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Escola Secundária De Fontes Pereira de Melo – 401780 “Escola em processo de mudança” SISTEMA DE IGNIÇÃO Num motor de combustão interna a gasolina, a inflamação da mistura admitida é produzida por uma faísca que salta entre os dois ou mais pólos da vela. Para que haja faísca, isto é, para que a corrente atravesse a mistura fortemente comprimida, é necessário que uma tensão de 6000 a 12000 volts seja desenvolvida. Esta corrente de ignição geralmente é produzida por um sistema de ignição. Rua O Primeiro de Janeiro • 4100-366 PORTO • PORTUGAL • Telef.: +351 226069563 • Fax: +351 226008802 • E-mail: [email protected]

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Escola Secundária De Fontes Pereira de Melo – 401780“Escola em processo de mudança”

SISTEMA DE IGNIÇÃO

Num motor de combustão interna a gasolina, a inflamação da mistura admitida é produzida por uma faísca que salta entre os dois ou mais pólos da vela.

Para que haja faísca, isto é, para que a corrente atravesse a mistura fortemente comprimida, é necessário que uma tensão de 6000 a 12000 volts seja desenvolvida.

Esta corrente de ignição geralmente é produzida por um sistema de ignição.

Este consiste num conjunto de componentes que utilizam a corrente fornecida pela bateria de acumuladores (12 Volts). Esta corrente da

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bateria é transformada em corrente de alta tensão e, depois, distribuída às velas do motor.

1 - SISTEMA DE IGNIÇÃO CONVENCIONAL (COM PLATINADOS)

Para se compreender melhor o funcionamento do sistema de ignição, apresenta-se o sistema convencional, cujo princípio de funcionamento se mantém nos outros sistemas mais recentes.O sistema de ignição convencional é constituído pelos seguintes órgãos:

Bateria: fornece energia eléctrica ao sistema.

Interruptor ou chave de ignição: permite ligar ou desligar o sistema de ignição da bateria, ligando ou desligando o motor.

Bobina : transforma a corrente de baixa tensão da bateria, geralmente 12 V, em corrente de alta tensão, 12000 V ou mais, para que se produza uma faísca intensa. Algumas bobinas especiais atingem 40 000 V.

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Condensador: evita que se produzam faíscas nos platinados e intensifica a faísca de ignição.

Ruptor : controla o momento em que as faíscas devem ser produzidas. Fica geralmente instalado no interior do distribuidor. Dele fazem parte os platinados.

Distribuidor: distribui a corrente de alta tensão pelos diferentes cilindros do motor. É constituído pelo rotor e pela tampa do distribuidor.

Mecanismos de avanço: controlam os momentos em que devem saltar as faíscas, em função da velocidade de funcionamento do motor e da carga a que está submetido. Estão instalados no corpo do distribuidor.

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Cabos (de baixa e de alta tensão) estabelecem as ligações eléctricas entre os vários órgãos anteriormente mencionados.

Velas: produzem as faíscas no interior das câmaras de combustão, por forma a incendiarem a mistura ar/combustível.

1.1 AS BATERIAS

Uma bateria é um dispositivo para armazenar energia química e convertê-la em electricidade. Uma bateria é feita de uma ou mais

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células electroquímicas e cada uma consiste de duas metades de células ou eléctrodos.

As baterias são a principal fonte de energia eléctrica dos automóveis. A bateria alimenta os seguintes sistemas:

Arranque;

Ignição;

Carregamento;

Luzes;

Acessórios;

1.1.1 - Funções da Bateria:

Motor desligado: a bateria fornece energia para utilizar acessórios e luzes;

Motor a pegar: a bateria fornece energia para operar o motor de arranque e o sistema de ignição durante o arranque;

Motor a trabalhar: o sistema de carga (alternador) fornece maior parte da energia requerida para o funcionamento da viatura e a bateria funciona como um estabilizador tensão para proteger os circuitos da viatura, especialmente os electrónicos, conta picos de tensão;

1.1.2 - Tipos de Baterias

Os tipos são:

Baterias de chumbo;

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Baterias de hidrato metálico de níquel (NiMH);

Baterias de ion-lítio (Li-ion);

Sub tipos:

Selada;

Não-selada;

1.1.3 - CONSTRUÇÃO DA BATERIA

A bateria de automóvel contém um electrólito de ácido sulfúrico diluído e eléctrodos positivos e negativos, em forma de várias placas.

Dado que as placas são feitas de chumbo ou de materiais derivados de chumbo, este tipo de bateria é vulgarmente designada de acumuladores de chumbo.

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Internamente, a bateria encontra-se dividida em vários elementos (habitualmente seis, no caso das baterias automóveis), e em cada elemento existem diversos elementos da bateria, todos banhados pelo electrólito.

1.1.4 - ELEMENTOS DA BATERIA

As placas positivas e negativas estão ligadas entre si por um conjunto de barras individuais (ligação de placas múltiplas). Esses grupos de placas positivas e negativas são depois colocados alternadamente, divididos por separadores de fibra de vidro. O

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conjunto das placas, separadores e protectores é designado por elemento da bateria. O agrupamento das placas desta forma, tem por finalidade o alargamento da área de contacto entre os materiais activos e o electrólito, permitindo consequentemente, o fornecimento de uma maior quantidade de electricidade. Por outras palavras, a capacidade da bateria é aumentada.

A força electromotriz gerada por um elemento é de cerca de 2.1V, independentemente da quantidade ou medida das placas. Dado que as baterias dos automóveis possuem 6 elementos ligados em série, a sua força electromotriz de potencia nominal é de 12V.

O electrólito da bateria CHUMBO-ÁCIDO é sempre uma solução de ácido sulfúrico diluída. O electrólito de densidade mais baixa (menor quantidade de ácido) é preferível, pois haverá menos acção local nas placas negativas, bem como vai impor menor carga nas placas positivas, e haverá menor ataque do ácido nos separadores. Já o electrólito de densidade maior (maior quantidade de ácido) aumenta a capacidade do acumulador e amplia a característica da tensão descarga, especialmente em descargas mais rápidas.

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Possuem uma densidade de 1260 ou 1280 (a uma temperatura de 20º C), quando a bateria está totalmente carregada.

Para medir esta densidade utilizamos o densímetro.

A escala de medida pode ser apresentada em cores ou em valores de percentagem e indicam a concentração de ácido na solução medida o que por sua vez indica a carga actual da bateria no elemento medido.

Se a escala for numérica podemos de imediato verificar o grau de densidade de electólito através dos valores apresentados sendo que:

100% carga – 1.24/1.28 carregada

50% carga – 1.25/1.16 meia carga

0% carga – 1.16/1.10 descarregada

Para efectuar a medição devemos retirar as tampas de respiro, verificar se o electrólito está a banhar as placas de chumbo, e depois inserir o densímetro no orifício para recolher uma amostra de electrólito.

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0%

50%

100%

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Após esta recolha o componente interno do densímetro irá mover-se consoante a carga da bateria de forma a que se a demonstre a carga actual da bateria.

Se o liquido que é “aspirado” pelo densímetro tiver uma cor cinzenta e não cristalina, estamos perante uma bateria que terá já problemas ao nível do isolamento das placas e pode já se encontrar danificada ou vir a estar muito brevemente.

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A caixa da bateria é o recipiente que contém o electrólito e está dividida em 6 compartimentos ou elementos. Esta caixa é semi-transparente para ser visível o nível de líquido no interior. As placas não assentam no fundo da caixa para evitar curto-circuitos caso aja algum material libertado das placas.

Tampas de respiro destinam-se a tapar os orifícios utilizados para adicionar electrólitos. Estão também concebidas no sentido de separar o gás hidrogénio (formado quando a bateria se encontra a carregar) e o vapor de ácido sulfúrico que se encontram presentes no ar interior da bateria.

Actualmente as baterias são conhecidas por não terem manutenção, onde não é possível nem necessário acrescentar água ou ácido nos elementos, o que quer dizer que não temos acesso a estas tampas. Apesar disso existe um respiro na estrutura da bateria por forma eliminar os vapores causados pelas reacções químicas entre os elementos internos das baterias.

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CODIGOS DE IDENTIFICAÇÃO DAS BATERIAS

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