mÃos (os seus projetos)

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Seria esteo verdadeiroo feitio da mãodo nosso Criador?

Na figura da capa está claro que Michelangelo não pintouas mãos de um poderoso “criador” retratado no ato de criar.

Ali pode estar um Deus - no sentido de Senhor e Amo -que usa suas mãos para indicar ou apontar,

mostrar e acusar..., ameaçar enfim.

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(?!) Uma mão,semelhante à nossa,seria capaz de criar,formatar ou dar formaa uma rosa como esta?

Mas como?!...Com o uso dos dedos?,utilizando-se do barro?Ou talvez com o usode um pincel?...

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Albrecht Dürer

Para nóscom o uso de umpincel tudo é possível...

Assim, a princípio,o ideal é analisarmosuma história relacionadaàs mãos humanas..., taiscomo elas são..., oupodem ser.

A história se referea um famoso pintorde origem alemã,Albrecht Dürer.

“Mãos”

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(“)No século XV,numa pequena aldeia perto de Nuremberga,vivia a família Dürer com os seus vários filhos. O pai trabalhava até 18 horas diárias nas minas decarvão para ter como levar comida à mesa para todos.

Mesmo assim,a despeito das dificuldades,dois de seus filhos menorestinham sonhos maiores:queriam ser pintores.

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Os dois irmãos sabiam que o painão teria como mandá-los para a Academia de Pintura.Então, depois de muitas noites de conversas e trocas de idéiaseles chegaram a um acordo: tirariam a sorte pela moedae o que perdesse trabalharia nas minas de carvãopara pagar os estudos do que ganhasse.

O vencedor, por sua vez, depoisde terminar o curso e começara ganhar dinheiro com a vendade suas obras, pagaria enfimos estudos do irmão queficasse nas minas. E assimos dois poderiam ser artistas.

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Quis a sorte que Albrecht fosse o ganhador.E este imediatamente foi estudar pintura em Nuremberga.Seu irmão, Albert, começou o árduo e perigoso trabalhonas minas, onde por quatro anos arrecadou dinheirosuficiente para pagar os estudos do irmão.

E Albrecht não decepcionou.Logo foi sensação na Academia.Suas gravuras, pinturas em óleo eentalhes chegaram a ser consideradasmelhores do que as obras dos seusprofessores. Por isso, quando elese formou, já ganhava consideráveissomas em dinheiro com a venda desuas verdadeiras obras de arte.

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Nesse tempo, como havia prometido, ele voltou para casa.A família Dürer se reuniu para uma ceia festiva em suahomenagem... E, ao terminar a memorável festa, Albrechtse levantou e propôs um brinde ao irmão Albert quese havia esforçado tanto, trabalhando nas minas paraque os sonhos deles se tornassem realidade.

Albrecht disse: Agora, meu querido irmão,chegou a sua vez... Pode ir paraNuremberga realizar o seu sonho.Eu me encarregarei de pagarpor todos os seus gastos.

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Albrecht, cheio de expectativa, olhava para Albert... E este,com o rosto banhado em lágrimas, levantou-se calmamentee lhe disse com suavidade:

“ Não, irmão. Não posso ir... É muito tarde para mim. Estesquatro anos de trabalho nas minas destruíram minhas mãos.

... Mas eu estou muito feliz agora,por saber que minhas mãos disformesserviram para que as suas mãosrealizassem o seu sonho.

Não fique triste, o seu sonhosempre foi o meu sonho...Estamos ambos realizados.”

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Para render homenagem ao sacrifício de Albert,Albrecht Dürer desenhou aquelas mãosmaltradas de seu querido irmão:com as palmas unidase os dedos apontandoem direção ao céu...

Albrecht entitulou esta obracomo, simplesmente, “Mãos”,mas, em torno do mundo inteiro,as pessoas chamaram-nas de:“As mãos que oram...”

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E assim,E assim,voltando à minha estreita dimensão,voltando à minha estreita dimensão,por esta mecânica pouco artísticapor esta mecânica pouco artísticada minha linha de pensamento,da minha linha de pensamento,mesmo ao risco de desvirtuarmesmo ao risco de desvirtuar

a concepção quase que sublimea concepção quase que sublimede algumas habilidades humanas,de algumas habilidades humanas,

volto a me perguntar:volto a me perguntar:

Qual seria o feitioQual seria o feitiodas mãos dodas mãos do

CriadorCriador??

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Ou até melhor:Ou até melhor:Deus,Deus,

o Criador, teria mãos?...o Criador, teria mãos?...

Não, a meu verNão, a meu verDeus é mais mentalDeus é mais mental

do que corporaldo que corporale não teria mãos.e não teria mãos.

E, afinal, para o quêE, afinal, para o quêELEELE

precisaria delasprecisaria delas??

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......

Eu acho que EleEu acho que Eleprecisou delas ao projetarprecisou delas ao projetaralgumas de suas criaturas.algumas de suas criaturas.

E foi mesmo um assuntoE foi mesmo um assuntocom o qual se preocupou,com o qual se preocupou,

levando-se em contalevando-se em contao projeto apresentadoo projeto apresentado

em seguida:em seguida:

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Primeiro,Primeiro,vamos introduzir cores aqui.vamos introduzir cores aqui.

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E aqui estáE aqui estáo projeto das mãos.o projeto das mãos.

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Assim fica claro que, Deus,Assim fica claro que, Deus,o Criador, quis nos favorecer,o Criador, quis nos favorecer,

também pelo ângulo das mãos.também pelo ângulo das mãos.

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Aliás, no meu modo de verAliás, no meu modo de ver(analisando a história), o homem(analisando a história), o homemcomeçou efetivamente a evoluircomeçou efetivamente a evoluirquando perdeu a proeminênciaquando perdeu a proeminência

do maxilar..., e pôde entãodo maxilar..., e pôde então““olhar para baixo”, verticalmente,olhar para baixo”, verticalmente,

em direção às mãos.em direção às mãos.

Assim começou a manusearAssim começou a manusearos objetos com maioros objetos com maioratenção e habilidade.atenção e habilidade.

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E não pensem, meus caros leitores,E não pensem, meus caros leitores,que o primeiro objeto projetado pelasque o primeiro objeto projetado pelas

mãos do próprio homem foi umamãos do próprio homem foi umaverdadeira obra de arte.verdadeira obra de arte.

Não, não foi.Não, não foi.Mas é claro que serviuMas é claro que serviu

para começar a modelarpara começar a modelarsua evolução.sua evolução.

O objeto foiO objeto foiesteeste

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Enfim, pelo que penso,Enfim, pelo que penso,Deus não iria nos dar maisDeus não iria nos dar mais

do que o necessário:do que o necessário:

além dos olhosalém dos olhosa inteligência do cérebro,a inteligência do cérebro,

a sensibilidade do coraçãoa sensibilidade do coraçãoe as habilidades dase as habilidades das

mãos.mãos.

E podemos mesmo dizer queE podemos mesmo dizer quenosso destino está em nossas mãos,nosso destino está em nossas mãos,

ajudando umas às outras.ajudando umas às outras.

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