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Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno de Aeródromos 1
CONTEÚDO
LISTA DE ABREVIAÇÕES .....................................................................................3
DEFINIÇÕES ........................................................................................................4
1. APRESENTAÇÃO..............................................................................................................10
2. ASPECTOS LEGAIS..........................................................................................................12
2.1. EMBASAMENTO JURÍDICO...................................................................................................13
2.1.1. Constituição Federal .............................................................................................. 13
2.1.2. Código Brasileiro de Aeronáutica ..........................................................................14
2.1.3. Portaria nº 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987............................................ 15
2.1.4. Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica nº 139 ............................. 16
2.1.5. Resolução CONAMA nº 4, de 09 de outubro de 1995 .......................................... 17
3. ZONA DE PROTEÇÃO DE AERÓDROMO (ZPA)............................................................18
3.1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................18
3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO ....................................................................................................... 18
3.3. METODOLOGIA ...................................................................................................................18
3.3.1. Tipos de Planos de Zona de Proteção de Aeródromo (PZPA)............................. 18
3.4. PROCEDIMENTOS PARA O ENCAMINHAMENTO DOS PROCESSOS .........................................26
4. ZONEAMENTO DE RUÍDO ...............................................................................................29
4.1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................29
4.2. OBJETIVO ESPECÍFICO ....................................................................................................... 29
4.3. METODOLOGIA ...................................................................................................................29
4.3.1. Tipos de Planos de Zoneamento de Ruído (PZR) ................................................ 30
4.4. PROCEDIMENTOS PARA O ENCAMINHAMENTO DOS PROCESSOS .........................................39
4.5. FLUXOGRAMA - PROCEDIMENTOS E AUTORIZAÇÕES EM ÁREAS DO PZR ............................41
4.6. AUTORIZAÇÃO PARA APROVEITAMENTO DO SOLO EM ÁREA DO PZR ..................................42
5. ÁREA DE SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA (PERIGO AVIÁRIO) .................................48
5.1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................48
5.2. OBJETIVO ESPECÍFICO ....................................................................................................... 48
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Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno de Aeródromos 2
5.3. PROCEDIMENTOS ...............................................................................................................48
5.4. FLUXOGRAMA DO PERIGO AVIÁRIO.....................................................................................56
5.5. CHECKLIST PARA VERIFICAÇÃO DE FONTES DE ATRAÇÃO DE AVES EM ÁREAS
AEROPORTUÁRIAS .............................................................................................................57
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................................60
7. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL................................................................................................61
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Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno de Aeródromos 3
LISTA DE ABREVIAÇÕES
ASA Área de Segurança Aeroportuária
CENIPA Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes AeronáuticosCINDACTA Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo
COMAR Comando Aéreo Regional
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
DAC Departamento de Aviação Civil
DECEA Departamento de Controle do Espaço Aéreo
DGAC Diretor-Geral de Aviação Civil
DIPAA Divisão de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
DIRENG Diretoria de Engenharia da AeronáuticaEIA Estudos de Impacto Ambiental
GPS Global Position System
IAC Instituto de Aviação Civil
ICAO International Civil Aviation Organization
IFR Instrument Flight Rules
OACI Organização de Aviação Civil Internacional
PBZPA
PDIRPEZPA
PEZR
PZPA
PZR
RBHA
RIMA
SAC
SERAC
SERENG
SIE
SRPV
SUCOTAP
VFR
ZPA
Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromos
Plano Diretor AeroportuárioPlano Específico de Zona de Proteção de Aeródromos
Plano Específico de Zoneamento de Ruído
Plano de Zona de Proteção de Aeródromo
Plano de Zoneamento de Ruído
Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica
Relatório de Impacto Ambiental
Sistema de Aviação Civil
Serviço Regional de Aviação Civil
Serviço Regional de Engenharia
Subdepartamento de Infra-Estrutura
Serviço Regional de Proteção ao Vôo
Sistema Unificado de Cobrança e Arrecadação de Tarifas
Visual Flight Rules
Zona de Proteção de Aeródromo
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DEFINIÇÕES
Administração Aeroportuária Local
Órgão ou empresa responsável pela operação de um aeroporto com estrutura orga-nizacional definida e dedicada à gestão deste aeroporto.
Administração Aeroportuária Sede
Estrutura organizacional responsável pela administração, operação, manutenção e
exploração de um sistema de aeroportos.
Aeroporto
É todo aeródromo público dotado de instalações e facilidades para dar apoio às ae-
ronaves e ao embarque e desembarque de pessoas e cargas.
Aeródromo
É toda área destinada ao pouso, decolagem e movimentação de aeronaves.
Antrópico
Sobre a ação do homem.
Área I
Área do Plano de Zoneamento de Ruído, interior à curva de nível de ruído 1, onde o
nível de incômodo sonoro é potencialmente nocivo aos circundantes, podendo oca-
sionar problemas fisiológicos por causa das exposições prolongadas.
Área II
Área do Plano de Zoneamento de Ruído, compreendida entre as curvas de nível de
ruído 1 e 2, onde são registrados níveis de incômodo sonoro moderados.
Área III
Área do Plano de Zoneamento de Ruído, exterior à curva de nível de ruído 2, onde
normalmente não são registrados níveis de incômodo sonoro significativos.
Área Antropizada
Área que apresenta modificações das condições naturais em função das interven-
ções da atividade humana.
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Área de Movimento
Parte do aeródromo destinada ao pouso, decolagem e taxiamento de aeronaves, es-
tando integrada à área de manobras e aos pátios.
Área de Manobras
Parte do aeródromo destinada ao pouso, decolagem e táxi de aeronaves, excluídos
os pátios.
Área Patrimonial
Vide Sítio Aeroportuário
Aviação Regular
Aviação caracterizada por operações de caráter periódico das aeronaves pertencen-
tes aos transportadores aéreos, com o objetivo de explorar as linhas que foram es-
tabelecidas e aprovadas pelo Departamento de Aviação Civil (DAC).
Aviação Regular de Grande Porte
Tipo de aviação onde operam regularmente aeronaves equipadas com motores “tur-
bofan”, turbojato; jato puro ou turboélice, este com peso máximo de decolagem igual
ou superior a 40.000kg (quarenta mil quilos).
Exemplo de aeronaves:
a) a jato: B-737/200/300/500/700, B-747, B-767, A-300/310/320/430, F-100, DC-
10, MD-11, LEAR 25/35, HS-125, Legacy
b) turboélice 40.000 kg: ELECTRA II, BÚFALO (C-115), HÉRCULES (C-130)
Aviação Regular de Médio Porte
Tipo de aviação onde operam regularmente aeronaves equipadas com motores tur-
boélice ou pistão, com peso máximo de decolagem inferior a 40.000kg (quarenta milquilos) e igual ou superior a 9.000kg.
Exemplo de aeronaves:
EMB – 120 (Brasília), DASH 8, FOKKER 27/50, ATR-42
Aviação de Pequeno Porte
Tipo de aviação onde operam, não regularmente, aeronaves equipadas com moto-
res turboélice ou pistão, com peso máximo de decolagem inferior a 9.000 kg (novemil quilos).
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Exemplo de aeronaves:
EMB – 110 (Bandeirante), C-208 (Caravan), LET – 410
Bioma
Conjunto da fauna e flora de uma região.
Categoria I (para fins de Zoneamento de Ruído)
Pista de Aviação Regular de Grande Porte de Alta Densidade: – Pista na qual haja
ou esteja prevista, num período de até vinte anos, a operação de aeronaves da avi-
ação regular de grande porte, cuja soma de pousos e decolagens, existente ou pre-
vista, seja igual ou superior a 6.000 (seis mil) movimentos anuais ou que o número
de operações deste tipo de aviação, no período noturno, seja superior a dois movi-
mentos.
Categoria II (para fins de Zoneamento de Ruído)
Pista de Aviação Regular de Grande Porte de Média Densidade: – Pista na qual haja
ou esteja prevista, num período de até vinte anos, a operação de aeronaves da avi-
ação regular de grande porte, cuja soma de pousos e decolagens, existente ou pre-
vista, seja inferior a 6.000 (seis mil) movimentos anuais e que o número de opera-
ções deste tipo de aviação, no período noturno, não seja superior a dois movimentosou cuja soma de pousos e decolagens, existente ou prevista, seja inferior a 3.600
(três mil e seiscentos) movimentos anuais e que exista operação noturna, porém
com o número de operações deste tipo de aviação igual ou inferior a dois movimen-
tos.
Categoria III (para fins de Zoneamento de Ruído)
Pista de Aviação Regular de Grande Porte de Baixa Densidade – Pista na qual haja
ou esteja prevista, num período de até vinte anos, a operação de aeronaves da avi-ação regular de grande porte, cuja soma de pousos e decolagens, existente ou pre-
vista, seja inferior a 3.600 (três mil e seiscentos) movimentos anuais, sem operação
noturna deste tipo de aviação.
Categoria IV (para fins de Zoneamento de Ruído)
Pista de Aviação Regular de Médio Porte de Alta Densidade – Pista na qual haja ou
esteja prevista, num período de até vinte anos, a operação de aeronaves da aviação
regular de médio porte, cuja soma de pousos e decolagens, existente ou prevista,
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seja igual ou superior a 2.000 (dois mil) movimentos anuais ou em que o número de
operações deste tipo de aviação, no período noturno, seja superior a quatro movi-
mentos.
Categoria V (para fins de Zoneamento de Ruído)
Pista de Aviação Regular de Médio Porte de Baixa Densidade – Pista na qual haja
ou esteja prevista, num período de até vinte anos, a operação de aeronaves da avi-
ação regular de médio porte, cuja soma de pousos e decolagens, existente ou pre-
vista, seja inferior a 2.000 (dois mil) movimentos anuais ou em que o número de o-
perações deste tipo de aviação, no período noturno, seja igual ou inferior a quatro
movimentos.
Categoria VI (para fins de Zoneamento de Ruído)
Pista de Aviação de Pequeno Porte – Pista na qual haja ou esteja prevista, num pe-
ríodo de até vinte anos, somente operação de aviação não regular de pequeno por-
te.
Centro Geométrico do Aeródromo
Para efeito de aplicação da Resolução CONAMA nº 4/95, considera-se o centro da
pista de pouso e decolagem mais próxima da influência da atividade observada.Código de Pista
Código numérico determinado para a pista de pouso e decolagem de um aeródromo,
para fins de planejamento e de aplicação do Plano de Zona de Proteção, baseado
no Comprimento Básico da Pista.
Comprimento Básico de Pista
Comprimento de pista necessário para a decolagem da aeronave crítica, conside-rando peso máximo de decolagem, nível médio do mar, temperatura padrão e gradi-
ente de pista nulo.
Curva de Nível de Ruído 1
Linha Traçada a partir dos pontos nos quais o nível de incômodo sonoro é igual a
um valor predeterminado e especificado pelo DAC, em função da utilização prevista
para o aeródromo. O nível de incômodo sonoro representado por esta curva é maior
do que o representado pela Curva de Nível de Ruído 2.
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Curva de Nível de Ruído 2
Linha Traçada a partir dos pontos nos quais o nível de incômodo sonoro é igual a
um valor predeterminado e especificado pelo DAC, em função da utilização prevista
para o aeródromo. O nível de incômodo sonoro representado por esta curva é menor
do que o representado pela Curva de Nível de Ruído 1.
Dessedentação
Eliminação da sede.
Faixa de Pista
Área definida no aeroporto, que inclui a pista de pouso e as áreas de parada, se
houver, destinada a proteger a aeronave durante as operações de pouso e decola-gem e a reduzir o risco de danos à aeronave, em caso desta sair dos limites da pis-
ta.
Gabarito
Conjunto de superfícies imaginárias que delimita a altura das construções ou edifi-
cações dentro da Zona de Proteção de Aeródromo ou de Auxílio à Navegação Aé-
rea.
Heliponto
Aeródromos destinados exclusivamente a helicópteros.
Homologação
Processo no qual o DAC emite um ato administrativo que autoriza a abertura de um
aeródromo público ao tráfego aéreo.
Implantação de atividades de natureza perigosa
São aquelas entendidas como “foco de atração de pássaros”, como por exemplo
matadouros, curtumes, vazadouros de lixo, culturas agrícolas que atraem pássaros,
assim como quaisquer outras atividades que possam proporcionar riscos semelhan-
tes à navegação aérea (Resolução CONAMA nº 4/95).
Implantação de natureza perigosa
Toda aquela que produza ou armazene material explosivo ou inflamável, ou cause
perigosos reflexos, irradiações fumo ou emanações, a exemplo de usinas siderúrgi-cas e similares, refinarias de combustíveis, indústrias químicas, depósitos ou fábri-
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cas de gases, combustíveis ou explosivos, áreas cobertas de material refletivo, ma-
tadouros, vazadouros de lixo, culturas agrícolas que atraiam pássaros, assim como
outras que possam proporcionar riscos semelhantes à navegação aérea (Portaria nº
1.141/GM5).
Obstáculo
Acidente físico ou objeto de natureza temporária ou permanente, fixo ou móvel, ou
parte deste, situado em Zona de Proteção e que tenha altura superior ao gabarito fi-
xado pelos diversos Planos definidos na Portaria nº 1.141/GM5.
Pátio de Aeronaves
Parte da área operacional do aeroporto, destinada a abrigar aeronaves para fins de
embarque ou desembarque de passageiros, carga e/ou mala postal, reabastecimen-
to de combustível, estacionamento ou manutenção.
Sítio Aeroportuário
É toda a área patrimonial do aeroporto, onde estão contidas as instalações e os e-
quipamentos necessários ao atendimento das operações das aeronaves (pou-
so/decolagem), bem como o processamento de passageiros, bagagens e carga
(embarque/desembarque) na transferência modal entre os transportes de superfíciee o aéreo e vice-versa.
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MANUAL DE GERENCIAMENTO DO USO DO SOLO
NO ENTORNO DE AERÓDROMOS
1. APRESENTAÇÃO
Uma unidade aeroportuária pode trazer grandes benefícios para o município e
para a região onde está situada, gerando empregos, ampliando as possibilidades de
negócios e, portanto, induzindo e, até mesmo, acelerando o desenvolvimento dessa
região. Contudo, a presença de infra-estrutura aeroportuária impõe severas restri-
ções ao uso do solo na área situada em seu entorno, tanto para proteger a comuni-
dade como para preservar a capacidade operacional do sítio aeroportuário.
Um aeroporto necessita, para a sua operação, da implantação de infra-
estrutura básica, adequada ao seu pleno funcionamento, incluindo energia elétrica,
rede de esgoto, abastecimento de água, telefonia, correios, acesso rodoviário e
transporte urbano. Esta infra-estrutura, ao ser implantada em região desocupada e
relativamente distante do centro urbano, transforma o local numa ótima opção para a
expansão da malha urbana. Desse modo, o aeroporto atua como um forte indutor do
desenvolvimento urbano.
Deve-se ressaltar que a influência do aeroporto no desenvolvimento urbano
de uma localidade dependerá do porte da cidade. Aquelas menores e que apresen-
tam baixo grau de urbanização são mais sensíveis a este impacto, uma vez que, ge-
ralmente, carecem dessa infra-estrutura. Assim, à medida que se implanta a infra-
estrutura para viabilizar a construção do aeroporto, o fluxo natural de expansão e
ocupação urbana é vetorizado na sua direção, pois a população busca usufruir dasbenfeitorias implantadas.
Surge, então, o conflito de interesses e a necessidade de impor restrições ao
uso do solo, para evitar que a área do entorno do aeroporto seja ocupada com im-
plantações que possam limitar ou impedir as operações aéreas, induzindo a sua in-
terdição. Tais restrições têm por finalidade preservar a segurança na operação das
aeronaves e a possibilidade de expansão do aeroporto, assim como proteger a co-
munidade contra o incômodo sonoro e o risco de acidentes.
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Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno de Aeródromos 11
A proteção e a prevenção desta situação serão alcançadas, principalmente,
devido às restrições incluídas nos Planos de Zona de Proteção de Aeródromos
(ZPA) e de Zoneamento de Ruído (ZR), previstos pela Portaria nº1.141/GM5/87 e na
Área de Segurança Aeroportuária (ASA), definida na Resolução CONAMA nº4/95.
Por se tratar de atividade modificadora do meio ambiente, a implantação e a
operação de um aeroporto dependerá da elaboração dos Estudos de Impacto Ambi-
ental – EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, assim como do de-
senvolvimento do processo de Licenciamento Ambiental, estabelecidos respectiva-
mente pelas Resoluções CONAMA nº 1/86 e nº 237/97. Assim sendo, a adoção das
medidas preventivas e mitigadoras, bem como a implementação de programas de
acompanhamento e monitoramento dos impactos negativos identificados nos EI-
A/RIMA, também contribuem para a diminuição dos possíveis conflitos de interesse.
Conta-se ainda, com uma ativa participação das Administrações Municipais e
Estaduais nos processos de zoneamento urbano, de permissão para a instalação de
atividades humanas e da fiscalização do uso do solo, de forma a prevenir que as im-
plantações de novas atividades possibilitem situações de conflito com os usos pré-
existentes.
Nesse sentido, o presente manual tem por objetivo orientar o trato dos assun-
tos referentes ao aproveitamento das propriedades situadas no entorno dos aeró-
dromos, considerando as restrições acima referidas.
Deve-se ressaltar, contudo, que este documento não considera as questões
referentes aos Planos de Zona de Proteção e de Zoneamento de Ruído de helipon-
tos. Desta forma, a sua aplicação se restringe aos aeródromos destinados a aerona-
ves de asa fixa.
Nota Importante
As orientações constantes deste Manual não esgotam os assuntos abordados
e devem ser consideradas apenas como referência, haja vista a possibilidade
de ocorrerem mudanças na legislação em vigor posteriores à sua edição.
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2. ASPECTOS LEGAIS
A segurança operacional dos aeroportos tem sido motivo de grande
preocupação por parte da Organização Internacional de Aviação Civil (OACI), que,
recentemente, introduziu diversas modificações em suas normas, estabelecendo a
necessidade da certificação operacional dos aeroportos com tráfego internacional e
implementou um amplo Programa Universal de Auditoria em Segurança
Operacional, no intuito de reduzir os riscos nas operações aéreas.
Com relação ao controle e redução do Perigo Aviário, a referida auditoria irá
verificar o cumprimento das normas e recomendações estabelecidas em Anexos à
Convenção Internacional de Aviação Civil, ratificada pelo Brasil por meio do DecretoNº 24.713, de 27 ago. 1946, em especial o determinado pelo item 9.5 “Redução do
Perigo Aviário”, do Anexo 14 – Aeródromos, em sua Norma 9.5.4: “ A autoridade
competente tomará medidas para eliminar ou impedir que se instalem, nos
aeródromos ou em seus arredores, vazadouros de lixo ou qualquer outra fonte
que atraia aves, a menos que um estudo aeronáutico apropriado indique ser
improvável que tal atividade se constitua em um problema de perigo aviário.”
Com base nos aspectos mencionados anteriormente e, nos padrões interna-cionais e práticas recomendadas pela OACI, foram instituídas restrições para coibir a
implantação de empreendimentos inadequados nas áreas de entorno dos aeródro-
mos. Tais restrições encontram amparo na seguinte legislação:
Constituição Federal;
Código Brasileiro de Aeronáutica, Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986,
que trata dos Planos de Zona de Proteção e de Zoneamento de Ruído;
Portaria nº 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987, que trata dos Planos de
Zona de Proteção e de Zoneamento de Ruído;
Resolução CONAMA nº 4, de 9 de outubro de 1995, que trata da Área de Se-
gurança Aeroportuária;
Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica nº 139, Certificação
Operacional de Aeroportos, de 27 de novembro de 2003; e
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Portaria nº 398/GM5, de 4 de junho de 1999, que dispõe sobre a aplicação
do Anexo 14 à Convenção de Aviação Civil Internacional no Território Nacio-
nal.
No que se refere às implantações de natureza perigosa que podem se consti-
tuir em focos de atração de aves, as restrições são determinadas no art. 46 da Por-
taria nº 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987, para as áreas de Aproximação e
de Transição dos aeródromos e helipontos, e na Resolução CONAMA nº 4, de 9 de
outubro de 1995, que criou a Área de Segurança Aeroportuária (ASA).
2.1. Embasamento Jurídico
Este subitem apresenta os extratos da legislação pertinente ao assunto, na
qual se pode constatar que as Administrações Municipais têm a maior parcela de
responsabilidade na fiscalização e no acompanhamento da ocupação das áreas lo-
calizadas no entorno dos aeródromos. Assim, a omissão das Prefeituras Municipais
na fiscalização e no adequado trato dos assuntos relacionados ao parcelamento e
uso do solo urbano pode representar grande ameaça para o desenvolvimento e a
operação dos aeródromos.
2.1.1. Constituição Federal
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios:
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de su-
as formas;
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar con-
correntemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do
solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da po-
luição;
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
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II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, median-
te planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do so-
lo urbano.
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objeti-
vo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade
e garantir o bem-estar de seus habitantes.
2.1.2. Código Brasileiro de Aeronáutica
O Código Brasileiro de Aeronáutica, na Seção V, estabelece:
Art. 43. As propriedades vizinhas dos aeródromos e das instalações de auxí-
lio à navegação aérea estão sujeitas a restrições especiais.
Parágrafo único. As restrições a que se refere este artigo são relativas ao uso
das propriedades quanto a edificações, instalações, culturas agrícolas e objetos
de natureza permanente ou temporária, bem como a tudo mais que possa em-
baraçar as operações de aeronave ou causar interferência nos sinais dos auxí-lios à radionavegação ou dificultar a visibilidade de auxílios visuais.
Art. 44. As restrições de que trata o artigo anterior são as especificadas pela
Autoridade Aeronáutica, mediante aprovação dos seguintes planos,
válidos, respectivamente, para cada tipo de auxílio à navegação aé-
rea:
I - Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromos;
II - Plano de Zoneamento de Ruído;
III - Plano Básico de Zona de Proteção de Helipontos;
IV - Planos de Zona de Proteção de Auxílios à Navegação Aérea.
§ 1º De conformidade com as conveniências e peculiaridades de prote-
ção ao vôo, a cada aeródromo poderão ser aplicados Planos Específicos, ob-
servadas as prescrições, que couberem, dos Planos Básicos.
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§ 4º As administrações públicas deverão compatibilizar o zone-
amento do uso do solo, nas áreas vizinhas aos aeródromos, às restri-
ções especiais constantes dos Planos Básicos e Específicos.
§ 5º As restrições especiais estabelecidas aplicam-se a quaisquer
bens, quer sejam privados ou públicos.
Art. 45. A Autoridade Aeronáutica poderá embargar a obra ou construção de
qualquer natureza que contrarie os Planos Básicos ou os Específicos
de cada aeroporto, ou exigir a eliminação dos obstáculos levantados
e em desacordo com os referidos Planos, posteriormente à sua publi-
cação, por conta e risco do infrator, que não poderá reclamar qual-quer indenização.
Art. 46. Quando as restrições estabelecidas impuserem demolições de obs-
táculos levantados antes da publicação dos Planos Básicos ou Espe-
cíficos, terá o proprietário direito a indenização.
2.1.3. Portaria nº 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987
Art. 74. Para o cumprimento desta Portaria, compete:
I - Aos Comandos Aéreos Regionais:
fiscalizar, em conjunto com as entidades municipais, estaduais e fe-
derais competentes, as implantações e o desenvolvimento de ativi-
dades urbanas quanto à sua adequação aos Planos de que trata
esta Portaria”.
Art. 76. A autorização para aproveitamento de propriedades situadas dentro
do Plano de Zona de Proteção de Aeródromo e Heliponto e do Plano
de Proteção de Auxílios à Navegação Aérea é de competência exclu-
siva do Comando Aéreo Regional – COMAR, sob cuja administração
se encontre o aeródromo ou o auxílio à navegação aérea.
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Art. 77. A autorização para o aproveitamento de propriedades situadas
dentro do Plano de Zoneamento de Ruído é de competência exclusi-
va do DAC.
Parágrafo único – Qualquer outra organização do Comando da Aeronáutica
que, eventualmente, receba pedido de autorização para aproveitamento das
áreas referidas no caput, se obriga exclusivamente a encaminhá-lo ao DAC.
Nota Importante
Embora esta Portaria seja a legislação nacional que dispõe sobre os Planos de
Zona de Proteção de Aeródromos e de Zoneamento de Ruído, a Portaria nº
398/GM5, de 04 de junho de 1999, em seu Art. 1º, aprova a utilização do Ane-
xo 14 à Convenção de Aviação Civil Internacional, Volume I (Aeródromos) e
Volume II (Helipontos), em complemento ou substituição ao que prescreve a
Portaria nº 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987, até a conclusão dos estu-
dos para a sua revisão e atualização.
2.1.4. Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica nº 139
SUBPARTE E – Obrigações da Administração Aeroportuária Local
Parte 139.427 Outras Obrigações:
a) Elaborar os demais Planos ou Programas:
3. Programa de gestão do perigo da fauna;
5. Programa de controle de obstáculos;
6. Programa de controle do uso do solo no entorno;
8. Programa de proteção dos sítios de radar e de auxílio à navegação aé-
rea, sob a responsabilidade do aeroporto.
Nota Importante
As orientações constantes deste Regulamento se aplicam obrigatoriamente
aos aeroportos internacionais e àqueles com operação de serviços de trans-
porte aéreo doméstico regular, utilizando aeronaves com capacidade superi-
or a sessenta assentos para passageiros.
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Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno de Aeródromos 17
2.1.5. Resolução CONAMA nº 4, de 09 de outubro de 1995
Art. 1º. São consideradas “Área de Segurança Aeroportuária - ASA” as áreas
abrangidas por um determinado raio a partir do “centro geométrico doaeródromo”, de acordo com o seu tipo de operação, divididas em duas
categorias:
I - raio de 20 km para aeroportos que operam de acordo com as regras de
vôo por instrumento (IFR); e
II - raio de 13 km para os demais aeródromos.
Parágrafo Único: No caso de mudança de categoria do aeródromo, o raio
da ASA deverá se adequar à nova categoria.
O acompanhamento do gerenciamento do uso do solo no entorno dos aeró-
dromos constitui-se numa atividade que envolve diversos órgãos da administração
pública, tais como: Prefeituras Municipais, Administração Aeroportuária, Órgãos Am-
bientais do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, bem como organiza-
ções do Comando da Aeronáutica (DAC, DECEA, COMAR, IAC e SERAC).
Assim, conforme apresentado anteriormente, a Constituição Federal, em seuart. 30, estipula que compete aos municípios suplementar a legislação federal e a
estadual no que couber e, ainda, promover adequado ordenamento territorial, medi-
ante controle do uso, parcelamento e da ocupação do solo urbano. Já o Regulamen-
to Brasileiro de Homologação Aeronáutica nº 139 (RBHA 139), Parte 139.427, esta-
belece como obrigação da Administração Aeroportuária Local a elaboração de
um programa de controle do uso do solo no entorno do aeroporto. No que concerne
aos demais órgãos mencionados anteriormente, a Portaria nº 1.141/GM5, em seu
Capítulo XIII, atribui as respectivas competências para a fiscalização, autorizaçãopara aproveitamento, elaboração de planejamento etc, do uso do solo no entorno
das unidades aeroportuárias.
Todas essas ações devem se basear nos Planos de Zona de Proteção e de
Zoneamento de Ruído, bem como na Área de Segurança Aeroportuária, conforme
veremos nos próximos capítulos.
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Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno de Aeródromos 18
3. ZONA DE PROTEÇÃO DE AERÓDROMO (ZPA)
3.1. Introdução
Este Capítulo contém as diretrizes e os procedimentos necessários ao tratodas questões referentes a implantações que violem ou possam violar o PZPA dos
aeródromos.
3.2. Objetivo Específico
O objetivo de um Plano de Zona de Proteção de Aeródromo é estabelecer o
espaço aéreo que deve ser mantido livre de obstáculos, a fim de permitir que as o-
perações de pouso e decolagem sejam conduzidas de forma segura, evitando a im-
plantação de obstáculos que possam restringir a capacidade operacional do aeró-
dromo.
3.3. Metodologia
Este objetivo é alcançado pelo estabelecimento de uma série de superfícies
limitadoras de obstáculos, que definem os limites, em termos de gabarito, para im-
plantações e edificações localizadas sob este espaço aéreo.
Deve-se observar que, conforme mencionado anteriormente, a Portaria nº
389/GM5, de 04 de junho de 1999, em seu Art. 1º, aprova a utilização do Anexo 14 à
Convenção de Aviação Civil Internacional, Volume I (Aeródromos) e Volume II (Heli-
pontos), em complemento ou substituição ao que prescreve a Portaria nº
1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987.
3.3.1. Tipos de Planos de Zona de Proteção de Aeródromo (PZPA)
Define-se Plano de Zona de Proteção de Aeródromo (PZPA) como um docu-
mento de aplicação genérica (Básico - PBZPA) ou específica (Específico – PEZPA)
composto por um conjunto de superfícies imaginárias, bi ou tridimensionais, que es-
tabelece restrições ao aproveitamento das propriedades dentro da Zona de Proteção
de um aeródromo.
Cabe ressaltar que o PZPA deve ser aplicado a todos os aeródromos constru-
ídos ou planejados, considerando-se as características constantes do planejamento
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Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno de Aeródromos 19
para a implantação final aprovada nos documentos oficiais do Comando da Aero-
náutica para cada unidade.
Para efeito do Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromos, os aeró-
dromos são enquadrados, segundo o tipo de operação, em três classes, a saber:
VFR, IFR – NÃO PRECISÃO e IFR – PRECISÃO.
As classes definidas neste Artigo estão divididas em códigos, conforme a ta-
bela a seguir:
CÓDIGODE PISTA 1 2 3 4
COMPRIMENTO BÁSI-CO DE PISTA
Menor que800m (*)
800m a1200m (*), excl.
1200m a1800m (*), excl.
1800m (*) oumaior
Nota: (*) Os comprimentos de pista definidos na tabela (Comprimento Básico) referem-se a uma
situação ideal, considerando o aeródromo no nível médio do mar, a temperatura padrão e
o gradiente de pista nulo.
Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo (PBZPA)
O Plano Básico de Zona de Proteção de aeródromos (PBZPA), de acordo
com a Portaria n° 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987, é composto das seguin-
tes superfícies limitadoras de obstáculos:
Faixa de Pista;
Áreas de Aproximação;
Áreas de Decolagem;
Áreas de Transição;
Área Horizontal Interna;
Área Cônica; e
Área Horizontal Externa.
A sua configuração geral está ilustrada nas Figuras 1 e 2 da citada Portaria e
a seguir são apresentados um croqui aplicado a um aeroporto e um esquema do
PBZPA, com as respectivas distâncias e medidas.
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Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno de Aeródromos 20
Figura 1: Croqui de um Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo.
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Na Faixa de Pista não são permitidos quaisquer aproveitamentos que ultra-
passem seu gabarito, tais como construções, instalações e colocação de objetos de
natureza temporária ou permanente, fixos ou móveis, exceto os auxílios à navega-
ção aérea que, obrigatoriamente, tenham de ser instalados nesta área.
Nas Áreas de Aproximação, Decolagem e Transição não são permitidas im-
plantações de qualquer natureza que ultrapassem os seus gabaritos, salvo as torres
de controle e os auxílios à navegação aérea que, a critério do Departamento de
Controle do Espaço Aéreo – DECEA, poderão ser instalados nas Áreas de Transi-
ção, mesmo que ultrapassem o gabarito desta área.
Nas Áreas de Aproximação e Áreas de Transição dos aeródromos e helipon-tos, não são permitidas implantações de natureza perigosa, mesmo que não ultra-
passem os gabaritos fixados.
Denomina-se Implantação de Natureza Perigosa toda aquela que produza ou
armazene material explosivo ou inflamável, ou cause perigosos reflexos, irradiações,
fumo ou emanações que possam proporcionar riscos à navegação aérea, a exemplo
de usinas siderúrgicas e similares, refinarias de combustíveis, indústrias químicas,
depósitos ou fábricas de gases, combustíveis ou explosivos, áreas cobertas de ma-terial refletivo, matadouros, vazadouros de lixo, culturas agrícolas, assim como ou-
tras que possam proporcionar riscos semelhantes à navegação aérea.
Os projetos para qualquer tipo de implantação ou aproveitamento de proprie-
dades localizadas nessas áreas terão de ser submetidos à autorização do Comando
Aéreo Regional – COMAR.
Além disso, quando uma implantação de qualquer natureza, temporária oupermanente, fixa ou móvel, elevar-se a 150 m (cento e cinqüenta metros) ou mais de
altura sobre o terreno ou nível médio do mar, localizado dentro ou fora da Zona de
Proteção de Aeródromos ou de Helipontos, deverá o responsável prestar ao CO-
MAR as informações previstas na Portaria 1.141/GM5 para estes casos.
De acordo com a citada Portaria, são permitidas, independentemente de auto-
rização ou consulta ao COMAR, as implantações que se elevem acima da superfície
do terreno em, no máximo, 8 m na Área Horizontal Interna, 19 m na Área Cônica e
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Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno de Aeródromos 25
30m na Área Horizontal Externa, qualquer que seja o desnível em relação à eleva-
ção do aeródromo.
Nota Importante
Esta autorização não se aplica a instalações ou construções de torres de alta
tensão, cabos aéreos, mastros, postes e outros objetos cuja configuração seja
pouco visível à distância.
Qualquer aproveitamento que ultrapasse os gabaritos das Áreas Horizontal
Interna, Cônica e Horizontal Externa, não enquadrados no item anterior, deverá ser
submetido à autorização do Comando Aéreo Regional – COMAR, mediante pedido
de autorização para aproveitamento de propriedades estabelecido na Portaria nº
1.141/GM5.
Plano Específico de Zona de Proteção de Aeródromo (PEZPA)
O Plano Específico de Zona de Proteção de Aeródromo (PEZPA) é elaborado
e aplicado quando existem acidentes naturais e ou artificiais na região do aeródromo
que não permitem a aplicação dos parâmetros estabelecidos no plano básico, sendo
necessário o desenvolvimento de um estudo específico, visando atender às neces-
sidades operacionais de um sítio aeroportuário. O PEZPA deve conter:
Localização e nome(s) do(s) aeródromo(s);
Ato oficial que aprovou o respectivo Plano Específico;
Gabaritos;
Restrições a serem observadas;
Referência aos obstáculos que devam ser sinalizados ou retirados;
Referência aos pontos proeminentes, localizados na Zona de Proteção e con-
siderados perigosos à navegação, para efeito de sinalização; e
Outros esclarecimentos e informações julgados necessários.
O PEZPA, assim como o PBZPA, deve incluir todas as possibilidades de evo-
lução futura previstas pela autoridade aeronáutica, e somente poderá ser substituído
por outro Plano Específico.
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3.4. Procedimentos para o Encaminhamento dos Processos
Objetos ou implantações que ultrapassem em altura as superfícies limitadoras
de obstáculos das Zonas de Proteção, e não possam ser adequados ou removidos,
acarretarão limitações operacionais e poderão até inviabilizar as operações aéreas
no aeródromo.
A autorização para aproveitamento de propriedades situadas dentro dos Pla-
nos de Zona de Proteção de Aeródromo, Helipontos e de Auxílios à Navegação Aé-
rea é de competência exclusiva do COMAR sob cuja jurisdição se encontre o aeró-
dromo, heliponto ou o auxílio à navegação aérea. Qualquer outra organização do
Comando da Aeronáutica que, eventualmente, receba requerimento para autoriza-
ção de aproveitamentos das áreas referidas acima, se obriga exclusivamente a en-
caminhá-lo ao órgão de protocolo do COMAR competente, ou, na impossibilidade,
ao órgão de protocolo da organização do Comando da Aeronáutica mais próxima.
Deverá ser feito um requerimento para cada obstáculo a ser implantado, u-
sando-se, para isso, o modelo constante do Anexo A da Portaria nº 1.141/GM5. O
COMAR, com base nas análises dos órgãos regionais SERENG e S-
RPV/CINDACTA, formalizará ao interessado um parecer final sobre a solicitação.
Quando o aproveitamento das áreas adjacentes aos aeroportos obedecer aos
gabaritos e às demais exigências estabelecidas na regulamentação e nas instruções
concernentes à Zona de Proteção de Aeródromos, não é necessário consultar ou
pedir autorização ao COMAR respectivo para a sua implantação. Neste caso, é sufi-
ciente que o interessado declare, sob sua inteira responsabilidade, às entidades
competentes para o licenciamento de obras, instalações ou qualquer outro tipo de
implantações, que o aproveitamento respeita as restrições impostas pela legislação
vigente. O requerimento para a solicitação do aproveitamento do solo em área do
PZP é apresentado a seguir.
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Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno de Aeródromos 27
ANEXO “A” DA PORTARIA Nº 1.141, de 8 de dezembro de 1987
AUTORIZAÇÃO PARA O APROVEITAMENTO DO SOLO EM ÁREADO PLANO DE ZONA DE PROTEÇÃO
(Modelo de requerimento)
Exmo Sr. Comandante do ......... Comando Aéreo Regional,
..............................................................................................................................., domiciliado
na................................................................................................................................................
..................................................................................................................................................
com ...................... metros acima do gabarito do Plano Básico de Zona de Proteção do Ae-
ródromo ............................................................................. ou do Plano de Zona de Proteção
do ...................................................................................................... requer a V Exa autoriza-
ção para realizar o aproveitamento acima referido, em concordância com o(s) Artigo(s) e
com as instruções baixadas pela Portaria nº ........ , de .... de ......... de 199.... , para o que
anexa ao presente:
I - Carta da região de ........................................................................................ na escala de
.................................... com as seguintes informações:
1 - Traçado da pista de pouso do aeródromo (se for o caso), indicando o ponto devida-
mente considerado para contagem do desnível e sua respectiva altitude;
2 - Indicação do local do auxílio à navegação aérea (se for o caso), com a altitude da
base da instalação);
(nome) (nacionalidade)
(logradouro, número e cidade)
(denominação)
(identificação do auxílio à navegação aérea)
(designação)
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Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno de Aeródromos 28
3 - Localização do aproveitamento, com indicação da altitude do terreno na base da
implantação pretendida.
II - Desenho do perfil do aproveitamento, com as seguintes informações:
1 - Altura, do solo ao topo, da implantação pretendida;
2 - Altitude do terreno na base da implantação.
III - Outras informações necessárias.
Nestes Termos,
Pede Deferimento
............................................................................................,
.............................................................................................
.................................................................................
(local e data)
(assinatura do requerente)
(nome e função)
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Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno de Aeródromos 29
4. ZONEAMENTO DE RUÍDO
4.1. Introdução
A principal forma de poluição atribuída à aviação é o ruído aeronáutico, que
gera como impacto a produção de algum nível de incômodo na população localizada
nas proximidades dos aeródromos. O incômodo, neste sentido, pode ser entendido
como uma expressão da interferência causada pelo ruído aeronáutico no desenvol-
vimento das atividades normais diárias, criando uma sensação subjetiva e negativa
do indivíduo em reação a este ruído. Por este motivo, são esperadas reclamações
contra as operações das aeronaves, por parte da população localizada próxima aos
aeródromos.
4.2. Objetivo Específico
Com o intuito de amenizar este problema, foram criados, pelo Comando da
Aeronáutica, os Planos de Zoneamento de Ruído (PZR), instrumentos para ordena-
mento da implantação, do uso e do desenvolvimento de atividades já localizadas ou
que venham a se localizar no entorno dos aeródromos, em função do ruído aeronáu-
tico.
4.3. Metodologia
O PZR é composto por curvas de nível de ruído e por restrições ao uso do so-
lo nas áreas abrangidas pelas mesmas. Este Plano possui duas curvas denomina-
das Curvas de Nível de Ruído 1 e 2, que delimitam três áreas de ruído: Área I, Área
II e Área III. Uma vez que o incômodo relativo ao ruído aeronáutico está diretamente
relacionado à distância da fonte emissora e à intensidade da emissão, são estabele-cidas restrições ao uso do solo nas proximidades dos aeródromos (Áreas I e II), de-
pendendo das atividades desenvolvidas.
A Área I, por ser a mais próxima da pista, é aquela onde o ruído aeronáutico é
mais intenso, podendo ocasionar sérios problemas de incômodo conforme o tempo
de exposição. Nesta área, a maioria das atividades urbanas é proibida.
Na Área II, os níveis de ruído e o incômodo são menores, o que torna possí-
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vel o estabelecimento de algumas atividades urbanas. Todavia, estão proibidas a-
tividades ligadas à saúde, educação e cultura.
Na Área III, normalmente, não são registrados níveis de incômodo mais signi-
ficativos e, portanto, não são estabelecidas restrições ao seu uso.
Conforme mencionado anteriormente, a legislação que rege a matéria sobre
Plano de Zoneamento de Ruído é a Portaria nº 1.141/GM5, de 08 de dezembro de
1987, que menciona os usos compatíveis e incompatíveis com a atividade aeronáu-
tica e estabelece:
Art. 64. Para efeito de aplicação do Plano de Zoneamento de Ruído, as
pistas de aeródromos são classificadas, em função do movimento de aerona-ves e do tipo de aviação, nas categorias I, II, III, IV, V e VI, definidas no Artigo
3º da Portaria e nas Definições deste documento.
4.3.1. Tipos de Planos de Zoneamento de Ruído (PZR)
Dependendo do tipo de aeronave prevista para operar no aeroporto, da fre-
qüência de operação e das características da ocupação da sua área de entorno são
considerados dois tipos de Plano de Zoneamento de Ruído (PZR): o Plano Básico
de Zoneamento de Ruído (PBZR) e o Plano Específico de Zoneamento de Ruído
(PEZR).
Plano Básico de Zoneamento de Ruído (PBZR)
Considerando a necessidade de atender a inúmeros aeródromos menores
quanto ao estabelecimento de restrições ao uso do solo em função do ruído aero-
náutico, foi desenvolvido um PBZR para aqueles cujo número de movimentos anuais
de aeronaves da aviação regular de grande porte, existentes ou previstos para um
horizonte de até vinte anos, seja inferior a 6.000.
As curvas de nível de ruído do PBZR são definidas em função do tipo de avi-
ação que opera no aeródromo e do número de movimentos anuais previstos desta
aviação. Este conjunto de dados determina a Categoria de Pista do Aeródromo, ten-
do sido estabelecidas para o PBZR as Categorias II,III,IV,V e VI, tendo em vista que
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Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno de Aeródromos 31
a Categoria I somente se aplica para Plano Específico de Zoneamento de Ruído,
conforme estabelecido na Portaria nº 1.141.
Os tipos de aviação e as categorias de pista adotados são apresentados no
Art. 3º da Portaria nº 1.141/GM5 e se encontram listados nas definições deste do-
cumento.
As curvas de nível de ruído correspondentes às categorias das pistas men-
cionadas anteriormente podem ser visualizadas na Figura 5.
Com relação às restrições ao uso do solo, são especificadas, nos artigos 69 e
70 da referida Portaria, as atividades permitidas e proibidas, respectivamente, nas
Áreas I e II de ruído. No PBZR, estas restrições são iguais para todas as Categoriasde Pista.
A determinação das curvas de nível de ruído a serem aplicadas em um Pla-
no Básico de Zoneamento de Ruído, para um aeródromo, é baseada nas diretrizes
da referida Portaria, sendo o autor de cada projeto aeroportuário ou o administrador
do aeroporto responsável pela aplicação das referidas curvas.
Cabe ressaltar que para fins de planejamento, de setorização do sítio e deaproveitamento da área localizada nas proximidades do aeroporto, o Plano de Zo-
neamento de Ruído deve ser dimensionado para o último horizonte de planejamen-
to, isto é, para a implantação final prevista para o sítio aeroportuário. A figura 6, a-
presentada a seguir, ilustra as curvas que compõem um Plano Básico de
Zoneamento de Ruído, aplicadas a um aeródromo.
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Figura 5 – Curvas de Ruído do PBZR.
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As restrições ao uso do solo para as Áreas I e II, delimitadas pelas curvas
de nível de ruído 1 e 2, estão definidas, respectivamente, nos artigos. 69 e 70 da
Portaria nº 1.141/GM5, transcritos a seguir. Todo parcelamento do solo localizado
em área do PZR deverá observar as restrições estabelecidas nos referidos artigos.
É importante observar que na elaboração de um Plano Específico de Zonea-
mento de Ruído (PEZR), eventuais restrições ao uso do solo em Área III poderão ser
estabelecidas, em função dos níveis de incômodo sonoro.
4.3.1.1. Restrições ao Uso do Solo no Entorno dos Aeroportos
Segundo a Portaria nº 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987, o uso do solono entorno dos aeródromos deve obedecer ao seguinte:
Art. 68 – As restrições ao uso do solo, estabelecidas pelo Plano Básico de
Zoneamento de Ruído, obedecerão aos parâmetros estabelecidos nos artigos 69 e
70 desta Portaria.
Art. 69 – Na área I são permitidos a implantação, o uso e o desenvolvimento
das seguintes atividades:
I - Produção e extração de Recursos Naturais:
1- agricultura;
2- piscicultura;
3- silvicultura;
4- mineração; e
5- atividades equivalentes.
II - Serviços Públicos ou de Utilidade Pública:
1- estação de tratamento de água e esgoto;
2- reservatório de água;
3- cemitério; e
4- equipamentos urbanos equivalentes.
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III - Comercial:
1- depósito e armazenagem;
2- estacionamento e garagem para veículos;3- feiras livres; e
4- equipamentos urbanos equivalentes.
IV - Recreação e Lazer ao Ar Livre:
1- praças, parques, áreas verdes;
2- campos de esporte; e
3- equipamentos urbanos equivalentes.
V - Transporte:
1- rodovias;
2- ferrovias;
3- terminal de carga e passageiros;
4- auxílios à navegação aérea; e
5- equipamentos urbanos equivalentes.
VI – Industrial:
§ 1° - Na área I, as atividades, edificações e os equipamentos já existentes e
não relacionados neste artigo não poderão ser ampliados a partir da vigência desta
Portaria.
§ 2° - A implantação, o uso e o desenvolvimento de atividades tratadas nos i-
tens II - números 1 e 3; III – números 1 e 2; e V – número 3 só poderão ser permiti-
dos quando atendidas às normas legais vigentes para tratamento acústico nos locais
de permanência de público e funcionários, mediante aprovação prévia do Departa-
mento de Aviação Civil – DAC.
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§ 3° - A implantação, o uso e o desenvolvimento de atividades tratadas nos
itens I - número 5; II - número 4; III - número 4; IV- número 3; V - números 1, 2, e 5
e VI só serão permitidos mediante aprovação prévia do DAC.
Art. 70 – Não são permitidos a implantação, o uso e o desenvolvimento na
Área II das seguintes atividades:
I – Residencial
II – Saúde:
1- hospital e ambulatório;
2- consultório médico;
3- asilo; e
4- equipamentos urbanos equivalentes.
III – Educacional:
1- escola;
2- creche; e
3- equipamentos urbanos equivalentes.
IV – Serviços Públicos ou de Utilização Pública:
1- hotel e motel;
2- edificações para atividades religiosas;
3- centros comunitários e profissionalizantes; e
4- equipamentos urbanos equivalentes.
V – Cultural:
1- biblioteca;
2- auditório, cinema, teatro; e
3- equipamentos urbanos equivalentes.
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Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno de Aeródromos 37
Parágrafo Único – As atividades anteriormente referidas poderão ser, e-
ventualmente, autorizadas pelos órgãos municipais competentes, mediante aprova-
ção do DAC.
Nota Importante
Embora no Parágrafo Único do Art. 70 da referida Portaria esteja prevista auto-
rização, pelos órgãos municipais competentes, das atividades inicialmente não
permitidas na Área 2, mediante aprovação do DAC, é diretriz do Departamen-
to de Aviação Civil não autorizar qualquer atividade ou empreendimento em
desacordo ao enunciado deste artigo.
Art. 71 – As eventuais restrições ao uso do solo em Área III, decorrentes dos
níveis de incômodo sonoro, serão estabelecidas em Plano Específico de Zoneamen-
to de Ruído.
Art. 72 – As restrições a que se referem os artigos 69 e 70 desta Portaria po-
derão ser alteradas na elaboração de um Plano Específico de Zoneamento de Ruí-
do, em função de necessidades locais, mediante ato do Comandante da Aeronáuti-
ca.
Art. 73 – Todo parcelamento do solo localizado em área do Plano de Zonea-
mento de Ruído observará as restrições estabelecidas nos Artigos 69 e 70 desta
Portaria.
Plano Específico de Zoneamento de Ruído (PEZR)
O PEZR é, normalmente, aplicado nos aeródromos de maior porte, os quais
apresentam ou irão apresentar no futuro (período de até vinte anos) mais de 6.000
movimentos anuais de aeronaves da aviação regular de grande porte, sendo elabo-
rado para cada aeroporto determinado. De acordo com a Portaria nº 1.141/GM5, a
elaboração deste Plano é de competência do Departamento de Aviação Civil.
Neste Plano, as curvas de ruído são elaboradas levando-se em conta os tipos
de aeronaves, bem como o seu número de movimentos, previstos a operar no últi-
mo horizonte de planejamento do aeroporto em questão, entre outros dados. As res-trições ao uso do solo são definidas em função das especificidades de sua área de
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Manual de Gerenciamento do Uso do Solo no Entorno de Aeródromos 38
entorno, sempre que possível em conjunto com a Prefeitura Municipal. Logo, de
modo geral, cada um desses aeroportos terá curvas de ruído e restrições ao uso do
solo diferentes, ou seja, específicas.
Para a elaboração de um PEZR é necessário que se conheça detalhadamen-
te como se desenvolve a ocupação da área no entorno do aeroporto. Desta forma,
são informações importantes: a área que é ou será afetada pelo ruído aeronáutico, a
situação do adensamento urbano, a localização das diversas atividades, o nível de
sua sensibilidade a este tipo de ruído, a legislação urbana local etc. Todas estas in-
formações precisam ser levadas em consideração para que o PEZR elaborado pos-
sa refletir realmente a compatibilidade do uso do solo ao ruído aeronáutico, preser-
vando o bem-estar da comunidade.
Assim, é fundamental a participação da Prefeitura Municipal neste processo,
uma vez que, além de deter conhecimento sobre a realidade local, cabe à mesma
planejar e controlar o uso, o parcelamento e a ocupação do solo urbano, conforme
estabelece o artigo. 30 da Constituição Federal (Anexo 1). Além disso, também a
Administração Aeroportuária Local deve estar atenta para as questões relacionadas
com a ocupação do solo no entorno do aeroporto, tendo em vista o que preconiza o
RBHA 139. A Figura 7, apresentada a seguir, ilustra um Plano Específico de Zone-
amento de Ruído.
Figura 7: Esquema de um Plano Específico de Zoneamento de Ruído.
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4.4. Procedimentos para o Encaminhamento dos Processos
A Portaria nº 1.141/GM5 determina que os processos, em que couber a análi-
se dos Planos de Zoneamento de Ruído, deverão ser encaminhados ao Departa-
mento de Aviação Civil (DAC), por meio do COMAR da área.
Todavia, como o Instituto de Aviação Civil é o órgão do DAC responsável pela
análise mencionada, as consultas deverão ser encaminhadas ao IAC, respeitando
os passos apresentados a seguir.
A execução integral de cada um desses passos possibilitará o encaminha-
mento dos processos de forma adequada. O Fluxograma apresentado no item 4.5 i-
lustra o processo de análise e os procedimentos relacionados com a ocupação dosolo em relação aos Planos de Zoneamento de Ruído.
Passo 1 – Localização do Empreendimento
Verificar se o empreendimento está em área abrangida pelo PZR (parcial ou
totalmente). Em caso afirmativo, identifica-se em que área do PZR está localizado o
empreendimento e a quais restrições ao uso do solo estará sujeito (Passo 2).
Caso contrário, não há necessidade de consulta ao IAC e a resposta pode ser
fornecida pelo COMAR diretamente ao interessado.
Passo 2 – Entrega dos Documentos Necessários
Solicitar ao interessado os documentos exigidos no anexo, “Autorização para
Aproveitamento do Solo em Área do PZR” (Anexo C da Portaria nº 1.141). Além des-
tes documentos, solicitar a apresentação de uma Planta Oficial da Prefeitura Munici-
pal (preferencialmente um levantamento cartográfico) com a localização do lote em
relação ao aeródromo, em escala, e assinada pelo técnico responsável pela elabo-
ração do projeto.
Na planta, o lote deverá ser individualizado por um ponto interno, localizado
em um dos vértices, conforme demonstrado na Figura 8, apresentando as coorde-
nadas geográficas, fornecidas pela planta da Prefeitura ou pelo levantamento topo-
gráfico do projeto interessado. Nos casos em que houver desmembramento do lote,
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anexar ao processo cópias do Registro Geral de Imóveis ou da declaração da Pre-
feitura Municipal.
Caso haja exigência de tratamento acústico, o mesmo deverá ser solicitado
ao interessado e anexado ao processo do PZR, conforme definido no anexo “Padro-
nização de Apresentação de Projetos de Tratamento Acústico” (Anexo D da Portaria
nº 1.141.). Após o processo estar completo e devidamente conferido, continua-se
para o passo seguinte.
Passo 3 – Conferência do Projeto
Neste passo, deve-se verificar se os projetos arquitetônico e acústico (se for o
caso) estão completos e de acordo com o uso pedido no requerimento. O interessa-
do deverá apresentar três cópias de cada projeto. Após a solução do processo, uma
cópia deverá ser arquivada no COMAR, outra no IAC e a terceira deverá ser enca-
minhada à Prefeitura.
Verificar também, quando for o caso, a apresentação dos índices de redução
de ruído dos materiais utilizados no projeto de tratamento acústico.
Passo 4 – Encaminhamento ao IAC
Após a elaboração, pelo COMAR, de um relatório prévio contendo as infor-
mações mais pertinentes ao processo, o mesmo deverá ser encaminhado ao IAC,
conforme proposta de relatório apresentada a seguir, na Figura 8.
Passo 5 – Retorno do Processo ao COMAR
Após o retorno do processo com o parecer técnico emitido pelo IAC, o CO-MAR notificará o interessado, bem como dará ciência do mesmo à Prefeitura Muni-
cipal.
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4.5. Fluxograma - Procedimentos e Autorizações em Áreas do PZR
5º PASSO
4º PASSO
2º PASSO
COMAR
DOCUMENTOS NE-CESSÁRIOS
LOCALIZAÇÃO DOEMPREENDIMENTO
CONFERÊNCIA DOPROJETO
ENCAMINHAMENTOAO IAC
INTERESSADO
PREFEITURA
RETORNO DOPROCESSO
AN LISE DO IAC
1º PASSO
3º PASSO
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4.6. Autorização para Aproveitamento do Solo em Área do PZR
Conforme a Portaria nº 1.141/GM5, o aproveitamento do solo em área contida
em Plano de Zoneamento de Ruído (PZR) deverá ser autorizado pelo Departamento
de Aviação Civil (DAC), obedecendo ao seguinte trâmite, estabelecido no artigo 74 e
apresentado a seguir:
1 Os processos em que couber análise dos PZR poderão ser encaminhados
pelas Prefeituras Municipais ou pelos interessados ao Comando Aéreo Regi-
onal (COMAR) respectivo, utilizando a ficha Anexo C da Portaria nº
1.141/GM5 - Autorização para aproveitamento do solo em área do PZR;
2 Caberá ao COMAR enviar os processos para análise do DAC;
3 O DAC devolverá os processos ao COMAR, a quem cabe comunicar a deci-
são final às Prefeituras Municipais;
4 Os processos enviados por particulares ao COMAR terão seu parecer remeti-
do às Prefeituras Municipais, dando-se ciência ao interessado deste procedi-
mento;
5 No caso de ser exigido tratamento acústico para autorização do empreendi-
mento, deverá ser encaminhada ao COMAR a ficha Anexo D da Portaria nº
1.141/GM5 – Padronização da apresentação de projetos de tratamento acús-
tico, que, em seguida, será encaminhada ao DAC para análise. O fluxograma
a seguir mostra, de forma resumida, o processo de encaminhamento das con-
sultas.
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ANEXO “C” DA PORTARIA N 1.141, de 08 de dezembro de 1987
AUTORIZAÇÃO PARA APROVEITAMENTO DO SOLO EM ÁREA DOPZR – PLANO DE ZONEAMENTO DE RUÍDO
(Modelo de Requerimento)
Exmo. Sr. Comandante do .......... Comando Aéreo Regional
........................................................................................................ domiciliado na ...................
.................................................................................................. desejando executar ................
...................................................................................................................................................
situada na ................................................................................................. loteamento .............
...................................................................................... aprovado pela Prefeitura Municipal de
.............................................................................., em .............................................................,
com ................................................m2.
E considerando que o referido empreendimento encontra-se local izado
dentro da Área................................ do Plano de Zoneamento de Ruído do
................................................................................................................................. requer a V
Exa aprovação para realizar o aproveitamento acima descrito, em concordância com as ins-
truções baixadas pela Portaria n ............., de .......... de ..................................... de 19..........,
para o que anexa à presente:
I - Planta baixa, em escala, do imóvel ou equipamentos em questão.
II - No caso de parcelamento do solo, o projeto do mesmo.
(nome) (nacionalidade)
(logradouro, número, cidade)
(tipo de obra, edificação, número de pavimentos)
(logradouro, número, cidade)
(nome do loteamento, quando for o caso)
(data de aprovação do loteamento)
(área da edificação ou loteamento)
(I ou II)
(denominação do aeródromo)
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III - Planta de localização do empreendimento em relação ao aeródromo, em escala.
IV - No caso de edif icação comercial ou industrial, especificação das atividades e infor-
mações sobre os locais e período de permanência do pessoal.
V - Para as atividades do item anterior permitidas e localizadas em Área I, Projeto e
Memorial Descrito do tratamento acústico (de acordo com o Anexo “D” desta Portari-
a).
VI - Outras informações que julgar pertinentes.
Nestes Termos,
Pede Deferimento
........................................................................................(local e data)
........................................................................................(assinatura do requerimento)
.......................................................................................(nome e função)
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ANEXO “D” DA PORTARIA N 1.141, de 08 de dezembro de 1987.
PADRONIZAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DE PROJETOSDE TRATAMENTO ACÚSTICO
1. Informações sobre materiais utilizados:
MATERIALISOLAMENTO A-CÚSTICO EM Db
(500Hz)ÁREA (m2)
M 1
M 2
...
M n
I 1
I 2
…
I n
S 1
S 2
…
S n
2. Deve ser apresentada, quando disponível, a Classe de Transmissão Sonora (Sound
Transmission Class – STC ) e/ou Perda de Transmissão (Sound Transmission Loss – S-
TL) dos materiais utilizados.
3. Apresentação de detalhes construtivos da vedação das esquadrias.
4. Demonstração ao atendimento da NBR 8572 (ABNT).
4.1. Deve ser escolhido o recinto mais exposto ao ruído aeronáutico, isto é, o que possuir o
maior número de faces externas e maior área de janelas e portas.
4.2. Devem ser apresentados os cálculos realizados para obtenção da redução de ruído ne-
cessária.
4.3. Devem ser apresentados o valor de redução de ruído do recinto e o valor exigido pelanorma brasileira em vigor.
5. O projeto deve ser assinado por profissional habilitado para tal fim, com o carimbo de re-
gistro no seu órgão de classe.
6. Recomenda-se que o projeto apresente uma relação das normas e demais referências u-
tilizadas.
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LOTE
LOTE
N
Nº DATA ORGANIZAÇÃO INTERESSADA PROT.M.AER.:
20/S.ADRM/ZN 10/10/2003 MARIA DA CONCEIÇÃO 50-01/1214/03ELEMENTOS DO PROCESSO
1. REQUERIMENTO Nº
2. TRÊS CÓPIAS DO PROJETO DE ARQUITETURA
3. TRÊS CÓPIAS DO PROJETO DE ISOLAMENTO ACÚSTICO
TIPO DE USODADOS DO APROVEITA-
MENTO RESIDÊNCIA UNIFAMILIARLOCALIZAÇÃO
(INSERIR CROQUI DE LOCALIZAÇÃO EM RELAÇÃO À PISTA)
ALTURA ALTITUDE DO TERRENO ALTITUDE NO TOPO
8m 7,5m 15,5mOBSERVAÇÃO REFERENTE AOS TIPOS DE APROVEITAMENTOS EXISTENTES NAS IMEDIAÇÕES
PREDOMINÂNCIA DE USO RESIDENCIAL
DENOMINAÇÃO DIMENSÕES
DADOS DO AERÓDROMO AEROPORTO X 3001x45m
LATITUDE LONGITUDE ALT. DE REFERÊNCIA CLASSIFICAÇÃO DO PZR
08º05'30"S 34º50'25"W 15m BÁSICO ESPECÍFICOÁREA LIMITADORA DE OBSTÁCULOS APLICÁVEL ÁREA DE ZONEAMENTO DE RUÍDO APLICÁVEL
ENQUADRAMENTOTRANSIÇÃO Nº AEA-07
COORDENADAS GEOGRÁFICAS PONTO H FORMA DE OBTENÇÃO DAS COORDENADAS
LAT, LONG. PREF. MEDIÇÃO OUTROS
RELATOR ASSINATURA
Figura 8: Minuta de Ficha Análise de Construção em Zona de Proteção de Aeró-
dromo.
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Figura 9: Trâmite para Autorização de Aproveitamento do Solo em Área do PZR.
INTERESSADO
COMAR
DAC/IAC
PREFEITURA
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5. ÁREA DE SEGURANÇA AEROPORTUÁRIA (PERIGO AVIÁRIO)
5.1. Introdução
A segurança das operações aéreas em relação a colisões de aeronaves com
aves no espaço aéreo brasileiro vem sendo ameaçada por fatores externos, que fo-
gem às competências e responsabilidades da Autoridade Aeronáutica.
Observa-se o agravamento da situação de risco, principalmente em função do
desequilíbrio ecológico causado, por exemplo, pelas áreas destinadas à deposição
e/ou tratamento dos resíduos sólidos urbanos, pelos matadouros, entrepostos de
pesca e curtumes. A presença de área residencial, com precária ou nenhuma infra-
estrutura de saneamento básico, também tem contribuído para esse quadro.
Considerando a necessidade de garantir a segurança de vôo, principalmente
nos procedimentos de aproximação, pouso e decolagem de aeronaves, este docu-
mento apresenta algumas diretrizes e recomendações para a busca de soluções que
visam controlar, reduzir ou eliminar os fatores de atração de aves e mitigar o pro-
blema do perigo aviário existente nos aeroportos brasileiros.
5.2. Objetivo Específico
Orientar o trato dos assuntos relacionados à problemática do perigo aviário,
de forma a eliminar ou reduzir o risco de colisões de aeronaves com aves. Isto se
estabelece a partir da gestão dos fatores de atração de aves, quer seja pelo controle
das atividades antrópicas, consideradas de natureza perigosa em função das condi-
ções de atração de aves, ou pelo ordenamento e modificação ambiental dos biomas,
onde a inter-relação de seus elementos se constitui em fator atrativo para as aves.
5.3. Procedimentos
Os procedimentos para lidar com as questões relacionadas diretamente com
a problemática do perigo aviário, seja por reclamação, denúncia ou vistoria, estão
divididos em quatro passos, a saber: 1. aspectos legais e normativos; 2. identifica-
ção do problema; 3. vistoria da área patrimonial aeroportuária; e 4. observações “in
loco” da área externa à poligonal patrimonial do aeródromo. Estes passos serão de-
talhados a seguir.
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Passo 1 - Aspectos Legais e Normativos
A Resolução CONAMA nº 4, em seu artigo 1º, estabelece a Área de Seguran-
ça Aeroportuária (ASA), caracterizada na Figura 10, como sendo a área abrangida a
partir do “centro geométrico do aeródromo”, até um raio de 20 km, para aeroportos
que operam de acordo com as regras de vôo por instrumento (IFR), e de 13 km para
os demais aeródromos (operação VFR). Em seu artigo 2º, determina que não será
permitida a implantação de atividades de natureza perigosa dentro da ASA, entendi-
das como “foco de atração de pássaros”, como matadouros, curtumes, vazadouros
de lixo ou quaisquer outras atividades que possam proporcionar riscos semelhantes
às operações aéreas.
O artigo 46 da Portaria nº 1.141/GM5 estabelece, em seu caput, que nas Á-
reas de Aproximação e Áreas de Transição dos aeródromos e helipontos (Figura 11)
não são permitidas implantações de natureza perigosa, mesmo não ultrapassando
os gabaritos fixados. Em seu parágrafo 1º, denomina como implantação de natureza
perigosa uma série de atividades, dentre elas os matadouros, vazadouros de lixo,
culturas agrícolas que atraiam pássaros, assim como outras que podem proporcio-
nar riscos semelhantes às operações aéreas. Já em seu parágrafo 3º, dá competên-
cia ao Comando Aéreo Regional para decidir “contrária ou favoravelmente sobre a
execução da implantação”.
Nesse contexto, cabe observar que as áreas estabelecidas pela legislação ci-
tada determinam a área de influência direta, no que diz respeito ao perigo aviário, re-
ferente a cada instrumento normativo, devendo, primeiramente, ser observado o seu
cumprimento. Ainda com relação aos aspectos legais, o RBHA 139 define:
Seção 139.311, parágrafo c, subparágrafo 12, “Gerenciamento do Perigo
da Fauna”. Este item prevê para a administração aeroportuária a necessi-
dade de estabelecer procedimentos no intuito de avaliar os perigos exis-
tentes e implantar programas de controle.
Seção 139.427, parágrafo a, subparágrafo 3, “Programa de Gestão do Pe-
rigo da Fauna”.
Nesse sentido, deverão ser verificados os procedimentos para avaliar os peri-
gos existentes para o aeródromo, bem como o Programa de Gestão do Perigo daFauna, estabelecidos pela administração aeroportuária local.
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Passo 2 – Identificação do Problema
A existência de concentração de aves e de possíveis focos de atração das
mesmas, bem como o aumento no número de eventos (incidentes/acidentes) regis-
trados no aeródromo em questão, é um indicador da presença de atividades que po-
dem se constituir em perigo para as operações aéreas na(s):
Área de Segurança Aeroportuária (ASA) do referido aeródromo, estabele-
cida pela Resolução CONAMA nº 04/95, vide figura 10;
Áreas de Aproximação e Transição do Plano de Zona de Proteção de Ae-
ródromo (PBZPA), vide figura 2, ferindo os preceitos estabelecidos na Por-
taria nº 1.141/GM5.Após a identificação desses elementos relacionados ao perigo aviário, os
passos seguintes serão resultado da realização de vistorias na área de influência di-
reta.
As vistorias visam à elaboração de um documento denominado “Relatório de
Visita”, contendo fotografias e coordenadas geográficas dos focos considerados po-
tencialmente atrativos para aves. Este relatório deverá ser composto por duas par-
tes: uma relacionada à vistoria na área patrimonial e a outra na área externa da poli-
gonal patrimonial, limitada pela dimensão da respectiva ASA.
Passo 3 – Vistoria da Área Patrimonial Aeroportuária
Esta etapa é constituída pelas seguintes fases: 1. observação e verificação “in
loco” dos fatores atrativos de aves na área patrimonial e solicitação de ações correti-
vas à Administração Aeroportuária Local e concessão de prazo para a correção dos
problemas identificados (Passo 3a); e 2. realização de nova vistoria objetivando aavaliação dos resultados alcançados (Passo 3b).
Passo 3a – Observação e verificação dos fatores atrativos de aves na área pa-
trimonial, solicitação de ações corretivas à Administração Aero-
portuária Local e concessão de prazo.
Na visita à área do aeródromo deverá ser verificada a presença de fontes de atração
de aves que possam ser extintas através da atuação contínua de fiscalização e in-
tervenção por parte da Administração Aeroportuária.
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Inicialmente, nos terminais de passageiros, de carga e em outras edifica-
ções, devem ser observadas as condições de abrigo, segurança e descanso de a-
ves, nos vãos e treliças de sustentação do telhado e no forro do teto, assim como a
presença de aves como rolinhas, corujas, pombos e gaviões.
Deve-se observar, também, se há costume de alimentação de aves por parte
de funcionários ou usuários, se as áreas de refeição, restaurantes e lanchonetes
possuem limpeza adequada e se o lixo é acondicionado em sacos plásticos e em re-
cipientes dotados de tampa. É importante verificar, ainda, a forma de coleta e o tipo
de armazenamento provisório dos resíduos sólidos gerados no aeródromo, até o re-
colhimento e destinação final destes, visando à identificação de falhas no processo.
Nas áreas abertas, dotadas de vegetação rasteira ou gramados, observar se
há presença de aves ou de roedores que possam atrair aves. Nestas áreas pode
haver nidificação, principalmente do quero-quero e da coruja buraqueira, que estatis-
ticamente concorrem com o urubu em incidentes envolvendo aeronaves. Observar
também se há formações aquáticas como lagos, rios e alagadiços formados pela
chuva ou por ausência de sistema de drenagem, que possam proporcionar desse-
dentação ou alimentação de aves pela presença de girinos, alevinos ou larvas de in-
setos.
Ocasionalmente, as aves também podem usar a área de manobras do aero-
porto como descanso, tornando-se um problema, especialmente se sentirem segu-
rança e encontrarem alimentação. Além disso, uma ave pousada isoladamente na
pista pode atrair outras da mesma espécie, aumentando o perigo de incidentes com
aeronaves.
No sentido de orientar o desenvolvimento das tarefas desta fase, recomenda-
se a aplicação do documento elaborado pelo IAC Checklist de Fontes de Atração de
Aves em Áreas Aeroportuárias”, cujo conteúdo encontra-se descrito no Item 5.5.
deste manual.
Após a aplicação do Checklist e a identificação dos possíveis focos de atra-
ção de aves, devem ser solicitadas à Administração Aeroportuária Local a definição
e adoção de ações corretivas, com o estabelecimento de prazos, no intuito de miti-
gar ou controlar os focos de atração de aves existentes na área patrimonial.
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Passo 3b – Realização de nova vistoria para fins de avaliação dos resulta-
dos alcançados.
Ao término do prazo estabelecido para a execução das ações corretivas
solicitadas à Administração Aeroportuária Local, deverá ser realizada nova vistoriapara verificação e avaliação dos resultados alcançados.
Caso as ações corretivas não tenham sido implementadas ou não tenham al-
cançado os resultados desejados, deve-se dar conhecimento dos fatos ao DAC (SIE
e DIPAA) para a adoção das medidas administrativas julgadas cabíveis, enviando
cópia do Relatório de Visita.
Passo 4 – Observações “In Loco” da área externa da poligonal patrimonial doaeródromo.
Neste passo, são levantados e identificados os principais focos de atração de
aves, bem como possíveis concentrações das mesmas observadas na área externa
à área patrimonial do aeródromo.
Passo 4a – Levantamento dos focos atrativos de aves.
Devem ser levantadas as possibilidades de oferta de alimento geradas por a-tividades antrópicas consideradas de natureza perigosa (lixão, aterro sanitário, ma-
tadouros, granjas, curtume, indústria de pescado e outras) na área externa da poli-
gonal patrimonial do aeródromo. Verificar, também, a existência de áreas residenci-
ais com precário sistema de saneamento básico, que possam contribuir para a atra-
ção de aves, devido à oferta de alimentos.
Nas visitas deverão ser observadas, ainda:
áreas que permitem acúmulo de água da chuva por ausência de drenagem;áreas antropizadas que propiciem outros fatores de atração de aves, tais
como áreas seguras para descanso, abrigo, pernoite e nidificação,
a presença de biomas, tais como mangues, rios, lagoas, baías, matas e flo-
restas, que possam proporcionar, além de alimento, áreas para descanso,
abrigo e condições adequadas de segurança para nidificação; e
a presença de concentração de aves que possam se constituir em perigo
para a atividade aérea no aeródromo.
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Passo 4b – Comunicação às autoridades competentes e, posteriormente, ao
DAC (SIE e DIPAA) e ao CENIPA quanto à situação de risco.
Uma vez confirmada a presença de focos de atração de aves na área externa
da poligonal patrimonial do aeródromo, recomenda-se notificar formalmente o fato
aos responsáveis pelo mesmo, à Prefeitura Municipal e ao órgão ambiental local, re-
querendo providências no sentido de solucionar o problema identificado.
Após determinado prazo, nova vistoria deverá ser realizada, no sentido de ve-
rificar a extinção da situação de risco para a atividade operacional no aeródromo em
questão. Caso não se observe melhoria no grau de risco constatado anteriormente,
o DAC (SIE e DIPAA) e o CENIPA deverão ser notificados.
Este procedimento permitirá aos órgãos que compõem a Comissão de Con-
trole do Perigo Aviário, no Brasil, avaliar a necessidade de formação de um “Comitê
Local de Controle do Perigo Aviário”, para definição e adoção de procedimentos efe-
tivos no desenvolvimento de um programa de gestão do perigo aviário, conforme
previsto no RBHA 139.
Outra medida cabível, diz respeito ao acionamento da Advocacia Geral da U-
nião (AGU) ou da Procuradoria da República, para que os infratores sejam respon-
sabilizados pela não observância de seus deveres quanto aos aspectos de planeja-
mento urbano, de saneamento básico e ambiental, relacionados ao perigo aviário.
Por fim, os procedimentos de fiscalização e de atendimento relacionados à
problemática do perigo aviário, quanto aos focos de atração de aves presentes na
área de influência direta dos aeródromos, encontram-se resumidos no fluxograma
apresentado no subitem 5.4.
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5.4. Fluxograma do Perigo Aviário
II N NÍÍCCIIOO
ORIGEM:- Reclamação- Denúncia- Vistoria
Problema? Resposta
Observação “in Loco”
Não
Necessidade de levantamento dos focos atrativosde aves
Confirmaçãodos Focos de
Atração?
rea Internaou Externa?
Resultado Sa-tisfatório?
Sim
Interna
ASPECTOS LEGAIS E NORMATIVOS:- Resolução CONAMA nº 4/95- Portaria nº 1.141/GM5/87- RBHA nº 139
IDENTIFICAÇÃO DE PERIGO AVIÁRIO:- Existência de concentração de aves- Possíveis focos de atração de aves- Aumento no número de eventos registrados
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Passo 2
Envio do Relatório de Visita para oDAC (SIE e DIPAA) e CENIPA
Necessidade de levantamento dosfocos atrativos de aves
Aplicação do checklist, solicitação de ações cor-retivas à Administração Aeroportuária Local e
concessão de prazos para a correção
Nova vistoria para verificação e avaliação de re-sultados
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Passo 3a
Identificar:- Alimentação- Áreas antropisadas (Abrigo, pernoite, nidificação)- Biomas focos de atra ão de aves
Arquivar
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Arquivar
Passo 1
Sim
Passo 3b Passo 4b
Sim
Não
Externa
Arquivar
Não
Passo 4a
Comunicação às autoridadescompetentes
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5.5. Checklist para Verificação de Fontes de Atração de Aves em Áreas Aero-
portuárias
Dentro da área patrimonial do aeroporto podem ser identificadas diversas fon-tes de atração de aves. Estas fontes, após identificadas, podem ser extintas por in-
termédio da atuação contínua de fiscalização e intervenção por parte do administra-
dor.
A listagem abaixo enumera os principais focos de atração de aves a serem
observados:
1) Alimentação
Uma das fontes de atração de aves mais freqüentes tem sido a alimentação,
tanto para as aves residentes na área aeroportuária quanto para as aves migrató-
rias. As fontes de alimentação mais comuns são:
a) sementes/frutos (frutos de casca fina) – evitar árvores frutíferas e legumino-
sas;
b) insetos e larvas - verificar, principalmente, em locais onde existe água pa-
rada;
c) minhocas e outros invertebrados - verificar em gramados ou jardins;
d) plantas ornamentais - evitar o plantio em áreas descobertas;
e) ervas, folhas e raízes comuns – verificar ao redor da área de manobras do
aeroporto e ao longo das pistas;
f) mamíferos (roedores e outros) – verificar ao redor da área de manobras do
aeroporto e ao longo das pistas;
g) animais mortos - verificar na área patrimonial do aeroporto e no seu en-
torno;
h) restos de comida – verificar as áreas próximas à comissaria, restaurante,
cantina etc;
i) lixo – evitar depósitos em áreas abertas, sem tratamento adequado.
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2) Abrigo
As aves utilizam como abrigo as árvores, a vegetação, os vazios nos telhados
e forros do teto de hangares e outros edifícios do aeroporto, que deverão ser veda-
dos.
3) Segurança
Um exemplo de ave que busca segurança sem procurar abrigo é a gaivota,
que pousa nas pistas por se sentir mais segura e porque pode ver claramente o es-
paço que a rodeia, sem que alguma presença humana à vista venha molestá-la. A-
lém disso, é necessário o correto cultivo de gramíneas, pois a sua altura é muito im-
portante para dificultar o pouso de pássaros que buscam segurança em áreas des-
campadas com boa visibilidade. Conforme recomendações estabelecidas no Manual
de Serviços de Aeroportos da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI),
deve-se manter uma altura mínima de 12 cm e máxima de 25 cm para qualquer es-
pécie de gramínea utilizada nas áreas aeroportuárias.
4) Nidificação
Na época da procriação, as aves iniciam a construção de ninhos e, com isso,
fazem vôos constantes em busca de material para sua confecção e de alimento para
os filhotes, após a eclosão dos ovos. As aves usualmente procuram áreas calmas e
longe da presença humana. Cada espécie apresenta uma época de procriação e
hábitos distintos, dependendo do clima e de diversos fatores.
A medida mais conveniente para reduzir a nidificação de um número indeter-
minado de aves é conseguida através da obstrução dos locais onde essas aves
possam estabelecer-se, ou do impedimento do acesso das mesmas a estas áreas.
Em certas situações, caberá, ainda, a modificação do meio, de modo a torna-lo me-
nos atrativo.
5) Formações Aquáticas
As grandes formações aquáticas não só atraem espécies terrestres em busca
de água e alimento, como também servem de local de permanência para espécies
aquáticas. Os rios, lagos e alagadiços formados pela chuva estabelecem um “habi-
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tat” adequado para as aves que neles encontram peixes, alevinos, girinos, larvas
de inseto, crustáceos e outros atrativos.
Áreas de espelho d’água nos aeroportos deverão ficar cobertas por redes, de
forma a coibir o pouso de aves.
6) Descanso
Aves que estão de passagem migratória podem descer nas pistas dos aero-
portos em busca de descanso e o problema pode se agravar se houver segurança e
alimentação em abundância. Uma ave pousada isoladamente na pista pode atrair
outras de sua espécie, criando uma situação perigosa.
Ao se avistar uma única ave, já devem ser adotadas medidas para que as ou-
tras do bando não pousem. Essas medidas devem considerar o tipo da ave, a dis-
ponibilidade de meios existente e a conformidade com as determinações dos órgãos
ambientais locais.
7) Limpeza
Lixo não ensacado e não retirado, locais com poças d’água por muito tempo,
sistema de drenagem inexistente, inadequado ou interrompido por material sólido
acumulado, restos de comida em áreas próximas ao terminal, hangares, pátios e pis-
tas constituem-se em atrativos para aves. Assim, a limpeza constante da área aero-
portuária é fundamental para a manutenção da segurança em relação à atração de
aves.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As tarefas de conscientização da população localizada nas áreas de entorno
de aeródromos quanto às possíveis formas de controle dos aspectos negativos dorelacionamento comunidade-aeroporto, cabem à Administração Aeroportuária Local,
que tem como uma de suas mais importantes responsabilidades preservar as condi-
ções operacionais do sítio aeroportuário.
No que concerne especificamente aos Planos de Zoneamento de Ruído (P-
ZR) e de Zona de Proteção de Aeródromo (PZPA), a Administração Aeroportuária
Local deve auxiliar o Comando da Aeronáutica nos esforços para a sua incorporação
ao planejamento urbano municipal, compatibilizando suas premissas e diretrizes à
legislação que trata do zoneamento da cidade ou do município.
Por último, em relação ao perigo aviário, em face da necessidade de se esta-
belecer um gerenciamento da situação de risco existente nos aeródromos, bem co-
mo garantir a segurança necessária para a prática da atividade aeronáutica e o
cumprimento da legislação ambiental vigente, torna-se fundamental a realização de
vistorias periódicas nas unidades aeroportuárias e nas respectivas áreas de influên-
cia.
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7. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
ABNT. Aeroportos – Resíduos sólidos. Julho de 1996. (NBR 8843).
ABNT. Avaliação do impacto sonoro gerado por operações aeronáuticas. Maio de
1993. (NBR 12859).
ABNT. Controle de Vetores em Aeroportos. Abril de 1985. NBR 8844.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. promulgada em 5 de outu-
bro de 1988. São Paulo. 1998.
BRASIL. Ministério da Aeronáutica. Portaria nº 1.141/GM5, de 08 dezembro de
1987. Dispõe sobre Zonas de Proteção e aprova o Plano Básico de Zona de
Proteção de Aeródromos, o Plano Básico de Zoneamento de Ruído, o Plano
Básico de Zona de Proteção de Helipontos e o Plano de Zona de Proteção
de Auxílios à Navegação Aérea e dá outras providências. Diário Oficial [da
República Federativa do Brasil], Brasília, v. 125, n. 233, p. 21190-98, 09
Dez. 1987. Seção 1.
BRASIL. Ministério da Aeronáutica. Portaria nº 398/GM5, de 04 de junho de 1999.Dispõe sobre a aplicação do Anexo 14 à Convenção de Aviação Civil Inter-
nacional no Território Nacional. Diário Oficial [da República Federativa do
Brasil], Brasília, n. 206, p. 11, 07 Jun. 1999. Seção 1.
BRASIL. Ministério da Aeronáutica. Departamento de Aviação Civil. Instrução para
concessão e autorização de construção, homologação, registro, operação,
manutenção e exploração de aeródromos civis e aeroportos brasileiros Rio
de Janeiro: s.n., 1990 (IMA 58-10 – IAC 2328-0790).
BRASIL. Ministério da Aeronáutica. Regulamento Brasileiro de Homologação Aero-
náutico (RBHA-139). Certificação Operacional de Aeroportos. Rio de Janei-
ro. Novembro de 2003.
BRASIL. Ministério da Aeronáutica. Lei Nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986. E-
menta. Código Brasileiro de Aeronáutica.
ICAO. Aerodrome Design and Operations. (Annex 14), Emenda 5. 1 ed. 1999. 2v. V.
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1. Montreal
Resolução CONAMA nº 01, de 23 de janeiro de 1986. Vincula o licenciamento de a-
tividades modificadoras do meio-ambiente à elaboração de EIA-RIMA a se-
rem submetidos à aprovação do órgão competente.
Resolução CONAMA nº 04, de 9 de outubro de 1995. Cria a Área de Segurança Ae-
roportuária (ASA), estabelecendo restrições especiais sobre o uso da terra
de propriedades vizinhas dos aeródromos.
Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997. Dispõe sobre o processo
de licenciamento ambiental.
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TELEFONES E ENDEREÇOS PARA CONTATO:
Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA)
Av. General Justo, 160 _ 4º andar
20021-130 – Castelo - Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 3814-6000
FAX.: (21) 3814-6133
E-mail: [email protected]
Departamento de Aviação Civil (DAC)
Rua Santa Luzia, 651 / 6º Andar
Ed. Santos Dumont _Castelo
20030-040 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 3814-6901 / 6731
Fax.: (21) 2544-6335
E-mail: [email protected]
Subdepartamento de Infra-Estrutura (SIE)
Rua Santa Luzia, 651 / 5º Andar
Ed. Santos Dumont _Castelo
20030-040 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 3814 6706
Fax.: (21) 3814-6736
E-mail: [email protected]
Instituto de Aviação Civil (IAC)
Av. Alte. Sílvio de Noronha, 369 / Anexo
20021-010 _ Castelo
Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 2210-1393 / 2533-3337
Fax.: (21) 2220-5727
E-mail: [email protected]
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DIRETOR DO INSTITUTO DE AVIAÇÃO CIVIL (IAC)
Pedro Bittencourt de Almeida, Cel.-Av.
CHEFE DA DIVISÃO DE PLANEJAMENTO AEROPORTUÁRIO E
PESQUISA DO TRANSPORTE AÉREO (DPT)
Douglas Artur Pereira, Maj.-Eng.
EQUIPE TÉCNICA:
Ana Lúcia Carvalho de Moraes, Arquiteta
Bernardo Alencar Porfírio, Arquiteto
Carlos Alberto Fontelles, Biólogo
Elizabeth Andrade, Arquiteta
Jorge Alves da Silveira, Físico
Kazuhiro Uekane, Engenheiro
Luiz Carlos Avellar, Engenheiro
Marilda Ramos, Arquiteta
Maurício de Mello Reis, Arquiteto
COMPUTAÇÃO GRÁFICA:
Rafael Matera – Arquiteto
REVISÃO
Liane Diniz