manutenção preditiva de motores diesel

142
MANUTENÇÃO PREDITIVA DE MOTORES DIESEL ATRAVÉS DE PARÂMETROS OPERACIONAIS Luiz Augusto Rocha Baptista TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUESITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇAO DO GRAU DE DOUTOR EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA OCEÂNICA. Aprovada por: St,i 0-ú. ,L-, FSh Prof. Severino Fonseca da Silva Neto, D.Sc. Prof. Carlos #odrigues Pereira Belchior, D.Sc. Prof. RiZhafBBávid Schachter, Ph.D Prof. Sílvio Carlos de Almeida, D.Sc. Prof. Hélio Mitiu Murishita, D.Sc. RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL JUNHO DE 1999

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Page 1: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

MANUTENÇÃO PREDITIVA DE MOTORES DIESEL ATRAVÉS DE PARÂMETROS

OPERACIONAIS

Luiz Augusto Rocha Baptista

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS

PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUESITOS

NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇAO DO GRAU DE DOUTOR EM CIÊNCIAS EM

ENGENHARIA OCEÂNICA.

Aprovada por:

St,i 0-ú. ,L-, FSh Prof. Severino Fonseca da Silva Neto, D.Sc.

Prof. Carlos #odrigues Pereira Belchior, D.Sc.

Prof. RiZhafBBávid Schachter, Ph.D

Prof. Sílvio Carlos de Almeida, D.Sc.

Prof. Hélio Mitiu Murishita, D.Sc.

RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL

JUNHO DE 1999

Page 2: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

BAPTISTA, LUIZ AUGUSTO ROCHA

Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Através de Parâmetros Operacionais [Rio de

Janeiro] 1999

X1,142 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, D.Sc.,

Engenharia Oceânica, 1999)

Tese - Universidade Federal do Rio de

Janeiro, COPPE

1. Manutenção de Motores Diesel

I. COPPEIUFRJ 11. Título (série)

Page 3: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Resumo da Tese apresentada a COPPEIUFRJ como parte dos requisitos

necessários para a obtenção do grau de Doutor em Ciências (D.Sc.)

MANUTENÇÃO PREDITIVA DE MOTORES DIESEL ATRAVÉS DE

PARÂMETROS OPERACIONAIS

Luiz Augusto Rocha Baptista

Orientadores: Severino Fonseca da Silva Neto

Carlos Rodrigues P. Belchior

Programa: Engenharia Oceânica

Este trabalho apresenta os conhecimentos mínimos, necessários para que um

sistema especialista automático possa ser desenvolvido e utilizado para detectar e

predizer falhas em motores diesel. Fazem parte deste conhecimento: os parâmetros

operacionais e as árvores de falhas para diagnósticos dos sistemas dos motores

diesel; o processo de análise dos dados e as expressões matemáticas dos

parâmetros nas diversas condições de carga de um motor específico.

Page 4: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as a partia1 fulfillment of the

requirements for the degree of Doctor of Science (D.Sc.)

PREDICTIVE MAINTENANCE OF DIESEL ENGINES

USING OPERATING PARAMETERS

Luiz Augusto Rocha Baptista

Advisors: Severino Fonseca da Silva Neto

Carlos Rodrigues P. Belchior

Department: Ocean Engineering

This work presents the minimum necessary knowledge so as an automated

expert system can be developed to predict diesel engine fails. Included in this

knowledge are: oparating paramaters and the fault trees for diagnosis of diesel

engines; a data analysis process and the mathematical expressions of a specific

engine;.

Page 5: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

." .......................................................................................................... I) INTRODUÇAO: I

II) OBJETIVOS DA TESE: ............................................................................................ 3

................................................................................. III) SISTEMAS ESPECIALISTAS: 6

.. III.l.l) PROBLEMAS QUE JUSTIFICAM O USO DE UM SISTEMA ESPECIALISTA. 6

iii.l.2) JUSTIFICATIVA PARA A UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS ESPECIALISTAS NA MANUTENÇAO PREDITIVA: ........................................................................................ 7

111.1.2.1) JUSTIFICATIVA PARA UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS ESPECIALISTAS NA MANUTENÇÃO PREDITIVA DE MOTORES DIESEL: ................................................. 8

....................................... 111.1.3) COMPONENTES DE UM SISTEMA ESPECIALISTA: 9

111.1.3. I ) BASE DE CONHECIMENTOS: ...................................................................... - 9

111.1 .3.1 . 1) REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO: ............................................. 10

111.1.3.3) BANCO DE DADOS: .................................................................................... 12

111.1.3.4) INTERFACE COM O USUÁRIO: .................................................................. 12

............................... 111.1.4) DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS ESPECIALISTAS: 12

.......................................................... 111.2) TIPOS DE SISTEMAS ESPECIALISTAS: 13

111.2.1) SISTEMAS MANUAIS (" OFF-LINE): .............................................................. 13

..................................................................................................... 111.2.1.í) "ADETA: 13

.......................................................... 111.2.1 . I . 1) CARACTER~STICAS DO "ADETA : 14

111.2. I . 1. 1 .I) PARÂMETROS MONITORADOS: .......................................................... 14

.................................... 111.2.1 . 1. 1.3) RELATÓRIOS FORNECIDOS PELO SISTEMA: 17

..................................................... 111.2.1.2) 0 SISTEMA ESPECIALISTA "ATEMDI" : 18

.......................................................................... 111.2.1.2. I ) 0 DESENVOLVIMENTO: 18

111.2.1.2.2) CARACTER~STICAS DO SISTEMA: ................................................... 1 8

111.2.1.2.2.1) CARACTER~STICAS DA APLICAÇÃO: .................................................. 18

-v-

Page 6: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

............................................ 111.2.1.2.2.2) CARACTER/STICAS DA MONITORAÇÃO: 19

................................. 111.2.1.2.2.3) CARACTER~STICAS DA ANÁLISE DOS DADOS: 19

.................................. 111.2.1.2.3) PROBLEMAS DO SISTEMA "ATEMD1"P'ADETA : 20

...................................................................................................... 111.2.1.3) "CAPA: 21

............................................................ 111.2.1.3.1) CARACTER~STICAS DO " CAPA : 22

111.2.2) SISTEMAS AUTOMÁTICOS (" ON-LINE) ....................................................... 23

........................................................................................................ 111.2.2.1) " FAKS: 23

111.2.2.2) " DEEDS : .................................................................................................... 24

................................................................... 111.3) BALANÇO DO ESTADO DA ARTE: 26

..................................................... 111.3.1) MONITORAÇÃO CONT~NUA DO MOTOR: 26

111.3.2) AVALIAÇÃO DOS DADOS MONITORADOS: ................................................. 26

111.3.3) DETECÇÃO E DIAGNÓSTICO DA ANORMALIDADE (FALHA): ..................... 27

IV) ESTUDO DO RELACIONAMENTO ENTRE OS PARÂMETROS OPERACIONAIS E AS FALHAS NOS SISTEMAS DOS MOTORES DIESEL: ....................................... 28

IV . 1) DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO: ................................................................ 28

IV . 1 . I ) DIVISÃO DO MOTOR DIESEL EM SISTEMAS: .............................................. 29

IV.1. I .I) ESTUDO DOS SISTEMAS: .......................................................................... 29

IV.1.1.1 . 1) SISTEMA DE COMBUST~VEL E INJEÇÃO DE COMBUST~VEL: ............. 30

iv.1 . 1.1 .I . 1) PARÂMETROS MONITORÁVEIS: ......................................................... 31

1v.1 . 1.1 .I . 2) DESCRIÇÃO F~SICA OU OPERACIONAL DOS SINTOMAS: ................ 31

IV.l.l. 1 . 1 . 3) ARVORES DE FALHAS: ........................................................................ 32

IV.1.1. 1.2) SISTEMA DE AR DE CARGA E GASES DE EXAUSTÃO: ....................... 34

. iv.1 i . I . 2.1) PARÂMETROS MONITORÁVEIS: ......................................................... 34

lV.l . 1. 1.2.2) DESCRIÇÃO F~SICA OU OPEBACIONAL DOS SINTOMAS: ................ 34

........................................................................ IV.1.1.1.2.3) ARVORES DE FALHAS: 35

. . IV.1 I 1 . 3) SISTEMA DOS CILINDROS: ..................................................................... 42

. 1v.1 I. 1.3.1) PARÂMETROS MONITORÁVEIS: ......................................................... 42

. iV.l 1. 1 . 3.2) DESCRIÇÃO F~SICA OU OPERACIONAL DOS SINTOMAS: ................ 42

Page 7: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

........................................................................ IV.l . I. 1.3.3) ÁRVORES DE FALHAS: 42

lV.l . 1 . 1 . 4) SISTEMA PISTÃO-BIELA: ........................................................................ 44

1v.1. I . I AI) PARÂMETROS MONITORÁVEIS: ......................................................... 44

.................... IV.1. I . 1 .4.2) DESCRIÇÃO F~SICA OU OPERACIONAL DO SINTOMA: 45

.......................................................................... IV.l . I . 1.4.3) ÁRVORES DE FALHA: 45

..................................... IV . I . 1.1.5) SISTEMA DOS CABEÇQTES DOS CILINDROS: 46

......................................................... i v . I . I . I . 5.1) PARÂMETROS MONITORÁVEIS: 46

............... lV.l . 1. 1.5.2) DESCRIÇÃO F~SICA OU OPERACIONAL DOS SINTOMAS: 4 7

lV.1.1.1.5.3) ÁRVORES DE FALHAS. ........................................................................ 47

....................................................... IV . I . 1.1.6) SISTEMA DO EIXO DE MANIVELAS: 49

IV . I . I. I . 6. I) PARÂMETROS MONITORÁVEIS: ......................................................... 49

iV.1 . I . I . 6.2) DESCRIÇÃO F~SICA OU OPERACIONAL DOS SINTOMAS. ................ 49

IV.l . 1. 1.6.3) ÁRVORES DE FALHA: .......................................................................... 50

IV.l . I. 1.7) SISTEMA DE TRANSMISSÃO: ................................................................. 51

1v.1 . I. 1.7.1) PARÂMETROS MONITORÁVEIS: ......................................................... 51

lV.1.1.1.7.2) DESCRIÇÃO F~SICA OU OPERACIONAL DO SINTOMA: .................... 51

IV . 1 . 1. 1.8) SISTEMA DO CARTER: ............................................................................ 52

1v.1 . I .I . 8.1) PARÂMETROS MONITORÁVEIS: ......................................................... 52

IV.l . 1 . 1 . 8.2) DESCRIÇÃO F~SICA OU OPERACIONAL DOS SINTOMAS: ................ 52

IV . 1 . 1. I . 8.3) ARVORE DE FALHAS: .......................................................................... 52

IV . 1 . 1. I . 9) SISTEMA DE ÓLEO LUBRIFICANTE: ...................................................... 54

1v.1 . I . I . 9.1) PARÂMETROS MONITORAVEIS: ......................................................... 54

iV.l . 1. 1 . 9.2) DESCRIÇÃO F ~ C A OU OPERACIONAL DOS SINTOMAS: ................ 54

IV . 1 .I . 1.9.3) ÁRVORES DE FALHAS: ........................................................................ 55

IV.l . I . 1. 10) SISTEMA DE RESFRIAMENTO: ............................................................. 58

IV . I . I . I. 10.1) PARÂMETROS MONITORÁVEIS: ....................................................... 59

IV.l . 1. 1 . 10.2) DESCRIÇÃO F~SICA OU OPERACIONAL DOS SINTOMAS: .............. 59

IV.l . 1. 1.10.3) ARVORES DE FALHAS: ...................................................................... 60

. vii .

Page 8: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

IV.2) RELACIONAMENTO ENTRE OS SINTOMAS E AS FALHAS NOS SISTEMAS DO MOTOR DIESEL: ................................................................................................. 68

IV.2.1) MATRIZ DE DIAGNOSTICOS: ........................................................................ 68

V) PROCESSO DE ANÁLISE DOS DADOS MONITORADOS DOS PARÂMETROS OPERACIONAIS: ....................................................................................................... 79

V . 1) PROCESSO DE ANÁLISE PROPOSTO: ............................................................ 79

V.2) MONITORAÇÃO DOS PARÂMETROS OPERACIONAIS INDEPENDENTE DA ...................................................... CONDIÇÃO DE CARREGAMENTO DO MOTOR: 80

.................................................... V.2.1) DETERMINAÇÃO DA CARGA DO MOTOR: 80

. V.2. I . 1) DETERMINAÇÃO DA CARGA DO MOTOR PROPOSTA: .......................... 81

..................................................... V.2.2) FAIXAS DE OPERAÇÃO DOS MOTORES: 82

V.2.3) DETERMINAÇÃO DOS VALORES NORMAIS E DOS LIMITES MÁXIMOS E ..................................................... M~NIMOS DOS PARÂMETROS OPERACIONAIS: 82

V.2.3.1) MOTOR SELECIONADO: ............................................................................. 83

........................................................................ V.2.3.2) DADOS DE DESEMPENHO: 83

V.2.3.4) DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DOS PARÂMETROS EM CADA ............................................................................................ CONDIÇÃO DE CARGA: 84

" V.2.3.5) DISTRIBUIÇAO NORMAL: ............................................................................ 85

V.2.3.6) DETERMINAÇÃO DA CARGA NO MOTOR EM QUESTÃO: ........................ 85

................. V.2.3.7) GRÁFICOS DE CONTROLE PARA O MOTOR SELECIONADO: 87

........................... V.2.3.7.1) AJUSTE DAS CURVAS E ANÁLISE DE REGRESSÃO: 88

................................................... v.2.3.7.1. I) EXPRESS~ES DOS PARÂMETROS: 98

V.2.3.7.1.2) VALIDAÇÃO DAS EXPRESSÕES: ....................................................... 100

................................................................................. VI) EXEMPLOS DE ANÁLISE: 101

............................................. VI.1) DADOS DOS PARÂMETROS OPERACIONAIS: I01

s

VII) CONCLUSAO. .................................................................................................. 1 04

A.l) TIPOS DE MANUTENÇÃO: .............................................................................. 106

Page 9: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

A . I .I) CORRETIVA: ................................................................................................ 1 06

A . 1.1.1) VANTAGENS: .................................... ... ................................................ 1 06

A. l .I . 2) DESVANTAGENS: ...................................................................................... 107

A . 1.2) PREVENTIVA: ............................................................................................... 107

A.1.2. I ) VANTAGENS: ............................................................................................. 107

A . 1.2.2) DESVANTAGENS: .................................................................................... 1 0 8

................................................. A.1.3) MANUTENÇÃO BASEADA NA CONDIÇÃO: 108

A.1.3.1) VANTAGENS: ............................................................................................. 109

A . I . 3.2) DESVANTAGENS: ...................................................................................... I09

APÊNDICE " 6 . INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E SISTEMAS ESPECIALISTAS: ..... 110

.................................................. B.l) DEFINIÇÃO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: 110

B.3) DIVISÕES DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: ................................................ 110

B.4.) PASSOS NO DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA ESPECIALISTA: ....... 111

B.5) FERRAMENTAS UTILIZADAS NO DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS ESPECIALISTAS: ..................................................................................................... 111

B.6) TEMPO E CUSTO DE DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA ESPECIALISTA: ................................................................................................................................. 112

APÊNDICE " C . DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS PARÂMETROS OPERACIONAIS ........................................................................................ DOS MOTORES DIESEL: 113

APÊNDICE " D" . VALORES EXPERIMENTAIS E CALCULADOS PARA OS ............................. PARÂMETROS OPERACIONAIS DO MOTOR MTU 956 TB 91: 119

APÊNDICE "E" . FORMAS DE DETERMINAR A CARGA DO MOTOR: ................. 126

......................................................................................................... BIBLIOGRAFIA 128

Page 10: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

A-

Amb. -

A.D. - A.S. -

[AI - [Bl - C-

FPI -

H -

HT ou H.T. - lnj. - IMEP,imep - LI, L2 -

LIC - LM - LSC -

LT OU L.T. - MCR - N - N -

Nr-

O.L. - P -

PATM ou

Patm - Pc -

Pcomb -

LISTA DE S~MBOLOS:

Área do cilindro de um motor;

Ambiente;

Água Doce;

Água Salgada;

Banco de cilindros " A de um motor;

Banco de cilindros " B" de um motor;

Posição da cremalheira de combustível de um motor;

" Fuel Pump Indicator" ;

Nomenclatura original de classificação cios sintomas dos parâmetros

segundo o sistema especialista " ADETA" (H -" High");

Circuito de alta temperatura de um motor (HT - " High Temperature");

Injetora ou injetor;

Indicated Mean Efective Pressure;

Limites de variação dos valores dos parâmetros entre análises

consecutivas;

Curso do pistão de um motor;

Nomenclatura original de classificação dos sintomas dos parâmetros

segundo o sistema especialista " ADETA" (L -I' Low");

Limite Inferior de controle - gráfico de controle;

Linha média - gráfico de controle;

Limite Superior - gráfico de controle;

Circuito de baixa temperatura de um motor (LT - " Low Temperature");

" Maximum Continuos Rating" ;

Velocidade rotacional;

Nomenclatura original de classificação dos sintomas dos parâmetros

segundo o sistema especialista " ADETA (N -" Normal");

Número de revoluções do eixo de manivelas por ciclo;

Óleo Lubrificante;

Potência;

Pressão atmosférica;

Pressão de compressão nos cilindros de um motor;

Pressão de combustão nos cilindros de um motor;

Page 11: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Pi - Pmax - PMEI - PMI - POT - Resf. - S -

ss - T -

Tex - Válv. - Vd - Y-

Ycalc. - Yi -

Yicalc. -

Ys - Yscalc. -

Potência indicada;

Pressão máxima nos cilindros de um motor;

Pressão média efetiva indicada;

Pressão média indicada;

Potência;

Resfriador;

Desvio Padrão;

Média dos desvios padrões;

Torque gerado por um motor;

Temperatura de exaustão;

Válvula;

Volume deslocado pelo pistão no cilindro de um motor;

Médias dos valores dos parâmetros;

Valor médio do parâmetro calculado pela expressão empírica;

Limite inferior de controle do parâmetro;

Limite inferior de controle do parâmetro calculado pela expressão

empírica;

Limite superior de controle do parâmetro;

Limite superior de controle do parâmetro calculado pela expressão

empírica;

Variação máxima de um parâmetro entre os cilindros de um motor;

Desvio padrão;

Média de um conjunto de valores;

Eficiência mecânica;

Page 12: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

A manutenção preditiva tem sido utilizada, nas últimas décadas, pelos setores

industrial, marítimo e de transportes, como a solução para reduzir os custos de

manutenção, o prejuízo decorrente dos atrasos e das perdas na produção; causados

por falhas inesperadas, trocas de componentes que ainda tenham vida útil, falta de

planejamento logístico, etc.

Aplicada principalmente aos equipamentos de alto custo, este tipo de

manutenção requer a monitoração da sua condição, para que falhas em

desenvolvimento possam ser detectadas. A monitoração da condição envolve a

aquisição e análise de uma grande quantidade de dados para identificação de falhas

e obtenção de diagnósticos, requer um profissional especialista, com profundo

conhecimento sobre o equipamento e suas falhas.

0 s motores diesel, em particular o marítimo, como componente caro e

importante em diversas instalações, é um ótimo exemplo de equipamento onde a

monitoração da condição para predição de falhas é aplicada. Além do custo inicial

elevado, estes motores utilizam o processo de manutenção preventiva (substituindo

componentes em função do número de horas de operação acumulado - apêndice

" A ) , o que induz a gastos periódicos com a aquisição de peças e desmontagens,

esta última sendo prejudicada por espaços reduzidos em praças de máquinas.

Quando efetivo, um programa de manutenção baseado na condição traz benefícios

como: aumento da confiabilidade e disponibilidade do equipamento; extensão dos

intervalos periódicos da manutenção preventiva e redução nos custos de

manutenção;

A coleta e análise de grandes quantidades de dados e a incerteza por parte das

gerências em reconhecer os benefícios econômicos da monitoração da condição

foram fatores que contribuíram inicialmente para dificultar a aceitação deste processo

de manutenção.

A partir do início dos anos 80 com o desenvolvimento de processadores

compactos, foi possível construir equipamentos para coleta de dados e desenvolver

sistemas (" softwares"), permitindo a integração da monitoração da condição com as

medições por processadores. Desta forma os problemas com a coleta de dados, ou

seja, a habilidade do operador em medir e registrar grandes quantidades de dados

com precisão, pôde ser contornada.

Page 13: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

O nível de esforço necessário para processar manualmente os dados ainda

representavam problema. Com a pesquisa e o desenvolvimento da inteligência

artificial (apêndice " B ) , que é voltada principalmente para o estudo das formas de

raciocínio dos seres humanos, sua representação e utilização em programas em

computadores, foi possível reduzir sensivelmente o problema. Estes programas,

batizados de "Sistemas Especialistas", têm sido utilizados em diversos campos,

tendo na obtenção de diagnósticos uma de suas melhores aplicações.

O autor foi responsável pelo desenvolvimento do sistema especialista ATEMDI.

Este, por desejo da Marinha Brasileira, foi baseado no sistema especialista "ADETA.

Ambos fazem parte de um procedimento que visa a manutenção preditiva de motores

diesel marítimos. O "ADETA" foi projetado de forma a englobar todos os motores

(aproximadamente 54 modelos de 15 fabricantes) utilizados nos navios da Marinha

Americana, sem necessitar, para sua utilização, de alterações em suas instalações.

Apesar destas características parecerem bastante convenientes, elas levaram a um

processo repetitivo e trabalhoso, para cada motor, em paralelo as tarefas já

executadas a bordo de cada navio. Neste processo, cada motor deve ser colocado

sob a mesma condição de carga a que esteve submetido nas aquisições de dados

anteriores. 0 s dados são coletados visualmente da instrumentação do motor por seu

operador e em seguida passados ao sistema especialista. Estes dados pertencem

aos parârnetros operacionais (pressões, temperaturas, posições de ajustes, etc.) do

motor. Neste sistema especialista são utilizados dez parâmetros que correspondem

aos básicos ou comuns aos diversos modelos de motores.

O principal objetivo do desenvolvimento do sistema, batizado pela Marinha de

" ATEMDI" , era de incorporar o motor MTU modelo 956 TB 91. Neste modelo, apenas

seis dos dez parâmetros podem ser monitorados, porém, o mesmo permite que

outros parâmetros tenham seus dados monitorados e analisados, o que aumentaria

muito a quantidade e a qualidade dos diagnósticos oferecidos por um sistema

especialista.

As dificuldades impostas pelo processo, geradas em função das características

destes dois sistemas, seriam as seguintes: colocação dos motores sob a mesma

condição de carga para cada aquisição de dados; leitura da instrumentação (nem

sempre aferida) para cada parâmetro monitorado (o que implica em submeter um

operador do motor a esta tarefa) e dependência de uma pessoa para introdução dos

dados no sistema. Estas dificuldades têm contribuído bastante para que uma

ferramenta poderosa, como o sistema especialista, neste caso em particular, seja

ainda pouco efetiva na manutenção preditiva.

- 2 -

Page 14: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

II) OBJETIVOS DA TESE:

Visando modificar o sistema especialista "ATEMDI" ou criar um sistema novo,

torna-se necessário estudar soluções de forma que os fatores que dificultam o seu

processo possam ser eliminados ou minimizados.

A eliminação da dependência da carga bem como do fator humano para coletar

os dados dos parâmetros operacionais dos motores, são encontrados nos sistemas

especialistas mais sofisticados, chamados de sistemas " On-line". Estes sistemas

possuindo ou trabalhando em parceria com um sistema de aquisição de dados,

permitem que grande quantidade de dados sejam coletados de sensores instalados

no motor. Além disto, a periodicidade entre coletas pode ser variada, desde alguns

minutos até centenas de horas. Como o número de sensores pode ser elevado, o

número de parâmetros monitorados é correspondente e desta forma qualidade dos

diagnósticos é superior, pois quanto maior o número de parâmetros mais precisa é

identificação das falhas.

Para o sistema analisar os dados dos parâmetros em uma condição qualquer

de carga, é necessário que o mesmo possua um meio de determinar se seus valores

estão normais ou não.

Baseado no foi exposto os objetivos da tese são apresentados em seguida:

Estudar como os parâmetros operacionais se relacionam com as diversas

falhas dos sistemas do motor diesel, levando em consideração o tipo de

motor bem como as particularidades de seus sistemas;

Montar uma matriz (de diagnósticos) que relacione o comportamento dos

parâmetros com as falhas de cada sistema, de acordo com o tipo de motor;

Propor um processo de análise dos dados, contendo: uma forma prática de

identificar a condição de carga do motor e um meio de determinar se os

valores dos parâmetros operacionais estão normais ou não.

0 s resultados dos objetivos da tese serão usados como a parte principal dos

"conhecimentos" que deverão constar na "base de conhecimentos" (ver definições

de sistemas especialistas no capítulo III) do sistema especialista a ser desenvolvido

futuramente.

A técnica de estudar e representar as falhas de um sistema e conhecida como

'FTA' (" Fault Tree AnalysisB)- Análise por Árvore de Falhas, é segundo PERAKIS [I]

Page 15: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

a mais adequada para motores, pois permite observar falhas comuns ou que têm

reflexo em diversos sistemas e podem ser causadas por múltiplos fatores. Este tipo

de análise é um modelo gráfico, composto de várias combinações de falhas paralelas

e sequenciais, que podem resultar em um evento ou falha de topo. A representação é

iniciada pela identificação dos eventos de topo, sendo os demais, em seguida,

identificados e conectados, terminando quando os eventos básicos mutuamente

independentes são alcançados. Este tipo de análise é um processo dedutivo, que

revela informações qualitativas e quantitativas sobre o sistema.

O autor pretende utilizar esta técnica ao estudar o relacionamento dos

parâmetros com as falhas dos sistemas, porém, como evento de topo serão

eâc~lhidos os parâmetros operacionais que cada sistema permite monitorar. A figura

11.1 ilustra o que é proposto.

"A" "B"

Evento Evento Evento Evento Evento "A" "B" "C" "I" "J"

P

Evento Evento Evento Evento Evento "D" "E" "F"

pp

Evento Evento Evento "K" "L" "M"

Figura 11.1 - Árvore de falhas proposta.

No método da "Avaliação por Desvio Padrão" apresentado por FAGERMND

[5], para estabelecer se o parâmetro está normal ou não, é feita uma comparação

entre o desvio padrão do processo registrado e o desvio padrão do processo

comparável. Este último serve de base para comparação das condições do motor em

serviço. O desvio padrão do processo comparável é baseado nos valores medidos

- 4 -

Page 16: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

em um motor novo, podendo ser utilizado o valor limite experimentado ou o valor

limite calculado ou estimado. O processo registrado é aquele que indica a variação

ocorrida nos parâmetros, com o motor em funcionamento numa determinada carga. O

desvio padrão do processo registrado pode ser calculado através da variação entre o

valor individual médio e o valor de referência calculado. O fluxograma apresentado na

Figura 11.2 ilustra este método.

Medição na condição Medição na condição "Motor novo" "Motor em s e ~ ç o "

Valor Valor Calculado limite do desvio normal

expehentado padrão (simuiado) e s h d o

ou calculado

Condição do parâmetro I

Figura 11.2 - Método de avaliação por desvio padrão.

O autor pretende basear-se neste método para propor um processo de análise

dos dados monitorados.

Page 17: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

III) SISTEMAS ESPECIALISTAS:

Neste capítulo são apresentadas a definição e as características dos Sistemas

Especialistas, bem como exemplos e características de alguns já desenvolvidos para

manutenção preditiva de motores diesel.

Um sistema especialista, conforme apresentado por GEVARTER [3], é um

" software" inteligente que contém conhecimentos profundos e utiliza procedimentos

de inferência para solucionar problemas que normalmente requerem as habilidades

humanas. Este "software" executa muitas das funções secundárias realizadas por

um especialista, tais como perguntar questões relevantes e explicar seu raciocínio.

Os sistemas especialistas podem ser utilizados para armazenar conhecimentos,

preservar os conhecimentos de profissionais em tempo de aposentadoria, fornecer

aconselhamentos a partir de dados variáveis, pesquisar grandes quantidades de

dados, reconhecer e utilizar detalhes que podem passar desapercebidos na pressa,

etc.

São classificados em categorias, as quais são apresentadas juntamente com a

sua função e aplicação no setor marítimo, na tabela 111.1.

111.1 .I) Problemas que justificam o uso de um sistema especialista:

Antes de se iniciar o desenvolvimento do sistema deve-se descobrir se o

problema a ser resolvido requer um sistema especialista. É sugerido por HARTMAN

[4] que os fatores apresentados na tabela 111.2 sejam verificados.

Page 18: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Tabela III. 1 - Classificação dos sistemas especialistas:

I Categoria I ' '

Função Deduzir em que categoria uma falha se enquadra.

Aconselhamento Fornecer informações

Diagnóstico de falhas (mecânicas, elétricas e de comunicações).

Convenções internacionais; custos de operação; informações sobre aaenciamento marítimo. Projeto de: navios; máquinas.

Planejamento de viagens; projeto de navios; planejamento de manutenção. -

Gerenciamento de frotas, monitoração de planos de trabalho; monitoração de equipamentos. Manutenção preditiva; predição de taxas de fretes e comércio.

Vigilância e monitoração das condições: atmosféricas; de navegação; e para controle de ~osicão. Gerenciamento de navios; controle integrado da ponte; posicionamento dinâmico.

Tabela 111.2 - Fatores que justificam a utilização de sistemas especialistas:

Fator Explicação I rande interesse ou benefício

urísticos é um ótimo candidato a sistema

tecnicamente possível I especialista com a tecnologia existente atualmente.

111.1.2) Justificativa para a utilização de sistemas especialistas na manutenção preditiva:

O gerenciamento é um processo cognitivo que serve a diversas funções, cada

uma destas envolvendo a manipulação de várias regras, fatos, objetos e

Page 19: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

procedimentos. O gerenciamento de uma indústria ou particularmente o

gerenciamento marítimo incluem funções como: administração, comunicações,

diagnósticos, prazos, manutenção, etc. A modelagem de processos simbólicos e

cognitivos está incluída dentro do domínio da inteligência artificial.

A manutenção baseada na condição (ou manutenção preditiva), requer a

monitoração dos indicadores da condição do equipamento, o processamento ou

análise dos dados, a apresentação de resultados (diagnósticos do equipamento) e

posteriormente o planejamento e detalhamento dos períodos de manutenção. Estas

tarefas estão enquadradas em algumas das categorias dos sistemas especialistas

(monitoração, simulação e predição, classificação e aconselhamento) o que torna um

sistema especialista uma ferramenta de auxílio a manutenção preditiva. Além destes

fatores, o processamento ou análise dos dados envolve o conhecimento de um

especialista, que é baseado em fatos e heurística, sendo estes os tipos de

conhecimento utilizados em sistemas especialistas.

111.1.2.1) Justificativa para utilização de sistemas especialistas na manutenção preditiva de motores diesel:

Utilizando a tabela 11.2 onde foram apresentados fatores que justificam a

utilização de sistemas especialistas, temos:

1 - O problema é justificável ?

Sim. A manutenção preditiva de motores diesel, em suas várias aplicações e

particularmente nos marítimos de médio e grande porte traz benefícios não só

econômicos como também em termos de disponibilidade e confiabilidade do motor.

2 - O problema é tecnicamente adequado ?

Sim. A análise dos dados de um motor diesel e a obtenção dos diagnósticos

é feita através dos conhecimentos baseados em fatos e heurística o que torna esta

aplicação perfeita para um sistema especialista.

Page 20: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

3- O problema é tecnicamente possível ?

Sim. O nível de desenvolvimento dos microcomputadores, sistemas de

aquisição de dados e programas (ambientes) para desenvolvimento de sistemas

especialistas, torna plenamente possível desenvolver e utilizar um sistema

especialista na manutenção preditiva de motores diesel.

111.1.3) Componentes de um sistema especialista:

Basicamente um sistema especialista pode ser representado conforme o

esquema da figura III.1. Seus componentes serão explicados em seguida.

conhecimentos SI Banco d e dados

Máquina d e infe rê ncia

Interface com o usuário

Figura 111.1 - Componentes básicos de um sistema especialista.

111.1.3.1) Base de conhecimentos:

Contém toda a informação ou conhecimento necessário para solucionar os

problemas para os quais o sistema foi definido.

O conhecimento em um sistema especialista é constituído por fatos e

heurística. Os fatos podem ser vistos como as informações disponíveis publicamente

e largamente difundidas e que com as quais os especialistas em um campo

concordam.

Page 21: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

A heurística é formada por regras particulares do especialista em um campo.

Estas regras surgiram a partir do raciocínio e avaliação que caracterizavam as

decisões do nível de um especialista.

111.1.3.1 .I) Representa~ão do conhecimento:

Um comportamento inteligente, segundo GEVARTER [3], não se deve tanto aos

métodos de raciocínio, quanto é dependente do conhecimento que se possui para

raciocinar. Quando um conhecimento substancial tem que ser utilizado num

problema, são necessários métodos para se modelar com eficiência este

conhecimento, de forma que esteja prontamente acessível.

O propósito da representação do conhecimento é organizar as informações em

uma foram tal que o sistema especialista possa acessá-Ias para realizar funções

cognitivas.

A forma mais popular de representar conhecimento e mais escolhida para

sistemas especialistas são as regras de produção.

As regras de produção podem ser declarativas ou processuais (" procedural").

Aquelas que contém instruções explicitas como buscar e incluir itens em bancos de

dados, executar cálculos, etc., são processuais. Outras que simplesmente verificam

se certos fatos são verdadeiros são declarativos.

A forma básica das regras de produção é a seguinte:

A condição é uma cláusula de algum tipo, que deve ser testada para verificar

se é verdadeira ou não. O resultado pode ser: atribuir valores a objetos, os quais

podem ser usados por outras regras, ou executar subrotinas ou programas externos.

As subrotinas são pequenos programas idealizados para realizar tarefas

específicas.

Page 22: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

111.1.3.2) Máquina de inferência:

O sistema especialista deve ser capaz de processar o conhecimento e ter a

habilidade de "raciocinar". A máquina ou mecanismo de inferência [3,4] é

responsável pelo raciocínio. É de aplicação geral, podendo trabalhar com qualquer

tipo de conhecimento representado na base de conhecimentos.

A separação do conhecimento e raciocínio é uma 'marca registrada' dos

sistemas especialistas.

O 'raciocínio' da máquina de inferência é responsável pelo controle da

execução, ou controle dos passos dados para solucionar o problema. Envolve o

encadeamento das regras de produção para formar uma linha de raciocínio. As

regras são atuadas por padrões, as quais dependendo da estratégia, concordam com

a parte da condição (SE) ou,do resultado (ENTÃO). A aplicação de uma regra muda

o " sfafus" do sistema, habilitando algumas regras e desabilitando outras.

A máquina de inferência utiliza estratégias de controle para encontrar as regras

habilitadas e para decidir quais destas devem ser aplicadas. As estratégias básicas

de controle podem ser: "Top-down" (direcionada ao objetivo), "Bottom-up"

(direcionada aos dados) ou uma combinação das duas através de um processo de

convergência.

A estratégia de controle "Bottom-upJJ (direcionada aos dados) é também

conhecida como " Foward Chaining" (encadeamento direto) pois a inferência começa

com os dados conhecidos e segue testando cada regra e habilitando aquelas onde o

antecedente é verdadeiro, gerando mais dados. As regras são novamente testadas,

num processo iterativo, até que mais nenhuma regra seja habilitada.

A estratégia de controle "Top-down" (direcionada ao objetivo) é também

conhecida como " Backward Chaining" (encadeamento reverso). Neste caso assume-

se inicialmente uma solução hipotética, que é o objetivo e para o qual buscam-se

evidências para comprová-lo. Desta forma, faz-se primeiro uma busca nas regras

tentando encontrar na sua conclusão o objetivo assumido. Em seguida pesquisam-se

as regras buscando-se o que é necessário saber para habilitá-las. Começa-se o

encadeamento reverso. Coloca-se de lado a regra e fixa-se um sub-objetivo que

comprove o antecedente da regra. Pesquisa-se em seguida a base de

conhecimentos em busca de regras que auxiliarão na comprovação do sub-objetivo.

O processo é repetido até que não existam mais regras que auxiliem na comprovação

do sub-objetivo em questão.

Page 23: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

O encadeamento reverso pode ocorrer de duas maneiras: " Breadth First"

(busca em amplitude) ou 'Depth-First" (busca em profundidade). A busca em

amplitude procura todas as regras as quais poderiam derivar um valor para o sub-

objetivo em questão, antes de executar o encadeamento reverso em qualquer

antecedente. A busca em profundidade executa o encadeamento reverso, no

antecedente da regra em consideração, antes de tentar outras regras.

111.1.3.3) Banco de dados:

É utilizado para manter registros da condição, dados de entrada e de um

histórico do que foi feito anteriormente em um problema em particular.

111.1.3.4) Interface com o usuário:

É um meio de comunicação entre o usuário e o sistema especialista. Através

deste meio o usuário descreve o problema para o sistema e recebe do mesmo as

explicações e aconselhamentos.

111.1.4) Desenvolvimento de sistemas especialistas:

O desenvolvimento de um sistema especialista envolve o trabalho de, pelo

menos, dois profissionais: O engenheiro de conhecimento e o especialista no campo

em que se deseja desenvolver o sistema.

O engenheiro do conhecimento é responsável pela aquisição do conhecimento,

feita na forma de entrevistas com o especialista, a ser representado na base de

conhecimentos. Além disto também está familiarizado com a ferramenta

computacional utilizada para o desenvolvimento, bem como com os raciocínios de

sistemas especialistas.

Page 24: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

111.2) Tipos de Sistemas Especialistas:

Existem atualmente dois tipos de sistemas especialistas aplicados a

manutenção preditiva de motores diesel, classificados basicamente quanto ao

processo pelo qual os dados são introduzidos no sistema. 0 s processos são o

manual e o automático. No processo manual os dados monitorados são introduzidos

pelo usuário através do teclado do computador, podendo ser coletados pelo próprio

ou através de um sistema de monitoração. No processo automático os dados podem

ser admitidos no sistema quando este busca um arquivo de dados gerado pelo

sistema de aquisição de dados ou quando o sistema especialista é capaz de

monitorar os sensores do motor e formar um banco de dados.

Com base nesta classificação podemos apresentar alguns sistemas

especialistas para manutenção preditiva de motores diesel, exemplificando o estado

da arte.

111.2.1) Sistemas manuais ("OFF-LINE"):

Dentro desta classificação serão apresentados dois sistemas especialistas o

"ADETA eoUCAPA.

111.2.1 . I ) "ADETA":

Conhece-se um pouco do histórico da manutenção preditiva de motores diesel

na Marinha Americana, através do contato existente entre esta e a Marinha Brasileira,

quando foram adquiridos alguns navios de origem americana. Nestes navios havia

um sistema especialista chamado ADETA ("Automated Diesel Engine Trend

Analysis") [I]. Este sistema Especialista é automatização de um processo chamado

DETA (" Diesel Engine Trend Analysis"), desenvolvido na década de 60, a pedido da

comunidade de submarinos com propulsão diesel.

Esta comunidade estava insatisfeita com as dificuldades que envolve as

desmontagens frequentes dos motores, em função dos períodos de inspeção

estipulados pela manutenção preventiva. As dificuldades eram devidas

principalmente ao espaço reduzido das praças de máquinas.

O DETA foi desenvolvido com um processo manual, e sua função é fornecer

diagnósticos da condição do motor sem paradas para desmontagens e inspeções,

Page 25: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

bem como permitir o acompanhamento da tendência dos indicadores da condição do

motor visando predizer o início do desenvolvimento de uma falha. Este processo é

baseado na leitura dos valores dos instrumentos (medidores de pressão,

temperatura, etc.) do motor, previamente aferidos, na repetição da condição de carga

existe nas coletas anteriores e nos intervalos de tempo predeterminados. A condição

de normal ou anormal é atribuída a cada parâmetro, a partir da análise dos valores

coletados, quando comparados com a média das últimas análises.

Com o desenvolvimento dos microcomputadores o processo pôde ser

automatizado a partir de 1990.

111.2.1 .I .I ) Características do "ADETA":

O " Automated Diesel Engine Trend Analysis" (ADETA) foi desenvolvido com

as seguintes características:

111.2.1.1 .I . I ) Parâmetros monitorados:

(A) Pressão de compressão

(B) Pressão de combustão

(C) Temperatura de exaustão

(D) Pressão de óleo lubrificante

(E) Consumo de óleo lubrificante

(F) Posição da cremalheira de combustível/regulador de velocidade

(G) Vácuo no cárter

(H) Pressão no cárter

(I) Pressão no coletor de admissão/pressão do ar de lavagem

(J) Passo do propulsor

Nem todos os parâmetros citados são monitorados nos diversos motores. A

Tabela 111.3 relaciona os parâmetros e os motores.

Page 26: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Tabela 111.3 - Parâmetros monitorados em cada motor

111.2.1.1 -1 -2) Diagnósticos:

O ADETA fornece diagnósticos para:

Instrumentação do motor:

Quando o valor zero é admitido em um dos parâmetros: pressão de

compressão, pressão de combustão ou temperatura de exaustão, é indicada uma

possível falha da instrumentaçáo.

Diagnósticos para minimizar o desequilíbrio de potência entre cilindros:

Para este diagnóstico são levados em consideração os parâmetros medidos de

cada cilindro, no caso: a pressão de compressão elou a pressão de combustão elou

a temperatura de exaustão. Um destes parâmetros é considerado anormal quando:

valor máximo > MÉDIA + AI2

OU

valor mínimo < MÉDIA - 4/2

Page 27: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Onde:

valor máximo* é o maior valor do parâmetro entre os cilindros;

valor mínimo + é o menor valor do parâmetro entre os cilindros;

MÉDIA + é a média do parâmetro nos cilindros;

A + é a variação máxima entre cilindros.

Na ação corretiva são indicados os cilindros com problemas e o respectivo valor

máximo permitido.

Diagnóstico para perdas de potência ou falhas no motor:

Neste caso são utilizados todos os parâmetros que podem ser medidos no

motor. Cada parâmetro 6 avaliado da seguinte forma:

variação = valor médio anterior / valor médio atual

Onde:

valor médio anterior +* é a média dos valores do parâmetro

csletadoç na última análise;

valor médio atual + é a média dos valores do parâmetro

coletados para esta análise;

Esta variação relativa classifica o parâmetro da seguinte maneira:

variação LI alto (H) (111.4)

LI c= variação c= L2 normal (N) (111.5)

variação > L2 baixo (L) (111.6)

L I e L2 constituem a principal informação do sistema, tendo em vista que estes

valores são responsáveis pela classificação dos parâmetros, e que por sua vez

identificarão as falhas. Os valores de L I e L2 são apresentados na tabela 111.4:

Page 28: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Tabela 111.4 -Valores de LI e L2

Estes valores não podem ser modificados pelo usuário. Não se tem informação

de que estes valores sejam modificados para cada motor, antes de ser instalado em

cada navio ou se estes valores são fixos e utilizados para todos os motores.

O conjunto de classificações (L,N,H) obtidas em cada parâmetro, corresponde a

um determinado problema e o conjunto de combinações constituem a matriz de

diagnósticos e ações corretivas.

111.2.1 .I .I .3) Relatórios fornecidos pelo sistema:

O sistema fornece um relatório constituído dos seguintes itens:

- Cabeçalho;

- Diagnóstico e ações corretivas da instrumentação;

- Diagnóstico e ações corretivas do desequilíbrio de potência entre

cilindros;

- Diagnóstico e ações corretivas para o sistema de óleo lubrificante;

- Diagnóstico e ações corretivas para perdas de potência e falhas no

motor;

- Diagnóstico e ações corretivas para os parâmetros analisados

individualmente.

O sistema fornece também gráficos para análise de tendência dos parâmetros

monitorados. A análise de tendência fica a cargo do usuário do sistema.

Page 29: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

111.2.1.2) 0 sistema especialista "ATEMDI":

O sistema "ATEMDI" (Análise de Tendência de Motores Diesel) foi

desenvolvido, pelo autor da tese, através de um convênio entre a COPPEIUFRJ e a

Diretoria de Engenharia Naval da Marinha, no período entre 1994 e 1997. O objetivo

principal da Marinha foi o de desenvolver um sistema idêntico ao "ADETA que

incluísse os motores utilizados em algumas de suas classes de navios. Este sistema

especialista permitiu também que a Marinha iniciasse um programa de manutenção

preditiva de motores diesel, associado ao programa de manutenção planejada em

USO.

111.2.1.2.1) 0 Desenvolvimento:

O sistema foi desenvolvido a partir da observação do funcionamento do

"ADETA e do conhecimento básico contido em sua bibliografia [I].

111.2.1.2.2) Características do sistema:

Para melhor apresentação, as caraterísticas serão divididas em aplicação,

monitoração e análise de dados.

111.2.1.2.2.1) Características da aplicação:

Quanto a aplicação, o sistema possui as seguintes características:

Motores marítimos: acima de 400 BHP

Número de classes de navios: 4

Número de navios: 12

Número de motores: 47

Motores incluídos: ALCO 251C

ALCO 251 E

Fairbanks Morse 10-38 F 5 %

MTU 956 TB 91

Page 30: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

111.2.1.2.2.2) Características da monitoração:

O sistema permite que os seguintes parâmetros sejam monitorados:

A) Pressão de compressão nos cilindros

B) Pressão de combustão nos cilindros

C) Temperatura de exaustão nos cilindros

D) Pressão de óleo lubrificante

E) Consumo de óleo lubrificante

F) Posição da cremalheira de combustível

€3) Pressão ou vácuo no cárter

H) Pressão de ar no coletor

I) Passo do propulsor

Observações:

A monitoração dos parâmetros é feita pelo operador do motor através da

instrumentação existente no mesmo. Alguns motores não dispõem de instrumentos

para todos os parâmetros, reduzindo a quantidade de dados fornecidos e a precisão

dos diagnósticos.

Os parâmetros são monitorados sempre na mesma condição de carga e

respeitando um intervalo de tempo fixo.

111.2.1.2.2.3) Características da análise dos dados:

Os dados do motor são analisados através da tendência de seus parâmetros,

as quais individualmente ou combinadas, indicam o padrão de uma ou mais falhas

que estejam ocorrendo.

A tendência é o comportamento dos parâmetros ao longo do tempo em que

estes forem monitorados. A análise pode ser realizada através de um gráfico ou

através de um algoritmo. No caso do gráfico, a análise é feita visualmente pelo

especialista, precisando para isso, conhecer e interpretar o comportamento de cada

parâmetro. No caso do algoritmo, a tendência é analisada através da variação

ocorrida entre os valores dos parâmetros em coletas consecutivas .

Page 31: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Este sistema realiza as análises de forma idêntica ao que foi apresentado no

item 111.2.1.1.1.3. Difere do sistema original nos seguintes pontos: os valores da

Tabela 111.4 permanecem fixos para todos os motores; na análise para minimizar o

desequilíbrio de potências entre cilindros o sistema original identifica os cilindros que

ficam acima ou abaixo dos limites (através das expressões III.1 e 111.2), porém, não

indica quando ambos os casos ocorrem ao mesmo tempo (que é feito pelo sistema

desenvolvido).

111.2.1.2.3) Problemas do sistema "ATEMDI"/"ADETA":

Dois problemas básicos foram observados nos sistemas. O primeiro diz respeito

ao sistema ser "OFF-LINE, exigindo que a coleta de dados seja feita através da

leitura dos instrumentos, o que requer, em alguns casos, a instalação temporária de

equipamentos de medição (manômetro para medição das pressões) em cada cilindro.

O segundo está relacionado a forma como o "ADETA avalia os parâmetros,

utilizando os limites LI e L2 preestabelecido que, aparentemente, foi a saída para que

o sistema pudesse ser utilizado em muitos motores, sem levar em consideração os

valores de operação indicadas pelo fabricante de cada motor. Como o sistema avalia

o parâmetro em relação ao seu valor anterior, alguns problemas foram observados

em relação a forma de análise e diagnósticos. O gráfico da figura 111.1 auxilia a

explicação.

1 I I I I

Horas de iunnonarnento I

Figura 111.2 - Forma de análise dos sistema "ADETAP'ATEMDI"

- 2 0 -

Page 32: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Do gráfico temos:

AI, A2, A3, A4 + Valor do parâmetro em coletas de dados

consecutivas;

LI, L2 -. Limites já definidos

Pela forma como o " ADETA" P' ATEMDI" faz a análise:

L2 c AIIA2 c LI + Tendência: normal (N)

Resultados: O sistema não indicaria nenhuma anormalidade.

Para a terceira analise temos:

A2lA3 > L2 + Tendência anormal alta (H)

Resultado: Como houve uma variação que ultrapassou os limites, o sistema

indicará uma anormalidade e fornecerá um diagnóstico e uma ação corretiva.

Suposições:

1) A ação corretiva é ignorada e o problema continua. Na coleta de dados

seguinte (A4 - linha tracejada) o valor do parâmetro continua o mesmo. A análise

será:

L2 c A3lA4 LI + Tendência: normal (N)

Resultado: O sistema não indica que a anormalidade continua, e sim que está

normal.

2) A ação corretiva é executada. Caso não se faça uma coleta de dados

imediata e a substituição dos parâmetros em (A3), na coleta de dados seguinte (A4 - linha cheia) a análise será:

A31114 c L, -t Tendência anormal baixa (L)

Resultado: Apesar do valor do parâmetro indicar um nível de normalidade, o

sistema apresentará um diagnóstico informando que houve uma anormalidade e

recomendando uma ação corretiva desnecessária.

111.2.1.3) "CAPA":

O "Computer Aided Performance Analysis Software Program" [6] foi

desenvolvido pela "Man i3 & W para seus motores diesel dois tempos de baixa

rotação. Tem como objetivos auxiliar os operadores de navios com uma ferramenta

Page 33: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

computacional que permite alcançar a máxima eficiência de operação com a mínima

perda de tempo, com custos mínimos de manutenção e reparo.

111.2.1.3.1) Características do "CAPA":

Foi desenvolvido com base na vasta experiência e no conhecimento acumulado

por este fabricante.

Os dados monitorados são coletados do sistema de monitsraçãs normalmente

instalado nestes motores e depois introduzidos no sistema via teclado para cálculo e

análise.

O programa gera um conjunto de parâmetros de desempenho calculados e

corrigidos para as condições ambientais padrões. Os valores corrigidos são

comparados com as curvas de referência e os desvios das curvas de referência são

calculados. A partir deste dado o sistema extrai e mostra os parâmetros que

excederam os limites máximos de variação. Através de uma comparação de padrões

o sistema indica ações de manutenção sobre os componentes e também medidas

corretivas a serem executadas.

Além da análise de dados o sistema também apresenta gráficos para análise de

tendência dos parâmetros monitorados e gráficos para análise do equilíbrio de carga

entre os cilindros (pressões e temperaturas). A análise de equilíbrio é executada para

os seguintes parâmetros: Pressão Média Indicada, Pressão Máxima, Pressão de

Compressão, índice da Bomba Injetora e Temperatura de Exaustão após a Válvula.

Outras características do " CAPA :

Relatórios;

Transferência de dados;

Editor de texto;

Alteração de unidades;

Informações sobre a instalação.

O fabricante informa que para se preparar os dados de desempenho de um

motor em particular é necessário que o cliente envie pelo menos quatro conjuntos de

observações (dados monitorados) coletados com 50%, 75%, 85-90% e 100% de

carga no teste de bancada e se possível durante a prova de mar do navio.

Page 34: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

111.2.2) Sistemas automáticos ("ON-LINE")

Sistemas "On-line" são aqueles ligados a sensores colocados e m diversos

pontos do motor, para coletar dados automaticamente. Dentro desta classifica@o

serão apresentados dois sistemas especialistas: O " Faks" e o " Deeds" .

111.2.2.1) "FAKS":

O "Fault Avoidance Knowledge System" [7] é u m sistema d e diagnóstico

desenvolvido pela Wartsila Diesel International Ltd. Para seus motores das séries

VASA 3 2 (2.230 a 10.040 BHP - 750 RPM) e VASA 46 (14.760 a 22.140 BHP - 450,

500 e 514 RPM). A s características do " F A K S são apresentadas na tabela 111.5.

Tabela 111.5 - Características d o " F A K S [7]:

I Fabricante: I Wartsila Diesel International Ltd I Produto: Motores: Forma de monitoracão:

Monitoração:

I Diaanósticos:

Diagnóstico manual:

Sistema de diagnóstico Séries VASA 32 & VASA 46

A cada 15 minutos Monitoração; Inspeção da medição; Diagnostico da falha; Comunicacão Por sensores em diversos pontos dos sistemas do motor. (As pressões nos cilindros são medidas com um "IP"). Para parâmetros-chave é utilizado um parâmetro compensador (carga do motor), que utilizada em um algoritmo indica o valor teórico com o qual o real medido é comparado, obtendo-se assim uma informação se uma certa condição é falsa ou verdadeira. Obtidos de forma manual ou automática Neste caso, um nível de probabilidade é selecionado como alarme. Quando um diagnóstico com o nível de probabilidade escolhido ou acima fica provado como verdadeiro, o operador (usuário) é avisado para tomar uma decisão. Neste caso o usuário pode checar a condição de qualquer dos motores incluídos, a qualquer hora. Entre outras opções sao oferecidas ao usuário:

Análise de tendência; Medições constantes (automática); Medições manuais;

- 2 3 -

Page 35: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Análise de tendência

Aconselhamentos para correção das falhas:

Forma como o diagnóstico 6 obtido:

Interface com o usuário:

Comunicação:

Hardware:

Por motor:

Diagnósticos de falhas. Valores normalizados. Todos os valores são calculados para 85 % de carga. As informações para correção das falhas são fornecidas por sistemas suplementares (MAMA - Machinery Management) Base de conhecimentos contendo correlações entre condições (centenas de condições e milhares de correlações). Apresentação de telas contendo os sistemas do motor seus sensores e a sua leitura (valor). Análise de tendência de cada parâmetro monitorado. Comunicação interativa entre o computador no navio e computador em terra, objetivando treinamento, assistência e otimização. computador Macintosh II standard; terminal do sistema de monitoração WENCOM; cartões de comunicação + 10 sensores por cilindro; sistema WENCOM;

111.2.2.2) "DEEDS" :

O "Diesel Engine Expert Diagnostic System" [8] é um sistema especialista

desenvolvido pela Universidade de New Castle - Upon - Tyne, tendo sido financiado

como um projeto de pesquisa pelo Lloyd Register R & D Comitee, pelo Departamento

de Comércio e Indústria e pela " Marconi Command And Control Systems Ltd." .

Neste projeto foram pesquisadas formas de análise e técnicas de diagnósticos para

motores diesel, tendo sido desenvolvido também o protótipo experimental de um

sistema especialista de motores diesel e aplicado a um motor diesel marítimo turbo - carregado - quatro tempos com injeção direta (fabricante e modelo não informados).

As características do " DEEDS são representadas na tabela 111.6 .

Page 36: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Tabela 111.6 - Características do " DEEDS [8]:

3esenvolvido por:

3 que foi 2esquisado: >reduto Jesenvolvido: =unções:

Motor:

Sistema:

Sondicionamento do sinal:

Svaliação da :ondição:

nteríace com o ~suário:

University of Newcastle-upon-Tyne. Financiado como um projeto de pesquisa pelo Lloyd Register R&D Committee, pelo Departamento de Comércio e Indústria e pela Marconi Command and Control Systems Ltd. Formas de análise e técnicas de diagnóstico para motores diesel. Protótipo experimental de um sistema especialista de motores diesel. Este sistema monitora continuamente um motor diesel, detecta anormalidades e diagnostica a causa da anormalidade. Diesel Marítimo - turbo-carregado - quatro tempos - injeção direta (fabricante e modelo não informados). Composto de softwares produzidos para as seguintes funções:

Condicionamento do sinal; Avaliação da condição; Interface com o usuário.

Composto por um software responsável pela aquisição de dados, avaliação da estabilidade do motor em condições constantes de operação, parametrização dos dados de alta e baixa velocidade e cálculo da variabilidade nos dados medidos. Um modelo matemático do motor é usado para derivar os valores normais para cada sensor sob as condições de operação existentes. As leituras dos sensores são comparadas com as saídas deste modelo e qualquer desvio do limite de tolerância é classificado e registrado. A classificação é feita para determinar a severidade do desvio. Um desvio significativo invocará o subsistema de avaliação da condição. A avaliação é feita a partir dos dados que se desviaram dos limites de referência para uma determinada carga e velocidade. Em seguida são geradas hipóteses de diagnóstico para explicar os desvios observados. Os sintomas principais de cada falha são identificados. Em seguida estes sintomas são avaliados através de um conjunto de dados operacionais do motor, medidos experimentalmente com falhas singulares conhecidas. Os valores dos dados admitidos são utilizados para propagar os valores de confiabilidade de cada sintoma. O somatório destes valores indica a confiabilidade total em uma falha. A interface com o usuário é feita na forma de telas gráficas. Através destas telas o usuário pode interrogar o sistema a respeito das condições do subsistemas, componentes e sensores. A identificação positiva de uma falha é apresentada em conjunto com o nível de confiabilidade a ela associada. Ao usuário é possível aceitar, ou rejeitar a hipótese. E possível também inspecionar e mudar os valores dos sensores críticos de forma que o sistema reavalie o diagnóstico.

Page 37: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

111.3) Balanço do estado da arte:

Os sistemas automáticos são por natureza mais sofisticados que os manuais;

em vista disto, serão tratados como os objetivos a serem seguidos no

desenvolvimento de uma pesquisa dentro do tema em questão. É importante se

observar com mais detalhes as características comuns dos sistemas apresentados.

As funções comuns aos sistemas sis EIS seguintes:

Monitorar periodicamente o motor;

Verificar a qualidade dos dados monitorados;

Detectar anormalidades (falhas);

Diagnosticar a causa da anormalidade;

Apresentar os resultados;

Comunicação.

As funções mais importantes são comentadas a seguir:

111.3.1) Monitora~ão contínua do motor:

Envolve a instalação de um número de sensores igual ao número de

parâmetros que se deseja acompanhar ou que os sensores sejam complementados

com equipamentos ou instrumentos adicionais. A utilização de sensores permite que

a monitoração da condição seja efetuada com intervalos de tempo variáveis.

A aquisição dos dados dos sensores é realizada por um software específico ou

pelo próprio sistema especialista, quando este possuir recursos para tal.

111.3.2) Avaliação dos dados monitorados:

A avaliação dos dados deve ser inicíada com o reconhecimento, pelo sistema,

da condição de carga no motor. Este valor, ao ser introduzido no modelo matemático

do motor, presente no sistema, faz com que este calcule os valores considerados

normais para esta condição de carga. A partir desses valores os dados dos sensores

podem ser avaliados inicialmente para identificar algum sensor com defeito. Em

seguida os dados dos cilindros devem ser analisados para determinar a condição de

equilíbrio ou estabilidade do motor no momento da coleta. A última etapa da analise

seria a determinação da variação entre os valores medidos e o valor teórico para

Page 38: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

determinar quanto um parâmetro se desviou da condição normal, possibilitando a

identificação de um problema.

111.3.3) Detecção e diagnóstico da anormalidade (falha):

O desvio acentuado do valor de cada parâmetro em relação ao seu valor

normal, pode ser considerado como o sintoma que indica a ocorrência de uma ou

mais falhas.

Os sistemas mais evoluídos avaliam também o grau de confiabilidade em cada

falha, para que a sua indicação de uma anormalidade possua a maior prpcisão

possível. Um método apresentado por FAGERLAND [5] e denominado "Técnica de

Reconhecimento do Padrão", utiliza os parâmetros como vetores para compor o vetor

"medidoJ'. Entre cada vetor de falha e o vetor medido existe uma diferença

geométrica (vetor diferença), onde aquela com menor valor é assumida como a falha

mais provável.

Outro método, apresentado por SHAMSOLMAALI [8], é baseado na

confiabilidade. Neste caso os parâmetros operacionais contribuem para uma falha ou

outra e seus valores são utilizados para propagar os valores de confiabilidade de

cada sintoma. O somatório destes valores (expressão 111.7) indica a confiabilidade

total em uma falha e a que possuir maior valor será considerada como a que está

afetando o motor (expressão 111.8).

k

Falhai =C confiabilidade ij i=l,n

j= 1

Falha Real = valor máximo de (falha i)

Page 39: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

IV) ESTUDO DO RELACIONAMENTO ENTRE OS PARÂMETROS OPERACIONAIS E AS FALHAS NOS SISTEMAS DOS MOTORES DIESEL:

Esta capítulo apresenta o estudo do relacionamento entre os parâmetros

operacionais e as falhas de cada sistema dos motores diesel. Foram analisados

todos os sistemas dos motores dois e quatro tempos (de média e alta rotação),

aspirados e super-carregados. Foram incluídas as características de motores mais

recentes, como por exemplo os que utilizam sistemas de resfriamento central [15,16],

entre outras ausentes nas referências consultadas [8,10,14,31].

O resultado do estudo apresentado neste capítulo é de grande importância,

pois deverá fazer parte do conteúdo da "base de conhecimentos" do sistema

especialista e terá como função, após a análise dos dados monitorados, identificar as

falhas e suas causas. Também é utilizado para montar a matriz de diagnósticos, pois

como nas árvores as falhas estão relacionadas a condição do parâmetro (normal ou

anormal) é possível verificar quais as comuns aos vários parâmetros. Como será visto

no método de análise proposto no capítulo V, o sistema especialista deverá buscar

na matriz de diagnósticos, também presente em sua "base de conhecimentosJJ, uma

combinação das condições dos parâmetros, de forma a identificar a falha mais

provável de estar acontecendo.

IV.1) Desenvolvimento do Estudo:

Para se chegar a matriz, foi realizado seguinte processo:

Divisão do motor diesel em sistemas;

Estudo dos sistemas e identificação de suas falhas;

Relacionamento entre parâmetros operacionais;

Montagem da matriz de diagnósticos.

Page 40: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

IV.l.1) Divisão do motor diesel em sistemas:

Normalmente os motores são divididos em sistemas com o objetivo de facilitar o

reconhecimento de suas funções e componentes. Para efeito de desenvolvimento

deste estudo, o motor diesel foi dividido em dez sistemas, a saber:

1. Sistema de combustível e injeção de combustível;

2. Sistema de ar de carga e gases de exaustão;

3. Sistema dos cilindros;

4. Sistema pistão-biela;

5. Sistema dos cabeçotes dos cilindros;

6. Sistema do eixo de manivelas;

7. Sistema de transmissão;

8. Sistema do cárter;

9. Sistema de óleo lubrificante;

10. Sistema de resfriamento;

O relacionamento entre os sistemas é apresentado no na figura IV.1. Este

esquema auxiliará no entendimento de algumas árvores de falhas, onde existem

referências a outros sistemas. Poderá ser útil também, em caso de dúvida, na matriz

apresentada ao final deste capítulo.

IV.1 .I .I) Estudo dos sistemas:

Na seqüência são apresentados os sistemas, seus objetivos e suas árvores de

falhas.

Page 41: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Sistema de óleo hibdícante i-

r 33;34;35

* Sistema de gases de e d o

r

- + L J

A Parâmetro (apaidice "C")

I I I I 4;5

A 3 1;2;3;4;38 36

24;25 Sistema de injeção Sistema dos

\ Skkma &controle --* de combustível b cabepotes dos 4 de velocidade *

1;2;38

%* Sistema dos

cilindros Sistema de água - b doce de

6,7,8,9; 10 1,2;38 rsfriamento Sistema

pistão-biela h

I 18 A A 17

26;27;28;29;30; 31;32

, 36;37, Sistema do eixo de Sistema de manivelas transmissão

Sistema de água 38 salgada (auxibar)

i f\ Sistema do cárter

/ \ P \

Figura IV.1 - Relacionamento entre os sistemas do motor diesel marítimo.

IV.l.l.1.l) Sistema de combustível e injeção de combustível:

O sistema de combustível tem por objetivos recalcar o combustível do tanque

de armazenamento para a(s) bomba(s) injetora(s), passando neste percurso através

de pelo menos dois filtros e de um separador de água.

O sistema de inje~ão de combustível tem por objetivo elevar a pressão e regular

a quantidade do combustível que vai ser injetado na câmara de combustão. A

quantidade a ser injetada é proporcional a potência requerida e sincronizada de

forma que o motor funcione suave e economicamente. As pressões devem ser

elevadas o suficiente para causar atomização dentro da câmara de combustão e

garantir uma combustão completa.

Page 42: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

IV.1 .I .I .I . I ) Parâmetros monitoráveis:

Os seguintes parâmetros operacionais podem ser monitorados no sistema de

óleo combustível:

Pressão de combustível antes da bomba injetora;

Pressão de combustível após a bomba injetora;

Tempo de injeção;

Pressão de combustão;

Temperatura de exaustão;

Posição da cremalheira de combustível;

Cor da fumaça na exaustão.

Alguns parâmetros requerem sensores ou instrumentação especial, como por

exemplo o tempo de injeção e pressão de combustível, após a bomba injetora, o que

dificulta a sua utilização, e podem ser substituídos por outros parâmetros (ex. pressão

de combustão), cuja correta interpretação indica as falhas satisfatoriamente. A cor da

fumaça na exaustão não será utilizada, pois não se encaixa no princípio de um

sistema especialista " On-line" .

IV.l . I . 1 .I .2) Descrição física ou operacional dos sintomas:

A pressão de combustível antes da bomba injetora, apesar de não ser um

parâmetro normalmente monitorado, pode, quando utilizado, indicar falhas no sistema

de combustível. Uma baixa pressão antes da bomba injetora é um sintoma de

obstruções, falha na bomba ou vazamentos.

A pressão de combustão quando baixa é um indicador de problemas

relacionados a insuficiência de combustível. Uma alta pressão de combustão está

relacionada ao excesso de combustível injetado.

A temperatura de exaustão é uma consequência da combustão, desta forma

ela pode ser associada aos problemas da pressão de combustão. Baixas

temperaturas são consequência da insuficiência de combustível e altas relacionam-se

ao excesso.

Page 43: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

IV.1 .I .I .I .3) Árvores de Falhas:

As árvores de falhas deste sistema são apresentadas nas figuras IV.2 a IV.4.

Pressão de combustivelantes da bombamjetora 4

mstiumentação com problemas I I tubulação

eniupida furos obstruidos 77 alimentação

combustível q faha de I q e z a 01

falhanautilização

vazamento nos eixos

bomba de bomba depalhetas engrenagens ("varies")

I

I

I

/

descarga insuficiente

I desgastada I

tubulação

com problemas

juntas desgastadas

carcaça

tanque vazio vazmentosna tubulação

tubulaçio entupida antes da

Figura IV.2 - Sistema de combustível. Pressão de combustível antes da bomba

injetora.

Page 44: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

bomba dergastade

Figura IV.3 - Sistema de combustível - Pressão de combustão.

Figura IV.4 - Sistema de injeção de combustível - Temperatura de exaustão.

- 3 3 -

Page 45: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

IV.l .I .I .2) Sistema de ar de carga e gases de exaustão:

Estes dois sistemas poderiam ser tratados distintamente, porém, como existe

na realidade uma influência do funcionamento de um sobre o outro, os dois serão

tratados em conjunto neste item.

Os componentes deste sistema [I21 são responsáveis pelos processos de

trocas de gases: a admissão e exaustão nos motores quatro tempos e a lavagem nos

motores dois tempos. O objetivo destes processos é remover os gases queimados,

ao final do ciclo de trabalho, e admitir a carga de ar fresco para o próximo ciclo.

IV.1 .I .I .2.1) Parâmetros monitoráveis:

São os seguintes os parâmetros monitoráveis neste sistema:

Pressão do ar antes do resfriador intermediário;

Temperatura do ar antes do resfriador íntermediário

Pressão do ar após o resfriador intermediário;

Temperatura do ar após o resfriador intermediário;

Pressão de compressão;

Contra-pressão na exaustão.

IV.l.l. 1.2.2) Descrição física ou operacional dos sintomas:

Cada um dos parâmetros acima pode apresentar sintomas que identificam

falhas no sistema de ar-exaustão. A variação na pressão do ar antes do resfriador é

causada por problemas na admissão de ar, problemas no turbo-carregador ou no

resfriador de ar. A pressão de ar após o resfriador ou antes do coletor de admissão é

influenciada pelos problemas já citados e também por problemas em válvulas de

admissão e exaustão.

Os problemas no sistema de ar-exaustão se refletem na pressão de

compressão, que, quando baixa, pode indicar uma dificuldade em admitir, comprimir

ou deter o ar dentro do cilindro. Uma elevada contra-pressão na exaustão é causada

por alguma obstrução na exaustão. A obstrução ocorrendo antes ou depois do turbo-

carregador, pode prejudicar o desempenho da turbina e consequentemente prejudica

a admissão de ar. Esta obstrução impede também que os gases sejam expulsos pelo

pistão ou pelo ar admitido (lavagem dos motores dois tempos) prejudicando a

admissão de ar.

-34-

Page 46: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

IV.1 .I .I .2.3) Árvores de falhas:

A s árvores de falhas dos sistema ar-exaustão são apresentadas nas figuras

IV.5 a V.15, relativas a motores quatro tempos turbo-carregados e dois tempos (de

acordo com suas características construtivas).

h s ã o do ar antes do resfrádor

obstruída

I p r o b b no sistema de combustível I

alta rota@o 9 váhrufi de "by-pass'bn

"wastegate" com I p r o b < l

Figura IV.5 - Sistema de ar - exaustão - motor quatro tempos - turbo-carregado - Pressão de ar antes do resfriador intermediário.

Page 47: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

hessão de ar após o resíiiador

I problemas no sistema de

combustível I Figura IV.6 - Sistema de ar - exaustão - motor quatro tempos - turbo-carregado -

alta pressão - Pressão do ar após o resfriador.

Figura IV.7 - Sistema de ar - exaustão - motor quatro tempos - turbo-carregado - alta pressão - Pressão de compressão.

- 3 6 -

Page 48: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

resfnador intermediário

Figura IV.8 - Sistema de ar - exaustão - motores turbo-carregados - alta pressão - Temperatura do ar após o resfriador intermediário.

obstrução na excesso de óleo ou tubulação de fuligem no

exaustão abafador

falha na drenagem ou limpeza do

passagem de

combustão mcompleta

Figura IV.9 - Sistema de ar - exaustão - motor quatro tempos - turbo-carregado - alta pressão - Contra pressão na exaustão.

Page 49: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

baixa

I

fiko de admissão sujo ou obstruído deajustado 1121

juntas de admíssão

1óbnlos do rotor ou

desgastados L121 smcronúação desgastadas 1121

janehs de exaustão obstruídas

extremidade do rotor

Figura IV. I O - Sistema de ar - exaustão - dois tempos - pistões opostos - Pressão

do ar de lavagem.

Figura IV.1 I- Sistema de ar - exaustão - motor dois tempos tipos: pistões opostos - turbo-carregador sozinho - ou conectado em série com soprador - " Loop" ou " Cross

Scavenged" - Pressão do ar de lavagem " baixa".

Page 50: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Pressão do ar

rotaçffo excessiva do

temperatura do e/ou exaustão

turbo-carregador ar elevada

obstruidas - I I

carbono por 6leo carbono por iubrificante combustível

resfriador mtemediário com

problemas u

anéis de controle selos do eixo do

soprador desgastados

Figura IV. I Ia- Sistema de ar - exaustão - motor dois tempos tipos: pistões opostos - turbo-carregador sozinho - ou conectado em série com soprador - " Loop" ou

" Cross Scavenged" - Pressão do ar de lavagem " alta".

~ d e a d n à s ç ã i s@ gasto O" l -~r izEq;q des- [I21 ngo ou abçtnndo

Figura IV. 12 - Sistema de ar - exaustão - motor dois tempos - janelas de admissão

e válvulas de exaustão (" Uniflow") - Pressão do ar de lavagem.

Page 51: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Pressão do ar de lavagem

I

- / rotação excessiva janelas de temperatura do tempo de

do admissão e m t ã o r e s w o

turbcarregadur ar ekvada

obstruídas baixo na

exaustão

váh.ula de "by-ps" resfrkddcu

ou 'kastegate" nitemediwo com

problemas tubulação presa fechada obstruída

/ 1

carbono par óko carbono par W c a r d e combustível obstruídas

va~amentonos ané8 de c&ole sebs do eixo do de óleo

desgastaaos Cames com

(Figura 13a)

Figura IV.13 / 13a - Sistema de ar - exaustão - motor dois tempos tipos: turbo- carregador sozinho - ou conectado em série com soprador - janelas de admissão e válvulas de exaustão (" Uniflow") - Pressão do ar de lavagem.

Page 52: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Figura IV. I 4 - Sistema de ar - exaustão - motor dois tempos tipos: turbo-carregador sozinho - ou conectado em série com soprador - janelas de admissão e válvulas de exaustão (" Uniflow") - Pressão de compressão.

Figura lV. 15 - Sistema de ar - exaustão - motor dois tempos tipos: turbo-carregador sozinho - ou conectado em série com soprador - janelas de admissão e válvulas de exaustão (" Uniflow") - Pressão de compressão.

Page 53: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

IV.1 .I .I .3) Sistema dos cilindros:

É o sistema [I21 onde o objetivo principal é confinar os gases da combustão.

Este sistema será complementado pelo sistema do cabeçote dos cilindros e pelo

sistema pistão-biela, ver figura IV.l.

IV. 1.1 .I -3. I ) Parâmetros monitoráveis:

0 s parâmetros capazes de indicar problemas neste sistema são os seguintes:

Pressão de compressão;

Vácuo no cátaer;

Pressão no cárter;

Consumo de óleo lubrificante.

O consumo de óleo lubrificante, apesar de ser um indicador da condição de

desgaste das camisas não é um parâmetro utilizado em sistemas " On-line" .

IV.1 .I .I .3.2) Descrição física ou operacional dos sintomas:

Considerado o principal componente do sistema, as camisas quando

apresentam problemas como desgaste, permitem a passagem do ar, quando o pistão

executa a compressão. Esta passagem resulta em uma baixa pressão de

compressão, podendo, quando excessiva, aumentar a pressão no cárter ou diminuir o

vácuo no mesmo.

A pressão de compressão elevada é devida, quando não existem problemas no

sistema de ar-exaustão, aos problemas no sistema dos cabeçotes, os quais são

tratados com mais detalhes neste sistema em particular.

IV.l.1 . I .3.3) Árvores de falhas:

As árvores de falhas deste sistema são apresentadas nas figuras IV.16 a

IV.18.

Page 54: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Figura IV. 16 - Sistema dos cilindros - motores quatro tempos - Pressão de compressão.

Figura IV.17 - Sistema dos cilindros - motores dois tempos tipo: janelas de admissão e válvulas de exaustão (" Uniflow") - Pressão de compressão.

- 43 -

Page 55: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Figura IV.18 - Sistema dos cilindros - motor dois tempos tipos: janelas de admissão e válvulas de exaustão " uniflow" - " Loop" ou "Cross Scavenged" - pistões opostos - Vácuo ou Pressão no cárter.

IV.1 .I .I .4) Sistema pistão-biela:

Este sistema complementa o sistema dos cilindros. Tem como objetivos:

transmitir, através do movimento alternado, a força devido a pressão dos gases em

expansão para o eixo de manivelas, por intermédio do pino e da biela; promove a

compressão do ar admitido e auxilia na expulsão dos gases queimados.

IV.1.1.1.4.1) Parâmetros monitoráveis:

0 s parâmetros que podem indicar falhas nestes sistema são os seguintes:

Pressão de compressão;

Vácuo no cárter;

Pressão no cárter;

consumo de óleo lubrificante;

Pressão do óleo lubrificante.

Page 56: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

IV.l.l . I -4.2) Descrí~ão física ou operacional do sintoma:

Uma baixa pressão de compressão é um indicativo de passagem do ar entre os

anéis de segmento e a parede do cilindro ou através do pistão. Estes fatores também

acarretam um aumento na pressão do cárter ou uma diminuição no vácuo do cárter.

O consumo elevado de óleo lubrificante é um indicador de um desgaste excessivo

dos anéis ou um desgaste excessivo das buchas da manivela, o que provoca uma

folga, fazendo com que uma quantidade excessiva de óleo passe para a parede do

cilindro. Um desgaste deste tipo nas buchas também pode ser indicado por uma

baixa pressão de óleo lubrificante.

IV.l .I .I A.3) Árvores de falha: As árvores de falhas deste sistema são apresentadas nas figuras IV. 19 e V20.

Figura V.19 - Sistema pistão-biela - motores quatro e dois tempos - Pressão

de compressão.

Page 57: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Coroa Ané~s presos rachada desgastados nas canaletas

Falha no Lllb&h@o Arestas, esinas

resjiiamento Instalação na camisa do do pistáo madequada iaadequada cilindro

usinados &r& do anel

sujeita no ar ~ ó s j t o s de admitido carbono devido

Depósitos de goma ou

Figura V.20 - Sistema pistão-biela - motores quatro e dois tempos - Vácuo no

cárter (pressão no cárter).

IV.1 .I . I .5) Sistema dos cabeçotes dos cilindros:

O cabeçote é formado por uma peça fundida, que serve de suporte para

diversos componentes tais como: injetores, válvulas, câmaras de combustão,

passagens de água, mecanismo de acionamento das válvulas, etc.

O objetivo principal do cabeçote é selar a parte superior dos cilindros, bem

como fornecer um meio de entrada do ar e saída dos gases queimados. O cabeçote

forma, junto com o cilindro, a câmara de combustão e em alguns casos contém um

tipo de câmara de pré-combustão .

IV.l .I .I .5.1) Parâmetros monitoráveis:

0s parâmetros que podem indicar falhas neste sistema são os seguintes:

Page 58: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Pressão de compressão;

Pressão de combustão;

Pressão do ar de lavagem;

Temperatura da água doce na saída do motor.

IV.1 . I .I 5 2 ) Descri~ão física ou operacional dos sintomas:

Problemas no cabeçote normalmente envolvem a perda de compressão em um

ou mais cilindros e aumento no consumo de combustível. A temperatura de exaustão

nestes cilindros prejudicados será mais baixa do que o normal. A redução na

compressão é na ordem de 20% da média dos outros cilindros. Se apenas um cilindro

estiver com baixa pressão e as demais estiverem normais, o problema está

relacionado a válvulas ou juntas do cabeçote. Se a pressão de compressão estiver

alta, indica um acúmulo excessivo de carbono na câmara de combustão.

IV.1 .I . I 53) Árvores de falhas:

As árvores de falhas deste sistema são apresentadas nas figuras IV.21 a IV23.

Tempaahira da água doce de resiEamento na saída do motor

alta

temperatura elevada dos gases de

exaustão

Figura IV.21 - Sistema dos cabeçotes - Temperatura da água doce na saída do

motor

Page 59: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Figura IV.22 - Sistema dos cabeçotes - motores quatro tempos e dois tempos

(" Uniflow") - pressão de compressão.

vá- de exaustão juntas do presa aberta cabe@e vazando

deixados pelo óko

pelo ó h combustível

moia fraca ='I descuido na imstalação da junta M

Figura IV.23 - Sistema dos cabeçotes - temperatura de exaustão.

Page 60: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

1V.í .I .I .6) Sistema do eixo de manivelas:

Este sistema é formado basicamente pelo eixo de manivelas. Sua função é

converter o movimento alternativo dos pistões em movimento rotativo. É

complementado pelos sistemas de transmissão, cárter, óleo lubrificante e pistão-

biela.

IV.1 .I .I .6.1) Parâmetros monitoráveis:

Os seguintes parâmetros operacionais podem ser monitorados neste sistema:

Temperatura dos mancais principais;

Pressão do óleo lubrificante.

IV.1 . I .I .6.2) Descrição física ou operacional dos sintomas:

A falha de um mancal [12], devido a fadiga, corrosão, falha na lubrificação, etc.,

pode acarretar danos no munhão correspondente. O atrito destas partes acarreta um

aumento em sua temperatura (temperatura dos mancais principais), a qual pode ser

um indicativo da falha em desenvolvimento. Estas falhas também podem ocorrer em

conseqüência da elevada temperatura do óleo lubrificante, porém esta temperatura

não pode ser utilizada como um sintoma de falha neste sistema. Uma baixa pressão

de óleo lubrificante antes do motor seria o indicativo de algum problema no

fornecimento de lubrificante. Uma elevada pressão de óleo lubrificante antes do

motor, pode ser o indicativo de uma obstrução nas passagens de óleo através do

eixo, o que causa uma deficiência na lubrificação dos mancais existentes após a

obstrução.

O eixo de manivelas também está sujeito a quebra. Esta é devida a falha do

munhão do mancal, folgas excessivas no mancal, funcionamento inadequado do

amortecedor de vibrações torsionais , deflexão excessiva do próprio eixo, opera~ão a

velocidades torsionais críticas e fadiga.

O funcionamento inadequado do amortecedor de vibrações pode ser verificado,

em determinadas velocidades, através da presença de um ruído prolongado. Este

sintoma porém, não pode ser utilizado num sistema de manutenção preditiva " On-

line" .

A deflexão no eixo é causada principalmente por um alinhamento inadequado

entre o motor e o gerador ou o eixo propulsor e o motor. Normalmente utilizam-se

Page 61: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

extensômetros para verificar a deflexão, porém são utilizados somente durante

inspeções e não podem ser utilizados em um sistema " On-line" .

Uma ótima indicadora, que funciona como sintoma de problemas que provocam

o desgaste dos componentes do eixo de manivelas, é a análise espectrométrica do

óleo lubrificante. Usada para determinar a presença e a concentração de partículas

metálicas em suspensão no óleo e que podem identificar os componentes sofrendo

desgaste. Porém, como esta análise depende do envio de amostras para laboratório

e do retorno dos resultados, este método é usado como uma forma de manutenção

preditiva a parte ou como complemento de informações em um sistema " On-line" .

lW.1 .I .I .6.3) Árvores de falha:

As árvores de falha deste sistema são apresentadas nas figuras IV.24 e 1V.25.

falhano saisor afrito &e o mancai e o &o

exhsão da capa do m d

(eora oubiela empenada [W

falhana

erdreom&do mancai e a capa

mancai mai pré-1Mcação capas não mascais +fadona inadequada na mtercambi4veis

carcaça partida trocadas 1121

óleo lubrificmie 10"""""81 velocidade

excessiva 1121

sobrecarga

hibrificação inadequada [I21

deflaráo excessiva do &o de

maiveh [12] M desdirhmenta do mancai da ida

Figura IV.24 - Sistema do eixo de manivelas - motores dois e quatro tempos - temperatura dos mancais.

Page 62: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Pressão de Óleo lubrificante na

entrada do motor

desgaste dos passagem de óleo do

eixo de manivelas

Figura IV. 25 - Sistema do eixo de manivelas - motores dois e quatro tempos - pressão do óleo lubrificante na entrada do motor

IV.1 . I .I .7) Sistema de transmissão:

Foi denominado de sistema de transmissão ao conjunto de componentes

(engrenagens) do motor responsáveis pela transmissão ds movimento rotativo do

eixo de manivelas para outros eixos de acionamento de componentes tais como:

bomba injetora de combustível, válvulas de admissão e exaustão, bombas d'água e

óleo lubrificante, bomba de ar (motores dois tempos), etc., sincronizados em relação

ao ciclo do motor.

IV.l .I .I .7.1) Parârnetros monitoráveis:

Devído as suas características mecânicas, o único parâmetro capaz de

monitorar este sistema é:

Análise do óleo lubrificante.

IV.l .I .I .7.2) Descrição física ou operacional do sintoma:

A análise espectrométrica [17,18,19,20,21], de uma amostra do óleo lubrificante

do motor, indica a presença e a concentração de elementos metálicos em suspensão

no óleo. A presença de elementos que formam as ligas, com as quais as

engrenagens foram fabricadas, indica a ocorrência de desgaste devido a fatores

como desalinhamentos, folgas, desgastes ou problemas de lubrificação. A análise do

Page 63: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

óleo não é utilizada em um sistema " On-line", pode, entretanto, complementar suas

informações.

IV. 1.1.1.8) Sistema do cárter:

É a área do motor que vai das laterais do bloco, na altura do eixo de manivelas,

até o reservatório de óleo na parte inferior do motor.

O cárter é um componente estacionário do motor que tem como objetivos:

proteger os componentes inferiores e servir de depósito do óleo lubrificante. Em suas

laterais podem existir, de acordo com as dimensões do motor, as válvulas de alívio de

explosões. Alguns motores são equipados com sistemas de ventilação ou exaustão

do cárter que eliminam os vapores de óleo e diminuem os riscos de explosão.

Este sistema é complementado pelos sistemas dos cilindros, eixo de manívelas

e óleo lubrificante.

IV.l . I .I .8.1) Parâmetros monitoráveis:

0 s parâmetros que podem ser monitorados neste sistema são os seguintes:

Pressão no cárter;

Vácuo no cárter.

IV.1 . I .I .8.2) Descrição física ou operacional dos sintomas:

O vácuo ou a pressão no cárter são afetados pelo funcionamento do sistema de

ventilação ou exaustão. Restrições nos componentes destes sistemas, tendem a

reter os gases no cárter, aumentando sua pressão ou diminuindo o vácuo.

IV.l.l.l.8.3) Árvore de falhas:

A árvore de falhas deste sistema é apresentada nas figuras IV.26 e IV.27.

Page 64: Manutenção Preditiva de Motores Diesel
Page 65: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

IV.1 .I .I .9) Sistema de óleo lubrificante:

O óleo lubrificante tem as seguintes funções no motor: reduzir ao mínimo o

atrito e o desgaste, contribuir para o resfriamento do motor, auxiliar na selagem dos

anéis de segmento, prevenir a corrosão e o desgaste em temperaturas baixas e

elevadas e facilitar a eliminação de produtos indesejáveis. Este sistema tem como

objetivo básico fornecer óleo lubrificante sob pressão para as partes móveis do

motor.

IV. 1 .I. 1.9. I ) Parâmetros monitoráveis:

0 s parâmetros que podem ser monitorados neste sistema são os seguintes:

Pressão de óleo lubrificante antes do filtro;

Pressão de óleo lubrificante antes do motor;

Pressão de óleo lubrificante para resfriamento dos pistões;

Temperatura do óleo lubrificante;

Consumo de óleo lubrificante.

IV.1 .I .I '9.2) Descri~ão física ou operacional dos sintomas:

A pressão de óleo lubrificante pode sofrer variações em função de falhas.

Quando está alta é um sintoma indicativo de uma restrição no sistema após o sensor

de pressão. Quando está baixa é um sintoma indicativo da ocorrência de uma

restrição no sistema antes do sensor de pressão ou de um desgaste excessivo de

componentes lubrificados pelo sistema.

A temperatura do óleo lubrificante quanto alta ou baixa é também um sintoma

indicativo de falhas, relacionadas a: condição de carga, sistema de arrefecimento e

desgaste dos componentes.

Um aumento no consumo específico de óleo pode ser devido a camisas ou

anéis danificados bem como vazamentos, provocados por excesso de pressão no

cárter, estando esta relacionada a um sistema de ventilação defeituoso. O consumo

de óleo lubrificante não é um parâmetro para um sistema "on-line" e está sendo

considerado aqui como um complemento as informações apresentadas.

Page 66: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

IV.1 .I .I -9.3) Árwores de falhas:

As árvores de falhas deste sistema são apresentadas nas figuras IV.28 e IV.33.

/ / /

presa [I21 problemas

f-qáodegmia mb- [U]

mtederkaea &e " w a i s g - e

acsrcqa I

Figura IV.28 - Sistema de óleo lubrificante - pressão de óleo lubrificante para

resfriamento dos pistões.

Pressão de óleo lubrificante para reríXmento dos

formação de inadequada

Figura IV.29 - Sistema de óleo lubrificante - pressão de óleo para resfriamento dos

pistões.

Page 67: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Figura IV.30 - Sistema de óleo lubrificante - pressão de óleo lubrificante após

o filtro ou antes do motor

Figura IV.31 - Sistema de óleo lubrificante - pressão de óleo antes filtro.

Page 68: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

baixo mvelde&a

\ \ \

Figura IV.32 - Sistema de óleo lubrificante - temperatura do óleo lubrificante.

Gmsumo de óleo I iubriticante I

/ /

Vazamento de do a d r o Cabqote Vammaito de água p/Óko no vazindo (camisa

vazmdo[l l] água para o resfiiador[ll] moihada)[l I] cárter[ll]

inF' ' .- rnpliesm

[E1 -0,

entupido no

-

sistema de

arc- íisiinciaitedoóleo hibrificarde [E]

m m p b

Foka mcorreta nos an& de

segmento 1121 Grau de

vkcosjdade mcmeto 1121

Anésde segmento gastos ou preso[l2][13]

Temperahira excessiva do O L

[i21 Selos de 0.L

gastos ou defeihiosos [lZ]

Pistões ou camisas gastos

I121

[=I

Figura IV.33 - Sistema de óleo lubrificante - consumo de óleo.

pisl&e.Ode

motm

muficiededoolw

mcaisp*, &biàrgpmodo

[121 L121

~ ~ ~ ; q u e c i d o D21 - m n p ~ ~ e [12]

Page 69: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

IV.1 .I .I -10) Sistema de resfriamento:

É o sistema que mantém as camisas dos cilindros e os fluidos que são

admitidos ou circulam no motor, sob condições ideais de temperatura e pressão.

Este sistema utiliza como fluidos de trabalho, a água doce e salgada e podem

ser classificados em sistemas simples ou convencionais e sistemas sofisticados ou

complexos.

Nos sistemas simples ou convencionais (mais utilizados em motores que

queimam combustível leve) a água doce circula em um sistema fechado que inclui as

camisas dos cilindros. A água salgada circula em um circuito aberto, o qual inclui os

resfriadores de água doce das camisas, ar e óleo lubrificante.

Os sistemas considerados mais complexos [15,16] possuem circuitos de baixa

temperatura ("LT") e de alta temperatura (" HT). O circuito de baixa inclui os

resfriadores de ar de carga e turbo-carregador. O circuito de alta incluí as camisas

dos cilindros, o resfriado de ar e o resfriador de óleo lubrificante.

Um terceiro tipo de sistema utiliza um resfriador central, no qual circula água

salgada e que troca calor com um circuito fechado de água doce, estando incluído

neste as camisas do cilindro, o resfriado de ar e o resfríador de óleo lubrificante.

Além de captar, filtrar e circular água salgada para os trocadores de calor ou

para o resfriador central, o sistema faz com que a água doce circule através das

camisas retirando - - - o calor proveniente da combustão, porém, a temperatura da água

das camisas deve ser mantida alta o suficiente, para impedir a condensação de

gases corrosivos nas paredes dos cilindros e baixa o suficiente para evitar a

formação de bolsas de vapor em pontos isolados.

O resfriamento do ar de carga em motores super-carregados tem como objetivo

diminuir a densidade de uma dada massa de ar, permitindo que mais ar possa ser

admitido nos cilindros.

Nos motores que queimam combustível residual, a combustão requer, em todas

as cargas, temperaturas ótimas de operação. Em cargas elevadas a temperatura

deve ser baixa o suficiente para limitar a carga térmica e prevenir a corrosão a quente

dos componentes na câmara de combustão. Em cargas baixas a temperatura deve

ser alta o suficiente para garantir uma combustão completa e prevenir a corrosão a

frio na câmara de combustão. Este controle é executado pelos sistemas " LT" e " HT".

Page 70: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

IV.l.l .I .I 0.1 ) Parâmetros monitoráveis:

Os parâmetros que podem ser monitorados neste sistema, de acordo com o

tipo de instalação, são os seguintes:

No sistema convencional de água salgada (A.S.):

Pressão após a bomba de A.S.

Temperatura de A.S. antes do resfriador de ar

Temperatura de A.S. após o resfriador de ar

Temperatura de A.S. antes do resfriador de óleo

Temperatura de A.S. após o resfriador de óleo

Temperatura de A.S. após do resfriador de água doce das camisas.

No sistema convencional de água doce (camisas):

Pressão de água doce antes do motor

Temperatura de água doce antes do motor

Temperatura de água doce após o motor.

No sistema com resfriador central e circuitos " LT" e " HT" :

Temperatura da A.D. antes do motor - HT

Temperatura da A.D. após o motor - HT

Pressão da A.D. antes do motor - HT

Temperatura da A.D. antes do motor - LT (antes do resf. ar)

Temperatura da A.D. antes do resf. O.L. - LT (após resf. ar)

Temperatura da A.D. após o resf. O.L. - LT (após resf. ar)

Temperatura da A.D. entrada do resf. ar - LT

Temperatura da A.D. saída do resf. ar - LT

IV.l .I .I .I 0.2) Descrição física ou operacional dos sintomas:

No sistema convencional de água salgada, uma baixa pressão após a bomba

está relacíonada a problemas na rede de sucção ou a defeitos na própria bomba.

Uma pressão elevada após a bomba pode estar relacionada a restrições na rede, em

seus acessórios ou nos equipamentos existentes no sistema. Baixa ou alta

temperatura de água salgada antes do resfriador de ar é um indicativo de defeito em

válvula termostática ou defeito na instrumentação. A elevação da temperatura da

água salgada após o resfriador de ar é causada por insuficiência de água, obstrução

-59-

Page 71: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

no resfriador ou devido a temperatura elevada do ar ambiente. A temperatura da

água salgada antes do resfriador de óleo lubrificante pode apresentar os mesmos

padrões já descritos para o resfriador de ar. A temperatura elevada da água salgada

após o resfriador de óleo lubrificante pode estar relacionada a uma temperatura

elevada do óleo lubrificante, obstru~ão no resfriador, defeito na válvula termostática

ou na instrumentação. A temperatura elevada da água salgada após o resfriador de

água doce das camisas está relacionada a fatores como: temperatura elevada da

água doce no sistema, obstrução no resfriador, temperatura elevada da água salgada

após o resfriador de óleo lubrificante ou válvula termostática com problemas.

No sistema convencional de água doce, uma baixa temperatura de água doce

antes do motor pode estar relacionada a problemas na válvula termostática, não

permitindo que água retorne diretamente ao motor. A temperatura elevada da água

doce antes do motor é devida a problemas como: válvula termoçtática com defeito

impedindo que a água passe no resfriador ou problemas no resfriador de água doce.

Uma elevada temperatura da água doce na saída do motor pode Ter como causa, a

temperatura elevada resultante da combustão, devida a um excesso de combustível

sendo injetado nos cilindros. Uma quantidade insuficiente de óleo lubrificante ou a

lubrificação inadequada dos cilindros também pode causar a elevação da

temperatura das paredes e consequentemente da água. Outros fatores são: a

quantidade insuficiente de água doce, válvula termostática com problemas ou defeito

na instrumentação.

No sistema com resfriador central de água doce, os sintomas para as pressões

e temperaturas de água salgada são idênticos aos descritos para o sistema

convencional.

IV.1 .I .I .I 0.3) Árvores de falhas:

As árvores de falhas deste sistema são apresentadas nas figuras IV.34 a

IV.48.

Page 72: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Filtm &AS. com poblwas n

Rbar quebrado Arnaredede

Figura IV.34 - Sistema convencional de água salgada - Pressão de A.S. após a

bomba.

Temp. AS. antes do resf. ar

V&. reguiapem Baka temp. AS. autm temp. c/ htnmierita@o com

problemas defeito

Repuiagem Sensor de

temperatura ci pmblemas

Instnimentaqão Váiv. reguhgem comdefeito Temp. AS. elevada autm temp. c/

inadequada temperatura c/ pmblemas

Figura IV.35 - Sistema convencional de água salgada -Temperatura de A.S. antes do resfriador de ar.

Page 73: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Quantidade Resfnador de ar obstruido Ternperatum do ar

insuficiente de A.S. (lado água) no ambiente elevada

I

Figura IV.36 - Sistema convencional de água salgada - Temperatura de A.S.

Baixa

após o resfriador de ar.

Temp. AS. antes do &. O.L.

Alta

I

I Baixa

Baixa temp. AS.

Regulagem madequada temperatura c/

problemas

Alta

Váív. regiúagem autom temp. c/ problemas

ReguIagem hadequada tenperatura c/

problemas

Instnmientação c/ defeito

Váiv. reguiagem a m a temp. c/ problemas

Figura IV.37 - Sistema convencional de água salgada - Temperatura de A.S.

antes do resfnador de óleo lubrificante.

hstnmmhção com defeito

Page 74: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Temp. A.S. após o resf. O.L. (antes res£

A.D. camisas)

Válv. reg. autom. Temp. elevada do Inçtnmientação com Quantidade temp. clproblmas O L defeito Resf. OL. obstniído

+einte de A,S,

Reguhgem Sensor de temp. inadequada

Formação de crostas

Entrada de óleo/graxa

elementos estranhos

F&o A.S. obstmiio

Bomba A.S. c1 problemas

Figura IV.38 - Sistema convencional de água salgada - Temperatura

após o resfriador de óleo lubrificante.

Temp. AS. apCs oresf. A.D. camisas

de A.S.

Figura IV.39 - Sistema convencional de água salgada - Temperatura da A.S.

I

/ / - / /

após o resfriador de A.D. das camisas.

Temp. elevada da Temp. elevada da Resf. A.D. camisas Q-de Vák. reg. aiáom A.S. apCs resf. O.L. A.D. das camkas obsfnrido (A.S.) irsimciente de A.S. temp. clprobemas

Instnmientação i 1 defeito

I I

Page 75: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

i Tem. AD. antes do i

Váhr de regula- iisuficime de

prob. [I21 problemas [I21

I I

I

Sensor de temp. d problemas

Baixa

Ajuste iiadequadona váiv. reg aiit. temp. [I21

Alta

I Resf. AD. obstniido hdo da AS.[12]

I

de AS. [IZ]

Bomba de AS.

hoperaute [I21

Nível bako no

expansão[lZ]

Ar no sistema de AD. [12

Figura IV.40 - Sistema convencional - Temperatura da A.B. das camisas do

motor

Bico injetm rn

/ / - / / / I

tanque de exp. váh. reg aut temp.

Lubrificação w

Ar no sistema de Ajuste inadequado na v&. reg aut. temp.

o/ problemas

I

Sistema de injeção c/ ~oblemas

Figura IV.41- Sistema convencional - Temperatura da A.D. das camisas na

saída do motor.

Qwddade ó';e,"f&nt~ze -dade insufic~ente de AD. problemas

Váiw reg aut temp. c/

~oblemas

Page 76: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

PressSLo AS. após a rb_

Suc(ão Bomba com problmm

Rotor Rotor quarado Ar na rede de

Obstnddolizl &gastado[l2] queb1iido[l2] suc@o[l2]

Re&i@o após a bomba Q ResE cemai

fechadalobshulda obstruído

Figura IV.42- Sistema de água salgada com resfriador central - Pressão de

A.S. após a bomba.

Temp. AS. após o raf. centsaS

Resf. ceiltral Quantidade insufíciente de Ins-ção

obsbmído com defeito

Figura IV.43 - Sistema central de resfriamento - Temperatura de A.S. após o

resfriador central.

- 65 -

Page 77: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

tem^- AD. antes do resf ar (LT)

=t-. AD. antes do motor - LT

I

Figura IV.44 - Sistema central de resfriamento -Temperatura da água doce

antes do resfriador de ar LT.

Baixa

Regulagem inadequada

- Temp. AD. antes do resf. O.L. (LT)

Baixa Alta

V&. autom. V&. autom. Instninientação cont. temp. c/ InstninientaçãO c o ~ t . temp. c/

problemas ' com defeito

problemas com defeito

Aha

Sensor de temperatura c/

problemas

Figura IV.45 - Sistema central de resfriamento - Temperatura de A.D. antes do

resfriador de óleo lubrificante (" LT").

úistnaiienqão com defeito V&. autom.

cont. temp. c/ Instnrrnenkqão

problemas com defeito

Page 78: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Váh. autom T--eled mlk tunp d Resf. O.L.

do O.L. problemas obstruído

Temp. AD. após o resf. O.L. (LT)

I

Sensor de

pmblemas

BaUra

inadequada

Alta

EiIIsida de óleo

I

Figura IV.46 - Sistema central de resfriamento - Temperatura da A.D. após o

resfriador de O.L. (" LT").

I Temp. A.D. após o resf. ar (LT) I

Quantidade de ar insuficiente (lado do ar)

Bomba de AD. c/ probleinas

I

/ /

Sensor de tetnp. c/

problemas

Resf. de ar Temp. do ar no Quantidade obstruído ambiente msuficiente de

(lado da água) elevada kD.[12]

TQ. de

Figura IV.47 - Sistema central de resfriamento - Temperatura da A.D. após o

resfriador de ar (" LT").

-67-

V&. autom. cont. temp. c/

problemas

I I

Page 79: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

I Temp. A.D. antes LT=m do motor I

Instmentação Resf. central Quantidade 1 c/ defeito 1 1 & 1 I " no sistema 1 1 insufiz de I

Figura IV.48 - Sistema central de resfriamento - Temperatura da água doce

antes do motor.

I

/ /

IV.2) Relacionamento entre os sintomas e as falhas nos sistemas do motor diesel:

Rotor Rotor desgastado ou Selo(s) do eixo Ar na sucção Descarga

obstruído [I21 obstmído [121 desgastado [I21 [I21 obstnúda [12]

Os sintomas do motor diesel, representados pelo comportamento dos

parâmetros operacionais, foram apresentados anteriormente relacionados as falhas

específicas de cada sistema do motor. Sabe-se porém, que os sistemas são

interdependentes e o comportamento de um pode influenciar no comportamento de

outro. As figuras IV.49 a IV.51 apresentam o relacionamento entre parâmetros em

motores quatro e dois tempos respectivamente.

A influência da falha de um sistema em outros sistemas é indicada pelos

sintomas nos parâmetros destes. Fazendo-se as combinações de sintomas dos

parâmetros, de acordo com as falhas que podem ocorrer em cada sistema, é possível

formar uma matriz de diagnósticos (comportamento dos parâmetros x falhas).

Sucç" obstmída [I21

IV.2.1) Matriz de diagnósticos:

Page 80: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

A matriz de diagnósticos apresentada no quadro IV. 1, foi desenvolvida de forma

dedutiva a partir das árvores de falhas de cada sistema e das figuras IV.49 a IV.51.

As falhas indicadas estão divididas por sistemas de acordo com o tipo de motor. As

colunas da matriz apresentam os sintomas dos parâmetros que estão codificados

como: N - normal; H - alto; L - baixo. Em alguns casos, duas codificações aparecem

em certos parâmetros, permitindo que um dos dois casos ocorram na combinação.

A matriz é representada por regras na " base de conhecimentos" de um sistema

especialista representada através de regras de produção.

O seu princípio de funcionamento é o seguinte: após o sistema especialista

analísar os dados dos parâmetros e determinar a condição de cada um, o mesmo vai

buscar nas linhas da matriz uma combinação correspondente a da análise. Caso seja

encontrada, o diagnóstico, a ser dado pelo sistema especialista, corresponderá a

falha indicada naquela linha. Caso não seja encontrada nenhuma combinação

correspondente, os diagnósticos serão formados pelas falhas que constam em cada

árvore individual, em função da condição do parâmetro.

Page 81: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Dwsidade ar mb. Tanp ar amb.

o mf. (antes do motor) PB Tenqierahua da A.S. após

resf. OL. r - - - - - - - - -

(aniesresf. camisas)

Temperabna da AD. saida do matar

Pressão AD. antes do 6

Figura IV.49 - Relacionamento entre os parâmetros no motor quatro tempos

turbo-carregado.

Page 82: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Datçidade ar amb. Temp ar smb. i-

Tenp. m c a i s principais

Plmotm 2T estes parâm&os são medidos ap" o soprador

Pressão M sistema de I' Pressão de cmbusiívd

antes da v&. mj. i Pcmb ou Pmáx

Contra-pressão na

PMI

I Tanperatura 0.L antes resf (saída domotor) I

1

Tempaahua da AS. antes resf. O.L.

I

Temperatura da AS. após r---------

=&. OL (antes reL camisas)

Trqmiura da AD. saída do motor

Temperaturada AS. após

Figura IV.50 - Relacionamento entre os parâmetros no motor dois tempos

super-carregado.

Page 83: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Temp. AD. antes do Temp. do ar antes do

Wl : Temp. dos gases de i : combustão : L - - . - - - - - 7 - - - - - - - - - '

Tenip. AD. após Temp. ar após o resf

r - - - - - - - - - - . - - - - - - .

Temp. AD. antes do Temp. do 0.L antes

Temp. &AS. antes (saída do motor) resf. c d a l

: Temp. da parede dos i : ciiindros : L - - - - - - - - _ -_ - - _ _ _ _ I

Temp. AD. após Temp. do 0.L após

( d e s do motor)

r=£ central

) motor)

Temp. AD. das camisas

(saída d< t Figura IV.51 - Motor 4T turbo-carregado - resfriador central simples / e com

circuitos LT e HT.

Page 84: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Quadro IV.l - Matriz de diagnósticos:

8 mlow s a w a y ogssau w &H) mlow epjes s e s m a y dwal z

h ~ ) mlow s a w a y ogssau z ", h i ) mlow s a w a v ogssau z

w (1-1) d e a V dura1 - (11) m 4sa3 s a w 0%' dwal

0 CLi) 1 O )sal %de a v dwai

a (n) 10 i s a ~ s a p a v dwal

Page 85: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Pressão arantesresf

Temp ar artesresi

Pressão ar aposresf

Ternp araposresf

Presão de compressáo meda

Pressáo sisi comb (antesiq)

Posrçáo aemalharakeg vel

Pressão comb antes válv iq

Pressão de comUtão méda

Temp exaustáo méda

RPM do bbo-carregadw

Pressáo meda indcada

Pressão O L antes filtro

Pressão O L após filtro (antes motw)

Pressão O L resf pstóes

Temp O L antes resi (salda motw)

Temp O L apos resf (antes motw)

Ccnsuno de O L

Temp mancas principais

vám no cárter

Pressão no cmer Pressáo A S após a bomba

Temp A S artes resi ar

Temp A S aposresi ar

Temp A S artes resi O L

Temp A S após resi O LJiernp A S antes resf com

Ternp A S apósresf A D camsas

Temp A S apósresi cerhd - Temp A D artes resi O L (LTJ

Temp AD aposresf O L (LTJ

Temp AD artes resf ar (LTJ

Temp A D apósresi ar (LT)

Pressão A D antes motw (L-

Pressão A D antes motw (HTJ

Temp AD camsassalda motw(HT)

Pressao A D antes motw

Temp A D m4es resi O L /artes motor

Temp AD antesresi O L /salda do motor

Temp A D camsaslsalda motw

Pressáo A D antes motor

Pressão A D camsas salda motw

C& uessfio na exaustão

Page 86: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Pressão ar anles resi.

Temp. ar artes resi

Pressão ar após resf

Temp. ar após resi

Presão de compresséo m&üa

Page 87: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

IS 1 O P ~ J s a w s v dwal w N re l e a ~ spde sv dwal c, U

re p a J s a w sy duial EJ I equioq a spde s y oBssa4 - b

Page 88: Manutenção Preditiva de Motores Diesel
Page 89: Manutenção Preditiva de Motores Diesel
Page 90: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

V) PROCESSO DE ANALISE DOS DADOS MIONITORADOS DOS PARÃMETROS OPERACIONAIS:

A monitoração independente da condição de carregamento do motor tem como

significado, o fato de que em qualquer instante de um período de funcionamento e

sob qualquer condição ambiental, dados serão coletados do equipamento e em

seguida serão analisados. Para que um sistema especialista possa analisar estes

dados, é preciso que o mesmo possua o perfil dos parâmetros do motor sob qualquer

condição de carga, perfil este que indica sua condição "normal". O sistema deve

ainda possuir meios de comparar estes valores reais com os teóricos, para

determinar quando um parâmetro encontra-se em condição " anormal". Estes

" meíos" constituem o " Processo de Análise dos Dados Monitorados" , cujo estudo

será apresentado neste capítulo.

V.l) Processo de análise proposto:

Na indústria, segundo LOURENÇO FILHO [22], para manter a qualidade de um

produto sempre uniforme, executa-se o controle de fabricação, prevenindo a

produção de itens fora das especificações, o que é feito através do exame dos itens

de amostras coletadas periodicamente. Um processo é considerado sob controle

quando os seus indicadores de qualidade permanecem estáveis. Estes indicadores

são a média e o desvio padrão de uma seqüência de amostras extraídas

periodicamente.

No caso da manutenção preditiva de motores diesel, o processo a ser

controlado é a sua condição de funcionamento, o que é feito através da análise dos

dados monitorados.

Conforme apresentado nos objetivos da tese, o processo proposto é baseado

no método da "Avaliação por Desvio Padrão" apresentado por FAGERLAND [Z].

Tanto este método quanto o usado no controle de fabricação na indústria, usam o

indicador " desvio padrão" para determinar quando um processo permanece estável

ou não. No processo proposto, o autor pretende utilizar os citados indicadores de

qualidade, para formar o padrão "normalJJ e os limites máximos e mínimos que cada

parâmetro operacional pode apresentar em um determinado motor. Diferindo do

processo original, o processo proposto compara os valores individuais ou médios de

cada parâmetro (parâmetros monitorâdos dos cilindros utilizam a média dos valores)

com os limites máximos e mínimos estabelecidos pelo desvio padrão. Este método é

resumido no fluxograma da figura V.l, a seguir:

-79-

Page 91: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Modelo matemático do L+I determinados

Condição do

1 I r

Combinação das 1

Valor normal na condi~ão de carga

Figura V. 1 - Processo de análise proposto.

Desvio padrão na condição

de carga

Na figura V. 1 também pode ser observado que os valores normais e os limites

I Comparação

de cada parâmetro são calculados na condição de carga, em que o motor se

encontra, no momento em que os dados estiverem sendo monitorados. Esta é a

condição básica para que os dados possam ser analisados.

V.2) Monitoração dos Parâmetros Operacionais Independente da Condisão de Carregamento do Motor:

Um sistema especialista " On-line" tem como uma das principais características,

a capacidade de analisar o motor numa condição de carga qualquer, dentro dos seus

limites de operação. Para que isto seja possível, o sistema deve ser capaz de

identificar a carga do motor no momento da coleta dos dados.

V.2.1) Determinasão da carga do motor:

Sabe-se que a carga (potência no eixo ou potência efetiva) fica caracterizada,

quando se conhece, pelo menos, um dos seguintes pares: torque e velocidade

rotacional; pressão média indicada e velocidade rotacional ou consumo específico e

Page 92: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

velocidade rotacional. Cada um destes pares é analisado a seguir, levando-se em

consideração o ponto de vista de sua medição na prática.

Ia) A partir do torque:

No Apêndice " E a expressão (E.l) mostra que medindo-se o torque no eixo

propulsor e conhecendo-se a rotação do motor, a carga (potência no eixo ou potência

efetiva) pode ser determinada. Na prática nem todos os eixos propulsores possuem

torsiômetros para determinação do torque.

2a) A partir da pressão média indicada:

No Apêndice "E" a equação (E.4) mostra que medindo-se a pressão média

indicada (PMEI) e conhecendo-se a rotação do motor, a carga (potência indicada)

pode ser determinada. Na prática pode-se dizer que é difícil encontrar motores com a

instrumentação adequada para medição da pressão média indicada.

3a) A partir do consumo:

Medindo-se o consumo específico do motor no momento a ser analisado e

conhecendo-se a sua velocidade rotacional , pode-se, utilizando-se a curva

característica do motor em condições de ensaios padrões, determinar a sua carga.

Na prática seria preciso determinar o consumo específico do motor no momento da

análise.

V.2.1.1) Determina~ão da carga do motor - PROPOSTA:

Tendo em mente que o sistema especialista estará monitorando os parâmetros

operacionais do motor, entre eles a posição da cremalheira das bombas injetoras de

combustível do motor, pode-se propor, a partir do que foi explicado no Apêndice " E ,

a utilizar a posição da cremalheira para determinar empiricamente o torque e esse,

em conjunto com velocidade rotacional do motor (RPM), determinarão a carga

através da expressão (E.1).

Page 93: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

V.2.2) Faixas de operação dos motores:

Para um motor, conforme apresentado por BRINATI [27], existem curvas de

potência em função da velocidade rotacional para diversos regimes de carga, ou

conforme foi visto no item anterior, para diferentes ajustes da cremalheira das

bombas injetoras. Normalmente sãs especificadas para o motor as curvas de

potência de serviço continuo, de potência máxima contínua e potência de sobrecarga.

A potência requerida pelo conjunto navio-hélice, para atender um determinado

deslocamento em função das condições de casco e mar, deverá coincidir com uma

das curvas de potência fornecida pelo motor. Estas faixas ou curvas de operação de

cada motor deverão estar representadas na "base de conhecimentosJ' do sistema

especialista. Segundo a referência [6], é necessário que se conheça, pelo menos, as

curvas de 50,75,85-90 e 100 % de carga.

V.2.3) Determinação dos valores normais e dos limites máximos e mínimos dos parâmetros operacionais:

De acordo com o processo de análise proposto, visto na figura V.1, os valores

normais e os limites máximos e mínimos que os parâmetros operacionais podem

assumir, em cada condição de carga (50, 75, 85-90 e I00 %), devem ser conhecidos

ou calculados pelo sistema especialista. Como estes dados são exclusivos para cada

modelo de motor, cada um que for incluído no sistema especialista deverá ter seus

dados de desempenho levantados, através de testes de bancada ou provas de mar

[6] e representados na "base de conhecimentos" do sistema.

Uma forma simples de representar os dados de desempenho na base de

conhecimentos é através das expressões dos parâmetros operacionais que podem

ser monitorados. Como estas expressões não são encontradas nas referências dos

modelos dos motores, podem ser desenvolvidas expressões empíricas para os

parâmetros. O processo utilizado no desenvolvimento das expressões é o seguinte:

Seleção do motor;

Levantamento dos dados de desempenho nas condições de carga;

Cálculos estatísticos (média e desvio padrão para cada parâmetro);

Determinação dos limites máximos e mínimos;

Gráficos de controle dos parâmetros;

Ajuste das curvas e análise de regressão;

Page 94: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Obtenção da expressão de cada parâmetro;

Validação das expressões.

V.2.3.1) Motor selecionado:

Como um dos objetivos do desenvolvimento do sistema ATEMDI era incluir os

motores MTU modelo 16V956 TB91, este motor foi escolhido como exemplo. Suas

características principais estão resumidas no quadro V.1.

Quadro IV. 1- Características do motor MTU - 956 TB 91 : [8]

V.2.3.2) Dados de desempenho:

Os dados de desempenho foram obtidos no protocolo dos testes de aceitação

(teste de bancada) de sete motores MTU 16V 956 TB 91, realizados em épocas e

anos diferentes. Infelizmente, nestes testes existiam somente os dados de carga

(Potência Efetiva de Frenagem e rotação do motor) para a curva de Potência máxima

continua "MCR ("Maximum Continuos Rating"), os quais, a título de

desenvolvimento da tese, foram selecionados para o desenvolvimento das

expressões dos parâmetros. O quadro V.2 apresenta esta condição de carga.

Naturalmente que as demais condições de carga (50, 75, 85-90%) também deverão

ser conhecidas e representadas no sístema especialista.

- 83-

Page 95: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Apesar das condições atmosféricas apresentarem-se diferentes em cada teste,

estes fatores considerados benéficos, pois os dados coletados dos parâmetros

demonstram o comportamento do motor nas diversas condições. Isto contribui para

que os limites a serem estipulados através do desvio padrão levem em consideração

estas variações da condição atmosférica.

Quadro V.2 - Condições de carga selecionadas:

Curva de " MCR 1000

1200 251 0

Potência Contínua 1470 2570 Sobre Potência 1490 2680

Foram utilizados todos os parâmetros presentes no protocolo de aceitação e

que na prática pudessem ser medidos e analisados. Os parâmetros e seus valores

são apresentados no Apêndice " D . A definição de cada parâmetro é apresentada no

Apêndice " C

V.2.3.3) Cálculos estatísticos:

Segundo LOURENÇO FILHO [22], um processo está sob controle, quando seus

indicadores de qualidade ou condição possuem distribuição normal é esta permanece

estável, bem como seus dois parâmetros a média (p) e O desvio padrão (6). O

resultado do cálculo destes parâmetros são apresentados no Apêndice " D .

V.2.3.4) Determinação dos limites dos parâmetros em cada condição de carga:

Baseando-se numa distribuição normal [22], a faixa de variabilidade normal no

processo sob controle é a do intervalo p I 36. Na indústria são utilizados gráficos de

controle, como instrumento de diagnóstico da existência ou não de controle. Estes

gráficos, de acordo com o sistema norte-americano, são formados pela média, que

determina a linha média do gráfico (LM), pelo limite superior de controle (p+36),

correspondente a linha superior de controle (LSC) e pelo limite inferior de controle (p-

36), correspondente a linha inferior de controle (LIC).

Page 96: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

No intervalo p + 36 os itens de uma distribuição normal, de média p e desvio

padrão 6, se distribuem em torno da média na proporção de 99,7%, sendo esta a

faixa de variabilidade normal de um processo sob controle. O gráfico de controle é

apresentado na Figura V.2.

I No da amostra ou tempo

p + 36

Figura V.2 - Gráfico de controle

LSC

V.2.3.5) Distribuição normal:

Uma forma de verificar se os limites estabelecidos refletem uma distribuil;ão

normal 1221 é marcando os pontos dos valores utilizados no gráfico de controle. Os

pontos situados entre os limites indicam que o processo está sob controle. Os pontos

situados sobre a linhas de ou além destas, indicam falta de controle e, neste caso,

tais pontos devem ser eliminados, recalculando-se a linha média e os Iímites.

V.2.3.6) Determinação da carga no motor em questão:

Cada gráfico de controle relaciona a carga (variável independente) e o

parâmetro operacional (variável dependente). Seguindo a proposta de determinação

da carga do motor, apresentada no item V.2.1 .I .I, a carga é representada

unicamente pela potência efetiva, porém, esta é calculada em função do torque e da

velocidade rotacional do motor.

A expressão empírica V.1, que relaciona o torque e a posição da cremalheira

para o motor em questão, foi obtida da análise de regressão dos dados dos testes de

bancada dos motores. 0 s dados que foram utilizados são apresentados no quadro

v.3.

Page 97: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Onde:

T + torque (N.m)

C i posição da cremalheira (mm)

Quadro V.3 - Dados utilizados para a obtenção da expressão do torque (V.l).

A figura V.2 apresenta o gráfico contendo a curva ajustada, que relaciona

torque e posição da cremalheira.

A figura V. 3 apresenta o gráfico que relaciona a velocidade rotacional e a

potência (carga) do motor. Cada uma das retas corresponde a um torque, relativo a

uma posição de cremalheira. Observa-se que a cada velocidade, variando-se o

torque varia-se a potência.

8.00 9.00 10.00 11.00 12.00 13.00 14.00 15.00 16.00 17.00 18.00 19.00 Pos. cremalheira (rnm)

Figura V.2 - Relação torque x posição da cremalheira.

Page 98: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

600 800 1000 1200 1400 RPM

Figura V.3 - Relação entre potência e RPM

V.2.3.7) Gráficos de controle para o motor selecionado:

0 s gráficos de controle para cada parâmetro são apresentados nas figuras V.4

a V.21.

Durante a primeira tentativa de plotagem destes gráficos, foi utilizada a média

acrescida ou subtraída do triplo de desvio padrão para determinar os limites superior

e inferior de controle. Observou-se, porém, que em cada carga as curvas ajustadas

para os limites não eram uniformes (não eram paralelas a curva da média). Foi

adotado, como padrão, o uso da média dos desvios padrões para determinar limites,

de acordo com a expressão V.2.

As médias e os desvios padrões médios são apresentados no Apêndice " D .

Após a plotagem, os pontos que indicavam falta de controle foram eliminados e as

médias e os desvios padrões (e sua média) foram recalculados.

Page 99: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

V.2.3.7.1) Ajuste das curvas e análise de regressão:

As equações que representam a relação entre a carga do motor (variável

independente) e cada um dos seus parâmetros (variável dependente), foram obtidas

através do ajuste de curvas aos valores da média (p).

O método apresentado por DANIEL & WOOD [26], para o ajuste de curvas é o

dos mínimos quadrados ("LEAST SQUARES). Este método tem a seguinte

definição: "Encontrar os valores das constantes na equação selecionada, que

minimizam a soma dos quadrados dos desvios dos valores observados, a partir

daqueles que foram calculados pela equação". Para que a estimativa da equação

seja precisa, devem ser feitas algumas suposições:

1. Os dados foram coletados sob circunstâncias idênticas;

2. Foi selecionada a forma correta da equação;

3. Os dados são típicos, isto é, são representativos de todas as situações, as quais

o analista deseja generalizar através da equação;

4. Os dados são "bons", porém, sabe-se que existem pontos que fogem do que

seria uma condição normal. Estes pontos devem ser identificados e eliminados.

Analisando os dados dos motores de acordo com as suposições acima:

Para a suposição ('i): Pode-se dizer que os dados foram coletados sob

circunstâncias idênticas, já que os testes de bancada realizados foram os mesmos

em todos os motores. As circunstâncias que variaram foram as atmosféricas, tendo

em vista que os testes foram realizados em épocas e anos diferentes. Estas

circunstâncias foram consideradas favoráveis pois representam a condição " normal"

dos motores.

Para a suposição (2): Pode-se dizer que sim. Segundo DANIEL & WOOD [7],

quando a teoria e a experiência prática não são suficientes para indicar com precisão

a forma geral da função, as equações podem ser obtidas de forma empírica. Como

neste caso não existia, na teoria nem na prática, nenhuma informação quanto a

forma das curvas dos parâmetros, foi utilizado o programa "GRAPHER FOR

WINDOWS, que oferece a função de ajuste de curvas. Este programa apresenta as

seguintes fun~ões para ajuste: Linear (y = Bx + A), Iogarítmica (y = B'O~' + A),

Page 100: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

exponencial (log y = BX + A), potência (log y = 6 ' O g X + A), spline, polinômios (y = BX

através da origem) e " Running Average". O ajuste das curvas foi realizado,

selecionando uma das funções acima (geralmente linear ou polinomial) e verificando

se a curva se ajustava sobre cada ponto ou próximo de cada ponto.

Para a suposição (3): É talvez a suposição mais importante de todo este

trabalho, pois assume-se que os dados obtidos nas diversas condições de carga,

durante o teste de bancada, serão os mesmos dados obtidos, quando o motor estiver

instalado a bordo de um navio e submetido a mesma condição de carga.

Para a suposição (4): Os dados foram considerados bons, porém, apareceram

valores fora dos limites superior ou inferior, os quais foram eliminados e as curvas

reajustadas.

300 600 900 1200 1500 1800 2100 2400 2700 Carga (kW)

Figura V.4 - Depressão do ar na admissão x carga.

Page 101: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

?r-

valores experimentais

300 600 900 1200 15GU 1800 2100 2400 2700 Carga (kW)

Figura V.5 - Pressão do ar após o turbo [A] x Carga

Legenda

X parernetro

- -0- - iimite suparioi

--a-- iimite inferior

valores experimentais

1090 I I 1 I I I

1200 1500 1800 2100 2400 2700 Carga (kVV)

Figura V.6 - Pressão do ar aoós o turbo rB1 x Caraa

Page 102: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Legenda

--e- - limite superior

valores experimentais

300 600 900 1200 1500 1800 2100 2400 2700 Carga (kw)

Figura V.7 - Temperatura do ar após o turbo [A] x Carga

Figura V.8 - Temperatura do ar após o turbo [B] x Carga

Page 103: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

parâmebo

-Q - limite supwia

-e- limite infe"a

values experimentais

300 600 900 1200 1500 1800 2100 2400 2700 Carga (kW)

Figura V.9 - Temperatura de exaustão [A] x Carga

- Q - limite niperia

-e - limite inferior

v a l e s experimentais

300 600 900 I M O 1500 1800 2100 2400 2700 Carga (kW)

Figura V. 10 - Temperatura de exaustão [B] x Carga

Page 104: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

I Legenda I

300 600 900 1200 1500 1800 2100 2400 2700 Carga (kW)

Figura V . l l - Contra-pressão dos gases na exâustão x Carga

Parãmetm , ' . .

Legenda .O

*e .o -

- Q- nmite superior

-Q- ümite inferior o

vaiores expsrlmentafs C; _-- - __- - __- - _-e-

- *

* -----.-- +---- ___+----e-- .

- 0 *

O limite superior

a limite inferior

Mlores experimentais

200 600 900 1200 1500 1800 2100 2400 2700

Carga (kW)

.

Figura V.12 -Temperatura da água doce de resfriamento antes do motor x Carga

Page 105: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Figura V.13 - Temperatura da água doce de resfriamento antes do motor x

Carga

Legenda

parametro

--e-- limite superior

--e-- limite inferior

valores experimentais - 300 600 900 1200 1500 1800 2100 2400 2700

Carga (kW)

Figura V.14 - Pressão de água doce após a bomba x Carga

Page 106: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Legenda

O limite supeior

O limite inferior

valores experimentais

300 600 900 1200 1500 1800 2100 2400 2700 Carga (kw)

Figura V.15 - Pressão de água doce após o motor x Carga

Legenda

X parârnetm

O lirniba superior

O l imb infe"or

valores experimentais

300 600 900 1200 1500 1800 2100 2400 2700 Carga (kW)

Figura V.16 - Pressão de óleo lubrificante antes do motor x Carga

Page 107: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

valores experimentais

e

300 600 900 IMO 1500 18M) 2100 2400 2700 Carga (kW)

Figura V. 17 - Temperatura do óleo lubrificante na saída do motor x Carga

Legenda

parâmetro

O limite superior

O limite inferior

valores experimentais

Carga (kW)

Figura V.18 - Pressão de óleo lubrificante antes do motor ou na distribuição x

Carga

Page 108: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Legenda

parâmetro

O limite superior

O limite inferior

valores experimentais

300 600 900 1200 1500 1800 2100 2400 2700 Carga (kW)

Figura V.19 - Pressão de óleo lubrificante no último manca1 x Carga

h m V L O -0 m 5 L O -a cn a, .w c ([I

4 O O m cn V ) a,

B

300 600 1200 1500 1800 2100 2400 2700 Carga (kW)

Figura V.20 - Pressão de óleo lubrificante antes do resfriador x Carga

- 97-

Page 109: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Legenda

parâmetro

limite superior

limite inferior

valores experimentais

300 600 900 1200 1500 1800 2100 2400 2700 Carga (kW)

Figura V.21 - Pressão de óleo lubrificante antes do filtro ou mecanismo de

manivelas x Carga

V.Z.3.i.l .I ) Expressões dos parâmetros:

As expressões dos parâmetros, obtidas com o ajuste das curvas, são

apresentadas no quadro V.4. Neste quadro pode-se verificar que nas expressões

IV.2, IV.3, IV.4 e IV.9 existem restrições em relação ao limite superior ou inferior,

devido ao fato que, conforme o parâmetro, seus valores não podem ser positivos ou

negativos. Em três parâmetros, relacionados a pressão do óleo lubrificante, foram

obtidas expressões com polinômio de quinto grau, estando relacionado a variação

não uniforme em relação a carga.

Page 110: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Quadro V.4 - Expressões dos parâmetros monitoráveis - MTU 956 TB 91

I Depressão do ar na

Presçãodoarapós 0 [AI (bar) I após o turbo [A]

Temperatura de

gases da exaustão I (mmHz0)

I Temperatura de A.D. resf. antes do

I ~ . ~ . ' r e s f . após o

Pressão de A.D. P=- após a bomba (bar) Pressão de A.D.

I após o motor W )

O.L. antes do

I O.L. na saída do

antes do motor ou

Pressão de O.L. no último manca1 (bar)

Pressão de O.L. antes do resfn'ador

Pressáo de O.L. antes do filb-o ou mec. manivelas F

Page 111: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

V.2.3.7.1.2) Valida@o das expressões:

A tabela do Apêndice "D" apresenta uma comparação entre os dados

experimentais e os resultados obtidos com as expressões dos parâmetros. Na coluna

"Ay" são apresentados os valores correspondentes a diferença entre o valor

calculado com a expressão e o valor médio experimental em cada condição de carga.

Naturalmente que quanto melhor o ajuste da curva aos pontos, mais precisos os

resultados obtidos, porém, para que um ajuste seja ótimo depende da uniformidade

dos dados dos parâmetros ao longo da faixa de carga pesquisada. Quanto menor a

uniformidade, maior o grau de polinômio (por exemplo) utilizado no ajuste. Deve-se

observar que estas variações referem-se a média e permanecem dentro dos valores

máximos e mínimos do parâmetro na carga correspondente, não comprometendo o

objetivo geral.

Page 112: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

VI) EXEMPLOS DE ANÁLISE:

Neste capítulo são apresentadas duas simulações de análise, que

exemplificam o que seria feito por um sistema especialista que contivesse, em sua

"base de conhecimentos", as informações apresentadas nos capítulos IV e V.

VI.1) Dados dos partimetros operacionais:

0 s quadros VI.1 e V1.2 apresentam os dados de um motor MTU 956 TB 91

utilizado para propulsão. Estes dados foram retirados de folhas de registro de

funcionamento, tendo sido coletados durante viagens. Os parâmetros monitorados

fazem parte da referida folha de registro.

Quadro V1.1 - Primeiro conjunto de dados - valores teóricos, limites, expressões e

sintomas dos parâmetros:

Page 113: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Quadro V1.2 - Segundo conjunto de dados - valores teóricos, limites, expressões e

sintomas dos parâmetros:

Nos quadros VI.1 e V1.2 os parâmetros "Pressão do ar de alimentação dos

bancos de cilindros [A] e [B]" foram considerados como sendo os parâmetros

"Pressão do ar após o turbo dos bancos [A] e [B]". A coluna "sintoma" indica a

condição final do parâmetro. Foram considerados anormais (H ou L) os valores reais

fora dos limites de controle estabelecidos (LIC e LSC).

V1.2) Diagnósticos

Entrando com os sintomas, apresentados no quadro VI.1, na matriz

apresentada no capitulo IV, pode-se ver que não existe a coincidência com nenhuma

das combinações apresentadas nas linhas da matriz. Neste caso, deve-se avaliar os

parâmetros individualmente. As causas mais prováveis para a alta pressão de óleo

lubrificante após o filtro, são apresentadas na figura V.30. As causas mais prováveis

- 102 -

Page 114: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

para a pressão de óleo lubrificante de resfriamento dos êmbolos estar baixa, são

apresentadas na figura V.29.

Entrando com os sintomas, apresentados no quadro V1.2, na matriz

apresentada no capitulo IV, pode-se ver que não existe a coincidência com nenhuma

das combinações apresentadas nas linhas da matriz. Também neste caso, deve-se

avaliar os parâmetros individualmente. As causas mais prováveis para as altas

pressões de óleo lubrificante após o filtro e para resfriamento do êmbolo, são

apresentadas na figura V.30 e entre elas destaca-se a obstrução de canaletas ou

passagens de óleo no motor. Para a temperatura elevada do óleo lubrificante na

entrada do motor pode-se destacar as seguintes falhas como as mais prováveis:

resfriamento insuficiente e motor sobrecarregado. A ausência de outros parâmetros

importantes, tais como a temperatura da água doce na saída do motor, etc., na folha

de registro, impede que um diagnóstico mais apurado seja apresentado.

Page 115: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

O autor foi responsável pelo desenvolvimento do sistema especialista

ATEMDI. Este, por desejo da Marinha Brasileira, foi baseado no sistema especialista

"ADETA". Ambos fazem parte de um procedimento que visa a manutenção preditiva

de motores diesel marítimos. O autor teve a oportunidade de acompanhar este

procedimento em um diesel-gerador e pôde sentir as dificuldades enfrentadas pela

tripulação de máquinas, tais como: repetir a condição de carga das análises

anteriores; coletar dados de instrumentação nem sempre aferida; colocar medidores

de pressão em cada cilindro do motor (pois normalmente não estão presentes nas

instalações); repetir o procedimento em curtos intervalos de tempo; receber do

sistema diagnósticos contendo informações que não condizem com o motor em

análise. Deve-se ter em mente que este procedimento se passa, com o navio em

viagem e sob condições adversas, em paralelo a todas as outras tarefas realizadas

pela tripulação de máquinas e acrescido do fato de que não existe apenas um motor

nas instalações. Em virtude destes fatores a manutenção preditiva pode se tornar

inexpressiva ou ineficaz.

O autor acredita que a melhor solução para as dificuldades mencionadas

acima, é o desenvolvimento de um sistema especialista automático, o qual contenha,

em sua "base de conhecimentos", as informações necessárias para que os

diagnósticos das falhas estejam condizentes com o tipo de motor e também um

processo de análise, que permita determinar a condição dos parâmetros operacionais

Monitorados, em função da carga a que o motor esteja submetido. Estas

informações, presentes nos capítulos IV e V, são apresentadas como as

contribuições principais desta tese.

As árvores de falhas e a matriz de diagnósticos desenvolvidas apresentam,

não só as falhas básicas dos sistemas dos motores diesel, como também as falhas

possíveis de ocorrer nos sistemas dos motores mais sofisticados ou providos de

componentes mais recentes. Quanto maior o número de parâmetros operacionais

monitorados, mais preciso será o diagnóstico obtido. A qualidade das informações

também é aprimorada, pois estarão de acordo com o tipo de motor monitorado.

Apesar de só terem sido obtidas as expressões dos parâmetros, em função da

carga, para a condição de Potência máxima contínua, o caminho ou o processo está

estabelecido e pode ser facilmente repetido para as demais condições de carga do

Page 116: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

motor. Diferenciando-se do sistema especialista ATEMDI, o processo proposto, para

análise dos dados dos parâmetros operacionais, é mais confiável, pois são

estabelecidos e utilizados limites específicos para cada modelo e fabricante de motor.

Estabelecidos os conhecimentos básicos, necessários para o funcionamento

de um sistema especialista automatizado (" on-line"), resta agora somente o trabalho

de representá-los na base de conhecimentos e associá-lo a um sistema de aquisição

de dados.

Como sugestões de continuidade desta linha de pesquisa podem ser citados:

Desenvolvimento do sistema especialista;

Estudo e instalação de sensores em um motor do modelo utilizado, para aferir e

desenvolver confiabilidade no sistema especialista;

Estudo de confiabilidade das falhas como forma de tornar os diagnósticos mais

precisos.

Page 117: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Baseando-se na premissa que "todo equipamento irá deteriorar e algumas

vezes falhar em serviço", pode-se listar os objetivos primários de um profissional

responsável pela manutenção de um equipamento:

Antecipar as causas da deterioração da máquina;

Preparar estratégias para controlar a deterioração e evitar falhas;

Corrigir rapidamente os problemas que possam ocorrer;

Identificar e eliminar as causas onde for possível;

executar estas tarefas da maneira mais econômíca possível.

A.1) Tipos de manutenção:

0 s tipos de manutenção conhecidos e utilizados são apresentados a seguir.

A.l .I) Corretiva:

É o mais antigo, comum e que pouco mudou ao longo do tempo. O

equipamento funciona até a quebra ou até quando deixa de funcionar

adequadamente. O processo da manutenção corretiva inclui:

Inspeção e verificação dos problemas relatados;

Identificação e retificação da falha;

Requer pouco planejamento além de se ter os sobressalentes e o técnico

disponíveis quando ocorre o problema. Só é efetivo em equipamentos onde:

Os custos de capital e a questão segurança sáo baixos;

A confiabilidade no ciclo de vida é alto;

As perdas com a parada do equipamento são insignificantes.

A.l .I .I) Vantagens:

Pode ser considerado o tipo de manutenção de custo mais baixo. No que diz

respeito ao trabalho e partes substituídas, porque os recursos são desembolsados

somente quando o problema ocorre; porém, em termos do custo total da operação do

equipamento, um programa de manutenção puramente corretivo é normalmente mais

caro.

Page 118: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

A.1 .I .2) Desvantagens:

Reparar falhas após a quebra é inaceitável para a maioria dos equipamentos

utilizados na construção, comércio, fabricação, geração de energia elétrica, óleo, gás

e transportes. Os processos mecânicos existentes nestas indústrias são caros e

envolvem níveis de segurança elevados, para que possam falhar sem uma parada

ordenada. Além disto, o custo da produção seria muito elevado, caso a manutenção

fosse executada de forma unicamente corretiva.

A.1.2) Preventiva:

É baseada na premissa de que a maior disponibilidade do equipamento pode

ser obtida pela aplicação contínua de cuidados e reparos em intervalos

predeterminados.

Fatores como alta produtividade, segurança na operação e disponibilidade

estão sempre presentes nos processos de fabricação e transporte. Estes fatores

geraram a necessidade de planejar os ciclos de operação de um equipamento para

que os intervalos predeterminados de manutenção possam ocorrer com uma

interrupção mínima das operações.

Geralmente o fabricante do equipamento fornece um plano de manutenção

preventiva, baseado em seus testes e inspeções, contendo os intervalos de tempo ou

ciclos de substituição dos componentes, de forma a reduzir a probabilidade de que

uma falha possa interromper a produção de forma indesejável.

Um programa de manutenção preventiva pode ser considerado como uma

contínua racionalização dos custos de:

Paradas e perda na produção;

Manutenções rotineiras;

Manutenções imprevistas.

A.1.2.1) Vantagens:

A manutenção preventiva oferece como vantagens:

Aumento da disponibilidade do equipamento;

Aumento da segurança operacional;

Redução de paradas imprevistas;

Melhor distribuição das tarefas da manutenção, facilitando o seu gerenciamento.

Page 119: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Por estas razões este tipo de manutenção tem sido aceito por operadores de

grandes frotas e de processos contínuos de fabricação.

A.í.2.2) Desvantagens:

Um programa de manutenção baseado puramente no tempo pode ser

prejudicado pelos seguintes problemas:

As paradas imprevistas não são completamente eliminadas;

Recursos suficientes devem ser mantidos a disposição para qualquer

eventualidade;

Muitos programas de manutenção preventiva não incluem um acompanhamento

da configuração do equipamento o que pode levar a uma substituição prematura

de componentes quase novos;

Muitos programas de manutenção preventiva não incluem um acompanhamento

do uso do equipamento, o que pode resultar numa alta possibilidade de que

algumas partes substituídas estejam menos resgatadas do que esperado;

Muitos programas não incluem um acompanhamento da vida dos componentes.

Este procedimento poderia qualificar e tornar disponível componentes usados

com uma fração da vida útil ainda restante para uso futuro em manutenções

imprevistas;

O que falta a manutenção preventiva é um método para determinar quando a

condição do componente está para afetar o planejamento da manutenção.

A.1.3) Manutengão baseada na condigão:

É um processo para determinar a ocasião mais propícia para executar a

manutenção em cada tipo de máquina. É baseado na premissa de que para cada tipo

de equipamento, existe uma proporção adequada dos procedimentos de manutenção

corretiva, preventiva e condicional a ser aplicada.

Em termos de custo total de operação, este tipo de manutenção é mais

econômico do que um programa puramente preventivo ou puramente corretivo.

A manutenção baseada na condição utiliza medições e observações do

equipamento, em termos de sua configuração, confiabilidade, uso e condição.

Page 120: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

A.1.3.1) Vantagens:

A manutenção baseada na condição fornece sofisticadas ferramentas para o

operador monitorar seu equipamento e procedimentos de manutenção. Seus dados

são continuamente analisados apresentando:

Uma estimativa da condição da máquina em funcionamento;

Uma estimativa da confiabilidade do equipamento.

Além disso, fornece um meio de gerenciar continuamente e melhorar o

processo, incluindo tarefas como:

Estabelecer limites de avaliação da mediação confiáveis;

Estabelecer limites confiáveis para o uso dos componentes;

Estabelecer indicadores de falha confiáveis;

Formar e manter uma biblioteca de relações causa-efeito;

Avaliar os procedimentos de manutenção e solução dos problemas.

Quando efetivo, um programa de manutenção baseado na condição traz os

seguintes benefícios:

Aumento da disponibilidade do equipamento;

Extensão dos intervalos periódicos da manutenção preventiva;

Redução na retirada de componentes falsos (quando não se conhece a origem da

falha os componentes vão sendo substituídos até sanar o problema).

Redu~ão no número de horas de execução de manutenção;

Redução na requisição de peças sobressalentes.

A.1.3.2) Desvantagens:

Um sistema de manutenção baseada na condição requer a implementação de

um sistema de monitoração para avaliar continuamente a condição do equipamento.

O custo do sistema de monitoração é adicionado ao custo da manutenção do

equipamento.

Page 121: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

APÊNDICE "B" - Inteligência artificial e sistemas especialistas:

Este apêndice é dedicado a apresentação da inteligência artificial e

principalmente dos sistemas especialistas.

B.l) Definição de inteligência artificial:

Segundo KATSOULAKOS [25] a inteligência artificial é definida como: "O

estudo de técnicas computacionais para solucionar problemas, através da exploração

eficiente do conhecimento de um problema." Esta definição nos coloca próximos a

realidade da engenharia, onde se realça o fato de que a chave para a solução

ínteligente de um problema, recai na redução da busca de uma solução através do

uso eficiente do conhecimento.

8.2) Hístórico:

A inteligência artificial 1241 está enraizada na psicologia cognitiva, que é anterior

a segunda grande guerra, sendo vista com mais seriedade após o desenvolvimento

dos computadores. Durante os anos 50 foram desenvolvidas as primeiras linguagens

(a mais importante foi a IPL-1 "lnformation Processing Language). Nos anos 60 a

pesquisa foi direcionada para a soluçáo de problemas gerais (Robótica, problemas

humanos, programas de xadrez, etc.). Neste período foi desenvolvida a linguagem

LISP ('List Processing"). A década de 70 foi um período de especialização quando

aparecerem os três ramos dominantes da inteligência artificial:

Construção de programas capazes de utilizar e entender

linguagens naturais;

Construção de robôs inteligentes;

Simulação do conhecimento humano.

A década de 80 foi um período de aplicação, principalmente com o

desenvolvimento dos microcomputadores.

B.3) Divisões da inteligência artificial:

Segundo KATSOULKOS [25] A inteligência artificial é dividida em:

Pesquisa fundamental + Visa o desenvolvimento de novas técnicas teóricas

para manter a evolução da inteligência artificial.

- 110 -

Page 122: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Ciência cognitiva + Estuda a forma como o ser humano utiliza o seu

conhecimento.

Pesquisa aplicada + Estuda e desenvolve programas com alguma

aplicação específica, geralmente industrial, científica ou administrativa. Dentro

desta divisão encontram-se os sistemas especialistas.

B.4.) Passos no desenvolvimento de um sistema especialista:

De acordo com HARTMAN [4], os seguintes passos devem ser seguidos ao se

desenvolver um sistema especialista.

1 - Identificação:

Quando determinam-se as características do problema.

2 - Conceituaçáo:

Quando encontram-se conceitos para representar o conhecimento.

3 - Formalização:

Quando esboça-se a estrutura para organizar o conhecimento.

4 - lmplementação:

Quando introduzem-se as regras que contém o conhecimento.

5 - Teste:

Quando verifica-se o funcionamento das regras.

6 - Revisão:

Quando executa-se o refinamento do sistema.

B.5) Ferramentas utilizadas no desenvolvimento de sistemas especialistas:

São chamados de ferramentas, os recursos computacionais utilizados para

representar os conhecimentos, construir a máquina de inferência, o banco de dados

e a interface com o usuário.

Na construção dos componentes de um sistema especialista, são utilizadas as

"linguagens" de inteligência artificíal. As principais linguagens são: LISP, PROLOG,

POPI 1, SMALL TALK, POP TALK. Estas apresentam características próprias para a

solução de problemas em inteligência artificial, apresentadas a seguir:

Manipulação de símbolos;

Variáveis sem tipo definido;

Criação de estruturas de dados arbitrárias;

Gerenciamento automático de memória;

Page 123: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Programação lógica;

Canais para aquisição de dados de sensores.

Podem ser utilizados também os " SHELLS (também conhecidos como " Expert

System Building Tools" EBTs). O "SHELL" pode ser visto como um sistema

especialista com a base de conhecimentos vazia. Este sistema oferece todos os

recursos para a representação do conhecimento, montagem de interfaces e banco de

dados. Uma característica do " SHELL" é a máquina de inferência pré-programada e

de uso geral. Devido as suas características, o tempo de desenvolvimento de um

sistema especialista é bem inferior ao requerido com o uso de linguagens tradicionais

de desenvolvimento.

B.6) Tempo e custo de desenvolvimento de um sistema especialista:

O tempo de desenvolvimento [4] é função principalmente do tamanho do

sistema, o qual é classificado de acordo com o número de regras, como apresenta a

tabela 6.3, tomando como base o trabalho de uma pessoa.

Outros fatores que afetam o tempo de desenvolvimento:

A proximidade entre a ferramenta de trabalho e o problema;

A facilidade de se obter o conhecimento;

tipo e a quantidade de conhecimento;

nível de sofisticação.

0 s custos de desenvolvimento envolvem a aquisição de ferramentas

computacionais, equipamentos e o trabalho para codificar o sistema. Sendo este

último o que contribui com a maior parcela para o custo total do sistema.

Tabela B.3 - Relação tamanho e tempo para desenvolvimento de um S.E.

I Tamanho do sistema I Número de regras Tempo para uma pessoa

Pequeno Grande

Muito arande

50-350 500-3.000

10.000

desenvolver 3 a 6 meses 1 a 2 anos 3 a 5 anos

Page 124: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

APÊNDICE "C" - Descrição dos principais parâmetros operacionais dos motores diesel:

1- Pressão do ar antes do resfriador: (motores super-carregados ou turbo-

carregados)

É a pressão do ar de carga, medida antes do resfriador de ar, em motores

turbo-carregados ou super-carregados. É a pressão do ar na descarga do

compressor. É um indicador da condição do turbo-carregador ou do super-

carregador.

2- Temperatura do ar antes do resfriador:

É a temperatura do ar de carga antes do resfriador de ar em motores turbo-

carregados ou super-carregados. É utilizada em conjunto com a temperatura

após o resfriador de ar para verificar a eficiência deste equipamento.

3- Pressão do ar após o resfriador:

E a pressão do ar de carga medida após o resfriador de ar (ou antes do motor)

em motores turbo-carregados ou super-carregados. É a pressão do ar ao ser

admitido no motor para compressão.

4- Temperatura do ar após o resfriador:

É a temperatura do ar de carga após o resfriador em motores turbo-carregados

ou super-carregados. É a temperatura do ar ao ser admitido no motor no início

da compressão.

5- Pressão de compressão média:

E a média das pressões de compressão dos cilindros do motor, independente

de ser um motor em "linha" ou em "v" . É utilizada principalmente para avaliar

a condição dos sistemas: pistão-biela, dos cilindros e dos cabeçotes dos

cilindros.

6- Pressão no sistema de combustível:

É a pressão do combustível antes da bomba injetora. É utilizada para verificar

problemas no sistema antes da bomba injetora.

Page 125: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

7- Posição da cremalheira de combustível ou do regulador de velocidade: (média

dos cilindros)

E o indicador da quantidade de combustível que está sendo injetada por cada

bomba ou pela bomba injetora. No caso de bombas individuais para cada

cilindro, estes valores individuais também são utilizados para identificar as

unidades com problemas. A posição do regulador de velocidade pode ser

utilizada como alternativa para a posição da cremalheira, caso esta não possa

ser medida.

8- Pressão de combustível antes da válvula injetora:

É a pressão do combustível ao ser injetado no cilindro. É utilizada para indicar

problemas na bomba injetora ou na rede de alta pressão.

9- Pressão de combustão média:

É o valor da pressão máxima dos gases dentro do cilindro durante a

combustão. É utilizada a média dos cilindros.

10- Temperatura de exaustão média:

É a temperatura dos gases de descarga (resultantes da combustão).É utilizada

a média dos cilindros.

1 1 - RPM do turbo-carregador:

Rotações por minuto do turbo-carregador. Utilizada para verificar a eficiência do

turbo em uma determinada carga.

12- Pressão média indicada: (IMEP, imep, PMI):

É a pressão existente nos cilindros durante um ciclo de trabalho. É diretamente

proporcional ao trabalho líquido realizado por ciclo.

13- Pressão de óleo lubrificante antes do filtro de óleo:

É a pressão de óleo após a bomba e o resfriador de óleo lubrificante. Este

parâmetro indica problemas na bomba, resfriador de óleo lubrificante e válvula

reguladora de óleo lubrificante.

Page 126: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

14- Pressão de óleo lubrificante após o filtro de óleo:

Pressão de óleo lubrificante ao entrar no motor. Este parâmetro indica

problemas no(s) filtro(s) de óleo lubrificante.

15- Pressão de óleo lubrificante para resfriamento dos pistões:

É a pressão de óleo após a bomba de óleo lubrificante para resfriamento dos

pistões. Este parâmetro indica problemas nesta bomba e/ou nas redes, linhas,

canaletas e passagens de óleo.

16- Temperatura do óleo antes do resfriador (saída do motor):

É a temperatura do óleo lubrificante aspirado do cárter pela bomba de óleo

lubrificante.

17- Temperatura do óleo lubrificante após o resfriador (antes do motor):

É a temperatura do óleo lubrificante ao entrar no motor. Em conjunto com o

parâmetro anterior, indica problemas no resfriador.

18- Consumo de óleo lubrificante:

E a quantidade de óleo consumida pelo motor devido a vazamentos, falhas em

componentes mecânicos ou simplesmente devido ao gasto normal do

funcionamento.

19- Temperatura dos mancais principais:

É a temperatura dos mancais que sustentam o eixo de manivelas. Este

parâmetro indica problemas de desgaste, falha na lubrificação, etc.

20- Vácuo no cárter:

E a depressão exercida no cárter pelo movimento dos pistões e/ou pelo sistema

de exaustão do cárter.

21 - Pressão no cárter:

Ocorre quando existe uma falha nos pistões, juntas ou falha no sistema de

exaustão do cárter.

Page 127: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

22- Pressão de água salgada após a bomba:

É a pressão antes do resfriador de óleo lubrificante e do resfriador de ar no

sistema convencional de água salgada ou antes do resfriador central no

sistema de resfriamento central.

23- Temperatura da água salgada antes do resfriador de ar:

É a temperatura da água salgada na entrada do resfriador de ar de carga, no

sistema convencional.

24- Temperatura da água salgada ap8â o resfriador do ar:

É a temperatura da água salgada na saída do resfriador do ar de carga, no

sistema convencional.

25- Temperatura da água salgada antes do resfriador de óleo lubrificante:

É a temperatura da água salgada na entrada do resfriador (sistema

convencional).

26- Temperatura da água salgada após o resfriador de óleo lubrificante:

É a temperatura da água salgada na saída do resfriador após trocar calor com o

óleo aquecido. É também a temperatura da água salgada ao entrar no

resfriador de água doce das camisas. Em conjunto com o parâmetro anterior,

indica problemas no resfriador.

27-Temperatura da água salgada após o resfriador de água doce das camisas:

É a temperatura da água salgada na saída do resfriador após trocar calor com a

água das camisas do motor. Em conjunto com o parâmetro anterior, indica

problemas no resfriador.

28- Temperatura da água salgada após o resfriador central (sistema central):

É a temperatura da água salgada na saída do resfriador após trocar calor com a

água doce de resfriamento do óleo lubrificante, camisas e ar de carga.

Page 128: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

29- Temperatura da água doce antes do resfriador de óleo lubrificante(n0

sistema central de resfriamento simples ou com circuito LT):

É a temperatura da água doce na entrada do resfriador de óleo lubrificante. Em

alguns sistemas pode ser igual a temperatura da água doce após trocar calor

com o ar de carga.

30- Temperatura da água doce após o resfriador de óleo lubrificante (no sistema

central de resfriamento simples ou com circuito LT):

É a temperatura da água doce na saída do resfriador após trocar calor com o

óleo aquecido. Em conjunto com o parâmetro anterior, indica problemas no

resfriador.

31- Temperatura da água doce antes do resfriador de ar (no sistema central de

resfriamento simples ou com circuito LT)

É a temperatura da água doce ao entrar no resfriador de ar. Em alguns

sistemas é ígual a temperatura da água doce antes do resfriador de óleo

lubrificante.

32- Temperatura da água doce após o resfriador de ar (no sistema central de

resfriamento simples ou com circuito LT):

É a temperatura da água doce após trocar calor com o ar de carga. Em alguns

sistemas é igual a temperatura da água doce antes do resfriador de óleo

lubrificante.

33- Pressão de água doce antes do motor (no sistema central de resfriamento

simples ou com circuito LT):

É a pressão fomecida pela bomba de circulação de água doce, para o

resfriador de ar de carga. Em alguns sistemas esta pressão é a mesma na

entrada do resfriador de óleo lubrificante.

Page 129: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

34- Pressão de água doce antes do motor (no sistema central de resfriamento

simples ou com circuito MT):

É a pressão fornecida pela bomba de circulação de água doce das camisas.

35- Temperatura da água doce das camisas na saída do motor ( no sistema

central de resfriamento simples ou com circuito MT):

É a temperatura da água doce após trocar calor com as camisas dos cilindros e

cabeçotes do motor. Em alguns motores esta temperatura é igual a de entrada

do resfriador de ar de carga no circuito MT.

36- Pressão de água doce antes do motor:

E a pressão fornecida pela bomba de circulação de água doce, para as camisas

no sistema central de resfriamento simples.

37- Temperatura da água doce antes do resfriador de ar (antes do motor):

É a temperatura da água doce ao entrar no resfriador de ar no sistema central

de resfriamento simples.

38- Temperatura da água doce antes do resfriador de óleo lubrificante (saída do

motor):

É temperatura da água doce ao sair do resfriador de ar e ao entrar no resfriador

de óleo lubrificante. Referente ao sistema central de resfriamento simples.

39- Temperatura da água doce das camisas na saída do motor:

É a temperatura da água doce após trocar calor com as camisas dos cilindros e

cabeçotes do motor, no sistema central de resfriamento simples.

40- Pressão de água doce antes do motor:

É a pressão fornecida pela bomba de circulação de água doce das camisas no

sistema convencional de água doce das camisas.

41 - Temperatura da água doce das camisas na saída do motor:

É a temperatura da água doce após trocar calor com as camisas dos cilindros e

cabeçotes do motor, no sistema convencional de água doce das camisas.

Page 130: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

APENDICE "D" - Valores experimentais e calculadas (motor MTU 956 TB 91):

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Page 137: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

APÊNDICE "E" - Formas de determinar a carga do motor:

O conjunto motor-eixo-hélice ou principalmente o conjunto motor-hélice num

sistema propulsor, trabalham numa relação acionardor-carga: [26,27]. O

comportamento deste conjunto é determinado pela interação das características do

motor e do propulsor. A combinação adequada motor-hélice é obtida através da

seleção do passo do hdice, de forma que o motor possa operar na velocidade

rotacional (RPM) calculada e desenvolver sua potência calculada.

A energia fornecida pelo acionador é igual aquela absorvida pela carga. A

energia transmitida é caracterizada pela intensidade (torque) e um fluxo (velocidade

rotacional - RPM), sendo a principal característica para análise da interação motor-

hélice. A relação entre torque, RPM e carga é dada por:

Onde: P + Potência [kW] N + Velocidade Rotacional [RPM] T 4' Torque [N.m]

Em (E.1) conhecidos dois fatores o terceiro pode ser determinado. A relação

potência-RPM é equivalente a relação torque-RPM.

Se uma mudança na carga faz com que a RPM varie, e não for feito nenhum

ajuste na quantidade de combustível injetada, o torque permanecerá constante. Por

isto o motor diesel é denominado de máquina de torque constante.

Define-se Potência Indicada (Pi) como a potência gerada pela pressão média

indicada ou a potência produzida nos cilindros. Sua expressão é apresentada por

(E.2).

Onde: Pi + Potência lndicada [kW] PMEI i Pressão Média Indicada [kPa] Vd i Volume Deslocado (L x A) [dm3] N i velocidade rotacional [RPM] nR i Número de Revoluções do eixo de manivelas por ciclo L i Curso do Pistão A i Área do Cilindro

Page 138: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

Como no motor existem perdas por atrito e equipamentos acionados pelo

motor, a potência que sobra ou que está disponível para atender a carga é a potência

no eixo (potência efetiva). A potência de frenagem é medida por um freio ou

dinamômetro acoplado ao volante do motor. O freio ou dinamômetro mede o torque

exercido pelo motor. A potência de frenagem é dada por (E.1).

A Eficiência Mecânica (qm) é uma medida das perdas mecânicas no motor,

sendo quantificada como a razão entre a potência efetiva e a potência indicada. A

eficiência mecânica é dada por (E.3).

A partir de (E.I), (E.2) e (E.3) pode-se escrever a expressão (E.4), na qual os

termos já foram definidos anteriormente.

Também pode-se escrever a expressão que relaciona o torque e a pressão média indicada (E.5), cujos termos também já foram definidos.

Na expressão (E.5) observa-se que o torque é proporcional a pressão média

indicada, considerando-se que tanto o volume deslocado quanto o nR são constantes.

A pressão média índicada por sua vez é proporcional a energia liberada pela

combustão nos cilindros e que por sua vez é proporcional a quantidade de

combustível injetada por ciclo. A quantidade de combustível injetada pela bomba é

determinada pelo ajuste da sua cremalheira e independe da RPM do motor. Conclui-

se, então, que o torque é determinado somente pelo ajuste da cremalheira da bomba

injetora e não depende da RPM do motor.

Em motores que acionam geradores, os seus reguladores automáticos fazem

com que, ao variar-se a carga elétrica, a sua rotação permaneça constante (para que

a freqüência da corrente elétrica produzida seja constante), variando-se então o

consumo de combustível e o seu torque.

Page 139: Manutenção Preditiva de Motores Diesel

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