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MANUAL DE RESPONSABILIDADE TCNICA E LEGISLAO

So Paulo 2009

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Ficha Catalogrfica elaborada pela Biblioteca da FOA / UNESP Conselho Regional de Medicina Veterinria do Estado de So Paulo C755m Manual de responsabilidade tcnica e legislao / Conselho Regional de Medicina Veterinria do Estado de So Paulo CRMV-SP. So Paulo: CRMV-SP; 2009. 298 p. 1. Medicina veterinria Legislao. 2. Medicina veterinria - Responsabilidade tcnica. 3. Zootecnia - Legislao. 4. Zootecnia Responsabilidade tcnica I.Ttulo. II. CRMV-SP CDD 636.089

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SERVIO PBLICO FEDERAL CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINRIA DO ESTADO DE SO PAULODiretoria Executiva Presidente: Md. Vet. Francisco Cavalcanti de Almeida Vice - presidente: Md. Vet. Iveraldo dos Santos Dutra Secretrio Geral: Md. Vet. Odemilson Donizete Mossero Tesoureiro: Md. Vet. Mrio Eduardo Pulga Conselheiros Efetivos Md. Vet. Carlos Maurcio Leal Md. Vet. Eliana Kobayashi Md. Vet. Mrcio Rangel de Mello Md. Vet. Otvio Diniz Md. Vet. Raul Jos Silva Grio Md. Vet. Slvio Arruda Vasconcellos Conselheiros Suplentes Md. Vet. Denise Aparecida de Souza Campos Md. Vet. Antonio Guilherme Machado de Castro Md. Vet. Maria Lucia Marques de Assis Aquino Md. Vet. Jos Rafael Modolo Md. Vet. Luiz Antonio Abreu e Souza Md. Vet. Cludio Regis Depes Gesto 2006/2009 Gesto 2009/2012 Assessoria de Comunicao [email protected] Ouvidoria [email protected] Assuntos Relativos ao Conselho [email protected] Sede do CRMV-SP Rua Apeninos, 1.088 - Paraso CEP 04104-021 - So Paulo -SP Fone: (11) 5908-4799 Fax: (11) 5908-4759 Site: www.crmvsp.org.br

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Delegacias Delegacia Regional de Araatuba Rua Oscar Rodrigues Alves, 55 - 7 andar S.12 Araatuba - SP - CEP 16010-330 Telefone: (18) 3622-6156 - Fax: (18) 3622-8520 e-mail: [email protected] Delegacia Regional de Botucatu Rua Amando de Barros, 1.040 CEP 18600-050 Fone/fax: (14) 3815-6839 e-mail: [email protected] Delegacia Regional de Marlia Av. Rio Branco, 936, 7 andar - CEP 17502-090 Fone/fax: (14) 3422-5011 e-mail: [email protected] Delegacia Regional de Presidente Prudente Av. Cel. Jos Soares Marcondes, 983, sl. 61 - CEP 19010-080 Fone: (18) 3221-4303 Fax: (18) 3223-4218 e-mail: [email protected] Delegacia Regional de Ribeiro Preto Rua Visconde de Inhama, 490, cj. 306 a 308 - CEP 14010-100 Fone/fax: (16) 3636-8771 e-mail: [email protected] Delegacia Regional de Santos Av. Almirante Cochrane, 194 - cj. 52 - CEP 11040-002 Aparecida - Santos/SP Fone: (13) 3227-6395 e-mail: [email protected] Delegacia Regional de So Jos do Rio Preto Rua Marechal Deodoro, 3.011 8 andar - CEP 15010-070 Fone/fax: (17) 3235-1045 e-mail: [email protected] Delegacia Regional de Sorocaba Rua Sete de Setembro, 287 16 andar, cj.165 - CEP 18035-000 Fone/fax: (15) 3224-2197 e-mail: [email protected] Delegacia Regional de Taubat Rua Jacques Felix, 615 Centro Taubat SP - CEP 12020-060 Fone: (12) 3632-2188 - Fax: (12) 3622-7560 e-mail: [email protected]

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SUMRIO LEGISLAO Parte 1 Leis Lei 5.517, de 23/10/1968 - Dispe sobre o exerccio da profisso de mdico veterinrio e cria os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinria.......................15 Lei 5.500, de 04/12/1968 - Dispe sobre o exerccio da profisso de zootecnista..............23 Parte 2 Decretos Decreto 40.400, de 24/10/1995 - Dispe sobre a instalao de estabelecimentos veterinrios, determinando as exigncias mnimas para este fim, uso de radiaes, de drogas, medidas necessrias ao trnsito de animais e do controle de zoonoses..............25 Decreto 64.704, de 17/06/1969 - Aprova o regulamento do exerccio da profisso de mdico-veterinrio e dos Conselhos de Medicina Veterinria.......................35 Parte 3 Resolues Resoluo CFMV N 413, de 10/12/1982 - Aprova o Cdigo de Deontologia e de tica Profissional Zootcnico.........................................................................................45 Resoluo CFMV N 582, de 11/12/1991 - Dispe sobre responsabilidade profissional (tcnica) e d outras providncias ...................................................................52 Resoluo CFMV N 592, de 26/06/1992 - Enquadra as Entidades obrigadas a registro na Autarquia: CFMV-CRMVs d outras providncias, e revoga as Resolues n 80/72; 182/76; 248/79 e 580/91....................................................................53 Resoluo CFMV N 619, de 14/12/1994 - Especfica o campo de atividades do Zootecnista......................................................................................................55 Resoluo CFMV N 670, de 10/08/2000 - Conceitua e estabelece condies para o funcionamento de estabelecimentos mdicos veterinrios, e d outras providncias........57 Resoluo CFMV N 672, de 16/09/2000 - Fixa normas de fiscalizao de procedimentos administrativos, e d outras providncias...................................................62 Resoluo CFMV N 680, de 15/12/2000 - Dispe sobre a inscrio, registro, cancelamento e movimentao de pessoas fsica e jurdica, no mbito da Autarquia, e d outras providncias....................................................................................68 Resoluo CFMV N 722, de 16/08/2002 - Aprova o Cdigo de tica do Mdico Veterinrio.................................................................................................90

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Resoluo CFMV N 875, de 12/12/2007 - Aprova o Cdigo de Processo tico-Profissional no mbito do Sistema CFMV/CRMVs................................................103 Resoluo CFMV N 877, de 15/02/2008 - Dispe sobre os procedimentos cirrgicos em animais de produo e em animais silvestres; e cirurgias mutilantes em pequenos animais e d outras providncias...............................................116 Resoluo CFMV N 878, de 15/02/2008 - Regulamenta a fiscalizao de pessoas jurdicas cujas atividades compreendam a prestao de servios de estticas, banho e tosa e d outras providncias................................................................121 Resoluo CFMV N 879, de 15/02/2008 - Dispe sobre o uso de animais no ensino e na pesquisa e regulamenta as Comisses de tica no Uso de Animais (CEUAs) no mbito da Medicina Veterinria e da Zootecnia brasileiras e d outras providncias.......................................................................................................123 Resoluo CFMV N 895, de 10/12/2008 - Dispe sobre as Diretrizes Nacionais para a Residncia em Medicina Veterinria e d outras providncias..............129 Resoluo CRMV N 1753, 16/10/2008 - Aprova o Regulamento Tcnico - Profissional destinado ao Mdico Veterinrio e ao Zootecnista que desempenham a funo de Responsvel Tcnico junto a estabelecimentos que exercem atividades atribudas rea da Medicina Veterinria e da Zootecnia..........140 Juramentos......................................................................................................................163

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MANUAL DE RESPONSABILIDADE TCNICAA Responsabilidade Tcnica e o Cdigo de tica Profissional.........................................167 APRESENTAO CAPTULO I ORIENTAES GERAIS E OBRIGAES DO RESPONSVEL TCNICO (RT)...169 CAPTULO II PROCEDIMENTOS DO RESPONSVEL TCNICO....................................................175 1 APICULTURA...................................................................................................177 1.1 Entreposto de mel e derivados..................................................................177 1.2 Estabelecimento apcola............................................................................177 1.3 Legislao Especfica................................................................................177 2 ESTABELECIMENTOS DE AQICULTURA................................................179 2.1 Medidas de preveno sanitria................................................................179 2.2 Legislao Especfica................................................................................180 3 ASSOCIAES DE CRIADORES E ENTIDADES DE REGISTRO GENEALGICO ................................................................................................182 3.1 Legislao Especfica...............................................................................182 4 BIOTRIOS E CRIAO DE ANIMAIS DE LABORATRIO....................183 4.1 Legislao Especfica 5 CANIS, GATIS, PENSES, HOTIS, ESCOLAS DE ADESTRAMENTO, EMPRESAS DE ALUGUEL DE CES DE GUARDA E CONGNERES.......185 5.1Legislao Especfica 6 CASAS AGROPECURIAS, PET SHOPS, DROGRAS VETERINRIAS E OUTROS ESTABELECIMENTOS QUE COMERCIALIZAM E/OU DISTRIBUEM PRODUTOS VETERINRIOS, RAES, SAIS MINERAIS E ANIMAIS..........................................................187 6.1Legislao Especfica................................................................................188 7.1Legislao Especfica................................................................................190 8 CHINCHILICULTURA.....................................................................................191 8.1Legislao Especfica................................................................................192 9 CUNICULTURA...............................................................................................193 9.1Legislao Especfica.................................................................................194 7 CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES...................................................189

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10 EMPRESAS DA REA DE ALIMENTOS....................................................195 10.1 INDSTRIAS DE CARNE E DERIVADOS.........................................195 10.1.1 Legislao especfica...................................................................196 10.2 INDSTRIAS DE LEITE E DERIVADOS...........................................197 10.2.1Legislao especfica.....................................................................198 10.3 INDSTRIAS DE PESCADOS E DERIVADOS..................................200 10.3.1 Legislao especfica....................................................................201 10.4 INDSTRIAS DE MEL E DERIVADOS..............................................202 10.4.1Legislao especfica.....................................................................203 10.5 INDSTRIAS DE OVOS E DERIVADOS...........................................204 10.5.1 Legislao especfica....................................................................206 10.6 ESTABELECIMENTOS ATACADISTAS E VAREJISTAS DE ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL.........................................................207 10.6.1 Legislao especfica...........................................................................208 11 EMPRESAS DE CONTROLE E COMBATE S PRAGAS E VETORES (EMPRESAS DESINSETIZADORAS)............................................210 11.1 Legislao Especfica..............................................................................210 12 EMPRESAS DE PRODUO ANIMAL (Fazendas e criatrios)..................211 12.1 Legislao Especfica.............................................................................212 13 ENTIDADES CERTIFICADORAS.................................................................213 13.1 Legislao Especfica.............................................................................213 14 ESTABELECIMENTOS AVCOLAS.............................................................215 14.1 Avozeiros e Matrizeiros..........................................................................215 14.2 Incubatrios............................................................................................215 14.3 Entrepostos de ovos................................................................................216 14.4 Granjas de Produo de ovos para consumo..........................................216 14.5 Produo de Frangos de Corte...............................................................217 14.6 Legislao Especfica..............................................................................218 15 ESTABELECIMENTOS DE ENSINO SUPERIOR DE ZOOTECNIA E MEDICINA VETERINRIA...................................................219 15.1 Legislao especfica..............................................................................219 16 ESTABELECIMENTOS DE MULTIPLICAO ANIMAL.........................221 16.1 Legislao Especfica..............................................................................222

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17 ESTABELECIMENTOS QUE INDUSTRIALIZAM RAES, CONCENTRADOS, INGREDIENTES E SAIS MINERAIS PARA ALIMENTAO ANIMAL................................................................................223 17.1 Legislao Especfica..............................................................................224 18 ESTRUTIOCULTURA (criao de avestruz)..................................................225 18.1 Legislao Especfica.............................................................................226 19 EXPOSIES, FEIRAS, LEILES E OUTROS EVENTOS PECURIOS.227 20 GERENCIAMENTO DOS RESDUOS DOS SERVIOS DA SADE........230 20.1 Legislao Especfica.............................................................................231 21 HARAS, JOCKEY CLUBS, CENTROS DE TREINAMENTO E OUTRAS ENTIDADES HPICAS......................................................................232 21.1 Legislao Especfica.............................................................................233 22 HOSPITAIS, CLNICAS, CONSULTRIOS E AMBULATRIOS VETERINRIOS.................................................................................................234 22.1 Legislao Especfica.............................................................................235 23 EVENTOS PARA CONTROLE CIRRGICO DE NATALIDADE DE CES E GATOS.............................................................................................236 23.1 Legislao Especfica..............................................................................237 24 LABORATRIO DE PATOLOGIA E ANLISES CLNICAS VETERINRIAS..............................................................................238 24.1 Legislao Especfica.............................................................................238 25 INDSTRIAS DE PELES E COUROS..........................................................240 25.1 Legislao Especfica..............................................................................240 26 INDSTRIAS DE PRODUTOS VETERINRIOS.......................................241 26.1 Legislao Especfica.............................................................................243 27 MINHOCULTURA.........................................................................................243 27.1 Legislao Especfica.............................................................................243 28 PERCIA JUDICIAL.......................................................................................244 28.1 Legislao Especfica..............................................................................244 29 PLANEJAMENTO, ASSISTNCIA TCNICA, CONSULTORIA VETERINRIA E ZOOTCNICA......................................................................246 30 PRODUO DE OVOS E LARVAS DE BICHO DA SEDA (SERICICULTURA).............................................................................................247 30.1 Legislao Especfica..............................................................................247 31 SUINOCULTURA..........................................................................................248

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31.1 Legislao Especfica.............................................................................249 32 ZOOLGICOS, PARQUES NACIONAIS, CRIATRIOS DE ANIMAIS SILVESTRES, EXTICOS E OUTROS.....................................250 32.1 Legislao Especfica...............................................................................251 CAPTULO III................................................................................................................253 LEGISLAO DE INTERESSE DO PROFISSIONAL RESPONSVEL TCNICO LEI n 4.950/A, de 22 de abril de 1966.............................................................255 Dispe sobre a Remunerao de Profissionais Diplomados em Engenharia Qumica, Arquitetura, Agronomia e Veterinria. LEI n 6.839, de 30 de outubro de 1980............................................................256 Dispe sobre o Registro de Empresas nas Entidades Fiscalizadoras do exerccio de Profisses. LEI n 8.078, de 11 de setembro de 1990..........................................................257 Dispe sobre a proteo do consumidor e d outras providncias. RESOLUO n 130, de 27 de julho de 1974..................................................279 Aprova o Cdigo de Processo tico Profissional. RESOLUO n 683, de 16 de maro de 2001................................................289 Institui a regulamentao para concesso da Anotao de Responsabilidade Tcnica no mbito de servios inerentes Profisso de Mdico Veterinrio. A N E X O S......................................................................................................................291 ANEXO I Sugesto de escriturao em aquicultura.............................................293 AGRADECIMENTOS......................................................................................................295

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LEGISLAO

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Palavra do PresidenteColega, A abrangncia de atuao dos mdicos veterinrios e zootecnistas uma realidade que exige mudana imediata de postura profissional. chegada a hora de transformar o modo como so construdas nossas carreiras. Acredito que conhecendo profundamente a legislao que dispe sobre o exerccio das profisses estaremos preparados para conquistar os promissores espaos oferecidos pelo mercado global. O novo paradigma afeta definitivamente nossa rotina de trabalho e coloca cada um de ns em contato direto com culturas e realidades econmicas at ento inacessveis. Compreender o impacto dessas alteraes e ter agilidade para se adaptar so algumas das caractersticas de quem domina a legislao. O profissional que conhece seus direitos e deveres tem mais habilidade para participar de discusses multidisciplinares e, consequentemente, criar possibilidades de crescimento proporcionais ao seu desempenho. Por isso, a atual gesto do CRMV-SP tem a iniciativa de atualizar o contedo desta legislao para que os profissionais estejam capacitados e possam enfrentar as mais inusitadas situaes, provando que as adversidades incomodam apenas aqueles que no esto preparados para enxerg-las como grandes oportunidades. Reconstruir devolver sociedade o que ela construiu. O Conselho de todos!

Francisco Cavalcanti de Almeida Presidente do CRMV-SP

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DE 23 DE OUTUBRO DE 1968 Dispe sobre o exerccio da profisso de Mdico Veterinrio e cria os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinria.

LEI N 5.517

O PRESIDENTE DA REPBLICA. Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPTULO IDa ProfissoArt. 1. O Exerccio da profisso de mdico-veterinrio obedecer s disposies da presente Lei. Art. 2. S permitido o exerccio da profisso de Mdico-Veterinrio: a) aos portadores de diplomas expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas e registradas na Diretoria do Ensino Superior do Ministrio da Educao e Cultura; b) aos profissionais diplomados no estrangeiro que tenham revalidado e registrado seu diploma no Brasil, na forma da legislao em vigor. Art. 3. O exerccio das atividades profissionais s ser permitido aos portadores de carteira profissional expedida pelo Conselho Federal de Medicina Veterinria ou pelos Conselhos Regionais de Medicina Veterinria criados na presente lei. Art. 4. Os dispositivos dos artigos anteriores no se aplicam: a) aos profissionais estrangeiros contratados em carter provisrio pela Unio, pelos Estados, pelos Municpios ou pelos Territrios, para funo especfica de competncia privativa ou atribuio de mdico veterinrio; b) s pessoas que j exerciam funo ou atividade pblica de competncia privativa de mdico veterinrio na data da publicao do Decreto-Lei n 23.133, de 9 de setembro de 1933.

Do Exerccio ProfissionalArt. 5. da competncia privativa do mdico veterinrio o exerccio das seguintes atividades e funes a cargo da Unio, dos Estados, dos Municpios, dos Territrios Federais, entidades autrquicas, paraestatais e de economia mista e particulares:

CAPTULO II

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a) a prtica da clnica em todas as suas modalidades; b) a direo dos hospitais para animais; c) a assistncia tcnica e sanitria aos animais sob qualquer forma; d) o planejamento e a execuo da defesa sanitria animal; e) a direo tcnica sanitria dos estabelecimentos industriais e, sempre que possvel, dos comerciais ou de finalidades recreativas, desportivas ou de proteo onde estejam, permanentemente, em exposio, em servio ou para qualquer outro fim animais ou produtos de sua origem; f) a inspeo e a fiscalizao sob o ponto-de-vista sanitrio, higinico e tecnolgico dos matadouros, frigorficos, fbricas de conservas de carne e de pescado, fbricas de banha e gorduras em que se empregam produtos de origem animal, usinas e fbricas de laticnios, entrepostos de carne, leite, peixe, ovos, mel, cera e demais derivados da indstria pecuria e, de um modo geral, quando possvel, de todos os produtos de origem animal nos locais de produo, manipulao, armazenagem e comercializao; g) a peritagem sobre animais, identificao, defeitos, vcios, doenas, acidentes, e exames tcnicos em questes judiciais; h) as percias, os exames e as pesquisas reveladoras de fraudes ou operao dolosa nos animais inscritos nas competies desportivas ou nas exposies pecurias; i) o ensino, a direo, o controle e a orientao dos servios de inseminao artificial; j) a regncia de cadeiras ou disciplinas especificamente mdico-veterinrias, bem como a direo das respectivas sees e laboratrios; l) a direo e a fiscalizao do ensino da medicina veterinria, bem como do ensino agrcola mdio, nos estabelecimentos em que a natureza dos trabalhos tenha por objetivo exclusivo a indstria animal; m) a organizao dos congressos, comisses, seminrios e outros tipos de reunies destinados ao estudo da medicina veterinria, bem como a assessoria tcnica do Ministrio das Relaes Exteriores, no pas e no estrangeiro, no que diz com os problemas relativos produo e indstria animal. Art. 6. Constitui, ainda, competncia do mdico veterinrio o exerccio de atividades ou funes pblicas e particulares, relacionadas com: a) as pesquisas, o planejamento, a direo tcnica, o fomento, a orientao e a execuo dos trabalhos de qualquer natureza relativos produo animal e s indstrias derivadas, inclusive s de caa e pesca; b) o estudo e a aplicao de medidas de sade pblica no tocante s doenas de animais transmissveis ao homem; c) a avaliao e peritagem relativas aos animais para fins administrativos de crdito e de seguro; d) a padronizao e a classificao dos produtos de origem animal; e) a responsabilidade pelas frmulas e preparao de raes para animais e a sua fiscalizao; f) a participao nos exames dos animais para efeito de inscrio nas Sociedades de Registros Genealgicos; g) os exames periciais tecnolgicos e sanitrios dos subprodutos da indstria animal; h) as pesquisas e trabalhos ligados biologia geral, zoologia, zootcnica, bem como bromatologia animal em especial; i) a defesa da fauna, especialmente a controle da explorao das espcies animais silvestres, bem como dos seus produtos; j) os estudos e a organizao de trabalhos sobre economia e estatstica ligados pro-

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fisso; l) a organizao da educao rural relativa pecuria.

Do Conselho Federal de Medicina Veterinria e dos Conselhos Regionais de Medicina VeterinriaArt. 7. A fiscalizao do exerccio da profisso de mdico-veterinrio ser exercida pelo Conselho Federal de Medicina Veterinria, e pelos Conselhos Regionais de Medicina Veterinria, criados por esta Lei. Pargrafo nico. A fiscalizao do exerccio profissional abrange as pessoas referidas no artigo 4, inclusive no exerccio de suas funes contratuais. Art. 8. O Conselho Federal de Medicina Veterinria (CFMV) tem por finalidade, alm da fiscalizao do exerccio profissional, orientar, supervisionar e disciplinar as atividades relativas profisso de mdico-veterinrio em todo o territrio nacional, diretamente ou atravs dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinria (CRMVs). Art. 9. O Conselho Federal assim como os Conselhos Regionais de Medicina Veterinria serviro de rgo de consulta dos governos da Unio, dos Estados, dos Municpios e dos Territrios, em todos os assuntos relativos profisso de mdico-veterinrio ou ligados, direta ou indiretamente, produo ou indstria animal. Art. 10. O CFMV e os CRMVs constituem em seu conjunto, uma autarquia, sendo cada um deles dotado de personalidade jurdica de direito pblico, com autonomia administrativa e financeira. Art. 11. A Capital da Repblica ser a sede do Conselho Federal de Medicina Veterinria com jurisdio em todo o territrio nacional, a ele subordinados os Conselhos Regionais, sediados nas capitais dos Estados, do Distrito Federal e dos Territrios.(1). Pargrafo nico. REVOGADO (2). Art. 12. O CFMV ser constitudo de brasileiros natos ou naturalizados em pleno gozo de seus direitos civis, cujos diplomas profissionais estejam registrados de acordo com a legislao em vigor e as disposies desta Lei. Pargrafo nico. Os CRMVs sero organizados nas mesmas condies do CFMV. Art. 13. O Conselho Federal de Medicina Veterinria compor-se- de: um presidente, um vice-presidente, um secretrio-geral, um tesoureiro e mais seis conselheiros, eleitos em reunio dos delegados dos Conselhos Regionais por escrutnio secreto e maioria absoluta de votos, realizando-se tantos escrutnios quantos necessrios obteno desse quorum. 1 Na mesma reunio e pela forma prevista no artigo, sero eleitos seis suplentes para o Conselho. 2 Cada Conselho Regional ter direito a trs delegados reunio que o artigo prev. Art. 14. Os Conselhos Regionais de Medicina Veterinria sero constitudos semelhana do Conselho Federal, de seis membros, no mnimo, e de dezesseis no mximo, eleitos por escrutnio secreto e maioria absoluta de votos, em assemblia geral dos mdicos veterinrios inscritos nas respectivas regies e que estejam em pleno gozo dos seus direitos. 1 O voto pessoal e obrigatrio em toda eleio, salvo caso de doena ou de ausnciaO art. 11 est com a redao dada pela Lei n 10.673, de 16 de maio de 2003, publicada no DOU, de 19-05-2003. O pargrafo nico do art. 11 foi revogado pela Lei n 10.673, de 16 de maio de 2003, publicada no DOU, de 1905-2003.(1) (2)

CAPTULO III

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plenamente comprovada. 2 Por falta no plenamente justificada eleio, incorrer o faltoso em multa correspondente a 20% (vinte por cento) do salrio mnimo da respectiva regio, dobrada na reincidncia. 3 O eleitor que se encontrar, por ocasio da eleio, fora da sede em que ela deva realizar-se, poder dar seu voto em dupla sobrecarta opaca, fechada e remetida por ofcio com firma reconhecida ao presidente do Conselho Regional respectivo. 4 Sero computadas as cdulas recebidas com as formalidades do 3 at o momento de encerrar-se a votao. 5 A sobrecarta maior ser aberta pelo presidente do Conselho que depositar a sobrecarta menor na urna, sem violar o sigilo do voto. 6 A Assemblia Geral reunir-se-, em primeira convocao com a presena da maioria absoluta dos mdicos veterinrios inscritos na respectiva regio, e com qualquer nmero, em segunda convocao. Art. 15. Os componentes do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinria e seus suplentes so eleitos por trs anos e o seu mandato exercido a ttulo honorfico. Pargrafo nico O presidente do Conselho ter apenas voto de desempate. Art. 16. So atribuies do CFMV: a) organizar o seu regimento interno; b) aprovar os regimentos internos dos Conselhos Regionais, modificando o que se tornar necessrio para manter a unidade de ao; c) tomar conhecimento de quaisquer dvidas suscitadas pelos CRMVs e dirimi-las; d) julgar em ltima instncia os recursos das deliberaes dos CRMVs; e publicar o relatrio anual dos seus trabalhos e, periodicamente, at o prazo de cinco anos, no mximo e relao de todos os profissionais inscritos; f) expedir as resolues que se tornarem necessrias fiel interpretao e execuo da presente lei; g) propor ao Governo Federal as alteraes desta Lei que se tornarem necessrias, principalmente as que, visem a melhorar a regulamentao do exerccio da profisso de mdico veterinrio; h) deliberar sobre as questes oriundas do exerccio das atividades afins s de mdico veterinrio; i) realizar periodicamente reunies de conselheiros federais e regionais para fixar diretrizes sobre assuntos da profisso; j) organizar o Cdigo de Deontologia Mdico-Veterinria. Pargrafo nico. As questes referentes s atividades afins com as outras profisses sero resolvidas atravs de entendimentos com as entidades reguladoras dessas profisses. Art. 17. A responsabilidade administrativa no CFMV cabe ao seu presidente, inclusive para o efeito da prestao de contas. Art. 18. As atribuies dos CRMVs so as seguintes: a) organizar o seu regimento interno, submetendo-o aprovao do CFMV; b) inscrever os profissionais registrados residentes em sua jurisdio e expedir as respectivas carteiras profissionais; c) examinar as reclamaes e representaes escritas acerca dos servios de registro e das infraes desta Lei e decidir, com recursos para o CFMV; d) solicitar ao CFMV as medidas necessrias ao melhor rendimento das tarefas sob a

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sua alada e sugerir-lhe que proponha autoridade competente as alteraes desta Lei, que julgar convenientes, principalmente as que visem a melhorar a regulamentao do exerccio da profisso de mdico veterinrio; e) fiscalizar o exerccio da profisso, punindo os seus infratores, bem como representando as autoridades competentes acerca de fatos que apurar e cuja soluo no seja de sua alada; f) funcionar como Tribunal de Honra dos profissionais, zelando pelo prestgio e bom nome da profisso; g) aplicar as sanes disciplinares, estabelecidas nesta Lei; h) promover perante o juzo da Fazenda Pblica e mediante processo de executivo fiscal, a cobrana das penalidades previstas para execuo da presente Lei; i) contratar pessoal administrativo necessrio ao funcionamento do Conselho; j) eleger delegado-eleitor, para a reunio a que se refere o art. 13. Art. 19. A responsabilidade administrativa de cada CRMV cabe ao respectivo presidente, inclusive a prestao de contas perante o rgo federal competente. Art. 20. O exerccio da funo de conselheiro federal ou regional por espao de trs anos ser considerado servio relevante. Pargrafo nico. O CFMV conceder aos que se acharem nas condies deste artigo, certificado de servio relevante, independentemente de requerimento do interessado, at 60 (sessenta) dias aps a concluso do mandato. Art. 21. O Conselheiro Federal ou Regional que faltar, no decorrer de um ano, sem licena prvia do respectivo Conselho, a 6 (seis) reunies, perder automaticamente o mandato, sendo sucedido por um dos suplentes. Art. 22. O exerccio do cargo de Conselheiro Regional incompatvel com o de membro do Conselho Federal. Art. 23. O mdico veterinrio que, inscrito no Conselho Regional de um Estado, passar a exercer a atividade profissional em outro Estado, em carter permanente, assim entendido o exerccio da profisso por mais de 90 (noventa) dias, ficar obrigado a requerer inscrio secundria no quadro respectivo ou para ele transferir-se. Art. 24. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Medicina Veterinria no podero deliberar seno a presena da maioria absoluta de seus membros.

Das Anualidades e TaxasArt. 25. O mdico-veterinrio para o exerccio de sua profisso obrigado a se inscrever no Conselho de Medicina Veterinria a cuja jurisdio estiver sujeito e pagar uma anuidade ao respectivo Conselho at o dia 31 de maro de cada ano, acrescido de 20% (vinte por cento) quando fora desse prazo. Pargrafo nico. O mdico-veterinrio ausente do Pas no fica isento do pagamento da anuidade, que poder ser paga, no seu regresso, sem o acrscimo dos 20% (vinte por cento) referido neste artigo. Art. 26. O Conselho Federal ou Conselho Regional de Medicina Veterinria cobrar taxa pela expedio ou substituio de carteira profissional pela certido referente anotao de funo tcnica ou registro de firma. Art. 27. As firmas, associaes, companhias, cooperativas, empresas de economia mis-

CAPTULO IV

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ta e outras que exercem atividades peculiares medicina veterinria previstas pelos artigos 5 e 6 da Lei n 5.517, de 23 de outubro de 1968, esto obrigadas a registro nos Conselhos de Medicina Veterinria das regies onde funcionarem.(3) 1 As entidades indicadas neste artigo pagaro aos Conselhos de Medicina Veterinria onde se registrarem, taxa de inscrio e anuidade.(4) 2 O valor das referidas obrigaes ser estabelecido atravs de ato do Poder Executivo.(5) Art. 28. As firmas de profissionais da Medicina Veterinria, as associaes, empresas ou quaisquer estabelecimentos cuja atividade seja passvel da ao de mdico-veterinrio, devero, sempre que se tornar necessrio, fazer prova de que, para esse efeito, tm a seu servio profissional habilitado na forma desta Lei. Pargrafo nico. Aos infratores deste artigo ser aplicada, pelo Conselho Regional de Medicina Veterinria a que estiverem subordinados, multa que variar de 20% (vinte por cento) a 100% (cem por cento) do valor do salrio-mnimo regional, independentemente de outras sanes legais. Art. 29. Constitui renda do CFMV o seguinte: a) REVOGADA;(6) b) REVOGADA;(7) c) REVOGADA;(8) d) REVOGADA;(9) e) da taxa de expedio da carteira profissional expedida pelos CRMVs; f) das anuidades de renovao de inscrio arrecadada pelos CRMVs; g) das multas aplicadas pelos CRMVs; h) da renda de certides expedidas pelos CRMVs; i) doaes; e j) subvenes. Art. 30. A renda de cada Conselho Regional de Medicina Veterinria ser constituda do seguinte: a) da renda proveniente da expedio de carteiras profissionais; b) das anuidades de renovao de inscrio; c) das multas aplicadas de conformidade com a presente Lei; d) da renda das certides que houver expedido; e) doaes; e f) subvenes. Art. 31. As taxas, anuidades ou quaisquer emolumentos, cuja cobrana esta Lei autoriza, sero fixados pelo CFMV.

O art. 27 est com a redao dada pela Lei n 5.634, de 02-12-1970, publicada no DOU, de 11-12-1970. e (5) Os pargrafos do art. 27 esto com a redao dada pela Lei n 5.634, de 02-12-1970, publicada no DOU, de 11-12-1970. (6) a (9) As alneas a, b, c e d do art. 29 foram revogadas pela Lei n 10.673, de 16-05-2003, publicada no DOU, de 19-05-2003.(3) (4)

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CAPTULO VDas Penalidades Art. 32. O poder de disciplinar e aplicar penalidades aos mdicos veterinrios compete exclusivamente ao Conselho Regional, em que estejam inscritos ao tempo do fato punvel. Pargrafo nico. A jurisdio disciplinar estabelecida neste artigo no derroga a jurisdio comum, quando o fato constitua crime punido em lei. Art. 33. As penas disciplinares aplicveis pelos Conselhos Regionais so as seguintes: a) advertncia confidencial, em aviso reservado; b) censura confidencial, em aviso reservado; c) censura pblica, em publicao oficial; d) suspenso do exerccio profissional at 3 (trs) meses; e) cassao do exerccio profissional, ad referendum do Conselho Federal de Medicina Veterinria. 1 Salvo os casos de gravidade manifesta que exijam aplicao imediata de penalidade mais alta, a imposio das penas obedecer graduao deste artigo. 2 Em matria disciplinar, o Conselho Regional deliberar de ofcio ou em conseqncia de representao de autoridade, de qualquer membro do Conselho ou de pessoa estranha a ele, interessada no caso. 3 A deliberao do Conselho, preceder, sempre, audincia do acusado, sendo-lhe dado defensor no caso de no ser encontrado, ou for revel. 4 Da imposio de qualquer penalidade, caber recurso, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da cincia, para o Conselho Federal, com efeito suspensivo nos casos das alneas d e e. 5 Alm do recurso previsto no pargrafo anterior, no caber qualquer outro de natureza administrativa, salvo aos interessados, a via judiciria. 6 As denncias contra membros dos Conselhos Regionais s sero recebidas quando devidamente assinadas e acompanhadas da indicao de elementos comprobatrios do alegado.

CAPTULO VIDisposies Gerais Art. 34. So equivalentes, para todos os efeitos, os ttulos de veterinrio e mdico veterinrio, quando expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas, de acordo com a legislao em vigor. Art. 35. A apresentao da carteira profissional prevista nesta Lei ser obrigatoriamente exigida pelas autoridades civis ou militares, federais, estaduais ou municipais, pelas respectivas autarquias, empresas paraestatais ou sociedades de economia mista, bem como pelas associaes cooperativas, estabelecimentos de crdito em geral, para inscrio em concurso, assinatura de termo de posse ou de qualquer documento, sempre que se tratar de prestao de servio ou desempenho de funo privativa da profisso de mdico veterinrio.(10) Pargrafo nico. A carteira de identidade profissional expedida pelos Conselhos de Medicina Veterinria servir como documento de identidade e ter f pblica. (11)(10) e (11) O art. 35 e seu pargrafo nico, esto com a redao dada pela Lei n 5.634, de 2-12-1970, publicada no DOU, de 11-12-1970.

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Art. 36. As reparties pblicas, civis e militares, federais, estaduais ou municipais, as autarquias, empresas paraestatais ou sociedades de economia mista exigiro, nos casos de concorrncia pblica, coleta de preos ou prestao de servio de qualquer natureza, que as entidades a que se refere o artigo 28 faam prova de estarem quites com as exigncias desta Lei, mediante documento expedido pelo CRMV a que estiverem subordinadas. Pargrafo nico. As infraes do presente artigo sero punidas com processo administrativo regular, mediante denncia do CFMV ou CRMV, ficando a autoridade responsvel sujeita multa pelo valor da resciso do contrato firmado com as firmas ou suspenso de servios, independentemente de outras medidas prescritas nesta Lei. Art. 37. A prestao das contas ser feita anualmente ao Conselho Federal de Medicina Veterinria e aos Conselhos Regionais pelos respectivos presidentes. Pargrafo nico. Aps sua aprovao, as contas dos presidentes dos Conselhos Regionais sero submetidas homologao do Conselho Federal. Art. 38. Os casos omissos verificados na execuo desta Lei sero resolvidos pelo CFMV.

Disposies Transitrias Art. 39. A escolha dos primeiros membros efetivos do Conselho Federal de Medicina Veterinria e de seus suplentes ser feita por assemblia convocada pela Sociedade Brasileira de Medicina Veterinria. Pargrafo nico. A assemblia de que trata este artigo ser realizada dentro de 90 (noventa) dias contados a partir da data de publicao desta Lei, estando presente um representante do Ministrio da Agricultura. Art. 40. Durante o perodo de organizao do Conselho Federal de Medicina Veterinria e dos Conselhos Regionais, o Ministro da Agricultura ceder-lhes- locais para as respectivas sedes e, requisio do presidente do Conselho Federal, fornecer o material e o pessoal necessrio ao servio. Art. 41. O Conselho Federal de Medicina Veterinria elaborar o projeto de decreto de regulamentao desta Lei, apresentado-o ao Poder Executivo dentro de 150 (cento e cinqenta) dias, a contar da data de sua publicao. Art. 42. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao. Art. 43. Revogam-se as disposies em contrrio. Braslia, 23 de outubro de 1968; 147 da Independncia e 80 da Repblica. A. COSTA E SILVA Jos de Magalhes Pinto Ivo Arzua Pereira Jarbas G. Passarinho.

CAPTULO VII

Publicada no DOU, de 25-10-1968, Seo 1.

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LEI N 5.550 DE 04 DE DEZEMBRO DE 1968 Dispe sobre o exerccio da profisso de Zootecnista.

O PRESIDENTE DA REPBLICA. Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 O exerccio da profisso de Zootecnista obedecer ao disposto nesta Lei. Art. 2 S permitido o exerccio da profisso de Zootecnista: a) ao portador de diploma expedido por Escola de Zootecnia oficial ou reconhecida e registrado na Diretoria do Ensino Superior do Ministrio da Educao e Cultura; b) ao profissional diplomado no estrangeiro, que haja revalidado e registrado seu diploma no Brasil, na forma da legislao em vigor; c) ao agrnomo e ao veterinrio diplomados na forma da lei. Art. 3 So privativas dos profissionais mencionados no art. 2 desta Lei as seguintes atividades: a) planejar, dirigir e realizar pesquisas que visem a informar e a orientar a criao dos animais domsticos, em todos os seus ramos e aspectos; b) promover e aplicar medidas de fomento produo dos mesmos, instituindo ou adotando os processos e regimes, genticos e alimentares, que se revelarem mais indicados ao aprimoramento das diversas espcies e raas, inclusive com o condicionamento de sua melhor adaptao ao meio ambiente, com vistas aos objetivos de sua criao e ao destino dos seus produtos; c) exercer a superviso tcnica das exposies oficiais e a que eles concorrem, bem como a das estaes experimentais destinadas sua criao; d) participar dos exames a que os mesmos hajam de ser submetidos, para o efeito de sua inscrio nas Sociedades de Registro Genealgico. Art. 4 A fiscalizao do exerccio da profisso de Zootecnista ser exercida pelo Conselho Federal e pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, enquanto no institudos os Conselhos de Medicina Veterinria ou os da prpria entidade de classe. Pargrafo nico. REVOGADO (1) Art. 5 O poder de disciplinar e aplicar penalidades ao Zootecnista compete exclusivamente ao Conselho Regional em que estiver inscrito, ao tempo da falta punvel. Pargrafo nico. A jurisdio disciplinar estabelecida neste artigo no derroga a jurisdio comum, quando a falta cometida constituir crime para o qual a lei penal estabelea a sano. Art. 6 As penas disciplinares aplicveis ao Zootecnista so as estabelecidas para os demais profissionais obrigados a registro no mesmo Conselho Regional. Art. 7 Na administrao pblica obrigatria, sob pena de crime de responsabilidade, a apresentao do diploma por parte daqueles a quem esta Lei permitir o exerccio da profisso de Zootecnista, sempre que se tratar de provimento de cargos que ela deles tornou privativos.(1)

O pargrafo nico do art. 4 foi revogado pelo Decreto-Lei n 425, de 21-01-1969, publicado no DOU, de 22-01-1969

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Pargrafo nico. A apresentao do diploma no dispensa a prestao do concurso. Art. 8 VETADO Art. 9 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao. Art. 10. Revogam-se as disposies em contrrio.

Braslia, 04 de dezembro de 1968; 147 da Independncia e 80 da Repblica. A. COSTA E SILVA Tarso Dutra Jarbas G. Passarinho

Publicada no DOU, de 05-12-1968, Seo 1.

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Decreto N 40.400 De 24 de outubro de 1995Veja a ementa Alteraes: Alterada a redao do artigo 10, da Norma Tcnica Especial, pelo Decreto n 40.646, de 2 de fevereiro de 1996 Aprova Norma Tcnica Especial relativa instalao de estabelecimentos veterinrios MRIO COVAS, Governador do Estado de So Paulo, no uso de suas atribuies legais, Decreta: Artigo 1 - Fica aprovada a Norma Tcnica Especial, anexa a este decreto, que dispe sobre a instalao de estabelecimentos veterinrios, determinando as exigncias mnimas para este fim, uso de radiaes, de drogas, medidas necessrias ao trnsito de animais e do controle de zoonoses. Artigo 2 - Os estabelecimentos aludidos no artigo anterior e existentes na data de publicao deste decreto, tm prazo de 12 (doze) meses para se adequarem s exigncias. Artigo 3 - Este decreto entrar em vigor na data de sua publicao. Palcio dos Bandeirantes, 24 de outubro de 1995 MRIO COVAS Antnio Angarita, Secretrio do Governo e Gesto Estratgica Publicado na Secretaria de Estado do Governo e Gesto Estratgica, aos 24 de outubro de 1995. ANEXO a que se refere o artigo 1 do Decreto n 40.400, de 24 de outubro de 1995. Norma Tcnica Especial relativa s condies de funcionamento de estabelecimentos veterinrios, determinando as exigncias mnimas de instalaes, de uso de radiaes, de uso de drogas, de medidas necessrias para o trnsito de animais e do controle de zoonoses. TTULO I Das Definies Art. 1 Consideram-se estabelecimentos veterinrios para os efeitos desta Norma Tcnica Especial: I - consultrio veterinrio: o estabelecimento onde os animais so levados apenas para consulta, vedada a realizao de cirurgias; II - clnica veterinria: o estabelecimento onde os animais so atendidos para consulta, tratamento mdico e cirrgico; funciona em horrio restrito, podendo ter, ou no, internao de animais atendidos; III - hospital veterinrio: o estabelecimento destinado ao atendimento de animais para consulta, tratamento mdico e cirrgico e internao de animais; funciona durante as vinte e quatro horas do dia; IV - maternidade veterinria: o estabelecimento destinado ao atendimento de fmeas prenhes ou paridas, para tratamento pr e ps-natal e realizao de partos; V - ambulatrio veterinrio: a dependncia de estabelecimento industrial, comercial,

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de recreao ou de ensino e/ou pesquisa, onde so atendidos os animais pertencentes ao mesmo ou sob sua guarda, para exame clnico, curativos e pequenas cirurgias; VI - servio veterinrio: a dependncia de estabelecimento industrial, comercial, de recreao, de ensino e/ou de pesquisa, onde so atendidos animais pertencentes ao mesmo para exame clnico, tratamento mdico e cirrgico e anlises clnicas; VII - parque zoolgico: o estabelecimento privado ou oficial, onde so mantidos animais vivos, nativos ou exticos, domsticos ou silvestres, para visitao pblica e exposio, com finalidade de lazer e/ou didtica; VIII - aqurio: o estabelecimento onde so mantidos animais cujo habitat natural a gua doce ou salgada, com finalidade de lazer e/ou didtica, ou criao comercial; IX - hipdromo: o estabelecimento destinado realizao de corridas de cavalos e onde so mantidos eqinos de propriedade de seus associados; X - hpica: o estabelecimento onde so mantidos eqinos e realizados exerccios de sela e/ou salto, para uso dos seus associados e/ou exibio pblica; XI - haras: o estabelecimento onde so criados eqinos para qualquer finalidade; XII - carrossel-vivo: o estabelecimento fixo ou nmade, destinado montaria de eqinos de sela, em recinto fechado, ao pblico em geral; XIII - rodeio: o estabelecimento fixo ou nmade, onde so mantido seqinos, bovinos e bubalinos destinados a espetculos e/ou competies de monta de chucros; XIV - cindromo: o estabelecimento recreativo destinado realizao de corridas de ces, onde so mantidos caninos de sua propriedade ou de seus associados; XV - circo de animais: o estabelecimento fixo ou nmade, onde so exibidos animais amestrados, domsticos ou silvestres, ao pblico em geral; XVI - escola para ces: o estabelecimento onde so recebidos e mantidos ces para adestramento; XVII - penso para animais: o estabelecimento onde so recebidos animais para estadia; XVIII - granja de criao: o estabelecimento onde so criados animais de pequeno e mdio porte destinados ao consumo (aves, coelhos, sunos, e outros); XIX - hotel-fazenda: o estabelecimento de hospedagem de pessoas, localizado em zona rural, em cuja propriedade existem dependncias de criao e manuteno de animais destinados ao abastecimento da despensa e cozinha, e/ou atividades esportivas e de lazer; XX - pocilga ou chiqueiro: o estabelecimento destinado criao de sunos com a finalidade de consumo ou fornecimento de reprodutores (matrizes); XXI - canil de criao: o estabelecimento onde so criados caninos com finalidades de comrcio; XXII - gatil de criao: o estabelecimento onde so criados felinos com finalidades de comrcio; XXIII - pet shop: a loja destinada ao comrcio de animais, de produtos de uso veterinrio, exceto medicamentos, drogas e outros produtos farmacuticos, onde pode ser praticada a tosa e o banho de animais de estimao; XXIV - drogaria veterinria: o estabelecimento farmacutico onde so comercializados medicamentos, drogas e outros produtos farmacuticos de uso veterinrio; XXV - biotrio: a dependncia de estabelecimento de pesquisa de ensino, comercial ou industrial, onde so mantidos animais vivos destinados reproduo e desenvolvimento com a finalidade de servirem a pesquisas mdicas, cientficas, provas e testes de produtos farmacuticos, qumicos e biolgicos, ou de diagnstico; XXVI - laboratrio veterinrio: o estabelecimento que realiza anlises clnicas ou de

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diagnstico referentes veterinria; XXVII - salo de banho e tosa: o estabelecimento destinado prtica de banho, tosa e penteado de animais domsticos (trimming e grooming). Pargrafo nico. So tambm considerados estabelecimentos veterinrios quaisquer outros onde haja animais vivos destinados ao consumo, ao ensino, pesquisa, ao lazer, ou qualquer outra utilizao pelo homem, no especificada nesta Norma, mas que, por sua atividade, possam, direta ou indiretamente, constituir riscos sade da comunidade. TTULO II Do Funcionamento

Disposies Gerais Art. 2 Os estabelecimentos veterinrios somente podero funcionar no territrio do Estado de So Paulo mediante licena de funcionamento e alvar expedido pela autoridade sanitria competente. Pargrafo nico. Somente ser concedida licena e expedido alvar aos estabelecimentos veterinrios devidamente legalizados perante o Conselho Regional de Medicina Veterinria e autoridade municipal. Art. 3 Os estabelecimentos veterinrios so obrigados, na forma da legislao vigente, a manter um mdico veterinrio responsvel pelo seu funcionamento. Art. 4 A mudana para local diverso do previsto no licenciamento depender de licena prvia da autoridade sanitria competente e ao atendimento s exigncias desta Norma. Art. 5 Os estabelecimentos veterinrios devero ser mantidos nas mais perfeitas condies de ordem e higiene, inclusive no que se refere ao pessoal e material.

CAPTULO I

CAPTULO IIDas Instalaes Art. 6 Para os efeitos desta Norma Tcnica Especial constituem dependncias, instalaes, recintos e partes dos estabelecimentos veterinrios: I - sala de recepo e espera: destina-se permanncia dos animais que aguardam atendimento; deve ter acesso diretamente do exterior; sua rea mnima deve ser 10,00m sendo a menor dimenso no plano horizontal no inferior a 2,50m; o piso dever ser liso, impermevel e resistente a pisoteio e desinfetantes; as paredes devem ser impermeabilizadas at altura de 2,00m; II - sala de consultas: destina-se ao exame clnico dos animais; deve ter acesso direto da sala de espera; sua rea mnima deve ser 6,00m, sendo a menor dimenso no plano horizontal no inferior a 2,00m; o piso deve ser liso, impermevel e resistente a pisoteio e desinfetantes; as paredes devem ser impermeabilizadas at a altura de 2,00m; III - sala de curativos: destina-se prtica de curativos, aplicaes e outros procedimentos ambulatoriais; obedece s especificaes para a sala de consultas; IV - sala de cirurgia: destina-se prtica de cirurgias em animais; a sua rea deve ser compatvel com o tamanho da espcie a que se destina, nunca inferior a 10,00m, sendo a menor dimenso no plano horizontal nunca inferior a 2,00m; o piso deve ser liso, imperme-

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vel e resistente a pisoteio e desinfetantes; suas paredes devem ser impermeabilizadas at a altura de 2,00m; o forro dever ser de material que permita constantes assepsia; no deve haver cantos retos nos limites parede-piso e parede-parede; as janelas devem ser providas de telas que impeam a passagem de insetos; seu acesso deve ser atravs de antecmara; V - antecmara: compartimento de passagem; sua rea mnima deve ser 4,00m, sendo a menor dimenso no plano horizontal nunca inferior a 2,00m; o piso deve ser liso e impermevel; as paredes devem ser impermeabilizadas at a altura de 2,00m; conter pia para lavagem e desinfeco das mos e braos dos cirurgies; poder conter armrios; VI - sala de esterilizao: destina-se esterilizao dos materiais utilizados nas cirurgias, nos ambulatrios e nos laboratrios; seu piso deve ser liso e impermevel, resistente a desinfetantes; as paredes devem ser impermeabilizadas at o teto; sua rea mnima de 6,00m_ sendo menor dimenso no plano horizontal nunca inferior a 2,00m; deve ser provida de equipamento para esterilizao seca e mida; VII - sala de coleta: destina-se coleta de material para anlise laboratorial mdico veterinrio; sua rea mnima deve ser 4,00m, sendo a menor dimenso no plano horizontal nunca inferior a 2,00m; o piso e as paredes devem ser impermeabilizados; VIII - sala para abrigo de animais: destina-se ao alojamento de animais internados; nela se localizam as instalaes e compartimentos de internao; seu acesso deve ser afastado das dependncias destinadas cirurgia e laboratrios; o piso deve ser liso e impermeabilizado, resistente ao pisoteio e desinfetantes; as paredes devem ser impermeabilizadas at a altura de 2,00m; deve ser provida de instalaes necessrias ao conforto e segurana dos animais e propiciar ao pessoal que nela trabalha condies adequadas de higiene e segurana ao desempenho; suas dimenses devem ser compatveis com o tamanho das espcies a que se destina; deve ser provida de dispositivos que evitem a propagao de rudos incmodos e exalao de odores; deve ser provida de gua corrente suficiente para a higienizao ambiental; o escoamento das guas servidas deve ser ligado rede de esgoto, ou, na inexistncia desta, ser ligado fossa sptica com poo absorvente; as portas e as janelas devem ser providas de tela para evitar a entrada de insetos; IX - sala de radiografias: deve ter dimenso compatvel com o tamanho da espcie a que se destina; suas especificaes de proteo ambiental e individual devem obedecer legislao vigente para radiaes; X - sala de tosa: destina-se ao corte de plos dos animais; sua rea mnima deve ser 2,00m; o piso deve ser impermevel, liso e resistente a desinfetantes; as paredes devem ser impermeabilizadas at a altura de 2,00m; XI - sala para banhos: deve ter piso impermevel e resistente a desinfetantes; as paredes devem ser impermeabilizadas at a altura de 2,00m; a banheira deve ter paredes lisas e impermeveis; o escoamento das guas servidas deve ser ligado diretamente rede de esgoto, sendo o da banheira provido de caixa de sedimentao; a rea mnima dever ser 2,00m; XII - sala para secagem e penteado: deve ter piso liso, impermevel e resistente aos desinfetantes; as paredes devem ser impermeabilizadas at 2,00m de altura; XIII - canil: o compartimento destinado ao abrigo de ces; deve ser individual, construdo em alvenaria, com rea compatvel com o tamanho dos animais que abriga e nunca inferior a 1,00m; as paredes devem ser lisas, impermeabilizadas de altura nunca inferior a 1,5m; o escoamento das guas servidas no poder comunicar-se diretamente com outro canil; em estabelecimentos destinados ao tratamento de sade pode ser adotado o canil de metal inoxidvel ou com pintura anti-ferruginosa, com piso removvel; em estabelecimentos destinados ao adestramento e/ou penso pode ser adotado o canil tipo solrio, com rea mnima de 2,00m, sendo o solrio totalmente cercado por tela de arame resistente, inclusive por cima;

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XIV - gaiola: a instalao destinada ao abrigo de aves, gatos e outros animais de pequeno porte; deve ser construda em metal inoxidvel ou com pintura anti-ferruginosa; no pode ser superposta a outra gaiola nem o escoamento das guas servidas pode comunicar-se diretamente com outra gaiola; XV - jaula: o compartimento destinado ao abrigo de animais que oferecem risco a pessoas; sua rea e volume devem ser compatveis com o tamanho do animal que abriga; o sistema de limpeza deve ser adequado eficincia e segurana; nos estabelecimentos de exposio ao pblico (zoolgicos, feiras, e outros) deve estar afastado deste no mnimo 1,50m; XVI - fosso: o compartimento destinado ao abrigo de animais silvestres proporcionando-lhes condies ambientais semelhantes s de seu habitat natural; sua rea deve ser compatvel com o nmero e espcies de animais que abriga; o vo que o separa do pblico deve ter distncia e altura que impeam, com segurana, a fuga de animais; o escoamento das guas servidas deve ligar-se diretamente rede de esgotos ou, na inexistncia desta, deve ser ligado a fossa sptica provida de poo absorvente; o sistema de limpeza dever oferecer total segurana ao pessoal; XVII - viveiro: instalao destinada ao abrigo de aves e rpteis; deve ter rea e volume compatveis com as espcies que abriga, de modo a evitar que os animais possam sofrer leses por restrio aos seus movimentos naturais; XVIII - baia: compartimento destinado ao abrigo de animais de grande porte (eqinos, bovinos, e outros); sua rea deve ser compatvel com o tamanho dos animais que abriga, nunca inferior a 10,00m, sendo a menor dimenso no plano horizontal nunca inferior a 3,00m, com p direito mnimo de 3,00m; o piso deve ser resistente ao pisoteio e a desinfetantes, provido de escoamento de guas servidas ligado diretamente a rede de esgotos ou a canaleta coletora externa provida de grade protetora; XIX - boxe ou casela: a instalao destinada permanncia de animais por perodo restrito de tempo (ordenha, curativo, exposio, e outros); sua rea deve ser compatvel com a espcie que abriga e a finalidade de seu uso; XX - estbulo: recinto cercado de alvenaria, provido de cobertura, destinada ao abrigo de gado vacum; XXI - cocheira: dependncia destinada ao abrigo de eqinos; pode constituir-se por uma srie de baias ou boxes; XXII - pocilga: um recinto cercado de alvenaria, provido de cobertura, destinado ao abrigo de sunos; XXIII - curral: um recinto cercado de moures e arames, ou alvenaria, destinado ao recolhimento de gado vacum; XXIV - abrigo para resduos slidos: destina-se ao armazenamento de resduos slidos gerados no estabelecimento enquanto aguardam a coleta; dever ser dimencionado para conter o equivalente a trs dias de gerao; as paredes e pisos devero ser de material resistente a desinfetantes e impermeabilizados; sua rea mnima deve ser 1,00m; deve ser provido de dispositivos que impeam a entrada e proliferao de roedores e artrpodes nocivos, bem como exalao de odores; sua localizao dever ser fora do corpo do prdio principal; o armazenamento de resduos infectantes dever ser feito em separado dos resduos comuns; XXV - esterqueira: destina-se ao armazenamento das fezes geradas no estabelecimento para posterior aproveitamento; dever ser hermeticamente fechada e provida de dispositivos que evitem a entrada e proliferao de roedores e artrpodes, bem como a exalao de odores.

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Das Condies Mnimas para Funcionamento Art. 7 Nenhum estabelecimento veterinrio poder funcionar sem a presena do profissional mdico veterinrio durante o perodo de atendimento. Art. 8 As instalaes mnimas para funcionamento de consultrio veterinrio so: I - sala de espera; II - sala de consultas; III - sanitrio. Art. 9. As instalaes mnimas para funcionamento de clnica veterinria so: I - sala de espera; II - sala de consultas; III - sala de cirurgias; IV - sanitrio; V - compartimento de resduos slidos. Pargrafo nico. Se a clnica internar animais, dever ainda ter: I - sala para abrigo de animais; II - cozinha. Art. 10. As instalaes mnimas para funcionamento de hospital veterinrio so: I - sala de espera; II - sala de consultas; III - centro cirrgico, constando de: a) sala de esterilizao de materiais; b) antecmara de assepsia; c) sala de cirurgias com equipamento completo para anestesia geral e ressuscitador; d) sala de registro e expediente; e) servio de radiologia; f) cozinha; g) local adequado para abrigo dos animais internados; h) compartimento de resduos slidos; i) sanitrios e vestirios. 1 O descarte das camas e dejetos dever ser feito de maneira a evitar a proliferao de artrpodes e roedores nocivos; dever dispor de dispositivos que evitem a exalao de odores. 2 As gaiolas, jaulas e canis no podero ser superpostos. Art. 11. As instalaes mnimas para funcionamento de servio veterinrio so: I - local adequado para exame clnico dos animais; II - sala de cirurgias; III - sala de expediente e registro; IV - sala de estoque e almoxarifado geral; V - local adequado para abrigo dos animais. Art. 12. As instalaes mnimas para funcionamento de ambulatrio veterinrio so: I - local para exame clnico dos animais;

CAPTULO III

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II - local adequado para a prtica de curativos e pequenas cirurgias. Art. 13. As instalaes mnimas para funcionamento de maternidade veterinria so: I - sala de recepo e espera; II - sala de consultas; III - sala de partos, devidamente equipada; IV - sala de cirurgias; V - sala de radiologia; VI - local adequado para alojamento dos animais internados. Art. 14. Os parques zoolgicos, as hpicas, os hipdromos, os aqurios, os cindromos, e congneres devem ter, alm da estrutura necessria s suas finalidades, servio veterinrio conforme o disposto no artigo 11. Pargrafo nico. Quando o estabelecimento no dispuser de condies para manter servio veterinrio prprio, poder, a critrio da autoridade sanitria competente, contratar a assistncia veterinria de terceiros. Art. 15. Os haras, carrossis-vivos, escolas para ces, penses para animais, granjas de criao, pocilgas, hotis-fazenda, e congneres devem ter, alm da estrutura necessria ao desenvolvimento de suas atividades, ambulatrios veterinrio conforme o disposto no art. 12. Art. 16. As instalaes mnimas para funcionamento de biotrio so: I - sala para animais acasalados; II - sala para animais inoculados; III - sala para higiene e desinfeco e secagem das caixas, gaiolas, comedouros e demais insumos necessrios; IV - depsitos de camas e raes; V - abrigo para resduos slidos; VI - forno crematrio devidamente aprovado pelo rgo de controle ambiental competente. Pargrafo nico. As guas servidas provenientes de animais inoculados devem, obrigatoriamente, ser tratadas antes de serem lanadas na rede de esgoto. Art. 17. As instalaes mnimas para o funcionamento de laboratrio de anlises clnicas e de diagnstico veterinrio so: I - sala de espera; II - sala de coleta de material; III - sala para realizao das anlises clnicas ou de diagnsticos prprios do estabelecimento; IV - sala para abrigo dos animais, quando realizar testes biolgicos; V - abrigo para resduos slidos. Art. 18. As instalaes mnimas necessrias para funcionamento de pet shops so: I - loja com piso impermevel; II - sala para tosa (trimming); III - sala para banho com piso impermevel; IV - sala para secagem e penteado (grooming); V - abrigo para resduos slidos. 1 As instalaes para abrigo dos animais expostos venda devero ser separadas das demais dependncias. 2 As pet shop no podem comercializar medicamentos e produtos teraputicos.

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Art. 19. As demais dependncias no especficas de estabelecimento veterinrio obedecero o disposto na legislao sanitria vigente.

CAPTULO IVDo Pessoal Art. 20. O quadro de funcionrios das clnicas, hospitais, maternidades, servios e ambulatrios veterinrios inclura, obrigatoriamente: mdico veterinrio responsvel, auxiliar de veterinrio, faxineiro, que devero estar presentes durante todo o perodo de atendimento. Art. 21. O quadro de funcionrios dos parques zoolgicos, aqurios, hipdromos, hpicas, haras, carrossis-vivos, escolas para ces, penses para animais, granjas de criao, hotis-fazenda, canis e gatis de criao, e pet shop incluir, obrigatoriamente, faxineiro e auxiliar de veterinrio, que devero estar presentes durante todo o perodo de expediente. Pargrafo nico. O mdico veterinrio responsvel, obrigatrio para todos os estabelecimentos veterinrios, poder exercer suas atividades em horrio mais restrito que o do expediente nos estabelecimentos incluso neste artigo, a critrio da autoridade sanitria competente. Art. 22. Os circos e os rodeios, por serem estabelecimentos nmades, quando no contarem com mdico veterinrio em seu quadro de pessoal, podero contratar profissional veterinrio em cada praa onde se apresentem.

CAPTULO VDa Localizao Art. 23. Os haras, os rodeios, os carrossis-vivos, os hotis-fazenda, as granjas de criao, as pocilgas, e congneres no podero localizar-se no permetro urbano. 1 Os estabelecimentos includos neste artigo que, data de promulgao desta Norma Tcnica Especial, j se encontram localizados dentro do permetro urbano, podero, a critrio da autoridade sanitria competente, permanecer onde se encontram pelo tempo que esta determinar, desde que satisfeitos os requisitos desta Norma, notadamente no que se refere a exalao de odores, propagao de rudos incmodos e proliferao de roedores e artrpodes nocivos. 2 Sempre que o permetro urbano alcance a rea onde esteja instalado algum estabelecimento veterinrio includo neste artigo, este dever providenciar a sua mudana de localizao, no prazo que lhe for determinado pela autoridade sanitria competente. Art. 24. Os cindromos, os hipdromos, as hpicas, e parque zoolgicos podero localizar-se no permetro urbano, desde que fora de rea estritamente residencial, a critrio da autoridade sanitria competente, satisfeitas as exigncias desta Norma Tcnica e consideradas as condies locais e os eventuais prejuzos sade pblica. Art. 25. As escolas para ces e penses para animais podero localizar-se dentro do permetro urbano, fora das reas estritamente residenciais, a critrio da autoridade sanitria competente e autoridade municipal, que levaro em conta os eventuais prejuzos sade pblica. Art. 26. Nos hotis-fazenda, as baias, cocheiras, estbulos, apriscos e demais instalaes de abrigo de animais devero estar afastadas das instalaes de hospedagem no mnimo 100,00m.

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Pargrafo nico. As instalaes para abrigos de grandes animais devero estar afastadas dos terrenos limtrofes e da frente das estradas no mnimo 50,00m. Art. 27. Os estabelecimentos de carter mdico veterinrio para atendimento de animais de pequeno porte podero localizar-se no permetro urbano, fora das reas estritamente residenciais, considerados os eventuais prejuzos sade pblica.

Do Uso de Radiaes Art. 28. Os estabelecimentos veterinrios destinados ao atendimento mdico cirrgico podero manter e utilizar aparelhos emissores de radiao, obedecidas s disposies legais vigentes. Art. 29. Vedada a manuteno e uso de aparelhos emissores de radiao nos estabelecimentos veterinrios comerciais e industriais. Art. 30. Os estabelecimentos que se dedicam inseminao artificial e/ou pesquisa cientfica podero, a critrio da autoridade sanitria competente, manter e usar aparelhos emissores de radiaes, desde que comprovada a sua necessidade real. Art. 31. Os aparelhos radiolgicos portteis, utilizados na clnica mdica e cirrgica de animais de grande porte, dos exticos e/ou silvestres, devero ter alvar especfico de funcionamento que especifique seus limites de uso.

CAPTULO VI

Do Uso de Drogas sob Controle Especial Art. 32. Os estabelecimentos veterinrios destinados a tratamento de sade, inclusive os ambulatrios e servios veterinrios de escolas de veterinria, dos haras, das hpicas, dos hipdromos, dos cindromos, e congneres podem adquirir e utilizar drogas sob controle especial, desde que devidamente legalizadas e reconhecidas pelo Conselho Regional de Medicina Veterinria e pela autoridade sanitria estadual competente. Art. 33. A aquisio, prescrio e uso de tais drogas dever obedecer ao disposto na legislao pertinente em vigor. Art. 34. As drogarias veterinrias obedecem s normas vlidas para as drogarias em geral.

CAPTULO VII

Do Controle de Zoonoses Art. 35. A ocorrncia de zoonoses em animais de notificao compulsria s autoridades competentes. Art. 36. So de notificao obrigatria as ocorrncias de raiva, de leptospirose, de leishmaniose, de turbeculose, de toxoplasmose, e brucelulose, de hidatidose e de cisticercose. Art. 37. Obrigatria a vacinao de animais contra raiva e leptospirose.

CAPTULO VIII

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Do Licenciamento dos Estabelecimentos Art. 38. Somente os consultrios veterinrios so dispensados do alvar de funcionamento previsto no artigo 2 desta Norma Tcnica. Pargrafo nico. Os consultrios veterinrios, para seu funcionamento devero notificar sua abertura autoridade sanitria de sua jurisdio, nos termos da legislao vigente. Art. 39. Conforme a caracterstica do estabelecimento, a critrio da autoridade sanitria competente, a responsabilidade veterinria de que trata o artigo 3 desta Norma Tcnica poder ser contratada com outro estabelecimento veterinrio.

CAPTULO IX

Do Trnsito de Animais Art. 40. Vedada a entrada e o trnsito de animais no territrio do Estado de So Paulo sem o certificado de vacinao obrigatria e demais medidas sanitrias e de sanidade emitidos por veterinrio oficial ou credenciado pelas autoridades sanitrias competentes. Art. 41. Nenhum animal em trnsito poder permanecer embarcado por perodo superior a 24 horas sem que receba alimento e gua convenientemente. Art. 42. Nenhum animal poder ser transportado sem condies de conforto e segurana que lhes permita perfeita sanidade, de acordo com o preceituado no Decreto-Lei Federal n 24.645, de 10 de julho de 1934. Art. 43. Os veculos transportadores de animais em trnsito pelo territrio do Estado de So Paulo devero ter prova de desinfeco e limpeza efetuadas antes do embarque. Art. 44. As condies de segurana e lotao dos veculos transportadores de animais devero ser rigorosamente obedecidas. Art. 45. Os casos omissos na presente Norma Tcnica Especial sero decididos pela autoridade sanitria estadual competente.

CAPTULO X

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DECRETO N 64.704 DE 17 DE JUNHO DE 1969 Aprova o Regulamento do exerccio da profisso de mdico veterinrio e dos Conselhos de Medicina Veterinria.

O PRESIDENTE DA REPBLICA, usando das atribuies que lhe confere o art. 83, item II, da Constituio e tendo em vista a regulamentao da Lei n 5.517, de 23 de outubro de 1968, decreta: Art. 1. Fica aprovado o Regulamento do exerccio da profisso de mdico-veterinrio e dos Conselhos Federal e Regional de Medicina Veterinria que a este acompanha. Art. 2. O presente Decreto entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio. Braslia, 17 de junho de 1969; 148 da Independncia e 81 da Repblica. A. COSTA E SILVA Ivo Arzua Pereira Jarbas G. Passarinho REGULAMENTO DA PROFISSO DE MDICO-VETERINRIO E DOS CONSELHOS DE MEDICINA VETERINRIA TTULO I DA PROFISSO DE MDICO VETERINRIO

Do Campo Profissional

CAPTULO I

Art. 1. A profisso de Mdico Veterinrio, diretamente responsvel pelo desenvolvimento da produo animal e interessada nos problemas de sade pblica e conseqentemente, na segurana nacional, integra-se no complexo das atividades econmicas e sociais do Pas.

Da Atividade Profissional Art. 2. da competncia privativa do mdico-veterinrio o exerccio liberal ou empregatcio das atividades e funes abaixo especificadas: a) prtica da clnica de animais em todas as suas modalidades; b) direo de hospital para animais; c) assistncia mdica aos animais utilizados em medicina experimental; d) direo tcnico-sanitria dos estabelecimentos industriais, comerciais, de finalidades recreativas, desportivas, de servio de proteo e de experimentao, que mantenham, a

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qualquer ttulo, animais ou produtos de origem animal; e) planejamento, direo, coordenao, execuo e controle da assistncia tcnico-sanitria aos animais, sob qualquer ttulo; f) inspeo e fiscalizao sob os pontos de vista higinico, sanitrio e tecnolgico dos produtos de origem animal e dos matadouros, matadouros-frigorficos, charqueadas, fbricas de conserva de carne e de pescado, fbricas de produtos gordurosos que empreguem como matria prima produto de origem animal, no todo ou em parte, usinas, fbricas e postos de laticnios entrepostos de carne, leite, peixe, ovos, mel, cera e demais derivados do reino animal, assim como inspeo e fiscalizao dos estabelecimentos comerciais que armazenem ou comercializem os produtos citados nesta alnea; g) identificao de defeitos, vcios, acidentes e doenas, peritagem e exames tcnicos sobre animais e seus produtos, em questes judiciais; h) percia, exame e pesquisa reveladora de fraude ou interveno dolosa nos animais inscritos nas competies desportivas e nas exposies pecurias; i) ensino, planejamento, direo, coordenao, execuo tcnica e controle da inseminao artificial; j) regncia de cadeiras ou disciplinas especificamente mdico-veterinrias, bem como direo das respectivas sees e laboratrios; l) direo e fiscalizao do ensino de medicina veterinria; m) direo e fiscalizao de estabelecimento que objetiva exclusivamente a preparao de tcnico de nvel superior ou mdio para a industrializao de produtos de origem animal; n) organizao de congressos, seminrios, simpsios e comisses destinadas discusso e estudo de assuntos relacionados com a atividade de mdico veterinrio, bem como representao de rgos pblicos e entidades privadas, junto aos mesmos; o) assessoria tcnica do Ministrio das Relaes Exteriores no Pas e no estrangeiro, em assuntos relativos produo e a indstria animal; p) funes de direo, assessoramento e consultoria, em quaisquer nveis da administrao pblica e do setor privado, cujas atribuies envolvem, principalmente, aplicao de conhecimentos inerentes formao profissional do mdico-veterinrio. Art. 3. Constitui, ainda, competncia e do mdico veterinrio, em campo e atuao comuns com as correspondentes profisses legalmente regulamentadas, o exerccio de atividades e funes relacionadas com: a) pesquisa, planejamento, direo tcnica, fomento, orientao, execuo e controle de quaisquer trabalhos relativos produo e indstria animal, inclusive os de caa e pesca; b) estudo e aplicao de medidas de sade pblica no tocante s doenas de animais e transmissveis ao homem; c) avaliao e peritagem, assim como planejamento, superviso e orientao de crdito e de seguro a empresas agropecurias; d) padronizao e classificao de produtos de origem animal; e) responsabilidades pelas frmulas, preparao e fiscalizao de raes para animais; f) exames zootcnicos dos animais para efeito de inscrio nas sociedades de Registros Genealgicos; g) exames tecnolgicos e sanitrios de subprodutos da indstria animal; h) pesquisas e trabalhos ligados biologia geral, zoologia e zootecnia, bem como bromatologia animal; i) defesa da fauna, especialmente o controle da explorao das espcies animais silvestres, bem assim de seus produtos;

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j) estudo e organizao de trabalhos, obrigatoriamente em conjunto com economista ou estatstico, sobre economia e estatstica ligados a atividades atribudas aos mdicos veterinrios pelos arts. 2 e 3 deste Regulamento; l) organizao da educao rural, relativa pecuria.

Do Ttulo Profissional Art. 4. reservado, exclusivamente, ao profissional referido na Lei n 5.517, de 23 de outubro de 1968, e neste Regulamento, o ttulo de mdico veterinrio. Pargrafo nico. A qualificao de que trata este artigo poder ser acompanhada de outra designao decorrente de especializao. Art. 5. A profisso de mdico veterinrio integra o Grupo IV da Confederao Nacional das Profisses Liberais.

CAPTULO III

Do Exerccio Profissional Art. 6. O exerccio, no Pas, da profisso de mdico-veterinrio, observadas as condies de capacitao e demais exigncias legais, assegurado: a) aos que possuam, devidamente registrado, diploma expedido por instituio nacional de ensino superior de medicina veterinria, oficial ou reconhecida pela Diretoria de Ensino Superior do Ministrio da Educao e Cultura; b) aos que possuam, devidamente revalidado e registrado no Pas, diploma expedido por instituio estrangeira de ensino superior de medicina veterinria, bem como os que tenham esse exerccio amparado por convnio internacional firmado pelo Brasil; c) aos estrangeiros contratados que, a critrio do Conselho Federal de Medicina Veterinria, e considerada a escassez de profissionais de determinada especialidade e o interesse nacional tenham seus ttulos registrados temporariamente; d) s pessoas que j exerciam funo em atividade pblica de competncia privativa de veterinrio na data da publicao do Decreto-lei nmero 23.133, de 9 de setembro de 1933. 1 Para os casos previstos nas alneas c e d deste artigo, necessria a autorizao expressa do Conselho de Medicina Veterinria a que o interessado esteja jurisdicionado. 2 A autorizao aludida no pargrafo anterior abranger, no caso da alnea c, perodo de at dois anos renovvel mediante nova solicitao, se comprovada a convenincia de ser mantida a cooperao local do profissional estrangeiro. Art. 7. No caso de insuficincia de profissionais habilitados para as atividades previstas nas alneas d e f do art. 2, como privativas de mdico veterinrio, comprovada por falta de inscrio em recrutamento pblico, caber ao Conselho Federal de Medicina Veterinria encontrar soluo adequada, baixando resoluo especfica. Art. 8. O exerccio das atividades profissionais s ser permitido a mdicos veterinrios inscritos no Conselho Federal ou no Conselho Regional de Medicina Veterinria, portadores de carteira de identidade profissional expedida pelo Conselho correspondente unidade da Federao, na qual exeram a atividade profissional. Pargrafo nico. As carteiras de identidade profissional sero expedidas uniformemente por todos os Conselhos Regionais, cabendo ao Conselho Federal disciplinar a matria.

CAPTULO IV

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Das Firmas, Empresas e Associaes Art. 9. As firmas, associaes, sociedades, companhias, cooperativas, empresas de economia mista e outras cuja atividade requer a participao de mdico veterinrio, esto obrigadas no registro nos Conselhos de Medicina Veterinria das regies onde as localizem. Art. 10. S poder ter em sua denominao as palavras VETERINRIA ou VETERINRIO a firma comercial ou industrial cuja direo esteja afeta a mdico-veterinrio. Art. 11. As entidades estatais, paraestatais, autrquicas e de economia mista que tenham atividade de medicina veterinria, ou se utilizem dos trabalhos de profissionais dessa categoria, so obrigadas, sempre que solicitado, a fazer prova de que tm a seu servio profissional habilitado na forma deste Regulamento. TTULO II DOS CONSELHOS DE MEDICINA VETERINRIA

CAPTULO V

Da Conceituao, Vinculao e Finalidade dos Conselhos de Medicina Veterinria Art. 12. Os Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinria constituem em seu conjunto uma autarquia dotada de personalidade jurdica de direito pblico, com autonomia tcnica, administrativa e financeira, vinculada ao Ministrio do Trabalho e Previdncia Social. Art. 13. Os Conselhos de Medicina Veterinria tm por finalidade orientar e fiscalizar o exerccio da profisso de Mdico Veterinrio em todo territrio nacional. Pargrafo nico. A fiscalizao do exerccio profissional abrange, tambm, as pessoas referidas no artigo 6, alnea c, inclusive quanto ao exerccio de suas funes, objeto de clusulas contratuais. Art. 14. Os Conselhos de Medicina Veterinria so rgos de assessoramento superior dos governos da Unio, dos Estados, dos Municpios, dos Territrios e do Distrito Federal, em assuntos referentes a ensino e exerccio da medicina veterinria, assim como em matria direta ou indiretamente relacionada com a produo ou a indstria animal. Art. 15. Os Conselhos de Medicina Veterinria funcionaro com Quadro de Pessoal prprio, regido pela Consolidao das Leis do Trabalho. Pargrafo nico. Os Conselhos podero contar com o concurso de servidores pblicos da administrao direta ou indireta, colocados a sua disposio na forma da legislao em vigor, mediante requisio dos respectivos Presidentes. Art. 16. O exerccio do mandato de membro do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinria considerado como de efetivo exerccio no cargo que o titular ocupe no servio pblico. Pargrafo nico. Os dirigentes dos rgos pblicos, da administrao direta ou indireta a que os membros dos Conselhos estejam vinculados, promovero a compatibilizao das atividades desses servidores com as que tero que desempenhar no exerccio dos respectivos mandatos. Art. 17. A responsabilidade administrativa e financeira do Conselho Federal e dos Con-

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selhos Regionais de Medicina Veterinria cabe aos respectivos Presidentes. 1 O exerccio financeiro da autarquia coincidir com o ano civil. 2 As prestaes de contas dos Conselhos Regionais sero encaminhadas ao conselho Federal, que as apresentar, no prazo regulamentar, Inspetoria-Geral de Finanas do Ministrio do Trabalho e Previdncia Social, juntamente com a comprovao de suas prprias contas.

Do Conselho Federal de Medicina Veterinria (CFMV) Art. 18. O CFMV ter sede na capital da Repblica e jurisdio em todo territrio nacional, estando a ele subordinados os Conselhos Regionais, sediados nas capitais dos Estados e dos Territrios. Pargrafo nico. REVOGADO. (1) Art. 19. O CFMV compor-se- de: um presidente, um vice-presidente, um secretriogeral, um tesoureiro e mais seis conselheiros, eleitos em reunio dos delegados dos Conselhos Regionais, por escrutnio secreto e maioria absoluta de votos, realizando-se tantos escrutnios quantos necessrios obteno desse quorum. 1 Na mesma reunio e pela mesma forma, sero eleitos seis suplentes para o Conselho. 2 Cada Conselho Regional ter direito a trs delegados reunio para eleio dos membros do Conselho Federal. 3 So delegados efetivos dos Conselhos Regionais, o Presidente, o Vice-Presidente e um delegado escolhido pelo plenrio do Conselho Regional. (2) 4 REVOGADO. (3) 5 Por falta no justificada eleio, incorrer o faltoso em multa correspondente a 20% (vinte por cento) do salrio-mnimo da respectiva regio, percentagem esta dobrada por reincidncia. Art. 20. O CFMV ser constitudo de brasileiros natos ou naturalizados em pleno gozo de seus direitos civis, cujos diplomas profissionais estejam registrados de acordo com a legi Art. 21. Os componentes do CFMV e seus suplentes so eleitos por trs anos, sendo os respectivos mandatos exercidos a ttulo honorfico. Art. 22. So atribuies do CFMV: a) organizar o seu regimento interno; b) aprovar os regimentos internos dos Conselhos Regionais, modificando o que se tornar necessrio para manter a unidade de ao; c) tomar conhecimento de quaisquer dvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais e dirimi-las; d) julgar em ltima instncia os recursos das deliberaes dos Conselhos Regionais; e) publicar o relatrio anual de seus trabalhos incluindo a seleo de todos os profissionais inscritos; f) expedir as resolues que se tornarem necessrias fiel interpretao e execuo do presente Regulamento;(1) O pargrafo nico do art. 18 tornou sem efeito pela Lei n 10.673, de 16-05-2003, publicada no DOU de 19-052003. (2) O 3 do art. 19, est com a redao dada pelo decreto n 5.441, de 05-05-2005, publicado no DOU de 06-052005, pg. 02. (3) O 4 do art. 19 foi revogado pela Lei n 10.673, de 16-05-2003, publicada no DOU de 19-05-2003.

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g) propor ao Governo Federal as alteraes da Lei n 5.517/68 e deste Regulamento, que se tornarem necessrias, principalmente s que visem a melhorar a regulamentao do exerccio da profisso de Mdico Veterinrio; h) deliberar sobre as questes oriundas do exerccio das atividades afins s de mdico veterinrio; i) realizar, periodicamente reunies de Conselhos Federais e Regionais para fixar diretrizes sobre assuntos da profisso; j) organizar o Cdigo de Deontologia Mdico-Veterinria; l) deliberar sobre o previsto no artigo 7 deste Regulamento; m) delegar competncia para atividade cultural, cientfica ou social Sociedade Brasileira de Medicina Veterinria e decidir sobre delegao de competncia dos Conselhos Regionais s Sociedades Estaduais de Medicina Veterinria para o exerccio das atividades citadas nesta alnea. Pargrafo nico. As questes referentes s atividades afins com outras profisses sero resolvidas atravs de entendimento com as entidades representativas dessas profisses.

Dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinria (CFMV) Art. 23. Os Conselhos Regionais de Medicina Veterinria tero foro nas capitais dos estados ou territrios em que estiverem sediados. Pargrafo nico. No caso de um Conselho Regional abranger mais de uma unidade da Federao, o Conselho Federal estabelecer o Estado em que ter sede e foro. Art. 24. Os Conselhos Regionais de Medicina Veterinria sero constitudos, a semelhana do Conselho Federal, de seis membros, no mnimo, e de dezesseis no mximo, eleito por escrutnio secreto e maioria absoluta de votos, em assemblia geral dos mdicos veterinrios inscritos nas respectivas regies e que estejam em pleno gozo de seus direitos. 1 O voto pessoal e obrigatrio em toda a eleio, salvo caso de doena ou de ausncia plenamente comprovada. 2 Por falta no justificada eleio, incorrer o faltoso em multa correspondente a 20% (vinte por cento) do salrio mnimo da respectiva regio, percentagem esta dobrada por reincidncia. 3 O eleitor que se encontrar fora da localidade em que se realizar a assemblia aludida neste artigo poder remeter seu voto em dupla sobre carta opaca, fechada e remitida por ofcio ao presidente do respectivo Conselho Regional. 4 As cdulas remetidas, conforme o disposto no pargrafo anterior sero computadas se recebidas at o momento de encerrar-se a votao. 5 A sobrecarta maior ser aberta pelo Presidente do Conselho, que retirar a sobrecarta menor, depositando-a na urna sem valor o sigilo do voto. 6 A Assemblia Geral reunir-se a em primeira convocao com a presena da maioria absoluta dos mdicos Veterinrios inscritos na respectiva regio e com qualquer nmero em segunda convocao. Art. 25. As atribuies dos CRMVs so as seguintes: a) organizar o seu regimento interno submetendo-o aprovao do CRMV; b) inscrever os profissionais residentes que exeram a profisso em sua jurisdio e expedir as respectivas carteiras de identidade profissional; c) examinar as reclamaes e representaes, escritas e devidamente assinadas, acerca

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dos servios de registro e das infraes a este Regulamento; d) solicitar ao CFMV as medidas necessrias ao melhor rendimento das tarefas sob sua alada e sugerir lhe providncias junto s autoridades competentes para a alterao que julgar conveniente na Lei n 5.517-68, principalmente as que visem a melhorar a regulamentao do exerccio da profisso de mdico-veterinrio; e) fiscalizar o exerccio da profisso, punido os seus infratores, bem como representando s autoridades competentes acerca de fatos que apurar e cuja soluo no seja de sua alada; f) funcionar como Tribunal de Honra dos profissionais, zelando pelo prestgio e bom nome da profisso; g) aplicar as sanes disciplinares estabelecidas neste Regulamento; h) promover perante o juzo da Fazenda Pblica e mediante processo de executivo fiscal, a cobrana das penalidades previstas para a execuo do Presente Regulamento; i) contratar pessoal administrativo necessrio ao funcionamento do Conselho; j) apresentar ao Conselho Federal os delegados para a reunio a que se refere o art. 19 deste Regulamento. TTULO III DAS ANUIDADES E TAXAS Art. 26. O mdico veterinrio est obrigado ao pagamento de taxa de inscrio e anuidade ao Conselho a cuja jurisdio estiver sujeito. 1 A anuidade deve ser paga at o dia 31 de maro de cada ano, acrescida de 20% quando fora desse prazo; 2 O mdico veterinrio ausente do Pas no fica isento do pagamento da anuidade, que poder ser paga aps o regresso sem acrscimo de 20% previsto no pargrafo anterior. Art. 27. O Conselho Federal de Medicina Veterinria e os Conselhos Regionais de Medicina Veterinria cobraro, tambm, taxa pela expedio e substituio da carteira de identidade profissional, prevista neste Regulamento. 1 A carteira de identidade profissional conter folha para registro do pagamento das unidades durante dez anos; 2 A carteira de identidade profissional, expedida pelo Conselho Regional de Medicina Veterinria, ter f pblica, servindo como carteira de identidade, substituindo o diploma nos casos em que exigida a sua apresentao. Art. 28. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais cobraro taxa por certido referente ao registro de firmas, previsto no art. 9, assim como pela anotao de funo. Art. 29. O Conselho Federal de Medicina Veterinria arbitrar o valor das taxas, anuidades e certides. Art. 30. Constituem renda do Conselho Federal de Medicina Veterinria: a) REVOGADO. (4) b) REVOGADO. (5) c) REVOGADO. (6) d) REVOGADO. (7)(4) a (7) As alneas a, b, c e d do art. 30 tornaram sem efeito pela Lei n 10.673, de 16-05-2003, publicada no DOU, de 19-05-2003

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