mapa monográfico booklet 2011

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ALLENCAR RODRIGUEZ MAPA MONOGRÁFICO 1ª. Edição São Paulo Ecel Editora Educação e Letras 2006

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Page 1: Mapa monográfico booklet 2011

ALLENCAR RODRIGUEZ

MAPA MONOGRÁFICO

1ª. Edição

São Paulo Ecel Editora Educação e Letras

2006

Page 2: Mapa monográfico booklet 2011

Ficha Catalográfica Rodriguez, Allencar Guia prático para a elaboração da estrutura do trabalho monográfico nas áreas da: Educação, para sua apresentação ao processo de seleção para o programa de pós-graduação Stricto Sensu (mestrado). Alencar Rodriguez: São Paulo, ECEL, 1ª. Edição, 2006. 94p. ISBN 85-906554-2-3 ISBN 978-85-906554-2-8 I – Didático II – Educação

2ª reimpressão, 2010.

Page 3: Mapa monográfico booklet 2011

ALLENCAR RODRIGUEZ

MAPA MONOGRÁFICO

2ª. Edição Revisada

São Paulo 2010

www.eceleditora.com.br

Page 4: Mapa monográfico booklet 2011

Copyright © 2004 Allencar Rodriguez FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL MINISTÉRIO DA CULTURA REGISTRO NÚMERO: 334.896 Coordenação editorial: Maria de Fátima Barufaldi Capa: foto: Allencar Rodríguez arte: Leopoldo Pavan Revisão: Sueli Sanchez Todos os direitos reservados ECEL – Editora Ceacamp Educação e Letras ISBN 85-906554-2-3 ISBN 978-85-906554-2-8 www.eceleditora.com.br 2010 Impresso no Brasil

Page 5: Mapa monográfico booklet 2011

SUMÁRIO

Páginas

Apresentação 07

Introdução 08 O que é pesquisar 12 Uma grande idéia (perguntas de pesquisa) 14 Lacuna 15 Recursos metodológicos 16 Cronograma 16 Bibliografia 17 Transcrição dos elementos 18 Uso de citações 20 Citação de citação 22 Anexos 23 O título da monografia 24 Estrutura do trabalho 27 Características físicas 28 Capa 30 Folha de rosto 32 Sumário 34 Resumo 36 Introdução 38 Referencial teórico 40 Justificativa/objetivos/perguntas de pesquisa 42 Metodologia 44 Implicações 46 Cronograma de execução do projeto 48 Referências bibliográficas 50 Metodologia de investigação 52 Pesquisa quantitativa 52 Pesquisa qualitativa 52 Pesquisa do tipo etnográfico 56 Bibliografia 58 Referências 60

Page 6: Mapa monográfico booklet 2011

ESTRUTURA DO TRABALHO

8 6. BIBLIOGRAFIA

7 5. CRONOGRAMA

6

4. IMPLICAÇÕES

5 3. METODOLOGIA

4

2. JUST – OBJ – PERG PESQ

3 1. REFERENCIAL TEÓRICO

2

INTRODUÇÃO

1 RESUMO

RESUMO

SUMÁRIO

FOLHA DE ROSTO

CAPA

CAPA

- IMPORTANTE -

Neste início de

trabalho faça a

Delimitação do Tema

de sua Proposta de Pesquisa. Enfatize o

problema ou a dúvida

cuja resposta será

alcançada pela

realização de sua

PESQUISA.

Page 7: Mapa monográfico booklet 2011

☼ APRESENTAÇÃO A Unicamp/Usp e Unesp – Internacionalmente reconhecidas como excelentes centros de pesquisas requerem dos candidatos a um título de mestre um conhecimento amplo, diferenciado e de acordo com suas tendências e interesses do conteúdo investigativo proposto pelo estudante. No estudo desenvolvido para a realização desse trabalho procuramos facilitar os anseios dos estudantes “pré pós-graduação” em Stricto Sensu na área de Ciências Humanas em: Educação – mostrando sucintamente e de uma maneira simples um mapa de como direcionar e montar um roteiro de elaboração de um projeto de pesquisa fazendo sua estrutura definitiva seguindo os parâmetros exigidos por essas universidades. Salientamos que a apresentação da estrutura da monografia – de acordo com estudos realizados – é a mais plausível de aceitação nos Programas de Pós – Graduação na área proposta não sendo a mesma Norma Oficial do Programa.

Page 8: Mapa monográfico booklet 2011

08 allencar Rodriguez

☼ introdução Ao terminar a graduação muitos estudantes

querem continuar suas carreiras acadêmicas por

interesses diversos, ou seja, procuram uma

especialização em Lato Sensu ou um título de

mestre em Stricto Sensu, e a principal diferença

entre os dois é: O PROJETO DE PESQUISA

exigido em Stricto Sensu como parte do primeiro

processo a ser requerido pelas universidades para

que o estudante seja inscrito do processo de

seleção. Mas, para ter um conceituado título de

mestre (reconhecido nas entidades social e

acadêmica) uma universidade altamente

conceituada deve fazer parte desse processo.

Então, aí começa a primeira dificuldade: Em geral

as universidades não preparam os alunos em seu

período de graduação para a formação de um

bom projeto de pesquisa a ser apresentado a um

processo de seleção nas universidades de

reconhecimento nacional e internacional.

Page 9: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 09

Conexão – primeiro passo Para que você administre melhor suas idéias

com relação ao que fazer e estruturar sua

monografia de acordo com as normas

estabelecidas para o critério de avaliação é

importante que você siga os seguintes passos:

▻ entrar no site da Universidade: ▻ clicar em pós-graduação ▻ clicar em cursos de pós-graduação

▻ clicar stricto-sensu ▻ clicar em cursos:

Feito isso procure à Área de Concentração de

seu interesse. Após, clique na Linha de

Pesquisa coerente com a idéia que você tem

para seu projeto em o campo “corpo docente”,

investigue a vida acadêmica dos orientadores

de sua linha de pesquisa através do curriculum

lattes. Isso irá facilitar a delimitação de seu

tema em comum acordo daquilo que seu

possível orientador está trabalhando.

Page 10: Mapa monográfico booklet 2011

10 allencar Rodriguez

Neste primeiro momento faça a escolha do TEMA DA PESQUISA [o tema indica o assunto abordado – onde se insere aquilo que você quer INVESTIGAR – que é o ASSUNTO DA PESQUISA]. E o que você quer INVESTIGAR é à procura de RESPOSTAS frente ao “problema” evidenciado no desenvolvimento de seu trabalho como educador relacionado ao tema. São as questões “sem respostas” que te atormenta ou te incomoda em SUA prática no âmbito etiológico, epistemológico, filosófico, ético, etc., dentro de sua área de atuação. O QUE É PESQUISAR? Antes da Elaboração dos Tópicos da

Monografia (Estrutura), vamos entender o

que é um projeto de pesquisa e como

direcionar dentro de sua área de interesse,

seus conhecimentos na formação de um

projeto que seja de interesse na área de

pesquisa de seu campo de estudo.

Page 11: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 11

PROJETO DE PESQUISA

Para estruturar seu projeto de pesquisa você

deve pensar a PESQUISA em FORMA SIMPLES.

Pensar 1º. , como 1 (uma) PERGUNTA

Nesta fase de ênfase na PERGUNTA é a proposta de

seu projeto de pesquisa.

Pensar depois como 1 (uma) RESPOSTA

Nesta fase de ênfase na RESPOSTA é o relatório final

da prática de seu projeto de pesquisa:

é a sua DISSERTAÇÃO ou TESE.

UM BOM PROJETO PARTE DE UMA BOA PERGUNTA

PESQUISA CIENTÍFICA

É dito que pesquisar é o buscar de soluções

(RESPOSTAS) para “problemas” (PERGUNTAS) – o que

tenho visto pela análise de dissertações, teses, teorias e

pela própria experiência no campo da investigação, não existe uma solução definitiva para um problema (estou

aqui “dentro de uma análise pessoal” refletindo e referindo

na área de ciências humanas), mas um “complemento

de estudos” (isto é, a busca de uma resposta

“suficientemente boa” para um “problema concreto”). Entenda-se, de acordo com D.W.Winnicott,

suficientemente boa é o resultado que o Problema

Concreto se satisfaz. É a geração de conhecimentos como

RESPOSTA a PERGUNTA que trazem implicações

teóricas, metodológicas e práticas que podem induzir os

investigadores a uma nova pesquisa servindo estes elementos citados e difundidos no meio acadêmico como

parâmetro para um novo estudo.

Page 12: Mapa monográfico booklet 2011

12 allencar Rodriguez

SE NÃO HOUVER PERGUNTA NÃO HAVERÁ CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO

A PRÁTICA DA PESQUISA

SIGNIFICA

A COMPREENSÃO DOS PROBLEMAS.

A pesquisa na vida acadêmica possui variado

dinamismo de atividades, ou seja, serve como coletora de

dados: de campo (em sala de aula – numa etnia – numa

tribo – numa sociedade, etc.), de jornais, revistas, de

documentos diversos, de autores que refletem um tema

ou bibliográficas dentre outras sempre focando uma necessidade concreta – um trabalho escolar, uma

dissertação, uma tese, um artigo – que muitas vezes

leva a um enriquecimento científico teórico, metodológico

e/ou prático ou ainda pode ser que não tenha serventia

no processo de aquisição de conhecimentos.

Para nós e para muitos, o que importa na pesquisa

acadêmica é a sua capacidade de expressão crítica,

inovadora, transformadora e complementar – já que

em nosso caso não existem soluções e nem problemas –

para um determinado tema focado em uma área de

estudo o que deve ser investigado é a problematização relacionada a esse tema. E o

trabalho monográfico é à apresentação do estudante de

querer expor sua criatividade num projeto de pesquisa

que possa ter implicações que atinjam ou alcancem ou

complementem as necessidades que o “campo”

estudado requer no âmbito acadêmico, científico e social.

Page 13: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 13

SE A RESPOSTA A SUA PERGUNTA ESTIVER PRONTA EM OUTRAS ÁREAS DAS CIÊNCIAS OU FIXADA EM ALGUM

SISTEMA DE INFORMAÇÃO ENTÃO NÃO HÁ NECESSIDADE DE REALIZAR SUA

PESQUISA – CASO CONTRÁRIO:

Então, pesquisar é preciso – mas como elaborar uma monografia de um

projeto de pesquisa.

Escrever é difícil?

Não! Pois, para a realização de uma pesquisa e a

elaboração de uma monografia certas normas e procedimentos metodológicos específicos devem ser

seguidos.

Sim! Se você não tiver uma boa base de conhecimentos

sobre o assunto o qual propõe realizar a pesquisa, o seu trabalho tende ao descrédito e ao fiasco.

ATENÇÃO: NA ELABORAÇÃO DE SEU PROJETO DE

PESQUISA USE O TEMPO VERBAL: FUTURO E DÊ

PREFERÊNCIA AO USO DA TERCEIRA PESSOA DO

SINGULAR DO TEMPO PRESENTE

Page 14: Mapa monográfico booklet 2011

14 allencar Rodriguez

O QUE FAZER?

SIGA AS TENDÊNCIAS

Procure verificar se a sua “boa Idéia” é compatível

com o foco que o corpo docente de sua área está

trabalhando.

É evidente que você tem em mente “uma boa

idéia” – que não é a cachaça, naturalmente, para o

seu projeto de pesquisa. Então o primeiro passo é

fazer um projeto provisório que constitua o

planejamento para um projeto definitivo para a elaboração de sua monografia.

DELIMITE O PROBLEMA ELABORANDO UMA PERGUNTA COMPLEXA CUJA RESPOSTA (CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO) PARA O PROBLEMA CONCRETO NÃO SE ENCONTRA NO DOMÍNIO DOS SABERES. SUA RESPOSTA SÓ É POSSÍVEL SER ENCONTRADA NA PRÁTICA. NA REALIZAÇÃO DE SEU PROJETO DE PESQUISA.

ATENÇÃO : Cuidado com o aspecto da problematização que se dirige a construção da

PERGUNTA.

Page 15: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 15

EXEMPLO:

Um aluno que apresenta em sala de aula distúrbios de

aprendizagem – ELE É A PARTE EXTERNA DE PROBLEMA

MAIOR. Esse problema É A SUA FORMAÇÃO e/ou A

PRÓPRIA ESCOLA (cujas práticas pedagógicas são

desinteressantes e desestimulantes). Então, o problema é o seu meio vivente (O CAMPO ONDE EXISTE O

PROBLEMA – QUE NESSE CASO PODE SER A

PRÓPRIA ESCOLA) e é nesse campo que está a

Pergunta e a Resposta que você precisa buscar e não no

aluno. Ele é um Diagnóstico que pode ser controlado ou

curado. Seu Meio Ambiente é que deve passar por mudanças para que outros não apresentem a mesma

dificuldade.

Portanto, na localização do Problema Concreto se

encontra a Pergunta Concreta induzido pela necessidade

de se buscar novos conhecimentos os quais formarão um arcabouço para responder essa pergunta. Junto à

problemática deverá ser buscado elementos pertinentes

que já fazem parte do contexto literário daquele assunto

junto ao campo que pretende investigar dando suporte

científico a necessidade dos resultados de seu estudo

para o mundo acadêmico, científico e social.

NESSE CONTEXTO DA BUSCA DE CONHECIMENTOS

(RESPOSTAS) É QUE VOCÊ ELABORA O SEU PROJETO DE

PESQUISA:

▲ Para que, qual a finalidade em querer construir novos

conhecimentos (respostas)

▲ Por quê?

▲ Como se pretende encontrar esses conhecimentos?

Qual metodologia irá usar?

▲ Onde?

▲ Qual referencial teórico você deve seguir?

▲ Quais são suas fontes de informação?

▲ Em quanto tempo é possível realizar seu trabalho?

Page 16: Mapa monográfico booklet 2011

16 allencar Rodriguez

UMA GRANDE IDÉIA

Agora, toda idéia investigativa deve começar com um

elemento questionador (UM BOM PROJETO PARTE DE UMA BOA PERGUNTA) o qual delimita o problema dentro do tema

escolhido. Esse elemento questionador, essa dúvida, essa

“alguma coisa” que você não sabe (não tem às respostas)

formará uma parte muito importante de seu projeto o qual se

amarra de forma coesa com o objetivo, a justificativa e ao

tema de seu projeto, as: Perguntas de Pesquisa. Perguntas de Pesquisa. Perguntas de Pesquisa, cujas

respostas só são possíveis pela realização de uma pesquisa.

ISTO É, AS RESPOSTAS CONCRETAS PARA O SUPOSTO

PROBLEMA NÃO SE ENCONTRAM NAS BIBLIOTECAS, NA

INTERNET, NOS ARQUIVOS, ETC.

Portanto, as PERGUNTAS DE PESQUISA fazem

referência à “QUESTÃO”, à “DÚVIDA” dentro da delimitação

do problema que você, COMO PESQUISADOR, não sabe e

seu desafio frente a esse problema é buscar e descobrir as

respostas que só poderá ser concretizado pela PROPOSTA

DE SUA PESQUISA. Identifique nesse contexto o tempo e o espaço da problematização (veja página 65).

Procure dimensionar que implicações positivas e

complementares a sua “idéia” (agora chamada proposta de

pesquisa) pode proporcionar no contexto acadêmico e social.

Após essa análise siga os seguintes parâmetros:

PARÂMETROS

▻ Parta do princípio que existem questões “sem respostas”

SEU CONTEXTO É O

CONHECIMENTO CIENTÍFICO

Page 17: Mapa monográfico booklet 2011

EXEMPLO

:

MAPA MONOGRÁFICO 17

A PERGUNTA É O CAMINHO DO ANDAR

CIENTÍFICO

A RESPOSTA É UM TRECHO DESSE CAMINHO

TEMA DE PESQUISA

OS CONHECIMENTOS MÚLTIPLOS QUE O TEXTO

OFERECE E AS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

DE LEITURA

◇ QUAL é a causa de que nossos estudantes do

ensino médio interpretam o mesmo texto de forma diferente? ◇ COMO dimensionar o quanto seu conhecimento

prévio, seu conhecimento de mundo, a sua formação social e a formação do professor interferem em sua leitura, interpretação e reflexão textual? ◇ O QUE compreender no estudante/leitor os

conhecimentos múltiplos que um texto oferece?

RESPOSTAS ÀS QUESTÕES ACIMA: NÃO SEI!

PARA DESCOBRIR TENHO QUE SEGUIR OS

CAMINHOS QUE ESSAS QUESTÕES PROVOCAM

ATÉ O CAMPO DE INVESTIGAÇÃO. ENTÃO, TEREI ÀS RESPOSTAS.

(OS CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS)

Portanto: Se não houver PERGUNTA não

haverá PESQUISA. Não haverá a busca das

RESPOSTAS (busca de CONHECIMENTOS

CIENTÍFICOS)

Page 18: Mapa monográfico booklet 2011

18 allencar Rodriguez

◊ Baseado nessas questões: IMPORTANTE: que são chamadas de

Perguntas de Pesquisa serão à base da elaboração de seu projeto de pesquisa –

É o que direciona um trabalho de pesquisa.

CUIDADO: A PERGUNTA DE PESQUISA só é pertinente à realização do projeto se a

BUSCA DE RESPOSTA for POSSÍVEL.

CONSELHO: Dê preferência às questões que seu

Possível Orientador também esteja à procura. Como

saber isso? Pesquise em seu Curriculum Lattes o campo

de pesquisa em que atua. Faça cursos de extensão,

fóruns, simpósios em que ele ou ela participa e se

possível participe como aluno ouvinte ou especial em

alguma disciplina que ele(a) ministra.

REDAÇÃO

Pelas perguntas de pesquisa elabore uma redação

explicitando os teóricos/investigadores que direcionam

seu estudo mostrando como a sua investigação será

desenvolvida e que se somam ou contradizem as idéias

existentes. Descreva o estudo bibliográfico dos autores

de sua área de pesquisa mostrando a formação de seus conceitos baseados nesses estudos e a necessidade da

efetivação de seu projeto mostrando seus OBJETIVOS.

Isto é [AQUILO QUE PRETENDE COM A

INVESTIGAÇÃO]. Manifeste „PARA QUE” você tem a

intenção de fazer a pesquisa. PARA QUE SERVE sua

pesquisa? Evidenciar com clareza o que é PRETENDIDO Com o PROPÓSITO DA INVESTIGAÇÃO. Desta forma

você estará deixando explícito qual a sua INTENÇÃO

como PESQUISADOR.

Page 19: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 19

Explicite também a necessidade de RESPOSTAS para

as suas perguntas de pesquisa e mostre a contribuição

que o mesmo pode ocasionar. É importante ressaltar a importância de seu projeto para a comunidade científica

e social. O contexto dessa redação é a sua

JUSTIFICATIVA.

A JUSTIFICATIVA refere-se a RAZÃO, o MOTIVO, o

PORQUÊ da pesquisa que se propõe realizar. É justificar a necessidade de seu projeto.

RECURSOS METODOLÓGICOS

É muito importante definir os recursos metodológicos

que serão utilizados na pesquisa. Isto é, COMO (ONDE) se pretende encontrar as respostas ao problema

delimitado. A metodologia adotada é o caminho que

você vai percorrer para responder a PERGUNTA

elaborada no “PROBLEMA” por meio de (FONTES)

INSTRUMENTOS DE COLETA DE REGISTROS

[COLETA DE DADOS] e PROCEDIMENTOS ADOTADOS PARA A ANÁLISE (EM VÁRIAS FONTES –

bibliográficas, documentos, campo (observando

e/ou participando)). Isso tem referência na

„MANEIRA” no “MODO” em “COMO” se conseguem as

informações que possam responder “AS PERGUNTAS DE

PESQUISA” correspondente ao “problema” a partir do TEMA da pesquisa. Por exemplo, em Lingüística

Aplicada, de acordo com Cavacalti, M. em “a pesquisa na

sala de aula: metodologia de investigação científica e a

formação do professor”, estes parâmetros devem ser

seguidos:

Page 20: Mapa monográfico booklet 2011

20 allencar Rodriguez

▲Observação em sala de aula:

Fixando detalhes e identificando os possíveis “problemas”

– visíveis ou não, significativos ou que aparentemente não o sejam - que induzam a alienação e desinteresse

dos agentes envolvidos (alunos e professor). Os registros

dessas observações serão feitos no instante do ocorrido

em notas escritas em forma de diário os quais se somam

à recursos adjacentes como a gravação em áudio e vídeo.

▲Notas Mentais:

Este recurso reflexivo é adotado no momento da

observação que os participantes possam se sentir

constrangidos no momento dos registros de detalhes.

▲Diários:

1. diário de campo: será baseado nos registros em sala de aula sob as observações anotadas no instante do

ocorrido e as notas mentais;

2. diário dialogado: serão os registros gravados em áudio

e vídeo;

3. diário do aluno: serão explicitadas suas necessidades e

dificuldades;

NO CAMPO METODOLÓGICO EXISTE AINDA O SUBJETIVISMO DAS HIPÓTESES.

NOTA: ALGUMAS UNIVERSIDADES NÃO EXIGEM A APRESENTAÇÃO DE HIPÓTES EM

SEU PROJETO DE PESQUISA

Page 21: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 21

4. diário retrospectivo: serão anotadas as reflexões

diárias realizadas em campo.

▲Vinheta:

Serão feitas algumas narrativas - inerentes ao projeto -

especificando pelas falas e diálogos dos agentes

envolvidos mostrando a coesão e coerência do mesmo.

▲Entrevista:

Serão feitas coletas de registros em pesquisas de base etnográfica como a estruturada, semi estruturada e não

estruturada.

▲Gravação das aulas:

Áudio/vídeo/transcrição de excertos

▲Visionamento:

Serão feitos com os agentes participantes da pesquisa -

em grupos pequenos - uma análise da gravação em vídeo

e áudio dos registros feitos em sala de aula. Esta

atividade será registrada para futuras reflexões no

sentido de enriquecer os dados coletados para análise.

▲Memo:

De forma reflexiva será elaborado um “memo” contendo

dados experimentais ocorridos em momentos específicos

em sala de aula ou num “visionamento” que sejam

inerentes as questões do projeto de pesquisa.

▲Documentos:

Análise de registros pré-existentes ou durante o período

de coleta de registros: o material didático utilizado, o

plano de aula do professor, os materiais construídos pelos

alunos, determinações da escola, enfim todo material

utilizado em sala de aula.

Todo programa de pesquisa segue uma metodologia

de pesquisa. Nas áreas de investigação na Educação

e Lingüística Aplicada as mais comuns são:

Page 22: Mapa monográfico booklet 2011

22 allencar Rodriguez

Ǫ veja no CD Ǫ pesquisas tipos de pesquisas

▻ Metodologia Qualitativa de Pesquisa:

Tipos: Etnografia – estudo de caso – pesquisa-ação

pesquisa introspectiva – pesquisa participante.

André (1995) – Magalhães (1994, 1996) –

Moita Lopes (1994)

▻ Pesquisa Experimental / Quantitativa

Veja a abordagem das pesquisas na página 58

em metodologia de

investigação

RESULTADO

Faça um breve relato das implicações que o estudo

trará. Neste caso você trabalhará com suposições

de resultados esperados.

As implicações podem ser teórica, metodológica ou

prática ou ainda ambas.

CRONOGRAMA

É a organização do tempo disponível para a realização do projeto. Deve ser muito bem elaborado caso contrário seu

projeto estará totalmente comprometido. E a idealização

de seu título de mestre irá literalmente projeto abaixo.

Cada etapa deve ser subdividida de acordo com a

necessidade de tempo para que a mesma seja

desenvolvida e completada.

Page 23: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 23

Exemplo de cronograma:

2010 2011

BIBLIOGRAFIA

É uma lista abrangente de todo material

consultado, estruturado e inerente ao tema da pesquisa. Essa lista deve ser feita em ordem

alfabética considerando-se o último sobrenome do

autor apresentado em preferencialmente em letras

maiúsculas seguindo os critérios da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), (1989),

estabelecido pela NBR - 6023. Se houver várias obras de um mesmo autor, substitui-se o nome do

autor por um traço equivalente a cinco espaços. As

fontes (as quais o autor buscou informações),

indicadas no trabalho científico dentro das normas

da ABNT, são os “elementos que permitem a

identificação no todo ou em parte, de documentos impressos ou registrados em diversos tipos de

materiais, (“ABNT, apud Costa, 1993:94).

Trimestre

atividade Atividade

Disciplina Obrigatória Levantamento e Estudo de

Bibliografia Coleta de dados

Análise do Material Coletado Redação da Dissertação Defesa da Dissertação

1o.

Tri 2o.

Tri 3o.

Tri 4o.

Tri 1o.

Tri 2o.

Tri 3o.

Tri 4o.

Tri

Page 24: Mapa monográfico booklet 2011

24 allencar Rodriguez

TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS

Livros consideradas no todo

a) um só autor: ▲ Autor ► último sobrenome (letras maiúsculas), nome

e outro sobrenome (letras minúsculas) que podem ser

abreviados. ▲ Título ► grafado em negrito, e/ou itálico – usando-se

CA (caixa alta) para a primeira letra da primeira palavra e

CB (caixa baixa) para as demais palavras. Após colocar

ponto final e dois espaços. ▲ Edição ► (se houver a menção da edição, ela deve ser

indicada entre dois espaços, á direita e à esquerda, em

algarismos arábico, seguido de ponto e abreviatura da palavra edição. Ex. 5. ed.). ▲ Local de publicação (cidade) ► (indique como está

no livro, seguido de dois pontos (:). Ex.: São Paulo: ▲ Editora ► (vem em seguida aos dois pontos do local

da publicação. Ex. São Paulo: Ecel editora). ▲ Ano de publicação ► (indicada em algarismo arábico,

sem ponto ou espaço entre eles. Ex.: 2005).

Autor: Ingedor Grusfeld Villaça Koch

Título: Desvendando os segredos do texto

Edição:

Local: São Paulo

Ano: 2002

KOCH, I.G.V. “Desvendando os Segredos do Texto”. São

Paulo: Cortez, 2002

Havendo outra(s) obra(s) do mesmo autor:

_____. A Coesão Textual. 6a. ed. São Paulo: Contexto,

1993.

Page 25: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 25

b) autoria composta:

A entrada é feita pelo nome do primeiro autor

apresentando em seguida o nome do segundo autor

seguido de ponto e vírgula.

CAVALCANTI, M. C.; MOITA LOPES, L. P.

“Implementação de Pesquisa na Sala de Aula de

Línguas no Contexto Brasileiro” – Trab. Ling.

Aplic., Campinas (17): 133-144 Jan/Jun – 1991

c) capítulos de livros:

Quando o autor do capítulo é diferente do autor responsável pelo livro todo:

Apresenta-se da seguinte forma:

Autor do capítulo, título do capítulo, In: Autor do

livro (se existir – pode ser um trabalho com vários autores), título, edição, local de publicação (cidade):

editora, data.

CAVALCANTI, M. C. “A Propósito de Lingüística

Aplicada.” In: Trabalhos em Lingüística Aplicada, vol. 07, 1986

HÉBRARD, Jean. “Três figuras de jovens leitores:

alfabetização e esclarização do ponto de vista da história

cultural”. In: ABREU,

Márcia (org.). Leitura, história e história da leitura.

Campinas: Mercado de Letras, Associação de Leitura do

Brasil; São Paulo: FAPESP, 2000, pp. 33-78.

A palavra (org.) relacionado acima, significa que a obra possui um organizador, assim como coordenador

(Coord.), compilador (comp.), tradutor (Trad.), etc..

Page 26: Mapa monográfico booklet 2011

26 allencar Rodriguez

Dissertações e Teses

O formato a seguir deve ser: Autor, título, Categoria (grau e área de concentração), cidade, ano.

CONSOLO, D. A. “O Livro Didático como

Insumo para o Ensino de Língua Estrangeira

(Inglês) na escola pública.” Dissertação de Mestrado, Campinas, Unicamp, 1990.

Internet Autor. Título. Obtida via Internet http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo

USO DE CITAÇÕES

“São elementos tirados dos documentos consultados

durante a pesquisa e que se revelaram úteis para comprovar e esclarecer melhor as idéias desenvolvidas

pelo autor” (David, 1996:51).

Pode ser em forma de fragmentos de texto:

“A palavra é um signo ideológico por natureza”,

afirma Bakhtin (1992:16).

Pode ser feita por meio de uma paráfrase:

Baseado nos pressupostos teóricos defendidos por

pesquisadores como Kleiman (2002), de que na interação, proposta de uma leitura através do quadro referencial

selecionado, enquanto o leitor aceita, refuta, critica, e também

apoiado num processo seletivo que determina a depreensão da

linha temática, a integração das informações num significado único e abrangente é uma reação intersubjetiva: então sem o

engajamento do conhecimento prévio do leitor não haverá

compreensão e que seus diversos níveis de conhecimentos se

integram entre si num processo interativo.

Page 27: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 27

Ao fazer uso de transcrições literais das palavras dos autores reproduzindo todo o seu formato textual e de

redação, isto é, forma, ortografia e acentuação, não usa-

se aspas ao iniciar a citação e ao finalizar coloque entre

parênteses, sobrenome do autor, ano da publicação e

número da página. Essas citações são feitas com destaque na página – recuo nas margens direita e

esquerda centrando o texto. O espaço entre as linhas é

simples e o tamanho da fonte é um número menor o que

está sendo usado. Exemplo, se a fonte que está sendo

usada é de tamanho 12, então a citação será do tamanho

11.

A última sesta na paz de Crenaque, Ipavu

jamais havia de esquecer: o pé, com o band-aid no dedão por causa da topada, ao voltar do

porre, no batente da porta, dando o último

impulso da rede na parece, o embalo da rede

diminuindo, o corpo se fechando, tatu-bola, a qualquer recado do mundo lá fora. Não ouvia

mais nem o zumbido de puns ou muriçocas,

vespas ou varejeiras porque começavam a

ruflar as asas poderosas de Uiruçu, o gavião-real, a bicar em pleno vôo, sob o dossel das

árvores, o macaco que acabava de arrancar

com as garras do jatobá, caça dos dois, menino

e gavião ligados pelo sangue que derramavam, pelas entranhas quentes em que se nutriam,

pela vida predatória e a rapinagem comum

(Callado, 1994:67).

Atenção

Citações acima de cinco linhas são apresentadas,

via de regra, em itálico seguindo o modelo acima.

Page 28: Mapa monográfico booklet 2011

28 allencar Rodriguez

Ao fazer uso de uma citação usam-se reticências para

omitir algum pressuposto/segmento que não seja

inerente á proposta daquilo que se deseja mostrar no seguimento de sua contextualização focando seus

pareceres.

Relacionada a essa mesma visão de texto como conjunto de elementos diversificados (seja

estrutura gramatical ou palavras) é a crença de

que o texto é apenas um conjunto de palavras

cujos significados devem ser extraídos um por

um, para assim, cumulativamente, chegar à mensagem do texto. Baseia-se essa hipótese, por

um lado, na crença de que o papel do leitor

consiste em apenas extrair essas informações,

através do domínio das palavras que, nessa visão, são veículos das informações. (...) Uma

conseqüência dessa atitude é a formação de um

leitor passivo, que quando não consegue construir

o sentido do texto acomoda-se facilmente a essa situação. (KLEIMAN, 2000, pp 18-19).

CITAÇÃO DE CITAÇÃO – (apud)

Esse é um caso particular de citação, é o caso de

citar um texto citado por outro. Essa indicação é

feita por uma proposição latina apud, que significa

“junto de”, após o nome do autor citado.

“Communicative goals are best achieved by giving due attention to language use and not just usage, to fluency

and not just accuracy, to authentic language and

contexts, and to students’ eventual need to apply

classroom learning to heretofore unrehearsed contexts in

the real world.” (Brown apud Tardin Cardoso, 2000).

Tardin Cardoso pesquisou Brown e fez uma citação do

autor em sua obra. Eu não pesquisei Brown e sim

Tardin eu reproduzi sua citação.

Page 29: Mapa monográfico booklet 2011

ESCOLA:

PROFESSOR:

GRADUAÇÃO: (opcional)

CIDADE: DATA:

MAPA MONOGRÁFICO 29

Atenção:

Para a formatação de sua monografia para a Unicamp,

não faça uso sistemático do (apud), seu uso não é bem

visto. No caso da citação anterior, se é algo que importa,

é melhor você pesquisar a obra do autor citado. Em nosso

caso:

BROWN, D.H. Principles of language learning and

teaching, New Jersey: Prentice-Hall, 2000. Ao invés de

fazer uso do (apud).

ANEXOS

Não é aconselhável fazer o uso de anexos nos projetos

de ingresso em programas de pós-graduação na área de

nosso estudo na Unicamp.

O mesmo toma espaço dentro do número de páginas

(são numerados) e seu projeto não pode ultrapassar um número limite de páginas de texto entre 10 e 15

geralmente. Por outro lado à elaboração de anexo é

complexo e pode atrapalhar a sua proposta de pesquisa

Mas, se não houver alternativa e a presença de

anexo(s) for ou forem necessário(s), faça sua identificação por letras maiúsculas consecutivas e por

seus respectivos títulos. E não esqueça os anexos são

elementos complementares para corroborar dados,

informações e afirmações:

ANEXO 1 – Modelo de apresentação de

questionário para entrevista de professores:

Page 30: Mapa monográfico booklet 2011

30 allencar Rodriguez

O TÍTULO DA MONOGRAFIA

Redija um título claro o qual o leitor possa

compreender o seu significado. Seja breve, conciso e

criativo contextualizando o assunto de sua pesquisa

usando poucas palavras eliminando os supérfluos –

(não encher lingüiça).

Seja o menos abstrato possível na titulação de seu

texto. Sua mensagem deve ser concreta.

O título de sua obra deverá estar relacionado em seu

contexto a sua área de atuação.

O título de sua monografia é o seu primeiro contato

com o examinador e causando um impacto positivo e

induzindo o examinador à curiosidade que seu título

explicitar, então ele será a “porta de entrada” para sua

obra, para seus anseios e expectativas.

O título de sua obra é o jardim de seu mapa

construído. Se for bem apresentável e chamar a atenção,

aquele que adentrar nesse jardim irá querer conhecer os

outros departamentos de seu mapa os quais você deverá apresentá-lo bem estruturados e funcionais.

Quando você passa pela rua e vê um belo jardim

defronte uma residência a sua curiosidade será induzida

espontaneamente imaginando como será o interior da

mesma.

Page 31: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 31

REFERÊNCIAS

Muito mais do que saber escrever é necessário saber ler

e a Unicamp no seu contexto de Universidade de

Pesquisa prioriza e muito essa habilidade no estudante.

Seja de graduação, (veja o contexto da redação de seu

vestibular), vale 50% da prova na sua primeira fase. “Redação da Unicamp uma prova de Leitura e Escrita”,

Rodriguez, A, “Estudo aplicado – redação”, 2004:67) e

também nos cursos de prós-graduação em Stricto Sensu

formalizado em sua monografia.

Então ao usar a linguagem como propriedade de

escrita, atente com muita concentração naquilo que lê trabalhando com a reflexão. Faça um esboço de trabalho

ou rascunho escrevendo de maneira impessoal: 3a.

Pessoa do singular, 3a. Pessoa do plural ou 1a. Pessoa do

plural. Não faça uso de frases rebuscadas ou palavras de

significação dúbia ou duvidosa. Quando mais simples e

direto escrever, melhor. Escreva de forma sintetizada, espontânea e não faça uso de frases longas e procure

contextualizar suas idéias em parágrafos curtos. Tome

cuidado com as incorreções gramaticais como:

concordâncias, o uso de pronomes oblíquos,

regência verbal e nominal e o uso dos verbos

impessoais. Leia e releia seu texto. Ler e escrever, “É exercício de reelaboração – escrever – reler –

reescrever”, Rodriguez, A. “Estudo aplicado – redação”,

(2004:106).

ÉTICA

O trabalho de pesquisa é sempre direcionado em

decorrência de uma pesquisa anterior, pois, a ciência

não possui uma formatação única, acabada e é claro

seu trabalho também não o será e por ser uma

construção contínua, paulatina e evolutiva não faça uso do famoso índice de citação oculto o (pld.) –

plagiado. É crime. Seja ético na produção de sua

monografia.

Page 32: Mapa monográfico booklet 2011

8 6. BIBLIOGRAFIA

7 5. CRONOGRAMA

32 allencar Rodriguez

Detalhamento do Mapa Monográfico

6

4. IMPLICAÇÕES

5 3. METODOLOGIA

4

2. JUST – OBJ – PERG PESQ

3 1. REFERENCIAL TEÓRICO

2

INTRODUÇÃO

1 RESUMO

RESUMO

SUMÁRIO

FOLHA DE ROSTO

CAPA

CAPA

O objetivo deste mapa

é para orientar à elaboração de

monografias para a

área da educação e

lingüística aplicada.

Page 33: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 33

8 6. BIBLIOGRAFIA

7 5. CRONOGRAMA

6

4. IMPLICAÇÕES

5 3. METODOLOGIA

4

2. JUST – OBJ – PERG PESQ

3 1. REFERENCIAL TEÓRICO

2

INTRODUÇÃO

1 RESUMO

RESUMO

SUMÁRIO

FOLHA DE ROSTO

CAPA

CAPA

ATENÇÃO:

Os excertos de cada página servem apenas como exemplo do assunto em questão e não possuem coerência entre eles.

- IMPORTANTE -

Neste início de

trabalho faça a Delimitação do Tema

de sua Proposta de

Pesquisa. Enfatize o

problema ou a dúvida

cuja resposta será

alcançada pela realização de sua

PESQUISA.

Page 34: Mapa monográfico booklet 2011

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

34 allencar Rodriguez

APRESENTAÇÃO DA PÁGINA:

FORMATO DA FOLHA

Deve ser feito em páginas de formato

internacional A4 (210 x 297 mm) com

espaçamento 2 entre as linhas ou siga os

critérios do edital de sua área.

DIMENSÕES DAS MARGENS

a) margem superior : 3,0 cm

b) margem inferior : 2,0 cm

c) margem direita : 2,0 cm

d) margem esquerda : 3,0 cm

APRESENTAÇÃO DO VOLUME

Varia para cada área entre 10 e 15

páginas. Siga as instruções das Normas

Específicas para Inscrição e Seleção de

Candidatos encontrados no site da instituição.

Page 35: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 35

. margem superior - 3,0 cm

.3,0 cm – esquerda direita - 2,0 cm

. margem inferior - 2,0 cm

Page 36: Mapa monográfico booklet 2011

CAPA

36 allencar Rodriguez

É a identificação de seu

trabalho e deve conter:

A) nome do autor –

alto da página – fonte 18

(Para a Lingüística Aplicada da Unicamp –

as cópias enviadas devem ser ANÔNIMAS)

B) título do trabalho –

centro da página – fonte 18

B) centralizado no rodapé da página –

fonte 14

* nome da universidade

* nome da faculdade

* departamento do curso

* local e data

Page 37: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 37

CAPA

JULIA ROBERTS

Fonte 18

(2 ESPAÇOS DUPLOS)

Fonte 18

“BEIJOS”: LINGUAGEM UNIVERSAL

Fonte 14

Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Educação Filosofia, História, Educação e Sociedade Campinas/SP, 27 de fevereiro de 2005

LEMBRETE:

Para a Lingüística Aplicada

(Unicamp) seu trabalho deve ser

ANÔNIMO

Page 38: Mapa monográfico booklet 2011

FOLHA DE ROSTO

38 allencar Rodriguez

Atenção:

. A folha de rosto não é

numerada, mas já é a página

número 1 de seu trabalho.

Semelhante à capa, deve conter:

* o nome do autor

(exceção para a L. A. Unicamp) – fonte 18

* o título do trabalho – fonte 18

* centralizado no rodapé da página: - fonte 14

* nome da universidade

* nome da faculdade

* departamento do curso

* local e data

A diferença em relação à disposição gráfica da

capa é a inclusão, logo abaixo do título, à

direita da página, a referência à natureza do

trabalho e seu objeto acadêmico – fonte

Page 39: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 39

FOLHA DE ROSTO:

. LEMBRETE: . Para a Lingüística Aplicada (Unicamp) seu trabalho deve

ser ANÔNIMO

JULIA ROBERTS

Fonte 18

Fonte 18

“BEIJOS”: LINGUAGEM UNIVERSAL

Projeto a ser apresentado ao Departamento de

Filosofia, História, Educação e Sociedade da Universidade Estadual de Campinas como parte do Processo de Seleção para o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (mestrado) em Educação.

Fonte 12

Nome do orientador: 12

Fonte 14

Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Educação Filosofia, História, Educação e Sociedade Campinas/SP, 27 de fevereiro de 2005

LEMBRETE:

Para a Lingüística Aplicada

(Unicamp) seu trabalho deve ser ANÔNIMO

Page 40: Mapa monográfico booklet 2011

SUMÁRIO

40 allencar Rodriguez

. É a amostragem da estruturação do seu trabalho, é

a enumeração dos principais elementos elaborados graficamente da mesma forma indicando a página.

Atenção

O sumário – não é

numerada e é a 2a.

página de seu mapa.

O sumário deve conter:

resumo

introdução 1. referencial teórico

2. justificativa/objetivos/

perguntas de pesquisa

3. metodologia

4. implicações (Ling. Aplic.)

5. cronograma

6. referências bibliográficas

Page 41: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 41

SUMÁRIO

SUMÁRIO: FONTE 16

(2 ESPAÇOS DUPLOS)

Páginas

FONTE: 12

RESUMO 01

INTRODUÇÃO 02

1. REFERENCIAL TEÓRICO 04

2. JUSTIFICATIVA 05

3. METODOLOGIA 09

4. IMPLICAÇÕES 12

5. CRONOGRAMA 12

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 13

Page 42: Mapa monográfico booklet 2011

O que o autor pretende?

Qual a proposta

do texto?

RESUMO

42 allencar Rodriguez

Estrutura:

Com aproximadamente 120 palavras (20 linhas) e

fonte 11 o resumo deve conter ressaltadas as partes

fundamentais de seu trabalho, coerente, coeso,

concreto detalhando os passos que você se propõe a

fazer para a formatação da promessa de cumprir o

que foi proposto.

Atenção:

0 resumo – é numerada e é a 3a.

página de seu mapa.

Conteúdo:

Parecido com uma carta de intenção redija uma boa

redação mostrando de forma inteligível (com muita

clareza) o assunto (tema do texto), os aspectos

inerentes de seus objetivos, o porquê da necessidade

de realização da mesma. Mostre o que pretende

realizar em sua pesquisa, quem serão os elementos

pesquisados e onde ocorrerá o evento mantendo a

postura da ética, isto é, não denominando

diretamente o lugar central da pesquisa e nem seus elementos. Indique a metodologia e o tipo de

pesquisa o qual você fará uso em sua investigação.

Relate as perguntas de pesquisa. Descreva o

referencial teórico citando os autores inerentes de

sua pesquisa bibliográfica em ordem cronológica. Não

se apegue há frases longas e use a forma impessoal

em seu relato.

1ª. Página

Numerada (1)

Veja página

41 ao lado.

Page 43: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 43

RESUMO

excerto 1 1

Resumo

A analise de obras de pesquisadores/autores que atuam na área da lingüística textual como: Baktin,

1994; Kock, 2000; Costa Val, 2000, Kleiman, 2000

entre outros, forneceu um arcabouço teórico para a

formação desse projeto de pesquisa e as mesmas

teorias mostram que a efetivação deste trabalho

preencherá uma lacuna existente no processo interativo de leitura (leitor/texto): a aquisição de

conhecimentos múltiplos que o texto oferece

baseando na pergunta de pesquisa: O que acontece

com nossos estudantes e leitores que cada um

interpreta o mesmo texto de maneiras diferentes? E

o projeto evidenciará um procedimento metodológico de cunho qualitativo (Nunan, 1989); (Bodgan &

Biklen, 1994); (Lopes, 1996) e de caráter

etnográfico (Erickson, 1986), justificando a natureza

interativa da pesquisa que tem como objetivo quanto

o sujeito leitor, a) Verificar e compreender como seu

conhecimento prévio – de leitura – de mundo – em função de sua formação social, interfere na

compreensão integral do texto.

b) Compreender as inferências que a leitura sofre

em função de sua formação social.

c) Dimensionar os elementos básicos do leitor que

não prejudique a compreensão contextual integral do texto. O desenvolvimento deste projeto será em

escolas da rede pública estadual com alunos do

ensino fundamental em uma cidade da região de

Campinas.

Page 44: Mapa monográfico booklet 2011

INTRODUÇÃO

44 allencar Rodriguez

ATENÇÃO: VEJA NA PÁGINA 66 A PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

Contendo no máximo uma página e meia (1½) a introdução é

o relato geral do trabalho proposto o qual você define ao leitor

de sua monografia e também as razões que o levaram a elaborar o seu projeto fazendo uma relação com os autores reconhecidos

pela comunidade acadêmica no âmbito de sua pesquisa e suas

teorias (como se fosse uma breve revisão bibliográfica) que o

induziram e fundamentaram os parâmetros e a necessidade da

produção do seu projeto de pesquisa. Faça um resumo do assunto (TEMA) a ser pesquisado assim como a problematização do tema.

Qual sua situação atual e principalmente mostre que existe uma

lacuna que precisa ser preenchida em detrimento de uma melhora

ou um complemento ou uma “solução” para o “problema” que foi detectado por você relacionado ao tema. Lembre-se: não se

investigam TEMAS, o que são investigados são os

PROBLEMAS, relacionados ao TEMA. Situe o tema no perímetro

geométrico (em que lugar acontece) onde se concentrará a busca de RESPOSTAS como também, o tempo da ocorrência do problema.

A introdução possui um caráter, a maneira de dizer, “informal”,

como se você estivesse dizendo a alguém o que seria o seu projeto

de pesquisa e baseado segundo concepções de alguns autores

relacionados ao tema em questão dizendo O QUE você pretende fazer e qual a RAZÃO, o MOTIVO, o PORQUÊ.

NOTA: Um projeto de pesquisa NUNCA orienta, desenvolve,

contribui, intervém, promove, propõe, capacita, etc..

A proposta deste projeto é: desenvolver, contribuir,

propor... (errado)

Pesquisa é DIAGNÓSTICO:

conhecer o problema

descobrir – diagnosticar

analisar, descrever, dimensionar

A proposta deste projeto é: descobrir fatores que intervém...

(correto)

Page 45: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 45

INTRODUÇÃO

excerto 2 2

INTRODUÇÃO

A proposta deste projeto no âmbito dos conhecimentos múltiplos que o texto oferece e as competências e habilidades de leitura é de descobrir qual é a causa de que nossos estudantes do ensino médio interpretam o mesmo texto de forma diferente? Como dimensionar o quanto seu conhecimento prévio, seu conhecimento de mundo, a sua formação social e a formação do professor interferem em sua leitura, interpretação e reflexão textual? O que compreender no estudante/leitor os conhecimentos múltiplos que um texto oferece? Baseado nos pressupostos teóricos defendidos por pesquisadores

como Ingedore Villaça Kock (2002) de que o dom natural de formar idéias a partir das palavras reflete a concepção de sujeito, de língua, de texto e de construção de sentido, Ângela Kleiman (2002), na interação, proposta de uma leitura através do quadro referencial selecionado, enquanto o leitor aceita, refuta e crítica, também apoiado num processo seletivo que determina a depreensão da linha temática, a integração das informações num significado único e

abrangente é uma reação intersubjetiva, então sem o engajamento do conhecimento prévio do leitor não haverá compreensão e que seus diversos níveis de conhecimentos se integram entre si num processo interativo. A construção de sentidos, seja pela fala, escrita, leitura, está diretamente relacionado às atividades discursivas e às práticas sócias às quais os sujeitos têm acesso ao longo de seu processo de

socialização, então o objetivo deste estudo é, compreender como seu conhecimento prévio, em função de sua formação social, interfere na compreensão global textual. O método a ser utilizado para a operacionalização do projeto será o hipotético-dedutivo. A pesquisa será do tipo qualitativa de observação direta como também, pesquisa de campo exploratório. Ocorrerá em salas de aula de 5ª à 8ª série do ensino fundamental de uma instituição da rede municipal de ensino em uma cidade da região de Campinas. As técnicas empregadas serão: documentação indireta, documentação direta intensiva e documentação direta extensiva.

Page 46: Mapa monográfico booklet 2011

1. REFERENCIAL TEÓRICO

46 allencar Rodriguez

No referencial teórico você faz citações dos autores

pesquisados os quais provocaram os seus interesses

pelas respostas das questões de sua proposta e a

necessidade de um complemento sobre o assunto que a

efetivação de sua pesquisa pode proporcionar. Mostre o

levantamento de estudos já realizado sobre o assunto.

Destaque os principais trabalhos existentes sobre o tema

e faça uma ligação entre a bibliografia pesquisada desses

autores com a situação do problema que está sendo

estudado. Esses autores devem ser reconhecidos pela

comunidade acadêmica como excelência no âmbito do

TEMA “assunto” de sua pesquisa. Nesse caso você estará

buscando a cientificidade de sua pesquisa e fugindo de

um embasamento subjetivo.

Ex.: o meu interesse pela questão que proponho é

baseado em pressupostos teóricos de Etges (1993),

Frigotto (1993), Figueiredo (1997), dentre outros,

que fornecem respaldos teóricos para que o projeto em questão caracterize com segurança as respostas

pertinentes da pesquisa em campo. Junto a esses

será seguida a concepção de Bittencourt (1998), o

qual mostra que as raízes biológicas e as

condicionantes sócio-culturais são determinantes

para o processo ensino-aprendizagem.

Page 47: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 47

1. REFERENCIAL TEÓRICO

excerto 3 3

1. REFERENCIAL TEÓRICO

Eni Orlandi (2001) relata: o sujeito, que interpreta, lê

a partir de sua posição sujeito, o sujeito leitor crítico lê refletindo sobre sua posição sujeito, sobre as condições

de produção de sua leitura, por isso ele não interpreta

apenas, ele compreende, sem no entanto trabalhar sua

determinação através da teoria.

Isso fortalece a minha hipótese de como são importantes a formação do leitor, a sua experiência

prévia de leitura e seu conhecimento de mundo.

Outro argumento que vem justificar o meu estudo é o

uso do texto para o ensino de conceitos estruturais da gramática normativa na sala de aula que induz o leitor

dificuldades na compreensão do texto escrito em função

desta abordagem inadequada de leitura.

“Pode-se definir texto ou discurso como ocorrência lingüística falada ou escrita, de qualquer extensão,

dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e

formal. Antes de mais nada, um texto é uma unidade de

linguagem em uso, cumprindo uma função identificável

num dado jogo de atuação sociocomunicativa” (Costa Val, 1991;3-4).

Portanto, se o texto cumpre uma função identificável,

a pluralidade de conhecimentos múltiplos inseridos no

texto devem ser adquiridos além da mensagem propriamente dita sem inferências culturais pré -

estabelecidas.

.................................

Page 48: Mapa monográfico booklet 2011

2. JUSTIFICATIVA/OBJETIVOS E PERGUNTAS DE PESQUISA

48 allencar Rodriguez

2.1. – JUSTIFICATIVA:

DAR RESPOSTA À(AO)

Faça um relato teórico das pesquisas bibliográficas

feitas por você explicitando o arcabouço teórico de cada

autor e citando-os, indique a contribuição dada pelos

mesmos no campo de seu estudo e a posição deles face

ao que foi estudado. A contextualização da obra pesquisa

é o referencial teórico para a construção do seu projeto de pesquisa.

Num outro parágrafo faça uma conexão entre o que

fundamentou o seu projeto de pesquisa e o pressuposto

teórico das obras citadas que tornaram o referencial da

sua pesquisa. É a descrição do “problema” (faça a contextualização minuciosa do problema), é a lacuna

que precisa ser preenchida. Mostre o que foi e está sendo

feito e o que pretende fazer.

Feito isso, entre os dois parâmetros acima – o

arcabouço teórico dos autores da literatura científica da

área e o fundamento de seu projeto – mostre a relevância de seu trabalho na sociedade acadêmica, na sociedade

científica e na sociedade civil. Demonstre os benefícios

(impactos positivos) e o valor que o desenvolvimento

de seu trabalho trará no âmbito das ciências humanas.

Demonstre a pertinência do estudo. Demonstre por que

vale a pena sustentar uma pesquisa com o TEMA “assunto” escolhido. Demonstre que aspectos podem ser

compreendidos a partir dos resultados de sua pesquisa.

Reforce a necessidade da realização e a viabilidade de

seu projeto fazendo uma identificação entre as teorias

estudas e a sua proposta que convergem para um mesmo

ponto comum entre os objetivos dos autores e o seu. Principalmente, mostre as implicações, as contribuições

que o seu projeto poderá trazer. E, também, as razões de

ordem pessoal que o levaram ao tópico de conhecimento

descrito.

POR QUE FAZER

ESSA PESQUISA?

Page 49: Mapa monográfico booklet 2011

AOS RESULTADOS

PARCIAIS

MAPA MONOGRÁFICO 49

2.2. – OBJETIVOS E PERGUNTAS DE PESQUISA

2.2.1. – OBJETIVOS

Evidenciar com clareza o propósito de sua pesquisa.

Qual é a META de sua investigação, qual é a

FINALIDADE de sua investigação. Isto é, PARA QUE

serve fazer sua pesquisa? Lembre-se que todos os objetivos, seja Objetivo

Geral ou Objetivo Específico, devem iniciar com o

verbo no infinitivo: Estudar, delinear, verificar,

demonstrar, identificar, distinguir, investigar, etc.

2.2.1. 1 – OBJETIVO GERAL

Sua sustentação se dá pelos objetivos específicos.

2.2.1. 2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

O objetivo específico tem como finalidade à realização do objetivo geral. Isso significa que por meio dos

objetivos específicos se chega ao objetivo geral. Devem

apresentar um equilíbrio de forma que não sejam muito

amplos e nem muito restritos e que mostrem os caminhos

necessários para alcançar o objetivo geral.

2.2.2 – PERGUNTAS DE PESQUISA

Explicitar as questões de pesquisa

As perguntas de pesquisa estão relacionadas à

PROBLEMATIZAÇÃO do TEMA. A partir disso se dá à

busca das RESPOSTAS (conhecimento científico) fundamento da pesquisa.

AO RESULTADO FINAL

DO TRABALHO

À QUESTÃO

O QUE SE

QUER COM ESSA

PESQUISA?

Page 50: Mapa monográfico booklet 2011

50 allencar Rodriguez

PESQUISA

Tomada num sentido amplo, pesquisa é

toda atividade voltada para a solução de

problemas; como atividade de BUSCA,

INDAGAÇÃO, INVESTIGAÇÃO, é a atividade

que vai no permitir ELABORAR UM

CONHECIMENTO, que nos auxilie na

COMPREENSÃO dessa realidade e ORIENTE

nossas ações.

“Pesquisa científica é um conjunto

de procedimentos sistemáticos,

baseados no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar

soluções para os problemas de

métodos científicos”.

(ANDRADE, 2001)

Page 51: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 51

2. JUSTIFICATIVA, OBJETIVOS E PERGUNTAS

DE PESQUISA

excerto 4 4

2.1. – JUSTIFICATIVA A pesquisadora e autora do livro Desvendando os Segredos do Texto Ingedore Villaça Kock (2002) afirma que quando falamos dos níveis de compreensão nós estamos falando sob dois aspectos lingüísticos sócio-cultural e conhecimento de mundo. Por outro lado, a também pesquisadora e autora de várias obras em lingüística textual, Ângela Kleiman (2002), argumenta que na compreensão de um texto – que depende de um conhecimento prévio – o conhecimento de mundo (interação de um nível de conhecimento) é o enriquecimento cultural adquiridos com o tempo, formal e informalmente. Assim o leitor consegue construir o sentido do texto. É sob esta perspectiva teórica – formação do indivíduo (seu conhecimento de mundo) – influi na compreensão contextual global fundamentando este projeto no objetivo de descobrir como ocorre neste indivíduo a sua formação para aquisição de conhecimentos múltiplos fornecidos pelos textos. É nesse sentido que estudos sobre como adquirir os conhecimentos múltiplos que os textos oferecem tornam-se cada vez mais importantes e o meu projeto vai ao encontro daqueles que querem procurar as respostas para a problemática da compreensão textual.

2.2. – OBJETIVOS E PERGUNTAS DE PESQUISA 2.2.1 – OBJETIVOS 2.2.1.1. – OBJETIVO GERAL Compreender como o leitor usa suas habilidades de leitura num contexto para compreensão integral dos conhecimentos múltiplos que o texto oferece justificando a idéia de que num texto não há limites para ler. 2.2.1.2. – OBJETIVOS ESPECÍFICOS 2.2.1.2.1.: Verificar e compreender como seu conhecimento prévio – de leitura – de mundo – em função de sua formação social, interfere na compreensão integral do texto. 2.2.1.2.2.: Compreender as inferências que a leitura sofre em função de sua formação social. 2.2.1.2.3.: Dimensionar os elementos básicos do leitor que não prejudique a compreensão contextual integral do texto.

2.2.2. – PERGUNTAS DE PESQUISA

◇ O que acontece com nossos estudantes e leitores que cada um interpreta o mesmo texto de formas diferentes?

Page 52: Mapa monográfico booklet 2011

3. METODOLOGIA

52 allencar Rodriguez

QUE PROCEDIMENTOS SERÃO EXECUTADOS PARA

RESPONDER ÀS INDAGAÇÕES

ATENÇÃO:

PARA ESSE ESTUDO SUGERIMOS A LEITURA DE:

A PESQUISA NA SALA DE AULA; METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E A FORMAÇÃO DO

PROFESSOR.

Marilda C. Cavalcanti

(UNICAMP)

Esta é uma parte muito importante para a aceitação de seu projeto. Neste tópico deve ser

relatado de forma clara à descrição de como ou de

que forma será conduzido o seu projeto no campo

proposto: (em sala de aula), (fora da sala de aula),

os sujeitos participantes, etc. O tipo de pesquisa

que será feito: bibliográfica, documental, pesquisa de campo, estudo de caso. Será pesquisa do tipo

(qualitativa ou quantitativa), ou ainda, as duas. Em

alguns casos, por exemplo, a pesquisa etnográfica e

a pesquisa-ação são usadas concomitantemente.

Dizer o porquê do uso dos sujeitos da pesquisa: Ex.:

A investigação será feita com alunos da rede pública do ensino fundamental devido à

necessidade de se verificar quais são as suas

necessidades num arcabouço teórico no ensino de

línguas. Justifique o uso dos procedimentos

metodológicos o qual fará uso em sua pesquisa e

cite os autores pesquisados para o desenvolvimento da aplicação de sua metodologia.

Page 53: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 53

3. METODOLOGIA

excerto 5 5

3. METODOLOGIA 3.1 – A NATUREZA DA PESQUISA

Baseado em pressupostos teóricos de Bogdan e Biklen (1994) o projeto será operacionalizado por meio de um estudo

de natureza qualitativa, de base quantitativa se respaldando

nos paradigmas da pesquisa etnográfica (Erickson, 1986).

3.2 – O CONTEXTO E OS SUJEITOS

O desenvolvimento do projeto será com alunos da rede pública – em uma escola rural - do ensino fundamental de

uma cidade de porte pequeno na região de Campinas/SP,

devido à necessidade de complementar (com a elaboração desse projeto) suas necessidades de um melhor arcabouço

teórico para o processo ensino/aprendizagem de línguas. Com

isso objetivando construir um mapa acessível e simples de recursos didáticos para esses alunos materializados dentro de

um contexto histórico, social de agentes do campo.

3.3 – INSTRUMENTOS DE COLETA DE REGISTROS E PROCEDIMENTOS ADOTADOS PARA A ANÁLISE

Para a coleta de registros serão: a) Observação em sala de aula ou de sala de aula.

Seguirá um processo de identificação dos “problemas”

que se prende a proposta desse projeto e seus registros

serão feitos no momento do acontecimento em forma de diário.

b) Diário de campo

Registros em sala de aula... c) Entrevista

Serão feitas as formas estruturada, semi e não

estruturada. d) Gravação das aulas: ............

e) Documentos: ......................

Page 54: Mapa monográfico booklet 2011

4. IMPLICAÇÕES

54 allencar Rodriguez

Atenção: ESSA PARTE É OPCIONAL – DE PREFERÊNCIA FAÇA SEU USO PARA MONOGRAFIAS

NA ÁREA DA LINGÜÍSTICA APLICADA

DE CERTA FORMA NO PROJETO PARA A EDUCAÇÃO

ESTE CONTEXTO JÁ ESTÁ INSERIDO NA

JUSTIFIVATIVA AO ARGUMENTAR A RELEVÂNCIA DO TRABALHO PARA A SOCIEDADE CIENTÍFICA E

CIVIL.

Descreva o que de útil a realização de seu projeto

poderá trazer.

Veja a seqüência:

4.1 – Implicações Teóricas:

4.2 – Implicações Metodológicas:

4.3 – Implicações Práticas (ou Sociais):

Este tópico é o contexto dos resultados esperados

onde antecipando possíveis resultados que o seu

estudo proporcionará alguns tópicos poderão ter a

formatação de um conteúdo teórico que servirá como base para novos estudos investigativos ou

como recurso de segmento para a execução de um

novo programa ou ainda poderá produzir insumos

que servirão de recursos didáticos ou pedagógicos

no processo ensino/aprendizagem e também o seu

projeto poderá proporcionar a união de tudo o que foi citado.

Page 55: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 55

4. IMPLICAÇÕES

excerto 6 6

4. IMPLICAÇÕES 4.1 – Implicações Teóricas:

O desenvolvimento desse projeto contribuirá para o

enriquecimento de fundamentos teóricos anteriormente feitos por pesquisadores/autores acrescidos de novos fatores antes

ausentes na bibliografia estudada e que são inerentes para o

processo de estudo investigativo de novas soluções, ou complementos ou inovações para o desenvolvimento da

aquisição da linguagem em L.E. para o ensino fundamental.

4.2 – Implicações Metodológicas:

Sabendo que um trabalho científico é fruto de uma pesquisa

anterior, portanto não é um algo acabado, pois a ciência não é

um todo acabado, então somado a proposta anterior, o processo de operacionalização desse projeto poderá servir

como base de seguimento de pesquisa para futuros

requerentes a um título de mestre na área em questão.

4.3 – Implicações Práticas:

Por outro lado, o complemento desse estudo investigativo

irá produzir substanciais conceitos práticos que nortearão futuros estudantes de línguas a uma aquisição continua,

paulatina e definitiva de insumo que priorize no estudante a

capacidade de expressão e criatividade em sua formação definitiva para o desenvolvimento de suas competências e

habilidades com real significado e aplicabilidade da língua

inglesa.

Page 56: Mapa monográfico booklet 2011

5. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO

56 allencar Rodriguez

Nesse item, deverão ser indicadas as seqüências cronológicas da pesquisa (lista ou quadro) onde se fará

menção das etapas de seu início e conclusão.

Na lista ou quadro de seu cronograma deverá conter:

1. disciplina obrigatória

2. estudo bibliográfico

3. elaboração dos instrumentos

de coleta de registros

4. análise do material coletado

5. redação da dissertação

6. defesa da dissertação

Page 57: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 57

5. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO

excerto 7 7

5. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO

. Exemplo de cronograma:

2010 2011

Período / Atividade 1o.S 2o.S 1o.S. 2o.S.

Disciplinas Obrigatória

Levantamento e Estudo

da Bibliografia

Coleta de Dados

Análise do Material

Coletado

Redação da Dissertação

Defesa da Dissertação

VEJA EXEMPLO COMPLETO NA PÁGINA 21

Page 58: Mapa monográfico booklet 2011

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

58 allencar Rodriguez

É uma lista abrangente de todo material consultado,

estruturado e inerente ao tema da pesquisa. Essa lista

deve ser feita em ordem alfabética considerando-se o

último sobrenome do autor apresentado em

preferencialmente em letras maiúsculas seguindo os

critérios da Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT), (1989), estabelecido pela NBR - 6023. Se houver

várias obras de um mesmo autor, substitui-se o nome

do autor por um traço equivalente a cinco espaços. As

fontes (nas quais o autor buscou informações), indicadas

no trabalho científico dentro das normas da ABNT, são os

“elementos que permitem a identificação no todo ou em

parte, de documentos impressos ou registrados em

diversos tipos de materiais, (“ABNT, apud Costa,

1993:94).

Page 59: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 59

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

excerto 8 8

6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA FILHO, J.C.P “Maneiras de Compreender

Lingüística Aplicada” – Revista Letra, nº. 2 – Santa Maria

(RS): Universidade Federal de Santa Maria - 1991

________________ . “Escolha e Produção de Material

Didático para um Ensino Comunicativo.”

Contexturas – Ensino Crítico de Língua Inglesa no.1 –

1992

BROWN, D. “Principles of Language Learning and

Teaching.” New Jersey: Prentice Hall, 2000

CAVALCANTI, M. C. “A Propósito de Lingüística

Aplicada.” In: Trabalhos em Lingüística Aplicada, vol. 07,

1986

MOITA LOPES, L. P.. Oficina de Lingüística Aplicada: “A

Natureza Social e Educacional de Lingüística dos

Processos de Ensino Aprendizagem de Línguas.”

Campinas – SP: Mercado de Letras, 1996

NUNAN, D. “Designing Tasks for the Communicative

Classroom.” Cambridge. CUP, 1989

SCHÖN, D. A. “Educando o Profissional Reflexivo: Um

Novo Design para o Ensino e a Aprendizagem.”

WIDDOWSON, H.G.O. “O Ensino de Línguas para a

Comunicação.” Campinas, Pontes Editores, 1991.

Tradução de José Carlos P. Almeida Filho

Page 60: Mapa monográfico booklet 2011

60 allencar Rodriguez

ATENÇÃO METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO

Esta é uma parte muito delicada do programa de investigação

na área da educação.

Não deixe de entrar em contato conosco.

Daremos as diretrizes corretas que você deverá seguir quanto

à metodologia de investigação.

Ǫ METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO

◊ PESQUISA EXPERIMENTAL (QUANTITATIVA)

É baseada na análise da mensuração dos dados coletados ou parte deles.

◊ PESQUISA QUALITATIVA (INTERPRETATIVA) A abordagem qualitativa surgiu da necessidade de buscar

uma metodologia de investigação que leve em consideração

a natureza dinâmica dos conceitos relacionados às ciências sociais já que os fenômenos humanos e sociais são

diferentes dos fenômenos físicos, químicos ou biológicos

que podem ser regidos por leis gerais, matematicamente ou

teoricamente às quais podem ter às análises de seus registros experimentais seguindo uma abordagem

quantitativa. A abordagem qualitativa é a busca da

interpretação dos fatos ocorridos no campo de pesquisa em

lugar da mensuração.

◊ PESQUISA QUALITATIVA (fonte: Profa. Dulce M. P.

Camargo)

OBJETIVOS

Produzir um conhecimento transformador; Apontar possíveis rumos de mediação, ação e/ou intervenção.

CARACTERÍSTICAS

Possibilita repensar a concepção de ciência como verdade única;

Entende a investigação como:

* relação teoria/prática; * relação sujeito/objeto;

Incentiva o envolvimento da população interessada; Realiza uma reflexão contínua acerca da prática cotidiana;

Permite a construção do conhecimento através do diálogo da

ciência com o senso comum.

Page 61: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 61

LIMITES

Abordagem fundamentalmente conjuntural:

acontecimentos; cenários; sujeitos; relações de

poder; articulações; contradições. Dificuldades em relação ao resgate das falas dos

pesquisados.

OPERACIONALIZAÇÃO

1a. Etapa – FASE EXPLORATÓRIA

Determinar o campo de investigação e sua

definição;

Esboço preliminar do problema; Organização da equipe (quando a pesquisa for

coletiva);

Formulação da proposta preliminar: viabilidade;

fontes humanas; recursos humanos e

representações;

Delimitação conjunta da área abrangida; Seleção e preparação dos participantes.

2a. Etapa – FASE DO DIAGNÓSTICO PRELIMINAR

Procedimentos, objetivos, referencial teórico,

cronograma;

Estudo da estruturação dos sujeitos envolvidos;

Estudo sócio-econômico-político e cultural do local: seus problemas, lutas e reivindicações;

Levantamento e sistematização de propostas de

solução pelos sujeitos envolvidos;

Elaboração coletiva de diagnóstico preliminar;

Divulgação do diagnóstico: seminários, recursos

áudio-visuais, gráficos, boletins...

Page 62: Mapa monográfico booklet 2011

62 allencar Rodriguez

3a. Etapa – FASE DA ANÁLISE CRÍTICA AMPLIADA

Realização de fóruns mais amplos para percepção

dos diferentes entendimento e explicações

referentes ao diagnóstico;

Aplicação de questionário, ou outro instrumento para captação de opiniões, sugestões e

representações

4a. Etapa – FASE DE ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE AÇÃO Sistematização geral;

Análise crítica;

Elaboração de um plano de ação.

5a. Etapa – DIVULGAÇÃO DO PLANO E SEUS RESULTADOS Retomada do seminário geral;

Criação de comissões para divulgação fora da área;

Retirada da equipe de profissionais;

Ação dos sujeitos construtores – participantes;

INSTRUMENTOS OPERACIONAIS

Entrevistas: diretiva e não-diretiva; Questionários (instrumento de apoio);

História de vida;

História oral;

Análise documental;

Page 63: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 63

NOVE QUESTÕES FREQÜENTES SOBRE A

INVESTIGAÇÃO QUALITATIVA

FONTE: Bogdan e Biklen (1994)

Há possibilidade de utilização conjunta das

abordagens qualitativa e quantitativa?

A abordagem qualitativa é verdadeiramente

científica?

Em que a investigação qualitativa difere daquilo

que pessoas como os professores, jornalistas e artistas

fazem?

Os resultados qualitativos são generalizáveis?

Há interferência da subjetividade do pesquisador

no processo de coleta de dados?

Presença do pesquisador modifica o comportamento das pessoas estudadas?

Dois pesquisadores que estudem

independentemente o mesmo local ou os mesmos

sujeitos chegarão às mesmas conclusões?

Qual o objetivo da pesquisa qualitativa?

Em que é que diferem a pesquisa qualitativa e

quantitativa?

ATUALIZAÇÃO DE QUESTÕES QUE DOMINAM O ÂMBITO DA ÉTICA NAS PESQUISAS QUALITATIVAS

Consentimento informado;

Proteção dos sujeitos contra qualquer espécie de

danos.

Page 64: Mapa monográfico booklet 2011

64 allencar Rodriguez

Existem diferentes tipos de pesquisa qualitativa,

focaremos aquela que mais nos interessa:

PESQUISA DO TIPO ETNOGRÁFICO

Etnográfico – relativo à etnografia: Disciplina que tem por

fim o estudo e a descrição dos povos, sua língua, raça,

religião, etc., e manifestações materiais de sua atividade.

Pesquisa do tipo etnográfica é um conjunto de técnicas

para coletar, analisar e descrever registros relacionados

aos hábitos, as crenças e atitudes de um grupo social e

seus valores fazendo um trabalho investigativo retratando

uma comunidade, uma sala de aula, etc. Interiorizados

nesses campos de investigação, os etnógrafos (aqueles que usam a abordagem da pesquisa etnográfica) estão

diretamente vinculados a cultura e educação, refletindo,

observando, participando ou seja se interando com a

situação estudada, pois nesse instante estão sendo

justapostos às características pessoais de cada participante tais como: seu conhecimento de mundo, seu

conhecimento prévio, sua identidade, sua linguagem,

enfim, sua formação histórico, político e social.

O processo da pesquisa etnográfica é de se inteirar dos

eventos que estão ocorrendo considerando todos os aspectos a eles inerentes e não se apegando naquilo que

possa ser os resultados finais.

De acordo com Erickson (1986), a pesquisa etnográfica

baseia-se a três perguntas: O que está acontecendo

dentro deste campo de investigação? Quais as inferências que traz aos agentes envolvidos? Qual a

reflexão/interpretação pode ser formalizada? A partir

dessas perguntas é que se fundamenta o equacionamento

das possíveis soluções para um determinado problema

que induziu a criação e a natureza de seu projeto de

pesquisa.

Page 65: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 65

CONTEXTUALIZAÇÃO

EXEMPLIFICADA

DOS

PRINCIPAIS

ELEMENTOS

TEXTUAIS

TEMA – OBEJTIVO - METODOLOGIA

Page 66: Mapa monográfico booklet 2011

66 allencar Rodriguez

A PROBLEMATIZAÇÃO

TEMA: O REGIME DE PROGRESSÃO CONTINUADA

NOTA: Não se investigam TEMAS, o que são

investigados são os PROBLEMAS.

O PROBLEMA deve ser formulado como PERGUNTA

sobre o tema.

Deve-se explicitar o problema em forma de uma ou mais perguntas onde suas respostas não se encontram

nos saberes. As respostas (a procura do conhecimento)

devem ser buscadas pela pesquisa.

PERGUNTA: PROBLEMATIZAÇÃO

PRETENDO

INVESTIGAR

1) QUAIS benefícios o regime de progressão continuada

trouxe no contexto da redução da evasão escolar? 2) QUAIS inovações didáticas e/ou pedagógicas o regime de

progressão continuada promoveu aos alunos que passaram

por esse sistema?

3) QUE mudança trouxe no comportamento do aluno o

regime de progressão continuada? 4) PORQUE, estatisticamente, o índice de repetência

caracterizado pelo baixo rendimento está no patamar de

10% sabendo que esse índice não é real?

ATENÇÃO: ESSAS PERGUNTAS GERAM UMA PERGUNTA

SÍNTESE

O REGIME DE PROGRESSÃO CONTINUADA ESTÁ ATINGINDO SEUS OBJETIVOS?

Isto é, 1) trouxe benefícios no contexto da evasão?

2) ocorreram inovações? 3) provocou mudanças na práxis do aluno? 4) diminuiu realmente à repetência ou

ela é mascarada pela progressão continuada?

À QUESTÃO - À DÚVIDA

À RAZÃO - O MOTIVO

Page 67: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 67

ATENÇÃO:

Ao elaborar a pergunta situe o problema

no TEMPO e no ESPAÇO.

5) QUAIS benefícios o regime de progressão continuada

NO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS PÚBLICAS

ESTADUAIS DE CAMPINAS trouxe no contexto da

redução da evasão escolar NO ANO DE 2008?

6) QUAIS inovações didáticas e/ou pedagógicas o regime

de progressão continuada promoveu aos alunos DAS 8ª. SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA

PÚBLICA ESTADUAL DE CAMPNAS EM 2008?

7) QUE mudança trouxe no comportamento do aluno DO

ENSINO FUNDAMENTAL DAS 5ª. às 7ª. SÉRIES DAS

ESCOLAS PÚBLICAS ESTADUAIS DE CAMPINAS, o

regime de progressão continuada EM 2008? 8) PORQUE, estatisticamente, o índice de repetência

caracterizado pelo baixo rendimento está no patamar

de 10% NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE ENSINO

FUNDAMENTAL DE CAMPINAS NESTE ANO DE 2008

sabendo que esse índice não é real?

RESUMINDO: ESSAS SÃO DÚVIDAS INTERESSANTES

E

ESSAS PERGUNTAS CONTÉM UM PROBLEMA

POR QUE:

1) As respostas não estão no saberes: biblioteca, internet, etc.

2) As respostas serão alcançadas pela realização da

pesquisa proposta.

3) O problema está situado no tempo (2008) e no espaço

(escolas públicas estaduais do ensino fundamental de

Campinas) 4) Lembre-se: A pergunta só é pertinente à realização do

projeto se a BUSCA DE RESPOSTA for POSSÍVEL. E,

nesse caso, é possível, pois a resposta se encontra nos

dados estatísticos das escolas e na DE a qual a escola

pertence. Além disso, facilmente é possível encontrar

os alunos que freqüentaram a escola no período citado. 5) A pergunta é original uma vez que atende aos

interesses acadêmicos e sociais.

Page 68: Mapa monográfico booklet 2011

68 allencar Rodriguez

Veja, então, que não pesquisamos o TEMA:

O REGIME DE PROGRESSÃO CONTINUADA.

A pesquisa tem como FINALIDADE: Explicar os

fenômenos de sua aplicação, verificar como esses

fenômenos ocorrem e/ou ocorreram, as mudanças

provocadas pelo seu processo e quais as inferências e

interferências que podem ocorrer e/ou sofrer.

O projeto de pesquisa não é simplesmente um PLANO

DE ATIVIDADES, por exemplo, PEDAGÓGICOS.

“Meu projeto propõe uma nova estratégia de leitura em sala de aula.”

Isso não é projeto de pesquisa.

Isso é um projeto pedagógico,

Uma vez que as RESPOSTAS (conhecimentos

científicos) têm a finalidade de DESCOBRIR,

COMPREENDER e EXPLICAR o contexto de uma

realidade concreta problematizada no tema de

pesquisa.

PORTANTO: A preocupação do projeto de pesquisa

não é PROPOR, CONTRIBUIR, MODIFICAR,

ALTERAR, POSSIBILITAR, INTERFERIR, ETC.

Page 69: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 69

A QUESTÃO DOS OBJETIVOS

A META A FINALIDADE

Nesta fase do projeto o pesquisador não deverá fazer

uma contestação ou oferecer uma alternativa ao problema que irá analisar, pois sua ocorrência só será

possível com o resultado da pesquisa.

TEMA: O REGIME DE PROGRESSÃO CONTINUADA

OBJETIVO GERAL: ANALISAR se o regime de progressão continuada

cumpre com o intuito explícito em seu próprio nome

“Progressão Continuada”.

NOTA: VEJA, Se cumpre está atingindo seus objetivos,

caso contrário, não. Essas hipóteses estão relacionadas aos OBJETIVOS ESPECÍFICOS.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

1) REVELAR se o regime de progressão continuada é um

regime progressivo ou regressivo. 2) COMPARAR se à redução do índice de reprovados é

real ou mascarada pelos índices de aprovação daqueles

que são promovidos mesmo sem aprender.

3) RELACIONAR se o índice da evasão escolar no regime

de progressão continuada é permeada pela cultura da

exclusão. 4) DESCREVER o que os alunos retidos não aprenderam

em detrimento daqueles que foram promovidos sem

aprender.

NOTE: a freqüência dos verbos ativos (revelar,

comparar, relacionar, descrever, etc.) em detrimentos dos verbos que INDUZA INTERVENÇÃO:

Contribuir, modificar, interferir, possibilitar, etc.

Page 70: Mapa monográfico booklet 2011

70 allencar Rodriguez

Então, nesse parâmetro o seu pretenso orientador e/ou a

banca examinadora terá condição de avaliar qual é a sua

intenção na qualidade de pesquisador e o propósito de

sua pesquisa.

As respostas dos objetivos específicos dão suporte

ao objetivo geral para ANALISAR se o regime de

progressão continuada cumpre com o intuito explícito em

seu próprio nome “Progressão Continuada”. O que

significa promover ao aluno um ensino de qualidade,

inclusão e igualdade de oportunidades, produção de

conhecimento que vai ao encontro da idealização da

Progressão Continuada feito por Paulo Freire no

contexto da educação como meio para a libertação.

Page 71: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 71

METODOLOGIA

A NATUREZA DA PESQUISA

Para responder às questões expostas no âmbito de uma

análise crítica, qualitativa e quantitativa da problematização temática é necessário considerar

elementos que situa o sujeito – objeto nas concepções

políticas, econômicas, pedagógicas e sóciais. Dessa

forma, a investigação deve seguir o caminho do

conhecimento epistemológico, filosófico e fenomenológico

do homem, da sociedade, da cultura e da escola. Conhecido os elementos que situam o sujeito-objeto

no contexto da problemática temática e a literatura de

contextualização do tema através do referencial teórico

somado ao estudo da literatura oficial relativa ao objeto

incluindo os decretos, resoluções, deliberações da

Secretaria Estadual da Educação e a Lei das Diretrizes Básicas (LDB) de âmbito nacional será adotado para esta

pesquisa os pressupostos teóricos de Bogdan e Biklen

(1994) e será operacionalizado por meio de um estudo

de natureza qualitativa, de base quantitativa se

respaldando nos paradigmas do modelo de pesquisa

estudo de caso. “O estudo de caso é o estudo de um caso, seja ele

simples e específico ou complexo e abstrato.” Lüdke e

André (1896). Segundo Goode e Hatt (1968), o caso se

destaca por se constituir numa unidade dentro de um

sistema mais amplo. Nesse caso, o projeto se destaca por

ter um interesse único, distinto mesmo que venha ser semelhante com outros estudos e situações. Então, pela

sua característica única foi escolhido o estudo de caso que

entre suas principais características fundamentais

destacamos: os estudos de caso enfatizam a

“interpretação em contexto”, buscam retratar a realidade

de forma completa e profunda, usam uma variedade de fontes de informações e procuram representar os

diferentes e às vezes conflitantes pontos de vista

presentes numa situação social. Lüdke e André (1986).

Page 72: Mapa monográfico booklet 2011

72 allencar Rodriguez

O CONTEXTO DOS SUJEITOS O desenvolvimento do projeto será com alunos da

rede estadual de Campinas, do ensino fundamental

delimitando como sujeitos de investigação os alunos das

6ª., 7ª. e 8ª. séries.

INTRUMENTOS DE COLETA DE REGISTRO E

PROCEDIMETNOS ADOTADOS PARA A ANÁLISE

SIGA O PADRÃO DA PÁGINA 18

Para a coleta de dados serão utilizados como técnicas:

a) observação em sala de aula. Nesse caso haverá um

processo de identificação dos problemas que se prende

à proposta desse projeto e seus registros serão feitos

no momento do acontecimento em forma de diário. b) gravação de aulas...

c) entrevistas com alunos nas formas estruturadas, semi e

não estruturadas.

d) Investigação do diário dos professores.

e) Investigação dos documentos escolares dos alunos.

Para o estudo dos dados será feito a análise de conteúdo

para a análise da problemática articulada ao tema tendo

em vista as perguntas e objetivos da pesquisa.

Page 73: Mapa monográfico booklet 2011

MAPA MONOGRÁFICO 73

CANAL INTERATIVO

Você chegou ao final de um estudo de

orientação para a formação de sua

monografia. O processo é difícil – veja o

grande número de inscritos para o processo seletivo da Unicamp e o pequeno

número de aprovados. O trabalho

desenvolvido neste livro irá ajudar muito

para a construção da estrutura do

trabalho – seus conceitos e contextos. É evidente que muitas dúvidas irão aparecer

no decorrer de sua elaboração. Isso

ocorrendo, envie um e-mail para nós.

Imediatamente lhe daremos o retorno

para facilitar seu trabalho tirando suas

duvidas e/ou fornecendo subsídios teóricos para a elaboração contextual das

etapas da estrutura do trabalho como

também dicas de materiais de

pesquisadores/autores os quais você

deve tomar conhecimento dentro da área

de seu interesse.

[email protected] assunto: dúvidas

Aos interessados em enviar sua monografia

para a área da educação, envie seu e-mail para

complementos na metodologia de pesquisa,

pois a Unicamp, nessa área, trabalha em seis variáveis possíveis de proposta investigativa:

1 - Políticas, Administração e Sistemas

Educacionais; 2 – Filosofia e História da

Educação; 3 – Psicologia Educacional; 4 –

Ensino e Práticas Culturais; 5 – Educação,

Conhecimento, Linguagem e Arte; 6 – Ciências Sociais na Educação.

Page 74: Mapa monográfico booklet 2011

74 allencar Rodriguez

BIBLIOGRAFIA:

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ORLANDI, E. P. Discurso e Texto Formulação e Circulação dos Sentidos. Campinas, SP: Pontes,

2001.

Page 79: Mapa monográfico booklet 2011

A L L E N C A R RODRIGUEZ

The author holds a BA in Letter (English and English Literature) from the Catholic University of Campinas and posting graduating on MA in Applied Linguistic And Psicopedagogy in Education by UNESP He has a large experience about cram schools (vestibulares) and he is engaged on studies of didactic books (English for secondary students; writing and reading in Portuguese – in the area of Applied Linguistic / Foreign Language Teaching and Learning and Linguistic / Acquisition Competence of Writing and Reading.

Moreover, he is engaged on gothic literature.

Page 80: Mapa monográfico booklet 2011

(see: www.katcavernum.com.br) in the area of Literary History and Theory and his

main work in this area is related to the universe of short stories.

His short stories are a combination of gothic romance and horror romance that

incorporate the dark atmosphere on description and narrative from Middle Age. The

obscure of Nature, mind, fear, mystery, imagination, darkness and death are

presented on our context as castles, roads and knights. The stories bring fiction,

romance, interest subjects and true reports through a cultured vocabulary within

three basic elements of literary gothic: terror: the physics mutilation and death;

horror: the power of evil and the supernatural; and the mystery: the disturbance

of mind. Following the statements of Clara Reeve (1729 – 1807) disciple of Walpole

– the supernatural are presented on dreams, nightmares, the darkness of mind and

mysteries dins as groan and murmur.

Bibliography:

Literary Gothic:

vertigoes of the soul 1968 – the driver window to the sky waiting for the

rain hell‟s bells goodbye blue sky devil‟s pan

ashes of death yesterday farewell fears the darkness before the dawn valdring

Didactic; estudo aplicado – redação (a redação

no vestibular da Unicamp e Fuvest) mapa monográfico :

(a construção do projeto de pesquisa em educação)

Brazilian Literature:

te conto no ônibus

Page 81: Mapa monográfico booklet 2011

Você chegou ao fim de um processo longo e

difícil de aquisição de conhecimentos. Espero que

meu trabalho tenha sido útil. Se alguma dúvida

persistir envie um e-mail para:

[email protected] ou acesse:

http://www.avalloncursos.blogspot.com

assunto: dúvidas monografia

Veja a seguir um exemplo completo de uma

monografia com as aplicações das teorias

contidas neste livro.

Page 82: Mapa monográfico booklet 2011

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

ALLENCAR RODRIGUEZ

“ESPECTADOR DO FENÔMENO BULLYING:

FATOR INTRIGANTE DE UM CONTEXTO DE

VIOLÊNCIA.”

Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Educação

Psicologia Educacional: L.P.G.

Campinas/SP, 20 de agosto de 2010

Page 83: Mapa monográfico booklet 2011

ALLENCAR RODRIGUEZ

“ESPECTADOR DO FENÔMENO BULLYING:

FATOR INTRIGANTE DE UM CONTEXTO DE

VIOLÊNCIA.”

Projeto de Pesquisa apresentado ao Curso de

Pós-Graduação, em Educação, da

Universidade Estadual de Campinas, como

requisito parcial à obtenção do título de

mestre.

Orientadora: Profa. Dra. Telma Pileggi Vinha

Universidade Estadual de Campinas

Faculdade de Educação

Psicologia Educacional: L.P.G.

Campinas/SP, 20 de agosto de 2010

Page 84: Mapa monográfico booklet 2011

SUMÁRIO

Páginas

RESUMO 01

INTRODUÇÃO 02

1. REFERENCIAL TEÓRICO 04

2. JUSTIFICATIVA/OBJETIVOS 05

2.1 JUSTIFICATIVA 05

2.2 OBJETIVOS 06

2.2.1. OBJETIVO GERAL 06

2.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 06

3. METODOLOGIA 07

3.1. A NATUREZA DA PESQUISA 07

3.2. OS SUJEITOS PARTICIPANTES DA PESQUISA 08

3.3. INSTRUMENTOS DE COLETA DE REGISTROS 08

4. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO 08

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 09

Page 85: Mapa monográfico booklet 2011

1

RESUMO

Trata-se de uma pesquisa empírica que será desenvolvida a partir de um

estudo de caso no contexto do fenômeno bullying em uma escola da rede pública

estadual num município da região de Campinas. Os sujeitos participantes da

pesquisa serão alunos das 5ª. 6ª. 7ª. e 8ª. séries envolvidos como espectadores do

fenômeno. O objetivo deste trabalho tem a finalidade de diagnosticar os aspectos

psicossociais do espectador do fenômeno bullying a partir de seus próprios relatos.

Como procedimentos metodológicos serão utilizados algumas técnicas de pesquisa

que o campo investigativo determinar durante a ocorrência do evento, bem como,

entrevista com questões abertas, não restritivas e livres aplicadas aos espectadores

do bullying e procedimentos de Desenhos-Estórias (D-E), Trinca (1972), como

técnica de investigação clínica da personalidade. Isso tudo no intuito de responder

as indagações que direcionam este projeto de pesquisa no intuito de conhecer e ter

sentido desse intrigante personagem de um contexto de violência. Indagações como:

1) Por que existem espectadores para esse quadro de violência? 2) Quem são esses

alunos envolvidos na assistência do fenômeno bullying?; 3) Quais são seus

comportamentos fora da escola?; 4) Qual a relação do espectador com o bully e a

vítima?; 5) O que sentem no momento que a vítima é agredida física ou

verbalmente?; 6) O que sentem e o que pensam à partir do relato do sentimento da

família e da vítima no contexto das conseqüências dos atos das agressões?; Essas

questões são baseadas em conhecimentos bibliográficos de autores, pesquisadores

que fundamentam este projeto como: Fante (2005), Lopes Neto (2005), Beaudoin

(2006), Tognetta e Vinha (2007), Pereira (2009), Vicentin (2009), Winnicott (2000,

2005), Feltran (2008), Sagim (2008), Caprera (2005). A constituição dos dados será

dirigida para os significados no âmbito das percepções que o sujeito tem do

fenômeno o qual está inserido num contexto de pesquisa fenomenológica com

análise qualitativa de base quantitativa.

Page 86: Mapa monográfico booklet 2011

2

INTRODUÇÃO

Compreendida no contexto histórico e social a manifestação da violência está fortemente

arraigada no interior da sociedade de que esse problema deve ser unicamente interiorizado e

discutido no âmbito da aplicação de leis e regras que punam o agressor com castigos e pesadas

penas que o modifiquem para sua convivência social (Morais, 1995). Isso reduz o debate de que

sua responsabilidade pertence apenas ao poder público representado pela polícia, justiça e o sistema

penitenciário não considerando o fato da construção da autonomia moral do indivíduo. Fora desse

parâmetro das leis e regras, inúmeros são os estudos que analisam as múltiplas faces da violência

na tentativa de compreender esse fenômeno entre os pares dentro da unidade escolar (Fante, 2005),

(Beaudoin, 2006), (Tognetta e Vinha, 2007), (Pereira, 2009), (Vicentin, 2009), suas relações

psicosociais e interpessoais (Winnicott, 2000, 2005), a relação entre política e violência (Feltran,

2008), a violência doméstica (Sagim, 2008), a violência institucional (Caprera, 2005) e muitos

outros no âmbito das práticas sociais.

Isso demonstra a amplitude do tema, sua complexidade, suas características diversas

generalizadas pelo tema violência o qual é rotulado de acordo com sua manifestação como

violência contra a mulher, violência contra homosexuais, crianças e adolescentes, negros,

estrangeiros, nordestinos, etc.. Mas, esse tipo de ação possui em comum o fato de que sua ação é

vivenciada e observada pelos envolvidos diretos: agressor e vítima. Sua prática ocorre às

escondidas, não muito os espectadores dos atos da violência do agressor são os amigos e no

contexto doméstico a própria família o que é claro, é muito grave, pois, por exemplo:

Com relação à violência doméstica contra a criança e o adolescente, são possíveis explicações para

a ocorrência dessa violência. Uma das mais mencionadas, quando a questão é este tipo de

violência, é que existe a reprodução das experiências vividas durante a infância, contribuindo,

assim, para que a violência perdure. (Sagim, 2008)

Nesse sentido, muitas ações da violência presentes na sociedade são reconstruídas e

revividas no âmbito da unidade escolar. Essas ações possuem características explícitas ou veladas

cujas dimensões são objetivas contra o patrimônio ou entre os pares cuja predominância se dá entre

os pares: aluno-aluno e cerca de 40% desses casos (Fante, 2008) são casos do fenômeno bullying e

como enfatiza Fante (2008, p.51), “revelam que a média de estudantes brasileiros é acima dos

incides mundiais” e sua ocorrência se dá, de acordo com a autora, no pátio (44%), nos corredores

(30%) e na

Page 87: Mapa monográfico booklet 2011

3

sala de aula sem o professor (40%). Esses dados mostram o grande diferencial entre a ação da

violência externa e a violência entre os pares no ambiente escolar. No pátio, nos corredores e na

sala de aula existe o espectador que de acordo com cada escola pode variar muito no número de

espectadores. E, esse é um dos grandes problemas da ocorrência do fenômeno bulling. O bully

(brigão, valentão) reconhecidamente existe (Tognetta, 2009), uma vez que também existe um

público que o assiste e assiste sua ação. Ação que se dá principalmente na esfera do ataque verbal,

psicológico e físico. Então dentro desse contexto problemático: 1) Por que existem espectadores

para esse quadro de violência?; 2) Quem são esses alunos envolvidos na assistência do fenômeno

bullying?; 3) Quais são seus comportamentos fora da escola?; 4) Qual é a maior ocorrência do

fenômeno da assistência, em grupo ou individual?; 5) Qual a relação do espectador com o bully e a

vítima?; 6) O que sentem no momento que a vítima é agredida física ou verbalmente?; 7) O que

sentem e o que pensam à partir do relato do sentimento da família e da vítima no contexto das

conseqüências dos atos das agressões?; 8) Qual o sentimento desse espectador quando a vítima não

mais existe?; 9) O que se pode aprender com a manifestação dos espectadores?. Da construção

desse quadro problemático podemos sintetizar: Quais são as características psicossociais do

espectador da ação de bullying? Desta forma, desvelando enfaticamente o espectador do bully nós

poderemos entender um pouco mais o próprio bully. O motivo, a razão, o porquê de sua existência.

Por outro lado, a reflexão desse quadro problemático deixa explícito que o problema é mais

um entre muitos casos de violência que a imposição de leis como o aprovado Projeto de Lei N°

0069/2009 (que combate a prática de bullying) ou regras de conduta comuns e presentes nos

chamado códigos de ética dos alunos não terão efeito nas atitudes desses alunos, visto que

Ao impor as regras, impedindo que os alunos tenham as experiências necessárias para a aceitação

interior e, portanto, para a legitimação das normas, os educadores tornam-nas exteriores ao sujeito

(pois não foram construídas por intermédio da reflexão ou tiveram suas necessidades descobertas por meio de experimentações efetivas). Assim sendo, passam a ser cumpridas apenas enquanto a

autoridade que as institui estiver presente. (Vinha, 2008, p. 28)

Então, sua ação é velada num contexto e pública junto aos espectadores que queremos

conhecer com mais profundidade. Isso baseado numa pesquisa científica coordenados por um

referencial teórico que da sustentabilidade à pesquisa e por uma necessidade que justifica a busca

do conhecimento proposto seguindo um caminho de procedimentos que serão executados para

responder às indagações. Indagações cujas respostas não se encontram nos saberes.

Page 88: Mapa monográfico booklet 2011

4

1. REFERENCIAL TEÓRICO

Não há dúvidas o quanto são nefastas as implicações do fenômeno bullying no ambiente

escolar. Principalmente no que se inserem os protagonistas do fenômeno: agressor e vítima.

Segundo Fante (2008), os espectadores, outros protagonistas do fenômeno, assistem a tudo, calado,

sofrendo as conseqüências. Somado a isso, a autora, pesquisadora descreve que “as conseqüências

para os espectadores vão desde a ansiedade, insegurança, aflição, tensão, irritabilidade, medo de se

tornar a próxima vítima, prejuízo no processo de aprendizagem e socialização e o desenvolvimento

de atitudes de desrespeito ao individualismo”. Mas, na prática tenho acompanhado uma situação

crônica do fenômeno (programa de estágio em Psicopedagogia Educacional e Clínica com extensão

Psicanalítica de corrente winnicottiana: Unesp/Araraquara) onde as atitudes daqueles que o assiste

vão de encontro à descrição da autora no contexto de que os espectadores se assemelham às vítimas

no âmbito das conseqüências nefastas que os atingem.

Já Tognetta (2009), a pesquisadora relata que “os espectadores estão atentos às ações dos

líderes e às confirmações das vítimas, legitimando e validando a ação do autor por medo de se

tornarem à próxima vítima”. Nesse contexto tanto Tognetta como Fante estão de acordo. Mas, na

prática essa faceta de ficar ao lado do mais forte, por medo, não é o elemento fomentador do

público do fenômeno bullying pois,

Grande parte das testemunhas sente simpatia pelos alvos, tende a não culpá-los pelo ocorrido, condena o comportamento dos

autores e deseja que os professores intervenham mais

efetivamente. Cerca de 80% dos alunos não aprovam os atos de

bullying. (LOPES NETO, 2005 – S168 – Vol. 81, n°. 5, grifo

nosso).

Então, precisamos descobrir elementos mais pertinentes que induzam a formação do

público do bully no contexto de sua formação psicossocial. Nesse sentido está o meu interesse pela

questão o qual proponho desvelar, compreender e explicar baseado em pressupostos teóricos de

autores, pesquisadores como Fante (2005), Lopes Neto (2005), Beaudoin (2006), Tognetta e Vinha

(2007), Pereira (2009), Vicentin (2009), Winnicott (2000, 2005), Feltran (2008), Sagim (2008),

Caprera (2005). Esses autores pesquisadores, mestres e doutores, trazem muitas respostas no

âmbito das causas e conseqüências aos protagonistas: agressor e vítima, como também, suas

implicações no ambiente escolar e possíveis soluções para esse grave problema. Todo contexto de

suas obras são partes inerentes ao estudo do problema o qual proponho no intuito de investigar,

identificar, analisar e conhecer os espectadores para melhor entender a vítima e o agressor,

principalmente este último.

Page 89: Mapa monográfico booklet 2011

5

2. JUSTIFICATIVA/OBJETIVOS

2.1. JUSTIFICATIVA

Fante e Pedra (2008) contextualizaram em sua obra seis questões pertinentes aos

espectadores do fenômeno bullying no âmbito da unidade escolar. Essas questões correspondem

aos aspectos das conseqüências físicas e psíquicas sobre o sujeito e nenhuma questão sobre sua

formação psicossocial. No contexto dos espectadores é dito:

Mesmo não sofrendo diretamente as agressões muito deles podem

se sentir inseguros, incomodados e mesmo traumatizados pelo sofrimento do outro. Alguns espectadores reagem negativamente,

uma vez que seu direito de aprender em um ambiente seguro e

solidário foi violado, o que pode influenciar seu progresso

acadêmico e social, além de prejudicar sua saúde física e emocional. Fante e Pedra (2008 – pag. 94,94)

Somado a isso, muitos outros autores, pesquisadores como, Beaudoin e Taylor (2004),

Constantini (2004), Lopes Neto (2009) formaram uma vasta literatura no contexto dos

protagonistas agressores e vítimas. Isto é, o objetivo da pesquisa foi construir um suporte teórico

baseado na ação do bully versus vítima na intenção de se compreender esse elemento agressor e

suas conseqüências dentro da unidade escolar. Nessa linha de pesquisa da ação do bullying, Pereira

(2009) desenvolveu um trabalho cujo objetivo foi analisar

Porque é tão difícil para as escolas detectarem o bullying, quais as

conseqüências deste no desenvolvimento cognitivo, afetivo e

psicológico dos alunos vitimados, assim como analisar o papel da

escola e da família no combate e prevenção desse problema, identificando formas para minimizar a sua ocorrência nas escolas.

Pereira (2009, p. 7, grifo nosso).

Nesses relatos das pesquisas bibliográficas é natural perceber que esse arcabouço teórico,

desvelando os malefícios sobre os protagonistas agressores e vítimas, contribui sistematicamente

para a ocorrência da pesquisa proposta para o complemento de conhecimentos sobre os

protagonistas do fenômeno bullying. Além disso, a efetivação dessa pesquisa promoverá uma

compilação de conhecimentos sobre o espectador do bully na sua conjuntura psicossocial em

função de seu processo de maturação no interior de seu desenvolvimento emocional Winnicott

(1983). E, também, a realização do projeto proposto, que se identifica com as teorias estudadas,

será importante no âmbito da sociedade acadêmica, científica e civil com implicações positivas no

contexto teórico, metodológico e prático, uma vez que a busca das respostas às indagações

formuladas na problematização poderão apontar novos caminhos rumo ao dimensionamento do

fenômeno bullying como um todo e que nos permita compreender e elaborar um conhecimento

enfático dessa realidade de violência dentro da unidade escolar.

Page 90: Mapa monográfico booklet 2011

6

2.2. OBJETIVOS

2.2.1. OBJETIVO GERAL

Diagnosticar os aspectos psicossociais do espectador do fenômeno bullying a partir de seus

próprios relatos. Essa é a finalidade do objetivo geral da pesquisa no almejo de conhecer

enfaticamente e empiricamente esse protagonista.

2.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

2.2.2.1. Caracterizar as habilidades do espectador do bully em identificar, examinar e enfrentar

problemas.

2.2.2.2. Interpretar se o seu estado emocional caracteriza-se pela insegurança, pela procura de uma

identidade e/ou a falta de produtividade num contexto de inferioridade.

2.2.2.3. Conceituar o objetivo de seu comportamento.

2.2.2.4. Equacionar os dados da forma de consciência que o espectador tem do risco de estar

associado a comportamentos violentos no âmbito da filosofia, da moral, da cultura e das leis.

2.2.2.5. Conhecer o ambiente e o processo de maturação do espectador na sua formação emocional

e moral.

2.2.2.6. Investigar os aspectos dinâmicos da personalidade do espectador do bully.

Page 91: Mapa monográfico booklet 2011

7

3. METODOLOGIA

A lógica da pesquisa em educação [...] supõe a reconstituição das

articulações entre os diversos fatores que integram os processos da produção do conhecimento. Suponhamos que todo processo de

produção do conhecimento se manifesta numa estrutura de

pensamento que inclui conteúdos filosóficos, lógicos, epistemológicos, teóricos, metodológicos e técnicos. Gamboa

(2007).

3.1. A Natureza da Pesquisa

Para responder às questões expostas no âmbito de uma análise crítica, qualitativa e

quantitativa da problematização temática é necessário considerar elementos que situa o sujeito –

objeto nas concepções políticas, econômicas, pedagógicas e sociais. Desta forma, a investigação

deve seguir o caminho epistemológico, filosófico e fenomenológico do homem, da sociedade, da

cultura e da escola.

Conhecido os elementos que situam o sujeito-objeto no contexto da problemática temática

e a literatura de contextualização do tema através do referencial teórico essa pesquisa será

operacionalizada por meio dos pressupostos teóricos e epistemológicos da pesquisa qualitativa de

Bogdan e Biklen (1994) e de base quantitativa se respaldando nos paradigmas do modelo de

pesquisa estudo de caso.

“O estudo de caso é o estudo de um caso, seja ele simples e específico ou complexo e

abstrato”. Lüke e André (1986). Segundo Goode e Hatt (1972), o caso se destaca por se constituir

uma unidade dentro de um sistema mais amplo. Nesse caso, o projeto de destaca por ter um

interesse único, distinto mesmo que venha ser semelhante com outros estudos e situações. Então,

pela sua característica única foi escolhido o estudo de caso que entre suas principais características

fundamentais destacamos: enfatiza a descoberta, a “interpretação em contexto”, busca retratar a

realidade de forma completa e profunda, usam uma variedade de fontes de informações e procuram

representar os diferentes e às vezes conflitantes pontos de vista presentes numa situação social

Lüke e André (1986).

Então essa pesquisa que prima bela busca de informações com critérios qualitativos e

quantitativos não se fundamenta apenas na criação de um quadro de dados empíricos e/ou

estatísticos de ocorrência momentânea num lugar por um período de tempo. O que se quer

descobrir está escondido na formação dos sujeitos participantes, na projeção inconsciente de seus

desenhos Trinca (1972), no relato de seus pensamentos, no significado de suas verbalizações, em

seus gestos e suas posturas. Desta forma o percurso metodológico irá seguir uma visão

fenomenológica dentro de um estudo de caso, uma vez que essa tem como objetivo o próprio

fenômeno onde se busca a consciência do sujeito através da expressão de suas experiências internas

Page 92: Mapa monográfico booklet 2011

8

Isso supera diferentes desvios e condicionantes que reduzem a capacidade de compreensão

da problemática da realidade revelando novos conhecimentos de caráter científico em

detrimento de que esse estudo possa ser visto como um simples exercício acadêmico de um

curso de pós-graduação.

3.2. Os Sujeitos Participantes da Pesquisa

Os participantes da pesquisa serão alunos da 5ª. 6ª. 7ª. e 8ª. séries do Ensino Fundamental

da Rede Pública do Estado de São Paulo de uma escola da Região de Campinas envolvidos numa

situação de espectadores do fenômeno bullying.

3.3. Instrumentos de Coleta de Registros

Para a coleta de dados para a análise do fenômeno situado pela descrição da experiência de

mundo dos sujeitos envolvidos no intuito de entender seus significados deverá conter: questões

abertas, não restritivas e livres; diário de campo; diário dialogado e diário retrospectivo,

procedimento Desenho-Estória além de outros instrumentos que o desenvolvimento da pesquisa no

campo investigativo venha determinar.

4. CRONOGRAMA

2011 2012

Trimestre atividade Atividade

Disciplina Obrigatória Levantamento e Estudo de

Bibliografia Coleta de dados

Análise do Material

Coletado Redação da Dissertação Defesa da

Dissertação

1o.

Tri 2o.

Tri 3o.

Tri 4o.

Tri 1o.

Tri 2o.

Tri 3o.

Tri 4o.

Tri

Page 93: Mapa monográfico booklet 2011

9

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRÉ, M.E.D.A. “Etnografia da prática escolar”. 5ª. ed. Campinas: Papirus, 1995

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-6023: informação –

documentação – referências – elaboração, Rio de Janeiro, ago. 1989

BEAUDOIN, M. N. e TAYLOR, M. “Bullying e desrespeito: como acabar com essa

cultura na escola.” Porto Alegre/RS: Artmed, 2006

BOGDAN, R. e BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à

teoria e aos métodos. Portugal: Porto Editora, 1994.

FELTRAN, G. de S. “Fronteiras de tensão: um estudo sobre política e violência nas

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Universidade Estadual de Campinas, 2008.

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FANTE, C. e PEDRA, J. A. “Bullying escolar: perguntas & respostas.” Porto Alegre/RS:

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GAMBOA, S.S. “Pesquisa em educação: métodos e epistemologias.” Chapecó: Argos,

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YAMASAKI, A. A. “Violências no contexto escolar: um olhar freiriano”. Tese

(doutorado) – Faculdade de Educação. Universidade de São Paulo, 2007.

LOPES NETO, A. A. “Bullying – comportamento agressivo entre estudantes”. Jornal da

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www.scielo.br/pdf/jped/v81n5s0/v81n5Sa06.pdf. Acesso em: 29 de julho de 2009.

MALDONADO, D. P. A. e WILLIAMS, L. C. A. “O comportamento agressivo de

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www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141373722005000300003&lng=en&nr

m=iso. Acesso em: 29 de julho de 2009.

Page 94: Mapa monográfico booklet 2011

10

MÜLLER, M.S. e CORNELSEN, J. M. “Normas e padrões para teses, dissertações e

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PEREIRA, S. M. S. “Bullying e suas implicações no ambiente escolar.” São Paulo:

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VICENTIN, V. F. “E quando surge a adolescência... Uma reflexão sobre o papel do

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__________, “Conflitos interpessoais entre adolescentes”. Anais eletrônicos do I

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VINHA, T. P. “O educador e a moralidade infantil numa visão construtivista’.

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__________, “Da pediatria à psicanálise”. Rio de Janeiro: Imago Editora, 2000.

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ZAIA, L.L. “As interações sociais entre crianças”. In: MANTOVANI DE ASSIS, O. Z. e

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