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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

MANUAL DE REDAO OFICIAL

BRASLIA, 2008

Os autores: Major QOBM/Comb. Marcus Vincius Braz de Camargo, matr. 00315-8

1 Sargento QBMG-1 Pricles Rodrigues de Oliveira, matr. 04492-X Graduando em Direito

1 Sargento QBMG-1 Leno Rodrigues de Queiroz, matr. 05485-2 Graduado em Servio Social

2 Sargento QBMG-1 Cludio de Oliveira Brasil, matr. 05346-5 Bacharel em Administrao e ps-graduado em Marketing

Soldado QBMG-1 Solange de Carvalho Lustosa, matr. 06509-9 Licenciada em Letras, Mestre em Lingstica e Doutoranda em Lingstica

No h assuntos urgentes, h assuntos atrasados. (mxima burocrtica)

Nada faais por esprito de partido ou vanglria, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vs mesmos. Cada qual tenha em vista no seus prprios interesses, e, sim, os dos outros. (Filipenses 2. 3-4)

We must love them both those whose opinions we share and those whose opinions we reject. For both have labored in the search for truth, and both have helped in the finding of it. St. Thomas de Aquino (1225-1274) [Ns devemos amar ambas: aquelas opinies que compartilhamos e aquelas que rejeitamos. Porque elas trabalham na procura da verdade e ajudam a encontr-la.]

Este manual dedicado a todas as praas do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal que participam de todas as fases que envolvem a tramitao da

documentao oficial desta Instituio.

Agradecemos a colaborao do Ten-Cel. JODIR CSAR MENEZES, pela orientao quanto ao trato com a documentao reservada/sigilosa. Agradecemos, tambm, a dedicao do 2 Ten RRm. MANOEL JOS DA SILVA MATOS ao ensino de redao oficial para os vrios cursos j realizados na

Corporao e as suas sugestes feitas a este Manual, decorrentes de sua leitura minuciosa, com o intuito de que ele se torne uma referncia bibliogrfica de

efetiva consulta.

SUMRIO

Sobre o Manual de Redao Oficial do CBMDF 1. O que redao? Como se faz? 1.1. O que Redao Oficial? 2. Formatao geral de documentos do CBMDF 2.1. A formatao do envelope 2.2. Formatao para publicao em Dirio Oficial do Distrito Federal 3. Requisitos necessrios para a formulao de atos administrativos 3.1. Classificao dos atos administrativos 3.1.1. Normativos 3.1.1.1. Portaria 3.1.1.2. Despacho 3.1.1.3. Ordem de servio 3.1.2. Enunciativos 3.1.2.1. Parecer 3.1.2.2. Relatrio 3.1.2.3. Informao 3.1.3. De assentamento 3.1.3.1. Ata 3.1.4. Comprobatrios 3.1.5. De correspondncia 3.1.5.1. Carta 3.1.5.2. Circular 3.1.5.3. Exposio de motivos 3.1.5.4. Memorando 3.1.5.5. Mensagem (fax) 3.1.5.6. Ofcio 3.1.6. Outros 3.1.6.1. Comunicao de acidente 3.1.6.2. Atestado de origem 3.1.6..3. Inqurito sanitrio de origem 3.1.6.4. Requerimento 3.1.6.5. Declarao de beneficirio 10 13 15 19 20 22 23 24 24 29 31 34 34 36 38 40 40 42 42 42 45 47 47 50 51 53 53 57 59 60 63

3.1.6.5. Nota de boletim 4. A correspondncia virtual da Corporao 4.1. Lista de endereos eletrnicos oficiais de Sees, Diretorias, Centros e Companhias do CBMDF 5. Os boletins da Corporao 5.1 O boletim geral 5.2. Os boletins internos 5.3. O boletim reservado 6. Arquivamento da documentao 6.1 O Arquivo-Geral 6.2. Informaes sobre arquivamento de documentos 7. Dvidas relacionadas redao oficial militar 7.1. A formao do gnero feminino no CBMDF 7.2. Uso de maiscula no CBMDF 7.3. Pronomes de tratamento 7.4. Abreviaturas mais utilizadas na Corporao 7.5. As siglas utilizadas no CBMDF 7.6. Regncia verbal / regncia nominal 7.7. Diferenas entre: em exerccio, por delegao, respondendo pelo 7.8. Diferena entre atenciosamente e respeitosamente 7.9. O enquadramento 7.10. A documentao sigilosa 7.11. A tramitao da documentao (normal / urgente / urgentssimo / com prazo) 7.12. Autenticao de documentos 7.13. O recebimento de documentos 7.14. Junto a ou junto de 7.15. Gerundismo 7.16. Atravs de 7.17. Hfen Referncias bibliogrficas

63 66

66 69 70 71 71 72 72 73 74 74 76 78 81 83 85 90 92 92 93

94 94 95 96 96 98 98 100

Sobre o Manual de Redao Oficial do CBMDFH tempos o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal espera por uma normatizao de seus atos administrativos que viesse ao encontro de perguntas sobre a maneira correta de se elaborar cada expediente. A dificuldade geralmente advm apenas no momento da escrita e surgem questes que variam do pronome de tratamento a ser utilizado at como retratar as mulheres militares desta Corporao. Com o intuito de dirimir essas dvidas e mais algumas outras que foram lembradas, este manual foi elaborado no s para os militares atrelados ao servio burocrtico da Corporao, mas tambm para todos aqueles que, uma vez ou outra, precisam relatar alteraes no servio, fazer um requerimento e no sabem ou necessitam de modelo para redigirem. Deve-se salientar que os militares que participaram da confeco deste manual tiveram como preocupao primordial abarcar tudo o que se refere tramitao da documentao oficial do CBMDF, o que incluiu aspectos sobre a maneira e onde arquivar os documentos, o trato com a documentao sigilosa, a padronizao tanto de atos administrativos como do envelope utilizado, alm de inserir questes gramaticais consideradas problemticas e mais freqentes no momento da escrita. Um ponto crucial deste manual, certamente, o estabelecimento da padronizao das formas nominais referentes s mulheres militares do CBMDF. A questo do feminino polmica, pois h bastante controvrsia entre o uso dessas formas. A Academia Brasileira de Letras, no Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa (VOLP), registrou a existncia de alguns desses termos flexionados, mas tal flexo no abarca todos os postos/graduaes. Este manual pretende, por meio da observao do uso desses vocbulos, definir qual ser a forma utilizada nesta Corporao. A bibliografia central deste manual o Manual de Redao Oficial da Presidncia da Repblica, o Manual de Redao Oficial do Governo do Distrito Federal e as Instrues Gerais para a Correspondncia, as Publicaes e os Atos Administrativos no mbito do Exrcito. O fato de no ter adotado nenhum dos manuais citados anteriormente, deve-se especificidade da documentao oficial produzida pelo CBMDF, pois, embora seja rgo atrelado ao GDF, militar,

caracterstica que deve ser evidenciada em seus atos administrativos, da a procura por expedientes que retratem essa natureza. Deixam de constar neste manual os atos administrativos de ajuste, tais como o convnio e o contrato, alm do edital em virtude de serem complexos e requererem uma ateno redobrada. Os primeiros por estarem regulados por legislao federal (Lei n. 8.666), com conseqncias sujeitas Lei de Responsabilidade Fiscal; o ltimo, por estar sujeito s implicaes legais nem sempre interessantes para a Administrao Pblica. Esses expedientes sero tratados oportunamente e com maior ateno em outra publicao. Este manual pretende, tanto quanto possvel, mostrar solues para alguns dos problemas freqentes no mbito burocrtico, para algumas perguntas igualmente freqentes sobre a tramitao ou elaborao de determinados expedientes, baseadas em conhecimentos que, infelizmente, no so to pblicos quanto deviam e na observao de outras instituies co-irms sobre o assunto.

Os autores

- 10 -

1. O que redao? Como se faz?Escrever fcil: voc comea com uma letra maiscula e termina com um ponto final. No meio voc coloca idias. (Pablo Neruda, poeta Chileno)

A escrita a resposta a uma necessidade social: as informaes precisavam ser eternizadas, passadas para as outras geraes e a memria j no era mais suficiente, mas com ela apareceram alguns problemas como ambigidade (devido falta de contexto), no entendimento do texto (em decorrncia do pouco conhecimento do cdigo) ou entendimento errado (a ironia geralmente no lida como ironia). Ao contrrio da fala, em que a interao em tempo real; a escrita no possui a capacidade de reestruturao do entendimento do leitor. S para se ter uma idia desse processo, quando o falante percebe que foi mal entendido ou que h algo que prejudicou o entendimento de sua mensagem (informao constatada pela expresso do ouvinte), ele parafraseia ou d mais exemplos para que seja garantida a sua interpretao e, com ela, a sua inteno de fala. O escritor no possui esses recursos, no d sequer para assegurar que o leitor seja o nico a ter acesso ao texto e, conseqentemente, controle sobre a leitura que este faz. No entanto, h semelhanas entre os dois processos: escrever, assim como o falar, relacional, pressupe leitor/ouvinte1, meio e assunto, alm de uma srie de outros recursos que tentam garantir ou reduzir as interpretaes de um texto escrito. Infelizmente, a maior parte do ensino de Lngua Portuguesa escrita, se resume ao ensino de gramtica normativa e pouca nfase dada s prticas de redao e interpretao de textos. Dessa forma, tem-se um crescente nmero de pessoas que passam anos (cerca de 10 ou mais) cursando os ensinos fundamental e mdio sem saberem, efetivamente, escrever ou interpretar um texto escrito2.A perspectiva lingstica calcada na Lingstica Textual e na Anlise de Discurso considera superado o modelo proposto por Jakobson (2001) que prev que, para haver comunicao, so necessrios o emissor, receptor, canal, referente, cdigo (alm das funes da linguagem decorrentes dessas partes). Este trabalho compartilha com essas vertentes por entender que a funo da linguagem no apenas comunicar, mas inclui outras demandas muito importantes, as quais no so tratadas por Jakobson (2001), como preconceitos lingstico e social, formaes discursivas, ethos, modos de operao da ideologia, presentes em todos os textos. 2 Esse processo denominado alfabetizao funcional e existem praticamente em todos os pases, no entanto, nos pases emergentes ou em desenvolvido ele mais acentuado. S para se ter uma idia da realidade brasileira sobre a questo, o ndice Nacional de Alfabetismo Funcional (INAF/2005) encontrou: 7% de analfabetos, 30% de alfabetizados com nvel rudimentar (lem apenas frases e ttulos; localizam informaes bem explcitas), 38% de alfabetizados com nvel bsico (lem textos1

- 11 A verdade que a lngua escrita no uma mera representao da lngua oral. Soares (2005:17), sobre esse aspecto, alerta que:no se escreve como se fala, mesmo quando se fala em situaes formais; no se fala como se escreve, mesmo quando se escreve em contextos informais.

Talvez estas sejam as maiores dificuldades a serem vencidas no ato de escrever: alm do pouco domnio do cdigo escrito, a falta de conhecimento no uso de elementos gramaticais necessrios para articular as idias que o escritor quer compartilhar. A no reflexo sobre esses problemas encontrados durante a produo de texto culmina, muitas vezes, com textos que retratam o oral no escrito ou uma plena desconexo de sentidos, digresses (perder-se em seu raciocnio) etc. fazendo com que o seu autor considere que no h erro, no h problema. Na verdade, a maior parte dos erros no est atrelada ao uso da forma padro de linguagem, mas, sim, a uma srie de problemas de estrutura textual, como falta de coerncia3 e trechos truncados. Mas como devemos proceder para resolver o problema? Uma possvel soluo est em dois momentos da escritura de um texto: a elaborao e a reviso. Para elaborar um texto (no s aquele relacionado redao oficial), devemos antes ter em mente alguns dados importantes como: o qu, de que forma, para quem comunicar tal tema, para quando e qual efeito esperado com isso. A escrita um processo relacional e, por isso, precisamos ter esses dados em mo, para pensarmos ou controlarmos os efeitos de nosso texto4. Vamos avaliar a aplicabilidade desse processo. Se o militar se tornou pai, ele precisar informar esse fato Corporao para receber os benefcios que lhe garante a lei. Dessa forma, o quesito o qu informar o nascimento do filho. O de que forma ser atendido com o preenchimento da declarao de

curtos, localizam informaes explcitas ou que exigem pouca inferncia) e apenas 26% da amostra so de alfabetizados com nvel pleno (lem textos longos, comparam textos, identificam fontes). In: Educao (revista). Dossi: leitura, o grande desafio do ensino. Ano 11, n. 121. 3 Entenda-se por coerncia, a possibilidade de estabelecer um sentido para o texto; como um princpio de interpretabilidade, ligado inteligibilidade do texto numa situao de comunicao e capacidade que o receptor tem para dar sentido ao texto (KOCH & TAVAGLIA, 2002: 21). 4 Na redao oficial, esse processo deve ser mais rigoroso, uma vez que o autor do texto est representando um rgo ou instituio estatal no s internamente (situao que o coloca em uma relao hierrquica), como externamente (com implicaes de aceitao positiva ou negativa perante sociedade).

- 12 beneficirio5, direcionada ao Diretor de Pessoal (para quem) e o efeito esperado a incluso do dependente e a garantia de alguns benefcios previstos. Essa relao funciona para tudo: se no for possvel responder a essas questes mentalmente, pode-se recorrer elaborao de rascunho ou esquema, pois, dessa forma, o texto muito dificilmente ser superficial, repetitivo, obscuro ou inconsistente. Boaventura (1993)6 mostra, por meio de vrios exemplos, que a esquematizao de textos, quer seja para a elaborao, quer seja para a interpretao de vital importncia para se conseguir um texto bem escrito ou bem interpretado. Alm disso, tudo o que se faz diariamente (bolo, casa, manuteno de equipamento, etc.) segue um roteiro previamente definido. Em uma dada situao como, por exemplo, a apresentao de um bombeiro que foi movimentado para uma determinada unidade militar, temos a necessidade de, alm das questes relacionadas ao o qu, de que forma, para quem comunicar tal tema e qual efeito esperado com isso, j expostos anteriormente, informar algumas coisas que, de certa forma, ajudaro a unidade que receber esse militar na funo de controlar a sua vida profissional. Pensando assim, pode-se colocar, no ofcio que o apresenta, o nmero do boletim em que a movimentao foi realizada e se o bombeiro j gozou de frias para o ano em curso ou qualquer outro impedimento ou benefcio que esteja gozando (concesso de horrio especial para estudo, como exemplo). O uso de esquema ou rascunho ajudar nesse processo de seleo de informao. Depois de escrito, a reviso7 deve ser procedida para que se tenha certeza de que o texto est coerente com o objetivo a que se pretende atender. Garcez (2004: 126)8 aponta algumas perguntas que ajudam nessa fase, as quais sero aqui lembradas: 1) h excesso de informao? H informaes incompletas ou confusas? As informaes factuais esto corretas?

Expediente formulaico usado para incluso de beneficirio de militar. BOAVENTURA, Edivaldo M. Como ordenar as idias. 3 ed. So Paulo: tica, 1993. 7 O redator deve ter conscincia de que um texto nunca est pronto e acabado, pois fruto do pensamento, sofrendo, freqentemente, reflexes de posicionamento. 8 GARCEZ, Luclia H. do Carmo. Tcnica de redao: o que preciso saber para bem escrever. 2 ed. So Paulo: Martins Fontes, 2004.6

5

- 13 2) linguagem: formal ou informal. A linguagem est adequada situao? A opo escolhida tornou o texto harmonioso ou h oscilaes sbitas e inadequadas?9 3) impessoalidade ou subjetividade. O posicionamento adotado como predominante mantm-se ou essa opo no ficou consistente no texto? 4) ao vocabulrio. As escolhas esto adequadas ou h repeties enfadonhas e pobreza vocabular? Algum termo pode ser substitudo por expresso mais exata? H clichs, frases feitas, excesso de adjetivos, expresses coloquiais inadequadas, jargo profissional? 5) s estruturas sintticas e gramaticais. O texto est correto quanto s exigncias da lngua padro? As transies entre as idias esto corretas e claras? Os conectivos so adequados s relaes entre as idias? A diviso de pargrafos corresponde s unidades de idias? 6) ao objetivo e situao. Est de acordo com o objetivo estabelecido inicialmente? As idias principais esto evidentes?

1.1. O que Redao Oficial?

A redao oficial o meio utilizado pelo Poder Pblico para externar atos administrativos, bem como estabelecer regras para a conduta de servidores pblicos ou regular o funcionamento de seus rgos. caracterizada pela impessoalidade, formalidade, objetividade, conciso, clareza, uniformidade e o uso da norma padro da Lngua Portuguesa. O texto impessoal quando no h marcas ou impresses individuais de quem o escreve; a autoridade entende que, embora seja ela a assinar o documento, o faz em nome do servio pblico. Em virtude disso, o assunto tratado sempre possui um carter impessoal, no cabendo qualquer tom particular ou pessoal no texto. Da, decorre o carter formal do texto, obedecendo a certas regras formais, como o padro culto da linguagem, polidez, tratamento adequado,9

Os nmeros 2 e 3 no se aplicam redao oficial, pois deve estar claro para o redator que a redao oficial deve ser pautada pela linguagem formal e pela impessoalidade. Eles foram aqui citados para alertar sobre a forma da escrita, pois, freqentemente, vemos textos de atos administrativos oscilando entre o formal e o informal; o impessoal e a subjetivo, o que evidencia a falta de prtica no momento de escrever atos administrativos ou talvez a ignorncia sobre a sobriedade esperada para tais textos.

- 14 padronizao do papel e da diagramao do texto, princpios que constituem a formalidade do texto oficial. Como o processo de leitura a atribuio de significado aos mais variados textos, a clareza um princpio mais que necessrio, pois s se atribui significado quilo que est claro. No entanto, para o texto obter essa qualidade ele precisa ser coeso, estar em uma linguagem de entendimento fcil (sem gria ou jarges tcnicos), no ser ambguo. Segundo o Manual da Presidncia da Repblica, texto conciso aquele que(...) consegue transmitir um mximo de informaes com um mnimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, fundamental que se tenha, alm de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessrio tempo para revisar o texto depois de pronto. nessa releitura que muitas vezes se percebem eventuais redundncias ou repeties desnecessrias de idias.

Entenda-se como ato administrativo aquele praticado no exerccio da funo administrativa. Ressalta-se que h dois tipos distintos de atos

administrativos: aqueles que geram efeitos jurdicos e os que no os geram. Di Pietro (2005:189)10 define ato administrativo como sendoa declarao do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurdicos imediatos, com observncia da lei, sob regime jurdico de direito pblico e sujeita a controle pelo Poder Judicirio.

Dessa forma, o redator deve ter conscincia de que, no momento em que escreve, est representando a instituio da qual faz parte; que a sua redao ter publicidade; tramitar em lugares outros que no os de sua instituio; e, principalmente, refletir a imagem dessa instituio (GNERRE: 1998)11. Outra observao a ser feita, pautando-se pela definio exposta acima, que o ato administrativo est sujeito a controle do Poder Judicirio, o que implica em dizer que os atos administrativos podem gerar processos judiciais que sero avaliados luz do Direito e no mais do Poder Executivo. Todo processo disciplinar pode ser revisto juridicamente, mas o contrrio no se opera. Por isso, o administrador responsvel por aquilo que assina; o ato administrativo , por excelncia, uma fonte de prova legal.

10 11

DI PIETRO, M Sylvia Zanella. Direito Administrativo, 18 ed. So Paulo: Atlas, 2005. GNERRE, Maurizio. Linguagem, escrita e poder. 4 ed. So Paulo, Martins Fontes: 1998.

- 15 Como utilizada para estabelecer normas ou diretrizes, a redao oficial utiliza a norma padro12 da linguagem, no sendo permitida a utilizao de gria, regionalismo, jargo tcnico etc. que se limitam a grupos restritos, fato que pode dificultar o amplo acesso ao teor do ato administrativo por parte do destinatrio. Para garantir a plena interpretao textual, as expresses literrias ou em linguagem conotativa so proibidas em textos em redao oficial. O redator desse tipo de texto deve se esforar ao mximo para no o contaminar de impresses pessoais, porque a falta de impessoalidade, alm de contrariar o estabelecido pela Constituio Federal, ainda interfere na atuao da Administrao Pblica. notrio que a impessoalidade13 plena e a existncia de uma nica interpretao so difceis ou mesmo impossveis, mas o redator deve tentar atingir ou aproximar-se desses dois parmetros. Quanto aos estrangeirismos ou emprstimos no sero proibidos no mbito desta Corporao, mas a recomendao a favor do no uso, principalmente quando j existe equivalente na Lngua Portuguesa. Tal ressalva tem por objetivo primar por um dos maiores smbolos nacionais do Pas: a Lngua Portuguesa falada no Brasil. Alm disso, h uma tendncia, por parte da Administrao Pblica como um todo, pelo uso de correlatos ao invs de emprstimos que deve ser considerada.

2. A formatao geral de documentos do CBMDF14De forma geral, os documentos confeccionados no CBMDF obedecem s seguintes especificaes: 1)12

especificao do tamanho do papel: A4 (210 mm x 297 mm).

Ao contrrio do que se pensa, norma culta e norma padro no so sinnimos. Bagno (2007) ressalta que norma culta inclui juzo de valor em sua nomeao, reforando o preconceito lingstico; e norma padro uma abstrao lingstica criada para uma variante fictcia, haja vista no haver ningum que fale fluentemente de acordo com essa suposta variante. Para efeito prtico, este manual adotar a terminologia norma padro para referir obedincia s regras gramaticais normativas. 13 corrente na Lingstica Textual ou na Anlise de Discurso (linhas de pesquisa da Lingstica), que a forma como os autores escolhem suas estruturas textuais e seu lxico evidencia a sua impessoalidade ou seu posicionamento, no entanto, este pode ser mais ou menos acentuado, o que depender exatamente das escolhas textuais utilizadas pelo autor. Para maiores informaes, veja Koch (2004). 14 No sero postuladas formataes referentes ao espaamento entre as partes que compem o documento, em virtude de que essas especificaes, muitas vezes, desaparecem para que a assinatura da autoridade no fique isolada em alguma folha do documento.

- 16 2) 3) 4) 5) colorao do papel: branca ou parda (quando reciclado). tipo de fonte: arial. cor da fonte: preta. tamanho da fonte: 12 no texto, 10 nas transcries ou citaes e 8

nas notas de rodap. 6) 7) 8) 9) estilo da fonte: normal. margem direita: 1,5 cm. margem esquerda: 3 cm. margem superior: 3 cm.

10) margem inferior: 2 cm 11) os pargrafos do texto sero numerados com algarismos arbicos, seguidos de ponto, e o texto ter 2,5 cm de distncia da margem esquerda. 12) espao entre linhas: 1,5 cm entre as linhas e de 6 pontos (antes e depois) entre cada pargrafo, ou, se o editor de texto utilizado no comportar tal recurso, ser usada uma linha em branco. 13) idioma: Lngua Portuguesa. 14) variante: norma padro. 15) o cabealho da primeira folha dever conter os seguintes elementos em todos os documentos que exigem timbre, este ser formatado e impresso, conforme modelo abaixo:

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DENOMINAO DA OBM DENOMINAO DA SEO

15.1) no lado direito, o logotipo do Corpo de Bombeiros15; 15.2) ao centro, abaixo de um espao simples, os nomes da Corporao, da OBM e da denominao da Seo, se for o caso, todos centralizados, em fonte arial 12, em caixa alta e em negrito, com espaamento de

No podero ser utilizados logotipos de sees, unidades, centros, companhias, batalhes em nenhum documento oficial. A obrigatoriedade ser o uso do braso do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, conforme estipulado neste manual.

15

- 17 1,5 cm entre as linhas e de 6 pontos (antes e depois) entre cada denominao; se o editor de texto utilizado no comportar tal recurso, ser usada uma linha em branco; 15.3) no lado esquerdo, o personagem-smbolo e o slogan do Programa de Educao Fiscal do Distrito Federal, conforme estabelece os arts. 1 e 2 do Decreto n. 23.912, de 14 de julho de 2003. 15.4) nos documentos assinados pelo Comandante-Geral e/ou OBM integrantes do Comando-Geral do CBMDF e expedidos a rgos e entidades externos Corporao, o texto central dever ser o seguinte:

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DENOMINAO DA OBM 15.5) cabealho das outras folhas: a partir da segunda folha de um documento, deve-se constar apenas (Continuao do Ofcio n. 33, de 8 de abril de 2007, folha 2/316). Tal procedimento visa evitar a separao de partes do documento, sugere-se, ainda, que em todas as folhas seja colocada uma rubrica, no sentido de coibir possveis alteraes na documentao. 16) rodap: todos os documentos elaborados devero conter os seguintes dizeres, centralizados e seguindo as margens definidas neste Manual, o slogan Braslia Patrimnio Cultural da Humanidade17 deve ser digitado sobre linha horizontal e as demais informaes sobre a OBM que originou o documento se localizaro abaixo dessa linha horizontal, conforme modelo a seguir:Braslia Patrimnio Cultural da Humanidade _____________________________________________________________________________________________________ Descrio da OBM Endereo completo da OBM Telefones e endereo eletrnico da OBM

16.1) fonte Arial. 16.2) tamanho da fonte - 8

Total de folhas do documento, contando com a primeira pgina. Conforme estipula o Decreto n. 25.366, de 19 de novembro de 2004, publicado no Dirio Oficial do Distrito Federal de 22 de novembro de 2004.17

16

- 18 Observaes gerais da formatao dos documentos: 1) para cada tipo de correspondncia (ofcio, memorando entre outras), adotada uma numerao, seguindo de ordem natural dos nmeros inteiros, iniciada em 1 de janeiro de cada ano e encerrada a 31 de dezembro. 1.1) a numerao constar de: 1.1.1) espcie do documento (por extenso e em caixa alta); 1.1.2) numerao de ordem da OBM que elabora o documento, sem a utilizao de zeros esquerda do numeral representativo; 1.1.3) o ano de elaborao do documento; 1.1.4) a abreviatura da Organizao Bombeiro Militar; e 1.1.5) quando se tratar de expediente sigiloso, a numerao de ordem da OBM precedida e separada por um trao da letra maiscula correspondente ao grau de sigilo do documento, a saber: Reservado (R), Confidencial (C), Secreto (S) e Ultra-Secreto (US). Exemplo: MEMORANDO n. R-367/2006-BM/1 2) deve-se evitar o abuso no uso de expresses em negrito, itlico, sublinhado, letras maisculas, sombreado, sombra, relevo, bordas, caixas de texto, ou qualquer outra formatao que afete a sobriedade dos documentos. 3) nomes: prprios de militares, pensionistas e dependentes do Corpo de Bombeiros em letras maisculas; os demais, apenas com as iniciais maisculas, previstas para os substantivos prprios. No se faz necessrio negritar ou destacar o nome de guerra do militar. 4) os postos e graduaes sero grafados apenas com as iniciais maisculas, mesmo quando abreviados.18 5) no haver trao para assinatura19. 6) deve-se evitar: 1) o uso excessivo de grifos, letras maisculas, negritos, abreviaturas e siglas; 2) quando se tratar de expediente interno Corporao, frmulas de pura cortesia, tais como: tenho a honra de (...), sero abolidas, no se tratando de desateno pessoal, mas de objetividade, a qual torna mais direta e sucinta a exposio, alm de marcar o carter militar da correspondncia.Quando a documentao estiver destinada para autoridade ou pessoa fora da Corporao no dever conter abreviaturas ou siglas. A exceo essa regra ser apenas para a abreviatura da unidade que segue o nmero da documentao (ver 1.1.4 deste manual). 19 Conforme previsto no Correspondncia: tcnicas de comunicao criativa (MEDEIROS, 2004: 33).18

- 19 7) a data dever vir expressa como 1 para representar o primeiro dia de cada ms e, nos demais casos, apenas com o nmero referente ao dia sem o uso do zero esquerda. Braslia-DF, 2 de janeiro de 2007.

8) o fecho da documentao se d com a assinatura do autor do documento oficial, a qual dever conter o nome completo, seguido do posto ou graduao, funo e matrcula, centralizados.

(nome completo, posto ou graduao QOBM/QBMG // matrcula) cargo da autoridade

2.1. A formatao do envelope

Para efeito de padronizao da documentao como um todo, no se pode esquecer do preenchimento do envelope no qual a documentao encaminhada. De preferncia, o preenchimento deve ser feito por meio de digitao, principalmente quando estiver destinado a autoridades fora da Corporao. No envelope, o endereamento das comunicaes dirigidas s autoridades tratadas por Vossa Excelncia ter a seguinte forma20:

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL GABINETE DO COMANDANTE-GERAL

Ofcio n. 41/2007-Cmte.-Geral URGENTE A sua Excelncia o Senhor Fulano de Tal Governador do Distrito Federal 70000-000 Braslia DF

Os modelos expostos neste manual seguem as orientaes contidas no Manual da Presidncia da Repblica e no Manual do Governo do Distrito Federal.

20

- 20 Para as demais, tratadas por Vossa Senhoria, a padronizao obedece ao seguinte modelo:

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DIRETORIA DE PESSOAL SEO DE PAGAMENTO

Ofcio n. 41/2007-DP/SePag URGENTE Ao Senhor Fulano de Tal Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal 70000-000 Braslia - DF

2.2. Formatao para publicao em Dirio Oficial do Distrito Federal

Para publicar matrias no Dirio Oficial do Distrito Federal (DODF) foi padronizada pela edio do Decreto Distrital n. 23.501, de 31 de dezembro de 2002, que institui normas para as publicaes do DODF (publicado no DODF de 16 de janeiro de 2003 e republicado em 30 de maio do mesmo ano), para tanto deve-se obedecer: 1) tamanho do papel: o formato fundamental dos papis a serem encaminhados para publicao em DODF 210 mm x 297 mm (A4).

2) mdia eletrnica: alm da documentao devidamente impressa em papel, imprescindvel a remessa da matria a ser publicada em mdia eletrnica e devero ser geradas em editor de texto, salvas em formato RTF (Rich Text Format). 2.1) fonte: Times New Roman; 2.2) tamanho da fonte: 9; 2.3) estilo da fonte: normal; e 2.4) espaamento - simples entre as linhas.

- 21 3) margem: 3.1) margem superior - 1 cm; 3.2) margem inferior - 0 cm; 3.3) margem esquerda - 1 cm; 3.4) margem direita - 0 cm; 3.5) medianiz - 0 cm; 3.6) cabealho - 0 cm; 3.7) rodap - 0 cm; 3.8) largura da pgina - 13 cm; e 3.9) altura da pgina - 29 cm.

4) a mdia eletrnica e a sua reproduo em papel devero: 4.1) vir acompanhados por ofcio, discriminando as matrias a serem publicadas; 4.2) ser agrupadas em um s arquivo de acordo com a seo do DODF onde sero publicadas; 4.3) trazer digitado o nome do signatrio e, no caso de atas, resolues, acrdos, etc., que contenham o nome de mais de um signatrio, estes devero vir seqencialmente, na largura de 12 cm; 4.4) vir em texto corrido e no dever conter negrito, sublinhado, itlico e suas combinaes e recuo de abertura de pargrafo; 4.5) as tabelas, balanos e quadros devero possuir 12 ou 25 cm de largura. As linhas horizontais e verticais podero ser substitudas pela Diretoria de Divulgao de forma a se adequarem aos padres grficos utilizados para editorao dos jornais. Os caracteres da tabela podero ter corpo menor que 9 (nove); 4.6) ser encaminhados em forma de tabela e/ou quadro os decretos de crditos suplementares, a execuo oramentria, as leis e os balanos patrimoniais; 4.7) estar no padro JPEG, PDF ou TIF21, as figuras, grficos e formulrios e devero possuir 12 ou 25 cm. de largura com altura at 29 cm; e 4.8) os textos devem ser impressos na cor preta e em papel branco ou pardo, quando reciclado.21

Extenses de arquivos de programas de computador.

- 22 -

3.

Requisitos

necessrios

para

a

formulao

de

atos

administrativosHely Lopes Meireles (2003) postula a existncia de cinco requisitos para a formulao de atos administrativos: competncia, finalidade, forma, motivo e objeto. Esses requisitos so importantes no momento da redao de atos administrativos, pois balizam o redator sobre alguns pontos que devem ser obedecidos sob pena de tornarem os atos invlidos ou prejudicar a sua tramitao. Partindo do requisito competncia, por exemplo, temos que nenhum ato (...) pode ser realizado validamente sem que o agente disponha de poder legal para pratic-lo (MEIRELES, 2003:147). Dessa forma, se o agente no detiver o poder necessrio, o ato torna-se invlido. Temos, como exemplo, a troca/permuta de servio. s vezes, os militares se esquecem que h a necessidade de comunicar e obter da administrao o aval para a troca de servio e que no cabe a eles agir dessa forma. No raro, possvel encontrar papis que contenham, escritos de prprio punho, autorizao por parte dos militares envolvidos para efetuar a transao. Essa autorizao no vlida porque os autores, embora sejam as partes envolvidas, no possuem o poder para deliberar sobre o assunto. Cabe ressaltar que a troca em si no proibida, mas deve partir da administrao, por meio da autoridade hierarquicamente competente para formalizar a transao, para que todos fiquem resguardados em caso de problemas administrativos e/ou operacionais. No que se refere finalidade, o administrador deve ter sempre em mente que o ato administrativo precisa ter finalidade pblica. No exemplo anterior, o fim pblico a formalizao de troca de servio para que a administrao garanta os direitos e deveres s partes, pois se houver algum problema de ordem operacional durante o servio desenvolvido pelo Soldado AKIL22, por exemplo, no responda administrativa ou criminalmente, a Soldado ANA CAROLINA, a qual estava oficialmente escalada para a atividade, alm de garantir que o servio ser desempenhado por algum. Quanto forma, o administrador ou redator deve obedecer ao princpio de que a administrao precisa de procedimentos especiais e formas igualmente especiais para manifestar a sua vontade, a qual o interesse pblico. Se a forma22

Sero empregados, ao longo deste manual, nomes fictcios de militares.

- 23 utilizada no for a prevista, o ato administrativo poder se tornar nulo. No exemplo anterior, se houver a retratao em tempo hbil, a escala poder ser publicada, como retificao, em um dos boletins da Corporao. No entanto, se os militares estiverem lotados na Academia e a escalao tiver sido publicada no boletim geral, seu comandante no poder elaborar uma nota de boletim retificando a escala, pois no possui competncia legal para publicar matria em boletim geral. Ento, o ato administrativo no poder ser jamais uma nota de boletim, mas, sim, um memorando ao Diretor de Ensino e Instruo para que seja retificada a escalao no boletim geral, o qual possui competncia legal para tal. O administrador deve sempre se lembrar de que: nula a forma, nulo o ato. O motivo a situao de direito ou de fato que determina ou autoriza a realizao do ato administrativo (MEIRELES, 2003). Deve sempre vir expresso, excetuando-se os casos em que a lei desobrigar o agente. Seguindo o exemplo da troca de servio, embora a retificao aparea sem motivao em um item de boletim geral, ela no ocorre assim. Os militares envolvidos devero justificar a sua necessidade, a qual ser analisada pelo administrador. A vinculao da troca, por exemplo, perda de aposta no motivo para a existncia do ato, pois est no campo do interesse pessoal e no do da Corporao. Todo ato administrativo tem por objeto a criao, modificao ou comprovao de situaes jurdicas concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas ao do Poder Pblico (MEIRELES, 2003:150). No exemplo trabalhado, o ato administrativo muda a situao de militares: um passa a escalado o outro a noescalado, implicando as sanes penais e administrativas decorrentes dessa nova situao s partes.

3.1. Classificao dos atos administrativos

Entenda-se por ato administrativo todo ato em que expressa a vontade do Estado, praticada pelo Poder Pblico, em conformidade com a lei, objetivando produzir efeitos de direito ou impor obrigaes23. Ao contrrio do que se pensa, todo ato administrativo, mesmo o de correspondncia, reflete a administrao pblica e no o indivduo por ela representado.

23

NEY, Joo Luiz. Pronturio de Redao Oficial. 12 ed. p. 68

- 24 De acordo com a finalidade e a peculiaridade de cada expediente, os atos administrativos podem ser classificados nas seguintes categorias: atos de correspondncia; atos enunciativos; atos normativos; atos de ajuste24; e atos comprobatrios.

3.1.1. Normativos

Como o prprio nome j antecipa, todos os atos que expem orientaes, normas, regulamentos sobre a execuo de determinado servio, de acordo com dispositivos legais so classificados como atos normativos. Os exemplos desse grupo so: o decreto25, a instruo, a ordem de servio, a resoluo, o edital, o regimento e o regulamento.

3.1.1.1. Portaria

As portarias no Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) se dividem em dois tipos: a que leva numerao e a no numerada. A diferena entre elas pertinente ao assunto, ou seja, aquelas que tratam de questes que atingem a Corporao como um todo (acrescentam, reformulam ou excluem determinadas formas de funcionamento da Corporao) levam nmero; as demais que incidem de forma pontual para alguns militares (movimentao de oficiais, de agregao de militares) so apenas datadas. Cabe salientar que as portarias so atos administrativos que versam sobre a auto-organizao da instituio e, como tal, possuem algumas

especificaes como: so articuladas (divididas em artigos), devendo ser regidas pela Lei Complementar n. 13, de 3 de setembro de 1996. Ao longo de todo o Captulo III da referida lei complementar, tratada a redao dos atos normativos. No artigo 52, a remisso a dispositivos de lei deve ser iniciada pelo artigo, que, quando seguido do respectivo nmero, indicado pela24

Conforme exposto na introduo deste manual, deixam de constar, por sua complexidade, os atos de ajuste (contrato e convnio), que sero tratados em uma publicao posterior. 25 O decreto no ser tratado neste manual em virtude de o CBMDF no produzir tal expediente.

- 25 abreviatura art. ou arts., conforme se use a remisso para um ou mais artigos. A complementao do artigo deve ser isolada por vrgulas. Dessa forma, para citar o 2 de algum artigo, a citao deve ser assim: arts. 2, 2; 11, II, da Lei tal. Entre algumas normas prprias no tocante redao dos atos normativos, em especial a portaria, definidas na citada lei complementar, temos: 1) a ementa ser grafada em negrito ou, na falta dela, por meio de caracteres que a realcem e o seu texto ser situado entre o centro e a margem direita do papel (com distncia de 3 cm em relao margem esquerda). 2) depois de pargrafo, o caput do artigo no poder ser desmembrado em incisos; 3) artigo ser indicado por meio da abreviatura Art. seguida da numerao ordinal at o nono e cardinal depois deste. 4) entre a numerao em algarismo ordinal e o texto, no ser colocado nenhum sinal; depois da numerao em algarismo cardinal, ser colocado um ponto. 5) a portaria poder, para melhor entendimento, agrupar os artigos em: Parte (especial, geral), Livros, Ttulos, Captulos (todos em letras maisculas) e em Sees e Subsees (em letra minscula). 6) logo aps o nmero da portaria, ser colocada a data, que ter dia, ms e ano. 7) no haver inciso nico. 8) no haver alnea nica, a qual ter o seu texto iniciado por minscula. 9) o inciso ser numerado em algarismo romano, seguido de travesso, sendo o seu texto iniciado por minscula.

- 26 ESQUEMA DA ESTRUTURA DAS PORTARIAS (com base na Lei Complementar n. 13/96)

Utiliza caracteres maisculos/distingue as Epgrafe espcies de portarias utilizando

numerao arbica / situa a portaria no tempo (dia, ms e ano) / possui

numerao prpria. Ttulo Verbo na terceira pessoa do singular do Ementa presente do indicativo. Sntese do

contedo / negrito. O texto da ementa entre o centro e a margem direita. Prembulo (parte inicial da portaria) 1.2.1. autoria 1.2.2. fundamento legal Frmula de promulgao 1.2.3. ordem de execuo 1.2.4. facultativa a apresentao considerandas algumas das rgo ou cargo que promulgou, autoridade que no promulgou.

informaes

sobre o esprito da lei. 2.1. artigo: unidade bsica. Termina com ponto ou dois pontos / possuem uma nica frase / sentido

completo, existe uma nica regra. 2. Texto ( articulado) 2.2. pargrafo: Unidade complementar para apreenso do

unidade complementar sentido. Um s pargrafo nico, mais de um utiliza-se o smbolo ( dependente do caput).

- 27 2.3. inciso: explicita normas. 2.3.1. alnea: Completa o sentido do caput ou do pargrafo / para melhorar o sentido faz-se um desdobramento.

complementa o inciso Algarismo romano seguido de travesso. (letra minscula); 2.3.2. nmeros: complementa a alnea (nmeros arbicos) 3. Fecho 3.1. consignao do local, data e assinatura da autoridade que promulga a lei / aps o ltimo artigo.

Uma utilizao bastante recorrente no CBMDF a referncia errada a incisos e alneas, os quais so tratados como itens e letras, respectivamente. Perceba a diferena no seguinte exemplo: O Comandante-Geral, no uso das atribuies que lhe compete o art. 47, itens IV e V, letra b, do Regulamento da Organizao Bsica do CBMDF, aprovado pelo Decreto n. 16.036, de 4 nov. 97, resolve (...). O certo seria: O Comandante-Geral, no uso das atribuies que lhe compete o art. 47, incisos IV e V, alnea b, do Regulamento da Organizao Bsica do CBMDF, aprovado pelo Decreto n. 16.036, de 4 nov. 97, resolve (...). Como um ato administrativo que implica publicidade, as portarias so redigidas em formato de nota de boletim, para posterior publicao26.

26

Ver o item 3.1.6.5 que trata da formatao da nota de boletim neste manual.

- 27 -

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DESCRIO DA OBM DESCRIO DA SEO

PORTARIA DE REVOGAO27 Portaria n. 7, de 9 de abril de 2007. Revoga a Portaria n. 6, de 26 mar. 2007, e estabelece o horrio de expediente administrativo da Corporao. O COMANDANTE-GERAL, no uso das atribuies que lhe confere o art. 47, incisos I, II, V e VII, do Regulamento da Organizao Bsica do CBMDF, aprovado pelo Decreto n. 16.036, de 4 nov. 1994, resolve: Art. 1 REVOGAR a Portaria n. 6, de 26 mar. 2007, publicada no item VII do BG n. 60, de 20 mar. 2007, que alterou o horrio de expediente administrativo da Corporao. Art. 2 A contar da presente data, o horrio de expediente administrativo da Corporao, passar a ser cumprido na forma que se segue: I Segundas, teras, quartas e quintas-feiras: a) 1 expediente das 9h s 12h; b) 2 expediente das 13h30min. s 17h; II Sextas-feiras: das 9h s 13h. Art. 3 Esta Portaria entrar em vigor a contar de sua publicao. Braslia-DF, 9 de abril de 2007. (nome completo, posto QOBM // matrcula) Comandante-Geral do CBMDF

Braslia Patrimnio Cultural da Humanidade _____________________________________________________________________________________________________ Descrio da OBM Endereo completo da OBM Telefones e endereo eletrnico da OBM

Neste manual no sero estabelecidas formataes referentes a distncias em centmetros de cada margem ou do smbolo ao texto etc. como acontece com o Manual de Redao da Presidncia da Repblica e da Instrues Gerais para a Correspondncia, as Publicaes e os Atos Administrativos no mbito do Exrcito. A preocupao se fixar nas partes que compem os atos e a formatao sobre os espaamentos obedecer a melhor esttica.

27

- 29 3.1.1.2. Despacho

o ato administrativo que contm a deciso das autoridades administrativas sobre o assunto submetido sua apreciao. Nem sempre representa deciso a respeito do assunto apreciado, pois pode deliberar para autoridade ou rgo competente que decidir sobre a questo. No CBMDF, no h normatizao quanto a esse expediente, uma vez que ele, geralmente, no aparece numerado, sendo, geralmente, feito no prprio documento que originou a apreciao. Alguns so feitos com uso de carimbos, outros de maneira aleatria, mas para efeito deste manual, o despacho ser considerado como movimentao a ser exposta durante a tramitao do documento. Podem-se resumir as caractersticas do despacho da seguinte forma: 1) breve e fundamentado em informaes ou parecer. 2) consta do corpo do processo (quando houver). 3) geralmente manuscrito. 4) no publicado. 5) o formulrio pode ser carimbado, conforme o exemplo:

CBMDF AG

PROT. N. _________/_____/______ s ___h____ min. AO: _________________________________________ PARA: _______________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ _____________________________________________ Em _____/______/_______

ASS.:_________________________________________

Cabe ressaltar, no entanto, que o Comandante-Geral utiliza o despacho decisrio, o qual numerado e objetiva avaliar e deliberar sobre solicitaes.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DESCRIO DA OBM DESCRIO DA SEO

DESPACHO n 124/2007-Gab./Cmte.-Geral Ref.: Ofcio n. 3.759/2007-DP Assunto: matrcula no Curso de Formao de Cabos/2007 Interessado: Soldado AKIL DA SILVA, matr. 01111-X. Processo n. 25.2007.53

De acordo com as questes formuladas pela praa solicitante no requerimento que originou o Ofcio n. 3.759/2007-DP, de 5 de abril de 2007, determino Seo de Assessoria Jurdica: 1) apreciar juridicamente o Processo n. 25.2007.53; e 2) enviar relatrio no prazo de 20 (vinte) dias, no prorrogveis, a este Comando.

Cumpra-se.

Braslia-DF, 9 de abril de 2007.

(nome completo, posto QOBM/QBMG // matrcula) Comandante-Geral do CBMDF

Braslia Patrimnio Cultural da Humanidade _____________________________________________________________________________________________________ Descrio da OBM Endereo completo da OBM Telefones e endereo eletrnico da OBM

- 31 3.1.1.3. Ordem de Servio

o ato administrativo mediante o qual o titular da OBM, alm de outras autoridades de nvel hierrquico equivalente, determina a realizao de certo servio ou regulamenta procedimentos para a sua execuo, orienta as unidades orgnicas e/ou subordinados quanto ao desempenho de suas funes. utilizada, tambm, para assuntos normativos, de pessoal e administrativos. Consiste no estabelecimento de encargos para unidades orgnicas e/ou militares subordinadas, a fim de cumprir determinada misso. A ordem de servio precisa conter: 1) cabealho (conforme modelo j exposto neste manual); 2) denominao do ato ORDEM DE SERVIO, seguida de nmero, ano e rgo que a gerou ao centro; 3) finalidade (ementa); 4) referncia (fundamentao legal); e 5) atribuies. 6) fecho.

No CBMDF, esse expediente bastante produtivo para regulamentar a efetivao de solenidades, sendo denominado como NOTA DE INSTRUO.

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DIRETORIA DE ENSINO E INSTRUO CENTRO DE ALTOS ESTUDOS DE COMANDO, DIREO E ESTADOMAIOR

NOTA DE INSTRUO N 3/2007-CAECDEM/DEI SOLENIDADE DE ENCERRAMENTO DO CURSO DE APERFEIOAMENTO DE OFICIAIS COMBATENTES (CAO/Comb/2007)

1) Finalidade Regular a solenidade de encerramento do Curso de Aperfeioamento de Oficiais Combatentes a ser realizada no dia 6 de novembro de 2007. 2) Referncia (fundamentao legal). 3) Programao (especificao da data, horrio, uniforme etc.) 4) Treinamento (especificao da data, horrio, uniforme etc.) 5) Desenvolvimento da Solenidade (pormenorizado dos acontecimentos previstos, bem como de sua seqncia) 6) Atribuies (encargos a diversos rgos da Corporao, para que a solenidade transcorra como previsto). (nome completo, posto ou graduao QOBM/QBMG // matrcula) Funo da autoridadeBraslia Patrimnio Cultural da Humanidade _____________________________________________________________________________________________________ Descrio da OBM Endereo completo da OBM Telefones e endereo eletrnico da OBM

Embora esse expediente seja quase sempre utilizado para normatizar e pormenorizar solenidades no CBMDF, ele pode ser aproveitado em outros campos, como regulamentando um dispositivo legal, dessa forma ter uma outra estrutura, conforme o seguinte modelo:

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL GABINETE DO COMANDANTE-GERAL

ORDEM DE SERVIO N. 3, DE 5 DE JANEIRO DE 2007. Disciplina a concesso de dispensa recompensa no mbito do CBMDF, no perodo de dezembro a fevereiro de cada ano.

O COMANDANTE-GERAL, no uso de suas atribuies que lhe confere o art. 47 do Regulamento da Organizao Bsica do CBMDF, aprovado pelo Decreto n. 16.036, de 4 nov. 1994, e considerando: que no perodo de dezembro a fevereiro de cada ano ocorre uma demanda acentuada de militares que entram em gozo de frias; que, conforme a Portaria n. 21, de _____, o Corpo de Bombeiros precisa, no mnimo, de ___% de militares em exercendo as suas atividades; que a sobreposio do nmero de militares em gozo de frias com o de dispensa recompensa acarretaria em um dficit significativo para a Corporao, resolve:

1) PROIBIR a concesso de dispensa recompensa nesse perodo. 2) ORIENTAR os diretores, comandantes e chefes que atentem para a proibio, pois a no obedincia acarretar em sanes disciplinares tanto para as autoridades que concederem a dispensa, quanto para os que receberam a concesso. Os casos especiais sero avaliados apenas pelo Chefe do EstadoMaior-Geral. 3) Esta Ordem de Servio entra em vigor na data de sua publicao. 4) Revogam-se as disposies em contrrio.

(nome completo, posto ou graduao QOBM/QBMG // matrcula) Comandante-Geral do CBMDFBraslia Patrimnio Cultural da Humanidade _____________________________________________________________________________________________________ Descrio da OBM Endereo completo da OBM Telefones e endereo eletrnico da OBM

- 34 3.1.2. Enunciativos

Compem essa categoria todos os atos que se restringem a emisso de opinio sobre determinado assunto ou declaram um fato com base em dispositivos legais.

3.1.2.1. Parecer

um ato do agente pblico sobre determinado processo, baseado na anlise do caso e indicada, posteriormente, a soluo para a situao, a qual precisa estar justificada com dispositivos legais e informaes relevantes. O uso de parecer bastante importante, pois assessora o agente pblico a tomar as decises que o caso necessita. Dessa forma, infere-se que o parecer o meio pelo qual determinada atitude da administrao ser tomada, a qual ser evidenciada por meio de nota de boletim, despacho decisrio ou qualquer outro expediente com essas caractersticas. O parecer pode ser tcnico ou normativo. Segundo Eli Lopes Meireles (2003), o parecer tcnico o que provm de rgo ou agente especializado na matria, no podendo ser contrariado por leigo ou, mesmo, por superior hierrquico. Nessa modalidade de parecer ou julgamento no prevalece a hierarquia, pois no h subordinao no campo da tcnica.28

Dessa forma, implica-se que somente pessoas capacitadas sobre determinado assunto podero emitir parecer tcnico, os quais s podero ser contestados por pessoas igualmente qualificadas. Os pareceres jurdicos emitidos pela Seo de Assessoria Jurdica do CBMDF esto includos nessa categoria. J o parecer normativo convertido, depois de aprovado pela autoridade, em norma de procedimento interno.

28

Conforme deciso do STF, publicada na Revista de Direito Administrativo (RJ) 80/136.

- 35 -

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL GABINETE DO COMANDANTE-GERAL

PARECER N. _____/______-. Processo n. _________. Interessado: _________.

I. HISTRICO

II. ANLISE

III. CONCLUSO

o parecer.

Fulano de Tal, Braslia, _____ de ___________ de ____

(nome completo, posto ou graduao QOBM/QBMG // matrcula) cargo da autoridade

Aprovado pela Diretoria de Pessoal Em ___/____/_____

(nome completo, posto ou graduao QOBM/QBMG // matrcula) cargo da autoridadeBraslia Patrimnio Cultural da Humanidade _____________________________________________________________________________________________________ Descrio da OBM Endereo completo da OBM Telefones e endereo eletrnico da OBM

- 36 3.1.2.2. Relatrio

Segundo Martins & Zilberknop (2001: 252), deve-se entender por relatrio o documento atravs do qual se expem os resultados de atividades variadas. No simplesmente a relao de fatos, mas deve ser objetivo, informativo e apresentvel, qualidades que s so atingidas se o seu autor demonstrar capacidade para tal. um documento de circulao interna em que a exposio escrita, circunstanciada, deve ser dirigida ao superior hierrquico para relatar a execuo de atividades, acontecimentos e fatos, no qual se narra uma atividade, ocorrncia ou se expe a execuo de uma misso ou de um servio, bem como quando no exerccio de cargo, funo ou desempenho de atribuies. O contedo do relatrio, os assuntos e a periodicidade devem ser determinados por autoridade competente. O destinatrio deve figurar sempre no canto inferior esquerdo da primeira pgina. O relatrio possui as seguintes partes: 1) cabealho (destinado identificao); 2) parte expositiva (assunto propriamente dito do relatrio); 3) concluso; e 4) fecho. Uma utilizao bastante freqente desse expediente, no CBMDF, refere-se ao relatrio de viagem, no qual o autor deve expor os acontecimentos e suas avaliaes sobre a viagem, visto que, geralmente, ela tem objetivo o estudo.

- 37 -

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DESCRIO DA OBM DESCRIO DA SEO

RELATRIO N. 10/2007-ALCL Assunto: Viagem de estudos ao CBMERJ.

Braslia-DF, 10 de dezembro de 2007.

Senhor Diretor,

Como concluso do Curso de Aperfeioamento de Sargentos (CAS/2007), realizei viagem de estudos para o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro. Sendo observaes). observado (especificao dos acontecimentos e das

Atenciosamente,

ALXIS VICTOR DA SILVA 2 Sgt. QBMG-1 Matr. 01012-1

Senhor Fulano de Tal Diretor de Ensino e InstruoNESTA

- 38 3.1.2.3. Informao

A informao um ato administrativo que visa esclarecer, de forma minuciosa, uma determinada situao autoridade a qual destinada. semelhante ao ato administrativo estudo utilizado pelo Exrcito Brasileiro, pois tambm tem como objetivo a anlise e equacionamento de problemas de maior complexidade, por meio do raciocnio lgico. A diferena entre esses dois atos est no fato de que a informao no tem em si a tomada de deciso, mas visa municiar a autoridade destinatria de dados que a levem a tal fim. De uma forma geral, a informao possui um cabealho, a especificao do assunto e qual a documentao que a gerou. composta de algumas partes como: do pedido, dos dados do solicitante, da regulamentao, dos fatos e concluso.

- 39 -

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DESCRIO DA OBM DESCRIO DA SEO

INFORMAO n. 2/2007-Gab./Cmte-Geral. Assunto: concesso de frias. Referncia: Processo 53.001.364/2007.

Braslia-DF, 1 de fevereiro de 2007.

Senhor Secretrio do EMG,

I. Do pedido (especificao do objeto). II. Dos dados do militar (informaes relevantes ao caso). III. Da regulamentao indeferimento). IV. Dos fatos (informaes relevantes ao caso). V. Concluso (posicionamento do autor quanto ao caso, luz da administrao pblica e da legislao em vigor). (amparo legal ao deferimento ou

LAS DE SOUZA 1 Sgt. QBMG-1 Matr. 02222-1

Senhor Fulano de Tal Secretrio do EMGNESTA

- 40 3.1.3. De assentamento

3.1.3.1. Ata

Em sntese, ata um resumo de fatos e decises que aconteceram em uma assemblia, sesso ou reunio para um determinado objetivo. A ata precisa de um termo de abertura e encerramento, geralmente escrita a mo pelo secretrio em livro prprio (com folhas numeradas e rubricadas). Possui valor jurdico, por isso, deve ser escrita de tal forma que nada seja alterado ou modificado sem o consentimento dos participantes do evento, uma vez que todos devero assin-la ao final, cabendo ao secretrio retificar dentro do prprio corpo do texto as alteraes aceitas. Os nmeros devem ser escritos por extenso, a variante da Lngua Portuguesa adotada a padro, deve-se evitar abreviaes, expresses coloquiais, os espaos para os pargrafos; o tempo verbal utilizado na ata o pretrito perfeito do indicativo. Com o advento da informtica, aceita-se que a ata seja transcrita digitalmente, contanto que se tenha o devido cuidado com o arquivamento e com possveis fraudes ou alteraes no conhecidas pelos membros da reunio, assemblia ou sesso. No entanto, quando escrita a mo, no h a construo de pargrafos, devendo seguir texto contnuo em um nico bloco paragrfico. J em caso de digitao, no h essa necessidade, uma vez que o texto no permite a sua adulterao.

- 41 -

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DESCRIO DA OBM DESCRIO DA SEO

ATA N. Aos 17 dias do ms de outubro do ano de 2007, nesta cidade, no Salo de Apoio do Quartel do Comando-Geral, presentes os seguintes oficiais: Cel RAFAEL VASCONCELOS DA SILVA, Subcomandante do CBMDF, que presidiu os trabalhos; Maj. GUSTAVO NUNES; Maj. ANA CAROLINA MACHADO; Cap. CAIO

SILVESTRE, e a Cap. SARA SANTIAGO que secretariou a 13 sesso ordinria do ano. Lida pela secretria, a ata da sesso anterior foi aprovada sem restries. O expediente constou da leitura de ofcio e parecer recebidos, respectivamente, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (IBAMA) e da Secretaria do Meio Ambiente Cincia e Tecnologia (SEMATEC). Na ordem do dia, foi unanimente aprovado o Parecer n. 35-IBAMA. A seguir, o Presidente declarou encerrada a sesso e convocou os presentes para a prxima reunio, no dia 15 de dezembro de 2007, s 14horas. Eu, Cap. SARA SANTIAGO, Secretria, lavrei a presente Ata, que assino com o Sr. Presidente e demais participantes.

Assinaturas:

Braslia - Patrimnio Cultural da Humanidade

- 42 3.1.4. Comprobatrios

So aqueles que servem como prova para determinado fato. Como tipos de documentos comprobatrios tm-se o atestado e a certido, sendo que a diferena entre eles que o primeiro atesta a verdade referente a determinado fato transitrio; enquanto a outra atesta fato permanente. So exemplos de atestado: comparecimento na Policlnica, no HFA e atestado de sade. J para a certido, h a de nascimento, casamento, de bito etc.

3.1.5. De correspondncia

Os atos que tm por objetivo maior estabelecer comunicao entre pessoas, rgos ou entidades so classificados como sendo de correspondncia. So exemplos deste grupo: o aviso, a carta, a circular, a exposio de motivos, o memorando, a mensagem, o ofcio.

3.1.5.1. Carta

Entenda-se como cartaA forma de correspondncia por meio da qual os dirigentes da Administrao do Distrito Federal se dirigem a personalidades e entidades pblicas e particulares para tratar de assunto oficial.29

Esse ato administrativo possui a seguinte estrutura: 1) designao do rgo, dentro de sua respectiva ordem hierrquica; 2) denominao do ato CARTA; 3) numerao/ano, local e data na mesma direo; 4) destinatrio (nome, cargo, endereo); 5) vocativo; 6) texto (exposio do assunto); 7) fecho; 8) assinatura; 9) nome, posto/graduao e matrcula; e

29

Definio retirada do Manual de Comunicao Oficial do Governo do Distrito Federal.

- 43 10) cargo. No Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, esse expediente praticamente no utilizado, pois, por se tratar de assunto oficial, as autoridades entendem que o ato administrativo ofcio atende s necessidades e, por isso, o ofcio tem incorporado as atribuies da carta e a substitudo, no entanto, para efeito deste Manual, ser exposto modelo tambm desse ato.

- 44 -

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL GABINETE DO COMANDANTE-GERAL

CARTA N. 153/2007-Gab. Cmdo.-Geral

Braslia-DF, 7 de outubro de 2007.

RUBEM FERREIRA Sndico do Ed. Morada dos Nobres SQS 313 Bloco W Apto. 701

Senhor Sndico,

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal agradece o apoio que recebeu de Vossa Senhoria e dos brigadistas voluntrios no incndio no Parque Nacional de Braslia, na semana passada. So atitudes como essas que nos mostram o quanto a populao est preocupada no s com o meio-ambiente como em nos ajudar nessas misses. O fato de pessoas que no possuem por obrigao tal atividade nos serve de alento e d mais fora no combate aos vrios focos que aparecem diariamente. Sabemos, agora, que no estamos sozinhos e queremos desejar no s a Vossa Senhoria, mas a todos que se mobilizaram para nos ajudar, votos de sade, realizaes por toda a vida.

Atenciosamente,

(nome completo, posto ou graduao QOBM/QBMG // matrcula) Comandante-Geral do CBMDFBraslia - Patrimnio Cultural da Humanidade

- 45 3.1.5.2. Circular

So atos administrativos de mesmo teor destinados para vrios funcionrios ou rgos administrativos incumbidos de certo servio ou do desempenho de certas atribuies em circunstncias especiais. Ela possui a mesma estrutura do ofcio. Em virtude de possuir a caracterstica de mesmo contedo para conhecimento de vrias sees e unidades do CBMDF, geralmente, trocada pela ordem de servio, a qual acaba por economizar recursos materiais e humanos, alm de ser conhecida ao mesmo tempo por todos os rgos interessados, por meio de sua publicao em boletim.

- 46 -

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL GABINETE DO COMANDANTE-GERAL

CIRCULAR N. 253/2007-Gab. Cmte.-Geral

Braslia-DF, 7 de outubro de 2007.

Ao Senhor Fulano de Tal Diretor de Sade NESTA

Senhor Diretor,

Em virtude do cancelamento do contrato com a Empresa de Telefonia Celular Tal, solicito a Vossa Senhoria que sejam recolhidos de todos os militares sob sua responsabilidade os aparelhos celulares, juntamente com seus acessrios. A entrega dos equipamentos dever acontecer at o prximo dia 23 de outubro deste ano, mediante relao com as especificaes do celular (nmero, militar encarregado etc.), no Protocolo-Geral. medida que os aparelhos forem devolvidos ser procedida a entrega dos novos equipamentos da empresa de telefonia celular Fulana, a qual venceu a licitao para prestao de servio mvel para esta Instituio.

Atenciosamente,

(nome completo, posto ou graduao QOBM/QBMG // matrcula) Comandante-Geral do CBMDF

Braslia - Patrimnio Cultural da Humanidade

- 47 3.1.5.3. Exposio de motivos

Ao contrrio do que eventualmente se pratica no mbito do CBMDF, a exposio de motivos um ato administrativo dirigido ao Presidente da Repblica ou ao Vice-Presidente elaborado por Ministros de Estado30. Essa documentao tem um formato semelhante ao utilizado para o ofcio e pode conter anexos para corroborar a justificativa para a tomada de determinada atitude por parte do Presidente da Repblica. De outra forma, a exposio de motivos utilizada por militares do CBMDF no possui numerao, pois em geral, vem diluda em notas de boletim, ofcios, sindicncias etc., a enumerao dos fatos e dos dados utilizada para sintetiz-los e pontu-los de tal forma que a autoridade para quem destinada comunicao tenha uma maior visibilidade sobre o assunto e possa deliberar com maior propriedade. Devido especificao inerente ao ato administrativo denominado exposio de motivos que ser destinado ao Presidente ou ao Vice-Presidente, como foi anteriormente relatado, no ser possvel a sua utilizao pelo CBMDF, todavia, a caracterstica importante de expor de forma eficaz os fatos e dados ser considerada principalmente na elaborao do ato administrativo informao (ver item 1.2.3). O Manual de Redao Oficial do Governo do Distrito Federal, possivelmente numa analogia ao Manual de Redao da Presidncia da Repblica, prev a utilizao da exposio de motivos vinculando-a ao expoente mximo do Governo do Distrito Federal: o Governador. Dessa forma, estariam autorizados os secretrios e autoridades de igual nvel hierrquico.

3.1.5.4. Memorando

Segundo o Manual de Redao da Presidncia da Repblica:Memorando a modalidade de comunicao entre unidades administrativas de um mesmo rgo, que podem estar hierarquicamente em mesmo nvel ou em nveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicao eminentemente interna.3130 31

Manual de Redao da Presidncia da Repblica. Manual de Redao da Presidncia da Repblica, p. 15.

- 48 -

o documento empregado para exposio de projetos, idias, diretrizes etc. devendo ser utilizado o prprio documento para despachar sobre o assunto, no entanto, nas instituies militares o memorando foi muito utilizado como forma de obter justificativas para atrasos, faltas e no cumprimento de misses por parte de militares, utilizao que deve ser repensada, pois a caracterstica principal do memorando a agilidade, uma vez que ele requer um retorno rpido sobre o assunto que tratado e, por isso, deve ser aplicado para atingir esse objetivo. Por circular internamente em um mesmo rgo, ser adotado o uso do Memorando no lugar do que atualmente se denominam ofcio interno, parte e encaminhamento, os quais no sero mais utilizados no CBMDF.

- 49 -

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL DESCRIO DA OBM DESCRIO DA SEO

MEMORANDO N. 10/2007-AG

Braslia-DF, 9 de janeiro de 2007.

PARA: o Senhor Ten-Cel QOBM/Comb. Comandante do CSM,

De acordo com o que fez pblico o n. 2.2 do item VIII, publicado no BG n. 244, de 28 de dezembro de 2006, informo a Vossa Senhoria que os materiais em questo pertencem carga desta Ajudncia-Geral, assim sendo, solicito o recolhimento dos materiais carga que estavam sendo usados na Comisso Permanente de Tomada de Contas Especial/Material Carga a esta Ajudncia-Geral, para que serem conferidos e reutilizados de acordo com as nossas necessidades.

Atenciosamente,

(nome completo, posto QOBM // matrcula) Ajudante-Geral

Braslia - Patrimnio Cultural da Humanidade

- 50 3.1.5.5. Mensagem (fax)

No h a utilizao desse expediente na Corporao, sendo utilizado o envio de documentos (ofcio, parecer, portaria etc) via fax smile, com o objetivo de agilizar a tomada de determinada providncia imediatamente, at que o documento original seja entregue via postal ou por malote. Deve-se ressaltar o fato de que a transmisso de fax possui o custo da ligao telefnica (se o destinatrio estiver em Braslia, a tarifa normal; se em outro estado ou pas, o custo ser de uma ligao interurbana ou internacional). Com o objetivo de diminuir gastos desnecessrios, o envio de documentos por meio dessa tecnologia no ter a folha de rosto, que usualmente caracterizada pelo envio de uma folha tamanho A4 que especifica o nmero de folhas do documento e para quem ele destinado. Essas informaes sero includas no cabealho do documento ou em um pequeno pedao de papel parte (no em uma folha inteira de papel) quando no for possvel a insero desses dados no documento.

PARA MENSAGEM INCOMPLETA FAVOR CONTATAR (61) 3343-9087GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL GABINETE DO COMANDANTE-GERALSAM BLOCO D MDULO E CEP 70620-600 ENDEREO ELETRNICO: [email protected]

Fone: (061) 3901-8585

FAX N 1/2007-Gab. Cmte-Geral Do: Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal : Secretaria Nacional de Defesa Civil Referncia: Ofcio Circular 2/2007/SEDEC/SAA/MI

DATA: 3 de janeiro de 2007

N DESTINO

61 3331-3131

Estamos enviando os dados do Comandante-Geral solicitados por meio do Ofcio Circular n. 2/2007/SEDEC/SAA/MI

[ assinatura ] ELO VOGADO DA SILVA Secretria do Gabinete

- 51 3.1.5.6. Ofcio

Ofcio o documento que tem por finalidade o tratamento de assuntos oficiais entre o CBMDF e os demais rgos da Administrao Pblica, e, tambm, entre as instituies particulares e as pessoas fsicas. Sua estrutura possui as seguintes partes: 1) cabealho; 2) denominao do ato administrativo OFCIO; seguido da

numerao/ano e sigla da OBM/Seo; 3) local e data alinhada com o nmero do ofcio; 4) cargo do destinatrio e endereo alinhado esquerda; 5) assunto; 6) vocativo; 7) texto; 8) fecho; e 9) assinatura, nome completo, matrcula e cargo.

- 52 -

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL AJUDNCIA-GERAL

OFCIO N. 123/2007-CBMDF

Braslia-DF, 5 de junho de 2007.

Ao Senhor Fulano de Tal Secretrio de Governo Nesta

Assunto: eventos comemorativos do ms de aniversrio do CBMDF.

Senhor Secretrio,

1. Em virtude dos eventos estabelecidos para a comemorao do ms de aniversrio do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, relacionados na ltima reunio do dia 3 deste ms, informo a Vossa Senhoria que vrias atividades esto sendo realizadas para que os eventos transcorram satisfatoriamente, conforme planejamento. 2. Contatos foram realizados por este Ajudante com a Central de Compras do GDF para garantir a aquisio de estojos para a medalha Mrito Dom Pedro, j para o prximo ano. 3. A CAESB se pronunciou positivamente para a doao de gua potvel para a Corrida do Fogo e para a solenidade de entrega da comenda deste CBMDF. 4. Quanto aos demais eventos, necessrio se faz a publicao de algumas convocaes de militares que nos apoiaro durante todo o ms de julho. A escala est sendo providenciada pelo Diretor de Pessoal, pelo Centro de Capacitao Fsica e pelo Diretor de Inativos e Pensionistas.

- 53 (continuao do Ofcio n. 123/2007-AG, de 5 de junho de 2007, folha 2) 5. Como Vossa Senhoria pode observar, todas as medidas esto sendo tomadas para que o ms de julho transcorra mostrando o profissionalismo do CBMDF tambm na promoo de eventos comemorativos.

Respeitosamente,

(nome completo, posto QOBM // matrcula) Ajudante-Geral do CBMDF

Braslia - Patrimnio Cultural da Humanidade

3.1.6. Outros

H outros atos administrativos bem peculiares utilizados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, criados pela necessidade inerente s atribuies da Administrao Pblica para com a funo do bombeiro militar. Entre eles podemos citar a Parte de Acidente e seus desdobramentos (atestado de origem, inspeo de sade de controle, exame de sanidade de acidentados em ato de servio, inqurito sanitrio de origem), a declarao de beneficirio e seus desdobramentos.

3.1.6.1. Comunicao de Acidente

A parte de acidente considerada como sendo um expediente de carter urgentssimo devendo ser confeccionada e enviada Secretaria da Policlnica, obrigatoriamente, em 48 (quarenta e oito) horas depois do acidente (conforme determinao publicada como item VI do Boletim Geral n. 90, de 15 de maio de 2006). Esse documento visa esclarecer e evidenciar as circunstncias que cercaram o fato que deu origem ao acidente (art. 3, 3 do Decreto n. 26.604). O

- 54 autor da parte deve ter conscincia de que o teor da descrio poder prejudicar ou beneficiar o militar vtima de acidente e, por isso, responsvel por suas conseqncias. De uma forma geral, ela deve ser fiel aos fatos e conter as informaes pedidas no modelo constante deste manual. O relato deve ater-se s causas e circunstncias do acidente, fatores que influem na sua classificao, ou seja, como sendo acidente em servio ou no. Cabe salientar que o militar autor da parte no precisa ser formado em Medicina ou outras reas de sade, pois o relatrio exigido e que deve conter a parte de acidente preliminar, so informaes bsicas de uma pessoa leiga, baseado em sua observao do acidente, na qualidade de testemunha. Todavia, isso no diminui a importncia desse relato, pois com ele pode-se avaliar tambm se a vtima concorreu para que o acidente acontecesse, fato que pode ser imputado a ela transgresso disciplina. Para melhor definio de quesitos importantes para a elaborao da documentao que poder ou no incorrer na formao de processo sobre o acidente, foi sancionado o Decreto n. 26.604, de 23 de fevereiro de 2006, no qual prev que o acidentado dever ser avaliado por mdico da Corporao, o qual dever emitir parecer sobre a necessidade ou no de atestado de origem32. Tal exigncia implica na apresentao do acidentado Secretaria da Policlnica (exceto aquele que estiver internado em unidade de sade alheia Corporao).

32

Entenda-se como atestado de origem o procedimento administrativo-militar destinado a apurar a materialidade e a natureza dos acidentes que, sendo considerados em conseqncia de ato de servio, possam dar origem ao bito ou incapacidade fsica temporria ou definitiva de bombeiro militar. (art. 4 do Decreto n. 26.604, de 23 de fevereiro de 2006).

- 55 -

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL (OBM)

COMUNICAO DE ACIDENTE N. 1/2006-AG

Braslia-DF, (dia) de (ms) de (ano).

Referncia: Instrues Reguladoras dos DSO, aprovadas pelo Decreto n. 26.604, de 23/02/2006; e Instrues Complementares aos DSO, aprovadas pela Portaria n. 4, de 25/02/2008.

DADOS DO MILITAR ACIDENTADO Nome: Posto ou grad.: Matrcula/SIAPE: OBM: Telefone OBM: Tel. Residencial

DADOS DAS TESTEMUNHAS DO ACIDENTE 1) Posto/Grad./Nome: 2) Posto/Grad./Nome: DADOS DO ACIDENTE E ATENDIMENTO MDICO Local do acidente: Data do acidente: Hora do acidente: rgo de Socorro: 1 mdico que atendeu: CRM n.: rgo de recolhimento:

RELATO SUCINTO DO ACIDENTE

Comunico a V.S que o (...) (relato com as circunstncias e natureza do servio que o acidentado desempenhava no momento do acidente e a parte ou regio do corpo lesionada ou atingida). 33 NATLIA MARIA DA SILVA 3 Sgt. QBMG-1 matr. 7109-8

ENCAMINHAMENTO AO CHEFE DO ESTADO-MAIOR

Braslia-DF, em 15 de maro de 2006. Ratificando seu teor.

Do: Secretrio do EMG.

___________________________________________ Assinatura33

Nesse expediente administrativo recorrente o uso do termo o mesmo, conforme o seguinte exemplo: (...) vindo o mesmo a cair no solo. No havendo por parte da vtima impercia, imprudncia ou negligncia. O termo o mesmo pode ser retirado sem prejuzo gramatical, alm de seu uso ser considerado pobreza vocabular. Outra observao importante a ser ressaltada que, geralmente, o militar representado como vtima e pode haver associao, em alguns casos, com a vtima socorrida, dessa forma, sugere-se o uso de militar ao invs de vtima.

- 56 (VERSO) ENCAMINHAMENTOS/DESPACHOS Do: (Cmte., Diretor ou Chefe da OBM) Ao: Senhor Diretor de Sade do CBMDF. Encaminho a V.S o presente memorando sobre o acidente verificado com o (posto/graduao e nome completo do acidentado), de acordo com as Instrues Reguladoras, aprovadas pelo Decreto n. 26.604, de 23 de fevereiro de 2006; e as Instrues Complentares aos DSO, aprovadas pela Portaria n. 4, de 25 de fevereiro de 2008. Braslia, (dia) de (ms) de (ano). Nome completo / Posto / matrcula Cargo ou funo Do: Mdico Perito do Dia Ao: Senhor Diretor de Sade do CBMDF. Aps avaliar o militar acidentado, emito o seguinte parecer: ( ) no caso de lavratura de Atestado de Origem (AO), por no apresentar leses decorrentes do acidente. ( ) no caso de lavratura de Atestado de Origem (AO), por apresentar leses mnimas. ( ) caso de lavratura de Atestado de Origem (AO). Anexo a prova tcnica para fins de remessa OBM de origem do militar acidentado. Observaes (se houver): _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ Braslia, (dia) de (ms) de (ano). Nome completo / posto / matrcula Mdico Perito do Dia QUANDO NO FOR O CASO DE LAVRATURA DE AO Do: Diretor de Sade do CBMDF Ao: Senhor Chefe da Seo de Percias Mdicas. 1) Confeccionar o ato pertinente para publicao em boletim geral; 2) Aps publicao e registros, arquivar no pronturio nosolgico do militar acidentado. Braslia, (dia) de (ms) de (ano). Nome completo / posto / matrcula Diretor de Sade do CBMDF QUANDO FOR O CASO DE LAVRATURA DE AO Do: Diretor de Sade do CBMDF Ao: Senhor _____________________ (Cmte., Diretor ou Chefe da OBM de origem do militar) Retorno a V.S o presente memorando, anexo, a prova tcnica, para fins de instaurao de Procedimento Apuratrio de Provas de Autenticidade, no prazo de 20 (vinte) dias, de acordo com o art. 6 das Instrues Reguladoras, aprovadas pelo Decreto n. 26.604, de 23 de fevereiro de 2006; e Instrues Complementares aos DSO, aprovadas pela Portaria n. 4, de 25 de fevereiro de 2008. Braslia, (dia) de (ms) de (ano). Nome completo / posto / matrcula Diretor de Sade do CBMDF

- 57 3.1.6.2. Atestado de Origem

O mdico avaliador, opinando pela elaborao do atestado de origem, comear, ento, procedimentos para arrecadao de dados que fomentao um processo de investigao sobre o acidente. S para se ter uma idia, o atestado de origem constitudo de 4 (quatro) etapas sucessivas: 1) provas materiais (objetiva, entre outras coisas, estabelecer uma relao de causa e efeito entre o servio que a vtima desempenhava com o acidente sofrido e este com as leses ou perturbaes mrbidas resultantes; 2) homologao (reconhece a natureza do servio que a vtima se incumbia no momento do acidente, bem como sua relao com as leses ou perturbaes mrbidas resultantes; 3) inspeo de sade de controle (acompanhamento mdico do tratamento de sade da vtima, a fim de indicar diagnstico e estabelecer, nos pareceres mdicos, a relao de causa e efeito que possa existir entre as leses encontradas e as constantes da prova tcnica); e 4) exame de sanidade de acidentado em ato de servio (percia mdica final, na qual consta os procedimentos mdicos efetuados e a condio atual da vtima de alta: se curada ou melhorada).

- 58 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANA PBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR O DISTRITO FEDERAL

ATESTADO DE ORIGEM34

PROVA TCNICA O abaixo assinado _____> ____________ em servio____> _______ certifica que ____>_______ s ___________ foi vtima do acidente alegado como em ato de servio, sendo verificadas as seguintes leses ou perturbaes mrbidas resultantes do acidente ________. >, em ____de ________ de _______ .

>

DESPACHO: 1. Ciente. 2. Ao Sr. > Com vistas ao cumprimento do inciso III do art. 6 das Instrues Reguladoras dos DSO. [assinatura] Diretor de Sade

Observao:

anexar,

oportunamente,

ao

procedimento

apuratrio

da

prova

de

autenticidade (art. 9 das Instrues Reguladoras).Braslia Patrimnio Cultural da Humanidade _____________________________________________________________________________________________________ Descrio da OBM Endereo Completo da OBM Telefones e Endereo Eletrnico da OBM

34

Modelo estipulado pelo Decreto n. 26.604, de 23 de fevereiro de 2006 (anexo I).

- 59 3.1.6.3. Inqurito Sanitrio de Origem

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANA PBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR O DISTRITO FEDERAL

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANA PBLICA E DEFESA SOCIAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR O DISTRITO FEDERAL INQURITO SANITRIO DE ORIGEM (ISO)35

Identicao Paciente: _____>_____ Encarregado: >________

Prembulo Aos >______, nesta cidade de _________, Estado

________ no ____ ____, presente ___>____, encarregado deste ISO, de acordo com a nomeao constante do Boletim n. ___ de ___> ____, da(o) _________> _____, dou incio ao presente Inqurito de Origem, em face dos seguintes documentos que me foram entregues em ___>___, > ________________.

Assinatura do encarregado do inqurito

35

Modelo estipulado pelo Decreto n. 26.604, de 23 de fevereiro de 2006 (anexo I).

- 60 -

Os atos administrativos relacionados com acidentes de militares em servio possuem algumas consideraes importantes, no que se refere ao cumprimento de prazos, so eles: Documento Procedimento Prazo

Confeco e envio do No mximo em 48 (quarenta e Comunicao de acidente Homologao militar autor da parte oito) horas depois do acidente. autoridade competente. Realizada pelo Chefe do 5 (cinco) dias teis a contar do Estado-Maior-Geral. Provas materiais e Homologao do atestado de origem recebimento.

Concluso e publicao 20 (vinte) dias aps a data do em boletim geral. acidente, prorrogveis por

igual perodo, at duas vezes. Lavratura pelo Diretor 20 (vinte) dias aps a data do de Sade acidente, prorrogveis por

Atestado de origem

igual perodo, at duas vezes. Mximo de 120 (cento e vinte) dias, a contar da nomeao do encarregado, publicada em

Inqurito sanitrio de origem

Concluso

boletim geral, prorrogvel por mais 60 (sessenta) dias.

3.1.6.4. Requerimento

o documento interno ou externo pelo qual o peticionrio dirige-se a uma autoridade para pleitear direitos ou benefcios previstos na legislao em vigor. O requerimento redigido em 3 pessoa, com linguagem simples e comedida, no devido tratamento a que fizer jus a autoridade a quem for dirigido. fundamentado nos detalhes concernentes s alneas, aos pargrafos e aos artigos da legislao geradora do direito requerido. No requerimento de bombeiros militares e civis do CBMDF, constaro: a) o requerente deve declarar ser a primeira vez que requer. Caso

contrrio, informar que ordem seqencial toma o requerimento apresentado, esclarecendo o despacho que foi dado ao requerimento anterior. Quando requerer

- 61 aps a primeira vez, apresentar, nas vezes posteriores, argumentos ou fatos que justifiquem a reviso do despacho anterior; b) em casos de repeties de requerimentos sobre o mesmo assunto, a

autoridade que indeferir o ltimo requerimento poder declar-lo encerrado na esfera administrativa; c) no caso de peticionrio sem vnculo com o CBMDF (procurador

legalmente constitudo), o requerimento dar entrada no Comando-Geral do CBMDF. No residindo o peticionrio no Distrito Federal, efetuar a remessa postal, devidamente registrada, para o Comando-Geral do CBMDF; d) a autoridade que primeiro encaminhar um requerimento, nele inserir

as informaes pertinentes. O encaminhamento contendo essas informaes feito por meio de um primeiro despacho, conforme o modelo de Despacho de Encaminhamento; e) todo requerimento deve, obrigatoriamente, dar entrada na OBM onde o

interessado serve ou estiver vinculado para fins de percepo de proventos ou de penso militar. Deve, tambm, sair da OBM de origem devidamente instruda, com todas as informaes e documentos necessrios sua apreciao e deciso, sendo encaminhado via cadeia de comando, por meio do Despacho de Encaminhamento. Nas informaes, constaro, quando julgados necessrios, os seguintes dados pertinentes ao assunto do requerimento: 1. sobre o requerente - informaes pessoais, tais como: data de nascimento, data de praa, posto/graduao ou cargo atual, matrcula, entre outras conforme modelo em anexo; 2. sobre o amparo - o enquadramento na legislao que ampara ou nega o direito pretendido, citao de Leis, Regulamentos, Avisos, Portarias do ComandanteGeral ou outros em que se fundamenta a pretenso do requerente; e 3. sobre o que requer - estudo fundamentado e sinttico sobre o requerido e o parecer da autoridade que presta as informaes, quanto pretenso do requerente, salvo os assuntos subjetivos, em que o comandante no tenha os subsdios para fundamentar seu parecer. f) os requerimentos encaminhados em desacordo com a presente publicao sero devolvidos aos interessados; e g) vedado ao militar ou civil dirigir o mesmo pedido, simultaneamente, a mais de uma autoridade administrativa.

- 62 -

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL OBM

Ao Senhor Cel. QOBM/Comb. DIRETOR DE ENSINO INSTRUO

Nome: Posto/Graduao: Funo: QOBM/QBMG: Lotao: Data de Admisso: Endereo Residencial:

Matrcula:

IU/SIAPE:

Telefone:

Requer a Vossa Senhoria que se digne excluir-me da convocao para freqentar o Curso de Habilitao a Oficiais/Adm./Esp. (CHO Adm./Esp.) do CBMDF, a ser realizado no 1 semestre de 2007, conforme foi publicado no item VI do BG n. 213, de 10 nov. 2006, em virtude de problemas pessoais.

a primeira vez que requer. Nestes termos,

Pede deferimento

Braslia-DF, 8 de fevereiro de 2007.

[assinatura do requerente]

Ciente:

[ assinatura ] Chefe Imediato

3.1.6.5. Declarao de beneficirio36

- 63 -

Trata de um ato administrativo cujo objetivo a incluso de beneficirio de militar que o requer. Geralmente est associado a outros atos como o requerimento, declarao e termo de declarao, pois geralmente, quando se pleiteia a incluso, pede-se (no caso de menor) assistncia pr-escolar e adicional de natalidade. Sua complexidade mnima, visto que um formulrio com respostas pontuais, sem muita elaborao textual.

3.1.6.5. Nota de Boletim

A nota de boletim (NB) um ato administrativo que visa a publicidade, pois a funo do boletim, quer seja ostensivo (geral ou interno), quer seja reservado, tornar pblico atos dos mais variados para que surtam os efeitos legais. Os assuntos contidos so extremamente diversificados; tratam de frias, viagens, cursos, processos disciplinares etc., os quais so separados e organizados nas cinco partes que compem o boletim37. A NB contm: 1) o cabealho (ao centro e em caixa alta); 2) o nmero com a sigla ou abreviatura da seo, diretoria, centro etc. ( sua esquerda); 3) o ato da autoridade que est tornando pblico o ato (ao centro e em caixa alta); 4) o assunto de que trata a NB (ao centro, em caixa alta e negritado na ordem sinttica direta); 5) enquadramento legal que d atribuies autoridade responsvel pelo ato (texto justificado, terminado com resolve em minsculo); 6) ato realizado pela autoridade (deve ser marcado por verbo no infinitivo, em negrito, seguido das demais informaes que cercam o ato); 7) local e data de onde o ato foi assinado (justificado direita);36

Este expediente administrativo est disposio na Diretoria de Pessoal para os interessados, o modelo no consta deste manual por se tratar de um formulrio que, no raras vezes, precisa ser modificado para atender a necessidades e procedimentos administrativos decorrentes de mudanas na legislao. 37 Embora a inclinao aqui se volte para o boletim geral, as informaes expostas aplicam-se, em parte ou na sua totalidade, aos demais boletins existentes na Corporao.

- 64 8) assinatura e posto da autoridade responsvel pela nota. Quanto formatao, a NB seguir a seguinte padronizao: 1) se houver mais de uma deliberao no mesmo ato, elas devem ser marcadas com nmeros cardinais, seguidos de parnteses. 2) desmembramento de atos dever ser marcado pelo uso de subitem, seguido de parnteses e sublinhado. 3) se houver listagem de militares estes sero marcados com nmeros ordinais, seguidos de parnteses. 4) os nomes dos militares, pensionistas e beneficirios sero grafados em caixa alta, no sendo marcado o nome de guerra. 3) se o(s) ato(s) gerar(em) conseqncias, estas devero ser enumeradas com letras minsculas do alfabeto, seguidas de parnteses. 4) o texto ser escrito em arial, tamanho 12, espao simples.

- 65 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL AJUDNCIA-GERAL

NB N. 68/2007-AG

ATO DO AJUDANTE-GERAL

CONCESSO E RETIFICAO DE FRIAS DE MLITARES O AJUDANTE-GERAL, no uso das atribuies que lhe confere o art. 56, incisos de I a XII, do Regulamento da Organizao Bsica do CBMDF, aprovado pelo Decreto n. 16.036, de 4 nov. 1994, resolve: 1) CONCEDER 30 (trinta) dias de frias aos seguintes militares: 1.1) referentes ao perodo aquisitivo 2006/2007: 1) Cb. QBMG-1 LINDSEY DA SILVA, matr. 02910-738. 2) Sd. QBMG-1 PRISCILA SANTANA, SIAPE 000000, matr. 09498-0. 1.2) referentes ao perodo aquisitivo 2007: 1) 1 Sgt. QBMG-2 FRANCISCO VANDERLEI, SIAPE 000000, matr. 03074-1. 2) RETIFICAR as frias concedidas a 1 Ten. QOBM/Comb. GABRIELA OLIVEIRA, SIAPE 000000, matr. 00321-X, publicadas no item V do BG 200, de 2 out. 2007: 2.1) Onde se l: a contar de 15 dez. 2007. 2.2) Leia-se: a contar de 31 dez. 2007. Em conseqncia: a) os interessados tomem conhecimento e providncias cabveis; b) a conferncia da documentao foi realizada pela Secretaria da AG.

Braslia-DF, 15 de outubro de 2007.

Nome completo / posto / matrcula Ajudante-Geral do CBMDF

A matrcula das praas e dos oficiais ser composta de 5 nmeros, seguida de dgito; a falta de nmero ser preenchida com zeros. Tal conveno se d para manter uma uniformidade entre esses elementos.

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4. A correspondncia virtual da CorporaoAtualmente, no existe padronizao da correspondncia virtual da Corporao, como tambm no existe nenhum tipo de controle nesse campo. O Centro de Informtica, no entanto, tem realizado um trabalho no sentido de canalizar todos os esforos para que os equipamentos de informtica existentes na Corporao sejam utilizados de forma consciente e em prol do bem pblico. Dessa forma, para evitar problemas de incompatibilidade de programas de informtica (softwares), s o Centro de Informtica pode gravar (download) programas. da competncia desse Centro a atualizao diria da intranet, stio (site) de informaes variadas de acesso a militares do CBMDF. A Ajudncia-Geral, em parceria com o Centro de Informtica, disponibiliza para os militares da Corporao a opo de receber o boletim geral via correio eletrnico (e-mail). O cadastro feito no Centro e o envio de responsabilidade dos militares da Ajudncia-Geral. A utilizao de e-mails oficiais da Corporao para envio de documentos se mantm restrita s notas de boletins para publicao no boletim geral, o que elimina os disquetes utilizados nesse processo. De uma forma geral, a utilizao de documentos virtuais ainda pouco explorada no CBMDF, sendo apenas utilizado esse espao para a tramitao dos boletins da Corporao, uma vez que no se mais impressa cpia dessas publicaes. Soma-se a esse contexto o fato de que a documentao virtual precisa, para ter valor legal, de certificao digital.

4.1. Lista de endereos eletrnicos oficiais de Sees, Diretorias, Centros e Companhias do CBMDF

Como o ser