energia mecnica e vice-versa.

    5) RotorElementogirante damquina (quegira), compostodo eixo, ncleode chapas ebarras ouenrolamentos.

    2)CarcaaEstrutura desustentao dasoutras partes domotor. provido de psde fixao.

    1

    3) Caixa deligao a caixa determinais domotor.

    6) Tampada caixa deligao

    7) TampaParte fixa carcaa,destinada asuportar ummancal eproteger aspartesinternas damquina.

    2

    1) EstatorParte domquinaque constituda doselementosestacionrios:carcaa, ncleode chapas eenrolamento .

    6

    7

    3

    4

    5

    8

    4) Terminaisde ligao domquina rede eltricaou carga.

    8) MancalO eixo se apiasobre o mancal,para podergirar.Figura 18 Constituio de uma mquina

    eltrica. FOTOS CEDERJ

    9

    9) Placa decaractersticas

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    33/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    33

    A parte no ativa so todos os outros componentes da mquina como tampas, carcaa, eixo,

    mancais, etc., que servem para transmisso do movimento rotativo, proteo externa e fixao da

    mquina.

    3) Enrolamento trifsicoTrs conjuntos iguais debobinas, uma para cadafase, formando um sistema

    trifsico ligado redeeltrica de alimentao,atravs dos terminaislocalizados na caixa deligao.

    2) RanhurasSo cortes na periferia(ao redor) do estatorpara colocao dos

    enrolamentos.

    1) Ncleo de chapa.

    2

    1

    3 4) Ps de fixao

    4

    Figura 19 Estator de uma mquinaeltrica .FOTOS CEDERJ

    Figura 20 Ranhurashttp://www.liberato.com.br/upload/arquivos/0131010716421316.pdf

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    34/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    34

    A classificao da mquina eltrica como girante a habitual, por se referir s mquinas mais

    comuns, mas convm lembrar que h mquinas com peas mveis e que no so rotativas, devido ao seu

    movimento ser linear. o caso domotor linear, figura 21.

    Outra forma de classificar estas mquinas quanto ao tipo de alimentao. O transformador e

    algumas das outras mquinas rotativas funcionam em corrente alternada. As restantes funcionam em

    corrente contnua.

    Outra classificao tem a ver com a funo da mquina. Todas as mquinas eltricas funcionam

    produzindo transformaes de energia. Das mquinas eltricas que estamos a nos referir, o transformador

    um caso particular. Transforma energia eltrica em energia eltrica. O interesse da transformao que

    permite transformar uma tenso alta numa baixa (transformador baixador) ou transformar uma tenso

    baixa numa alta (transformador elevador) ou manter a tenso mas separando galvanicamente circuitos

    (transformador de isolamento). As aplicaes dos transformadores so enormes, desde os transformadores

    Em processos que demandem deslocamento linear, operao silenciosa, baixa

    manuteno, grande confiabilidade e elevadas taxas de acelerao ou elevadas foras de trao, a

    utilizao dos motores rotativos e atuadores tradicionais acaba ficando comprometida. Os

    MOTORES LINEARES (planos ou tubulares) aparecem cada vez mais como sendo uma

    alternativa para estas situaes, devido a sua forma construtiva e caractersticas de operao

    altamente favorveis para a automao e operao industrial.

    Os Motores de Induo Lineares (MILs) so motores que produzem um movimento de

    translao diretamente, sem necessitar de sistemas de engrenagens ou quaisquer outros

    mecanismos de converso de movimento rotativo em movimento de translao.

    Figura 21 Motores lineares

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    35/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    35

    de grande potncia que existem nas subestaes sada das centrais eltricas onde se produz a energia

    eltrica, s subestaes que existem ao longo do transporte e da distribuio da energia, at todo o tipo de

    aparelhagem industrial e domstica (como televisores, gravadores, carregadores de baterias para

    automveis e telemveis). O transformador est em quase toda a parte. E responsvel pelo peso dos

    aparelhos, pois provavelmente o componente mais pesado, devido a ter um ncleo de ferro, figura 22.

    Nas restantes mquinas eltricas h transformao de uma forma de energia noutra.

    H mquinas que transformam energia mecnica em eltrica e outras que fazem o inverso.

    Algumas podem at funcionar de uma ou da outra forma (como acontece com a mquina de corrente

    contnua).

    As que transformam energia mecnica em eltrica chamam-se geradores. As que transformam

    energia eltrica em mecnica chamam-se motores.

    Os geradores de corrente contnua tambm se denominam dnamos e os de corrente alternada,

    alternadores.

    Existem vrios tipos de dnamos, dos quais os mais usuais so os seguintes: dnamos de excitao

    independente, de excitao em derivao (ou shunt), de excitao em srie e de excitao composta (ou

    compound), havendo ainda vrios tipos destes ltimos. Cada um tem caractersticas e aplicaes diferentes

    dos restantes. Por exemplo, o dnamo shunt pode ser usado para alimentar redes de corrente contnua por

    manter a tenso relativamente constante para variaes de carga, enquanto o dnamo srie no adequado

    para este efeito mas pode ser usado para alimentar aparelhos de soldadura.

    Figura 22 Transformador

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    36/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    36

    Os alternadores tm inmeras aplicaes, pois so eles que produzem a maior parte da energia que

    se consome no mundo. So eles que produzem a energia na maioria das centrais eltricas dos mais

    variados tipos (com exceo das fotovoltaicas), inclusive nas centrais nucleares. Em potncias menores

    usam-se, por exemplo, em estaleiros de obras em que no exista rede pblica disponvel.

    Existem vrios tipos de motores, dos quais os mais usuais so os seguintes.

    Corrente contnua: motores de excitao independente, de excitao em derivao (ou shunt), de

    excitao em srie e de excitao composta (ou compound), havendo ainda vrios tipos destes ltimos.

    Cada um tem caractersticas e aplicaes diferentes dos restantes. Por exemplo, o motor shunt adequado

    para mquinas-ferramenta, por ter uma velocidade relativamente estvel com a carga (no sendo, no

    entanto, o melhor para este efeito), o motor srie no adequado para esta aplicao, mas adequado para

    trao eltrica, pois tem um bom binrio de arranque. Em geral, os motores compound tm algumascaractersticas de algum dos outros, mas melhoram certas caractersticas destes sendo, no entanto, mais

    caros. Uma caracterstica prpria dos motores de corrente contnua a facilidade de controle da sua

    velocidade, o que no acontece nos de corrente alternada.

    Corrente alternada: motores assncronos (muito usados em variadas aplicaes, por serem robustos

    e baratos) e motores sncronos (mantm a velocidade constante, alm de terem outras caractersticas que

    os destinam a aplicaes especiais). Dos motores assncronos h dois grupos principais: os de rotor em

    gaiola de esquilo (os mais simples e mais usados) e os de rotor bobinado.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    37/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    37

    Estticas Transformadores

    excitao independente

    shunt

    Dnamos

    srie

    composto

    de corrente contnua

    excitao independente

    shunt

    Rotativas Motores sriecomposto

    rotor de gaiola

    Mquinasassncronas

    rotor bobinado

    de corrente alternada

    Mquinassncronas

    Alternador

    motor sncrono

    Para facilitar a anlise anteriormente efetuada, vejamos o seguinte diagrama :

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    38/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    38

    3.1Placa de caracterstica de uma mquina eltrica

    A placa de caracterstica a identidade da mquina eltrica. Nela voc encontra dados de suma

    importncia para poder trabalhar com este equipamento, como exemplo, num motor eltrico temos: (figura

    23)

    1) A potncia nominal aquela que o motor pode fornecer no eixo, obedecendo a dados que foram

    especificados pelo fabricante. A unidade de medida de potncia de um motor cv, hp ou watts, por

    exemplo, 3/4cv.

    2) A tenso de alimentao a tenso da rede para qual o motor foi projetado. As tenses mais usadas em

    redes de baixa tenso so 220V, 380V e 440V. Esta tenso depende de aspectos econmicos e da tenso

    da rede onde vai ser ligado o motor.

    3) A Velocidade nominal dada normalmente em rpm (rotaes por minuto) e indica o nmero de

    rotaes do eixo do motor na unidade de tempo (1 minuto).

    4) A corrente nominal a corrente que o motor solicita da rede para seu perfeito funcionamento,

    obedecendo a dados que foram especificados pelo fabricante.

    Figura 23 Placa de caracterstica de um motor eltrico trifsico

    5

    1

    3

    12

    4

    8

    11

    7

    106

    2

    13

    9Classificao do motor quanto

    fonte de alimentao

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    39/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    39

    5) A freqncia nominal a freqncia da rede para qual o motor foi projetado, expressa em Hz. No

    Brasil a freqncia padronizada em 60 Hz. A freqncia est associada a movimentos em forma de

    ondas e indica o n de voltas por unidade de tempo.

    6) A relao corrente de partida/corrente nominal (IP/IN) indica quanto ser a corrente solicitada da rede,

    pelo motor, no momento de sua partida. Esta corrente bem mais alta que a corrente nominal, porque o

    motor precisa de muita fora para poder girar seu eixo.

    7) O fator de servio uma potncia adicional que o fabricante pe disposio do cliente desde que seja

    utilizada dentro de condies estabelecidas pela norma especfica. No significa que seja uma sobrecarga

    e sim uma potncia adicional contnua.

    8) O grau de proteo reflete a proteo do motor quanto entrada de corpos estranhos e penetrao de

    gua pelos orifcios destinados aentrada e sada de refrigerante (ar, por exemplo). A norma especifica osgraus de proteo pelas letras IP (do ingls, Intrisic Protection), que significa proteo prpria do

    dispositivo. Estas letras so seguidas de dois algarismos:

    O primeiro algarismo indica o grau de proteo quanto penetrao de corpos slidos e quanto a

    contatos acidentais,

    O segundo algarismo indica o grau de proteo quanto penetrao de gua.

    Os significados dos dois algarismos constam na tabela abaixo e a combinao dos mesmos indica a

    proteo desejada em funo da aplicao do motor para uma determinada atividade. Por exemplo:

    IP 54

    Primeiro algarismo Segundo algarismo

    Por exemplo, na placa de caractersticas da Figura 23 o grau de proteo IP 54, isto significa que

    este motor est protegido contra acumulo de poeira prejudicial ao equipamento e contra respingos de gua

    em todas as direes. Confira na tabela.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    40/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    40

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    41/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    41

    9) A isolao definida em funo do limite de temperatura que o conjunto de materiais que formam o

    isolamento do motor, pode suportar continuamente sem que sua vida til seja afetada. Esta vida til

    depende fundamentalmente da isolao de seus enrolamentos.

    Os materiais isolantes so, por normas, agrupados em classes de isolamento. As classes de

    isolamento utilizadas em mquinas eltricas e os respectivos limites de temperatura, conforme NBR-7034

    so:

    Classe A (105 C)

    Classe E (120 C)

    Classe B (130 C)

    Classe F (155 C)

    Classe H (180 C)Por exemplo, na placa de caractersticas da figura 23 a isolao da classe B, isto significa dizer

    que a maior temperatura que os materiais isolantes utilizados neste motor podem suportar, continuamente,

    sem que seja afetada sua vida til, de 130C.

    Quando voc trabalha com um motor com 10C (dez graus Celsius) acima de sua temperatura

    normal de trabalho, sua vida til praticamente se reduz a metade.

    10) O regime de funcionamento o grau de regularidade da carga a que o motor submetido. Os

    motores normais so projetados para regime contnuo, (a carga constante), por tempo indeterminado, eigual potncia nominal do motor. Por exemplo, no regime S1, o motor funciona com uma carga

    constante de durao suficiente para que se alcance o equilbrio trmico.

    11) O conjugado (tambm chamado torque, momento ou binrio) a medida do esforo necessrio para

    girar um eixo. De acordo com as caractersticas do conjugado, em relao velocidade e corrente de

    partida, os motores so classificados em categorias (NBR 7094), adequadas, cada uma delas, a um tipo de

    carga e que so as seguintes:

    Categoria N- motores de aplicao geral (Bombas dgua, ventiladores, compressores)

    que acionam a maioria das cargas de utilizao prtica .

    Categoria H - usados para cargas que exigem maior conjugado na partida, como peneiras,

    transportadores carregadores, cargas de alta inrcia, britadores, etc.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    42/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    42

    Categoria D - usados em prensas excntricas e mquinas semelhantes, onde a carga apresenta picos

    peridicos. Usados tambm em elevadores e cargas que necessitam de conjugados de partida muito altos e

    corrente de partida limitada.

    12) Modelo;

    13) Srie.

    O modelo e a srie do motor so dados que ajudam voc na comunicao com o fabricante. Com

    esses dados o fabricante pode ter ajudar a resolver problemas relacionados ao motor, por exemplo, lhe

    enviando o desenho original do enrolamento de determinado modelo para que voc faa comparaes com

    o enrolamento que est no seu motor.

    Algumas placas trazem tambm, o esquema de ligao do motor rede (Figura 24.

    O esquema de ligao ensina a voc como conectar o motor rede de alimentao.

    Figura 24 Placa de caracterstica de um motormonofsico com esquema de ligao

    Instruespara a ligaodo motor rede eltrica

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    43/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    43

    4MQUINAS ASSNCRONAS

    Existem vrios tipos de motores eltricos empregados em instalaes, mas, por sua maior

    simplicidade de construo, vida til longa, custo reduzido de compra e manuteno, os motores eltricos

    assncronos de induo so os mais utilizados na indstria.

    Os vrios tipos de construo das mquinas eltricas so:

    A mquina de corrente contnua (CC) que tem uma armadura rotativa e um campo estacionrio;A mquina sncrona (CA) com uma armadura rotativa e um campo estacionrio;

    A mquina sncrona (CA), com um campo rotativo e armadura fixa;

    A mquina assncrona (CA), que possui ambos, enrolamentos de armadura estacionrios e

    rotativos.

    Quanto aos enrolamentos, as denominaes campo e armadura independem do movimento da

    bobina, podendo ser relacionadas s tenses geradas e excitao e estar situadas tanto na parte mvel

    quanto na parte fixa das mquinas rotativas.

    O enrolamento da armadura construdo em ncleos de ferro para que o caminho do fluxo

    magntico seja to eficiente quanto possvel. Utilizam-se em geral ncleos laminados para a minimizao

    da perda por correntes parasitas (correntes de Focault) causadas pelo fluxo varivel. Ele consiste num

    grupo de bobinas interconectadas de maneira que todas as tenses geradas contribuam positivamente a um

    resultado desejado. Este enrolamento est relacionado ao efeito da induo de tenso e, portanto tambm

    denominado de induzido.

    O enrolamento de campo age como fonte primria de fluxo estando relacionado, portanto,

    excitao da mquina e, portanto tambm denominado de indutor. Este enrolamento transforma o rotorou estator em um eletrom.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    44/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    44

    As mquinas assncronas so constitudas basicamente por duas partes distintas:

    a) Estator

    formado por trs elementos: a carcaa, que corresponde estrutura de suporte do rotor; o ncleo,

    constitudo de chapas de material ferromagntico, adequadamente fixadas ao estator; e um enrolamento

    trifsico com bobinas espaadas entre si de 120 geomtricos, dimensionado em material condutor e

    dispostos em ranhuras sobre o ncleo.

    b) Rotor

    Formado tambm por trs elementos: o eixo, responsvel pela transmisso da potncia mecnica

    gerada; o ncleo constitudo de chapas de material ferromagntico e os enrolamentos, constitudos de

    material condutor dispostos em ranhuras sobre o ncleo.

    O rotor pode ter plos salientes ou lisos. Os rotores de plos salientes (Figura 25) so geralmente

    empregados em mquinas que operam em baixa velocidade. Este tipo de rotor possui a caracterstica de

    variar a relutncia do circuito magntico de acordo com o movimento de rotao a que est sujeito.

    Os rotores cilndricos ou lisos (Figura 26) so geralmente empregados em mquinas que operam

    em alta velocidade. Os rotores com plos lisos so mais robustos sendo assim mais aptos a trabalharem

    em altas rotaes (3600 e 1800 rpm), que o caso tpico das usinas termeltricas e mquinas assncronas.

    Este tipo de rotor no causa variao na relutncia do circuito magntico da mquina.

    Nesses rotores, o entreferro constante ao longo de toda a periferia no ncleo de ferro. Oenrolamento de campo distribudo uniformemente em ranhuras, as quais em geral cobrem apenas uma

    parte da superfcie do rotor.

    Figura 25 Representao esquemtica da mquina de plos salientes

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    45/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    45

    .O rotor pode ser constitudo de duas maneiras:

    rotor gaiola de esquilo - recebe esta denominao porque so dotados de um sistema de barras, que

    tem comprimento maior que carcaa do rotor, conectados em curto- circuito entre si, nas duas

    extremidades do rotor, por meio de anis terminais contnuos. Possuem a aparncia de uma gaiola de

    esquilo (Figura 27a e 27b) e podem ser construdas em alumnio, cobre ou liga de cobre. O rotor um

    cilindro de ao silcio laminado, onde as barras de cobre ou de alumnio so fundidas paralelamente

    (ou quase paralelos) ao eixo em ranhuras ou orifcios existentes no ncleo (Figura 28a e 28b). Quando

    as barras no esto paralelas ao eixo do rotor produzem um torque mais uniforme e reduzem o

    zumbido magntico durante a operao do rotor.

    Figura 26 - Representao esquemtica da mquina sncrona de plos lisos

    Figura 27a Gaiola de esquilo Figura 27b Rotor gaiolade esquilo

    Aniscondutores

    Barras de

    cobre

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    46/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    46

    A GAIOLA DE ALUMNIO APRESENTAAS SEGUINTES VANTAGENS:

    A GAIOLA DE COBRE APRESENTA ASSEGUINTES VANTAGENS:

    A tenso das barras mantm a compresso dopacote de lminas

    Testes indicam que a gaiola de cobre reduz asperdas no rotor entre 14% e 20%

    O movimento da gaiola eliminado A temperatura de trabalho do motor reduzida, faciventilao

    As barras podem ser dimensionadas livremente O rendimento pode ser elevado entre 1% e 3%,mas estima-se que rendimentos ainda maiorespossam ser obtidos com projetos adequados dasbarras do rotor

    O peso e a inrcia do rotor so reduzidos

    A resistncia eltrica do rotor maior, mas o custo menor do que o de rotores de cobre

    rotor bobinado - so motores nos quais os condutores de cobre so colocados nas diversas ranhuras

    (Figura 29), usualmente isolados do ncleo de ferro, e geralmente ligados em estrela nas mquinas de

    induo polifsicas. Cada terminal levado a anis coletores (trs no total) que so isolados do eixo do

    rotor. Os anis so ligados exteriormente a um reostato de arranque constitudo por trs resistncias

    variveis, ligadas tambm em estrela. Deste modo os enrolamentos do rotor tambm ficam em circuitofechado. A funo do reostato de arranque, ligados aos enrolamentos do rotor atravs de escovas, a de

    reduzir as correntes de arranque elevadas, no caso de motores de elevada potncia. medida que o motor

    vai ganhando velocidade, as resistncias vo sendo progressivamente retiradas do circuito at ficarem

    curto-circuitadas (retiradas), quando o motor passa a funcionar no seu regime nominal. Desta forma, o

    Figura 28a- Rotor com barras paralelas Figura 28b- Rotor com barras diagonais

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    47/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    47

    motor de rotor bobinado tambm funciona com os elementos do rotor em curto-circuito (tal como o motor

    de rotor em gaiola de esquilo), quando atinge o seu regime nominal.

    O motor de induo de rotor bobinado substitui o de rotor em gaiola de esquilo em potncias muito

    elevadas devido ao abaixamento da corrente de arranque permitida pela configurao do rotor.

    Apesar de ser utilizados em casos com velocidades constantes de servio, aplica-se preferencialmente

    quando as velocidades de servio so variveis.

    So muito usados quando se necessita de elevado torque de partida, quando se deseja o controle de

    velocidade ou quando se introduzem tenses externas ao circuito do rotor que pode ser CA ou CC (caso da

    mquina universal).

    No necessrio isolao entre os condutores e o ncleo porque as correntes induzidas no rotor

    seguem o caminho de menor resistncia que so os dos condutores de cobre, de alumnio ou da liga decobre no enrolamento do rotor.

    Algumas vezes a mquina tipo gaiola chamada de mquina sem escovas e a mquina com

    rotor bobinado chamada de mquina de anis.

    O motor assncrono um motor destinado somente para corrente alternada e seu rotor no gira a

    mesma velocidade do campo magntico girante do estator. Sua velocidade varia pouco com a aplicao da

    carga. So considerados como burros de carga da indstria devido a sua robustez, construo simples,

    custo reduzido, vida til longa, facilidade de manobra e manuteno. Sua operao se d em locais

    remotos e em situaes severas de trabalho onde a poeira e materiais abrasivos sejam fatores que no

    devam ser ignorados.

    Figura 29 Rotor bobinado

    Aniscoletores

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    48/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    48

    O rotor do motor de induo, como mencionado anteriormente, gira a uma velocidade (N r) menor

    que a do campo magntico girante (NS) e a diferena entre estas velocidades denominada velocidade de

    escorregamento (ou rotao de escorregamento), normalmente expressa em % da velocidade sncrona.

    Podem ser monofsicos, bifsicos, trifsicos, etc. Os monofsicos so destinados para pequenas

    potncias, geralmente fraes de cv (ou hp), sendo amplamente aplicados em aparelhos domsticos. Os

    motores polifsicos encontram grande aplicao em indstrias.

    Os motores polifsicos de induo rotor gaiola de esquilo no necessitam de nenhum mtodo

    auxiliar de partida, mesmo com carga, e seu funcionamento baseia-se nas propriedades dos campos

    magnticos rotativos. No possui comutador, nem anis coletores, nem quaisquer contatos mveis entre

    rotor e estator.

    O motor de induo monofsico rotor gaiola de esquilo no tem torque de partida, necessitandopara isto de dispositivos auxiliares de partida e sua classificao depende de qual dispositivo est sendo

    usado para este fim, assim: motores capacitor so aqueles cuja partida ocorre com auxilio de capacitores

    para provocar o defasamento e criar um campo girante; motores de fase dividida que tem construo

    consistindo de dois enrolamentos em paralelo deslocados de 90oeltricos no espao e cujas as correntes

    se defasam no tempo de algo menos que 90o(motor com partida a resistncia); motor de fase dividida com

    partida a capacitor; motor de fase dividida com partida a capacitor permanente; motor a duplo capacitor;

    motor de plo ranhurado; motor com partida a relutncia; motor com partida a repulso e etc.

    O fato de o motor de induo monofsico no possuir torque de partida ocorre porque em uma

    alimentao monofsica no temos campo girante, como em uma alimentao polifsica, e sim campo

    pulsante.

    A armadura do motor de induo pode encontrar-se no estator ou no rotor e o campo idem. O rotor

    no possui peas polares.

    Uma das principais caractersticas dos motores assncronos que so mquinas que possuem

    excitao nica, mesmo possuindo um enrolamento de campo e outro de armadura.

    Alm da denominao de motor de induo rotor gaiola de esquilo, alguns autores ainda o chamam

    de transformador rotativo, devido ao fato de o rotor se comportar como o secundrio de um transformador

    e o estator como primrio.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    49/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    49

    5PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO DE UM MOTOR DE INDUO

    O dispositivo apresentado na figura 30 consiste de um im suspenso por um fio. Sob o im um

    disco de cobre ou alumnio est apoiado sob um mancal que est por sua vez apoiado em uma placa de

    ferro. Neste dispositivo o campo do im permanente completa-se atravs do conjunto disco-placa de ferro.

    medida que o im gira o disco o acompanha. Este fato se deve s correntes parasitas (conforme figura

    30b) que aparecero no disco devido a seu movimento relativo em relao ao campo magntico. A Lei deLenz explica o sentido contrrio da tenso induzida (e conseqentes correntes parasitas) que ir produzir o

    campo que tender a se opor a fora, ou seja, ao movimento que produziu a tenso induzida. Estas

    correntes parasitas tendero a criar sob o plo N do im um plo S no disco e sob o plo S do im um plo

    N no disco. Enquanto durar o movimento, que produz as correntes parasitas, estes plos sero criados no

    disco. O disco desta maneira ir girar no mesmo sentido do im pela atrao existente entre estes pares de

    plos que tendero a alinhar-se.

    Figura 30 - Princpio de Funcionamento do Motor de Induo

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    50/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    50

    Um fato extremamente importante que o disco ir girar a uma velocidade menor que a do im,

    pois caso contrrio no existiria movimento relativo entre o im e o disco e como conseqncia no

    existiriam as correntes parasitas nem os plos, nem o movimento do disco e nem o torque. Desta forma, o

    disco deve escorregar em velocidade para que se produza torque.

    A diferena de velocidade que existe entre a velocidade sncrona do campo magntico girante e a

    velocidade um pouco menor na qual gira o disco chamada de escorregamento (s), e normalmente

    expressa em porcentagem.

    ( )

    S

    rS

    N

    xNN

    sncronavelocidade

    rotordovelocidadesncronavelocidade

    sncronavelocidade

    entoescorregamdevelocidades

    100=

    ==

    ( ) ( )sP

    fsNN Sr

    == 11201

    s = EscorregamentoNS =Velocidade sncrona do campo girante (rpm)Nr = Velocidade do rotor (rpm)

    Exemplo: Um motor de induo trifsico tem no estator 3 ranhuras por plo e por fase. Sendo 60Hz a

    freqncia da rede, pede-se:

    a) o nmero de plos produzidos e o nmero total de ranhuras do estator.

    b) a velocidade do campo magntico girante.c) a velocidade do rotor para um escorregamento de 3 %.

    Soluo:

    a) P = 2 x n de ranhuras por plo = 6 plos

    Total de ranhuras = (3 ranhuras por plo e por fase) x (6 plos) x (3 fases) = 54 ranhuras

    b) 1200rpm6

    60120

    P

    120xfNS ===

    x

    c)Nr=N .(1- s) =1200.(1-0,03) =1164rpm

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    51/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    51

    5.1Freqncia, Tenso e Reatncia do Rotor

    A freqncia das tenses induzidas no rotor varia inversamente com a velocidade deste, desde a

    freqncia da linha, em repouso, at a freqncia zero na velocidade sncrona e pode ser expressa como

    uma funo da freqncia do estator e do escorregamento:

    fxsfr=

    Onde:fr=freqncia da tenso senoidal e das correntes induzidas no circuito do rotor a um dado escorregamento, s, em hertz;f=freqncia do estator (ou a freqncia de linha) e do campo magntico girante, em hertz e das correntes induzidas no circuitodo rotor a um dado escorregamento, s, em hertz;

    Apesar dos condutores do rotor possurem uma baixa resistncia, eles esto embutidos no ferro,que por sua vez possui a propriedade da indutncia e, conseqentemente, uma reatncia indutiva, que

    variar com a freqncia do rotor. Para determinao da reatncia do rotor comum realizar um ensaio

    denominado de ensaio a rotor bloqueado e a reatncia ser a reatncia a rotor bloqueado (Xbl).

    O ensaio a rotor bloqueado usado na determinao da reatncia, quando o motor est parado, e

    tambm na determinao do rendimento. A reatncia a rotor bloqueado somente simplifica os clculos

    sendo usada como referncia.

    Conforme a freqncia do rotor aumenta com o escorregamento e a reatncia varia com a

    freqncia, a representao da reatncia para qualquer freqncia ser:

    Xr= blXxs Onde:Xbl= reatncia a rotor bloqueado.

    A tenso induzida no rotor para qualquer escorregamento tambm uma funo da tenso

    induzida a rotor bloqueado:

    Er = blExs Onde:

    Ebl = tenso induzida no rotor parado, ou seja, bloqueado.E = fem induzida no rotor para qualquer escorregamento e/ou freqncia do rotor.

    Exemplo: Um motor de induo de quatro plos opera freqncia de 60Hz e tem um escorregamento de

    plena carga de 5%. Calcule a freqncia do rotor:

    a) No instante da partida;

    b) A plena carga.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    52/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    52

    Soluo:

    a) No instante da partida,( )

    S

    rS

    N

    xNN 100. Desde que a velocidade do rotor neste instante zero,

    o escorregamento 1. A freqncia do rotor .60600,1 HzHzxfxsfr ===

    b) plena carga, o escorregamento 5%, isto , s=0,05, logo, .36005,0 HzHzxfxsfr ===

    5.2Circuito Equivalente

    Toda a anlise ser feita por fase.

    O MIT composto por bobinas acopladas magneticamente. As bobinas do estator, quando ligadas

    a uma fonte trifsica de tenso alternada, produzem um campo magntico girante na freqncia dacorrente da rede.

    O campo magntico produzido pelas correntes induzidas no rotor tambm gira mesma velocidade

    sncrona (ns).

    Evidentemente, o fluxo resultante da composio dos fluxos produzidos pelo rotor e estator,

    tambm gira no entreferro na velocidade sncrona.

    Este campo induz uma tenso no estator na freqncia da rede (f). No rotor a tenso induzida na

    freqncia de escorregamento fxsfr= .I a corrente de magnetizao necessria para criao do fluxo de entreferro resultante, sendo

    uma funo de E1.

    O circuito equivalente representante dos fenmenos do estator semelhante ao do primrio de um

    transformador. Os valores do rotor so referidas ao estator.

    Figura 31 - Circuito Equivalente do estator para um motor de induo polifsico

    Onde:V1= tenso terminal de estator.E

    1= fcem gerada pelo fluxo de entreferro

    resultante.I1 = corrente de estator.r1 = resistncia efetiva de estator.x1= reatncia de disperso do estator.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    53/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    53

    interessante representar a indutncia de magnetizao e as perdas no ferro no lado do estator.

    a) Estator, figura 32.

    A diferena principal entre este circuito e o primrio de um transformador o valor numrico dareatncia de magnetizao. De fato, como a indutncia de magnetizao inversamente proporcional

    relutncia e a relutncia do entreferro muito maior que a relutncia do transformador, o valor numrico

    da reatncia no transformador muito grande e pode, normalmente, ser desprezada. No caso do motor, a

    reatncia relativamente pequena e no pode ser desprezada.

    A corrente de magnetizao em motor de induo da ordem de 30% da corrente de carga

    podendo chegar, em algumas situaes, at a 50%. No caso do transformador esta corrente relativamente

    pequena (menor que 5%) e, normalmente, desprezada.

    b) Rotor, figura 33

    A representao do rotor muito simples. a tenso induzida em um enrolamento em curto

    circuito. A impedncia vista pela tenso ser a resistncia do enrolamento (R2) e a indutncia de disperso

    (L2).

    Se E2 a tenso induzida no rotor parado, como foi visto, a tenso induzida no rotor em rotao

    ser sE2.

    Figura 33 Circuito equivalente do rotor

    Figura 32 circuito equivalente do estator

    Onde

    V1 tenso fase-neutro do estator;

    R1 resistncia do enrolamento do estator;

    X1 = jwL1reatncia de disperso do estator;

    E1 tenso fase-neutro induzida no estator;

    Xmag = jwLmag reatncia de magnetizao; e

    Rn resistncia de perdas no ncleo.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    54/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    54

    A freqncia do que ocorre no rotor a freqncia de escorregamento fxsfr= . O valor fasor de

    corrente dado por:

    As duas equaes acima podem parecer iguais, mas no so. A primeira est na freqncia da

    tenso induzida no rotor (fr). A segunda est na freqncia da rede (f). Esta equao mostra o que ocorre

    no rotor visto do estator.

    A potncia dissipada na equao dada por: 2222 IRP =

    Este valor corresponde s perdas no enrolamento do rotor.

    A potncia na equao a seguir, representa o que o estator transfere para o entreferro. Ela

    usualmente chamada de potncia de entreferro ou, Pgap. transferida para o entreferro muito maior que

    as perdas no enrolamento do rotor.

    22

    2 I

    s

    RPgap=

    Como em operao normal o escorregamento inferior a 10%, a potncia transferida para o

    entreferro muito maior que as perdas no enrolamento do rotor.

    Em alguns casos conveniente dividir a potncia do entreferro em duas parcelas: a primeira

    relativa s perdas, a outra relativa a potncia mecnica disponvel no eixo.

    Evidentemente:

    Para representar esta diferena, o circuito equivalente do rotor, visto do estator, pode ser

    representado pela figura 34.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    55/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    55

    interessante observar a relao entre as trs potncias que foram definidas.

    Pgap- potncia de entreferro

    Pmec- potncia mecnica disponvel no eixo

    P2 -perdas no enrolamento do rotor.

    Se a potncia transferida para o entreferro for igual a 1, as perdas no rotor sero iguais a s e a

    potncia disponvel no eixo ser (1-s). Quanto maior o escorregamento menor ser o rendimento do motor.

    A faixa normal de operao do MIT sempre para escorregamentos menores que 10%.

    A potncia de sada (Pout) sempre menor que a potncia disponvel no eixo. A diferena so as

    perdas mecnicas de ventilao e atrito.

    Voltando ao circuito equivalente, observa-se que a diferena entre as tenses E1 e E2 dada pela

    relao de transformao entre as bobinas. Normalmente considera-se que os coeficientes de distribuiodos enrolamentos do estator e do rotor so iguais. Ento, refletindo o que ocorre no rotor para o estator

    tem-se:

    As grandezas com apstrofo correspondem aos valores em ohms refletidos ao estator. Em todas as

    anlises do motor de induo o que interessa o circuito equivalente refletido ao estator. Para no

    sobrecarregar a notao, no texto a seguir, vai-se eliminar o apstrofo sabendo que estamos falando do

    valor da resistncia e da reatncia refletidos ao estator. O circuito equivalente por fase ser dado por:

    Figura 34 - Circuito equivalente do rotor

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    56/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    56

    Exemplo 3

    Um motor de induo trifsico de 20 HP, 450 V, 4 plos, 60 Hz, 1730 rpm, opera acionando a sua

    potncia nominal. As perdas mecnicas so de 860 W. Qual a potncia transferida para o entreferro?

    5.3Operao do motor de induo como gerador.

    Quando um motor de induo acionado por uma mquina primria chamamo-lo de gerador de

    induo (escorregamento negativo). A transio entre a operao como motor e a operao como gerador

    uma funo do escorregamento. O gerador de induo deve ser acionado a uma velocidade acima dasncrona, a fim de entregar potncia ao barramento. Acima da velocidade sncrona, este gerador serve

    como freio dinmico automaticamente.

    O gerador de induo trifsico, do tipo gaiola de esquilo, destaca-se por suas caractersticas de

    construo simples, manuteno baixa e robustez. Na prtica, pode-se utilizar um motor de induo

    Figura 35 - Circuito equivalente por fase do MIT.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    57/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    57

    convencional operando como gerador, obtendo-se tambm as caractersticas de baixo custo e

    disponibilidade no comrcio.

    Devido s caractersticas construtivas e princpio de operao da MIT, a operao como gerador

    exige um meio para promover a sua excitao. Essa excitao normalmente provida por um banco de

    capacitores ou por um inversor.

    5.4Tenso Nominal

    a tenso da rede para qual o motor foi projetado. Por norma o motor deve ser capaz de funcionar

    satisfatoriamente quando alimentado com tenses at 10% acima ou abaixo de sua tenso nominal, desde

    que sua freqncia seja a nominal.Se houver simultaneamente, variaes na freqncia, a tolerncia de variao de tenso reduzida,

    de modo que a soma das duas variaes (tenso e freqncia) no ultrapasse 10%.

    5.4.1Efeitos da variao de tenso

    DESEMPENHO TENSO 20%ACIMA

    TENSO 10%ACIMA

    TENSO 10%ABAIXO

    Conjugado de partida aumenta aumenta diminuiConjugado mximo 44% 21% 19%Corrente de partida Aumenta 25% Aumenta 10 a 12% Diminui 10 a 12%Corrente plena carga Diminui 11% Diminui 7% Aumenta 11%Escorregamento Diminui 30% Diminui 17% Aumenta 23%Veloc. plena carga Aumenta 1,5% Aumenta 1% Diminui 1,5%Rendimento Pequeno aumento Aumenta 1% Diminui 2%Fator de Potncia Diminui de 5 a 15% Diminui 3% Aumenta 1%Sobreaquecimento Diminui 5C Diminui 3C Aumenta 6CRudo sem Carga Aumento percentual Ligeiro aumento Lkigeira diminuio

    As tenses mais usadas em redes de baixa tenso so 220V, 380V e 440V.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    58/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    58

    5.5Corrente do motor

    5.5.1Corrente nominal

    A corrente nominal a solicitada, pelo motor, da rede de alimentao, trabalhando potncia

    nominal, com freqncia e tenso nominais.

    5.5.2Corrente de partida

    O motor assncrono (tipo gaiola) quando parado (rotor bloqueado), comporta-se como um

    transformador trifsico com secundrio em curto-circuito, neste caso, quando o estator energizado

    produz o campo girante cujas linhas de fora, encontrando o rotor parado, provocam nas barras do rotor

    variaes de fluxo com velocidade igual do campo girante. Como a velocidade do campo girante

    elevada, o rotor produz f.e.m induzidas com valores que podem produzir elevadas correntes induzidas.

    Estas correntes, por efeito de reao, fazem com que o estator absorva elevada corrente da rede de

    alimentao. Por esta razo que s correntes de partida de um motor assncrono so, tambm,

    denominadas de correntes de curto-circuito.

    Cada fase do motor de induo, no ato da partida, equiparada a um transformador monofsico emcurto-circuito. Sendo a resistncia primria e secundria relativamente baixas comparadas s reatncias

    indutivas dos enrolamentos primrios e secundrios, as correntes de partida, estatricas e rotricas, so

    muito defasadas em relao s tenses que as produziram. Isto aumenta demasiadamente o ngulo de

    defasagem fazendo com que o conjugado motor resulte pequeno na partida, embora a corrente seja alta.

    A corrente de partida de um motor assncrono com rotor em curto-circuito, pode alcanar valores

    at 10 vezes maiores que os da corrente de funcionamento normal. Estas correntes de partida so limitadas

    por dispositivos especiais de partida e dependem do tipo e das caractersticas construtivas do motor.O valor exato desta corrente medido no ensaio a rotor bloqueado, em que se liga o motor estando

    o seu eixo travado por algum tipo de freio. medida que se solta o freio a corrente do motor vai

    diminuindo, conforme mostra a figura n 36.

  • 7/21/2019 Maquinas Eltricas.pdf

    59/200

    ESCOLA TCNICA ESTADUAL FERREIRA VIANA FAETECProfessora: Margareth N. SilvaDisciplina: Mquinas Eltricas

    59

    5.5.3Corrente estatrica ou de armadura

    I = cos..3

    )(

    U

    WP; I = .cos..3

    746).(

    U

    HPP; I= .cos..3

    736).(

    U

    CVP ; I = U

    VAP

    .3

    )(

    Dependendo do tipo de ligao do motor, ou seja, ligao em tringulo ou estrela a corrente de fase

    ser:

    5.5.4

    Corrente rotrica

    Depende dos ampres espiras do rotor que so mais baixo que os do estator.

    Exemplo:

    Qual a corrente nominal solicitada pelo motor trifsico de uma bomba hidrulica de 5cv,

    sob uma tenso de 220V, sendo o fator de potncia 0,80 e o rendimento do motor igual a 96%?

    5.6Freqncia Nominal

    a freqncia da rede para qual o motor foi projetado.

    Por norma a mquina pode funcionar satisfatoriamente com freqncias at 5% acima ou abaixo

    de sua freqncia nominal.

    Figura 36-Curva de variao da corrente do MI em funo da