manualiluminacao novo

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Manuais Elektro de Eficiência Energética Segmento Industrial Uma publicação da Elektro - Eletricidade e Serviços S.A., dentro das ações do Programa de Eficiência Energética. Publicação elaborada com base nos Manuais de Administração de Energia da Secretaria de Saneamento e Energia do Governo do Estado de São Paulo e nas publicações disponíveis no Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – Procel/Eletrobrás. Coordenação geral: PenseEco Consultoria Projeto gráfico e Editoração eletrônica: Casa Paulistana Comunicação & Design Designers: Simone Zupardo Dias e Cleiton Sá Preparação e revisão de texto: Temas e Variações Editoriais

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Manual de Iliminação

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  • Manuais Elektro de Eficincia Energtica

    Segmento Industrial

    Uma publicao da Elektro - Eletricidade e Servios S.A.,

    dentro das aes do Programa de Eficincia Energtica.

    Publicao elaborada com base nos Manuais de Administrao de Energia da Secretaria de

    Saneamento e Energia do Governo do Estado de So Paulo e nas publicaes disponveis no

    Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica Procel/Eletrobrs.

    Coordenao geral: PenseEco Consultoria

    Projeto grfico e Editorao eletrnica: Casa Paulistana Comunicao & Design

    Designers: Simone Zupardo Dias e Cleiton S

    Preparao e reviso de texto: Temas e Variaes Editoriais

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    Manuais ElEktro de Eficincia Energtica SEgMEnto InduStrIal - Sistemas de Iluminao

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    Manuais ElEktro de Eficincia Energtica SEgMEnto InduStrIal - Sistemas de Iluminao

    Sumrio

    1. Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 2. Iluminao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7

    2.1. Conceitos gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7

    2.2. Iluminao natural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

    2.3. Iluminao artificial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30

    2.4. Clculo da iluminao artificial interna . . . . . . . . . . .65

    3. Medidas de eficincia energtica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .77

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    Manuais ElEktro de Eficincia Energtica SEgMEnto InduStrIal - Sistemas de Iluminao

    1. INTRODUO

    Um dos usos finais da eletricidade a iluminao, essencial a todos os setores eco-

    nmicos, do segmento residencial ao industrial.

    O desenvolvimento das tecnologias que envolvem os sistemas de iluminao trouxe

    consigo a preocupao com a escassez de energia e a busca por alternativas mais

    econmicas. Assim, foi necessrio aprender a definir iluminao tanto em termos de

    qualidade como de quantidade.

    A iluminao domstica responsvel por uma parcela importante dos gastos com

    energia na residncia, algo em torno de 24%; no setor comercial e de servios p-

    blicos esse gasto de 44%; e no setor industrial de 1%.

    No Brasil, a iluminao ineficiente usualmente utilizada tanto no mbito pblico

    como no privado. O mau aproveitamento da iluminao artificial ou at mesmo a ilu-

    minao em excesso so problemas conhecidos, alm do uso inadequado de energia

    e da falta de manuteno das instalaes eltricas que precisam ser superados.

    Nesta publicao, abordaremos de forma clara e concisa os conceitos sobre a

    utilizao de iluminao natural, evidenciando os ganhos energticos resultantes

    dessa aplicao, e informaes sobre iluminao artificial, descrevendo, em li-

    nhas gerais, os principais sistemas e suas aplicaes. Destacamos ainda os dados

    sobre as caractersticas dos sistemas de iluminao e uma pequena introduo

    ao clculo da iluminao artificial, bem como informaes teis sobre eficincia

    energtica nesse tipo de sistema.

    Ao se economizar energia eltrica com a iluminao, ganha o meio ambiente, uma

    vez que a gerao de energia eltrica tem impacto ambiental e contribui com a re-

    duo do consumo de energia eltrica.

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    2. ILUMINAO2.1 Conceitos gerais

    A iluminao eficiente de um ambiente deve tomar por base o desempenho visual re-

    querido para a realizao de uma determinada tarefa. Vale destacar alguns conceitos:

    2.1.1 Fluxo luminoso

    Representa a potncia luminosa emitida de uma fonte de luz, por segundo, em to-

    das as direes. Sua unidade o lmen (lm).

    2.1.2 Iluminncia

    o fluxo luminoso (lmen) incidente numa superfcie por unidade de m2. Sua unidade

    o lux. Um lux corresponde iluminncia de uma superfcie plana de um metro quadrado

    de rea, sobre a qual incide perpendicularmente um fluxo luminoso de um lmen.

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    2.1.3 Luminncia

    a luz refletida pelo objeto observado e seu entorno na direo dos olhos do

    observador.

    2.1.4 Difusor

    o dispositivo translcido ou opaco que colocado em frente fonte de luz tem

    como finalidade diminuir sua luminncia e reduzir as possibilidades de ofuscamento,

    alterando a distribuio espacial do fluxo luminoso ou radiante, utilizando o fen-

    meno da difuso.

    2.1.5 Eficincia luminosa de uma fonte (lmen por watt, lm/W)

    o quociente do fluxo emitido e potncia consumida.

    2.1.6 Fluxo luminoso (lmen, lm)

    Quantidade derivada do fluxo radiante emitida pela radiao, de acordo com sua

    ao sobre um receptor seletivo, cuja sensibilidade espectral definida pelas eficin-

    cias espectrais padro, ou seja, a potncia de radiao emitida por uma fonte de luz

    que pode ser avaliada pelo olho humano.

    2.1.7 Intensidade luminosa de uma fonte numa dada direo (candela, cd)

    o quociente do fluxo luminoso que sai da fonte e se propaga em um elemento de

    ngulo slido, contendo a direo dada e o elemento de ngulo slido.

    2.1.8 Louvre

    Um dos tipos de proteo composto por componentes translcidos ou opacos, utili-

    zado para evitar a viso direta das lmpadas (ofuscamento). Pode apresentar prote-

    o por um fenmeno de refrao.

    2.1.9 Luminncia em uma dada direo, num ponto da superfcie de uma fonte ou no caminho do facho (candela por metro quadrado, cd/m2)

    A luminncia de uma fonte ou de uma superfcie iluminada a medida da sensao

    de claridade provocada no olho.

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    2.1.13 Temperatura de cor

    a aparncia da cor da luz, sendo sua unidade o Kelvin (K). Quanto mais alta a

    temperatura de cor, mais branca a luz. A luz quente tem aparncia amarelada e

    temperatura de cor baixa: 3.000 K ou menos. A luz fria tem aparncia azul-violeta

    e temperatura de cor elevada: 6.000 K ou mais. A luz branca natural aquela

    emitida pelo Sol, em cu aberto ao meio-dia, com temperatura de cor de 5.800 K.

    2.1.14 ndice de Reproduo de Cor (IRC)

    a medida de correspondncia entre a cor real (luz do sol) de um objeto e sua apa-

    rncia diante de uma determinada fonte de luz. O IRC de 100% apresenta mxima

    fidelidade e preciso. Dentro do espectro visvel da radiao eletromagntica (medida

    em nanmetros nm), compreendido entre 780 nm (infravermelho) e 380 nm (ultra-

    violeta), o olho humano registra alm da impresso luminosa, a cor. A percepo de

    cada uma das cores est vinculada a um comprimento de onda, cada qual correspon-

    dendo a uma cor especfica do espectro visvel, como mostra a figura a seguir.

    2.1.10 Refletor

    Dispositivo utilizado para a orientao do fluxo luminoso por meio do fenmeno

    da reflexo especular. Os refletores podem ser de vidro espelhado, alumnio polido,

    chapa de ao esmaltada ou pintada de branco. O vidro espelhado, apesar de sua

    alta refletncia, pouco utilizado por ser muito frgil e ter um custo elevado. O

    alumnio polido a opo atualmente mais utilizada, pois rene muitas vantagens:

    maleabilidade, boa resistncia, peso e custo reduzido.

    2.1.11 Refrator

    Dispositivo em que o fenmeno de refrao usado para modificar a distribuio

    espacial de um fluxo luminoso de uma fonte. Esse dispositivo tem tambm como

    funo proteger os componentes internos da luminria contra poeira, chuva, polui-

    o e impactos. Os refratores e as lentes so fabricados de vidro duro temperado ou

    de plsticos especiais para suportar os impactos mecnicos a que so submetidos.

    2.1.12 Transmitncia

    a frao da luz incidente com um comprimento de onda especfico, que atravessa

    uma amostra de matria, sem ser absorvida por ela. medida em porcentagem em

    relao quantidade de energia e ao comprimento de onda da radiao incidente.

    100 200 300 400 500 600 700 800

    10-14 10-12 10-10 10-8 10-6 10-4 10-2 10m

    106 nm

    UltravioletaInfr

    averme

    lhoEspectro visvel

    Raios Gama Raios X Radar TV Rdio

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    2.1.18 Espectro eletromagntico

    a distribuio da intensidade da radiao eletromagntica com relao ao seu

    comprimento de onda ou frequncia. O olho humano sensvel ao grupo de

    radiaes compreendidas entre 380 e 780 nm (nanmetros), criando assim uma

    impresso luminosa.

    2.1.19 Espectro visvel

    a poro do espectro eletromagntico cuja radiao pode ser captada pelo olho

    humano. Identifica-se esta radiao como sendo a luz visvel ou apenas luz. A faixa

    do espectro visvel situa-se entre a radiao infravermelha e ultravioleta. Para cada

    comprimento de onda visvel, associa-se uma cor.

    Nossa sensibilidade visual depende do comprimento de onda e da luminosidade:

    menorcomprimentodeonda:violetaeazul,maiorintensidadedesensaolu-

    minosa com pouca luz;

    Cor Comprimento de onda (nm - nanmetros)

    Ultravioleta 300 420

    Violeta 420 440

    Azul 440 460

    Azul verde 460 510

    Verde 510 560

    Amarelo 560 610

    Laranja 610 660

    Vermelho 660 730

    2.1.15 Ofuscamento

    Ocorre quando as lmpadas, as luminrias, so muito claras em comparao lumi-

    nosidade geral do ambiente. Ele direto quando uma fonte de luz de grande inten-

    sidade est dentro do campo visual do observador ou refletido quando o observador

    v o reflexo da fonte de luz numa superfcie brilhante.

    2.1.16 Contraste

    O aumento do contraste entre duas partes de uma tarefa proporciona um aumento

    do desempenho visual. Contudo, a percepo das cores e da luminncia depende

    tambm da capacidade do olho.

    2.1.17 Fotometria

    Quando se deseja conhecer os nveis de iluminncia de interiores, realiza-se a sua medi-

    o com o auxlio de um fotmetro, calibrado em lux, chamado tambm de luxmetro.

    Observao: Os ambientes no devem ser iluminados alm do nvel reco-

    mendado pelas normas, pois isso no melhora o desempenho visual e, em

    contraposio, acarreta aumento do consumo de energia eltrica. impor-

    tante considerar que o avano da idade dos profissionais requer iluminncia

    e contraste maiores para um bom desempenho visual.

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    Nvel de iluminncia por classe de tarefas visuais (NBR 5413)

    Classe iluminnCia (lux) tipo de atividade

    (A)Iluminao geral para reas

    usadas interruptamente ou comtarefas visuais simples

    20-30-50 reas pblicas com arredores escuros

    50-75-110 orientao simples para permanncia curta

    100-150-200 recintos no usados para trabalho contnuo; depsitos

    200-300-500 tarefas com requisitos visuais limitados,trabalho bruto de maquinaria, auditrios

    (B)Iluminao geral para reas

    de trabalho

    500-750-1.000tarefas com requisitos visuais normais,

    trabalho mdio de maquinaria, escritrios

    1.000-1.500-2.000 tarefas com requisitos especiais, gravaomanual, inspeo, indstria de roupas

    (C)Iluminao adicional para

    tarefas visuais difceis.

    2.000-3.000-5.000 tarefas visuais exatas e prolongadas,eletrnica de tamanho pequeno

    5.000-7.500-10.000tarefas visuais muito exatas, montagem de

    microeletrnica

    10.000-15.000-20.000 tarefas visuais muito especiais, cirurgias

    Outros fatores que podem influenciar o desempenho visual o tamanho dos objetos

    que compem a tarefa visual, os contrastes, as luminncias dos objetos que esto no

    campo visual do observador, a idade das pessoas e o tempo disponvel de observao.

    Na maioria dos casos, para se obter um ambiente visualmente confortvel, deve-

    se seguir os nveis de iluminncia recomendados pela NBR 5413, apresentados na

    tabela a seguir.

    maiorcomprimentodeonda:laranjaevermelho,menorintensidadedesensao

    luminosa com pouca luz.

    2.1.20 O olho humano

    Nossa retina possui cerca de 100 milhes de fotorreceptores (cones e bastonetes)

    que liberam molculas neurotransmissoras a uma taxa que mxima na escurido e

    diminui de modo proporcional com o aumento da intensidade luminosa. Esse sinal

    transmitido depois para a cadeia de clulas bipolares e clulas ganglionares.

    Humor vtreo

    Lente(cristalino)

    Crnea

    ris

    Pupila

    Esclera

    Nervo tico

    Retina

    2.1.21 Desempenho visual

    A iluminao eficiente de um ambiente deve ser baseada, entre outros itens, no de-

    sempenho visual requerido para a realizao de uma determinada tarefa. Ele pode

    crescer com o aumento da iluminncia (nvel de iluminao) e da luminncia (luz re-

    fletida pelo objeto observado e seu entorno, na direo dos olhos do observador).

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    Manuais ElEktro de Eficincia Energtica SEgMEnto InduStrIal - Sistemas de Iluminao

    As caractersticas de reflexo dos materiais, a cor e a textura podem tambm ajudar

    a evitar o ofuscamento refletido e proporcionar maior conforto visual para o desem-

    penho de uma determinada tarefa.

    Propriedades de reflexo e absoro dos materiais

    sUpERfcIE RUGosa sUpERfcIE polIda sUpERfcIE fosca

    luzincidenteluz difusa luz difusa

    ReflexoReflexo especular

    VIdRo claRo VIdRo TEXTURIzado

    fonTE dE lUz

    Transmisso

    plsTIco REfoRado com fIbRa dE VIdRo

    luz difusaluz difusa

    2.1.22 Idade

    Com o avano da idade, para se obter um desempenho visual satisfatrio, so ne-

    cessrios uma iluminncia maior e um contraste tambm maior. A idade dos usu-

    rios , portanto, um dado importante para a determinao do nvel de luminncia

    necessrio para a realizao de uma tarefa visual e pode recomendar limites mais

    elevados para a iluminao de um local.

    2.1.23 Curva de Distribuio Luminosa

    Se num plano transversal lmpada, todos os vetores que dela se originarem ti-

    verem suas extremidades ligadas por um trao, obtm-se a Curva de Distribuio

    Luminosa (CDL). Ela , portanto, a representao da intensidade luminosa em todos

    os ngulos em que direcionada num plano.

    2.1.24 Propriedades de reflexo e absoro

    Grande parte da luz emitida por uma fonte (artificial ou natural) refletida, absorvida

    ou difundida pelas superfcies exteriores, interiores e pelo mobilirio, antes de chegar

    aos olhos do observador e, nesse processo, podem ocorrer perdas significativas.

    Assim, para se obter um bom rendimento dos sistemas de iluminao e, con-

    sequentemente, um menor consumo de energia, as propriedades reflexivas e a

    absoro dos materiais de revestimento de pisos, tetos e paredes, bem como dos

    materiais usados nas luminrias e nos equipamentos de controle da luz difuso-

    res, superfcies refletoras, brises etc. , devem ser consideradas, como ilustra a

    figura da pgina a seguir.

    2.1.25 Luxmetro

    um aparelho utilizado para medir o nvel de iluminao dos ambientes. Cada

    ambiente tem, de acordo com normas tcnicas, um nvel de iluminao mni-

    mo adequado para a realizao das tarefas a que se destina. Por exemplo, numa

    rea de leitura, preciso uma iluminao mais intensa do que em depsitos com

    circulao de poucas pessoas.

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    Manuais ElEktro de Eficincia Energtica SEgMEnto InduStrIal - Sistemas de Iluminao

    2.2. Iluminao natural

    Nos ltimos anos, tem renascido o interesse na promoo das boas prticas de

    projeto de iluminao natural por razes de eficincia energtica e conforto visual.

    O uso otimizado da luz natural em edificaes usadas principalmente de dia pode,

    pela substituio da luz artificial, produzir uma contribuio significativa para a re-

    duo do consumo de energia eltrica, melhoria do conforto visual e bem-estar dos

    usurios. A luz natural possui uma variabilidade e qualidade mais agradveis e apre-

    ciadas que o ambiente proporcionado pela iluminao artificial. Aberturas, em geral,

    proporcionam aos ocupantes o contato

    visual com o mundo exterior e permi-

    tem tambm o relaxamento do sistema

    visual pela mudana das distncias fo-

    cais. A presena da luz natural pode ga-

    rantir uma sensao de bem-estar e um

    relacionamento com o ambiente maior

    no qual estamos inseridos.

    Desta forma, o objetivo aqui o de

    apresentar dados, tcnicas e informa-

    es bsicas num formato conveniente

    para ajudar os profissionais envolvidos

    no projeto de edificaes a lidar com

    questes relacionadas iluminao na-

    tural. Para tanto, disponibiliza-se mto-

    dos de clculo e verificao dos nveis

    de iluminao natural no interior das

    edificaes de forma simples, porm

    com preciso adequada.

    A utilizao da luz natural , sob todos os aspectos, o ponto de partida para se obter

    um sistema de iluminao energeticamente eficiente.

    Essa a tendncia mundial cada vez mais adotada nos sistemas de iluminao pre-

    dial e industrial, que encontra no Brasil razes ainda mais fortes para ser amplamen-

    te utilizada em funo de nossas caractersticas climticas.

    O sol, que a fonte primria de iluminao, tem sua radiao filtrada na atmosfera

    pelas molculas gasosas e pelas partculas de poeira suspensas no ar, porm, para

    efeito de iluminao natural, a fonte de luz considerada a da abbada celeste

    (fonte secundria).

    O Brasil possui uma das abbadas celestes mais claras do mundo e, em grande parte

    do territrio brasileiro, a presena de nebulosidade reduzida quando comparada a

    de outros pases, o que evidencia o enorme potencial de racionalizao energtica

    que a utilizao da luz natural representa.

    A luz solar direta no considerada fonte primria de iluminao em sistemas na-

    turais devido sua enorme carga trmica, por ser uma fonte pontual de grande

    intensidade luminosa e tambm devido sua movimentao.

    O entorno, natural e construdo, comporta-se como fonte secundria de luz ao re-

    fletir a luz diurna. Em regies de climas tropicais, o entorno pode contribuir com at

    30% da iluminao recebida por um edifcio.

    Quanto mais claras as superfcies do entorno e do interior do local, maior ser o

    rendimento da iluminao, por isso, as superfcies devem ser mantidas em condies

    adequadas de uso atravs de limpeza e pintura.

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    Manuais ElEktro de Eficincia Energtica SEgMEnto InduStrIal - Sistemas de Iluminao

    Vejamos, a seguir, os problemas mais comuns para o correto aproveitamento da luz

    natural:

    1- VariaO de iluminncia da abbada celeste nO decOr-

    rer dO dia. Em um edifcio, necessrio considerar tanto a iluminao

    natural quanto a artificial. A integrao correta entre esses dois sistemas

    pode solucionar o problema da variao da intensidade da luz proveniente

    da abbada e contribuir para a reduo do consumo de energia. Assim, a

    iluminao natural e a artificial so complementares.

    2- realizaO de tarefas cOm diferentes exigncias Visuais

    nO mesmO recintO. A iluminao dos edifcios modernos visa aten-

    der a um grande nmero de pessoas, que realizam vrias atividades com

    exigncias diferentes quanto ao nvel de iluminncia. Para melhor utilizar

    a luz natural, as atividades com maiores exigncias visuais devem ser rea-

    lizadas sempre perto das janelas.

    3- carga trmica que entra nas edificaes pelas aberturas

    iluminantes. Da radiao proveniente do Sol (espectro solar), aproxi-

    madamente 50% da energia recebida na Terra composta pelo espectro

    visvel (luz) e uma parcela de cerca de 45% composta por radiaes

    infravermelhas.

    Um sistema de iluminao natural eficiente deve possuir uma proteo adequada con-

    tra a incidncia da radiao solar direta. Nessas condies, o uso da luz natural pode

    permitir uma reduo de at 50% no consumo de energia eltrica com iluminao,

    com efeitos positivos sobre o consumo dos sistemas de condicionamento ambiental.

    Os sistemas de iluminao natural podem ser subdivididos em iluminao lateral ou

    iluminao zenital, cada qual atendendo s necessidades especficas dos seus usu-

    rios. A opo entre um ou outro ou mesmo a combinao dos dois feita em razo

    das caractersticas do edifcio como forma, orientao das fachadas, disposio dos

    ambientes internos e do tipo de tarefa visual a ser desenvolvido.

    2.2.1 Iluminao zenital

    Trata-se de aberturas localizadas na cobertura de uma edificao que permitem

    a entrada da luz natural. A principal caracterstica da iluminao zenital que ela

    pode oferecer iluminncia elevada e grande uniformidade, sendo mais indicada para

    espaos profundos e contnuos.

    A enorme carga trmica incidente sobre a cobertura dos edifcios (tabela a seguir),

    prpria do clima brasileiro, deve ser amenizada ou mesmo evitada com o uso de

    elementos de proteo das aberturas que bloqueiem a radiao solar direta, ou

    com aberturas cujas dimenses e orientao no comprometam o desempenho

    trmico do ambiente.

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    Manuais ElEktro de Eficincia Energtica SEgMEnto InduStrIal - Sistemas de Iluminao

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    Manuais ElEktro de Eficincia Energtica SEgMEnto InduStrIal - Sistemas de Iluminao

    A qualidade e a quantidade de luz no interior de um recinto e a eficincia energ-

    tica de um sistema de iluminao zenital dependem fundamentalmente do tipo de

    elementos iluminantes utilizados.

    Por exemplo, os sheds orientados para o sul, nas regies subtropicais, fornecem

    uma iluminao difusa e no necessitam de elementos de proteo solar, possuindo

    uma eficincia luminosa que corresponde cerca de 30% de uma superfcie hori-

    zontal de mesma rea.

    Os elementos do tipo lanternim fornecem uma iluminao bidirecional que, depen-

    dendo da orientao, pode ser simtrica (L/O) ou assimtrica (N/S), em relao

    trajetria aparente do Sol; sua eficincia luminosa varia entre 50% e 75%.

    J uma cobertura de dupla inclinao com superfcies iluminantes, ou um domus,

    possui uma eficincia da ordem de 90% e, normalmente, est associada a grandes

    ganhos trmicos.

    Carga trmica incidente sobre superfcies horizontais (W/m)

    latitude poCa do ano 06h 07h 08h 09h 10h 11h 12h 13h 14h 15h 16h 17h 18h

    0dezembro 22mar / set 22

    junho 21

    000

    155182155

    424478424

    669706669

    869964869

    9921.082992

    1.0331.1381.033

    9921.082992

    869964869

    669706669

    424478424

    155182155

    000

    4dezembro 22mar / set 22

    junho 21

    130-

    203180200

    462477406

    704747642

    902960834

    1.0181.100957

    1.0721.139991

    1.0181.100957

    902960834

    704747642

    462477406

    203180200

    130-

    8dezembro 22mar / set 22

    junho 21

    300-

    214185105

    484466351

    730739580

    930954773

    1.0621.091904

    1.1031.129946

    1.0621.091904

    930954773

    730739580

    484466351

    214185105

    300-

    13dezembro 22mar / set 22

    junho 21

    530-

    29317283

    534460320

    775719540

    961936722

    1.0871.070853

    1.1261.113880

    1.0871.070853

    964936722

    775719540

    534460320

    29317283

    530-

    17dezembro 22mar / set 22

    junho 21

    610-

    28316766

    525449275

    786700498

    978912672

    1.1001.039788

    1.1331.091820

    1.1001.039788

    978912672

    786700498

    525449275

    28316766

    610-

    20dezembro 22mar / set 22

    junho 21

    730-

    28915743

    567439201

    801686430

    985897614

    1.1051.025737

    1.1401.071776

    1.1051.025737

    985897614

    801686430

    567439201

    28915743

    730-

    2330dezembro 22 mar / set 22

    junho 21

    810-

    31715521

    575418182

    811667395

    990751573

    1.108983675

    1.1381.029716

    1.108983675

    990751573

    811667395

    575418182

    31715521

    810-

    25dezembro 22mar / set 22

    junho 21

    870-

    28915312

    579404168

    813659357

    986856463

    1.110973526

    1.1371.016538

    1.110973526

    987856463

    813659357

    579404168

    28915312

    870-

    30dezembro 22mar / set 22

    junho 21

    1140-

    345144

    6

    588388101

    804617280

    985808446

    1.099928558

    1.134964594

    1.099928558

    985808446

    804617280

    588388101

    345144

    6

    1140-

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    25

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    2.2.2 Iluminao lateral

    O desempenho luminoso e a eficincia energtica de um sistema de iluminao

    lateral so resultados da combinao de diversos fatores, como:

    1- tamanhO, fOrma e lOcalizaO das superfcies iluminantes

    Nos locais que apresentam iluminao lateral, o nvel de iluminncia diminui rapida-

    mente com o aumento da distncia da janela, ou seja, quanto mais distante estiver

    Sistema de iluminao zenital

    30plano

    de trabalho

    plano de

    trabalho

    curva de distribuio

    de iluminao

    curva de distribuio

    de iluminao

    b) lanTERnIn c) cobERTURa dE dUpla InclInao

    IlUm

    Inn

    cIa

    IlUm

    Inn

    cIa

    IlUm

    Inn

    cIa

    IlUm

    Inn

    cIa

    30 60

    a) dente de serra ou sHEd

    a

    b

    c

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    27

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    o local a ser iluminado, menor ser a iluminncia fornecida pela janela. A figura a

    seguir, d um exemplo da reduo de iluminncia no plano horizontal para cada

    ponto de uma sala em funo da distncia janela.

    A iluminncia no interior de um ambiente tambm varia proporcionalmente ao

    tamanho das aberturas iluminantes, porm, reas iluminantes com dimenses ex-

    cessivas (em relao s dimenses do ambiente), alm de causarem ofuscamento,

    acarretam cargas trmicas elevadas caso no sejam devidamente protegidas contra

    a radiao solar.

    O posicionamento das aberturas em relao s superfcies que as contm exerce

    influncia sobre a intensidade da iluminao do ambiente.

    Janelas altas e contnuas horizontalmente, recuadas em relao ao plano da fachada,

    e utilizadas como complemento de janelas localizadas em nvel inferior, contribuem

    para o aumento da iluminncia mdia do local e evitam a visualizao da abbada

    celeste, causadora de ofuscamento. Essa soluo tem um importante significado

    energtico, pois reduz a carga trmica recebida atravs das janelas.

    2- cOres das superfcies internas

    As cores das superfcies internas contribuem significativamente para o rendimento

    do sistema de iluminao, tanto natural como artificial e, assim, para o aumento da

    eficincia energtica, de acordo com os fatores de reflexo de pisos, tetos e paredes.

    Superfcies de cores claras melhoram o nvel de iluminao em at 50% e ainda ga-

    rantem maior homogeneidade luz fornecida pelo sistema. Caso sejam utilizados

    elementos de controle e direcionamento da luz proveniente das aberturas (brises,

    persianas, platibandas etc.), localizados tanto externa como internamente, devem

    ser de cores claras sempre que possvel.

    3- dimenses e prOpOres dO ambiente

    A iluminao proveniente de uma janela para um determinado ambiente diminui

    de forma exponencial em funo da sua distncia em relao janela. Por isso, em

    ambientes com janelas em apenas uma das paredes, o aproveitamento da luz natu-

    Reduo de iluminncia no plano horizontal

    m

    n

    coRTE

    planTa

    X

    X 4

    X 3

    300 200 150 100 50 lx

    12510075

    75 100

    125

    X 2

    X 1

    500

    400

    lx

    700

    600

    500

    400

    300

    200150100

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    ral, dentro dos nveis mnimos estabelecidos por normas nacionais e internacionais,

    restringe-se a uma faixa de aproximadamente 4 metros.

    Elementos de direcionamento da luz podem ajudar na distribuio mais homognea

    da luz proveniente desse tipo de abertura. Evidentemente, os ambientes com super-

    fcies iluminantes em duas ou mais paredes tm um aproveitamento muito melhor

    da luz natural, porm, deve-se dar ateno especial orientao dessas aberturas

    devido carga trmica que pode incidir sobre elas.

    4- elementOs de cOntrOle da luz sOlar direta

    Os elementos de controle da luz solar direta so fundamentais em qualquer projeto

    de iluminao natural. Suas principais funes so controlar e direcionar a luz prove-

    niente da abbada celeste, evitar a incidncia da radiao solar direta nos ambientes

    internos e reduzir o ofuscamento causado pela visualizao de partes da abbada.

    Os elementos como brises, venezianas, persianas, toldos, beirais, marquises, plati-

    bandas e a vegetao do entorno so classificados em funo dos fatores de som-

    bra, conforme ilustra a tabela da pgina a seguir.

    Radiao luminosa obstruda por diferentes tipos de fatores de sombra

    tipos de proteo Fator de sombra (Fs)

    Persiana

    cor clara 0,60

    cor escura 0,80

    Cortina de tecido de trama aberta

    cor clara 0,30

    cor escura 0,50

    Cortina de trama fechada

    cor clara 0,70

    cor escura 0,85

    Persiana de enrolar, fechada deixando 5% de

    abertura

    cor clara 0,80

    cor escura 0,90

    Toldo

    cor clara 0,60

    cor escura 0,80

    Brises horizontais (N/S)

    cor clara 0,50

    cor mdia 0,60

    Brises verticais (E/O)

    cor clara 0,40

    cor mdia 0,50

    Fonte: Mascar, Lcia. Iluminao natural dos edifcios. Porto Alegre: PROPAR-UFRGS, 1980.

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    2.3. Iluminao artificial

    A iluminao artificial responsvel por aproximadamente 20% de toda a energia

    eltrica consumida no pas, cerca de 20% do consumo no setor residencial e mais de

    40% da energia eltrica consumida pelo setor de comrcio e servios.

    Uma boa iluminao no apenas um item de valorizao da edificao e um com-

    ponente dos custos de operao; ela principalmente um instrumento de trabalho,

    assim como mquinas, ferramentas e equipamentos; no entanto, a iluminao ex-

    cessiva tem um custo alto, e a iluminao inadequada prejudicial.

    sempre bom lembrar que a iluminao para as pessoas e no para a edificao.

    J foi exaustivamente comprovado que um sistema de iluminao eficiente, alm de

    reduzir o consumo de energia, aumenta significativamente a produtividade.

    A eficincia dos sistemas de iluminao artificial est associada, basicamente, s

    caractersticas tcnicas, eficincia e ao rendimento de um conjunto de elementos,

    entre os quais se destacam:

    lmpadas;

    luminrias;

    reatores;

    circuitosdedistribuio;

    utilizaodaluznatural;

    coresdassuperfciesinternas;

    mobilirio;

    necessidadesdeiluminaodoambiente.

    A integrao correta desses elementos resulta em ambientes iluminados adequada-

    mente, com nveis elevados de conforto visual e consumo baixo de energia.

    2.3.1 Lmpadas

    A eficincia de um sistema de iluminao artificial est diretamente relacionada

    eficincia luminosa () da fonte de luz, que caracterizada pela relao entre fluxo

    luminoso () emitido e a potncia (W) requerida. A eficincia das fontes de luz, en-

    tre outros aspectos, contribui diretamente para a eficincia energtica do sistema.

    Outro ponto fundamental nos projetos de sistemas de iluminao diz respeito

    reproduo das cores. Dentro do espectro visvel da radiao eletromagntica, com-

    preendido entre 780 nm (infravermelho) e 380 nm (ultravioleta), o olho humano

    registra a cor alm da impresso luminosa.

    Verifica-se que a percepo de cada uma das cores est vinculada a um dado com-

    primento de onda, cada qual correspondendo a uma cor especfica dentro do espec-

    tro visvel, conforme indica a figura da pgina 11.

    Como as fontes artificiais emitem luz em faixas diferentes e especficas do espectro

    visvel, tambm reproduzem as cores de maneira diferente em funo de suas ca-

    ractersticas tcnicas e construtivas, devendo ser selecionadas as que se adaptam s

    necessidades especficas de cada ambiente e atividade.

    Outro aspecto que tambm est associado s caractersticas tcnicas e construtivas das

    fontes de luz a vida til. A eficincia, o rendimento luminoso e a vida til so os as-

    pectos que mais contribuem para a eficincia de um sistema de iluminao artificial e

    merecem, portanto, grande ateno tanto na elaborao de projetos e reformas como

    na implantao de programas de conservao e uso eficiente de energia. As lmpadas

    atualmente produzidas no Brasil podem ser agrupadas em dois tipos principais: lm-

    padas incandescentes e lmpadas de descarga. A eficincia energtica apontada no

    considera as perdas com equipamentos auxiliares como reatores, ignitores etc.

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    2.3.1.1 Lmpadas incandescentes

    A. lmpadas incandescentes cOmuns

    A iluminao incandescente resulta da passagem de corrente eltrica por um fio

    em forma de espiral e de alta resistncia eltrica, que torna tudo incandescente

    devido ao seu aquecimento. Quanto maior a temperatura do fio, maior a quan-

    tidade de luz emitida.

    medida que acendemos e apagamos a lmpada incandescente tradicional,

    o fio metlico dentro do bulbo de vidro vai se gastando, se consumindo com

    o calor at que se rompe e no deixa mais passar corrente eltrica, e a lmpada

    deixa de produzir luz.

    Entre os diversos tipos de lmpadas existentes no mercado, a incandescente comum

    a mais utilizada, especialmente em residncias, sejam decorativas ou refletoras,

    talvez por ser a mais antiga e a mais barata.

    caractersticas

    Filamento: feito de tungstnio por possuir um alto ponto de fuso e um baixo

    ponto de vaporizao. Dessa forma, permite o uso de maiores temperaturas de

    funcionamento e um maior rendimento, em comparao com outros metais.

    Bulbo: sua finalidade isolar o fio do meio externo, proteger o conjunto interno,

    alterar a iluminncia da fonte de luz e serve tambm como forma decorativa.

    Os bulbos costumam ser feitos de vidro-cal, um tipo de vidro macio e com baixa

    temperatura de amolecimento; de vidro boro-silicato, um tipo duro que resiste a

    altas temperaturas, ou ainda de vidro-pirex, resistente a choques trmicos.

    Meio interno: o filamento preservado por mais tempo quando envolto por um

    gs inerte, normalmente, uma mistura de argnio e nitrognio. O criptnio o

    gs inerte que causa menores perdas, mas, devido ao seu preo, usado apenas

    em lmpadas especiais.

    Base: tem por funo fixar a lmpada e conectar o seu circuito de alimentao

    ao sistema eltrico.

    B. lmpadas incandescentes halgenas

    Tm o mesmo princpio de funcionamento das lmpadas incandescentes comuns,

    porm, foram acrescidas de gases halgenos que, dentro do bulbo, se combinam

    com as partculas de tungstnio desprendidas do filamento. Essa combinao, acres-

    cida s correntes trmicas da lmpada, faz com que as partculas se depositem de

    volta no filamento, constituindo o ciclo degenerativo do halognio.

    Dessa forma, a lmpada incandescente halgena possui maior vida mediana, maior

    eficincia luminosa e, como tem condies de evitar o escurecimento da lmpada,

    possui uma luz mais branca e uniforme. Muito utilizada por projetistas e decorado-

    res, aplicada em fachadas, reas de lazer, teatros e at faris de automveis.

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    A. Lmpadas incandescentes

    tipo inCandesCente Comum

    UtilizaoEm ambientes internos onde necessria uma boa reproduo de cor, como:

    vitrines, indstrias txteis e de tintas, indstrias grficas.

    Fluxo luminoso eficincia potncia vida tiL reproduo de cor equipamentos

    200 a 9.359 lm 8 a 18 lm/W 15 a 500 W 1.000 h muito boa nenhum

    ObservaoFonte de luz baixa eficincia que por sua versatilidade e boa reproduo de cores ainda amplamente utilizada.

    Neste tipo de lmpada apenas 10% da energia consumida transformada em luz.

    tipo inCandesCente reFletora

    Utilizao Prpria para lojas, residncias, locais de exposio e para destacar objetos.

    Fluxo luminoso eficincia potncia vida tiL reproduo de cor equipamentos

    320 a 3.600 lm 9 a 12 lm/W 40 a 300 W 1.000 h muito boa nenhum

    ObservaoFonte de luz similar incandescente comum.

    Possui uma camada refletora na superficie interna do bulbo

    tipo inCandesCente halgena

    UtilizaoUtilizada em faris de automveis, projetores fotogrficos, luzes de orientao das pistas de

    aeroportos, realce de objetos em vitrines, galerias etc.

    Fluxo luminoso eficincia potncia vida tiL reproduo de cor equipamentos

    5.100 a 24.000 lm 15 a 25 lm/W 300 a 2.000 W 2.000 h muito boa nenhum

    ObservaoFonte de luz de tamanho reduzido, so fabricadas com diversas formas em funo de

    sua aplicao e potncia. Seu sistema de funcionamento propicia a autolimpeza da ampola, mantendo o mesmo fluxo durante toda a vida til.

    tipo inCandesCente halgena diCriCa

    Utilizao Iluminao de destaques para quadros, vitrines e outros objetos sensveis incidncia de radiao infravermelha.

    Fluxo luminoso eficincia potncia vida tiL reproduo de cor equipamentos

    950 lm 19 lm/W 20 a 75 W 3.000 h muito boa transformador

    Observao

    Conta com as mesmas vantagens da halgena normal possuindo ainda um espelho refletor multifacetado dicrico, que transmite da direo contrria ao foco (para trs da lmpada) cerca de 60% da

    radiao infravermelha emitida. A maioria dos modelos de lmpadas dicricas operam em tenso de 12V tornando necessrio a utilizao de transformadores.

    2.3.1.2 Lmpadas de descarga

    No caso das lmpadas de descarga, a luz obtida por uma descarga eltrica cont-

    nua em um gs, mistura de gases ou vapor ionizado. Elas sempre funcionam com

    equipamento auxiliar reatores e, em alguns casos, um ignitor ligado ao seu

    circuito eltrico.

    As lmpadas de descarga so divididas em lmpadas de baixa presso (mercrio

    fluorescente e sdio) e de alta presso (mercrio, sdio, mista e vapores metlicos).

    De modo geral, so utilizadas em iluminao residencial, comercial e de reas gran-

    des, e em iluminao pblica.

    caractersticas

    Meio interno: gases ou vapores. Os gases mais usados so o argnio, ne-

    nio, xennio, hlio ou criptnio e os vapores de mercrio e de sdio com

    alguns aditivos.

    Tubo de descarga: normalmente de forma tubular, nele que se faz a compo-

    sio dos gases e vapores e onde ocorre a descarga eltrica.

    Eletrodos: facilitam a emisso de eltrons, normalmente feitos de tungstnio

    espiralado, contendo um material emissivo.

    Bulbo externo: protege o tubo de descarga. O bulbo cheio de um gs inerte

    ou funciona a vcuo e pode ser recoberto por uma camada difusora ou de fsfo-

    ro para melhorar a reproduo de cores, alm de absorver a radiao ultravioleta

    emitida pelas lmpadas.

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    37

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    2.3.1.3 Lmpada de descarga em gs a baixa presso por induo

    Este tipo de lmpada possui um recipiente de descarga que contm gs a baixa

    presso e um ncleo cilndrico de ferrite, que cria um campo magntico induzindo

    uma corrente eltrica no gs de modo a provocar a sua ionizao. A energia sufi-

    ciente para gerar e manter a descarga fornecida para a antena por um gerador

    de alta frequncia.

    Suas principais vantagens so a alta durabilidade e o bom rendimento luminoso;

    elas tm diversas aplicaes devido ao custo de manuteno reduzido.

    2.3.1.4 Lmpadas fluorescentes

    As lmpadas fluorescentes so conhecidas como luz fria, pois emitem menos

    calor para o ambiente que as incandescentes. So constitudas de um tubo de

    vidro em forma de cilindro, preenchido com argnio, e sua superfcie interior

    coberta com uma camada de p fluorescente (fsforo). Contm vapor de mercrio

    e um filamento, cuja funo nessas lmpadas diferente da funo que tem nas

    lmpadas incandescentes.

    Ao passar pelo filamento, a corrente eltrica provoca uma descarga no gs do

    interior do tubo, levando os eltrons do gs a colidir com os tomos de mercrio.

    Quando voltam a um estado de equilbrio, esses tomos emitem uma energia na

    forma de radiao ultravioleta, a luz produzida pelo encontro dessa radiao

    com a superfcie do tubo de vidro coberta com p fluorescente. Este tipo de lm-

    pada precisa de reator para controlar e limitar a corrente eltrica que faz com que

    a lmpada funcione.

    a. lmpadas fluOrescentes cOmpactas

    Com tamanho reduzido, foram criadas para substituir as lmpadas incandescentes.

    Quando comparadas s incandescentes, essas lmpadas possuem maior vida til,

    rendimento at cinco vezes maior, e geram uma economia de energia de at 80%.

    A economia de energia que o uso dessa lmpada gera representa uma reduo sig-

    nificativa da explorao dos recursos naturais, uma vez que, com menor consumo,

    menor ser a necessidade de novas usinas para produzi-la.

    b. lmpadas fluOrescentes tubulares

    Com alta eficincia e longa durabilidade, essas lmpadas representam a forma cls-

    sica de iluminao econmica, utilizada nos mais diversos ambientes.

    A descarga eltrica em seu interior emite quase que totalmente a radiao ultravio-

    leta (visvel ao olho humano), gerada pelo vapor de mercrio, que convertida em

    luz pelo p fluorescente que reveste a superfcie interna do bulbo.

    Atualmente existem dois tipos disponveis: a fluorescente standard, que apresenta

    eficincia de 70 lm/W e temperatura de cor entre 4.100 e 6.100 K com IRC entre 48

    e 78%; e a fluorescente trifsforo, com eficincia de at 100 lm/W e temperatura

    de cor entre 3.500 e 6.000 K, com IRC de 85%.

    O passo mais recente para a eficincia o modelo T5 (16 mm) que, alm do di-

    metro, teve uma reduo de comprimento. Essa compactao promoveu um au-

    mento da eficincia luminosa, design e operao direta com reatores eletrnicos.

    c. lmpadas fluOrescentes de alta pOtncia sem eltrOns

    A descarga nesta lmpada no comea e termina com dois eletrodos como em uma

    lmpada fluorescente convencional. A forma de anel fechado do vidro permite uma

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    descarga sem eletrodos, j que a energia fornecida a partir do exterior de um

    campo magntico.

    O campo magntico produzido em dois anis de ferrite, o que constitui uma van-

    tagem importante na durao da lmpada.

    Alm do tubo fluorescente sem eletrodos, o sistema consta de um equipamento

    eletrnico a uma frequncia de 250 kHz aproximadamente, separado da lmpada,

    o que permite alcanar a energia tima para a descarga na lmpada e um timo

    rendimento luminoso.

    2.3.1.5 Lmpadas a vapor de mercrio de alta presso

    Consiste basicamente de um bulbo de vidro resistente, que contm um tubo de

    descarga feito de quartzo para suportar altas temperaturas. Possui em seu interior

    argnio e mercrio que, quando vaporizado, produz o efeito luminoso.

    Essas lmpadas necessitam de um reator especfico para funcionar, que serve para

    controlar a corrente e tenso eltrica da operao. So empregadas na iluminao

    pblica, industrial, na iluminao de monumentos, jardins e fachadas de edifcios.

    Devido emisso ultravioleta, caso o bulbo da lmpada quebre ou esteja sem o

    revestimento de fsforo, deve-se deslig-la, pois o ultravioleta prejudicial sade,

    especialmente quando em contato com a pele ou os olhos.

    2.3.1.6 Lmpadas a vapor metlico

    Semelhantes s lmpadas a vapor de mercrio, possuem um revestimento de alu-

    mnio nas extremidades do tubo de descarga, com a finalidade de refletir o calor

    produzido pela descarga dos eletrodos, impedindo a condensao dos iodetos em

    seu interior.

    Assim como a fluorescente, as lmpadas a vapor metlico necessitam de um reator,

    que produz picos de alta tenso de at 5.000 volts para ignio. Existem modelos

    que possuem um ignitor interno tipo starter.

    Fontes de luz branca mais eficiente do mercado, so utilizadas para diversas aplica-

    es, da iluminao de estdios de futebol e indstrias iluminao de residncias

    e automveis.

    2.3.1.7 Lmpadas mistas

    As lmpadas mistas so uma combinao da lmpada incandescente com a lmpa-

    da a vapor de mercrio, ou seja, possuem um filamento montado ao redor do tubo

    de descarga e ligado em srie com este. No necessitam de reator, uma vez que o

    filamento tem dupla funo: emitir a energia luminosa e servir de elemento de es-

    tabilizao da lmpada.

    Tm maior durabilidade e eficincia que a lmpada incandescente, podem substitu-

    las sem necessidade de equipamento auxiliar. Dada a sua luz branca agradvel e

    boa reproduo de cores, podem ser empregadas em vias pblicas, praas, estacio-

    namentos, jardins e comrcio em geral.

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    2.3.1.8 Lmpadas a vapor de sdio

    a. lmpadas a VapOr de sdiO de baixa pressO

    As lmpadas de sdio de baixa presso so comparveis s lmpadas fluorescentes

    na forma como so construdas e na forma como funcionam.

    O arranque das lmpadas a vapor de sdio mais difcil do que nas lmpadas a

    vapor de mercrio, j que o estado slido do sdio no produz vapor metlico

    temperatura ambiente. Assim, o arranque dado com a ajuda de um gs inerte.

    Essas lmpadas requerem uma tenso de arranque elevada e um tempo de arranque

    mais longo, antes de ser atingido o rendimento mximo.

    Para garantir a temperatura elevada, o tubo de descarga geralmente constitudo

    de um invlucro de vidro dentro da ampola da lmpada, que desenhada para re-

    fletir a radiao infravermelha.

    A caracterstica mais interessante dessa lmpada talvez seja seu alto rendimento lumi-

    noso; devido sua alta durabilidade, a fonte de luz mais eficiente e econmica.

    necessria a utilizao de ignitor e balastro (reator), mas normalmente utilizado

    um transformador como dispositivo de arranque e estabilizao de descarga. Elas

    emitem luz monocromtica, o que limita sua utilizao a lugares que no necessitam

    de um alto ndice de reproduo de cor, como estradas, portos etc.

    b. lmpadas a VapOr de sdiO de alta pressO

    Tm formato similar s lmpadas de vapor de mercrio, diferenciando-se pelo for-

    mato do tubo de descarga, que feito de dixido de alumnio sinterizado translci-

    do (material cermico que suporta altas temperaturas), comprido e estreito, alm de

    possuir um eletrodo principal feito de nibio em cada uma de suas extremidades.

    Seu funcionamento similar ao das lmpadas de descarga, mas necessita de ten-

    ses altas devido geometria do tubo de descarga.

    Elas demoram cerca de 3 a 4 minutos para atingir seu brilho mximo, e, nesse

    tempo, ocorrem vrias mudanas de cor emitida devido composio dos gases

    internos, at chegar a sua cor branco-dourado.

    Pelo fato de possuir uma propriedade de cor mais agradvel que as de baixa pres-

    so, encontram um nmero maior de aplicaes, sendo usadas em vias pblicas,

    rodovias, ferrovias, estacionamentos, e todo tipo de iluminao externa, assim como

    interna, na indstria.

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    B. Lmpadas de descarga

    tipo FluoresCente

    Utilizao Instalaes comerciais. escritrios, oficinas, hospitais, escolas etc.

    Fluxo luminoso eficincia potncia vida til reproduo de cor equipamentos

    650 a 8.300 lm 56 a 90 lm/W 15 a 110 W 7.500 h regular/boa reator/starter

    ObservaoOs acendimentos muito frequentes encurtam a vida til da lmpada. A eficincia energtica do conjunto depende da utilizao dos equipamentos auxiliares adequados e com poucas perdas.

    tipo FluoresCente CompaCta

    UtilizaoResidncias, hotis, restaurantes, teatros, luminrias de mesa, balizamentos e principalmente

    para substituio de lmpadas incandescentes.

    Fluxo luminoso eficincia potncia vida til reproduo de cor equipamentos

    400 a 2.900 lm 44 a 80 lm/W 7 a 26 W 10.000 h muito boa reator/starter

    Observao

    Podem reduzir at 80% de consumo de energia comparando-se incandescente, mantendo o mesmo nvel de iluminao, alm de apresentar uma vida til muito maior.

    A eficincia destas lmpadas similar das lmpadas fluorescentes comuns, porm tm a vantagem de apresentar dimenses reduzidas.

    tipo vapor de merCrio de alta presso

    Utilizao Uso geral em grandes reas, internas ou externas.

    Fluxo luminoso eficincia potncia vida til reproduo de cor equipamentos

    1.800 a 22.000 lm 40 a 55 lm/W 50 a 400 W 15.000 h regular reator

    ObservaoPossui vida til longa, sendo que os acionamentos constantes podem reduzir

    sua vida til. Emite uma luz de cor branca azulada e apresenta pequena depreciao do fluxo luminoso durante a sua vida til.

    tipo luz mista

    Utilizao Postos de gasolina, jardins, vias pblicas, industrias.

    Fluxo luminoso eficincia potncia vida til reproduo de cor equipamentos

    3.150 a 13.500 lm 19 a 27 lm/W 160 a 500 W 5.000 h regular nenhum

    Observao

    Estas lmpadas so equipadas com bases compatveis s lmpadas incandescentes e no necessitam de reator, possibilitando a substituio imediata, permitindo um certo aumento da eficincia luminosa e o aproveitamento das instalaes existentes. Entretanto, preciso ter presente que as lmpadas de luz mista

    so muito menos eficientes que outros tipos de lmpadas que podem substituir as lmpadas incandescentes. Por exemplo, possuem metade da eficincia luminosa das lmpadas a vapor de mercrio

    e apenas 25% das lmpadas a vapor de sdio de alta presso.

    tipo vapor metliCo

    UtilizaoGalpes industriais, piscinas cobertas, supermercados, reas desportivas ou para

    iluminao externa como fachadas, monumentos, canteiros de obra.

    Fluxo luminoso eficincia potncia vida til reproduo de cor equipamentos

    5.500 a 330.000 lm 68 a 100 lm/W 70 a 3.500 W 2.000 a 10.000 h muito boa reator/ignitor

    Observao

    So fontes de luz de alta eficincia. Alguns modelos aparecem em pequenos bulbos tubulares que possibilitam sua utilizao em luminrias menores. So produzidas com contatos unilaterais

    ou bilaterais e bulbos de diversos formatos. Algumas verses dessas lmpadas emitem uma grande quantidade de radiao ultravioleta, por isso devem ser instaladas em luminrias fechadas,

    com vidros que absorvam essa radiao. Devido sua boa reproduo de cores, so utilizadas em locais onde ocorrem filmagens ou televisionamento.

    tipo vapor de sdio de alta presso

    Utilizao Vias pblicas, viadutos, estacionamentos, depsitos, fachadas etc.

    Fluxo luminoso eficincia potncia vida til reproduo de cor equipamentos

    5.600 a 125.000 lm 80 a 140 lm/W 70 a 1.000 W 15.000 h regular reator/ignitor

    Observao

    o tipo de lmpada da maior eficincia luminosa entre fontes de luz policromticas para uso generalizado. O inconveniente a curva de distribuio espectral, pois a emisso de luz ocorre apenas

    em comprimentos de ondas prximos do amarelo, distorcendo parcialmente a percepo das outras cores. Por essa razo, sua aplicao aconselhvel apenas onde a distino das

    cores tem menor importncia e o reconhecimento dos objetos por contraste predominante.

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    2.3.1.9 Lmpadas de induo eletromagntica

    So lmpadas que apresentam um elevado fluxo luminoso, um arranque instant-

    neo, um excelente ndice de restituio de cores, uma longa durabilidade e podem

    ser alimentadas em corrente contnua.

    2.3.1.10 Diodo Emissor de Luz (LED)

    O LED um diodo semi condutor que quando ener gizado emite luz visvel. So dis-

    positivos semi con dutores, de tecnologia similar dos transistores e dos famosos

    chips, que convertem energia el trica diretamente em ener gia luminosa.

    O LED monocromtico, sendo a cor, portanto, dependente do cristal e da impureza

    de dopagem com que fabricado. Emite luz quando os eltrons mudam de camada,

    isso acontece durante a passagem da corrente eltrica, o que faz com que emita

    luz nessa transio. O processo foi otimizado com um arranjo similar a um refletor

    para melhorar o aproveitamento e a definio de um ngulo de facho.

    Encapsulamento Epoxi

    contato

    anodo marca plana - indica catodo

    catodo com refletor

    chip semicondutor

    anodo

    Terminal menor do catodo (negativo)

    alguns benefciOs dO led

    Baixocustodemanuteno:vidatilde50.000horas.

    Efeitovisualmximo:possibilidadedecolorirsuperfciescomluz,variando

    o aspecto de fachadas e ambientes em geral. Por ser uma fonte de luz mo-

    nocromtica, sem gerao de ultravioleta e infravermelho, alcana uma

    saturao de cor e brilho maior que as opes atuais.

    Acendimentoimediato:possibilitaacriaodeefeitotipoflashing.

    Acendimentoinstantneo(mesmocomtemperaturasdeat20C):criao

    de ambientes diferenciados. A dimerizao, alm de economizar energia, ao

    contrrio de outras fontes de luz, favorece o aumento da vida til dos LEDs.

    Confiabilidade:resisteagrandesvariaesdetemperaturaevibrao,o

    que garante a continuidade de operao independentemente das condi-

    es do local de uso, criando novas possibilidades para a aplicao da luz,

    por exemplo, a orientao do trfego em vias pblicas.

    Maiorsegurana:operamembaixatenso(