manualdeiluminação

Upload: edsoroberto

Post on 03-Jun-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    1/36

    MANUAL DEMANUAL DEMANUAL DEMANUAL DEMANUAL DE ILUMINAO EFICIENTE ILUMINAO EFICIENTE ILUMINAO EFICIENTE ILUMINAO EFICIENTE ILUMINAO EFICIENTE

    PROCEL

    PROGRAMA NACIONAL DE CONSERVAO DE ENERGIA ELTRICA

    Eng Pierre Rodrigues

    1 Edio - JULHO/2002

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    2/36

    2EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    ndice ndice ndice ndice ndiceILUMINAO EFICIENTE................................................................3

    1. INTRODUO ........................................................................... 42. PRINCPIOS GERAIS DA LUZ ......................................................5

    3. DEFINIES BSICAS ...............................................................6

    4. FOTOMETRIA .............................................................................9

    5. SISTEMAS DE ILUMINAO NATURAL..........................................

    6. SISTEMAS DE ILUMINAO ARTIFICIAL ......................................6.1. Lmpadas ............................................................................ 116.2. Luminrias ............................................................................ 166.3. Equipamentos Auxiliares ......................................................197. DESCRIO DE UM PROJETO EFICIENTE DE ILUMINAO....

    8. REVITALIZAO DE UM SISTEMA DE ILUMINAO.................

    9. APLICAO E ANLISE DA REVITALIZAO ............................

    10. APLICAES ..........................................................................26

    11. MTODO DE CLCULO LUMINOTCNICO ...............................28

    12. ESTUDO DE CASO (EFICINCIA ENERGTICA).........................

    13. CONCLUSO .........................................................................35

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    3/36

    3EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    ILUMINAO EFICIENTE

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    4/36

    4EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    1. INTRODUO A luz um elemento importante e indispensvel em nossas vidas. Por isto, encaradade forma familiar e natural, fazendo com que ignoremos a real necessidade deconhec-la e compreend-la. Ao longo dos anos as tecnologias que envolvem ossistemas de iluminao tm se desenvolvido bastante, hoje em dia temos diversostipos de equipamentos disponveis para diversas aplicaes.

    Como conseqncia deste desenvolvimento, vemos hoje pessoas preocupadascom a escassez de energia, e a busca por alternativas mais econmicas tornou-seuma prioridade para muitas aplicaes. No campo da iluminao sabemos que aqualidade da luz decisiva, tanto no que diz respeito ao desempenho dasatividades, como na influncia que exerce no estado emocional e no bem-estar

    dos seres humanos. Conhecer a luz, as alternativas disponveis e saber controlarquantidade e qualidade, so ferramentas preciosas para o sucesso de qualquerinstalao.

    Vrios trabalhos desenvolvidos no Brasil mostram alguns problemas freqentes nasedificaes existentes, seja pblica ou privada, o sistema de iluminao geralmentese encontra fora dos padres tcnicos adequados. Os tipos mais comuns dessasocorrncias so:

    Iluminao em excesso;

    Falta de aproveitamento da iluminao artificial;

    Uso de equipamentos com baixa eficincia luminosa;

    Falta de comandos (interruptores) das luminrias;

    Ausncia de manuteno, depreciando o sistema;

    Hbitos de uso inadequados;

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    5/36

    5EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    2. PRINCPIOS GERAIS DA LUZEspectro EletromagnticoPara o estudo de iluminao especialmente importanteo grupo de radiaescompreendidas entre oscomprimentos de onda de380 e 780 nm, pois eles tma capacidade de estimulara retina do olho humano,produzindo sensaoluminosa.

    O espectro eletromagntico visvel est, pois, limitado em um dos extremos pelasradiaes infravermelhas (de maior comprimento de onda) e, no outro, pelasradiaes ultravioletas (de menor comprimento de onda).

    Espectro VisvelExaminando a radiao visvel, verificamosque, alm da impresso luminosa, obtemostambm a impresso de cor. Essa sensaode cor est intimamente ligada aoscomprimentos de onda das radiaes. Verifica-se que os diferentes comprimentosde onda (as diferentes cores) produzemdiversas sensaes de luminosidade; isto ,o olho humano no igualmente sensvel atodas as cores do espectro visvel.

    Pela figura vemos que a mxima sensibilidade do olho humano passa docomprimento de onda de 555nm (viso fotpica) para 508nm, em baixos nveis deluminncia (viso escotpica).

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    6/36

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    7/36

    7EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    de 1 Watt. Quanto maior o valor da eficincia luminosa de uma determinadalmpada, maior ser a quantidade de luz produzida com o mesmo consumo.Dentro das lmpadas comercialmente disponveis no mercado nacional, pode-seclassific-las de acordo com a sua eficincia luminosa.

    o Incandescente 10 a 15 lm/W.o Halgenas 15 a 25 lm/W.o Mista 20 a 35 lm/W.o Vapor de Mercrio 45 a 55 lm/W.o Fluorescente tubular 55 a 75 lm/W.o Fluorescente compacta 50 a 80 lm/W.o Vapor Metlico 65 a 90 lm/W.o Vapor de Sdio 80 a 140 lm/W.

    ndice de Reproduo de Cor (IRC) a medida de correspondncia entre acor real de um objeto e sua aparncia diante de uma determinada fonte de luz. A luz artificial, como regra, deve permitir ao olho humano perceber as corescorretamente, ou o mais prximo possvel da luz natural do dia (luz do sol). Lmpadascom ndice de 100% apresentam as cores com total fidelidade e preciso. Quantomais baixo o ndice, mais deficiente a reproduo de cores. Os ndices variamconforme a natureza da luz e so indicados de acordo com o uso de cada ambiente.

    Por exemplo, em uma fbricade tintas, no se deve usaruma lmpada do tipo Vaporde Sdio, que apesar deconsumir menos energia,possui um baixo IRC. Demodo geral, os escritriosnecessitam de uma boa

    reproduo de cor, no spara as tarefas visuais, mastambm para a criao deuma atmosfera agradvel.

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    8/36

    8EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Temperatura de Cor - a grandezaque expressa a aparncia de cor daluz, sendo sua unidade o Kelvin. Quantomais alta a temperatura de cor, mais

    branca a cor da luz. A luz quente aque tem aparncia amarelada etemperatura de cor baixa: 3000 K oumenos. A luz fria, ao contrrio, temaparncia azul-violeta, comtemperatura de cor elevada: 6000 K oumais. A luz branca natural aquelaemitida pelo sol em cu aberto ao meio-dia, cuja temperatura de cor 5800 K.

    Curva de Distribuio Luminosa a curva que representa,em coordenadas polares, as intensidades luminosas nos planostransversal e longitudinal.

    Ofuscamento Efeito de uma luz forte no campo de viso doolho humano. Pode provocar sensao de desconforto e

    prejudicar o desempenho das atividades realizadas no local.

    Reflexo, Transmisso e Absoro de Luz Quando se ilumina uma superfciede vidro, uma parte do fluxo luminoso que incide sobre a mesma se reflete, outraatravessa a superfcie transmitindo-se ao outro lado, e uma terceira parte do fluxoluminoso absorvida pela prpria superfcie, transformando-se em calor. Portanto ofluxo luminoso incidente divide-se em trs partes, em uma dada proporo, quedepende das caractersticas da substncia sobre a qual incide. Temos, pois, trsfatores a definir: refletncia, transmitncia e fator de absoro.

    o Refletncia a relao entre o fluxo luminoso refletido por uma superfcie e ofluxo luminoso incidente sobre ela;o Transmitncia a relao entre o fluxo luminoso transmitido por uma superfciee o fluxo luminoso que incide sobre ela;o Fator de absoro a relao entre o fluxo luminoso absorvido por umasuperfcie e o fluxo luminoso que incide sobre a mesma.

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    9/36

    9EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    4. FOTOMETRIA Consiste em uma srie de mtodos e processos de medida das grandezas luminosas.Os processos utilizados permitem a determinao do fluxo luminoso, intensidadeluminosa, iluminncias e curvas de desempenho dos aparelhos de iluminao.

    Fotmetros - LuxmetrosQuando se deseja conhecer os nveis deiluminncia de interiores, realiza-se suamedio com o auxlio de um fotmetrocalibrados em lux, chamado de luxmetro.

    Em instalaes recm-construdas, deve-se

    fazer as lmpadas funcionarem por algumtempo (aproximadamente 100h), para quesejam devidamente sazonadas e estabilizadas em seus fluxos luminosos. S depoisse processam as medies.

    Nas instalaes com lmpadas de descarga (vapor de mercrio, vapor de sdio, vapor metlico), deve-se, ainda, deix-las funcionar por 30 minutos antes de seproceder s medies. Com isso, as condies de funcionamento seroaproximadamente as timas, pois as temperaturas das fontes e as presses internasdos gases estaro dentro de seus valores nominais.

    5. SISTEMAS DE ILUMINAO NATURAL A utilizao da luz natural , sob todos os aspectos, o ponto de partida para se obterum sistema de iluminao energeticamente eficiente.

    Esta a tendncia mundial cada vez mais adotada nos modernos sistemas de

    iluminao, que encontra no Brasil razes ainda mais fortes para ser amplamenteutilizada em funo de nossas caractersticas climticas bastante favorveis.

    Os problemas mais comuns para o correto aproveitamento da luz natural so:

    Em um edifcio necessrio considerar tanto a iluminao natural quanto aartificial. A correta integrao entre os dois sistemas pode solucionar o problema da

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    10/36

    10EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    variao da intensidade da luz e contribuir para a reduo do consumo de energia.Em muitos casos vemos que a contribuio da luz natural torna-se exagerada,ocasionando aumento da carga trmica do ambiente, fato que permite odesligamento da luz natural, mas aumenta a participao dos sistemas de

    climatizao artificial; A iluminao dos edifcios modernos visa atender a um grande nmero de pessoasrealizando vrias atividades com exigncias diferentes quanto ao nvel de iluminncia.Para melhor utilizar a luz natural, a localizao das tarefas com maiores exigncias visuais deve ser sempre prxima s janelas, fato que nem sempre observado naprtica; Da radiao proveniente do sol, aproximadamente 50% da energia recebidana Terra composta pelo espectro visvel (luz), e uma parcela de aproximadamente45% composta por radiaes infravermelhas. Um sistema de iluminao naturaleficiente deve possuir uma proteo adequada contra a incidncia da radiaosolar direta. Nestas condies, o uso da luz natural pode permitir uma reduo deat 50% no consumo de energia eltrica com iluminao, com efeitos positivossobre o consumo dos sistemas de ar condicionado.

    6. SISTEMAS DE ILUMINAO ARTIFICIAL A luz natural sempre foi a principal fonte de iluminao na arquitetura. Entretanto,

    aps a descoberta da eletricidade e a inveno da lmpada, a iluminao artificialse tornou cada vez mais inseparvel da edificao. A luz artificial permite ao homemutilizar as edificaes noite para dar continuidade as suas atividades ou se divertir,indo a bares, shopping centers ou mesmo lendo um livro. importante, no entanto,salientar que no to simples empregar a luz artificial de forma eficiente. Valelembrar que a iluminao para as pessoas e no para a edificao, conceitosimportantes como quantidade de luz, uniformidade da iluminao e ofuscamento,devem ser levados em considerao.

    A eficincia dos sistemas de iluminao artificial est associada, basicamente, scaractersticas tcnicas, eficincia e ao rendimento de um conjunto de elementos,dentre os quais destacam-se:

    Lmpadas; Luminrias;

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    11/36

    11EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Reatores; Circuitos de distribuio e controle; Utilizao de luz natural; Cores das superfcies internas;

    Mobilirio;

    6.1. Lmpadas As lmpadas modernas so fontes luminosas de origem eltrica. As com filamentoconvencional ou halgenas produzem luz pela incandescncia, assim como o sol. As de descarga aproveitam a luminescncia, assim como os relmpagos edescargas atmosfricas. E os diodos utilizam a fotoluminescncia, assim como os vaga-lumes.

    Existem ainda as lmpadas mistas, que combinam incandescncia eluminescncia, e as fluorescentes, cuja caracterstica o aproveitamento daluminescncia e da fotoluminescncia.

    Os aspectos eficincia luminosa e vida til so os que mais contribuem para aeficincia energtica de um sistema de iluminao artificial e devem, portantomerecer grande ateno, seja na elaborao de projetos e reformas, seja na

    implantao de programas de conservao e uso eficiente de energia.

    Lmpadas IncandescentesLmpada Incandescente Tradicional A lmpada funciona atravs da passagem da corrente eltricapelo filamento de tungstnio que, com o aquecimento, gera luz.Sua oxidao evitada pela presena de gs inerte ou vcuodentro do bulbo que contm o filamento. Com a temperaturade cor agradvel, na faixa de 2700 K (amarelada), e reproduode cor de 100%, os diversos tipos de lmpadas comuns,decorativas ou refletoras tm atualmente sua aplicaopredominantemente residencial.

    Componentes de uma lmpada incandescente: Filamento o fio de tungstnio utilizado na produo do filamento das lmpadas

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    12/36

    12EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    incandescentes devido a sua grande resistncia fsica e ao alto ponto de fuso(3.380C). Quanto maior a temperatura de um filamento, maior a eficincia dalmpada; Projeto do filamento o comprimento, o dimetro e o formato do fio de tungstnio,

    so determinados conforme o uso a que se destina a lmpada e a necessidadede potncia e vida, objetivando produzir luz da maneira mais econmica e eficientepossvel; Preenchimento das lmpadas as lmpadas de potncia inferior a 40W sogeralmente do tipo vcuo, o que evita que o filamento se combine com o oxignioe evapore instantaneamente. Nas lmpadas de maior potncia o preenchimento feito com uma mistura de gases argnio e nitrognio. Estes gases so inertes e nose combinam quimicamente com o tungstnio, reduzindo a evaporao dofilamento e aumentando a eficincia; Acabamento dos bulbos podem ser claro, leitoso, refletor e colorido. Oacabamento leitoso resulta em uma luz suave e difusa evitando o ofuscamento e oaparecimento de sombras da montagem do filamento, o que geralmente ocorrenas lmpadas de acabamento claro. As lmpadas coloridas podem ser revestidasinternamente base de slica colorida ou externamente base de um verniz especial. As refletoras recebem um revestimento interno base de alumnio que dirige toda aluz produzida para a parte da frente da lmpada, formando um facho de luzconcentrada e controlada.

    Lmpada Incandescente Halgena As lmpadas halgenas so tambm consideradasincandescentes. Tm o mesmo princpio defuncionamento, porm foram incrementadas com aintroduo de gases halgenos que, dentro do bulbo, secombinam com as partculas de tungstniodesprendidas do filamento. Esta combinao, somada

    corrente trmica dentro da lmpada, faz com que aspartculas se depositem de volta no filamento, criandoassim o ciclo regenerativo do halognio. O resultado uma lmpada com vantagens adicionais, quandocomparada s incandescentes tradicionais: Luz mais branca, brilhante e uniforme ao longo de todaa vida;

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    13/36

    13EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Maior eficincia energtica, ou seja, mais luz com potncia menor ou igual; Vida til mais longa, variando entre 2000 e 4000 horas; Dimenses menores. Assim como a lmpada incandescente comum, a iluminao halgena

    dimerizvel, pode ser dirigida e est disponvel em verses de alta e baixa potncia.Estas caractersticas fazem das lmpadas halgenas a escolha ideal para projetistase decoradores, para quem a luz to importante como as formas arquitetnicas,materiais e as cores.

    Lmpadas de Descarga EltricaNessas lmpadas o fluxo luminoso gerado direta ou indiretamente pela passagemda corrente eltrica atravs de um gs, mistura de gases ou vapores.

    Fluorescentes compactasSo indicadas principalmente na substituio das lmpadas incandescentes, eapresentam as seguintes vantagens: Consumo de energia em mdia80% menor, resultando da umagrande reduo na conta de luz; Durabilidade aproximadamente10 vezes maior, implicando uma

    enorme reduo nos custos demanuteno e reposio daslmpadas; Design moderno, leve e compacto; Aquecem menos o ambiente,representando uma forte reduo nacarga trmica das grandesinstalaes, proporcionando conforto e sobrecarregando menos os sistemas de ar

    condicionado; Excelente reproduo de cores, com ndice de 85%, o que garante seu uso emlocais onde a fidelidade e valorizao dos espaos e produtos so fundamentais; Tonalidade de cor adequada para cada ambiente, obtida graas tecnologiado p trifsforo.

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    14/36

    14EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Fluorescentes tubularesEstas lmpadas so a clssica formapara uma iluminao econmica. Suaalta eficincia e longa durabilidade

    garantem sua aplicao nas maisdiversas reas comerciais e industriais. A descarga eltrica em seu interior emitequase que totalmente radiaoultravioleta (invisvel ao olho humano),gerada pelo vapor de mercrio, que,por sua vez, ser convertida em luz pelop fluorescente que reveste a superfcieinterna do bulbo. da composio deste p fluorescente que resultam as maisdiferentes alternativas de cor de luz adequadas a cada tipo de aplicao. eleque determina a qualidade e a quantidade de luz, alm da eficincia nareproduo de cor.

    A figura ao lado mostra como geradaa luz em uma tpica lmpadafluorescente tubular. Quando almpada ligada, a passagem de

    corrente eltrica atravs dos filamentoscausa o seu aquecimento e a liberaode eltrons. Esses eltrons semovimentam de um catodo para ooutro em altssima velocidade,estabelecendo uma descarga eltricano vapor de mercrio. A contnuacoliso de eltrons com os tomos de

    mercrio produz o ultravioleta, o qual convertido em luz visvel pelo fsforo.

    Atualmente existem duas verses dessas lmpadas: Fluorescente Standard - que apresenta eficincia luminosa de at 70 lm/W,temperatura de cor variando entre 4100K e 6100K e ndice de reproduo de corde 48 a 78%.

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    15/36

    15EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Fluorescente trifsforo - eficincia luminosa de at 100 lm/W, temperatura de cor variando entre 3500K e 6000K e ndice de reproduo de cor de 85%.

    A grande revoluo das fluorescentes ao longo dos anos tem

    ficado por conta da reduo do dimetro. Quanto menor ele for,maior a possibilidade de desenvolvimento ptico dos refletores,permitindo melhor eficincia das luminrias. As verses tradicionaisde lmpadas so produzidas em T12(38mm) ou T10(33mm), eas verses mais modernas em T8(26mm). O passo mais recentepara otimizao global dos sistemas fluorescentes a totalminiaturizao obtida com a verso T5(16mm) que, alm dodimetro de 16mm, teve uma reduo de 50mm no comprimentototal. Compactao, aumento na eficincia luminosa, designmais leve e criativo e operao direta em reatores eletrnicos.

    Vapor de MercrioNas lmpadas de vapor de mercrio a luz produzida pela combinao deexcitao e fluorescncia. A descarga de mercrio no tubo de arco produz umaenergia visvel na regio do azul e do ultravioleta. O fsforo, que reveste o bulbo,converte o ultravioleta em luz visvel na regio do vermelho. O resultado uma luz deboa reproduo de cores com eficincia luminosa de at 60 lm/W. Para que uma

    lmpada de vapor de mercrio possa funcionar necessrio conect-la a umreator especfico, o qual serve para controlar a corrente e a tenso de operao. importante salientar que devido emisso de ultravioleta, caso a lmpada tenhao seu bulbo quebrado ou esteja sem o revestimento de fsforo, deve-se deslig-la,pois o ultravioleta prejudicial sade, principalmente em contacto com a pele ouos olhos.

    Luz Mista

    As lmpadas de luz mista, como o prprio nome j diz, so uma combinao deuma lmpada vapor de mercrio com uma lmpada incandescente, ou seja, umtubo de descarga de mercrio ligado em srie com um filamento incandescente. Ofilamento controla a corrente no tubo de arco e ao mesmo tempo contribui com aproduo de 20% do total do fluxo luminoso produzido. A combinao da radiaodo mercrio com a radiao do fsforo e a radiao do filamento incandescente,produz uma agradvel luz branca. As principais caractersticas da luz mista so:

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    16/36

    16EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Substituem diretamente as lmpadas incandescentes em 220V, nonecessitando de equipamentos auxiliares (reator, ignitor e starter); Maior eficincia e vida mdia oito vezes maior que as incandescentes

    Vapor de Sdio A lmpada vapor de sdio alta presso a mais eficiente do grupo de lmpadasde alta intensidade de descarga. A luz produzida pela excitao de tomos desdio aliados a um complexo processo de absoro e reirradiao em diferentescomprimentos de onda. O resultado uma luz branco-dourada com uma eficincialuminosa de 130 lm/W. As lmpadas vapor de sdio so projetadas para funcionarnos mesmos reatores para lmpadas vapor de mercrio, sendo uma excelenteopo de substituio para sistemas que j utilizam este tipo de lmpada. A substituio de uma lmpada vapor de mercrio por um vapor de sdio resulta emuma reduo mdia de 10% no consumo de energia eltrica e um acrscimomdio de 65% no fluxo luminoso. Este tipo de lmpada se apresenta nas versestubulares e elipsoidais, e indicada para iluminao de locais onde a reproduode cor no um fator importante. Amplamente utilizada na iluminao externa, emavenidas, auto-estradas, viadutos, complexos virios etc., tem seu uso ampliadopara reas industriais, siderrgicas e ainda para locais especficos como aeroportos,estaleiros, portos, ferrovias, ptios e estacionamentos.

    Vapor metlico A lmpada vapor metlico, alm de ter uma excelente reproduo de cores, atualmente a fonte de luz branca de maior eficincia disponvel no mercado. A luz produzida pela excitao de tomos de aditivos metlicos em um tubo de arcode quartzo. Para o seu funcionamento necessrio utilizar um reator para controlara tenso e corrente de operao, e um ignitor para a partida. Devido excelentequalidade de luz produzida pelas lmpadas vapor metlico, novos modelos debaixa potncia foram desenvolvidos para utilizao em interiores. Atualmente as

    lmpadas vapor metlico esto disponveis nos formatos tubular, ovide e tubularde duplo contacto.

    6.2. Luminrias As luminrias so equipamentos que recebem a fonte de luz (lmpada) e modificama distribuio espacial do fluxo luminoso produzido pela mesma. Suas partes

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    17/36

    17EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    principais so: O receptculo para a fonte luminosa; Os dispositivos para modificar a distribuioespacial do fluxo luminoso emitido (refletores,

    refratores, difusores, colmias, etc...); A carcaa, rgos acessrios e decomplementao.

    Uma luminria eficiente otimiza odesempenho do sistema de iluminaoartificial. Ao avaliar uma luminria, suaeficincia e suas caractersticas de emissoso de considervel importncia. A eficinciade uma luminria pode ser obtida pelarelao entre a luz emitida pela mesma e aluz emitida pela lmpada. Isto se explica pelo fato de uma parte da luz emitida pelalmpada ser absorvida pela luminria, enquanto a restante emitida ao espao.O valor da frao de emisso da luz da luminria depende dos materiaisempregados na sua construo, da refletncia das suas superfcies, de sua forma,dos dispositivos usados para proteger as lmpadas e do seu estado deconservao. Quando se avalia a distribuio da luz a partir da luminria, deve-se

    considerar como ela controla o brilho, assim como a proporo dos lumens dalmpada que chegam ao plano de trabalho. A luminria pode modificar (controlar,distribuir e filtrar), o fluxo luminoso emitido pelas lmpadas: desvi-lo para certasdirees (defletores), ou reduzir a quantidade de luz em certas direes para diminuiro ofuscamento (difusores).

    Receptculo para fonte luminosaElemento de fixao funciona como contacto eltrico entre o circuito de alimentao

    externo e a lmpada. Normalmente as partes isolantes so construdas de porcelana vitrificada, as partes condutoras devero ser de lato, e as que possuem efeito demola, de bronze fosforoso. Alm da resistncia temperatura de funcionamento,deve-se verificar a estabilidade de fixao lmpada/receptculo quando aluminria estiver sujeita a intensas vibraes mecnicas, o que obrigar a utilizaode soquetes tipo antivibratrio.

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    18/36

    18EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    RefletoresSo dispositivos que servempara modificar a distribuioespacial do fluxo luminoso de

    uma fonte. Os perfis de refletormais utilizados so oscirculares, os parablicos, oselpticos e os de formasespeciais normalmenteassimtricos. Cada tipo derefletor possui sua aplicaoespecfica. Podem serconstrudos de vidro ou plsticos espelhados, alumnio polido, chapa de aoesmaltada ou pintada de branco. O vidro espelhado, apesar da alta refletncia, pouco utilizado devido a sua fragilidade, peso elevado e custo. O alumnio polido uma tima opo, pois alia s vantagens de alta refletncia, razovel resistnciamecnica, peso reduzido e custo relativamente baixo.

    RefratoresSo dispositivos que modificam a distribuio do fluxo luminoso de uma fonteutilizando o fenmeno da transmitncia. Em muitas luminrias esses dispositivos tem

    como finalidade principal vedao da luminria, protegendo a parte internacontra poeira, chuva, poluio e impactos.

    Difusores e ColmiasOs difusores so elementos translcidos, foscos ou leitosos, colocados em frente fonte de luz com a finalidade de diminuir sua luminosidade, reduzindo aspossibilidades de ofuscamento. o caso das placas de vidro fosco ou bacias deplstico, acrlico ou policarbonato das luminrias fluorescentes. Podem tambm serutilizados para conseguir-se um aumento da abertura de facho de uma luminria.

    Envelhecimento Impacto Temperatura(C)ChoqueTrmico

    Vidro 88 tima Fraca 230 Fraca Elevado Acrlico 92 Muito Boa Regular 70/100 Boa Baixo

    Policarbonato 87 Boa Elevada 135 Boa Baixo

    PesoResistncia ao

    Material Transmitnciamdia (%)

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    19/36

    19EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Carcaa, rgos de fixao e de Complementao As estruturas bsicas das luminrias podem ser construdas de diversos materiais.Nas luminrias para lmpadas fluorescentes, a carcaa o prprio refletor, dechapa de ao, com acabamento geralmente em tinta esmaltada branca. A

    espessura da chapa dever ser compatvel com a rigidez mecnica do aparelho. A pintura deve ser de boa qualidade para melhor aderncia e estabilidade.

    Nas luminrias utilizadas no tempo ou em ambientes midos, d-se preferncia acarcaas de alumnio ou plsticos devidamente estabilizados contra radiaes.

    No caso das luminrias hermticas, prova de gua e vapores, especial cuidadodeve ser tomado em relao s juntas e gaxetas de vedao, no que tange resistncia s intempries, temperatura e ao envelhecimento.

    6.3. Equipamentos AuxiliaresReatoresTem por finalidade provocar um aumento de tenso durante a ignio e umareduo na intensidade da corrente, durante o funcionamento da lmpada. Emtermos construtivos podem se apresentar de duas formas: reatores eletromagnticosou reatores eletrnicos.

    Reatores eletromagnticos so os mais comuns nas instalaes. Geralmentecompostos de ncleo de ferro, bobinas de cobre e capacitores para correo dofator de potncia. Devido as suas perdas eltricas, emisso de rudo audvel, efeitoflicker e carga trmica elevada no so vistos com bons olhos por aqueles quepretendem fazer uso eficiente da energia eltrica;

    Reatores eletrnicos so os mais procurados por profissionais voltados ao usoeficiente da energia. Trabalham em alta freqncia (20 a 50 kHz), sendo maiseficientes que os eletromagnticos na converso de potncia eltrica em potncialuminosa. A qualidade do produto, no entanto, um fator que deve ser levado emconsiderao para que se obtenha sucesso na execuo do projeto.

    Os aspectos bsicos a serem considerados so o fator de potncia (FP) e a distoroharmnica (THD), que so mostrados na tabela a seguir.

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    20/36

    20EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Fonte: NLPIP CFL Specifier Report, Advanced Lighting Guidelines

    IgnitoresDispositivo de partida para lmpadas vapor de sdio e vapores metlicos. Durantea ignio na lmpada vapor de sdio, ele fornece um alto pico de tenso aoseletrodos da lmpada que sobreposto tenso da rede. Por isto os disjuntores deproteo do circuito devero ser do tipo retardado, suportando a corrente necessriapara a partida da lmpada. Aps a partida o ignitor desliga-se automaticamente.

    Sensor de Presena A utilizao destes equipamentos pode gerar economias significativas. Estesdispositivos asseguram que as luzes permaneam apagadas quando as salasesto desocupadas, sendo suas aplicaes mais apropriadas em locais com perfilde ocupao intermitente ou imprevisvel.

    O sistema composto por um detector de movimento (que utiliza ondas ultra-snicas

    ou radiao infravermelha), uma unidade de controle eletrnica e um interruptorcontrolvel (rel). O detector de presena sente o movimento e envia o sinalapropriado para a unidade de controle. A unidade de controle, ento, processa osinal de entrada para fechar ou abrir o rel que controla a potncia da luz.

    Sistema por Controle FotoeltricoEste sistema possui sensores que identificam a presena de luz natural, fazendo adevida diminuio ou at mesmo bloqueio da luz artificial atravs de dimmerscontrolados automaticamente. Quando maior a quantidade de luz natural disponvelno ambiente, menor ser a potncia eltrica fornecida s lmpadas e vice-versa.

    Minuterias A pessoa que entra no prdio ativa a minuteria, que acende as lmpadas por umperodo de tempo preestabelecido, suficiente para o usurio chegar aos seu localde destino. Aps o tempo programado, o temporizador desativa as lmpadas,evitando o desperdcio de energia.

    Fator de potncianormal

    Alto fator depotncia

    Fator de potncianormal

    Alto fator depotncia

    FP 0,4 - 0,7 0,8 - >0,9 0,4 - 0,7 >0,9

    THD (%) 6 - 18 15 - 27 75 - 200 16 - 42

    Reator eletromagntico Reator eletrnicoTipo

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    21/36

    21EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    DimmersControlam, atravs de um circuito eletrnico, a potncia fornecida lmpada. Esteaparelho normalmente encontrado para lmpadas incandescentes. Algunsmodelos de reatores eletrnicos e mesmo eletromagnticos incorporam a funo

    do dimmer, permitindo o controle contnuo da luminosidade em lmpadasfluorescentes. Existem tambm modelos de lmpadas fluorescentes compactasque permitem a utilizao de dimmers comuns, os mesmos empregados no controlede lmpadas incandescentes.

    7. DESCRIO DE UM PROJETO EFICIENTE DE ILUMINAOIluminao de interioresNos projetos luminotcnicos eficientes, devemos sempre buscar:

    Boas condies de visibilidade; Boa reproduo de cores; Economia de energia eltrica; Facilidade e menores custos de manuteno; Preo inicial compatvel; Utilizar iluminao local de reforo; Combinar iluminao natural com artificial.

    Objetivos a serem alcanados em um projeto de iluminao Definir o nvel de iluminncia no local, de acordo com a utilizao do ambiente.Para isso existem normas tcnicas brasileiras e internacionais que orientaro o projetista.O nvel recomendado varia, tambm, com a durao do trabalho sob iluminaoartificial, devendo ser mais elevado para as longas jornadas.

    Obter uma distribuio razoavelmente uniforme das iluminncias nos planosiluminados.

    Evitar o deslumbramento das pessoas que utilizam o local. O deslumbramento a impresso de mal-estar que o olho humano experimenta quando recebe fluxoluminoso de uma fonte de grande intensidade luminosa. Sua conseqncia imediata a perturbao da capacidade visual do indivduo, sendo capaz de dificultar emesmo impedir a funo visual perfeita.

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    22/36

    22EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Obter uma correta reproduo das cores dos objetos e ambientes iluminados. A impresso da cor de um objeto depende da composio espectral da luz que oilumina, de suas refletncias espectrais e do sentido da viso humana. Portanto acor no exatamente uma propriedade fixa e permanente em um objeto, mas o

    que se enxerga como cor o fluxo luminoso refletido pelo mesmo.

    Escolher com critrio os aparelhos de iluminao e o tipo de lmpada a serempregada para que se verifiquem as condies anteriores de uma formaeconmica, e que essas condies no se degradem sensivelmente com o tempo.

    Lembrar que a iluminao parte de um projeto global, devendo se harmonizarcom o mesmo. Ela define, em muitos casos, as caractersticas de um ambiente. Emresumo, ao se projetar a iluminao de um ambiente, no se deve levar em contaunicamente os aspectos quantitativos, mas tambm os qualitativos, de modo acriar uma iluminao que responda a todos os requisitos que o usurio exige doespao iluminado.

    8. REVITALIZAO DE UM SISTEMA DE ILUMINAO A iluminao um fator determinante para a boa produtividade no ambiente detrabalho e para as vendas dos produtos expostos nos estabelecimentos comerciais.

    Em um local bem iluminado h menos fadiga, menor incidncia de erros, reduode problemas com a viso, conforto visual, melhor desempenho visual dasatividades e realce das texturas e cores atravs da reproduo com fidelidade.

    Todo trabalho de revitalizao de um sistema de iluminao deve comear comum levantamento criterioso da situao atual, abordando os seguintes itens:

    Caractersticas do ambiente Componentes do sistema e da instalao eltrica Forma e horrio de funcionamento Nvel de iluminamento nos planos de trabalho Faixa etria das pessoas que trabalham no local Tarifa de energia

    Ao se fazer a visita no local que ser estudado necessrio que se levante uma sriede itens que sero de fundamental importncia para o estudo. A seguir esto

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    23/36

    23EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    relacionados os parmetros que devem ser avaliados, sob forma de recomendaese procedimentos:

    Caractersticas do ambiente:

    Refletncias - Deve-se estimar a refletncia das paredes, teto e piso, para subsidiarclculos futuros. importante a adoo de cores claras, que aumentam orendimento do sistema, diminuindo a varincia entre iluminncias mnimas, mdiase mximas;

    Contribuio da luz natural - Deve ser avaliada atravs de sua contribuio noplano de trabalho. Com a iluminao desligada, pode-se medir o nvel deiluminamento no plano de trabalho devido luz natural e assim avaliar suacontribuio.

    Componentes do sistema e da instalao eltrica: Luminria - Principal item para aplicao da revitalizao, podendo ser substitudaou reformada. importante verificar seu estado de conservao, possibilidades dereforma e forma de fixao. Recomenda-se a retirada de uma luminria, de cadamodelo, para subsidiar os estudos junto ao fabricante que ir fornecer as luminriaspara a revitalizao;

    Lmpada - Deve ter seu tipo e fabricante anotados para a avaliao dorendimento atual no sistema. Grandezas tais como, temperatura de cor, ndice dereproduo de cor, fluxo luminoso, potncia e eficincia energtica devem serlevantadas atravs de consultas a catlogos de fabricantes;

    Reator - Elemento responsvel pela quase totalidade das perdas no sistemaatual. Devero ser verificados seus modelos, fabricante, tenso nominal, fator depotncia e perdas nominais.

    Forma e horrio de funcionamento: Reduz-se o consumo de energia com o sistema funcionando apenas no horriode ocupao e tambm atravs de acionamentos automatizados (tais comosensores de presena).

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    24/36

    24EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Nvel de iluminamento nos planos de trabalho: Nvel de iluminamento atual dever ser mapeado de forma simples, com o objetivode se ter uma noo do nvel mdio. Este valor ser o ponto de partida para osestudos de alternativas de revitalizao. Recomenda-se medir o nvel de

    iluminamento sobre as mesas de trabalho, abrangendo todo o ambiente poramostragem.

    Tarifa de energia: Deve-se verificar, junto ao usurio, qual a classe tarifria a que est submetida ainstalao, para que os possveis ganhos com a reduo do consumo possam seravaliados. recomendvel obter uma cpia das contas de energia do local nosltimos 12 meses e, se possvel, avaliar a participao do sistema de iluminao nototal.

    9. APLICAO E ANLISE DA REVITALIZAO Alguns aspectos tcnicos devem ser considerados na aplicao da revitalizao:

    Nvel de iluminamento A comparao entre os nveis atuais e futuro permite o direcionamento das soluesa serem estudadas, pois ser possvel avaliar se a distribuio de luminrias poder

    ser mantida, se o nmero de lmpadas das luminrias pode ser reduzido, se havernecessidade de uso de reator com alto fator de potncia; e, principalmente, avaliaras possibilidades de reduo dos custos de energia.

    Escolha dos componentes Na escolha da luminria devero ser considerados os aspectos de facilidade deinstalao, necessidade de adaptao no forro, utilizao dos materiais de fixaoexistentes e, principalmente, suas caractersticas fotomtricas, seu rendimento ecusto para reforma ou substituio.

    A escolha da lmpada est atrelada a luminria, porm devero serconsideradas as lmpadas com melhor relao lm/W, sua temperatura de cor endice de reproduo de cor.

    A escolha do reator sempre recai sobre o problema de utilizao ou no de reatoreseletrnicos, pois apesar destes diminurem significativamente as perdas, nem sempre

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    25/36

    25EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    so viveis economicamente. Desta forma, recomenda-se que sejam avaliadasalternativas de instalao com e sem reatores eletrnicos e comparadas suas viabilidades econmicas. Deve-se tambm considerar o acionamento de mltiplaslmpadas por apenas um reator eletrnico, reduzindo o investimento.

    Anlise econmicaTodas as propostas listadas no projeto de revitalizao dos sistemas devem seranalisadas sob a ptica da relao custo-benefcio. A melhoria da eficincia dosistema deve acontecer em paralelo a investimentos coerentes com a realidade docliente. No interessante que se proponham alternativas tecnicamente brilhantescom investimentos que no possam ser aplicados, ou que tenham um tempo deretorno do investimento demasiadamente alto.

    Medio e verificao A determinao e quantificao das economias obtidas so de fundamentalimportncia para que um projeto de revitalizao tenha os seus objetivosalcanados. Para isto existem vrias opes de Medio e Verificao paraavaliao das economias. As quatro abordagens gerais descritas a seguir variamem preciso e em custo de implementao.

    As opes descritas foram criadas para satisfazer as necessidades de uma grande

    gama de contratos que usam as economias para determinar os pagamentos definanciamentos. O custo da medio e verificao varia de acordo com aabordagem de verificao. De uma forma geral deve-se procurar manter estecusto em cerca de 3 a 6 % do custo total do projeto.

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    26/36

    26EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Resumo e Comparao entre as opes de MV

    10. APLICAESEm termos de aplicaes prticas, os sistemas de iluminao podem apresentar ascondies mais variadas possveis. Atualmente, no Brasil, ainda encontramos umagrande quantidade de instalaes inadequadas, seja no sentido de conservaodos equipamentos ou sob a ptica de consumo de energia.

    Em muitos casos as solues so bastante simples, inclusive com pequenosinvestimentos iniciais. Certamente existem outras situaes que demandam ummaior investimento, porm com retorno interessante.

    Enfim, as situaes ilustradas a seguir objetivam esclarecer uma pouco mais sobreas questes levantadas, possibilitando ao usurio formar opinies sobre diversasaplicaes da iluminao.

    Opo A Opo B Opo C Opo D

    Procedimentocomum

    Verificao dodesempenho pela

    multiplicao dashoras defuncionamentopela diferena depotncia instalada

    Verificao daseconomias pelautilizao demedidoresespecficos paracada uso final

    Medies com omedidor geral daConcessionria,identificando aseconomias obtidaspor interao

    Modelosmatemticos

    Medio Nenhuma ou decurto prazoContnua em nvelde sub-sistema

    Contnua em nvelgeral/sistema -

    Leitura Eventual Mensal, diria ou

    horria

    Mensal, diria ou

    horria

    Horria emmodelomatemtico

    Estimativa deEconomias

    Clculos deEngenharia +medio eventual

    Clculos deEngenharia +medio contnua

    Medidor defaturamento daConcessionria +ajustes dobaseline

    Simulao

    Custo Baixo Alto Baixo * Alto **

    Preciso ~ 20% ~ 10% ~ 20% ~ 10%

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    27/36

    27EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Luminrias com difusores que tornam o sistema pouco eficiente As luminrias da foto possuem duas lmpadasfluorescentes tubulares de 20W, reatoreletromagntico e difusor em acrlico cobrindo

    toda a lmpada. O sistema torna-se bastanteineficiente, pois grande parte do fluxo luminoso perdida ao passar pelo difusor. Os equipamentosutilizados (lmpada+reator) tambm no soeficientes, prejudicando ainda mais a emissodo fluxo luminoso.

    A opo adotada pela manuteno do local foi modificao do difusor, atravs de cortes noacrlico, possibilitando facilitar a passagem dofluxo luminoso. A eficincia do conjunto aumentoubastante (cerca de duas vezes), para pontos demedio localizados exatamente abaixo daluminria. O investimento foi mnimo tornando aopo interessante. O fato que a melhoria da

    eficincia dos pontos de medio localizados exatamente abaixo da luminriano se repetiu para os localizados fora do eixo vertical. reas localizadas nestes

    pontos continuavam com nveis de iluminamento abaixo do esperado. Para que asituao fosse normalizada torna-se necessria a retirada do difusor, substituindo-opor outro que promova um melhor espalhamento do fluxo luminoso da luminria. Vale lembrar que a troca das lmpadas e reatores em uso contribuir para melhoriada eficincia do conjunto.

    Baixa eficincia A luminria da figura tem grande utilizao emdiversos ambientes comerciais e industriais, pormapresenta uma eficincia bastante baixa, poisboa parte do fluxo luminoso produzido pelaslmpadas no chega aos pontos de trabalho.Estudos precisam ser feitos, levantando apossibilidade de melhoria do conjunto, seja pelainstalao de superfcie reflexiva na carcaa daluminria, ou pela troca completa do equipamento.

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    28/36

    28EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Problemas na ManutenoEm ambientes com atmosfera agressiva,apresentando grandes nveis de poluio, asluminrias obrigatoriamente devem ser protegidas,

    evitando o desgaste precipitado das lmpadas,reatores e contactos eltricos. Gastosdesnecessrios com manuteno soalcanados quando o tipo correto de luminriano utilizado.

    DesperdcioEm muitas aplicaes encontram-se desperdcioscomo o da figura, apesar da boa iluminaonatural, as lmpadas encontram-se acessas.Geralmente acontece este fato pela falta desetorizao dos circuitos, pela no existncia deinterruptores.

    Outros problemas na manuteno As fotos mostram problemascomuns na manuteno dos

    sistemas de iluminao, fatos queprejudicam os nveis deiluminamento e a vida til dosequipamentos.

    11. MTODO DE CLCULO LUMINOTCNICODe forma bastante simplificada o usurio pode desenvolver um clculo para definira quantidade de luminrias necessrias para sua aplicao. importante ressaltarque clculos mais precisos podem ser feitos com a ajuda de programas decomputador, disponveis em diversos modelos no mercado.

    Dados necessrios para o clculo Dimenses do ambiente; P direito;

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    29/36

    29EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Altura do plano de trabalho; Altura de suspenso da luminria; Refletncias do teto, parede e piso; Tipo de luminria a ser utilizada;

    Iluminncia necessria no ambiente segundo NBR5413.

    Etapas de Clculo1 ndice do local (K)K = C x L / h x (C + L)Onde:C Comprimento do ambienteL Largura do ambienteh Altura de montagem (p direito - altura do plano de trabalho - altura de suspensoda luminria)

    2 Fator de Utilizao (U)Este fator apresentado na forma de tabela para cada tipo de luminria existente.Da a necessidade de se escolher a luminria para aplicao no projeto, antes doincio dos clculos.Para escolher o fator de utilizao mais adequado, faz-se necessrio conhecer asrefletncias do teto, paredes e piso; alm do ndice do local (K), calculado no item 1.

    hs

    ht

    P direito = hs + h + ht

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    30/36

    30EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Tabela de Refletncias

    3 Fator de Perdas Luminosas As perdas luminosas consideram o acmulo de poeira nas luminrias e adepreciao das lmpadas.

    Limpo = 0,80Mdio = 0,70Sujo = 0,60

    Superfcie RefletnciaMuito Clara 70%Clara 50%Media 30%Escura 10%Preta 0%

    Teto(%) 0Parede(%) 50 30 10 50 30 10 30 10 0

    Piso(%) 10 10 10 0K0,60 40 35 32 40 35 32 35 32 300,80 48 43 39 47 42 39 42 39 371,00 53 49 45 52 48 45 48 45 431,25 58 54 51 57 53 50 53 50 481,50 62 58 55 61 57 54 56 54 522,00 67 64 61 66 63 61 62 60 582,50 70 68 65 69 66 64 65 64 62

    3,00 72 70 68 71 69 67 68 66 644,00 75 73 71 73 72 70 70 69 675,00 76 74 73 75 73 72 72 71 69

    Fator de Utilizacao (x 0,01)

    50 3070

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    31/36

    31EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    4 Nveis de Iluminncia recomendados pela NBR5413 A tabela mostra alguns exemplos de iluminncias recomendadas para diversasatividades.

    5 Clculo da Quantidade de LuminriasN = (E.C.L) / (n.f.U.Fpl)

    Onde:E = Iluminncia (item 4)

    C = Comprimento do ambienteL = Largura do ambienten = Quantidade de lmpadas por luminriaf = Fluxo luminoso da lmpada (ver tabela de fabricante)U = Fator de utilizao (item 2)Fpl = Fator de perdas luminosas (item 3)

    Atividade E (mnima) E (mdia) E (mxima)

    Atividade no contnua comocirculao, sanitrio,depsito, saguo, sala deespera, etc.

    100 lux 150 lux 200 lux

    Atividade simplificada comrequisitos visuais limitadoscomo: sala de controle, sala

    de aula, arquivo, etc.

    200 lux 300 lux 500 lux

    Atividade realizadacontinuamente comrequisitos visuais normais,tais como escritrios, bancos,lojas, etc.

    300 lux 500 lux 750 lux

    Situao onde se exigevisualizao de detalhes com

    em exposio em vitrine,desenho, etc.

    750 lux 1.000 lux 1.500 lux

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    32/36

    32EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Obs: O valor de N pode no ser um nmero inteiro. Quando isto acontece, este valordeve ser arredondado de forma a obter uma distribuio a mais uniforme possvel.

    6 Clculo da Iluminncia Mdia

    Dependendo da distribuio definida no item anterior, a quantidade de luminriaspode ser alterada, sendo necessrio calcular a iluminncia mdia.

    E = (N.n.f.U.Fpl) / C.L

    7 Distribuio das LuminriasRecomenda-se que o espaamento entre as luminrias seja o dobro doespaamento entre elas e as paredes laterais

    Exemplo simplificado de clculo

    Suponha que o ambiente em estudo tenha as seguintes dimenses: Comprimento = 8m; Largura = 5m; P direito = 2,8m; Altura de suspenso da luminria = 0; Plano de trabalho = 0,8m;

    A cor do teto e das paredes branca.

    Trate-se de um escritrio e pretende-se utilizar no local luminria com duas lmpadasde 32W e reator eletrnico. Com base nestes dados, calcule a quantidade deluminrias necessrias para atender os nveis de iluminncia recomendados pelanorma.

    1 ndice do local (K)

    K = 8.5 / 2.(8+5) =1,542 Fator de Utilizao (U) Refletncia do teto = 70% Refletncia parede = 50% Refletncia piso = 10%

    De acordo com a tabela tem-se U = 0,62

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    33/36

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    34/36

    34EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Existem seis (6) banheiros, com quatro lmpadas incandescentes de 100W cada.O nvel de iluminncia mdio de 300 lux e permanecem acesos durante todo ohorrio de expediente (10 horas).

    Neste setor foram identificadas duas salas de reunio com luminrias comuns,seis em cada sala, contendo duas lmpadas fluorescentes tubulares de 40W comreator eletromagntico (perdas aproximadas de 25%). O detalhe que mesmo vazia, as lmpadas da sala continuavam acesas, apesar da boa iluminaonatural. O nvel de iluminncia mdio de 650 lux. A utilizao destas salas eventual, em mdia duas reunies por dia com durao de uma hora cada;

    Os corredores se apresentam com luminrias comuns contendo apenas umalmpada fluorescente tubular de 40W, totalizando 60 conjuntos com um nvel mdio

    de iluminncia de 280 lux. O reator tambm eletromagntico (perdas aproximadasde 25%) e o setor permanece com as lmpadas acesas durante 18 horas por dia.

    Setor industrial O galpo industrial tem um p direito de aproximadamente cinco metros, com86 luminrias comuns contendo duas lmpadas fluorescentes tubulares do tipo HOde 110W. As atividades realizadas no local so de empacotamento e estocagem eo nvel de iluminncia mdio de 250 lux. O galpo tem atividades durante as 24

    horas do dia. Os reatores que alimentam as lmpadas so eletromagnticos comperdas aproximadas de 20%;

    Os laboratrios se apresentam com 42 luminrias reflexivas com duas lmpadasfluorescentes tubulares de 32W cada. O nvel de iluminncia alto,aproximadamente 1000 lux. O p direito deste setor de 3 metros e o funcionamentogira em torno de 16 horas por dia;

    Temos quatro banheiros no total com luminrias comuns de duas lmpadas

    fluorescentes tubulares de 40W e reator eletromagntico (perdas aproximadas de25%). Cada banheiro tem seis luminrias e o nvel de iluminamento est em tornode 300 lux. As lmpadas ficam acesas 24 horas por dia.

    Setor de estacionamento Temos 30 postes de 8 metros de altura com 4 ptalas contendo cada umalmpada vapor mercrio de 400W que ficam acesas 12 horas por dia.

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    35/36

    35EL ET ROB R S/PROCEL CEPEL

    Existem 10 holofotes direcionados para a fachada da fbrica com lmpada vapor mercrio de 400W acessos 12 horas por dia.

    Com base nos dados descritos acima faa um estudo de eficientizao dos sistemas

    de iluminao existentes, gerando um relatrio tcnico que contenha os seguintesresultados:

    Planilha com detalhamento da situao atual das instalaes, levando-se emconta a potncia atual instalada e o consumo energtico anual;

    Planilha com detalhamento da situao proposta, levando-se em conta a novapotncia instalada e o novo consumo energtico anual;

    Planilha contendo os custos relacionados com os investimentos necessrios paraa eficientizao dos sistemas de iluminao;

    Quadro final mostrando a reduo na potncia instalada, a economia de energiaalcanada, a economia em R$ e o tempo de retorno do investimento (pay-back simples) para a situao proposta. Para isto considere como valor mdio de tarifaR$ 0,15/kWh.

    13. CONCLUSO um fato real que as perdas de energia devidas iluminao ineficiente, sogigantescas. Hoje, as lmpadas incandescentes de baixa eficincia, soresponsveis por boa parte do consumo mundial de eletricidade em iluminao,principalmente no setor residencial. Relativamente ao total mundial de luz produzidapor todas as lmpadas, as incandescentes tm uma participao de apenas20%. Muitas destas podem ser substitudas por fontes de luz mais rentveis. Domesmo modo, um grande nmero de instalaes de iluminao com lmpadas vapor de mercrio podem ser substitudas por lmpadas vapor de sdio de altapresso.

    Uma boa iluminao no apenas uma diminuio da escurido. Como se disseanteriormente, tornou-se uma necessidade da vida humana. Reduz os acidentesrodovirios noturnos e constitui-se uma barreira contra o crime. Aumenta a

  • 8/13/2019 ManualdeIluminao

    36/36

    produtividade e tem efeito positivo no bem estar das pessoas envolvidas nosprocessos de produo. Permite-nos o acesso a museus, livrarias, hospitais e locaisde interesse histrico e orgulho comunitrio. A iluminao nas residncias promoveo conforto e paz de esprito, o que atualmente muito importante na vida moderna.

    Proporcionar meios para a diverso noturna, bem como para esportes, que sopassatempos favoritos de milhes de pessoas em todo o mundo. Torna possveltransmitir pela televiso os acontecimentos mundias mais importantes. Garantesegurana navegao area e martima, permitindo que se possam realizardepois do pr do sol.

    Em resumo, a iluminao que nos torna independentes da luz natural, e mantmo mundo vivo depois do escurecer. Mesmo hoje, passado mais de um sculo desdeo invento da primeira lmpada incandescente, h muitas reas do nosso planetaque ainda esto mal iluminadas. Este fato, aliado ao permanente desejo do homemde melhorar as suas condies de vida, constitui razo para afirmar que a ltimapalavra em iluminao ainda no foi pronunciada.

    Uma boa iluminao continua a ser uma das necessidades bsicas maisimportantes do homem. Sabemos que esta necessidade pode ser satisfeita, mesmoquando a conscientizao sobre o custo da energia uma exigncia imperiosa.Para atingir simultaneamente estes objetivos, necessria experincia profissional e

    saber executar projetos de iluminao com orientao energtica, isto , terconhecimentos profundos de Engenharia Luminotcnica. Alm disso, a gama deequipamentos de iluminao de hoje, por ser to sofisticada, no pode sermanejada por pessoas inexperientes, sem se correr o risco de se perderpermanentemente dinheiro e energia.