mapa da exclusão social do estado do pará

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  • Balano Geral do Estado do Exerccio de 2011

    Governo do Estado do Par

    Instituto de Desenvolvimento Econmico, Social e Ambiental do Par

    Secretaria de Estado de Planejamento, Oramento e Finanas

    Relatrio do Mapa da Excluso Social

    Apresentao

  • Balano Geral do Estado do Exerccio de 2011

    Governo do Estado do Par

    Instituto de Desenvolvimento Econmico, Social e Ambiental do Par

    Secretaria de Estado de Planejamento, Oramento e Finanas

    Relatrio do Mapa da Excluso Social

    O Mapa de Excluso Social do Par elaborado pelo Instituto

    do Desenvolvimento Econmico, Social e Ambiental do Par IDESP e pela Secretaria de Estado de Planejamento, Oramento e

    Finanas - SEPOF, se constitui em uma referncia para

    direcionamento de polticas pblicas. A regionalizao apresentada,

    especialmente no Mapa 2011, para grande parte das variveis,

    possibilita a identificao das diferenas geoespacais.

    Alm de fornecer importante instrumento de orientao para

    as decises de gesto pblica e de socializar os indicadores

    socioeconmicos, o Governo do Estado do Par, cumpre o dever

    legal estabelecido pela Lei 6.836/2006 que determina a

    obrigatoriedade da apresentao do Mapa de Excluso como anexo

    do Relatrio de Prestao de Contas do poder executivo estadual.

    fundamental esclarecer mais uma vez que o

    acompanhamento e as comparaes entre indicadores propostos na

    referida Lei so impossveis de serem cumpridos, por questes

    metodolgicas que reiteramos abaixo, tendo em vista que como

    estatudo no art.2 da Lei, o Mapa composto do diagnstico anual e

    regionalizado da excluso social no Estado, relativo ao ano de

    referncia da prestao de contas governamental e ao ano

    imediatamente anterior para fins de comparao.

    O conjunto de indicadores que a lei prope no est

    disponvel anualmente, o que torna incompatvel sua comparao

    nos anos de referncia do Mapa e, por razes metodolgicas e

    temporais das fontes que os produzem, no chegam ao nvel de

    desagregao desejado. Alguns exemplos: PIB per capita a gerao deste indicador por parte do IBGE/IDESP/SEPOF concluda

    anualmente no segundo semestre de cada ano e com um hiato

    temporal de 02 anos. Isto ocorre por que na metodologia oficial

    utilizada para o clculo do PIB de todos os Estados, so requeridos

    dados de outras pesquisas, as quais, pela amplitude de seu campo de

    atuao so finalizadas em mdia com um e dois anos posterior ao

    ano de referncia. Para clculo de diversos outros indicadores so

    utilizadas Pesquisas Amostrais como a Pesquisa Nacional

    Domiciliar PNAD/IBGE, cujos resultados so disponibilizados no segundo semestre do ano seguinte ao ano de referncia. Neste ano,

    pela coincidncia da divulgao de dados preliminares do Censo

    2010, pudemos apresentar algumas informaes que se aproximam

    da exigncia legal, conforme o texto demonstra.

    A medida legal para sanar estas deficincias a apresentao

    de Projeto de Lei Assemblia Legislativa do Estado do Par, que

    justifique e sugira as alteraes necessrias ao saneamento das

    incongruncias e que ser encaminhado ainda neste exerccio.

    Assim, os indicadores que compem o diagnstico foram

    definidos em consonncia com o artigo 3 e a regionalizao em

    ateno ao artigo 2 da referida lei, com as fragilidades acima

    mencionadas.

    O mapa de excluso rene indicadores representativos das

    condies de vida da populao paraense, da Regio Metropolitana e

    das Regies de Integrao do Par, de acordo com as temticas

    previamente definidas: expectativa de vida, renda, desemprego,

    educao, sade, saneamento bsico, habitao, segurana pblica.

    Anualmente no tem sido possvel apresentar os indicadores

    desagregados por regio de integrao, em funo da

    indisponibilidade de dados. Mas, a realizao do Censo 2010 e a

    divulgao de parte dos resultados permitiram, para alguns

    indicadores, a desagregao regional.

    Os microdados de renda ainda no esto disponveis na

    integralidade, impossibilitando o clculo da taxa de pobreza pelo

    critrio adotado nos mapas anteriores. Por esta razo,

    excepcionalmente, a Linha de pobreza utilizada no mapa de excluso

    deste ano, seguiu a definio conceitual do Governo Federal que

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    estabeleceu para efeito dos programas sociais como extremamente

    pobres a populao que vive em renda domiciliar per capita de at

    R$70,00 (setenta reais) e considerados pobres acima de R$70,00 (

    setenta reais) a R$ 140 ( cento e quarenta reais).

    Diferente dos mapas apresentados nos anos anteriores, cuja

    fonte principal de grande parte dos indicadores foi a PNAD, neste

    mapa foi utilizado o Censo Demogrfico. Por serem pesquisas de

    abrangncia e metodologia diferentes, estatisticamente no so

    recomendadas comparaes entre as duas pesquisas.

    Para os indicadores gerados a partir das informaes do

    Censo Demogrfico, os resultados apresentados possibilitaro

    anlises e estudos derivados mais qualificados, em funo da

    comparao com a dcada anterior, registrada neste mapa de

    excluso social.

    As variveis apresentadas no item Incluso digital do Mapa de Excluso Social anterior, referente ao ano de 2009 (PNAD), esto

    impossibilitadas de atualizao em funo da no divulgao dessas

    variveis por parte do IBGE referente ao Censo 2010.

    O Mapa agrega conhecimento ao Governo Estadual sobre o

    Estado e suas Regies de Integrao contribuindo para as decises

    em direo ao objetivo macroestratgico do Governo de reduo da

    pobreza e das desigualdades sociais e interregionais.

    Os indicadores que compem o diagnstico foram definidos

    em consonncia com o artigo 2 e 3 da referida lei.

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    Indicadores Exigidos pela Lei Estadual N 6.836, de 13/02/2006

    1. Expectativa de Vida (expectativa de vida em anos ao nascer)

    A Expectativa de vida indica o nmero mdio de anos que

    um indivduo pode esperar viver se submetido, desde o nascimento,

    s taxas de mortalidade observadas no momento (ano de

    observao). Esse indicador reflete o nvel e a qualidade ao acesso

    sade, educao, cultura e lazer, envolvendo outras questes como a

    violncia, criminalidade, poluio e situao econmica do lugar em

    questo. Portanto, a cada alterao na taxa indica que ocorreu

    mudana em pelo menos um desses aspectos.

    De 2006 a 2010 a expectativa de vida da populao brasileira

    aumentou mais de um ano (1,08), o Par cresceu 0,42 e Lago

    Tucuru foi a Regio de Integrao que apresentou o maior

    crescimento, de quase trs anos (2,86).

    Entre as demais regies registraram aumento na expectativa

    de vida: Araguaia, Carajs, Guam, Maraj, Rio Capim, Tocantins e

    Xingu. O Baixo Amazonas foi a regio de integrao com

    decrscimos mais significativos com perda de aproximadamente um

    ano (1,06). Nas regies Metropolitana, Rio Caets e Tapajs

    tambm ocorreram redues do indicador neste perodo.

    Em 2010, a Regio de Integrao do Maraj apresentou a

    maior expectativa de vida (77,95) e Carajs a menor (70,44). O

    Maraj vem apresentando a maior expectativa de vida ao longo da

    srie em anlise.

    Tabela 1.1 - Expectativa de vida dos indivduos menores de 1 ano de

    idade segundo Brasil, Par e Regies de Integrao 2006-2010

    Fonte: DATASUS

    Elaborao: IDESP

    2006 2007 2008 2009 2010

    Brasil 71,59 72,54 72,46 72,57 72,67

    Par 72,45 73,22 72,73 72,84 72,87

    Araguaia 70,86 72,26 72,35 72,67 72,81

    Baixo Amazonas 75,85 74,89 74,41 74,70 74,79

    Carajs 69,32 69,55 69,45 69,43 70,44

    Guam 73,19 73,92 73,27 73,38 73,64

    Lago Tucuru 69,37 71,06 70,07 70,82 72,23

    Maraj 77,02 77,56 77,91 77,90 77,95

    Metropolitana 71,54 72,39 71,26 71,38 71,27

    Rio Caet 74,31 74,81 74,86 74,95 74,07

    Rio Capim 72,68 73,94 73,35 73,66 73,57

    Tapajs 73,44 73,03 74,05 74,44 72,70

    Tocantins 73,72 74,97 74,97 74,57 74,64

    Xingu 71,00 73,38 73,04 72,56 72,42

    Brasil/Par/Regies

    de integrao

    Expectativa de vida (em anos)

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    Figura 1.1 - Evoluo da Expectativa de Vida ao nascer 2004 - 2010

    Fonte: DATASUS

    Elaborao: IDESP

    Nota: Em 2007 dados no disponveis.

    Observa-se na Figura 1.1 uma evoluo moderada do

    indicador, do ano de 2004 para 2010, tanto no Brasil quanto no

    Estado do Par. Na Regio Metropolitana de Belm houve reduo

    na expectativa de vida de 2009 para 2010, passando de 71,38 anos

    para 71,27 anos.

    A Figura 1.2 apresenta as pirmides etrias da populao do

    estado do Par, com base nos censos de 2000 e 2010. Fazendo um

    comparativo entre os grficos, pode-se observar que ocorreram

    mudanas significativas entre os dois perodos, influenciando na

    estrutura das pirmides. Em 2000, a populao predominante

    encontrava-se nas faixas compreendidas entre 0 e 24 anos,

    configurando, assim, uma populao mais jovem. Em 2010, a base

    da pirmide reduziu (at 9 anos) apresentando uma concentrao

    maior de indivduos de 10 a 35 anos, evidenciando, portanto, um

    envelhecimento populacional neste perodo, implicao que

    acompanhou a tendncia nacional, conforme as Snteses de

    Indicadores Sociais do IBGE (2006 a 2009). A faixa acima de 65

    anos tambm apresentou aumento na ltima dcada alertando para a

    necessidade de ampliao em polticas pblicas voltadas para o

    idoso, principalmente no que diz respeito rea da previdncia.

    Figura 1.2 - Pirmide etria do Estado do Par 2000/2010

    Fonte: IBGE/DATASUS

    Elaborao: IDESP

    A Figura 1.3 apresenta os resultados da expectativa de vida

    ao nascer espacializada para as 12 Regies de Integrao, para os

    anos de 2009 e 2010. As variaes ocorridas de um ano para o outro

    produziram mudanas de faixas somente nas regies Lago do

    Tucuru, Rio Caet e Tapajs. As demais regies mantiveram seus

    indicadores nas mesmas faixas no perodo.

    71,04

    71,35 71,54 72,46 72,57

    72,67 72,23

    72,48 72,45 72,73 72,84 72,87

    71,04 71,58

    71,59 71,26

    71,38 71,27

    69

    70

    71

    72

    73

    74

    2004 2005 2006 2008 2009 2010

    Brasil Par Metropolitana

    500 300 100 100 300 500

    0 a 4 anos5 a 9 anos

    10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 a 24 anos25 a 29 anos30 a 34 anos35 a 39 anos40 a 44 anos45 a 49 anos50 a 54 anos55 a 59 anos60 a 64 anos65 a 69 anos70 a 74 anos75 a 79 anos

    80 anos e mais

    Populao (por mil hab.)

    Pirmide etria da populao do estado do Par - 2010

    Masculino Feminino

    500 300 100 100 300 500

    0 a 4 anos

    5 a 9 anos

    10 a 14 anos

    15 a 19 anos

    20 a 24 anos

    25 a 29 anos

    30 a 34 anos

    35 a 39 anos

    40 a 44 anos

    45 a 49 anos

    50 a 54 anos

    55 a 59 anos

    60 a 64 anos

    65 a 69 anos

    70 a 74 anos

    75 a 79 anos

    80 anos e mais

    Populao (por mil hab.)

    Pirmide etria da populao do estado do Par - 2000

    Masculino Feminino

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    Relatrio do Mapa da Excluso Social

    Figura 1.3 - Expectativa de Vida da populao menor de um ano por Regio de Integrao do estado do Par, 2009-2010

    2. Renda (PIB per capita ajustado ao custo de vida local, indicadores de concentrao de renda, nmero de pessoas

    abaixo da linha da pobreza).

    O indicador PIB per capita retrata a somatria dos bens e

    servios finais produzidos num espao geogrfico para um ano de

    referncia dividido pela populao.

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    Relatrio do Mapa da Excluso Social

    Os valores do PIB per capita no perodo 2007 a 2009, do

    estado do Par, Regio Norte e Brasil apresentaram evolues

    positivas, porm com taxas decrescentes. Na Figura 2.1. o estado do

    Par quando comparado a Regio Norte e Brasil obteve a menor taxa

    (-4,7%) para o ano de 2009.

    Figura 2.1 Evoluo do crescimento real do PIB per capita a preos

    (R$) de 2007-2009 no Brasil, Regio Norte e Estado do Par.

    Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP

    No PIB per capita deflacionado a preos do ano anterior

    apresentado na Figura 2.2. verificou-se evoluo nos dois perodos

    de 2007 a 2008 e entre 2008 e 2009. Em 2009 o PIB per capita

    constante do estado do Par foi de R$7.620,90, enquanto PIB per

    capita nacional e regional foram R$15.783,35 e R$ 10.042,63

    respectivamente. O valor do estado do Par representou 75,89% do

    valor per capita regional e 48,28% do nacional, em 2009.

    Figura 2.2 - PIB per capita deflacionado (R$) a preos do ano anterior

    no Brasil, Regio Norte e Estado do Par - 2007-2009.

    Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP

    Considerando os valores correntes, no perodo entre 2008 e

    2009 do PIB per capita observa-se queda para o estado do Par de

    R$7.992,71 para R$7.859,19 e aumento no nacional de R$15.991,55

    para R$16.917,66.

    A metodologia do clculo do PIB municipal impeditiva

    quanto a seu deflacionamento, portanto utilizou-se o indicador PIB

    per capita a preos de mercado correntes, para o Par e Regies de

    Integrao, apresentados Tabela 2.1.

    Tabela 2.1 PIB per capita, a Preos de Mercado Correntes, segundo Regies de Integrao Estado do Par 2007-2009

    Par / Regies

    de Integrao PIB per capita (R$)

    2007 2008 2009

    Par 7.006,81 7.992,71 7.859,19 Araguaia 7.060,97 7.151,90 7.265,85

    -8

    -4

    0

    4

    8

    12

    2007 2008 2009

    2,9% 1,3%

    -4,7%

    6,6%

    1,2%

    -1,7%

    7,7%

    2,1%

    -1,3%

    Par Regio Norte Brasil

    -2.000,00

    2.000,00

    6.000,00

    10.000,00

    14.000,00

    18.000,00

    2007 2008 2009

    6.420,38 7.096,02 7.620,85

    8.517,38 9.241,90 10.042,63

    13.662,91 14.761,54 15.783,35

    Par Regio Norte Brasil

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    Relatrio do Mapa da Excluso Social

    Baixo Amazonas 5.526,82 6.738,81 6.411,08 Carajs 14.983,47 23.275,94 19.280,10 Guam 3.816,64 4.126,86 4.699,67 Lago de Tucuru 10.573,52 10.940,79 9.492,99 Maraj 2.537,10 2.649,41 2.923,39 Metropolitana 8.613,43 9.341,74 9.910,48 Rio Caet 3.082,91 3.313,01 3.663,43 Rio Capim 4.429,19 4.795,75 5.014,49 Tapajs 3.847,80 3.877,66 4.036,80 Tocantins 8.483,62 8.329,22 7.712,90 Xingu 4.384,64 4.567,82 4.826,27

    Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP

    As Regies de Integrao que apresentaram os maiores

    valores de PIB per capita, em 2009, acima do indicador Estadual,

    foram: Carajs; Metropolitana e Lago de Tucuru. (Tabela 2.1). So

    nessas regies que se encontram grande parte dos municpios do

    Estado com maior capacidade industrial. Na regio de Carajs

    destacaram-se Parauapebas e Marab com a extrao do minrio de

    ferro e produo de ferro-gusa; na Metropolitana ressalta-se Belm

    com a construo civil e indstria de transformao; e Lago de

    Tucuru com a hidreltrica de Tucuru. Os menores PIB per capita

    ocorreram nas regies de integrao do Maraj, Rio Caet e Tapajs.

    O desempenho negativo do PIB per capita estadual em 2009 foi

    influenciado, em grande parte, pelo setor industrial cuja produo

    diminuiu em 2,6%, em funo da queda da demanda e dos preos

    dos produtos das atividades de minerao e de transformao do

    estado do Par Dessa forma, as maiores redues do PIB per capita

    ocorreram em Regies de Integrao que predominam essas

    atividades.

    Na Figura 2.1 possvel visualizar a espacializao do PIB

    per capita em que a regio de Carajs apresentou indicador na maior

    faixa de valores para 2008 passando para a faixa imediatamente

    inferior em 2009. As demais regies no apresentaram alteraes

    significativas para alterar seus respectivos grupos.

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    Figura 2.3 - PIB Per Capita por Regio de Integrao do Estado do Par 2008-2009.

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    Relatrio do Mapa da Excluso Social

    O Coeficiente de Gini utilizado para medir o grau de

    desigualdade existente na distribuio de renda de um local, seu

    valor varia de zero, quando no h desigualdade entre a renda de

    todos os locais, a um, quando a desigualdade mxima, ou seja,

    apenas um local detm toda a renda da sociedade.

    Neste mapa o indicador foi calculado a partir dos dados do

    PIB dos municpios paraenses, com a mesma periodicidade do PIB

    per capita, por serem as informaes mais atualizadas disponveis

    pelo IBGE/IDESP, fontes oficiais.

    Tabela 2.2 Coeficiente de Gini do PIB para o Estado do Par e Regies de Integrao 2007-2009

    Par / Regies de

    Integrao

    Coeficiente de Gini

    2007 2008 2009

    Par 0,76 0,77 0,76

    Araguaia 0,40 0,38 0,39

    Baixo Amazonas 0,61 0,60 0,58

    Carajs 0,74 0,78 0,77

    Guam 0,57 0,59 0,58

    Lago de Tucuru 0,62 0,63 0,58

    Maraj 0,32 0,30 0,31

    Metropolitana 0,68 0,68 0,68

    Rio Caet 0,51 0,50 0,50

    Rio Capim 0,44 0,46 0,44

    Tapajs 0,50 0,49 0,47

    Tocantins 0,68 0,68 0,63

    Xingu 0,43 0,43 0,43 Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP

    Observando o Coeficiente de Gini (Tabela 2.2) constata-se

    que o Estado do Par de 2008 para 2009 apresentou um decrscimo

    0,01 em seu coeficiente, demonstrando uma leve diminuio da

    concentrao de renda entre os municpios do Estado.

    Quanto ao indicador por Regio de Integrao, os maiores

    ndices de desigualdades registrados no ano de 2009 foram nas

    regies do Carajs (0,77), Metropolitana (0,68) e Tocantins (0,63), e

    os menores nveis de desigualdades, foram registrados nas regies

    do Maraj (0,31) e Araguaia (0,39).

    No ano de 2009 em relao a 2008, foram observadas

    elevaes nos graus de concentrao nas Regies de Integrao

    Araguaia e Maraj (0,01). As regies: Metropolitana, Rio Caet e

    Xingu mantiveram os mesmos ndices de concentraes de 2008. As

    demais reduziram a concentrao Tocantins (0,05), Lago de Tucuru

    (0,04), Rio Capim (0,02), Baixo Amazonas (0,02), Tapajs (0,02),

    Carajs (0,01) e Guam (0,01).

    As Tabelas 2.1 e 2.2 mostram que, a Regio de Carajs

    continua apresentando o maior PIB per capita do perodo de 2007 a

    2009, mas tambm a que mais evoluiu em termos de concentrao

    (0.03) no mesmo perodo, o que evidencia que nem sempre o

    crescimento econmico proporciona a reduo na desigualdade.

    A anlise da Figura 2.4 permite notar que o ndice de Gini,

    para a maioria das Regies de Integrao se manteve nas mesmas

    faixas no perodo de 2008 a 2009, com exceo das Regies Baixo

    Amazonas e Lago do Tucuru que apresentaram melhorias no

    indicador fazendo com que integrassem um intervalo com menor

    concentrao.

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    Relatrio do Mapa da Excluso Social

    Figura 2.4 - Coeficiente de Gini por Regio de Integrao do estado do Par 2008-2009

    A linha de pobreza utilizada neste mapa est voltada

    diretamente ao enfoque da pobreza absoluta, na qual a partir da

    fixao de padres para o nvel mnimo ou suficiente de

    necessidades foi definida uma linha ou limite de pobreza e

    determinada a percentagem da populao que se encontra abaixo

    desse nvel.

    Neste mapa, excepcionalmente, foi considerada como

    populao abaixo da linha da pobreza todas as pessoas que vivem em

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    domiclios cuja renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00.

    Este nvel foi fixado pelo Governo Federal atravs do decreto n

    6.917 de 30 de julho de 2009, os cortes R$ 70,00 para famlias em

    situao de extrema pobreza e de R$ 140,00 como renda mnima

    para famlias em situao de pobreza foram estipulados para o

    programa de gerao de renda de famlias atendidas pelo Bolsa Famlia.

    Esses dados foram disponibilizados pelo IBGE por municpio

    para subsidiar o programa junto ao Ministrio do Desenvolvimento

    Social e Combate Fome (MDS), foram utilizados neste trabalho em

    funo dos microdados relativos renda no domiclio do Censo 2010

    ainda no estarem disponveis, impossibilitando a manuteno da

    linha utilizada em anos anteriores1. Visando analisar a evoluo do

    indicador o IDESP calculou para o ano de 2000, a partir do Censo

    2000, utilizando o INPC e deflacionando os valores R$ 70,00 e R$

    140,00 resultando nos valores de R$ 35,30 e R$ 70,60

    respectivamente.

    Os resultados apresentados neste Mapa de Excluso Social do

    Par 2011 no podem ser comparados com os resultados contidos

    nos mapas anteriores em funo de terem sidos calculados a partir de

    pesquisas cujas metodologias so diferentes (PNAD e Censo), alm

    de terem nveis de referncia de renda distintos.

    1 Pessoas que convivem em domiclios com renda mensal inferior a salrio mnimo

    per capita (ano referncia 2004).

    Tabela 2.3 Populao Abaixo da Linha da Pobreza, para Brasil e Estado do Par 2000-2010.

    Abrangncia

    Geogrfica

    Populao abaixo da

    linha da pobreza Var%

    (00/10)

    Taxa de Pobreza

    2000 2010 2000 2010

    Brasil 49.670.259 38.323.178 -22,84 29,25 20,19

    Par 2.930.135 2.916.600 -0,46 47,45 38,67 Fonte: IBGE/IDESP Elaborao: IDESP

    De acordo com a Tabela 2.3, tanto o Brasil quanto o estado

    do Par apresentaram redues no n de pessoas abaixo da linha da

    pobreza na ltima dcada, sendo que o decrscimo brasileiro foi

    superior ao ocorrido no Par, -22,84% e -0,46%, respectivamente. A

    taxa de pobreza do Brasil apresentou reduo de 29,25% para

    20,19%.

    A populao considerada pobre no Par diminuiu de 2000

    para 2010, mesmo diante do aumento de 22% da populao total no

    perodo, logo, a taxa de pobreza do estado, razo entre a parcela da

    populao pobre e a populao, reduziu 8,78 pontos percentuais

    passando de 47,45%, em 2000 para 38,67% em 2010.

    Tanto para o ano 2000, quanto para 2010, a regio de

    integrao do Maraj registrou as maiores taxas de pobreza entre as

    regies do estado, com 68,35% e 64,14% respectivamente, em 2000

    seguida pelas regies do Rio Caet (63,16%) e Tocantins (63,78%)

    e, em 2010 por essas mesmas regies- Rio Caet (53,23%) e

    Tocantins (52,87%). Enquanto que, a regio Metropolitana

    apresentou as menores taxas de pobreza no perodo, 28,13% e

    19,26% respectivamente.

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    Tabela 2.4 Populao de Pessoas Abaixo da Linha de Pobreza, segundo Regio de Integrao do Estado do Par 2000/2010.

    Regio de Integrao Pop. Pobre

    2000

    Total pop.

    2000

    Taxa de pobreza

    2000 (%) Pop. Pobre 2010 Total pop. 2010

    Taxa de pobreza

    2010 (%)

    Araguaia 139.853 337.975 41,38 143.437 467.575 30,68

    Baixo Amazonas 347.987 601.381 57,86 326.717 675.510 48,37

    Carajs 185.215 400.287 46,27 178.176 565.936 31,48

    Guam 277.305 506.346 54,77 252.580 609.464 41,44

    Lago Tucuru 136.881 272.813 50,17 156.172 357.772 43,65

    Maraj 259.175 379.203 68,35 313.218 488.328 64,14

    Metropolitana 505.041 1.795.536 28,13 392.706 2.039.298 19,26

    Rio Caet 251.721 398.549 63,16 245.750 461.705 53,23

    Rio Capim 271.779 478.336 56,82 283.302 604.933 46,83

    Tapajs 92.056 197.942 46,51 84.918 205.152 41,39

    Tocantins 346.535 560.630 63,78 389.839 737.346 52,87

    Xingu 116.587 263.309 44,28 149.785 328.632 45,58

    TOTAL 2.930.135 6.192.307 47,45 2.916.600 7.541.651 38,67 Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP

    As maiores variaes referentes s taxas de pobreza

    ocorreram nas regies de integrao do Carajs e Guam, com

    reduo de 14,79 pontos percentuais (p.p) e 13,32p.p,

    respectivamente, evidenciando um avano no combate a pobreza

    nessas regies. As menores variaes foram registradas para regio

    do Xingu que apresentou evoluo de 1,30p.p. e o Maraj que

    reduziu apenas 4,21p.p.

    Segundo a Figura 2.5, a regio de integrao Metropolitana

    desponta com a maior reduo na taxa geomtrica de crescimento

    mdio anual do nmero de pobres com -2,48%, seguida pela regio

    do Guam com -0,93%, contrapondo-se a regio do Xingu que

    apresentou o maior incremento da mdia anual no nmero de pobres

    com 2,54%, seguida pela regio do Maraj (1,91%). De maneira

    geral, o estado do Par registrou decrscimo na populao pobre (-

    0,05%), um quantitativo na ordem de 13.535 habitantes fora do

    quadro crtico de pobreza.

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    Figura 2.5 Taxa Geomtrica de Crescimento Mdio Anual da Populao Pobre 2000/2010

    Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP.

    A partir da Figura 2.6 verifica-se que as redues ocorridas na taxa

    de pobreza foram suficientes para que grande parte das regies de

    integrao alterassem positivamente o nvel de estratificao, de

    modo que as regies do Rio Caet e Tocantins que se encontravam

    na pior faixa (5), em 2000 passaram para a 4 faixa. O Baixo

    Amazonas, o Guam, Lago de Tucuru e Rio Capim tambm

    melhoraram uma faixa (da 4 para a 3). A regio do Araguaia e

    Carajs passaram de uma faixa intermediria para a segunda melhor

    faixa. As demais regies Metropolitana, Tapajs e Xingu no

    apresentaram alteraes suficientes para modificar seus grupos no

    perodo.

    0,25

    -0,63

    -0,39

    -0,93

    1,33

    1,91

    -2,48

    -0,24

    0,42

    -0,80

    1,18

    2,54

    -3,00 -2,00 -1,00 0,00 1,00 2,00 3,00

    Araguaia

    Baixo Amazonas

    Carajs

    Guam

    Lago Tucuru

    Maraj

    Metropolitana

    Rio Caet

    Rio Capim

    Tapajs

    Tocantins

    Xingu

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    Figura 2.6 Taxa de Pobreza por Regio de Integrao do Estado do Par - 2000 e 2010

    Quando se observa uma parcela mais crtica dentro da situao de

    pobreza, a extrema pobreza, o n de pessoas nessa situao

    apresentou redues tanto para Brasil, quanto para o estado do Par,

    sendo que a diminuio na taxa brasileira foi maior.

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    A populao paraense inserida nessa faixa de extrema

    pobreza, em nmero absoluto, registrou diferena de 17.094

    habitantes, fora dessa situao de indigncia e, no caso brasileiro

    foram menos cerca de 6 milhes de habitantes. A taxa de extrema

    pobreza do Brasil reduziu de 14,42% (2000) para 9,63% em 2010

    (Tabela 2.5).

    Tabela 2.5 Populao Abaixo da Linha de Extrema Pobreza, para Brasil e Estado do Par 2000/2010.

    Abrangncia

    Geogrfica

    Populao abaixo da

    linha da extrema

    pobreza

    Taxa de

    crescimento

    da Ext.

    Pobre

    2000/2010

    Taxa de Extrema

    Pobreza

    2000 2010 2000 2010

    Brasil 24.478.441 18.270.627 -25,36 14,42 9,63

    Par 1.481.317 1.464.223 -1,15 23,99 19,42 Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP

    A populao paraense em situao de extrema pobreza no

    Par diminuiu na ltima dcada de 1.481.317 (2000) para 1.464.223

    (2010) habitantes, logo, a taxa do estado, sofreu reduo com

    diferena de 4,51 p.p, mesmo com o aumento da populao no

    perodo. A Taxa de extrema pobreza no Par diminuiu de 23,99%

    para 19,42% no perodo em anlise.

    A partir dos dados da Tabela 2.6 observa-se que tanto para o

    ano 2000, quanto para 2010, a regio de integrao do Maraj foi a

    que registrou as maiores taxas de extrema pobreza entre as Regies

    de Integrao do estado, com 37,91% e 37,88% respectivamente. Em

    2000 seguida pelas regies do Rio Caet (35,31%) e Tocantins

    (33,42%) e, para o ano de 2010 Rio Caet (30,65%) e Tocantins

    (28,44%) para 2010, semelhante ao apresentado a populao em

    situao de pobreza.

    A regio Metropolitana apresentou as menores taxas de

    extrema pobreza com 10,94% e 7,19% respectivamente no perodo

    em anlise. Algumas regies registraram aumentos em suas

    populaes em extrema pobreza, como o caso Maraj, Xingu,

    Tocantins, Lago Tucuru, e Rio Caet, sendo que na taxa de extrema

    pobreza somente a regio do Xingu apresentou elevao passando de

    21,78% para 25,38%.

    As melhores variaes referentes s taxas de extrema pobreza

    ficaram por conta das regies de integrao do Carajs e Guam,

    com -8,99% e -7,69%. Enquanto que, a regio do Xingu registrou

    incremento de +3,6p.p, comportamento diferente das demais regies,

    nas quais todas reduziram suas taxas de extrema pobreza no perodo

    de 10 anos.

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    Tabela 2.6 Populao de Pessoas Abaixo da Linha de Extrema Pobreza, segundo Regio de Integrao do Estado do Par 2000/2010

    Regio de

    Integrao

    Pop. ext. pobre

    2000

    Total pop.

    2000

    Taxa de Extrema

    pobreza 2000

    Pop. ext.

    pobre 2010

    Total pop.

    2010

    Taxa de

    Extrema

    pobreza 2010

    Araguaia 67.218 337.975 19,89 61.194 467.575 13,09

    Baixo Amazonas 196.839 601.381 32,73 184.373 675.510 27,29

    Carajs 92.088 400.287 23,01 79.308 565.936 14,01

    Guam 135.658 506.346 26,79 116.430 609.464 19,10

    Lago Tucuru 70.909 272.813 25,99 76.539 357.772 21,39

    Maraj 143.737 379.203 37,91 184.992 488.328 37,88

    Metropolitana 196.498 1.795.536 10,94 146.676 2.039.298 7,19

    Rio Caet 140.741 398.549 35,31 141.531 461.705 30,65

    Rio Capim 141.716 478.336 29,63 136.604 604.933 22,58

    Tapajs 51.191 197.942 25,86 43.424 205.152 21,17

    Tocantins 187.374 543.360 34,48 209.734 737.346 28,44

    Xingu 57.348 263.309 21,78 83.418 328.632 25,38

    Total 1.481.317 6.175.037 23,99 1.464.223 7.541.651 19,42 Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP

    Na Figura 2.7 verifica-se que as regies do Xingu e Maraj

    apresentaram as maiores taxas de crescimento mdio anual da

    populao em extrema pobreza com 3,82% e 2,56%, superando a

    taxa mdia anual estadual de -0,12%. A regio Metropolitana

    registrou a melhor reduo com -2,88% entre 2000 e 2010, seguida

    pela regio do Tapajs (-1,63%) e Guam (-1,52%).

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    Figura 2.7 Taxa Geomtrica de Crescimento Mdio Anual da Populao em Extrema Pobreza 2000/2010.

    Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP

    A Figura 2.8 demonstra qual a participao que a populao

    em extrema pobreza representa no total da populao pobre, tanto

    em 2000 quanto em 2010, possibilitando identificar a concentrao

    dessa populao vulnervel. Em 2000, as regies do Baixo

    Amazonas, Rio Caet e Tapajs foram as que registraram as maiores

    propores de populaes extremamente pobres entre aqueles abaixo

    da linha da pobreza. Sete das doze Regies de Integrao em 2000

    apresentavam mais de 50% da populao pobre em situao de

    extrema pobreza. Em 2010, somente seis regies encontravam-se

    nesta situao.

    Maraj, Rio Caet e Baixo Amazonas foram as regies , em

    2010, que mais concentraram pessoas pobres abaixo da linha da

    extrema pobreza, evidenciando-se como as regies no estado com

    maiores vulnerabilidades quanto pobreza extrema medida pelo

    nvel de renda. Enquanto que, as regies Metropolitana e Araguaia

    apresentam em suas populaes pobres, as menores participaes de

    populaes em extrema pobreza, 37,35% e 42,66% respectivamente.

    Figura 2.8 - Participao de populao extremamente pobre em

    relao populao pobre nas Regies de Integrao do Par -

    2000 e 2010.

    Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP

    -0,93

    -0,65

    -1,48

    -1,52

    0,77

    2,56

    -2,88

    0,06

    -0,37

    -1,63

    1,13

    3,82

    -4,00 -3,00 -2,00 -1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00

    Araguaia

    Baixo Amazonas

    Carajs

    Guam

    Lago Tucuru

    Maraj

    Metropolitana

    Rio Caet

    Rio Capim

    Tapajs

    Tocantins

    Xingu

    48,06

    56,57

    49,72

    48,92

    51,80

    55,46

    38,91

    55,91

    52,14

    55,61

    54,07

    49,19

    42,66

    56,43

    44,51

    46,10

    49,01

    59,06

    37,35

    57,59

    48,22

    51,14

    53,80

    55,69

    0,00 20,00 40,00 60,00 80,00

    Araguaia

    Baixo Amazonas

    Carajs

    Guam

    Lago Tucuru

    Maraj

    Metropolitana

    Rio Caet

    Rio Capim

    Tapajs

    Tocantins

    Xingu

    % de

    participao de

    pop. ext. pobreza/pop.

    Pobre 2010

    % de

    participao de

    pop. ext. pobreza/pop.

    Pobre 2000

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    Figura 2.9 Taxa de Extrema Pobreza por Regio de Integrao do Estado do Par - 2000 e 2010

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    3. Desemprego (percentual mdio de populao economicamente ativa desempregada).

    Considerando a indisponibilidade dos dados referentes taxa

    de desemprego, neste mapa utilizou-se a Taxa de Desocupao que

    representa o percentual da populao economicamente ativa

    desocupada. Segundo o IBGE compreende-se como pessoas

    desocupadas na semana de referncia, as pessoas sem trabalho que

    tomaram alguma providncia efetiva de procura de trabalho neste

    perodo.

    Neste Mapa os dados referentes ao indicador do item foram

    analisados para os anos de 2000 e 2010, com base nos dois ltimos

    censos com desagregao geogrfica para o Brasil, Regio Norte e

    Par, considerando que os dados municipais ainda no foram

    divulgados pela fonte.

    A Tabela 3.1 demonstra que houve reduo, nos ltimos 10

    anos, na Taxa de Desocupao de todas as regies em estudo. As

    diminuies mais significativas ficaram por conta do Brasil e Regio

    Norte que apresentaram decrscimos de 7,6 e 6,0 pontos percentuais,

    respectivamente. Neste mesmo perodo o Par registrou reduo de

    4,5 pontos percentuais (p.p.) em sua taxa saindo de 13,7% para

    9,2%.

    Na ltima dcada houve crescimento na PEA e na POC do

    Brasil, Regio Norte e Par e reduo da populao desocupada, por

    isso, a queda na taxa de desocupao destas regies.

    Tabela 3.1 Percentual da Populao Economicamente Ativa desocupada (Taxa de Desocupao) no Brasil, Regio Norte e Estado do Par - 2000/2010

    Indicadores 2000 2010

    BR RN PA BR RN PA

    PEA 77.467.473 5.128.810 2.412.061 93.491.253 6.855.672 3.189.571

    POC 65.629.892 4.371.348 2.081.163 86.330.200 6.255.689 2.896.892

    Pop Desocupada 11.837.581 757.462 330.898 7.161.053 599.983 292.679

    Tx Desocupao (%) 15,3 14,8 13,7 7,7 8,8 9,2 Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP

    De acordo com a Tabela 3.2 no perodo de 2000 a 2010, a

    Regio Norte apresentou o maior crescimento na POC (43,1%) o

    equivalente a uma taxa de incremento mdio anual de 3,65%. A

    populao ocupada estadual passou de pouco mais de dois milhes

    para quase 2,9 milhes representando um acrscimo em torno de

    40% e uma taxa de incremento mdio anual de 3,36%. A POC

    nacional apresentou incremento em torno de 32% com uma taxa de

    incremento mdio anual de 2,78.

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    No Brasil as posies na ocupao que mais contriburam

    para o crescimento da populao ocupada foram dos empregados

    com carteira de trabalho assinada que representaram praticamente

    70% do incremento nacional no perodo 2000-2010 (Tabela 5.1) e

    dos trabalhadores por conta prpria contando com 26% deste

    acrscimo, apenas as classes ocupacionais dos outros empregados (-

    3%) e dos empregadores (-10%) sofreram reduo neste perodo.

    Isto fez com que o grupo de trabalhadores com carteira de trabalho

    assinada deixasse de participar com 36,5% e passasse a representar

    44,5% do total da POC. Os conta prpria se mantiveram

    praticamente no mesmo patamar de participao (24%) no Brasil.

    Na Regio Norte a elevao tambm ocorreu,

    principalmente, pela insero de mais empregados com carteira de

    trabalho assinada (44,8%) e conta prpria (29,9%) no mercado de

    trabalho, por outro lado os empregadores sofreram reduo de 5,2%

    no perodo. A participao dos trabalhadores com carteira assinada

    no total da populao ocupada subiu de 20,9% para 28,1% no

    perodo 2000 a 2010 e, apesar do incremento no nmero absoluto de

    trabalhadores por conta prpria, sua participao se manteve a

    mesma no perodo (30%).

    O Par seguiu a mesma tendncia nacional e regional de

    crescimento da POC, entretanto, tanto os empregados com carteira

    de trabalho assinada (com 39,7%) quanto os trabalhadores por conta

    prpria (com 37,2%) obtiveram participaes prximas. Entre os

    empregadores no estado houve uma reduo de 15% no perodo

    2000 a 2010. No Par, apesar do incremento de 18% para 24%, na

    participao de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no

    total da POC esse percentual comparado ao Brasil continua baixo,

    em contrapartida os trabalhadores por conta prpria passaram de

    32% para 33,5% do total da POC estadual.

    Importante observar a evoluo dos empregados com carteira

    de trabalho assinada o que mostra um nmero cada vez maior de

    pessoas com direitos previdencirios garantidos e contribuindo para

    a reduo do dficit previdencirio, apesar da reduo do nmero de

    empregadores. Tambm merece ateno o acrscimo do nmero

    absoluto de trabalhadores conta prpria nos trs nveis geogrficos,

    sinalizando aumento de pessoas ocupadas no mercado de trabalho

    informal.

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    Tabela 3.2 Populao Ocupada por Posio na Ocupao para o Brasil, Regio Norte e Par 2000-2010

    Posio na Ocupao Brasil Regio Norte Par

    2000 2010 2000 2010 2000 2010

    Total 65.629.892 86.330.213 4.371.348 6.255.691 2.081.163 2.896.891

    Empregados 43.694.129 58.889.985 2.450.628 3.644.807 1.117.191 1.575.869

    Com carteira de trabalho

    assinada 23.929.433 38.379.685 915.529 1.759.032 375 058 699 100

    Militares e funcionrios

    pblicos estatutrios 3.693.162 4.917.285 355.305 512 620 153 617 203 238

    Outros 16.071.534 15.593.016 1.179.793 1.373.156 588 517 673 531

    Conta prpria 15.396.247 20.689.548 1.312.584 1.875.672 666.818 970 266

    Empregadores 1.897.842 1.708.754 79.604 75 456 38.709 32 905

    Outros e sem declarao 4.641.674 5.041.926 528.531 659 756 258.444 317 851 Fonte: IBGE

    Elaborao: IDESP

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    4. Educao (mdia entre a taxa de alfabetizao de adultos e a taxa combinada de matrcula no ensino fundamental,

    mdio e superior)

    Neste item o indicador analisado avalia a razo entre a taxa

    de alfabetizao de adultos (15 anos ou mais) e a taxa combinada de

    matrculas nos trs nveis de ensino em relao populao na faixa

    de 6 a 22 anos de idade (faixa em que as pessoas deveriam estar

    cursando os respectivos nveis).

    A taxa de alfabetizao no perodo de 2000 a 2010 evoluiu

    nos trs nveis geogrficos analisados. A taxa brasileira passou de

    86,37% para 90,38% (alta de 4 pontos percentuais) o que representa

    uma taxa de incremento mdio geomtrico anual de 0,45% enquanto

    que a taxa da Regio Norte foi de 83,66% para 88,82% (+5,61

    pontos percentuais) representando um incremento mdio anual de

    0,6%. No Par a taxa de alfabetizao subiu de 83,93% para 88,25%

    (elevao de 4,32 pontos percentuais) o equivalente a um incremento

    mdio geomtrico anual de 0,5%, ligeiramente superior ao nacional.

    Tabela 4.1 Taxa de Alfabetizao e Taxa Combinada de Matrcula no Ensino Fundamental, Mdio e Superior para o Brasil, Regio Norte e Estado do Par 2000/2010

    Itens

    Geogrficos Ano

    Taxa de

    Alfabetizao

    (15 anos ou mais)

    Taxa

    Combinada de

    Matrcula

    Mdia entre a taxa de

    alfabetizao e taxa de

    matrcula combinada

    Brasil 2000 86,37 78,93 1,09

    2010 90,38 87,36 1,03

    Regio Norte 2000 83,66 74,97 1,12

    2010 88,82 84,76 1,05

    Estado do Par 2000 83,93 74,82 1,12

    2010 88,25 83,78 1,05 Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP

    Em relao taxa combinada de matrcula para os nveis

    fundamental, mdio e superior, os percentuais nas regies

    observadas tambm apresentaram evoluo no perodo analisado,

    (Tabela 4.1). A Regio Norte obteve o melhor desempenho com uma

    elevao de 9,79 pontos percentuais (p.p.) em sua taxa, passando de

    74,97%, em 2000, para 84,76%, em 2010, com uma taxa de

    incremento mdio geomtrico anual de 1,23%. O Par apresentou

    acrscimos de 8,96 pontos percentuais, de 74,82% para 83,78% no

    perodo, uma taxa de incremento anual de 1,14%, enquanto que o

    Brasil alcanou um aumento de 8,43 pontos percentuais com a taxa

    saindo de 78,93% para 87,36% o que representa uma taxa de

    incremento mdio anual de 1,02%.

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    A razo entre a taxa de alfabetizao e a taxa combinada de

    matrcula sofreu ligeira reduo tanto no Brasil quanto na Regio

    Norte e Par.

    De acordo com a Figura 4.1 nota- se que, no Brasil, as taxas

    de alfabetizao de homens e mulheres eram praticamente iguais em

    2000 (em torno de 86%) e continuaram praticamente as mesmas em

    2010 (em torno de 90%). Essas taxas, masculina e feminina,

    apresentaram elevao por volta de 4% e crescimento mdio anual

    de 0,44% e 0,47%, respectivamente.

    Na Regio Norte a taxa feminina foi superior em 2000

    (diferena de 1,4 ponto percentual) e, em 2010, esta diferena

    aumentou ficando em torno de 2 pontos percentuais. No Norte a taxa

    masculina atingiu crescimento de 5 pontos e a feminina 5,3 pontos

    representando incremento mdio anual de 0,59% e 0,61%,

    respectivamente.

    No Par a disparidade entre a taxa de alfabetizao dos

    homens e mulheres a maior em anlise. Em 2000 as mulheres

    apresentaram taxa de 84,4% enquanto que a dos homens foi de

    82,1% (diferena prxima a 2 pontos percentuais) e, em 2010, a taxa

    feminina subiu para 89,6% e a masculina passou para 87%, passando

    a diferena entre as taxas para 2,5 pontos percentuais. No Perodo

    observado a taxa de alfabetizao feminina obteve aumento de 5,2

    pontos e a masculina 4,9 pontos denotando incremento mdio anual

    de 0,60% e 0,58%, respectivamente.

    Figura 4.2 - Taxa de Alfabetizao por gnero para o Brasil,

    Regio Norte e Estado do Par 2000/2010

    Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP

    A Figura 4.2 mostra a taxa de alfabetizao desagregada

    segundo as reas urbana e rural nos anos de 2000 e 2010. Observam-

    se diferenas mais acentuadas entre estes dois recortes regionais em

    estudo. A taxa urbana brasileira passou de 89,8%, em 2000, para

    92,7%, em 2010, (+ 3 p.p.) enquanto que a rural subiu de 70,2% para

    76,8% no mesmo perodo (+ 6,6 p.p.), com isto a diferena entre as

    taxas das duas reas que foi de 19,5 p.p. caiu para 15,9 p.p.. O

    incremento mdio anual da taxa de alfabetizao urbana brasileira

    foi de 0,33% e na rea rural foi de 0,9%.

    Em relao Regio Norte a taxa de alfabetizao na rea

    urbana cresceu de 88,8%, em 2000, para 92,1%, em 2010, (+ 3,2

    p.p.) e na rea rural aumentou de 70,1% para 78,7% (+ 8,6 p.p.)

    neste mesmo intervalo de tempo, isto fez com que a diferena entre

    as esferas baixasse de 18,7 pontos percentuais para 13,4 p.p.. Nesta

    Regio o crescimento mdio geomtrico anual da rea rural foi de

    1,16% bem superior ao da urbana que foi da ordem de 0,36%.

    No Par a taxa de alfabetizao urbana seguiu a mesma

    tendncia do Brasil e Norte subindo de 88,8%, em 2000, para 91,9%,

    86,5% 90,7%

    84,4% 89,7% 84,4% 89,6%

    86,2% 90,1% 83,0% 88,0%

    82,1% 87,0%

    BR 00 BR 10 RN 00 RN 10 PA 00 PA 10

    Feminino

    Masculino

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    em 2010, o que representa uma elevao de 3,1 p.p. e na rea rural a

    taxa passou de 70,5% para 79,3% nos ltimos 10 anos o que

    significa alta de 8,8 p.p., em vista disso a desigualdade entre as reas

    urbana e rural que estava em 18,3 p.p. diminuiu para 12,6 p.p. No

    Par o incremento mdio anual da taxa urbana foi de 0,35% bem

    abaixo do rural que ficou em 1,18%.

    A menor diferena nas taxas de alfabetizao, entre urbano e

    rural, no ano de 2010 ocorreu no Par, alm de apresentar a maior

    taxa de alfabetizao rural. Destaca-se que em funo das taxas

    urbana j serem mais elevadas que as rurais so provveis que as

    variaes no indicador urbano sejam menores que o indicador rural.

    Figura 4.2 - Taxa de Alfabetizao por situao do domiclio

    para o Brasil, Regio Norte e Estado do Par 2000/2010

    Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP

    A partir da Figura 4.3 constata-se que as taxas de

    alfabetizao dos brancos ultrapassou 90% no Brasil, Norte e Par

    no ano de 2010 e diminuiu a desigualdade entre as taxas dos

    pretos/pardos e dos brancos nos trs nveis geogrficos na ltima

    dcada.

    No Brasil a taxa de alfabetizao dos brancos subiu 2,4 p.p.

    passando de 91,7%, em 2000, para 94,1%, em 2010 e a dos

    pretos/pardos cresceu 5,5 p.p. saindo de 81,3% para 86,8% no

    mesmo perodo, o equivalente a um incremento mdio anual de

    0,26% para os brancos e 0,66% para as pessoas que se declararam

    pretas/pardas reduzindo a diferena entre as taxas dos dois grupos de

    10,4 p.p. para 7,3 p.p. no perodo.

    Observando as informaes para a Regio Norte constata-se

    que entre os brancos a taxa de alfabetizao aumentou 3,1 p.p.

    saindo de 89% para 92,1% na dcada em anlise enquanto que a taxa

    dos pretos/pardos subiu 5,2 p.p. que foi 83%, em 2000, e chegou a

    88,2, em 2010. O incremento mdio anual dos brancos do Norte foi

    da ordem de 0,35% enquanto que o dos pretos/pardos foi de 0,61% o

    que proporcionou uma reduo na desigualdade entre os grupos de 6

    p.p. para 3,9 p.p..

    Em relao ao Par ocorreu um incremento de 3 p.p. na taxa

    dos brancos subindo de 88,4%, em 2000, para 91,4%, em 2010,

    enquanto que a taxa dos pretos/pardos cresceu 5 p.p. passando de

    82,5% para 87,5% no mesmo perodo. O incremento mdio anual

    dos brancos foi de 0,33% e dos pretos/pardos 0,58% reduzindo a

    disparidade entre os dois grupos de 5,9 p.p. para 3,9 p.p. no perodo

    em anlise. Ressalta-se que o Par apresenta a menor diferena entre

    estes dois grupos tanto em 2000 quanto em 2010.

    89,8% 92,7%

    88,8% 92,1%

    88,8% 91,9%

    70,2%

    76,8%

    70,1%

    78,7%

    70,5%

    79,3%

    BR 00 BR 10 RN 00 RN 10 PA 00 PA 10

    Urbana Rural

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    Figura 4.3 - Taxa de Alfabetizao por raa para o Brasil,

    Regio Norte e Estado do Par 2000/2010.

    Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP

    A Tabela 4.2 mostra a taxa de alfabetizao nas Regies de

    Integrao do Par nos anos de 2000 e 2010. A Regio

    Metropolitana apresenta a maior proporo de pessoas com 15 anos

    ou mais alfabetizadas (94,87%, em 2000, e 96,45%, em 2010)

    avanando apenas 1,58 pontos percentuais em funo do indicador

    da regio j ser elevado e, consequentemente, a menor taxa de

    incremento mdio geomtrico anual (0,17%). Por outro lado, o

    Maraj que apresentava uma taxa de alfabetizao baixa, em 2000

    (67,91%) e continua com uma taxa baixa em relao as demais

    regies em anlise, em 2010 (77,10%), apresentou o maior

    acrscimo (9,19 pontos percentuais) e o maior incremento mdio

    anual (1,28%).

    Tabela 4.2 Taxa de Alfabetizao das pessoas de 15 anos ou mais nas Regies de Integrao do Par 2000/2010

    Regio de Integrao

    Taxa de Alfabetizao

    (15 anos ou mais)

    2000 2010

    Araguaia 79,79 86,35

    Baixo Amazonas 85,81 89,58

    Carajs 79,45 87,12

    Guam 84,38 88,43

    Lago de Tucuru 76,44 82,66

    Maraj 67,91 77,10

    Metropolitana 94,87 96,45

    Rio Caet 76,73 81,77

    Rio Capim 73,90 81,05

    Tapajs 77,26 84,66

    Tocantins 79,20 86,02

    Xingu 76,69 83,25 Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP

    A Figura 4.4 mostra a taxa de alfabetizao das pessoas de 15

    anos ou mais espacializada no perodo de 2000 e 2010, na qual todas

    as regies de Integrao melhoraram de faixa, exceto a

    Metropolitana que desde 2000 se encontra na melhor faixa e o Baixo

    Amazonas que se manteve na segunda melhor estratificao.

    Destacam-se as regies do Carajs e Tocantins que no perodo

    avanaram duas faixas. Outro fato relevante que o avano do

    indicador na dcada foi suficiente para que nenhuma das regies

    ficassem na faixa de valores menores.

    91,7% 94,1% 89,0%

    92,1% 88,4%

    91,4%

    81,3% 86,8%

    83,0% 88,2%

    82,5% 87,5%

    BR 00 BR 10 RN 00 RN 10 PA 00 PA 10

    Branca Preta/pardos

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    Figura 4.4 Taxa de alfabetizao das pessoas de 15 anos ou mais por Regio de Integrao do Estado do Par 2000/2010

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    5. Sade (nmero de postos de sade, de leitos hospitalares e de agentes comunitrios de sade em relao ao nmero de habitantes e mortalidade infantil)

    O nmero de Postos e Centros de Sade relativizados pelo total

    de habitantes e expressa a cada dez mil habitantes e o nmero de de

    leitos hospitalares relativizados pelo total da populao apresentado

    a cada mil habitantes representam, em parte, as disponibilidades de

    recursos fsicos na rea da sade, neste mapa est demonstrado para

    o estado do Par e as Regies de Integrao.

    Tabela 5.1 Nmero de centros e postos de sade por dez mil habitantes e de leitos hospitalares por mil habitantes para o Estado do Par e Regies de Integrao 2007-2011

    Par / Regies de

    Integrao

    Postos e Centros de Sade por 10.000

    habitantes Leitos hospitalares por

    1.000 Habitantes

    2007 2008 2009 2010 2011 2007 2008 2009 2010 2011

    Par 2,22 2,24 2,25 2,29 2,33 2,21 2,21 2,21 2,19 2,19

    Araguaia 3,13 3,07 3,10 2,92 2,81 2,6 2,62 2,61 2,61 2,61 Baixo Amazonas 3,26 3,25 3,32 3,12 3,04 1,69 1,7 1,73 1,72 1,72 Carajs 2,29 2,33 2,24 2,11 2,01 1,86 1,81 1,67 1,76 1,72 Guam 4,00 3,93 3,95 3,98 4,05 1,74 1,72 1,76 1,68 1,62 Lago de Tucuru 2,51 2,45 2,57 2,31 2,38 1,88 1,83 2,17 2,07 2,09 Maraj 2,69 2,72 2,89 3,26 3,49 0,88 0,85 0,85 0,87 1,04 Metropolitana 0,69 0,72 0,72 0,77 0,80 3,05 3,09 3,09 3,17 3,13 Rio Caet 3,06 3,01 3,15 3,22 3,31 2,51 2,65 2,48 2,41 2,58 Rio Capim 2,19 2,38 2,33 2,36 2,43 2,14 2,28 2,27 1,87 2,09 Tapajs 1,84 1,82 1,82 2,53 2,65 1,94 1,94 2,09 2,72 2,70 Tocantins 2,62 2,54 2,51 2,53 2,63 1,48 1,4 1,40 1,30 1,27 Xingu 3,04 3,1 2,91 2,71 2,73 2,22 2,12 1,95 2,06 1,93

    Fonte: DATASUS/IBGE

    Elaborao: IDESP

    Desde 2007 o Par vem apresentando crescimento na

    disponibilidade de postos e centros de sade para cada grupo de

    10.000 habitantes, conforme Tabela 5.1. Em 2007 a taxa foi de 2,22

    e em 2011 o valor do indicador paraense chegou ao patamar de 2,33

    postos e centros de sade para cada 10.000 habitantes.

    Dentre as Regies de Integrao, o Guam a que apresenta

    a maior proporo desde 2007, com uma leve reduo nos anos

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    posteriores e alcanando 4,05 em 2011. A Metropolitana obteve a

    menor proporo com menos de um posto ou centro de sade para

    cada grupo de dez mil habitantes, apesar do contnuo crescimento

    no seu ndice desde 2007.

    importante observar tambm que, de 2010 para 2011,

    ocorreram elevaes nas propores da maioria das Regies sendo

    que o Maraj apresentou o crescimento mais expressivo neste

    perodo passando de 3,26 para 3,49 postos e centro de sade para

    cada grupo de 10.000 habitantes.

    Examinando o nmero de leitos por mil habitantes, ainda na

    Tabela 5.1, nota- se que at 2009 a taxa estadual vinha se mantendo

    no mesmo patamar (2,21) entretanto a partir de 2010 a proporo cai

    para 2,19 e se mantm a mesma em 2011.

    Em relao a este indicador, a regio metropolitana destaca-

    se com os maiores ndices desde 2007, ao contrrio do indicador

    anterior, chegando a possuir 3,13 leitos hospitalares para cada grupo

    de mil habitantes em 2011. A Regio do Maraj a que vem

    apresentando o menor ndice desde 2007 e apenas em 2011 atingiu o

    valor de um leito hospitalar para cada mil habitantes. Ainda em

    relao ao nmero de leitos por mil habitantes as Regies de

    integrao que apresentaram queda de 2010 para 2011 foram:

    Carajs, (1,76 para 1,72), Guam (1,68 para 1,62), Metropolitana

    (3,17 para 3,13), Tapajs (2,72 para 2,70), Tocantins (1,30 para

    1,27) e Xingu (2,06 para 1,93).

    A Organizao Mundial da Sade (OMS) recomenda um

    mnimo de 4 leitos para cada mil habitantes, sendo assim, pode-se

    notar que todas as Regies de integrao e conseqentemente o Par

    apresentam dficit de leitos. O ndice estadual praticamente a

    metade do recomendado pela OMS e entre as Regies de integrao

    a que est mais prxima de alcanar o indicado pela Organizao a

    Regio Metropolitana.

    A Figura 5.1 mostra a distribuio espacial do nmero de

    postos e centros de sade para cada grupo de mil habitantes. A

    regio do Carajs apresentou movimento contrrio saindo de uma

    faixa intermediria para a faixa imediatamente menor (Figura 5.1).

    As demais regies no apresentaram diferenas capazes de alterar

    seus respectivos grupos.

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    Figura 5.1 - Postos e Centros de Sade por mil hab. por Regio de Integrao do Estado do Par 2010-2011

    A Figura 5.2 apresenta o nmero de leitos para cada mil

    habitantes espacializado nos anos de 2010 e 2011 na qual observa-se

    que as diferenas apresentadas no indicador de todas as regies de

    integrao no foram suficientes para alterar a faixa a que cada uma

    delas pertenciam, respectivamente.

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    Figura 5.2 Leitos por mil hab por Regio de Integrao do Estado do Par. 2010/2011

    Os Agentes Comunitrios de Sade (ACS) so vinculados s

    polticas de ateno bsica, tendo como principal atuao o

    programa federal Sade da Famlia, que atende em grande parte a

    populao mais carente. A Tabela 5.2 mostra o nmero de ACS para

    cada mil habitantes. Verifica-se que, no Estado do Par, ocorreram

    incrementos no indicador de 2007 at 2009 quando passou de 1,59

    para 1,83. Contudo, desde 2010 vm acontecendo pequenas

    redues e a taxa estadual chegou a 1,78 em 2011. Essa reduo

    ocorreu tambm no nmero absoluto de agentes comunitrios de

    sade.

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    Tabela 5.2 Agentes comunitrios de sade por 1.000 habitantes para o Estado do Par e Regies de Integrao, 2007-2011

    Par / Regies de

    Integrao

    Agentes comunitrios por mil habitantes

    2007 2008 2009 2010 2011

    Par 1,59 1,81 1,83 1,81 1,78 Araguaia 2,12 2,16 2,26 2,25 2,38 Baixo Amazonas 1,82 2,00 1,96 1,90 1,98 Carajs 1,37 1,70 1,81 1,69 1,62 Guam 2,20 2,45 2,45 2,46 2,43 Lago de Tucuru 1,90 2,31 2,24 2,14 1,98 Maraj 1,81 2,18 2,30 2,15 2,12 Metropolitana 0,74 0,90 0,90 0,88 0,85 Rio Caet 1,91 2,63 2,73 2,65 2,62 Rio Capim 1,88 2,21 2,29 2,17 2,10 Tapajs 2,09 1,89 1,84 2,41 2,30 Tocantins 1,99 2,08 2,16 2,09 1,92 Xingu 2,39 2,34 2,03 2,06 2,21

    Fonte: Datasus/IBGE

    Elaborao: IDESP

    A tendncia estadual tambm pode ser observada na maioria

    das Regies de Integrao, com destaque para Araguaia e Baixo

    Amazonas que, obtiveram crescimento de 2011 em relao a 2010

    passando de 2,25 para 2,38 e 1,90 para 1,98, respectivamente e, a

    Regio do Xingu que apresentou comportamento contrrio do Par e

    vem alcanando aumento desde 2010. J a regio do Lago Tucuru

    vem sofrendo sucessivas redues desde 2009. De acordo com o

    Ministrio da Sade cada ACS acompanha, em mdia, 575 pessoas

    sendo assim, para mil habitantes seriam necessrios em torno de

    1,74 agentes. Partindo desta lgica, as regies do Carajs e

    Metropolitana ainda esto aqum do que seria ideal.

    A partir da distribuio espacial dos agentes comunitrios de

    sade (ACS) para cada grupo de mil habitantes nos anos de 2010 e

    2011, apresentada na Figura 5.3, observa-se que as Regies de

    Integrao Tapajs e Tocantins apresentaram redues nas taxas

    ocasionando mudanas para a faixa inferior. As regies do Baixo

    amazonas e Araguaia apresentaram evoluo no indicador gerando

    alteraes nas suas respectivas faixas para uma imediatamente

    melhor.

    As diferenas apresentadas nas demais Regies de Integrao

    no foram suficientes para alterar seus respectivos grupos, de 2010

    para 2011 (Figura 5.3).

    .

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    Figura 5.3 Agentes Comunitrios de Sade por mil hab. por Regio de Integrao do Estado do Par 2010/2011

    A Taxa de Mortalidade Infantil consiste no bito de crianas

    durante o seu primeiro ano de vida em relao ao nmero de

    nascidos vivos do mesmo perodo. Os dados apresentados para 2010

    so preliminares, possvel que os dados definitivos apresentem

    algumas diferenas nesses resultados. Por isso, mais relevante

    observar a tendncia do indicador que a magnitude dos valores.

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    Tabela 5.3 Taxa de Mortalidade Infantil para o Estado do Par e Regies de Integrao 2007/2010

    Par / Regies de

    Integrao Taxa de Mortalidade Infantil

    2007 2008 2009 2010*

    Par 18,75 18,18 18,39 17,96

    Araguaia 21,43 18,61 22,12 15,22 Baixo Amazonas 20,51 20,83 19,64 18,74 Carajs 22,17 19,28 19,46 17,07 Guam 15,11 15,93 16,05 15,26 Lago de Tucuru 24,62 19,71 19,62 20,12 Maraj 20,61 19,36 21,97 18,47 Metropolitana 17,2 16,08 16,15 16,36 Rio Caet 16,36 17,96 18,15 14,95 Rio Capim 17,58 18,83 19,04 19,40 Tapajs 20,36 24,51 21,13 25,27 Tocantins 18,49 18,77 16,54 20,29 Xingu 15,04 14,99 20,60 23,23 Fonte: DATASUS

    Elaborao: IDESP

    * Resultados preliminares

    Aps decrscimos consecutivos, desde 2004, a taxa de

    mortalidade infantil paraense apresentou leve crescimento de 2009

    em relao a 2008, subindo de 18,18 para 18,39 bitos infantis para

    cada mil nascidos vivos (Tabela 5.3). Todavia, em 2010, a taxa

    voltou a sofrer reduo apresentando o menor ndice desde 2004

    (17,96). Em 2010, a taxa se mantm no patamar classificado como

    baixo, de acordo com Pereira (1995)2.

    Com relao s Regies de integrao a metade obteve

    reduo em suas taxas de 2009 para 2010, com destaque para o

    Araguaia que reduziu praticamente 7 pontos em sua taxa. J entre o

    2 Considerou-se baixo - o indicador menor de 20,00; Mdio o indicador de 20,00

    a 49,99; Alto o indicador acima de 50,00.

    grupo que apresentou acrscimo em seu indicador no ltimo ano

    destacam-se a Regies de integrao do Tapajs com crescimento de

    +414 p.p.. Com o aumento de 2009 para 2010 as Regies do Lago

    Tucuru e Tocantins passaram a fazer parte do grupo considerado

    como mdia mortalidade infantil e o Araguaia e Maraj que apresentaram reduo em suas taxas no mesmo perodo integram o

    grupo de baixa mortalidade infantil. Na Figura 5.4 verifica-se que as Regies do Araguaia, Baixo

    Amazonas, Maraj e Rio Caet apresentaram redues, em 2010,

    suficientes para melhorar suas posies junto a faixas de taxas

    menores do que a de 2009. Na contra mo desse desempenho as

    regies do Rio Capim, Tapajs, Tocantins e Xingu apresentaram

    incrementos no indicador, em 2000, suficiente para posicion-las em

    grupos de taxas superiores as classificadas em 2009.

    As regies Lago do Tucuru,, Guam e Metropolitana de

    Belm, de acordo com a Figura 5.4, no apresentaram diferenas

    capazes de alterar seus grupos de 2009 a 2010.

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    Figura 5.4 Taxa de Mortalidade Infantil por Regio de Integrao do Estado do Par 2009/2010

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    6. Saneamento Bsico (percentual de domiclios com gua tratada, coleta e tratamento de esgoto e coleta de lixo).

    Os indicadores neste item analisam as disponibilidades de alguns

    servios pblicos essenciais, sendo: abastecimento d'gua, esgotos

    sanitrios e coleta de lixo. Servios que, se regularmente bem

    executados, aumentam o nvel de sade da populao beneficiada,

    contribuindo para uma maior expectativa de vida. As informaes

    aqui apresentadas so oriundas dos censos de 2000 e de 2010, e

    foram subdivididas por Regio de Integrao apresentados na Tabela

    6.1.

    No indicador percentual de domiclios com esgotamento

    sanitrio oriundos de rede geral e fossa sptica ocorreu reduo para

    o total do estado, de 2000 a 2010, de 38% a 31%, respectivamente,

    uma diferena de 7 pontos nesse indicador .

    Ocorreram diminuies no indicador em seis Regies de

    Integrao, a saber, Guam, Metropolitana, Araguaia, Rio Capim,

    Tocantins e Xingu, sendo que as duas primeiras apresentaram as

    maiores diferenas, menos 16 p.p. e menos 14 p.p., respectivamente,

    de um censo para o outro. As regies de Baixo Amazonas, Carajs,

    Lago Tucuru, Maraj, Rio Caets e Tapajs apresentaram aumento

    neste indicador, comparando os censos 2000 e 2010. Este resultado

    conseqncia, em grande parte, do fato de que, proporcionalmente, o

    aumento apresentado na disponibilidade desse servio foi inferior ao

    crescimento de domiclios no estado.

    O indicador percentual de domiclios com acesso a rede geral de

    abastecimento de gua apontou incremento em todas as Regies de

    Integrao do estado, comparando-se os dois censos, e

    conseqentemente o resultado para o estado tambm foi positivo,

    passando de 43% de domiclios com acesso a esse servio, em 2000,

    para 48% em 2010. As regies que mais se destacaram com

    incrementos acima de 10 pontos foram: Rio Capim, Carajs, Guam

    e Tapajs. Quanto as regies que menos cresceram ao longo da

    ltima dcada no acesso ao servio de gua por rede geral a Regio

    Metropolitana de Belm aumentou em apenas um ponto percentual

    em seu indicador, entretanto, a que sempre apresenta os maiores

    valores (de 63% para 64%), seguida da regio do Xingu que de 2000

    para 2010 evoluiu apenas 2 p.p. e no ltimo censo apresentou a

    menor taxa de acesso ao servio em anlise (19%).

    O indicador percentual de domiclios com coleta de lixo evoluiu

    para todas as regies de integrao de 2000 para 2010, com taxas de

    evoluo superiores a 20% para quase todas as regies, exceto a

    Regio Metropolitana que em 2000 j tinha o indicador de 90% e em

    2010 passou para 96% e a regio do Xingu que cresceu 15%. O

    indicador para o total do estado tambm apresentou evoluo de

    53% para 71%, de modo que a coleta de lixo o servio de

    saneamento com maior acesso entre os domiclios paraenses.

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    Tabela 6.1 Percentual de Domiclios com Abastecimento de gua, Esgotamento Sanitrio e Coleta de Lixo para o Estado do Par e Regio Metropolitana de Belm, com base nos censos 2000/2010

    Regio

    Percentual de domiclios

    com esgotamento sanitrio

    (rede geral ou fossa sptica)

    Percentual de domiclios

    com abastecimento de gua

    (rede geral)

    Percentual de domiclios

    com coleta de lixo

    2000 2010 2000 2010 2000 2010

    Araguaia 21% 16% 15% 23% 40% 60%

    Baixo Amazonas 22% 28% 53% 56% 40% 60%

    Carajs 27% 31% 35% 49% 45% 75%

    Guam 36% 20% 47% 58% 40% 67%

    Lago Tucuru 9% 12% 28% 32% 43% 68%

    Maraj 9% 12% 28% 36% 20% 42%

    Metropolitana 75% 61% 63% 64% 90% 96%

    Rio Caets 23% 27% 33% 40% 24% 52%

    Rio Capim 14% 11% 36% 52% 37% 61%

    Tapajs 8% 12% 11% 21% 34% 61%

    Tocantins 20% 14% 29% 35% 35% 56%

    Xingu 15% 12% 17% 19% 35% 50%

    Par 38% 31% 43% 48% 53% 71% Fonte: IBGE

    Elaborao: IDESP

    A Figura 6.1 demonstra a espacializao das Regies de

    Integrao no estado do Par, relativa ao indicador percentual de

    domiclios com esgotamento sanitrio via rede geral e fossa sptica.

    possvel visualizar que apesar de seis regies terem apresentado

    redues em seus percentuais somente a Guam reduziu sua faixa

    saindo de um grupo intermedirio (3) em 2000, passando para a

    pior faixa de resultados (1). As demais regies que apresentaram

    evolues, no foram suficientes para alterar seus respectivos

    grupos, no perodo em anlise.

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    Figura 6.1 Percentual de Domiclios com esgotamento sanitrio (rede geral e fossa sptica) por Regio de Integrao do Estado do Par 2000/2010

    A Figura 6.2 apresenta a espacializao das Regies de

    Integrao no estado do Par, relativa ao indicador percentual de

    domiclios com rede geral de abastecimento de gua.Visualiza-se

    que apesar de todas as Regies de Integrao apresentarem

    evolues, somente 7 regies melhoraram suas faixas passando, em

    2010, para o grupo imediatamente superior ao que estavam em 2000.

    Dessa forma, a melhor faixa que em 2000 era composta apenas pela

    regio Metropolitana, em 2010, acrescentou a esta as regies do

    Baixo Amazonas e Guam.

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    Figura 6.2 Percentual de Domiclios com rede geral de abastecimento de gua por Regio de Integrao do Estado do Par 2000/2010

    A Figura 6.3 demonstra a espacializao das Regies de

    Integrao no estado do Par, relativa ao indicador percentual de

    domiclios com coleta de lixo observa-se que todas as regies

    aumentaram suas faixas no indicador, exceto a regio Metropolitana

    que, em 2000, j estava na melhor faixa e permaneceu em 2010. As

    regies de Carajs, Guam, Lago de Tucuru, Rio Caets, Tocantins

    e Xingu apresentaram alteraes, em 2010, suficiente para avanar

    duas faixas acima da que estava em 2000. As demais no perodo em

    anlise avanaram para o grupo imediatamente superior no

    indicador.

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    Figura 6.3 Percentual de Domiclios com coleta de lixo por Regio de Integrao do Estado do Par 2000/2010

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    7. Habitao (dficit habitacional medido atravs do nmero de pessoas que vivem em loteamentos

    irregulares, destacando-se as reas de risco).

    Em funo da inexistncia da informao de pessoas que

    vivem em loteamentos irregulares, desde 2006 os mapas de excluso

    vm apresentando o indicador dficit habitacional (correspondendo a

    necessidade imediata de construo de novas moradias para

    resoluo de problemas sociais). Entretanto, para o ano de 2010 no

    qual foi realizado o censo demogrfico as informaes necessrias

    ao clculo desse dficit habitacional ainda no foram divulgadas em

    sua totalidade pelo IBGE, impossibilitando o clculo desse indicador

    no presente mapa de excluso social.

    Considerando as informaes divulgadas pelo IBGE

    referente temtica habitacional so apresentados dois indicadores,

    o primeiro refere-se inadequao domiciliar quanto necessidade

    de infraestrutura, ou seja, domiclios que no dispem de ao menos

    um dos seguintes servios bsicos: energia eltrica, rede geral de

    abastecimento de gua com canalizao interna, rede geral de

    esgotamento sanitrio ou fossa sptica e coleta de lixo, tomando-se

    por base o conceito de inadequao de infraestrutura institudo pelo

    Ministrio das Cidades conjuntamente com a Fundao Joo

    Pinheiro. O segundo indicador apresentado refere-se situao do

    domiclio quanto condio de ocupao, ou seja, se o domiclio

    prprio, alugado, cedido ou outra condio.

    Esses dois indicadores foram calculados para 2000 e 2010,

    por regio de integrao e esto disponveis nas tabelas 7.1 e 7.2

    respectivamente.

    A Tabela 7.1 apresenta o total de domiclios e o total de

    domiclios carentes de infra-estrutura, bem como a relao

    percentual entre estas variveis. Observou-se que esta relao foi

    alta do ponto de vista da carncia de infra-estrutura, tanto para 2000

    quanto para 2010.

    Na regio do Araguaia, por exemplo, no ano de 2000, de

    cada 100 domiclios, aproximadamente 96 no possuam os quatros

    servios bsicos conjuntamente descritos anteriormente. Neste

    perodo, a regio que apresentou o pior ndice foi a do Tapajs, com

    aproximadamente 99% dos domiclios classificados como carentes

    de infra-estrutura.

    Em 2000, na Regio Metropolitana de Belm, de cada 100

    domiclios, aproximadamente 51 eram considerados carentes de

    infraestrutura, apresentando o melhor resultado entre as regies. Em

    2010, a Metropolitana tambm registrou o menor ndice (58%), mas

    quando comparado ao de 2000, apontou aumento neste indicador

    (+7p.p.). Outras regies que obtiveram resultado semelhante, ou

    seja, desempenho negativo foram as do Lago Tucuru, Tocantins,

    Xingu, e a regio do Guam que registrou o maior aumento no

    indicador na ltima dcada.

    Apesar das regies Araguaia, Baixo Amazonas, Carajs,

    Maraj, Rio Caets, Rio Capim e Tapajs terem apresentado

    redues entre 2000 e 2010, o quadro ainda extremamente

    preocupante, visto que em alguns casos os valores aproximam-se de

    100% de deficincia. O estado do Par apresentou aumento no

    indicador, que em 2000 era da ordem de 78,25%, e em 2010 chegou

    a 81,06%.

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    Tabela 7.1 Percentual de domiclios com inadequao de infraestrutura por Regio de Integrao e estado do Par 2000 / 2010

    Fonte: IBGE

    Elaborao: IDESP

    A Figura 7.1 demonstra a espacializao das

    Regies de Integrao no estado do Par, relativa ao

    indicador percentual de domiclio com inadequao de

    infraestrutura observa-se que, em 2010, nove regies se

    encontravam na faixa de maior nvel de carncia, com

    destaque para as regies do Guam e Tocantins que em 2000,

    estavam na segunda pior faixa de valores para esse indicador.

    As demais regies todas se mantiveram no mesmo grupo ao

    longo da dcada.

    Total de

    Domiclios

    Domiclios com

    inadequao de

    infraestrutura

    Part%Total de

    Domiclios

    Domiclios com

    inadequao de

    infraestrutura

    Part%

    Araguaia 78.702 75.548 95,99 124.512 119.378 95,88

    Baixo Amazonas 117.976 99.180 84,07 156.041 126.814 81,27

    Carajas 89.640 75.865 84,63 151.238 122.396 80,93

    Guama 108.253 91.275 84,32 155.347 141.294 90,95

    Lago Tucurui 57.713 54.447 94,34 87.675 82.751 94,38

    Marajo 66.630 64.183 96,33 95.768 89.037 92,97

    Metrop. Belem 416.305 213.708 51,33 540.159 311.103 57,59

    Rio Caetes 80.687 73.931 91,63 111.610 101.271 90,74

    Rio Capim 98.602 94.123 95,46 145.953 137.711 94,35

    Tapajos 38.169 37.731 98,85 49.586 48.566 97,94

    Tocantins 101.706 91.670 90,13 158.865 146.464 92,19

    Xingu 54.650 52.664 96,37 82.411 80.250 97,38

    Par 1.309.033 1.024.325 78,25 1.859.165 1.507.035 81,06

    2000 2010

    Regio

    de Integrao

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    Figura 7.1 - Percentual de domiclios com inadequao de infraestrutura por Regio de Integrao e estado do Par 2000 / 2010

    Na Tabela 7.2 observa-se que para o total do estado, em

    2010, a maioria dos domiclios eram prprios (79%) apesar da

    reduo apresentada (-3,44p.p.) em relao a 2000. O percentual de

    domiclios alugados no Par apresentou um incremento de 5,27 p.p. ,

    de 7,49% em 2000 para 12,76 em 2010. A condio cedido

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    apresentou diminuio em sua participao de 8,69% para 7,60% no

    perodo (1,09p.p.).

    As Regies de Integrao na condio prprio apresenta o maior percentual para todas as regies tanto em 2000 quanto em

    2010, com maior percentual na regio Rio Caet (89,19%) em 2000,

    e no Maraj (89,21%) em 2010. Apesar de ser o maior percentual

    entre as demais condies de ocupao o percentual de domiclios

    prprios apresentou reduo em todas as regies de integrao,

    exceto o Maraj que evoluiu 2,4p.p., sendo que as maiores redues

    ocorreram nas regies do Carajs (-10,72p.p.), Tapajs (-5,48p.p.) e

    no Xingu (-5,15p.p.).

    O percentual de domiclios alugados aumentou, de 2000 para

    2010, em todas as regies de integrao, sendo mais expressivo nas

    regies do Carajs (+12,6p.p.), Araguaia (+5,86p.p.) e Metropolitana

    (+5,82p.p.). Quanto ao percentual de domiclios cedidos, de 2000

    para 2010, apresentou reduo em 9 regies sendo que as regies do

    Araguaia, Tapajs e Xingu foram as regies que se observou

    evolues.

    Tabela 7.2 Percentual de domiclios por condio de ocupao por Regio de Integrao e estado do Par 2000 / 2010

    Item Geogrfico 2000 2010

    Prprio Alugado Cedido Outra Condio Prprio Alugado Cedido Outra Condio

    Araguaia 75,48 8,71 13,30 2,50 71,04 14,57 13,34 1,05

    Baixo Amazonas 82,30 6,25 11,11 0,33 80,71 10,87 7,95 0,47

    Carajs 75,53 11,33 12,08 1,06 64,81 23,93 10,25 1,01

    Guam 86,41 4,85 7,47 1,27 83,97 8,98 6,53 0,52

    Lago de Tucuru 77,39 8,59 12,04 1,99 74,84 14,07 10,33 0,75

    Maraj 86,81 2,20 10,32 0,67 89,21 2,99 7,43 0,37

    Metropolitana 83,34 9,84 4,71 2,12 79,74 15,66 3,93 0,67

    Rio Caet 89,19 3,42 6,89 0,50 87,11 6,06 6,43 0,39

    Rio Capim 78,56 5,81 15,01 0,63 77,23 11,31 10,94 0,52

    Tapajs 79,21 9,15 10,17 1,47 73,73 14,94 10,61 0,72

    Tocantins 87,95 4,50 6,96 0,59 86,37 7,19 6,21 0,22

    Xingu 78,94 8,28 11,97 0,81 73,79 12,34 13,39 0,47

    Total do Estado 82,46 7,49 8,69 1,35 79,02 12,76 7,60 0,61 Fonte: IBGE/IDESP

    Elaborao: IDESP

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    8. Populao em Situao de Risco nas Ruas Considerando que no h disponibilidade de informaes

    referentes populao em situao de risco nas ruas, utilizou-se como aproximao dessa situao o nmero de pessoas vivendo em

    domiclios improvisados, por se tratar tambm de pessoas em

    situao de vulnerabilidade domiciliar total. Os dados esto

    apresentados na Tabela 8.1 desagregados por regies de integrao

    do Par.

    A Tabela 8.1 demonstra que a proporo de pessoas vivendo

    em domiclios improvisados diminuiu tanto no total do Par como

    para todas as regies de integrao. No Estado em 2000, o indicador

    representava 1,05% da populao, em 2010, reduziu para 0,33%. As

    regies que em 2000 apresentavam os maiores percentuais foram as

    que alcanaram redues maiores: Tapajs (-0,81p.p.), Xingu (-

    2,18p.p.) e Araguaia (-1,63).

    Tabela 8.1 Proporo de pessoas vivendo em domiclios improvisados no Estado do Par e Regies de Integrao 2000/2010

    Regio de

    Integrao

    2000 2010

    Populao

    total

    Pop. em dom

    improvisado %

    Populao

    total

    Pop. Em dom

    improvisado %

    Araguaia 337.975 6.973 2,06 472.933 2.037 0,43

    Baixo Amazonas 601.381 5.454 0,91 678.542 1.748 0,26

    Carajs 400.287 4.127 1,03 569.026 2.101 0,37

    Guam 506.346 3.430 0,68 613.790 1.064 0,17

    Lago de Tucuru 272.813 3.301 1,21 359.332 1.157 0,32

    Maraj 379.203 4.757 1,25 493.051 4.234 0,86

    Metropolitana 1.795.536 4.975 0,28 2.042.417 1.274 0,06

    Rio Caet 398.549 2.551 0,64 463.443 1.115 0,24

    Rio Capim 478.336 6.606 1,38 607.171 1.535 0,25

    Tapajs 197.942 11.204 5,66 209.531 3.880 1,85

    Tocantins 560.630 3.908 0,70 740.045 2.002 0,27

    Xingu 263.309 7.775 2,95 331.770 2.571 0,77

    Par 6.192.307 65.061 1,05 7.581.051 24.718 0,33 Fonte: IBGE/ IDESP

    Elaborao: IDESP

    Essas regies apresentaram redues capazes de melhorar a

    faixa a que seus respectivos indicadores pertenciam (Figura 8.1). As

    regies do Maraj e Rio Capim tambm obtiveram redues

    suficientes para melhorar os grupos a que pertenciam.

    Esse indicador, mesmo que com uma proporo pequena, no

    pode ser desprezado, uma vez que reflete a combinao da excluso

    social em vrios aspectos como: desemprego falta de acesso

    educao, condies inadequadas de moradia, etc, tornando-se

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    prioritrias as polticas pblicas que possam oferecer condio de vida digna a esta frao da populao.

    Figura 8.1 Proporo de pessoas vivendo em domiclios improvisados por Regies de Integrao do Estado do Par 2000/2010

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