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1 –– MAPEAMENTO DOS EGRESSOS DO CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Por onde anda você? GEPEC REPORT 2015

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1

––

MAPEAMENTO DOS EGRESSOS DO CURSO DE

ENGENHARIA DE ALIMENTOS DA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Por onde anda você?

GE

PE

C

RE

PO

RT

2015

MAPEAMENTO DOS EGRESSOS DO CURSO DE

ENGENHARIA DE ALIMENTOS DA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Por onde anda você?

Relatório de pesquisa

Pirassununga Outubro de 2015

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

Serviço de Biblioteca e Informação da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos

da Universidade de São Paulo

Coordenação: Vivian Lara dos Santos Silva

Fausto Makishi

Equipe: Gerson Azuma

Marcos Finardi Junior

Marcus Vinicius Magossi

Mariana Campos Granado Silva

Murilo Coelho Gonsales

Victória Soares Pontes

Projeto Gráfico: Fausto Makishi

Os autores agradecem ao Projeto Alfa Agroemprendes e ao Programa Unificado de Bolsas da

USP pelo fomento, bem como às Seções de Graduação e de Cooperação Internacional da FZEA

pela fundamental contribuição na identificação dos egressos e condução do presente estudo.

Grupo de Estudos e Pesquisa em Estratégia de Coordenação Vertical - GEPEC

Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos – FZEA

Universidade de São Paulo – USP

Campus Fernando Costa

Av. Duque de Caxias Norte, 225

CEP 13635-900 - Pirassununga / SP

Fones: (19) 3565-4160, 3565-4284 [email protected]

GEPEC - Grupo de Estudos e Pesquisa em Estratégia e

Coordenação Vertical

G353p Por anda você 2015 : relatório técnico de mapeamento

dos egressos do curso de engenharia de alimentos da

FZEA-USP / GEPEC - Grupo de Estudos e Pesquisa em

Estratégia e Coordenação Vertical. –- Pirassununga :

Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da

Universidade de São Paulo, 2015.

22 p.

1. Estudantes universitários – egressos

2. Mapeamento de ex-alunos 3. Formação de engenheiros

de alimentos. I. Título.

Como referenciar este relatório:

GEPEC - Grupo de Estudos e Pesquisa em Estratégia e Coordenação Vertical. Por onde anda você 2015 : relatório

técnico de mapeamento dos egressos do curso de engenharia de alimentos da FZEA-USP. Pirassununga: Faculdade de

Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo, 2015. 22 p. Disponível em:

<http://www.usp.br/fzea/>

Sobre o GEPEC

O Grupo de Estudos e Pesquisa em Estratégia e Coordenação Vertical (GEPEC) congrega

pesquisadores da Universidade de São Paulo interessados na investigação de estratégias

organizacionais e o delineamento de arranjos interfirmas em cadeias de valor, com atenção

especial para a indústria de alimentos.

Criado em 2005 na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (Campus Fernando

Costa, USP Pirassununga), o GEPEC encontra-se inserido em uma rede maior sob a chancela

do Núcleo de Pesquisa CORS (Center for Organization Studies), que reúne, desde 2011,

pesquisadores de diversas instituições, no Brasil e no Mundo.

Objeto de estudo do GEPEC e CORS, as organizações podem ser entendidas como sinônimos

de toda as atividades que são socialmente organizadas, o que inclui empresas, comunidades,

famílias e, no caso específico do presente trabalho, a faculdade e seus egressos.

Nesse sentido, o trabalho “Mapeamento dos egressos do curso de engenharia de alimentos

da Universidade de São Paulo - Por onde anda você?” representa o primeiro relatório de uma

série pretendida dedicada a divulgação de trabalhos sobre a formação de recursos humanos

eo desenvolvimento tecnológico em engenharia de alimentos.

Nossos Valores:

PESSOAS, TRABALHO, CRIATIVIDADE, PAIXÃO,

RESPONSABILIDADE E RESPEITO

Conteúdo

Apresentação .............................................................................................................................. 8

Formação em Engenheiro de Alimentos na USP ......................................................................... 9

LUGAR DE MULHER É NA FÁBRICA: AS ENGENHEIRAS DE ALIMENTOS DA USP ....................... 10

COM FOME DE ENGENHEIROS .................................................................................................. 11

ONDE ESTAMOS ........................................................................................................................ 11

“PAU PRA TODA OBRA” ............................................................................................................. 13

Profissionais de qualidade......................................................................................................... 16

No TOP OF MIND: Cia de Talentos 2015 ................................................................................... 17

No TOP OF MIND: Interbrand 2014 ........................................................................................... 17

TOP OF MIND FZEA ................................................................................................................... 18

FORMANDO LIDERANÇAS ......................................................................................................... 19

PROFISSIONAIS DA INOVAÇÃO .................................................................................................. 21

Considerações finais e perspectivas futuras ............................................................................. 22

P á g i n a | 8

Apresentação

ual o papel da Universidade de São Paulo e da Faculdade de Zootecnia e Engenharia

de Alimentos na formação de recursos humanos? Como a USP retorna aos esforços e

recursos investidos pela sociedade na forma de capital humano? Essas são questões

bastante debatidas nos dias atuais e servira de inspiração o trabalho aqui retratado.

Em recente pesquisa divulgada pelo Observatório da Inovação e Competitividade da USP

(OIC-USP, 2015), é possível verificar que são formados hoje no Brasil 2,93 engenheiros (geral)

por 10.000 habitantes, contra 9,09 nos Estados Unidos, 13,35 na Suíça, 25,40 em Portugal,

32,75 na Coréia do Sul e 34,02 na Finlândia. A conclusão que os pesquisadores responsáveis

chegam é que, ainda que esse número tenha aumentado nos últimos anos, existe uma

demanda reprimida por mais engenheiros no país (OIC-USP,2015).

Dos 59.798 engenheiros formados em 2013 no Brasil, cerca de 1.170 (1,96%) são

engenheiros de alimentos (OIC-USP,2015). São 86 cursos de Engenharia de Alimentos no

país, o que sugere um mercado de trabalho bastante concorrido. Então como os profissionais

de engenharia de alimentos da USP, em particular da FZEA, tem se colocado neste mercado?

O presente relatório tem como objetivo retratar a pesquisa intitulada “MAPEAMENTO DOS

EGRESSOS DO CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO –

MACEA 2015”, realizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Estratégia e Coordenação

Vertical (GEPEC) em dois períodos: de junho a novembro de 2014 e abril a setembro de 2015

(período de atualização).

A coleta de dados primários foi realizada por meio de levantamento (survey) com

questionários eletrônicos enviados por e-mail e rede sociais. A pergunta central a qual

procuramos responder foi: “POR ONDE ANDA VOCÊ?”

Todos os 629 egressos do curso de engenharia de alimentos, formados entre 2006 e 2015,

receberam o questionário, sendo o nível de respostas válidas de 57%, média mantida em

todas as turmas de formandos com desvio de 1% para mais ou para menos. Número

considerado alto em comparação a outras pesquisas dessa mesma natureza.

A seguir serão apresentados os números detalhados da pesquisa e algumas reflexões.

Q

P á g i n a | 9

Formação em Engenheiro de Alimentos na USP

O curso de Engenheira de Alimentos da Universidade de São Paulo foi implantado no Campus

USP de Pirassununga, interior do estado, em 2000, sendo a que primeira turma matriculada

no ano seguinte.

Fazem parte do portfólio de competências do engenheiro de

alimentos formados pela USP, o desenvolvimento de novos

produtos, embalagens, processos e equipamentos, elaboração e

execução de projetos, promoção de vendas técnicas,

gerenciamento de pessoas e processos, logística e

desenvolvimento de fornecedores, atuando ainda em áreas da

qualidade e a segurança dos alimentos, bem como exercício de

atividades associadas ao gerenciamento de resíduos na

indústria e ao uso eficiente dos recursos naturais (FZEA, 2015).

O curso está estruturado de forma que, em seus dois primeiros anos,

são oferecidas principalmente disciplinas das ciências básicas, tais como

Cálculo, Física e Química. Também a partir do segundo ano, são

inseridas disciplinas das áreas de Ciências de Engenharia de Alimentos,

tais como Química e Microbiologia dos Alimentos. A partir do terceiro

ano iniciam-se as disciplinas da área de engenharia aplicada, tais como

as Operações Unitárias, Refrigeração, Engenharia Bioquímica e Controle

de Processos, que são mescladas com disciplinas de caráter tecnológico,

como Tecnologias de Leite e Derivados, de Cacau e Chocolate, de Carne

e Derivados, de Álcool e de Bebidas Fermentadas. No terceiro e quarto

anos está inserida a maior carga horária das disciplinas da área de

humanidades, a exemplo de Economia, Gestão Industrial, Administração

e Distribuição de Alimentos. Finalmente, no quinto ano, o aluno

consolida o aprendizado na disciplina de Planejamento e Projetos, e

centraliza-se no aprendizado prático por meio do estágio em empresas.

A FZEA/USP oferece 100 vagas anuais no seu curso de Engenharia de

Alimentos.

O curso é oferecido nos períodos diurno e noturno. Além do ensino

gratuito, o estudante da FZEA/USP também tem possibilidade de

conseguir auxílio moradia e alimentação. Pode se inserir em projetos de

pesquisa, ensino e extensão, o que pode possibilitar o benefício de

auxílios de diferentes naturezas, como bolsas de iniciação científica, de

ensinar com pesquisa e de apreender com cultura e extensão. Cabe

destacar a ênfase à política de internacionalização no ensino, que visa,

dentre outras coisas, fomentar o intercâmbio de estudantes para

instituições conveniadas de vários países, promovendo uma melhor

compreensão dos valores universais, vislumbrar novas perspectivas na

área e respeito à diversidade sociocultural

P á g i n a | 10

LUGAR DE MULHER É NA FÁBRICA: AS ENGENHEIRAS DE

ALIMENTOS DA USP

egundo estimativas do IBGE

(2015) as brasileiras

representam 51,4% da população

e são responsáveis pelo sustento de

37,3% das famílias no país. No caso

dos egressos do curso de engenharia

de alimentos da FZEA/USP a

representatividade feminina é ainda

maior. Em contraste com cursos como

engenharia mecânica, civil e elétrica,

onde a população de estudantes é

predominantemente masculina, o curso

de engenharia de alimentos tem

significativa participação feminina.

S Homens 26%

Mulheres 74%

Porcentagem total de egressos do curso

P á g i n a | 11

COM FOME DE ENGENHEIROS

A taxa de empregabilidade segue a média

nacional para trabalhadores com diploma de nível

superior, na ordem de 95%. A média oficial é de

95,4% (IBGE, 2015). Cabe notar que essa taxa

apresenta valores superiores entre os egressos do

ano de 2006 a 2012, e começa a cair nas ultimas

três turmas, o que pode ser justificado pela atual

conjuntura macroeconômica, que dificulta a

entrada de recém-formados. Por outro lado, o

número de engenheiros de alimentos colocados

no mercado de trabalho no ano de 2015 deve ser

ponderado. Isso porque momento da presenta

análise, esses egressos possuíam pouco mais de 2

meses de formados.

95%

5%

Empregados Desempregados

56,5%

87,5%91,1%96,4%

2015201420132006 a 2012

Empregabilidade média entre 2006 e 2012 e nos últimos três anos

Porcentagem de empregabilidade dos egressos do curso

de Engenharia de Alimentos até a turma de 2014

P á g i n a | 12

ONDE ESTAMOS

mpresas de grande importância no setor de alimentos e outros setores têm participação

expressiva entre os principais empregadores. Destaque para Ambev, Nestlé, JBS,

Unilever, BRF, Ingredion e P&G, todas com mais de 7 engenheiros de alimentos da FZEA

contratados cada.

A participação dos egressos em engenharia de alimentos da FZEA no quadro de funcionários

destas e outras companhias corrobora para o reconhecimento do curso como formador de

recursos humanos qualificados e preparados aos desafios impostos pelo mercado.

Chama a atenção que ao lado de empresas de destaque nacional e internacional, os pequenos

empreendimentos também absorvem muito dos egressos da FZEA. Participação social ainda

maior?

A universidade também tem um papel de destaque na absorção de parte dos egressos em seus

cursos de pós-graduação.

E

5,1

4,5

3,3

2,7

2,1 2,1 2,1

1,5 1,5 1,51,2 1,2 1,2 1,2 1,2

0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9

5,1

Po

rcen

tage

m d

e eg

ress

os

(%)

Empresas

22 + 1 Empresas que mais contratam engenheiros de alimentos da FZEA

P á g i n a | 13

“PAU PARA TODA OBRA”

m ponto que merece destaque é a diversidade de setores

onde os egressos foram localizados. Não só empresas de

alimentos, mas também organizações multissegmentos, setor

financeiro e cosméticos estão entre os empregadores. Tal constatação

sugere versatilidade do profissional formado pela FZEA/USP no curso.

As diferentes áreas de atuação corroboram para essa leitura.

U

E AFINAL POR ONDE ANDAM OS

ENGENHEIROS DE ALIMENTOS

FORMADOS PELA FZEA/USP?

P á g i n a | 14

P á g i n a | 15

P á g i n a | 16

Profissionais de qualidade

área de Qualidade possui a maior

concentração de egressos, seguida

por Pesquisa e desenvolvimento

corporativa, Produção e Comercial

(sobretudo na área de Vendas técnicas).

A possível vocação para áreas envolvendo

atividades analíticas e laboratoriais pode

ser associada ao grande número de alunos

que desenvolve atividades de iniciação

científica durante o curso de graduação.

Interessante notar a porcentagem de

egressos que tem se posicionado em áreas

fora do contexto da Produção (“chão de

fábrica”), em áreas como Vendas técnicas

(Comercial) e relação com fornecedores e

logística (supply chain).

O gráfico ao lado

demonstra a evolução na

contratação por área ao

longo dos anos de

formação. Nota-se o

aumento exponencial de

engenheiros atuantes na

área de Qualidade,

sobretudo após a

publicação da normativa

ISO 22000 em 2005, que

trata de alimentos.

Evidentemente, esta não

é a única justificativa para

o aumento nas

contratações, fatores

competitivos e

institucionais como o

desenvolvimento da

indústria de forma geral, a forte tendência de sofisticação no mercado doméstico e

participação do Brasil em mercados internacionais ajudaram a alavancar a taxa de absorção

de egressos em uma área que trata de um importante atributo de valorização dos alimentos,

a qualidade.

A 21,7

15,7

15,4

12,4

9,6

7,8

3,6

3,6

2,7

1,8

1,5

1,2

0,9

0,9

0,9

0,6

0,3

0,3

4,2

Qualidade

P&D

Produção

Comercial

Supply Chain

Acadêmico

Administrativo

Projetos

Consultoria

Empresarial

Financeiro

Marketing

Jurídico

T.I.

Educação

Pesquisa

RH

Segurança do trabalho

Outros

Porcentagem de pessoas empregadas (%)

21,7

15,7

15,4

12,4

9,3

7,5

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015Po

rcen

tage

m d

e eg

ress

os

con

trat

ado

s (%

)

Ano de contratação

Qualidade P&D Produção

Comercial Supply Chain Acadêmico

P á g i n a | 17

No TOP OF MIND: Cia de Talentos 2015

Recente pesquisa divulgada pela agência Cia de Talentos elencou as vinte empresas dos

sonhos dos jovens brasileiros (CIA DE TALENTOS; NEXTVIEW, 2015) 1. A questão que surge é:

Como está a participação dos egressos na FZEA nestas empresas classificadas pelos jovens

como melhor lugar para se trabalhar. O resultado é que os engenheiros de alimentos da FZEA

estão presentes em sete das vinte empresas, a saber: Ambev (posição 6), Nestlé (posição 7),

Itaú (posição 8), P&G

(posição 13), Unilever

(posição 14), Natura

(posição 15) e Coca-

Cola (posição 17).

No TOP OF MIND: Interbrand 2014

A mesma questão foi investigada

entre as empresas cujas marcas

estão listadas na pesquisa

Interbrands (2014), com

destaque para seguintes marcas:

Coca-Cola (posição 3), Gillete

(posição 18), Pampers (posição

30), Pepsi (posição 24), Kellongg

Brasil (posição 32), Danone

(posição 51) e Nestlé (posição 54)

1 Mais informações em http://www.ciadetalentos.com.br/esj/

17

15

9

7

3 32

mer

o d

e eg

ress

os

con

trat

ado

s em

u

nid

ade

Participação nas Empresas dos sonhos dos JovensCia de Talentos

15

7

5

32 2

mer

o d

e p

esso

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on

trat

adas

Participação nas Empresas cujas marcas estão no topo da lista da interbrands 2014

P á g i n a | 18

TOP OF MIND FZEA

Um levantamento (survey) realizado entre alunos do oitavo semestre do curso de engenharia

de alimentos procurou listar as 10 empresas que os alunos gostariam de trabalhar após

concluir o curso.

A empresas mais citadas foram:

1. Unilever 2. Danone 3. Nestlé 4. Cargil 5. P&G 6. Mondelez 7. JBS 8. Ambev 9. BRF 10. Natura

O gráfico abaixo ilustra a participação dos egressos nessas empresas.

P á g i n a | 19

FORMANDO LIDERANÇAS

Universidade de São Paulo (USP) é uma universidade pública, mantida pelo Estado de

São Paulo com recursos públicos, reconhecida mundialmente por sua qualidade em

pesquisa científica e formação universitária. Ou seja, em pelo menos dois aspectos a

USP retorna os investimentos à sociedade: profissionais altamente qualificados e

conhecimento e desenvolvimento tecnológico para melhoria de vida da população.

No que se refere à formação de líderes, optou-se por uma estratificação em quatro níveis, a

saber: Lideranças, Especialistas, Profissionais Administrativos e Operacionais e Acadêmicos.

A

0,6%1,8%

1,2%

12,0%

1,8%

13,8%

7,2%8,1%

22,6%

2,7%3,6%

2,1%1,2%1,2%

3,3%2,1%

0,6%

2,1%

4,2%3,3%

2,4%2,1%

Fon

te: e

lab

ora

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nsu

lt, 2

01

5

Cargos ocupados

P á g i n a | 20

Adicionalmente, foi investigado a evolução da participação de egressos nos cinco cargos de

maior representatividade. Chama atenção o número crescente de formando que

enquadrados funcionalmente como analista. O salário médio de um analista de qualidade,

por exemplo, é de R$ 2.450,002 e o Piso Salarial de um engenheiro, determinado pela Lei

4.950-A/66, R$ 4.728,00 para um regime de trabalho de 6 horas diárias3.

2 Média calculada pela Fundação Instituto de pesquisa econômicas – FIPE, disponível em http://www.salarios.org.br/ , acesso em 10 out. 2015. 3 http://www.seesp.org.br/

22,6%

14,0%

12,3%

7,8%

7,2%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Ano de formação

cargos acumulados por ano de formação

Analista Coordenador Gerente Engenheiro Supervisor

P á g i n a | 21

PROFISSIONAIS DA INOVAÇÃO

competitividade da indústria pode ser

diretamente associada ao desenvolvimento de

uma base tecnológica sólida, capaz de sustentar

estratégias empresariais em mercados dinâmicos e com

alto grau de concorrência, como no caso da produção e

distribuição de alimentos. Nesse sentido, a concentração

e pessoal qualificado em áreas acadêmicas e de

desenvolvimento industrial podem ser vistas como

variável estratégica para o desenvolvimento industrial de

um país. Como visto anteriormente, uma fração

relativamente grande de egressos tem se concentrado na

área de pesquisa acadêmica (pesquisadores, professores,

pós-graduandos). No entanto, é também expressiva

porcentagem de egressos envolvidos na área de pesquisa

e desenvolvimento corporativa (15,6%) e outro 1% que

trabalham em agencias locais de inovação. Ao total 1 em

cada 25 engenheiros de alimentos da FZEA trabalham

diretamente com inovação.

A

P á g i n a | 22

Considerações finais e perspectivas futuras

presente relatório registra os resultados de uma pesquisa conduzida pelo Grupo de

Estudos e Pesquisa em Estratégias de Coordenação Vertical – GEPEC, que perguntou

aos egressos do curso de engenharia de alimentos da FZEA: Por onde anda você?

Os resultados mostram que o profissional de engenharia de alimentos da USP tem ganhado

espaço em diferentes setores além da indústria de alimentos. Áreas como qualidade, P&D,

produção merecem destaque entre as colocações dos egressos. Também merece destaque

áreas relacionada com negócios como vendas e relacionamento com fornecedores.

A versatilidade, dinamismo e liderança foram características ressaltadas no presente

relatório. A taxa de empregabilidade segue a média nacional, mas os cargos ocupados devem

ser destacados assim como as empresas que absorvem esses engenheiros. São empresas que

não só povoam as expectativas dos alunos do curso, mas também de muitos outros

candidatos (concorrentes) das mais variadas áreas.

Ouras questões surgem diante dos resultados. Qual a trajetória desses engenheiros? Quais

foram suas dificuldades e virtudes ao longo de sua carreira? Como a universidade contribuiu

para as conquistas profissionais retratadas em tela? Essas são perguntas que motivam a

continuidade do mapeamento dos egressos em uma perspectiva maior: localização atual com

levantamento de sua trajetória.

O