mãos à obra # 15ª edição janeiro 2014

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BARTO, NOVO PRESIDENTE DO SINDUSCON - TO Em eleição tranquila, o empresário sagrou-se o novo líder do principal sindicato do Tocantins. A entidade busca, agora, resgatar posição de destaque, de influência e posicionamento junto às esferas de governo. Pág. 6 e 7 CHUVAS CAUSAM DANOS NAS RUAS DA CIDADE E Prefeitura tenta resolver com operação tapa-buracos. Pág. 02 CARVãO ECOLóGICO é A NOVA ALTERNATIVA O produto não gera labaredas, fumaça e nem fuligem. Pág. 05 EDIçãO #15 - PALMAS - TOCANTINS - JANEIRO - 2014 CONSTRUçãO CIVIL, ARQUITETURA, COMÉRCIO, CLASSISTAS, ETC. IPTU DEVE GERAR FATURAMENTO DE R$ 17 MI. MAS A OPOSIçãO QUER DERRUBAR O PROJETO Desde a data de sua aprovação, em 30 de dezembro, o Projeto de Lei que atualiza a Planta de Valores Imobiliários de Palmas está dando o que falar, gerando os mais diversos comentários e até coleta de assinaturas para a derrubada da votação. O PL, como foi aprovado, pegou todos de surpresa, gerando taxa de IPTU e ITBI acima do esperado. Há casos em que o valor passa de 2000%. Pág. 12 e 13 A legislação federal está em vigor desde o dia 30, obrigando coleta e destinação só com empresas especializadas. Estado é o que mais gera resíduos. Pág. 03 Fotos: Luiz Henrique Machado/Mãos à Obra LEI PROíBE LIXO HOSPITALAR NO ATERRO SANITáRIO Foto: Valério Zelaya/Secom Palmas

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Construção civil, arquitetura, designe e interiores.

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barto, novo presidente do sinduscon - toEm eleição tranquila, o empresário sagrou-se o novo líder do principal sindicato do Tocantins. A entidade busca, agora, resgatar posição de destaque, de influência e posicionamento junto às esferas de governo. Pág. 6 e 7

chuvas causam danos nas ruas da cidadeE Prefeitura tenta resolver com operação tapa-buracos. Pág. 02

carvão ecológico é a nova alternativaO produto não gera labaredas, fumaça e nem fuligem. Pág. 05

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c o n s t R U ç ã o c i v i l , a R Q U i t e t U R a , c o m É R c i o, c l a s s i s ta s , e tc .

iptu deve gerar faturamento de r$ 17 mi. mas a oposição quer derrubar o projetoDesde a data de sua aprovação, em 30 de dezembro, o Projeto de Lei que atualiza a Planta de Valores Imobiliários de Palmas está dando o que falar, gerando os mais diversos comentários e até coleta de assinaturas para a derrubada da votação. O PL, como foi aprovado, pegou todos de surpresa, gerando taxa de IPTU e ITBI acima do esperado. Há casos em que o valor passa de 2000%. Pág. 12 e 13

A legislação federal está em vigor desde o dia 30, obrigando coleta e destinação só com empresas especializadas. Estado é o que mais gera resíduos. Pág. 03

Fotos: luiz Henrique m

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lei proíbe lixo hospitalar no aterro sanitário

Foto: valério Zelaya/secom palm

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temporal

MÃOS À OBRA - Nº 15 |ANO 3CNPJ 17.934.403/0001-00Tiragem 3000 exemplaresImpressão: WR GráficaJornalista responsável - Luiz Henrique MachadoDRT 0000555TOProjeto Gráfico - Marcelo da SilvaEscritório - 706 Sul (Arse 72), al ameda 2, nº 23.

Departamento Comercial: (63) 9292 4228 | 8418 3833Email - [email protected]: maosaobratocantins.wordpress.comCurta nossa fã page:www.facebook.com/maosaobratocantinsConteúdos assinados são de responsabilidadede seus autores.à obra

mãos

Diversos pontos foram afetados pelas chuvas. Algumas obras recém-inaguradas também apresentaram problemas e o trabalho terá que ser refeito pelas empresas. Prefeitura corre contra a tempo com as ações

“Para que todos vejam e saibam, considerem e juntamente entendam que a mão do SENHOR fez isso” - Isaías 41:20.

chuvas danificam pavimentação asfáltica de palmase obrigam prefeitura a fazer operação tapa-buracos

o frio que assola os estados unidos pode custar US$ 5 bi à economia do país, segundo a rede “CNBC”. Serviços aéreo e ferroviário, reuniões de negócios, expedientes, viagens de férias e até os gastos no comércio em geral foram comprometidos.

Com um volume de chuva poucas vezes visto em Palmas, a administração

municipal está correndo para resolver uma série de proble-mas, principalmente aqueles ligados à pavimentação e drena-gem. Além dos costumeiros ala-gamentos em várias avenidas, registrou-se, desta vez, a neces-sidade de obras em andamento ter um retrabalho, serem re-feitas. Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públi-cos, as empresas responsáveis já foram notificadas.

Em dezembro, segundo o Instituto Nacional de Meteoro-logia – Inmet, o volume de água passou dos 450 milímetros até ao dia 27. O dia 12 tevê uma das piores chuvas dos últimos anos, quando caiu em uma ma-nhã, 40% do que deveria cair o mês todo. Em 2012, no mesmo período, o registro havia sido de 225 milímetros.

O fenômeno, desde então, obrigou a Prefeitura a lançar nova operação tapa-buracos no início deste mês, mesmo com chuvas quase diárias. Começou pela Região Sul e logo chegou ao centro de Palmas. Para apro-veitar os poucos momentos de sol, a intenção, segundo o Paço, é esticar até mesmo aos finais de semana. A chamada força--tarefa conta com 12 equipes e uma média de 80 homens, se-

gundo explicou a Secretaria de Infraestrutura.

A Secretaria de Infraestrutu-ra relatou que estudos apontam as áreas mais atingidas e depois as equipes são destacadas para o trabalho.

Na rotatória da Avenida LO-15 com a NS-01, o asfalto afun-dou, obrigando a interdição de duas faixas. Na mesma via, mas no trecho recém-inaugurado, nas proximidades do HGPP, também houve afundamento na cabeceira da ponte. A Pre-feitura informou que a ação de retrabalho já foi solicitada.

gravandoCom as fortes chuvas, como é

de costume, centenas de veícu-los e motocicletas tiveram difi-culdades para percorrer alguns percursos na cidade. No dia 12 de dezembro, as redes sociais

tiveram grande participação do palmense, que lotaram os

domínios com fotos e vídeos da precária situação.

lo-15: fortes chuvas fizeram duas pistas afundarem na rotatória com a ns-01 Ruas transbordaram com enxurrada

Foto: calazans martins/Facebook

Foto: luiz Henrique m

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limpezaresíduos: gestão integrada estabelece dez ecopontose decreta fim ao lixo hospitalar no aterro sanitário Milhares de quilos de resíduos já começaram a ser recolhidos e levados para fora de Palmas. Medidas visam melhorar o tempo útil dos aterros sanitários e diminuir custos para Prefeituras em todo o país

prefeitura de palmas e terra clean assinaram contrato emergencial para coleta de lixo e limpeza urbana. A prestação de serviço segue sem interrupções por mais 180 dias. Entre quatro concorrentes, Terra Clean teve menor valor: R$ 10.193.226,56.

Entrou em vigor no último dia 30, a lei Federal 12.305, que estabelece o fim dos

lixões a céu aberto e dos aterros controlados. A medida vale para os próximos 30 anos e deverá ser cumprida por todas as adminis-trações públicas, independente da condição e localização de cada cidade. Em Palmas, algumas me-didas já são colocadas em prática, entre elas o início da implanta-ção de dez ecopontos e o fim do uso do aterro sanitário para des-cartes dos resíduos hospitalares e da construção civil.

A Política de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos é Federal e em Palmas as regras foram defi-nidas em novembro, e entre as medidas está a implantação de um ecoponto para cada grupo de 25 mil habitantes. “A ideia é condicionar nestes locais alguns tipos de lixo produzidos pelos cidadãos e assim facilitar o des-carte do chamado lixo reverso, ou seja, embalagens de agrotóxi-cos, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes e suas embalagens, todos os tipos de lâmpadas e de equipamentos eletroeletrôni-cos, lâmpadas, computadores, televisores, etc”, explicou o en-genheiro João Marques Soares, responsável técnico pelo Aterro Sanitário de Palmas.

númerosJoão Marques revelou ainda

que 20% (cerca de 50 toneladas) dos resíduos produzidos todo mês em Palmas vão para os ter-renos baldios. Com a Política de Gestão de Resíduos Sólidos, segundo ele, serão implantados programas de educação ambien-tal, visando mudar a atitude dos cidadãos para que tenham os

ecopontos como locais de des-carte de uma série de produtos, a exemplo de geladeiras e sofás velhos. O primeiro ecoponto, na NS-10, é destinado ao recolhi-mento de pneus usados.

Clínicas médicas e odontológi-cas, hospitais, farmácias, funerá-rias, consultórios e outros pres-tadores de serviços que geram os resíduos hospitalares também terão que se adequar. Empresas especializadas terão que ser con-tratadas para o recolhimento e a correta destinação.

Na Capital, o Hospital Geral Público de Palmas – HGPP, e o Hospital e Maternidade Dona Regina são os maiores geradores deste tipo de lixo, com 74,35% da produção mensal. “São apro-ximadamente 65 toneladas por mês”, acrescetou João Marques. E há ainda outros quatros órgãos do estado produzindo os resídu-os. Da parte do município, são cerca de 60 pontos geradores do do mesmo tipo lixo.

Duas empresas já foram cre-denciadas pela Prefeitura para as atividades em Palmas. E uma ter-ceira finaliza do processo buro-crático. A RR Empreendimentos, de Redenção - PA, revelou que atua em Palmas desde janeiro de 2013, e já conta com pelo menos 80 contratos diversas clínicas e hospitais para a coleta e trans-bordo dos resíduos. “Inicialmen-te vamos levar os resíduos para Rio Maria [Pará], mas em breve faremos a incineração aqui em Palmas”, revelou Fábio Ribeiro, gerente administrativo da RR.

sem despesasNa prática a lei tira das Pre-

feituras os custos pela coleta e destinação do material produzi-

dos, mesmo aqueles gerados pe-las empresas particulares. “Além disso, visa garantir maior tempo de vida útil ao aterro sanitário, que tem 40% de sua área, atual-mente, ocupada por estes resídu-os. É um espaço que não poderá ser reutilizado pelos próximos 100 anos”, acrescentou Marques.

Desde que os resíduos da construção civil deixaram de ser dispensados no aterro sanitário, ano passado, apenas 6.800 qui-los de lixo são destinados men-salmente no local, que é consi-derado um modelo para a Região Norte do país. O espaço tem 96 hectares e por conta de sua lim-peza é fácil de ver plantas, pássa-

ros e bichos de diversas espécies. “Recebemos gente de 1000 qui-lômetros de distância para co-nhecer esse espaço”, relata João Marques.

notasPor meio da Assessoria de Co-

municação, a Secretaria de Esta-do da Saúde – Sesau, relatou que a Prefeitura de Palmas fará a co-leta do lixo hospitalar até que o processo de contratação de uma empresa seja concluído.

Também em Nota, a Secom Palmas informou que Prefeitura está em fase de contratação de empresa e enquanto isso a Terra Clean fará o trabalho.

engenheiro João marques

coleta de lixo hospitalar feita conforme padrões estabelecidos pela nova lei

pneus velhos ganham nova destinação

Fotos: luiz Henrique m

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lista 4i n t e r i o r e s

A seção Lista 4 é uma das novidades do Jornal Mãos à Obra, que entra em seu terceiro ano de publicação. Com fotos e dicas, visa algumas sugestões de produtos, serviços, profissionais e tendências da cadeia produtiva para o leitor. O início é com alguns itens de interiores. Desejamos boa leitura a todos.

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requinte e design inovadores para todos os ambientes

presença garantidae com nova roupagem

o desejo de ‘bom descanso’nunca teve signficado melhor

brasilidade, tendênciae nostalgia dos anos 70

O já evoluído mercado do setor de decoração e de inte-riores de Palmas tem apresen-tado muitas novidades para os apreciadores e clientes dos destacados arquitetos e deco-radores do região. As marcas são as mais variadas, e caras, no segmento, compensando os ambientes de quem busca requinte e exclusividade.

Neste destaque, Mãos à Obra apresenta um modelo da Tom Dixon, impossível de passar desapercebida onde quer que esteja. Com volume-tria geométrica inovadora, a luminária cai bem em pratica-mente todos os ambientes e, além de iluminar com beleza, revela o bom gosto não só do decorador, mas também do proprietário das instalações.

Cada parte do produto é cortada a laser e depois encai-xada uma a uma. Esta vem do mercado europeu e deverá ter bons espaços em Palmas.

As famílias que nunca ti-veram um baú para guardar pertences variados, e também para carregar alguns itens du-rante as mudanças de ende-reços, ao menos devem saber do existência desta peça que é tão nostálgica quanto inte-ressante. E se enganou quem imaginou que nos dias atuais este modelo teria um fim, ou ficaria escondido em algum quarto sombrio. Muito pelo contrário.

O velho baú vai se renovan-do e garantindo seu espaço nas casas e nas histórias das pessoas. Claro que há nele uma nova roupagem. Parte madeira deu lugar ao espelho, uma das peças que melhor re-presenta a tendência do mo-mento na decoração.

Antigos mesmo só os cau-sos, pois o velho baú ganha os lugares mais seletos, como salas de estar ou os quartos. Garantia de luxo e bom gosto.

O produto acima é para aqueles que apreciam uma peça de extremo bom gosto e não abrem mão quando se trata, inclusive, do momento de descanso. O modelo é euro-peu, produzido pela Moleco, uma junção das grifes Mole e Ecco, com design muito baca-na, que valorizam em muito o ambiente onde é colocado.

A poltrona tem conforto de sobra, com seu formato que lembra um pouco uma casca de côco e com molde perfeito para o corpo. Os pés são em madeira de lei, torneada, e as outras partes levam aço esco-vado, couro e tecido, comple-tando os detalhes.

O produto é encontrado em peça única, mas se você quiser pode levar duas, três, quatro e fazer um belo conjunto. E o local para colocá-las é só um detalhe a mais. Ficam bem nas varandas, salas de estar ou até mesmo no quarto.

A moda é mesmo assim, cheia de nostalgia. Num pas-se de mágica sai das ruas, das passarelas e logo está den-tro de casa. Não no guarda--roupas, como vestuário, mas como peça decorativa e tam-bém como revestimento. A cronologia não importa, pois quanto mais antiga a história, mais interessante fica o pro-duto.

É assim com os novos mo-delos de vasos, onde os desig-ners usam da técnica tay day para dar vida à peça. Trata-se de uma moda dos anos 70, nascida em meio ao movimen-to hipppie e que até hoje tem muito prestígio.

A técnica aplica a mistura de cores e no exemplo desta seção, trata-se de um produ-to brasileiro e é indicado para uso como adorno de balcão. Não importa se vai ficar no interior ou exterior da casa. É tendência do mesmo jeito.

Fotos: luiz Henrique m

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carvão ecolÓgico não dá labaredas, fumaça e nem fuligem. produto usa barro e fécula de mandiocaA produção ocorre em Açailândia e começa a ser distribuída em Palmas. Empresa afirma que o carvão ecológico rende 40% a mais que o vegetal e, além de não destruir árvores no processo, serve como adubo

sustentávelfinanciamento aprovado pelo bndes, de R$ 630,5 milhões vai permitir a expansão do Porto de Pecém, em São Gonçalo do Amarante - CE. Verba viabilizará implantação de ponte de 1.520m, que vai permitir o trânsito de cargas de maior tonelagem.

Seguindo a tendência de cada vez mais proteger a natureza e reutilizar os

descartes das indústrias, dando um novo destino ao que seria jogado nos lixões, uma empre-sa em Açailândia – MA, iniciou há cerca de quatro meses, a produção de carvão ecológico. A medida sustentável usa os resíduos do eucalipto retidos pelos filtros das siderúrgicas e com eles fabrica aproximada-mente três mil quilos de carvão por dia, gerando cerca de 20 empregos diretos e indiretos. A empresa afirma que o novo produto tem rendimento 40% superior ao carvão vegetal e não provoca labaredas e nem fumaça enquanto assa a carne.

Diariamente, centenas de quilos do pó de eucalipto, cha-mado também de munha e que serve como combustível na composição do carvão ecoló-gico, são recolhidos dos filtros para compor o novo produto. O processo leva ainda, como in-gredientes, a fécula de mandio-ca, para dar liga, e a betonita, um composto argiloso que dá forma e vira a brasa. “Trata-se de um processo de produção que reaproveita aquilo que seria descartado nos lixões e que não gera a derrubada de árvores na-tivas, nem CO2, que provoca a fumaça e demais resíduos”, relata Cristiano Alves de Paiva, representante da empresa.

queima“Ele dá três horas contínuas

de brasa, sem precisar colocar mais carvão e nem ficar asso-prando”, garante Cristiano. A recomendação é que o processo de acendimento seja iniciado

com antecedência de 30 mi-nutos. “Detalhe: ele não gera cinzas, nem fumaça e labare-das, tornando-se um ótimo produto para uso também nos apartamentos”, acrescentou o representante. Após a queima, o restante ainda pode ser usado como adubo, por ser rico em ni-trogênio, potássio e fósforo.

A empresa afirma que uma embalagem com três quilos do produto é suficiente para assar até 25 quilos de carne. Segundo ainda a empresa, ao produzir cada tonelada de carvão ecoló-gico utilizando os resíduos co-lhidos dos filtros das siderúrgi-cas, sete árvores deixam de ser derrubadas.

O carvão ecológico custa em média 20% a mais que o carvão vegetal. “Mas é um preço que compensa, pela durabilidade e pela proposta ecologicamente correnta do produto”, argu-menta Cristiano Alves.

Conforme a empresa, o car-vão tem certificação do Inme-tro, atestando a durabilidade e a composição, e do Ibama e secretaria de Estado de Meio Ambiente do Maranhão, com as licenças ambientais.

carvão ecológico: produção usa resídios descartados das siderúrgicas cristiano, representante da empresa

Fotos: luiz Henrique m

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nova diretoria do sinduscon quer resgatar prestígioe representatividade do Órgão junto à sociedadeOs diretores do Sinduscon veem o órgão como o mais importante sindicato do Tocantins, por issoo desejo de busca posicionamento estratégico, atuando junto à sociedade e esferas governamentais

destaqueresultado negativo da produção industrial de novembro sobre outubro foi acompanhado por 14 dos 27 ramos pesquisados pelo IBGE, que divulgou dia 8, a Pesquisa Industrial Mensal. Destaque para a queda da indústria de veículos automotores, de 3,2%.

Liderança, representa-tividade, posição e vi-sibilidade. Estas são as

principais características que a nova diretoria do Sindicato da Indústria da Construção Civil – Sinduscon, quer bus-car para o órgão, que desde o dia 17 de dezembro tem o empresário Bartolomé Alba Garcia como novo presiden-te. O foco é unânime entre os integrantes da entidade, que pretendem fazer de 2014, o ano em que o Sindicato res-gatou seu prestígio em todas as esferas da sociedade. “O Sinduscon precisa ser ouvido. Ele representa um segmento muito forte dentro do Tocan-tins e está apagado, desapa-recido. Os próprios associa-dos estão afastados”, revelou Barto.

A nova diretoria é com-posta pelos mais destaca-dos empresários do setor da construção e incorporação de Estado. E uma das metas do grupo é interiorizar as princi-pais ações, alcançando as em-presas e os trabalhadores nas cidades polos, como Araguaí-

na, Gurupi e Paraíso. Além de querer marcar presença em momentos importantes da Capital, como a maior cadeia produtiva do Tocantins.

“Nossa expectativa é gran-de, pois o Sinduscon precisa ocupar o lugar que sempre ocupou, de destaque, de atua-ção e de bom trabalho. O Sin-duscon tem que estar sempre na ponta. A [nova] diretoria tem condição de fazer isso”, disse Fabiano do Vale, tercei-ro vice-presidente.

Os membros da diretoria têm na figura do novo pre-sidente um líder nato, res-

peitado e bem sucedido em seus negócios. E foram estes os predicados que ajudaram Barto a ter todos os votos du-rante a eleição, realizada em 09 de dezembro. “É um gran-de líder e um grande gestor. O Sinduscon está em boas mãos”, afirmou Vale.

Ex-presidente do órgão e atual vice na chapa, Luciano de Carvalho Rocha também declarou seu respeito ao em-presário Bartolomé Alba. “Te-mos uma representatividade muito grande e isso merece uma pessoa de credibilidade, com capacidade e competên-

cia”, frisou Luciano. Também empresário do setor, com a experiência de quem já ocu-pou a cadeira, Luciano reve-lou que não se trata de uma missão tão fácil. “A presidên-cia do Sinduscon não é só glamour, pelo contrário. É de muito trabalho e de dedica-ção em prol das empresas do segmento. Somos o sindicato que gera o maior PIB [Produ-to Interno Bruto] de Palmas, e quase 60% do PIB na indús-tria do Tocantins é da cons-trução civil”, explicou.

Para Luiz Gustavo Rizzatti Alves, um dos delegados do

Bartolomé prega união aos diretores (foto abaixo) para a busca do espaço perdido luciano de carvalho, vice-presidente

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Sinduscon, o órgão merece ter mais credibilidade e con-cretizar novos projetos para seus associados, converten-do-se no fortalecimento da classe. “A incorporação teve um salto e muitas das vezes a união [da classe] não con-seguiu se fazer presente, mas essa nova diretoria vem res-gatar isso junto aos associa-dos, fazendo com que cada vez mais o sindicato trans-mita para a sociedade o papel dele”, destacou Gustavo.

A gestão será de apenas dois anos, uma espécie de tampão, mas quem está nela espera recuperar o tempo perdido. “A gente espera fazer tanto como se fossem quatro anos. Esperamos cumprir to-das as nossas metas e fazer um pouco mais do que já tem sido feito e trazer de volta o nome do Sinduscon para o primeiro lugar”, assegurou Alteliana Lopes, terceira vice--presidente.

esquecimentoO novo presidente reve-

lou que o Sinduscon caiu no esquecimento e perdeu sua posição de referência. “É o maior Sindicato. Ocorre que ele não estava tendo papel de destaque, foi sendo esqueci-do, se afastando, quando na realidade precisava de uma participação maior”, afir-mou.

Barto, assim como os de-mais diretores, entende que o Sinduscon tem voz e um lugar de respeito junto às es-feras de poder da Capital e do Estado, por sua represen-tatividade, seus feitos e con-tribuições sociais e econômi-cas. “O Sinduscon precisa ser ouvido. Ele representa um segmento muito forte den-tro do estado e está apagado, desaparecido. Os próprios associados estão afastados. A ideia é que ele torne-se forte

através da associação mes-mo”, pontou Bortolomé.

Há, porém, o reconheci-mento de que o resgate será com o tempo, com muito trabalho conjunto, união entre os associados e alcan-ce daqueles que ajudam nas conquistas diárias: os empre-sários e os trabalhadores. Se-gundo Barto, uma das metas é oferecer maior assistência médica, odontológica e jurí-dica àqueles que integram a classe. Para isso o Sinduscon planeja aumentar em 50% o número de associados até o final deste ano, e mais 30% até a final da gestão.

“Hoje nós temos 235 em-presas inscritas no Sindus-con, de todo o estado. Que-remos alargar a base para a construção pesada e isso vai trazer mais uma gama de associados”, avaliou o presi-dente.

festaA posse da diretoria foi

festejada dia 18 de dezem-bro, em glamuroso evento no Crystal Rall. No local, Barto-lomé Alba recebeu centenas de convidados, cumprimen-tou a todos e também foi cumprimentado. Familiares, amigos, membros da direto-ria e autoridades estiveram na festa.

Roberto Pires, presidente da Federação das Indústrias

do Estado do Tocantins - Fie-to, foi levar um abraço e os desejos de muito sucesso aos novos diretores do Sindus-con. “Todos sabem do meu carinho por este sindicato e aqui quero deixar o registro

do desejo de muitas conquis-tas. É um dos mais impor-tantes do Tocantins e vamos trabalhar juntos para que o setor produtivo avance cada vez mais”, concluiu Roberto Pires.

Roberto pires em seu discurso, onde demonstrou o carinho pelo sindusconGustavo é o delegado do sindicato

Fotos: luiz Henrique m

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ânimo novoseconci - sp ministrou 132 treinamentos da NR-35, em 2013, para 1.250 trabalhadores. A NR-35 estabelece as diretrizes para a gestão da segurança e saúde dos trabalhadores em altura,com risco de queda. Equipes de emergência também treinaram.

2014: obras de infraestrutura animam indústria de materiais de construçãoA taxa que mede a intenção de investir do setor nos próximos 12 meses atingiu 74% em dezembro, numa pesquisa encabeçada pela Abramat

As obras de ampliação, reparos e construção de portos, aeroportos,

estradas e outros empreendi-mentos voltados para a me-lhoria da infraestrutura no país estimulou os empresá-rios da indústria de materiais de construção a planejarem maior investimento no setor em 2014.

É o que revela a pesquisa mensal da Associação Brasilei-ra da Indústria de Materiais de Construção – Abramat. A taxa que mede a intenção de inves-tir do setor nos próximos 12 meses atingiu 74% em dezem-bro, o que representa elevação de 12 pontos percentuais na comparação com novembro.

“A melhoria na intenção de investimentos está associa-da com a expectativa positiva para o segmento de infraes-trutura no próximo ano”, jus-tificou por meio de nota o pre-

sidente da Abramat, Walter Cover.

A pesquisa indica que qua-se a metade dos consultados (48%) avaliou que, em novem-bro, o resultado das vendas foi bom. Para 17%, o resultado foi muito bom e essa mesma pro-porção de entrevistados classi-ficou o desempenho do setor no período como regular. Ca-torze por cento consideraram

o resultado ruim e apenas 5% opinaram que as vendas foram muito ruins.

Para dezembro, 45% indica-ram expectativa de vendas em nível regular, mesma classifi-cação apontada por 43% dos consultados sobre a expecta-tiva para janeiro de 2014. O percentual de empresários que acreditam que as vendas serão boas no primeiro mês de 2014 chegou a 43%. Doze por cento acreditam que as vendas serão ruins e 2% esperam cenário muito ruim.

Na sondagem sobre o que os empresários esperam das ações de governo para o de-senvolvimento do setor a mé-dio prazo, a maioria (67%) demonstrou que está indife-rente. O levantamento infor-ma ainda que a Utilização da Capacidade Instalada mante-ve-se estável em 82%. (Agên-cia Brasil).

Walter cover, presidente da abramat

O Conselho de Arqui-tetura e Urbanismo do Brasil – CAU/BR,

aprovou em dezembro, a re-solução que dispõe sobre os direitos autorais em Arqui-tetura e Urbanismo. A nor-ma considera que projetos, obras e demais trabalhos técnicos de criação no âmbi-to da Arquitetura e do Urba-nismo são obras intelectual-mente protegidas.

O registro dessas obras in-telectuais deverá ser requisi-tado junto aos CAU/UF, que farão a análise dos pedidos. O extrato dos registros efe-tuados ficará disponível no portal do CAU/BR.

A resolução especifica dois tipos de direitos autorais: os morais, relativos à pater-nidade da obra intelectual; e os patrimoniais, que são os direitos de utilização da obra.

cau/br regulamenta direitos autorais

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trabalhador

Diversos órgãos ligados ao trabalho e emprego se uniram para a realização das atividades, alcançando dezenas de trabalhadores. O Seconci, um dos órgãos, quer elevar essa quantidade no decorrer do ano

operários da construção civil participam de palestras sobre segurança no trabalho, saúde pessoal e familiar

o ministério da integração nacional liberou R$ 5 mi para ações de defesa civil no Espírito Santo, que teve 54 dos 78 municípios, afetados. O governo quer a metade do valor orçado para as obras de ajuda aos municípios, que totalizam R$ 540 milhões.

Cerca de 300 trabalhado-res da construção civil em Palmas foram bene-

ficiados com palestras sobre segurança e saúde, ministra-das nos canteiros de obras da Recep Engenharia, Alpha e Fama Empreendimentos. As ações ocorreram em dezem-bro e foram executadas por técnicos do Serviço Social da Indústria da Construção Civil – Seconci, Serviço Social da Indústria – Sesi, Ministério do Trabalho – MTb, Ministério Público do Trabalho – MPT, e Sistema Nacional de Emprego e Renda – Sine.

O bem estar dos operários que atuam nos canteiros é a principal preocupação dos órgãos. As palestras ocorrem uma hora antes do início dos expedientes e reúnem todos para uma série de assuntos. Sexualidade, saúde e relacio-namento são alguns temas. Mas as discussões passam também pela segurança no ambiente de trabalho, já que é no canteiro onde passam boa parte do tempo e de onde ti-ram o sustenta da família.

“Achei as palestras muito im-portantes, para nos informar mais e para nos protegermos e também para protegermos as nossas famílias. A gente aprende aqui e leva para casa”, disse Guilherme Avelino Dias, operador de elevador. “Valeu a pena ter assistido, pois eu não era informado em relação a al-gumas coisas e agora sim, tudo certo”, completou.

Segundo Alteliana Lopes, presidente do Seconci, a ação do órgão visa garantir maior educação e proteção para to-

dos os trabalhadores da cons-trução civil. “A ideia é passar informações de coisas que eles vivem no dia a dia, que eles necessitam estar se lembran-do, pois muitas vezes a pes-soa está no canteiro e esquece tanto da saúde dela quanto da família”, concluiu.

operários atentos na palestra sobre sexualidade e segurança no ambiente de trabalho. os temas foram aprovados pela turma

alteliana lopes, do seconci

Fotos: luiz Henrique m

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previsõescni estima que economia brasileira crescerá 2,1%e a indústria terá expansão de 2% no novo anoA Confederação Nacional da Indústria - CNI, explicou que existem muitos obstáculos, mas reconheceu, porém, também que há oportunidades em vários setores. Burocracia ainda é vista como grande entrave

cbic e parceiros realizam dias 17 E 18 de fevereiro, em SP, seminário sobre Impactos da Norma de Desempenho. Serão discutidas necessidades e providências para que o conceito de desempenho e a qualidade das construções sejam ampliados.

A economia brasileira crescerá 2,1% este ano, menos do que os 2,4%

estimados para 2013. A indús-tria deverá ter uma expansão de 2,0% em 2014, superior ao 1,4% previstos para 2013. As estimativas estão na edição es-pecial do Informe Conjuntural, que a Confederação Nacional da Indústria – CNI, em meados de dezembro.

No entanto, o presidente do órgão, Robson Braga de Andra-de, afirmou que o país tem condi-ções de crescer mais. “Há muitos obstáculos, mas há muitas opor-tunidades”, disse. Segundo ele, a indústria brasileira é diversifica-da, vem fazendo investimentos em tecnologia e inovação e pode crescer de 4% a 5% ao ano.

Mas, lembrou Andrade, as empresas, principalmente as exportadoras, enfrentam pro-blemas com a concorrência ex-terna. “O Brasil não tem com-petitividade”, acrescentou. Para ele, o país precisa resolver com urgência a questão da burocra-cia e da legislação trabalhista. “A burocracia dificulta qualquer empreendimento e desestimula os investimentos. Até na vida pessoal, a burocracia nos penali-za”, afirmou.

legislaçãoAndrade destacou que as ques-

tões trabalhistas estão cada vez mais complexas. Isso é resultado da falta de clareza da legislação e das interpretações da Justiça do Trabalho que, muitas vezes, não reconhece os acordos negociados livremente entre empregados e trabalhadores, o que gera insegu-rança para as empresas.

Para ele, o país precisa investir

na infraestrutura e no desen-volvimento de um sistema de logística eficiente. “Devemos tra-balhar para desonerar os investi-mentos. O Brasil é o único país que tributa os investimentos”, relatou.

Andrade lembrou que a CNI, com a contribuição de mais de 500 líderes empresariais, iden-tificou no Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022, os dez fa-tores-chave da competitividade brasileira, que são: educação, am-biente macroeconômico, eficiên-cia do Estado, segurança jurídica e burocracia, desenvolvimento de mercados, relações do traba-lho, financiamento, infraestru-tura, tributação e inovação e pro-dutividade. Andrade informou que a CNI está preparando pro-postas para o país ganhar com-petitividade. “Vamos apresentar as propostas aos candidatos à Presidência da República e traba-lhar para que as medidas sejam implementadas”, destacou.

O estudo avalia que a queda no ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto - PIB, será resulta-do da desaceleração dos investi-mentos, que devem ter expansão

de apenas 5% este ano, frente aos 7,1% previstos para 2013. A desaceleração dos investimen-tos, de um lado, será resultado do aumento da taxa de juros e do baixo patamar de confiança dos empresários. “De outro lado, em 2014 não teremos a contribuição excepcional do investimento em equipamentos de transporte que marcou 2013”, diz a CNI.

andrade: a burocracia dificulta

infosurhoy.com

setor industrial tem panorama traçado por estudos da cni

“Devemos trabalhar para desonerar os investimentos. O Brasil é o único país que

tributa os investimentos”

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impostosiptu 2014: prefeitura estima aumento da arrecadação em r$ 17 mi com a nova planta. oposição vai à justiçaA queda de braços entre Prefeitura e parlamentares da oposição já começou. Enquanto isso o Paço Municipal lançou aplicativo onde o próprio contribuinte calcula o imposto: http://bit.ly/1a4ZljJ

caixa econÔmica federal financiou mais de R$ 2 bilhões para micro e pequenas empresas pagarem o 13º salário de funcionários. A instituição revelou que o saldo para esse serviço passa de R$ 3 bi e os interessados têm até fevereiro para requisitarem os valores.

O palmense entrou 2014 fazendo as contas, e com resultados nada agradá-

veis. O motivo é a nova Planta de Valores Genéricos, instituída com a aprovação do Projeto de Lei nº 49, de autoria da Prefei-tura. A Planta estabelece o valor venal dos imóveis localizados nas áreas urbana e rural da Capital, incidindo diretamente sobre a cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU, e tam-bém do Imposto Sobre a Trans-missão de Bens Imóveis – ITBI, cujo reajuste em relação ao ano passado é de 121%.

E se por um lado a Prefeitura argumenta que está atualizando a planilha à realidade do merca-do e assim espera arrecadar R$ 17,117 milhões a mais com nova planilha, por outro o que se tem ouvido é a reclamação de repre-sentantes de órgãos ligados ao setor e também de moradores, assustados com os resultados dos cálculos.

A votação do PL 49 ocorreu dia 30 de dezembro, na Câmara de Vereadores, gerando ainda mais reclamação pela escolha da data e pelos novos valores. E apesar de ter tido seis votos contra, a proposta foi aprovada e já está em vigor. A Prefeitura de Palmas, segundo o Diário Oficial, deverá ter um incremento de 81,97% na arrecadação. Em 2013, só em IPTU, foram arrecadados R$ 20.882,600,00. Para este ano, a projeção é de R$ 38 milhões. A proposta do Paço é de destinar todo o montante para os setores da Educação e Saúde.

tentativasEnquanto os vereadores ana-

lisavam detalhes do PL 49, an-

tes da votação, representantes do Conselho de Arquitetos e Urbanistas – CAU, e do Con-selho Regional de Engenharia – Crea, protocolavam pedidos de adiamento da votação e que as discussões fossem levadas à sociedade na forma de audiên-cias públicas. Ambos os órgãos discordam da maneira como a Prefeitura finalizou o documen-to, principalmente pelo que clas-sificaram como curto espaço de tempo e equipe tecnicamente incapaz para as avaliações dos imóveis.

“Para se fazer uma avaliação técnica e bem fundamentada de mais de 120 mil imóveis, três meses é um curto espaço de tempo. Além do que depende de uma série de profissionais multi disciplinares para fazer a avalia-ção técnica bem fundamentada. A gente acha por bem ter 2014 para atender esta demanda e a sociedade não sofrer com o im-pacto desse aumento”, destacou Matozalém Santana, gerente técnico do CAU.

“O CAU reconhece que há uma defasagem nos valores dos imó-veis, mas requer que seja esclare-cido à população como se chegou

a esse cálculo”, completou Santa-na.

Além da forma como ocorre-ram as discussões em torno do PL, a presidente do CREA, Ro-berta Castro, questionou a vo-tação no último dia do ano. “Por que esse projeto não veio antes? Por que chega aqui dia 30 de dezembro? Temos que ter ante-cedência. É o rigor da lei”, disse. Roberta afirmou que o órgão re-pudia a maneira como o processo foi construído. “A população está a mercê do que está sendo colo-cado. Como não repudiar diante de uma situação como esta?”.

O vereador Júnior Geo, da bancada de oposição, afirmou

que os problemas começaram em outubro, quando a Câmara Municipal aprovou o Código Tri-butário. “Na época, eu afirmava que estávamos assinando um cheque em branco ao prefeito [Carlos Amastha]. E foi o que aconteceu”, lembrou. “Temos agora um IPTU com valores ab-surdos. O prefeito peca com essa decisão, peca com a população, promovendo um reajuste de IPTU de mais de 2000%. Essa re-alidade é totalmente distorcida”, completou o vereador.

O palmense vai se surpreender também no momento de pagar o ITBI, o tributo cobrado pela Pre-feitura para a transferência de

a nova planta de valores Genéricos atualizou o preço dos imóveis na capital

vereador Júnior Geo (e) e matozalém santana, do caU cobraram os debates públicos João: preço da praça

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imóveis, que foi reajustado em 121%, segundo dados do Diário Oficial de Palmas. Só com essa tarifa, a Prefeitura prevê aumen-to na arrecadação na ordem de R$ 12 milhões.

Para Júnior Geo, as medidas terão consequências ruins para os dois lados. “A inadimplência tende a aumentar, vai afugentar investidores e o desenvolvimen-to comercial. Palmas vai pagar por isso”, afirmou.

omitiramO superintendente João Mar-

ciano afirmou que o tempo usa-do para a avaliação dos imóveis foi hábil e citou a participação da Câmara de Valores Imobiliários – CVI, na confecção das análi-ses. Marciano, inclusive, criticou CAU e CREA no processo. “Eles se omitiram, porque faziam par-te da comissão e só vieram na primeira reunião. Depois nunca mais apareceram”, relatou.

Marciano afirmou ainda que, atualmente, a inadimplência do contribuinte com o pagamento do IPTU é de 60% e que a Pre-feitura vai recorrer à execução fiscal e protestos para receber as dívidas. “No ano de 2013, envia-mos para execução fiscal 14 mil processos (R$ 92 mi). No final do ano, através do Cartório de Protesto, encaminhamos 1600 processos para serem protesta-dos (R$ 27 mi)”, informou.

planilhaA nova Planta de Valores di-

vidiu Palmas em cinco zonas, classificando cada uma confor-me localização e valor de merca-do. “Cada imóvel é avaliado pela situação onde está. Uma edifi-cação padrão A, auto luxo, no centro, não tem o mesmo valor de venda de uma edificação na Aureny”, argumentou o superin-tendente.

Na avaliação da comissão, as quadras 204 Sul e 404 Sul têm as propriedades mais valorizadas da Capital, onde o IPTU estava

na média de R$ 800,00, subiu para R$ 2000,00.

“A definição do valor de merca-do não é a Prefeitura quem faz. É o próprio mercado. É o preço que está correndo na praça. A Prefeitura apenas encontrou um mecanismo de identificar isso”, enfatizou João Marciano.

As contas Segundo o Diário Oficial da

Prefeitura de Palmas, publicado em 31 de dezembro, o aumento médio do IPTU para toda a Capi-tal é de 81,97%. Com isso, uma casa de 200m², padrão B, na Arse 12, por exemplo, que antes paga-va R$ 904,00 de IPTU, agora terá um carnê de R$ 1600,00, ou seja, 76,99% de aumento.

A Prefeitura isentará da co-brança quem tem IPTU com va-lor até R$ 124,50, mas que seja dono de apenas um imóvel. São 19.200 beneficiados.

justiça Mas ao que parece, o assunto

vai à Justiça. O deputado Marce-lo Lelis e os vereadores Joaquim Maia e Iratã Abreu iniciaram coleta de assinatura para abaixo assinado e assim formalizar uma Ação Judicial contra a decisão.

estudos da comissão evedenciaram a 204 sul, em destaque, como a quadra com imóvel mais caro em palmas

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caixa lança fundo de crédito para investimentoem infraestrutura. tributação é diferenciadaA expectativa é de captar R$ 100 milhões com o novo produto, que terá redução na alíquotado Imposto de Renda sobre os investimentos: zero para pessoa física e 15% para pessoa física

créditotjto não acolheu pedido de liminar do Ministério Público, através da Ação Direta de Inconstitucionalidade, protocolada pela procuradora-geral de Justiça Vera Nilva Álvares Rocha Lira, contra a atualização da Planta de Valores Genéricos da Capital.

A Caixa Econômica Federal lançou ano passado seu primeiro fundo de crédi-

to com tributação diferenciada para investimentos em infraes-trutura. O fundo chama-se Cai-xa FI Crédito Privado Renda Fixa Infraestrutura I, e visa o investi-mento de recursos em ativos que atendam às condições da Lei nº 12.431/2011, que concede in-centivos fiscais para infraestru-tura, sobretudo, em Debêntures Incentivadas de Infraestrutura. As Debêntures Incentivadas são títulos de crédito emitidos para captar recursos para projetos de infraestrutura enquadrados pelo Governo Federal.

Ao investir no FI Crédito Pri-vado Infraestrutura I, o investi-dor poderá se beneficiar da re-dução da alíquota de Imposto de Renda sobre os rendimentos au-feridos, que será igual a zero para pessoa física e 15% para pessoa jurídica. A expectativa é de que

sejam captados cerca de R$ 100 milhões, voltados para investi-dores superqualificados.

Para o superintendente nacio-nal de Fundos de Investimentos Especiais da Caixa, Cassio Viana, “a criação do Fundo permitirá ao investidor contribuir com o crescimento nacional, uma vez que os projetos serão destinados à melhoria de rodovias, portos, ferrovias, aeroportos, telecomu-nicações, saneamento e energia”.

gestão

Segundo ranking da Anbima, a Caixa é o quarto maior asset manager do Brasil. O banco pos-sui, atualmente, R$ 453 bilhões em recursos de terceiros sob sua administração, provenientes de aplicações em fundos de inves-timentos e carteiras administra-das.

“A Caixa reúne todas as qua-lificações necessárias para a boa gestão do FI Crédito Privado

Infraestrutura I. Segundo maior agente financiador de infraes-trutura do país, a possui experi-

ência na análise e concessão de crédito para projetos do setor”, comenta Cassio.

Fundo de crédito voltado para infraestrutura e para grandes investidores

Foto: luiz Henrique m

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m ã o s à o b r a - e d i ç ã o n º 1 4 c o n s t r u Ç ã o c i v i l , a r q u i t e t u r a , c o m é r c i o , c l a s s i s t a s , e t c 15

entrevistav a l é r i a h o l l u n d e r , s e c r e t á r i a d e i n f r a e s t r u t u r a e s e r v i Ç o s p ú b l i c o s

As chuvas intensas de de-zembro danificaram vá-rias obras em andamento

na Capital. Em alguns casos, se-gundo a Secretaria de Infraes-trutura e Serviços Públicos, as empresas responsáveis terão que refazer alguns trechos, entre eles o de macrodrenagem na Aveni-da LO-15, com a NS-01. A pasta, porém, diz que a chuva deu uma noção da real necessidade de Pal-mas em se tratando de projetos para captação da enxurrada. Para 2014, cerca de R$ 137 milhões já estão garantidos e serão desti-nados à melhoria do sistema de drenagem, pavimentação e aces-sibilidade.

qual o tipo de prejuízo que as chuvas deste período trazem para o cronogra-ma de obras?

No caso da chuva muito fora dos padrões [em meados de de-zembro], a gente teve uma série de prejuízos. Nossa malha viária, que tem locais com prazo de vali-dade vencido, teve o agravamento dos buracos, muito material ter-roso foi carreado [levado] para a pista, alagamentos. Não tivemos danos físicos, mas em relação às residências, no sistema viário e drenagem, do que já existia e do que estava em andamento, teve danos, sim. Algumas empresas que estão executando as obras em algumas avenidas, como na NS-01, próximo da ponte, já fo-ram acionadas. O reparo na obra em andamento a empresa é quem executa. Tivemos também um problema na rotatória da LO-15 [obra em andamento] com a NS-01 [concluída], onde houve recal-que [afundamento] com as chu-vas intensas. A empresa também já foi notificada só que o prejuízo

maior é que estamos no período de chuvas e o reparo não pode ser feito agora. Vamos precisar de inspeção dentro da rede e há riscos para os técnicos e trabalha-dores que entrarem nela agora. A empresa está isolando a área para que o problema não aumente e o impacto seja minimizado.

daria para se ter uma ideia do valor desses prejuízos?

Ainda está se fazendo o levan-tamento para identificar esses valores. E dependendo da situa-ção as empresas terão que refazer os serviços, principalmente nas obras que ainda estão em anda-mento.

no caso da lo-15 (palmas brasil), qual seria o prazo para conclusão?

Sim. O prazo seria maio deste ano. A empresa tem condições de cumprir isto e é o que a gente espera.

mesmo com todos os problemas causados pela chuva?

Independente disto. Ela se or-ganizando tem condições de ata-car lá embaixo (na rotatória com a NS-01), enquanto faz a finaliza-ção na NS-04.

é uma obra importante para o sistema de captação de água pluvial na região...

Muito importante. Se você anda com chuva na LO-15 e em seguida pela NS-04 e chega na rotatória da LO-19, onde há uma obra que a gente só iniciou, você vê diferença. Na LO-15, mesmo não estando 100% captando a água das chuvas já se vê alívio nas águas que descem ali. Na LO-19, que não tem nada de drenagem, a água vem como um rio. Então

temos duas obras: a LO-15 para [conclusão] início deste ano e a LO-19, que começou no final do segundo semestre [2013] fica para conclusão no final deste ano.

mas esse tipo de obra será apenas para esses trechos?

Não. Em todas as avenidas a gente precisa fazer a drenagem. Os problemas maiores que a gen-te tem hoje, com a deterioração do pavimento, é em função da falta de drenagem. A vida útil dele está se esgotando e não houve re-novação com recapeamento. Se não fizermos macro e micro dre-nagem qualquer pavimentação que fizermos a sobrevida dela será muito menor.

de certa forma a chuva trouxe um panorama para a prefeitura dos locais onde há necessidade urgente de drenagem?

Exato. Demonstra cada vez mais a necessidade da drenagem. A gente tem uma cidade com 25

anos que está sofrendo com o im-pacto da falta de planejamento nesta área. Antigamente as pesso-as estavam interessadas em fazer asfalto e acabou. Mas isso mudou muito. A gente precisa de drena-gem, porque se não faço o asfalto e depois tenho que voltar abrir as valas e você perde muito dos ser-viços feitos. Hoje não se faz mais asfalto se não tiver drenagem, pa-vimentação e acessibilidade (ciclo-via e calçamento).

o que existe de planejamento nestas áreas para 2014?

Temos vários recursos já apro-vados [pelo Governo Federal], um da ordem de R$ 54 milhões e outro de R$ 83 milhões pra lici-tarmos esse ano, para drenagem e pavimentação. É todo o conjunto, não só para quem anda no veícu-lo, mas também para o pedestre e o ciclista.

a partir de quando essas ações come-çam a ocorrer?

A licitação para elaboração dos projetos já ocorreu no semestre passado [2013] e das obras estão previstas para o começo deste ano, com a abertura do orçamen-to.

a operação tapa-buracos, no período das chuvas, vai continuar?

Continua. Não para. Mas até o tapa-buracos, quando a chuva está intensa, você não consegue executar. Precisa-se de uma tré-gua. Não precisa dar sol brilhante, mas a água precisa parar de cair para fazer o reparo. É uma condi-ção temporária.

como a secretária avalia a qualidade do asfalto de palmas?

Tem asfalto aqui de 15, 18 anos. O período de vida útil dele já se foi. A lama asfáltica que a gente aplicou em várias quadras dá uma sobrevida de uns dois anos, mas agora se a capa asfáltica estiver deteriorada, como temos várias situações na Região Norte, é pre-ciso retirar tudo e fazer de novo.

“Os problemas maiores que a gente

tem hoje, com a deterioração do pavimento, é em

função da falta de drenagem”

“sofrendo com o impacto da falta de planejamento”A citação de Valéria Hollunder resume os problemas causados pelas chuvas em Palmas

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A conclusão está prevista para ocorrer em um ano e o Centro de Formação atenderá 450 alunos diariamente. O prédio leva ao nome do primeiro presidente da Fieto, Antônio Conceição Cunha Filho

fieto lança centro de formação profissionalem paraíso. projeto terá investimentos de r$ 6 mi

investimentosa agetrans informou que 15 trechos de rodovias estaduais, com de mais de 476 km de estradas pavimentadas e sinalizadas foram inauguradas desde 2011. Outros 573km estão em obras e em licitação existem mais oito frentes de trabalho segundo o órgão.

Paraíso do Tocantins será a próxima cidade do estado a contar com um Centro

de Formação Profissional do Serviço Nacional de Aprendi-zagem Industrial – Senai. O lançamento da obra ocorreu em dezembro, e a estrutura de 2.497,01 metros quadrados será erguida no loteamento Nova Fronteira. O terreno para o projeto foi doado pela Pre-feitura e tem área de 5.630,50 metros quadrados e a previsão do Senai é de executar o projeto em um ano.

Segundo a instituição, os investimentos girarão em tor-no de R$ 6 milhões e quando o Centro de Formação estiver pronto vai atender 450 alunos por dia e um total de três mil matrículas por ano. Ao inaugu-rar a estrutura, o Centro levará o nome de Antônio Conceição Cunha Filho, presidente da Fe-deração das Indústrias do Esta-do do Tocantins – FIETO, e do Conselho Regional do SENAI por dois mandatos, no período de fundação Federação, entre 1992 e 1998.

Roberto Pires, presidente da Fieto, explicou que a nova es-trutura vai atender a uma an-tiga demanda daquela região. “O Sistema Fieto foi iniciado utilizando estruturas das uni-dades de Araguaína e Gurupi e com isso a região central es-tava desprovida de ambientes adequados, compatíveis com o nível de qualidade da educação profissional do Senai. Conse-guimos recursos junto à Confe-deração Nacional da Indústria – CNI, que entendeu a deman-da e viabilizou novas escolas para Palmas e esta em Paraíso,

que vai atender toda a região do Vale do Araguaia”, relatou o presidente.

reforçoMoisés Avelino, prefeito da

cidade, destacou que o plano da administração é ampliar a quantidade de cursos já ofereci-dos pelo Senai, tendo a própria gestão municipal como parcei-ra. “Essa escola é importante pela sua qualidade, pelo seu ta-manho e o investimento que se vai ter aqui, mas o maior bene-fício dela é para a sociedade, es-pecialmente os menos favore-cidos que não podem sair para estudar fora do estado. Às ve-zes, nem em Palmas dão conta de ficar e desistem de estudar”, relatou Avelino. “Essa escola aqui vai servir a essa comunida-de. Quem quiser aprender vai ter oportunidade e buscar tra-balho nas muitas empresas que chegam e precisam de mão de obra qualificada”, acrescentou.

missãoO advogado Antônio Concei-

ção, homenageado pelo Senai, lembrou de quando a institui-ção e a Federação estavam em fase de fundação, para executar um importante papel na for-mação profissional do Estado. “Era comum uma ou outra mãe pedir que o Senai orientasse o seu filho porque lá ele iria aprender e iam colocá-lo na li-nha. O Senai tem uma grande missão, feita ao longo dos anos. Ele tem preparado a mão de obra brasileira, tem preparado o povo brasileiro a ter uma vida melhor. E o nosso país precisa dessa mão de obra especializa-da”, disse.

Roberto pires e o prefeito avelino descerram a placa do projeto em paraíso

Foto: prefeitura de paraíso do tocantins