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Manual Tributário para Cooperativas Educacionais de Pais e Responsáveis de Alunos

2019

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Todos os direitos reservados ao Sescoop/SP. Nenhuma parte deste manual poderá ser reproduzida indevidamente.

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COOPERATIVISMO

Cooperativismo é um modelo econômico que preconiza a cooperação e associação de pessoas,

unindo-as em um só propósito: partilhar resultados benéficos e comuns a todos. Vai além de um mero

modelo de negócio, mas uma forma de organizar a operação e promover o trabalho, ou consumo, sob

a ótica de colaboração individual, para alcançar benefícios coletivos. Uma organização dessa natureza

caracteriza-se por ser administrada de forma democrática, participativa, transparente e de acordo com

o pretendido por seus associados mediante decisões assembleares. Suas ações também são

alicerçadas em valores éticos de honestidade, equidade, responsabilidade social e ambiental; além dos

princípios cooperativistas, que são: adesão livre e voluntária; gestão democrática; participação

econômica dos cooperados; autonomia e independência; educação, formação e informação;

intercooperação; interesse pela comunidade.

Dentre os diversos segmentos do cooperativismo nacional, o cooperativismo educacional, sob o

aspecto das cooperativas formadas por pais e responsáveis, ligado ao Ramo Consumo, tem como

principal propósito a oferta de melhores condições de ensino para filhos e/ou propostos dos seus

cooperados1. Nesse ímpeto, para que este propósito se concretize, as cooperativas educacionais de

pais e responsáveis absorvem o papel de mantenedoras de escolas particulares organizadas a partir

das exigências do Ministério da Educação, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Leis municipais, Leis

estaduais, Normas e demais Regulações que regem as instituições de ensino regular.

Quando nos voltamos ao diferencial destes empreendimentos, além do aspecto ligado à gestão

democrática que permite seus cooperados definirem questões estratégicas e específicas voltadas ao

objeto da cooperativa, os pais e responsáveis (assim como os professores) têm oportunidade de

participar do conselho pedagógico e outras instâncias que possibilitam planejar, colaborar e propor

ações, métodos, sistema de ensino, entre outras questões relevantes para funcionamento e

longevidade da Escola. Tais feitos imprimem um diferencial diante dos demais empreendimentos de

ensino tradicional.

Segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), já existem mais de 260 cooperativas

educacionais em todo o Brasil, reunindo cerca de 60 mil cooperados e congregando mais de 3.400

colaboradores. Tal contexto demonstra que o cooperativismo educacional se apresenta como uma

alternativa e importante instrumento de organização econômica, política, cultural e social, fomentando

um ensino de qualidade e preço justo, promovendo remuneração digna aos professores e nutrindo

papel primordial na disseminação do modelo cooperativista com cunho competitivo, inclusivo,

sustentável e democrático.

1 É vedada a matrícula de alunos que não estejam vinculados à um cooperado.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 9

OBJETIVO.................................................................................................................... 11

CONCEITOS, FUNDAMENTOS E APLICABILIDADE ................................................. 13

Conceitos e fundamentos ............................................................................................................... 13

Aplicabilidade .................................................................................................................................. 13

COOPERATIVAS DE PAIS E RESPONSÁVEIS DE ALUNOS .................................... 14

SEGREGAÇÃO E ENQUADRAMENTO TRIBUTÁRIO ................................................ 16

Segregação dos atos cooperativos e não cooperativos ................................................................ 16

CNAE ............................................................................................................................................. 17

Lucro Real ..................................................................................................................................... 18

Lucro Presumido ............................................................................................................................ 18

Lucro Arbitrado .............................................................................................................................. 18

TRIBUTAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA ....................................................................... 20

IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica ................................................................................... 20

Lucro Real – Apuração da Base de Cálculo.................................................................................. 21

Adições e Exclusões ...................................................................................................................... 21

Proporcionalização das receitas e despesas ................................................................................ 22

Resultado das aplicações financeiras ........................................................................................... 22

Compensação de Prejuízos Fiscais .............................................................................................. 23

Lucro Real Trimestral .................................................................................................................... 24

Lucro Real Anual ........................................................................................................................... 24

Balanço de Suspensão e Redução ................................................................................................ 25

Lucro Presumido ............................................................................................................................. 26

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido ........................................................................ 29

PIS – Programa de Integração Social e COFINS – Contribuição para o Financiamento da

Seguridade Social ........................................................................................................................... 34

PIS – Folha de Pagamento ............................................................................................................ 37

Contribuição Previdenciária ............................................................................................................ 39

Retenção da Contribuição Previdenciária de Empregados ............................................................ 40

Retenção da Contribuição Previdenciária de Contribuinte Individual ............................................ 40

Contribuição Patronal ..................................................................................................................... 42

Desoneração da Folha de Pagamento ........................................................................................... 42

FAP/GILRAT ................................................................................................................................... 42

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Outras entidades ............................................................................................................................ 43

Retenção da Contribuição Previdenciária de Terceiros ................................................................. 45

IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte folha de pagamento .................................................. 50

IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte sobre Serviços .......................................................... 51

Retenção na Fonte de Contribuições Sociais (PIS/Pasep, COFINS e CSLL) ............................... 52

OCB – Contribuição Cooperativista ................................................................................................ 55

ISS – Imposto sobre Serviços ........................................................................................................ 56

IPTU – Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbano.................................................... 57

OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS ..................................................................................... 61

ECD – Escrituração Contábil Digital ............................................................................................... 62

ECF – Escrituração Contábil Fiscal ................................................................................................ 64

EFD-Contribuições ......................................................................................................................... 66

EFD-Reinf ....................................................................................................................................... 69

DIRF - Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte ............................................................ 70

DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais .................................................... 71

DCTF Web ...................................................................................................................................... 72

eSOCIAL ......................................................................................................................................... 74

RAIS................................................................................................................................................ 75

CAGED ........................................................................................................................................... 76

SEFIP/GFIP .................................................................................................................................... 78

PER/DCOMP .................................................................................................................................. 79

RELAÇÃO COOPERATIVA X COOPERADO .............................................................. 82

Vínculo trabalhista .......................................................................................................................... 82

Tributação incidente sobre as sobras distribuídas ......................................................................... 82

Tributação incidente sobre os juros sobre capital próprio .............................................................. 83

Riscos tributários ............................................................................................................................ 84

GLOSSÁRIO ................................................................................................................ 86

REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 92

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INTRODUÇÃO

Por serem entidades com características específicas, tanto juridicamente quanto contabilmente, as

sociedades cooperativas possuem particularidades na sua área fiscal. Também chamado de

“Contabilidade Tributária”, este setor é responsável por controlar obrigações tributárias em consonância

com a legislação brasileira vigente, de forma a possibilitar o correto cumprimento das determinações

fixadas pelo fisco.

A escrituração contábil das cooperativas de pais e responsáveis é a base de informações usadas pelo

setor fiscal para apurar, gerar e conciliar os tributos, bem como para analisar a viabilidade tributária e

transmitir as obrigações acessórias.

Considerando tais características, este Manual Tributário tem como objetivo facilitar o trabalho dos

profissionais de contabilidade que atuam na área fiscal, e também instruir os associados, evidenciando

as práticas fiscais que são aplicadas nas cooperativas de pais e responsáveis. O intuito é auxiliar a

correta apuração dos tributos incidentes sobre as atividades desenvolvidas e o respectivo atendimento

das obrigações acessórias instituídas.

O Manual também orienta o cumprimento de obrigações acessórias no meio digital, tanto pelo Sistema

Público de Escrituração Digital (SPED) quanto pelo eSocial, alertando inclusive sobre o cruzamento de

dados entre projetos em vigor ou publicados pela Secretaria da Receita Federal (SRF).

Diante do exposto, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo

(Sescoop/SP) visa, através deste projeto, transmitir de maneira simplificada a aplicação das normas a

serem adotadas pelas cooperativas de pais e responsáveis em suas transações tributárias, evitando

assim passivos tributários que possam comprometer a atividade cooperativista.

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OBJETIVO

O presente Manual foi elaborado visando atender os seguintes objetivos:

• padronizar os procedimentos adotados pelas cooperativas de pais e responsáveis, na

apuração e no recolhimento dos tributos devidos;

• proporcionar segurança na apuração e no recolhimento dos tributos devidos, bem como o

correto atendimento das obrigações acessórias inerentes, evitando possíveis autuações

fiscais com incidência de multas e juros;

• orientar os dirigentes, conselheiros fiscais e demais interessados sobre a responsabilidade

no caso de eventuais autuações fiscais, e, com isso, assegurar a proteção do patrimônio das

entidades cooperativas e de seus administradores;

• evitar o recolhimento indevido de impostos e contribuições, ou o não cumprimento de

obrigações acessórias, em função do desconhecimento dos profissionais da área contábil e

responsáveis pela apuração dos tributos, sobre as particularidades da legislação aplicável às

sociedades cooperativas.

No processo de elaboração deste Manual foram consideradas as contribuições e sugestões do grupo

de profissionais do segmento pais e responsáveis, bem como da equipe técnica do Sescoop/SP.

Assim, recomenda-se a adoção deste Manual pelos benefícios que ele proporcionará às partes

envolvidas, sejam administradores, cooperados ou profissionais responsáveis pela escrituração contábil

e fiscal das cooperativas de pais e responsáveis.

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CONCEITOS, FUNDAMENTOS E APLICABILIDADE

Conceitos e fundamentos

Para a elaboração deste Manual foram consideradas as normas tributárias aplicáveis às cooperativas

de pais e responsáveis, das quais fazem parte a União, estados e municípios. Além dos regimes

tributários, são descritos os tipos de tributo, obrigações acessórias e demais situações pertinentes e

significativas para este segmento.

Consideraram-se, ainda, informações das cooperativas e do Sescoop/SP, levantadas em visitas

técnicas durante o período de coleta de dados, as quais abrangem amplamente as operações

realizadas pelos usuários deste Manual.

Aplicabilidade

A adoção do presente Manual, seguindo as práticas tributárias recomendadas, resultará no

fortalecimento das cooperativas de pais e responsáveis, pois o entendimento aqui expresso revela o

consenso dos profissionais que atuam no setor e, ainda, a elaboração deste documento conta com

respaldo do Sescoop/SP.

Ademais, a padronização dos procedimentos na apuração e no recolhimento dos tributos devidos

possibilitará maior sustentação na defesa dos procedimentos aplicados, seja na esfera administrativa,

na administração pública, ou perante o Poder Judiciário no caso de inconformidade das regras aplicadas

em relação às decisões no âmbito administrativo.

Na elaboração deste Manual foram consideradas as disposições e normas julgadas aplicáveis,

provenientes dos seguintes documentos e entidades:

• Constituição da República Federativa do Brasil;

• Código Tributário Nacional;

• Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971;

• Legislação Tributária Federal, Estadual e Municipal;

• Atos Normativos Interpretativos;

• Sescoop/SP;

• Pareceres e Orientações técnicas.

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Cooperativas de pais e responsáveis de alunos

As cooperativas existem com o intuito de prestar serviços a seus associados, a fim de possibilitar o

exercício de uma atividade comum econômica, sem propósito de obter lucro.

Sendo assim, o movimento cooperativista é relevante às relações econômicas por diminuir o impacto

tributário para seus associados e, consequentemente, os custos da operação.

A cooperativa de pais e responsáveis de alunos atua no segmento educacional, exercendo atividade

organizada e profissional a fim de oferecer educação de qualidade aos filhos dos associados e

possibilitar a participação desses pais e responsáveis na elaboração e no direcionamento das diretrizes

educacionais.

Por sua natureza cooperativa, possui relação tributária distinta das demais entidades. Como o ato

cooperativo está relacionado à execução de suas atividades-fim, a cooperativa de pais e responsáveis

obtém tratamento diferenciado tanto na apuração da movimentação financeira, quanto nos impostos e

contribuições, podendo até mesmo receber isenção do Imposto de Renda e Contribuição Social.

O reconhecimento fidedigno das movimentações econômico-financeiras dos atos cooperativos,

segregados dos atos não cooperativos, é fundamental não somente para atender as destinações legais,

mas também para constituir a base de cálculo dos impostos incidentes.

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SEGREGAÇÃO E ENQUADRAMENTO TRIBUTÁRIO

Na administração, os escritórios de contabilidade têm papel fundamental no processo de gestão das

cooperativas, desde a criação da entidade até o levantamento das sobras e perdas, com posterior

apuração dos tributos e envio das obrigações acessórias.

Um dos grandes desafios da escrituração contábil e fiscal nas cooperativas em geral é apurar

corretamente o resultado do ato cooperativo em separado dos demais resultados, no qual a análise e

segregação dessa movimentação econômico-financeira é de extrema importância para o cumprimento

da legislação tributária específica das entidades cooperativas.

Desta maneira, o regime tributário regulamenta o enquadramento das entidades em relação ao Imposto

de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL),

determinando a base para o cálculo desses impostos.

O Código Tributário Nacional, ao dispor sobre as regras gerais do Imposto de Renda, denominadas de

enquadramento tributário, estabeleceu três regimes de apuração: lucro real, presumido ou arbitrado.

Desde que não se enquadrem na obrigatoriedade de apuração do lucro real, as sociedades

cooperativas poderão escolher tributar pelas regras deste ou do lucro presumido. A opção pelo regime

de tributação deverá ser manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido,

correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário, e será definitiva em relação

a todo o ano-calendário.

Existe, ainda, o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidas pelas

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional). As cooperativas em geral, exceto

as de consumo, estão impedidas de adotar esse regime de tributação, conforme o art. 3º, § 4º, inciso

VI, da Lei Complementar (LC) 123/2006.

SEGREGAÇÃO DOS ATOS COOPERATIVOS E NÃO COOPERATIVOS

Como já apontado, entre os maiores desafios da escrituração contábil e fiscal em cooperativas,

especialmente nas de pais e responsáveis, está a apuração correta do resultado do ato cooperativo em

separado dos demais resultados, o que se deve a duas razões básicas, a saber:

• o resultado das operações do ato cooperativo, quando positivo, deve ser excluído da base de

cálculo da tributação para fins de Imposto de Renda e Contribuição Social. Devendo tal ajuste

ser evidenciado, com o respectivo apontamento da(s) conta(s) relacionada(s), no Livro de

Apuração do Lucro Real (Lalur), presente na Escrituração Contábil Fiscal (ECF);

• o ganho líquido das operações com terceiros deve ser destinado integralmente ao Fundo de

Assistência Técnica, Educacional e Social (Fates), e o resultado negativo deve ser levado à

Reserva Legal; se insuficiente para sua cobertura, deve ser rateado entre os cooperados.

Em síntese, o ato cooperativo corresponde aqueles praticados entre a cooperativa e seus associados

para a consecução dos objetivos sociais, segundo definido pelo artigo 79 da Lei n.º 5.764/71.

Os atos não cooperativos, a contrário sensu, são aqueles praticados com não associados, mas que

guardam relação com os objetivos sociais da cooperativa – por exemplo, ganhos líquidos na alienação

de bens do ativo permanente; locação de espaços da cooperativa a terceiros (quadras, cantina, entre

outros), entre outros. Na prática de tais atos a sociedade cooperativa atua de igual forma as demais

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pessoas jurídicas, devendo a receita gerada servir de base de tributação, consoante preconiza o art.

111 da Lei n.º 5.764/71.

Para existir ato cooperativo, em uma das extremidades da operação – seja como prestador ou

consumidor dos bens e serviços – deve estar presente o cooperado.

A sociedade cooperativa que praticar atos não cooperativos diferentes daqueles legalmente permitidos

descaracteriza-se como sociedade cooperativa, ficando submetida ao regime tributário comum a

qualquer sociedade civil ou comercial.

Desde janeiro de 1993, o Imposto de Renda e adicional das pessoas jurídicas, inclusive das

equiparadas, das sociedades civis em geral e das sociedades cooperativas, em relação aos resultados

obtidos em suas operações ou atividades estranhas à sua finalidade, é devido mensalmente, à medida

que se auferem os lucros.

Na prática, amplia-se a base de cálculo do imposto nas cooperativas, excluindo da incidência tão

somente o resultado direto das operações entre cooperativas e seus cooperados. As transações com

não cooperados devem ser contabilizadas separadamente, de forma a permitir o cálculo para incidência

dos tributos.

A Coordenação do Sistema de Tributação definiu que a base de cálculo do Imposto de Renda será

determinada por escrituração contábil que destaque receitas tributárias e custos correspondentes,

despesas e encargos; na falta desse registro, o cálculo será feito mediante arbitramento, em

conformidade com os critérios estabelecidos pela legislação fiscal.

É exigível a perfeita segregação de receitas, custos e despesas oriundas das atividades estranhas ao

objeto social, para que o resultado dessas atividades seja apurado corretamente, a fim de atender ao

aspecto societário e fiscal.

Este Manual não abordará detalhadamente os critérios para segregação dos atos cooperativos e não

cooperativos, pois ela deve ser realizada na contabilidade. Para isso, o Manual de Contabilidade para

as Cooperativas de Pais e responsáveis apresenta a questão técnica de forma adequada.

CNAE

A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) é uma ferramenta aplicada a todas as

pessoas jurídicas, do setor público e privado, com ou sem fins lucrativos, além de pessoas físicas

autônomas, com o intuito de padronizar os códigos das atividades econômicas e os critérios de

enquadramento utilizados pelos órgãos da Administração Tributária no Brasil.

Sua estrutura é composta por níveis hierárquicos com sete dígitos, que têm a finalidade de facilitar a

busca por atividade econômica, divididos da seguinte maneira:

• Seção: agrupa todas as classes, indo da letra A até a U;

• Divisão: separa a seção em atividades;

• Grupo: segrega a divisão em grupos;

• Classe: segmenta os grupos em classes;

• Subclasse: contempla a atividade específica e o código completo a ser utilizado para registro.

O código da CNAE deve ser compatível com o objeto social, no caso, atividades de educação, sendo

de suma importância a especificação dos níveis de ensino ministrados pela cooperativa; caso contrário,

essas receitas poderão ser consideradas ato não cooperativo perante a Receita Federal.

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LUCRO REAL

Denomina-se lucro real o regime de tributação cuja base para cálculo do Imposto de Renda e da CSLL

é o lucro efetivamente apurado mensalmente na escrituração comercial da entidade. Ou seja, o lucro

real da movimentação econômico-financeira realizada pela cooperativa tem influência direta na

apuração e no recolhimento dos impostos.

Contudo, a legislação que rege o Imposto de Renda e a CSLL estabelece alguns ajustes ao lucro

contábil, na forma de adições, exclusões ou compensações para fins de determinação da base de

cálculo destes tributos.

Estão obrigadas a apurar o IRPJ e a CSLL pela modalidade do lucro real as cooperativas de pais e

responsáveis que auferirem, no ano-calendário anterior, receita bruta total superior a R$ 78 milhões ou

proporcional ao número de meses do período, quando inferior a doze meses. Da mesma forma, fica

obrigada ao lucro real a cooperativa que durante o ano-calendário efetuar pagamento mensal pelo

regime de estimativa.

LUCRO PRESUMIDO

No regime de tributação pelo lucro presumido, conforme sugere a nomenclatura, a base de cálculo do

Imposto de Renda e da contribuição social é determinada por percentuais de presunção de lucro,

conforme atividade exercida. Esses percentuais são aplicados à receita bruta da cooperativa,

decorrente de atos não cooperativos, deduzindo devoluções, cancelamentos e descontos

incondicionais, com o objetivo de determinar a base de cálculo de incidência do Imposto de Renda e da

CSLL.

Nessa modalidade, o Imposto de Renda e a CSLL serão pagos mesmo na inexistência de sobras em

determinado período de apuração, visto que a base de cálculo dos tributos não é o lucro contábil, mas

as receitas auferidas, oriundas dos atos não cooperativos.

As sociedades cooperativas de pais e responsáveis podem optar pela apuração do lucro presumido

desde que a receita bruta anual seja igual ou inferior a R$ 78 milhões.

LUCRO ARBITRADO

O lucro arbitrado é o regime de tributação aplicado às entidades já optantes pelo lucro real e que não

mantiveram a escrituração contábil e fiscal na forma da lei ou deixaram de elaborar as demonstrações

financeiras exigidas pela legislação fiscal.

Na tributação dessa modalidade, a autoridade fiscal determina a base de cálculo a partir de situações

estabelecidas pela legislação tributária. Pode-se dizer que a base de cálculo do lucro arbitrado também

é presumida, mas considerando situações expressamente previstas na legislação.

As sociedades cooperativas não estão imunes à tributação pelo lucro arbitrado, inclusive aquelas que

realizam apenas atos cooperativos. Caso a cooperativa se enquadre nas situações previstas na

legislação tributária para arbitramento do lucro, a SRF poderá realizá-lo.

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TRIBUTAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA

As sociedades cooperativas estão reguladas pela Lei 5.764/1971, que definiu a Política Nacional de

Cooperativismo e instituiu o regime jurídico das cooperativas. No art. 91, para efeitos trabalhistas e

previdenciários, são equiparadas às pessoas jurídicas. Para efeitos previdenciários, equiparam-se a

empresas, com base no art. 15, Parágrafo Único, da Lei 8.212/1991.

IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica

O Regulamento do Imposto de Renda (RIR) é taxativo ao definir que, nas cooperativas que operam

com associados, praticando assim o ato cooperativo, as sobras por acaso existentes no encerramento

do balanço não são tributadas, considerando que a cooperativa não é sociedade comercial.

Conforme art. 194, Seção V, do RIR/2018, as sociedades cooperativas que obedecerem à legislação

específica pagarão tributo calculado sobre os resultados positivos das operações e atividades estranhas

à sua finalidade (Lei 5.764/1971, arts. 85-88 e art. 111; e Lei 9.430/1996, arts. 1º e 2º), tais como:

I – comercialização ou industrialização, pelas cooperativas agropecuárias ou de pesca, de produtos adquiridos de não associados, agricultores, pecuaristas ou pescadores, para completar lotes destinados ao cumprimento de contratos ou para suprir capacidade ociosa de suas instalações industriais; II – fornecimento de bens ou serviços a não associados para atender aos objetivos sociais; ou III – participação em sociedades não cooperativas para atender aos próprios objetivos e de outros, de caráter acessório ou complementar.

As cooperativas podem praticar operações com não cooperados. No entanto, ao realizarem atos não

cooperativos, devem contabilizar em separado essas operações, de modo a permitir apuração do

resultado inerente a estas transações e o respectivo cálculo da incidência de tributos.

A não incidência se aplica as cooperativas que atendam a legislação específica.

Fato Gerador

Conceitualmente, o fato gerador do imposto sobre a renda é a aquisição da disponibilidade econômica

ou jurídica de renda ou de proventos de qualquer natureza. Nas cooperativas de pais e responsáveis o

fato gerador dependerá do registro de atividades consideradas como atos não cooperativos.

O momento da ocorrência do fato gerador está relacionado à modalidade tributária adotada pela

cooperativa de pais e responsáveis. Quando estiver sujeita ao lucro real anual, o fato gerador será o

lucro apurado em 31 de dezembro de cada ano. Caso esteja sujeita à apuração por lucro real trimestral

ou lucro presumido, o fato gerador será o lucro real apurado ou presumido no fim do trimestre-

calendário: 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano.

Base de Cálculo

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A base de cálculo do IRPJ será determinada na data de ocorrência do fato gerador, conforme a

modalidade tributária adotada pela cooperativa, ou seja, será o lucro real, o lucro presumido ou o lucro

arbitrado correspondente ao período de apuração.

Lucro Real – Apuração da Base de Cálculo

A apuração do Imposto de Renda com base no lucro real poderá ser trimestral ou anual.

As cooperativas que forem obrigadas a tributar pelo regime do lucro real ou que optarem por essa

modalidade deverão manter escrituração completa de todos os seus custos e despesas, de forma a

apurar o lucro líquido do exercício, sobre o qual deverão ser adicionadas ou excluídas diversas parcelas,

com vistas à apuração do lucro fiscal. Este, sim, servirá de base para calcular o IRPJ e a CSLL; no

contexto das cooperativas de pais e responsáveis, o principal ajuste está relacionado à adição ou

exclusão dos resultados dos atos cooperativos.

As cooperativas tributadas pelo lucro real poderão determinar o lucro mediante balanço anual levantado

no dia 31 de dezembro ou por balancetes trimestrais, na forma da Lei 9.430/1996. As cooperativas de

pais e responsáveis que se enquadrarem em qualquer dos incisos do art. 14 da Lei 9.718/1998 deverão,

obrigatoriamente, ser tributadas com base no lucro real; para as demais, essa modalidade é opcional.

O encargo com o Imposto de Renda deve ser reconhecido e contabilizado no próprio período da

ocorrência do lucro, embora seja pago em período seguinte ao de sua apuração e declarado

oficialmente no exercício fiscal seguinte.

Adições e Exclusões

Multas, custos e despesas indedutíveis e demais ajustes ao lucro real e à base de cálculo da CSLL

submetem-se às mesmas regras válidas para todas as pessoas jurídicas, conforme Parecer

Normativo/Código de Situação Tributária (PN CST) 114/1975.

Deverão ser adicionadas ao resultado contábil as receitas tributáveis que, por alguma particularidade,

não foram lançadas na contabilidade. Também deverão ser adicionadas as despesas que reduziram o

resultado, mas que são indedutíveis, nos termos das legislação fiscal.

Por meio da Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil (IN RFB) 1.881/2019 (Anexos I e II),

publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 5 de abril de 2019, foram atualizadas as tabelas de

adições e exclusões do lucro real e da base de cálculo da CSLL.

A legislação do Imposto de Renda é extensa e detalhada, mas, em suma, pode-se considerar como

adições ao lucro líquido os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer

outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não

sejam dedutíveis. Dentre os quais, merecem destaque:

• débitos relativos à constituição de provisões não dedutíveis, como a provisão para garantia e

para riscos fiscais;

• resultados negativos de participações societárias avaliadas pelo método de equivalência

patrimonial;

• encargos de depreciação, apropriados contabilmente, correspondentes ao bem já

integralmente depreciado em virtude de gozo de incentivos fiscais;

• despesas com brindes; e

• amortização de ágio pago na aquisição de participações societárias sujeitas à avaliação pela

equivalência patrimonial.

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Já as exclusões ao lucro líquido, para determinar o lucro real, referem-se a:

• valores cuja dedução seja autorizada pela legislação tributária e que não tenham sido

computados na apuração do lucro líquido do período de apuração, por exemplo, depreciação

acelerada incentivada; provisões não dedutíveis, constituídas e adicionadas ao lucro real de

período de apuração anterior, que tenham sido utilizadas para absorver os gastos

provisionados;

• resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do lucro

líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam computados no lucro real, dentre

os quais merecem destaque os dividendos recebidos de participações societárias não sujeitas

à avaliação pela equivalência patrimonial; os resultados positivos de participações societárias

avaliadas pelo método de equivalência patrimonial; lucro na venda de ativo permanente a

receber em longo prazo (que deve ser registrado integralmente na contabilidade no mês da

venda, mas que poderá ser tributado somente quando do recebimento); e lucro na alienação

de bens desapropriados. Tal lucro é reconhecido na contabilidade quando da desapropriação,

mas, atendidos certos quesitos, o pagamento do Imposto de Renda pode ser postergado.

Definido o valor do lucro real, após os devidos ajustes, o cálculo do IR a pagar será estipulado com a

aplicação da alíquota sobre essa base, considerando os adicionais do imposto a que estiver sujeita a

pessoa jurídica, após compensação do prejuízo fiscal originado em períodos de apuração anteriores.

Proporcionalização das receitas e despesas

Conforme o item 4.I do PN CST 49/1987, “as cooperativas que exerçam atividades com resultados

tributáveis devem oferecer à tributação uma parcela, proporcionalmente determinada, do valor dos

custos, despesas encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros valores deduzidos na

apuração do resultado tributável que não sejam dedutíveis na determinação do lucro real das pessoas

jurídicas em geral”.

Então, se a cooperativa contabilizou custos e despesas indedutíveis e deduziu tais custos

integralmente, na apuração do resultado tributável, deverá somá-los no lucro real e, consequentemente,

na base de cálculo da CSLL, quando pertinente.

Na hipótese de as despesas ou custos indedutíveis serem atribuídos a operações com associados e

não associados, a parcela indedutível corresponderá à proporcionalização das referidas despesas ou

custos deduzidos na apuração do resultado tributável.

Resultado das aplicações financeiras

Nos termos da Lei 5.764/1971 (arts. 3º e 4º), as cooperativas são sociedades de pessoas, criadas para

possibilitar a prestação de serviços aos seus associados, com forma e natureza jurídica próprias, sem

objetivo de lucro.

O art. 111 da mesma lei estabelece que serão considerados como renda tributável os resultados

positivos obtidos pelas cooperativas nas operações de que tratam os arts. 85, 86 e 88.

Com base nessas premissas, a Solução de Consulta da Coordenação-Geral de Tributação (Cosit) nº

102, de 17 de agosto de 2018, concluiu que os rendimentos obtidos pelas sociedades cooperativas em

aplicações financeiras estão sujeitos à tributação pelo IRPJ e pela CSLL, pois não têm natureza de ato

cooperativo, não se aplicando o tratamento de não incidência do imposto sobre a renda a essas

operações.

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Esse entendimento, em verdade, já havia sido pacificado no âmbito do Superior Tribunal de Justiça

(STJ), na Súmula nº 262, a qual determina que “Incide o Imposto de Renda sobre o resultado das

aplicações financeiras realizadas pelas cooperativas”.

As aplicações financeiras, por constituírem operações realizadas com terceiros não associados (ainda

que, indiretamente, em busca da consecução do objeto social da cooperativa), consubstanciam “atos

não cooperativos”, cujos resultados positivos devem integrar a base de cálculo do Imposto de Renda e

da contribuição social.

No que se refere a destinação de tais resultados, a ITG 2004 em seu item 10, estabelece que os

resultados decorrentes das aplicações financeiras serão destinados de acordo com norma estatutária

ou deliberação da assembleia geral.

Compensação de Prejuízos Fiscais

A legislação do Imposto de Renda permite à pessoa jurídica reduzir o lucro real apurado no período

mediante compensação de prejuízos fiscais apurados em períodos anteriores (mensais, trimestrais ou

anuais). O prejuízo fiscal compensável com o lucro real é aquele apurado e registrado no Lalur,

observando-se que:

a) os prejuízos somente poderão ser compensados se a pessoa jurídica mantiver a escrituração

e os documentos comprobatórios do montante do prejuízo fiscal a compensar;

b) desde o ano-calendário 1995 são compensáveis os prejuízos fiscais apurados em períodos

encerrados a partir do ano de 1991, independentemente de prazo.

Os prejuízos apurados antes de 31 de dezembro de 1994 somente poderão ser compensados se,

naquela data, fossem ainda passíveis de compensação, na forma da legislação então aplicável (art. 35,

§ 2º, da IN SRF 11/1996).

O lucro real apurado em cada período poderá ser reduzido pela compensação de prejuízos fiscais de

períodos anteriores, em no máximo 30%. Dessa forma, a compensação de prejuízos fiscais exige da

cooperativa a adequada escrituração de seus saldos na Parte “B” do Lalur.

Prejuízos fiscais operacionais e não operacionais

A legislação tributária criou dois tipos de prejuízos fiscais: os operacionais e os não operacionais. Os

primeiros são aqueles decorrentes das atividades normais da pessoa jurídica. Quanto ao segundo,

somente podem ser compensados nos períodos subsequentes ao de sua apuração, com lucros de

mesma natureza, observando o disposto no art. 205, subseção II da IN RFB nº 1700, de 14 de março

de 2017:

a) consideram-se não operacionais os resultados decorrentes da alienação de bens e direitos do

ativo não circulante imobilizado, investimento e intangível, ainda que reclassificados para o

ativo circulante com a intenção de venda;

b) o resultado não operacional será igual à diferença, positiva ou negativa, entre o valor pelo qual

o bem ou direito for alienado e seu valor contábil, assim entendido o que estiver registrado na

escrituração do contribuinte, diminuído, se for o caso, da depreciação, amortização ou exaustão

acumulada e das perdas estimadas no valor de ativos;

c) os resultados não operacionais de todas as alienações ocorridas durante o período de

apuração deverão ser apurados englobadamente entre si;

d) no período de apuração de ocorrência, os resultados não operacionais, positivos ou negativos,

integrarão o lucro real.

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Ressalte-se que a restrição à compensação de prejuízos não operacionais não se aplica às perdas

decorrentes de baixa de bens ou direitos em virtude de terem se tornado imprestáveis, obsoletos ou

terem caído em desuso, ainda que posteriormente venham a ser alienados como sucata.

O prejuízo fiscal não operacional poderá ser compensado nos períodos subsequentes somente com

lucros não operacionais, limitado a 30% do lucro real não operacional (art. 205, § 9, subseção II da IN

RFB n.º 1700/2017).

Nas sociedades cooperativas, o prejuízo fiscal que poderá ser compensado corresponde ao prejuízo

das operações com atos não cooperativos (prejuízo fiscal não operacional), após as adições e

exclusões determinadas pela legislação. Em termos práticos, é o lucro real após as adições e exclusões

de determinado período de apuração.

Lucro Real Trimestral

A apuração do Imposto de Renda será realizada com base em períodos trimestrais, encerrados no

último dia de cada trimestre-calendário, quais sejam: 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31

de dezembro de cada ano-calendário (art. 1º da Lei n.º 9.430/1996).

O imposto e a contribuição a pagar, apurados em cada trimestre, poderão ser pagos em quota única no

mês seguinte ao trimestre, sem qualquer acréscimo, ou em três quotas mensais com juros pela taxa do

Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) até o mês anterior ao do pagamento e de 1%

nesse mês.

Lucro Real Anual

As cooperativas de pais e responsáveis que optarem pela apuração do lucro real anual deverão pagar

mensalmente o Imposto de Renda e a contribuição social sobre o lucro calculados por estimativa, com

base na receita bruta de atos não cooperativos, ou quando a apuração com base no balanço de redução

ou suspensão resultar positiva.

O imposto e a contribuição sobre as operações do mês devem ser pagos até o último dia útil do mês

seguinte.

Base de Cálculo – Estimativa Mensal

No caso das sociedades cooperativas, as receitas que compõem a base de cálculo do pagamento da

estimativa mensal são apenas aquelas resultantes das operações de atos não cooperativos.

A base de cálculo do Imposto de Renda a ser pago mensalmente resulta do somatório de um percentual

aplicado sobre a receita bruta do mês, acrescido de ganhos de capital, demais receitas e resultados

positivos, excetuados os rendimentos ou ganhos tributados como de aplicações financeiras. Os

percentuais aplicáveis sobre a receita bruta variam de acordo com a atividade da pessoa jurídica e, no

caso das cooperativas de pais e responsáveis, se aplicariam 32%, conforme consta do art. 15 da

Lei n.º 9.249/1995.

Não devem ser acrescentados à base de cálculo os rendimentos tributados pertinentes às aplicações

financeiras de renda fixa e renda variável, nem os lucros, dividendos ou o resultado positivo decorrente

da avaliação de investimento pela equivalência patrimonial (art. 222, § 7º do Decreto 9.580/2018).

Os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicações financeiras de renda fixa e variável serão

considerados na determinação da base de cálculo do Imposto de Renda mensal quando não tiverem

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sido submetidos à incidência na fonte ou ao recolhimento mensal obrigatório, como disposto nos arts.

65 a 75 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, e nos arts. 35 e 28, § 9º, da Lei n.º 9.532/1997.

Caso a cooperativa tenha apenas as receitas de aplicações financeiras reconhecidas como atos não

cooperativo, no pagamento do imposto por estimativa mensal com base na receita bruta, as receitas

financeiras não irão compor a base de cálculo. Dessa forma, se a cooperativa de pais e responsáveis

praticar apenas atos cooperativos, não haverá base de cálculo para recolhimento de estimativa mensal.

Para exemplificar a apuração do IRPJ na modalidade do lucro real com estimativa mensal pela receita

bruta, apresentam-se a seguir dados e composições dos respectivos valores a serem pagos por

cooperativas de pais e responsáveis:

Dados Valor

Ingressos – ato cooperativo com mensalidades/matrículas R$ 125.000,00

Receita de aluguel da cantina escolar R$ 3.500,00

Receita líquida da venda de ativo imobilizado R$ 5.700,00

Rendas das aplicações financeiras R$ 1.300,00

Receitas de eventos extracurriculares R$ 2.100,00

COOPERATIVA DE PAIS E RESPONSÁVEIS

APURAÇÃO DO IRPJ – ESTIMATIVA PELA RECEITA BRUTA

COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO Receita Base de Cálculo

Base de cálculo do IRPJ – receita bruta (32%) R$ 11.300,00 R$ 3.616,00

Total R$ 11.300,00 R$ 3.616,00

IMPOSTO DE RENDA APURADO

Alíquota de 15% - R$ 542,40

Adicional - -

IMPOSTO DE RENDA A PAGAR - R$ 542,40

A apuração do IRPJ pelo lucro real com estimativa pela receita bruta é bastante simples. Cabe observar

que apenas as receitas correspondentes às operações consideradas como atos não cooperativos estão

sujeitas à tributação, e que as receitas oriundas de aplicações financeiras não compõem a base de

cálculo, nos termos da legislação já apresentada.

Balanço de Suspensão e Redução

Alternativamente ao recolhimento da estimativa mensal com base na receita bruta, as cooperativas

podem apurar a estimativa mensal com base no balanço de suspensão ou redução.

O pagamento da estimativa mensal do Imposto de Renda com base no balanço de suspensão ou

redução implica na escrituração mensal do Lalur, no qual deverá apurar o lucro real com todas as

adições, exclusões e compensações previstas na legislação tributária.

A vantagem dessa modalidade de apuração é que a cooperativa recolherá o imposto efetivamente

devido. No recolhimento da estimativa com base na receita bruta, o tributo pode ser maior do que o

valor devido na apuração anual, o que pode provocar relevante desembolso financeiro para a

cooperativa.

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Para exemplificar, de forma resumida, a composição mensal do lucro real com base no balanço de

suspensão ou redução, apresentam-se na sequência as informações necessárias para elaboração do

Lalur e apuração do imposto devido.

Dados Valor

Resultado líquido antes do IRPJ R$ 105.000,00

Multas não dedutíveis R$ 2.500,00

Prejuízo fiscal acumulado R$ 35.000,00

Resultado positivo dos atos cooperativos R$ 75.120,00

APURAÇÃO DO IRPJ – BALANÇO DE SUSPENSÃO E REDUÇÃO

COMPOSIÇÃO DO LUCRO REAL VALOR

Resultado líquido antes do IRPJ R$ 105.000,00

ADIÇÕES

Provisões não dedutíveis -

Despesas operacionais – Despesas não dedutíveis R$ 2.500,00

Resultados negativos com atos cooperativos -

SOMA DAS ADIÇÕES R$ 2.500,00

EXCLUSÕES

(-) Reversões dos saldos das provisões não dedutíveis -

(-) Resultados não tributáveis de sociedades cooperativas R$ 75.120,00

SOMA DAS EXCLUSÕES R$ 75.120,00

LUCRO REAL ANTES DAS COMPENSAÇÕES DE PREJUÍZO R$ 32.380,00

(-) Compensação de prejuízos fiscais R$ 9.714,00

LUCRO REAL R$ 22.666,00

BASE DE CÁLCULO PARA O IRPJ R$ 22.666,00

IMPOSTO DE RENDA APURADO

Alíquota de 15% R$ 3.399,90

Adicional R$ 266,60

TOTAL IRPJ DEVIDO NO MÊS R$ 3.666,50

Nesse exemplo de apuração do IRPJ pela modalidade do lucro real, com as estimativas mensais

apuradas a partir do balanço de suspensão e redução, tomaram-se como base os dados apurados no

mês de janeiro de um ano-calendário, no qual se iniciou a apuração pelo resultado líquido antes do

IRPJ daquele mês; na sequência, foram apontados os valores passíveis de adição e exclusão na base

de cálculo do imposto.

É importante lembrar que, por se tratar de apuração a partir do balanço de suspensão e redução, o

valor do imposto recolhido para o mês de janeiro poderá ser compensado do valor apurado no mês de

fevereiro, e assim sucessivamente, até dezembro de cada ano.

Lucro Presumido

O art. 13 da Lei 9.718/1998, na redação dada pelo art. 7º da Lei 12.814/2013, dispõe que a pessoa

jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78 milhões

ou a R$ 6,5 milhões multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando

inferior a doze meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido.

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Conforme o § 1º do art. 13 da Lei 9.718/1998, a opção pela tributação com base no lucro presumido

será definitiva em relação a todo o ano-calendário, e será manifestada com o pagamento da primeira

ou única quota do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-

calendário (§ 1º, art. 587 do RIR/2018).

A base de cálculo do Imposto de Renda calculado pela modalidade do lucro presumido será

determinada, em cada trimestre, mediante aplicação de percentuais estabelecidos em lei, de acordo

com a atividade da pessoa jurídica, sobre a receita bruta auferida no trimestre. Além disso, devem ser

incluídos na base de cálculo os ganhos de capital, rendimentos e ganhos líquidos auferidos em

aplicações financeiras e demais receitas.

O percentual a ser utilizado pelas cooperativas de pais e responsáveis estabelecido em lei é:

ATIVIDADE PERCENTUAL BASE LEGAL

Serviços em geral 32% art. 15, inciso III, da Lei 9.249/1995

Nas sociedades cooperativas, para determinar a base de cálculo conforme os percentuais expostos,

deverão ser consideradas apenas as receitas de atos não cooperativos, observando, como já citado, a

não incidência do IRPJ sobre as operações de ato cooperativo.

Inicialmente, na declaração do IRPJ presente na ECF deverá ser informada toda a receita bruta auferida

pela cooperativa, junto ao código que representa o percentual presumido para a atividade. Após o

cálculo geral da presunção do lucro, o montante correspondente às operações do ato cooperativo

poderá ser excluído da base de cálculo do imposto devido no trimestre, em código específico para tal

fim.

Os rendimentos em aplicações financeiras devem ser incluídos na base de cálculo do imposto. Por

consequência, o Imposto de Renda retido na fonte ou pago separadamente poderá ser considerado

como antecipação do montante devido no trimestre.

Na sequência, exemplifica-se a composição da apuração do IRPJ na modalidade do lucro presumido

para cooperativas de pais e responsáveis, seguindo as orientações de preenchimento constantes na

ECF.

Dados – 1 TRIMESTRE Valor

Ingressos – ato cooperativo com mensalidades/matrículas R$ 375.000,00

Total de ingressos brutos – atos cooperativos R$ 375.000,00

Receita de aluguel da cantina escolar R$ 10.500,00

Receita líquida da venda de ativo imobilizado R$ 5.700,00

Receitas de eventos extracurriculares R$ 2.100,00

Total de receita bruta – atos não cooperativos R$ 18.300,00

Rendas das aplicações financeiras R$ 4.200,00

Total de outras receitas R$ 4.200,00

COOPERATIVA DE PAIS E RESPONSÁVEIS

APURAÇÃO DO IRPJ – LUCRO PRESUMIDO

COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO Receita Base de Cálculo

Base de cálculo do IRPJ – receita bruta (32%) R$ 393.300,00 R$ 125.856,00

Resultado da aplicação dos % na receita bruta R$ 125.856,00

(+) Rendimentos e ganhos de aplicações financeiras R$ 4.200,00

(-) Resultado não tributado de sociedades cooperativas R$ 375.000,00 R$ (120.000,00)

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Ingressos sujeitos a alíquota 32% R$ 10.056,00

Base de cálculo do imposto sem lucro presumido

IMPOSTO DE RENDA APURADO - R$ 1.508,40

Alíquota de 15% - -

Adicional - R$ 1.508,40

IMPOSTO DE RENDA A PAGAR R$ 393.300,00 R$ 125.856,00

Receita bruta – Regime de competência

Considera-se a receita bruta pelo regime de competência, quando a receita é auferida,

independentemente da data de seu pagamento. O item 6 da ITG 2004, deixa claro que “A escrituração

contábil é obrigatória e deve ser realizada de forma segregada em ato cooperativo e não cooperativo,

por atividade, produto ou serviço”, de modo sendo vedada a escrituração por regime de caixa.

Alíquotas

A alíquota do Imposto de Renda em vigor desde o ano-calendário 1996 é de:

• 15% sobre o lucro real, presumido ou arbitrado apurado pelas pessoas jurídicas em geral,

seja seu objeto comercial ou civil;

• 10% sobre a parcela do lucro real que exceder ao resultado da multiplicação de R$ 20 mil

pelo número dos meses do respectivo período de apuração;

No lucro real trimestral, o limite de isenção será de R$ 60 mil, enquanto no anual será de R$ 240 mil.

Penalidades

Os tributos e contribuições administrados pela Receita Federal que não forem pagos até a data do

vencimento ficarão sujeitos a juros e multa de mora.

Conforme art. 58 da IN RFB n.º 1.700/2017, a falta ou insuficiência de pagamento do IRPJ ou da CSLL

sujeita a pessoa jurídica aos seguintes acréscimos legais:

I – multa de mora, calculada à taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento) por dia de atraso, limitada a 20% (vinte por cento), calculada a partir do 1º (primeiro) dia subsequente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento, até o dia em que ocorrer o seu pagamento; e II – juros de mora, equivalentes à taxa referencial do Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do 1º (primeiro) dia do 2º (segundo) mês subsequente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.

A cooperativa, diante de situação que implique incidência de multa e juros, deve utilizar o programa

SICALC, disponível no site da Receita Federal, para calcular os acréscimos legais e emitir o Documento

de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) atualizado para pagamento.

Prazos e forma de recolhimento

A guia para recolhimento do Imposto de Renda é o DARF. O imposto apurado poderá ser pago ou

compensado com outros créditos tributários, observadas as regras da legislação tributária referente às

compensações.

O código de recolhimento será determinado conforme a modalidade de apuração do Imposto de Renda.

Os códigos atualmente estabelecidos pela Receita Federal do Brasil são:

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MODALIDADE DE APURAÇÃO CÓDIGO

Lucro real – Estimativa mensal – Receita total anual superior a R$ 78 milhões 2362

Lucro real – Ajuste anual – Receita total anual superior a R$ 78 milhões 2430

Lucro real – Estimativa mensal – Receita total anual igual ou inferior a R$ 78 milhões 5993

Lucro real – Ajuste anual – Receita total anual igual ou inferior a R$ 78 milhões 2456

Lucro real – Apuração trimestral – Receita total anual superior a R$ 78 milhões 0220

Lucro real – Apuração trimestral – Receita total anual inferior a R$ 78 milhões 3373

Lucro presumido 2089

O prazo de pagamento depende da modalidade de tributação adotada pela cooperativa, assim:

Prazos de recolhimento – Modalidades de apuração

Lucro real anual Lucro real trimestral e lucro presumido

O prazo para pagamento das estimativas mensais do

Imposto de Renda, estabelecido pelo art. 6º da Lei

9.430/1996, é até o último dia útil do mês subsequente ao

período de apuração.

Na apuração anual, com data-base em 31 de dezembro,

caso o saldo do imposto seja positivo, deverá ser pago em

quota única, até o último dia útil do mês de março do ano

subsequente, com acréscimo pela taxa Selic conforme o §

2º do art. 6º da Lei 9.430/1996.

Se o saldo apurado em 31 de dezembro for negativo, este

poderá ser objeto de restituição ou compensação com

Imposto de Renda devido nos períodos subsequentes ou

outros tributos administrados pela SRF do Brasil, nos termos

da IN RFB n.º 1.300/2012.

É importante não confundir a estimativa do Imposto de

Renda de dezembro com o ajuste anual. Na maioria dos

casos, o pagamento da estimativa de dezembro é realizado

com base no balanço de suspensão e redução encerrado

em 31 de dezembro.

O Imposto de Renda apurado com base no

lucro real trimestral e no lucro presumido será

pago em quota única, até o último dia útil do

mês subsequente ao do encerramento do

período de apuração.

Alternativamente, a cooperativa poderá optar

por pagar o imposto em até três quotas

mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no

último dia útil dos três meses subsequentes ao

encerramento do período de apuração, desde

que a quota mensal não seja inferior a R$

1.000,00 (mil reais).

Nesse caso, a pessoa jurídica deverá atualizar

as quotas do imposto pela taxa Selic,

conforme § 3º do art. 5º da Lei 9.430/1996.

O imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois

mil reais) deverá ser pago em quota única.

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

A CSLL, instituída pela Lei n.º 7.689, de 15 de dezembro de 1988, foi estabelecida para obtenção de

recursos para financiar a seguridade social, segundo dispositivo constitucional (art. 195 da Constituição

Federal do Brasil).

Conforme acórdão, o Conselho de Contribuinte decidiu que o resultado positivo obtido pelas sociedades

cooperativas nas operações realizadas com seus associados (atos cooperativos) não integram a base

de cálculo da contribuição social. Portanto, as sociedades cooperativas que obedecerem ao disposto

na legislação específica relativamente aos atos cooperativos, ficam isentas da CSLL.

A CSLL não incide sobre a atividade cooperativista, pois as cooperativas não auferem lucros em suas

atividades, conforme prevê a própria Lei n.º 5.764/1971, art. 3º. Tal entendimento foi consolidado e

confirmado pela Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004 (Versão Consolidada em 20 de março de 2013),

que no seu art. 39 diz:

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30

Art. 39. As sociedades cooperativas que obedecerem ao disposto na legislação específica, relativamente aos atos cooperativos, ficam isentas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL. (Vide art. 48 da Lei nº 10.865, de 2004) Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica às sociedades cooperativas de consumo de que trata o art. 69 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997.

Embora a CSLL tenha características de apuração similares ao IRPJ, algumas regras são diferentes, a

seguir descritas.

Fato Gerador

O fato gerador da CSLL é o lucro líquido apurado antes do Imposto de Renda, na data de ocorrência

do fato gerador.

Essa data é 31 de dezembro de cada ano, exceto em relação à apuração trimestral, quando o fato

gerador ocorre ao final de cada trimestre-calendário, e em eventos especiais de incorporação, fusão,

cisão ou encerramento de atividades, cuja data de ocorrência do fato gerador é a data do evento.

Base de Cálculo

A base de cálculo da CSLL é o valor do resultado do exercício, antes da provisão para o Imposto de

Renda, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação tributária em cada período de

apuração, seja trimestral ou anual.

A exceção abrange pessoas jurídicas optantes pela apuração do Imposto de Renda e contribuição

social com base no lucro presumido e arbitrado, ocorrendo a presunção ou o arbitramento da base de

cálculo.

Lucro Real – Apuração da Base de Cálculo

Para as cooperativas de pais e responsáveis sujeitas à apuração do IRPJ e da CSLL com base no lucro

real, a base de cálculo da CSLL será o resultado do exercício, antes do Imposto de Renda, ajustado

pelas adições e exclusões previstas na legislação tributária, assim como pela compensação de base

de cálculo negativa da contribuição apurada em exercícios anteriores.

Na IN RFB n.º 1.881/2019, precisamente nos Anexos I e II, constam as tabelas atualizadas de adições

e exclusões do lucro real e da base de cálculo da CSLL. No quadro a seguir estão os principais valores

que devem ser adicionados ou excluídos da base de cálculo da CSLL, discriminados em lei:

ADIÇÕES E EXCLUSÕES NA APURAÇÃO DA CSLL

Adições Exclusões

• Resultado negativo de avaliação de investimentos pelo valor de patrimônio líquido;

• Qualquer provisão, exceto as constituídas para o pagamento de férias de empregados e de 13º salário, de que trata o art. 43 da Lei 8.981/1995, com as alterações da Lei nº 9.065, de 20 de junho de 1995, e as provisões técnicas das companhias de seguro e de capitalização, bem como das entidades de previdência privada, cuja constituição é exigida pela legislação especial a elas aplicáveis;

• Contraprestações de arrendamento mercantil e do aluguel de bens móveis ou imóveis, não relacionados intrinsicamente com a produção ou comercialização dos bens e serviços;

• Resultado positivo de atos cooperativos;

• Resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor de patrimônio líquido;

• Lucros e dividendos derivados de participações societárias em pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil que tenham sido computados como receita;

• Provisões adicionadas anteriormente, que tenham sido baixadas no curso de período-base;

• Doações e subvenções para investimento que tenham sido computadas como receita, desde que observadas as regras específicas da legislação tributária.

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• Despesas de depreciação, amortização, manutenção, reparo, conservação, impostos, taxas, seguros e quaisquer outros gastos com bens móveis ou imóveis, não relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização dos bens e serviços;

• Contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e planos de saúde, e benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos em favor dos empregados e dirigentes da pessoa jurídica;

• Doações, exceto as expressamente previstas no § 2º do art. 13 da Lei 9.249/1995;

• Despesas com brindes.

Importa ratificar que deve ser adicionada à base de cálculo da CSLL somente a parcela das despesas

indedutíveis registradas como atos não cooperativos na contabilidade da cooperativa. Algumas

despesas, como doações, podem ser submetidas a rateio com base na receita bruta de atos

cooperativos e não cooperativos para fins de segregação do resultado desses atos. Assim, deverá ser

adicionada à base de cálculo da CSLL somente a parcela que reduziu o resultado tributável,

correspondente à parcela contabilizada como atos não cooperativos.

As despesas a adicionar na base de cálculo da CSLL não são necessariamente as mesmas que devem

ser incluídas na base de cálculo do IRPJ. Um exemplo prático são as multas por infrações fiscais de

natureza não compensatória, que devem compor o cálculo do Imposto de Renda, mas não há

determinação legal para acrescentá-las à base de cálculo da CSLL.

Compensação de Base de Cálculo Negativa

A base de cálculo da CSLL poderá ser reduzida pela compensação da base de cálculo negativa,

apurada em períodos-base anteriores. A compensação está limitada a 30% do lucro líquido ajustado.

Em outros termos, trata-se do lucro líquido após as adições e exclusões.

A compensação de base de cálculo negativa apurada em anos anteriores depende de correta

escrituração dos saldos na parte B do Lalur, e a partir da ECF, escrituração na parte B do Livro de

Apuração da CSLL (Lacs).

Nas sociedades cooperativas, a base de cálculo negativa que poderá ser compensada é aquela

resultante das operações com atos não cooperativos, após as adições e exclusões legais.

Base de Cálculo – Estimativa Mensal

As cooperativas que optarem pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa com base na receita bruta

deverão também pagar a CSLL pelo mesmo critério, conforme o art. 28 da Lei n.º 9.430/1996.

A partir de 1º de setembro de 2003, por força do art. 22 da Lei n.º 10.684/2003, a base de cálculo da

CSLL devida pelas pessoas jurídicas optantes pela sistemática de recolhimento mensal (estimativa)

corresponderá a 32% nas empresas prestadoras de serviços em geral, aplicável as cooperativas de

pais e responsáveis.

Devem ser adicionados à base de cálculo da CSLL/Estimativa os seguintes valores:

• ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de bens do ativo permanente e de aplicações

em ouro não caracterizado como ativo financeiro;

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• rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa e ganhos líquidos de operações

financeiras de renda variável (ações, swap etc.);

• demais receitas e resultados positivos não abrangidos anteriormente (como juros e descontos

obtidos, aluguéis etc.), inclusive juros remuneratórios do capital próprio recebidos pela empresa

da qual seja sócia ou acionista.

No caso das sociedades cooperativas, as receitas que irão compor a base de cálculo do pagamento da

estimativa mensal são apenas aquelas resultantes das operações de atos não cooperativos. Dessa

forma, se a cooperativa de pais e responsáveis praticar apenas atos cooperativos, não haverá base de

cálculo para recolhimento de estimativa mensal, exceto se houver receitas de aplicações financeiras.

Apresenta-se adiante um exemplo de apuração da estimativa mensal da CSLL com base na receita

bruta, observando-se que, para apurar a base de cálculo da referida estimativa em relação aos dados

disponibilizados, deve-se somar o lucro calculado pela aplicação de 12% sobre a receita bruta das

operações com não cooperados e o valor dos rendimentos das aplicações financeiras.

Dados Valor

Ingressos – ato cooperativo com mensalidades/matrículas R$ 125.000,00

Receita de aluguel da cantina escolar R$ 3.500,00

Receita líquida da venda de ativo imobilizado R$ 5.700,00

Rendas das aplicações financeiras R$ 1.300,00

Receitas de eventos extracurriculares R$ 2.100,00

COOPERATIVA DE PAIS E RESPONSÁVEIS

APURAÇÃO DA CSLL – ESTIMATIVA PELA RECEITA BRUTA

COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO Receita Base de Cálculo

Base de cálculo da CSLL – receita bruta (32%) R$ 11.300,00 R$ 3.616,00

Rendimentos de aplicação financeira R$ 1.300,00

Total R$ 11.300,00 R$ 4.916,00

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL APURADA

Alíquota de 9% - R$ 442,44

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL A PAGAR - R$ 442,44

Assim como no Imposto de Renda, alternativamente ao recolhimento da estimativa mensal com base

na receita bruta, a pessoa jurídica poderá apurar a estimativa mensal com base no balanço de

suspensão ou redução, conforme o art. 227 do RIR/2018.

Base de Cálculo – Lucro Presumido

A base de cálculo da CSLL pela modalidade do lucro presumido será determinada em cada trimestre,

mediante aplicação de percentuais estabelecidos em lei, de acordo com a atividade da pessoa

jurídica, sobre a receita bruta auferida no trimestre. Além disso, devem ser incluídos na base de

cálculo os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras

e as demais receitas.

Em relação à principal atividade desenvolvida pelas cooperativas de pais e responsáveis, o percentual

de que trata o art. 20 da Lei 9.249/1995 para determinar a base de cálculo sobre a receita bruta é de

32%, definidos assim para Serviços em Geral.

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Nas sociedades cooperativas, para fins de determinação da base de cálculo, deverão ser

consideradas apenas as receitas de atos não cooperativos, observando as mesmas regras de

escrituração da ECF apresentadas na apuração do IRPJ.

Caso a cooperativa tenha sofrido retenção da contribuição social na fonte sobre algum serviço

prestado, poderá deduzir, do montante apurado, a retenção acumulada no trimestre.

Apresenta-se na sequência a composição da apuração da CSLL na modalidade do lucro presumido.

A principal diferença em relação ao exemplo de apuração apresentado para o IRPJ consiste no fato

de o percentual de presunção ser o mesmo para todas as receitas apontadas.

COOPERATIVAS DE PAIS E RESPONSÁVEIS

APURAÇÃO DA CSLL – LUCRO PRESUMIDO

COMPOSIÇÃO DA BASE DE CÁLCULO Receita Base de cálculo

Receita bruta sujeita a alíquota de 32% R$ 1.900.000,00 R$ 608.000,00

Resultado da aplicação dos % sem receita bruta - R$ 608.000,00

(+) Rendimentos e ganhos de aplicações financeiras R$ 28.500,00 R$ 28.500,00

(-) Resultado não tributado de sociedade cooperativas R$ 1.900.000,00 R$ 608.000,00

Base de cálculo do imposto sem lucro presumido - R$ 28.500,00

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL APURADA

Alíquota de 9% - R$ 2.565,00

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL A PAGAR - R$ 2.565,00

Alíquota

Para as empresas e cooperativas em geral, a alíquota da CSLL é de 9%, aplicável também para as

sociedades cooperativas de pais e responsáveis.

Prazos e forma de recolhimento

O recolhimento da CSLL deve ser efetuado através do DARF. O imposto apurado poderá ser pago ou

compensado com outros créditos tributários, observadas as regras da legislação tributária referente às

compensações.

O código de recolhimento será determinado conforme a modalidade de apuração da pessoa jurídica.

Os códigos atualmente estabelecidos pela Receita Federal do Brasil são:

MODALIDADE DE APURAÇÃO CÓDIGO

Lucro real – Estimativa mensal – Receita total anual superior a R$ 78 milhões 2484

Lucro real – Ajuste anual – Receita total anual superior a R$ 78 milhões 6773

Lucro real – Estimativa mensal – Receita total anual igual ou inferior a R$ 78 milhões 2484

Lucro real – Ajuste anual – receita total anual igual ou inferior a R$ 78 milhões 6773

Lucro real – Apuração trimestral – Receita total anual superior a R$ 78 milhões 6012

Lucro real – Apuração trimestral – Receita total anual inferior a R$ 78 milhões 6012

Lucro presumido 2372

O prazo de pagamento da CSLL é o mesmo aplicável para o IRPJ, e ambos dependem da modalidade

de tributação adotada pela cooperativa.

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PIS – Programa de Integração Social e COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

O Programa de Integração Social (PIS), o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público

(Pasep) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) são tributos citados

nos arts. 195 e 239 da Constituição Federal e relacionados ao financiamento da seguridade social por

toda a sociedade.

O PIS/Pasep tem como objetivo específico financiar o seguro-desemprego e o abono para empregados

que receberam em média até dois salários-mínimos de remuneração mensal de empregadores que

contribuem para o PIS/Pasep. Esse imposto também é destinado ao financiamento de programas de

desenvolvimento econômico, através do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social

(BNDES).

Já a COFINS é destinada às despesas com atividades-fim das áreas de saúde, previdência e

assistência social.

Regime de tributação

A contribuição para o PIS/Pasep e a COFINS possui dois sistemas de tributação: regime cumulativo e

regime não cumulativo. As sociedades cooperativas devem observar as disposições na Instrução

Normativa SRF n.º 635/06, para a apuração do PIS/Pasep e da COFINS.

As sociedades cooperativas seguimento pais e responsáveis, independente do regime tributário

escolhido, deverão adotar o regime cumulativo de PIS e COFINS (Art. 33, IN/SRF n.º 635/06).

Fato gerador

A legislação tributária federal que estabelece diretrizes para determinar a base de cálculo das

contribuições para PIS/Pasep e COFINS devidas pelas pessoas jurídicas considera como fato gerador

o aferimento de receitas, tanto as relacionadas com o objetivo principal da entidade, quanto as demais

que possam surgir no decorrer do exercício social.

A receita, comumente chamada de faturamento, compreende os ingressos e receitas brutas das

cooperativas. Em outros termos, o fato gerador do PIS/Pasep e da COFINS corresponde ao montante

relacionado aos serviços de ensino prestados pelas cooperativas de pais e responsáveis, obedecendo

às determinações presentes na legislação de apuração do IRPJ.

Em suma, as cooperativas de pais e responsáveis devem calcular o PIS/Pasep e a COFINS sobre seu

ingresso e receita bruta auferida no mês, incluindo, quando houver, a receita decorrente da cobrança

de taxa de administração de cooperados.

Base de cálculo

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A base de cálculo das contribuições para o PIS/Pasep e para a COFINS das cooperativas de pais e

responsáveis corresponde ao ingresso e à receita bruta auferida por elas, podendo ser excluídas deste

valor as importâncias correspondentes aos serviços cancelados e descontos incondicionais concedidos.

A lei ainda prevê possibilidade de excluir da base de cálculo das contribuições: descontos incondicionais

concedidos, as receitas decorrentes de reversões de provisões; a recuperação de créditos baixados

como perdas; o resultado positivo da avaliação de investimento pelo valor do patrimônio líquido; os

lucros e dividendos derivados de participações societárias e as receitas decorrentes da venda de bens

do ativo não circulante, como a venda de bens do ativo imobilizado.

As sociedades cooperativas em geral também podem deduzir da base de cálculo da contribuição para

o PIS/Pasep e a COFINS o valor das sobras apuradas na Demonstração do Resultado do Exercício,

destinadas à constituição do Fundo de Reserva e do Fates, previstos no art. 28 da Lei n.º 5.764/71 (Art.

10, Instrução Normativa SRF nº 635/06).

Alíquotas

No regime de incidência cumulativa, as alíquotas são de 0,65% para PIS/Pasep e de 3% para COFINS

(Art. 5, inciso I da IN/SRF n.º 635/06).

Prazo e forma de recolhimento

Os valores correspondentes ao PIS/Pasep e à COFINS calculados sobre o faturamento devem ser

recolhidos até o 25º dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores. Se o dia de

vencimento não for dia útil, o pagamento deverá ser antecipado para o primeiro dia útil anterior.

O recolhimento do PIS/Pasep e da COFINS sobre faturamento deverá ocorrer através do DARF,

mediante os seguintes códigos de recolhimento:

• 8109 – PIS FATURAMENTO, para o PIS/Pasep cumulativo;

• 2172 – CONTRIBUIÇÃO PARA FINANCIAMENTO SEGURIDADE SOCIAL, para a COFINS

cumulativa.

Neste exemplo de apuração das contribuições para o PIS/Pasep e para a COFINS das cooperativas de

pais e responsáveis utilizaram-se os seguintes dados:

APURAÇÃO PIS E COFINS VALOR

RECEITAS TRIBUTADAS (CST 1)

INGRESSO – ATO COOPERATIVO R$ 300.500,00

Mensalidades R$ 300.000,00

Doações de quotas R$ 500,00

RECEITA – ATO NÃO COOPERATIVO R$ 3.500,00

Eventos extra curriculares R$ 2.000,00

Aluguel da cantina R$ 1.500,00

INGRESSO E RECEITA BRUTA R$ 304.000,00

DEDUÇÕES R$ 6.137,00

Descontos incondicionais R$ 237,00

Cancelamentos e devoluções R$ 100,00

Destinação à Reserva Legal (10%) R$ 4.500,00

Destinação para o Fates (5%) R$ 1.300,00

BASE DE CÁLCULO R$ 297.863,00

CÁLCULO IMPOSTO CUMULATIVO

PIS/Pasep (0,65%) R$ 1.936,11

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COFINS (3%) R$ 8.935,89

RECEITAS NÃO TRIBUTADAS (CST 8)

Rendas de aplicações financeiras R$ 720,00

TOTAL R$ 720,00

TOTAL DAS RECEITAS DECLARADAS R$ 304.000,00

Foram agrupados os ingressos e receitas tributadas integralmente pelo PIS/Pasep e pela COFINS,

relacionados respectivamente com atos cooperados e não cooperados, os quais, para fins de

escrituração no arquivo da EFD-Contribuições, devem ser classificadas com CST 01 – Operação

Tributável com Alíquota Básica.

Na sequência foram apontados os montantes passíveis de exclusão de base de cálculo das

contribuições nas cooperativas de pais e responsáveis: descontos incondicionais e o valor

correspondente às sobras destinadas ao Fates (Rates) e à composição do Fundo de Reserva do

exercício anterior, sendo estas exclusões permitidas apenas para as cooperativas.

Da mesma forma, apontaram-se as receitas financeiras correspondentes aos rendimentos com

aplicações financeiras, que, para fins de apuração de PIS/Pasep e COFINS no regime cumulativo, não

caracterizam fato gerador, já que não se classificam como receita bruta. Entretanto, devem ser

escrituradas na EFD-Contribuições, com código CST 08 – Operação sem Incidência da Contribuição.

Atualizações jurídicas

Em Recurso Especial Repetitivo do STJ nº 1.353.111 e na Nota Técnica PGFN/CRJ n. 333/2016,

emitidos em abril de 2016, STJ e PGFN votaram por maioria pela não incidência da COFINS sobre

as receitas auferidas a título de mensalidade dos alunos de instituições de ensino sem fins

lucrativos, pelo entendimento de que são decorrentes de “atividades próprias da entidade”. De tal

forma exige a isenção estabelecida no art. 14, X, da Medida Provisória n.º 1.858, de 1999 (atual

MP n.º 2.158-35, de 2001), sendo evidente a ilegalidade do art. 47, §2º, da IN/SRF n.º 247/2002.

O entendimento firmado pelo STJ deveria, ainda, ser observado no âmbito da Secretaria da

Receita Federal do Brasil, nos termos dos §§ 4º, 5º e 7º do art. 19, da Lei nº 10.522, de 2002,

cumprindo-lhe promover a adequação do disposto no art. 47, §2º, da IN/SRF nº 247, de 2002. O

objeto da decisão judicial foi analisado pela Solução de Consulta Cosit nº 206, de 16 de novembro

de 2018 (que também possui caráter vinculante em virtude da IN RFB nº 1.396, de 2013). No

documento declara que:

“ (...) as instituições de educação que preencham as condições e requisitos do art. 12 da Lei nº 9.532, de 1997, são isentas da Cofins (art. 14, inciso X, c/c com o art. 13, ambos da Medida Provisória nº 2.158- 35, de 2001), exclusivamente com relação às receitas derivadas de suas atividades próprias. A receita da atividade própria de uma entidade, cuja finalidade social é a difusão do ensino, é composta pelas doações, contribuições, mensalidades e anuidades recebidas de associados, mantenedores e colaboradores, sem caráter contraprestacional direto, além das mensalidades dos alunos como contraprestação de serviços educacionais, destinadas ao custeio e manutenção das suas atividades sem fins lucrativos.”

O conceito legal de sociedade cooperativa encontra-se no caput do art. 4º da Lei Federal Nº

5.764/71, complementado, naturalmente, pelas características da sociedade.

“Art. 4º - As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades (...).”

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De forma complementar, o objeto de decisão judicial foi citado na Solução de Consulta n.º 105 de

25 de março de 2019, no caso a consulente pessoa jurídica do tipo Cooperativa Educacional, com

ramo de atividade em Ensino Fundamental, tendo em vista o resultado do Recurso Especial

Repetitivo do STJ nº 1.353.111 e a Nota Técnica PGFN/CRJ n. 333/2016, interrompeu o

pagamento da Cofins e, solicitou restituição dos valores indevidamente pagos. Os quais foram

posteriormente aprovados e restituídos pela receita Federal.

Considerando que nenhuma publicação posterior modificativa sobre o tema tenha sido

realizada até a data de divulgação deste manual, destinado especificamente às

Cooperativas Educacionais, orienta-se que as Cooperativas mantenham o recolhimento

dos referidos impostos e recorram sobre a ilegalidade das contribuições junto a justiça

comum.

PIS – Folha de Pagamento

A contribuição de PIS sobre a folha de salários é regulamentada pelas seguintes legislações:

• Medida Provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001;

• Instrução Normativa SRF n.º 247 de 21 de novembro de 2002;

• Decreto nº 4.524, de 17 de dezembro de 2002;

• Lei n.º 10.676 de 22 de maio de 2003;

• Instrução Normativa SRF n.º 635 de 24 de março de 2006;

De acordo com o art. 9, parágrafo único e art. 33, § 5º da IN/SRF n.º 247/02, são contribuintes do

PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários as Sociedades Cooperativas que fizerem uso das

seguintes deduções da base de cálculo do PIS/Pasep e da COFINS sobre faturamento:

Art. 33 (...) podem excluir da receita bruta o valor: I - repassado ao associado, decorrente da comercialização, no mercado interno, de produtos por eles entregue à cooperativa, observado o disposto no § 1º; II - das receitas de venda de bens e mercadorias a associados; III - das receitas decorrentes da prestação, aos associados, de serviços especializados, aplicáveis na atividade rural, relativos a assistência técnica, extensão rural, formação profissional e assemelhadas; IV - das receitas decorrentes do beneficiamento, armazenamento e industrialização de produção do associado; V - das receitas financeiras decorrentes de repasse de empréstimos rurais contraídos junto a instituições financeiras, até o limite dos encargos a estas devidos; e VI - das sobras apuradas na Demonstração do Resultado do Exercício, antes da destinação para a constituição do Fundo de Reserva e do Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social, previstos no art. 28 da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971.

A Instrução Normativa SRF n.º 247/02, e o Decreto n.º 4.524/02, compartilham da mesma interpretação

acerca da exigência da Contribuição para o PIS/Pasep incidente sobre a folha de pagamento de toda e

qualquer cooperativa que se beneficie da exclusão de base de cálculo “das sobras apuradas na

Demonstração do Resultado do Exercício, antes da destinação para a constituição do Fundo de

Reserva e do Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social, previstos no art. 28 da Lei nº 5.764,

de 1971”.

O Art. 1 da Lei n.º 10.676/03 e o Art. 10 da IN/SRF n.º 635/06, destacam igualmente ao art. 33, da

IN/SRF n.º 247/02, sobre a possibilidade da utilização do valor das sobras apuradas. Porém a IN/SRF

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n.º 635/06 considera contribuinte do PIS/Pasep incidente sobre folha de salários os seguintes

contribuintes:

Art. 28 (...) I - a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB); II - as Organizações Estaduais de Cooperativas previstas no art. 105 e seu § 1º da Lei nº 5.764, de 1971; III - a sociedade cooperativa de produção agropecuária que fizer uso das deduções e exclusões da base de cálculo de que tratam os incisos I a VII do art. 11; IV - a sociedade cooperativa de eletrificação rural que fizer uso das exclusões da base de cálculo de que tratam os incisos I a III do caput do art. 12; V - a sociedade cooperativa de crédito que fizer uso das exclusões da base de cálculo de que tratam os incisos I a VI do art. 15; e VI - a sociedade cooperativa de transporte rodoviário de cargas que fizer uso das exclusões da base de cálculo de que tratam os incisos I a V do art. 16.

Verifica-se que, de fato, a Instrução Normativa SRF n.º 635/06, não contempla o recolhimento conjunto

(com a Contribuição para o PIS/Pasep incidente sobre receita) da Contribuição para o PIS/Pasep

incidente sobre a folha de salários por alguns segmentos de cooperativas, na hipótese de estas

excluírem, na apuração da base de cálculo das contribuições, os valores das sobras apuradas em seu

resultado destinadas à formação do Fundo de Reserva e do Fundo de Assistência Técnica, Educacional

e Social (Fates).

A Solução de Divergência n.º 2 – Cosit de 26 de junho de 2018 também tratou sobre o tema no âmbito

das Cooperativas de trabalho e concluiu-se que:

A sociedade a cooperativa de trabalho prestadora de serviços que fizer uso, na forma do art. 1º Lei nº 10.676, de 2003, da exclusão da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita de sobras apuradas em seus resultados sujeita-se ao recolhimento da Contribuição para o PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários em relação ao período de apuração em que houve a mencionada exclusão de base de cálculo.

O relatório discorre que em análise a Solução de Consulta SRRF07/Disit nº 290, de 8 de novembro de

2007, e a Solução de Consulta SRRF08/Disit nº 247, de 15 de julho de 2009, cujas ementas foram

publicadas no Diário Oficial da União em 19 de março de 2008 e 12 de agosto de 2009, respectivamente,

sujeitam-se ao recolhimento da Contribuição para o PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários

apenas as entidades taxativamente elencadas no art. 28 da Instrução Normativa RFB nº 635/06, que

fizerem uso das deduções e exclusões da base de cálculo de que trata o mesmo art. 28 da mesma

Instrução Normativa.

Contudo quando analisada a Solução de Consulta SRRF06/Disit nº 183, de 27 de dezembro de 2007,

que teve sua ementa publicada no Diário Oficial da União em 28 de janeiro de 2008, ao examinar

consulta interposta por cooperativa de médicos, proferiu o entendimento de que a IN/SRF n.º 635/06,

não revogou, tácita ou expressamente, os arts. 9º e 33 da Instrução Normativa SRF nº 247, de 21 de

novembro de 2002, pelo que, segundo essa decisão, todas as cooperativas, independentemente de

sua classificação, que fizerem uso de qualquer das exclusões previstas no art. 33 da Instrução

Normativa SRF nº 247, de 2002, sujeitam-se, cumulativamente, ao recolhimento da Contribuição para

o PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários.

Verifica-se que as Cooperativas Educacionais não são identificadas no art. 28 da Instrução Normativa

RFB nº 635/06, porém baseado na análise conjunta da legislação e nas soluções de divergências

interpostas por cooperativas que igualmente não foram listadas na referida instrução normativa, podem

ser equiparadas e consideradas contribuintes. Por conservadorismo, caso a cooperativa efetue

qualquer exclusão ou dedução da base de cálculo do PIS /COFINS, recomenda-se para pacificação

sobre a ocorrência em Cooperativas Educacionais a interposição de solução a RFB para

esclarecimentos.

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Contribuição Previdenciária

Conforme art. 15 da Lei 8.212/1991, a legislação previdenciária equipara as sociedades cooperativas

às demais empresas quando se trata das contribuições devidas pelas empresas ou pessoas jurídicas.

A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos do art.

195 da Constituição Federal, mediante contribuições de empresa e entidade a ela equiparada, na forma

da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados a

pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício, a receita ou o faturamento e

sobre o lucro.

Fato gerador

O fato gerador das contribuições previdenciárias é regulamentado pelo art. 51 da IN RFB n.º 971/2009,

estabelecendo que, em relação às operações realizadas pelas cooperativas de pais e responsáveis,

corresponde à prestação de serviços remunerados por segurado empregado, trabalhador avulso e

contribuinte individual.

O momento da ocorrência do fato gerador das contribuições devidas pela cooperativa corresponde, de

modo geral, o mês em que for paga, devida ou creditada a remuneração (o que ocorrer primeiro) a

segurado empregado, trabalhador avulso ou segurado contribuinte individual em decorrência da

prestação de serviços. No caso da contribuição previdenciária sobre o 13º salário, o fato gerador ocorre

quando do pagamento ou crédito da última parcela, e no caso de férias, no mês a que se referirem as

férias.

No § 1º do art. 52 da IN RFB n.º 971/2009, a Receita Federal esclarece que se considera creditada a

remuneração na competência em que a empresa contratante for obrigada a reconhecer contabilmente

a despesa ou o dispêndio.

Dessa forma, no caso de uma cooperativa que efetua o pagamento da folha dos empregados até o 5º

dia útil do mês seguinte à competência e na contabilidade reconheceu a despesa da folha de pagamento

no mês de competência, ocorre o fato gerador da contribuição previdenciária sobre a remuneração dos

empregados no mesmo mês da competência contábil, uma vez que ocorreu antes do pagamento da

remuneração aos funcionários.

Base de cálculo

A base de cálculo das contribuições sociais previdenciárias das empresas e equiparadas, e desta forma

também das cooperativas de pais e responsáveis, conforme art. 22, inciso I e II da Lei n.º 8.212/1991,

corresponde ao total da remuneração paga, devida ou creditada a qualquer título, durante o mês, aos

segurados empregados e trabalhadores avulsos, assim como aos segurados contribuintes individuais

que lhe prestam serviços.

A cooperativa como empresa deverá realizar o recolhimento patronal a contribuição previdenciária, bem

como a parte repassada dos segurados registrados na condição de empregado, os quais:

Tabela Exemplificativa:

Contribuição previdenciária Base legal

20% sobre a folha de pagamento Art. 22, inciso I, da Lei n° 8.212/1991

Alíquota GILRAT 1% a 3% Art. 22, inciso II, da Lei n° 8.212/1991

Outras entidades/terceiros até 5,5% Art. 109 da IN RFB n° 971/2009

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Segurados de 8% a 11% Art. 198 do RPS - Decreto n° 3.048/1999

As alíquotas a serem aplicadas sobre o salário dos empregados, respeitará os índices atualizados

anualmente mediante Portaria Interministerial previsto no artigo 198 do RPS - Decreto n° 3.048/1999.

O salário de contribuição do empregado da cooperativa também irá respeitar o disposto no artigo 214,

inciso I, do RPS - Decreto n° 3.048/1999.

Retenção da Contribuição Previdenciária de Empregados

Conforme art. 30 da Lei 8.212/1991, a cooperativa é obrigada a arrecadar as contribuições

previdenciárias dos segurados empregados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descontando-as da

respectiva remuneração.

Desta forma, a cooperativa de pais e responsáveis deverá calcular a contribuição devida por seus

empregados e descontar o respectivo valor de suas remunerações.

Fato gerador

O fato gerador das contribuições previdenciárias é o pagamento da remuneração ao empregado e aos

trabalhadores avulsos.

Base de cálculo

A base de cálculo da contribuição devida pelos empregados será o salário de contribuição, conforme

definido no art. 28 da Lei 8.212/1991. A cooperativa deve desconsiderar da base de contribuição as

importâncias pagas ao empregado listadas no parágrafo § 9º do art. 28, como abono de férias, vale-

transporte, licença-prêmio indenizada, entre outros.

Alíquota

A contribuição do empregado deverá ser calculada, conforme art. 63 da IN n.º 971/2009, mediante

aplicação das alíquotas de 8%, 9% ou 11% sobre o salário de contribuição, de acordo com a faixa

salarial constante da tabela publicada periodicamente pelo Ministério da Economia. A cooperativa deve

acompanhar regularmente as possíveis mudanças nas alíquotas ou nas faixas de contribuição que

sejam publicadas.

Retenção da Contribuição Previdenciária de Contribuinte Individual

As sociedades cooperativas serão administradas por uma Diretoria ou Conselho de Administração, e

sua fiscalização será exercida por meio da constituição de Conselho Fiscal, membros que

exclusivamente pertençam ao quadro de associados. Estes membros componentes da Administração

e do Conselho fiscal, quando previsto, podem ser remunerados por meio de fixação de valor de

honorários e/ou gratificações (Arts. 47 e 56 da Lei n.º 5.764/71).

De acordo com o Regime Geral da Previdência – RGPS, estes membros, quando remunerados, serão

considerados contribuintes individuais e, portanto, deverão filiar-se obrigatoriamente ao Regime Geral

da Previdência, na qualidade de contribuinte individual (Inciso V e parágrafo 15, do artigo 9º, do

Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto n.º 3.048/99).

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A partir da competência de abril de 2003, nos termos do artigo 4° da Lei n° 10.666/2003, a

responsabilidade pelo recolhimento do contribuinte individual que presta serviço para pessoa jurídica

passou a ser da empresa, que deverá efetuar o desconto e o recolhimento previdenciário sobre a

remuneração paga ao contribuinte individual que lhe prestar serviço, devendo informar a prestação de

serviço bem como efetuar o recolhimento por meio do programa GFIP/SEFIP. A contribuição, em razão

da dedução prevista no § 4° do artigo 30 da Lei 8.212/1991, corresponde a 11% (onze por cento) do

total da remuneração paga, devida ou creditada, a qualquer título, no decorrer do mês, ao segurado

contribuinte individual, observado o limite máximo do salário-de-contribuição.

Nos casos em que o contribuinte individual que presta serviço para mais de uma empresa, ou ainda

que além de trabalhador autônomo, é segurado empregado para outra empresa ou trabalhador avulso

deverá informar na SEFIP-GFIP a ocorrência de múltiplas fontes pagadoras, bem como observar o total

da remuneração recebida no mês por todas as fontes pagadoras, para aplicação da correta alíquota

sobre sua remuneração, nos termos do artigo 28, inciso III, da Lei n° 8.212/1991.

Adicionalmente, em regra, sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao contribuinte individual,

ficará a cargo da empresa uma contribuição de 20% a título de contribuição previdenciária patronal,

conforme dispõe o artigo 22, inciso III, da Lei n° 8.212/1991.

O valor descontado do contribuinte individual deverá ser recolhido, juntamente com as contribuições a

cargo da empresa contratante até o dia 20 do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil

imediatamente anterior quando não houver expediente bancário naquele dia, nos termos do artigo 30,

§ 2°, inciso II, da Lei n° 8.212/91.

A contribuição a ser efetuada pela cooperativa no caso de registro de contribuinte individual, será

efetuada da seguinte forma:

Honorários Base de

cálculo Alíquota

Valor

devido

Alíquota

patronal

Valor

patronal

Honorários

a pagar

Valor

total da

GPS

2.000,00 2.000,00 11% 220,00 20% 400,00 1.780,00 620,00

Nos casos em que os contribuintes individuais registrados na cooperativa tenham prestado serviço ou

mantenham vínculo empregatício a outra empresa, o cálculo da contribuição a ser retida e recolhida,

será calculada da seguinte forma:

1ª Empresa - Valor do salário

contribuição:

R$ 4.800,00

2ª Empresa (Cooperativa de Pais

e responsáveis) - Valor do

salário contribuição:

R$ 2.000,00

A cooperativa não poderá

efetuar o desconto sobre os

R$ 2.000,00, pois caso o

faça descontará acima do

limite máximo permitido de

R$ 5.645,80 (valor vigente a

partir da competência Janeiro

de 2018).

Portanto ela deverá

descontar apenas sobre a

diferença que falta para

chegar ao teto.

Comprovante 1ª empresa

Serviços................R$ 4.800,00

(-) INSS (11%)......R$ 528,00

Líquido..................R$ 4.272,00

Comprovante 2ª

empresa/cooperativa

Serviços...................R$ 2.000,00

Base de cálculo........R$ 845,80

(-) INSS (11%).........R$ 93,04

Líquido.....................R$ 1.906,96

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Os códigos para recolhimento, em GPS, das contribuições do contribuinte individual são: 1007 -

Contribuinte Individual – Mensal e a respectiva cota patronal pode ser elaborada em GPS única somada

a quota patronal sobre a remuneração dos empregados, utilizando o código 2100 - Empresas em Geral

– CNPJ.

Contribuição Patronal

A contribuição a cargo da cooperativa, destinada à seguridade social, conforme art. 22 inciso I, II e III

da Lei 8.212/1991, é de 20% do total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título

durante o mês, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e aos segurados contribuintes

individuais.

Desoneração da Folha de Pagamento

A desoneração da folha trata da substituição da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a

folha de pagamento para aplicação de percentual sobre o valor da receita bruta. A Lei nº 12.546, de 14

de dezembro de 2011 estabelece normas sobre a desoneração da folha de pagamento, abrangendo

vários setores de atividade, em sua última alteração dada pela Lei n.º 13.670, de 30 de maio de 2018,

o Art. 9º, inciso VIII traz informações acerca do tema às Cooperativas:

VIII - para as sociedades Cooperativas, a metodologia adotada para a contribuição sobre a receita bruta, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, limita-se às previsões constantes do art. 8º desta Lei e somente às atividades abrangidas pelos códigos nele referidos; (Inciso acrescido pela Lei nº 12.844, de 19/7/2013,com redação dada pela Lei nº 13.670, de 30/5/2018, publicada no DOU Edição Extra de 30/5/2018, em vigor no primeiro dia do quarto mês subsequente ao de sua publicação).

De modo que para os CNAE’s de 8511-2/00 - Educação infantil – creche, 8512-1/00 - Educação infantil

- pré-escola, 8513-9/00 - Ensino fundamental e 8520-1/00 - Ensino médio, não há previsão até a

publicação deste manual do enquadramento na regra da "Desoneração da Folha de Pagamento", ou

seja, continua-se recolhendo as contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei n° 8.212/91.

FAP/GILRAT

O FAP (Fator Acidentário de Prevenção) é um multiplicador da alíquota do GILRAT básico (1%, 2% ou

3%) concedidas em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos

ambientais do trabalho, podendo reduzir ou majorar a contribuição (reduzir em até 50% ou aumentar

em até 100%) devida pela Cooperativa em razão do desempenho em relação à respectiva atividade

econômica, apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos índices de frequência,

gravidade e custo, calculados segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência

Social.

Na ocorrência de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, o acidentado ou seus dependentes

têm direito às prestações e serviços previstos na legislação previdenciária. Trata-se de um seguro pago

pela cooperativa mediante uma contribuição adicional, o qual se destina a cobrir eventuais acidentes

de trabalho. Portanto, tem o objetivo de financiar os benefícios concedidos pelo INSS.

A alíquota do GILRAT é definida pelo CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômica) em uma

tabela de acordo com a atividade econômica desenvolvida pela Cooperativa. Essa alíquota incide sobre

o total da remuneração paga pela cooperativa aos segurados empregados e trabalhadores avulsos,

conforme o grau de risco de acidente do trabalho relativo à atividade preponderante.

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O Fator Acidentário de Prevenção (FAP) está vigente desde 2010 e pode ser consultado pelo

empregador na página eletrônica da Previdência Social

(https://www2.dataprev.gov.br/FapWeb/pages/login.xhtml) através de senha específica, conforme

determina o artigo 2°, parágrafo único, da Portaria MF n.º 420/2017.

O enquadramento da atividade nos correspondentes graus de risco é de responsabilidade da

Cooperativa, e deve ser feito mensalmente, com base em sua atividade econômica preponderante,

observados o código CNAE da atividade e a alíquota correspondente ao grau de risco, constantes do

Anexo I e II da IN n.º 1.867/2019.

Para a operacionalização do FAP no Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à

Previdência Social (Sefip), o empregador deverá aplicar o índice do período sobre as alíquotas de

contribuição do GIL-RAT, com quatro casas decimais.

Outras entidades

O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), conforme art. 10 inciso I, da MP

2.168-40/2001, estabelece contribuição mensal compulsória, a ser recolhida a partir de 1º de janeiro de

1999 pela Previdência Social, correspondente a 2,5% sobre o montante da remuneração paga a todos

os empregados pelas cooperativas, nos mesmos prazos, condições, sanções e privilégios, inclusive no

que se refere à cobrança judicial, aplicáveis às contribuições para a seguridade social.

A contribuição foi instituída em substituição a outras de mesma espécie, destinadas ao:

• Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai);

• Serviço Social da Indústria (Sesi);

• Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac);

• Serviço Social do Comércio (Sesc);

• Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat);

• Serviço Social do Transporte (Sest);

• Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Cabe à pessoa jurídica, para fins de recolhimento da contribuição devida a terceiros, classificar a

atividade por ela desenvolvida e atribuir o código do Fundo de Previdência e Assistência Social (FPAS)

correspondente.

Para as entidades de ensino, inclusive sociedades cooperativas, que exploram atividades econômicas

relacionadas, exclusivamente em relação à folha de pagamento dos empregados envolvidos

diretamente na atividade de ensino, deverá ser informado no Sefip o código FPAS 574/566 e o código

de outras entidades nº 4163, que corresponde à soma dos códigos de cada entidade para qual há

contribuição, ou seja, código 0001 + 0002 + 0064 + 4096 = 4163, conforme o seguinte detalhamento da

contribuição para outras entidades:

• Salário Educação: código 0001 – 2,5%

• Incra: código 0002 – 0,2%

• Sebrae: código – 0064 – 0,3%

• Sescoop: código – 4096 – 2,5%

O total a recolher de outras entidades e fundos é de 5,5%.

Prazo e forma de recolhimento

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O recolhimento da contribuição previdenciária deve ocorrer até o dia 20 do mês seguinte àquele a que

se refere a contribuição, e a do 13º salário até o dia 20 de dezembro. Por exemplo, a contribuição

referente ao mês de janeiro deverá ser paga até o dia 20 de fevereiro. Quando não houver expediente

bancário no dia 20, o prazo será até o último dia útil imediatamente anterior.

A contribuição devida pela cooperativa, como aquela descontada dos funcionários deverá ser recolhida

em Guia da Previdência Social (GPS), no código 2100 – Empresas em Geral – CNPJ. A GPS será

gerada para cada estabelecimento da pessoa jurídica.

Exemplo prático:

O cálculo da Guia da Previdência Social inicia-se a partir do valor bruto total do salário em folha,

considerando os descontos e os benefícios. Importante ressaltar que, conforme entendimento

majoritário da doutrina e da jurisprudência, em que se inclui o STF, apenas as verbas de natureza

remuneratória das folhas de salário, ou seja, as que se destinam a retribuir o trabalho, compõem a base

de cálculo da contribuição previdenciária patronal.

Isso significa que as verbas de natureza indenizatória, assim entendida como as que se destinam a

reparar danos ou a restituir valores descontados do empregado, não integram a base de cálculo.

Além das parcelas indenizatórias, não compõem a base de cálculo as prestações previdenciárias, como

salário-família.

Total da Remuneração (folha de pagamento): R$100.000,00

Cálculo da Guia de Recolhimento do INSS

Contribuição Previdenciária (20%) R$ 20.000,00

SAT (até 3% sujeito ao adicional do FAP)* R$ 1.000,00

Salário Educação (2,5%) R$ 2.500,00

SESCOOP, INCRA e SEBRAE (3%) R$ 3.000,00

Total de custo da cooperativa com INSS R$ 26.500,00

*O código FPAS e o GIL-RAT podem ser consultados pela cooperativa de pais e responsáveis nos Anexos I e II da IN RFB n.º 971/2009, alterados pela IN RFB n.º 1.867/2019.

Dentre as atividades desenvolvidas pelas cooperativas, destacam-se os principais FPAS e GIL-RAT relacionados:

CNAE GIL-RAT FPAS Descrição da atividade

8511-2/00 2% 566 Educação infantil – creche

8512-1/00 1% 566 Educação infantil – pré-escola

8513-9/00 1% 574 Ensino fundamental

8520-1/00 1% 574 Ensino médio

Penalidades:

Os acréscimos para contribuições recolhidas fora do prazo seguem a consideração dos seguintes

aspectos:

Juros: equivalente à Selic - taxa básica de juros da economia -, sendo que o cálculo é feito a partir do

1º dia do mês seguinte ao vencimento até ao mês anterior ao pagamento, mais 1% no mesmo intervalo

de 30 dias; e

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Multa: corresponde a 0,33% por dia de atraso. A multa começa a valer a partir do dia seguinte ao do

vencimento até o pagamento. O limite é de 20%.

Retenção da Contribuição Previdenciária de Terceiros

As contribuições previdenciárias de terceiros são divididas entre retenções na contratação de pessoas

físicas e jurídicas, cada qual com regras próprias. As disposições quanto a arrecadação e

enquadramento também estão reguladas na IN RFB n.º 971, de 13 de novembro de 2009 (última

alteração vigente dada pela IN RFB n.º 1.867, de 25 de janeiro de 2019).

RETENÇÕES NA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA (AUTÔNOMOS)

A contratação de pessoa física pela cooperativa de pais e responsáveis para prestação de serviços está

sujeita à retenção da contribuição previdenciária, de acordo com inciso III do art. 78 da IN RFB n.º

971/2009. O autônomo deverá ter inscrição municipal e, para cobrar o seu serviço, deverá apresentar

uma nota fiscal emitida pela Prefeitura Municipal. Alternativamente, o contratante pode fornecer ao

autônomo um Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) como comprovante de pagamento ao final da

contratação.

A contribuição será calculada sobre a remuneração paga no mês, a qualquer título, ao trabalhador

autônomo, observando o desconto limite sobre o valor teto do salário de contribuição. A alíquota para

cálculo, conforme art. 65 da IN RFB n.º 971/2009, será de 11%, e o fato gerador ocorre no momento da

liquidação da despesa, quando se dará o desconto da contribuição previdenciária.

Caso o prestador de serviço já tenha sofrido retenção da contribuição previdenciária em outra

empresa/cooperativa, ele deverá apresentar comprovante ou declaração que comprove a respectiva

retenção para fins de dispensa ou redução da base de cálculo, respeitando o valor máximo do salário

de contribuição.

O recolhimento da contribuição retida será efetuado em GPS, por estabelecimento, junto com as

contribuições retidas dos empregados e devidas pelas cooperativas de pais e responsáveis sobre a

remuneração dos empregados e contribuintes individuais.

A cooperativa também deverá descontar do autônomo o Imposto de Renda na Fonte, caso o valor do

serviço prestado seja superior à faixa de contribuição mínima da tabela de progressão do IR.

O Imposto Sobre Serviços é um tributo municipal, logo, as regras sobre seu recolhimento no RPA são

definidas por cada prefeitura. Como prática, caso o autônomo tenha cadastro junto à autoridade

municipal, ele deverá recolher o ISS anualmente e, assim, estaria dispensado de nova retenção no

recibo. Mas quando não há cadastro e o serviço é prestado, o evento passa a gerar uma obrigação

tributária, tendo a alíquota máxima de 5%.

O RPA, quando emitido, trará o nome ou a razão social da cooperativa que é a fonte pagadora, seu

CNPJ, dados do profissional autônomo contratado (como CPF e seu número de inscrição no INSS) e

informações sobre o pagamento, com o valor do serviço prestado (bruto e líquido, já com os devidos

descontos). O RPA deve estar assinado pelo responsável da cooperativa. No campo “descontos” devem

ser informadas as retenções de IRRF, INSS e ISS (se aplicável).

O recolhimento dos impostos se dará em guias individuais: o IRRF no DARF, no código 0588; e o INSS

na GPS, com o código 2100, pois a cooperativa fará o recolhimento não apenas do valor relativo à

alíquota do contribuinte individual (autônomo), como dos 20% devidos por ela sobre o salário de

contribuição (no caso, a remuneração do autônomo), assim como o faz para os demais funcionários

contratados via CLT.

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RETENÇÕES NA CONTRATAÇÃO DE PESSOA JURÍDICA

Conforme previsto no inciso VI do art. 78 da IN RFB n.º 971/2009, a cooperativa contratante de serviços

executados mediante cessão de mão de obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho

temporário, deverá reter 11% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços da

empresa cedente da mão de obra. Nas hipóteses de contratação, a cooperativa de pais e responsáveis

se torna responsável pela retenção e o recolhimento da importância retida até o dia 20 do mês

subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura.

Entende-se como cessão de mão de obra a colocação à disposição do contratante, em suas

dependências ou nas de terceiros, de segurados que realizem serviços contínuos, relacionados ou não

com a atividade-fim da empresa, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação.

Serviços sujeitos à retenção

Estão sujeitos à retenção os serviços listados nos arts. 117 e 118 da IN RFB n.º 971/2009, observando

o disposto no art. 149.

De acordo com o art. 224-A do Decreto 3.048/1999, não se aplica retenção de INSS sobre a nota fiscal

ou fatura de prestação de serviço por intermédio da cooperativa de trabalho.

Conforme o art. 126, a contratada deverá destacar o valor da retenção com o título de “RETENÇÃO

PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL”, quando da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de

prestação de serviços, destacando o valor retido logo após a descrição dos serviços prestados, apenas

para produzir efeito como parcela dedutível no ato da quitação dos serviços prestados, sem alteração

do valor bruto do documento.

Base de cálculo

Além de identificar se o serviço está sujeito à retenção, é muito importante também que a cooperativa

apure corretamente a base de cálculo sobre a qual incidirá a retenção, considerando que a legislação

apresenta alguns itens que não integram a base de cálculo, por exemplo, os valores correspondentes

ao uso de materiais e equipamentos utilizados na prestação de serviços.

➢ Como regra geral, a base de cálculo da retenção de 11% é o valor referente ao total bruto do

serviço prestado.

➢ O art. 121 da IN RFB n.º 971/2009 estabelece que os valores de materiais ou de equipamentos,

próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, fornecidos pela contratada,

discriminados no contrato e na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não

integram a base de cálculo da retenção, desde que comprovados. Neste caso a base de cálculo

corresponderá apenas ao valor da mão de obra. Exemplo:

Item Discriminação Referência Valor (R$)

1 Valor bruto dos serviços 100% 10.000,00

2 Redução legal ou contratual 6.000,00

3 Valor da base de cálculo (1 – 2) 4.000,00

4 Valor da retenção INSS 11% 440,00

5 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 9.560,00

➢ Quando o serviço envolver a utilização de materiais ou de equipamentos e esses custos estiverem

previstos no contrato sem os respectivos valores, estando discriminados somente na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, os valores dos materiais ou dos

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equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, fornecidos pela contratada, não integram a base de cálculo da retenção, desde que comprovados, devendo-se observar alguns limites percentuais, conforme art. 122 da IN RFB n.º 971/2009. A base de cálculo deverá ser o maior valor entre o montante consignado no documento fiscal como prestação de serviços (mão de obra), com a aplicação dos seguintes percentuais:

I. 50% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços para

serviços em geral; II. 30% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços para os

serviços de transporte de passageiros; III. 65% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços para os

serviços de limpeza hospitalar; IV. 80% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços para os

demais serviços de limpeza.

Exemplo, item I:

Item Discriminação Referência Valor (R$)

1 Valor bruto dos serviços 100% 10.000,00

2 Redução legal ou contratual 5.000,00

3 Valor da base de cálculo (1 – 2) 5.000,00

4 Valor da retenção INSS 11% 550,00

5 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 9.450,00

Exemplo, item II:

Item Discriminação Referência Valor (R$)

1 Valor bruto dos serviços 100% 10.000,00

2 Redução legal ou contratual 7.000,00

3 Valor da base de cálculo (1 – 2) 3.000,00

4 Valor da retenção INSS 11% 330,00

5 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 9.670,00

Exemplo, item III:

Item Discriminação Referência Valor (R$)

1 Valor bruto dos serviços 100% 10.000,00

2 Redução legal ou contratual 3.500,00

3 Valor da base de cálculo (1 – 2) 6.500,00

4 Valor da retenção INSS 11% 715,00

5 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 9.285,00

Exemplo, item IV:

Item Discriminação Referência Valor (R$)

1 Valor bruto dos serviços 100% 10.000,00

2 Redução legal ou contratual 2.000,00

3 Valor da base de cálculo (1 – 2) 8.000,00

4 Valor da retenção INSS 11% 880,00

5 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 9.120,00

➢ Quando a utilização de equipamentos for inerente à prestação dos serviços e esses valores não

estiverem discriminados no contrato, independentemente da previsão contratual do

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fornecimento de equipamento, mas estiverem discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, a base de cálculo da retenção corresponderá, no mínimo, para a prestação de serviços em geral, a 50% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços e, na área da construção civil, aos percentuais determinados nas alíneas do inciso II, do parágrafo 1º do art. 122. Exemplo 1, serviços em geral:

Item Discriminação Referência Valor (R$)

1 Valor bruto dos serviços 100% 20.000,00

2 Redução legal ou contratual 10.000,00

3 Valor da base de cálculo (1 – 2) 10.000,00

4 Valor da retenção INSS 11% 1.100,00

5 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 18.900,00

➢ Quando o contrato não prevê o fornecimento de materiais ou a utilização de equipamentos e o

uso desses equipamentos não seja inerente à prestação dos serviços, mesmo que discriminados no documento fiscal, a base de cálculo da retenção deverá ser o valor total do documento fiscal, com exceção do serviço de transporte de passageiros em que a base será de, no mínimo, 30% por valor bruto (art. 123 da IN RFB n.º 971/09).

Exemplo 1:

Item Discriminação Referência Valor (R$)

1 Valor bruto dos serviços 100% 10.000,00

2 Redução legal ou contratual -------

3 Valor da base de cálculo (1 – 2) 10.000,00

4 Valor da retenção INSS 11% 1.100,00

5 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 8.900,00

Exemplo 2, serviços de transporte:

Item Discriminação Referência Valor (R$)

1 Valor bruto dos serviços 100% 10.000,00

2 Redução legal ou contratual 7.000,00

3 Valor da base de cálculo (1 – 2) 3.000,00

4 Valor da retenção INSS 11% 330,00

5 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 9.670,00

➢ Quando não houver a discriminação dos valores no documento fiscal, ainda que exista previsão

e/ou discriminação dos valores relativos ao fornecimento de materiais ou utilização de equipamentos no contrato, a base de cálculo da retenção deverá ser o valor total do documento fiscal. Exemplo 1:

Item Discriminação Referência Valor (R$)

1 Valor bruto dos serviços 100% 10.000,00

2 Redução legal ou contratual --------

3 Valor da base de cálculo (1 – 2) 10.000,00

4 Valor da retenção INSS 11% 1.100,00

5 Valor líquido a pagar ao contratado (1 – 4) 8.900,00

Quando na mesma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços constar a execução de mais de um serviço cujos valores não constem individualmente discriminados no documento, deverá ser aplicado o percentual correspondente a cada tipo de serviço, conforme disposto em contrato, ou o percentual maior, se o contrato não permitir identificar o valor de cada serviço (§2º do Art. 122 da IN RFB n.º 971/2009).

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Outras deduções

Conforme art. 124 da IN RFB n.º 971/2009, poderão ser deduzidas da base de cálculo da retenção as parcelas que estiverem discriminadas na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, que correspondam ao:

• custo da alimentação in natura fornecida pela contratada e, a partir de 11 de novembro de 2017, ao custo do auxílio alimentação, desde que este não seja pago em dinheiro; e

• fornecimento de vale-transporte, de conformidade com a legislação própria.

Retenção na Prestação de Serviços em Condições Especiais

Quando a atividade dos segurados na empresa contratante, conforme art. 145 da IN RFB n.º 971/2009, for exercida em condições especiais que prejudiquem sua saúde ou integridade física, de modo a permitir a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de trabalho, o percentual da retenção aplicado sobre o valor dos serviços prestados por estes segurados deve ser acrescido de 4%, 3% ou 2%, respectivamente, perfazendo o total de 15%, 14% ou 13%.

Para identificar o percentual adicional a ser acrescido à base de cálculo da retenção, a empresa contratada deverá emitir nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços específica para os serviços prestados em condições especiais pelos segurados ou discriminar o valor desses no documento que acobertar a cobrança dos serviços prestados.

Prazo e forma de recolhimento

O valor retido deverá ser recolhido pela contratante, conforme art. 129 da IN RFB n.º 971/2009, até o

dia 20 do mês seguinte ao da emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços.

No campo identificador do documento de arrecadação deverá ser informado o CNPJ do estabelecimento da contratada ou a matrícula CEI da obra de construção civil, conforme o caso e, no campo nome ou denominação social, a denominação social desta, seguida da denominação social da contratante.

Dispensa da Retenção das Contribuições Previdenciárias

A cooperativa de pais e responsáveis contratante está dispensada de efetuar a retenção da contribuição

previdenciária, e a contratada, de efetuar o destaque da retenção na nota fiscal, fatura ou recibo,

conforme art. 120 da IN RFB n.º 971/2009, quando:

• o valor da retenção for inferior ao limite mínimo estabelecido pela RFB para recolhimento em

documento de arrecadação;

• o contratado não possuir empregados, os serviços forem prestados pessoalmente pelo titular ou

sócios e o seu faturamento no mês anterior tiver sido até duas vezes o limite máximo do salário

de contribuição;

• os serviços forem relativos ao exercício de profissão regulamentada por lei federal; e

• os serviços forem de treinamento e ensino na forma do art. 118, inciso X da IN RFB n.º 971/2009

e prestados diretamente pelos sócios.

As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional não estão sujeitas à

retenção da contribuição previdenciária, exceto as empresas que prestam os serviços tributados na

forma do Anexo IV da LC 123/2006:

a) construção de imóveis e obras de engenharia em geral;

b) vigilância, limpeza ou conservação; e.

c) advocatícios.

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Obrigações da Empresa Contratante

A cooperativa, como empresa contratante, fica obrigada conforme art. 138 e 139 da IN RFB n.º

971/2009, a manter em arquivo, por empresa contratada, em ordem cronológica, à disposição da RFB,

até que ocorra a prescrição relativa aos créditos decorrentes das operações a que se refiram, as

correspondentes notas fiscais, faturas ou recibos de prestação de serviços, cópia das GFIP e, se for o

caso, os documentos relacionados à subcontratação de serviços, bem como registrar mensalmente, em

contas contábeis individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições sociais.

Conforme art. 140 da IN RFB n.º 971/2009, o lançamento contábil da retenção deverá discriminar:

• o valor bruto dos serviços;

• o valor da retenção; e

• o valor líquido a pagar.

Na contabilidade em que houver lançamento pela soma total das notas fiscais, das faturas ou dos

recibos de prestação de serviços e pela soma total da retenção, por mês, por contratada, a empresa

contratante deverá manter em registros auxiliares a discriminação desses valores, individualizados por

contratada.

A partir da utilização dos módulos do SPED (eSocial e EFD-Reinf) e da DCTFWeb, os contribuintes

deverão observar as regras definidas pela IN RFB n.º 1.717/2017, atualizada pela IN RFB n.º

1.810/2018, para fins da apuração, compensação ou restituição dos créditos previdenciários.

IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte folha de pagamento

Instituído pela Lei n.º 7.713/1988, os rendimentos e ganhos de capital percebidos a partir de 1° de janeiro de 1989, por pessoas físicas residentes ou domiciliados no Brasil, serão tributados pelo imposto de renda.

Conforme o artigo 115 da Lei n° 8.213/1991, que trata dos benefícios da previdência social, poderá ser deduzido dos benefícios dos segurados os seguintes descontos delimitados por lei:

I - contribuições devidas pelo segurado à Previdência Social; II - pagamento administrativo ou judicial de benefício previdenciário ou assistencial indevido, ou além do devido, inclusive na hipótese de cessação do benefício pela revogação de decisão judicial, nos termos do disposto no Regulamento; III - Imposto de Renda retido na fonte - IRPF; IV - pensão de alimentos decretada em sentença judicial;

O imposto de renda incidente sobre os rendimentos de que tratam os arts. 7°, 8° e 12 da Lei n° 7.713, de 22 de dezembro de 1988, será calculado de acordo com a tabela e as disposições vigentes nas normas estabelecidas pela Receita Federal do Brasil.

A retenção do IR incide sobre a remuneração do funcionário, excetuando algumas verbas que não são

alcançadas pelo imposto. Conforme exposto no Título V, Capítulo II do Regulamento do Imposto de

Renda (Decreto n.º 9.580/2018) serão deduzidas da base de cálculo do imposto de renda:

a) as importâncias pagas a título de pensão alimentícia, quando em cumprimento de decisão judicial

ou acordo homologado judicialmente, inclusive a prestação de alimentos provisionais (Art. 72);

b) dependentes (Art. 71); e

c) as contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios (Art. 67).

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O valor mensal por dependente, desde abril do ano-calendário de 2015 é de R$ 189,59, conforme artigo

3° da Lei n° 13.149/2015. São considerados dependentes aqueles abrangidos no § 3° do art. 3° e no

parágrafo único do art. 4° (Lei n° 9.250, de 1995, art. 35).

No caso de salário de férias e do 13º salário, também é necessário calcular o IRRF na folha de

pagamento. É uma obrigação da Cooperativa reter o valor, como em todos os meses de trabalho. O

Código de Recolhimento a ser utilizado pela Cooperativa é: 0561 – IRRF/Rendimento do Trabalho

Assalariado.

Os valores pagos a prestadores de serviços autônomos/contribuintes individuais também estão sujeitos

à retenção do imposto de renda na fonte nos mesmos moldes aplicáveis aos empregados, pois

decorrem do trabalho. O Código de Recolhimento a ser utilizado pela Cooperativa é: 0588 –

IRRF/Rendimento do Trabalho sem Vínculo Empregatício.

Para os fatos geradores ocorridos a partir de 01.11.2008, recolhe-se o IRRF até o último dia útil do

segundo decêndio do mês subsequente ao mês de ocorrência (prazo estipulado pela MP 447/2008,

convertida na Lei n.º 11.933/2009).

A falta de retenção ou recolhimento, pela fonte pagadora, fará com que sejam devidos da mesma o

imposto, a multa de ofício e os juros de mora.

IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte sobre Serviços

Conforme os Arts. 714 e 719 a 723 do Decreto 9.580/2018, ficam sujeitas à incidência do imposto sobre

renda na fonte (à alíquota de 1,5%) as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras

pessoas jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza

profissional, representação comercial ou mediação de negócios, propaganda e publicidade,

pagamentos a cooperativas de trabalho e associações profissionais ou assemelhadas, pagamentos

efetuados por órgãos e entidades da administração pública federal e assessoria creditícia,

mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber.

Para serviços de limpeza, conservação, segurança, vigilância e pela locação de mão de obra, a alíquota

aplicável, conforme art. 716 do Decreto 9.580/2018, é de 1%.

A IN RFB n.º 1.234/2012 destaca que a retenção do Imposto de Renda na fonte quando da contratação

de serviços prestados por empresas enquadradas no Simples Nacional está dispensada, e a fonte

pagadora – no caso, a cooperativa de pais e responsáveis – deverá requisitar do prestador de serviço

a Declaração de Optante pelo Simples, arquivá-la e, para sua proteção, consultar se de fato a empresa

contratada está habilitada neste sistema de tributação.

Fato gerador

O fato gerador das retenções na fonte do Imposto de Renda corresponde ao pagamento ou crédito do

rendimento a outra pessoa jurídica, o que ocorrer primeiro.

Em relação ao crédito do rendimento, a Receita Federal se posicionou através do Ato Declaratório

Interpretativo (ADI) 8/2014, considerando ocorrido o fato gerador do imposto sobre a renda retido na

fonte, no caso de importâncias creditadas na data do lançamento contábil efetuado por pessoa jurídica,

nominal ao fornecedor do serviço, a débito de despesas e em contrapartida o crédito de conta do

passivo, à vista da nota fiscal ou fatura emitida pela contratada e aceita pela contratante.

Base de cálculo

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A base de cálculo para retenção do IRRF é o total de rendimentos pagos ou creditados por pessoas

jurídicas a outras pessoas jurídicas.

Alíquota

Aplica-se para o imposto sobre a renda na fonte a alíquota de 1,5% sobre importâncias pagas ou

creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, exceto quanto aos serviços de limpeza,

conservação, segurança, vigilância e pela locação de mão de obra, em que se aplica 1%.

Prazo e forma de recolhimento

O IRRF devido pelas cooperativas de pais e responsáveis deve ser recolhido até o último dia útil do

segundo decêndio do mês subsequente àquele mês em que tiver ocorrido o fato gerador.

Os códigos de recolhimento para os serviços comumente utilizados pelas cooperativas de pais e responsáveis estão segregados da seguinte forma:

Serviço prestado Alíquota Código Denominação

Serviços de natureza profissional 1,50% 1708 IRRF – Remuneração de serviços prestados por pessoa jurídica

Serviços de limpeza, conservação, segurança, vigilância e locação de mão de obra

1,00% 1708 IRRF – Remuneração de serviços prestados por pessoa jurídica

Cooperativas de trabalho, associação de profissionais e assemelhadas

1,50% 3280 IRRF – Pagamento pessoa jurídica a cooperativa de trabalho

Assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e risco, administração de contas a pagar e a receber, inclusive quando o serviço for prestado por empresa de factoring

1,50% 5944 IRRF – Pagamento de pessoa jurídica a pessoa jurídica por serviços de factoring

Mediação de negócios, propaganda e publicidade 1,50% 8045 IRRF – Demais rendimentos

Aluguel de imóvel de pessoa física * 3208 IRRF – Aluguéis e royalties pagos à pessoa física

*Neste caso, aplica-se a tabela progressiva.

Dispensa em relação ao valor do pagamento

Conforme § 3º do art. 721 do Decreto 9.580/2018, fica dispensada a retenção de valor igual ou inferior a R$ 10,00, exceto na hipótese do DARF eletrônico efetuado por meio do SIAFI.

Retenção na Fonte de Contribuições Sociais (PIS/Pasep, COFINS e CSLL)

O art. 30 da Lei n.º 10.833/2003 e a IN RFB n.º 459/2004 definem que os pagamentos efetuados pelas

pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado pela prestação de serviços de limpeza,

conservação, manutenção, segurança, vigilância, transporte de valores e locação de mão de obra,

serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de

contas a pagar e a receber, bem como serviços profissionais, estão sujeitos à retenção na fonte da

CSLL, da COFINS e da contribuição para o PIS/Pasep.

O parágrafo 1º do art. 30 da Lei n.º 10.833/2003 é claro quanto à necessidade de reter as contribuições

para o PIS/Pasep, COFINS e CSLL, em decorrência de pagamentos realizados por associações,

entidades sindicais, federações, confederações, centrais sindicais e serviços sociais autônomos,

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sociedades simples, inclusive sociedades cooperativas, fundações de direito privado ou condomínios e

edifícios.

Exceção da exigência de retenção

A retenção das contribuições sociais, conforme art. 32 da Lei n.º 10.833/2003 e arts. 3º ao 5º da IN RFB n.º 459/2004, não será exigida na hipótese de pagamentos efetuados a:

PIS/Pasep, COFINS e CSLL, em relação aos pagamentos de serviços a:

• empresas estrangeiras de transporte de valores; e

• pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional, de que trata o art. 12 da LC n.º 123/2006, em

relação às suas receitas próprias, devendo a pessoa jurídica optante por este regime de

tributação apresentar à pessoa jurídica tomadora dos serviços uma declaração, na forma do

Anexo I da IN RFB n.º 459/2004, em duas vias, assinadas pelo seu representante legal.

PIS/Pasep e COFINS, em relação aos pagamentos:

• a título de transporte internacional de valores efetuados por empresa nacional; e

• aos estaleiros navais brasileiros nas atividades de conservação, modernização, conversão e

reparo de embarcações pré-registradas ou constantes no registro especial brasileiro (REB),

instituído pela Lei n.º 9.432, de 8 de janeiro de 1997.

CSLL, nos pagamentos efetuados:

• às cooperativas em relação aos atos cooperados, exceto às sociedades cooperativas de

consumo.

Fato gerador

O fato gerador das retenções na fonte das contribuições sociais é o pagamento do rendimento a outra

pessoa jurídica.

Assim, deverá ser observado o momento de efetuar as referidas retenções, para também registrá-las

corretamente na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) e na DIRF, e

posteriormente junto aos eventos do eSocial e Retenções e Informações da Contribuição Previdenciária

Substituída (EFD-Reinf).

Base de cálculo

O valor da retenção da CSLL, COFINS e PIS/Pasep será determinado, conforme art. 2º da IN RFB n.º

459/2004, mediante a aplicação sobre o valor bruto da nota ou documento fiscal que acobertar o serviço

prestado.

Alíquota

A alíquota da CSLL, COFINS e PIS/Pasep totaliza 4,65%, correspondente à soma das alíquotas de 1%,

3% e 0,65% respectivamente, conforme destacado no art. 31 da Lei 10.833/2003 e no art. 2º da IN RFB

n.º 459/2004.

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Os parágrafos 1º e 2º do art. 2º da IN RFB n.º 459/2004 destacam que as alíquotas de retenção de 3% e 0,65%, relativas às contribuições para a COFINS e para o PIS/Pasep, aplicam-se inclusive na hipótese de as receitas da prestadora dos serviços estarem sujeitas ao regime não cumulativo ou regime de alíquotas diferenciadas destes tributos.

Prazo e forma de recolhimento

Os valores retidos no mês, conforme art. 35 da Lei n.º 10.833/2003, deverão ser recolhidos pelo órgão

público que efetuar a retenção ou, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa

jurídica, até o último dia útil do segundo decêndio do mês subsequente àquele mês em que tiver ocorrido

o pagamento à pessoa jurídica fornecedora dos bens ou prestadora do serviço, ou seja, o valor das

retenções na fonte deve ser recolhido até o dia 20 do mês subsequente ao pagamento dos serviços

sujeitos à retenção.

O valor total da retenção, conforme art. 2º da IN RFB n.º 459/2004, deve ser recolhido mediante o

código de arrecadação 5952.

Nos casos de pessoa jurídica ou de receitas beneficiárias de isenção ou de alíquota zero, de uma ou mais contribuições, a retenção dar-se-á por aplicação da alíquota específica correspondente às contribuições não alcançadas pelo benefício, sendo seu recolhimento realizado mediante códigos específicos apontados no art. 10 da IN RFB n.º 459/2004:

• 5987, no caso de CSLL;

• 5960, no caso de COFINS; e

• 5979, no caso de contribuição para o PIS/Pasep.

DEMAIS CONSIDERAÇÕES

Dispensa em relação ao valor do pagamento

Conforme parágrafo 3º do art. 31 da Lei n.º 10.833/2003, fica dispensada a retenção de valor igual ou inferior a R$10,00, exceto na hipótese de DARF eletrônico efetuado por meio do SIAFI.

Comprovante Anual de Retenções

As pessoas jurídicas que efetuarem a retenção na fonte das contribuições sociais deverão fornecer à pessoa jurídica beneficiária do pagamento comprovante anual de retenção, até o último dia útil de fevereiro do ano subsequente, conforme destacado no art. 12 da IN RFB n.º 459/2004.

Para entender os cálculos de retenção, apresentamos abaixo um exemplo para ilustração:

A cooperativa de pais e responsáveis possui contrato mensal de prestação de serviços com empresa

de vigilância, o valor cobrado mensalmente via nota fiscal de serviços pela empresa prestadora é de

R$ 6.000,00. A empresa prestadora de serviços não é optante pelo Simples Nacional e o munícipio do

tomador é igual ao do prestador do serviço.

O serviço de vigilância, se enquadra na lista de serviços com retenção de IR a alíquota de 1%, conforme

Art. 716, RIR/2018, a retenção de PIS/COFINS e CSLL a alíquota de 4,65% de acordo com a Lei n.º

10.833/2003, art. 31 e a contribuição previdenciária conforme previsto no Art. 143 da Instrução

Normativa n.º 971/09.

Os impostos a serem retidos na nota fiscal de serviço e pagos pela Cooperativa são:

Imposto Alíquota Valor retido

INSS 11% R$ 660,00

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PIS 0,65% R$ 39,00

COFINS 3% R$ 180,00

CSLL 1% R$ 60,00

IR 1% R$ 60,00

Total de impostos retidos R$ 999,00

Valor líquido a ser pago R$ 5.001,00

Caso a empresa de vigilância fosse optante pelo Simples Nacional, ocorre a inaplicabilidade da retenção

do imposto de renda (Art. 1º da Instrução Normativa n.º 765/2007) e do PIS/COFINS e CSLL (Inciso II

do art. 3º da Instrução Normativa n.º 459/2004), restando apenas a retenção do valor devido de

contribuição previdenciária (INSS), considerando que a empresa prestadora de serviços de vigilância

se enquadra na forma do anexo IV do simples, hipótese em que o simples nacional recolhe a

Contribuição Patronal Previdenciária na forma da legislação aplicada aos demais contribuintes.

OCB – Contribuição Cooperativista

A Contribuição Cooperativista foi instituída pela Lei n.º 5.764/1971 e é recolhida uma vez ao ano, após

o encerramento do exercício social da cooperativa, a favor da Organização das Cooperativas Brasileiras

(OCB), que representa o sistema cooperativista nacional. A OCB utiliza-se dessa contribuição para

cumprir seu propósito legal de defesa e representação do sistema cooperativo.

A contribuição é obrigatória e sua arrecadação é dividida entre a unidade nacional e as unidades

estaduais da OCB, sendo 50% para cada.

Fato gerador

O fato gerador para a Contribuição Cooperativista é a execução do objeto da cooperativa de pais e

responsáveis, durante o exercício social.

Base de cálculo

Corresponde à soma dos valores do capital social integralizado e fundos da Sociedade Cooperativa, no

exercício social do ano anterior.

Nos casos de cooperativas centrais ou federações, a contribuição cooperativista será calculada sobre

os fundos e reservas existentes ao final do exercício social do ano anterior.

O Balanço Patrimonial é o documento-base para calcular esse tributo, devendo ser enviado para gerar

a contribuição no prazo máximo de 31 de maio de cada ano, data limite para pagamento.

Alíquota

Não existe um valor fixo, pois o cálculo é feito com base no capital social de cada cooperativa. A

contribuição cooperativista é de 0,2% do valor do capital integralizado e fundos da sociedade

cooperativa, referente ao exercício social do ano anterior.

A OCB poderá, com base em estudos elaborados pelo seu corpo técnico, estabelecer um valor de teto

à Contribuição Cooperativista (§ 3º do art. 108 da Lei 5.764/1971).

Prazo e forma de recolhimento

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O recolhimento da Contribuição Cooperativista normalmente ocorre via boleto, enviado pelas

organizações cooperativistas estaduais, junto com os prazos e forma de pagamento da respectiva

contribuição.

ISS – Imposto sobre Serviços

A LC n.º 116/2003 dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços (ISS), e determina que a prestação dos

serviços constantes na lista anexa à LC constitui fato gerador para a incidência do ISS.

O item 8 da lista de serviços prevê a incidência de ISS sobre serviços de educação, ensino, orientação

pedagógica e educacional, instrução, treinamento e avaliação pessoal de qualquer grau ou natureza.

Entretanto, a prestação de serviços a cooperados não caracteriza operação tributável pelo ISS, já que

expressamente a Lei n.º 5.764/1971, em seu art. 79, especifica que os atos cooperativos não implicam

operação de mercado, nem contrato de compra e venda.

Neste sentido, o Supremo Tribunal Federal (STF) se posicionou quanto à não incidência do ISS sobre

atividades cooperativas:

ISS. Cooperativa. Não incidência sobre a atividade desta do disposto no Decreto-lei 406/68 número 16 da lista a ele anexa, uma vez que, em face da interpretação, dada pelas instâncias ordinárias, e a cláusula estatutária, não exerce a mencionada entidade qualquer espécie de recrutamento, colocação ou fornecimento de mão-de-obra. (Recurso Extraordinário 81966, Rel. Min. Leitão de Abreu, julgado em 01.03.1977, 1a. Turma, votação unânime).

Contudo, para maior segurança tributária, é recomendável que as cooperativas efetuem consulta, por

escrito, ao órgão fazendário do seu município, responsável pela fiscalização do ISS, para que confirmar

o alcance da não incidência sobre atos cooperativos.

As operações realizadas pela cooperativa com terceiros e que não possam ser caracterizadas como

atos cooperativos, incluídas na lista de serviços de que trata a LC n.º 116/2003, situam-se no campo

de incidência do ISS.

Fato gerador

A prestação do serviço constitui o fato gerador para incidência do ISS, ainda que este não corresponda

a atividade preponderante da cooperativa de pais e responsáveis.

Base de cálculo

A base de cálculo para o ISS é o preço do serviço prestado, conforme definido no art. 7º da LC n.º

116/2003.

Alíquota

Os arts. 8º da LC n.º 116/2003 e 8º-A, incluído pela LC n.º 157/2016, definem a alíquota mínima de 2%

e máxima de 5% para o ISS.

As alíquotas variam entre os municípios, de modo que a cooperativa deve consultar a legislação

municipal do seu estabelecimento para identificar em que alíquota o serviço por ela prestado se

enquadra.

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Considera-se estabelecimento da cooperativa o local onde se prestam serviços, de modo permanente

ou temporário, e que configure unidade econômica ou profissional.

Prazo e forma de recolhimento

Cabe a cada município legislar quanto ao prazo e forma de recolhimento.

ORIENTAÇÕES GERAIS QUANTO AO ISS

Nota Fiscal

Conforme abordado neste Manual, a competência para legislar sobre o ISS é dos municípios, cabendo

a eles definir o momento e as situações em que deve ser emitida a Nota Fiscal de Serviço (NFS) ou

Nota Fiscal Eletrônica (NF.e).

De modo geral, em concordância com as orientações operacionais e administrativas dispostas em

Manual para o ramo, as cooperativas de pais e responsáveis devem emitir a NFS sempre que prestarem

serviços sujeitos a este imposto.

Retenção do ISS

O ISS é um tributo de competência dos municípios e do Distrito Federal, sendo disciplinado pela LC

116/2003, intitulado como ISS. O valor arrecadado é destinado ao município no qual a cooperativa está

estabelecida, mas há exceções que preveem o recolhido onde a atividade foi prestada.

A retenção acontece quando o serviço é realizado em local diferente do estabelecimento prestador, de

acordo com as exceções previstas em lei. Nesse caso, ele é devido no local de prestação, usualmente

recolhido pelo tomador.

Os municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir a responsabilidade pelo crédito

tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a

responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou

parcial da referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos legais.

As cooperativas de pais e responsáveis, de modo geral, estarão obrigadas à retenção na fonte e ao

devido recolhimento do ISS nas operações elencadas na referida lei, caso haja previsão na legislação

do município em que foi prestado o serviço.

Declaração ISS

Os municípios instituíram em suas legislações o Livro de Apuração ou a Declaração de Apuração do

ISS, muitos deles inclusive permitindo a emissão de NFS e a consequente composição da escrituração

da Declaração do ISS de forma eletrônica, mediante acesso a sites ou instalação de softwares

disponibilizados pelos municípios.

A forma de apresentação e composição da Declaração ou Livro de Apuração do ISS deverá ser

verificada em cada município de atuação da cooperativa de pais e responsáveis.

IPTU – Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbano

O Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbano (IPTU) é previsto no inciso I do art. 156 da

Constituição Federal de 1988. Este dispositivo determina que os municípios possuem competência para

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instituir esse tributo, previsto no §1º, art. 32 da Constituição Federal e no inciso II, art. 18 do Código

Tributário Nacional. O IPTU é composto pelo Imposto Predial e pelo Imposto Territorial Urbano. O

primeiro é cobrado sobre imóveis construídos (parte do terreno que pode ser habitada ou utilizada para

exercício de atividades), enquanto o segundo recai sobre terrenos não edificados (excesso de área,

terrenos com obra paralisada, edificação condenada, em ruína, construções inadequadas ou

temporárias). O valor do imposto pode apresentar progressividade em razão do valor do imóvel e ter

alíquotas diferentes de acordo com a localização e uso do imóvel.

Fato gerador

O art. 32 do Código Tributário Nacional dispõe que o IPTU tem como fato gerador a propriedade, o

domínio útil ou a posse de imóvel, por natureza ou por acessão física, localizado na zona urbana do

município.

Proprietário é aquele que tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, configurando o direito real

mais amplo. O domínio útil, por sua vez, configura o direito de usufruir do imóvel da maneira mais ampla

possível, podendo inclusive transmiti-lo a terceiro.

Base de cálculo

O valor do IPTU, de acordo com o disposto no art. 33 do Código Tributário Nacional, é baseado no valor

venal do imóvel, aquele que o bem atingiria se fosse colocado à venda e cujo preço seria equivalente

ao apurado na venda à vista.

Caso o contribuinte entenda que o valor venal de seu imóvel é diferente do constante no cadastro de

seu município, pode requerer a revisão junto ao órgão municipal competente. A Administração deve

apurar a correção do valor declarado considerando a localidade do imóvel, bem como existência de

serviços públicos e potencial de comércio e valor de mercado de imóveis semelhantes da localidade,

podendo arbitrar o valor que entender adequado segundo esses parâmetros.

Alíquota

A alíquota do IPTU é previamente determinada em Lei Orgânica Municipal e corresponde a um

percentual que incidirá sobre a base de cálculo, ou seja, poderá variar a cada município.

Neste contexto, caso a cooperativa de pais e responsáveis possua bens imóveis em seu nome, a

qualquer título, deverá recolher ao tesouro municipal de localização desses bens os valores

correspondentes ao IPTU.

Inclusive nos casos de locação de imóveis próprios, em que é bastante comum a transferência

contratual do pagamento do IPTU ao inquilino, esta condição contratual entre as partes não altera o

sujeito passivo da obrigação tributária. Logo, caso o inquilino não efetue o pagamento do IPTU, a

prefeitura poderá inscrever a cooperativa na Dívida Ativa do Município.

Vale acrescentar que podem existir situações que determinem a isenção do pagamento do imposto.

Cada município confere a isenção por meio de lei municipal e dependem do cumprimento de certas

condições; de tal forma, cabe às cooperativas consultar nos municípios a obrigatoriedade do

recolhimento.

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Reforma tributária

Considerada urgente pelo governo e pelo setor produtivo, a reforma tributária discutida no

Congresso Nacional, embora não reduza a carga tributária, em linhas gerais, propõe simplificar

o sistema tributário por meio da unificação de vários tributos.

Hoje existem pelo menos três propostas de reforma tributária. Uma na Câmara, a segunda no

Senado e uma terceira a ser apresentada pelo governo federal, sendo que todas são bastante

diferentes.

Os principais pontos deste processo versam sobre a desoneração da folha de pagamento,

alteração nas regras do imposto de renda e unificação de impostos federais.

As propostas, portanto, vão na direção de aprimorar o sistema tributário brasileiro promovendo,

concomitantemente, eficiência e equidade, simplificação da legislação tributária tanto por meio

da redução das legislações do ICMS, quanto pela eliminação de tributos, trazendo maior

racionalidade econômica e reduzindo as obrigações acessórias das empresas com custos de

apuração e recolhimento de impostos.

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OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

Estabelecidas pelo Código Tributário Nacional, as obrigações acessórias representam um dever

administrativo da cooperativa, com a finalidade de controlar o cumprimento da obrigação tributária de

exigência do tributo, oferecendo ao fisco dados para comprovar o pagamento da obrigação principal.

São considerados instrumentos auxiliares necessários para a apuração, fiscalização e arrecadação de

tributos. Seu descumprimento, na maioria dos casos, resulta em multas que refletem em prejuízos para

as organizações.

As principais obrigações acessórias às quais as cooperativas de pais e responsáveis estão sujeitas são:

• EFD-Contribuições;

• Escrituração Contábil Digital (ECD);

• Escrituração Contábil Fiscal (ECF);

• EFD-Reinf;

• DIRF;

• DCTF;

• eSocial;

• RAIS;

• CAGED;

• SEFIP;

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ECD – Escrituração Contábil Digital

A Escrituração Contábil Digital (ECD), atualmente regulamentada pela IN RFB n.º 1.774/2017 (e

alterações), é parte integrante do projeto SPED – Sistema Público de Escrituração Digital, e tem por

objetivo substituir a escrituração em papel pela escrituração digital dos seguintes livros (Art. 2, incisos

I, II e III da IN RFB n.º 1.774/2017):

a) Diário e seus auxiliares, se houver;

b) Razão e seus auxiliares, se houver;

c) Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles

transcritos.

Estão obrigadas à ECD, nos termos da IN RFB n.º 1.774/2017, as sociedades cooperativas:

(a) Que tenham optado pela tributação com base no lucro real.

(b) Tributadas com base no Lucro Presumido que NÃO se utilizem da prerrogativa de escrituração

do Livro Caixa previsto no artigo 45, parágrafo único da Lei n° 8.981/95.

(c) Tributadas com base no Lucro Presumido que distribuíram lucros ou dividendos sem incidência

do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) em montante superior ao valor da base de

cálculo do imposto sobre a renda apurado diminuída dos impostos e contribuições a que estiver

sujeita (lucro fiscal).

(d) ME ou EPP que receber aporte de capital de Investidor Anjo, na forma prevista nos artigos 61-A

a 61-D da Lei Complementar n° 123/2006, independente do regime de tributação.

A geração e autenticação da ECD será realizada por meio do Programa Gerador de Escrituração (PGE),

sendo possível pelo programa efetuar a criação e edição do arquivo, importação, validação, assinatura,

visualização, transmissão para o SPED e recuperação do recibo de transmissão.

Preenchimento

A escrituração contábil, contendo a movimentação/lançamentos, econômico-financeiras decorrentes do

ato cooperativo (ingressos e dispêndios) e do ato não cooperativo (receitas e despesas), deve estar

detalhadamente segregada na Escrituração Contábil Digital – ECD. As informações da escrituração

contábil serão recuperadas junto a Escrituração Contábil Fiscal – ECF, para composição da base de

cálculo do IRPJ e da CSLL.

O arquivo da ECD é necessário para registrar o conjunto de Demonstrações Contábeis do exercício,

através de registros próprios do Bloco J – Demonstrações Contábeis, referente ao período que contiver

os dados do mês de encerramento social.

As Demonstrações Contábeis ou as informações complementares às Demonstrações Contábeis, para

as quais não existem campos próprios na estrutura padrão do arquivo da ECD, como notas explicativas,

pareceres ou outras demonstrações específicas, devem ser inseridas na escrituração eletrônica através

do Registro J800 – Outras Informações.

O programa e os manuais de orientação para preenchimento e entrega da declaração são publicados

e permanecem disponíveis no site do próprio SPED no endereço:

http://sped.rfb.gov.br/pasta/show/1273 e também no site da Receita federal:

http://receita.economia.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-demonstrativos/sped-sistema-

publico-de-escrituracao-digital/escrituracao-contabil-digital-ecd/escrituracao-contabil-digital-ecd.

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Prazos

A ECD será transmitida anualmente ao SPED até o último dia útil do mês de maio do ano seguinte ao

ano-calendário a que se refira a escrituração (art. 5º da IN RFB n.º 1.774/2017).

Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a ECD deverá ser entregue

pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e incorporadoras até o último dia

útil do mês subsequente ao do evento se a operação tenha sido realizada entre maio e dezembro do

exercício social. Disposições em contrário deverão ser entregues considerando o prazo previsto no Art.

5 (art. 5º, § 3º, inciso I e II da IN RFB n.º 1.774/2017).

Retificações

A ECD autenticada somente pode ser substituída caso contenha erros que não possam ser corrigidos

por meio de lançamento contábil extemporâneo, conforme previsto nos itens 31 a 36 da Interpretação

Técnica Geral (ITG) 2000 (R1) - Escrituração Contábil, do Conselho Federal de Contabilidade.

Na hipótese de substituição da ECD, sua autenticação será cancelada e deverá ser apresentada ECD

substituta, à qual deve ser anexado o Termo de Verificação para Fins de Substituição que passará a

integrá-la.

Penalidades

A não apresentação da Escrituração Contábil Digital (ECD) no prazo previsto ou sua apresentação com

incorreções ou omissões submete o contribuinte às multas previstas no art. 12 da Lei 8.218/1991 (Art.

11, IN RFB n.º 1.774/2017).

A multa por atraso na entrega da ECD não é gerada automaticamente pelo programa no momento da

transmissão do arquivo em atraso. A cooperativa pode utilizar o programa Sicalcweb, disponível no site

da Receita Federal do Brasil, para calcular a multa e gerar o DARF.

O código de receita da multa por atraso na entrega da ECD é 1438.

Período de Apuração: mês da entrega em atraso da ECD.

Vencimento: 30 dias após a data de entrega em atraso da ECD.

Atualizações

De acordo com o Decreto nº 9.555, de 6 de novembro de 2018, e com a IN RFB n.º 1.856/2018, todas

as pessoas jurídicas que transmitirem a ECD terão seus arquivos automaticamente autenticados no

momento da transmissão.

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ECF – Escrituração Contábil Fiscal

A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) foi criada pela IN RFB n.º 1.422/2013, instituindo a obrigatoriedade

da apresentação por todas as empresas tributadas pelo lucro real, presumido e arbitrado, a partir do

ano-calendário de 2014 de forma centralizada pela matriz. A ECF é uma obrigação acessória que

conecta os dados contábeis e fiscais do IRPJ e da CSLL.

Sua obrigatoriedade não se estende as empresas:

• Optantes pelo Simples Nacional (regime não permitido para Cooperativas, exceto as de

consumo);

• Aos órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas; e

• Às pessoas jurídicas inativas durante todo o ano-calendário.

A Cooperativa, assim como as demais pessoas jurídicas, é obrigada à entrega da ECF – Escrituração

Contábil Fiscal. O fato de operar com operações de origem de ato cooperado (não tributáveis pelo

Imposto de Renda) não a desobriga de apresentar a respectiva declaração.

Prazos

A ECF será transmitida anualmente ao SPED até o último dia útil do mês de julho do ano seguinte ao

ano-calendário a que se refira a escrituração a partir da alteração dada pela IN RFB n.º 1.633/2016 na

IN RFB n.º 1.422/2013. Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, deverá

ser entregue pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e incorporadoras, até

o último dia útil do 3º mês subsequente ao do evento.

Preenchimento

A composição inicial de dados da ECF provém da recuperação de informações previamente gerada,

assinada e transmitida da ECD, de onde se restauram principalmente a composição do plano de contas

da cooperativa, o saldo contábil das referidas contas e, quando presente, o plano de contas referencial

vinculado ao plano de contas interno.

O arquivo digital da ECF é dividido por blocos, e as informações indicadas devem ser descritas pela

cooperativa. Apesar de conter informações diferentes, a ECF precisa ser alinhada com a ECD, que

transmite o Livro Diário, o Livro Razão, os Balancetes Diários e as fichas comprobatórias.

Suprida a composição de informações relacionadas à recuperação do plano de contas interno e

referencial e aos saldos contábeis das referidas contas, caberá proceder aos ajustes para determinar o

lucro real ou a base de cálculo do IRPJ e da CSLL.

Por conta da segregação entre atos cooperados e atos não cooperados, na ECF a receita oriunda dos

atos cooperados deve ser lançado na Linha 24 do Registro do Registro P200 – Apuração da Base de

Cálculo do Imposto de Renda Sobre o Lucro Presumido, e na Linha 20 do Registro P400 – Apuração

da base de Cálculo da Contribuição Social.

O registro segregado dos atos cooperados, ingressos e dispêndios, é fundamental para composição e

detalhamento do resultado do ato cooperativo a ser ajustado, via adição ou exclusão, no e.LALUR e

e.LACS, presente na ECF.

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Sendo a cooperativa tributada pelo lucro real, na ECF, Registro M300 – Demonstração do Lucro Real

(e-Lalur) através da Linha 111, deve-se proceder a seleção de todas as contas que compõem o

resultado com atos cooperativos, representando assim as exclusões.

As cooperativas de pais e responsáveis que apuram o IRPJ e a CSLL pelo lucro real deverão compor

os ajustes da base de cálculo dos tributos em tela, de acordo com as disposições da legislação vigente,

junto aos registros correspondentes à Parte A do e.Lalur e e.Lacs, de acordo com os códigos próprios

de adições e exclusões, previstos em tabelas publicadas em Ato Declaratório Executivo da COFINS e

presentes no programa validador da ECF.

A ECF deverá conter duas assinaturas digitais, uma do contabilista e outra da pessoa jurídica. O

contabilista deverá obrigatoriamente assinar como pessoa física, utilizando certificado digital e.PF ou

e.CPF, enquanto a assinatura da pessoa jurídica poderá ocorrer pelo uso do certificado digital de

pessoa física, e.PF ou e.CPF, do representante legal da pessoa jurídica, ou também por certificado

digital da pessoa jurídica que contenha a mesma base da raiz do CNPJ do arquivo que será transmitido,

e.PJ ou e.CNPJ.

Lançamentos extemporâneos na ECD e seus reflexos na ECF

A partir do leiaute 7 da ECD (ano-calendário 2018 e situações especiais de 2019), foram criados no

registro I200 os lançamentos do tipo “X” (lançamentos extemporâneos), que abrangem, entre outros,

os lançamentos previstos nos itens 31 a 36 da Interpretação Técnica Geral (ITG) 2000 (R1) –

Escrituração Contábil, do Conselho Federal de Contabilidade, publicada em 12 de dezembro de 2014.

De acordo com o art. 6º-C da IN RFB n.º 1.422/2013, no caso de lançamentos extemporâneos em ECD

que alterem a base de cálculo do IRPJ ou da CSLL da ECF de ano calendário anterior, a pessoa jurídica

deverá efetuar o ajuste apresentando ECF retificadora relativa ao respectivo ano-calendário, mediante

adições ou exclusões ao lucro líquido.

Retificação

A retificação da ECF poderá ser realizada em até 5 anos.

Caso a cooperativa venha a entregar ECF retificadora que altere valores de apuração do IRPJ ou da

CSLL que haviam sido informados na DCTF, deverá apresentar DCTF retificadora elaborada com

observância das normas específicas relativas a esta declaração (Art. 6º-D, IN RFB n.º 1.422/2013).

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EFD-Contribuições

A EFD-Contribuições (Escrituração Fiscal Digital das Contribuições incidentes sobre a Receita)

corresponde à instituição do Livro Eletrônico destinado à apuração do PIS, da COFINS e da

Contribuição Previdenciária sobre a Receita, sendo este arquivo uma obrigação acessória instituída a

partir da Instrução Normativa RFB n.º 1.252/2012.

A EFD-Contribuições contém, em arquivo digital, o registro do conjunto de documentos e outras

informações representativas das receitas auferidas, bem como dos custos, despesas, encargos e

aquisições geradores de créditos, relacionados às operações praticadas pelos contribuintes durante o

período de apuração. Estas receitas, bem como despesas e custos, são apurados a partir de todo e

quaisquer tipos de documentos fiscais emitidos ou recebidos durante o exercício fiscal. Embora algumas

receitas “não sejam tributadas” por conta de alguma autorização legal, a cooperativa deve informar seu

valor na EFD-Contribuições, sob pena de incorrer em sonegação fiscal.

Obrigatoriedade

A IN RFB n.º 1.252/2012, que institui a obrigatoriedade de entrega da EFD-Contribuições, dispõe que

todas as pessoas jurídicas submetidas à apuração do PIS e da COFINS, nos regimes cumulativo e não

cumulativo, são sujeitas a escrituração.

As sociedades cooperativas de pais e responsáveis são contribuintes do PIS e COFINS sobre o

faturamento, PIS-Importação (se operações forem realizadas) e COFINS-Importação (se operações

forem realizadas) e PIS sobre a folha de salários. Os valores apurados a título de PIS/Pasep sobre folha

de salários não constituem fato gerador da referida obrigação tributária acessória e não são objeto da

escrituração fiscal digital.

Prazos

Segundo o art. 7º da IN RFB n.º 1.252/2012, a EFD-Contribuições será transmitida mensalmente ao

SPED até o 10º dia útil do 2º mês subsequente ao que se refira a escrituração, inclusive nos casos de

extinção, incorporação, fusão e cisão total ou parcial.

Preenchimento

As cooperativas devem escriturar na EFD-Contribuições todas as suas receitas, tanto as que constituem

fato gerador (faturamento/receita bruta) quanto as demais receitas operacionais que não correspondem

à receita bruta, as quais, como fato gerador das contribuições para o PIS/Pasep e para o COFINS,

devem figurar no arquivo da EFD-Contribuições junto ao Registro F100 – Demais Documentos e

Operações Geradoras de Contribuições e Créditos, com código CST 08 – Operação sem Incidência da

Contribuição.

Por serem enquadradas como sem incidência das contribuições, essas receitas também devem ser

detalhadas junto aos Registros M410 e M810 – Detalhamento das Receitas Isentas, Não Alcançadas

pela Incidência da Contribuição, sujeitas à Alíquota Zero ou Vendas com Suspensão, sob código 901 –

Regime Cumulativo – Demais receitas não classificadas como faturamento, não enquadradas como

receita bruta.

Quando a pessoa jurídica não tiver auferido ou recebido receita bruta da venda de bens e serviços, ou

de outra natureza, sujeita ou não ao pagamento das contribuições (inclusive no caso de isenção, não

incidência, suspensão ou alíquota zero) ou não tiver realizado operações sujeitas à apuração de

créditos, e mesmo assim transmitir a EFD-Contribuições “zerada”, deverá preencher o registro 0120

para informar o motivo da entrega “zerada”.

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A IN RFB n.º 995/2010 trouxe a obrigatoriedade, a partir de 2010, de apresentar declarações e

demonstrativos à RFB com assinatura digital, efetivada por certificado digital válido por todas as

pessoas jurídicas, exceto as optantes pelo Simples Nacional.

Poderá ser assinada com certificado digital válido, do tipo A1 ou A3, do e.PJ ou e.CNPJ que contenha

a base do CNPJ da pessoa jurídica que está apresentando o arquivo, pelo representante legal da

empresa ou pelo procurador constituído, com procuração eletrônica cadastrada no site da Receita

Federal do Brasil.

A geração, o armazenamento e o envio do arquivo digital não dispensam o contribuinte de guardar os

documentos que deram origem às informações nele constantes, na forma e prazos estabelecidos pela

legislação aplicável. O arquivo a ser mantido é em formato TXT, gerado e transmitido (localizado em

diretório definido pelo usuário), não se tratando, pois, da cópia de segurança.

A cooperativa deverá armazenar o arquivo digital da EFD-Contribuições transmitido, observando os

requisitos de segurança, autenticidade, integridade e validade jurídica, pelo mesmo prazo estabelecido

pela legislação para a guarda dos documentos fiscais.

Penalidades

A não apresentação da EFD-Contribuições no prazo previsto ou sua apresentação com incorreções ou

omissões submete o contribuinte às multas previstas no art. 12 da Lei n.º 8.218/1991, sem prejuízo das

sanções administrativas, cíveis e criminais cabíveis, inclusive aos responsáveis legais (Art. 10, IN RFB

n.º 1.252/2012).

Dispensa de apresentação

Dentre as diversas possibilidades de dispensa na apresentação da EFD-Contribuições, a referida

legislação alcança a seguinte situação em toda e qualquer empresa em que:

(…) as pessoas jurídicas imunes e isentas do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), cuja soma dos valores mensais das contribuições apuradas, objeto de escrituração nos termos desta Instrução Normativa, seja igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais) – Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012.

O art. 5º, § 5º da IN RFB n.º 1.252/2012 esclarece que a pessoa jurídica imune ou isenta ao IRPJ, que

estiver dispensada de apresentar a EFD-Contribuições por não ultrapassar aquele limite, passará a ter

a obrigação de apresentá-la a partir do mês do ano em curso em que o valor das contribuições nele

apuradas for superior a R$ 10 mil, permanecendo assim obrigada por todos os meses subsequentes,

ainda que o montante apurado em qualquer deles seja igual ou inferior ao limite.

Conforme art. 5º, § 8º da IN RFB n.º 1.252/2012, a dispensa de entrega da EFD-Contribuições para

pessoa jurídica sujeita à tributação do Imposto sobre a Renda com base no lucro real ou presumido não

alcança o mês de dezembro do ano-calendário correspondente, devendo a pessoa jurídica, em relação

a esse mês, proceder à entrega regular da escrituração digital, na qual deverá indicar os meses do ano-

calendário em que não auferiu receitas e não realizou operações geradoras de crédito no registro 0120

– Identificação de EFD-Contribuições sem dados a escriturar.

Retificação

A EFD-Contribuições poderá ser substituída mediante transmissão de novo arquivo digital validado e

assinado, para inclusão, alteração ou exclusão de documentos ou operações da escrituração fiscal, ou

para alterar registros representativos de créditos e contribuições e outros valores apurados.

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O direito do contribuinte de pleitear a retificação da EFD-Contribuições extingue-se em 5 anos contados

do 1º dia do exercício seguinte àquele a que se refere a escrituração substituída.

A pessoa jurídica que transmitir arquivo retificador da EFD-Contribuições alterando valores que tenham

sido informados na DCTF deverá apresentar também DCTF retificadora.

Notas técnicas

A IN RFB n.º 1.876/2019 altera a IN RFB n.º 1.252/2012, estabelecendo que a obrigatoriedade de

escrituração da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta na EFD-Contribuições não é

aplicável aos fatos geradores ocorridos a partir dos prazos de obrigatoriedade da EFD-Reinf.

A IN RFB nº 1.876, de 14 de março de 2019, foi publicada no Diário Oficial da União em 15 de março

de 2019. Agora, a informação da CPRB deve ser entregue na EFD-Reinf e não mais na EFD-

Contribuições.

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EFD-Reinf

A Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais EFD-Reinf, instituída pela IN

RFB n.º 1.701/2017, é um dos módulos do Sistema Público de Escrituração Digital - SPED, a ser

utilizado pelas pessoas jurídicas e físicas, em complemento ao Sistema de Escrituração Digital das

Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas – eSocial.

A EFD-Reinf é um documento digital com informações não somente sobre serviços prestados e

tomados, mas também sobre rendimentos pagos a pessoas físicas e jurídicas, informações sobre a

receita bruta para apuração das contribuições previdenciárias substituídas, retenções de Imposto de

Renda, PIS/Pasep e COFINS e Contribuição Social, exceto aquelas relacionadas ao trabalho.

Esta escrituração está modularizada por eventos de informações, contemplando a possibilidade de

múltiplas transmissões em períodos distintos, de acordo com a obrigatoriedade legal.

Prazo de entrega

A EFD-Reinf será transmitida ao SPED mensalmente até o dia 15 do mês subsequente ao que se refira

a escrituração. Entretanto, caso o último dia do prazo não seja dia útil, a entrega deverá ser antecipada

para o dia útil imediatamente anterior (§ 2º, Art. 3º da IN RFB n.º 1.701/2017 - Redação dada pelo(a)

Instrução Normativa RFB nº 1842, de 29 de outubro de 2018).

De acordo com o § 1º da IN RFB n.º 1.701/2017 e alterações posteriores, a obrigatoriedade de

apresentação será escalonada, entre maio de 2018 e janeiro de 2020, para os quatro grupos de

contribuintes:

I - para o 1º grupo, que compreende as entidades integrantes do “Grupo 2 - Entidades Empresariais”, do anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 6 de maio de 2016, com faturamento no ano de 2016 acima de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), a partir das 8 (oito) horas de 1º de maio de 2018, em relação aos fatos geradores ocorridos a partir dessa data; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1767, de 14 de dezembro de 2017)

II - para o 2º grupo, que compreende as demais entidades integrantes do “Grupo 2 - Entidades Empresariais” do Anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 2016, exceto as optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), instituído pelo art. 12 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, desde que a condição de optante conste do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) em 1º de julho de 2018, e as entidades empresariais pertencentes ao 1º grupo, referidos no inciso I, a partir das 8 (oito) horas de 10 de janeiro de 2019, referentes aos fatos ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2019; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1842, de 29 de outubro de 2018)

III - para o 3º grupo, que compreende os obrigados não pertencentes ao 1º, 2º e 4º grupos, a que se referem os incisos I, II e IV, respectivamente, a partir das 8 (oito) horas de 10 de janeiro de 2020, em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2020; e (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1900, de 17 de julho de 2019)

IV - para o 4º grupo, que compreende os entes públicos, integrantes do “Grupo 1 - Administração Pública” e as organizações internacionais, integrantes do “Grupo 5 - Organizações Internacionais e Outras Instituições Extraterritoriais”, ambas do Anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 2016, em data a ser fixada em ato da RFB. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1842, de 29 de outubro de 2018)

As cooperativas de pais e responsáveis devem analisar o faturamento do ano-calendário informado na

respectiva IN e avaliar o enquadramento de entrega da obrigação acessória, considerando que de

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acordo com o Anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.863/2018, as Cooperativas são classificadas

no Grupo 2 - Entidades Empresariais.

Retificação

Até o presente momento não foram divulgadas instruções sobre a hipótese de retificação/cancelamento

ou substituição da EFD-Reinf.

Penalidades

A não apresentação da EFD-Reinf no prazo previsto ou sua apresentação com incorreções ou omissões

submete o contribuinte às multas dispostas no Art. 2º-A da IN RFB n.º 1.701/2017.

DIRF - Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte

A DIRF – Declaração do imposto de Renda Retido na Fonte é uma obrigação tributária acessória devida

para todas as pessoas jurídicas e físicas, que recolhem ou retém o tributo na fonte, independente do

regime de tributação em que se enquadra a empresa para fins de Imposto de Renda.

A DIRF tem por objetivo informar:

a) os rendimentos pagos a pessoas físicas domiciliadas no país;

b) o valor do imposto sobre a renda e contribuições retidos na fonte, dos rendimentos pagos ou

creditados para seus beneficiários;

c) o pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a residentes ou domiciliados no exterior;

d) os pagamentos a plano de assistência à saúde – coletivo empresarial.

As cooperativas de pais e responsáveis, de modo geral, estão obrigadas a apresentar a DIRF em

relação às retenções de IRRF e das contribuições PIS, COFINS e CSLL sobre pagamentos efetuados

a outras pessoas jurídicas, nos termos do § 3º do Art. 3 da Lei n.º 10.485/2002, e dos Arts. 30, 33 e 34

da Lei n.º 10.833/2003, ainda que a retenção tenha ocorrido em apenas um único mês do ano-

calendário (§ 4º, Art. 2, IN RFB n.º 1.836/2018).

As regras para declaração são publicadas pela Receita Federal anualmente, por isso, é essencial

que as cooperativas se atentem a publicação das instruções normativas atualizadas para

conferência de possíveis alterações em relação a declaração entregue no ano anterior.

A DIRF é preenchida em um sistema próprio da Receita Federal, o chamado Programa Gerador de

Declarações (PGD). Anualmente, esse sistema é atualizado pelo órgão e disponibilizado gratuitamente

aos contribuintes.

Para realizar a transmissão, as cooperativas são obrigadas à assinatura digital da declaração com

certificado digital válido, conforme o Art. 1º da IN RFB n.º 995/2010. Através da assinatura digital, a

cooperativa poderá acompanhar o processamento da declaração por intermédio do Centro Virtual de

Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) (§ 5º, Art. 5, IN RFB n.º 1.836/2018).

Os valores referentes a rendimentos tributáveis, isentos ou com alíquota zero, bem como os relativos a

deduções do imposto sobre a renda ou de contribuições retidos na fonte, deverão ser informados em

reais e com centavos (Art. 9, IN RFB n.º 1.836/2018).

O rendimento tributável de aplicações financeiras informado na DIRF deverá corresponder ao valor que

tenha servido de base de cálculo do IRRF (Art. 18, IN RFB n.º 1.836/2018).

Prazo de entrega

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Usualmente, o prazo de entrega dessa obrigação se dá entre o 15º e o último dia útil do mês de fevereiro

do exercício subsequente. Essa data é regulada por meio de instruções normativas ou alterada por

medidas provisórias. A cooperativa deve estar atenta às mudanças anualmente.

Retificação

A declaração retificadora substituirá integralmente as informações apresentadas na declaração anterior.

Com isso, deverá conter todas as informações anteriormente declaradas, alteradas ou não, exceto

aquelas que se pretenda excluir e as informações a serem adicionadas.

Penalidades

Para efeito de penalidade, são consideradas não entregues todas as declarações fora das

especificações técnicas fixadas pela SRF. Nesse caso, o contribuinte será intimado a apresentar a

declaração correta em 10 dias, sob pena de multas nos termos da IN SRF n.º 197/2002.

A DIRF relativa ao ano-calendário de 2018 e situações especiais ocorridas em 2019, prevista na IN RFB

n.º 1.836/2018, deve ser entregue à SRF, pelas cooperativas que pagaram ou creditaram rendimentos

que tenham sofrido retenção do Imposto de Renda, ainda que em um único mês do ano-calendário –

inclusive, em alguns casos que não tenham sofrido retenção do imposto.

DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais

A Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - DCTF tem sua regulamentação disciplinada

na Instrução Normativa RFB n.º 1.599 de 11 de dezembro de 2015 (Alterado(a) pelo(a) Instrução

Normativa RFB nº 1.787, de 07 de fevereiro de 2018). Considerada uma obrigação tributária acessória,

a DCTF reúne dados relativos aos tributos e demais pagamentos governamentais feitos pela

cooperativa.

Para a elaboração e transmissão da DCTF, a cooperativa deve usar o Programa Gerador da Declaração

(PGD). Para que o envio seja feito, além do PGD, é necessário instalar o programa da Receitanet, que

também pode ser baixado no site da Receita. O programa tem por finalidade permitir ao declarante o

preenchimento, a validação do conteúdo e a gravação da DCTF para entrega à Secretaria da Receita

Federal do Brasil – SRF. As instruções de preenchimento da DCTF encontram-se disponíveis em

qualquer ponto do programa, mediante uso da tecla F1, podendo ser consultadas ou impressas, a partir

de opção do menu Ajuda.

O programa permite imprimir a declaração, o recibo de entrega, tabelas, instruções de preenchimento

e instruções de importação. Para a apresentação da DCTF, é obrigatória a assinatura digital da

declaração com certificado digital válido, emitido por autoridade certificadora reconhecida pelo ICP-

Brasil.

Prazo de entrega

A Declaração deve ser apresentada mensalmente pelas cooperativas de pais e responsáveis até o 15º

(décimo quinto) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.

Na DCTF devem ser apresentadas informações correspondentes a débitos e créditos tributários

relacionados a IRPJ, IRRF, IPI, IOF, CSLL, PIS/Pasep, COFINS, Cide-Combustíveis, Cide-Remessa,

CPSS e CPRB.

Depois do envio, também é possível consultar, via Portal e-CAC, o processamento da entrega, além da

relação das últimas declarações.

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Retificação

Conforme Art. 9º da IN RFB n.º 1.599/2015:

Art. 9º A alteração das informações prestadas em DCTF, nas hipóteses em que admitida, será efetuada mediante apresentação de DCTF retificadora, elaborada com observância das mesmas normas estabelecidas para a declaração retificada.

A DCTF retificadora terá a mesma natureza da declaração originariamente apresentada e servirá para

declarar novos débitos, aumentar ou reduzir os valores de débitos já informados ou efetivar qualquer

alteração nos créditos vinculados. O direito do contribuinte de pleitear a retificação da DCTF extingue-

se em 5 anos contados a partir do 1º dia do exercício seguinte àquele ao qual se refere a declaração.

Penalidades

Os saldos a pagar relativos a cada imposto ou contribuição informados na DCTF, bem como os valores

das diferenças apuradas em procedimentos de auditoria interna (Art. 8º, IN RFB n.º 1.599/2015),

relativos às informações indevidas ou não comprovadas prestadas na DCTF sobre pagamento,

parcelamento, compensação ou suspensão de exigibilidade, poderão ser objeto de cobrança

administrativa com os acréscimos moratórios devidos e, caso não liquidados, serão enviados para

inscrição em Dívida Ativa da União (DAU).

A Cooperativa que deixar de apresentar a DCTF no prazo fixado ou que a apresente com incorreções

ou omissões é intimado a apresentar declaração original, no caso de não apresentação, ou a prestar

esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado pela RFB, e sujeita-se às seguintes multas

(Art. 7º, IN RFB n.º 1.599/2015):

• 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o montante dos impostos e

contribuições informados na DCTF, ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega

dessa declaração ou de entrega após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), observado o

valor mínimo; e

• R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas.

A implementação da DCTFWeb não substitui a obrigação de entrega da DCTF convencional até a data

de divulgação deste Manual.

DCTF Web

A DCTFWeb, instituída pela IN RFB n.º 1.787/2018 (Alterado(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº

1.906, de 14 de agosto de 2019), é a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais

Previdenciários e de Outras Entidades e Fundos. Trata-se, portanto, da obrigação tributária acessória

por meio da qual o contribuinte comprovará débitos de contribuições previdenciárias e de contribuições

destinadas a terceiros. DCTFWeb é também o nome dado ao sistema utilizado para editar a declaração,

transmiti-la e gerar o documento de arrecadação.

A DCTFWeb é gerada a partir das informações prestadas no eSocial e na EFD-Reinf, escriturações

digitais integrantes do SPED. Transmitidas as apurações, o sistema DCTFWeb recebe

automaticamente os respectivos débitos e créditos, realiza vinculações, calcula o saldo a pagar e, após

o envio da declaração, possibilita a emissão do DARF para pagamento.

A DCTFWeb e seu sistema substituem a GFIP e o Sefip. Essa substituição se dá em conjunto com as

escriturações eSocial e EFD-Reinf. Ambos os sistemas de escrituração são integrados com a

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DCTFWeb. Dessa forma, antes de transmiti-la, a cooperativa deve preencher o eSocial e a EFD-Reinf

com suas respectivas informações. Depois, basta entrar no e-CAC com um certificado digital do tipo A1

ou A3 para consolidar os dados e transmitir a DCTFWeb.

O cronograma vigente até a data de publicação deste manual, reflete a redação dada no § 1º do Art. 13

da IN RFB n.º 1.787/2018:

§ 1º A entrega da DCTFWeb será obrigatória em relação aos tributos cujos fatos geradores ocorrerem: I - a partir do mês de agosto de 2018, para as entidades integrantes do “Grupo 2 - Entidades Empresariais”, do Anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 6 de maio de 2016, com faturamento no ano-calendário de 2016 acima de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais); (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1819, de 26 de julho de 2018) II - a partir do mês de abril de 2019, para as demais entidades integrantes do “Grupo 2 - Entidades Empresariais”, do Anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 2016, com faturamento no ano-calendário de 2017 acima de R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais), exceto aquelas de que trata o § 3º; e (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1884, de 17 de abril de 2019) III - em data a ser estabelecida em norma específica, para os contribuintes não enquadrados nos casos de obrigatoriedade previstos nos incisos I e II deste parágrafo e no § 3º. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1906, de 14 de agosto de 2019). § 3º Os sujeitos passivos que optarem pela utilização do eSocial na forma especificada no § 3º do art. 2º da Resolução do Comitê Diretivo do eSocial nº 2, de 30 de agosto de 2016, ainda que imunes e isentos, ficam obrigados à entrega da DCTFWeb em relação aos tributos cujos fatos geradores ocorrerem a partir do mês de agosto de 2018. (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1819, de 26 de julho de 2018)

As cooperativas de pais e responsáveis devem analisar o faturamento do ano-calendário informado na

respectiva IN e avaliar o enquadramento de entrega da obrigação acessória, considerando que de

acordo com o Anexo V da Instrução Normativa RFB nº 1.863/2018, as Cooperativas são classificadas

no Grupo 2 - Entidades Empresariais.

Prazo de entrega

O envio da DCTFWeb é mensal e deve ser feito até o 15º dia útil do mês seguinte ao de ocorrência dos

fatos geradores, mas vale salientar que também existe a DCTFWeb anual, que também é aplicável às

cooperativas.

• Declaração Anual: nela prestam-se informações sobre os valores de 13º salário pagos aos

seus trabalhadores, devendo ser transmitida até o dia 20 de dezembro. E se o prazo final não

for um dia útil, é obrigatório enviá-la antes (artigo 7°, § 1°, da IN/RFB n° 1.787/2018).

Conforme IN RFB n.º 971/2009, a empresa que utiliza o eSocial/EFD-Reinf/DCTFWeb está dispensada

de enviar cópia do comprovante de retenção (DARF) para o prestador de serviços.

A partir do início da obrigatoriedade de entrega da DCTFWeb, as cooperativas não devem efetuar

nenhum recolhimento em GPS. Em caso de dificuldades no fechamento do eSocial e/ou EFD-Reinf, o

recolhimento das contribuições previdenciárias deve ser efetuado em DARF avulso.

Retificação

Caso o contribuinte identifique erro no valor dos débitos apurados, que estão exibidos na DCTFWeb,

deverá retornar na escrituração (eSocial ou EFD-Reinf) e efetuar os ajustes necessários. A alteração

do valor dos débitos somente é possível a partir da escrituração.

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No caso de retificação da escrituração e da DCTFWeb com geração de novos valores de débitos, o

sistema dispõe de uma funcionalidade para apropriar os pagamentos referentes ao mesmo período de

apuração, gerando o saldo a pagar apenas da diferença. Para isto o sistema importa o documento de

arrecadação do sistema de pagamentos da RFB.

A declaração ficará disponível para a cooperativa no portal da DCTFWeb, por meio do e-CAC, onde

será possível ter acesso a relatórios, fazer download do recibo, emitir DARF e efetuar a retificação de

informações;

Penalidades

A Cooperativa que deixar de apresentar a DCTFWeb no prazo legalmente estabelecido, ou

apresentando a mesma com incorreções ou omissões será intimado a apresentar declaração original,

no caso de não apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado

pela RFB, e estará sujeito a multas conforme previstas no artigo 8° da IN RFB n° 1.787/2018.

eSOCIAL

O eSocial - Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas,

instituído pelo Decreto nº 8.373/2014, é um sistema instituído pelo Governo Federal no qual as pessoas

jurídicas, empregadoras ou não, passarão a comunicar obrigatoriamente informações do âmbito

trabalhista, previdenciário e fiscal, de forma unificada, visando padronizar a transmissão, a validação, o

armazenamento e a distribuição para os órgãos competentes.

O objetivo principal desta ferramenta digital é garantir os direitos dos trabalhadores, por intermédio da

simplificação do cumprimento das obrigações acessórias já existentes, eliminando as redundâncias

contidas nas declarações e resultando na qualidade das informações prestadas.

O eSocial é gerido por comitê estabelecido por decreto, do qual fazem parte os seguintes órgãos e

instituições:

• Ministério do Trabalho e Emprego;

• Ministério da Previdência Social;

• Secretaria da Receita Federal do Brasil;

• Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); e

• Caixa Econômica Federal – representando o Conselho Curador do FGTS.

Esse Comitê Gestor foi o responsável por estabelecer as diretrizes para a criação e o desenvolvimento

do eSocial, promovendo a integração das informações entre si.

Para auxiliar na implantação do eSocial, as entidades foram divididas em grupos, as cooperativas de

pais e responsáveis se enquadram no Grupo 1 e 2 distinguindo-se pelo faturamento auferido no ano-

calendário de 2016 (Portaria SEPREVT 716/2019, Art. 2º, inciso II). Os dados gerados pelas entidades,

tais como cadastros, folha de pagamento, aviso prévio e escriturações fiscais, foram divididos em fases,

sendo elas:

• Fase 1 (em vigência): envio das informações relativas aos órgãos e às pessoas físicas, ou seja,

cadastros dos empregadores e tabelas.

• Fase 2 (em vigência): envio das informações relativas aos servidores e seus vínculos com órgãos

e pessoas físicas quanto aos seus empregados, como admissões, afastamentos e

desligamentos, denominados de “eventos não periódicos”.

• Fase 3 (a partir de 2020): envio das folhas de pagamento, denominado de “eventos periódicos”.

• Fase 4 (a definir): substituição da GFIP para recolhimento de Contribuições Previdenciárias e do

FGTS.

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• Fase 5 (a partir de 2021): envio dos dados de segurança e saúde no trabalho (SST).

Por se tratar de um projeto em fase de implantação, as cooperativas de pais e responsáveis devem

atentar para as possíveis alterações de prazos e atualização no sistema do eSocial periodicamente.

RAIS

A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) é um instrumento de coleta de dados voltado para o

setor do trabalho, no qual a gestão governamental controla as informações relativas às atividades

trabalhistas desenvolvidas no país para posteriormente gerar dados estatísticos e diversas demandas

na utilização destas informações.

Instituída pelo Decreto nº 76.900, de 23 de dezembro de 1975, a RAIS tem por objetivo:

• o suprimento às necessidades de controle da atividade trabalhista no País,

• o provimento de dados para a elaboração de estatísticas do trabalho, e

• a disponibilização de informações do mercado de trabalho às entidades governamentais.

Estão obrigados a declarar a RAIS pelo Art. 2º da Portaria ME n° 039/2019:

I - empregadores urbanos e rurais, conforme definido no art. 2° da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT e no art. 3° da Lei n° 5.889, de 8 de junho de 1973, respectivamente; II - filiais, agências, sucursais, representações ou quaisquer outras formas de entidades vinculadas à pessoa jurídica domiciliada no exterior; III - autônomos ou profissionais liberais que tenham mantido empregados no ano-base; IV - órgãos e entidades da administração direta, autárquica e fundacional dos governos federal, estadual, do Distrito Federal e municipal; V - conselhos profissionais, criados por lei, com atribuições de fiscalização do exercício profissional, e as entidades paraestatais; VI - condomínios e sociedades civis; e VII - cartórios extrajudiciais e consórcios de empresas. § 1° O estabelecimento inscrito no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ que não manteve empregados ou que permaneceu inativo no ano-base está obrigado a entregar a RAIS - RAIS NEGATIVA - preenchendo apenas os dados a ele pertinentes.

As Cooperativas obrigadas à entrega da RAIS deverão utilizar o Programa Gerador de Declaração

RAIS. Ele servirá para declarar e transmitir a declaração pela Internet. O programa é atualizado

anualmente e fica disponível nos endereços eletrônicos do Ministério do Trabalho e Emprego:

http://portal.mte.gov.br/rais ou http://www.rais.gov.br para download.

As informações exigidas para o preenchimento da RAIS encontram-se no Manual de Orientação da

RAIS, edições publicadas anualmente e disponíveis nos mesmos endereços de download do programa.

É obrigatória a utilização de certificado digital válido padrão ICP Brasil para a transmissão da declaração

da RAIS por todos os estabelecimentos que possuem a partir de 11 vínculos, exceto para a transmissão

da RAIS Negativa e para os estabelecimentos que possuem menos de 11 vínculos (Art. 5º da Portaria

ME n° 039/2019).

As declarações poderão ser transmitidas com o certificado digital de pessoa jurídica, emitido em nome

do estabelecimento, ou com certificado digital do responsável pela entrega da declaração, sendo que

este pode ser um CPF ou um CNPJ.

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Prazo de entrega

As cooperativas de pais e responsáveis estão obrigadas a declarar a RAIS, que é transmitida

eletronicamente, por meio do programa gerador de arquivos da RAIS, com prazo de entrega

estabelecido anualmente pelo Governo Federal.

O recibo estará disponível para impressão em até 5 dias úteis após a entrega da declaração, bem como

a Cooperativa é obrigada a manter arquivados, durante cinco anos, à disposição do trabalhador e da

Fiscalização do Trabalho, o relatório impresso ou a cópia dos arquivos e o Recibo de Entrega da RAIS,

documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações relativas ao Ministério da Economia.

Retificação

Caso o(a) estabelecimento/entidade necessite retificar declarações da RAIS de exercícios anteriores,

deverá consultar os procedimentos constantes no endereço http://www.rais.gov.br, menu “Declaração

já Entregue” e, em seguida, selecionar a opção desejada.

Penalidades

O atraso na entrega da declaração, omissão ou declaração falsa ou inexata, sujeita o estabelecimento

à multa, conforme determina a Portaria MTE n.º 14, de 10 de fevereiro de 2006, alterada pela Portaria

MTE n.º 688, de 24 de abril de 2009.

A Declaração da RAIS será substituída em decorrência da obrigatoriedade de envio dos eventos

relacionados ao eSocial. Contudo, até o momento da elaboração do presente Manual, não há nenhum

ato legal publicado que determine a extinção dessa obrigação.

CAGED

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) é uma ferramenta utilizada pelo

Ministério do Trabalho para controlar os dados relativos aos vínculos trabalhistas, como admissão e

dispensa de empregados, e outros programas sociais. Foi instituído pela Lei n.º 4.923 de 23 de

dezembro de 1965.

O envio do CAGED é obrigatório por toda Cooperativa que tenha admitido, desligado ou transferido

empregado com contrato de trabalho regido pela CLT, ou seja, que tenha efetuado qualquer tipo de

movimentação em seu quadro de empregados.

O manual do CAGED (2017) estabelece quais empregados devem ser informados:

a) empregados contratados por empregadores, pessoa física ou jurídica, sob o regime da CLT, por prazo indeterminado ou determinado, inclusive a título de experiência, ou para prestação de trabalho intermitente; b) trabalhadores com Contrato de Trabalho por Prazo Determinado, regido pela Lei nº 9.601, de 21 de janeiro de 1998; c) trabalhadores regidos pelo Estatuto do Trabalhador Rural (Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973); d) aprendiz (maior de 14 anos e menor de 24 anos), contratado nos termos do art. 428 da CLT, regulamentado pelo Decreto nº 5.598, de 1º de dezembro de 2005; e) trabalhadores temporários, regidos pela Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974 e alterações (opcional).

Os cooperados não devem ser informados no CAGED conforme exposto pelo mesmo manual (item 4.

Quem não deve ser declarado), bem como os diretores sem vínculo empregatício para os quais não é

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recolhido FGTS, diretores sem vínculo empregatício, para os quais o estabelecimento/entidade tenha

optado pelo recolhimento do FGTS (Circular CEF n° 46/1995), autônomos e outros.

A declaração do CAGED pode ser enviada das seguintes maneiras:

1. Opção “Transmitir CAGED”, no endereço:

https://caged.maisemprego.mte.gov.br/portalcaged/paginas/home/home.xhtml

2. Por meio do aplicativo CAGED Net; e

3. Também está disponível opção de declaração On-line, através do Formulário Eletrônico do

CAGED – FEC: no endereço:

https://caged.maisemprego.mte.gov.br/portalcaged/paginas/home/home.xhtml, opção

“Formulário Eletrônico”

Prazo de entrega

O prazo de entrega é no mesmo dia para as Admissões de que trata o inciso II, Art 1º, da Portaria

1.129/2014 e para os demais movimentos até o dia 07 do mês subsequente ao mês de referência das

informações. E a guarda dos arquivos é dada conforme Art. 2, § 1º:

§ 1º O arquivo gerado deve ser enviado ao MTE via Internet. A cópia do arquivo, o recibo de entrega e o Extrato da Movimentação Processada, devem ser mantidos no estabelecimento a que se referem, pelo prazo de 5 anos a contar da data do envio, para fins de comprovação perante a fiscalização do trabalho.

O recibo é emitido em PDF imediatamente após a entrega da declaração e no endereço eletrônico:

http://www.caged.gov.br – opção “Recibo CAGED”. A Cooperativa deve preservar o Protocolo de

Transmissão de Arquivo, fornecido no ato da transmissão do mesmo, onde consta o número do Código

de Recebimento, que, juntamente com a inscrição CNPJ/CEI, será obrigatório para emissão do recibo

de Entrega do CAGED pela Internet.

O extrato será disponibilizado após o dia 20 de cada mês, para todos as Cooperativas que informaram

Admissões ou Desligamentos ao CAGED via meio magnético, espelhando as informações enviadas.

Retificação

A Cooperativa que transmitir alguma informação incorreta, deverá corrigir por meio do CAGED acerto,

esta regra é aplicada também para o CAGED enviado em tempo real, ou seja, no ato da contratação,

se existirem erros no envio do CAGED.

Até que as correções sejam efetuadas o CAGED, será considerado como não enviado, conforme

determina o manual do CAGED.

Penalidades

A omissão ou atraso da declaração sujeita o estabelecimento a multa automática conforme tabela

estabelecida. Neste caso, é necessário preencher o Documento de Arrecadação de Receitas Federais

- DARF em duas vias, informando no campo 04 (código da Receita), 2877”, Número de Referência

3800165790300843-7, no campo 14 (Outras Informações), "Multa Automática Lei Nº 4.923/65". A multa

é calculada de acordo com o tempo de atraso e a quantidade de empregados omitidos. Para o período

de atraso de até 30 dias o valor é de R$ 4,47 por empregado, se o atraso for de 31 a 60 dias, o valor é

de R$ 6,70, e caso o atraso seja superior a 60 dia o valor será de R$ 13,40.

O CAGED também engloba o rol de obrigações acessórias a serem extintas com implantação final do

eSocial, mas cabe observar que, até o momento, nenhum ato legal foi publicado a respeito.

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SEFIP/GFIP

O Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (Sefip) é uma

obrigação acessória na qual são enviadas informações relativas ao INSS e FGTS, através de geração

e envio de arquivo por intermédio do programa disponibilizado pela Caixa Econômica Federal em

parceria com o Ministério do Trabalho e a Receita Federal.

Como as empresas, as sociedades cooperativas poderão contratar empregados, nos termos da

legislação trabalhista vigente à data da contratação. No Sefip deverão constar os dados cadastrais e

financeiros das cooperativas e dos trabalhadores, bem como as remunerações pagas, o valor

correspondente ao desconto da contribuição previdenciária na folha de pagamento e o valor total a ser

recolhido de FGTS e INSS. O aplicativo permite a geração da GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e

Informações à Previdência Social) e da GPS (Guia da Previdência Social).

Os arquivos gerados pelo SEFIP devem ser transmitidos pela internet, por meio do Conectividade

Social, e a GRF emitida deve ser recolhida até o 7º dia do mês seguinte àquele em que a remuneração

do trabalhador foi paga.

O valor a ser creditado na conta vinculada do trabalhador é calculado com base na remuneração do

empregado, de acordo com o tipo de contrato:

• Menor Aprendiz: quota de 2% sobre a remuneração.

• Demais Trabalhadores: quota de 8% sobre a remuneração.

O associado que presta serviços para a própria cooperativa deve ser informado com o código de

categoria de trabalhador 11, juntamente com os demais trabalhadores contratados para prestar serviços

à cooperativa.

11 Contribuinte individual - Diretor não empregado e demais empresários sem FGTS;

A GFIP/SEFIP deve ser entregue com o código de recolhimento 115.

As Cooperativas são obrigadas a entregar a GFIP (Guia de Recolhimento de FGTS e de Informações

à Previdência Social gerada pelo sistema Sefip) ainda que não haja recolhimento para o FGTS, de

caráter declaratório, contendo todas as informações cadastrais e financeiras de interesse da

Previdência Social.

Inexistindo recolhimento ao FGTS e informações à Previdência Social, o empregador/contribuinte deve

transmitir pelo Conectividade Social um arquivo SEFIPCR.SFP com indicativo de ausência de fato

gerador (sem movimento), que é assinalado na tela de abertura do movimento, para o código 115.

O arquivo deve ser transmitido para a primeira competência da ausência de informações, dispensando-

se a transmissão para as competências subsequentes até a ocorrência de fatos determinantes de

recolhimento ao FGTS e/ou fato gerador de contribuição previdenciária.

Retificação

No caso de retificação da declaração, os fatos geradores omitidos devem ser informados mediante a

transmissão de novo arquivo SEFIPCR.SFP, contendo todos os fatos geradores, inclusive os já

informados, com as respectivas correções e confirmações, conforme estabelecido no Capítulo V do

Manual da GFIP aprovado pela IN RFB nº 880, de 16/10/2008 e pela Circular CAIXA nº 451, de

13/10/2008.

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Penalidades

O contribuinte que apresentar a GFIP fora do prazo, que deixar de apresentá-la ou que a apresentar

com incorreções ou omissões está sujeito às multas previstas na Lei n.º 8.212/1991 e às sanções

previstas na Lei n.º 8.036/1990.

A multa por atraso na entrega da GFIP correspondente a 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou

fração, incidente sobre o montante das contribuições informadas, ainda que integralmente pagas,

respeitados o percentual máximo de 20% (vinte por cento) e os valores mínimos de R$ 200,00, no caso

de declaração sem fato gerador, ou de R$500,00, nos demais casos.

O Sefip também engloba o rol de obrigações acessórias a serem extintas com a implantação do eSocial,

mas, até o momento, nenhum ato legal foi publicado a respeito.

A Receita Federal disponibiliza orientações, manuais e formulários em sua página da internet, acesso

em: http://receita.economia.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-demonstrativos/gfip-sefip-guia-

do-fgts-e-informacoes-a-previdencia-social-1

PER/DCOMP

O Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação

(PER/DCOMP) poderá ser utilizado pelas cooperativas de pais e responsáveis quando da apuração de

créditos tributários administrados pela SRF, passíveis de restituição ou ressarcimento, para o

encaminhamento de seu respectivo pedido de restituição ou ressarcimento e/ou para declaração de

compensação de débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos também a tributos administrados

pela RFB, exceto em relação às contribuições previdenciárias.

As regras relacionadas às possibilidades de restituição, ressarcimento e compensação de tributos

administrados pela SRF são disciplinadas pela Instrução Normativa RFB nº 1.717/2017.

Conforme § 1º do art. 65 e art. 66 da IN RFB n.º 1.717/2017, as compensações declaradas à RFB via

programa PER/DCOMP ou, na impossibilidade de sua utilização, mediante apresentação à RFB do

formulário de Declaração de Compensação, encontrado no Anexo IV da IN RFB n.º 1.717/2017,

extinguem o crédito tributário, sob condição resolutória de subsequente homologação do procedimento.

O artigo 75 da Instrução Normativa RFB n° 1.717/2017 dispõe sobre os créditos que não podem ser

objeto de compensação mediante entrega da declaração de compensação, como por exemplo, seja

decorrente de decisão judicial não transitada em julgado, neste caso a Cooperativa deve aguardar e

somente após o referido fato realizado, poderá solicitar a compensação dos impostos pagos.

A autoridade administrativa poderá solicitar a comprovação do alegado crédito informado no

PER/DCOMP, e se ele, por exemplo, for um pagamento e estiver perfeitamente disponível nos sistemas

da RFB, pode ser considerado apto a ser objeto de restituição ou de compensação, sem prejuízo de

ser solicitado da declarante comprovação de que se trata de fato de indébito.

A Receita Federal do Brasil tem até 5 anos para analisar o pedido, contados da data da entrega da

Declaração de Compensação. Uma vez analisado o pedido, verificada a veracidade e legalidade, a

homologação é realizada ou não.

O prazo estipulado para a referida homologação é previsto no art. 150, § 4° do CTN:

§ 4° Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

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Conforme art. 135 da IN RFB n.º 1.717/2017, em caso de indeferimento de pedidos de restituição,

ressarcimento ou reembolso, ou ainda, nas situações de não homologação de declarações de

compensação de créditos, a Cooperativa no prazo de 30 dias, a contar da data da ciência da decisão

ou do despacho, poderá manifestar inconformidade, e, no caso de julgamento improcedente, ainda

caberá recurso ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF).

A consulta da situação do pedido será realizada pelo E-CAC, com utilização por meio de código de

acesso ou certificado digital, o serviço de Consulta Análise Preliminar PER/DCOMP.

Vale destacar que caso seja necessário retificar o pedido realizado, a retificação não será admitida

quando formalizada depois da intimação para apresentação de documentos comprobatórios. No caso

de cancelamento, da mesma forma somente poderão ser cancelados pela Cooperativa caso se

encontrem pendentes de decisão administrativa à data do encaminhamento do pedido de

cancelamento.

A Cooperativa também pode acessar essa e outras funcionalidade, como também efetuar a baixa do

programa no seguinte endereço eletrônico:

http://receita.economia.gov.br/orientacao/tributaria/restituicao-ressarcimento-reembolso-e-

compensacao/perdcomp.

O PER/DCOMP é uma ferramenta para recuperação de créditos tributários. Os responsáveis pelas

áreas tributárias das cooperativas devem conhecer e dominar o programa para que os créditos

tributários federais sejam efetivamente recuperados em favor das entidades, quando passíveis deste

direito.

PER/DCOMP WEB

A fim de simplificar os processos de pedido de restituição e da declaração de compensação, a Receita

Federal disponibiliza desde Janeiro de 2018 (Nota RFB/Suara/Corec nº 2, de 9 de janeiro de 2018), a

Versão Web do programa. Esta é denominada de PER/DCOMP Web que pode ser acessada pelo Portal

e-CAC.Com a PERD/COMP Web é possível recuperar automaticamente informações constantes na

base de dados da SRF; consultar rascunhos e documentos transmitidos em qualquer computador com

acesso à internet; imprimir em PDF a segunda via do PER/DCOMP e o recibo de transmissão; consultar,

retificar e cancelar documentos transmitidos; além de dispensar a instalação e atualização das tabelas

do programa no computador do usuário.

A cooperativa pode utilizar tanto o PER/DCOMP Web, com acesso no portal e-CAC, quanto do

programa PGD PER/DCOMP, não havendo até o momento qualquer restrição ao uso de ambos. O PGD

PER/DCOMP está disponível no site da Receita Federal para download.

O novo aplicativo tem por objetivo facilitar o preenchimento do PER/DCOMP pelo contribuinte e reduzir

a possibilidade de erros e inconsistências, diminuindo intimações, despachos decisórios e litígios. A

RFB disponibilizada o manual de preenchimento, com exemplos práticos no link:

http://receita.economia.gov.br/orientacao/tributaria/restituicao-ressarcimento-reembolso-e-

compensacao/perdcomp/perdcomp-web

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RELAÇÃO COOPERATIVA X COOPERADO

Todo associado pode cooperar com a gestão da instituição, participando de suas assembleias e

colaborando na tomada de decisões. Cooperativas são geridas democraticamente por todos os seus

associados. Assim, todos têm o mesmo poder de voto, independentemente de suas participações.

Vínculo trabalhista

Cooperar é uma forma de crescer em consonância com pessoas que possuem o mesmo objetivo, o

que se traduz em melhores resultados com menores custos. Isso permite que os ganhos sejam

partilhados de forma proporcional entre os associados, o que comumente se chama de distribuição

das sobras.

Portanto, não há pagamento de salários nem de valores fixos aos cooperados, nem aos associados

eleitos para os órgãos administrativos, conselho fiscal e presidência, pois a Lei 5.764/1971, em seu

art. 90, dispõe que “qualquer que seja o tipo de cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela

e seus associados”. Isso vai ao encontro do disposto na CLT, incluindo-se a relação da

responsabilidade empregatícia para com os tomadores de serviços e os associados:

Parágrafo único – Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela (art. 442 – DECRETO-LEI º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943).

Contudo, por se igualarem às demais empresas em relação aos empregados por intermédio de

contrato de trabalho, é permitido às cooperativa de pais e responsáveis contratar funcionários,

obedecendo a legislação trabalhista e previdenciária (Art. 91, Lei 5.764/71). Existirá, então, vínculo

empregatício entre professores, auxiliares etc.

Tributação incidente sobre as sobras distribuídas

Nas cooperativas de pais e responsáveis que realizam operações de vendas ou prestação de serviços

a terceiros, às sobras são acrescidos os recursos obtidos pela sociedade como resultado das

transações com o mercado (produto dos serviços prestados e das vendas, reduzido dos tributos,

despesas administrativas e de vendas etc.). Neste caso, o retorno das sobras tem duas naturezas

distintas:

1. devolução de recursos não utilizados, não correspondendo, portanto, a acréscimo patrimonial

para o associado (PN CST 522/1970);

2. resultado de operações mercantis realizadas pela cooperativa, em nome de seus associados,

podendo resultar em acréscimo patrimonial para o associado, após deduzidas as despesas

e custos inerentes, tributável na fonte e na declaração do associado, quando da respectiva

distribuição.

Assim, destaque-se que é relativa à “isenção” que as cooperativas gozam de seus resultados, pois as

respectivas sobras são tributadas nas pessoas dos associados cooperados.

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Devido à não incidência do Imposto de Renda sobre as sociedades cooperativas que obedecerem ao

disposto na legislação específica quanto aos atos cooperativos, visto que o retorno pertence aos

cooperados e não à pessoa jurídica, é coerente que a tributação recaia aos associados, caso contrário,

seria este um rendimento de capital ou de trabalho, livre de tributação.

Portanto, para fins de Imposto de Renda Pessoa Física, as sobras distribuídas são consideradas fato

gerador incidente para este imposto, por constituírem rendimento tributável o produto do capital, do

trabalho ou a combinação de ambos (§ 1º, art. 3, Lei n.º 7.713/1988).

No caso das cooperativas de pais e responsáveis, as sobras decorrem dos serviços de ensino, sendo

estes não executados pelos pais associados, não caracterizados assim como cooperativa de trabalho.

Logo, pode-se dizer que não constituem fato gerador para incidência da Contribuição Previdenciária.

A distribuição de resultados oriundos de operações de atos não cooperativos (limitado ao resultado

obtido de aplicações financeiras e de equivalência patrimonial), que foram tributadas pelo IRPJ e CSLL,

não se sujeita a qualquer retenção na fonte e também não integra o lucro tributável do beneficiário,

conforme o art. 10 da Lei n.º 9.249/1995.

Desta forma, os resultados recebidos pelo cooperado, decorrentes de sobras líquidas oriundas de

operações cooperativadas com o mercado, devem ser submetidos à tributação pelo Imposto de Renda

da pessoa física (segundo a tabela de IR Fonte) e, no caso de associado pessoa jurídica, serão

tributados nesta, tanto pelo IRPJ como pela CSLL.

Tributação incidente sobre os juros sobre capital próprio

A IN RFB n.º 1.869/2019, publicada no DOU em 28 de janeiro de 2019, altera a tributação dos juros

pagos pelas cooperativas aos seus associados.

Por força da nova redação dada aos mencionados dispositivos, os juros pagos pelas cooperativas a

seus associados como remuneração do capital social, que até então estavam sujeitos à tributação

exclusiva na fonte, passarão a ser tributados pelo IRRF, calculado por tabela progressiva mensal, a

título de antecipação do devido na Declaração de Ajuste Anual. A base de cálculo e o limite legal

adotado pelas cooperativas tem respaldo no §3º, art. 24 da Lei n.º 5.764/1971:

Art. 24. O capital social será subdividido em quotas- partes, cujo valor unitário não poderá ser superior ao maior salário mínimo vigente no País. (...) § 3º É vedado às cooperativas distribuírem qualquer espécie de benefício às quotas-partes do capital ou estabelecer outras vantagens ou privilégios, financeiros ou não, em favor de quaisquer associados ou terceiros excetuando-se os juros até o máximo de 12% (doze por cento) ao ano que incidirão sobre a parte integralizada.

O efetivo pagamento ou crédito dos juros fica condicionado à existência de lucros, computados antes

da dedução dos juros, ou de lucros acumulados e reservas de lucros, em montante igual ou superior ao

valor de duas vezes os juros a serem pagos ou creditados (§ 1º).

O RIR/2018 em seu Art. 357, deixa claro que os juros pagos ou capitalizados pelas cooperativas de até

12% ao ano são dedutíveis para fins de Imposto de Renda. Entretanto, considerando que nas

cooperativas a tributação recai somente sobre os resultados dos atos não cooperativos, a dedutibilidade

dos juros fica limitada à parcela classificada no ato não cooperativo com base em rateio pela

proporcionalidade das receitas.

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Riscos tributários

Todos os pontos abordados na relação entre cooperativa e cooperado, de modo geral, convergem para

o risco principal relacionado à descaracterização da cooperativa, refletindo em impactos tributários, civis

e criminais que consequentemente podem levar ao encerramento das atividades da cooperativa.

Dessa forma, a regular constituição, a observação dos princípios cooperativos, o cuidado com os

requisitos operacionais, a correta e íntegra escrituração contábil e o atendimento tempestivo das

obrigações tributárias apresentadas neste Manual correspondem à melhor forma de gerir riscos fiscais

inerentes às atividades das cooperativas de pais e responsáveis.

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GLOSSÁRIO

A

ADE – Ato Declaratório Executivo

ADI – Ato Declaratório Interpretativo

ASO – Atestado de Saúde Ocupacional

B

BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social

C

Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica

Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

CAT – Comunicado de Acidente de Trabalho

Ceco – Conselho Consultivo Nacional do Ramo Crédito da OCB

CEI – Cadastro Específico do INSS

CF – Constituição Federal

CIAP – Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente

Cide – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico

CLT – Consolidação das Leis do Trabalho

CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas

CNCOOP – Confederação Nacional das Cooperativas

CNPJ – Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica

Codac – Coordenação-Geral de Arrecadação e Cobrança

Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

Cofis – Coordenação Geral de Fiscalização

Confaz – Conselho Nacional de Política Fazendária

Cosit – Coordenação-Geral de Tributação

CPF – Cadastro de Pessoa Física

CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira

CPRB – Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta

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CPSS – Contribuição de Plano de Seguridade do Servidor Público

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

CST – Código de Situação Tributária

CTN – Código Tributário Nacional

D

Dacon – Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais

Darf – Documento de Arrecadação de Receitas Federais

DCTF – Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais

DCTFWEB – Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais, Contribuições Previdenciárias, de Outras Entidades e Fundos e IRRF

DF – Distrito Federal

Difal – Diferencial de Alíquotas

Dime – Declaração de Informações do ICMS e Movimento Econômico

DIPJ – Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica

Dirf – Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte

DOU – Diário Oficial da União

E

E.Lacs – Livro de Apuração da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido Eletrônico

E.Lalur – Livro de Apuração do Lucro Real Eletrônico

eSocial – Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas

ECD – Escrituração Contábil Digital

ECF – Escrituração Contábil Fiscal

EFD – Escrituração Fiscal Digital

F

FAP – Fator Acidentário de Prevenção

Fates – Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social

FCONT – Controle Fiscal Contábil de Transição

FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

FPAS – Fundo de Previdência e Assistência Social

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G

GFIP – Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social

GIA – Guia de Informação e Apuração

GIL-RAT – Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos do Ambiente de Trabalho

GPS – Guia da Previdência Social

GRCS – Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical

I

IN – Instrução Normativa

Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agraria

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social

IOF – Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro.

IPTU – Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana

IRPJ – Imposto de Renda da Pessoa Jurídica

IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte

ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

L

Lacs – Livro de Apuração da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

Lalur – Livro de Apuração do Lucro Real

LC – Lei Complementar

M

MP – Medida Provisória

MTPS – Ministério do Trabalho e Previdência Social

N

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NBCT – Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas

NFS – Nota Fiscal de Serviço

NFS.E – Nota Fiscal de Serviço Eletrônica

O

OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras

P

PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PER/DCOMP – Programa Pedido Eletrônico de Ressarcimento ou Restituição e Declaração de Compensação

PF – Pessoa Física

PGD – Programa Gerador da Declaração

PIS/Pasep – Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público

PLC – Projeto de Lei Complementar

PN – Parecer Normativo

R

Rais – Relação Anual de Informações Sociais

RAT – Risco Ambiental do Trabalho

REB – Registro Especial Brasileiro

Reinf – Retenções e Informações da Contribuição Previdenciária Substituída

RFB – Receita Federal do Brasil

RIR – Regulamento do Imposto de Renda

RTT – Regime Tributário de Transição

S

SAT – Seguro de Acidente do Trabalho

Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

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Sefip – Sistema Empresa de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações a Previdência Social

Senac – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural

Senat – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

Sesc – Serviço Social do Comércio

Sescoop – Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo

Sesi – Serviço Nacional da Indústria

SEST – Serviço Social do Transporte

Siafi – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal

Sinief – Sistema Nacional de Informações Econômicas e Fiscais

Siscomex – Sistema Integrado de Comércio Exterior

Siscoserv – Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que produzam Variações no Patrimônio

Sped – Sistema Público de Escrituração Digital

SRF – Secretaria da Receita Federal

ST – Substituição Tributária

STF – Supremo Tribunal Federal

STJ – Superior Tribunal de Justiça

U

UF – Unidade da Federação

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971. Define a Política Nacional de Cooperativismo, institui

o regime jurídico das sociedades cooperativas, e dá outras providências. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5764.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Decreto n.º 9.580, de 22 de novembro de 2018. Regulamenta a tributação, a fiscalização, a arrecadação e a administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9580.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Decreto-Lei nº 5.452, de 01 de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB nº 1.869, de 25 de janeiro de 2019. Altera a Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, que dispõe sobre normas gerais de tributação relativas ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 jan. 2019. Seção 1, p. 84. Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=98305. Acesso em: mai/2019.

______. Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995. Altera a legislação do imposto de renda das pessoas jurídicas, bem como da contribuição social sobre o lucro líquido, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9249.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988. Altera a legislação do imposto de renda e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7713.htm. Acesso em: mai/2019..

______. Parecer Normativo CST nº 522, de 08 de dezembro de 1970. a) Não são considerados como rendimentos, importâncias devolvidas pelas cooperativas aos seus associados como retorno ou sobra, não sendo, portanto, tributáveis nas pessoas físicas dos associados beneficiados com a restituição. b) quanto à prestação de informações às repartições da Secretaria da Receita Federal é dispensável a indicação dos nomes dos beneficiários com o retorno ou sobra, de vez que trata-se de rendimento não sujeito à imposto. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 dez. 1970. Seção 1, p. 1. Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=31009. Acesso em: mai/2019.

______. Nota RFB/Suara/Corec nº 2, de 9 de janeiro de 2018. PER/DCOMP Web. Disponível em: https://receita.economia.gov.br/interface/lista-de-servicos/restituicao-e-compensacao/per-dcomp/acessar-perdcomp-web/nota-corec-no-02-2018.pdf. Acesso em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB nº 1.717, de 17 de julho de 2017 (Alterado(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1810, de 13 de junho de 2018). Estabelece normas sobre restituição, compensação, ressarcimento e reembolso, no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 jul. 2017. Seção 1, p. 25. Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=84503. Acesso em: mai/2019.

______. Lei nº 5.172, de 22 de outubro de 1996. Código Tributário Nacional. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm. Acesso em: mai/2019.

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93

______. Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1981. Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/l8212cons.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. Dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8036consol.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB nº 880, de 16 de outubro de 2008 (Alterado(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1805, de 04 de maio de 2018). Altera o Manual da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP) e do Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 out. 2008. Seção, p. 25. Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=15840. Acesso em: mai/2019.

______. Lei nº 4.923, de 23 de dezembro de 1965. Institui o Cadastro Permanente das Admissões e Dispensas de Empregados, Estabelece Medidas Contra o Desemprego e de Assistência aos Desempregados, e dá outras Providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4923.htm. Acesso em: mai/2019.

______. PORTARIA MTE Nº 1.129, de 23 de julho de 2014. Aprova instruções para a prestação de informações pelo empregador, relativas a movimentações de empregados. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 jul. 2014. Disponível em: http://www.normaslegais.com.br/legislacao/Portaria-mte-1129-2014.htm. Acesso em: mai/2019.

______. PORTARIA MTE Nº 688, de 24 de abril de 2009. Altera a Portaria MTE nº 14, de 10 de fevereiro de 2006, que aprova normas para a imposição da multa administrativa variável prevista no art. 25 da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, pelo descumprimento da obrigação de declaração da Relação Anual de Informações Sociais - RAIS. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 abr. 2009. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=218547. Acesso em: mai/2019.

______. PORTARIA ME Nº 39, de 14 de fevereiro de 2019. Aprova instruções para a declaração da Relação Anual de Informações Sociais - RAIS ano-base 2018. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 fev. 2019. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=374842. Acesso em: mai/2019.

______. Decreto n.º 76.900, de 23 de dezembro de 1975. Institui a Relação Anual de Informações Sociais – RAIS e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D76900.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Portaria da Secretária Especial de Previdência e Trabalho - SEPREVT n.º 716, de 04 de julho de 2019. Dispõe sobre o cronograma de implantação do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 05 jul. 2019. Disponível em: http://www.normaslegais.com.br/legislacao/Portaria-seprevt-716-2019.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Decreto n.º 8.373, de 11 de dezembro de 2014. Institui o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas - eSocial e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/decreto/d8373.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB n.º 1.787, de 07 de fevereiro de 2018. Dispõe sobre a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Previdenciários e de Outras Entidades e Fundos (DCTFWeb). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 08 fev. 2018. Seção 1, p. 54. Disponível em: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=89949. Acesso em: mai/2019.

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______. Instrução Normativa RFB n.º 971, de 13 de novembro de 2009. Dispõe sobre normas gerais de tributação previdenciária e de arrecadação das contribuições sociais destinadas à Previdência Social e as destinadas a outras entidades ou fundos, administradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 nov. 2009. Seção, p. 35. Disponível em http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=15937. Acesso em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB n.º 1.599, de 11 de dezembro de 2015. (Alterado(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1787, de 07 de fevereiro de 2018). Dispõe sobre a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 14 dez. 2015. Seção 1, p. 32. Disponível em http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=70249. Acesso em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB n.º 1.863, de 27 de dezembro de 2018. Dispõe sobre o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 dez. 2018. Seção 1, p. 354. Disponível em http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=97729. Acesso em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB n.º 1.836, de 03 de outubro de 2018. Dispõe sobre a Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte relativa ao ano-calendário de 2018 e a situações especiais ocorridas em 2019 (Dirf 2019) e sobre o Programa Gerador da Dirf 2019 (PGD Dirf 2019). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 08 out. 2018. Seção 1, p. 56. Disponível em http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=95544. Acesso em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB n.º 197, de 10 de setembro de 2002. Dispõe sobre as multas

aplicáveis aos casos de atraso, falta de apresentação e irregularidades no preenchimento da

Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 set.

2002. Seção, p. 20. Disponível em

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=15065. Acesso

em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB n.º 995, de 22 de janeiro de 2010. Altera a Instrução Normativa

RFB nº 969, de 21 de outubro de 2009, que dispõe sobre a obrigatoriedade de apresentação de

declarações com assinatura digital, efetivada mediante utilização de certificado digital válido, nos casos

em que especifica. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jan. 2010. Seção, p. 68. Disponível em

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=15961. Acesso

em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB n.º 1.701, de 14 de março de 2017. Alterada pelas Instrução

Normativa RFB nº 1767, de 14 de dezembro de 2017 e Instrução Normativa RFB nº 1842, de 29 de

outubro de 2018. Institui a Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-

Reinf). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 mar. 2017. Seção 1, p. 54. Disponível em

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=81226. Acesso

em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB n.º 1.876, de 14 de março de 2019. Altera a Instrução Normativa

RFB nº 1.252, de 1 de março de 2012, que dispõe sobre a Escrituração Fiscal Digital das Contribuições

Incidentes sobre a Receita (EFD-Contribuições). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 mar. 2019.

Seção 1, p. 20. Disponível em

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=99224. Acesso

em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB n.º 1.252, de 01 de março de 2012. Alterada pela Instrução

Normativa RFB nº 1280, de 13 de julho de 2012, Instrução Normativa RFB nº 1305, de 26 de dezembro

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de 2012, Instrução Normativa RFB nº 1387, de 21 de agosto de 2013 e Instrução Normativa RFB nº

1876, de 14 de março de 2019. Dispõe sobre a Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o

PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição

Previdenciária sobre a Receita (EFD-Contribuições). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 02 mar. 2012.

Seção, p. 31. Disponível em

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=37466. Acesso

em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB n.º 1.422, de 19 de dezembro de 2013. Alterada pelas Instrução

Normativa RFB nº 1489, de 13 de agosto de 2014, Instrução Normativa RFB nº 1524, de 08 de

dezembro de 2014, Instrução Normativa RFB nº 1574, de 24 de julho de 2015, Instrução Normativa

RFB nº 1595, de 01 de dezembro de 2015, Instrução Normativa RFB nº 1633, de 03 de maio de 2016,

Instrução Normativa RFB nº 1659, de 13 de setembro de 2016, Instrução Normativa RFB nº 1770, de

18 de dezembro de 2017 e Instrução Normativa RFB nº 1821, de 30 de julho de 2018. Dispõe sobre a

Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 dez. 2013. Seção 1, p. 38.

Disponível em

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=48711. Acesso

em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB n.º 1.774, de 22 de dezembro de 2017. Retificada em 28 de

dezembro de 2017 e Alterada pelas Instrução Normativa RFB nº 1856, de 13 de dezembro de 2018 e

Instrução Normativa RFB nº 1894, de 16 de maio de 2019. Dispõe sobre a Escrituração Contábil Digital

(ECD). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 dez. 2017. Seção 1, p. 45. Disponível em

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=88912. Acesso

em: mai/2019.

______. Decreto n.º 9.555, de 06 de novembro de 2018. Dispõe sobre a autenticação de livros

contábeis de pessoas jurídicas não sujeitas ao Registro do Comércio. Diário Oficial da União, Brasília,

DF, 07 nov. 2018. Disponível em http://www.normaslegais.com.br/legislacao/decreto-9555-2018.htm.

Acesso em: mai/2019.

______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 5 de outubro de 1988.

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em:

mai/2019.

______. Lei Complementar n.º 116, de 31 de julho de 2003. Dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços

de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, e dá outras providências.

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp116.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Lei n.º 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Altera a Legislação Tributária Federal e dá outras

providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.833.htm. Acesso em:

mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB n.º 459, de 17 de outubro de 2004. Retificada em 10 de dezembro

de 2004 e alterada pelas Instrução Normativa RFB nº 765, de 02 de agosto de 2007, Instrução

Normativa RFB nº 791, de 10 de dezembro de 2007 e Instrução Normativa RFB nº 1151, de 03 de maio

de 2011. Dispõe sobre a retenção de tributos e contribuições nos pagamentos efetuados pelas pessoas

jurídicas de direito privado a outras pessoas jurídicas pela prestação de serviços. Diário Oficial da União,

Brasília, DF, 24 out. 2004. Seção, p. 21. Disponível em

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=15365. Acesso

em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB n.º 765, de 02 de agosto de 2007. Alterada pela Instrução

Normativa RFB nº 1234, de 11 de janeiro de 2012. Dispõe sobre a dispensa de retenção do imposto de

Page 96: Manual Tributário para Cooperativas Educacionais de · enquadramento tributário, estabeleceu três regimes de apuração: lucro real, presumido ou arbitrado. Desde que não se enquadrem

96

renda na fonte sobre as importâncias pagas ou creditadas a pessoas jurídicas inscritas no Regime

Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e

Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), e altera o art. 3º da Instrução Normativa SRF nº 480,

de 15 de dezembro de 2004, e o art. 3º da Instrução Normativa SRF nº 459, de 18 de outubro de 2004.

Diário Oficial da União, Brasília, DF, 09 ago. 2007. Seção, p. 32. Disponível em

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=15713. Acesso

em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB n.º 1.234, de 11 de janeiro de 2012. Alterada pelas Instrução

Normativa RFB nº 1244, de 30 de janeiro de 2012, Instrução Normativa RFB nº 1540, de 05 de janeiro

de 2015, Instrução Normativa RFB nº 1552, de 02 de março de 2015, Instrução Normativa RFB nº 1636,

de 06 de maio de 2016 e Instrução Normativa RFB nº 1663, de 07 de outubro de 2016. Dispõe sobre a

retenção de tributos nos pagamentos efetuados pelos órgãos da administração pública federal direta,

autarquias e fundações federais, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais pessoas

jurídicas que menciona a outras pessoas jurídicas pelo fornecimento de bens e serviços. Diário Oficial

da União, Brasília, DF, 12 jan. 2012. Seção 1, p. 22. Disponível em

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=37200. Acesso

em: mai/2019.

______. Lei n.º 11.933, de 28 de abril de 2009. Altera a Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de

agosto de 2001, as Leis nos 10.637, de 30 de dezembro de 2002, 10.833, de 29 de dezembro de 2003,

8.383, de 30 de dezembro de 1991, 11.196, de 21 de novembro de 2005, 8.212, de 24 de julho de 1991,

10.666, de 8 de maio de 2003, e 11.907, de 2 de fevereiro de 2009; revoga dispositivos das Leis nos

11.033, de 21 de dezembro de 2004, 11.488, de 15 de junho de 2007, e 8.850, de 28 de janeiro de

1994, para alterar o prazo de pagamento dos impostos e contribuições federais que especifica, reduzir

a base de cálculo da contribuição do produtor rural na venda dos produtos que especifica e efetuar

ajustes na tributação do cigarro; e dá outras providências. Disponível em

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11933.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Lei n.º 9.250, de 26 de dezembro de 1995. Altera a legislação do imposto de renda das

pessoas físicas e dá outras providências. Disponível em

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9250.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência

Social e dá outras providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm.

Acesso em: mai/2019.

______. Decreto n.º 3.048, de 06 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da Previdência Social, e

dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/decreto/D3048.htm.

Acesso em: mai/2019.

______. Medida Provisória n.º 2.168-40, de 24 de agosto de 2001. Dispõe sobre o Programa de

Revitalização de Cooperativas de Produção Agropecuária - RECOOP, autoriza a criação do Serviço

Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - SESCOOP, e dá outras providências. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2168-40.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Instrução Normativa n.º 1.867, de 25 de janeiro de 2019. Altera a Instrução Normativa RFB

nº 971, de 13 de novembro de 2009, que dispõe sobre normas gerais de tributação previdenciária e de

arrecadação das contribuições sociais destinadas à Previdência Social e das destinadas a outras

entidades e fundos, administradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Diário Oficial da União,

Brasília, DF, 28 jan. 2019. Seção 1, p. 64. Disponível em

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=98303. Acesso

em: mai/2019.

Page 97: Manual Tributário para Cooperativas Educacionais de · enquadramento tributário, estabeleceu três regimes de apuração: lucro real, presumido ou arbitrado. Desde que não se enquadrem

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______. Portaria n.º 420, de 27 de setembro de 2017. Divulga os róis dos percentis de frequência,

gravidade e custo, por Subclasse da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0,

calculados em 2017; fixa a data e a forma de disponibilização do resultado do processamento do Fator

Acidentário de Prevenção - FAP em 2017, com vigência para o ano de 2018; e dispõe sobre o

processamento e julgamento das contestações e recursos apresentados pelas empresas em face dos

índices FAP a elas atribuídos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 set. 2017. Seção 1, p. 50.

Disponível em

http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=28/09/2017&jornal=1&pagina=50&total

Arquivos=164. Acesso em: mai/2019.

______. Lei n.º 13.670, de 30 de maio de 2018. Altera as Leis nºs 12.546, de 14 de dezembro de 2011,

quanto à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.218, de

29 de agosto de 1991, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 10.833, de 29 de dezembro de 2003, 10.865,

de 30 de abril de 2004, e 11.457, de 16 de março de 2007, e o Decreto-Lei nº 1.593, de 21 de dezembro

de 1977. Diário Oficial da União, Brasília, DF - Edição Extra de 30/05/2018. P. 1, col. 1. Disponível em

https://legis.senado.leg.br/norma/26918796/publicacao/26921098. Acesso em: mai/2019.

______. Lei n.º 9.430, de 27 de dezembro de 1996. Dispõe sobre a legislação tributária federal, as

contribuições para a seguridade social, o processo administrativo de consulta e dá outras providências.

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9430.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Parecer Normativo CST n.º 114, de 29 de dezembro de 1978. IMPOSTO SOBRE A RENDA

E PROVENTOS MNTPJ – 2.20.04.00 – Lucro da Exploração 2.20.12.00 – Resultados Não

Operacionais. Além dos casos expressamente previstos na legislação, são não operacionais os

resultados decorrentes de alienação, baixa ou liquidação de bens ou direitos integrantes do ativo

permanente da pessoa jurídica. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jan. 1979. Seção 1, p. 0.

Disponível em

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=80806. Acesso

em: mai/2019.

______. Instrução Normativa RFB n.º 1.881, de 03 de abril de 2019. Altera a Instrução Normativa

RFB nº 1.700, de 14 de março de 2017, que dispõe sobre IRPJ, CSLL, Contribuição para o PIS/Pasep

e Cofins. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 05 abr. 2019. Seção 1, p. 65. Disponível em

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=99916. Acesso

em: mai/2019.

______. Solução de Consulta COSIT n.º 102, de 17 de agosto de 2018. ASSUNTO: Imposto sobre a

Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ EMENTA: SOCIEDADES COOPERATIVAS - ATOS NÃO

COOPERATIVOS – RENDIMENTOS DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS - INCIDÊNCIA. ASSUNTO:

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL EMENTA: SOCIEDADES COOPERATIVAS - ATOS

NÃO COOPERATIVOS – RENDIMENTOS DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS - INCIDÊNCIA.

Disponível em:

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=94271. Acesso

em: mai/2019.

______. Instrução Normativa SRF n.º 11, de 21 de fevereiro de 1996. Dispõe sobre a apuração do

imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas a partir do ano-calendário

de 1996. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 fev. 1996. Seção, p. 2856. Disponível em:

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?idAto=13034&visao=anotado. Acesso

em: mai/2019.

Page 98: Manual Tributário para Cooperativas Educacionais de · enquadramento tributário, estabeleceu três regimes de apuração: lucro real, presumido ou arbitrado. Desde que não se enquadrem

98

______. Instrução Normativa RFB n.º 1.700, de 14 de março de 2017. Dispõe sobre a determinação

e o pagamento do imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido das pessoas

jurídicas e disciplina o tratamento tributário da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no que se

refere às alterações introduzidas pela Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014. Diário Oficial da União,

Brasília, DF, 16 mar. 2017. Seção 1, p. 23. Disponível em:

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=81268. Acesso

em: mai/2019.

______. Lei n.º 9.532, de 10 de dezembro de 1997. Altera a legislação tributária federal e dá outras

providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9532.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Lei n.º 8.981, de 20 de janeiro de 1995. Altera a legislação tributária federal e dá outras

providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8981.htm. Acesso em:

mai/2019.

______. Lei n.º 9.718, de 27 de novembro de 1998. Altera a Legislação Tributária Federal. Disponível

em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9718.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Lei n.º 12.814, de 16 de maio de 2013. Altera a Lei nº 12.096, de 24 de novembro de 2009,

quanto à autorização para concessão de subvenção econômica em operações de financiamento

destinadas a aquisição e produção de bens de capital e a inovação tecnológica e em projetos de

infraestrutura logística direcionados a obras de rodovias e ferrovias objeto de concessão pelo Governo

federal; altera a Lei nº 11.529, de 22 de outubro de 2007, quanto à concessão de subvenção econômica

em operações destinadas a financiamentos a diferentes setores da economia; altera a Lei nº 12.409,

de 25 de maio de 2011, quanto à concessão de subvenção econômica em financiamentos destinados

a beneficiários localizados em Municípios atingidos por desastres naturais; altera as Leis nºs 12.487,

de 15 de setembro de 2011, 9.718, de 27 de novembro de 1998, e 11.491, de 20 de julho de 2007;

prorroga os prazos previstos nas Leis nºs 12.249, de 11 de junho de 2010, e 11.941, de 27 de maio de

2009. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12814.htm. Acesso

em: mai/2019.

______. Lei n.º 7.689, de 15 de dezembro de 1988. Institui contribuição social sobre o lucro das

pessoas jurídicas e dá outras providências. Disponível em

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7689.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Lei n.º 10.865, de 30 de abril de 2004. Dispõe sobre a Contribuição para os Programas de

Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público e a Contribuição para o

Financiamento da Seguridade Social incidentes sobre a importação de bens e serviços e dá outras

providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-

2006/2004/Lei/L10.865.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Lei n.º 10.684, de 30 de maio de 2003. Altera a legislação tributária, dispõe sobre

parcelamento de débitos junto à Secretaria da Receita Federal, à Procuradoria-Geral da Fazenda

Nacional e ao Instituto Nacional do Seguro Social e dá outras providências. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.684.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Instrução Normativa SRF n.º 635, de 24 de março de 2006. Dispõe sobre a Contribuição

para o PIS/Pasep e a Cofins, cumulativas e não-cumulativas, devidas pelas sociedades cooperativas

em geral. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 abr. 2006. Seção , p. 27. Disponível em:

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=15573. Acesso

em: mai/2019.

______. Instrução Normativa SRF n.º 247, de 21 de novembro de 2002. Dispõe sobre a Contribuição

para o PIS/Pasep e a Cofins, devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado em geral. Diário Oficial

Page 99: Manual Tributário para Cooperativas Educacionais de · enquadramento tributário, estabeleceu três regimes de apuração: lucro real, presumido ou arbitrado. Desde que não se enquadrem

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da União, Brasília, DF, 26 nov. 2002. Seção , p. 47. Disponível em:

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=15123. Acesso

em: mai/2019.

______. Solução de Consulta COSIT n.º 206, de 16 de novembro de 2018. ASSUNTO:

CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS INSTITUIÇÃO DE

EDUCAÇÃO. ISENÇÃO. RECEITA DA ATIVIDADE PRÓPRIA. Disponível em:

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=97172. Acesso

em: mai/2019

______. Solução de Consulta COSIT n.º 105, de 25 de março de 2019. Assunto: Imposto sobre a

Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL. RESTITUIÇÃO.

JUROS SELIC. INCIDÊNCIA. Disponível em:

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=99738. Acesso

em: mai/2019

______. Medida Provisória n.º 2.158-35, de 24 de agosto de 2001. Altera a legislação das

Contribuições para a Seguridade Social - COFINS, para os Programas de Integração Social e de

Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP e do Imposto sobre a Renda, e dá outras

providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/2158-35.htm. Acesso em:

mai/2019.

______. Decreto n.º 4.524, de 17 de dezembro de 2002. Regulamenta a Contribuição para o

PIS/Pasep e a Cofins devidas pelas pessoas jurídicas em geral. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4524.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Lei n.º 10.676, de 22 de maio de 2003. Dispõe sobre a contribuição para o Programa de

Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP e da Contribuição

para Seguridade Social - COFINS devidas pelas sociedades cooperativas em geral. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.676.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Lei n.º 12.546, de 14 de dezembro de 2011. Institui o Regime Especial de Reintegração de

Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra); dispõe sobre a redução do Imposto

sobre Produtos Industrializados (IPI) à indústria automotiva; altera a incidência das contribuições

previdenciárias devidas pelas empresas que menciona; altera as Leis nº 11.774, de 17 de setembro de

2008, nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004, nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, nº 10.865, de 30

de abril de 2004, nº 11.508, de 20 de julho de 2007, nº 7.291, de 19 de dezembro de 1984, nº 11.491,

de 20 de junho de 2007, nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e nº 9.294, de 15 de julho de 1996, e a

Medida Provisória nº 2.199-14, de 24 de agosto de 2001; revoga o art. 1º da Lei nº 11.529, de 22 de

outubro de 2007, e o art. 6º do Decreto-Lei nº 1.593, de 21 de dezembro de 1977, nos termos que

especifica; e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-

2014/2011/Lei/L12546.htm. Acesso em: mai/2019.

______. Parecer Normativo CST n.º 49, de 25 de agosto de 1987. Disponível em:

https://www.normasbrasil.com.br/norma/parecer-normativo-49-1987_92910.html. Acesso em:

mai/2019.

______. Solução de Consulta DISIT/SRRF05 nº 5001, de 28 de janeiro de 2019. Assunto: Imposto

sobre a Renda Retido na Fonte – IRRF. REMUNERAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL. JUROS.

COOPERATIVA. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 07 fev. 2019. Seção 1, p. 19. Disponível em:

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=98533. Acesso

em: mai/2019.

Page 100: Manual Tributário para Cooperativas Educacionais de · enquadramento tributário, estabeleceu três regimes de apuração: lucro real, presumido ou arbitrado. Desde que não se enquadrem

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______. Solução de Consulta COSIT n.º 18, de 01 de março de 2016. ASSUNTO: NORMAS GERAIS

DE DIREITO TRIBUTÁRIO. EMENTA: ATO COOPERATIVO. DEFINIÇÃO. ASSUNTO:

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO – CSLL. EMENTA: PRESTAÇÃO DE

SERVIÇOS POR COOPERATIVA A NÃO ASSOCIADOS. TRIBUTAÇÃO PELA CSLL. Diário Oficial da

União, Brasília, DF, 30 mar. 2016. Seção 1, p. 25. Disponível em:

http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=72572. Acesso

em: mai/2019.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. ITG 2004 - Entidade Cooperativa. NORMA

BRASILEIRA DE CONTABILIDADE ITG/CFC Nº 2004 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2017. Disponível

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Acesso em: jan/2019.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Circular nº 694, de 25 de setembro de 2015. Estabelece os

procedimentos referentes a obrigatoriedade de recolhimento do FGTS pelo empregador doméstico e

divulga a versão 2 do Manual de Orientação ao Empregador – Recolhimentos Mensais e Rescisórios

ao FGTS e das Contribuições Sociais. Disponível em: http://www.caixa.gov.br/Downloads/FGTS-

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PER/DCOMP - Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação. Receita Federal do Brasil. Disponível em: http://receita.economia.gov.br/orientacao/tributaria/restituicao-ressarcimento-reembolso-e-compensacao/perdcomp. Acesso em: mai/2019.

Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social. Receita Federal do Brasil, por Subsecretaria de Arrecadação e Atendimento — publicado 22/05/2015 14h44, última modificação 08/02/2018 16h06. Disponível em: http://receita.economia.gov.br/orientacao/tributaria/declaracoes-e-demonstrativos/gfip-sefip-guia-do-fgts-e-informacoes-a-previdencia-social-1. Acesso em: mai/2019.