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Licitação Pública A licitação, no entender do eminente doutrinador Celso Antônio Bandeira de Mello, é o procedimento administrativo pelo qual uma pessoa governamental, pretendendo alienar, adquirir ou locar bens, realizar obras ou serviços, outorgar concessões, permissões de obra, serviço ou de uso exclusivo de bem público, segundo condições por ela estipuladas previamente, convoca interessados na apresentação de propostas, a fim de selecionar a que se revele mais conveniente em função de parâmetros antecipadamente estabelecidos e divulgados[1]. 1.1. Evolução Histórica das Licitações “A licitação foi introduzida no direito público brasileiro há mais de cento e quarenta anos, pelo Decreto nº 2.926, de 14.05.1862, que regulamentava as arrematações dos serviços a cargo do então Ministério da Agricultura, Commercio e Obras Públicas. Após o advento de diversas outras leis que trataram, de forma singela, do assunto, o procedimento licitatório veio, a final, a ser consolidado, no âmbito federal, pelo Decreto nº 4.536, de 28.01.22, que organizou o Código de Contabilidade da União (arts. 49-53). Desde o antigo Código de Contabilidade da União, de 1922, o procedimento licitatório veio evoluindo, com o objetivo de conferir maior eficiência às contratações públicas, sendo, por fim, sistematizado através do Decreto-Lei nº 200, de 25.02.67 (arts. 125 a 144), que estabeleceu a reforma administrativa federal, e estendido, com a edição da Lei nº 5.456, de 20.06.68, às Administrações dos Estados e Municípios. O Decreto-lei nº 2.300, de 21.11.86, atualizado em 1987, pelos Decretos-lei 2.348 e 2.360, instituiu, pela primeira vez, o Estatuto Jurídico das Licitações e Contratos Administrativos, reunindo normas gerais e especiais relacionadas à matéria. A Constituição de 1988 representou um notável progresso na institucionalização e democratização da Administração Pública. Apesar dos textos constitucionais anteriores contemplarem dispositivos relacionados ao acesso à função pública e ao regime do funcionalismo estatal, a verdadeira constitucionalização da Administração Pública somente foi levada a efeito pela Carta de 1988. À partir de 1988 a licitação recebeu status de princípio constitucional, de observância obrigatória pela Administração Pública direta e indireta de todos os poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Assim, ao analisar o disposto no art. 37, XXI da Constituição Federal, pode-se observar que a obrigatoriedade de licitar é princípio constitucional, apenas sendo dispensada ou inexigida nos casos expressamente previstos em Lei. O princípio de licitar está intimamente ligado aos princípios da indisponibilidade e supremacia do interesse público que são princípios norteadores da atividade estatal. O fato de ter sido alçado ao status de princípio constitucional é de extrema importância para a análise do procedimento licitatório dentro do ordenamento jurídico.

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Licitação PúblicaA licitação, no entender do eminente doutrinador Celso Antônio Bandeira de Mello, é oprocedimento administrativo pelo qual uma pessoa governamental, pretendendo alienar, adquirir oulocar bens, realizar obras ou serviços, outorgar concessões, permissões de obra, serviço ou de usoexclusivo de bem público, segundo condições por ela estipuladas previamente, convoca interessadosna apresentação de propostas, a fim de selecionar a que se revele mais conveniente em função deparâmetros antecipadamente estabelecidos e divulgados[1].

1.1. Evolução Histórica das Licitações

“A licitação foi introduzida no direito público brasileiro há mais de cento e quarenta anos, peloDecreto nº 2.926, de 14.05.1862, que regulamentava as arrematações dos serviços a cargo do entãoMinistério da Agricultura, Commercio e Obras Públicas. Após o advento de diversas outras leis quetrataram, de forma singela, do assunto, o procedimento licitatório veio, a final, a ser consolidado, noâmbito federal, pelo Decreto nº 4.536, de 28.01.22, que organizou o Código de Contabilidade daUnião (arts. 49-53).

Desde o antigo Código de Contabilidade da União, de 1922, o procedimento licitatório veioevoluindo, com o objetivo de conferir maior eficiência às contratações públicas, sendo, por fim,sistematizado através do Decreto-Lei nº 200, de 25.02.67 (arts. 125 a 144), que estabeleceu areforma administrativa federal, e estendido, com a edição da Lei nº 5.456, de 20.06.68, àsAdministrações dos Estados e Municípios.

O Decreto-lei nº 2.300, de 21.11.86, atualizado em 1987, pelos Decretos-lei 2.348 e 2.360, instituiu,pela primeira vez, o Estatuto Jurídico das Licitações e Contratos Administrativos, reunindo normasgerais e especiais relacionadas à matéria.

A Constituição de 1988 representou um notável progresso na institucionalização e democratizaçãoda Administração Pública. Apesar dos textos constitucionais anteriores contemplarem dispositivosrelacionados ao acesso à função pública e ao regime do funcionalismo estatal, a verdadeiraconstitucionalização da Administração Pública somente foi levada a efeito pela Carta de 1988.

À partir de 1988 a licitação recebeu status de princípio constitucional, de observância obrigatóriapela Administração Pública direta e indireta de todos os poderes da União, Estados, Distrito Federale Municípios.

Assim, ao analisar o disposto no art. 37, XXI da Constituição Federal, pode-se observar que aobrigatoriedade de licitar é princípio constitucional, apenas sendo dispensada ou inexigida nos casosexpressamente previstos em Lei.

O princípio de licitar está intimamente ligado aos princípios da indisponibilidade e supremacia dointeresse público que são princípios norteadores da atividade estatal. O fato de ter sido alçado aostatus de princípio constitucional é de extrema importância para a análise do procedimentolicitatório dentro do ordenamento jurídico.

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Conforme observa Sílvio Roberto Seixas Rego:

a magnitude de um princípio constitucional é tamanha, que motivou Celso Ribeiro Bastos a semanifestar no sentido de que a não observação de um princípio informador de determinado sistemaé muito mais grave do que a violação da própria lei aplicada. Segundo o festejado constitucionalista,a infração da lei é mal menor se considerada em relação à não observância de um princípio, eis queeste último traduz-se na própria estrutura informadora da norma. Ao contrário da norma quesomente possui eficácia nas situações por ela disciplinadas, os princípios, em razão de suaabstratabilidade sem conteúdo concreto, açambarcam, ao contrário da lei, um númeroindeterminado de situações fornecendo critérios para a formação das leis. Aspecto relevante daaplicabilidade dos princípios diz respeito aos critérios que estes fornecem para uma sólida, justa,lógica e legal interpretação da lei.

O art. 37, XXI da Constituição Federal foi regulamentado pela Lei 8.666, de 21.06.93 (alterada pelasLeis 8.883/94, 9.648/98 e 9.854/99), em vigor atualmente, que disciplina as licitações e contratos daAdministração Pública. Esta Lei estabelece cinco modalidades licitatórias: concorrência, tomada depreços, convite, leilão e concurso. Estas modalidades estão definidas no art. 22 da Lei Federal nº8.666/93.”[2]

Com o propósito de dar agilidade, eficiência e transparência aos processos de compras públicas, foiinstituída através da Lei 10.520, de 17 de julho de 2002, a modalidade Pregão destinada a promovera disputa para fornecimento de bens ou serviços comuns através de propostas de preços escritas ede lances verbais. Em 31 de maio de 2005, houve a regulamentação, através do Decreto nº.5.450/2005, da modalidade Pregão na forma Eletrônica que utiliza recursos da tecnologia dainformação e o fornecimento de lances é feito pela internet.

O Decreto nº 5.504, de 05 de agosto de 2005, tornou obrigatórias as contratações na formaeletrônica do Pregão, conferindo ao órgão adquirente vantagens em relação às outras modalidadesprevistas na Lei nº 8.666/93, bem como em relação ao Pregão na forma Presencial. Diante destanova realidade, o governo modificou seus sistemas e investiu em ferramentas de tecnologia com opropósito de atingir promover a inovação, ampliando seus investimentos em sistemas eletrônicos eestabelecendo parcerias com instituições e entes públicos.

Apesar do arcabouço jurídico existente sobre o assunto, a prática mostra que o resultado final dascompras públicas tem sido bastante desvantajoso, em razão das brechas existentes na legislação queoportunizam aos empresários a possibilidade de obter ganhos exorbitantes ao passo que os órgãospúblicos não receberem a contrapartida na mesma proporção.

1.2. Modalidades de Licitações Públicas

Licitação significa procedimento, isto é, série ordenada e concatenada de atos. Porém, não há que sefalar em procedimento único. Segundo o objetivo que se pretenda alcançar, a estrutura dorespectivo procedimento pode variar, vale dizer, as diversas exigências a serem atendidas noprocedimento estão diretamente relacionadas à necessidade de se adequar a disputa à obtenção domelhor resultado possível, não se resumindo a questões meramente acessórias.

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As diferentes formas de se regular o procedimento de seleção, com distintos graus de complexidadede suas fases, traduzem as chamadas modalidades de licitação, elencadas pelo art. 22 da lei emcomento, verbis:

Art. 22 São modalidades de licitação:

I – concorrência;

II – tomada de preços;

III – convite;

IV – concurso;

V – leilão.

§ 1° Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial dehabilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no editalpara execução de seu objeto.

§ 2° Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ouque atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à datado recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

§ 3° Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto,cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidadeadministrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderáaos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse comantecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.

§ 4° Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalhotécnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores,conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de45 (quarenta e cinco) dias.

§ 5° Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveisinservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para aalienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior aovalor da avaliação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 6° Na hipótese do § 3° deste artigo, existindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, acada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, nomínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações.(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

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§ 7° Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível aobtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3° deste artigo, essas circunstâncias deverãoser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.

§ 8° É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas nesteartigo.

§ 9° Na hipótese do parágrafo 2° deste artigo, a administração somente poderá exigir do licitantenão cadastrado os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que comprovem habilitação compatívelcom o objeto da licitação, nos termos do edital. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

Sob a ótica doutrinaria, pode-se afirmar, então, a existência de três modalidades de licitação nestaLei, isto é, concorrência, tomada de preços e convite, comporiam a modalidade “comum”, por seremutilizáveis para qualquer tipo de contratação, diferenciando-se entre si segundo a estruturação desuas fases de divulgação, habilitação e proposição, enquanto concurso e leilão comporiam outrasduas modalidades “especiais”, destinadas a fins específicos e, portanto, com procedimentosestruturados conforme as peculiaridades da futura contratação.

Essas modalidades são utilizadas em decorrência do enquadramento quantitativo, decorrente dovalor estimado da contratação, e do enquadramento qualitativo, em razão da natureza do objetolicitado (independentemente do valor), nos termos do art. 23 da Lei 8.666/93.

Vale destacar que o pregão é a modalidade de licitação utilizada para aquisição de bens e serviçoscomuns, independente do valor estimado da contratação, em que a disputa pelo fornecimento é feitapor meio de propostas e lances em sessão pública.Bens e serviços comuns são aqueles cujos padrõesde desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio deespecificações usuais no mercado, ou seja, são bens oferecidos por diversos fornecedores efacilmente comparáveis entre si, de modo a permitir a decisão de compra com base no menor preço.

[1] BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 27. Ed. São Paulo:Malheiros Editores, 2010, p. 526.

[2] MAURANO, Adriana. A instituição do pregão para aquisição de bens e contratação de serviçoscomuns. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 235, 28 fev. 2004 . Disponível em: . Acesso em: 18 maio2012.

Fonte: Site Administradores – Por Sidney Dias

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Lei 8.112 - Proibições e PenalidadesMapa Mental de Direito Administrativo – Lei 8.112 – Proibições e Penalidades

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Vídeos Aulas de Direito Administrativo -Prof. Áurea Regina RamimO programa Saber Direito desta semana é com a professora Áurea Regina Ramim, promotora deJustiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Ela fala sobre o DireitoAdministrativo. O ramo do Direito que reúne as normas que regem o Regime Jurídico Especial,formado por prerrogativas públicas, fundamentadas na supremacia do interesse público.

Os princípios da Administração criam o embasamento deste regime jurídico e informam os demaisinstitutos do Direito Administrativo. Nesse contexto, a professora Áurea Ramim apresenta afinalidade dos poderes públicos, “Deixando claro que poderes administrativos não são merasfaculdades da Administração Pública, mas sim poderes e deveres de agir. É mais uma obrigação daAdministração Pública do que exatamente uma faculdade de realizar determinados atosadministrativos”, ressalta a professora.Uma dúvida frequente entre os estudantes de Direito e os concursandos é a diferença entreos Poderes que envolvem o poder hierárquico: o Poder de Comando, o Poder de Fiscalização e oPoder de Revisão dos Atos Administrativos. No decorrer das aulas esses temas são esclarecidos pelaprofessora, que cita um dos principais doutrinadores do Direito Administrativo, Hely Lopes Meirellespara conceituar o Poder Hierárquico. Segundo ele, “é uma prerrogativa da Administração Públicapara escalonar os órgãos, entidades e agentes, como também ordenar, rever de forma geral eorganizar a administração pública”.

Alguns princípios do Direito Administrativo também são destacados nas aulas: os princípios damotivação, da proporcionalidade e da segurança jurídica. Os agentes públicos têm um conjunto depoderes, que devem ser exercidos em função do interesse público e uma série de deveres funcionais.

E ainda, a finalidade do Poder Disciplinar e do Poder de Polícia, prerrogativas da AdministraçãoPública, já que os poderes administrativos devem ser exercidos com responsabilidade e dentro decertos limites estabelecidos pela ordem jurídica, sob pena de nulidade. O excesso de poder e odesvio de finalidade anulam os atos administrativos.

O curso foi ao ‘ar’ no Programa Saber Direito da TV Justiça nos dias 10 a 14 de novembro de 2008.

Aula 1 – Regime Jurídico e PrincípiosGeraishttp://www.youtube.com/watch?v=h_0JxqGzQBU

http://www.youtube.com/watch?v=N0EZ7VSoRqE

http://www.youtube.com/watch?v=0c2kHRbZqgg

http://www.youtube.com/watch?v=_TavZQwCuto

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http://www.youtube.com/watch?v=vxAwhLOhlCY

Aula 2 – Novos Princípioshttp://www.youtube.com/watch?v=JxQdtA-PTH0

http://www.youtube.com/watch?v=8o6Dr4kasag

http://www.youtube.com/watch?v=jB5iHLMBny4

http://www.youtube.com/watch?v=qj29yDqiQAk

http://www.youtube.com/watch?v=xE86PBm087o

Aula 3 – Novos Princípios e PoderDisciplinarhttp://www.youtube.com/watch?v=AZgZKKSPfwU

http://www.youtube.com/watch?v=xmflHocqAFk

http://www.youtube.com/watch?v=X7nvaDEDuNs

http://www.youtube.com/watch?v=96KGtdXu534

Aula 4 – Poder de Políciahttp://www.youtube.com/watch?v=Z52m8qAnPyU

http://www.youtube.com/watch?v=sGww9e8tqtU

http://www.youtube.com/watch?v=N0z47XPrIWA

http://www.youtube.com/watch?v=ZldNPNRVhpU

http://www.youtube.com/watch?v=PnTFAr7C1C4

Aula 5 – Poder de Polícia e Abuso de Poderhttp://www.youtube.com/watch?v=2JQAfzZ-_qs

http://www.youtube.com/watch?v=5ivI1ka49WM

http://www.youtube.com/watch?v=FrxnJBKvBfk

http://www.youtube.com/watch?v=khUz36CBJ3M

http://www.youtube.com/watch?v=rkUzH3TB9RY

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